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DEIXE EM PAZ SEU CORAÇÃO 6 De volta à pista 4 5 Tristeza, por favor, vá embora EMOÇÕES E SAÚDE ABR14 2 Revista digital Levar vida saudável e dosar ansiedade é a melhor proteção contra o infarto

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DEIXE EM PAZ SEU CORAÇÃO

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De volta à pista

4 5Tristeza, por favor, vá embora

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Levar vida saudável e dosar ansiedade é a melhor proteção contra o infarto

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EQUILÍBRIO ENTRE CORAÇÃO E CÉREBRO É CHAVE PARA O BEM-ESTAR

Felicidade, tristeza, prazer, medo, irritação... As emoções que sentimos, em menor ou maior grau, mexem com o nosso cérebro e, por coerência cardíaca, com o nosso coração. Ele acelera os batimentos cardíacos, deixando a respiração ofegante e a pele ruborizada, e uma sensação de nó na garganta. Dependendo da reação de cada indivíduo aos estímulos do meio ambiente, a sua frequência cardíaca poderá ultrapassar em duas vezes o seu ritmo normal em repouso. E, diante de tantas emoções, as pessoas sedentárias, fumantes, estressadas, hipertensas, diabéticas e com doenças cardiovasculares correm maiores riscos. Portanto, é preciso manter o equilíbrio físico e mental para responder de forma adequada às demandas do dia a dia e alcançar o bem-estar.

As emoções fazem o nosso cérebro ativar o sistema endócrino, que, por sua vez, estimula a liberação na corrente sanguínea de altas doses dos hormônios do estresse: adrenalina e cortisol. O primeiro causa a contração das paredes dos vasos, estreitando o � uxo de sangue, e determinará o ritmo do seu

Por Gilberto Ururahy, médico, diretor da Med-Rio Check-up e coautor de O cérebro emocional – As emoções do estresse cotidiano (editora Rocco)

coração e as variações da pressão cardíaca. Enquanto isso, o cortisol engrossa o sangue, o que aumenta muito a chance de formação de coágulos que entopem as artérias, elevando o risco de infarto agudo e acidente vascular encefálico, o derrame.

O estresse, a depressão, a ansiedade, os medos e as emoções negativas são fatores que interferem na harmonia entre o cérebro e o coração, abrindo o caminho para doenças. Aprender a relaxar, a respirar e a levar uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e prática de atividade física diária, é o primeiro passo para se adaptar às pressões diárias. Ter uma atitude positiva diante das di� culdades e pensar positivamente também ajudam muito. Quando conseguimos manter a estabilidade emocional, o nosso coração trabalha melhor, bem como todo o corpo.

Boa leitura!

foto da capa: Shutterstock

Editorial Equilíbrio entre coração e cérebro é chave para o bem-estar

Você é o que você come Dietas que prometem milagres fazem mal à saúde

Pernas para que te quero De volta à pista

Nervos à fl or da pele Tristeza, por favor, vá embora

Prevenir é o melhor remédio Deixe em paz seu coração

Tudo por um sonho Sonhando acordado

Eureka Maior consumo de frutas e verduras frescas aumenta a longevidade

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A revista digital Emoções e Saúde é uma realização da Med-Rio Check-up.Edição e Reportagem: PROA Comunicação Estratégica Projeto Grá� co e Editoração: Design-se

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Enquanto isso, o cortisol engrossa o sangue, o que aumenta muito a chance de formação de coágulos que entopem as artérias, elevando

que interferem na harmonia entre o cérebro e o coração, abrindo o caminho para doenças.

balanceada e prática de atividade física diária, é o primeiro passo para se adaptar às pressões

di� culdades e pensar positivamente também ajudam muito. Quando conseguimos manter

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DIETAS QUE PROMETEM MILAGRES FAZEM MAL À SAÚDEQuem nunca lutou contra a balança? Na busca pelo peso ideal e pelo corpo perfeito, é comum pessoas fazerem dieta por conta própria. No desespero para perder peso, elas procuram um milagre. O desejo quase obsessivo pelo emagrecimento leva a dietas que prometem resultados em pouquíssimo tempo. É aí que mora o perigo. As dietas da moda e radicais trazem sérias consequências à saúde, como, por exemplo, séria defi ciência de nutrientes, principalmente vitaminas e minerais.

