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- 'Revista de ~ _.uímiea Industrial ~ ~ ,'" ~ ANO 51 - AGOSTO DE 1982 - NUM. 604

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Page 1: Revista de .uímieaIndustrial - abq.org.br INDÚSTRIA:,QuíMICANO BRASIL UNIPAR e Rhodia constituiramfirma para operar na BA Em 13 de julho próximo passado, UNIPARUnião de Indústrias

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'Revista de~ _.uímiea Industrial~

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~

ANO 51 - AGOSTO DE 1982 - NUM. 604

Page 2: Revista de .uímieaIndustrial - abq.org.br INDÚSTRIA:,QuíMICANO BRASIL UNIPAR e Rhodia constituiramfirma para operar na BA Em 13 de julho próximo passado, UNIPARUnião de Indústrias

'-

Esta é a melhor Químicapara seu produto.

Senhor Industrial. Esta revista de indús-

trias químicas e correlatas é um veículoindicado para a transmissão de suas men~a-gens publicitárias.

E uma revista tradicional do ramo. Vem

sendo editada regularmente desde princípiode 1932.

É uma revista de elevado conceito ético.

Seus artigos e informações são construtivos.A linguagem, simples, clara e sintética, convi-da à leitura.

É uma revista dedicada às indústrias, àstécnicas e às ciências relacionadas com o pro-gresso, particularmente do Brasil. São dis-cutidas as questões de química industrial e

, conexas com isenção e correto conhecimento.~ É uma revista de assinaturas pagas.A maior parte das edições v'ai para os assinan-tes; uma pequena parte distribui-se como pro-paganda a possíveis assinantes. Isso significaque ela possui um campo, esclarecido e vasto,de leitores habituais.

Estas quatro características - a vidaatuante há quase meio século, o alto conceitoque lhe assegura crédito, a boa qualidade. desua colaboração e da matéria redacional, e umextenso grupo de leitores certos - fazem darevista um órgão por excelência destinado acampanhas de anúncios para abrir as possibi-lidades no caminho do mar keting e na conso-lidação das marcas. -

Esta Revista é, assim, a melhor Químicapara o seu Produto Industrial.

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Publicação mensal, técnica e científica,de química aplicada à indústria.Em circulação desde fevereiro de 1932.

DIRETOR RESPONSÁVEL E EDITOR

Jayme da Nóbrega Santa Rosa

CONSELHODE REDAÇÃOArikerne Rodrigues SucupiraCarlos RussoClóvis Martins FerreiraEloisa Biasotto ManoHebe Helena Labarthe MartelliJorge de Oliveira MeditschKurt PolitzerLuciano AmaralNilton Emilio BührerOswaldo GonçalveS de LimaOtto Richard Gottlieb

PUBLICIDADE

Jacyra Ferreira (secretária)

CIRCULAÇÃOItalia Caldas Fernandes

CONTABILIDADE

Miguel Dawidman

COMPOSiÇÃO E DIAGRAMAÇÃO

Fotolito Império Ltda.

IMPRESSÃOEditora Gráfica Serrana Ltda.

ASSINATURAS:BRASIL: por 1 ano, Cr$ 3.300,00por 2 anos: Cr$ 5.600,00 .OUTROS PAíSES: por 1 ano USAS 60.00

VENDA AVULSA

Exemplar da última edição: Cr$ 225,00de edição atrasada: Cr$ 300,00

MUDANÇA DE ENDEREÇOO Assinante deve comunicar àadministração da revista qualquer novaalteração no'seu endereço. se possívelcom a devida antecedência.

RECLAMAÇÕESAs reclamações de números extraviadosdevem ser feitas no prazo de três meses,a contar da data em que forampublicados.Convém reclamar antes que se esgotemas respectivas edições.

RENOVAÇÃODEASSINATURASPede-se aos assinantes que mandemrenovàr suas assinaturas antes determinarem, a fim de não haverinterrupção na remessa da revista.

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃOR. da Quitanda, 199 - 8~ - Grupos 804-805 .20092 RIO DEJANEIRO,RJ - Brasil \

Telefone: (021) 253-8533

'Revista deQuímica IndustrialDIRETOR RESPONSÁVEL: JAYME STA. ROSA

ANO 5.1 AGOSTO DE 1982 NUM. 604

NESTE NÚMERO

Artigo de fundo

A funçãodas revistas técnicasinfonnativas,JaymeSta. Rosa ................

Artigos de colaboração

Perkine os corantes, LuizRibeiroGuimarães..................................A Produçãode celulosee papelna Suécia,S.I.P.B. ...........................Processoeconômicode álcoolindustrial,EIBISInt. "......................Devemosexpandira indústriapetroquímica?,N.E. Bührer ....................Químicadocarvãoe siderurgia,NipponSteelCorpo ;

Aquisiçõesda ciênciaquímica,AH,PJDe RSA H...................Petróleona platafonnasubmarinado Brasil,Petrobrós........................

Artigos da redação

Biotecnologia: Hidratos de carbono ~. .. . . .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . .. .. .. .. ..Fennentação: Bioconversão em metana ..... .. .... .... ..... .. .... .... ... ... .Enzimas: Beta-amilase """"""""""""""""""""""""""""""

Agricultura:Biotecnologiagenética..............................................Smcasabrasivas: Empregoem pastas de dentes...............................Proteínamonocelular:Fábricade 100 000 t/ano "..

