Procuradoria Regional do Trabalho - 11ª Região

MPTAmbientalMPT 11ª Região desenvolve ações em favor da preservação ambiental

Trabalho escravono AmazonasTrabalhadores chineses sãoencontrados em condições desumanas

Inclusão dePCD’sBanco de dados facilitará ainclusão de de�cientes nomercado de trabalho

Administração PúblicaCERR substituirá maisde 500 empregadosadmitidos sem concurso

Porto Chibatão fazacordo com MPT

11ª RegiãoTerminal portuário comprometeu-se

a prestar assistência às famíliasdos funcionários desaparecidos

no acidente

ANO 01 • EDIÇÃO 01 • JANEIRO DE 2011

O que é o MPT?O Ministério Público do Trabalho (MPT) é um dos ramos do

Ministério Público da União (MPU), instituição indepen-dente, que tem como missões constitucionais promover a

defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Como atua o MPT?• Intervindo nas ações ajuizadas perante a Justiça do Trabalho, como

�scal da aplicação da lei;

• Funcionando como órgão mediador ou árbitro;

• Na regularização de situações ilegais, quando envolvidos interesses difusos, coletivos, individuais

homogêneos e individuais indisponíveis de indígenas,

menores e incapazes;

• Atuando extrajudicialmente, mediante a investigação de

denúncias, por meio de inquéritos civis e confecção de termos de

ajustamento de condutas (TAC´s);

• Atuando judicialmente, com o ajuizamento de ações junto à

Justiça do Trabalho.

Editorial

O Ministério Público do Trabalho da 11ª Região apresenta a seus membros, aos magistrados, advogados, servidores

públicos, trabalhadores e ao público em geral a sua primeira revista institucional.

Com vinte e quatro páginas, a 1ª Revista do MPT 11ª Região é resultado de um trabalho conjunto de membros e servidores, lota-dos nos Estados do Amazonas e de Roraima, destinada a servir não só como veículo de comunicação do papel do Ministério Público do Trabalho na sociedade; da atuação de seus membros, seja como órgão promotor de ações, seja como fiscal da correta aplicação da Constitui-ção Federal e da legislação trabalhista; e dos trabalhos administrativos desenvolvidos em âmbito local; mas também como instrumento de transparência social de todos os seus atos e atividades.

O nascimento desta revista constitui-se em mais uma das diversas políticas que o Ministério Público do Trabalho da 11ª Região vem implementando desde o início de 2010 e que estão transformando substancialmente a sua estrutura física, organizacional, ambiental e operacional, como forma de ga-rantir um serviço público mais adequado, célere e eficaz à coletividade, e proporcionar a membros e servidores um ambiente de trabalho agradável e seguro.

Para tanto, encontra-se em andamento a construção da sede do MPT 11ª Região, situada em Manaus/AM, que, apesar das dificuldades orçamentárias e financeiras, poderá ser concluída até o final de 2011. Além disso, a sede da Procuradoria do Trabalho no município de Boa Vista/RR será ampliada e passará a contar com seis novos comparti-mentos, dentre eles, uma biblioteca.

No aspecto organizacional, o MPT 11ª Região vem, a cada dia, atualizando a sua estrutura administrativa, me-diante a edição de normas e adoção de medidas capazes de adequá-la aos projetos estabelecidos no Planejamento Estra-tégico do MPT, no MPT Digital, no MPT Ambiental e no MPT Transparente.

Todas essas medidas tem como objetivo principal dotar o MPT 11ª Região de uma estrutura administrativa e funcional mais robusta e capaz de tornar mais efetiva a atuação institucional de seus órgãos, a quem cabe o dever constitucional de zelar, proteger e promover a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e do interesses sociais e individuais indisponíveis, notadamente da classe trabalhadora.

Ao longo desta edição, o leitor terá acesso, de forma completa, a essas e a outras informações, todas escritas numa linguagem simples capaz de ser compreendida por todo e qualquer cidadão, de modo a aproximar, cada vez mais, o MPT 11ª Região da sociedade. Em especial, ao cidadão-empregado, foi-lhe reservado um espaço com dicas sobre a legislação e os direitos trabalhistas.

Acredito que esta primeira revista representa o começo de um grande projeto, que será, a cada edição semestral, engrandecida com artigos jurídicos, entrevistas com membros e servidores sobre temáticas institucionais, além de outras novidades que o leitor poderá desfrutar e ampliar o seu conhecimento acerca da missão do Ministério Público do Trabalho.

Boa leitura!

Jorsinei DouraDo Do nascimento

Procurador-Chefe do MPT 11ª Região

revista Do mPtMinistério Público do TrabalhoProcuradoria Regional do Trabalho - 11ª RegiãoAno 01 | Edição 01 | Janeiro de 2011

Dr. Jorsinei DouraDo Do nascimento

Procurador-Chefe do Trabalho

Dra. safira cristina freire azeveDo carone

Procuradora-Chefe do Trabalho Substituta

ProcuraDores Do trabalho

Manaus / AMDr. Audaliphal Hildebrando da SilvaDra. Alzira Melo CostaDr. Afonso de Paula Pinheiro RochaDra. Juliana Sombra PeixotoDr. Tiago Muniz CavalcantiDra. Jaqueline Coutinho SilvaDra. Andrea da Rocha Carvalho GondimDra. Rosineide Mendonça Moura

Boa Vista / RRDr. Jeibson dos Santos JustinianoDra. Ana Luísa Zorzenon Dr. César Henrique Kluge

exPeDiente

Jornalista ResponsávelDanielle Sena - MTB/AM 0066

Projeto Gráfico e DiagramaçãoHaydée Toscano

FotosMPT 11ª Região, Google Imagens

Tiragem1.000 exemplares

enDereços

Manaus / AMRua Pará, 885, 6ºandar.Edifício José Frota II - São Geraldo.CEP: 69.053-070Fone: (92) 3584-1750Fax: (92) 3584-1588

Boa Vista / RRRua Franco de Carvalho, 352Bairro São Francisco.CEP: 69.305-120Fone: (95) 2121-5100Fax: (95) 2121-5102

W W W . P R T 1 1 . M P T . G O V . B R

Sumário

MPT amplia quadro de Procuradores do Trabalho no Amazonas

Secretária Regional fala de questões administrativas da 11ª Região

Mesmo diante das dificuldades, nova sede do MPT no Amazonas poderá ser

inaugurada em 2011

MPT da 11ª Região passa por inspeção do CNMP

Corregedora Geral do MPT visita o Amazonas

Sistema MPT Digital é implantado com sucesso e dentro do prazo

Ações exemplares em favor da preservação do meio ambiente

Porto Chibatão faz acordo com MPT 11ª Região

Empresa fabricante de copos plásticos interditada por causar graves danos

aos trabalhadores

MPT 11ª Região intermedeia reunião entre trabalhadores e patrões

do sistema de transporte coletivo urbano, pondo fim à greve

Trabalhadores chineses são encontrados em condições desumanas em Manaus

Fazendeiro é condenado pela prática de trabalho escravo no Amazonas

Grupo de trabalho intensificará o combate ao trabalho escravo no Amazonas

Boca do Acre/AM recebe Justiça do Trabalho Itinerante

Caravana do Trabalho Infantil passa por municípios do Amazonas

Sociedade é a maior beneficiada com Termos de Ajustamento de Condutas

Companhia Energética do Estado de Roraima substituirá mais de 500

empregados admitidos sem concurso

PROSAM é condenado por terceirização ilícita

Banco de Dados estimulará a acessibilidade de PCD’s no mercado de trabalho

do Amazonas

AFEAM compromete-se a ajustar quadro de funcionários

MPT 11ª Região firma acordo judicial com partidos políticos e

beneficia cabos eleitoriais

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5 6

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9

1011

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1616

1718192021

2122

2424

6 12

10 15 17

mPt amPlia quadro dE

ProcuradorES do trabalho no amazonaS

4

O Ministério Público do Trabalho 11ª Região,

que abrange os Estados do Ama-zonas e Roraima, está ampliando o quadro de procuradores do tra-balho com a finalidade de melho-rar a qualidade da prestação do serviço público. A instituição passou a contar, desde novembro de 2010, com mais dois mem-bros efetivos, aumentando para 13 o número de procuradores do traba-lho, sendo dez lotados no Estado do Amazonas e três em Roraima. A expectativa é de que

mais um procurador ainda seja nomeado.