Um exemplo disso é a dieta só de proteínas e ausência de carboidratos (açúcares), a maior fonte de energia para as células, principalmente os neurônios. Os adeptos desse tipo de regime correm o risco de ter um aumento das gorduras no sangue. “Essas e outras dietas podem até trazer algum resultado no início, que pode ser desastroso assim que a dieta for abandonada, causando o famoso efeito sanfona. Muitas vezes, o peso perdido não é de gordura, mas de músculos e água”, alerta a endocrinologista Mônica Tavares, da Med Rio Check-Up.

Dietas sem orientação médica também podem causar transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. “No início, os sintomas são pouco perceptíveis, já que o anoréxico fi nge estar se alimentando e chega a usar roupas largas. Qualquer ganho de peso apavora e gera angústia. Assim como a anorexia, a bulimia também leva à obsessão pela magreza. O anoréxico se recusa a comer, mas não por

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ayfalta de apetite. Já o bulímico come, porém procura se livrar da comida, vomitando ou tomando laxantes e diuréticos como forma de punição por não conseguir fi car sem comer”, diz Mônica.

O ideal para quem se dispõe a fazer uma dieta é que haja um acompanhamento multidisciplinar com endocrinologista, nutricionista, profi ssional da área de educação física e psicólogo. Vale lembrar que as dietas feitas sem prescrição médica podem causar desgaste ao organismo, já que cada pessoa tem necessidades nutricionais específi cas.

A mudança de hábitos alimentares para emagrecer com saúde deve ser lenta e gradativa para evitar o efeito rebote. Segundo a endocrinologista, a dieta ideal é balanceada, com 40 a 60% de carboidratos, 25 a 35% de proteínas e 15 a 25% de gorduras, de forma que haja continuidade e reeducação, sem carências para o organismo.

E, para emagrecer, não basta apenas reduzir a ingestão de calorias. É necessária a prática de atividades físicas regularmente. Ela recomenda exercícios de intensidade moderada pelo menos durante meia hora por dia. Quando se fala em exercícios, o mais importante é que a atividade se adapte ao estilo próprio de vida, evitando que a prática seja descontinuada. Só assim é possível fazer uma dieta orientada com resultados progressivos, sem qualquer ameaça à saúde.

Você é o que você come

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DIETAS QUE PROMETEM MILAGRES FAZEM MAL À SAÚDEQuem nunca lutou contra a balança? Na busca pelo peso ideal e pelo corpo perfeito, é comum pessoas fazerem dieta por conta própria. No desespero para perder peso, elas procuram um milagre. O desejo quase obsessivo pelo emagrecimento leva a dietas que prometem resultados em pouquíssimo tempo. É aí que mora o perigo. As dietas da moda e radicais trazem sérias consequências à saúde, como, por exemplo, séria defi ciência de nutrientes, principalmente vitaminas e minerais.

Um exemplo disso é a dieta só de proteínas e ausência de carboidratos (açúcares), a maior fonte de energia para as células, principalmente os neurônios. Os adeptos desse tipo de regime correm o risco de ter um aumento das gorduras no sangue. “Essas e outras dietas podem até trazer algum resultado no início, que pode ser desastroso assim que a dieta for abandonada, causando o famoso efeito sanfona. Muitas vezes, o peso perdido não é de gordura, mas de músculos e água”, alerta a endocrinologista Mônica Tavares, da Med Rio Check-Up.

Dietas sem orientação médica também podem causar transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. “No início, os sintomas são pouco perceptíveis, já que o anoréxico fi nge estar se alimentando e chega a usar roupas largas. Qualquer ganho de peso apavora e gera angústia. Assim como a anorexia, a bulimia também leva à obsessão pela magreza. O anoréxico se recusa a comer, mas não por

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DE VOLTA À PISTA

A corrida, em diferentes distâncias, sempre foi uma modalidade bastante disputada entre os atletas. Mas, de um tempo para cá, ela ganhou adeptos das mais variadas origens, idades e classes sociais, em busca de mais saúde e prazer. Haja vista a quantidade de grupos que surgem, entre amigos, nas academias, com professores de educação física e nas empresas, e que estão incentivando a qualidade de vida de seus colaboradores.