Secções informativas

Conselho Regional de Química- 5~Região....................................Sindicatosde Industriais:SIPQFI ;

Cursos:CombustíveisGasosos :......................IndústriaQuímicano BrasiI .......................................................AssociaçãoBrasileirade Química................................................Projetose Construções...........................................................

a Editora Quimia deRevistas Técnicas Ltda.

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CONSELHO REGIONAL DEQUíMICA - 5~ REGIÃO

Prêmio Qui,:"ico IndustrialRuy de Azambuja Villanova

Foi instituído, para o ano de1982, oPrêmi<? Químico Industrial Ruy deAzambuja Villanova, ao qual poderãoconcorrer profissionais químicos daQuinta Região, sediada em Porto Ale-gre e de que é presidente o Prof.Mario Egas Câmara.

A seguir encontra-se o Regula-mento.

Art. 11?- Fica instituído o Prêmio"Químico Industrial Ruy de Azambu-ja Villanova", a ser concedido, em1982, a profissional ou profissionaisda Química registrados na 5~Região,na forma do presente Regulamento.

Art. 21?- O Prêmio "Químico In-dustrial Ruy de Azambuja Villanova"constará de Certificado e de impor-tância em dinheiro, n.o valor globalde Cr$ 400.000,00 (Quatrocentos milcruzeiros), que poderá ser concedidaa um trabalho, ou pela divisão a doistrabalhos, quando conferido.

Art. 31?- Os trabalhos deste Con-curso deverão ser inéditos e versarsobre o tema "Aproveitamento doFarelo de Soja como Matéria Prima",com a seguinte apresentação:

a) datilografados em espaço du-plo, em folhas padrão A-4(21,0 cm x

29,7 cm), em páginas numeradasconsecutivamente, devendo conterresumo e índice;

b) entregues até o dia 15 de outu-bro de 1982, em três vias, em envelo-pes fechados, com pseudônimo doautor ou autores, acompanhados deoutros envelopes fechados e igual-mente sobrescritos com o pseudôni-mo, nos quais virá a identificação,endereço e número do registro noCRQ-Vdo autor ou autores.

Parágrafo único - Não poderãoparticipar do presente Concurso osConselheiros Regionais, seus Su-plentes, bem como os ConselheirosFederais residentes na Região.

Art. 41?- Os trabalhos deverão serentregues diretamente na sede doConselho Regional de Química da 5~Região, à rua Dr. Flores, 307, 91?andar, em Porto Alegre, RS, ou paraele enviados pela Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos, com A.R.(Aviso, de Recebimento), devendoser recebidos, impreterivelmente, atéo dia 15 de outubro de 1982. Os tra-balhos recebidos fora deste prazonão serão considerados.

Art. 51?- Os trabalhos serão apre-ciados por uma Comissão Julgadoraconstituída de três membros doCRQ-V, a qual poderá assessorar-se

de até dois convidados entre profis-sionais da química não participantesdo Concurso.

§ 1I?.:-.A Comissão Julgadora fixa-rá os critérios de julgamento.

§ 21?- A identificação do autor ouautores será feita após o julgamento.

§ 31?- O prêmio poderá ser conce-dido a um trabalho, pela divisão adois trabalhos, ou ainda não ser con-cedido.

§ 41?- Da decisão da ComissãoJulgadora não caberá recurso.

Art. 61?- Dos trabalhos não pre-miados poderão ser devolvidas duasvias a pedido do autor ou autores.

Art. 71?- Poderá o CRQ-Vpromo-ver a publicação e divulgação do tra-balho premiado.

Art. 81?- O prêmio a que se refere opresente Concurso será entregue emsolenidade a ocorrer por ocasião daúltima reunião plenária do CRQ-Vem1982.

Prat. MARIO EGAS CÂMARAPresidente

Prot. EDMUNDO C. DA ROCHASecretário

A correspondência a respeito des-te Prêmio deve ser dirigida para oCRQ - 5~ Região.

Endereço da sede: Rua Dr. Flores,307 - 91?andar, 90000 Porto Alegre,RS. Tel.: 24-8982.

Reunião-almoço do Sindicato daIndústria de Produtos Quimicos para FinsIndustriais do Estado do Rio de Janeiro

No dia 15 de julho próximo passa-do, quinta-feira, os empresários dosetor químico do Estado participa-ram da reunião-almoço, realizada naCOMPANHIA ELECTROQuíMICAPAN-AMERICANA,em Honório Gur-gel, na Estrada João Paulo, 530, nes-ta cidade.

Como convidados especiais, toma-ram parte no encontro os Secretários

SINDICATOS DE INDUSTRIAISde Fazenda, e de Indústria e Comér-cio do Estado, respectivamente, Pau-lo César Catalano e Ronaldo Mesqui-ta, além do Delegado Regional doTrabalho no Estado, Luiz Carlos deBrito. Entre os principais assuntos,figuraram: "Esvaziamento Econômi-co"; "Polos Petroquímico e Alcool-químico"; "Segurança e Transportede Produtos Químicos". Houve ou-tros pronunciamentos.

Para facilitar o transporte de reda-tores especializados, fazendo cober-tura jornalística, o Sindicato colocouà disposição (ida e volta) um ônibusturístico, que saiu da porta da Aveni-da Calógeras, 15- Centro (Prédio daFirjan) às .11:00 horas. O regressoefetuou-se às 15:00.

