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Revista Delúbio Soares

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Page 1: Revista Delúbio Soares

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Goiânia - Goiás

Page 3: Revista Delúbio Soares

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Índice

Introdução 5Ao Presidente Nacional do PT 6Dep. Ricardo Berzoini 6*Aos militantes do PT-GO,* 7Discurso de Delúbio Soares no Diretório Nacional do PT 8Documento à Comissão de Ética 11Suplicy escreve a Berzoini em defesa de Delúbio 15Presidente do CODEFAT apóia Delúbio 16A fome dos bolsos gordos 17Comentários ao artigo de Batista Custódio no Diário da Manhã (Goiânia) 21Delúbio Já! 22Manifesto em apoio ao retorno do companheiro Delúbio Soares ao PT 22Quem atira a primeira pedra? 23A páscoa de Delúbio 23Súmula para Delúbio Soares 25Resposta de Dalva Oliveira a Valter Pomar 26A volta do Delúbio 29Delúbio, uma questão de solidariedade e justiça de classe 30Minha resposta para Valter Pomar 31Rochinha: Colocando alguns pingos nos ‘is’ 32Arthur Henrique, Presidente da CUT: Porque Delúbio deve voltar para o PT 34Um apelo ao PT pela volta de Delúbio 35PT deve receber Delúbio 36Zunga: Apoio a volta de Delúbio 36Ao companheiro Frei Anastácio 36Aos Membros do Diretório Nacional do PT 37Apoio de Paulo Peres (Carioca) 38Carta à Direção Nacional do PT 38Caros Companheiros! 39Texto de apoio dos rodoviários 40Manifesto de Denise Motta Dau 40Assinando o manifesto 40Carta aos companheiros do Partido dos Trabalhadores 41Quem sabe faz a hora 42Estamos todos de pé 43Lealdade e Confiança 44Carta aberta aos membros do Diretório Nacional 45do Partido dos Trabalhadores 45Caro Companheiro Delúbio Soares de Castro 45Delúbio, um regresso necessário 46Reforma politica já!!!!!!! 46Justiça e Solidariedade 47DEU no Correio Brasilense: Delúbio, a defesa 47Idas e vindas: um encontro com a história 48Dilma, Delúbio e a preocupação dos tucanos 49Wellington vota a favor do retorno de Delúbio ao PT 49Companheiro, 50Moção de solidariedade 50Delúbio é do PT 51

Page 4: Revista Delúbio Soares

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Apóio o Companheiro Delúbio Soares 52Um amigo, uma história 52Companheiro Delúbio, 52Mais e mais apoios 1 53Mais e mais apoios 2 53Mais e mais apoios 3 53Mais e mais apoios 4 53Mais e mais apoios 5 54Mais e mais apoios 6 54Mais e mais apoios 7 54Mais e mais apoios 8 54Uma questão de justiça e coerência 55A Ética da Responsabilidade 56Lealdade a Delúbio Soares 58Sem contradições, sejamos coerentes 59Não devemos ceder ao coro dos tucanos 60Mais e mais apoios 9 61Mais e mais apoios 10 62Mais e mais apoios 11 62Aos Companheiros da Direção Nacional do PT 63“Quem tem fome tem pressa!” 64Delúbio é nosso companheiro!!! 65PT de coração 66O Maior Acerto é Corrigir o Erro 67Delúbio faz parte da vida do PT 67Todo apoio ao companheiro Delúbio Soares 68Venho me somar à luta pela recondução do companheiro Delúbio ao PT 68Mais e mais apoios 12 69Mais e mais apoios 13 69Mais e mais apoios 14 69Mais e mais apoios 15 69Companheiro Delúbio, 70Hora de voltar para casa 70Compromisso com a luta trabalhadora 70Declaração de Dirigentes Nacionais Negras e Negros do PT 71Retorno de Delubio é pauta, sim! 72Porque o retorno de Delúbio deve ser pauta do DN 73A consciência vai prevalecer: Delúbio deve voltar 74Companheiros (as), 75 O maior erro de Delúbio 76Os valores que um partido de trabalhadores deve ter 77O gesto de grandeza de Delúbio Soares 78O nosso PT que é o PT do Delúbio: volta Delubio! 79Sandra Cabral : Estou com Delúbio 80Mensagens de Apoio 82Apoio ao Delúbio 99Carta de Apoio 99Lembranças no esquecimento: 100Companheiros do Delúbio Soares 102Em memória de José Olívio 112Agradecimento aos Companheiros 114

Page 5: Revista Delúbio Soares

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Introdução

No dia 18 de março de 2009, Delúbio Soares de Castro

protocolou junto ao Presidente Nacional do PT, Deputado

Federal Ricardo Berzoini, seu pedido de reintegração aos

quadros de filiados do Partido dos Trabalhadores.

Dessa data em diante, um conjunto de companheiros

e companheiras filiados e militantes do PT desenvolveu

uma campanha pela volta de Delúbio ao PT, escrevendo

artigos e mensagens de apoio, assinando manifestos

favoráveis à reintegração, criando um impressionante

movimento pela internet, enfim, uma serie de iniciativas

que estão colecionadas nesta publicação.

O registro desses 50 dias de luta, que culminou em

08 de maio de 2009, na reunião do Diretório Nacional do

PT, encontra-se nesta coletânea: artigos e mensagens de

apoio que extrapolam a esfera individual de um militante

petista como Delúbio; também nos proporcionam uma

discussão oportuna sobre o que é ser de esquerda, ser

petista e sobre o PT.

Além dos conteúdos acima, também estão aqui

publicados o pronunciamento de Delúbio ao Diretório

Nacional em 08 de maio de 2009, bem como sua defesa

junto à Comissão de Ética do PT em outubro de 2005.

A bem da verdade e a bem da história!

Julho de 2009.

Companheiros Petistas de DelúbioPronunciamento de Delúbio ao DN/PT em 08/05/2009.

Foto: Rossana Lana

Page 6: Revista Delúbio Soares

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Ao Presidente Nacional do PT

Dep. Ricardo Berzoini

Cada dia de minha vida foi dedicado ao PT e à causa de

construção de um país mais justo e solidário. São públicos

os fatos que levaram ao meu afastamento do Partido dos

Trabalhadores, Partido que ajudei a fundar e ao qual dedi-

quei minha vida, desde sua fundação. Relembro que todos

os meus atos sempre foram pautados pela vontade política

da transformação social e econômica deste país. Notório

também e do conhecimento de todos que sempre apoiei e

contribuí com o Partido, sempre ao lado de meus compa-

nheiros e comprometido com a causa coletiva, nos momen-

tos bons e nos momentos de dificuldades.

Exilado, cumpro meu degredo doloroso há mais de 3

anos, afastado do Partido dos Trabalhadores, sem que a

essência de nossa causa deixasse de pulsar em meu cora-

ção e permanecer em minha mente. Com minha vida inves-

tigada e virada do avesso, não pesam sobre mim acusações

de qualquer alcance de dinheiro público e não sou acusado

de um único ato que visasse meu beneficio, seja político, fi-

nanceiro ou pessoal. Sinto-me cumprindo a pena capital, o

que não é- nem nunca foi- compatível com nossos ideais.

Por isso, venho como cidadão, eleitor e principalmente

como militante que viveu e vive essa causa como sua

própria, pedir minha reintegração ao PT, onde quero ser

mais um militante de base, com os ideais e compromissos

intactos, firmes e sólidos.

Saudações,

Delúbio Soares de Castro

18 de março de 2009.

Page 7: Revista Delúbio Soares

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*Aos militantes do PT-GO,*

Todos sabem do interesse do companheiro Delúbio

Soares em voltar ao Partido dos Trabalhadores, sigla pela

qual dedicou parte da sua vida, ocupação e trajetória.

Delúbio ajudou, desde a fundação do PT, em 1980, a

construir o partido. Quem o acompanha sabe que ele

nutre, mesmo que afastado, os mesmos

ideais que o levaram ao ingresso e à fundação do

Partido. Tendo o PT as suas raízes fincadas na liberdade, é

inerente ao partido a discussão de ideias,

algo próprio do espírito democrático daqueles que

não se julgam acima do bem e do mal, mas, tão somente,

detentores de opinião, direito inalienável do

ser humano e bandeira pela qual o PT luta e sempre

lutou.

A vontade dos militantes do PT é soberana e, sabendo

disso, Delúbio Soares colocou a volta dele à apreciação do

partido. É de importância ímpar que todos participem da

discussão em torno desse resgate histórico, convictos de

que Delúbio tem a confiança dos petistas e, mais do que

nunca, defenderá a luta e as causas do partido.

Por isso, *CONVIDAMOS* a todas e a todos para

comparecerem à sede da *CUT - Central Única dos

Trabalhadores (*Rua 70, quase esquina com Avenida

Independência – Centro – Goiânia/GO*), na próxima terça-

feira, dia 7, às 19 horas*.

A sua participação para discutir o reingresso do nosso.

Companheiro Delúbio Soares ao PT é de suma importân-

cia para o Partido e a militância.

*Coordenação*

Pronunciamento de Delúbio ao DN/PT em 08/05/2009. Foto: Rossana Lana

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Discurso de Delúbio Soares no Diretório Nacional do PTPresidente Ricardo Berzoini,Companheiros do Diretório Nacional do PT,Companheiras e Companheiros,São 38 anos de luta, 30 no PT. Esse é o meu DNA. Compareço com o pouco que tenho a vos oferecer:

toda uma vida na trincheira do único partido ao qual pertenci e ao qual, mesmo tendo sido expulso, para-doxal e ironicamente, ainda pertenço.

Penso ser desnecessário relembrar de minha postura de fidelidade e disciplina, de fraternidade e de com-panheirismo, em todos os momentos de nossas vidas, a partidária e a pessoal. Disso me orgulho tanto quanto a de ter cumprido fiel e integralmente as missões que o partido me delegou.

Contrariando a modéstia de goiano simples do in-terior pobre, que desde a mais remota idade não conheceu senão a luta contra a oligarquia, em seu Es-tado, e a ditadura, em seu país, confesso a impagável paz de espírito de ter podido chegar até o dia de hoje sem trair meus compromissos partidários, meu credo ideológico, minhas alianças políticas, minhas convicções pessoais e um profundo e sincero sentimento de solida-riedade para com todos os meus companheiros.

Fui assim desde sempre. Ainda menino, senti o peso da injustiça e constatei, filho de um pequeno agricul-tor, a desgraça do latifúndio improdutivo e o drama das mulheres e homens da terra que não tinham terra.

Estudante na cidade grande, dividi meu tempo entre os livros e a luta. Sentí, com a clareza dos simples, a bru-talidade do regime em que vivíamos. Fui combatê-lo.

Nas salas de aula, sobrevivendo com o salário mi-serável dos que ensinam num país onde o analfabetismo grassa de forma vergonhosa, dividi conhecimentos e ali-mentei sonhos.

Na vida sindical, cerrando fileiras com meus com-panheiros professores, encontrei a possibilidade con-creta de lutar pelas bandeiras que ainda hoje, passadas décadas, continuam justas e atuais.

Fundei esse partido. Tempo faz. Éramos alvo da des-crença de uns, da zombaria de outros. Contamos nos de-dos de uma das mãos os companheiros de então. Nos da outra, os votos conquistados num início que era só fé e pura teimosia.

Muitos poderão dizer que valeu a pena. Mas muito poucos podem dizer como o companheiro expulso que vos fala: começaria tudo outra vez, se preciso você.

Não há glória maior que a de se saber guerreiro fiel dos ideais acalentados na alma. A ficha de filiação, em

“São 38 anos de luta, 30 no PT. Esse é o meu DNA”.

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assim sendo, vale menos do que a convicção de que todo sofrimento é nada diante da grandeza do ideal.

Companheiras e companheiros do PT,Não creio que seja obra da má-sorte, dos astros ou

simplesmente do destino, nem quem sabe das maqui-nações dos inimigos de sempre, a dura quadra pela qual passei e ainda hoje – menos que ontem – passo.

Ingênuos são os que crêem na atividade política ou na luta social, nos embates entre concepções ideológicas e nas disputas pelo poder, sem que se pague o preço da opção exercida.

Não fui, não sou e nem serei vítima. Recuso e dis-penso esse papel menor .

Em todos os momentos de minha vida como profes-sor, como sindicalista e, especialmente, como fundador e militante do Partido dos Trabalhadores, soube dos ris-cos e das dificuldades. Não fui um alegre, um néscio, um ingênuo.

Escolhi os caminhos a serem percorridos e aceitei os riscos da luta.

Mas não fui, senão, em todos os instantes, sem ex-ceção, fiel cumpridor das tarefas que me destinou o PT.

Dediquei minha juventude e renunciei a boa parte de minha vida pessoal, para servir ao partido, lutar suas lutas, sonhar os seus sonhos, sofrer as suas derrotas. E o fiz, exclusivamente, por decisão pessoal, íntima, ir-revogável.

E devo confessar-lhes que me arrependo de não ter dado ainda mais, muito mais, até a medida da ex-austão, no limiar do cansa-ço, por saber que fui feliz e me realizei em cada passeata, em cada sala de aula, em cada assembléia sindical, em cada campanha eleitoral, em cada jornada de luta, em cada esforço em busca do possível ou do impossível.

Portanto, quem vos fala, meus companheiros, é um homem sem rancor, sem ressentimentos, sem medo e sem ódio.

Tragado ao centro de uma crise de proporções históricas, onde tudo se fez e nada se poupou na tenta-tiva de desestabilizar o presidente que elegemos e seu governo de transformações sociais, mantive a integri-dade de caráter e a fidelidade ao PT e aos meus com-panheiros.

Diante de uma platéia como essa, defenestrado pelo partido que fundei, preferi as lágrimas à revolta. Estava certo. Vivi minha tragédia pessoal resignando-me com a dureza do destino que me era imposto.

A fatura da eleição de um presidente petista, mais cedo que tarde, nos seria cobrada.

Alguns petistas a estão pagando, com o preço da proscrição política, da desmoralização pessoal, da mar-ginalidade social, da incompreensão ou da ingratidão de companheiros sinceros, mas equivocados.

Pago o quinhão que me foi destinado ao lado de José Dirceu e de outros poucos companheiros, cujas compan-hias enobrecem, mas não confortam, já que gostaria de estar sozinho, somente eu, apenas minha singularíssima

pessoa de matuto goiano e petista renitente, enfrentan-do o pelotão de fuzilamento moral dos adversários que derrotamos, dos interesses

que contrariamos, de certa parte da mídia e – desgraça das desgraças – de uns poucos petistas que erraram e erram, em avaliação rasa, imediatista, eleitoreira e de-sprovida de razão.

Não faz muito tempo companheiras e companheiros de todo o Brasil, militantes da base partidária ou par-lamentares, prefeitos e governadores, gente que vem de nossa fundação e jovens que sequer haviam nascido naquele histórico, longínquo e inesquecível ano de 1980, passaram a articular um movimento em defesa de meu retorno aos quadros do PT.

Aí estão, nas mãos de todos, aos olhos do país, nas páginas dos jornais e nos noticiários de rádios e TV’s, um número expressivo de manifestações nesse sentido. Trazem em seu bojo a marca grandiosa da solidariedade política e do caráter moldado pela coragem.

Gente que em sua imensa maioria nada me deve, de mim nada rece-beu, nem teve para comigo convivência pessoal ou ja-

mais obteve meu apoio, cerra fileiras em torno de meu reencontro formal com o PT.

E esses apoios me comoveram e estimularam. Per-corri o caminho da volta, procurando todos os que se dispuseram, como Eduardo Suplicy, a escutar-me, a co-locar suas posições e debater a conveniência ou não, a oportunidade ou não, o merecimento ou não, da volta meramente escritural de um companheiro que sublimou a expulsão injusta e humilhante em nome do sentimento elevado e puro que destinou e ainda destina ao PT.

Ainda ontem as adesões me alegraram. Acreditava, mesmo com a absoluta ausência de triunfalismo que sempre cultivei, que as vitórias ainda tímidas, mas sig-nificativas, que tenho alcançado em diferentes Cortes de Justiça, sinalizassem para todos o avanço que constato em minha luta diuturna e sem descanso para a supera-ção de todos os obstáculos.

Entretanto, com o debate que se estabeleceu e em justa medida oxigenou o partido, afloraram argumentos

“Portanto, quem vos fala, meus companheiros, é um homem sem rancor, sem ressentimentos,

sem medo e sem ódio”.

“Escolhi os caminhos a serem percorridos e aceitei os riscos da luta“.

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contrários. Vários deles extremamente respeitáveis e co-locados de forma clara. Mantive a única postura que me cabia: aceitá-los e debate-los democraticamente, não deixando nada sem resposta.

Outros se comprometeram, empenharam suas pala-vras, estimularam minha postulação, penhoraram seus apoios, garantiram seus votos. E isso me bastava: para um homem do interior, a palavra empenhada vale mais que documento com firma reconhecida.

Também se manifestaram, sem a clareza dos que vieram à luz combater-me, os que diziam ac-reditar que eu devo, posso e até, exageradamente, “tenho direito” a voltar aos quadros do PT. Mas, “só depois das eleições”. Minha presença, esclareceram-me, antes de tal data poderia trazer inevitável desgaste eleitoral para o partido e seu projeto presidencial.

Porquê 2011 se Delúbio de hoje é o Delúbio de 1980 e será o Delúbio de amanhã?

Esse argumento não aceito. Não é digno de minha consideração por não ser válido.

Não creio que se possa construir ou consolidar parti-do algum sem que a honestidade intelectual, a plurali-dade na discussão e a clareza de posições se façam presentes a todo instante.

Não pretendo ser motivo de qualquer divisão interna, muito menos causar discórdia por conta de uma postulação política que muitos dizem ser pessoal, a de voltar ao PT. Nem devo causar tipo algum de embaraço aos com-panheiros que se colocaram, corajosa e generosamente, a meu lado no presente debate.

Se tanto lutei pelo PT, por qual obscuro motivo iria agora provocar qualquer divisão interna? Não devo, não posso, não quero.

Continuarei a trilhar o duro caminho da luta, não o tendo por calvário, mas por missão.

Minha honestidade pessoal, conhecida pelos petistas e por todos os que comigo conviveram e convivem, já foi posta a prova em diversas oportunidades.

Durante oito longos anos, representando a Central Única dos Trabalhadores, participei da gestão do CODE-FAT. Vivíamos no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Por lá circularam cifras astronômicas. Em um desses anos, respondi diretamente pela gestão de tais recursos. Em valores atuais a soma chega a impressionantes 10 bi-lhões de dólares. O Tribunal de Contas da União, aprovou de forma cabal e definitiva as contas de minha gestão.

Na única oportunidade em que o dinheiro público esteve ao alcance de minhas mãos, tanto o TCU quanto os nossos adversários constataram a seriedade com que lidei com ele.

Do que me acusam? Quantos são os políticos brasile-iros que realizaram campanhas eleitorais sem que alguma soma, por menor que fosse, tenha sido não contabilizada?

Porquê insistem em distribuir condenações e atribuir culpas se quando o financiamento público de campan-

has se faz claramente necessário, há a inevitável recusa em debater o tema?

Companheiras e Companheir-os,

Não sou vítima. Aos 53 anos de idade, trago o coração de um jovem com a esperança de um

mundo melhor.Iniciei por desprezar o papel piégas de vítima. Ter-

mino por renunciar a qualquer ressentimento ou mágoa. Não tenho tempo para isso.

Vivi nesse partido os melhores anos de minha vida: os anos da luta e da esperança.

A maioria absoluta dos que se aprestam a impedir meu retorno ao PT, não contribuiu em nada mais do que

eu para a construção do partido que os abriga.

Sinceramente falando, não desejo a nenhum companheiro que passe pelo que passei frente ao furacão que me tragou.

Há a necessidade de uma dis-cussão honesta e transparente, apenas no âmbito partidário, sem interferências externas equivoca-

das. Elas, sim, são inoportunas, não o meu retorno!Agradeço aos companheiros que me apoiaram e me

estimulam.Respeito os companheiros que se colocaram contra

minha postulação de forma clara e transparente.Discutirei os caminhos a serem trilhados com Môni-

ca, minha amada e grande companheira, meus leais companheiros de Goiás, meus amigos da CUT, meus familiares, meus companheiros do PT e milhares de pes-soas que nem conheço e me emocionaram com a gran-deza do apoio desinteressado, da generosidade que sur-preende e gratifica.

A eles, só a eles, a mais ninguém, pertence a minha honra, a minha história e o meu futuro.

Obrigado.

Brasília, 08 de maio de 2009.

“Minha honestidade pessoal, conhecida pelos petistas

e por todos os que comigo conviveram e convivem,

já foi posta a prova em diversas oportunidades”.

“Continuarei a trilhar o duro caminho da luta,

não o tendo por calvário, mas por missão.”

Page 11: Revista Delúbio Soares

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Documento à Comissão de Ética

Companheiros, De início, quero dizer que independentemente do re-

sultado dessa votação eu vou continuar como um compan-heiro de todos vocês; isso porque uma votação a respeito da minha filiação não vai apagar a minha história, que se confunde com a história do próprio PT, nem vai abalar min-ha convicção de lutar por uma sociedade sem explorados e exploradores. Nada vai apagar a minha luta para construir esse partido, ao longo de seus 25 anos, em conjunto com todos vocês.

Todos sabem que iniciei minha militância em Goiânia em 1976 no movimento pela anistia e, em 1977, participei da luta pela valorização dos Professores; depois, ajudei a fundar o PT e participei da fundação da CUT, onde fui Vice-Presidente Regional, secretário sindical e tesoureiro.

Em 1995 passei a integrar a Executiva Nacional do PT, na função de secretário sindical e, no início de 2000, fui eleito secretário de planejamento e finanças do partido. Minha intenção era me afastar em 2004, como conseqüência da proposta que defendi, ainda em março de 2003, de anteci-parmos o PED.

O Diretório Nacional derrotou meu ponto de vista, razão pela qual permaneci no cargo até julho de 2005, quando me afastei em virtude dos problemas que levaram ao meu julgamento no dia de hoje.

Sabemos que o PT, até 2002, tinha obtido vitórias em di-versos municípios e estados, mas fora sucessivamente der-rotado nas tentativas de chegar ao governo federal. Mesmo nas disputas estaduais havíamos historicamente sido bati-dos nas eleições para regiões de maior densidade política e econômica.

Diante desse contexto o Diretório Nacional, com a minha participação, decidiu empreender todos os esforços para “vencer as eleições” de 2002 e 2004, para propiciar uma verdadeira mudança na estrutura política, econômica e social da sociedade brasileira. A fim de atingir esse ob-jetivo o Diretório resolveu que deveríamos tomar todas as medidas cabíveis para reestruturar o partido e dotá-lo dos instrumentos necessários para travar aquelas batalhas eleitorais em outras condições.

Realmente, a decisão de vencer as eleições não foi min-ha, tanto que consta da Resolução de dezembro de 2003 a seguinte conclusão: “O objetivo central do PT na disputa eleitoral de 2004 consiste em vencer as eleições.(...) Vencer as eleições significa agregar aliados, consolidar alianças e aumentar o grau de apoio e de sustentabilidade política e social do governo Lula.” (cópia nos autos)

E consta, ainda, da Resolução de julho de 2004: ”...deve ser

uma campanha com alto grau de profissio-nalização, combina-da com uma forte participação militante.” (cópia nos autos)

Quando tomamos essa decisão sabíamos – porque a história assim demonstra – das dificuldades existentes para um Partido de esquerda conseguir fazer uma campanha com “alto grau de profissionalização” e honrar as despe-sas inerentes a este processo; também sabíamos das difi-culdades que seriam criadas por nossos adversários, que sempre contaram com maiores facilidades na obtenção de recursos.

De toda forma, cumprimos a decisão do Diretório Na-cional. Elaboramos um plano de trabalho e renovamos a estrutura do Partido dos Trabalhadores. Aumentamos sig-nificativamente o número de filiados e diretórios munici-pais. Melhoramos a qualidade de funcionamento de todo nosso sistema de organização.

As campanhas de 2002 e 2004 foram as mais competiti-vas que tivemos. A situação política, favorável à eleição do presidente Lula, facilitou a criação das condições financei-ras para contratarmos os melhores profissionais do marke-ting político, além de viabilizar os materiais de campanha necessários para nossa mi-litância travar aquelas disputas. Tudo isso sem qualquer discriminação às correntes internas do Partido dos Trabalhadores.

Participei de todo esse pro-cesso, mas não fui o único re-sponsável e divido com todos os acertos e erros.

Se é certo que participei do processo, não menos certo é que não é de minha respon-sabilidade a contração das despesas. Como se sabe, cada campanha tem a sua coordenação, que decide sobre as necessidades após verificar as chances de cada candidato. Foi dessa forma, que recebi inúmeros coordenadores com pedidos para pagar incontáveis despesas de campanhas do Partido dos Trabalhadores e de seus aliados.

Minha ação sempre respeitou os princípios partidários. Mas não podemos perder de vista a natureza do sistema político-eleitoral de nosso país. Tivéssemos reunido força suficiente para modificá-lo - introduzindo o financiamento público de campanha e a votação em listas pré-ordenadas, por exemplo -, e as batalhas contra os partidos das elites poderiam ter sido enfrentadas em condições mais equili-bradas, do ponto de vista da obtenção de recursos.

Durante a primeira etapa de meu trabalho, que ante-cede a campanha de 2002, fomos beneficiados por uma importante conquista democrática: a criação do fundo partidário.

Depois, como já disse, a expectativa de vitória na eleição presidencial e o deslocamento de setores da burguesia em direção ao voto em nosso candidato facilitaram a arreca-dação financeira. O presidente Lula, afirmo outra vez, foi eleito em uma campanha inteiramente sustentada por doa-ções contabilizadas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

A conjuntura da eleição presidencial, no entanto, deu-se em marcos muito específicos. Nos estados e municípios

“Participei de todo esse processo, mas não fui o único responsável e

divido com todos os acertos e erros”.

Page 12: Revista Delúbio Soares

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continuava valendo a lei da selva. Mesmo empresários simpáticos à esquerda temem contribuir em suas regiões, com receio de serem perseguidos pelos governantes ou trucidados por parte da mídia.

Talvez este tenha sido nosso maior erro coletivo: não ter transformado a reforma política em nossa bandeira mais importante para avançar na democratização do Esta-do. Houve eventualmente ilusão com o bom desempenho orçamentário da campanha do presidente Lula, e relaxa-mos nossa percepção sobre a desigualdade estrutural e de classe do sistema político-eleitoral.

Nestas circunstâncias desenvolvi meu trabalho. A mim chegaram desmedidas pressões de cidades e estados no biênio 2003-2004. Os companheiros me procuravam com dívidas da campanha de 2002 e enormes dificuldades para a preparação da disputa munici-pal.

Muitas tarefas relevantes – como a informatização geral do partido – foram efetivadas a partir de nosso orçamento regular. Mas as pressões estaduais e municipais existentes sobre a tesouraria tinham origem em despesas e dívidas contraídas de forma não contabilizada. Era o fruto amargo, repito, dos limites antidemocráticos do atual jogo eleitoral.

Amparado por decisões coletivas, eu assumi a coordena-ção do socorro aos diretórios estaduais e municipais. Obvia-mente não poderíamos pagar despesas não contabilizadas com recursos regulares, aliás bastante mais escassos que na campanha presidencial.

Desde a posse do presidente Lula nossos inimigos, na mídia e no parlamento, foram criando um clima de denun-cismo e desgaste para reduzir nossa capacidade de arre-cadação. Eu tomei, então, as decisões que julguei pertinen-tes à solução destes graves problemas.

Não considero correto que, agora, seja responsabiliza-do por erros que não foram cometidos por mim, ou só por mim. Não é possível que a mim seja debitada a conta de todos os erros cometidos, como se eu tivesse criado a dívida do PT e como se não houvesse uma decisão coletiva sustentando a estratégia.

Posso afirmar que essa foi a única solução que encon-trei. Se foi equivocada, assumo a responsabilidade.

Não posso admitir, entretanto, que se fale em gestão temerária, justamente porque essa gestão nunca foi de minha exclusiva responsabilidade, mas sim deste Diretório e da Comissão Executiva Nacional.

Em relação a essa “suposta” gestão temerária, devem-se considerar os seguintes fatos: a Executiva Nacional, no dia 02/05/2005, aprovou as contas de 2004 e o Diretório Nacional no dia 21 e 22/05/2005 também aprovou a prestação de contas e um Plano de Saneamento de Finan-ças do Partido. As resoluções “Contribuição Partidária Filia-dos que serão candidatos no PED”, “Contribuição Partidária

- Para as Instâncias, “Contribuição Partidária - Filiados”, “Contribuição Partidária- Cargos Eletivos e de Confiança” e “Campanha Nacional de Arre-cadação e Finanças” foram também aprovadas. Todas elas estavam voltadas ao socor-ro da crise financeira que o Partido estava vivendo.

Tudo isso foi feito por minha iniciativa e tudo foi apre-sentado, debatido e aprovado pelo Diretório Nacional, o que tem sido desconsiderado.

Lembro que na nossa história não existe um único caso de expulsão baseada em erro cometido por militante.

Todas, exatamente todas, as expulsões deram-se por desrespeito às instâncias partidárias, desrespeito aos princípios partidários ou corrupção.

Não desrespeitei as instâncias partidárias. Muito ao contrário, a elas me submeti.

Não desrespeitei os princí-pios partidários, já que como todas as investigações estão

comprovando não havia dinheiro público. Nunca houve mensalão e nossos parlamentares bem sabem disso. É níti-do que, quanto mais se aprofundam nas investigações, nos-sos adversários confirmam que não havia dinheiro público envolvido e, tanto é assim, que, depois de um certo aturdi-mento inicial, o próprio PT se convenceu disso e passou a esclarecer o país a natureza verdadeira de nossos erros, que consiste em termos cedido à pressão por práticas de cont-abilidade irregular inerentes ao próprio sistema vigente.

O problema das despesas não contabilizadas, como já disse, está diretamente ligado à forma de financiamento das campanhas no Brasil, que para nós é muito maior, diante dos problemas historicamente enfrentados pelos partidos de esquerda. Só a reforma política poderá resolvê-lo.

Reconheci isso publicamente. Nada fiz em desacordo com as instâncias partidárias, nem mesmo quando decidi assumir essa responsabilidade. Responsabilizei-me – até

por amor à verdade – pela forma de obtenção dos re-cursos, deixando claro que se tratava de empréstimos e não de dinheiro público.

Não pratiquei qualquer ato de corrupção. Minha vida foi devassada e nada, abso-lutamente nada, foi encontrado. Jamais me acusaram de ter obtido algum proveito pessoal com minha atuação, pelo simples motivo de que não tive nenhum. Não enriqueci. Não me locupletei de nenhum centavo, embora por min-has mãos tenha passado o destino dos recursos do PT nos últimos cinco anos.

Além disso, insisto que não privilegiei a minha corrente interna e sempre atendi a todos de forma igual.

Hoje, nessa votação, há dois caminhos a seguir.O primeiro é o da justiça. Por esse caminho não é possível

optar pela minha desfiliação, que seria rematada injustiça.Injustiça, porque o Partido, além, muito além, de negar

a Cruz Vermelha aos feridos no curso da batalha, irá abrir um perigoso precedente, a título de dar uma satisfação a

“Não desrespeitei as instâncias partidárias. Muito ao contrário, a elas me submeti“.

“Injustiça, porque o Partido, além, muito além, de negar a Cruz Vermelha aos feridos no curso da batalha, irá abrir um perigoso precedente, a título de dar uma satisfação a setores da grande mídia”.

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setores da grande mídia.Como todos nós sabemos, o que querem nossos ad-

versários e parte da mídia não é somente a minha cabeça, mas impedir as mudanças que estão sendo feitas pelo Go-verno de nosso Partido. Hoje, sou eu a bola da vez, mas dar carne a leões só serve para aguçar-lhes o apetite.

A pena capital provocará por poucos dias manchetes simpáticas ao PT. Mas a seqüência é trágica: nossos ad-versários exigirão mais.

Procurei demonstrar isso à Comissão de Ética, que em nenhum momento quis dar-me ouvidos. Não tiveram inter-esse em chamar os coordenadores de campanha, nem os presidentes dos diretórios estaduais e municipais. Todos eles iriam confirmar minha versão, segundo a qual os gas-tos foram feitos e não havia alternativa senão pagá-los. As poucas testemunhas ouvidas confirmaram isso.

Deu-se um julgamento de cartas marcadas, sem que se refletisse sobre os perigos dessa decisão não só para mim, diante de todo o quadro jurídico que enfrento, mas princi-palmente para os beneficiários dos recursos. É deles – não se iludam - que se cobrará o destino do dinheiro.

Trouxeram-me problemas e eu procurei solucionar, da forma que se apresentou possível no momento.

É esse o motivo que sus-tenta a tese da minha ex-pulsão?

É por isso que minha expulsão não resolve, nem ameniza os problemas. O que acontecerá com todos os militantes que receber-am o dinheiro?

Talvez vocês não acreditem, mas para mim está abso-lutamente claro que não estou fazendo só a minha defesa, mas a defesa de todos os que se beneficiaram dos recursos não contabilizados, que não foram inventados por mim. Ao longo deste processo sempre defendi, com todas as minhas forças, o Partido dos Trabalhadores. Como poderia pagar despesas não contabilizadas, com recursos contabilizados?

O outro caminho, que não é o da justiça nem da ver-dade, é uma decisão política de me expulsar para dar carne – a minha carne – aos leões.

Respeitarei essa decisão, embora a considere injusta. Não vou combater o Partido, até porque continuarei com as minhas convicções e com minha luta política, cujos obje-tivos coincidem com os do PT.

No entanto, tenho certeza de que a história cobrará esse erro, como já cobrou os que cometemos em 1993, que nos levaram a perder as eleições de 1994. Perdemos as eleições de 1998, porque erramos em 1994 e na campanha de 1998.

O possível erro de hoje, não tenho dúvida, será cobrado em 2006 e todos sabemos disso.

Tenho ouvido de diversos companheiros que é necessário “refundar” o PT, virando a página e começando uma nova história, como se a negação do passado ajudasse a construir o futuro.

“Trouxeram-me problemas e eu procurei solucionar, da forma que se apresentou possível

no momento. É esse o motivo que sustenta a tese da minha expulsão?”

Pronunciamento de Delúbio ao DN/PT em 08/05/2009. Foto: Rossana Lana

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Esquecem, entretanto, que não se começa uma nova história – ainda que se vire a página – baseada numa mentira. Atribuir-me toda a responsabilidade por essa crise e me expulsar para resolver o problema é trabalhar com a injustiça e com fatos não verdadeiros.

A nova página poderá até ser escrita, mas antes o erro será cobrado pela história, que é im-placável.

Todos aqui sabem quantas vezes fui pro-curado por pessoas que me diziam que se não houvesse a contratação de shows com grandes artistas, não seria possível ganhar a eleição. Todos sabem que com as chamadas ondas vermelhas de 2002 e 2004, nos Estados e Mu-nicípios foram inúmeros os pedidos de reforço de caixa em virtude de nossos candidatos es-tarem com chances reais de ganhar. Cada um de vocês sabe o que eu passei nas campanhas e sabem que muitos dos eleitos conseguiram atingir o objetivo graças a esse último esforço.

É triste ver que, agora, tudo isso está sendo ignorado ou esquecido; ou pior ainda, está sendo visto como uma atitude digna de propiciar minha expulsão.

Como sempre, vou me submeter à vontade da maioria. E, como sempre, continuarei a tra-balhar pelo sucesso do PT e do governo do Presidente Lula.

Já perdi quase tudo que um homem de bem, como eu, poderia perder. Não sou mais um anônimo e não posso nem comemorar meu aniversário com meus pais, sem que um repórter invada a propriedade deles e invente absurdos, atribuindo-me frases que não pronunciei; tenho inúmeros processos a enfrentar; e ainda posso ser repreendido pelo meus próprios pares, que podem me atribuir erros e acertos, mas não podem – e com certeza não devem – imputar-me desvio de conduta, desrespeito às instâncias partidárias ou corrupção.

Não me desfiliei, embora saiba que é um batalha difícil de ser ganha neste Diretório.Um dirigente pode ser afastado de seu posto ou punido em diversos graus por seus erros. Mas

um militante só pode ser expulso se tiver rompido com princípios ou com a disciplina partidária. Esta é a cultura dos partidos socialistas e populares, entre os quais o PT talvez seja o mais radi-

calmente democrático. Eu cumpri uma tarefa e considero justo ser avaliado e julgado por erros que possa ter cometido.

Não foi por outro motivo que pedi a suspensão de meus próprios direitos por tempo indeter-minado. Mas não haverá justiça se me for retirada a condição de militante petista.

Tenho tentado me comportar à altura da crise e de nossa história. Não traí, e não sou um delator. Tranqüilizem-se os que a mim vieram pedir ajuda porque seus nomes não brotarão da minha

boca, ainda que o meu não saia das deles. Mas não aceito ser oferecido em sacrifício para saciar o apetite das forças conservadoras deste país.

Até o final acreditarei que o Partido optará pela justiça. A pena capital é injusta, desnecessária e excessiva.

Por tudo isso, sinceramente espero uma decisão justa e que cada um vote com sua consciên-cia e com a verdade dos fatos.

Os que assim o fizerem não só me absolverão, mas, acima de tudo, dignificarão sua liderança política. Os que preferirem o elogio fácil e passageiro, a glória efêmera dos que fazem o que terá o aplauso de hoje, não serão reconhecidos no Tribunal da História.

DELÚBIO SOARESSão Paulo, 22 de outubro de 2005

“Um dirigente pode ser afastado de seu posto ou punido em

diversos graus por seus erros. Mas um militante só pode

ser expulso se tiver rompido com princípios ou com

a disciplina partidária”.

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Suplicy escreve a Berzoini em defesa de Delúbio

Carta n.º 00557/2009

Brasília, 24 de março de 2009.

Prezados Deputados Ricardo Berzoini, Presidente doDiretório Nacional do PT, e José Eduardo Martins Cardozo, Secretário Geral do PT:

Diante da importante decisão que a Executiva e o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores terão, ao examinar o pedido feito por Delúbio Soares de reingresso ao nosso partido, quero expressar o que lhe transmiti pessoalmente em visita ao meu ga-binete na semana passada. Não sou favorável a penas perpétuas e creio que as pes-soas sempre podem proceder de maneira a corrigir os erros que foram cometidos no passado. O caso específico de Delúbio foi responsabilidade não apenas dele, mas tam-bém do partido.

A sua volta, portanto, deve ser acompanhada da firme resolução do PT de tornar inteiramente transparente, no site do partido e em tempo real, todos os tipos de con-tribuições recebidas pelo Partido dos Trabalhadores ou por seus candidatos, sejam elas: financiamento público, de pessoas físicas e de pessoas jurídicas. Também devem ser registradas as despesas classificadas de acordo com a sua natureza. Essa resolução deve ser acompanhada da decisão de não haver a utilização de recursos não contabilizados ou “caixa dois”.

Essa é a minha sugestão, em nome dos ideais de transparência e da democracia plena, que nortearam a fundação de nosso partido.

Saudações Petistas,

Senador EDUARDO MATARAZZO SUPLICY

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Presidente do CODEFAT apóia Delúbio

“Conheci Delúbio Soares de Castro quando nos tor-namos colegas no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Codefat, do qual ele foi, inclu-sive, presidente. Discordamos, várias vezes, ao votar nesta ou naquela Resolução. Era uma discordândia democrática, ética, limpa.

Aprendi a admirá-lo por causa disso. Ele representava a CUT e eu a Força Sindical num momento histórico diver-so do de hoje. As centrais estavam em confronto. Na mesa do Codefat, nada disso valia: valia o interesse público.

Não tenho procuração para defender Delúbio, nem sou do PT, mas minha opinião é que o PT deve aceitá-lo de volta.

Delúbio, na verdade, está sendo acusado por atos que, infelizmente, e isso TODO político sabe, TODO político ou faz ou se omite, para que alguém faça em seu nome. Mas é preciso que se diga o mais importante: Delúbio não é acusado em processo algum de malversar ou desviar um único centavo de dinheiro público. E como presidente do FAT ele geriu bilhões de reais, agindo sempre com ho-nestidade e correção comprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Isso, lamentavel-mente, é omitido nas acusações que levianamente lhe fazem.

Enquanto não existir financiamento público de campanhas eleitorais ou os eleitores, como nos Estados Unidos, aprenderem a doar diretamente - 10 reais, 20, 50 ou mil, dependendo de suas posses e dos limites legais - as campanhas continuarão tendo o chamado Caixa 2, os recursos não contabilizados.

O mais impoluto senador da República, o mais sério deputado, o mais ínclito gover-nador, o mais puro prefeito, o mais honesto vereador sabe de onde vêm os recursos de suas campanhas: das doações legais e dos caixas mais variados. Quem disser que nunca recebeu alguma coisa de fontes não transparentes que atire a primeira pedra - sem ficar com a consciência intranquila.

Estão todos fora da lei, esta é a verdade. E só estarão totalmente dentro da lei quan-do a lei mudar para melhor e existir, neste país, candidatos responsáveis e eleitores de fato - cidadãos conscientes de seus direitos e também de seus deveres. Votar não é só um direito a se exercer irresponsavelmente, de quatro em quatro anos. É um dever de cidadão, na busca incessante do melhor dirigente para sua cidade, seu estado e seu país.”