Porém, não basta sair correndo por aí sem qualquer preparo ou conhecimento de seu estado físico. O médico Claudio Gil, diretor da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex) e professor do Programa de Pós-Graduação em Cardiologia da UFRJ, diz que é preciso levar a sério alguns aspectos antes de iniciar o esporte: “Idealmente, a pessoa tem que saber qual é a sua condição física, se ela já apresenta algum problema de saúde, não só doenças cardiovasculares, mas problemas locomotores também. Nesses casos, é conveniente a avaliação de um médico, de preferência com especialidade em medicina do exercício, para orientar e verifi car se exames adicionais deverão ser realizados”.

Na avaliação clínica e cardiológica, o seu médico poderá pedir, por exemplo, o teste de esforço para afastar qualquer risco de doenças cardíacas. Também é importante buscar orientação com um profi ssional de educação física sobre a postura e a pisada corretas durante o treino ou a competição. Uma dica é começar aos poucos, correndo até 15 minutos por dia e aumentar a duração progressivamente (cinco minutos a cada semana), e somente depois incrementar

o ritmo ou a intensidade do esforço. Para indivíduos saudáveis, se estiverem parados há muito tempo, melhor iniciar com caminhada, que talvez possa ser seguida de trote leve após três a quatro semanas. Vale até usar um monitor cardíaco com orientação profi ssional adequada.

Outra observação é quanto à escolha do tênis, que deve levar em conta as características do pé e o tipo de sua pisada, além do peso corporal. Novamente, na dúvida, melhor consultar um especialista em exercício. Já existem até exames mais precisos para avaliar isso. Ah, não se esqueça de se hidratar bem antes, durante e depois da corrida, e repor as energias perdidas.

Mas é melhor correr na rua ou na esteira? Gil explica que isso vai do gosto pessoal. A esteira tem a monotonia; é mais fácil de manter o ritmo porque ela é quem está movendo; não tem a resistência do ar; e fi ca mais fácil alcançar maior velocidade. Já quem corre na rua precisa estar atendo ao estresse térmico – calor e umidade –, ao piso apropriado e à segurança. No entanto, o praticante pode escolher o tipo de terreno e tem o estímulo de correr ao livre, em diferentes cenários.

Estatísticas americanas revelam que, somando todas as mais de 500 maratonas disputadas em 2013, houve mais de 540 mil participações, sendo mais de 50 mil só na Maratona de Nova York. Estima-se que entre 1 e 2% da população dos Estados Unidos concluiu uma maratona no ano passado. No Brasil, ainda estamos longe de atingir esse patamar, mas o aumento é bem relevante. Segundo Gil, muitas das corridas no país já reúnem mais de cinco a dez mil pessoas.

Pernas para que te quero

Exames clínicos e teste ergométrico são essenciais antes de praticar corrida

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O quadro “At Eternity’s Gate” (“No Limiar da eternidade”) é um dos mais conhecidos do pintor Vincent van Gogh. A obra mostra um homem velho com a cabeça entre as mãos em profunda tristeza. O famoso artista sofria de depressão e se suicidou no mesmo ano em que pintou esse quadro. A tristeza sem � m costuma ser o sintoma mais conhecido da depressão, doença que atinge 15% da população em todo o mundo e piora muito a qualidade de vida se não for controlada. A associação de psicoterapia e medicamentos ainda é a melhor alternativa no tratamento.

Diferentemente da tristeza, que todos nós sentimos eventualmente, a depressão é uma doença crônica que inclui diferentes sintomas, como sensação de mal-estar constante, angústia, melancolia e tendência ao isolamento. “A depressão se manifesta em qualquer idade e costuma aparecer em fases de mudanças e fatores estressores, como adolescência, entrada no mercado de trabalho, casamento, divórcio, nascimento de um � lho, demissão do emprego, aposentadoria, perda de um ente querido. Ela causa perda do amor-próprio e traz sentimentos de culpa ou autorrecriminação”, diz o psiquiatra Ricardo Braga.