Na qualidade de convidado, estevepresente à reunião-almoço o diretordesta revista.

CURSOSArmazenagem, Distribuição e Queima de Combustíveis

Gasosos

Será dado um curso sobre os assun-

tos que compõem o título desta notícia,

2

no período de 9 a 27 de setembro desteano, de segundas-feiras a quintas-fei-

REVISTA DE QuíMICA INDUSTRIAL

ras, das 18,30 às 21,30 horas.Será lecionado pelo Prof. Fernando

Córner da Costa, sendo de 30 horas acarga horária.

O local é dependência do IDEG-Ins-tituto de Desenvolvimento Econômico

e Gerencial, na Rua Araújo Porto Ale-gre, 70 - 51?andar, Te!.: 240-0797.

Agosto de 1982- 226

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EQUIPAMENTOS PARA INDÚSTRIA DECACAU E CHOCOLATE

Desodori sadoresVotator paramanteiga de cacau

Votator para pre-aquecimento demassa de cacau an-tes da prensagem,para esfriamentorapi do de mantei gade cacau e paratêmpera de chocolate

Coletores de póTORIT

Misturadorespl anetários

Misturadores 11VI I

Moinhos granula-dores e micro-pul veri zadores

.

Secadores de leitofluidisado paramassa de pastilhas

GranuladoresOscilantes

Peneirasvi bratóri as

Drageadores

Moi nhos "Att ri torllpara moagem demassa de cacaue para conchea-mento de choco-late pelo proces-so Wiener.

TREU. S. A. máquinas e equi'pamentosAv. Brasil, 21 000

.21510 RIÓDE JANEIRO - RJTe!.: (021)359.4040 - Telex: (021)21089Telegramas: Termomatic

Rua Conselheiro Brotero, 589-Conj. 9201154 SÃO PAULO -'SPTels.: (011) 66.7858 e 67.5437

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INDÚSTRIA:,QuíMICA NO BRASIL

UNIPARe Rhodiaconstituiramfirmapara operar na BA

Em 13 de julho próximo passado,UNIPAR União de Indústrias Petro-químicas S.A. e Rhodia S.A. consti-tuiram uma sociedade piloto deno-minada UNI-Rhodia UNIPARRhodiado Nordeste SA, com o capital ini-cial de 10 milhões de cruzeiros, o queformaliza o ato preliminar do Proto-colo de Intenção, assinado em junhoúltimo, para a produção de metioni-na e de suas matérias primas.

Em segunda fase, e após serem ob-tidas as autorizações dos órgãoscompetentes, terá aquela sociedadeseus estatutos adaptados aos prin-cípios normativos aplicáveis aos em-preendimentos na áreado Nordeste.

A Pan-Americana no ComplexoQufmico de Alagoas

Cia. Electroquímica Pan-America-na é uma empresa com sede na cida-de do Rio de Janeiro e produtora desoda cáustica, cloro, derivados clo-rados, hidrogênio, e sulfeto de sódioeletrolítico.

O novo projeto de fabricação declorometanas que vem estudando,também na área da indústria quími-ca, terá fábrica no Complexo Quími-co de Alagoas.

A Pan-Americana tenciona fazerinvestimentos iniciais da ordem de30 milhões de dólares.

Podem ser obtidas quatro metanascloradas, conforme as necessidadesdo consumo:

CHaCI- Cloreto ,de metilaCH2CI2- Dicloreto de metileno;CHCla - Clorofórmio;CCI4- Tetracloreto de carbono.O estabelecimento industrial do

Rio tem um faturamento bruto de 400milhões de cruzeiros por mês.

Na fábrica de Maceió, que consu-mirá cloro da Sal gema IndústriasQuímicas S.A., cuja fábrica está si-tuada também em Maceió, espera aPan-Americana um faturamento

/ mensal superior a 400 milhões decruzeiros.

Criado o Grupo Termoplásticode Camaçari

Mediante convênio entre o Copec-a. Coordenação do Pólo petroquí-

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mico de Camaçari - e diversas em-presas baianas do Complexo Básico,produtoras de resinas termoplásti-cas, foi criado recentemente o GrupoTermoplástico. Este grupo de tra-balho visa fomentar as atividades determoplásticos na área de Camaçari,estimulando e atraindo para a Bahiaas indústrias de 3~geração, tambémchamadas de transformadoras ou"de ponta".

O Grupo Termoplástico vai igual-mente desenvolver e divulgar novasaplicações para as resinas ali produ-zidas, estimulando o largo empregode termoplásticos na indústria nacio-nal, além de lançar as bases para arealização em novembro próximo,em Salvador, do 11Seminário de Apli-cações de Termoplásticos.

Fazem parte do GrUpo, que é coor-denado pelo Eng~ João Garcez, daCopec, as seguintes indústria$~ comsede em Camaçari, Bahia: PolialdenPetroquímica S/A, CPC - Cia. Pe-troquímica Camaçari, PolipropilenoS/A. EDN-Estireno do Nordeste, Poli-teno Indústria e Comércio e Cobafi-Cia. Baiana de Fibras.