Luiz Fernando Emediato

Jornalista, escritor, consultor político, presidente do CODEFAT

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A fome dos bolsos gordos

Às vezes, acordo com a angústia de estar morrendo e a desolação de seguir percorrendo no silêncio das clandestini-dades a solidão dos honestos. Todos sãos bons, ruins são os outros. Os julgadores não veem a si mesmos. O pudicismo dos moralizadores tem sido estéril na geração da austeridade, mas fértil nas sucessões reprodutivas da corrupção por outras cor-rupções mais poderosas e insaciáveis no ventre dos poderes públicos.

Talvez meu desalento seja vontade de ir-me embora deste Mundo perverso das respeitabilidades suspeitas e imunes nas venalidades que lavam a salvação dos im-puros nas lágrimas dos inocentes. O reca-to dos condenadores guarda intimidades mais excêntricas que os escândalos dos condenados, pois os inquéritos políticos que apuram os crimes de Estado cometem no abuso de poder criminalidades que su-

plantam as ilicitudes investigadas e praticam delitos que justificam o enquadramento dos membros das sindicâncias como réus e de serem absolvidos os indiciados.

Só os dirigentes públicos insensíveis não percebem a devastação do nosso progresso indo ao contrário do crescimento mundial baseado na preservação do meio ambiente e onde a questão prioritária não é plantar imensidões de soja, mas plantar templários de ideias inovadoras; não é construir hidrelétricas faraônicas, mas construir escolas de ciência e tecnologia, para se criarem alternativas de sustentação da vida no Planeta e de aperfeiçoamento da modernidade para se garantir a todos oportunidades de expansão conforme a vocação de cada um.

O patriotismo dos líderes políticos é a sede da soberania de uma nação, e a liberdade de um povo depende da independência econômica promovida através do aproveita-mento criterioso das riquezas naturais e da aplicação parcimoniosa dos tributos arre-cadados nas fontes de produção para se incrementar o desenvolvimento das frentes pervertidas pelas misérias sociais.

Mas o atraso é brilhante na visão dos braçais de um poder mal copiado do modelo que nunca deu certo em política, que é a mesquinhez de flagelação dos redutos aliados e a oxigenação dos flancos adversários. Não há sacrifícios temerários para os desbrava-dores audazes nem condições adversas para os empreendedores capazes, porém o que se assiste é ao momento triste do pleno avanço demolidor dos melhores expoentes da inteligência humana na vida pública.

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O mazelamento da convivência nas sinecuras das hostes governamentais é envelhe-cido nos tonéis das verbas em todos os porões oficiais secularmente. Realmente, os Tesouros Nacional, Estaduais e Municipais estão exauridos e não aguentam mais o cor-porativismo acintoso das rendições entre as safras de corruptos. Sanear moralmente os negócios públicos é preciso urgentemente; contudo, o que está se consumando impu-nemente é a vigência da mentalidade policialesca instituir a supremacia dos escândalos acima da soberania interdepen-dente dos Três Poderes da República e do postulado consa-grado às leis, para arrastar à desonra figuras lastreadas na projeção popular ou referendadas na notoriedade empre-sarial, e que, uma vez empurradas pelo denuncismo vazio à desmoralização precipitada, e mesmo que absolvidas posteriormente pela Justiça, sentem-se constrangidas ante à maledicência solta na curiosidade pública.

A idoneidade da reconstrução ética de uma nação é uma missão séria demais para ser deixada a cargo de policiais, sob pena do risco iminente de serem desmanteladas as elites do pensamento e da consolidação econômica em que se estruturam as tradições pacíficas da sociedade civil ordeira; afinal, os organismos das polícias, investidos da função dos estadistas, agem primariamente tal uma equipe de charlatões no combate de uma epidemia de maleita, que, ao invés de erradicar a doença, exterminaria a popu-lação infestada e acabaria fatalmente contaminada pela enfermidade, no caso, a peste da corrupção, cujos dispêndios gastos com as doses erradas da moralização são mais onerosos que os custos das roubalheiras nos erários federais, estaduais e municipais nesse rendez-vous de determinados políticos com certas empreiteiras.

Recentes acontecimentos históricos fazem a prova dessa realidade. O prejuízo das metas dos planos de obras é irreparável só com a perda de tempo no primeiro mandato do presidente Lula nas negociações partidárias para superar o episódio do Mensalão, que, em verdade, originou-se de fato no primeiro governo do presidente FHC para ar-ticular a aprovação pelo Congresso Nacional da Emenda Constitucional da Reeleição.

Foi providencial a reação pública do presidente do Supremo, ministro Gilmar Men-des, à espionagem do delegado Protógenes Queiroz na Operação Satyagraha (palavra usada por Gandhi para expressar firmeza na busca da verdade) e não exalto do mesmo

modo sobre o silêncio do ministro Joaquim Barbosa ao estar relatando o processo do Mensalão sem de-sentranhar dos autos os 40 envolvidos para que cada um deles seja julgado, caso a caso, conforme a sua participação. Considero saudável, para o regime democrático, até o bate-boca dos dois ministros como

manifestação cívica de que não se consideram vestais intocáveis, mas, sim, pessoas su-jeitas ao destempero emocional como todos os demais seres humanos.

Conheço a militância política de Delúbio Soares, pela imprensa, como sindicalista e como um dos fundadores do PT. Tenho por ele o apreço que não nego a toda pessoa que a sei estar sofrendo, merecida ou injustamente, mas que, no seu caso, é maior por sabê-lo estar na condição de boi jogado às piranhas pelo cinismo moralista, enquanto a boiada atravessa no nado livre, embarcado nas boias e até a bordo nos iates às águas do rio onde os donos dos rebanhos eleitorais continuam pescando corrupção no viveiro dos pleitos.

“Refuto de hipócrita o posicionamento dos

petistas refratários à sua refiliação partidária”

“Passaram bilhões de reais aos seus cuidados e ele permanece na pobreza

exteriorizada.”

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Refuto de hipócrita o posicionamento dos petistas refratários à sua refiliação partidária e defino como inoportuno o desaconselhamento manifesto de Lula contrário ao propósito de Delúbio. Ele foi o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores e o capta-dor de recursos financeiros para as campanhas eleitorais dos que agora o rejeitam no governo e, inclusive, do próprio presidente Lula, quando, se dependesse dos que hoje hospedam-se nas mais altas dependências do gov-erno, o sucessor de Fernando Henrique Cardoso teria sido o José Serra.

Todos os partidos políticos têm o seu Delúbio Soares recolhendo doações direto da bandeja das empreiteiras para o prato dos caixas das campa-nhas eleitorais, com a agravante de que uma por-ção deles fica com as sobras milionárias dos re-cursos arrecadados. Mas, com o próprio Delúbio, o original, é diferente do costumeiro. Passaram bi-lhões de reais aos seus cuidados e ele permanece na pobreza exteriorizada. Sobrevive-se da ajuda de amigos; do adjutório das raspadas rendas da Fazenda Barreirinho, de seu pai, Antônio Soares de Castro; de 22 alqueires, no município de Buriti Alegre, e uma propriedade originada de uma gleba herdada pela mãe, Jandira Soares de Castro; e, às vezes, Delúbio é socorrido pelos vencimentos da esposa, a psicóloga Mônica Valente.

Não existe como conceituar, com honestidade, um cidadão que não reteve nas eco-nomias pessoais um único centavo da dinheirama alheia confiada a ele, senão como de um caráter invejável. Mas não é apenas Delúbio a vítima da caçada cruel aos líderes valiosos. Dirceu é outra; no entanto, a consciência nacional o buscou para viabilizar a sucessão presidencial na mãe do PAC, Dilma Rousseff. Mas Delúbio Soares está para José Dirceu em sabedoria Política como Jorcelino Braga está para Roberto Campos na ciência da Economia.

Realmente não é fácil um menino sair do fundão dos sertões goianos e subir os seletos degraus do centro das decisões do País. Tenho convivido proximamente com o seu estoicismo nas dificuldades. Honra-me recebê-lo em minha casa nessa travessia dura à beira reclinada para o ostracismo. Ele sabe que pensamos diferente em diversas questões políticas, entretanto, tenho aprendido muito nas nossas conversas a respeito das causas que infelicitam ao povo brasileiro.

Se o PT cometer a imprudência de negar-lhe o direito adquirido no chão das pra-ças públicas de refiliar-se, o nome da agremiação dos petistas deve ser mudado para Partido Travestido do seu ideal de lutas. E também eu terei de mudar o meu voto pes-soal, que declara previamente em artigo assinado, para deputado federal no Ronaldo Caiado em todos os pleitos, e, por princípio de consciência, pedir à minha mulher, Marly de Almeida, e às minhas filhas, Imara e Verônica, que votem por mim nele. Porque se o Delúbio Soares candidatar-se, não importa por qual dos partidos, o meu voto já fica declarado, desde já, no Delúbio Soares para a Câmara Federal. E não preocupam-me as possíveis pedras das incompreensões. O João do Sonho, aqui do meu lado, cumpre o seu ritual habitual de ir soletrando o texto enquanto escrevo e, quando chegou ao trecho da minha confissão de voto no Delúbio Soares, exclama:

– Papai, eu também votaria nele!

“Não existe como conceituar, com honestidade, um cidadão que não reteve nas economias

pessoais um único centavo da dinheirama alheia confiada

a ele, senão como de um caráter invejável”

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E isto me basta. É a voz do futuro.

Nunca escrevo ao seco dos sentimentos como a maioria dos jornalistas, mas ao em-balo das emoções e ouvindo boa música, que quanto mais angustiada tanto melhor. Pedi ao cunhado Silvânio, cantor e compositor, para gravar o prelúdio de Zambra, de J. Arozamena/F. López, repetidamente 219 vezes num CD, ao estilo de Bolero de Ravel, de Maurice Ravel, e fiquei escutando-o, ontem à tarde, até a inspiração arrebatar-me para o tema Delúbio Soares. E lá dos planos da alma, possuiu-me a compulsão impulsiva de dizer ao presidente Lula que um governo pode forrar-se nos aplausos do seu sucesso re-conhecido, mas termina pequeno se deixou um dos amigos das horas incertas à sanha dos inimigos na chapada do abandono.

(*) Batista Custódio é o fundador e editor-geral do Diário da Manhã, de Goiânia. Uma legenda na imprensa e na vida de Goiás, foi um das mais importantes vozes da oposição à ditadura pós-64 com o seu histórico semanário “Cinco de Março”, tendo sido preso e perseguido pelo regime militar.

Fonte: http://www.dm.com.br/materias/show/t/a_fome_dos_bolsos_gordos

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Comentários ao artigo de Batista Custódio no Diário da Manhã

(Goiânia) em defesa da volta de Delúbio Soares ao PT

29/04/2009 - Marcelo Guerra

Olá Batista,por motivos maiores não pude ler no dia essas sábias palavras, mas venho aqui agora lhe parabénizar e deixar minhas idéias a respeito do mesmo.

O Companheiro Delúbio é mais uma vitima nas mãos desses que se dizem CERTINHOS, conhecendo o como conheço posso reafirmar a você que ele não tirou nehum proveito para si, Pelo contrário. Ele vem sofrendo com o seu próprio “PARTIDO” se é que podemos chamar assim! Pois negar o pedido de refiliação e um crime humano com quem o a ajudou chegar onde está. Ando com o Delúbio em nossa terra natal e em qualque outro lugar que estamos, e vejo o carinho que a população tem para com ele, é abraço, pedido pra tirar foto... e diversas manifestações de apoio.Agora se o povo que e a voz desse pais não tem VOZ! O partido dos trabalhadores que barrar esse sonho, acho um absurdo muito grande mas infelizmente temos que conviver com isso.

Então deixo aqui essa palavras de revolta com PT e os meus cumprimentos por essas pala-vras de apoio ao amigo Delúbio Soares. Abraços

28/04/2009 - Luiz Claúdio Martins

Gostaria de Parabenizar o Senhor Batista Custódio pela matéria sobre Delúbio Soares. Fico feliz, por saber que uma pessoa conhecida, como Batista, foi capaz de falar o que muitos de nós filiados ao PT gostariamos de falar. Obrigado!!!

27/04/2009 - Delma Regina Soares

Gostei muito dessa matéria, sobre o retorno de Delúbio Soares ao PT. Penso que, deve ser muito penoso para Delúbio passar por essa situação, principalmente porque é um dos mili-tantes fundadores do PT. Delúbio Soares já!

27/04/2009 - Maria de Fátima Moreira Borges

Batista Custódio,

PARABÉNS!!!! pela materia escrita por você em apoio a Delúbio Soares. Eu, também sou filiada e militante petista, e sou a favor do retorno deste companheiro histórico ao quadro de filiados ao PT. Conhecemos também sua luta, sua militância, seu esforço em prol desse Partido Político - PT.

27/04/2009 - Neiva Gomes

Parabéns Sr. Batista! Eu o conheço muito bem quando está escrevendo, pois fui sua secre-tária no DM há alguns anos trás. Naquele tempo se não me falha memória a música era “Portão do Inferno” Lembra? Repetia dezenas de vezes gravadas em fita K7 que rodava em alto volume, num velho aparelho de som, e todos já sabiam que naquele dia Batista estava inspirado de alguma forma!

Parabéns pelo pensamente coerente!

Abraços da amiga Neiva saudosa daqueles momentos de redação do DM!

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Delúbio Já!

“Quero deixar claro desde o início: defendo a reinte-gração de Delúbio Soares ao PT. E defendo isso com muita emoção e muita razão. Fui contra sua expulsão e sei, como todos os dirigentes sa-bem, que são verdadeiras as

palavras de Delúbio quando afirma que cada dia de sua vida foi “dedicado ao PT e à causa de construção de um país mais justo e solidário”. Tenho certeza, como todos os dirigentes têm, que também é verdade quando ele diz que todos os seus atos “sempre foram pautados pela vontade política da transformação social e econômica deste país”. E ainda quando ele afirma que é notório e do conhecimento de todos que sempre apoiou e con-tribuiu com o Partido, sempre ao lado de seus com-panheiros e comprometido com a causa coletiva, nos momentos bons e nos momentos de dificuldades. E

duvido que alguém duvide quando afirma que não pe-sam sobre ele “acusações de qualquer alcance de dinheiro público” ou que um único

ato visasse seu beneficio, “seja político, financeiro ou pessoal”. Poderia parar por aqui, porque já vejo razão suficiente para a reintegração de Delúbio. Mas quero ir além. Quero fazer minhas as palavras de Walter Po-mar quando ele diz (com objetivo oposto ao meu) que “somos um partido político, não somos uma instituição penal, religiosa ou moral”. É isso mesmo. Somo um partido político e, como lembra Raimundo Jr., somos uma “associação de homens e mulheres que querem a construção de uma sociedade livre, mais igualitária e mais justa”. Temos ideais e temos companheirismo dos quais Delúbio jamais se afastou. Somos um partido de coragem e de justiça. Somos o PT, que não se entrega aos truques e ameaças da direita com seu projeto neo-liberal, nem entrega seus companheiros. Vamos para a luta, dar continuidade às conquistas do Governo Lula e com a participação de Delúbio na vitória de Dilma em 2010. Nada disso pode ficar para depois. Temos que corrigir um erro histórico, como diz Dalva Oliveira. É Delúbio já! De todo o coração.”

Manoel Severino Militante PT/RJ

Manifesto em apoio ao retorno do companheiro

Delúbio Soares ao Partido dos Trabalhadores

O Partido dos Trabalhadores enfrentou entre 2005 e 2006 uma das campanhas difamatórias mais agressivas e pesadas de sua história. Assim como a elite e parte da grande imprensa tentaram inviabilizar os governos democrático-populares da América Latina em vários momentos, tentaram fazer o mesmo naquela época com o PT e nosso governo.

Acusações infundadas e reacionárias dos adversári-os de nosso projeto político, bem como sua deturpada repercussão na imprensa geraram situações que de diferentes maneiras vitimaram diversos companheiros nossos de grande valor político.

Um deles foi o companheiro Delúbio Soares, expul-so do partido no calor daqueles notórios acontecimen-tos. Na seqüência ele teve sua vida pessoal devassada, enfrentando diversos processos políticos e judiciais. Apesar dessa devassa, Delúbio Soares não é acusado de qualquer alcance de dinheiro público e não é acusado de um único ato sequer que visasse seu próprio benefí-cio, seja político, financeiro ou pessoal.

Mesmo assim, há quase quatro anos vive no exílio impedido de exercer plenamente seus direitos políticos por não poder militar no PT, partido que ajudou a fun-dar e com o qual contribuiu politicamente por mais de duas décadas.

Consideramos que a base das acusações que ele so-freu é eminentemente política e que não pesa sobre o companheiro nenhuma acusação de violação da ética partidária. Nossos ideais nunca corroboraram com pe-nas perpétuas ou definitivas, e acreditamos que é hora de começarmos a prestar um ato de justiça a compa-nheiros que foram expostos naquele período e que se portaram com a valentia e a dignidade que se espera do militante partidário comprometido com a nossa causa. Por isso, entendemos que é hora de promover esse debate e reintegrar Delúbio Soares ao Partido dos Trabalhadores.

Benildes Rodrigues - Geógrafa/jornalista - DF

Adauto Melo - Grupo Beatrice - MA

“Temos que corrigir um erro histórico”

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Quem atira a primeira pedra?

Baseado num texto bíblico precisamente no livro do Evangelho Segundo São João, capítulo VIII e versículos VII em diante, quando narra momentos de Jesus na sua missão de militância progressista rumo à revolução integral da pessoa humana, conta-se que Ele [Jesus], na época, durante o seu ministério na terra, ao adentrar numa sinagoga, muitas pessoas - das quais os seus discípulos - o acompanhavam para ouvir os ensina-mentos do revolucionário Mestre. Naquela ocasião, os repórteres [escribas] e os fari-seus [oportunistas] trouxeram-lhe uma mulher apanhada no ato de adultério e, segun-do a Lei mosaica, a mulher teria que ser apedrejada. Perguntaram, então, a Jesus: tu, pois, o que dizes? Isso os dizia, tentando-o, para que tivessem do que o condenar. Mas, Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo no chão. E como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra esta mulher”.

Companheiras e companheiros do Partido dos Trabalhadores: eu conheci o compa-nheiro Delúbio Soares de Castro no final dos anos 80, quando tive a honra de trabalhar ao seu lado na Escola de Formação da CUT (Instituto Cajamar no começo dos anos 90, época em que muitos trabalhadores freqüentavam sistematicamente o INCA e o taxa-vam de “a universidade do trabalhador”), sob a coordenação geral do meu grande e eterno inspirador político, o compan-heiro Gilberto Carvalho. Com muito orgulho acompanhei o Delúbio durante 11 anos quando eu era assessor e coordena-dor do Setor de Publicações da CUT Nacional e ele diretor tesoureiro. Aprendi muito com suas experiências pautadas na ética e na responsabilidade política.

Poder compartilhar da confiança do partido é um direito de qualquer filiado e do Delúbio também. Negá-lo sob o argumento da política real; de ser o momento inoportuno, como diz o companheiro Walter Pomar; de ser algo que servirá apenas aos interesses dos nossos detratores é tentar tergiversar sobre o mérito da causa. Delúbio foi acusado de envolvimento no escândalo do mensalão em 2005 com supostas operações ilícitas e agora pede reconsideração da decisão do partido que o expulsou sumariamente. Delúbio já cumpriu quase quatro anos de sua condição de expulso do partido.

Hoje, o momento agora é discutir se o seu retorno ao PT é possível ou não. A meu ver, sim! É possível. O companheiro Delúbio é detentor de todas as qualidades pessoais de um cidadão que pretende atuar através de um partido democrático, socialista e de massas. Aliás, permito-me fazer minhas, as palavras do companheiro deputado Carlos Abicalil: “A sociedade goiana julgará Delúbio Soares através das urnas no próximo ano”. Esse, sim, deve ser o verdadeiro veredicto.

*Cesário Silva – Filiado ao PT, ex-dirigente em Aracaju nos anos 80, ex-dirigente em Jundiaí/SP até fevereiro/2009, atualmente filiado em Aracaju e membro da Executiva Nacional do MEP – Movimento Evangélico Progressista.

“A sociedade goiana julgará Delúbio Soares através das urnas no

próximo ano”

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A páscoa de Delúbio

Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem), é o momento em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito. Para os cristãos é uma festa que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Na liturgia judaica e cristã, a penitência, o jejum, as orações e a meditação marcam o ritual de passagem para uma nova vida através da purificação e do arrependimento.

Páscoa também pode ser compreen-dida como a vitória a vida sobre a morte, ou, noutros termos, da esperança sobre o medo.

A eleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva em 2002, representou a Páscoa para milhões e milhões de brasileiros. A esperança de um Brasil melhor venceu o medo e o preconceito contra a eleição do operário, nordestino, monoglota e sem diploma universitário.

Eleger Lula foi o ritual de passagem para que o Brasil encontra-se consigo mesmo, ou como diria o saudoso Darcy Ribeiro, foi o ápice da nossa cultura multiética, multiracional e multicultural, onde, pela primeira vez um filho do Brasil profundo assumiu a responsabilidade pelos destinos do País.

A mensagem de Lula, durante toda a campanha de 2002 (e também de 2006), foi o discurso da Esperança superando o Medo. Este discurso seria absorvido por toda América Latina, culminando com a eleição do ex-tupamaro e ex-guerrilheiro Tabaré Vazquez, no Uruguai, tirando pela primeira vez da história daquela país Blan-cos e Colorados do poder. O lider indígena Evo Morales subiu ao poder na Bolívia, pondo fim ao apartatheid que negava aos índios do altiplano o direito de dirigir o próprio destino. A esperança também chegou com for-ça na Venezuela, elegendo Hugo Chavez contra o lobby multinacional que controla uma das maiores reservas de petróleo do mundo, relegando o povo à miséria eterna.

A esperança ganhou também na América Central, na Nicarágua com a recondução de Daniel Ortega ao poder central e em El Salvador com Mauricio Funes, candidato da ex-guerilha de esquerda Frente Farabuto Marti.

E foi somente a esperança no discurso Yes, we can (Sim, nós podemos!), levou o primeiro negro à presidên-cia dos Estados Unidos, elegendo Barak Obama, numa eleição que revigorou a democracia norte-americana.

O Partido dos Trabalhadores tem pela frente um de-bate importante nos próximos meses: manter-se-á fiel à bandeira da Esperança ou irá sucumbir ao Medo nas eleições de 2010?

O debate sobre a reintegração de Delúbio Soares aos quadros do PT, exige que o partido supere seus medos inter-nos e poste-se, mais uma vez, com coragem frente à história.

Desde 2005 Delúbio Soares é o cordeiro oferecido aos lobos para expiar os pecados da legenda. O epísódio surreal denominado Mensalão ainda atormenta petistas que temem no retorno do ex-dirigente prejuízos à virtual campanha de Dilma Roussef à presidência. É público e notório que não foi comprovada em nenhuma das CPIs instaladas naquela período a compra de deputados para votar em projeto do governo federal. Outrossim, é certo,

como afirmou o próprio Delúbio, despesas de campanha nas eleições de 2002 e 2004, foram pagas “por fora”, contrariando a legislação eleitoral vigente.

Por que houve caixa dois em campa-nhas ao governo e às prefeituras em 2002 e 2004? Porque o PT sucumbiu à lógica da

governabilidade e não pois em votação - no início do mandato de Lula -, a Reforma Política. O capital político do início do mandato foi gasto com a votação da Reforma da Previdência, adiando, postergando indefinidamente - ad eternum -, o debate sobre a legislação eleitoral brasileira.

Assim como os hebreus sacrificam o cordeiro na Páscoa para expiar os pecados, ou como os cristãos ex-ortam o sacrifício de Jesus “o cordeiro de Deus que veio para tirar os pecados do mundo”, o PT não pode continuar numa postura hipócrita sacrificando o “cordeiro Delúbio”, para esquivar-se do debate maior, que é o debate da re-formulação do sistema político-eleitoral do país.

A volta de Delúbio ao PT é o momento para esta pas-sagem. Delúbio tem direito à ressurreição pois foi purifi-cado nas penitências das CPI’s, depoimentos, inquéritos, achicahes na mídia e todo tipo de provação. Assim como o cordeiro, que não nega o pescoço ante a faca do algoz, Delúbio não berrou, não titubeou. Foi para o sacrifício. O PT, que deve ter respeito com a próprio história, não pode negar misericórdia a um de seus mais valentes militantes, tampou-co não deve se acovardar e ceder à pressão de seus oposi-tores, que na verdade não querem e nem nunca quiseram mudanças na legislação eleitoral. O episódio recente envol-vendo tubarões da Fiesp, da empreiteira Camargo Correia e medalhões do DEM e PSDB estão aí para provar a assertiva.

Dizer que a volta de Delúbio ao PT atrapalha a eleição de Dilma é pensar que o povo brasileiro é besta. Este povo que elegeu o primeiro operário à presidência está pronto para levar a primeira mulher ao posto mais alto da República. O PT não pode trocar de mote e deixar o medo vencer a esperança.

MARCUS VINICIUS FELIPE

Goiânia/GO

“Desde 2005 Delúbio Soares é o cordeiro oferecido aos lobos

para expiar os pecados da legenda”

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Súmula para Delúbio Soares

Caro companheiro,

O debate da sua reintegração aos quadros militantes do PT não é simples e envolve aspectos de posicionamento estratégico partidário e direito constitucional. E com todo o respeito à sua cidadania (e já debatendo pontos de vista co-locados por Valter Pomar), acho que sua presença dentro ou fora do PT não será definidora nem da nossa derrota, nem da nossa vitória no processo eleitoral de 2010. Acho que o que conta mesmo (nessa questão) é se o partido consegue sair da lógica do caixa 2, recuperar suas finanças, quitar dívidas e implementar um projeto correto, profissional e militante (como deve ser um partido político) para dar respostas à so-ciedade e enfrentar o debate que será rico e não se resolverá com atitudes fugidias, nem com reincidências.

Por outro lado, com todo o respeito à sua militância (você sabe que a respeito), acho que esta é uma decisão estraté-gica difícil para a direção partidária. O debate da sua volta é um debate que envolve um erro (crime eleitoral) cometido pelo PT (sob sua direção) e não é simples, nem fácil. Mas ex-ige-se que seja feito. E nós sabemos e a sociedade brasileira também sabe que esse erro (crime) foi cometido também por todos os outros partidos da nação, com certeza (sem ex-ceção). Portanto, é também um debate sobre o colapso do sistema e sua lógica que impõe a corrupção humana como atividade cotidianamente presente no Estado, nas institu-ições, nas organizações sociais e políticas, na iniciativa pri-vada, na sociedade, nas nossas vidas.

Então penso que ao condená-lo novamente (não permit-indo a sua volta) o PT estaria transferindo para você todas as culpas dos seus militantes, e ainda, as culpas dos militantes dos outros partidos que cometeram e conviveram com este mesmo erro (crime) em nome de suas causas. A única justi-ficativa para cometermos tal ato (injusto), seria estarmos in-timidados por algum ataque “reacionário” que imputasse a nós toda a responsabilidade conceitual e jurídica por um erro (crime) que é de todos e que se espalhou como um câncer pela sociedade do nosso tempo. Era assim que nos encon-trávamos em 2005, e como cidadão e militante do PT, peço minhas desculpas por universalizarmos em você um crime que era de todos (senão de forma absoluta, pelo menos por hegemonia de ação na sociedade).

Aprofundando ainda o debate, tenho clareza que naquele momento era enorme o ataque “reacionário” ao PT, e talvez, possa ter sido correta (necessária), do ponto de vista estraté-gico, uma punição ao seu ato enquanto dirigente partidário. E na verdade creio que foi a atitude possível (era preciso dar uma resposta urgente) e retomar as linhas de enfrenta-mento histórico para que a sociedade pudesse nos avaliar

sem contaminações “reacionárias” e manifestar seu voto sem preconceito de origem dentro de um processo eleitoral agressivo, conturbado e cheio de contradições. Enfrentamos as contradições e conseguimos manter a confiança da socie-dade brasileira para realizar tudo de produtivo que o governo Lula faz em seu projeto de Brasil.

Agradeço-te por ter-me envidado o texto/defesa da com-panheira Dalva Oliveira e por ter solicitado a minha manifes-tação nessa questão. Acho que está na hora de fazermos os embates mais duros e mais sinceros das nossas vidas. O texto da companheira elucidou minha mente e hoje tenho clareza sobre este tema. Duas coragens são necessárias nesse mo-mento: a de reintegrá-lo (porque será o respeito ao seu dire-ito universalizado ao direito dos outros) e a de implementar já uma estrutura partidária absolutamente legal – porque será a nossa demonstração para a sociedade que aprendem-os com os erros e vamos finalmente dar todas as respostas que combinamos com o povo brasileiro desde o nascedouro do PT (um campo de futebol).

É simples assim. Não adiantará nada manter a sua ex-pulsão e depois nos depararmos em pleno processo eleitoral com o “Delúbio da Dilma” – o que seria um grotesco papel (e plenamente provável se mantivermos para o pleito de 2010 a lógica do nosso tempo). De outra forma, se em nossa consciência individual e coletiva não tivermos nem receio de que possa vir à tona o “Delúbio da Dilma” nos será ple-namente tranqüilo debater a sua militância, o seu erro e os erros de qualquer outro companheiro, estando ele dentro ou fora do PT. E arrisco-te que esse debate nem acontecerá, pois teremos todos (nós e nossos adversários) coisas mais importantes a fazer e propor para a sociedade brasileira. E se é assim, por uma questão de justiça, espero que a direção partidária o reintegre. Quanto a ser candidato ou ter repre-sentação na direção partidária é um outro debate (e aí sim: estratégico) que será definido nas instâncias democráticas do partido.

A tarefa é difícil e espero do coração que saiamos dela fa-zendo justiça. E lembro ainda que a construção desse partido nos seus primeiros tempos se deu com contribuições men-sais e anuais de militantes e simpatizantes da nossa causa. Foi assim que plantamos toda a base sólida que sempre nos sustenta diante das contradições e nos transforma no grande partido que somos hoje. E vamos à luta com coerência, com trajetória e com gestão partidária clara e absolutamente legal. Retomar as origens e o caminho é o segredo das nossas próxi-mas vitórias. Nós temos competência, militância histórica, lastro e estofo para implementarmos um projeto partidário e eleitoral absolutamente legal. É uma questão de decisão, exercício ideológico contra a corrupção e foco de gestão.

Leo Pereira. (Jornalista, publicitário, poeta e dramaturgo filiado ao PT de Goiás)

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Resposta de Dalva Oliveira a Valter Pomar

Valter: O pedido de Delúbio

Delúbio Soares de Castro foi expulso do Partido dos Trabalhadores, em 2005. A expulsão foi aprovada por maioria de votos no Diretório Nacional.

Dalva: A expulsão foi um erro histórico cometi-do pela direção partidária. Se àquele momento já chocava a muitos pela de-sproporção em relação às faltas cometida pelo apenado, hoje, em retrospectiva, parece quase monstruosa.

Valter: Em 18 de março de 2009, Delúbio Soares diri-giu uma carta ao presidente Ricardo Berzoini, solicitando sua “reintegração” ao Partido. A mesma carta foi envia-da a todos os membros do Diretório Nacional do PT, com ampla repercussão na imprensa.

Delúbio Soares tem o direito de pedir reintegração? Sim.

Delúbio Soares fez certo ao encaminhar este pedido diretamente ao presidente nacional do Partido? Sim, pois dada a gravidade do caso, seria um erro tentar rein-tegração disfarçada, através de um diretório de base.

Delúbio Soares deve ser reintegrado ao PT? Não.

Votei pela expulsão de Delúbio Soares. Não acho que expulsões devam ser eternas. Mas tampouco acho que se aplique, no caso, a “progressão automática de pena”, como sugeriu uma dirigente do Partido que apóia a re-integração.

Caberia a revisão de pena, através da reintegração, se Delúbio Soares reconhecesse os erros políticos e ad-ministrativos que cometeu.

Dalva: Neste ponto me cabe rebater este admirável companheiro através de dois argumentos, (1) não se trata exatamente de “revisão” de pena, porque ele não pede que ela seja anulada, e ele seja declarado ab-solvido, o companheiro Delúbio pede apenas que seja comutada. Por já cumprida, para que ele possa voltar ao PT, não como dirigente, como era na época da sua ex-pulsão, mas como simples militante de base. Esse o meu entendimento.

As penas são draconianas quando ultrapassam os marcos da relação de proporcionalidade entre elas e os danos; penas jamais devem assumir o caráter mera-mente punitivo que tinham na época das trevas medie-vais, quando se mandava pra fogueira e pronto. Mo-

“A expulsão foi um erro histórico cometido pela

direção partidária”

derna e contemporaneamente a pena tem função social que, cumprida, torna novamente apto à reintegração, o indivíduo faltoso. (2) Por outro lado, se o companheiro Valter Pomar reconhece que caberia a revisão da pena caso Delúbio reconhecesse os erros políticos e adminis-trativos que cometeu, (isto se daria em sede de recurso e num lapso menor de tempo), o pedido de reintegração depois de mais de 3 anos da expulsão clareia a com-preensão de que o Delúbio reconheceu seus erros cum-prindo humildemente, a pena imposta além do que, en-tende, seria suficiente.

Ele foi expulso, mas não para sempre conforme de-clara o companheiro Pomar ao reconhecer seu direito de solicitar sua refiliação e ao se posicionar contra as “expulsões eternas”, pois até criminosos hediondos tem direito à atenuação de pena.

Agora Delúbio quer voltar ao partido que fundou e ajudou a crescer e fortalecer ao ponto de eleger o Presi-dente da Nação. Nada mais natural.

Valter: Ele não reconheceu seus erros, na época. Cabe lembrar que, ao contrário de Sílvio Pereira, Delúbio Soares lutou contra sua expulsão, exatamente porque considerava que seus erros não eram de tal monta que fosse cabível sua expulsão.

Dalva: Aqui o companheiro não está sendo rigorosa-mente exato porque à época, o que Delúbio não reconhe-ceu foram as imputações e interpretações falsas, feitas pelos opositores políticos e pela mídia. Ao demais, exer-ceu seu direito de defesa e defendeu-se como qualquer um faria; não negou a pratica de erros, mas contestou a avaliação de setores do DN quanto à gravidade deles e quanto à desproporcionalidade da pena de expulsão. Não esteve sozinho nisso como bem sabemos. Também aí, nada de anormal.

Sua resistência quanto à valoração dos seus erros com a imputação da pena máxima da expulsão, era per-tinente então, tanto quanto o é agora. Uma boa adver-tência e até mesmo uma suspensão da sua filiação por algum tempo fixo, teria sido aceitável. Sua expulsão jamais. Muito menos para sempre como bem reconhece o com-panheiro Pomar.

Delúbio recebeu a pena máxima sem ter cometido os erros máximos.

Ninguém precisa esforçar-se muito para entender que ele não teve nenhum benefício financeiro nem fez uso pessoal de recursos públicos nem partidários. Mas talvez precisemos fazer certo esforço para entender que recursos não dão em árvores de nenhum pomar , sem

“Delúbio não teve nenhum benefício

financeiro nem fez uso pessoal de recursos

públicos nem partidários”

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portanto, que justifique mudar a posição da maioria do Diretório Nacional em 2005. Sendo assim, da mesma maneira e pelos mesmos motivos que votei pela sua ex-pulsão, votarei agora contra sua reintegração.

Dalva: Se os argumentos aqui alinhavados não forem suficientes, nem os muitos outros argumentos que certa-mente serão trazidos por outros companheiros até que o DN delibere; se, até o momento propício o companheiro não alterar sua inteligência do caso, então que vote se-gundo seu foro íntimo, é direito que não lhe pode ser negado.

Valter: Meu segundo motivo é político: o PT enfren-tará em 2010 uma batalha fenomenal pela presidência da República. Venceremos se mantivermos foco na disputa política principal e se garantirmos a unidade partidária.

Neste momento e nestas circunstâncias, introduzir o debate sobre a “reintegração” de Delúbio ao PT é fazer o jogo da oposição de direita (PSDB e DEM).

Dalva: Essa é uma impressão momentânea, ninguém pretende que o processo de reintegração do Compan-heiro Delúbio se prorrogue até as portas da campanha presidencial. O tema não é de tão alta complexidade e pode e deve ser resolvido quase imediatamente, (maio) dentro da programação partidária. Ademais, não pode o DN se pautar idealmente, sem enfrentar os desafios que se lhe apresentam; ainda estamos a bom tempo das eleições presidenciais de 2010, até lá o assunto estará atenuado. De qualquer maneira, com ou sem reintegra-ção do Delúbio, os fatos de 2005 serão pautados pela oposição, incluído aí o PIG, naturalmente. E serão cada vez mais facilmente rebatíveis, desde que não nos es-coremos em puerilidades e contra-argumentemos politi-camente. O distinto público não é burro.

Valter: O simples fato de o tema ter sido introduzido no debate público e ocupar o tempo da direção nacional do Partido, com possíveis seqüelas no PED 2009, já é um contratempo para quem deseja manter o foco no princi-pal objetivo do período: vencer em 2010.

Dalva: Vitórias desse porte, evidentemente exigem sacrifícios de toda espécie, mas não necessariamente deve exigir o sacrifício eterno de um companheiro por motivos que podem ser serenamente enfrentados e resolvidos com bom senso e altruísmo. Reparar exces-sos não será contratempo nenhum nem implicará em nenhuma dificuldade se o tema for politicamente bem discutido e bem justificado perante a sociedade.

Valter: Ademais, todo mundo sabe que Delúbio Soares não quer voltar ao PT para ser um “militante de base”. Quer voltar para ser candidato às eleições de 2010. Infelizmente, não assume isto na carta que enviou ao presidente do Partido.

Dalva: Com esta observação o companheiro Pomar

intenção de trocadilho.Tudo o que fez foi pre-mido pelas pressões das circunstâncias e nada do que fez era, ou é estranho à natureza da ferrenha luta estabelecida entre os nossos ideais socialistas e o arrivismo da direita pelo exercício do poder contra os interesses do povo, num sistema como o nosso onde o financia-

mento de campanhas é privado e não público.

Valter: Ele não reconheceu seus erros posterior-mente. E não imagino que os reconheça agora, estando como está em meio a um processo judicial.

Dalva: Creio que esse reconhecimento exigido pelo companheiro está superado pelos argumentos acima; se o companheiro insistir neste ponto vai passar-nos a falsa impressão de atribuir às penas laicas um valor sagrado.

O processo judicial que Delúbio sofre não é, eviden-temente, empecilho para sua reintegração partidária, ela sim, acredito, contribuiria ao menos simbolicamente para sua defesa. Ele bem o merece e nós lhe devemos isso.

Valter: Sem um reconhecimento dos erros, estaría-mos reintegrando o mesmo Delúbio Soares que foi ex-pulso em 2005. Na prática, anulando a pena aplicada.

Dalva: Não estaremos reintegrando o mesmo Delúbio de 2005, nem nós somos os mesmos. O sofrimento nos fez crescer e amadurecer. O tempo aprimorou nossos valores nos forneceu novos parâmetros para análise e reforçou nossos sentimentos de tolerância. Sua pena não estaria sendo anulada. Uma pena cumprida por tanto tempo não pode ser anulada, só cabe ser reparada.

Valter: Um agravante: sua carta, entregue a Berzoini, é de alguém que se julga vítima, não de alguém que se reconhece culpado.

Dalva: Nada mais natural que Delúbio ainda se sinta uma vítima do rigoroso julgamento que sofreu. Muitos de nós, militantes e dirigentes o vemos desse modo, hoje, mais ainda do que ontem. Este argumento não merece ser considerado um agravante.

Valter: Ou seja: Delúbio leva em consideração apenas quem votou contra sua expulsão, desconsiderando os argumentos e os sentimentos dos demais.

Dalva: Esta afirmação fica por conta da contrarie-dade do companheiro Pomar pelo pedido encaminhado por Delúbio Soares.

Valter: Não há nenhum fato ou argumento novo,

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argumentos do nosso companheiro, pois ao início de sua fundamentação declara textualmente que o compa-nheiro Delúbio tem o direito de pleitear sua volta ao PT, e que “Não acho que expulsões devam ser eternas”.

Ora, se nosso livre arbítrio nos leva ao erro e esse erro é rigorosamente julgado e punido, cumprida a pena seremos reintegrados ao organismo que nos expulsou, para com ele, em harmonia, continuarmos nosso desen-volvimento até nos extinguirmos pra sempre. Não cabe falar em culpa por degredo ou pela causa, nem Delúbio fez isso ao justificar seu pedido de retorno.

Seu pedido deve ser considerado por todos os mem-bros do Diretório Nacional com o respeito que qualquer dirigente deve aos militantes petistas e especialmente ao Delúbio Soares que carrega consigo, sozinho, um far-do tão pesado, a mais tempo do que seria razoável.

Nem uma pena é eterna nem nossos julgamentos ou as posições que ocupamos na estrutura partidária são imutáveis. Sobretudo no nosso PT, os fardos e as dificuldades, no passado, sempre eram carregados soli-dariamente. Continuemos assim.

Valter: Assim, para ser conseqüente com o que fala em sua carta a Ricardo Berzoini, a respeito de seu compro-misso com a “causa coletiva”, Delúbio Soares deveria retirar seu pedido de

reintegração, evitando com isto um desgastante debate público com o qual só a direita tem a ganhar.