“O estresse crônico é um gatilho da depressão, pois libera hormônio cortisol em grande quantidade, e isso afeta a ação de mensageiros químicos no cérebro, os neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina. A doença pode ter raízes na infância”, acrescenta Braga. O tratamento é feito com o uso de antidepressivos por um período curto, geralmente por seis meses no primeiro episódio da doença e um ano no segundo episódio, explica Braga. “Os medicamentos

Nervos à � or da pele

TRISTEZA,POR FAVOR,VÁ EMBORA

devem ser associados à psicoterapia com objetivos claros e focais ou orientação analítica para pacientes mais re� exivos. Mas o melhor é trabalhar com as duas orientações. O tratamento da depressão costuma ter um bom resultado quando é seguido à risca e há o apoio da família”, a� rma o médico.

Em pesquisa recente com mil adultos trabalhadores brasileiros com idades entre 18 e 64 anos, quase 20% dos entrevistados disseram ter diagnóstico de depressão, e 33% dos que tiveram depressão precisaram se ausentar das suas atividades em algum momento. Pelo menos 53% relataram conhecer alguém no ambiente de trabalho que teve depressão, como informou a jornalista Cristiane Segatto, da revista “Época”. Um detalhe que chama a atenção é que apenas um em dez entrevistados reconhece que a indecisão, o esquecimento e a di� culdade de concentração podem ser sinais de depressão, segundo os coordenadores do levantamento, Clarice Gorenstein, professora do Departamento de Farmacologia da Universidade de São Paulo (USP), e Wang Yuan-Pang, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.

FIQUE ATENTO A SINAIS DE:

Distúrbios do sono, alterações do apetite, cansaço, diminuição do desejo sexual, tonturas, palpitações, sensação de mal-estar constante, irritação, difi culdade de tomar decisões, medo, angústia, insegurança, difi culdade de concentração, angústia, avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro, perfeccionismo e tendência ao isolamento.

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O quadro “At Eternity’s Gate” (“No Limiar da eternidade”) é um dos mais conhecidos do pintor Vincent van Gogh. A obra mostra um homem velho com a cabeça entre as mãos em profunda tristeza. O famoso artista sofria de depressão e se suicidou no mesmo ano em que pintou esse quadro. A tristeza sem � m costuma ser o sintoma mais conhecido da depressão, doença que atinge 15% da população em todo o mundo e piora muito a qualidade de vida se não for controlada. A associação de psicoterapia e medicamentos ainda é a melhor alternativa no tratamento.

Diferentemente da tristeza, que todos nós sentimos eventualmente, a depressão é uma doença crônica que inclui diferentes sintomas, como sensação de mal-estar constante, angústia, melancolia e tendência ao isolamento. “A depressão se manifesta em qualquer idade e costuma aparecer em fases de mudanças e fatores estressores, como adolescência, entrada no mercado de trabalho, casamento, divórcio, nascimento de um � lho, demissão do emprego, aposentadoria, perda de um ente querido. Ela causa perda do amor-próprio e traz sentimentos de culpa ou autorrecriminação”, diz o psiquiatra Ricardo Braga.

“O estresse crônico é um gatilho da depressão, pois libera hormônio cortisol em grande quantidade, e isso afeta a ação de mensageiros químicos no cérebro, os neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina. A doença pode ter raízes na infância”, acrescenta Braga. O tratamento é feito com o uso de antidepressivos por um período curto, geralmente por seis meses no primeiro episódio da doença e um ano no segundo episódio, explica Braga. “Os medicamentos

TRISTEZA,POR FAVOR,VÁ EMBORA

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DEIXE EM PAZ SEU CORAÇÃO

Pressão alta, acúmulo de gorduras no sangue, fumo, diabetes, excesso de peso, sedentarismo e estresse elevado são os maiores inimigos do coração. Para evitar o infarto, a dica é levar uma vida saudável, fazer dieta balanceada, praticar atividade física regularmente, não fumar, não abusar do álcool, controlar as situações de estresse e fazer o check-up anualmente.

A falta de cuidado com o coração favorece o acúmulo de placas de gordura (ateroma) nas paredes internas das artérias coronárias, os vasos que levam oxigênio e outros nutrientes ao músculo cardíaco (miocárdio), órgão que tem a função de ejetar o sangue. Sem o seu combustível, o miocárdio enfraquece e deixa de funcionar. “Um sintoma inicial do entupimento das artérias coronárias e de suas vizinhas é a dor no peito (angina), porém ela nem sempre se manifesta. Dores abdominais e nas costas, náuseas, vômitos, palpitações por arritmias e difi culdade de respirar são outros sinais de alerta”, diz o cardiologista Gildásio Barbosa de Matos Filho, da Clínica Med Rio Check-Up.