O convênio de criação do GrupoTermoplásticos foi assinado em sole-nidade presidida pelo Secretário daIndústria e Comércio do Estado daBàhia, Dr. Manoel Castro, na datacomemorativa do 4~ aniversário doPólo Petroquímico de Camaçari. Domesmo evento fez parte a assinaturade diversos contratos objetivando aampliação da malha viária e do siste-ma de tratamento de efluentes líqui-dos que atende ao Complexo de Ca-maçari.

Fábrica de MDI da Isoeianatosem Camaçari, BA

O empreendimento de Isocianatosdo Brasil SA, para fabricar MDI(me-tileno difenil isocianato) em Camaça-ri, já al'rovado pelo CDIConselho deDesenvolvimento Industrial, do MIC,numa unidade com capacidade de10 000 t/ano, bem como a implanta-ção de uma unidade de 20 000 t/anode nitrobenzeno e de uma unidadede anilina com capacidade de15000 t/ano, e ainda para elevar ascapacidades produtivas das instala-ções de fosgênio, hidrogênio e mo-nóxido de carbono, tem um investi-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

N.P.

mento no valor de Cr$ 1 179,4 mi-lhões de cruzeiros.

As unidades de fosgênio, hidrogê-nio e monóxido de carbono, confor-me já informamos, terão suas capa-cidades elevadas, respectivamente:de 29750 para 39 400 t/ano; de 2097para 2831 t/ano; de 9478 para 12672t/ano.

(Ver também notícia na edição denovode 81, pág. 326).

COPENE e seu rapidodesenvolvimento

COPENE Cia. Petroquímica doNordeste SA, de que é diretor-pre-sidente o Sr. Ernesto Geisel, ex-Pre-sidente da República, desenvolveude modo rápido suas atividades.

Atualmente, poc;sui 100% do capi-tal da Central de Manutenção deCamaçari, 40% do Terminal Químicode Aratu, 46%'do capital da FISIBAFibras Sintéticas da Bahia, e 35% daSalgema Indústrias Químicas SA

Estava há pouco em negociaçõespara adquirir cerca de 4 000 milhões(ou 4 bilhões) da Nitrocarbono SA,fabricante de caprolactama, matériaprima química de um tipo de filamen-to sintético. Da Nitrocarbono parti-cipa a empresa neerlandesa DSM.

Possuía a COPENE também inte-resses em outras empresas, comoCOPENER Copene Energética SA,PESCON Pesqueira do Nordeste.

E participa de outros empreendi-mentos industriais.

Fábrica de cloro-sodacáustica em Triunfo, RS

Carbocloro SA Indústrias Quími-casestácom o seu projeto aprovadode implantar uma fábrica eletrolíticaprodutora de cloro, soda cáustica ederivados clorados em Triunfo, R. G.do Sul.

Deverá começar a funcionar com acapacidade de 17 500 t/ano de sodacáustica, 15 525 t/ano de cloro e3 670 t/ano de ácido clorídrico.

Estão programados os investimen-tos de 900 milhões de cruzeiros.

Fábrica de fenil acetato depotássio da Stauffer em

Paulfnia, SP

Stauffer Produtos Químicos Ltda.,de acordo com o seu projeto devida-

(Cont. pág. 8),

Agosto de 1982 -228

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Engelab lança Cabine de Fluxo Laminar.Quem realmente entende de laboratórios, conhece osprodutos que a Engelab fabrica. São laboratórioscompletos, capelas, bancadas, uma série enorme deequipamentos indispensáveis ao trabalho da indús-tria.A mesmaqualidadedos Laboratóriose CapelasEn- .

gelab está agora à sua disposição nas Cabines Enge-lab de Fluxo Laminar. Próprias para trabalhos naárea biológica (bacteriologia, imunologia, patolo-gia, etc.), as Cabines Engelab de Fluxo Laminar sãofomecidas nos tipos horizontal e vertical, equipadascom filtrosH.E.P.A., de alta eficiência. .

As Cabines Engelab de Fluxo Laminar já se encon-tram instaladas em alguns dos mais importantes la-boratórios brasileiros como, por exemplo, o da Em-brapa, na cidade de Concórdia, SC, que.pesquisa suí-nos e aves, eno laboratório da Superágua, na cidadede Caxambu, MO.Para maiores detalhes técnicos, consulte nosso De-'partamentbde Marketing. .

e Engela.b -EquipamentosdeLaboratóriosLtda. ~.

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ESCRITÓRIO: oRUA GOMES DE CARVALHO. 243

FONE: 61-2115

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA

Carta da ABQ

A Associação Brasileira de Química desenvolve um sólidoelenco de atividades aos níveis: internacional, nacional eregional. O relatório abaixo relaciona o trabalho desenvol-vido no decorrer do ano de 1981.

Muitas destas atividades são de âmbito local, sendo de-senvolvidas pelas Secções Regionais da ABQ. Procurar-se-ádar maior organicidade a estes tipos de evento engloban-do-os em uma programação geral de maior alcance.

Os próximos eventos de maior alcance são relativos aCongressos: a realização do XXIII Congresso Brasileiro deQuímica, que marca o 60° aniversário destes Congressos eapresentará tj1mbém uma evocação da história dos mesmos,bem como o lançamento da I Feira Brasileira de Química, ea instalação da Comissão Organizadora do 16° CongressoLatino-Americano de Química.