Dalva: Somente com coragem para a luta e franque-za para com os oponentes poderemos ir além. O PT que eu fundei e construí junto com tantos companheiros só chegou aonde chegou encarando de frente os problemas e enfrentando as adversidades, na raça, com coragem, sem subterfúgios. Nosso compromisso com a causa co-letiva não pode justificar nosso erro de julgamento nem nos obriga a não revermos nossos atos. Antes, pelo con-trário. São os objetivos que nos transcendem os que devem justificar nosso aprimoramento pessoal para a prática da tolerância e da convivência. O altruísmo e a fraternidade no exame do pedido de reintegração do companheiro Delúbio ao nosso PT nos fará cada vez mais fortes.

Dalva Oliveira

Militante PT/SP

Valter Pomar

Secretário de relações internacionais do PT

revela que não considera legítima a eventual aspiração de qualquer militante, à representação política formal. Que vê o PT estamentado, como se o lugar do militante de base fosse inferior ao do parlamentar.

Se Delúbio, reintegrado, pretende chegar à Câmara como deputado pelo PT, terá que se submeter ao proces-so partidário interno e percorrer todas as fases exigidas para isso, daí que esse aspecto não vem ao caso nesse momento, não precisaria ser especificado no documento que entregou ao Presidente Berzoini e não pode ser con-siderado um obstáculo ao seu pedido de refiliação.

Valter: Portanto, reintegrar Delúbio Soares será for-necer, agora e no próximo ano, farta matéria-prima para os ataques da direita, ajudando a reavivar os ataques lançados contra nós durante a crise de 2005.

Dalva: Ataques da direita nós os sofremos todo o tempo e quando não há material para nos atacarem eles os fabricam, os requentam.

Nas bases do partido se encontrará a justificação necessária para o enfren-tamento dos ataques, pois sabemos que entre os militantes de base a recep-tividade ao retorno de Delúbio Soares é significativa porque o vemos mais como herói do que como vilão.

Na sociedade, se bem explicado o tema e conduzido o debate, os danos serão mínimos e se dissiparão com facilidade. Manter o degredo do companheiro Delúbio, além de cruel, será mais nefasto para o PT porque dará munição para con-tinuarem nos taxando de intolerantes e de esquerdistas justiceiros ou coisa que o valha.

Valter: Por fim: os militantes de um projeto pessoal só pensam em si mesmos. Mas os militantes de uma causa precisam pensar primeiro nela.

Dalva: Este pensamento só cai bem em conjuntura revolucionária ou religiosa. Não cabe aqui porque não vivemos nada semelhante a nenhuma das hipóteses, mas sobretudo não cabe porque Delúbio já se sacrificou bastante em benefício da causa de muitos, não apenas dele, e porque seu projeto é apenas o de continuar mil-itando e fazendo política como é seu direito e gosta de fazer, pelo PT, pelo Brasil e contra os interesses de classe que promovem a exclusão social e o atraso do desenvol-vimento humano do nosso País.

Valter: As decisões que tomamos, no dia a dia de nossa atuação como dirigentes partidários, são produto de nosso livre arbítrio. Se, produto destas decisões, al-gum de nós é levado ao “degredo”, não se deve culpar o Partido nem a causa por isto.

Dalva: Neste ponto verifica-se uma contradição nos

“que entre os militantes de base a receptividade

ao retorno de Delúbio Soares

é significativa porque o vemos mais como herói

do que como vilão”

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A volta do Delúbio

Essa semana o Delúbio Soares me telefonou, perguntou se eu não ia tomar posição aqui no Blog sobre a sua reivindicação de reintegração ao PT.

Já tinham me dito que ele era leitor do meu Blog, mas fazia tempo que não nos fa-lávamos. Aliás, poucas vezes nos falamos, mas sempre foi em clima bem simpático. Em uma das últimas vezes, no início de 2002, não pude atender a uma sugestão sua.

Ele de certa maneira me sondou sobre a possibilidade de fazer campanha eleitoral para o PT. Respondi que infelizmente não seria possível, por questões éticas, já que minha empresa atendia na época o Governo do Estado do Rio de Janeiro, e Garotinho, então Governador, poderia ser candidato à Presidência da República.

Cada um seguiu seu caminho, mas o clima de amizade continuou. Nessa questão do seu retorno a seu partido, sou favorável, porque acredito inteiramente nas razões apre-sentadas em sua carta ao Presidente Nacional do PT, acredito quando ele escreve que cada dia de sua vida “foi dedicado ao PT e à causa de construção de um país mais justo e solidário”. Mas não me sentia confortável para opinar, porque não sou filiado ao PT.

Pelo que pude perceber até aqui, há duas questões principais sobre a aprovação ou não da sua volta. A primeira, gira em torno de se ele “pagou” ou não “pagou” pelos seus “erros” partidários. A segunda, indaga sobre a oportunidade ou não dessa volta, já que estamos à beira de um ano eleitoral importante e o retorno do Delúbio ao PT certamente será muito explorada pela Oposição.

Não quero me intrometer na primeira questão, mas me sinto bem à vontade para falar da segunda questão. Claro que no dia seguinte à aprovação da reintegração de Delúbio, a grande imprensa vai estampar as primeiras páginas com algo como “líder dos mensaleiros volta ao PT”, algumas sessões do Congresso serão gastas com discursos oposicionistas em torno do assunto e, quem sabe, algumas manifestações pela “ética na política” sairão às ruas.

Alguma dúvida quanto a isso? Não. Mas não tenho dúvida também que algo se-melhante ocorrerá, mesmo sem a volta de Delúbio. A Oposição não tem discurso para 2010, e a reintegração de Delúbio não vai lhe significar um único voto novo. Ela já per-cebeu que seu adversário não é a candidata do PT, mas, sim, a candidata do “político mais popular do mundo”.

O discurso chamado “ético” não terá peso substancial, porque estará enfrentando o discurso do mais emprego, do mais crescimento, da redução da pobreza, do sucesso internacional, da empatia com relação a Lula.

Essa questão do “volta” ou “não volta” do Delúbio está me soando muito mais como uma questão de luta interna do PT. Acredito que ele será reintegrado.

Saudações, GADELHA- Rio de Janeiro/RJ

http://blogdogadelha.blogspot.com/2009/04/volta-do-delubio.html

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Delúbio, uma questão de

solidariedade e justiça de classe

Venho acompanhando com atenção o debate sobre a carta do companheiro Delúbio Soares ao Diretório Nacional do PT solicitando o seu reingresso ao partido. Conheço Delúbio desde a década de 90 e tenho acompanhado suas ações partidárias e de campanha. Sempre o vi como um quadro petista fiel e competente, qualidades essas que faziam aumentar a minha confiança no núcleo dirigente do partido. Não poderia, portanto, deixar de registrar as minhas razões a favor do reingresso do companheiro Delúbio às fileiras do PT.

Em primeiro lugar, é preciso destacar que Delúbio teve um papel importante na construção do PT e na estratégia que ampliou sua for-ça na sociedade e acabou elegendo Lula presidente. Somos hoje um

partido governante, em grande parte por conta da militância, mas em parte, também, graças a dirigentes firmes e competentes, como Delúbio. Dirigentes que souberam conduzir o nosso barco nas águas tormentosas da grande política. E estamos falando não de um partido qualquer, mas de um partido de esquerda, de origem classista, com proposta de mudanças profundas do país e liderado por um operário metalúrgico. Portanto, um partido que sofre pesados ataques das classes dominantes visando quebrá-lo em sua determinação ou desviá-lo de seus objetivos.

Em segundo lugar, todo partido de esquerda comete erros no seu esforço para avançar na luta. Esses erros, natu-ralmente, são explorados pelos nossos inimigos de classe. Foi assim no passado, é assim no presente e será assim no futuro. Isso faz parte da luta de classes, na qual estamos mergulhados até o pescoço, embora possa não parecer. Os erros do PT, cometidos coletivamente, foram usados pelos nossos inimigos em 2005, quando, finalmente, a oposição produziu a campanha de denúncia e conseguiu a crise política que tanto buscava. Na ofensiva, a oposição impôs importantes baixas ao nosso partido, com o afastamento de quadros políticos experientes e calejados. Mas, apesar da tentativa de linchamento político e moral feita pela mídia, no final das contas, superamos a crise política e vencemos as eleições. Uma vez mais derrotamos a direita. Contudo, não foi entregando a cabeça de nossos diri-gentes que vencemos a crise. Vencemos porque enfrentamos a direita, porque não conciliamos com a pressão da mídia, embora nem todos tivessem agido assim. Essa é uma lição fundamental, pois precisaremos de muito mais de-terminação e firmeza para eleger Dilma Roussef presidente. Só existem duas situações em que não há dúvidas sobre a expulsão de um filiado do PT: por traição partidária ou por conduta imoral. Em nenhum desses casos se enquadra Delúbio. Muito pelo contrário, Delúbio sempre agiu dentro das políticas e resoluções aprovadas coletivamente e, mesmo sob as condições mais adversas, onde faltou solidariedade e sobrou julgamento hipócrita e interesseiro, para dizer o mínimo, uma pressão moral que pouquíssimos agüentariam, ele se manteve fiel ao partido. No plano pessoal, apesar de todas as investigações oficiais e da mídia, nada foi encontrado que desabonasse ou compro-metesse o companheiro Delúbio.

Em terceiro lugar, com o aprofundamento da crise induzida pela mídia e a oposição, interessadas claramente na desestabilização do governo Lula, era de se esperar a revolta da base partidária e a necessidade de um processo de autocrítica do partido. Nesse contexto não caberia a expulsão isolada de Delúbio. Era óbvio que se buscava um “bode expiatório”, entregando a sua cabeça aos insaciáveis inimigos de classe. Sendo o erro coletivo não podia haver um culpado apenas! Não poderia aceitar isso. Mas a decisão estava tomada e, diante dela, o companheiro Delúbio se comportou com muita dignidade, respeitando o partido e demonstrando coragem e força no seu ostracismo interno. Agora, que ele tomou a iniciativa de pedir o reingresso ao PT, e levando em conta que ficou muito claro a natureza classista da crise política explorada pela oposição, bem como a atitude honrada de Delúbio em relação ao PT, mesmo sofrendo com a injustiça da decisão e com a falta de solidariedade de muitos petistas, acho um gesto de reparação do PT, aprovar o seu pedido.

Rio de Janeiro, 13 de abril de 2009

Val Carvalho – PT/RJ

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Minha resposta para Valter Pomar

O PT errou em 2005 ao expulsar o companheiro Delúbio Soares.

Quem deve reconhecer o erro, senhor Valter Pomar, é o PT ao Delúbio e não o contrário.

Delúbio teve uma coragem diante daquele bombar-deio, que aposto que lhe faltaria caso fosse vc o tesou-reiro.

Que sorte do PT, do governo e do presidente Lula, que era Delúbio o tesoureiro e não um moralista, hipócrita que só pensaria em salvar a própria pele. Não é verdade?

Não aceitar o pedido do Delúbio de voltar ao partido que ajudou a construir,será a atitude mais covarde da história do PT.

Já basta, os chiliques dos petistas moralistas da época ameaçando sair do PT.

Até hoje eu não sei porque não saíram, já que caixa dois ainda é feito no PT e em todos os partidos.

Todo mundo sabe, que caixa dois só vai acabar quan-do for feita a reforma política.

Então porque tanta hipocrisia?

Já basta os petistas que se aproveitaram dessa crise para tomar a direção do PT. Como foi o seu caso Valter Pomar.

Pode acreditar que isso ficará na memória dos petis-tas com uma atitude infinitamente pior que a do Delúbio, nosso bravo companheiro.

Vc sim, que ajudou a direita na época detonando pe-tistas históricos e honestos do PT por puro oportunismo e disputa interna.

Vc sim, é que deve reconhecer seus erros perante a militância que te derrotou como candidato a presidência do partido e reprovou

a divisão interna e oportunista que fez.

Cadê o seu reconhecimento de erro, por não ter defendido o partido e o governo Lula no seu momento mais difícil?

Vem agora com esse papo furado de que está preo-cupado com as eleições de 2010 e por isso não quer a volta de Delúbio?

Ora Pomar, mas até a Dilma maior interessada na eleição 2010 vai a festa do Zé Dirceu sem se preocupar em ser fotografada com ele!!!

Quer convencer a militância que seu motivo é esse? Desista!!!

Mais uma vez vc age de maneira oportunista queren-do humilhar nosso companheiro.

Delúbio não tem que reconhecer erro nenhum!!!

Estava pagando a dívida dos outros, resolvendo o pe-pino dos outros e não pegou para si nenhum centavo.

Não acha que tudo o que passou nesses três anos foram suficientes?

Porque vc como membro do diretório na época não se interessou em saber como ele iria pagar uma dívida que vc sabia que existia?

Mais um erro que deveria reconhecer, da omissão!!! Vc sabia da dívida, ocupava um posto que lhe dava aces-so e não fez nada.

A única coisa que fez quando a bomba estourou, foi tirar seu time de campo, correr para a Folha ditabranda e posar de santo revoltado para mídia.

Isso Valter Pomar que é um “militante de projeto pessoal que só pensa em si mesmo”.

2005 foi o ano da minha filiação ao PT. Me filiei em protesto contra a mídia e em apoio a todos que estavam sendo bombardeados por ela.

Felizmente, não fui a única. Enquanto a mídia pre-via o fim do PT, o partido cresceu. Mais de trinta mil fili-ados.

Sabe o que significa isso Pomar? Que vc errou, estava do lado errado e por isso se ferrou nas eleições internas do partido.

Se tivesse defendido o governo e os companheiros do partido, ganhava fácil.

Eu quero a volta do companheiro Delúbio Soares no PT !!!

Chega de hipocrisia!!!!

Se Delúbio quer se candidatar, ótimo!!!

Serão os eleitores que vão democraticamente decidir se Delúbio merece ou não.

Ou será que é disso que tem medo?

Dani Tristão

Militante PT/RJ

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Rochinha: Colocando alguns pingos nos ‘is’

Como coordenador da Construindo um Novo Brasil, sobretudo, como membro desta corrente e militante pe-tista escrevo esta carta aberta aos companheiros e com-panheiras de partido porque julgo necessário refletirmos seriamente sobre nossas próximas tarefas, mas princi-palmente para partirmos para a ação. O tempo passa conforme os ponteiros dos relógios avançam e não nos furtemos de fazer com que as decisões de conjuntura política, tomadas coletivamente em nossos encontros, reuniões e congressos deixem de acontecer. Tomo como exemplo a ser seguido a realização dos seminários re-gionais CNB, proposta essa aprovada em seminário na-cional, no final do ano passado. Iniciados em fevereiro e fechando o calendário no início de abril, os seminários estaduais já despontam como um sucesso do ponto de vista político e operacional, com a participação de mais de 5 mil filiados, lideranças políticas e personalidades, que, independentemente das diferenças que se têm dentro da corrente, o que é salutar, têm sido construí-dos com a variedade de todas as forças que fazem parte da corrente.

Além da minha angústia em relação ao correr do tempo, me motiva escrever esta carta aberta aos pe-tistas a conjuntura presente do ponto de vista da crise internacional, a aproximação da decisão de escolher as direções partidárias em todos os níveis, inclusive para presidente nacional, e para dialogar sobre o papel de nossa corrente no PT, tanto em relação à responsabili-dade na escolha das novas direções como do papel dos escolhidos em relação à campanha de 2010. Diante dis-so, minha reflexão versará sobre três assuntos diversos, mas e interligados: a volta de Delúbio ao PT; o Processo de Eleições Diretas (PED); e a eleição 2010.

Sobre o primeiro tema, o que me parece é que o des-tino tenta retroagir no tempo ao nos colocar diante de assuntos de caráter interno com interesses voltados para setores da direita, em parte da mídia e de formadores de opinião, para chamada crise de 2005. Se pudéssemos dominar os fatos, a volta do Delúbio - ou de qualquer outro militante petista que por ventura tenha saído e quisesse voltar - deveria ser um assunto exclusivamente de decisão interna do conjunto da militância petista. In-felizmente não é isto que acontece nem internamente, nem externamente. De certa forma, internamente, isto acontece porque ainda é um acerto de contas que, transcorrido todo este tempo, deixou de ser feito, o que, na minha opinião, foi um erro político. Primeiro, a minha

avaliação política é de que ninguém tem autoridade para jogar a primeira pedra. Segundo, porque a “crise” não estava e não está relacionada, exclusivamente, a uma pessoa. Ela faz parte de decisões que podem ter caráter de responsabilidade individual, mas exige de todos a res-ponsabilidade das não discussões coletivas ocorridas no PT já há algum tempo. Não quero tratar disto nem com emoção nem com saudosismo, mas repilo veemente o comportamento de hipocrisia e, sobretudo, daqueles que cospem no prato em que comeram. Quero deixar claro que não sei se será agora, pode ser, e se assim for, “lutarei pela volta de Delúbio ao PT”.

É isto que eu espero que os petistas reflitam, espe-cialmente, os que têm cargos de direção, que têm re-sponsabilidades institucionais e os que serão candidatos a qualquer cargo eletivo em 2010. O assunto está pauta-do na mídia, conhecemos e sabemos como agem aque-les que dominaram o Brasil durante 500 anos e que têm profundo preconceito com o PT e os petistas. Da minha parte posso assegurar que desempenharei o meu papel com coragem, mesmo sabendo que a tarefa é extrema-mente difícil já que os plantonistas adversários e inimi-gos que estão do outro lado vão tentar inverter a pauta da conjuntura em 2010 sobre este tema. Companheiros e compan-heiras, não quero com isto passar uma vírgula de vacilação, de terrorismo ou de medo. Quero dizer que o discurso tem que, obri-gatoriamente, estar casado com as ações práticas.

Em relação ao processo de escolha das direções na-cional, estaduais e municipais, que ocorrerão em novem-bro de 2009, acredito que do ponto de vista político a nossa corrente CNB avançou bastante a partir de nossos seminários nacional ocorridos em Atibaia e São Roque, fechando com os seminários regionais agora em abril. São passos importantes para o PED, mas considero que as definições políticas sobre o próprio processo ainda deixam a desejar.

Sabemos que, para que o processo deslanche, tome consistência e empolgue, é necessário que a corrente aprofunde imediatamente a discussão sobre os nomes que serão postos à avaliação de mais de 1,3 mil filiados aptos a votar nos (as) candidatos (as) a presidente na-cional. Lógico que circula especulações sobre nomes, embora de forma tímida ainda. Fala-se em nomes como Gilberto Carvalho, Luiz Dulci e Jorge Viana, talvez pos-sam aparecer outros, mas quem vai por o guiso no gato? Para começar imediatamente a trabalhar este processo, na minha opinião, o atual presidente, Ricardo Berzoini, deveria definir uma comissão, incluindo-o, escolhida

“O PT conhece bem o sentido da injustiça,

da intolerância e do preconceito!”

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por consenso com nomes da coordenação CNB e de fora. Não estou defendendo aqui qualquer nome, pois a decisão é coletiva, estou, sim, cobrando o encaminha-mento do processo. Nossa corrente, como todos sabem, é como coração de mãe: cabem todos. Mas as definições sempre foram definidas coletivamente. Temos o dever e a obrigação de escolher uma direção partidária que seja capaz de fazer com que o partido, em 2011, não se transforme num “grande partidão”, e vocês sabem que eu não estou me referindo ao velho PCB.

É preciso dar um basta nos projetos individuais, “guarda-chuvas” e vaidades pessoais dos que se uti-lizam do vertiginoso crescimento do partido, fazendo de conta que não somos herdeiros de uma longa trajetória de luta, de resistência, de erros, de acertos. Precisamos ter claro que transformamos vários deserdados em ci-dadãos brasileiros. Somos responsáveis por isto. Talvez o PT fosse diferente se não tivesse existido a Unidade na Luta, o Campo Majoritário e a Construindo um Novo Brasil e não tenho dúvida de que o Brasil seria o velho Brasil se não existisse o PT.

A corrida presidencial, independentemente da nossa vontade, está em curso em boa parte patrocinado por redes de televisão, grandes jornais e formadores de opinião que, com todo o respeito, econômica e politica-mente fazem análises pífias. Mas deixa pra lá...

Vamos neste campo também imediatamente começar a preparar as nossas “armas” políticas e con-strutivas do ponto de vista de estruturação. Temos um legado importante, a construção de mudanças concre-tas, o trabalho de seis anos de governo constituído por um conjunto de forças complexo, heterogêneo, difícil, inclusive no PT. Para quem anda esse Brasil a fora, quem conheceu o antes e o agora, sabe que a foto é outra, mudada para melhor.

Companheiros e companheiras, não temos mais um Lula na prateleira (risos). Mas temos uma grande bandeira que é a continuidade da construção deste projeto históri-co que, diga-se de passagem, como minha memória me faz lembrar, começou até antes do PT, com os movimentos sociais de trabalhadores, os metalúrgicos do ABC, petro-leiros químicos, campesinato e outros além do histórico e memorável movimento Diretas Já.

Por vezes, é bom rebobinarmos a fita da história. Te-mos nomes importantes, apesar do movimento operado pela direita com o aval de alguns meios de comunicação bombardear violentamente do ponto de vista político várias de nossas lideranças.

No entanto, a história do PT tem sido clara. A exemplo de Chico Mendes, tomba um e erguem-se milhares. Va-mos em frente, o tempo não espera. Faremos a sucessão do Lula e daremos continuidade a este processo histórico

até que o último deserdado neste país se transforme em um cidadão brasileiro. E à Juventude também se impõe um momento importante de reflexão. São questões que devem ser repensadas por esta nova geração.

Avante, companheiros e companheiras!

Francisco Rocha da Silva (Rochinha)

São Paulo/SP

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Não sou da direção do PT, mas sou filiado há vários anos e tomei esta decisão quando era muito mais difícil fazê-lo do que hoje, pois nos anos 1980 o partido era pequeno e a elite brasileira e a imprensa nos combatiam com virulência. O PT era considerado demasiadamente radical e, por isso, muitas pessoas, inclusive de círculos pessoais mais próximos, nos viam com desconfiança.

Enfrentar estas dificuldades num passado recente, ainda mais militando no movimento sindical, me ensi-nou a importância de valores como a coragem e a soli-dariedade entre trabalhadores que também sempre en-xerguei como valores petistas. E é por isso que defendo o direito do companheiro Delubio Soares retornar ao PT se ele assim o quiser por três motivos principais.

Primeiro, pela coragem que ele sempre demonstrou desde quando participou da fundação do PT e depois da CUT atuando num estado, Goiás, onde o capitalismo é ainda mais selvagem e violento do que o interior de São Paulo, onde eu comecei a atuar. Sua postura de assumir, sozinho, as responsabilidades como tesoureiro do PT, a partir das acusa-ções levantadas em 2005 e a defesa que fez do partido fren-te à sanha oposicionista nos depoimentos da CPI e demais interrogatórios pelos quais passou, é de alguém que tem coragem. Nós precisamos de pessoas corajosas na luta pela transformação social do Brasil perto e não longe de nós.

Em segundo lugar, pela solidariedade que lhe devemos. Delubio foi punido duas vezes pelo partido, pois perdeu o cargo de destaque que ocupava e também foi expulso do PT. O motivo que provocou estas decisões da Direção Na-cional poderia até justificar sua destituição da função de tesoureiro que é um mandato definido pela direção, mas não a perda de sua condição de filiado, pois não houve ati-tude que violasse a ética partidária. À medida que os pro-cessos judiciais contra ele foram se definindo, ficou claro

Arthur Henrique, Presidente da CUT: Porque Delúbio

deve voltar para o PT

que não há nenhum que o acuse de apropriação indébita de bens e tampouco de ter usufruído benefício pessoal.

A solidariedade que defendo em relação ao Delúbio é não admitir penas capitais e permanentes e corrigir uma injustiça cometida; em que vários companheiros sindicalistas integrantes do Diretório Nacional do PT já haviam chamado atenção quando votaram contra a ex-pulsão do companheiro três anos atrás.

O terceiro motivo é que não podemos permitir ser pautados pela elite e pela direita. O debate deve dar-se em torno da política e não do falso moralismo como demonstra a recém deflagrada “Operação Castelo de Areia” da Polícia Federal que envolve vários partidos políticos, inclusive da oposição, que tanto nos atacou. E a observação básica que a imprensa faz é que “inexpli-cavelmente” o PT não foi citado.

Enquanto não houver financiamento público de cam-panhas eleitorais, sempre haverá este tipo de problema envolvendo algum partido político.

Se o movimento sindical se pautasse unicamente pela conjuntura, por leis injustas e pela opinião da imprensa nunca lutaríamos por melhores salários e condições de trabalho! Nunca faríamos greves!

Por fim, há quem argumente que Delubio pode até voltar ao PT, desde que depois da eleição de 2010 para não “atrapalhar” a campanha de Dilma.

Por favor!!! A imprensa não precisa da volta do Delubio para fazer campanha contra a Dilma e o PT. Ela fala mal da gente desde a fundação do partido e particularmente a partir do momento em que o PT se viabilizou eleitoralmente.

A imprensa maltrata o governo Lula desde o início. Primeiro, em 2002 ele não ia para o segundo turno e foi. Se ele fosse, o país quebraria e não quebrou. Depois não governaria e ele governou para a maioria da população. Depois sangraria politicamente até a morte em função da crise de 2005, não se reelegeria e ele se reelegeu.

Vejam o que a Folha de São Paulo acabou de fazer! Tentou transformar a Dilma em seqüestradora!

Creio que já chega disso. Vamos realçar nossos valores partidários. Coragem no debate e solidariedade na decisão.

* Artur Henrique da Silva Santos

Presidente Nacional da CUT

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Um apelo ao PT pela volta de Delúbio

A reintegração do companheiro Delúbio ao PT não é a anulação dos seus erros e também não é e nem pode-ria ser a absolvição das responsabilidades pelas quais responde na justiça. Não é uma afronta à sociedade. É apenas um apelo ao partido.

O PT, como reza seu estatuto, é a associação de ho-mens e mulheres que querem a construção de uma sociedade livre, mais igualitária e mais justa. Por isso, integrar-se ao partido é compartilhar dos seus valores e das suas causas.

Sei que a expulsão de Delúbio deu-se em momento de delicada fragilidade do PT. Sei que o gesto da maio-ria da direção nacional do partido teve como pano de fundo a tentativa de separar o projeto partidário daquilo que se considerou errado ou irregular nas atitudes de Delúbio como dirigente do PT. No entanto, tenho a con-vicção pessoal, que Delúbio continua a ser uma pessoa merecedora da confiança petista e engajada às lutas e as causas do nosso partido. Sua reintegração não esconde e nem vai superar todos os fatos ocorridos no passado recente. Na minha singela opinião pessoal, com todo o respeito ao pensamento alheio, o PT procurou com a ex-pulsão de Delúbio apagar da memória e da história que um conjunto de outros filados do partido participou ou foi beneficiado das ações recriminadas naquela ocasião. É um debate interrompido. Penalizaram poucos para sal-vaguardar alguns. Foi injusto e desigual na proporção e na forma.

O PT conhece bem o sentido da injustiça, da into-lerância e do preconceito! Negar a Delúbio a possibili-dade de reintegrar-se ao seu sonho é condená-lo a um pesadelo eterno. Por isso é bom perguntar: qual será o momento apropriado para Delúbio retornar ao PT? Será apenas após a uma eventual vitória da companheira Dilma nas eleições de 2010? Após um improvável re-torno dos neoliberais ao controle do governo brasileiro? Apenas depois do julgamento, em última instância, das ações que tramitam contra ele na justiça? Indago ainda: por que o retorno do companheiro ao partido deve ser condicionado a uma determinada data?

A reabilitação da condição de filiado não autoriza e nem assegura a Delúbio a legenda do PT nas eleições de 2010. A decisão será da maioria dos filiados petistas onde o companheiro exerce sua militância. Para que os filiados do PT exerçam o direito de presumir se Delúbio é alguém inconveniente à disputa eleitoral de 2010 será necessário que a direção nacional faça a opção de

simplesmente permitir o debate. Somente na condição de filiado Delúbio terá a oportunidade de defender sua participação na vida do PT. Como qualquer petista de carteirinha terá o direito de votar e ser votado. Terá obrigação de respeitar a decisão de ser vetado para re-presentar o partido ou terá a honraria de ostentar nossa legenda partidária numa disputa eleitoral.

Não vamos presumir que o companheiro é movido por intenções maledicentes. Se não é possível para al-guns do PT conceder a ele a presunção da inocência, que permitam ao menos o julgamento pelo DN do seu apelo comovido, dirigido em carta ao presidente Berzoini.

Poder compartilhar da confiança do partido é um direito do Delúbio. Negá-lo sob o argumento da política real; de ser o momento inoportuno; de ser algo que ser-virá apenas aos interesses dos nossos detratores é tentar tergiversar sobre o mérito da causa. Delúbio já cumpriu alguns anos de sua condição de expulso do partido. O momento agora é discutir: seu retorno ao PT é possível? Em minha opinião sim! Delúbio possui todas as quali-dades pessoais de um cidadão que pretende atuar por um partido democrático, socialista e de massas.

Por: Raimundo Junior

Militante PT/DF

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PT deve receber Delúbio

Muito já se falou da crise do mensal?o produzida em 2005 e da conduta dos dirigentes do PT, responsabiliza-dos por aqueles erros.Todos nos sabemos que o PT não produz políticas individualmente. Elas são frutos, er-rando ou acertando, de decisões coletivas. Portanto, os erros do PT cometidos em 2005, não foram erros de uma única pessoa, como parece querer aqueles que votaram pela expulsão de Delúbio. Apesar de todas as investi-gações judiciais contra Delúbio não há nenhuma que o acuse de apropriação indébita ou que o desabone ou o comprometa.

Conheço Delúbio desde a década de 70, em Goiânia, também minha cidade. Desde aquela época, portanto, antes da existência do PT e da CUT, Delúbio já era um militante político do movimento estudantil. Depois se tornaria militante sindical, atuando no Sindicato dos Professores de Goiânia onde nos reencontramos, eu no Sindicato dos Bancário do Rio de Janeiro, para fundar-mos o PT e a CUT. Portanto, neste momento crucial de sua vida política, não poderia ficar calado e é por isso que manifesto o meu total apoio a favor do reingresso do companheiro Delúbio as fileiras do PT.

ROOSEVELT RUI DOS SANTOS (RUI)

Membro do Diretório Estadual do PT/RJ

Zunga: Apoio a volta de Delúbio

Eu apoio a volta de Delubio Soares ao PT. Não so-mente sua volta como também a reparação de um erro absurdo que o partido cometeu ao se deixar pautar por uma mídia golpista e preconceituosa. Foi constrangedor assistir a dirigentes do PT fazendo coro com articulistas de jornalecos onde a intenção de fundo era atingir o governo LULA.

Delubio é um quadro político, um ser humano passí-vel de erros como todos nós. Sua volta ao PT demonstra nossa solidariedade e nosso respeito.

Jose Zunga

Brasília/DF

Ao companheiro Frei Anastácio

A PAZ!

Eu sou LUIZ HEN-RIQUE DA SILVA, parai-bano de nascimento e coração, GOIANO na Luta e na coragem.

Somos da luta na dé-cada de 80 com o povo de CAMUCIM no interior da Parahyba e depois es-tive junto com vários

companheiros ajudando a construir o PARTIDO DOS TRABALHADORES na nossa terra. Sempre foi da base e sinto-me bem sendo um VAGALUME para ajudar a clarear nossa sociedade.

Ainda na Parahyba nos anos 86 e 87, conheci os com-panheiros e companheiras Neyde Aparecida, Sandra Cabral, Flávio Pachalski, Jair Meneguelli, Niso Prego e DELÚBIO SOARES, eles estavam em João Pessoa, partici-pando de um CONGRESSO da CPB – Confederação dos Professores do Brasil – e como anfitriã a AMPEP.

Depois desse período, e muitas lutas na Parahyba, resolvi mudar para Goiás, onde ampliei os laços com os amigos e amigas e vi e vivi a coragem e garra do pro-fessor Delúbio Soares. Aqui também percebi dedicação do professor Delúbio com as causas populares, seja nos movimentos sociais ou sindicais, sempre atento e pres-tativo. Na CUT-GO, tivemos um salto de qualidade e visi-bilidade do movimento sindical, com a direção do COM-PANHEIRO DELÚBIO.

Por tudo isso, caro companheiro FREI ANASTÁCIO, como filho da Terra de Augusto do Anjos, como cristão de luta e de garra, quero ser nesse momento um peque-no VAGALUME para juntar-se a outros companheiros e companheiras, e ajudar a CLAREAR a consciência dos membros do DIRETÓRIO NACIONAL do PARTIDO DOS TRABALHADORES e ajudá-los na argumentação políti-ca com a mídia, também queremos sugerir que nossa LUZ sirva para mostrar que o COMPANHEIRO DELÚBIO SOARES, ainda tem muita energia e coragem para lutar, e por isso ele deve voltar aos quadros do nosso querido e combativo PARTIDO DOS TRABALHADORES.

MUITA LUZ.

LUIZ HENRIQUE DA SILVA (PARAHYBA)

.....numa noite de abril, no cerrado goiano.

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Aos Membros do Diretório Nacional do PT

Acompanhando toda a divulgação dos meios de comunicação sobre a volta de Delúbio Soares ao PT, percebo que várias opiniões se acercam, alguns contra outros a favor. Porém nada melhor do que pessoas que realmente conhecem toda a trajetória, política de Delúbio Soares, enquanto pessoa e militante do Partido dos trabalhadores, para assim opinar sobre este fato. Conhecemos sua luta no Sindicato dos Professores, na luta dos movimentos bancários, nas lutas de movimento estudantil, Diretas Já, e muitas outras conhecidas pelos militantes petistas, que são sempre em prol do trabalhador. E se nós (petista) fossemos enumerar, todas as qualidades e lutas, com certeza teríamos muito o que escrever...

Sou filiada ao PT, desde –ano de 1988, também militante petista, daquelas que lu-tam por direitos de igualdade social, pelas mulheres, jovens, negros... enfim daquelas que sempre “brigaram” por um voto petista no dia das eleições, quando ainda não existia urna eletrônica, daquelas que ficavam até muito tarde da noite na apuração dos mesmos votos petistas. Participamos também, de várias lutas: pela moradia, por água, asfalto, organizando carreatas, passeatas, associações de moradores... Eh!!! nos vimos como verdadeiros petistas que somos! É claro, que vocês me entendem... pois, já sen-tiram e sentem na pele o que é uma militância petista, invejada por todos os partidos políticos. O PT com ou sem dinheiro está lá de bandeira em punho, por toda a parte fazendo uma campanha linda!!!

Delúbio Soares aquele que segurou todas as pontas..., que foi injustamente expulso do PT.

Com expectativa petista é que peço o seu voto pela REFILIAÇÃO de DELÚBIO SOARES ao PT.

Saudações Petistas

Maria de Fátima Moreira Borges

Militante do PT/GO

Goiânia / Goiás

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Apoio de Paulo Peres (Carioca)

Bem companheiros, pra um peão militante que vive e sonha com uma sociedade mais justa e menos desigual,acho que o nosso partido deve tomar atitudes justas com seus filiados e inclusive ajudar a alguns que abrem mão de sua própria vida para defender nossos projetos que são coletivos e para transformação de toda a sociedade.

Em minha opinião o companheiro Delubio, assim como o Companheiro Zé Dirceu são dois herois que junto com alguns outros bravos guerreiros seguraram uma rabuda que poucos tem coragem de segurar (infelismente) e daí ver a penuria que eles passam e de dar dó, como é que pode um bravo guerreiro ser punido por servir com lealdade e bravura os seus principios? Como é que pode a gente que renuncía a ipocrisia da elite governante , deichar nossos guerreiros de lado por medo do que eles acham?

Acho justo o retorno do companheiro, como acho que nosso partido precisa defender o Zé Dirceu de unhas e dentes, afinal eles são nossos guerreiros, ou alguém tem duvidas que naturalmente o Zé seria o sucessior de Lula? Sem desmerecer a Companheira Dilna é claro,mais a elite sabia disso e queria, ou quer acabar com o PT que é a nossa alternativa de mudança de sociedade.

Viva o PT , viva Delubio, viva o Zé Dirceu e viva o povo que milita neste nosso país.

Saudações,

Carioca

Militante PT/ES

Carta à Direção Nacional do PT

Sou militante do Partido dos Trabalhadores – PT/GO, desde 1982,professora, Membro do Sindicato dos Profes-sores de Estado de Goiás.E como militante e ex-candidata à vereadora, penso que foi injusta a expulsão de Delúbio Soares do quadro de filiados do PT!

É por conhecer a sua trajetória enquanto militante, professor, sindicalista...é que sou a favor de sua refiliação ao PT.

Partido este, o qual ajudou a pensar, discutir, buscar novos filiados em prol de uma consolidação partidária, que sabemos não se constrói por si só e sim com muita luta.

Apesar de não fazermos parte da Direção Nacional, somos filiados e também lutamos por cada interesse do PT, foi com nosso voto e de mais alguns... que elegemos um Presidente, senadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, presidente de zonais, de associações de moradores... e muitos outros movimentos sociais criados principalmente por nós militantes.

Senhores membros do Diretório Nacional, é com muita confiança que peço o seu voto em favor da re-filiação de Delúbio Soares ao PT.

Saudações Petistas

Delma Regina Soares

Militante PT/GO

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Caros Companheiros!

Para quem não me conhece sou Ludmilla Lima Bar-reto, militante do Partido dos Trabalhadores desde 2003, tá certo, não tenho tanta história partidária como a maioria de vocês que compõe o Diretório Nacional atualmente, mas cheguei numa época onde Lula tinha sido eleito recentemente, tínhamos o prefeito da cidade o Professor Pedro Wilson (Goiânia-GO), e o sentimen-to de mudança estava na cabeça de toda a população, víamos out-door´s pela cidade, pedindo que fossemos PT de carteirinha, e quantas pessoas boas, da base, e politizadas vieram para o PT nessa época, pois saíram da condição de simpatizantes e vieram pra dentro, com toda força e vigor que a vida lhe permitisse naquela altura da vida. E fui conhecendo cada tendência, cada companheiro, e me apaixonando cada vez mais pelo PT, e ficando sabendo como acontecem as coisas, e quem faziam as coisas acontecerem, até que conheci várias histórias de Dirceu e Delubio, como ficava satisfeita e orgulhosa de ver um filho de Goiás, chegar tão alto, e tudo pelo bom trabalho desempenhado em todas outras instancias e instituições por onde passou. Além

de ser Amigos dos Amigos, filho exemplar, petista de co-ração, profissional ao extremo.

Dai acontece aquele turbilhão de coisas midiáticas, e nada novo, a voracidade de mídia, já conhecemos de processos anteriores, mas isso tudo vocês estão cansa-dos de saber. A história de 2005 já é esgotada.

Mas o que tanto nos orgulhou, que foi um partido tão jovem chegar ao poder, num segundo momento, parece que não estávamos preparados, dá até para com-prar o discurso da direita e dizer que falta maturidade política. O que sabemos que não é verdade, temos sim total capacidade de governar e governar bem, vê-se por todos os números e diagnósticos do Governo Lula, mas a covardia que fizeram com o companheiro Delubio, que carregou uma crise nas costas, foi desumano, os com-panheiros que estavam no DN PT na época, votaram democraticamente e decidiram por uma punição digna de ditadura, sem direito a defesa, a julgamento.

Existem vários tópicos interessantes nessa história toda:

1- O Lula sempre foi carismático e líder nato, mas so-mente na campanha de 2002, com toda estrutura e que foi possível chegar ao poder.

2- Em plena crise de 2005\2006, tivemos um PED, com a maior votação da história.

3- Saí na mídia que Delubio quer voltar para o PT, e Dil-ma cresce para 13%.

Existe vários textos de várias pessoas, lideranças ou não, com excelentes argumentos, defendendo o retorno do Delubio ao PT, que segue anexo, espero que vocês possam ler e se tem alguma posição contraria, gostariam escrevessem para ele ([email protected]), dizendo os motivos, para que se possa estabelecer um diálogo sau-dável.

E que no dia da reunião do Diretório Nacional, vocês estejam convencidos a votar pelo retorno do Delubio ao PT. E o que pede humildemente, uma pessoinha que vocês nem conhecem, mas tem grande estima por to-dos, sei como é árdua essa tarefa de direção, o tanto que sacrificam a vida pessoal, financeira, familiar para levar a frente esse Partido.

Desde já agradeço e parabenizo e peço desculpas a todos pelo meu português ruim, mas espero que todos me entendam.

SAUDAÇÕES PETISTAS!!

ATÉ A PRÓXIMA!!

LUD...

Militante PT/GO

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Assinando o manifesto

Deputado Estadual Vicente Candido, PT/SP

Texto de apoio dos rodoviários

Ao Partido dos Trabalhadores,

À Direção do PT em Geral,

Os delegados que participaram do VII congresso nos dias 16,17,18 e 19 de Abril, vem veementemente, assinar o manifesto de apoio do companheiro Delúbio Soares, sabendo-se do compromisso com o PT e com a sua história de luta, desde a sua fundação deste partido, estamos encaminhando este manifesto, contando com essa renomada direção do Partido dos Trabalhadores, para que aprecie e retorne o companheiro, o mais breve possível.

Anexo o manifesto assinado pelos delegados.

Saudações Petistas,

“Delegados Petistas ao VII Congresso Nacional da CNTT/CUT”

Manifesto de Denise Motta Dau

Delúbio é do PT e de nosso partido nunca deveria ter

sido afastado.

Foram anos e anos dedicados por ele à miltância, ob-

jetivando a consolidação do maior partido de esquerda

do mundo.

É muito fácil para alguns: quando há avanços e con-

quistas a responsabilidade é coletiva, mas quando há

problemas internos a responsabilidade é imputada para

um companheiro individualmente.