A partir de março, a Regional também passará por uma amplia-ção em seu quadro de pessoal, com a nomeação de servidores concursados, além do aumento de funções de confiança e de cargos comissionados.

De acordo com o procura-dor-chefe, Jorsinei Dourado do Nascimento, o reforço vai inten-sificar a atua-ção investigatória desenvolvida pelo Ministério

Público do Trabalho e a agilizar o andamento das ações trabalhis-tas. “A ampliação do quadro de pessoal chega num momento em que a Regional passa por mudan-ças substanciais e da maior im-portância, uma vez que estamos investindo na informatização dos procedimentos por meio do Sistema MP Digital, na uniformi-zação local dos procedimentos de investigação e na divulgação das informações sobre os nossos gastos, através do site do MPT Transparente”, ressalta Jorsinei.

NOVA CARA

novos ProcuraDores

AmazonasDra. Alzira Melo CostaDr. Afonso de Paula Pinheiro Rocha Dra. Juliana Sombra PeixotoDr. Tiago Muniz CavalcantiDra. Jaqueline Coutinho SilvaDra. Andrea da Rocha Carvalho GondimDra. Rosineide Mendonça Moura

RoraimaDr. Jeibson dos Santos JustinianoDra. Ana Luísa Zorzenon Dra. César Henrique Kluge

ProcuraDores removiDos

Dr. Adson Souza do NascimentoDr. Augusto Grieco Sant’Anna MeirinhoDra. Daniela da Silva ElbertDra. Giselle Alves de OliveiraDra. Lorena Vasconcelos Porto

Dra. Ana Valéria Targino de VasconcelosDr. Gilberto Souza dos SantosDra. Mariana Férrer Carvalho Rolim

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NOVOS RUMOS

1. Quais as prioridades para 2011 no campo administrativo? Uma das prioridades para o MPT 11ª Região, no campo administrativo, é realizar o planeja-mento de toda a necessidade anual da Procuradoria e, em seguida, deflagrar os procedimentos licitatórios, por meio do Pregão Eletrônico, gerando assim eco-nomia ao erário e, proporcionando aos servidores da área administrativa mais tempo para dedicação nos demais projetos. Também planejamos estabelecer ro-tinas que melhorem o controle do almoxarifado e do combustível, aspectos já recomendados pela Audito-ria Interna do MPU. Por último, pretende-se realizar política de descarte do patrimônio inservível desta Procuradoria.

2. No que se refere ao pregão eletrônico, quais serão os benefícios? O pregão eletrônico propiciará vários benefícios para o MPT 11ª Região, mas creio que o principal será a obtenção de propostas mais vantajosas em suas aquisições e contratações. O pregão eletrônico tem a peculiaridade de ser proces-sado por meio da internet, permitindo que qualquer empresa do Brasil participe do certame. Com isso, o universo de licitantes é ampliado, ocasionando maior disputa e obtenção de melhores propostas.

3. Novos servidores deverão chegar a partir de março. O que muda com essa ampliação de quadro? Atualmente, as atividades administrativas da Regional estão concentradas em sua Diretoria Admi-

nistrativa, em razão da falta de pessoal. Com a chega-da de novos servidores, essas atividades poderão ser descentralizadas, permitindo a especialização dos ser-viços e a realização de uma gestão otimizada.

Além disso, o aumento de servidores aliviará o acúmulo de serviço, contribuindo na qualidade do trabalho e de vida dos funcionários que, hoje, sacri-ficam-se, além de sua jornada normal, para poderem cumprir a elevada demanda.

4. Uma nova sede em Manaus está sendo construída e em Boa Vista a reforma do prédio ja foi licitada. Qual é a situação atual destes in-vestimentos? A construção da nova sede em Manaus atravessa um momento difícil. Isto porque a Lei nº 11.653, de 7/04/2008, que dispôs sobre o Plano Plu-rianual para o período de 2008/2011, previu o mon-tante de R$ 20 milhões, destinado à construção do edifício-sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região. A programação para tal valor foi esta-belecida da seguinte forma: 2008: R$ 10.000.000,00; 2009: R$ 5.000.000,00; 2010: R$ 5.000.000,00, mas não foi cumprida da forma legalmente prevista. Dos R$ 18.628.928,33 necessários, a Regional somente recebeu cerca de R$ 14 milhões, o que acarretou a paralisação da obra em novembro de 2010, apesar de se encontrar com 70% dos serviços concluídos.

Por outro lado, a reforma da PTM de Boa Vista já é algo real e deverá ser concluída no final de maio de 2011, com a ampliação de sua estrutura.

SEcrEtária rEgional

fala dE quEStõES

adminiStrativaS

da 11ª rEgiãoSandra é a responsável pelas licitações do MPT 11ª Região

mESmo diantE daS dificuldadES, nova SEdE do mPt no amazonaS PodErá SEr inaugurada Em 2011

6

Apesar do trabalho de articulação feito pelo procurador-chefe do

MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nasci-mento, junto ao Ministério do Planejamento, para disponibilização de crédito suplementar, no valor de 8,5 milhões de reais, à conclusão da obra e à aquisição do sistema de climatiza-ção da nova sede da Procuradoria Regional do Trabalho no Amazonas, o Congresso Na-

ParlamEntarES fEdEraiS da bancada

do amazonaS aPrESEntam EmEndaS

orçamEntáriaS Para o mPt 11ª rEgião

NOVA SEDE

Obra, localizada na Av. Mário Ypiranga Monteiro,

antiga Recife, terá 6 andares

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cional não apreciou o Projeto de Lei nº 84/2010 que previa tais recursos.

Em razão disso, o MPT 11ª Região não disponibi-lizará, em 2011, de orçamento para a conclusão da obra que está paralisada desde o dia 17 de novembro de 2010.

Paralelamente, durante todo o ano de 2010, o MPT 11ª Região realizou também articulações, junto à bancada do Amazonas, para a obtenção de emendas orçamentárias, em 2011, destinadas às necessidades de implantação e funcionamento da nova sede, como mobiliários e equipamentos. Para tanto, foi entregue, a cada um dos parlamentares, um relatório sobre o andamento da obra e de sua importância para a socie-dade amazonense, sobretudo para a classe trabalha-dora.