Ambos estes eventos são marcados pela aproximação daABQ com suas co-irmãs, representando um esforço' con-centrado das mesmas em prol da Química.

Contamos com sua apreciação do Relatório e sua partici-pação em nossas próximas atividades.

Cordialmente,(a) PETER RUDOLF SEIDL

Presidente da ABQ

Diversas atividades culturais

e profissionais

Com o propósito de estimulara pesquisa e a investigaçãocientífica, inceRtivando o progresso da indústria químicaem nosso país, a Associação Brasileira de Química realizouno ano vencido diversas atividades como conferências,cursos, simpósios, mesas redondas e como atividade demaior envergadura o XXII Congresso Brasileiro de Quí-mica, realizado em Belo Horizonte.

A ABQ fez-se, no ano vencido, representar em váriasreuniões internacionais.

Dividiremos a seguir, em tópicos, as atividades que mere-ceram maior relevo no exercício de 1981.

XXII Congresso Brasileiro de Química

Promovido pela ABQ - Secção Regional de Minas Ge-rais, o XXII Congresso Brasileiro de Química reuniu, noperíodo de 11 a 17 de outubro de 1981, cérca de 1 000químicos entre profissionais e estudantes.

Coroado de pleno êxito, o XXII Congresso constou doseguinte temário: .

6

- Energia- Saneamento Ambiente- Segurança do Trabalho- Química dos Produtos NaturaisDurante a realização do XXII Congresso Brasileiro de

Química, foram oferecidos os seguintes cursos:- Qualidade da Água para Abastecimento Público- Corrosão Metálica

- Sistemas de Refrigeração- Sistemas Geradores de Vapor- Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos- Riscos Químicos Profissionais- Química de Produtos Naturais

I Semana Acadêmica

Sob o patrocínio da ABQ - Secção Regional do RJ, ti-vemos a I SEMANA ACADÊMICA DO INSTITUTO DE

QUÍMICA DA U.F.F., realizada no período de 17 a 21 deagosto de 1981.

Com o objetivo de promover o aprimoramento culturalda comunidade universitária, proporcionando aos estudan-tes maiores informações através do conhecimento de méto-dos e técnicas de trabalho, nos diversos campos da química,foram ministrados, ao longo da referida semana, os seguin-tes cursos:

. Introdução à Absorção Atômica;

. Polímeros;

. Espectrografiade Emissão;

. Radiobiologia;

. Colorimetria;

. MicroanáliseQuímica;

. Espectrografiano Infravermelho;

. Cromatografia.E, ai!}da fazendo parte da programação, houve as seguin-

tes palestras: Ecologia Química, proferida pelo Prof. Dr.Otto R. Gottlieb (U.S.P.); Óleos Essenciais de ImportânciaIndustrial, proferida pelo Prof. Paulo Henrique Mendes(U.F.F.); Geração de Biogás, proferida pelo Prof. RonaldoBarbosa (U.F.R.RJ); Adquirir ou Desenvolver Tecnologia,proferida pelo Prof. Kurt Politzer (U.F.RJ)

Anais + Publicações

Foram publicados, no ano vencido, 3 000 exemplares dosAnais contendo os trabalhos do XXI Congresso Brasileirode Química, sendo distribuídos entre profissionais, estu-dantes e entidades ligadas à química.

As Secções Regionais de PE e RS emitiram, ao longo doano de 1981, boletins contendo informações e noticiário deinteresse dos associados.

No ano vencido, a ABQ - RS lançou o primeiro númerode um jornal bimestral Matéria Prima, que teve amplosucesso, sendo muito apreciado pelos associados.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Agostode1982- 230

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA

Convênio + Revistas

Foram mantidos os convênios com as seguintes editoras,durante o ano de 1981, para a distribuição de publicaçõesespecializadas aos associados das Secções Regionais:

Associação Brasileira-de Química - Secção Regional RS- Editora Novo Grupo, responsável pela Revista Petro eQuímica;

Associação Brasileira de Química - Secção ~egional RS- Editora Cremon, responsável pela publicação Tintas eVernizes;

Associação Brasileira de Química - Secções RegionaisRS, PE, SP e RJ - Editora Quimia de Revistas TécnicasLtda., responsável pela edição da Revista de Química In-dustrial.

E ainda a Associação Brasileira de Química - SecçãoRegional RS firmou' convênio com a Editora Strauss, res-ponsável pela publicação ProteçãoSuperficial.

Atividades Diversas

A ABQ - Secção Regional do RS, em convênio com aDow Química e a Alquímica, promoveu o CURSO SOBRESOL VENTES CLORADOS, ministrado pelo Prof. EdsonGuarda, nos dias 10 e II de março de 1981.

A mesma Secção Regional promoveu a realização doCURSO PETROQUÍMICA E TECNOLOGIA ORGÂNI-CA, ministrado pelo Prof. Karl Griesbaun, da Universidadede Karlsruhe, Alemanha, no mês de março do ano vencido.

Ainda a ABQ - RS, em convênio com a Hoechst,promoveu, nos dias 21 e 22 de maio de 1981, um audio-visual sobre. RESINAS DE POLIÉSTER, na Universidadede Caxias do Sul. A palestra foi proferida pelos QuímicosJosé Paulo Pereira e Ricardo Bischoff Kent.