Ele explica que a intensidade dos sintomas não está relacionada à gravidade do infarto. “Algumas pessoas, principalmente mulheres e diabéticos, têm queixas mais leves, como dores discretas, mal-estar passageiro e relatos de problemas digestivos que podem ser confundidos com doenças gástricas. Às vezes o infarto passa despercebido e acaba sendo diagnosticado em uma consulta ou exame de eletrocardiograma de rotina meses ou anos depois”.

As artérias coronárias vão se obstruindo aos poucos durante anos. Daí a importância do diagnóstico precoce. Ao primeiro sinal de infarto, é necessário buscar socorro médico urgentemente. Enquanto não se consegue ajuda, o ideal é deixar a pessoa tranquila em repouso e, se possível, deitada ou sentada em posição confortável. Também se pode oferecer à vítima um comprimido de ácido acetilsalicílico (como aspirina) de 100mg a 200mg. Esse tipo de medicamento ajudará a dissolver possíveis trombos que estão entupindo os vasos. Se houver parada cardíaca, será necessário usar um aparelho desfi brilador. “É importante chegar ao hospital ainda na primeira

Prevenir é o melhor remédio

Levar vida saudável e dosar ansiedade é a melhor proteção contra o infarto

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DEIXE EM PAZ SEU CORAÇÃO

maiores inimigos do coração. Para evitar o infarto, a dica é levar

física regularmente, não fumar, não abusar do álcool, controlar

coronárias, os vasos que levam oxigênio e outros nutrientes ao músculo cardíaco (miocárdio), órgão que tem a função de ejetar

artérias coronárias e de suas vizinhas é a dor no peito (angina),

costas, náuseas, vômitos, palpitações por arritmias e difi culdade

Gildásio Barbosa de Matos Filho, da Clínica Med Rio Check-Up.

deixar a pessoa tranquila em repouso e, se possível, deitada ou

vítima um comprimido de ácido acetilsalicílico (como aspirina)

desfi brilador. “É importante chegar ao hospital ainda na primeira

Levar vida saudável e dosar ansiedade é a melhor proteção contra o infarto

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DEIXE EM PAZ SEU CORAÇÃO

Estresse crônico aumenta risco de ataque cardíaco

Uma das medidas para prevenir o infarto é controlar o estresse crônico. Pesquisa publicada na revista “Mayo Clinic Proceedings”, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas com personalidade agressiva, tensa, ansiosa e obsessiva por resultados correm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “Tais traços de personalidade ativam permanentemente, mesmo em situações banais, o sistema nervoso simpático responsável pelas reações rápidas do corpo em situações de estresse e situações perigosas”, diz o médico Gilberto Ururahy, diretor da Med Rio Check-Up e coautor de “O cérebro emocional – As emoções do estresse cotidiano”, (editora Rocco). Segundo os autores do estudo americano, 40% dos ataques cardíacos são causados por estresse crônico.

Ururahy explica que o estresse crônico é importante fator de risco para as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, que decorrem da obstrução parcial ou total ou da ruptura de artérias que irrigam o coração

e o cérebro, geralmente por aterosclerose. A aterosclerose produz lentamente o depósito e o acúmulo de gorduras e substâncias calcifi cadas nas paredes internas dos vasos sanguíneos, formando placas que difi cultam ou impedem a passagem do sangue.

Outra consequência da aterosclerose é a perda de elasticidade da parede arterial. Com o endurecimento, ocorre o aumento da pressão sanguínea e há um maior risco de rompimento da parede do vaso com hemorragia. No cérebro, isso pode causar o acidente vascular encefálico, o derrame, e demência.

A aterosclerose também leva à fragmentação das placas, uma alteração que pode causar embolia (obstrução do sangue) a distância. Portanto, é preciso prevenir e fazer o diagnóstico precoce de doenças das artérias. O controle do estresse e da pressão arterial, a prevenção do diabetes e da obesidade, praticar atividade física regularmente e não fumar são medidas indispensáveis à saúde do coração.

hora após o início dos sintomas. O tratamento imediato reduz muito a área de lesão do infarto e facilita a desobstrução das artérias por meio de drogas trombolíticas ou angioplastia. A cirurgia de revascularização miocárdica (como, por exemplo, o implante de ponte de safena) é indicada quando a angioplastia não é possível”. Mas o melhor mesmo ainda é prevenir.