O senador Jefferson Praia e os deputados fede-rais Marcelo Serafim Côrrea, Francisco Praciano e Átila Lins propuseram, cada um, emendas individuas, no valor de R$ 300 mil. O senador Arthur Virgílio também fez uma proposta de emenda individual, no valor R$ 200 mil, totalizando um montante de R$ 1,4 milhão, em favor do MPT 11ª Região.

“A despeito do trabalho desenvolvido em 2010, o MPT 11ª Região continuará este ano envidando to-dos os esforços para a obtenção integral dos recursos para a conclusão da obra, principalmente de créditos suplementares, a fim de que a sociedade amazonense passe a dispor de um serviço ministerial mais célere, acessível e, sobretudo, de qualidade”, finalizou o pro-curador-chefe.

SEdE da Ptm dE boa viSta/rrSErá amPliada

A sede da Procuradoria do Trabalho no mu-nicípio de Boa Vista, em Roraima, passará a contar, em 2011, com cinco novos espaços de trabalho: uma sala destinada à assessoria jurídica, outra à secretaria administrativa, um arquivo morto, uma sala para a Coordenadoria de apoio aos procuradores e outra para os estagiários. Uma biblioteca também será ins-talada na PTM de Boa Vista, e a sala de audiência, já existente, será ampliada. A obra já foi licitada e os tra-balhos deverão começar até o final do mês de janeiro.

Todos os mobiliários e equipamentos necessários ao funcionamento da nova estrutura física também já foram adquiridos e serão entregues assim que a am-pliação for concluída.

A nova sede terá seis andares e dois pavimentos de subsolo destinados a estacionamento para servidores e visitantes. O terreno foi doado pela União e fica no bairro Flores, Zona Centro-Oeste de Manaus. A doa-ção foi feita pela Secretaria Regional do Patrimônio da União, por meio de termo de entrega, firmado no dia 27 de julho de 2010, pelo superintendente do Patrimônio da União no Estado do Amazonas, João Ricardo de Melo e Lima, e pelo procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento.

NOVA SEDE

Conclusão da obra depende da aprovação

de emendas orçamentárias

mPt da 11ª rEgião PaSSa Por inSPEção do cnmP

inSPEção acElErou ProcESSo dE tomada dE ProvidênciaS Por PartE

doS mEmbroS do mPt 11ª rEgião E

lEvou cnmP a rEalizar dElibEraçõES junto à Procuradoria

gEral da rEPública

O MPT 11ª Região con-siderou positivo o

relatório da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, que apontou as necessidades do órgão a partir de inspeção realizada pelo correge-dor do CNMP, Sandro Neis, em novembro de 2009. Assim como o MPT 11ª Região, outras institui-ções ministeriais do Amazonas foram inspecionadas. O resultado foi comunicado oficialmente no final de julho de 2010.

A inspeção foi realizada dois meses após a chegada de Jorsinei Dourado do Nascimento à chefia da Regional. Segundo o procurador-chefe, o documento destaca as mesmas deficiências, por ele constatadas, quando da sua assunção à direção do MPT 11ª Região.

Essa inspeção contribuiu para acelerar a adoção de soluções para os problemas apontados. “Procedimentos de investigação instaurados há mais de um ano, passaram a ter tramitação prio-ritária. Muitos deles já foram concluídos. Outros, porém, con-tinuam ainda em andamento, em

razão da complexidade do objeto investigado. Neste caso, os pro-cedimentos tiveram renovados os seus prazos, nos termos do que dispõe a Resolução 69/2007 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho”, explicou Jorsinei Dourado do Nascimento.

Outro ponto destacado pelo CNMP foi a deficiência estru-tural e de pessoal por que passa o Ministério Público do Trabalho da 11ª Região, principalmente se comparada à estrutura da Procu-radoria da República no Amazo-nas. A situação levou, inclusive, o Conselho a recomendar ao Procurador Geral da República a adoção de providências para am-

pliação do quadro de pessoal do MPT 11ª Região.

Atualmente, a sede do MPT 11ª Região está localizada em um prédio alugado na Rua Pará, esquina com a Avenida Djalma Batista, na Chapada, em Manaus. Possuía, à época da inspeção, oito procuradores do trabalho e 27 servidores, responsáveis por todo o Estado do Amazonas – um número considerado insuficiente para atender ao maior Estado da Federação em dimensão ter-ritorial, e que também ocupa o quarto lugar em arrecadação do país, em razão do Pólo Industrial de Manaus, que emprega cerca de 120 mil trabalhadores diretos.

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CNMP

O procurador-chefe, Jorsinei

Dourado, e o Corregedor Geral do

CNMP, Sandro Neis

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ADMINISTRATIVO

corrEgEdora gEral do mPtviSita o amazonaS

Entre os dias 19 e 22 de outubro de 2010, o MPT 11ª Região recebeu a visita da Cor-

regedora do Ministério Público do Trabalho, Heloísa Maria Moraes Rego Pires, que realizou correição extraordinária, visando a aferir o cumprimento dos Termos de Ajustamento de Condutas, firmados pe-los órgãos do MPT nos Estados do Amazonas e Ro-raima.

Para o procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, a correição foi de fundamental importância para a região, uma vez que permitiu a todos os membros, lotados nos Estados do Amazonas e Roraima, receberem orientações e esclarecimentos acerca de suas atuações.

Na oportunidade, os procuradores do trabalho do Amazonas apresentaram à Corregedoria do MPT os avanços que o MPT 11ª Região tem obtido com a implantação de diversas melhorias, a exemplo do Sistema MPT Digital e da Uniformização de Pro-cedimentos no âmbito local.

A visita da Corregedora representou mais uma oportunidade para que a Regional pudesse demons-trar todas as dificuldades por que, atualmente, vem passando, em razão do deficitário quadro de pessoal e de sua estrutura física.

Todas essas dificuldades, inclusive, já haviam sido constatadas pela Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, em novembro de 2009.

A Corregedora do MPT Heloísa Maria Moraes Rego Pires

realizou uma correição extraordinária, para aferir o

cumprimento de TAC’s

SiStEma mPt digital

é imPlantado com SucESSo

E dEntro do Prazo

O MPT 11ª Região deu um passo importante

no processo de informatização dos procedimentos investigatóri-os com a implantação do Sistema MPT Digital.

“Concebido como um con-junto de sistemas de informática integrados para dar suporte aos procedimentos internos, a exem-plo de distribuição e tramitação de processos, agendamento de eventos e audiências, estatísticas, gestão de recursos humanos, den-tre outros, o MPT Digital tem como objetivo final acabar com os processos de papel e criar os processos virtuais, o que impli-cará uma economia nos gastos públicos e a celeridade no an-damento dos feitos”, explicou Joseph Hatchwell, chefe do setor de TI.

O sistema foi instituído por meio da Portaria 164/2010, publi-cada pela Procuradoria Geral do Trabalho (PGT). A portaria esta-belece, dentre outras exigências, o cumprimento de prazos por parte das Procuradorias Regionais do Trabalho (PRT) e Procurado-

rias do Trabalho nos Municípios (PTM) para a instalação do MPT Digital. O MPT 11ª Região con-seguiu concluir a primeira fase de implantação do sistema, em junho de 2010, dentro do prazo previsto.