O Laboratório de Corrosão e Proteção de Metais daEscola de Engenharia da UFRGS e a ABQ - RS promo-veram a realização do CURSO DE FUNDAMENTOS DACORROSÃO. Este curso foi desenvolvido de 27 a 29 deabril, 4 a 6 e II e 12 de maio de 1981, ministrado pelo Prof.Adão Mautone.

Sob os auspícios da Secção Regional de São Paulo, reali-zou-se o lU SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ELETROQUÍ-MICA E ELETROANALÍTICA" em junho de 1981, noInstituto de Química da U.S.P.

A Associação Brasileira de Química - Secção Regional doRio de Janeiro promoveu a realização do CURSO DETECNOLOGIA DE POLÍMEROS, no período de 19 a 23de outubro de 1981. O curso foi ministrado pela Profa.Eloi5a B. Mano (IMA), nas dependências da Escola TécnicaFederal de Química, RJ. .

No período de 26 a 30 de outubro, a ABQ - RJ promo-veu a realização do CURSO TECNOLOGIA DE TINTAS,

na Escola Técnica Federal de Química, RJ. O curso foiministrado pela Dra. Queenii Kun Pan (Tintas Ypiranga).

E ainda a ABQ - Secção Regional RJ promoveu a reali-. zação do CURSO TECNOLOGIA DE COSMÉTICOS, noInstituto de Química da UERJ. Este curso foi ministrado noperíodo de 7 a II de dezembro de 1981, pelo Prof. PedroVieira (Gillete do Brasil).

Contando com o apoio da ABQ - Secção Regional dePernambuco, realizou-se o V SIMPÓSIO DO GRUPOPER-NAMBUCANO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA QUÍ-MICA "CARLOS EVARISTO PRÉLA T", dedicado prin-cipalmente a assuntos de físico-química e em homenagemao centenário do saudoso cientista Inving Langmuir.

No dia 24 de outubro de 1981, reuniram-se cerca de 70sócios num almoço de confraternização oferecido pela ABQ- RJ, quando foram conferidos os primeiros diplomas de"Sócios Eméritos" desta Regional.

I Seminário Brasileiro daIndústria Quimica

Com o objetivo de analisar sob os enfoques tecnológico,comercial, econômico e social a problemática apresentadapela indústria química brasileira, a qual, embora em grandeparte decorrente da atual conjuntura mundial, possui inú-meras características e atividades peculiares somente solu-cionáveis através da inovação de métodos e processos, bemcomo pelo aproveitamento dos recursos e potencialidadesnacionais, realizou-se o IC?SEMINÁRIO BRASILEIRO DAINDÚSTRIA QUÍMICA, fruto do esforço conjunto daAssociação Brasileira de Química e da ABEQ - Associação'Brasileira de Engenharia Química.

Este Seminário realizou-se nos dias 5 e 6 de novembro de1981, no Centro de Convenções do Hotel Glória, no Rio de

Janeiro.

Reuniões Internacionais

A ABQ participou do XIV CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE QUÍMICA, realizado na cidade de SanJosé, Costa Rica, no período de 2 a 7 de fevereiro de 1981.

Representando o Brasil na reunião da FLAQ - Federa-ção Latino-Americana de Associações Químicas, o entãoPresidente da ABQ, Dr. Walter B. Mors, autorizado inclusi-ve pelas nossas Sociedades irmãs a ABEQ - AssociaçãoBrasileira de Engenharia Química e a SBQ - SociedadeBrasileira de Química e com o apoio declarado do CNPq -Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-

lógico, apresentou ao certame o nosso propósito de trazerpara o Brasil um dos próximos Congressos Latino-America-nos de Química.

Agosto de 1982- 231 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 7

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mente aprovado em dezembro, mon-tará em Paulínia, SP, uma fábrica defenil acetato de potássio, com capa-cidade de produção de 500 t/ano e afabricação de seu intermediário cia-neto de benzila (210 t/ano), para oconsumo cativo;

O investimento previsto foi de 64milhões de cruzeiros.

Mitsubishi estuda a possibilidadede instalar fábrica devinilico em Alagoas

"

Mitsubishi ChemicallndustriesLtd., conhecida empresa do Japãoque trabalha também no Brasil, reve-lou o interesse de instalar fábrica domonômero cioreto devinila e do polí-mero P(CV),ern Alagoas, de acordocom declaração do Sr. E. Suzuki,pi"esidentedo Conselho de Adminis-tração do Grupo, que esteve em ju- .

nho no Estado Nordestino;O Grupo japonês já está ligado à

indústria química no Brasil e muitocolabora com o desenvolvimentoeconômico do país com a sua parti-cipação em projetos de produção

COALBRAcontinua trabalhandoem seu projeto

Três engenheiros da COALBRACoque e Álcool de Madeira SA, quetrabalham no projeto da Unidade In-dustrial de Uberlândia, participaramda Comissão Brasil-União Soviética,na qual se ressaltou o esforço em-preendido pela COALBRA

Os delegádossoviéticôs reafirma~ram $uadisposição no sentido demantereritendimentos para a coõp~ração no levantamento de 14 unida-des industriais da empresa brasi-leira." (Ver também a notícia "Hidróliseácida da madeira", com referência àCOALBRA Coque e Álcool de Madei-ra SA, na edição de julho de 1981,pág. 198).