Só para se ter uma ideia, somando dados das redes pública e privada, 79 mil pessoas morreram vítimas de infarto em 2010. E, entre os dez estados com maior taxa de óbitos, seis são da Região Sudeste, como mostrou levantamento publicado pela revista Exame.com.

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hora após o início dos sintomas. O tratamento imediato reduz muito a área de lesão do infarto e facilita a desobstrução das artérias por meio de drogas trombolíticas ou angioplastia. A cirurgia de revascularização miocárdica (como, por exemplo, o implante de ponte de safena) é indicada quando a angioplastia não é possível”. Mas o melhor mesmo ainda é prevenir.

Só para se ter uma ideia, somando dados das redes pública e privada, 79 mil pessoas morreram

Estresse crônico aumenta risco de ataque cardíaco

Uma das medidas para prevenir o infarto é controlar o estresse crônico. Pesquisa publicada na revista “Mayo Clinic Proceedings”, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas com personalidade agressiva, tensa, ansiosa e obsessiva por resultados correm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “Tais traços de personalidade ativam permanentemente, mesmo em situações banais, o sistema nervoso simpático responsável pelas reações rápidas do corpo em situações de estresse e situações perigosas”, diz o médico Gilberto Ururahy, diretor da Med Rio Check-Up e coautor de “O cérebro emocional – As emoções do estresse cotidiano”, (editora Rocco). Segundo os autores do estudo americano, 40% dos ataques cardíacos são causados por estresse crônico.

Ururahy explica que o estresse crônico é importante fator de risco para as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, que decorrem da obstrução parcial ou total ou da ruptura de artérias que irrigam o coração

vítimas de infarto em 2010. E, entre os dez estados com maior taxa de óbitos, seis são da Região Sudeste, como mostrou levantamento publicado pela revista Exame.com.

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Tudo por um sonho

SONHANDO ACORDADOMudança de hábitos é uma das medidas para se livrar da insônia

Se passar uma noite em claro já deixa qualquer pessoa bem cansada e mal-humorada, imagina para quem sofre de insônia. Desânimo, difi culdade de concentração, falhas de memória, irritação e queda de produtividade são algumas das consequências desse distúrbio. Por diferentes motivos, como estresse, ansiedade, depressão, uso de determinados medicamentos e substâncias estimulantes, outros distúrbios do sono, como apneia e movimento involuntário das pernas, ou hábitos e ambiente, quem sofre desse problema tanto pode demorar a pegar no sono como acordar no meio da noite ou sentir que o sono não foi reparador. Para cada situação, há uma forma de tratar.

Estima-se que 10% da população sofram de insônia crônica. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, que incluem a avaliação de polissonografi a noturna para analisar parâmetros durante o sono. Só a partir desses resultados o médico poderá indicar o tratamento adequado a cada caso: difi culdade em iniciar o sono, problema para mantê-lo ou sono superfi cial. A neuropsiquiatra e especialista em sono Ana Thereza Cortes, colaboradora do Sleep - Laboratório de Estudos dos Distúrbios do Sono, tem algumas dicas para evitar as noites em claro:

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ou hábitos e ambiente, quem sofre desse problema tanto pode

sentir que o sono não foi reparador. Para cada situação, há uma

Estima-se que 10% da população sofram de insônia crônica. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais,

cada caso: difi culdade em iniciar o sono, problema para mantê-lo ou sono superfi cial. A neuropsiquiatra e especialista em sono

Estudos dos Distúrbios do Sono, tem algumas dicas para evitar

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MAIOR CONSUMO DE FRUTAS E VERDURAS FRESCAS AUMENTA A LONGEVIDADE

Eureka!

Uma dieta rica em frutas e verduras frescas aumenta a longevidade. É o que mostra um novo estudo realizado com 65 mil pessoas na Inglaterra nos últimos 13 anos. Esse hábito, dizem os autores, pode reduzir substancialmente o risco de morte.