“Apesar da grande dificul-dade, conseguimos, no dia 14/06/2010, cumprir todas as determinações estabelecidas na referida Portaria, com a implanta-ção do MPT Digital e disponibili-zação dos dados desse sistema no Banco Nacional de Documentos e Processos (BNDP)”, informa o procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, acrescentando que os benefícios já são visíveis.

O processo de implantação do sistema divide-se em duas fases. A primeira, já concluída, consistiu na migração dos dados do sistema anterior para o MPT Digital, permitindo uma integra-ção da Regional com a PGT e de-mais Procuradorias do Trabalho. E a segunda, prevista para 2011, consistirá na implementação do processo virtual.

Por enquanto, o acesso às informações contidas nesse siste-ma está restrito apenas ao MPT. Porém, até o final de 2011, esse acesso deverá ser disponibilizado à sociedade em geral, por meio da internet, ficando resguardados os dados sigilosos.

“O MPT DIGITAL é resul-tado de um esforço do MPT em prestar sempre um serviço públi-co adequado, eficiente, transpa-rente e otimizado, avalia o procu-rador-chefe.

mEmbroS E SErvidorES

trEinadoS

A capacitação dos membros e servidores, quanto ao uso do MPT Digital, foi uma das priori-dades estabelecidas pelo MPT 11ª Região, como forma de garantir a efetiva implantação do Sistema. Para isso, foram realizados cur-sos e treinamentos que permiti-ram um conhecimento detalhado acerca da ferramenta. Um deles, ocorreu de 3 a 7 de maio de 2010, no auditório da sede do MPT no Amazonas.

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INFORMATICA´

Sistema informatizará processos

11

SUSTENTABILIDADE

açõES ExEmPlarES Em favor da PrESErvação do mEio ambiEntE

O desenvolvimento de ações simples de combate ao desperdício e o estímulo dos

membros e servidores do Ministério Público do Tra-balho 11ª Região a modificarem atitudes do dia a dia em favor da preservação do meio ambiente são as finalidades do Projeto MPT Ambiental, que vem sendo implantado no âmbito do MPT 11ª Região.

Desde a sua implantação, a partir do segundo semestre de 2010, o projeto já conseguiu reduzir em 50% o consumo de papel, com a simples impressão frente e verso. Cestos de coleta seletiva já foram adquiridos e instalados na sede da Regional e canecas para água e café individuais substituirão os copos plásticos.

Em 2011, o MPT 11ª Região firmará convênio com uma cooperativa de catadores de papel, visan-do a repassar para a entidade o total de resíduos reaproveitáveis produzidos. Serão ainda estabeleci-das metas de redução do consumo de energia e re-ciclagem de lâmpadas fluorescentes.

“Com o MPT Ambiental estamos dando cum-primento à recomendação da Procuradoria Geral do Trabalho, que definiu, em nível nacional, uma política socioambiental a ser adotada por todo o Ministério Público brasileiro”, explicou a diretora regional do MPT 11ª Região, Sandra Sierra.

gináStica laboral

Como forma de melhorar o relacionamento in-terpessoal entre membros e servidores, o MPT 11ª Região contratará, em 2011, um profissional quali-ficado em Educação Física para ministrar sessões diárias de ginástica laboral, com aproximadamente 15 minutos de duração. “É uma forma de proporcionar aos membros e servidores um ambiente de trabalho adequado e mais saudável ”, afirma o procurador-chefe, Jorsinei Dourado do Nascimento.

Cestos de coleta seletiva estimulam servidores do MPT 11ª

Região a adotarem atitudes ambientalmente corretas

Porto chibatão

faz acordo com mPt 11ª rEgião

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Depois de atuar de forma decisiva no pro-cesso de investigação e monitoramento

das condições de funcionamento do Porto Chibatão, o Ministério Público do Trabalho - 11ª Região con-seguiu firmar acordo judicial parcial com o referido terminal portuário que se comprometeu a prestar as-sistência econômica, psicológica e jurídica às famílias dos funcionários desaparecidos no deslizamento de terras ocorrido nas instalações do porto. O acidente aconteceu no dia 17 de outubro de 2010 e resultou na morte de dois trabalhadores, cujos corpos não foram localizados.

O acordo foi homologado no dia 14 de dezem-bro de 2010, na 4ª Vara do Trabalho de Manaus, nos autos de uma Ação Cautelar ajuizada pelos Ministé-rios Públicos do Trabalho e do Estado do Amazonas (representado pelo promotor de Justiça Aguinaldo Concy). A ação resultou na interdição do Porto Chi-batão por seis dias, em virtude dos riscos que novos deslizamentos poderiam causar à vida e à segurança dos trabalhadores portuários (princípio da precaução e prevenção).

No acordo judicial, o Porto Chibatão também as-sumiu o compromisso de manter atualizados os estu-dos ambientais acerca da estabilidade do terreno onde está instalado, bem como adotar medidas preventivas em relação ao ambiente de trabalho, notadamente quanto às atividades de engenharia que estão sendo

aPóS intErditar E rESguardar a SEgurança doS trabalhadorES do tErminal Portuário, mPt conSEguE garantir aSSiStência àS famíliaS daS vítimaS

CAPA

Um dia após o acidente, equipe do MPT esteve no

Porto Chibatão

13

desenvolvidas no local. O porto ainda se comprome-teu em contratar seguro de vida em favor de seus em-pregados e de terceiros que prestam serviços na área do empreendimento.

Segundo o procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, que oficiou no caso, o acordo foi apenas parcial, ficando mantida a realiza-ção de perícia judicial, já determinada pela Juíza da 4ª Vara do Trabalho, que avaliará as condições atuais do terreno do Porto para a segurança dos trabalhadores. Em caso de descumprimento das obrigações judiciais assumidas, foi cominada uma multa diária no valor de R$ 100 mil.

Participaram também da referida audiência judi-cial, a Procuradora do Trabalho, Rosineide Mendonça Moura; a Juíza do Trabalho da 4º Vara de Manaus, Márcia Nunes da Silva Bessa, e a então Vice-Presi-dente do TRT 11ª Região, Desembargadora Federal Valdenyra Farias Tomé.

como SE dEu a intErdição

O procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, explica os motivos que o levaram a pedir a interdição do Porto Chibatão. Ele conta que esteve no local do acidente um dia depois do ocorrido, na companhia do procurador do tra-balho, Gilberto Souza dos Santos, para a realização de uma inspeção. Juntos, percorreram a área que não havia sofrido deslizamento e perceberam que a mesma se encontrava comprometida por uma fissu-ra de aproximadamente 40 centímetros de largura e 500 metros de comprimento longitudinal. No local, situado há aproximadamente 100 metros da margem do rio, foram verificados também outros indicativos de riscos iminentes de novos deslizamentos, como o rompimento de tubulações subterrâneas, postes inclinados e abaloamento de estruturas de concreto. O quadro encontrado levou o MPT a ajuizar Ação Cautelar visando a interdição do porto, a realização de perícia para verificar as condições de terreno, em favor da vida e da segurança dos trabalhadores e a manuten-

ção do pagamento dos salários enquanto perdurasse a interdição. A referida ação foi ajuizada perante o Juiz do Trabalho plantonista, em 22 de outubro de 2010. No dia seguinte, o pedido foi integralmente deferido e a interdição executada. No dia 24 de outubro, a de-cisão foi cassada por meio de liminar concedida pela Desembargadora plantonista, Solange Maria Santiago Morais. No dia 27 de outubro, a Desembargadora Fe-deral e então Vice-Presidente, Valdenyra Farias Tomé, competente para o feito, revogou a liminar concedida pela Desembargadora Plantonista, restabelecendo a interdição. A revogação teve como base os laudos técnicos, juntados aos autos pelo MPT 11ª Região, da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM) e do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), que condenaram a área para operação por-tuária. O terminal ficou paralisado por seis dias até que fosse novamente revogada a interdição, por meio de uma decisão proferida pela Desembargadora Fede-ral, Solange Maria Santiago Morais, em sede de Pe-dido de Suspensão de Segurança.