Pétrocoque instalaráfábrica no Norte

Possivelmente ainda no correnteano de. 1982,a Petrocoque~ únicaprodutra, na América do Sul; de co-que caleinado utilizado na fábrica-ção de alumínio - estará iniciandoum estudo de viabilidade visando a

8

instalação de uma segunda unidadeindustrial no norte do país para aten-der aos projetos de alumínio do con-sórcio Alcoa/Shell e daAlbrás- con-sórcio formado pela Vale do Rio Do-ce (51 por cento) e pela Nippon Alu-minium Company (49 por cento).

Ao transmitir esta informação nãofaz muitotempo, o diretor-presidenteda petrocoque, Albary Eckmann Pe-niche, explicou que já existe entendi-mento entre os sócios da empresa-Petrobrás, Alcan do Brasil e Compa-nhia Brasileira de Alumínio, no grupoVotorantin - quanto à necessidade.de instalação de uma nova unidadeindustrial.

Segundo ele, a dúvida, até o mo-mento, diz respeito à localização doprojeto, que tanto poderá ser em SãoLuiz, onde está instalado o consórcioAlcoa/Shell, como em Barbarena, noPará, próximo àAlbrás.

Fábrica de cosméticosda Bozzano

A nova fábrica de produtos cos-méticos de Bozzano Divisão Cosmé-tica da CEILComercial, Exportadora,Industrial Ltda., com sede em São

. Paulo (Rua Joaquim Távora, 1010)fica situada na Via Anhanguera,km 13.

L. PEM Engenharia é a construto-ra. A fábrica entrará brevemente emoperação.

Fábrica de sabonetesern Sabará

No bairro de Sobradinho, Sabará,MG, à margem da Rodovia MGT-262(que liga Sabará a Belo Horizonte)será levantada uma fábrica de sabo-nete e produtos de higiene e limpeza.

A informação foi fornecida pelo Sr.Luís Alves dos Santos, prefeito deSabará.

Goodyear diversificaráa produçãono campo de polimeros

naturais e sintéticos

A Goodyear do Brasil está interes-sada em produzir; no país, manguei-ras especiais para perfuração de po-ços Pçlepetróleo e, para isso, tem oap01o da Petrobrás, segundo revelou

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

o presidente da empresa, GeorgeSteward.

Anunciou, ainda, que em decor-rência da aprovação do programaBefiex, a Goodyear aplicará, no Bra-sil, nos próximos anos, 360 milhõesde dólares.

O programa Befiex da Goodyearprevê a exportação de 770 milhões dedólares em 10 anos. Steward expli-cou que haverá um amplo aproveita-mento da capacidade produtiva daempresa, "pois não pOdemos ter ele-vação em custos operacionais comociosidade" .

-~

Este ano, suas exportações deve-rão passar de 35 milhões para 40 mi-lhões a 45 milhões de dólares.

A empresa pretende continuar adiversificação de seus produtos den-tro da linha de polímeros naturais esintéticos.

A nova unidade da Orion

Localizada na região industrial deSão José dos Campos, a novaunida-de industrial da Orion SA já iniciousuas atividades com a produção par-cial das caixas de baterias automo-tivas e parte do setor de revesti-mentos.

A nova instalação ir;1dustrialdeve-rá, quando concluída dentro de apro-ximadamente dois anos, abrigar to-dos os setores da maior indústria deartefatos de borracha (transforma-ção) da América Latina, excluídospneus e solados.

Terminadas as obras civis, serãoao todo, 65 000 metros quadradosdestinados somente ao setor indus-trial e que chegarão aos 86000 me-tros quadrados se somados ao espa-ço reservado à área administrativa.

Da áres total adquirida de 250000metros quadrados, quasemetade,está sendo reservada às atividadeshumanas relacionadas aos funcioná-rios da empresa.

Firestone fechou sua fábricano Rio de Janeiro

A fábrica do Rio era antiga, cons-truída em 1940, e muito pequena.

Nela não se poderia fabricar qual-quer artefato de borracha de modoprodutivo.

Por isso, foi fechada.

Agosto de 1982 - 232

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'Revista deQuímica IndustrialREDATOR PRINCIPAL: JAYME STA. ROSA

ANO 51 NUM. 604AGOSTO DE 1982

A função das revistas técnicas informativas

Os meios de comunicação aumentaram muito ediversificaram-se um pouco no mundo de hoje.

Tem o ser humano uma vontGde congênita de trans-mitir e receber noticias, de estar informado. E sempreprocurou usar e melhorar os modos de comunicar-se,tanto para a defesa, como para as realizoções.

Certamente, os contemporâneos de Ts' ai Lun, queinventou o papel no ano 105 da era cristã na China, nãoavaliaram que esse frágil material em forma defolhasiria, séculos depois, revolucionar a transmissão de n0-tícias, tomando-as acessíveis a sem número depessoas.

E mais: que iria ser o receptáculo onde se abrigariamos conhecimentos e a cultura das gerações dos povosespalhados pela superfide da Terra. .

Tempos mais tarde, quando o impressor JohannGutenberg abandonou o papel duro, impermeável queentão se jazia, e com tipos de madeira imprimiu aBíblia em outro. tipo de papel, mais flexivel e absor-vente, lá pelos anos de 1455 a 1456, abriram-se aspossibilidades de grande (relativamente) produção depapel já no século XV.