De acordo com a pesquisa, as pessoas que comiam sete ou mais porções de frutas e verduras frescas diariamente tinham um risco de morte, principalmente por doenças cardíacas e câncer, 42% mais baixo, em qualquer idade, do que as pessoas que comiam menos de uma porção diariamente. Esse índice era de 36% com cinco a sete porções diárias; de 29% com o consumo de três a cinco porções; e de 14% com uma a três porções, segundo o levantamento publicado na revista científi ca “Journal of Epidemiology and Community Health”.

“Todos sabemos que comer frutas e verduras é saudável, mas o tamanho desse efeito é surpreendente”, diz a cientista Oyinlola Oyebode, principal autora do estudo. “As verduras têm um efeito maior que as frutas, mas o consumo de frutas continua fazendo grande diferença”, acrescenta.

Ir para a cama somente quando estiver com sono.

Se não conseguir pegar no sono ou mantê-lo, saia da cama, vá para outro cômodo e procure uma atividade calma e relaxante como, por exemplo, ler ou ouvir música. Não adormeça fora do seu quarto. E volte para a cama quando estiver com sono.

Mantenha um horário regular para dormir e acordar. Levante-se sempre no mesmo horário, independentemente da hora em que você foi dormir ou de quantas horas dormiu durante a noite. O horário de acordar deve ser mantido inclusive durante os dias de folga do trabalho e nos � ns de semana.

Use a cama somente para dormir. Não faça refeições na cama, não � que deitado assistindo à TV, usando o computador, estudando ou falando ao telefone.

• Não cochile durante o dia. Se o sono durante o dia se tornar excessivo e incontrolável, limite seu cochilo a uma soneca de 10 a 20 minutos. Nunca depois das 3 horas da tarde.

• Não � que olhando o relógio durante a noite.

• Evite o consumo de bebidas alcoólicas quatro a seis horas antes de dormir. O mesmo vale para o café. Limite o consumo de bebidas à base de cafeína pela manhã, não ultrapassando uma ou duas xícaras.

• Não faça grandes refeições antes de adormecer.

• Exercite-se regularmente. Evite exercício físico rigoroso nas últimas seis horas antes de dormir.

• Mantenha o seu quarto escuro, silencioso, ventilado e com uma temperatura agradável durante a noite.

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MAIOR CONSUMO DE FRUTAS E VERDURAS FRESCAS AUMENTA A LONGEVIDADEUma dieta rica em frutas e verduras frescas aumenta a longevidade. É o que mostra um novo estudo realizado com 65 mil pessoas na Inglaterra nos últimos 13 anos. Esse hábito, dizem os autores, pode reduzir substancialmente o risco de morte.

De acordo com a pesquisa, as pessoas que comiam sete ou mais porções de frutas e verduras frescas diariamente tinham um risco de morte, principalmente por doenças cardíacas e câncer, 42% mais baixo, em qualquer idade, do que as pessoas que comiam menos de uma porção diariamente. Esse índice era de 36% com cinco a sete porções diárias; de 29% com o consumo de três a cinco porções; e de 14% com uma a três porções, segundo o levantamento publicado na revista científi ca “Journal of Epidemiology and Community Health”.

“Todos sabemos que comer frutas e verduras é saudável, mas o tamanho desse efeito é surpreendente”, diz a cientista Oyinlola Oyebode, principal autora do estudo. “As verduras têm um efeito maior que as frutas, mas o consumo de frutas continua fazendo grande diferença”, acrescenta.

• Ir para a cama somente quando estiver com sono.

• Se não conseguir pegar no sono ou mantê-lo, saia da cama, vá para outro cômodo e procure uma atividade calma e relaxante como, por exemplo, ler ou ouvir música. Não adormeça fora do seu quarto. E volte para a cama quando estiver com sono.

• Mantenha um horário regular para dormir e acordar. Levante-se sempre no mesmo horário, independentemente da hora em que você foi dormir ou de quantas horas dormiu durante a noite. O horário de acordar deve ser mantido inclusive durante os dias de folga do trabalho e nos � ns de semana.

• Use a cama somente para dormir. Não faça refeições na cama, não � que deitado assistindo à TV, usando o computador, estudando ou falando ao telefone.

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