Está mais do que na hora de termos Delúbio de volta

aos fóruns do partido,dando continuidade a uma mili-

tância abrupta e injustamente interrompida. O retorno

de Delúbio irá contribuir, e muito, com a atualização de

nossa estratégia de crescimento partidário e de transfor-

mação da sociedade rumo a justiça e igualdade social.

Denise Motta Dau - Assistente Social

Filiada ao PT desde 1992, atualmente no Zonal da Vila

Mariana.

Dirigente do Sindsaúde -SP

Secretária Nacional de Organização da CUT

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Carta aos companheiros do Partido dos Trabalhadores

Meu nome e Fabrício Dias de Carvalho e sou filiado ao partido dos trabalhadores de Goiás; o motivo pelo qual escrevo essa carta é para falar sobre o pedido de refiliação de Delúbio Soares ao PT.

Tenho contribuído politicamente em Goiás desde 1993, iniciei minha jornada política no movimento estu-dantil onde tive o prazer de ocupar vários postos de relevância, inicialmente no Centro Acadêmico de História da Universidade Federal de Goiás, posteriormente no Diretório Central dos Estudantes da mesma Universi-dade, também ocupei os cargos de secretário-geral e tesoureiro da União Estadual dos Estudantes de Goiás e no cenário estudantil nacional, atuei como diretor da gestão de Orlando Silva atual Ministro dos Esportes na União Nacional dos Estudantes.

Minha vida sempre foi pautada pela luta de um país mais igual, justo e democrático, esse ideal me fez um mili-tante do PT. Chega de falar de mim, meu ego e minhas lem-branças saudosistas, o real motivo dessa carta é outro.

Conheci Delúbio através de seu irmão Carlos Soares, na época Carlos era vereador em Goiânia onde tive a sa-tisfação de trabalharmos juntos em seu projeto político na capital. Carlos Soares foi um político que aprendi a re-speitar, possui um grande coração e um espírito de soli-dariedade pouco visto atualmente na política brasileira. Mais tarde pude entender melhor sua personalidade; o trabalho com Carlos me levou a conhecer vários mem-bros de sua família, sua esposa Janete, mulher determi-nada e trabalhadora, seu irmão Carlão, homem íntegro e empresário, sua irmã Delma, professora em Goiânia e combativa sindicalista e seu pai que foi apresentado a mim como senhor Catonho, homem de poucas palavras com um olhar castigado pelo tempo, ao cumprimentá-lo vi que aquelas mãos já trabalharam muito nas terras de Goiás – só me falta conhecer a sua mãe, esposa do Se-nhor Catonho, parece que ela não gosta muito de sair de sua terra para vir a Goiânia.

A faculdade de História me ensinou que só podemos compreender um homem conhecendo sua origem e for-mação. Causou-me admiração por essa família de origem simples e camponesa que trabalharam a terra e junto com ela forjaram seus princípios e suas personalidades, é no-tável o amor e a admiração entre eles. O episódio denom-inado pela imprensa nacional “mensalão” afetou não só o companheiro Delúbio, mas toda sua família em Goiás; as injustiças partiram de todas as partes, a imprensa no-ticiava calúnias, o Ministério Público do Estado de Goiás

cometeu barbaridades e abusos. Essa é uma passagem que os companheiros do PT não podem esquecer e fica aqui minha solidariedade com essa família.

Conheci Delúbio na campanha eleitoral municipal de 2008, um homem completamente diferente do apresen-tado pela imprensa nacional. Sujeito simples que carrega em seus gestos o seu passado humilde e simples, fiquei muito impressionado com sua capacidade de liderança e com a facilidade com que enxerga a política nacional e suas perspectivas. No momento em que o conheci ele falava aos militantes da importância da aliança de 2008 com o PMDB goiano como reflexo da aliança nacional para 2010. Ele sempre teve uma posição de defesa do PT e do Governo Lula.

Hoje posso falar com convicção que cada parte de sua carta é de profunda sinceridade e que ele carrega consigo uma convicção ideológica invejável e uma de-terminação inabalável para voltar ao PT. A sua história e trajetória política em Goiás é um exemplo a todos mili-tantes petistas, foi sindicalista e formou o sindicato dos professores e trabalhadores em educação, foi um dos fundadores do PT em Goiás e no Brasil e um dos me-lhores dirigentes da CUT.

A vitória do Presidente Lula em 2002 foi um marco na História da República e uma revolução no modo do PT realizar suas campanhas. O uso de marketing moderno e a utilização das mesmas estratégias da direta foram fundamentais para garantir que forças progressistas pudessem transformar esse país. Os responsáveis por essa transformação entre muitos estavam José Dirceu, Delubio Soares e outros. Que partido é esse que sacrifica seus líderes?

Outra pergunta que me intriga, apesar de simples é: Por que Delúbio Soares foi expulso? Nunca encontrei uma explicação plausível para tamanha pena, o fato de não ter usado recursos não contabilizados nas campa-nhas do PT seria motivo suficiente para sua expulsão? Não quero entrar em polêmicas, sua expulsão parece mais um teatro por parte da direção nacional; pois bastava a destituição do cargo de tesoureiro.

Por que o PT não agiu como um partido de vanguarda e aproveitou o episódio do mensalão para propor uma reforma política? Será que um único homem deve pagar por um sistema eleitoral frágil e que não retrata a reali-dade do processo eleitoral brasileiro? Ou vamos tratar o assunto com a hipocrisia de sempre? Vamos fingir que caixa dois nesse país ninguém faz, os outros partidos não fazem, empresários não fazem, profissionais liberais não fazem. O militante sabe que a luta política exige sacrifícios que muitas vezes ele mesmo discorda, mas o dever partidário deve ser sempre respeitado; por isso devemos respeitar o companheiro Delúbio teve a cora-

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gem de cumprir sua missão partidária e arcar de forma heróica com as conseqüências. Outro fator de relevância nesse processo e que nada foi encontrado em seu nome e de seus familiares tudo estava devidamente declarado em seu imposto de renda e seu patrimônio é condizente com sua renda. O PT tem a obrigação de reconhecer isso publicamente, pois sua injusta expulsão foi uma pré-condenação.

A eleição de 2010 não será fácil, o quadro político por mais favorável que seja eleição e sempre eleição. E o argumento mais ridículo que ouvi foi que “a volta de Delúbio seria a munição dos nossos adversários”. Argu-mento falacioso, primeiro que estamos longe do proces-so eleitoral e se o PT resolver de forma rápida e sem po-lemizar o assunto tudo será esquecido ou amenizado.

Não cabe ao PT julgar e condenar os companheiros, o PT não é um partido de justiceiros e optamos por aceitar a justiça desse país. Nos processos em que a parece o companheiro Delubio ou foram arquivados ou ainda não foram julgados. Dentro das normas constitucionais ele é inocente até que se prove o contrario.

Tenho certeza da volta de Delúbio, o PT goiano apesar de suas divergências possui grande simpatia pelo amado companheiro. E o reconhecimento da base ao compa-nheiro deve ser respaldado pela direção nacional.

Fabricio Dias de Carvalho

Militante do PT/GO

Quem sabe faz a hora

Aos dirigentes do Diretório Nacional do PT

O PT no qual eu acredito è um PT fortemente enraiza-do nos movimentos sociais, um partido amplo e aberto, defensor da liberdade e da solidariedade. UM partido que nasceu lutando contra a opressão e o autoritarismo. È a Expressão política dos explorados, daqueles que es-tavam cansados da mesmice dos partidos vigentes, com-prometidos com a manutenção de um Estado a serviço de uma minoria.

Será que o PT que nasceu defendendo a democracia e a anistia aos presos políticos, contestando a Ditadura vai agora ajoelhar-se diante da chamada “opinião publica”? Daqueles que diziam que este partido não teria futuro porque era composto por “barbudinhos de camisetas encardidas e de mulheres feias e mal amadas”?

Que sempre afastaram os trabalhadores do centro das decisões políticas nesse país porque entendem que só a elite tem capacidade para governar? Que jamais acreditaram que um operário poderia chegar à presidên-cia da republica e quando O Presidente Lula foi eleito diziam que não terminaria o mandato?

È esse partido que o companheiro Delubio Soares ajudou fundar estando presente no Colégio Sion em 10 de Fevereiro de 1980, quando poucos do meu Es-tado de Goiás, conservador e agrário, onde nasceu a UDR,tinham coragem de falar em partido que defendia os trabalhadores da cidade e do campo.

È a esse partido que Delubio,apoiado por dezenas de militantes espalhados por esse país, pede o seu re-torno.

Companheiros e companheiras dirigentes do Partido dos Trabalhadores vamos reafirmar nossos ideais de soli-dariedade, combater o bom combate, não nos deixarmos influenciar pelo poder invisível da direita reacionária e oligárquica tampouco pelas disputas internas, que nos apequena. Tenham aquele mesmo destemor que nos le-vou a fundar nosso partido. Lembrem-se do refrão tan-tas vezes cantado em nossas caminhadas “QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER”...

NEYDE APARECIDA PT/GO

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Estamos todos de pé

Existe uma inquietação no interior do Partido dos Tra-balhadores. Um movimento que se pudesse, por muitos passaria desapercebido, ou melhor, nem existiria. Por isso, uma inquietação.

Recentemente Delubio Soares encaminhou um pe-dido de reintegração ao partido. Delubio que fora ex-pulso pela direção nacional, por estar envolvido em um escândalo que abalou nossas estruturas, nos deixando incrédulos, diante dos fatos apresentados.

Em 2005, o Partido dos Trabalhadores passou pelo seu mais profundo teste. Fomos testados, chamados a provar que éramos realmente um coletivo com forma-ção política, com coragem d enfrentar a realidade. Que mesmo massacrados pelo conjunto de forças externas e internas, devíamos respostas à sociedade, mas princi-palmente a nós mesmos, a imensa massa de militantes petistas.

Importantes quadros do partido foram imediata-mente lançados ao centro das denúncias e dos embates. Assistimos e vivenciamos a força da mão acusatória. O PT, que sempre era o acusador, a transparência, a ética na política, de repente estava no meio do furacão, sendo ele o réu.

Aquilo nos esfacelava. Companheiras e companhei-ros expressavam um sentimento de perda, faltavam argumentos, um sentimento estranho e amargo nos incomodava, faltava chão...

Para os adversários um prato cheio. Para setores conservadores a chance de afirmar que todos são iguais, portanto, pra quê ficar do lado do PT?

Setores da imprensa, aproveitando o ódio histórico que nutrem por nós, deitaram o porrete, aproveitando para soltar tudo o que haviam acumulado de rancores e preconceitos contra nosso partido, nossa militância.

Era a grande chance de matar, aniquilar a dita raça.

De imediato, focaram nossas maiores lideranças, buscando minar não só a estrutura do governo Lula, mas também a confiança em nós depositada por grande parte da sociedade brasileira.

Não foi fácil manter a cabeça erguida e o peito aberto. Não foi fácil enfrentar o debate com pessoas que sempre nos seguiram, guiados pela nossa fé irremovível de crença nos ideais partidários. O massacre durava 24 horas por dia e não adiantava explicações, parecia que eles venceriam.

Acertar o PT, acusando companheiros importantes do partido, quebrar a coluna do governo Lula, acertando

nomes simbólicos e históricos do nosso partido, foi a estratégia, com um objetivo bem definido, fazer o im-peachment de Luiz Inácio.

Externamente as cartas estavam dadas, em movi-mentos bem articulados, a cada dia surgia um fato novo e o buraco parecia não ter fim.

Internamente, era o pior dos cenários.

Vivemos um verdadeiro “não tenho nada com isso”!

Cada qual tentava tirar o seu, afirmando e reafirman-do que não tinha autorizado ninguém a cometer atos falhos e loucuras em nome do partido.

De imediato a luta interna ganha um novo fôlego. Imaginaram uns: agora chegou a nossa hora!

Sabemos todos que a construção do processo e do projeto que levou Lula a se tornar Presidente da Repúbli-ca foi uma coesão partidária, orgânica, articulada ao lon-go de muito tempo, em um processo de acumulação de vitórias que permeavam toda sociedade organizada.

Sabemos todos nos petistas, que isso não se faz do vento. Sabemos que é preciso materializar. Buscar re-cursos, instrumentos que possibilitem a formatação de um projeto forte, que nos possibilite enraizar nos mo-vimentos populares, nas igrejas, sindicatos, associações, clubes... Isso tem custo, isso, requer não só força huma-na, requer dinheiro.

Pagar o carro de som, os adesivos, as camisetas para a eleição do sindicato, dos centros acadêmicos, da as-sociação de moradores, e por aí a fora, se faz com di-nheiro. Qualquer um que faz política nesse país, seja em qualquer instância , sabe que é preciso de dinheiro, muito dinheiro.

Imaginem, em uma eleição para prefeito e verea-dores, espalhado por todo esse país, que loucura que não é.

Délubio dedicou toda sua vida ao fortalecimento desse partido. De norte a sul, de leste a oeste, pela fun-ção de dirigente nacional e tesoureiro do PT, não tinha ele a obrigação de arrumar recursos para todas as cam-panhas. Mas era chamado e cobrado em todos os can-tos, que faltava camiseta, faltava adesivo, faltava com-bustível, faltava material de toda ordem.Que era preciso dar um jeito.

Fizemos quantas campanhas? Quantas ganhamos, quantas perdemos?

Nunca vimos um ato falho de Delubio nessa tra-jetória. Quando foi possível carrear recursos para essa ou aquela campanha, fez dentro dos limites da lei, cum-prindo rigorosamente sua função.

Mas em 2005 a bomba estourou e de repente nosso companheiro não nos serve mais, traiu nossa confiança,

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rompeu a barreira da ética. Quanta hipocrisia.

Delubio errou. Talvez motivado pelo sentimento que não podia errar naquela momento histórico que vivia. Talvez tenha perdido o chão.

Não podemos tirar dele o direito da defesa. Delubio afirma e reafirma que não existe dinheiro público no que é acusado. Delubio afirma e reafirma que existe um em-préstimo, do qual sabemos todos, que não fora contabi-lizado.

Errou. Mas errou tentando acertar para o partido. Er-rou não tendo coragem de dizer não. Errou mas tenho a certeza que não foi por ambição pessoal.

Já foi executado por muitos. Expulso do partido, res-pondendo na justiça por seus atos, pede pra voltar. O cabra que muitos chamam de macho, segurou as pon-tas sozinho, não levou ninguém nem o partido para o buraco. Não porque é um herói, mas porque assume a responsabilidade do que fez.

A hipocrisia não pode reinar.

Tem um problema: não é a hora, atrapalha 2010. Pergunto: qual é a hora? Todos vão bem, com seus pro-jetos, seus cargos, seus planos futuros. Mais à frente, outros projetos estarão em jogo e continuara não sendo a hora.

Esse problema é do PT, e não podemos ser pauta-dos por outros, pela mídia. Não podemos ter medo de enfrentar o debate, é um problema do PT. Um debate interno nosso.

Delubio pede pra voltar, devemos dar a ele a opor-tunidade.

Afinal, estamos todos de pé.

Paulo de Tarso Batista

PT Goiás.

Lealdade e Confiança

A história do companheiro Delúbio sempre esteve ligada à defesa dos interesses dos trabalhadores e tra-balhadoras urbanos e rurais e da transformação social e política do Brasil.

Foi assim que ele juntamente com Jair Meneguelli, Gilmar Carneiro, Jorge Lorenzetti, José Olívio, Avelino Ganzer e muitos outros ajudou a consolidar a CUT como a maior Central Sindical do Brasil. Esse trabalho não foi um trabalho fácil na medida em que era um momento de reorganização do movimento sindical, que tinha sido extremamente perseguido e sufocado pela Ditadura Mi-litar. Exigia pessoas com desapego aos cargos que exer-ciam em seus sindicatos e associações em seus estados.

O companheiro Delúbio conseguiu compreender a importância política e as exigências desse momento. E correspondeu completamente às expectativas do movi-mento sindical cutista. Não havia as facilidades e os re-cursos que hoje dispomos. Somente a disposição de um grande militante poderia tornar fácil tarefas que muitas vezes pareciam impossíveis para alguns.

Essa mesma disposição ele levou consigo para o Partido dos Trabalhadores quando saiu da direção da CUT. Mas não somente a disposição. Levou consigo tam-bém os compromissos de mudança e de defesa dos tra-balhadores e trabalhadoras de todo o Brasil.

Além disso o companheiro Delúbio destacou-se pela Lealdade com o projeto político que representa o Parti-do dos Trabalhadores para nosso país. E essa lealdade ele também transferiu para o projeto político que elegeu o nosso presidente da república, o companheiro Lula.

O PT deve a ele a mesma lealdade e confiança que ele dedicou ao partido e a defesa dos interesses dos tra-balhadores e trabalhadoras. O PT não pode prescindir de companheiros como o Delúbio que muito pode con-tribuir para o crescimento do partido.

Manoel de Serra

Ex-Presidente e atual Secretário de Finanças e Administração da CONTAG ( Confederação dos Trabalhadores da Agricultura).

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Carta aberta aos membros do Diretório Nacional

do Partido dos Trabalhadores

Companheiros e Com-panheiras, no próximo dia 8 de maio este diretório estará analisando o pe-dido de reintegração ao partido, feito pelo com-panheiro Delúbio Soares. Não quero aqui, discor-rer sobre os motivos que

levaram a expulsão deste companheiro, uma vez que tais motivos são públicos e notórios. Motivos estes, que cada vez mais fará aumentar a responsabilidade do PT, a propor uma ampla e profunda reforma politica no país.

Como um simples militante de base filiado ao diretório do Pt de Goiânia,venho de forma humilde fazer um apelo a cada companheiro e companheira, membros deste honrado e qualificado diretório, que ao analisarem o pedido de reintegração feito pelo referido companhei-ro, levem em consideração não somente o pré-julga-mento feito pelo Partido da Midia Golpista(PMG),como bem define parte da midia brasileira, o jornalista Paulo Henrique Amorim.

Mas principalmente leve em consideração “uma vida e uma história dedicada na construção e fortalecimento deste partido e da Central Única dos Trabalhadores”. E que cada companheiro e companheira, membros deste diretório levem em conta que este companheiro, ja-mais desviou um centímetro de seus ideais, que sempre foram galgados na busca de uma sociedade mais justa, igualitária e na busca do fortalecimento da classe tra-balhadora deste país.

Enfim, que cada membro deste diretório pense bem para não cometerem mais uma injustiça, que ao vota-rem, votem com sua consciência e não se deixe levar por pressões ,sejam elas internas ou externas ao partido.

Para que no futuro este diretório não seja julgado pela história, esta sim implacável com suas condena-ções.

Saudações Petistas!

Goiânia, 24 de maio de 2009

Weldes B. de Medeiros(Índio)

Caro Companheiro Delúbio Soares de Castro

O seu pedido de re-filiação formal ao Partido dos Tra-balhadores é um ato fundamental para que todos e to-das que acreditam em nosso destino socialista se reapre-sentem para o debate da reforma política e da nossa democracia interna em outros termos. Seja muito bem-vindo,Companheiro. Agora somos muito mais fortes.

Não custa nada lembrar que o ato infame da sua ex-pulsão foi precedido de uma ofensiva da direita brasi-leira para aniquilar o PT e o Governo – devíamos sangrar até a morte, cuja data se previa para as eleições de 2002. Paralelamente, um conjunto de forças políticas internas do Partido, notadamente aquelas que se reuniram e se reúnem via comunicados, com a cobertura ideológica da esquerda pequeno-burguesa, fizeram o resto do tra-balho. Alianças espúrias quiseram tomar de assalto o Partido. Não conseguiram. Fomos mais fortes.

O PT sempre se pautou por pautar o debate necessário. Com a sua expulsão, companheiro, o verda-deiro debate da política de finanças foi varrido para de-baixo do tapete. Ele não se fez, a não ser por rostos co-nhecidos do nosso PT, constritos, alquebrados, via meios privados de comunicação de massa, fazendo mea culpa. Conseguiram. Fomos mais fracos.

A sua re-filiação é um caminho que aponta para ou-tras marchas internas. O sentido é de baixo pra cima. Da esquerda pra direita. Pessoalmente, para mim, ela dá um novo significado para a palavra companheiro. E com-panheiro só se reconhece como igual no coletivo. E esse grande coletivo chamado PT só será mais completo com a sua presença plena de direitos militantes.

A tua resistência pelo silêncio nos encheu de orgulho. Agora temos mais palavras. Agora elas são necessárias aos teus e aos nossos atos políticos.

Um grande abraço

Ari de Castro

PT – Gama/DFMilitante de Base

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Delúbio, um regresso necessário

Toda a trajetória de luta nestes 29 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, suas conquistas e a grande transformação social promovida pelo PT, é resultado do comprometi-mento histórico de uma militância aguerrida e determinada a lutar por uma vida digna para o povo brasileiro.

Delúbio Soares integrou essa militância com comprometimento in-condicional ao partido, antes mesmo de sua fundação. A contribuição desse companheiro e sua luta por justiça social, democracia e pela construção de um novo modelo de sociedade foi fundamental para o crescimento do nosso partido, para a vitória do Presidente Lula, cujo governo propiciou ao Brasil, dentre outros aspectos, a oportunidade de sair de um patamar de nação neoliberal e dependente do FMI, para um país com desenvolvimento e capacidade de enfrentamento de tur-bulências e crises.

Delúbio é também um dos fundadores da CUT, a maior Central Sindical da América Latina e quinta maior do mundo. Uma Central que assim como o PT, vem contribuindo para transformar a vida das pes-soas, debatendo com a sociedade temas estruturantes para o Brasil e pautando as prioridades da classe trabalhadora, discutindo, propondo e conquistando direitos.

Diante do legado de trabalho e dedicação do companheiro Delúbio para a sociedade brasileira, o PT nos deve o retorno dele para o cenário político partidário, local de onde não deveria ter sido afastado. Delúbio não merece tamanha punição.

Nós, Petistas, estamos empenhados de norte a sul do Brasil para que o seu regresso seja referendado pela Direção Nacional e que possamos continuar a contar com sua presença em todos os espaços de decisão deste partido que muito nos orgulha e que o nosso companheiro também construiu e, portanto, tem todo o direito de militar.

Delúbio estamos com você!

Carmen Foro

Membro do Diretório Municipal do PT Igarapé-Miri/Pará Secretária de Mulheres da Contag

Vice Presidente Nacional da CUT

Reforma politica já!!!!!!!

Dirceu fala sobre caixa dois, reforma politica e o papel da imprensa.

Veja o VIDEO, acessando http://www.youtube.com/watch?v=SwzlZDRGFJ0

Palavras-chave: politica jośe dirceu kenney Alencar entrevista redetv reforma imprensa

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DEU no Correio Brasilense: Delúbio, a defesa

Um dos principais argumentos da defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, em seu pedido de reintegração ao partido vem do governo Fernando Henrique Cardoso. No período de 97 a 98 em que o petista presidiu o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Co-defat), passaram pelas mãos dele valores equivalentes a US$ 10 bilhões a preços de hoje. As contas do conselho foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sem nenhum reparo. Delúbio pertenceu ao Codefat du-rante os oito anos do governo FHC, indicado pela CUT.

* Coluna Brasilia DF da Denise Rothemburg

Prezado Companheiro Delúbio,

Manifesto meu apoio ao seu retorno ao Partido dos Trabalhadores. O campanheiro ratificou para todos ter compromisso e fidelidade ao Partido e ao Governo LULA.

Até a vitória.

Manfred Rodrigues

PT - Gama/DF

Companheiros,

Eu, Wilton Olivar de Assis, participante da fundação do partido no Colégio Sion e filiado ao diretório zonal de Perdizes, São Paulo, Capital; declaro meu apoio a campanha reingresso do companheiro Delúbio Soares as fileiras do Partido dos Trabalhadores.

Wilton Olivar de Assis

PT – São Paulo/SP

Justiça e Solidariedade

O PT é um partido fundado nos valores da justiça e da

solidariedade. Negar o retorno do companheiro Delúbio

é ir contra estes valores, já que ele nem mesmo foi a jul-

gamento ainda para ser considerado culpado de algum

crime! Além disso, Delúbio mostrou, em sua conduta

durante todo a novela do “derruba Lula”,que é um ver-

dadeiro companheiro e que não se acovarda diante dos

ataques ao Partido que ajudou a construir, mesmo que

isso lhe custe (como ainda está custando) ser considera-

do um marginal.

Ainda que ele tenha cometido algum erro, como

propugnam alguns companheiros do partido, a punição

com o afastamento da vida partidária já seria suficiente

para considerá-lo em condições de reintegração ao nos-

so convívio.

Sds

José Augusto Valente

Blog Logística e Transportes

http://logisticaetransportes.blogspot.com/

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Idas e vindas: um encontro com a história

Neste momento, muitos são àqueles que vêm se posicionando publicamente acerca do reingresso do companheiro Delúbio Soares as fileiras do Partido dos Trabalhadores. Eu, por dever moral, não poderia me abster sob hipótese alguma a este debate.

O ano de 2005 ainda esta fresco na memória cole-tiva da família petista. Quanto sofrimento, quanta dor e angustia com aquele momento, ainda tão controverso e latente em nosso meio. Houve, no ápice da crise, até aqueles que acreditavam ser o fim do nosso partido. Mas a vida nos apresentou o espetáculo do contra-ditório, muito diferente daquilo que até então estava es-crito nas páginas da imprensa brasileira. Ruímos moral-mente naquele processo seja feita a verdade, porém nos reerguemos com a pujança de verdadeiros guerreiros, agora mais ciosos de nossas ações e fortes o necessário para construirmos um novo momento político interno de nosso partido. Prova disso fora a reeleição do compa-nheiro Lula, a eleição da segunda maior bancada na Câ-mara Federal e a eleição de inúmeros governadores pelo país. O que parecia ser o fim, na verdade era o inicio de um novo ciclo político em nosso meio. Agora menos rui-doso e muito mais parcimonioso com o contraditório.

Entretanto, em meio aquele turbilhão, uma frase ficou gravada em minha memória para sempre: “a mão que um dia teve a coragem de assinar a minha ficha de filiação ao PT, não tem a capacidade em pedir a sua desfiliação”. Esta celebre frase que guardo em mi-nhas memórias foi dita pelo meu amigo e companheiro Delúbio Soares, em meio a sessão do Diretório Nacional de nosso partido que votou pelo seu desligamento de seus quadros.

Naquele instante não fazíamos justiça, muito me-nos votávamos pelo acerto de contas entre os éticos e não éticos. Fazíamos ali a justiça da grande imprensa, a justiça de uma pseudo opinião publica que não tem rosto, não tem caráter e não tem endereço, a não ser o dos organismos da grande mídia brasileira.

Sejamos francos neste momento em que o compan-heiro Delúbio Soares pede o reingresso em nosso parti-do: não há um entre nós que não reconheça o seu papel na construção do nosso partido; não há um entre nós que possa atirar uma pedra sem que ela retorne com a mesma intensidade de um bumerangue.

Sejamos humildes e mais companheiros em nosso meio. A nossa força nasce da nossa união e não será o

retorno do Delúbio ao PT que criará as condições para as elites brasileiras voltarem a governar o nosso país. A prova disso foi dada em 2006 de forma retumbante nos quatro cantos do Brasil.

Quanto aos motivos que fizeram com que o Diretório Nacional o desligasse de nosso partido, fica a cada dia mais óbvio e claro que não foram aqueles ali expostos - recursos não contabilizados. A dura verdade é que não tivemos a coragem de enfrentar a conjuntura construí-da pelas elites. Fomos reféns de uma agenda que nos impuseram. Entregávamos naquele momento mais um grande companheiro nosso, com o sonho de que pudés-semos estancar a fome dos leões famintos e ávidos pelo poder.

A partir do próximo dia 8 de maio, teremos a grande oportunidade de fazer o acerto de contas com a história de nosso partido. O reingresso do companheiro Delúbio Soares ao PT é a mais profunda prova de que soubemos compreender e aprender com aquele momento político. O seu reingresso tem um caráter educativo e pedagógico, pois reafirma que podemos errar,assim como já erramos ao longo de nossa historia, porem nãos nos dá o direito a persistir e reiterar em nossos equívocos de outrora.

Aceitar neste momento as imposições das elites não constrói o mundo socialista que tanto sonhamos.

Que o companheiro Delúbio Soares seja bem vindo ao PT, lugar de onde nunca deveria ter saído um dia!

Rodrigo Abel

Foi Secretario Nacional de Juventude e membro da Executiva Nacional do PT 2001-2003

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Do mais importante colunista político de Curitiba:

Dilma, Delúbio e a preocupação dos tucanos

Do correspondente na Esplanada dos Três Poderes:

O sinal amarelo acendeu no arraial tucano. As cabeças-pensantes do PSDB analisam com preocupação dois fatos que podem, segundo elas, co-laborar para o fortalecimento da candidatura presidencial de Dilma Roussef. O diagnóstico de câncer, a divulgação da doença e a forma aberta e corajosa com que a ministra da Casa Civil tratou do tema estaria gerando uma soli-dariedade imensa junto à opinião pública, especialmente no segmento das mulheres.

Por outro lado, a campanha de várias lideranças de destaque pela volta de Delúbio Soares ao seio do PT, vem mobilizando a base e tornando público apoios importantes como o do Senador Eduardo Supli-cy e o do deputado Cândido Vaccarezza, líder da bancada na Câmara dos Deputados. Os estra-tegistas tucanos acreditam que o desgaste de um retorno de Delúbio “é coisa de 2, 3 dias”, mas o movimento mostra que a verdadeira militância petista, não necessariamente abrigada em cargos públicos, está se reavivando de ca-rona no episódio.

Os defensores da volta de Delúbio ao PT, aliás, já tem até um blog:www.companheirodelubio.blogspot.com.

30 abr 2009 - 08:26 - www.jornale.com.br/zebeto

Wellington vota a favor do retorno de Delúbio ao PT

Petistas do Piauí assinam abaixo-assinado defendendo a volta do tesoureiro, expulso do PT.

O governador Wellington Dias vai se posicionar de forma favorá-vel ao retorno do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, expulso do partido em 2005 sob acusação de formação de Caixa 2 no escândalo do Mensalão. Dias é mem-bro do diretório nacional e tem poder de voto na decisão, mas já inseriu seu nome no abaixo-assinado que defende a volta de Delúbio.

O manifesto em defesa do ex-petista já conta com os nomes da secretária de Administração, Regina Sousa; do secretário de Educação, Antônio José Medeiros, do secretário de Saúde, Assis Carvalho, entre outros militantes do partido no Piauí.

Zenaide Lustosa, que é membro do diretório estadual, coordena o abaixo-assinado no Piauí e disse que tudo o que Delúbio fez foi em nome do partido. Ela considerou as acusações contra ele infundadas e reacionárias, para atrapalhar o projeto político to PT no Brasil. Zenaide frisou que Delúbio foi tesoureiro da Central Úni-ca dos Trabalhadores - CUT - e ainda do PT por quatro anos, e não houve enriquecimento ilícito nesse período.

O Diretório Nacional do PT convocou reunião para o dia 8 de maio, em São Paulo, onde o pedido de retorno de Delúbio estará entre as pautas.

Yala Sena (flash do Palácio de Karnak)

Fábio Lima (da Redação)

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Companheiro,

Nos próximos dias o PT vai decidir sobre a volta de Delúbio Soares para o partido.

Você sabe, ele é meu irmão e isso já seria suficiente para eu defender que lhe seja feita justiça, depois de 3 anos de exílio involuntário. Mas o faço também como militante petista.

Delúbio ajudou a fundar o nosso partido, trabalhou motivadamente para que ele fincasse raízes na demo-cracia brasileira, como o fez, e foi um dos construtores da vitoriosa campanha que colocou Lula na Presidência, para o bem do Brasil.

Delúbio tem muito ainda a contribuir com o País e com o PT, e seu retorno é justo e merecido.

Pessoalmente, tenho admiração e respeito pelo Delúbio que me fazem ver nele um companheiro essen-cial para a causa petista. Eu e a Janete (que foi aluna dele no Colégio Lyceu), e mais o Gabriel, meu filho de 4 anos que não por acaso é seu afilhado, torcemos muito por seu sucesso, por sua felicidade e pelo bem do PT e do Brasil.

Lembro que em 1979, Delúbio era dirigente do CPG e me trouxe para Goiânia. Fez o mesmo com a minha irmã Delma em 1985. Nos trouxe para morar com ele, possibilitando a conclusão de nossos estudos. Por causa disso, hoje sou formado em Administração Pública e minha Irmã em Geografia.

Outra lembrança que tenho e que dá a dimensão do que é capaz este meu amigo e irmão. Em 1992, tive um acidente de carro, fraturando a segunda cervical da col-una. O tratamento foi a colocação de um aro de ferro na

minha cabeça, que foi fixado por parafusos, para a coloca-ção de tração com pesos para a minha recuperação. E aí entra o Delúbio, pois quando passou a anestesia, ele ficou comigo 20 horas no hospital. Eu queria tirar na marra os aparelhos e pedia para morrer a todo o momento, pois a dor era insuportábel. E ele ali, do meu lado.

São coisas que não posso esquecer. Assim como acredito que os petistas não podem esquecer o trabalho de Delúbio. Repito: por uma questão de justiça.

E justamente por ter a medida exata do tipo de homem, cidadão, companheiro, amigo, irmão que Delúbio é, é que venho te pedir empenho para fazer da volta do Delúbio o triunfo da verdade, da lealdade, do companheirismo, enfim, das bandeiras do PT.

Conto com você.

Abraço,

Carlos Soares - Militante PT/GO

Moção de solidariedade

Os abaixo subscritos, que constituem a maioria da Executiva do Diretório Regional do PT PB, manifestam sua solidariedade e anuência ao pedido de reintegração formulado pelo companheiro – Delúbio Soares de Castro – à Direção Nacional do PT.

Compreendem que sua reintegração será imprescin-dível para permitir-lhe exercer, plenamente, sua militân-cia política, seu justo e livre direito de defesa, ao tempo que assegurar-lhe-á o inviolável principio da presunção da inocência.

Francisco Linhares 2º Vice Presidente do PT

Carlos Alberto Dantas Bezerra Coordenador do GTE

Jackson Macedo Secretário de Organização

Milton Ferreira Secretário de Finanças e Planejamento

Maria Lúcia da Silva Secretária de Movimentos Popu-lares

Maria do Socorro Brito Secretária de Mulheres

Maria do Socorro Ramalho Secretária de Assuntos Institucionais

Marcus Túlio Secretário de Formação

Gilvandro Francisco Secretário Sindical

DIRETÓRIO REGIONAL DA PARAÍBA

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Delúbio é do PT

Conheço Delúbio há vários anos. Infelizmente nunca estabeleci com ele um convívio pessoal mais intenso. Não fizemos parte do mesmo grupamento interno no PT, e nem lembro-me um dia se estivemos aliados nas disputas que travamos dentro do Partido ao longo dos vários anos de militância em comum. Minha participa-ção no PT sempre teve uma característica mais regio-nalizada e Delúbio, quando o conheci, já era um desta-cado quadro nacional. Quando nos víamos, estávamos sempre em lados opostos e às voltas com os ruidosos impasses políticos que marcaram a década de 90 no PT do Rio de Janeiro.

Recordo-me de um dirigente hábil, porém reto. De uma sinceridade implacável, e que conferia às negocia-ções os ingredientes de credibilidade, segurança e firme-za, fundamentais àqueles tempos de crise intermitente no PT do Rio de Janeiro. Era um dirigente Nacional por todos respeitado e benquisto. Minha admiração pelo o companheiro Delúbio é decorrente desse período e, devo dizer, reforçou-se ainda mais ante a postura cora-josa e inquebrantável que mantém desde a eclosão da crise de 2005. Bravo companheiro!

Por isso fiquei feliz quando soube do seu pedido de reingresso ao PT. E também satisfeito em vê-lo ativo, de volta à cena, lutando pelo o seu direito de fazer política, e dentro do Partido que ele contribui para construí-lo. Sou favorável ao seu retorno.

A essa altura, julgo desnecessário adentrar no mérito das questões que levaram a direção Nacional a desligá-lo à época. O fato é que Delúbio já foi punido. E muito. E não somente porque foi excluído do quadro partidário, mas acima de tudo, pela execração pública a que esteve submetido pela a mídia burguesa desde o início dos acontecimentos de 2005.

Considero injusto transformar o seu pedido de rein-gresso em um julgamento novo. Uma nova punição de um julgamento já havido. Não aceitá-lo de volta é penal-izá-lo. E mais uma vez.

Também soa a mim como novo castigo exigir-lhe condições especiais para a sua readmissão que extrapo-lem a estrita obediência às normas estatutárias e re-soluções do partido. Aqueles que defendem que para a sua volta seja necessário um gesto de auto crítica e re-conhecimento público de erros cometidos, ignoram que Delúbio, ainda que quisesse fazê-lo , haveria de preser-var-se nesse momento delicado de sua vida. Requerer-lhe retratação nesse instante não leva em conta o drama particular que acompanha a sua legítima vontade de

retornar ao Partido. É compreensível que se mantenha atento à sua defesa nos processos judiciais a que res-ponde e prefira o silêncio sobre os fatos de 2005.

A favor do retorno de Delúbio, ao menos aos petis-tas, deve pesar a sua história de vida ao lado das lutas da esquerda brasileira. Sua participação nos embates sindicais sempre ao lado dos trabalhadores, a dedicação na construção do PT, e como não dizer, seu papel desta-cado na vitória de Lula, que propiciou ao sofrido povo brasileiro o melhor governo de sua história.

Ademais, pouco se fala nas responsabilidades cole-tivas pela crise de 2005. Mais fácil culpar uns poucos. A verdade é que para catapultar o PT à Presidência da República, todos, mesmo os integrantes das correntes minoritárias, tem sua dose de culpa pelas deformações e dilaceramento das estruturas partidárias. Nosso tradi-cional formato de participação nuclear a tempos não funciona mais. A formação política sempre foi prioridade nos textos e teses em nossos encontros, porém, jamais viabilizada seriamente como projeto básico e estrutural para o PT. O debate democrático, desde núcleos de base, passando pelas instâncias de poder decisório do Partido, foi sufocado para atender a velocidade das demandas de conjuntura do plano nacional. A verdade é que o PT sofreu um processo de amoldamento e adequação à dis-puta de poder.

É todo um debate denso, incômodo, e que infeliz-mente ainda não foi realizado, mas que, certamente, tem relação direta com tudo o que aconteceu em 2005. Repito, não é correto culpar a um só companheiro: a Delúbio o que é de Delúbio. Quem esteve e continuou no PT, mesmo contrário a maneira como se deu o processo histórico que levou Lula a ser o Presidente da República, tem que se colocar como um ser coletivo e assumir sua parcela de culpa individual. Simples agora ficar-se ape-nas com os louros de um Governo vitorioso. Se assim for, que se dê a Delúbio também o reconhecimento pelo o sucesso do Governo Lula. Porque Delúbio sempre foi do PT. E espero que continue a ser. Delúbio é do PT.

Torço para que volte!

Saudações petistas

Juarez Barroso

Membro do diretório Estadual do PT/RJ

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Apóio o Companheiro Delúbio Soares

Apóio o companheiro Delúbio Soares porque co-nheço a sua história, sua vida dedicada à luta dos trabalhadores.

Delúbio ajudou a construir a CUT e o PT, ajudou os trabalhadores a se organizarem no movimento sindical e na política partidária.

As acusações que recaem contra o companheiro, principalmente na imprensa nacional, são feitas em um cenário absolutamente politizado.

Acredito que o companheiro, tenha crédito no parti-do dos trabalhadores e merece voltar ao seu quadro de filiados.

Ronaldo Katatal

Membro do Diretório Nacional do PT

Membro do Diretório Regional do PT / MS

Um amigo, uma história

Conheci Delubio Soares nos anos de fundação da CUT e passei a encontrá-lo a partir do 5 encontro Nacio-nal do PT.

O professor de matemática de Goiás, liberado pelo seu sindicato para a construção do PT e da CUT, sempre foi o dirigente responsável pela construção dessas duas ferramentas de luta dos trabalhadores na região centro-oeste.

Foi assim no 3 CONCUT marca histórica do movimen-to sindical e do 5 Encontro Nacional do PT onde criamos nossas principais referencias teóricas de construção, de alianças eleitorais rumo a presidência, hoje ocupado pelo companheiro Lula.

Poucos devem se lembra de suas peregrinações pelo estado. Se há alguém em nível nacional que ajudou-nos a crescer um desses, com certeza, é Delubio Soares.

Companheiro, amigo, dedicou sua vida a cons-trução do PT, não bastasse isso naquele período de caça as bruxas mais uma vez Delúbio deu provas de companheirismo, calou-se e assumiu sozinho o ódio das elites, em nome do PT e de nossa Hitória.

Passado esse tempo nada foi provado, contra o PT e contra ele.

É hora do PT restaurar sua cidadania e permitir que volte de onde não deveria ter saído, e é bom reafirmar, nada há contra Delúbio que manche sua biografia de petista, de revolucionário, de quem sempre enfrentou a luta de cabeça erguida.

Que o Diretório Nacional vote sim!!!

Volte Delúbio, seja bem vindo ao seu Lar!!!

Mariano Cabreira

Militante PT/MS

Companheiro Delúbio,

tenho a grande satisfação de escrever estas poucas linhas para dizer que você demonstrou não só pra mim, mas para todos petistas, que é companheiro e não se acovardou em nenhum momento, as vezes fico imag-inando como você ficou emocionalmente? Hoje graças a Deus tudo passou, e se depender da minha pessoa, o seu retorno ao Partido dos Trabalhadores será “PRA ONTEM”.