De acordo com o Procurador do Trabalho, Afonso de Paula Pinheiro Rocha, que está oficiando no feito perante o TRT 11ª Região, a decisão, profe-rida nos autos do Pedido de Suspensão de Segurança, contraria o disposto no art. 15 da Lei de Mandado de Segurança, na medida em que não foi solicitada pelo Ministério Público ou órgão público, mas por entidade privada, razão por que interpôs Agravo Regimental ao Pleno do TRT 11ª Região, como também um Pedido de Reconsideração à Presidente do Egrégio Tribunal.

CAPA

Quadro encontrado no local levou o MPT a entrar com

ação cautelar de interdição

14

EmPrESa fabricantE dE coPoS PláSticoS intErditada Por cauSar gravES danoS

aoS trabalhadorES

A empresa Copobrás, com sede no bairro de

Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus/AM, teve sua planta in-dustrial interditada, em fevereiro de 2010, a pedido do Ministério Público do Trabalho 11ª Região, em razão dos graves danos causa-dos à vida e à incolumidade física dos trabalhadores.

Dentre os problemas, foram constatados um elevado índice de ruído no interior do estabe-lecimento; a dispersão no ar de partículas sólidas como poli-estireno cristal; o excesso de tem-peratura; e a falta de dispositivos de segurança nas máquinas. Tudo isso agravado pela ausência de equipamentos de proteção indi-vidual, como luvas, protetores auriculares, máscaras, óculos e vestimentas apropriadas.

A situação da fábrica era ainda pior, pois, dos seus 140 empregados, pelo menos 46, nos últimos dois anos, já haviam sido vítimas de acidentes de trabalho gravíssimos, que resultaram em fraturas expostas, queimaduras, esmagamentos e amputações de

INTERDICAO~

,

Inspeção constatou irregularidades, como falta de EPI’s

e grande número de acidentes

membros do corpo. O número de sequelados da empresa represen-tava 30% do quadro total de fun-cionários, um índice altíssimo e que exigiu a tomada de providên-cias urgentes.

“É inconcebível que grandes empresas, beneficiárias de incen-tivos fiscais decorrentes do Pólo Industrial de Manaus, explorem a mão-de-obra local sem se preocu-par com a responsabilidade social, com a vida, saúde e segurança do ser humano, e, sobretudo, com o valor social que o trabalho repre-senta para o exercício da cidada-nia, afirmou o procurador-chefe, Jorsinei Dourado do Nascimento,

que oficiou no caso. Ressaltou, ainda, que a paralisação das ativi-dades da empresa não trouxe prejuízos para os trabalhadores, que receberam seus salários nor-malmente até o restabelecimento das atividades.

Atualmente, a empresa vem cumprindo as obrigações estabe-lecidas por meio de acordo judi-cial, destinadas à adequação da planta industrial da empresa às normas de segurança e medicina do trabalho. Além disso, foram instalados em todas as máquinas dispositivos de desligamento au-tomático, como forma de preve-nir novos acidentes durante a ma-nutenção das mesmas.

15

GREVE

mPt 11ª rEgião intErmEdEia rEunião EntrE

trabalhadorES E PatrõES do SiStEma

dE tranSPortE colEtivo urbano, Pondo fim à grEvE

O fim da greve dos tra-balhadores do sistema

de transporte coletivo de Manaus só foi possível, em maio de 2010, depois de uma reunião interme-diada pelo Ministério Público do Trabalho 11ª Região, levando à mesa de negociações represen-tantes do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (Sinetran) e o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Manaus.

A mediação foi presidida

pelo procurador-chefe do MPT, Jorsinei Dourado do Nascimento, com o apoio do procurador do trabalho, Adson Souza do Nasci-mento, e do promotor de Justiça, Agnaldo Concy.

Após seis horas de duração, a reunião, que ocorreu no dia 4 de maio de 2010, terminou com o fechamento de um acordo entre as partes, resultando num aumen-to de 4% no valor dos salários dos trabalhadores rodoviários (mo-

toristas e cobradores), 10% sobre o valor da cesta básica e 20% no tíquete-alimentação.

O referido acordo, além de normalizar o serviço de trans-porte coletivo de Manaus, foi encaminhado ao Pleno do Tribu-nal Regional do Trabalho da 11ª Região para homologação, extin-guindo o Díssidio Coletivo, de natureza econômica, que tratava das referidas reivindicações feitas pela categoria profissional.

Transtornos causados pela

paralisação afetaram diretamente a

população que utiliza o serviço

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fazEndEiro écondEnado PEla Prática

dE trabalho EScravo

no amazonaS

Um grupo de sete trabalhadores, que eram mantidos em condições degradantes, foi

beneficiado com a condenação do fazendeiro César de Castro Brasileiro Borges, pela Justiça do Traba-lho, em razão de submetê-los a trabalho análogo ao de escravo. A condenação deu-se a partir de ações civis propostas pelo MPT 11ª Região.

O fazendeiro foi sentenciado a pagar R$ 100 mil, a título de danos morais coletivos, R$ 5 mil para cada um dos sete trabalhadores lesados, a título de danos morais individuais; e R$ 45.536,44, em rescisões contratuais. Foi obrigado também a assegurar o direito de ir e vir dos trabalhadores, elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), fornecer água potável e fresca, garantir instalações sanitárias; arma-zenar comida adequadamente; fornecer equipamentos de proteção individuais (EPIs); não efetuar descontos indevidos e assinar a carteira de trabalho profissional dos empregados.

trabalhadorES chinESES São EncontradoS

Em condiçõES dESumanaS Em manauS

Os trabalhadores de identidade chinesa Liang Hao, Lixang Qu, Baiyun Sun e

Gang Yen foram resgatados no dia 17 de dezembro de 2010, em condições subumanas de dentro da ma-deireira Cifec Compensados da Amazônia, localiza-da no Distrito Industrial, na Zona Leste de Manaus.

De acordo com a investigação, que contou com a participação do procurador do trabalho, Audaliphal Hildebrando da Silva, os trabalhadores chineses eram agredidos fisicamente e não recebiam seus salários desde abril de 2008. Eram coagidos, tinham alimentação reduzida e obrigados a comer carne de cachorro por falta de alimentação.

A investigação do crime durou 15 dias e acon-teceu por meio de uma operação do Ministério Pú-blico do Trabalho, Ibama, Polícia Federal e Superin-

tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar.

O responsável pela madeireira e diretor de fi-nanças, Jin Ruigen, foi autuado, em flagrante, pelo delegado da Polícia Federal, Rafael Debona, pelo crime de redução à condição análoga a de escravo.