Saudações Petistas do seu Vereador de São Gonçalo - MIGUEL MORAES

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Mais e mais apoios 1

Emanoel Camargo, sua esposa Glaúcia Camargo e seus filhos Emanuela e Francisco enviaram sua foto para manifestar o apoio da familia a reintegração do com-panheiro Delúbio ao PT.

Obrigada companheiros pelo apoio e participação no nosso Blog!

Mais e mais apoios 2

Jose Alves, ex- presidente do Sindicato dos bancá-rios de BSB, também mandou sua foto para ratificar sua posição de apoio total a volta do Companheiro Delúbio ao Partido dos Trabalhadores.

Mais e mais apoios 3

Recebemos essa foto dos compa-nheiros de Brasilia. Todos querem a volta do Companheiro Delúbio ao PT.

Mais e mais apoios 4

Companheira Ivone, que é diretora do Sindicato dos Bancarios de São Paulo mandou sua foto, seu apoio e solidariedade a volta do companheiro Delúbio ao PT.

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Mais e mais apoios 5

Os companheiros Edson e Eloisa Araujo, tambem não esqueceram da luta e da participação do Delúbio na construção do PT e da CUT e querem sua volta ao PT.

Mais e mais apoios 6

“Ele deve voltar, pois nunca devia ter saído, o pro-blema está na legislação eleitoral e no Congresso, que não defende uma reforma política com financiamento público. Todo mundo sabe como se banca campanhas hoje em dia. É uma hipocrisia absurda”. É isso ai Vera Gomes !!!! Chega de hipocrisia!!

* Vera Gomes é de Penembuco e membro do Diretório Nacional do PT.

Mais e mais apoios 7

Eu Manoel Ramos da Silva (Black) Presidente do Parti-do dos Trabalhadores de Duque de Caxias – RJ, apoio o retorno do companheiro Delúbio Soares, aonde será jul-gado o pedido de recondução, pela Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, no próximo dia 08 de maio.

Acesse o meu blog: www.blackdopt.blogspot.com

Mais e mais apoios 8

Em sua luta pela refiliação ao PT Delúbio recebe apoio dos companheiros de Mato Grosso do Sul em jantar realizado na casa do Dep. Vander. É isso ai companhei-ros!!!! Sem medo de ser feliz!!!!

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colocando Delúbio como alvo de uma pretensa campa-nha desmoralizante. Nunca um dirigente partidário teve sua vida e de sua família tão exposta em função de se dedicar integralmente às atividades partidárias. Enfren-tou todos os processos com humildade e determinação sem possuir a imunidade parlamentar que muitos dos acusados utilizaram. Até o presente momento não con-seguiram condená-lo. As medidas aplicadas pelo TRE, visando o abuso do poder econômico nas eleições, ain-da são muito tímidas. A cassação dos governadores do Maranhão e da Paraíba recentemente demonstra isto. Precisamos de uma nova legislação eleitoral que garanta a plena liberdade e soberania do voto popular, sem in-terferência do poder econômico. Condições iguais para todos em um processo de disputa eleitoral.

Fiquei sensibilizado com o artigo “A fome dos bolsos gordos”, escrito por um dos mais respeitados jornalistas da imprensa nacional, Batista Custódio, que na edição do Diário da Manhã do dia 27/04/09, conclui que o PT deve uma reparação histórica ao dirigente Delúbio Soares. Soma-se ao artigo deste notório articulista, manifesta-ções de José Dirceu, Cândido Vaccareza, Carlos Eduardo Gabas, Artur Henrique, Paulo Ferreira, Antônio Pitanga, Gilberto Palmares, João Felício, Chico Vigilante, André Vargas, Devanir Ribeiro, Geraldo Simões, João Paulo Cu-nha, José Mentor, Antônio Palloci, Raul Filho, Rui Falcão, Zeca do PT, Jorge Viana, Vicentinho, Luis Marinho, Paulo Frateschi, Dalva Figueiredo, Layse Monniere, José Airton, Ângelo Vanhoni, Rochinha, Fátima Cleide, Leo Pereira, Marcus Vinicius Felipe, João Coser, José Genoino, Nilson Mourão, Paulo Rocha, Wellington Dias, Carlos Abigail, João Paulo Cunha, Edson Santos, Eduardo Matarazzo Suplicy, e tantos outros publicados em vários órgãos da imprensa. Isto mostra que Delúbio não está sozinho. Existe por parte de um contingente significativo de di-rigentes do PT, jornalistas, intelectuais, ministros, pre-feitos, governadores e parlamentares, a vontade que o PT seja justo com um de seus fundadores. Delúbio não foi condenado, mas cumpre uma dura pena por

Uma questão de justiça e coerência

“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das caracte-rísticas do forte.” Mahatma Gandhi

O Partido dos Trabalhadores, por meio de sua direção nacional, terá a tarefa de julgar no próximo dia 08/05/09, o pedido de recondução ao partido, de Delúbio Soares, que foi fundador e coordenador de todas as campanhas de Lula para presidência da República. Entendo a preo-cupação de alguns dirigentes que temem estar pautando novamente a crise política de 2005, sobre o argumento de que o partido não deve embarcar em uma agenda negativa. Entretanto, o PT tem que colocar um ponto final neste delicado fato. Para isto, assim como fez o presidente Lula no segundo turno das eleições de 2006, o PT deve fazer a política do enfrentamento. O pleito de Delúbio Soares é justo. É inconcebível que após o expres-sivo apoio popular que o partido teve no segundo turno das eleições para presidente, obtendo seis milhões de votos a mais em relação às eleições de 2002, e mesmo tendo uma ampla campanha difamatória desenvolvida pelos adversários e setores da mídia, Delúbio não tenha sido reintegrado ao PT.

Vários deputados envolvidos no chamado “mensalão” tiveram as condições de disputar as eleições e serem eleitos. Oportunidade semelhante não teve Delúbio, que mesmo não tendo sido condenado em nenhum processo, ficou fora do partido que muito lutou para construir. É evi-dente e ficou provado que em todas as operações finan-ceiras desenvolvidas pelo então coordenador financeiro da campanha, não existem qualquer tipo de transações envolvendo recursos públicos. A justiça brasileira deve uma resposta à nação: Existiu mensalão? Qual é o con-texto que fundamentou o denunciado caixa dois?

O congresso nacional deve ao país uma reforma política ampla, com eleições gerais, financiamento público de campanha, fidelidade partidária, e voto em listas. A existência de uma legislação eleitoral que ga-ranta a soberania do voto e não do poder econômico, seria em tese, a consequência positiva de toda crise política de 2005. Isto não aconteceu. Em toda história recente da república os processos eleitorais são marca-dos por denúncias de abuso do poder econômico. O PT é o partido que, de 1982 a 2008, disputou eleições sempre enfrentando dificuldades financeiras. Bastou a direção nacional do PT potencializar as campanhas de 2002, com a mesma estrutura dos adversários, com showmí-cios e camisetas, para que o que era permitido durante décadas fosse proibido em uma rapidez impressionante,

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estar afastado do partido que fundou e foi peça-chave para eleição de seu principal dirigente à presidência da República. São hipócritas os argumentos daqueles que são contrários à sua pretensão. Afinal, constitucional-mente até os condenados por crimes hediondos po-dem pedir anistia e revisão de pena. Não perceber isto, nos leva a valorizar ainda mais os argumentos expostos no citado artigo de Batista Custódio, que, ao defender Delúbio, utiliza o centenário conceito dos tropeiros que fizeram a história de Goiás, ao denominá-lo como “Boi de Piranha”.

Entrei na universidade muito jovem, no início dos anos oitenta. Como todo estudante daquela geração, fomos motivados para militância política objetivando as liberdades democráticas, o estado de direito e o fim do regime militar. Estes ideais motivaram a aglutinação da juventude pela construção de um Partido de Trabalha-dores. Foi nesta época que conheci Delúbio, um estu-dante de matemática muito inquieto, sempre ativo nas articulações realizadas nos intervalos das aulas da Uni-versidade Católica de Goiás. Posteriormente, como pro-fessor, nos corredores do Liceu de Goiânia e do Colégio Bandeirantes, onde após “limpar o pó-de-giz” das mãos nas calças jeans surradas, atualizávamos as ações do Centro do Professores de Goiás na luta sindical. Pode-ria enumerar várias atividades políticas marcantes desta época, mas limito-me a destacar sua atuação nos movi-mentos pela Anistia, Diretas Já, e contra a Lei de Segu-rança Nacional. Delúbio fundou a CUT - Central Única dos Trabalhadores, e foi o seu primeiro presidente.

Apesar de ter uma atuação muito próxima nos movi-mentos sociais, dentro do PT nossa militância sempre foi em posições diferentes. Delúbio fundou o Movimento dos 113, que posteriormente tornou-se Articulação Unidade na Luta, força política responsável pelo Campo Majori-tário, que conduziu o PT por um longo período. Por outro lado, eu estava na Nova Esquerda, Democracia Radical e Movimento PT, sequencialmente, procurando articular uma linha política mais independente. Apesar de conviver com Delúbio por dois mandatos na Direção Nacional, não obtive o seu apoio em nenhuma das campanhas que dis-putei. Com dois mandatos de vereador por Goiânia e dois como deputado estadual, tenho a tranquilidade de dizer que meu apoio não deriva de qualquer agradecimento pessoal e sim por testemunhar sua luta pela construção do PT e do movimento sindical. Ciente da coerência e da justa defesa desta tese, expresso abertamente o meu voto na próxima reunião do diretório nacional.

Luis Cesar Bueno

Vice Presidente Regional do PT/GO.

A Ética da Responsabilidade

Há muita coisa em comum nos processos políticos que tem possibilitado a partidos de esquerda chegar ao governo em vários países da América Latina e de outros continentes como o caso da África do Sul.

Em primeiro lugar, mudaram a tática na luta pela emancipação da classe trabalhadora da via revolucio-nária para a eleitoral, embora normalmente sob regras e procedimentos que não tiveram a oportunidade de in-fluenciar, pois foram estabelecidos por quem estava no poder e que nele pretendia permanecer.

Isto gera um desequilíbrio na disputa que compro-mete a própria democracia, principalmente devido ao apoio financeiro que os partidos da direita costumeira-mente recebem para defender os interesses econômicos e políticos do status quo, incluindo doações generaliza-das e não declaradas.

Particularmente, as doações não contabilizadas de empresas às campanhas eleitorais são um problema, mas a melhor maneira de eliminá-las não é punir quem as utiliza e sim criar mecanismos que permitam disputas equilibradas entre os diferentes partidos políticos como o financiamento público de campanhas. Do contrário, provavelmente, teríamos que punir retroativamente várias gerações de políticos no Brasil.

Além de participar do processo político sob estas condições, os partidos de esquerda adéquam seu pro-

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grama de modo a contemplar a diversidade econômica, política e social do país com o intuito de construir uma coalizão da maioria do eleitorado e forças políticas para governar. Foi o que o PS fez no Chile, o CNA na África do Sul, o PT no Brasil, a FMLN recentemente em El Salvador, entre outros.

Quando a esquerda busca se viabilizar eleitoral-mente desta forma para se tornar governo, de acordo com a concepção Weberiana, ela está se distanciando da ética da convicção e se aproximando da ética da res-ponsabilidade. Isto é, se apega menos ao seu programa ideológico mais puro e passa a defender propostas mais amplas e pragmáticas para corresponder às preferências da sociedade. Este movimento é freqüentemente nego-ciado com outras forças políticas e sociais e o posiciona-mento que o partido assume entre as duas éticas varia conforme a ideologia e leitura da conjuntura que suas lideranças fazem.

Entretanto, se a esquerda não participar do processo político, mesmo com os problemas apontados, estará renunciando ao seu papel histórico de disputa do poder em nome do setor social que representa.

Por outro lado, apesar de os partidos de esquerda adotar a ética da responsabilidade e seguirem a com-binação de regras descritas anteriormente, a burguesia ainda assim se sentirá ameaçada e tentará interferir no processo político depois de a esquerda eventualmente assumir o governo para neutralizá-la ou destituí-la.

Esta intervenção pode ser inclusive violenta como foi o caso de tantos golpes militares durante a guerra fria para derrubar governantes progressistas democratica-mente eleitos na América Latina e em outros continen-tes ou como ocorreu exatamente 16 anos atrás, quando o líder do Congresso Nacional Africano (CNA), Chris Hani, foi assassinado por um militante branco da extrema direi-ta na África do Sul. Carismático, culto, comunista e ex-comandante da luta armada contra o Apartheid, ele so-mente era sobrepujado em liderança e prestígio popular por Nelson Mandela. Se não tivesse morrido, a história da transição do regime racista para a democracia teria sido diferente e provavelmente com menos concessões à elite branca, mas o seu desaparecimento fortaleceu a posição de dirigentes mais moderados na definição das regras da transição, bem como a ascensão de lideranças como Thabo Mbeki que sucedeu Mandela.

Eliminando qualquer comparação entre persona-gens, mas traçando paralelos entre situações, a campa-nha que elegeu Lula em 2002, o seu primeiro mandato e, particularmente, a crise de 2005 guarda semelhanças com as três constatações anteriores.

O PT adequou seu programa a diversidade brasile-ira, viabilizou-se eleitoralmente e formou uma ampla

coalizão política para governar com outros partidos de esquerda e de centro. Aproximou-se assim da ética da responsabilidade, mas mesmo assim a burguesia local se sentiu ameaçada.

A crise de 2005 possibilitou que ela fosse à ofen-siva com todas as forças contra nosso governo e nosso partido. Nossos principais dirigentes foram satanizados. O companheiro José Dirceu teve seu mandato cassado por uma decisão eminentemente política onde os depu-tados atenderam a pressão da mídia e da elite, vários de nossos parlamentares não foram reeleitos devido à campanha sórdida que sofreram e o companheiro Delu-bio Soares foi destituído do cargo de tesoureiro do PT e expulso do partido.

Ao longo da nossa história, aquele momento foi quando nossa direção partidária mais se afastou da ética da convicção, pressionada, principalmente, pela mí-dia. Esta ética foi em alguma medida recuperada com a forte participação da militância no PED que se seguiu e na campanha eleitoral de 2006 quando Lula foi para a esquerda, inclusive defendendo várias das propostas originais do PT.

Apesar do resultado inquestionável que o levou à reeleição, os ataques ao governo e ao partido continuam e continuarão, pois a burguesia somente se sente tran-qüila quando ela governa.

Portanto, a disputa continua e há questões não re-solvidas em relação às ocorrências de 2005, principal-mente o resgate dos companheiros sacrificados. O com-panheiro Delubio Soares acaba de pedir sua refiliação ao PT, no que está absolutamente correto e este é um pedido que nossa direção partidária deveria atender porque ele nada mais fez na época do que cumprir com sua obrigação de dirigente partidário de contribuir para a viabilidade eleitoral do partido.

Esteve afinado com a ética de responsabilidade que o partido implementou, mas deve ter incomodado a bur-guesia exatamente pelo seu empenho em viabilizar o PT eleitoralmente, tal foi a monta dos ataques e exposição que sofreu na imprensa.

De acordo com a concepção Weberiana das duas éticas, o posicionamento ideal é conseguir governar o mais próximo possível das convicções e neste sentido creio que valorizar companheiros que se expuseram pelo partido é se aproximar da ética da convicção. Por isso defendo a oportunidade de Delubio Soares voltar a militar no partido que ajudou a construir.

Kjeld Jakobsen

Ex-dirigente da CUT Nacional e ex- Secretário de Rela-ções Internacionais da Gestão Marta Suplicy

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Lealdade a Delúbio Soares

Quando tinha uns doze ou treze anos em 1968 ou 69 eu mais 11 amigos decidimos comprar uma bola de ca-potão. Ter uma bola de capotão era o sonho dos garotos dessa época. Para isso fizemos uma “vaquinha” e todos ficamos donos da bola. Nossa principal brincadeira era jogar futebol e por falta de lugar adequado muitas vezes brincávamos na rua.

Sempre tinha algum vizinho que reclamava. De vez em quando chegava por lá uma “Radiopatrulha” (RP), um fusquinha preto e branco que fazia a ronda pelo bairro.

Nesta hora parávamos a partida e saíamos rapida-mente do local. Quem estivesse com a bola se mandava primeiro. Precisávamos proteger nosso tesouro.

Certo dia estávamos entretidos no meio de uma partida muito disputada e não percebemos a chegada de uma RP. Os policiais desceram do carro e um deles foi ao meu encontro porque a bola estava comigo.

Aproximou-se e de forma intimidadora perguntou quem era o dono da bola. Neste momento 7 amigos cor-reram para o meu lado e disseram que todos eram do-nos da bola.

A resposta do policial foi dura: “Se todos são donos da bola, então todos vão para a delegacia”. Tirou a bola de minha mão e a pé fomos até o 6º Distrito Policial que ficava há uma quadra de onde estávamos.

Quando chegamos à delegacia em vez dos 12 donos da bola só havia 8. Os outros 4 se mandaram fugindo da responsabilidade.

Não houve lealdade por parte deles e os 8 que fica-ram assumiram as conseqüências que era dos 12.

O caso do nosso Companheiro Delúbio Soares pode ser comparado a essa história. Enquanto jogávamos e nos divertíamos todos eram donos da bola.

Aproveitamos das benesses do crescimento do PT. Ganhamos a eleição presidencial, centenas de manda-tos, dezenas de prefeituras, governos estaduais. Enfim o PT se tornou um partido poderoso e organizado.

Como sempre tudo foi conquistado com muita luta. Enfrentamos adversários desleais, imprensa compro-metida com outras forças políticas e sofremos com nossa inexperiência em tratar de assuntos que não estávamos acostumados.

Sabíamos que não poderíamos cometer erros, mas foi inevitável. Erramos sim. Todos erramos e jogar a culpa nas costas de 1 ou 2 ou 8 era mais fácil. Nossas principais lideranças na Câmara Federal e na direção do

Partido foram atacadas implacavelmente.

José Dirceu perdeu o seu mandato, Silvio Pereira saiu do PT e Delúbio Soares além de ficar com a “bola” sozi-nho foi expulso do Partido num ato para agradar a mídia e diminuir os ataques de nossos adversários.

Hoje Delúbio Soares quer voltar para o PT. Quer ter o direito de militar dentro dos quadros do Partido.

Alguns petistas relutam em devolver esse direito ao Companheiro Delúbio. Julgam-se isentos dos problemas que aconteceram. Preferem construir vários argumentos e culpar uma só pessoa pelos erros. É muita hipocrisia.

Na história da bola de capotão, os 8 amigos conti-nuaram unidos e enfrentaram os problemas juntos. A lealdade prevaleceu.

Espero que o Diretório Nacional tenha o bom senso e cometa a justiça de devolver ao Companheiro Delúbio Soares o direito de voltar a ser petista oficialmente.

Será um ato de justiça partidária e de lealdade com um companheiro que dedicou mais da metade de sua vida na construção do Partido dos Trabalhadores.

Roberto Casseb

Jornalista e filiado ao PT desde 19 de maio de 1981. Foi Coordenador do Setorial Estadual de Esporte e Lazer do PT/SP em 2003/04.

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Sem contradições, sejamos coerentes

O PT como muitos anunciaram não ruiu. Não acabou. Tão pouco perdeu a sua força política no país. As afirma-ções de que “o PT está acabado”, insistentemente anun-ciadas não se materializaram.

Atualmente a sociedade brasi-leira depara-se com uma realidade saborosa, o operário que tanto criticavam vem conseguindo transformar a realidade de milhões de pessoas. Lembro-me bem dos discursos da oposição ao PT e ao go-verno contra a idoneidade de seus articula-dores. Posto isso, ressalto: será que era realmente aque-le o Brasil militar que queríamos, ou o Brasil dos planos cruzeiro/cruzado/cruzado novo, ou mesmo aquele do famoso incidente dos caras pintadas ou será que gos-taríamos de rever o país gerido por aqueles que pautaram e aprovaram a emenda da reeleição presidencial e venderam o capital nacional em privatizações desonrosas?

Tenho a certeza que o Brasil que queremos ainda esta longe de materializar-se, en-tretanto, o governo que valoriza a diversidade dos povos, pauta a consolidação dos direitos humanos, o protagonismo da juventude, a diversidade de gênero, a distribuição de renda, as políticas do campo, a re-volução da educação pública não pode ser igualado aos que o antecederam.

Eu não conheço pessoalmente o companheiro Delúbio Soares, contudo defendo seu retorno ao Partido dos Trabalhadores refutando toda e qualquer censura.

O nosso PT deve demonstrar maturidade política fidedigna da densidade que tem entendendo que cometemos um equívoco aonde somos responsáveis, portanto, a in-dividualização da falha coopera com os intuitos alheios menos com os do Partido dos Trabalhadores.

Boa sorte e que o PT vote pela sua volta.

Alan Borges - Foi Vice-Presidente da UBES 2005-2007

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Não devemos ceder ao coro dos tucanos

Delúbio Soares é um companheiro idealista, correto, absolutamente fiel às lutas do PT e do povo brasileiro. Com ele conviví na fundação do PT e aprendi a admirar sua firmeza ideológica e sua grandeza humana. Trata-se de um dos melhores quadros da esquerda brasileira, tanto pelo valor político quanto pela dignidade pessoal. Como pro-fessor competente e dedicado, como líder sindical produtivo e disciplinado, como líder partidário de altíssimo gabarito, Delúbio sempre se portou com honradez e coragem. Poucos demonstraram ao longo de nossa história a têmpera e a humildade que sobram nesse companheiro ferido e injustiçado.

Sua expulsão foi um ato autoritário dos então dirigentes do PT, cedendo ao coro da oposição tucana, da direita reacionária e da imprensa sensacionalista, não dando amplo direito de defesa aquele que, ao lado de José Dirceu, construiu as condições necessárias para que Lula chegasse à presidência da República.

Delúbio é um desses companheiros que se esforçam e não raro sofrem pelo partido e pela causa. O PT deve a Delúbio a reparação de um imenso erro político que trás em seu bojo uma demonstração profunda de ingratidão e absurda falta de solidariedade. Ainda bem que os dirigentes do PT nos dias de hoje não são os mesmos que erraram tão feio quando de sua saída.

Nos desvãos da política brasileira, tão fértil em situações complexas e mal explicadas, um homem honesto como Delúbio não pode passar por desonesto. Não há quem melhor entenda de caixa 2 ou desvio de recursos em campanhas do que os tucanos, esses hipócritas que marti-rizaram Delúbio.

Orgulho-me de sua amizade e tenho absoluta convicção de que a história tratará Delúbio com o respeito que ele merece e ainda lhe é negado.”

José Ibrahim, líder histórico dos trabalhadores de Osasco, liderou a primeira grande greve após o golpe militar de 64. Preso, torturado e banido, ao voltar do exílio no Chile, Panamá, México e França, participou da fundação do PT.

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Mais e mais apoios 9

No dia 16 de abril, aconteceu 7° Congresso Nacio-nal da CNTT-CUT, e reuniu cerca de 150 delegados e de-legadas de 85 sindicatos e federações dos setores aéreo, ferroviário, viário, metroviário, rodoviário e portuário/marítimo, no Centro de Convenções Votorantim. Dos 150 delegados 148 assinaram o manifesto de apoio a volta do companheiro Delubio ao PT. Recebemos fotos que os companheiros tiraram no dia para demonstrar o carinho e a solidariedade que tem com o companheiro Delúbio.

Muito Obrigada!!!!

Delúbio com os companheiros no 7° Congresso Nacional da CNTT-CUT

e os Companheiros assinando o manifesto

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Mais e mais apoios 10

Delubio, você tem que voltar é uma questão de honra para mim, e sei que para muitos e muitas militantes fili-ados e filiadas do Partido dos Trabalhadores. Aqui no Recife e em todo Pernambuco conte com este pequeno com-panheiro de lutas.

Saudações Petitas!

E até o retorno, breve.

Um abraço do companheiro,

Everaldo Lopes Vieira - UL - Fundador do PT em Recife – Pernambuco

Diretor do SINDPD-PE filiado a CUT e Fenadados

Mais e mais apoios 11

Nós Professores da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba - Go, membros do Diretório Munici-pal do PT, juntamente com o senhor Secretário Municipal de Meio-Ambiente da supra cidade, membro tanto da Exe-cutiva Municipal quanto da Estadual do PT de Goiás, subscritos abaixo, vimos nos solidarizar com o companheiro e incansável defensor das causas sociais do Brasil, com o companheiro Delúbio Soares que, atualmente passa por um importante momento político, qual seja, a reivindicação de retorno ao grandioso e nobre partido representante de todos os trabalhadores do Brasil. Qualquer agressão antidemocrática a ele atinge a todos nós, seus companheiros de luta no processo de construção de um país mais justo e solidário, e ao povo a quem serve com destemido zelo e corajosa função.

Atenciosamente (em sentido horário)

Marcos Pereira – Professor de História e Políticas Públicas

Silvana Silvério Santos – Professora de Comunicação e Marketing

Ailton Américo – Secretário Municipal de Meio-Ambiente

Núbia Garcia de Sousa – Professora de Filosofia

Ivaldo Gomes da Silva – Professor de Sociologia

Welton Rodrigues – Professor de Filosofia

Goiatuba, Goiás, aos cinco dias do mês de maio do ano de dois mil e nove.

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Aos Companheiros da Direção Nacional do PT

Mirem-se no exemplo do presidente Lula

Dirijo-me respeitosamente aos membros da direção nacional PT para pedir o voto favorável à apelação feita pelo companheiroDelúbio Soares de reintegração à ci-dadania petista.

A crise de 2005, que a mídia chamou de “crise do mensalão”, não foi uma crise ética, moral, ou dos va-lores republicanos, como muitos acreditam. Foi uma crise política, uma tentativa de golpe dessa elite carco-mida, despótica e intolerante, que sempre utilizou dos velhos mecanismos das oligarquias, e com o apoio da mídia golpista, que em 1964 rapidamente se acomodou e acobertou o regime militar no Brasil, tentaram destruir a esperança e luta do povo brasileiro, capitaneada pelo PT, demais partidos progressistas e os movimentos sindi-cal e popular do Brasil.

Nunca um partido socialista no governo com con-vicções plurais e democráticas assumiu de maneira tão firme e determinada um legado ético como PT, assim como também o governo do presidente Lula. Este lega-do ético está assente na transferência de renda para os mais pobres, nas políticas sociais de inclusão e na políti-ca econômica acertiva.

Nosso partido poderia atravessar os quatro anos de

governo do presidente Lula, quase sem nenhum conflito, mas para isso deveria ter aderido ao neoliberalismo e as-sumido um papel de vassalagem das velhas elites, como a representada no movimento “Cansei”.

Creio que nenhum companheiro detentor de cargo de tão alta monta seria capaz de imaginar que Lula ga-nharia o governo e não estaria à mercê de armadilhas, embates e perseguições.

Sou petista da primeira hora, participei em 5 de no-vembro de 1979 do primeiro reconhecimento público do PT na Capital, ao lado de companheiros como Luiz Gushiken e Gilmar Carneiro, entre outros. Dediquei toda minha vida, e a vida daqueles que comigo vivem e viveram, suportando todo tipo de iniquidade, priva-ções e perseguições, para tornar esse país em um país socialmente justo, economicamente forte e equilibrado, politicamente democrático e o seu povo, além de alegre soberano, com auto-estima elevada.

Não achei que faríamos transformações no Brasil sem que muitos tombassem pelo caminho. No entanto, te-mos de estar alerta para não assumir o papel de nossos detratores, ou seja da elite conservadora que persegue companheiros que dedicaram a vida à realização de nos-sos sonhos.

Tampouco pensei que devêssemos capitular às pressões dessa elite vendilhona, emparedada nos ve-lhos partidos políticos ou travestidos em novas siglas, em simbiose com a grande mídia, esta sim antiética, cúm-plice de todo degredo e admoestação do nosso povo.

Conheço o companheiro Delúbio desde a fundação da CUT, da qual foi tesoureiro nacional. Era um adversário interno, honesto, sem sectarismos, firme nas convicções e inabalável na luta em defesa dos interesses dos tra-balhadores e da nossa Central.

Não há condenação da Justiça contra Delúbio. Não seremos nós que iremos condená-lo. Faço esta solici-tação com a convicção daqueles que consideram que a pena a ele imputada em 2005 (expulsão) foi demasia-damente severa e, ao meu ver, feita para saciar aqueles que querem nos ultrajar e destruir.

Mirem-se na coragem do presidente Lula, que du-rante a crise de 2005 foi ao encontro daqueles que re-sumem a nossa esperança e mantêm nossa vontade de lutar: o Povo Brasileiro.

Saudações petistas

Vereador Francisco Chagas

Vereador no município de São Paulo, 1º Secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, diretor do Sindi-cato dos Químicos e Plásticos de São Paulo e região e membro do Diretório Municipal do PT em São Paulo

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“Quem tem fome tem pressa!”

Há 29 anos nasceu o PT. São 29 anos de luta contra um modelo opressor, dis-criminatório e excludente de governar. O PT sempre soube que faria a diferença! As oposições também sabi-am, e por isso, temiam que ocupássemos as prefeitu-ras, os estados e o Governo Federal, temiam Lula lá.

... Enquanto isso “na sala de justiça” o país se endivi-dava e definhava sob vistas grossas.

O povo cada vez mais oprimido, o desemprego atin-gindo os mais altos índices, a miséria por todos os lados. A esperança minguando, mas brasileiros e brasileiras ain-da acreditavam e sonhavam “o pulso... ainda pulsa...”.

O PT, um partido sem grandes fontes de recursos, construído pelo povo, com apoios, sim, mas muito aquém da estrutura financeira arraigada dos nossos adversários, que ao longo de toda uma vida sugaram a máquina go- vernamental, onde somente o Partido dos Trabalhadores teve a coragem de questionar. Nem mesmo a “tão ética” imprensa brasileira, jamais questionou a existência de caixas 2 para o financiamento de campanhas. Seria por inocência, incompetência ou favorecimento? A história comprova que a imprensa também sabe ser cega, quan-do lhe convém.

Lula, já havia tentado por três eleições. Nem vamos mencionar 1989... Quando uma verdadeira rede de in-trigas e difamações nos tirou, mais uma vez das mãos e corações o sonho da Presidência e de uma vida mais justa para o povo brasileiro.

Algo deveria ser feito e quem acredita na capacidade de transformação, tem, não apenas o dever de propor, mas também a obrigação de ousar. O PT era um partido pobre de recursos, mas rico em sonhos, talentos e pro-jetos e ousou porque sabia (e já comprovou) que seria capaz de fazer a diferença na vida das pessoas.

Delúbio Soares era o nosso tesoureiro. Coube a ele a tarefa de encontrar meios para que o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, pudesse conhecer quem era o verdadeiro Lula, o metalúrgico, o sindicalista que ousou tornar-se presi-dente do país e mostrar a cada brasileiro do local mais distante no mapa, que era possível sonhar, conquistar e transformar. O povo nordestino, discriminado, sonhava

ter como seu representante um governante capaz de olhar para a sua história, para a sua terra. E que ao olhá-la conseguisse entender por onde passam as dores do povo e governasse para aliviá-las até extingui-las.

Foram inúmeras viagens, milhares de comícios, mas, em cada canto do Brasil, por mais distante, o povo pôde conhecer de perto quem era Luiz Inácio Lula da Silva. Na carona dessa peregrinação pelo país, muitos candidatos do PT, hoje eleitos, alguns que até já saíram do nosso partido, somaram-se a esse grande projeto, sem ques-tioná-lo. E o PT tomou as ruas, as praças e as periferias para mostrar a que definitivamente veio.

Pela primeira vez, cada cidadão e cidadã pôde tirar a sua própria conclusão. O resultado disso se refletiu nas urnas por todo o país. E mais uma vez na reeleição, re-ferendando um projeto que há 29 anos foi sonhado pela militância, dentre ela, Delúbio Soares.

O povo não podia mais esperar. Mandela disse certa vez em um discurso: “Quem tem fome, tem pressa”. E o Brasil tinha fome de justiça, fome de esperança, fome de auto-estima, fome de crescimento, fome de oportu-nidade!

O Companheiro Delúbio Soares, teve sua conta bancária minuciosamente analisada. Nada foi encontra-do que comprovasse uso pessoal de quaisquer que se-jam os recursos, como nós já sabíamos. Sua vida foi de-vassada, sua família foi invadida, Delúbio foi escalpelado. Porém lhe arrancarem “o couro” não diminui sua luta, porque em sua veia corre o sangue Vermelho-PT, onde mora a solidariedade, o compromisso e o seu amor por esse país e pelo Partido dos Trabalhadores.

Delúbio buscou responder às demandas do PT, para que finalmente pudéssemos mostrar ao mundo que exis-te outra forma de governar, mais solidária e justa e para que mulheres e homens, negros e brancos possam viver com dignidade e a juventude tenha o direito a sonhar.

Diante disso, não cabe a nós, Petistas, mantermos a condenação de Delúbio, ao contrário, nos cabe rein-tegrá-lo ao PT e continuarmos a contar com a atuação deste grande companheiro, que dedicou 29 anos de sua vida ao partido e à construção de uma sociedade justa e igualitária.

A Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores deve ser sensível à complexidade desse processo e rein-tegrar Delúbio, com urgência ao PT.

“Quem tinha fome tinha pressa!”

Vânia Viana

Membro do Zonal do PT da Vila Mariana - SP

Foto: Renato Rebizzi

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Caros Companheiros (as)

Membros do Diretório e da Executiva Nacional do PT.

É com satisfação que comprimento a todos respeitosamente, como companheiro do PT, sindicalista dos petroleiros, e atualmente engajado na luta pela estruturação do nosso país, objetivando esclarecer as Comunidades da importân-cia de consolidar as conquistas sociais desenvolvidas pelo Comandante LULA e sua equipe de colaboradores.

Camaradas, faltam um ano, sete meses e vinte cinco dias, para concluirmos o primeiro capítulo de uma história importantíssima do nosso País construída por todos nos e escrita pelo Presidente Lula. Neste instante Já estamos nos programando, para dar seguimento nesta caminhada da classe trabalhadora, de forma que iremos garantir a nossa VITÓRIA em 2010 com a Comandante Dilma Rousseff.

Meus companheiros (as) do nosso Diretório Nacional, tivemos habilidade de enfrentar todas as crises política, social,ambiental, econômica, militar, e irmanados consolidamos o jeito do trabalhador governar uma nação para os excluídos. O nosso País hoje é liderança no mundo, nosso líder é o Presidente mais Popular do Mundo.

Sim quero dizer meus Camaradas, que nesta guerra de classe no poder, o nosso companheiro Delúbio foi profun-damente atingido. E somente quem participou diretamente de um conflito político com ameaças físicas e mentais, que vai da demissão do trabalho a prisão policial com a tortura psicológica aos nossos familiares, poderá ter con-vicção da necessidade de RESGATAR O DELUBIO ao nosso convívio.

Gostaria que todos tivessem a oportunidade de escutar os esclarecimentos do companheiro Delúbio sobre esta questão em pauta, com certeza a maioria absoluta afirmaria o voto pelo retorno do companheiro. Pois o que aconteceu conosco foi falta de comunicação entre nós, isso nos levou a vários equívocos, julgar sem conhecer o mérito da questão.

Meus irmãos do PT e dos Movimentos Sociais, este é mais um desafio para superarmos, o Delúbio foi Camarada o tempo todo com os nossos parceiros no PT. Vamos ousar mais uma vez, o que depender da nossa política interna do PT : decidiremos!

Delúbio é nosso Companheiro e assim votaremos neste DIRETÓRIO, pelo retorno do companheiro as fileiras do Partido dos trabalhadores.

Quero agradecer de coração a todos vocês, que estão solidário, ao nosso projeto da REVOLUÇÃO DEMOCRATICA, QUE ELEGEU O NOSSO COMANDANTE LULA.

É POSSIVEL DIAS MELHORES “SEM MEDO DE SER FELIZ”

Um abraço em todos (as)!!

Atenciosamente,

Nilson Viana Cesário

Presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias. de 1992 a 2001. (três mandatos consecutivos)

Membro do Comando Nacional dos Petroleiros 1992/93

Diretor e Membro Fundador da FUP – Federação Única dos Petroleiros de 1993/1994

Fundador do Comitê Petrobras Fome Zero em Apoio ao Governo Federal

Filiado do Partido dos Trabalhadores nº 092305.

Membro do Núcleo de Base dos Petroleiros de Duque de Caxias. 1991

Membro do Diretório do Município de Duque de Caxias 1994

Membro do Coordenador do Setorial dos Petroleiros 1997

Membro do Diretório e da Executiva Estadual do RJ 2002 a 2006

Membro do Diretório Nacional 2005

1º Suplente Deputado Federal 1998

Delúbio é nosso companheiro!!!

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PT de coração

Minha história no partido dos trabalhadores começou muito cedo. Na verdade com 1 ano já participei da primeira campanha eleitoral que o PT pleiteava cargos. Meu pai, LUIZ ANDRÉ DA SILVA, fez parte da composição da chapa de vereadores na cidade de Buriti Alegre em 1982, juntamente com Delma, irmã de Delúbio, “Bar-racão”, e outros companheiros. Não me lembro pois a idade me impedia de participar ativamente, mas a partir de relatos de meu pai, tive consciência da importância do companheiro Delúbio Soares, e a quais propósitos esse partido buscava.

O partido dos trabalhadores é o único partido a qual fiz parte na minha vida, filiado desde 2000, me tornei presidente em 2007 com muito orgulho.

Caros companheiros, estive presente na campanha eleitoral do ano de 2004, que na oportunidade resolve-mos através do incentivo do companheiro Delúbio, lan-çar o nome de um candidato do PT para oportunizar aos cidadãos Buritialegrenses uma escolha que não fosse aquela da antiga política com as mesmas pessoas. E as-sim foi; João Alfredo submeteu seu nome a escolha na convenção, e em seguida ao povo. Delúbio esteve pre-sente em todos os momentos dessa campanha sempre incentivando a continuar e lutar e mais uma vez assim foi, ficamos em segundo lugar, e por motivo de cassação do primeiro colocado, assumimos a prefeitura de Buriti Alegre em primeiro de janeiro de 2005. Em 2008, João Alfredo foi candidato a reeleição e novamente compa-nheiro Delúbio apesar de fora do Partido dos Trabalhadores no papel, esteve em todos os nos-sos comícios e até mesmo em algumas caminhadas dando sua parcela de contribuição com a disseminação do ideal petista. Me lembro bem que na última reunião que fizemos com os candidatos a vereadores do PT, Delúbio esteve presente, e muito me marcou uma frase dele quan-do referenciou o difícil trabalho de ser eleito: “Trabalhem duro, peçam o voto, mostrem suas idé-ias, mas se não forem eleitos não culpem o povo, e se eleito, façam uma gestão para a coletividade”.

Pois bem, a história do com-panheiro Delúbio na construção do Partido dos Trabalhadores e

na chegada de um membro a presidência da república dispensa apresentações pois é de conhecimento da so-ciedade em geral. O que talvez não é de conhecimento comum, é a pessoa simples, que gosta da tranqüilidade da roça do pai “Catonho”, que seus pais ainda moram na mesma casa de 40 anos atrás, preza muito as amizades e freqüentemente faz questão de reunir a família e os amigos; não é acusado de enriquecimento ilícito e muito menos desvio de verba pública. Uma pessoa que pos-sui uma ampla e rica visão de política pública voltada ao povo menos favorecido, e á coletividade.

O Partido dos Trabalhadores é uma construção de nós todos petistas, e muito mais daqueles que o fundaram e batalharam para o seu sucesso. Podemos considerar o companheiro Delúbio Soares como um dos pais do PT no Brasil, e um pai não nega o amor de seu filho. Que os representantes do nosso partido a nível nacional se pro-ponham a realmente fazer justiça, pois, “todos somos ino-centes até que se provem em contrário” e não culpados até que se prove o contrário, e Delúbio não foi condenado e mesmo assim cumpre talvez a maior possível que é o afastamento de um sonho que ajudou a concretizar.

Caro Delúbio, tenha certeza que Buriti Alegre, sua terra natal está com você nessa empreitada, e apoiamos o seu regresso formal ao nosso querido partido. São os votos do Prefeito João Alfredo e o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Buriti Alegre.

ANDRÉ LUIZ DA SILVA

Presidente do Diretório Municipal do PT de Buriti Alegre

Carnaval de Buriti Alegre - 2007

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O Maior Acerto é Corrigir o Erro

Sou professor como o Delúbio. O conheci na militân-

cia sindical no SINTEGO/GO nos anos 80 e 90 juntamente

com outros companheiros, como os professores Osmar

Magalhães, Toninho, Domingos, Neide Aparecida, San-

dra Cabral, Noeme Diná e Bessa, Bia, Romilda, Bete, en-

tre outros tantos. Militamos por muito tempo em defesa

de uma educação de qualidade para a população do Es-

tado de Goiás.

O que mais me impressionava no professor Delúbio

era sua simplicidade (jeito goiano de ser) e sua capaci-

dade de liderança política acompanhada de respeito e

tolerância diante das diferenças.

A história de Delúbio no movimento sindical, no PT e

na campanha vitoriosa de Lula e 2002 o credencia como

um dos principais nomes da história do PT e merecedor

de respeito de qualquer militante petista.

A volta de Delúbio ao Partido que ajudou a construir

é mais do que um acerto, é o reconhecimento de que no

PT também se erra, comete-se injustiças, muitas vezes

fruto de mesquinharias da luta interna sem escrúpulos.

E para isso, é preciso dar a volta por cima.