TRABALHO ESCRAVO

Chineses eram

mantidos en

regime de

escravidão

em madereira

no Distrito

Industrial

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TRABALHO ESCRAVO

O MPT 11ª Região, com a participação de di-versos outros órgãos, realizou reunião, no

mês de agosto de 2010, visando à criação de um gru-po de trabalho permanente com a finalidade de atuar no combate ao aliciamento de trabalhadores e na pre-venção ao trabalho escravo no Estado do Amazonas.

Participaram da reunião os procuradores do trabalho, Augusto Grieco Sant´Anna Meirinho, Auda-liphal Hildebrando da Silva, Giselle Alves de Oliveira e Daniela da Silva Elbert, bem como re-presentantes da SRTE/AM, Alcino Vieira dos San-tos e Francisco Edson Rebouças; o Procurador da República, Isac Barcelos; os coroneis da Polícia Mili-tar Ambiental, Jânio Costa de Souza e Denis Sena; o delegado da Polícia Federal, Roberto de Jesus Câmara da Costa; o agente da Polícia Rodoviária Federal, Rafael de Brito Aquino Soares; e o representante do IBAMA/AM, Geandro G. Pantoja.

Em sua explanação, Jorsinei Dourado do Nascimento, manifestou a intenção do MPT 11ª Região em formalizar um acordo de parceria entre o Ministério Público do Trabalho e os demais órgãos representados na reunião, para atuação de forma co-

ordenada e eficaz no combate ao trabalho escravo no Amazonas. A iniciativa é meta de trabalho da Coorde-nadoria Regional de Combate ao Trabalho Escravo do MPT 11ª Região.

A medida, além de intensificar o trabalho preven-tivo, permitirá a produção de elementos probatórios, que subsidiarão a adoção de medidas extrajudiciais e judiciais, de natureza cível e penal, à caracterização da prática de trabalho escravo.

gruPo dE trabalho intEnSificará o combatE ao

trabalho EScravo no amazonaS

É anseio da sociedade que o trabalhador rural, principalmente o que trabalha no desmate, em ma-deireiras e em fazendas, também tenha direito a um ambiente digno e saudável. Segundo o procurador-chefe e coordenador regional de combate ao traba-lho escravo do MPT 11ª Região, não se pode mais admitir que uma herança cultural negativa de trabalho degradante e desumano continue a reinar e prevalecer no interior do Estado do Amazonas, em benefício ex-clusivo dos maus empregadores.

Em parceria com outros órgãos, MPT combaterá trabalho

escravo no Amazonas

Fazendeiro pagará cerca de R$ 150 mil aos trabalhadores

JUSTICA SOCIAL

18

boca do acrE/am rEcEbE

juStiça do trabalho itinErantE

O Projeto Justiça do Tra-balho Itinerante, de-

senvolvido pelo Tribunal Regio-nal do Trabalho da 11ª Região, e que consiste na realização de mu-tirões de julgamentos de proces-sos trabalhistas, foi promovido na cidade de Boca do Acre/AM.

Cerca de 200 processos judi-ciais foram instruídos e julgados, durante os cinco dias de itinerân-cia. Dentre eles, três Ações Civis Públicas e três Ações Civis Co-letivas, ajuizadas pelo MPT 11ª Região, envolvendo a prática de trabalho análogo a de escravo.

Com a condenação dos res-ponsáveis, as indenizações tra-balhistas somaram mais de R$ 2 milhões, em benefício de aproxi-madamente 40 trabalhadores do município de Boca do Acre, en-contrados em situação análoga a de trabalho escravo.

Na oportunidade, o Minis-tério Público do Trabalho 11ª Região, além de participar ati-vamente do projeto, também realizou inspeções na localidade.

Um dos maiores frigorí-ficos do Estado do Amazonas (Agropam/Frizam), responsável pelo abastecimento de carne bo-vina de todo Estado, foi inspe-cionado, no dia 18 de agosto de 2010, tendo sido verificadas irre-gularidades como: falta de EPI´s adequados; ausência de intervalos durante a jornada, para os fun-cionários que trabalham nas câ-maras frigoríficas; sobrecarga de peso; defeitos na caldeira; falta de ventilação natural em alguns setores; falta de cuidados na ope-ração de serras elétricas, utilizadas no corte de ossos e carnes, entre outros. O frigorífico consegue abater cerca 250 cabeças de gado por dia e possui, em média, 200 empregados, os quais participam de todo o processo de abate do gado.

Outra empresa inspecionada foi a Construtora Colorado Ltda, responsável pela pavimentação da BR-317, que liga o Estado do Amazonas ao Estado do Acre. Trabalhando numa área cercada

por florestas, fazendas e reservas indígenas, diversos empregados foram encontrados sem as devi-das condições de trabalho, princi-palmente quanto à falta de EPI´s, de instalações sanitárias, de estru-turas para higienização, além de abrigos para refeições e descanso, no canteiro de obras.

Chamou a atenção, ainda, do MPT 11ª Região o fato de a referi-da construtura ter terceirizado ilicitamente serviços ligados à sua atividade principal (construção).

Em face disso, o MPT 11ª Região instaurou procedimen-tos de investigação para apurar e sanar as irregularidades constata-das.

aPoio aoS

trabalhadorES ruraiS

Durante a estada em Boca do Acre, o procurador-chefe do MPT11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, visitou o Instituto Chico Mendes e o Sin-

,

mPt 11ª rEgião rEaliza inSPEçõES na cidadE

TRABALHO INFANTIL

19

caravana do trabalho infantil

PaSSa Por

municíPioS

do amazonaS

Em 2010, a caravana de combate ao trabalho infantil do Ministério Público do Trabalho 11ª Região passou pelos municípios de Iranduba, Manacapuru e Itacoatiara, situados na Região Metropolitana de

Manaus. Mais de 500 pessoas participaram das diversas atividades, em todos os eventos. Em Manacapuru, a festa, em favor das crianças, foi realizada no Parque do Ingá, o Cirandódromo, onde, há 15 anos, acontece o Festival de Cirandas do município.

Com o lema “Brincar, estudar e viver... trabalhar, só quando crescer”, a caravana tem como finalidade desen-volver atividades preventivas que reafirmem a luta em favor da erradicação do trabalho infantil, que é uma das bandeiras do MPT 11ª Região.

As caravanas são parte das atividades desenvolvidas pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente do Amazonas, criado pelo MPT 11ª Região e presidido, atualmente, pelo procurador do trabalho, Audaliphal Hildebrando da Silva.

O Fórum lançou ainda a campanha “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil”, que consiste na produção de guardanapos, panfletos e camisetas, material distribuído durante as ações em logradouros públicos.

dicato dos Trabalhadores Rurais do município, com o objetivo de buscar apoio dessas entidades no combate ao trabalho análogo ao de escravo, naquela região.

“A referida parceria é de suma importância para o combate ao trabalho escravo em nosso Es-tado, principalmente pelo fato de o MPT somente se encontrar

sediado em Manaus e as referidas entidades estarem instaladas em Boca do Acre/AM, o que as tor-na conhecedoras dos problemas daquele município, ajudando o MPT a obter informações sobre a exploração desumana de mão-de-obra”, avalia o procurador-chefe.

Além disso, tanto o Instituto Chico Mendes quanto o Sindica-

to dos Trabalhadores Rurais têm, em suas atividades, a preocupação com o trabalho digno e regular. A parceria com os referidos órgãos permitirá um maior conheci-mento da região, como também contribuirá para o estreitamento da relação entre o MPT e a socie-dade urbana e rural de Boca do Acre/AM.