Acredito nos membros do Diretório Nacional. Acredi-

to que crítica e principalmente, a autocrítica deverão ser

os princípios norteadores que irão reconhecer o compa-

nheiro Delúbio como um militante do PT como qualquer

um de nós, como os mesmos deveres e direitos.

Um grande abraço a todos.

Marcelo Pires Mendonça

Militante do PT/DF

Delúbio faz parte da vida do PT

Tem atitudes que tomamos na vida para preservar a

nossa dignidade. Outras fazemos para preservar a orga-

nização que entendemos ser ou fazer parte do projeto

de vida que escolhemos.

Recuos ocorrem na vida de todos nós. Todos os ins-

tantes fazemos escolhas que nos agradam e outras que

nos entristecem. O desenvolvimento da consciência,

da autoconsciência, da individualidade e da liberdade

é tarefa dos seres humanos e é constante. O direito de

retomar o melhor caminho para o nosso viver deve ser

sagrado e respeitado.

No caso do companheiro Delúbio, não pode haver

superioridade por parte de ninguém, as nossas verdades

nem sempre são verdades. Somos seres humanos, onde

a dignidade, a responsabilidade, a autocrítica deve ser

individual e coletiva. Nenhuma companhia nos rebaixa

apenas nos engrandece se soubermos aceitar as con-

tribuições e a dedicação registrada na história de vida

de todos.

O companheiro Delúbio faz parte da vida do PT e não

há como negar isso, não há como apagar isso da história

do Partido dos Trabalhadores. O PT é Delúbio! O PT é de

todos nós. De todos que prezam pela democracia, liber-

dade e justiça.

Girlene Ramos

PT/MT

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Todo apoio ao companheiro

Delúbio Soares

Falar do Companheiro Delúbio Soares é falar da cons-

trução da Central Única dos Trabalhadores - CUT.

Sem a atuação de nosso companheiro, não, não te-

nho dúvida em dizer, dificilmente a CUT seria o que é

hoje, a maior central sindical do Brasil e da América

Latina.

Um companheiro essencial nessa trajetória de cons-

trução do maior instrumento de organização dos tra-

balhadores em nosso país.

Com relação à “farsa do mensalão”, invenção da

grande imprensa e da oposição golpista, o companheiro

teve uma postura digna e histórica.

Tive o privilégio de ler um de seus depoimentos e

nunca vi alguém tão seguro e consciente dos seus atos.

Assim como o companheiro José Dirceu foi cassado

pela Câmara Federal como justificativa e acovardamento

para com a “opinião publicada” e seu preconceito de

classe contra nós do PT, o companheiro Delúbio foi ex-

pulso do Partido também como submissão à pressão da

grande imprensa e da elite brasileira.

Aceitar a refiliação do companheiro é resgatar a

história do PT, e trazer de volta para casa aquele que

dela nunca deveria ter saído.

Todo apoio ao companheiro Delúbio Soares.

Roberto Miguel de Oliveira

Diretor do Sindicado dos Vigilantes do DF.

Diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes

Secretário de Política Sindical da CUT - DF

Venho me somar à luta pela recondução do companheiro

Delúbio ao PT

Conheço Delúbio desde o ano de 1984. Sua carac-terística fundamental sempre foi a simplicidade, a inte-gridade moral e uma curiosidade intelectual, capaz de descortinar o mundo. Desnecessário elencar seu em-penho para a construção do Partido dos Trabalhadores, do novo sindicalismo, sempre atuou com afinco nessa batalha.

Como funcionária da CUT convivi com sua persistên-cia, que às vezes parecia chatice (eu, menina jovem, de vinte e poucos anos, ainda “domesticada” pela vida em curso, não compreendia) para que rompêssemos bar-reiras e construíssemos referências, para que nos per-cebêssemos enquanto homens e mulheres reflexivos, criativos. Sempre teve a paciência de nos escutar e con-siderar nossas opiniões, atributo raro.

O Mestre e amigo Delúbio, no interior da Central, em seu envolvimento com os trabalhadores que ali atua-vam contribuiu, com a sua sedução, para emergir novos atores sociais, novos sujeitos políticos comprometidos com a construção de uma sociedade justa. Jamais mediu esforços nesse sentido , atuando para a elaboração de um projeto político que abarcasse também os trabalha-dores, os despossuídos.

Aprendi com ele a exercer a solidariedade, a im-portância de ser justa, perdi “o medo de ser feliz” e como militante do Partido dos Trabalhadores desde o ano de 1982 e filiada formalmente, também há muito tempo, considero inconcebível a suspensão da atuação política de uma das mais brilhantes cabeças de nosso Partido e da esquerda brasileira.

A ausência de Delúbio no PT faz com que a nossa es-trela perca um pouco de seu brilho.

Não podemos permitir que o MEDO vença.

Pela re-filiação do companheiro Delúbio.

Cássia Gomes

Militante PT-SP

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Mais e mais apoios 12

Companheiro Delúbio,

Me Chamo Rodrigo Grassi Cademartori e sou conheci-do como Pilha, tanto no Mov.Estudantil quanto no PT-DF.

Sou da Juventude do Campo Construindo um novo Brasil e, minha esposa e eu nos solidarizamos com toda a sua luta e tb com a de Zé Dirceu.

Portanto pode colocar nossos nomes como militantes que apóiam sua volta p o NOSSO Partido! SP!

Atenciosamente,

Rodrigo Grassi (Pilha) e Juliana Queiroz

Estudantes e Militantes da JCNB e JPT-DF

Mais e mais apoios 13

A construcão do sonho veio antes de qualquer gover-no e a ferramenta para construcão deste sonho foi e é o PT.

PT mostrou que sabe governar o Brasil para todos.

O operário Delúbio Soares sonhou conosco e ajudou firmemente o PT a mudar a vida do povo brasileiro.Todo apoio a volta do amigo e companheiro Delúbio.

Abraços fraternos,

Mauro Alemão Diretor sindicato dos metalúrgicos

Mais e mais apoios 14

Permitir a volta do Companheiro Delúbio ao parti-do dos trabalhadores é não submeter-se à vontade de grupos conservadores da sociedade que desde o inicio do governo Lula tentam desqualificar nossas principais lideranças.

A refiliação do companheiro Delúbio é uma resposta ao movimento de elites do país contra o partido dos tra-balhadores e uma demonstração inequívoca da solidar-iedade petista aos companheiros que ajudaram e aju-dam a construir o maior partido de esquerda da América Latina.

Mozart Ladenthin Junior (PT Zona Leste/SP) e Ro-gério Giannini (Presidente do Sindicato dos Psicólogos São Paulo)

Mais e mais apoios 15

Companheiro Delúbio,

Conte com a nossa solidariedade.

Agradecemos pela oportunidade desta boa luta.

Grande abraço Amazônico

Lacy da Matta - PT/AM

Page 70: Revista Delúbio Soares

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Compromisso com a luta trabalhadora

Meu amigo Delúbio é um dos muitos militantes gera-dos pela luta democrática e sindical do final dos anos 70 e início dos anos 80. Participou dos Encontros prévios a fundação da CUT, o Anampos, os Enclats, a Conclat, e foi um dos fundadores da Central. Posso afirmar com segu-rança que mais de uma geração de sindicalistas contou com seu apoio. Foi Dirigente do Partido dos Trabalha-dores, Secretario Sindical e Tesoureiro, e peça chave na vitória de 2002, seu compromisso com essa história foi e é uma das suas principais características.

Não acredito que os os companheiros e companhei-ras possam imaginar a dor e o sacrifício que a expulsão em 2005 representou para nosso companheiro. Anos de dedicação questionados, em uma decisão do Diretório Nacional, que foi uma resposta a pressão da mídia e da oposição, que queriam atingir o PT. Entreguamos aos leões um dos nossos, mas não bastou. Queriam a cas-sação dos deputados, a cassação do registro do Partido, queriam virar a mesa. Mas a reação do Partido, que no PED de 2005 levou as urnas centenas de milhares de petistas, e a crescente popularidade do Presidente Lula, com a população reconhecendo no Bolsa Família, ProU-ni, e outros programas sociais o seu compromisso com a mudança, impediu o pior e levou nosso governo a con-sagração nas urnas em 2006.

Na sua saída em 2005 até hoje, o compromisso do companheiro com o PT e a luta da classe trabalhadora não mudou. A história da esquerda é repleta de rompi-mentos e expulsões, mas em poucos casos, não me lem-bro de nenhum, um companheiro tenha mantido seus laços de lealdade e compromisso com o Partido que o expulsou durante seu período de exílio partidário,como Delúbio Soares, está na hora da Anistia. Estea na hora do PT reintegrar o companheiro.

Marcelo Sereno

Militante do PT/RJ

Companheiro Delúbio,

Boa sorte na reunião da direção nacional.

Assinei o manifesto em apoio ao retorno da filiação,

que bom que circulou bem, vi em vários lugares. Estarei

por aqui em BSB.

abraços,

Célia

Hora de voltar para casa

Não é hora de revanchismo, não é hora colocar a

luta interna em primeiro lugar, não é hora de rendição

ou de capitulação. É o momento de coragem, de ousa-

dia, de reconhecimento, de colocar em primeiro lugar o

espírito de rebeldia que marcou a construção do PT, ja-

mais se curvando às pressões daqueles que queriam nos

emparedar, nos submeter às vontades dos poderosos.

Por 29 anos enfrentamos e vencemos as mais dificeis

batalhas e o nosso projeto está em andamento com re-

conhecido sucesso tendo à frente o presidente Lula. Os

equívocos que cometemos são perdoáveis porque não

comprometeram o objetivo final, que é a implantação de

uma sociedade justa, fraterna e socialista no nosso país.

Todos nós comentemos deslizes nesta caminhada e não

temos o direito de usar ninguém como bode espiatório

para justificá-los. Voltando ou não para o PT o compa-

nheiro Delúbio vai estar aí na sociedade acertando e er-

rando como bom ser humano que é. Mas eu prefiro ele

de volta, construindo o PT com a gente.

Mauro Pinheiro

Diretório Regional do PT DF

Page 71: Revista Delúbio Soares

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Declaração de Dirigentes Nacionais Negras e Negros do PT - Pela Volta de

Delúbio Soares

Edson Santos - Ministro da Igualdade Racial / Martvs das Chagas – Diretório Nacional do PT

Vera Gomes – Diretório Nacional do PT / Benedita da Silva - Diretório Nacional do PT Cida Abreu – Secretária Nacional de Combate ao Racismo PT

Ao longo da história política do nosso país, nos deparamos com a oportunidade de fazermos parte da história ou simples e covardemente deixar que a nossa vida tão pre-ciosa e única não atue de fato com participação principal nesse processo.

Esta pequena citação é de reconhecimento a importância da dedicação de parte da única vida do companheiro Delúbio Soares a edificação do regime democrático e so-cialista em nosso país, desde a fundação da Central Única dos Trabalhadores enquanto base e Dirigente Sindical, assim como fundador do Partido dos Trabalhadores na oca-sião em que o partido é responsável, por pensar o modelo político e de Programa Go-vernamental, jamais realizado para o Povo Brasileiro.

Sou do Partido dos Trabalhadores da Cidade de Miracema, do Diretório Regional do Estado do Rio de Janeiro, e atualmente Dirigente Nacional do Partido dos Trabalhadores como Secretária Nacional de Combate ao Racismo espaço que há 13 anos contou com o apóio de Delubio Soares como representante legítimo do Movimento Social.

HÁ dois anos o partido cumpriu as cobranças externas e internas. Enfrentou a vigilân-cia diária da mídia que trabalha quando é pra nos expor do Caso Delúbio, agindo como que não houvesse outros casos em outros partidos que merecessem tanto esmero da mí-dia e da opinião pública como este supracitado. Para nossa reflexão temos dirigentes, que pelo mesmo motivo do companheiro, já reintegrado a seu partido faz pronunciamento em cadeia nacional sem nenhum comentário da mídia ou de especuladores.

Esta declaração é para reafirmar e externar o que nós Dirigentes Negras e Negros do Diretório Nacional do PT que defendemos a Política de Combate ao Racismo no país fizemos pessoalmente: Companheiro Delúbio Soares é hora de voltar! E é através da nossa responsabilidade partidária e do reconhecimento d a sua contribuição histórica e humana para o nosso partido e para o Movimento Social Brasileiro.

Cida Abreu – Secretária Nacional de Combate ao Racismo PT

Benedita da Silva - Diretório Nacional do PT

Vera Gomes – Diretório Nacional do PT

Martvs das Chagas – Diretório Nacional do PT

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Kjeld X Soriano

Retorno de Delubio é pauta, sim!

O Companheiro Joaquim Soriano faz um arrazoado

com características jurídicas mencionando analise e juí-

zo formado, mas se esquece que no campo jurídico todo

acusado, réu e até mesmo os condenados têm o direito

de recorrer à sentença sob pena de perpetuar injustiças

e erros que qualquer tribunal pode cometer.

Convivi e atuei junto com os companheiros da De-

mocracia Socialista durante meu mandato na Central

Única dos Trabalhadores – CUT- com convergências e

divergências a depender do assunto. Porém, no nosso

caso em particular, sempre quando alguma decisão da

Direção Nacional da CUT já tomada era objeto de re-

curso dos companheiros da Democracia Socialista ou de

outras tendências internas da CUT, nunca nos recusa-

mos a voltar a discutir o assunto sob a alegação de que

havia juízo formado e que retomá-lo seria “dar um tiro

no próprio pé”.

Dar “tiro no pé”, em primeiro lugar, é passar por cima

dos princípios democráticos do PT e impedir o debate.

Para nós, sindicalistas que tivemos a convivência men-

cionada, nos sindicatos e na CUT, com os companheiros

as da Democracia Socialista, muito me estranha Joaquim

Soriano negar o direito de alguém, neste caso Delubio,

recorrer de uma decisão, e recusar, desta maneira, o

direito mínimo de ter o tema pautado. A mesma demo-

cracia reivindicada pelos companheiros da Democracia

Socialista na CUT deveria ter espaço também dentro do

PT ou de qualquer outra organização de esquerda.

Além disso, Delubio não está pedindo para retornar

ao cargo de Tesoureiro do PT. Ele quer apenas o direito

de se filiar e militar no PT, como sempre fez em toda sua

vida. Se o companheiro Soriano não quer discutir o as-

sunto Delúbio, o mais penalizado de todos, ele deve ter a

opinião de que as penas devem ser maiores do que três

anos e meio de expulsão já cumpridos, ou quiçá perpé-

tuas, embora nada disso conste de nosso estatuto.

Joaquim Soriano tem razão ao dizer que em 2005 o debate foi interrompido. No entanto, o foi motivado pelo desejo de sustar a crise. Porém, essa decisão aço-dada e equivocada não sustou os ataques ao governo e ao PT como demonstram o afastamento de Genoíno da presidência do partido, a cassação do mandato de deputado do companheiro José Dirceu, a deposição de Palocci do Ministério da Fazenda, entre outras situações. Esses ataques não cessarão, com discussão ou sem.

O DN tem toda a legitimidade de tomar qualquer de-cisão em relação ao pedido de reintegração de Delúbio. O que não pode, em nome da democracia que a Demo-cracia Socialista e nós tradicionalmente defendemos, é recusar-se a pautar o assunto. Espero que o compa-nheiro reveja a posição publicada na página do PT, par-ticipe do debate e se for convencido pelos argumentos, ajude a rever a injustiça que foi a expulsão do compa-nheiro Delubio.

A militância de todo o PT está atenta ao debate con-forme demonstram centenas de manifestações de apoio ao pedido de “volta para casa” do Delúbio . A militância nem sempre tem a mesma percepção que alguns diri-gentes do partido. Furtar-se a discussão por manobra burocrática e passar por cima do anseio dos filiados de base em nome de uma decisão tomada em outra conjun-tura e por temor da opinião da mídia e da elite brasileira, é que é “atirar no pé”.Mais do que isso,o povo brasileiro está atento, sabe das coisas, em 2006 reelegeu Lula, a despeito de todas as propagandas partidárias eleitorais dos adversários rememorando a crise de 2005. Não fica bem para o DN, perante esse mesmo povo brasileiro que reelegeu Lula em 2006, “escolher uma agenda” como se 2005 não tivesse existido. Enfrentemos o debate, como sempre o PT fez, desde sua fundação!

Kjeld Jakobsen - ex -dirigente da CUT Nacional e ex- Secretário de Relações Internacionais da Gestão Marta Suplicy

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O secretário nacional de Formação do PT, compa-nheiro Joaquim Soriano, em artigo no site do partido, defende a retirada da pauta do DN da questão do re-torno de Delúbio ao PT. Ele argumenta que nos últimos 3 anos e meio a direção nacional produziu um “apren-dizado coletivo” dos erros cometidos. Entretanto, se houve “aprendizado coletivo” é porque ele se deu, obvi-amente, por causa de um erro coletivo. Sendo assim, um erro coletivo não deveria causar a punição de somente um companheiro, por maior que fosse sua responsabili-dade individual.

Outro argumento de Soriano é de que “aprende-mos também que processos internos se relacionam com processos externos ao PT”. Certo, mas parece-me que as vitórias do PT colecionadas desde a sua fundação, particularmente a eleição de Lula em 2002, já demons-traram claramente que o partido soube relacionar corre-tamente o interno com o externo e vice-versa. Contudo, sendo esta relação uma questão sempre difícil de se re-solver, isto exige um aprendizado permanente. Este não é, no entanto, o caso da dialética casuística do artigo em relação à questão do retorno de Delúbio. Soriano vê tão somente dois resultados se o DN pautar esse ponto: 1) o DN rejeita e com isso enfraquece Delúbio perante o STF (demonstra-se aqui uma preocupação com Delúbio que não se manifestou até esta data); 2) o DN aprova e, em conseqüência, enfraquece o partido frente ao STF. Soriano não quer que o DN seja pautado por esta questão que diz respeito ao próprio partido, mas acha natural que o PT seja pautado pelo STF. O julgamento que o PT tem que se submeter é o do voto popular. A crise do partido não foi superada porque Delúbio foi ex-pulso, mas porque a militância petista se mobilizou para o PED de 2005 e principalmente porque derrotamos a mídia e a direita nas eleições de 2006. Certamente não é fazendo concessões à pressão da oposição que con-tribuiremos para o fortalecimento do partido e para aju-dar o companheiro Delúbio, como parece se preocupar o artigo.

Como é dito no artigo, parece que a ética do PT de-pende de onde esteja Delúbio. Caso retorne, a ética partidária seria atingida. Por outro lado, se ele continuar expulso, o partido pode “mostrar” à sociedade que é ético. Contraditoriamente, o próprio artigo admite, de forma indireta, que o erro foi coletivo. Sendo assim a questão de ética se transforma numa questão da políti-

ca do partido. Não é, por isso, um problema para uma simples Comissão de Ética, mais apropriada para julgar infrações individuais. Trata-se de uma questão mais abrangente, que exige um processo de autocrítica da direção nacional e do partido como um todo. A punição de apenas um membro, para dar exemplo ou ser “bode expiatório”, significa que ainda falta muito para o partido completar o tal “aprendizado coletivo” citado no artigo. Por um lado, se a crise de 2005 mostrou que erramos coletivamente “para fora”, a expulsão isolada de Delúbio mostrou, por outro lado, que o DN errou majoritari-amente “para dentro”.

Ao produzir a proposta da Reforma Política, que ex-pressa a solução dos problemas revelados em 2005, o partido avançou politicamente na sociedade. Ao mesmo tempo, porém, a expulsão de Delúbio rompe com os princípios de fraternidade e de respeito do partido aos filiados, ao sacrificar um companheiro fiel e disciplinado, que não cometeu nenhuma improbidade, um dirigente que executou a política do partido com o apoio aberto ou omisso de todos.

O verdadeiro aprendizado, a verdadeira força ideológica e política de um partido de esquerda e clas-sista como o PT, se revelam não apenas na punição de desvios individuais (que em absoluto não é o caso de Delúbio), mas também e principalmente em reconhecer e corrigir publicamente os seus erros coletivos. Nesse último caso o partido deve cerra fileiras, reforçar a uni-dade e a fraternidade interna, e não se deixar levar pelos inimigos de classe. Esta questão, como muitas outras, continuarão sendo pautadas diariamente pela mídia na sua incansável campanha anti-petista.

Assim, caso o DN retire da pauta o ponto sobre Delúbio, o partido estará adiando equivocadamente uma questão fundamental que meche com os sentimen-tos do partido ou pelo menos de grande parte de seus filiados. O mais correto seria enfrentar logo a discussão. Aprovando o retorno de Delúbio ao partido, o DN estaria contribuindo para aumentar a força ideológica e os la-ços de fraternidade dos filiados, elevando, desse modo, a motivação da militância para avançar na luta principal, eleger Dilma para presidente.

Val Carvalho – PT/RJ

Porque o retorno de Delúbio deve ser pauta do DN

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A consciência vai prevalecer: Delúbio deve voltar

Outro dia, minha filha perguntou-me detalhes sobre o caso Delúbio e o que eu tinha a ver com tudo aquilo. Foi uma pergunta natural, já que milito no Partido há muito tempo e tal tema tem ocupa-do os espaços da mídia de forma recorrente. Falei rapidamente sobre a situação e aquilo que o ex diri-gente do PT pretendia, ou seja, o retorno.

As perguntas a seguir foram imediatas, diretas e esclarecedoras para mim. Disse ela: “até então, to-

dos os recursos utilizados nas campanhas eram declarados por todos da mesma foram? Não houve um tempo em que muitas pessoas doavam dinheiro ao PT, porém, por medo, pediam para não terem seus nomes revelados? Há comprovação de enriquecimento ilícito do Delúbio? Não estou entendendo o barulho!!!”

Mesmo não sendo dirigente nem militante do Partido dos Trabalhadores, as pergun-tas mostraram uma coerenrência arrasadora. Mais do que isso, revelaram uma coisa que me encheu de orgulho: minha filha tinha caráter.

Todos nós cometemos o “crime” do Delúbio. Todos. Considerar que militantes e diri-gentes do Partido não reconheçam essa realidade é algo que beira a algo bem diferente daquilo que minha filha mostrou com letras garrafais.

Gosto de olhar no espelho e ver coisas boas nas rugas que teimam em aparecer. Nas-ci nas lutas pela superação das injustiças. Não quero ser covarde, mesquinho, hipócrita pelo fato da mídia mostrar espanto e indignação com o financiamento de campanha que acontece no Brasil há dezenas de anos.

Isso é feio. Fomos ingénuos e erramos. Lutamos por financiamento público de cam-panha. Queremos transparência. Não somos a origem do mal, nem somos iguais a direita reacionária deste país. Nosso projeto está em curso e vai mudar a cara de nosso país.

Delúbio contribuiu para esse caminho e não deve ser punido pelo papel que desem-penhou e pelo resultado que todos tivemos.

Quando vejo os avanços desse Governo, vejo o germinar de uma esperança construída por todos nós. O Brasil vai ocupar seu lugar no mundo e construir um espaço mais solidário, fraterno e humano. Não se trata de aplicar a política dos fins justificam os meios. Isto é um falso dilema e, neste caso, se apresenta como argumento demagógico e falacioso.

A direita não tem moral nem história para demarcar os limites do nosso comporta-mento ético. Nosso passado e nossas ações falarão por nós.

Delúbio não deveria ter saído. Delúbio merece e necessita voltar. Nossos espelhos cobram isso de nós.

David Nogueira

Professor Fundador do Sintero e Dirigente do PT/RO

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Companheiros (as),

Conheço o companheiro Delúbio desde o inicio de minha militância no movimento de trabalhadores em Educação. Acompanho sua trajetória na militância política desde então. Em muitos momentos tive o apoio e a solidariedade de Delúbio na construção de minha própria trajetória na militância sindical e partidária, Em outros momentos, divergimos. Mas mesmo na divergência, senti na posição de Delúbio com relação a mim, sinceridade, lealdade e sobretudo, fidelidade a um projeto político que é bem maior que nossas histórias individuais e que, graças à soma de tantos sonhos individuais, da doação pessoal

de cada um, hoje transforma a vida de milhões de brasileiros e brasileiras.

Refletindo sobre minha responsabilidade neste processo, lamento não poder partici-par da reunião do DN no dia 8 de maio, pois como Dirigente Nacional, tenho convicção de que como humanos que somos, cometemos muito erros; como agentes da política , também os cometemos, porém, com uma diferença, na política costumamos acertar coletivamente e também errar coletivamente. Nem sempre os erros são socializados na política e buscamos um entre nós para justificar nossas faltas.

No caso de Delúbio, votei contra sua expulsão há 3 anos atrás por ter a compreen-são de que se erramos, nosso erro foi coletivo. Se erramos, foi por uma compreensão ingênua de que os outros jogadores nos perdoariam por usar, como eles, de uma falha do sistema político eleitoral do país.

Meu compromisso e minha responsabilidade com o nosso projeto político de cons-trução de um novo Brasil, me impedem de ficar omissa neste processo.

Por isso, conclamo aos meus companheiros e companheiras do DN que ao usar do sagrado direito de votar nesta questão, o façam no sentido de reabilitar um com-panheiro que, sozinho, já pagou muito caro por sua determinação no cumprimento de sua tarefa - militante de um projeto que não é de um, mas de milhões de brasileiros e brasileiras que ousaram sonhar e lutar por uma vida melhor onde a democracia e a justiça social não fossem apenas retórica.

Quero o Delúbio de volta ao PT.

Ainda acredito nos princípios de solidariedade e fraternidade que nos dão a cora-gem necessária para lutar e a ousadia para fazermos a diferença.

Um abraço Fraterno,

Fátima Cleide

Senadora PT -RO

Membro da CEN/PT

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O maior erro de Delúbio

Quando explodiu o “escândalo do mensalão”, o que acontecia na verdade?

Pego com a boca na botija, Roberto Jefferson resolveu colocar todos no mesmo bar-co. Tentou desesperadamente justificar o recebimento de propinas do Correio como algo comum, que acontecia com todos os políticos.

Usou da estratégia de ser um réu confesso que, portanto, falava a verdade quando acusava os outros mesmo sem prova.

As falácias de Roberto Jefferson ecoaram na mídia, sequiosa de destruir Lula e o projeto que se apresentava vitorioso já no primeiro mandato.

Jefferson, o Homem-Bomba da base de apoio ao governo fingia ser um mártir que denunciava um bando de canalhas, expiando, assim, sua culpa confessa.

Naquele momento, pego pelo furacão, Delúbio cometeu um erro mortal num meio político hipócrita: falou a verdade.

Afirmou que não existe mensalão, que foram empréstimos feitos para repassar recursos não contabilizados para os partidos da base aliada pagarem dívidas de cam-panha.

As vestais que desde sempre bradaram por pureza, sentiram profundamente as máculas lançadas por sobre suas cândidas vestes.

Delúbio passou a ser o grande culpado. Alguém que, do dia para a noite, transfor-mou-se no vilão de um processo que se iniciou na gênese da política brasileira.

Valores começaram a ser divulgados na mídia e, em uma promessa implícita de dela-ção premiada, uns e outros foram sendo jogados à execração pública para “confessa-rem” suas torpes atitudes. Confessarem a sua culpa em arrecadarem dinheiro para um partido de esquerda, que deveria seguir sempre como uma voz de oposição e jamais ser governo neste país de elites centenárias.

A classe que historicamente tinha matado Zumbi, Tiradentes, Sepé Tiarajú, entre outros, tinha agora um projeto e uma política: derrubar Lula e acabar com o PT.

Para essa elite, Delúbio é um monstro, que ajudou a eleger miseráveis que coloca-ram em cheque sua hegemonia histórica. Resta saber se os companheiros e compa-nheiras do Partido dos Trabalhadores têm a mesma visão, ou resgatarão a própria digni-dade devolvendo ao companheiro Delúbio o direito de ser petista.

Ronald Pinto

Militante do PT/RO

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Os valores que um partido de trabalhadores deve ter

Em 2005, no auge da crise política que se abateu sobre o PT e o governo do presidente Lula, meados de agosto, sindicalistas realizam, na Quadra Sindical dos Bancários, em São Paulo, um grande ato de filiação de dirigentes sindica-is e trabalhadores ao PT. Ato este organizado também em Taubaté, Sorocaba, entre outros locais, trazendo 600 novas filiações ao partido. Era o inicio de uma resposta política da classe trabalhadora aos ataques da direita ao PT e ao go-verno. Nessa ocasião, filiaram-se ao PT sindicalistas como Jose Lopez Feijóo, metalúrgico do ABC, Cid Carvalhaes, presidente do sindicato dos médicos de SP, e tantos outros. Nesse mesmo ano de 2005, sindicalistas da CUT e de seus sindicatos se mobilizavam numa grande marcha da classe trabalhadora, em conjunto com as outras centrais sindicais, defendendo e buscando ampliar as conquistas obtidas no Governo Lula . É simbólico que isso tenha acontecido em meio ao tiroteio da direita ao Partido, e em meio ao ator-doamento geral que se estabelecia no interior do Diretório Nacional do PT.

Relembro os fatos acima para falar de valores, em es-pecial dirijo-me ao companheiro Valter Pomar, que em resposta ao artigo do presidente da CUT, questionou seus argumentos em defesa de nosso companheiro Delúbio. Para quem vive seu dia a dia no meio da luta de classes, o valor do compromisso coletivo, do compromisso de socie-dade e de país é muito presente, a gente sente na pele.

Realmente, centenas de outros militantes do PT enfren-taram com coragem a crise de 2005, inclusive os sindicalis-tas que organizaram o ato de filiação ou a marcha a que me referi acima. Mas poucos foram tão torturados como Delúbio pela direita e pelos meios de comunicação, inclu-sive para que ele respondesse ao mesmo tipo de questões que Valter Pomar coloca em seu artigo, que reproduzo aqui: “Sobre ele existiam e seguem existindo divergências várias: Quem mais sabia? Quem se beneficiou? Quem não controlou? Em que medida isto foi decorrência de circuns-tâncias e da legislação?”

Só quem tem como valor o compromisso coletivo, com o projeto e com o partido, pode ter o comportamento que Delúbio teve. Todos sabem que Delúbio não foi candidato, comprovadamente não auferiu vantagens financeiras, e que, principalmente, ao arcar sozinho com todos os erros permitiu um caminho para o fim da crise do ponto de vista legal, assumindo solitariamente toda a responsabilidade. Plagiando as palavras de Valter Pomar, no plano macro, o benefício foi do conjunto, no plano micro, a penalidade foi solitária. Foi um compromisso com o partido, como

um valor de uma vida inteira , que orientou a conduta de Delúbio.

Por isso não cabe exigir dele uma autocrítica pessoal, nem agora nem nunca. Pois se houve erros, eles são coleti-vos, e a única autocrítica que cabe ser feita é a do Partido, que abandonou um soldado seu ferido de morte pelos ini-migos no campo de batalha, comportamento que, assim como delatar companheiros, não condiz com um partido de esquerda..... Isso é valor de esquerda, valor de classe.

Dizer , como afirma Pomar em seu artigo, que “ Se a única pessoa condenada pelos seus erros também for ab-solvida, com a reintegração de Delúbio Soares, então o resultado será que ninguém terá sido punido pelos erros cometidos” , é uma lógica que combina apenas com os valores de direita: dar um boi para as piranhas comerem enquanto passa a boiada pelo rio.... Pergunto : por que o PT ou os partidos hoje envolvidos na Operação Castelo de Areia até agora não enfrentaram a questão da política do financiamento eleitoral, nem na crise de 2005 nem depois dela? Porque a cada crise, maior ou menor , mais ‘escandali-zada’ ou menos ‘escandalizada’ pela mídia, se encontra um boi de piranha para resolvê-la e tudo continua do mesmo jeito.....Portanto, considero um sofisma dizer que no “plano macro isso e no plano micro aquilo”, até por que no caso da crise do financiamento eleitoral de 2005 não há dinheiro público, há empréstimos bancários reais, tanto assim que o próprio STF inocentou Delúbio da acusação de peculato.

No fundo, Valter Pomar defende pena eterna, nem ao menos considera que quase 4 anos de expulsão já é uma pena bastante dura para quem dedicou sua vida ao PT. Aliás, sobre o caráter “inoportuno” do pedido de Delúbio, pergunto: quando será oportuno? Quando não houver mais luta de classes ? Quando não houver mais disputa de projetos no país? Quando implantarmos o socialismo no Brasil?

Para terminar, quero dizer que na minha opinião a su-peração da crise de 2005 não ocorreu por termos jogado Delúbio às piranhas, mas pelo enfrentamento na ruas que foi feito pelos movimentos sociais, pelo movimento sindi-cal, pelo aprofundamento das políticas de inclusão social do governo Lula como Bolsa família, Luz para Todos, PróUni, Política de Valorização do Salário Mínimo e tantas outras conquistas! Superamos a crise também no duríssimo em-bate político das eleições de 2006, quando mais de 60% do povo deu a segunda vitória a Lula, enterrando a crise de 2005 e reelegendo um governo comprometido com seu povo e sua causa.

Por isso, defendo a volta de Delúbio ao PT. Por um valor de classe. Por uma questão de classe.

Luiz Cláudio Marcolino

Presidente do Sindicato dos Bancários de SP

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O gesto de grandeza de Delúbio Soares

Na mesma sexta-feira, 8 de maio, em que fui internado no hospital com problemas varia-dos, entre eles insuficiência renal e arritmia cardíaca, em consequência de uma infecção intestinal e uma gripe mal cura-da (ver nota abaixo), meu amigo

Delúbio Soares desistiu de pedir sua reintegração ao PT para não provocar uma divisão no partido que ajudou a criar.

Só nesta terça-feira, já em casa, tive oportunidade de ler as mensagens que recebi ao longo destes dias e, entre elas, encontrei o discurso que ele fez aos compa-nheiros do Diretório Nacional do PT reunidos em Brasília para julgar o seu pedido.

Antes que o fizessem, Delúbio abriu mão deste direi-to pelo qual lutou bravamente nos últimos meses, bus-cando apoios em todas as instâncias do partido. Acom-panhei desde o início esta sua caminhada para poder voltar à política partidária, sua razão de viver, desde que o conheci, faz 20 anos, durante a primeira campanha presidencial de Lula.

Posso imaginar quanto deve ter-lhe doído escrever este discurso, que é, ao mesmo tempo, uma declaração de amor à causa pela qual se entregou, e um libelo em que não pede perdão nem anistia, apenas justiça e o direito de apresentar as suas razões.

Mais uma vez, colocou os interesses partidários acima dos seus próprios, na certeza de que o tempo irá reparar os sofrimentos e as injustiças que sofreu nestes últimos anos.

Aos 53 anos, continua o mesmo sonhador irrever-ente, capaz de rir dele mesmo, sem abrir mão dos ide-ais em que acredita e bota fé. Somos amigos de graça, desses de tomar cerveja juntos, dar risada e falar mal da vida alheia _ a ele nada devo, nem ele a mim. Comigo sempre foi correto.

Por isso, faço questão de abrir espaço neste Balaio para reproduzir trechos do discurso de Delúbio. Em pa-lavras simples e sentidas, ele resume um raro gesto de grandeza, exatamente no momento em que antigos va-lores como lealdade e fidelidade partidária são motivos de chacota e se troca de lado com a facilidade de quem troca de camisa.

“São 38 anos de luta, 30 no PT. Esse é meu DNA. Compareço com o pouco que tenho a vos oferecer: toda

uma vida na trincheira do único partido ao qual per-tenci e ao qual, mesmo tendo sido expulso, paradoxal e ironicamente, ainda perteço”, apresenta-se ele, para em seguida dizer o que lhe vai na alma:

“Contrariando a modéstia de goiano simples do in-terior pobre, que desde a mais remota idade não co-nheceu senão a luta contra a oligarquia, em seu Estado, e a ditadura, em seu país, confesso a impagável paz de espírito de ter podido chegar até o dia de hoje sem trair meus compromissos partidários, meu credo ideológico, minhas alianças políticas, minhas convicções pessoais e um profundo e sincero sentimento de solidariedade para com todos os meus companheiros”.

Lembra do começo do PT:

“Fundei este partido. Tempo faz. Éramos alvos da descrença de uns, da zombaria de outros. Contamos nos dedos de uma das mãos os companheiros de então. Nos da outra, os votos conquistados num início que era só fé e pura teimosia.

Muitos pdoerão dizer que valeu a pena. Mas muito poucos podem dizer como o companheiro que vos fala: começaria tudo outra vez, se preciso fosse.

Não há glória maior do que a de se saber guerreiro fiel dos ideais acalentados na alma. A ficha de filiação, em assim sendo, vale menos do que a convicção de que todo sofrimento é nada diante da grandeza do ideal”.

“(…) Portanto, quem vos fala, meus companheiros, é um homem sem rancor, sem ressentimentos, sem medo e sem ódio”.

“Tragado ao centro de uma crise de proporções históricas, onde tudo se fez e nada se poupou na tentativa de desestabilizar o presidente que elegemos e seu gover-no de transformações sociais, mantive a integridade de caráter e fidelidade ao PT e aos meus companheiros”.

E explica os motivos da sua decisão de retirar o pe-dido de reintegração ao partido neste momento:

“Não pretendo ser motivo de qualquer divisão inter-na, muito menos de causar discórdia por conta de uma postulação política que muitos dizem ser pessoal, a de voltar ao PT. Nem devo causar tipo algum de embaraço aos companheiros que se colocaram, corajosa e genero-samente, a meu lado no presente debate”.

Ao final, deixa uma pergunta no ar, que até agora ninguém se habilitou a responder: “De que me acusam? Quantos são os políticos brasileiros que realizaram cam-panhas eleitorais sem que alguma soma, por menor que fosse, não tenha sido contabilizada?”

Ricardo Kotscho

Jornalista

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O nosso PT que é o PT do Delúbio: volta Delubio!Nestes muitos anos de militância política no Partido

dos Trabalhadores e na Central Única dos Trabalhadores, sempre tivemos lideres que permitiram que um partido e uma central como a nossa sobrevivessem às alter-ações da conjuntura política e econômica. Permitiram e empenharam-se em garantir condições dentro do mo-vimento dos trabalhadores para a construção de políti-cas, de consensos e de estruturas necessárias a permitir que possamos ter hoje instituições do movimento social como a CUT e uma articulação partidária poderosa como é o PT.

Vejo o Delúbio como uma dessas pessoas que se em-penhou em favor das lutas classistas.

Conheci o Delúbio em 1990, antes do 4º CONCUT, o primeiro que participei e desde então acompanho sua trajetória de luta, dedicação e fidelidade aos princípios já destacados na Carta da Comissão Nacional Provisória para a criação do PT, de 1º de maio de 1979, ou seja, 30 anos que aponta a defesa do Brasil e dos trabalhadores brasileiros. Os princípios de organização independente, resistência a opressão e privilégios das classes domi-nantes, amadurecimento político da classe trabalhadora e crescimento de suas lideranças em direção a participa-ção decisiva da classe trabalhadora nas decisões sobre os rumos do país, passo dado com a vitória de Lula em 2002.

O PT lutando pela emancipação da classe trabalha-dora, com exercício da democracia plena exercida pelas massas, “pois não há socialismo sem democracia nem democracia sem socialismo”, já dizia esse documento.

Por isso é essencial que um quadro como ele permaneça conosco, em nosso partido, no nosso PT que é o PT do Delúbio. Sua compreensão da importância da organização social é nosso patrimônio, não para reconhecimento, mas para a participação efetiva em cada um dos nossos dias, pois tudo o que se passou que atingiu nosso Companheiro, significa o confronto dos que não aceitam um operário na Presidência da República, não podemos fazer com que esse confronto que é de outros interesses pautem nossas ações e decisões.

Pelo retorno de Delubio ao PT!

Brasília, 05 de maio de 2009.

Eliane Cruz - Ex dirigente do Sindsaúde/SP e Ex Presidente da CNTSS/CUT. Na Secretaria do Conselho nacional de Saúde de 2003 a 2006, atualmente atua como Coordenadora de Negociação Sindical da SRH/MPOG

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Sandra Cabral : Estou com Delúbio

Vocês sabem de minha relação de irmã com o Delúbio. Nos conhecemos em 1976, quando fui dar aula na escola em que ele trabalhava. De lá para cá fui tor-nando o que sou hoje, principalmente a parte que tenho de melhor, muito por causa de sua insistência de que eu seria capaz, de que deveria corrigir vários defeitos, como a impaciência, o sectarismo, o voluntarismo, etc, etc. E nossa amizade e minha admiração por ele só aumentam. Dividimos aparta-mento em SP de 1994 a 1998, quando nossa relação se aprofundou. Não conheço ninguém mais solidário, sério, responsável, batalhador, aglutinador, duro - quando necessário - como quando brigava e briga contra alguma injustiça, sempre de coração aberto, mostrando, explicitando suas ideias - e doce - como quando levava café da manhã na cama para sua então namorada, Mônica Valente e para mim, em geral aos domingos, quando conseguíamos ficar em casa.

Não confudo, no entanto, essa minha admiração por ele e a solidariedade que penso ser extremamente necessária nesse momento ao militante político DELÚBIO SOARES. Os textos anexados expõem brilhantes argumentos pela sua volta ao nosso Partido.

Penso que um Partido como o nosso que luta por justiça, respeito, correção não pode sucumbir, pela 2ª vez, aos argumentos torpes de parte da mídia que não suporta nosso governo, que ousa implementar políticas que dividem as aportunidades com setores da sociedade antes absolutamentes excluídos. Não suportam um sindicalista nordestino, com pouca escolaridade ser o nosso governante. Se pelam de horror com a sua capacidade interna e externa. Foi visível e risível a reação da mídia ante Obama dizer que Lula é o cara!