A caravana reuniu, no Parque do Ingá, crianças do médio

Solimões

BENEFICIO SOCIAL

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SociEdadE é a maior bEnEficiada

com tErmoS dE ajuStamEnto dE conduta

doação dE motociclEtaS E formação dE atlEtaS carEntES São algunS

doS bEnEfícioS SociaiS rESultantES doS tErmoS dE ajuStamEnto dE

conduta firmadoS PElo mPt 11ª rEgião

Ciente do papel que exerce na sociedade, o

Ministério Publico do Trabalho 11ª Região está sempre direcio-nando à população os benefícios gerados a partir do estabeleci-mento de Termos de Ajustamen-to de Conduta (TACs).

Em outubro de 2010, a em-presa Yamaha Motor da Amazô-nia assumiu o compromisso de entregar, em janeiro de 2011, sete novas motocicletas ao Corpo de Bombeiros do Amazonas. Equi-padas de acordo com os padrões de salvamento, as motos serão utilizadas no deslocamento rá-pido dos bombeiros para atendi-mento de ocorrência de incêndios ou acidentes, em áreas urbanas e rurais, onde veículos maiores não tenham acesso.

O TAC resultou de um in-quérito civil instaurado para in-vestigar as causas do acidente de trabalho ocorrido na empresa fabricante de motocicletas em maio de 2009. Na ocasião, um trabalhador morreu e outros dois ficaram feridos. No decorrer do inquérito civil, sob a presidência da procuradora do trabalho, Da-niela da Silva Elbert, a Yamaha,

além de doar as motos, compro-vou a adequação do local do aci-dente, adotando diversas medidas para o cumprimento das normas de segurança e saúde do trabalha-dor, com o objetivo de prevenir acidentes semelhantes.

Outro TAC, firmado pelo MPT 11ª Região, beneficiou, com o fornecimento de 13 bol-sas completas de treinamento na Academia La Fuerza, atletas carentes e de alto rendimento de Manaus, indicados pela Secretaria Municipal de Esporte. A assina-tura do termo ocorreu em agosto de 2010 e o prazo para a con-cessão do benefício é de um ano.

Em Boa Vista/RR, Ter-mos de Ajustamento de Condu-tas também foram firmados em 2010, em benefício da sociedade. Em um deles, sob a atuação do procurador do trabalho, Gilberto Souza dos Santos, o fazendeiro, Urzenir da Rocha Freitas Filho, foi obrigado a pagar a quantia de R$ 100 mil, da qual R$ 15 mil foram destinados a projetos de al-fabetização em assentamentos de reforma agrária e R$ 85 mil para a construção de bibliotecas rurais, todos no Estado de Roraima. O

motivo da condenação foi a veri-ficação de diversas irregularidades trabalhistas praticadas pelo fazen-deiro.

A Cooperativa de Serviços Médicos Unimed, em Boa Vista/RR, firmou Termo de Ajustamen-to de Conduta perante o MPT 11ª Região, comprometendo-se a substituir o sistema de com-pensação de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, pela jornada fixa de seis horas diárias. A cooperativa foi obrigada, ainda, a oferecer um intervalo de 15 minutos de descanso e um lanche para os trabalhadores, conforme relatado pelo procurador do tra-balho, Gilberto Souza dos Santos.

Em outro caso, prestadoras de serviço terceirizados para o Governo de Roraima e a empresa RS Construções foram obrigadas a destinar recursos para a cons-trução de um centro de convivên-cia e lazer para os seus emprega-dos e a fazer doação de R$ 30 mil a uma instituição sem fins lucrati-vos. Parte desses recursos foram utilizados na construção de um centro de informática na Funda-ção Elim, entidade que presta as-sistência social a crianças em Boa Vista/RR.

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ADMINISTRACAO PUBLICA

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comPanhia EnErgética do EStado dE roraima

SubStituirá maiS dE 500 EmPrEgadoS

admitidoS SEm concurSo

O descumprimento de um Termo de Ajuste

de Conduta, firmado pela Com-panhia Energética de Roraima – CERR (sociedade de econo-mia mista), perante o Ministério Público do Trabalho 11ª Região e o Ministério Público Estadual, acarretou numa multa de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) à referida empresa energética. A CERR não cumpriu a determina-ção ministerial para a substituição de mais de 500 (quinhentos) tra-balhadores contratados sem con-curso público, nos prazos estipu-lados, desde o ano de 2006.

Visando a dar efetividade às

medidas moralizadoras estabe-lecidas, foi firmado um aditivo ao TAC descumprido, parcelando a multa fixada em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), em 10 (dez) parcelas mensais, a serem desti-nadas a um fundo institucional ou entidades sem fins lucrativos indicados pelo MPT e MPE. Foi ainda estabelecido um crono-grama para a criação de um plano de cargos e salários, para a reali-zação de concurso público e su-bstituição de todos os contrata-dos irregularmente, até o mês de abril de 2011.

Por determinação conjun-ta do procurador do trabalho,

Gilberto Souza dos Santos, e do promotor de justiça, Luiz Antônio Araújo de Souza, que oficiam no procedimento, o valor das duas primeiras parcelas, num total de R$ 60.000,00, será repassado pela Companhia Energética ao Centro Sócio Educativo, instituição do Estado de Roraima de internação de jovens infratores. Os valores deverão ser utilizados na implan-tação de uma panificadora e de um laboratório de informática, destinados à profissionalização de adolescentes internados, con-forme projeto apresentado e su-pervisionado pela Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Boa Vista.

ProSam é condEnado Por tErcEirização ilícita

O MPT 11ª Região ajuizou ação civil

pública, em face da Instituição de Dignidade Para Todos (IDPT), organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), responsável pelo fornecimento de mão-de-obra ao Governo do Estado do Amazonas. O MPT teve seus pedidos julgados par-cialmente procedentes, em de-cisão prolatada pela 12ª Vara do Trabalho de Manaus, em julho

de 2010. A ação foi ajuizada pela procuradora do trabalho, Safira Cristina Freire Azevedo Carone.

O IDPT, atualmente de-nominado Programas Sociais da Amazônia (Prosam), intermedeia mão-de-obra, sobretudo, para a Secretaria de Estado de Assistên-cia Social – SEAS e para a Se-cretaria de Estado de Segurança Pública – SSP.

O PROSAM foi condenado a “abster-se de fornecer, intermedi-

ar ou colocar trabalhadores à dis-posição do Estado do Amazonas, bem como de entidades que inte-grem a sua administração direta e indireta, sob pena de incidir em multa diária, fixada no valor de R$ 1 mil, a reverter em favor do Fundo de Amparo ao Trabalha-dor (FAT), e ainda a arcar com a quantia de R$ 200 mil reais, tam-bém reversível ao FAT, a título de ressarcimento por dano moral coletivo”.

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~

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Com o objetivo de facilitar a inclusão de pes-soas com deficiência (PCD) no mercado

de trabalho amazonense e, ao mesmo tempo, fazer com que empresários, de um modo geral, cumpram a Lei 8.213/91 – que institui a obrigatoriedade de contratação de deficientes – o MPT 11ª Região está trabalhando na criação de um banco de dados, a ser disponibilizado na internet, para consulta por todas as empresas do Estado do Amazonas.