É isso que está em jogo! Razão pela qual, o assunto da volta de Delúbio para o seu Partido - que deveria ser afeto apenas a nós militantes desse Partido - ganha uma proporção pública. Por isso faço a pergunta: Por que será que a eleição do Senhor Roberto Jeférson para a presidência de seu partido não causou nenhuma espécie em ninguém e nem na mîdia?

Sem querer fazer comparação deste Senhor com Delúbio. Aquele flagrado mentindo e outras cositas, foi cassado e este, sequer acusado de faltar com a ética ou de se be-neficiar, não foi ainda julgado. SEREMOS NÓS A FAZÊ-LO?

Bem, amigos e amigas, conto com a solidariedade de vocês!!! E se ela puder se manisfestar com as assinaturas no manifesto, ficaria muito feliz!!!

Um abraço,

Sandra Cabral

Militante PT/GO

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Seguem-se mais 2492 assinaturas...

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Mensagens de Apoio

“Companheiro e amigo (per-mita a liberdade),Sua luta é nossa luta. O apoio não é mais que obrigação nossa. É o reconhecimento por todo o seu esforço, despreendimento, combati-vidade e compromisso com nossos ideais. Você e todos os que te apoiam podem contar comigo. Sempre! Com minha modesta contribuição espero vê-lo no lugar merecido: filia-

do ao Partido dos Trabalhadores, Deputado Federal e atuante na defesa do nosso projeto de nação”.

Um abraço, Reinaldo Cruz

Brasília

“Atte,DELUBIOMeu querido Companheiro de longas datas e histórias. Jamais deixarei de apoiá-lo e respeitar sua trajetória; sou e sempre serei seu fiel escudeiro para todos e quaisquer momentos, conte comigo”.

AbraçãoLuizão

Presidente do Sindicato dos Aposentados da CUT

“Companheiro, Estou à disposição e torço por você”.

Um abraço, Juvandia Moreira - Seeb/S.P.

“Caro Delúbio,Conte com meu apoio”.

Um grande abraço e até breve. Roberto Casseb

“Muito bem companheirão!Já era hora de iniciarmos o primeiro round!Tem minha solidariedade e apoio na batalha que se inicia e da qual sairemos vencedores/as.Sucesso para nós!”

Abraços,Vânia Viana

“Caro Companheiro,Estamos em um momento importantíssimo para o PT e para o nosso projeto político, que em miha opinião vai de encontro a nossa reflexão, de que a que preço nos custou cortar na própria carne, carne militante de um dirigente de tal história como a sua.Na minha opinião somos filiados no PT, através do nosso próprio juízo cidadão, políico e pessoal, já esta na hora, Seja bem vindo.”

Cida Abreu Secretária Nacional de Combate ao Racismo do PT.

“Caro companheiro Delúbio Boa tarde, sei muito bem o que é viver no ostrasismo e sem querer dizer de quem estar melhor ou pior entre nós dois, mas neste exato momento não tenho nem uma sombra de dúvida de que vc estar muito pior do eu e jamais me apegarei a acatar as decições do sistema capitalista por que se é que terei que ser assim não es-tarei no PaRTIDO DOS TRABALHADORES e sim em qual quer outro partido que não fosse o PT, desde já posso te dizer que o unico compromisso que tenho é com a cons-trução da mundaça pela transformação social e que os benificiados que são os menos favorecidos possam nos enxergar como suporte por esta transformação, dai companheiro posso te dizer que não tenho nem uma diiculdade, não só de votar pelo seu retorno ao Partido mas também se assim for necessário ajudar na defesa do companheiro”,

um grande abraçoGegê

CMP - Central de Movimentos Populares

“Prova de força e Volta para casa MANIFESTO EM APOIO AO DELÚBIO “Concordo plenamente com os argumentos do Adauto. O Delúbio tem história, tem militância, é uma pessoa íntegra, leal e companheira. Ele fez uma luta solitária durante todo o período de achincalhamento do PT. Ele merece toda a nossa solidariedade e por isso neste momento, começo a circular um abaixo-assinado pela reintegração dele ao PT. Peço àqueles que com-partilham do nosso sentimento, que nos ajudem nesta empreitada. Eis o abaixo- assinado. Assinem e devolva, por favor. Quem quiser imprimir e coletar assinatura, o texto está em anexo”.

GrataBenildes Rodrigues - Geógrafa/jornalista - DF

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“Delubio,Sou da Executiva Municipal de Porto Velho e participo do governo municipal como Sec. Adjunto da SEM-DESTUR (Sec. de Desenvolvimento Socio-economico e turismo).Pariticipei da ultima reunião quando você esteve aqui em Porto Velho.Sou solidário a voce e vou assinar o menifesto assim como coletarei algumas assinaturas.Gostaria de saber como enviar as assinaturas coletadas”

Um forte abraço.Ely Bezerra

Quem tem um sonho não cansa....

Aos Membros do DN “Companheiro Delúbio,Neste momento gostaria que os setoriais nacionais voltassem a ter voto no Diretório Nacional.Sabemos todas e todos militantes destas causas da sua importância para a construção destas instâncias e de como sempre esteve ao lado de nossaslutas.Saiba que se for necessário usar de minha voz nesta instância que estarei presente e firme em sua defesa. Estou a disposição.Um grande abraço e bem vindo de volta aonde sempre esteve”,

Saudações PeTistas e Culturais,Morgana Eneile

Secretária Nacional de Cultura do PT

“Parabéns!!Fiquei muito feliz em ver sua carta de pedido de filiação ao PT no site. Emocionante!Com certeza será aceito de volta ao nosso partido, porque você mais do que ninguém é PT de fato e de direito”.

Um grande abraço com admiração.Léo

“Delubio querido tenha certeza de que pode contar comigo! Já imprimi e estou coletando assinaturas! Em breve quero ir a Goiânia fazer sua campanha! Saudações Petistas”

Beijos Marília

“EU APÓIO A REFILIAÇÃO DO COMPANHEIRO DELÚBIO Caros amigos, companheiros,Como filiada-fundadora do PT e como cidadã militante pela causa da democracia, eu apóio o pedido de refilia-ção do Delubio Soares ao nosso PT.Nossa legislação penal não admite a pena capital nem a prisão perpétua. Até os homicidas, penalizados com a pena máxima, têm direitos à progressão continuada e a outros benefícios por bom comportamento. Pq não teria o Delúbio todo o direito de pleitear e ter aprovada a sua refiliação ao PT, partido que ele fundou, militou e ao qual sempre foi leal? Se alguma infração ele cometeu, já está paga pelos mais de três anos passados do seu banimento da vida partidária.Delúbio precisa, como petista, voltar à nossa convivên-cia e militância; e como cidadão voltar a fazer política pelo partido que ajudou a criar e que elegeu o Presi-dente da República.Qualquer que seja o entendimento de cada um sobre o mérito desse caso, considero um despropósito, e con-trário às regras da nossa democracia, negar ao com-panheiro Delúbio Soares o pedido de refiliação ao PT. Honestidade de propósitos, altruísmo e muita reflexão são necessários para que não se lhe joguemos mais pedras.” Dalva Oliveira

Eu assino em baixoJussara Seixas

“EU APÓIO A REFILIAÇÃO DO COMPANHEIRO DELÚBIODelubio merece a solidariedade e apoio dos petistas histórico. Seu retorno ao PT corrige um erro”.

José Zunga

“Lider,Estou muito satisfeito com a receptividade da mili-tância. Distribui seu e mail numa lista que participa e acredito que voce recebera muitas mensagens.Voce merece nosso respeito e solidariedade”.

Zunga

CONTE COMIGO“Caro companheiro, como já é de seu conhecimento pode contar cominha intervenção, meu voto e meu carinho”.

Fraternos beijos,Vera Gomes.

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Seu retorno seja breveRio 26 de março de 2009

SAUDAÇÕES PETISTAS

Companheiro Delubio estimo com grande satisfação seu retorno ao partido, sou solidário a ti, e eu tenho certeza e consciência de que nada pode impedir o seu retorno . Tive um afastamento natural de quase 10 anos para colocar em ordem a vida e pra mim foi um exílio não participar de parte da historia de nosso Partido. Que seu regresso seja breve.

*Att: Odem de Almeida Santos*Provavelmente não te lembraras de mim, pois a ultima vez que nos vimos foi num seminário da Articulação metalúrgica em Angra na década de 90.

Caro amigo e companheiro Delúbio, Espero que esteja tudo bem com você. Comigo, as coisas vão indo bem - trabalhando na consultoria, e cuidando da família: a Irene está para fazer dois anos, e, por conta da prematuridade, vai desenvolvendo uma batalha muito bacana pra conseguir superar o atraso motor. Quanto ao PT e ao governo, tenho assistido às coisas pelos jornais. Estou bem afastado da militância, por absoluta falta de tempo. De toda forma, acompanho com simpatia a sua inicia-tiva - e torço para que vc seja bem-sucedido!Quando quiser, dê um alô, vamos combinar um almoço. Um abraço grande, também pra Mônica,

Bernardo

“Recebi o seu e-mail. Estou de acordo com a volta do Delúbio. Fui candidato a vereador em minha cidade Parnamirim e obtive 1095. Fiquei na segunda suplência. Estamos juntos ‘construindo um novo Brasil’.

ERON - PT de Parnamirim (2º vice-presidente)abraço e saudações Ptistas.

“Prezados;Espero que vá haver oportunidade para outros petistas solidários com a revisão da punição ao Delúbio pode-rem manifestar sua intenção de apoiar”.

AbraçosMário Ramos

PT-BH

Boa tarde“Delúbio apesar de ver tudo o que a mídia tentou fazer com você, sei do seus compromissos e de sua fidelidade com o Partido dos Trabalhadores te admiropela lealdade segurou a barra sozinho, essa é a maior prova que você é um autentico companheiro.Abraço, e bom poder conversar com uma pessoa de tanta referencia para nos petistas”.

Renatho Melo

“Olá companheiro Delúbio,É com alegria que recebo este email, acompanhei pelos noticiários suas ações para filiar-se novamente, de onde não deveriam ter desfiliado.Vamos a luta!!!Vou fazer a coleta das assinaturas aqui em Manaus-Amazonas”.

abs.Sempre na Luta.

Zaqueu Souza

“Valeu Delúbio....Conta conosco”.

Aldinha SenaVice Presidente do PT/Bahia

“Caro Delubio,Não sou do PT, mas sou seu amigo e sei que você merece voltar para o partido e para a vida pública.Li o “”manifesto”” redigido pelo Raimundo Jr., mas imagino que ele é dirigido apenas ao PT.Precisamos falar também para a sociedade.Assim como assinei manifesto apoiando José Dirceu, no momento em que ele mais precisava, estou pronto para assinar manifesto similar, te apoiando.Arrume quem faça o manifesto e terei o maior prazer em ser o primeiro a assinar”.

Abraço fraterno doEmediato

Delúbio, eu também torço muito pra sua volta ao Partido, pois sei o quanto tudo isso significou e significa na sua trajetória politica e pessoal. Boa Sorte!!!

um forte abraçoEdilene

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“Companheiro Delúbio, concordo com tudo que foi dito no manifesto, me coloco a sua disposição para o que for necessário. Estou colhendo algumas assinaturas de apoio, em breve entregarei para o Carlos”.

Forte abraçoWagner

“Amigo Delúbio,Estou longe e acompanho de fora, mas tenho achado ótima a repercussão. Confio no sucesso da justa reinte-gração.Vou circular os textos e desafior os amigos daqui”.

Abração forte,

Jorge Lorenzetti.

“Compadre,Também estamos empenhadas no seu retorno ao PT. A Mariellen está recolhendo assinaturas em Goiânia e Rio Verde”.Um grande abraço!

Waldete Pereira RosaTécnica da Área Pedagógica

CGPES/DIPRO/FNDE/MEC

Bom dia Querido companheiro Delúbio, é de coração também que lhe defendo.Tenho até vergonha de dizer que você precisa de defesa, não é assim que deveria ser, não é mesmo?Você é dos nossos que merecia nossa proteção, com-preensão e solidariedade, mas o medo da mídia impede companheiros de enxergar o que de fato acontece em nosso país.Eu não tenho um texto para distribuir, mas pode ter certeza que vou providenciá-lo.Você, companheiro, é um grande brasileiro. Podem ter lhe tirado do PT, mas nunca deixou de ser petista.Se hoje nós temos Lula como “”o político mais popular da terra””, parte disso se deve a você também.Conte comigo sempre.

Bjs Dani Tristão

“Olá, sou suplente no DN, mas se tiver oportunidade de ser chamada, meu voto é por sua reintegração”.

Abs. ConceiçãoPT/RJ

“Grande Delúbio!Volte e represente Goiás naquilo que de melhor temos: caráter, companheirismo, amizade, sinceridade, honra e humildade. Conte conosco aqui em Brasília”.

SDSWanderlei Pucci

“companheiro DelúbioAssino o manifesto e vou pautar entre nossos dirigen-tes, lideranças e filiados na Paraíba.saudações”

Rodrigo Soares Vice presidente do PT/PB e deputado estadual

“Prezado Delúbio,Recebi seu material e foi muito bom que vc encaminhou os outros anexos. Sou muito pouco conhecido no ambiente nacional do PT nas estou preparando um texto sobre minha visão do que aconteceu com vc. Quanto ao Manifesto vou trabalhar nele... . De qualquer forma pode contar comigo. Estarei com vc...da forma que vc precisar. Se vc tiver alguma orientação que possa calibrar meu tempo em função dessa tarefa, informe.Bom Domingo e Boa sorte”.

Estevam Ferreira da Costa

“Caro Delúbio,Obrigado pelos textos, e pode contar com os compa-nheiros aqui do SINDPD-DF.ANISTIA JÁ! OU MELHOR RETORNO JÁ!Saudações”,

Djalma Araujo FerreiraPresidente do SINDPD-DF

Delúbio, uma questão de solidariedade.“Querido Igor, Estou feliz e orgulhosa por ser desse partido que conta com pessoas como você.Vou enviar esta mensagem para meus contatos e para Delúbio e Mônica - se ainda não sabem desta iniciativa do blog, ficarão muito felizes!!!”

Beijos Sandra Cabral

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Prezada Dalva(O texto do Val Carvalho, do PT-RJ) É a melhor “”defesa”” do Delúbio que já li (sem ironia). Penso, inclusive, que ele jamais poderia ter sido expulso do PT. Mas não acho que seja questão de solidariedade. É questão de ENFRENTAR as tormentas sem se jogar (porque está “”seguro”” pelos companheiros) ou ser jogado (porque está “”amarrado””) para fora do barco.O Delúbio e o outro (esqueci o nome - velhice - do ”Land Rover””) JAMAIS poderiam ter sido “”saídos”” do PT...

AbraçãoCastor

Esse movimento dentro do PT contra o CNB parece coisa de “”patota frustrada”” (para não utilizar outro vocábulo menos airoso) puxado por gente que se aproveitou da crise de 2005 para tomar de assalto a presidência do partido. Esses é que são os verdadeiros traidores do PT. Se uniram a mídia e a oposição por puro oportunismo. Tentaram envenenar a militân-cia com os mesmos argumento da mídia contra o CNB e contra o governo Lula. Derrotados, a “”patota frustrada””(para não utilizar outro vocábulo menos airoso) entra em delírio e começa a ver fantasmas onde não tem, caluniando mais uma vez nosso companheiro José Dirceu. A “”patota frustrada”” queria que Delúbio tivesse culpado Zé Dirceu e livrado sua pele. Mas Delúbio é um grande brasileiro, um homem de coragem e fez o que tinha que ser feito para o bem do governo e do PT. Volta Delúbio!!!

Dani Tristão

“Companheiro Delubio,Estou me somando com todos os filiados e militantes do PT que defendem a sua volta ao nosso partido.Primeiro porque você assumiu que errou, segundo, porque continua defendendo o nosso partido e o gover-no Lula. Quero lembrar também que o primeiro passopara se corrigir um erro é reconhecer que errou, isto você sempre deixou claro. Terceiro, a solidariedade, compreensão e firmeza no combate as injustiças foi o que nos permitiu fundar o PT e chegarmos aonde estamos. A luta continua com firmeza no combate as injustiças.

Pereirinha, Presidente do CECCAMP- Centro de Educa-ção e Cultura Caminhos de Paulo Freire

Reintegração “Companheiro Delúbio, Entendemos, em consonância ao que já foi expresso publicamente por companheiros e companheiras, que o processo em que ocorreu sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores foi permeado de contradições e argu-mentos desarrazoados. Sua saída serviu apenas para saciar a sede descomedida de uma mídia conservadora e neoliberal, além de um grupo minoritário do PT que se deixou embalar por um canto de sereia televisivo e rancoroso.Seu retorno aos quadros do Partido dos Trabalhadores se faz urgente e necessário. Graças a sua tarefa árdua de administrar as finanças do maior partido de esquer-da da América Latina, ainda refém de uma legislação eleitoral elitista e tradicional, pudemos promover em-bates sistemáticos com a direita nos quatro cantos do nosso imenso país, um enfrentamento que desalinhou a oposição e por isso sua ira voltou-se violentamente con-tra nós e, em específico, contra o companheiro, a fim de nos deter. Algo que felizmente não se concretizou, pois nossa tenacidade, tão bem expressa em sua militância, reagiu com a firmeza e dignidade que nos caracterizam. Nesse sentido, asseguramos-lhe que sua defesa e a discussão política sobre sua volta ao PT serão feitas no Maranhão, seja através de plenárias, encontros e pelos meios de comunicação que atualmente dispomos. Esta-mos encaminhando essa discussão aos grupos virtuais que o PT e a CNB possuem aqui no Maranhão, além de publicar os textos referentes ao assunto no nosso Blog, que recentemente lançamos e o convidamos para aces-sar:http://construindoumnovomaranhao.blogspot.comEsperamos que mais essa batalha seja vencida e presta-mos toda nossa solidariedade e apoio para o êxito dessa empreitada importante para a consolidação dos nossos princípios políticos e partidários”!

Saudações petistas,Washington Luiz – Deputado Federal PT/MA

“Monica,Encaminhei o abaixo assinado para o fax do PT em BSB, aos cuidados de Berzoini, poderia ter sido melhor mas tive alguns contratempos.Estarei na reunião do DN para dar toda a nossa força”.

Um abraço,Zenaide

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“Carissíma companheira Ludmilla bom dia, nunca tive nem um problema de ordem pessoal com o compa-nheiro Delubio e o conheço desde quando era o tesoureiro nacional da Central Única dos Trabalhadores CUT, se por acaso tivemos problemas foi de ordem estritamente política, mas nem por isto se justifica que se o mesmo pede seu reingresso ao partido é por que reconhece no Partido dos Trabalhadores o seu partido, e por que não o trazê-lo de volta aos quadros de base do partido? Será que temos medo do mesmo ao rein-gressar em nosso quadros e possa em muito breve se recompor em postos de direção se é que é isto, isto só vem a nos demonstrar de sua capacidade de articula-ção e nós precisamos de pessoas desta capacidade, por isto enquanto membro da atual direção nacional do partido e militante do movimento popular não tenho por que me opor ao seu reingresso a estas fileiras.Se tivermos que fazermos um fuzilamento a qualquer um de nossos companheiros e companheiras o faremos mas será nós militantes que ao longo destes 30 anos é que carregamos este partido e não esta burguesia que em nenhum momento teve qual quer tipo de contribuição na construção deste instrumento da classe proletária, não posso concordar com quem hoje teme pelo reingresso de qual quer um d@s companheir@s militantes e dirigentes que foram sacrificados em nome da democracia burguesa, enquanto isto eles cometem dos mais altos crimes contra a humanidade e perma-necem por ai as soltas por conta de que quem decide não somos nós os trabalhadores e sim esta meia dúzia de juízes que estão sempre tendo os seus nomes meti-dos no lamaçal da corrupção, que seja muito bem vindo o companheiro Delubio Soares e depois se tivermos que fazermos este debate que faremos internamente, mas nós e nunca eles que os julguem primeiro os seus detonadores de nossos direitos. Abraços”.

Gegê CMP - Central de Movimentos Populares

“Caro Delúbio.Sabes que podes contar com a gente aqui em Floripa.Por enquanto, um grande abraço”.

Edson Araujo

“Prezado DelúbioPode contar com todo o meu modesto, mas sincero e contundente apoio.Força para continuar a caminhada!Abraço”,

ArthurFlorianópolis/SC

“Bom dia, Delúbio!Pode contar comigo nesta empreitada, caso eu posso ajudar estou à sua disposição”.Abraços!!!

Sudário Silvério de SouzaECT/DFBAN/GECOF/DR/GO

FRENTE RODOVIARIA INDEPENDENTE - ESPÍRITO SANTO

Vitória, 22 de abril de 2009.

Prezado companheiro Delúbio,Vimos pelo presente confirmar nosso endereco eletrôni-co (e-mail) pelo qual manteremos contato e troca de correspondências oficiais entre a FRENTE RODOVIÁRIA INDEPENDENTE e todas as entidades de classe, além de todas as instituições ligadas direta e/ou indiretamente aos interesses da categoria dos rodoviários, bem como a CUT e a CNTT.Aproveitamos para agradecer a maravilhosa oportuni-dade que nos foi dada de participar, com esse Compa-nheiro, do VII Congresso da CNTT, onde pudemos efe-tivamente contribuir para a reeleição do companheiro Paulo João Estausia ao cargo de Presidente da CNTT, o que representa para nós motivo de grande avanço político e social para os trabalhadores da categoria.Tal encontro serviu ainda de grande motivação para a nova empreitada que nos aguarda em nosso Estado, qual seja, a nossa ascensão à diretoria do SINDIRO-DOVIÁRIOS-ES. Para tanto, contamos impreterivelmente com o efetivo apoio desse Companheiro.No tocante ao seu pedido de apoio político e inter-venção perante o Diretório Nacional do PT em nosso Espírito Santo, fique tranquilo que todo o possível está sendo e será feito.Colocando-nos ao inteiro dispor, subscrevemo-nos,

Atenciosamente,Eudes Elias Alves Furtado e Luiz Monteiro

“Caro Companheiro Delúbio, segue anexo texto de manifesto a sua volta ao Partido dos Trabalhadores.Estamos juntos nessa sua luta para o que der e vier.Um grande abraço”.

André Luiz da Silva

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“Companheiros e Companheiras,Eu apoio a volta de Delubio Soares ao PT. Não somente sua volta como também a reparação de um erro ab-surdo que o partido cometeu ao se deixar pautar poruma mídia golpista e preconceituosa. Foi constrangedor assistir a dirigentes do PT fazendo coro com articulistas de jornalecos onde a intenção de fundo era atingir o governo LULA. Delubio é um quadro político, um ser humano passível de erros como todos nós. Sua volta ao PT demonstra nossa solidariedade e nosso respeito”.

Jose Zunga

“rapaz, tu tá bem na fita. não tenho tanto apoio assim nem aqui em casa...boa luta, boa sorte.abração”,

ricardo kotscho

“Olá Delúbio,É a Ana Paula, filha de Rangel,Tudo bem? Estou es-crevendo para enviar meu e-mail, aproveito para dizer que estou torcendo por você”.

Saudações,Ana Paula Rangel

“Muito bem, Parahyba, estou com você. Acho e acredito que Delubio pode e deve contribuir em muito com luta e com o rumo que queremos dar a este Partido que foi ungido na luta dos trabalhadores, dos intelectuais, dos socialistas, daqueles que desejam uma sociedade mais justa. Um grande viva a todos que acreditam em Delúbio”.

Abraços,Ailtamar Carlos

“Companheiro Delúbio,Segue cópia de uma carta que estou enviando ao Frei Anastácio. É uma modesta e honesta contribuição para todos os membros do DN.Fraternalmente”,

Luiz Henrique Parahyba

“Caro Delubio, conte comigo, como está o corpo a corpo no PT, qualquer estou a postos”.

Marcelo SouzaMilitante do PT

A volta de Delúbio é mais do que justa!

Carlos Soares, o pouco tempo que convivo com vocês, o julgamento do Delubio e sua volta ao PT é mais que justa, devido sua trajetória, o seu trabalho, de cresci-mento, de todo seu trabalho e sua vida! Se voltamos ao passado da vida política brasileira, você encontrará mensalões implantadados pelo peleguismo de Getulio Vargas e pelo PTB de Vargas e de sua filha Alzirinha. Alias, o povo brasileiro em geral tem agradecer ao Delubio Soares, forma transparência como mostrou a realidade da política praticada pelos nossos deputado, que são moscas de vestais, atrás de dinheiro,pior que puta de zbm,.Voltamos o mais recente, o Sergio Mota no Ministério da Comunicaçao, na paginas amarelas da revista veja, ele foi bastante objetivo para apro-var qualquer projeto no congresso tem um custo; e ninguem contestou ele na época. Porque na verdade o PT é bom partido, eu como simpatizante, e tendo votado varias vezes no Lula para presidente. O PT jamais deveria ter de expulsado o Delubio do partido, foi um grande erro; e hoje o Delubio quer voltar para o PT, que humildemente pediu a sua volta, e com cora-gem, e resignação de sua fé , o PT tem obrigação de recebê-lolo de braços abertos! Delubio, nunca falou mal do PT, divergência de pensamentos, isto é normal, a qualquer pessoa de bom senso! Recentemente vi que o Darci Acorsi, voltou ao partido ele sim foi preju-dicial ao partido do PT, denegriu a imagem do partido, e agora foi preso, e ficou quarenta e poucos dias na policia federal no rio e se diz inocente! É hora do PT nacional, refletir e corrigir a injustiça que fizeram com Delubio Soares! Delubio Soares, não será prejudicial à candidatura da Dilma a presidência, muito pelo con-trario, será mais somataria a candidatura de Dilma.Que muito, do Lula lançá-la a presidência, eu tinha feito dela minha candidata a presidência, mas eu sou o lula, sou simples mortal, anônimo, pelo Brasil a fora, só que falo tudo penso e conscientemente , falo e divulgo e quero. Peço na reunião do dia 8, dia das mães, que o PT nacional de um presente a mãe do Delubio, a sua volta ao PT, que até ela pagou um , quando muita gente não sabe respeitar a vida intima das pessoas, não sabe separar o que publica e a vida pessoa, de cada cidadão. Rogo a Deus que ilumine o PTnacional e suas cabeças pensantes com sabedoria e justiça, traga o Delubio ofi-cialmente, de volta ao PT, de onde o seu espírito nunca afastou do PT..

SaudaçoesClaudio Mendes

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Companheiros do Diretório Nacional,Nos próximos dias o PT vai decidir sobre a volta de Delúbio Soares para o partido.Você sabe, ele é meu irmão e isso já seria suficiente para eu defender que lhe seja feita justiça, depois de 3 anos de exílio involuntário. Mas o faço também como militante petista. Delúbio ajudou a fundar o nosso partido, trabalhou motivadamente para que ele fincasse raízes na democracia brasileira, como o fez, e foi um dos construtores da vitoriosa campanha que co-locou Lula na Presidência, para o bem do Brasil. Delúbio tem muito ainda a contribuir com o País e com o PT, e seu retorno é justo e merecido. Pessoalmente, tenho admiração e respeito pelo Delúbio que me fazem ver nele um companheiro essencial para a causa petista. Eu e a Janete (que foi aluna dele no Colégio Lyceu), e mais o Gabriel, meu filho de 4 anos que não por acaso é seu afilhado, torcemos muito por seu sucesso, por sua felicidade e pelo bem do PT e do Brasil. Lembro que em 1979, Delúbio era dirigente do CPG e me trouxe para Goiânia. Fez o mesmo com a minha irmã Delma em 1985. Nos trouxe para morar com ele, possibilitando a conclusão de nossos estudos. Por causa disso, hoje sou formado em Administração Pública e minha Irmã em Geografia.Outra lembrança que tenho e que dá a dimensão do que é capaz este meu amigo e irmão. Em 1992, tive um acidente de carro, fraturando a segunda cervical da coluna. O tratamento foi a colocação de um aro de ferro na minha cabeça, que foi fixado por parafusos, para a colocação de tração com pesos para a minha recupera-ção. E aí entra o Delúbio, pois quando passou a anest-esia, ele ficou comigo 20 horas no hospital. Eu queria ti-rar na marra os aparelhos e pedia para morrer a todo o momento, pois a dor era insuportável. E ele ali, do meu lado. São coisas que não posso esquecer. Assim como acredito que os petistas não podem esquecer o trabalho de Delúbio. Repito: por uma questão de justiça.E justamente por ter a medida exata do tipo de homem, cidadão, companheiro, amigo, irmão que Delúbio é, é que venho te pedir empenho para fazer da volta do Delúbio o triunfo da verdade, da lealdade, do compan-heirismo, enfim, das bandeiras do PT.Conto com você.

Abraço,Carlos Soares.

“Acho que delúbio deve voltar para o PT sim! O que ele fez não foi nada de mais, os outros partidos fazem e com certeza pior. A diferença está em quem é dono da palavra, mídia, e que não suporta o brilho da estrela do PT, principalmente, do sucesso, inteligência e carisma de um simples operário! Lula subiu no poder, porém o poder não subiu nele!”

Guiomar Silva

“CARO COMPANHEIRO ESPERO QUE O DIRETORIO TE DEVOLVA AQUILO QUE NUNCA DEVERIA TER TE TIRA-DO, O SEU ESPAÇO E DIREITO POLITICO DENTRO DO PT”.

SAUDAÇÕES COMPANHEIRO LOURIVAL CASULA

1º VICE PRESIDENTE DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PT RJ

“SaudaçõesGostaria muito de estar contigo durante a reunião do Diretório Nacional, mas estou impossibilitado financei-ramente, saiba que estou rezando pelo nosso sucesso, até a vitoria”

Mariano

VAI VOLTAR SIM.“Bom dia companheiro,Estamos torcendo eu e Benildes por vc, não precisava nem dizer né. Boa sorte e a gente se vê em breve para vc tomar a nossa Cachaça 100 Cerimônia”.

Abraço,William Pereira

Farmacêutico/Apoio Técnico

“”Apóio o retorno do companheiro Delúbio ao Partido dos Trabalhadores pela sua história e compromisso com a luta da classe trabalhadora.””Saudações cutistas,

Paulo João Estausia, presidente da CNTT-CUT e do Sindicato dos Rodoviários

de Sorocaba e Regiãoe

Fabiana Caramezassessoria de imprensa

Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região

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Volte companheiro!Recife (PE), 05 de maio de 2009 - 17:36 horas Delubio, você tem que voltar é uma questão de honra para mim, e sei para muitos e muitas militantes filiados e filiadas do Partido dos Trabalhadores o PT. Aqui no Recife e em todo Pernambuco conte com este pequeno companheiro de lutas.Saudações Petitas!E até o retorno, breve.Um abraço do companheiro,

Everaldo Lopes Vieira - UL - Fundador do PT em Recife - Pernambuco

Diretor do SINDPD-PE filiado a CUT e Fenadados

Carissima Denise concordo com tudo o que voce disse, quando Delubio esteve em Manaus reunido conosco, tive a oportunidade de dizer o que penso sobre este epi-sodio, sobre o que uma geração de companheiros(as) tiveram que fazer para que hoje o Pais estejam bem e muitas pessoas também, nao vou a reuniao do DN,sou suplente NAO FUI CONVOCADA, neste dia sexta feira, estarei no município de Itacoatiara, pois, estou na re-presentaçao do Municipio em Manaus, estamos com o municipio alagado, a Defesa Civil, e o Governo Estadual estarão fazendo uma ação nesse dia e eu estarei par-ticipando.Boa sorte ao DelubioDiga isso a ele

Gilza Batista PT/AM

URGENTE! SOLIDARIEDADE A DELÚBIO

“Caro e Caras,

Reafirmo formalmente o meu apoio ao teu retorno pela porta da frente ao PT em decorrência dos serviços prestados ao Partido durante o período em que ele mais cresceu politicamente, transformando-se em uma das principais forças responsáveis pela definição dos desti-nos deste nosso querido pais.Mesmo não estando a frente de nenhuma tarefa partidária neste momento, já estou mobilizando a militância nos espaços em que minha voz é ouvida para obtermos mais esta vitória no dia de amanha.Grande Abraço. Luzes e Força procê”.

Carlos Trindade

Cara Companheira Gilza;Delúbio é do PT e de nosso partido nunca deveria ter sido afastado.Foram anos e anos dedicados por ele à miltância, ob-jetivando a consolidação do maior partido de esquerda do mundo e da eleição do presidente Lula.É muito fácil para alguns: quando há avanços e con-quistas a responsabilidade é coletiva, mas quando há problemas internos a responsabilidade é imputada para um companheiro individualmente.Neste caso para agravar mais ainda a situação, Delúbio foi exposto aos abutres da mídia, sem fazermos o estratégico debate - e a disputa- do projeto classista que estava em jogo.Está mais do que na hora de termos Delúbio de volta aos fóruns do partido,dando continuidade a uma mili-tância interrompida injustamente. O retorno de Delúbio irá contribuir, e muito, com a atualização de nossa es-tratégia de crescimento partidário e de transformação da sociedade rumo a justiça e igualdade social.Conto com o seu voto favorável ao retorno do compa-nheiro Delúbio Soares na reunião do Diretório Nacional do PT.

Denise Motta DauAssistente Social

Filiada ao PT desde 1992, atualmente no Zonal da Vila Mariana.

Dirigente do Sindsaúde/SP - Sindicato dos Trabalha-dores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo.

Secretária Nacional de Organização da CUT

E aí companheiro... Como andam as coisas??? Eu sei falar de prognóstico nessa horanão é o melhor assunto...Dispenso comentário!! De qualquer forma quero desejar muita sorte e força para vc.Seja qual for o resultado a vida continua....

Abraços.Junior

”Dai ao Delúbio o que é do Delúbio, o lugar de onde nunca deveria ter saído. Ele é o cara. O cara que ajudou esse país a ser um país mais justo”

Ellcy Monlevar.Ellcy Monlevar, compositor ,

nascido em Itabira, MG

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Caríssimos (as),Quero parabenizar pela criação do Blog “”companhei-rodelubio””. Ele é um alento às nossas expectativas de contribuir com a volta do Delúbio ao PT.

DELÚBIO merece voltar ao PT! O PT está em suas entra-nhas, está na sua vida!!Está em seu comportamento sereno, solidário: dificil-mente alguém seguraria a barra que ele tem segurado. Não é justo que ele continue sendo penalizado com a sua desfiliação de um Partido a quem ele já deu provas suficientes que o defende em seu próprio prejuizo e a quem nunca desrespeitou.A sua volta é pedagógica: mostrará para milhões de pessoas que o PT não sucumbiu à pressão da mídia, que continua hostilizando o próprio Presidente Lula, mesmo com os milhões de votos que teve e os altos índices de aprovação. Que continua audacioso, sério e justo. A sua volta nos fará mais fortes para, inclusive, lutar por uma reforma polpçitica ampla.Está nas mãos de mulheres e homens do DN o destino do DELÚBIO e o destino de parte de nossos sonhos que este Partido nos fez sonhar e que vem nos impulsionan-do a lutar por um país democrático e justo!!!

Sandra Cabral

”Delúbio,Nunca convivemos e, portanto não somos amigos. Somos militantes do Partido dos Trabalhadores. Penso que você não traiu o Partido ou seus companheiros com atitudes de se locupletar. Você é um homem forte que suportou as mais duras agressões ao Partido, sem perder a esperança e o sonho de construçãouma sociedade fraterna. Por isso creio que seu compro-misso com as lutas históricas do povo brasileiro, que nos inspiraram a criar o Partido dosTrabalhadores é inabalável. Sua refiliação aponta na direção da justiça, dos valores do humanismo, do com-panheirismo e da reafirmação da nossa luta porum Brasil, mais justo e solidário. Como fundador do Partido dos Trabalhadores, quero dizer que se depen-desse do meu voto seu reingresso já estaria assegu-rado”.

Eloi Ferreira de Araujo – militante do PT do Rio de Janeiro

”Companheiro Delúbio,Você não poupou esforços para contribuir com a visi-bilidade e estruturação da Secretaria de Combate ao Racismo do nosso Partido.O DN tem que fazer justiça!!! Você sempre defendeu o PT e sempre nos honrou!”

Ianê Germano - Militante do PT do RJ e do Coletivo de Combate ao Racismo do PT

Cara companheira Sandra,Apesar da Rita Evaristo ter me falado como estou em constantes viagens e com pouco tempo para a militân-cia não pude assinar o manifesto, mas não posso deixar de me manifestar no sentido de defender o retorno docompanheiro Delubio ao PT, se os acertos são coletivos, os erros ,se houve, também o são.Como dizia meu pai ,na vida as duas únicas coisas que são imperdoáveis são a Traição dos amigos e a falta de solidariedade dos amigos quando estamos por baixo, destas duas questões o Companheiro Delubio não pa-dece nem eu.Sou a favor da volta formal do companheiro pois tenho certeza que na verdade no intimo ele nunca saiu do PT.Dê um abraço no companheiro.

Eduardo Armond PT/MG

Estimado Delúbio,Desejo-lhe toda a sorte!!!Assim, como você sempre diz: “”Me coloque nas suas orações!””. Tenho feito isto, sinceramente, pela sua vitória, pela vitória da justiça!

Forte abraço,Vivian

Companheiro:Parabéns pela recente decisão do Supremo.Você colheu mais uma pequena vitoria. Que elas se somem e fiquem cada vez maiores.

Junior

Delúbio,O discurso foi ótimo perante a situação. Porém, Eu estava confiante que iriam aceitar o seu retorno ao PT, neste momento. Mas não esperava por esta ”decisão”.

Um abraço,Fátima

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Arquivada denúncia contra Delúbio Decisão em processo relacionado a operação bancária foi estendida a José Genoino e Marcos ValérioBrasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem arquivar a denúncia aberta contra o ex- tesoureiro do PT Delúbio Soares por gestão fraudulenta, na ação penal que ele responde por suposta fraude nos empréstimos firmados entre o banco BMG e o PT. A decisão foi estendida a outros réus do processo que não faziam parte da diretoria do banco, entre eles o deputa-do José Genoino (PT-SP) e o empresário Marcos Valério. A ação é um desdobramento do processo principal do escândalo do mensalão, que investiga a suposta com-pra de votos de parlamentares. O ex-tesoureiro ainda continua respondendo ao crime de falsidade ideológica nesse processo.A ação penal do mensalão foi aberta em agosto de 2007, quando o plenário do STF recebeu a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, contra os 40 acusados de envolvimento no caso. Delúbio foi expulso do PT após o escândalo do men-salão – atualmente o ex-dirigente articula seu retorno ao partido.A decisão de ontem do STF pode facilitar a refiliação do ex-petista. Integrantes do PT dizem acreditar que a leg-enda vai avalizar o retorno de Delúbio com o argumen-to de que o Supremo já vê indícios da sua inocência no episódio do mensalão. Oficialmente, os petistas man-têm o discurso de que a decisão do STF não vai interferir diretamente no julgamento de Delúbio. (Folhapress)

JUSTIÇA “COMPANHEIRO DELUBIO, A PRIMEIRA JUSTIÇA JÁ FOI FEITA. ESTOU SATISFEITO COM DECISÃO DO STF EM ABSOLVE-LO. COM FÉ EM DEUS AS OUTRAS VIRÃO.FELICIDADE.WAGNER”

Wagner Percurssor Campos

SentimentosSaudações petistas,Só agora liguei o computador e vi as noticias, estou triste meu amigo, não só pelo que isso significa para voce, mas também pelo que o ato hoje novamente repetido significa, a onda moralista não ajuda em nada nossa vida politica e a politica dos trabalhadores, espero que Deus e o apoio dos seus familiares continue a lhe dar tranquilidade para serenamente continuar sua luta e seus sonhos, um abraço fraterno desse seu sempre soldado, até a Vitória.

Mariano Cabreira

“A fala de Delúbio me conforta, mas penso que a retirada de pauta do DN seja apenas um breve re-cuo. Muitos companheiros do DN tem que parar com o discurso de mulher e/ ou homem traído. Muitos que condenam o Delúbio, na hora que o PT mais precisou deles, viraram a costa e agora vem com o argumento de que a volta do Delúbio ao PT vai prejudicar a campanha da Dilma e levar o partido a ocupar as capas de jornais e revistas de forma negativa. Não sejamos hipócritas. O PT vai estar negativamente na mídia com o sem Delúbio. Procurem a revista Veja desta semana e veja a capa. Isso só demonstra que independentemente de Delúbio o pau vai comer e nós já estamos preparados p/ fazer o enfrentamento.Vou com Delúbio até o fim. Sempre lutei contra in-justiça. Essa, é só mais uma”.

Benildes Rodrigues

VAI VOLTAR SIM. “Companheiro e amigo Delúbio, pois se é amigo de minha esposa é meu amigo também.Apoio junto com a Benildes, mas tem gente que ta con-tra que só pensa em projeto pessoal.Na próxima a gente vira o jogo.Abraço”,

William PereiraFarmacêutico/Apoio Técnico

Parabéns! Só falta uma coisa....Seu discurso foi excelente, correto na defesa do finan- ciamento público, tudo na dose certa. Só falta começar a colocar que “”as acusações são em função do proces-so que levou milhares de famílias a saírem da miséria e outros tantos milhares migrarem para a classe média, à redução da mortalidade infantil e à libertação do Brasil da ditadura do FMI””... Faria tudo de novo.Aliar sua imagem aos méritos do governo Lula é legítimo e o fará angariar apoio entre as camadas mais baixas da população.