Um encontro, realizado no dia 21 de maio de 2010, no auditório do SESI/AM, marcou o início do projeto, e reuniu representantes de diversos órgãos e entidades de classe para discutir a finalidade da cria-ção do banco de dados.

Representantes do MPT 11ª Região, da SRTE/AM, do Ministério Público do Estado do Amazonas, da Superintendência da Zona Franca de Manaus, da Federação das Indústrias do Estado do Amazo-nas (Fieam), do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL), da As-sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae/AM), da ADEFA, dos Sindicatos, das Indústrias

banco dE dadoS EStimulará

a acESSibilidadE dE Pcd’Sno mErcado dE trabalho do amazonaS

INCLUSAO SOCIAL~

Vários órgãos reuniram-se para tratar do banco de PCD’s

23

Metalúrgicas, das Indústrias Eletroeletrônicas e das Indústrias Plásticas, bem como de algumas empresas do Pólo Industrial de Manaus, estiveram presentes.

O projeto é uma iniciativa do MPT 11ª Região, cuja execução conta também com a participação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas - SRTE/AM, do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas-CIEAM, da Associação de Deficientes do Amazonas-ADEFA, e com apoio tec-nológico da Fucapi.

Por meio dele, pessoas com deficiência terão à dis-posição uma ferramenta de acessibilidade no mercado de trabalho, mediante o cadastro de suas informações pessoais e qualificações profissionais, permintindo que empresas, também cadastradas, tenham acesso a essas informações para contratação e cumprimento da cota legal.

Para as empresas, faltam pessoas habilitadas e capacitadas para serem inseridas no mercado de tra-balho. Por outro lado, as associações de defesa dos in-teresses das pessoas com deficiência, afirmam o con-trário e que há uma resistência grande das empresas na contratação dessas pessoas.

O procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, ressalta que a medida é ape-nas o início de um trabalho ainda maior que o MPT, com o apoio de outras instituições, pretende realizar para levantar a quantidade de PCD´s em condições de serem inseridas no mercado de trabalho de nosso Estado. “Após esse levantamento, trabalharemos no sentido de capacitar profissionalmente todas as pes-soas com deficiência cadastradas no banco de dados”, finalizou o procurador-chefe.

INCLUSAO SOCIAL~

Intenção do MPT é realizar levantamento

completo do número de PCD’s em condições

de trabalho no Estado

ACORDOS JUDICIAIS

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mPt 11ª rEgião firma acordo judicial com

PartidoS PolíticoS E bEnEficia caboS ElEitoraiS

O Ministério Público do Trabalho 11ª Região teve um papel decisivo na defesa da garantia dos direitos dos trabalhadores contratados para atuar na última campanha eleitoral. Por iniciativa do procurador do trabalho, Audaliphal Hildebrando da Silva, o MPT 11ª Região firmou acordo judicial com todos os partidos políticos do Estado do Amazonas, na Ação Civil Pública (ACP) nº 1504/2008.000.11.00-0, ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Manaus, onde foram definidos todos os requisitos necessários à contratação dos cabos eleitorais.

Os partidos políticos ficaram obrigados a firmar contrato por escrito com os trabalhadores; pagar salário-mínimo mensal e proporcional aos dias trabalhados; conceder folga aos cabos eleitorais de, pelo menos, um dia na semana; fazer a inscrição junto à Previdência Social, via GFIP; arrecadar e recolher a contribuição previden-ciária; incluir o segurado na folha de pagamento; conceder, pelo menos, dois vales-transporte ou transporte de ida e volta ao local de trabalho; permitir saídas dos postos para utilização de sanitários; conceder água potável no local de trabalho; e protetor solar com fator de proteção 50.

Os partidos políticos ficaram obrigados ainda a conceder intervalo para alimentação e repouso de, pelos me-nos, 15 minutos para jornada superior a quatro horas contínuas, e de uma hora para jornada acima de seis horas.

O acordo, homologado pelo juiz da 1ª Vara do Trabalho de Manaus, Djalma Monteiro de Almeida, além de suprir ausência de legislação específica, marcou uma nova etapa nas relações de trabalho entre cabos eleitorais e partidos políticos no Estado do Amazonas, pondo fim à uma tradição de exploração e precarização desses trabalhadores.

afEam comPromEtE-SE a ajuStar

quadro dE funcionárioS

O MPT 11ª Região, por meio da atuação da

procuradora do Trabalho, Safira Cristina Freire Azevedo Carone, firmou acordo judicial com a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM), por meio do qual a empresa pública estadual comprometeu-se a não contratar ou nomear, sem prévio concurso público, trabalhadores para a ocupação de função de confiança ou gratificada, salvo

para os cargos relativos ao Con-selho de Administração, Conse-lho Fiscal, Gerência e Diretoria. Em caso de descumprimento desta cláusula, o acordo prevê multa de R$ 10 mil, por trabalha-dor admitido irregularmente.

A AFEAM comprometeu-se também em disponibilizar, no máximo 10% de seus cargos efe-tivos, para cargos comissionados de livre nomeação e exoneração.

A agência de fomento de-verá, ainda, no prazo máximo de 10 meses, afastar os trabalha-dores contratados para ocupar funções de confiança, sem con-curso público, ao limite máximo de 10% dos cargos efetivos. Caso não afaste os trabalhadores que excedam o percentual indicado, no prazo acima, será cobrada multa de R$ 5 mil, por trabalha-dor em situação irregular.

DICAS AO TRABALHADOR

São consideradas as piores formas de exploração do trabalho infantil:a venda ou trá�co de crianças; a utilização, o recrutamento ou a oferta de

crianças para prostituição; a utilização, recrutamento ou a oferta de crianças para a realização de atividades ilícitas, em particular a produção e

o trá�co de entorpecentes; e o trabalho que, por sua natureza ou pelas condições em que é realizado, é suscetível de prejudicar a saúde,

a segurança ou a moral das crianças.(art. 3º da Convenção 182 da OIT)

Caracteriza-se como trabalho escravo colocar os trabalhadores para morar em barracos de lonas ou plástico; fornecer aos trabalhadores, para beber

ou tomar banho, água suja ou sem tratamento; falta de instalações sanitárias; retenção da carteira de trabalho; cobrar do trabalhador pelo fornecimento de equipamentos de segurança ou pelas ferramentas de

trabalho; cobrança de dívidas ilegais, fazendo com que o trabalhador não consiga pagar a dívida nem sair do local de trabalho; trabalho sob ameaça,

uso da força ou vigiado, cerceando o direito de ir evir do trabalhador, além de outros.

Meio Ambiente de Trabalho é qualquer local onde o trabalhador presta seus serviços, seja ao ar livre, dentro de um escritório ou numa fábrica. Cabe ao empregador garantir todas as condições de higiene, saúde e segurança do trabalhador em seu ambiente de trabalho, de modo a

mantê-lo limpo, saudável e, sobretudo, protegido de acidentes de trabalho.

O assédio moral no trabalho constitui-se pela exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e

prolongada, em seu ambiente de trabalho. O trabalhador, vítima de assédio moral, sofre problemas em sua saúde física e mental, podendo levá-lo a

pedir demissão, à incapacidade para trabalhar ou até a sua morte.

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w w w . p r t 1 1 . m p t . g o v . b r