Míriam Moraes

Meu querido Delúbio,Você é uma pessoa pelo qual tenho muito orgulho, admiração e respeito. Tenha certeza que o Partido dos Trabalhadores está perdendo um grande homem. Um forte abraço,

Eristela Feitoza

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DELÚBIO“É por essas e outras que tenho vontade de me desfiliar do PT, não fazer parte disso.Delúbio nega, mas é vítima sim. Vítima dos seus próprios “”companheiros”” e não da Grande mídia, que dessa, somos todos vítimas, não só ele.Delúbio é vítima da covardia, do oportunismo, da medio-cridade e principalmente da falta de solidarie-dade de “”companheiros”” que não tem nada de com-panheiros. Deus me livre desses “”companheiros”” de merda é o que eles são. Hoje, os colunistas da “”grande mídia”” vão comemo-rar. Venceram!!! Hoje, eu fico com vergonha de ser petista.

Dani Tristão

Prezados amigosTodos sabem que NÃO sou PETISTA. Agora todos sabem o PORQUÊ...

AbraçosCastor

DELÚBIOA coisa é muito estranha, o Companheiro Delubio é in-discutivelmente um dos grandes quadros da luta pelas desigualdades que eu conheço, umcompanheirão na CUT um gigante no PT, homem que assumiu responsabilidades por erros coletivos, se é que houve erros, e agora os ditos compan-heiros do DN?, vacilam pressionados por essa mídia maléfica,levando-o a mais uma atitude de lealdade, coragem e desprendimento que lhe é peculiar. Eu lamento pelos nossos dirigentes, frágeis quando pres-sionado pelo PIG.

Paulo Roberto Pereira Gomes

COMPANHEIRO Delúbio,Receba nossa SOLIDARIEDADE e nossos abraços; meu, de minha famíia, dos nossos Companheiros(as) de Valparaíso.Estamos no aguardo de um novo momento para dis-cutirmos o futuro próximo.Conte com a gente.

Abraços fraternos,Arquicelso Bites

Não deve ter sido fácil; Um abraço,

Gadelha

“Olá Delúbio,Você sabe que sempre tem meu apoio.abraços”,

Rose OliveiraSindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo,

Osasco e Região - CUT

RETORNO AO PTDelubio, nós que o conhecemos, sempre estivemos do seu lado porque sabemos do seu valor, da sua luta, da sua integridade. Minha admiração por você triplicou diante da sua postura hoje, na discussão do seu retorno ao PT, perante seus companheiros de Partido, princi-palmente daqueles que, no meu entender, não agiram com justiça, mas por conveniência política, Sua atitude e seu discurso são um exemplo dessa gran-deza de caráter que nós conhecemos.

Um grande abraço.

Diva Valente

SolidariedadeCaro amigo,Aqui a distância e fora do centro do debate só me resta a indignação.Receba a nossa solidariedade e um forte abraço. Ficamos contentes com tua coragem e determinação.A luta continua.....Bjs, pra Mônica

Jorge Lorenzetti e familia.

Companheiro Delúbio, PARABÉNS pela sua fala, que eu sei que é exatamente o que representa você! Estamos com você até o fim, para o que der e vier! Estamos te esperando em Sampa.

Um forte abraço,Lupa Valente

“Sou, incondicionalmente, solidária à vocês. Em todos os momentos de nossas vidas!Queridos Delúbio e Mônica, vocês me emocionam!Gostaria imensamente de encontrá-los em breve. Aguardarei com ansiedade um contato de vocês”.

Um grande abraço,Margarete

CUT Nacional

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“Companheiro,A companheira Layse me enviou a carta que voce leu no DN. Quero parabenizar pela construção dessa carta. Fico no aguardo dos próximos passos.Você não será mas candidato em 2010”?

Janeayre Souto PT/RN

“Bom Dia companheiro e conterrâneo!Estamos torcendo para que você consiga o retorno ao partido e seja nosso deputado federal agora e governa-dor daqui cinco anos!Goias precisa crescer em dimensão nacional!Acompanhei seu trabalho em São Paulo, sua simpli-cidade e humildade e lealdade, e penso que é uma injustiça a sua cassação politica branca.Abraços”,

Delucia Narciso,produtora cultural

Guerreiros de luz Delúbio,Receba o meu carinho ...Trata-se de uma canção do período medieval acerca de um dos princípios do código cavalheiresco de honra.A ilustração foi extraída da obra de Joseph Romaguera, poeta espanhol do século XVII.

Neuma

Concordo com você.O Delúbio enfrentou o furação midiático e demoníaco com a maior dignidade,em nenhum momento traiu suas convicções político ideológicas.Ele vai voltar ao nosso partido, do qual só saiu formal-mente; ele sempre será nosso companheiro.Um abraço

Ana

Conte sempre com os companheiros da Paraíba.E continuo afirmando (como disse na reunião do DR PT PB): “”...negar Delubio é negar minha história no PT””.

Abraço.

Jackson Macêdo

Queridos amigos: pretendia escrever-lhes uma men-sagem. mas, depois que vi a que o ricardo kotscho escreveu em seu blog (o gesto de grandeza de delúbio) senti-me impotente, pois não teria a mesma capacidade e competência que ele teve para expressar o que senti. por isso, faço minhas as palavras dele... abraços, rainho

JOSÉ ALVES DA SILVA ([email protected] )

“Delubio, tudo bem?Gostaria de ter falado com você mas como não tenho seu telefone não foi possivel, gostaria de transmitir a você o meu descontentamento com a covardia politica do DN de meu partido, falei com você certa vez, tinha tomado uns wisque, mais a afirmação está de pé, caso queira se candidatar no Goias pode escolher o partido meu apoio você tem. Infelizmente não será pelo PT, isso não tem problema pois entendo que o que vale é a causa e isso você demonstrou inquestionavelmente a sua responsabilidade com ela. Cada vez que você perde uma votação dentro do PT eu fico triste em contra partida aumenta a minha admiração por você que se recusa a se utilizar de métodos que com certeza aumen-taria suas chances de vencer.Grande abraço”.

Companheiro Delúbio,conte sempre conosco . A vitória? é CERTA! o tempo? é um detalhe. Pense nisso.

Humberto e Eva - Cidade Ocidental

“Valeu Delúbio!!!Suas palavras me emocionou, é isso aí companheiro: A LUTA CONTINUA.Sinto-me na trincheira dos que acreditam na existência de dois projetos antagônicos para o Brasil. Nós Petistas, somos o Projeto da transformação, somos os da linha de frente que a qualquer momento poder ser dragado pela onda nefasta dos que desejam o retorno ao Poder.Ainda estamos nas batalhas, portanto, podemos ganhar ou perder, o nosso foco é vencer a Guerra e implantar a democracia no nosso país”. Estamos contigo!!!

Aldinha Sena Vice Presidente PT/BA

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“Tenho acompanhado o seu blog todos os Dias. Achei interessante a idéia pois é um passo de aproximação de vc das pessoas, amigos, colegas, admirados e todos os chatos de plantão.Li o seu discurso e como sempre acho que vc é um cara de muita coragem, etica e sabedoria. Conhece bem o tabuleiro do xadrez da vida”.

Beijos e Abraços Waldiane

Companheiro Delúbio,Sinto cada vez mais que estou no caminho certo. Um camin-ho que como vc mesmo disse foi iniciado por vc e por muitos outros! Afinal em 1980 eu nem sequer havia nascido.Hoje enquanto militante do Partido dos Trabalhadores e Dirigente Sindical Cutista, fico constrangida com a posição de companheiros e companheiras petistas, que se auto denominam Socialistas!Qual é o mundo que queremos??? Um mundo onde nossos companheiros são jogados aos “”leões””??? Onde quando nos interessa os colocamos em cargos estratégicos e quando já cumpriram suas tarefas são descartados???Não este não é o mundo que desejo. Desejo uma socie-dade mais justa e igualitária a todos e todas! Para isso temos que começar cuidando dos nossos projetos, dos nossos companheiros e companheiras, como você fez e ainda faz!Lamento profundamente pela postura de nosso Partido ou melhor dizendo desses que hoje nos representam!Continue contando comigo, você a a Monica, pessoa por quem tenho uma enorme admiração e respeito!Saudações Cutistas!

Silvinha RezendeConselheira Estadual da ApeoespColetivo Estadual da

Juventude da CUT / SP

“Delubio,quero lhe falar que esperava um outro desfecho para o seu pedido ao PT e também que fiquei emocionada com o seu discurso, cujo conteúdo enobrece ainda mais a pessoa que você é e representa a mim e a muitos. Não preciso falar da minha admiração nem tampouco do que desejo a você. Conte comigo sempre que necessário. Se não posso ajudá-lo na prática, tenha certeza de que o faço e farei espiritualmente”.

Um grande beijo,Solange

Delúbio,Das poucas coisas que devemos lembrar do desastroso Governo Collor, uma frase, apenas uma das muitas por elle divulgadas, torna-se presente e oportuna ao mo-mento por que passa o ilustre amigo: “”O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO””.Não se deixe quedar nessa sua luta. Você, pelos seus atos, demonstrou ser bem mais grandioso do que os inúmeros “”companheiros”” que o rejeitou, e que, sob o argumento da existência de um “”projeto maior””, não se importaram com o mal que estão lhe causando.A esses “”companheiros”” oportunistas, dedico também uma frase da lavra de um dos maiores estadistas que a humanidade já conheceu: John F. Kennedy:“”Não fortalecerás um fraco, enfraquecendo um forte””.Porisso amigo Delúbio, deixe o PT continuar com a pequenez de seus membros, porque, a você, a história já reservou o seu lugar.Um fraternal abraço,

Do amigoPaulo Viana

“Caro amigo.A luta continua e prosseguimos nela. Não tivemos oportunidade de conversar pessoalmente sobre os de-talhes que te motivaram a retirar o pedido de refiliacão. Quando voltar, faremos isto.No entanto, creio que as pessoas mais simples que te apoiaram precisam de uma explicacão melhor do que o discurso (que aliás é muito bom) para entender o que aconteceu”.

Um abraco.Kjeld

Meu companheiro, eu já tinha lido no dia seguinte. Conciso, objetivo e direto na veia. Pode contar comigo!!!

Saudações,Orlando Cezar

Companheiro Delubio,Parabenizo pelo seu posicionamento diante deste momento que com firmeza dá exemplo de compromisso com a luta do povo do Brasil, companheiro conte com o nosso apoio na sua caminhada.

Leontino Pereira de Sousa Secretário de Finanças do DR Tocantins.

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Meu caro,O gesto do Delubio demonstra que em certo sentido e em alguns momentos somos como aquela musica que a Elis Regina gravou magistralmente:- já faz tempo eu vi voce na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida, na parede da memória esse é o quadro que doi mais........ “”e apesar de tudo o que vivemos, ainda somos os mes-mos e vivemos como os nossos pais”” . Vamos corrigir mais adiante, com fé em Deus.

Emerson.

O gesto deUma reflexão sobre a mesma incorrência!Companheirada Segue uma reflexão sobre o infatigável Delubio Soares. Mas antecipo as minhas desculpas pelo envio repetido dessa mensagem a muitos companheiros mesmo que sejam acompanhadas dos meus Abraços fortes, carinhosos e lentos

Pádua Maia,

Delúbio não conheço você pessoalmente, quem falava muito de você era um companheiro meu lá pela 2ª metade da década de 80. Nós pertencíamos ao mesmo grupamento político, ele era membro da Executiva da CUT no Rio de Janeiro e membro da CUT nacional o nome dele é Walter Mendes (foi Secretário Geral no Sindicato dos Médicos do RJ), faz muito tempo que eu não tenho notícia dele. Fiquei muito impressionado com o documento que você leu recentemente na reunião do Diretório Nacional do PT, acredito que tudo que está contido nele seja verdadeiro e assim sendo sou-lhe totalmente solidário.

Atenciosamente,Rudenilson Antonio Andrade Costa

“Caro amigo, A confiança e a certeza de sua idoneidade nos fez apoiá-lo desde o início. Com certeza os caminhos daqui para frente serão menos espinhosos. Um fraternal abraço”,

Roberto Casseb

Delúbio,Conte conosco! Sempre!!!Abraços,

Vânia Viana

DELÚBIO MOSTRA MAIS UMA VEZ SUA FIDELIDADE AO PT.“Amigo Delúbio, estava recolhido me preparando para a cirurgia da obesidade e com os afazeres do trabalho, estou afastado desde o dia 01-05-2009, já fiz a cirurgia e tudo bem comigo. Hoje recebi a notícia do movimento que fizestes, resolvi escrever algo amigo. Conte comigp e com aqueles que me dão alguma audiência para o que der e vier. Estou à sua disposição.

Deixei a seguinte mensagem no orkut:

“”*A direita e a esquerda hipócrita mais uma vez te botaram no centro do palco.De um lado os que tentam te crimanalizar por teres ajudado a viabilizar a maior transformaão da história republicana deste país: LULA PRESIDENTE!.Do mesmo lado, porém tenando não se misturar, a esquerda hipócrita, falso moralista, que faz um discurso da “”moralidade””, quando sabe como é o funciona-mento do sistema político brasileiro.NO MURO, os oportunistas de plantão, sempre preo-cupados em não serem expostos a declarar posição e a dizer que teu pleito é extemporâneo. Usando legítimos argumentos de que isso poderia prejudicar as aprira-ções de continuarmos o projeto, em verdade se escon-dem para não entrar na trincheira e enfrentar a direita e os os inimigos do projeto democrático e popular.A teu lado Delúbio, sempre, aqueles que reconhecem a tua importância para o processo, que te admiram como cidadão e como militante. Para estes a batalha não ter-mina enquanto não reconquistares a cidadania petista que ajudastes a se estabelecer.

Um abraçoGeraldão- Presidente do PT-RN””

Um abraço, te aguardo em Natal para debatermos com a base petista que te admira.

Com meus cumprimentos,JOSÉ GERALDO PINTO

http://geraldaopt.blogspot.com/

AgradecimentoDelubio, Nós aqui no MS estamos a disposição, respeitamos profundamente VC e sua Historia ! Beijos

CNB / MSKelly Cristina

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Presidente Artur Henrique não conheço você mas venho lhe solicitar o endereço eletrônico do Delúbio Soares, acabo de ler e imprimir do JB Online, aqui no Rio de Janeiro, o discurso que ele, Delúbio, fez hoje na reunião do Diretório Nacional em Brasília, e fiquei muito impressionado, tentei achar pelo google se ele tinha algum blog ou endereço para eu expressar minha solidariedade à ele, mas não encontrei nenhum tipo de endereço,porem li no jornal que você defende aber-tamente a volta dele ao PT, por isso liguei para a CUT Nacional solicitando o e.mail da Presidência e estou lhe enviando esse pedido. Hoje em dia é muito fácil ser solidário com quem está por cima dificil é solidarizar-se com quem caiu em desgraça e muitos dos seus acusa-dores não tem moral e nem reputação ilibada para fazer tais acusações seja Intra-Partido ou Extra-Partido. Aproveito para informa-lo que não sou e nunca fui filiado ao PT nem próximo do mesmo e muito menos simpatizante, tenho a minha opção partidária a muito tempo, já fui um ativista sindical e no início da década de 90 fui Diretor de um Sindicato importantíssimo aqui no Rio de Janeiro e que ainda hoje representa um segui-mento muito forte da economia nacional.

Atenciosamente,Rudenilson Antonio Andrade Costa

Segunda-feira, 11 de Maio de 2009Lealdade Gostaria de ter um líder, um amigo e até mesmo um irmão como o Delúbio Soares. Porque o companhei-rismo, a fidelidade partidária e a lealdade pessoal nos enfrentamentos diários das ideologias por um mundo melhor, nesse caso o Brasil, são mais importantes e relevantes do que os erros que os homens podem cometer. E na vida o pior inimigo que podemos en-frentar é o interesse oculto de pessoas que julgamos ser amigas, mas que usam da mentira para conseguir o que elas querem. Vejo que o PT não merece contar com o histórico de um homem que dedicou toda a sua vida para engrandecê-lo e torná-lo vencedor. Não fique triste, Delúbio, o homem será sempre mais importante que qualquer partido político. Muito embora existam aqueles que pensam diferente e por isso são desleais. Homens como o senhor, eu tenho certeza, dão a volta por cima.

Michael Santos - Leitor via Diario da Manhã Online/GO

Manifesto meu total apoio à volta do Delúbio ao PT, que injustamente foi afastado.Os companheiros que sonhavam em mudar o mundo, agora vão ficar em cima do muro?

Silvina Paula Sonna

Sábado, 9 de Maio de 2009Prezado Companheiro Delúbio, Embora nunca tivesse vida partidária, sempre fui petis-ta, desde meu primeiro voto. Desde as eleições de 1989 acompanho o PT, suas lideranças, a estratégia eleitoral. E algumas vezes fui para as ruas de forma isolada pedir votos para o partido. Não poderia ser diferente, acompanhei sua trajetória e sua dedicação ao partido. Na crise de 2005, o se-nhor pagou um preço elevado, desproporcional. Pagou pelos pecados do nosso sistema político, e que nossos adversários não querem mudar. Sua coragem tanto em pleitar o retorno ao PT, como agora nessa carta de desistência é prova de seu caráter e compromisso partidário. Parabéns! Que continuamos a luta, na mesma trincheira. Um homem pode mudar, desde que continue no mesmo lado, fiel às suas convicções.

Abraço,Jefferson Milton Marinho

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Estimado Delubio: Durante os últimos anos, por razões profissionais, tive a oportunidade de me aproximar de você e aos poucos, me tornar seu amigo. Passei a conhecê-lo de perto e em razão disto, tenho razões de sobra para admirá-lo. Acompanhei, ao longo dos últimos meses, sua agradável e contagiante expectativa de retornar ao PT, sua maior paixão depois da admirável Monica..! Es-tava, pessoalmente, confiante em uma decisão que lhe fosse favorável no dia de hoje. Liguei pela manhã, para abraçá-lo e emprestar meu apoio, embora distante, na certeza que ao final do dia estaríamos comemo-rando o seu merecido retorno, o que lamentavelmente não ocorreu. São coisas da política, onde decisões penalizam poucos, em beneficio de interesses outros que não os partidários. Quero lhe mandar um grande abraço,cordial e amigo. parabenizá-lo pelo belo e firme pronunciamento de hoje, que bem retrata o Delúbio que conheço e admiro. Tenho certeza de que Monica e todos os seus amigos e admiradores estão mais uma vez orgulhosos de você. Bola pra frente !! A luta conti-nua !!!

Castellar Guimarães.Advogado

Estimado Companheiro Delúbio,Quero apresentar-lhe minha integral solidariedade. Lembro-lhe apenas, que somente aqueles que abraçam uma causa de transformação social e por ela dedicam sua vida, podem passar por momentos dolorosos como este e sair deles com coragem para continuar a luta. Não se deixe abater! Resista com a mesma bravura que vens demonstrando ao longo desse período de prova-ções. Tenha certeza que ao final, a verdade prevalecerá. Conte comigo sempre.

Um forte abraço,Deputado Nilson Mourão - PT / AC

Companheiros,

Como todos já devem saber, o companheiro Delúbio Soares está buscando a possibilidade de ter seu pedido de refiliação ao PT avaliado e votado pelo Diretório Nacional. Se você apóia Delúbio, participe do debate através de fóruns e comunidades do PT em redes sociais como o Orkut, e em jornais.

1-COMUNIDADE JUVENTUDE DO PT – TóPICO DE DIS-CUSSãO: PRESIDENTEDA CUT DEFENDE VOLTA DE DELúBIO AO PT http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=1784425&tid=5325656896580581805&start=1

2-COMUNIDADE ORGULHO DE SER PT – DELúBIO DEVE VOLTAR AO PT? http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=540056&tid=53149755744661

3-COMUNIDADE EU ADORO DEBATER POLíTICA http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=3293923

PRESIDENTE DA CUT DEFENDE RETORNO DE DELúBIO SOARES AO PT http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ul-t96u551769.shtml

PRESIDENTE DA CUT PEDE DELúBIO DE VOLTA AO PT http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/04/16/presi-dente-da-cut-pede-delubio-de-volta-ao-pt-755319525.asp

REVISTA éPOCA http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo2/Materia/exibir.ssp?materiaId=68901&secaoId=15223

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Apoio ao Delúbio

Vamos a Luta

Defender o companheiro Delúbio Soares é combate, é lutar contra os que tentaram acabar com a nossa raça, é nos reencontrarmos com nossa própria história. Delúbio Soares ficou marcado para a Juventude da Ar-ticulação Unidade na Luta do DF pela sua postura e seu compromisso com o Partido dos Trabalhadores, com seus amigos e companheiros de partido, com o presidente Lula e com o Brasil. É exatamente pela sua postura e compromisso que defendemos seu retorno ao partido.

Delúbio Soares sempre lutou pelo PT, a CUT, a Juven-tude, o Brasil e a esquerda. Delúbio sempre esteve deste lado da disputa de poder que vivemos na sociedade e por isso sempre teve contra si a imprensa burguesa e os arenistas, agora travestidos de DEMOcratas.

Sua expulsão dos nossos quadros ocorreu para satisfa-zer a sanha udenista tucano-pefelista. Foi um prêmio de consolação para aqueles que, na verdade, queriam atin-gir o Presidente Lula, o PT e toda a esquerda brasileira.

O companheiro Delúbio Soares é petista e não cremos que alguém duvide disso. Portanto, não devemos ter medo ou resistência de lutarmos pelos nossos. Delúbio Soares é nosso e deve voltar ao lugar de onde jamais deveria ter sido obrigado a sair.

Fernando Neto / Luiz Eduardo BragaCoordenação da Juventude da Articulação Unidade na

Luta PT/DF

Carta de Apoio

Sempre que encontrei o companheiro Delúbio nos encontros do PT, CUT, ou para tentar conciliar alguma categoria, e ele sempre se mostrou gentil, respeitoso e solidário para com seus parceiros, até mesmo com os seus detratores.

Portanto, Delúbio foi incapaz de maltratar ou difamar - até mesmo para se justificar - qualquer pessoa, sendo companheiro de partido ou não.

Ah! Companheiro só eu sei o quanto você suportou, o quanto seus familiares e amigos sofreram, o custo do seu isolamento, e o quanto soube carregar sua cruz.

Companheiro Delúbio, diante desses fatos é que venho requerer e manifestar meu apoio à sua reintegração ao partido dos trabalhadores.

Lula TorresFundador do PT/DF, CUT/DF E SINTTEL/DF

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Lembranças no esquecimento:De José Dirceu a Delubio Soares

O Ricardo Kotscho escreve comentando sobre o gesto de grandeza de Delúbio Soares na reunião do DN do PT. O seu texto deve ficar nas lembranças de todos! Não vou reproduzir para não me alongar. Como também não vou reproduzir o texto emocionante e emocionado do Delúbio! Mais não devemos esquecer. Provavel-mente sou hipócrita para lembrar isso. Mas ando tão esquecido...Tenho dó de mim!

Cada um dos textos é uma punhalada no meu co-ração petista. Vejo como sendo parte de uma ata à uma assembléia de ratos! Só falto chorar de tristeza quando leio e releio cada um. Mas aqui não tem tristeza alguma. Devido até a uma eternidade (ou interinidade, ou quem sabe serenidade, ou uma senilidade) política que ofende a todos nós. Ratos não somos, nenhum! Petistas é que somos! E se somos não devemos temer a hemorragia ou mesmo a amputação se isso leva de uma ferida a uma gangrena incurável(sic). Petista é que somos! Reafirmo e grito! Petista é que somos!

Mas a mim pareceu que o nosso Diretório Nacional se apequenou e preferiu sair ao naipe dos ministros do STF quando da cassação do José Dirceu e deram um resul-tado que NÃO DERAM para satisfazer a mídia ignara. E isso antes de satisfazer a qualquer um de nós. Lavaram as mãos repetindo Pilatos há quase 2000 anos! Um ab-surdo! E assim como “uma mão lava a outra e as duas é que lavam o rosto”. Lembram disso? O DN preferiu num túnel escuro ser uma luz pequena que só iluminasse a si, antes de tudo. E mesmo que, ávidos, quisessem toda essa pequena luz com um totem na entrada de Shagri-la. Lembram disso? Uma pena colossal se comparar! O nosso DN foi impotente demais e para não se fazer justiça! Não soube cuidar dos filiados, ao cerco... A desconfiança! Ou há desconfiança?

Desconfiança? Desconfiança sim! Ou então eu não acredito assim, que teve parlamentar do PT que votou pela cassação do José Dirceu no plenário da Câmara dos Deputados? Aquilo que muitos de nós fizemos as escondidas com José Dirceu (e com nos todos. Num auto flagelo) o DN foi capaz de fazer às claras com o Delubio (e com nos todos num outro flagelo). Mas foi? ... É só comparar.

Mas lembrem ainda que o bom e atual Karl Marx disse que a danada da história se repete às vezes como tragé-

dia e às vezes como farsa. E olhem que agora das duas, nenhuma serve para o nosso DN. Os companheiros do DN não se viram no espelho partidário, que o partido sempre apresenta a cada instante a cada um deles e a nós como sujeito histórico que eles são e que também somos. Objeto eles não são! Se não são, não poderiam ter agido assim!

Talvez o Ricardo Kotscho quisesse mesmo era dizer isso, assim: Gesto de profunda pequenez do Diretório Nacio-nal do PT impõe um derrota fragorosa ao preito de seu ex-dirigente. (Olha o grifo). Venhamos: o Ricardo Kos-tcho é o excelente jornalista que é; é multiplo: escritor, olho de águia, capaz de ver e de consagrar o visto e o não visto e de desbulhar um fato qualquer em conteúdo de qualidade visionária e no seu sentido exato além do seu próprio tempo. Um dirigente político! Mesmo não sendo da nossa direção partidária! Não joga palavra fora! Faz história esse Ricardo Kotscho! E um editori-alista como Kotscho não iria NUNCA optar por um título tão cheio de palavras como eu sugeri. Na sua sabedoria optou por O gesto de grandeza de Delúbio<http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/2009/05/12/o-gesto-de-grandeza-de-delubio-soares/> Soares.

Mas vejamos. Gesto de grandeza frente a quem? Quem então pelo contrário teve um gesto de que outro ta-manho? Mas o Ricardo Kostcho não quis dizer o queestava estampado no título que deu seu texto. Querem um outro exemplo: o saudoso Carlito Maia quando disse OPTEI sintetizou muito mais que uma própria sistematização de afirmar aquilo que as palavras dizem, mas não precisam de ser escritas. É uma codificação. Ele rescreveu a carta testamento do Delubio e mandou para o DN que me pareceu não querer lê-la ainda!

Mas no popular foi o que quis dizer o Ricardo Kotscho frente ao nosso DN: e o nosso DN não contente de pisar nos tomates, abacates e repolhos não votaram sobre isso, mas pisou na CEASA. Mas a carta do Ricardo Kostcho foi escrita depois da reunião do DN. Mas o DN talvez sabendo da ausência de Augusto Boal deram material para um Teatro dos Oprimidos, dos Ausentes, do Faz de Conta, do Homens, da Libertação entre outros teatros que penso não encenar. Mas que tem no espaço do DN personagens vivos dessa trama obsoleta! Ufa! Uma Ópera Tosca ao menos! Há quem chore com uma comédia se bem contada. Há quem chore com uma comédia se bem contada.(Essa ultima frase não está repetida. Essa segunda fraze é uma crueldade. Reinado Cruz dirá isso!)

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Mas há quem as precisam de dizer isso? É preciso!

Crueldade pouca é também sem tamanho e machuca!

E mais é preciso... Preciso dizer que o companheiro Delubio Soares é ainda um grande dirigente partidário. Deu um banho de grandeza em causa própria.Em causa própria não. Ora em causa própria, que é isso? Deu um banho de grandeza em NOSSA causa própria! Sim! Ele não tem culpa nenhuma de se mostrar dirigente que ainda é! Pela ausência dele ali naquele espaço medido ele reduziu os grandes dirigentes com assento no DN a uma mesmice aflorada pela ausência dele no próprio espaço que os outros não conseguem perceber mas se acham ameaçados. É muito bom ter-mos ainda milhares de Chicos Vigilantes, é muito bom ter milhares de Erikas Kokays, de Rejanes Pitangas, de Jacis Afonsos, de Gilmares Carneiros, de Paulos Okamo-tos. Ou mesmo esse Artur Henrique ou Rodrigo Britto. De gente se reproduzindo como gente do tempo da nossa luta, entre outros. De dezenas de Lulas: Quantos Lulas somos?Provavelmente somos muitos. Mas como eu digo: se não temos dois José Dirceu! Se não temos dois Delubio Soares...Quanta tragédia nisso! Meu Deus!

Que não me venham com flores!

E por isso que distribuem como exemplo a desconfi-ança! É que eu como todo dirigente político não posso vacilar, nem na hora de cometer um erro desse naipe. Nego-me a pensar que só existe inteligência boa no espaço que freqüento! Não! Homens é que somos! O nosso Diretório Nacional colocou a nossa história no saco. E nós outros de fora dele fazendo repercutir textos e mais texto como atas de uma assembléia de ratos. Ninguém, nenhum daqueles companheiros do DN reduzidos a ser a favor ou ser contra o preito de um “ex-dirigente” foi capaz, politicamente capaz de fazê-lo. Nem pela grandeza e nem pela pequenez de sê-lo dirigente político assim: DIRIGENTE POLÍTICO! Não deu resposta! Sucumbiu!

Provavelmente aqui nesse meu texto seja a minha oportunidade, o meu ato sincero de pedir perdão a Delúbio Soares pela minha omissão nesse caso que tem diversos parâmetros na história pelos tempos. Eu me acuso! Lembram? Eu dizia ao meu amigo Reinaldo Cruz quando ele me apresentou um Manifesto de Apoio a Delubio Soares. Eu disse ser contra a reintegração do companheiro por acreditar ser insuficiente a forma como ela se apresentava. A carta aberta do compa-nheiro Artur, presidente da CUT, em favor do Delúbio foi

insuficiente também. Só abria a justa reivindicação de um ex-filiado. Ponto!Não aprofundava a necessidade do existir da disciplina, justiça, democracia, papel militante, etc! Que na ver-dade foi escangalhada antes com a expulsão do Delubio com intuito de dar satisfação a mídia ignara. Jogava para debaixo do tapete do até quando.

O nosso DN não se vê como sujeito histórico ou mesmo como guardião dessa história. Nunca leram o frag-mento da carta de Lassalle a Marx escrita por Lenine no livro Que Fazer?

Por isso eu, por exemplo, não vejo essa grandeza toda! O Delubio Soares não me engana! Ricardo Kotscho não me engana! Companheiros do Diretório Nacional do meu partido não me enganam, mas tentam! E isso é inaceitável! Frente essa mediocridade é que edifica a grandeza do ato de Delúbio Soares? Não! Não e não. Ou será que o DN se imolou?

O Diretório Nacional do meu partido deu uma de se-riema. Meteu a cabeça por dentro de uma cova rasa e não conseguiu esconder a rudeza do seu ato e deixou o dorso nu a exposição para quem quiser passar a mão!E mostrou todo o seu receio sobre um critério de justiça que não tem e parece temer ter. O pior é que não quis assumir o seu papel de direção e continuou a dar satisfação à mídia hipócrita e sem valor de justiça nenhuma. Viveu o 8 de maio como uns guerreiros de um Exércíto de Brancaleone! Provavelmente não olhando para história não a percebe. Provavelmente não sabe a que se reduz se ela não reluz (Trocadilho inevitável e filho da puta!).

Por fim, o Diretório Nacional me trata de uma forma reduzida no meu valor quando trata um homem como DELÚBIO SOARES como um qualquer um. Se não dá importância política a ele por ser um expulsado deveria, por obrigação, me dar o devido valor como filiado e dentro dos direitos legais de filiado. Ou não! Diria o finado Pezão! Ex-companheiro desse mesmo partido! Assim a barca não vai! E eu fico pensando, contempla-tivo que Lula Presidente me basta. E não me basta!

Um abraço forte, carinhoso e lento doPádua Maia, 15.05.2009

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Companheiros do Delúbio Soares

José Dirceu - Militante do PT

Eduardo SuplicySenador do PT / SP

Arthur Hen rique - Presidente Nacional da CUT

Carlos Abicalil - Deputado Federal do PT / MT

José Mentor - Deputado Federal do PT / SP

Alberto Cantalice - Presidente do PT do RJ

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José Airton - Deputado Federal do PT / CearáAntônio Pitanga - Artista e militante

Sérgio Mamberti - Artista André Vargas - Deputado Federal do PT / PR

José Genoíno - Deputado Federal do PT / SP Chico Vigilante - Presidente do PT / DF

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Carlos Eduardo GabasMilitante do PT

Ricardo KotchoJornalista

João Paulo SilvaEx prefeito de Recife

Edson SantosMinistro da igualdade racial

Devanir RibeiroDeputado Federal do PT / SP

João FelicioSecretário Sindical do PT

e membro da direção nacional da CUT

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GandolaMilitante do PT - Presidente da Fenadados

Raul FilhoPrefeito de Palmas

Dalva Figueirado Deputada Fed. do PT / Amapá

José AméricoVereador do PT / SP

QuintinoDireção Nacional da CUT

Dep. PaulãoDeputado Estadual do PT / Alagoas

Conceição NascimentoMilitante do PT

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Jorge VianaEx Governador do Acre

Rui FalcãoDeputado Estadual do PT / SP

Perly CiprianoMilitante do ES

ZungaSindicalista do PT / DF

Fátima CleideSenadora do PT / RO

Angelo VanhoniDeputado Federal do PT / PR

Cida AbreuSecretária nacional de combate

ao racismo do PT

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QuaquáPrefeito de Maricá - RJ

Zeca do PTEx Governador do MS

FeijóDiretor Nacional da CUT

Eduardo ValverdeDeputado Federal do PT / Rondônia

DjalmaMilitante do PT

Paulo RochaDeputado Federal do PT / Pará

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Josias GomesDiretor do PT da Bahia

Gilberto PalmaresDeputado Estadual do PT / RJ

Geraldo SimõesDeputado Federal do PT / BA

Jacy AfonsoDiretor Nacional da CUT

Jacques PenaMilitante do PT do DF

João CoserPrefeito de Vitória

Paulo RangelDeputado Estadual do PT / BA

Jair MeneguelliMilitante do PT

João PedroSenador do Amazonas

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João Paulo CunhaDeputado Federal do PT / SP

Cândido VaccarezzaLíder do PT

Wilmar LacerdaDiretório Nacional do PT

José GuimarãesDeputado Federal do PT / Ceará

Paulo FrateschiExecutiva do PT Nacional

Ideli SalvattiSenadora de Santa Catarina

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Luiz SérgioDeputado Federal do PT / RJ

Washinton LuizDeputado Federal do PT /MA

Wellington DiasGovernador do Piauí

Lúcia ReisExecutiva nacional da CUT

VicentinhoDeputado Federal do PT / SP

Nilson MourãoDeputado Federal do PT / AC

Laisy MoriereSecretária Nacional de Mulheres

Marcelo

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Luiz Marinho - Prefeito de São Bernardo - SP

Élida e MichaelMilitantes do PT

Vander LoubetDeputado Federal do PT / MS

Antonio PalocciDeputado Federal do PT / SP

Paulo FerreiraComissáo Executiva Nacional

Luiz Cláudio MarcolinoPresidente do Sindicato dos Bancários

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Em memória de José Olívio

Escrito por Lula Miranda, Carta Maior 19/12/2008

Réquiem para um homem bom

José Olívio Miranda de Oliveira é mais um dos nossos que partiu. Era um homem “de esquerda” - na mais pura e honesta acepção dessa palavra. Ele era querido e adorado por muitos “apenas” por ser um homem bom, e essa é a mais perfeita síntese de tudo que ele fora: um homem bom, escreve Lula Miranda, economista de formação, poeta e cronista, mas sobretudo, como sempre foi [e com muito orgulho], “o irmão de Zé Olívio”. Artigo originalmente publicado na Agência Carta Maior.

Réquiem para um homem bom

Quem é este homem que ali jaz inerte, como que a descansar, confortavelmente, com seu semblante sereno, impávido mesmo após árdua batalha vida adentro, neste esquife de brilho gélido, impertinente, improvável?

Quem é (ou foi) aquele/este homem por quem tantos choraram (e ainda choram); aquele que recebe, em sua definitiva despedida, a visita reverente de centenas de ami-gos, muitos dos quais, como ele, homens de valor?

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Quem é/foi aquele homem que recebeu homenagens de autoridades (do presidente da República ao governador de seu estado natal); que seria homenageado em sessão na Assembléia Legislativa; que “ouviu” em sua repentina, imprevista, inadiável partida, discursos plenos em emoção e louvores à sua alma, à retidão de seu caráter. Palavras necessárias, imprescindíveis, mas que agora, ditas nesse derradeiro instante - não sei por quê? - soam tristes e tardias. Ali descansava um homem bom. E, naquele dia, todos estavam ali, contritos, mas inconformados, reunidos para o triste adeus.

Mas por que esse homem é/era tão amado e reverenciado assim e é, neste instante, pranteado e homenageado por tantos? Por que todos viriam a cantar, com repentino fervor cívico, o hino nacional em seu velório - seria ele, por acaso, um patriota?

Porque era um homem “de esquerda” - na mais pura e honesta acepção dessa pa-lavra/expressão? Porque era um homem generoso - que a todos atendia e ajudava? Porque foi excelente filho, bom pai e marido, amigo devotado de muitos? Porque foi um homem que lutou, por toda sua vida, pela “causa”; que dedicou praticamente todo seu talento e energia à luta por mais justiça e igualdade social em seu país? (E os que lutam por toda a vida, vale lembrar o clássico poema, são “os imprescindíveis”, como já nos ensinara Bertolt Brecht).

Porque foi um dos fundadores da CUT e do PT? Porque foi um dos precursores na luta em favor do homem do campo? Porque era um homem de elevado saber e que colo-cava toda a sua rica e extensa bagagem, sempre com admirável humildade, a serviço dos desafortunados e dos trabalhadores? Porque alcançou em vida, em decorrência do seu peculiar talento e sagacidade, um dos mais graduados posto na hierarquia do sindi-calismo global? Não, ele era querido e adorado por muitos “apenas” por ser um homem bom, e essa é a mais perfeita síntese de tudo que ele fora: um homem bom.

Por isso, por essa qualidade essencial, servia de exemplo e de alento a tantos. Por isso causava, precisamente ali, no amargo e impensável momento das suas exéquias, além de imensurável tristeza, uma dor enorme e um indelével sentimento de irreparável perda, um indisfarçável constrangimento em alguns (como, por exemplo, em mim - e esse mesmo desconforto percebia-se em muitos). Explica-se: diante de tal grandeza, nós, os pequenos, os “medianos”, os que vivíamos de certa forma sob o abrigo de sua majestosa e bela sombra, sentíamo-nos, naquele instante, ainda menores, sentíamo-nos desprotegidos, desamparados, abandonados - e irremediavelmente sós.

O nome desse Homem é/era, não nos esqueçamos jamais, José Olívio Miranda de Oli-veira. Ele se vai. É mais um dos nossos que partiu. Fica, para todos nós, sua herança; seu exemplo; seu emblema; ficam seus filhos-sementes Emiliano, Felipe e Paulinha - sua imagem e semelhança. Fica um paradigma de dignidade. Fica sua graça inspirada. Fica a saudade: enorme, doída. Fica a luta. Afinal, ainda há muito a construir, ainda há muito a fazer pelo povo desse país. E a lembrança de Zé nos exorta a prosseguir o bom combate.

José Olívio vive em nós! Zé Olívio permanece para sempre vivo na luta dos trabalha-dores brasileiros! Viva Zé Olívio!

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Agradecimento aos Companheiros

Companheiras e Companheiros, Agradeço o corajoso apoio que recebi em minha luta

no caminho da volta ao PT. Creio que avançamos muito, oxigenando o debate

partidário, debatendo com clareza e honestidade duas questões básicas e atualíssimas: a reforma política e o financiamento público das campanhas eleitorais.

Não me surpreendi com a generosidade dos que me

apoiaram. O que me surpreendeu fortemente foi a forma corajosa, desinteressada e altiva com que cada um dos que defenderam minha volta aos quadros partidários, se colocou publicamente, sem receios de qualquer ordem.

Valeu, meus amigos! O debate ultrapassou as fronteiras meramente parti-

dárias para chegar à setores importantes da sociedade civil, com cobertura bastante razoável e decente por parte da imprensa - o que, por sí só, já é um avanço muito importante para todos nós, que enfrentamos du-rante anos a parcialidade, as meias-verdades, a desinfor-mação e o preconceito.

Desde que, em nome da unidade partidária e para

evitar sacrifícios maiores dos companheiros que me apoiaram, retirei minha postulação diante do Diretório Nacional do PT no último dia 08, em Brasília, recolhi-me à profunda reflexão.

Haverá o momento oportuno para que voltemos à

questão e possamos ampliar, ainda mais, o debate políti-co com todos os companheiros e, também, com toda a sociedade brasileira.

Em três décadas de PT, com sofrimentos e alegrias,

derrotas e vitórias, aprendi que a esperança sempre triunfará sobre o medo.

Tomo a liberdade de anexar a íntegra do pronunciamen-

to onde exponho de forma clara as razões de meu ato. Recebam o forte abraço do companheiro de sempre, Delúbio Soares

Goiás, 18 de maio de 2009

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Expediente

Impresso pelos companheiros petistas de

Delúbio Soares

Tiragem: 10.000 exemplares

Fale conosco: [email protected]ânia - Goiás

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