Em 1747 provavelmente, instalou-se no Brasil a pri-meira tipogrqfia. Foi Antônio lzidoro da Fonseca quema montou no Rio de Janeiro. O nosso primeiro sema-nário impresso saiu em 1808 também nesta cidade.

O expressivo desenvolvimento da indústria gráficaocorreu no século passado quando Fourdrinier inven-tou a máquina fabricadora de papel e se começou aproduzir papel de fibras de madeira, matéria primoabundante.

Com isso tomou-se possível a expansão das noticias,da cultura sob todos os seus aspectos, por meio dejornais, outros periódicos, revistas e livros.

Passou a ser, então, a imprensa uma força político,tanto construtiva, como destruidora. Hoje, com algu-mas excepções em determinados países, ela figuracomo veículo de cultura e de informação, diminuído

aquele poder demolidor. No complexo das obras im-pressas, ocupam as' revistas técnicas e cientificas umafunção de alta importância.

Até à Segunda Guerra Mundial, estes periódicosconstituiam um acervo de artigos mais ou menoslongos e tanto quanto possível completos, que trata-vam com certa profundidade de aspecto de um assunto.

Eram, por isso, massudas as revistas. Aos poucosfoiencarecendo o preço do serviço gráfico, juntamentecom a elevação do custo de máquinas e equipamentos,da mão de obra, dos impostos e de tudo o mais quegravava a indústria de impressão. Os preços subiram ecada vez sobem mais.

Desapareceram muitos jornais, semanários, mensá-rios. A publicação dos magazines volumosos, emmuitos casos. não mais foi possível. Em seu lugar, sur-giram as revistos técnicas e infonnativas mais leves,com menos páginas, porém abundantes de informa-ções valiosas para os profissionais de ramos especí-ficos. .

No caso de revistas de indústrias químicas, de tec-nologia, de eletrônica e de tantas outras especialida-des, fundaram-se várias em países adiantados, queinformam a respeito de novas técnicas, de invenções,de mercados, de serviços, etc.

Hoje, os publicitários após estudos analíticos epesquisas de mercado, estão certos de que as infor-mações pelo rádio, pela televisão, pelos sistemas de 1Vpor cabo, a saber, pela Telemática, são boas e neces-sárias para alertar, como primeira informação. Massão rápidas demais e não fica um registro. Passamçomo as palavrasao vento. -

As revistas técnicas informativas, entretanto, arma-zenam com segurança as informações e podem serconsultadas sempre que preciso para se encontrar osdados certos. Além disso, são portáteis e econômicos.

Jayme Sta. Rosa

9Agosto de 1982-233 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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OS SÁBIOS DO PASSADO

o homem sempre foi fascinadopelo som (canto dos pássaros) epela côr (o nascer e o por do sol,as flores, os animais).

Depois que aprendeu a fiar etecer, o homem procurou tingirseu vestuário.

Para fabricar as tintas de pare-de utilizou pigmentos minerais.

Para tingir as fibras, os coran-tes eram de origem animal (púr-pura que os fenícios extraiam deum molusco; carmim obtido dacochonilha, etc) ou vegetal (anilou índigo, pau campeche, urzela,etc.).

Até mesmo determinado Paíspassou a chamar-se de Brasil porcausa da madeira côr de brasaque fornecia um corante verme-lho.

Hoffman (o homem das ami-nas), em 1855, trocou aAlemanhapela Inglaterra para ser Diretor doRoyal College of Chemistry, Den-treseus alunos um se sobressaiu:Perkin. Interessado na síntese daquinina, procurou oxidar a tolui-dina para chegar ao alcalóide daquineira. Para seu espanto con-seguiu a síntese do 1C? coranteartificial: a malveína ou púrpurade anilina.

Perkin e os corantesLUIZ RIBEIRO GUIMARÃES, L.D.,D.Se.

INSTITUTO DE QUíMICA - UFRJINSTITUTO DE NUTRiÇÃO - UFRJ

Perkin ofereceu a patente àCoroa Britânica que não mostrounenhum interesse pelo assunto(1856).

Perkin, então, foi para a Alema-nha, associou-se a Leopold Ca-sella e instalou a primeira fábricade corantes no mundo. Pela pri-meira vez procurava-se obter obenzeno a partir do alcatrão dahulha. A nitração do benzenoexigiu a fabricação de reatores.

A preparação do ácido nítricoefetuou-se a partir do salitre doChile. Enfim, a passagem da ob-tenção do produto do laboratóriopara a escala industrial exigiu umesforço hercúleo neste trabalhopioneiro.

É fato sabido que, por defini-ção, indústria é um conjunto deoperações (capital e trabalho)destinadas a transformar as ma-térias-primas em produtos ade-quados ao consumo e a promovera realização de riquezas.

Assim sendo, é fácil avaliar aluta titânica empreendida porPerkin e seu sócio neste empre-endimento precursor, num mun-do em que tudo estava por fazer.

Quando Baeyer, discípulo dePerkin, fez a síntese do anil ou

índigo pondo fim ao monopólioda plantação da anileira (India eBrasil), foi uma grita geral naInglaterra com repercussão noParlamento, do que resultou acriação da ICI - Imperial Chemi-callndustries, Ltd., e convite paraque Perkin assumisse a Direçãoda empresa, o que aconteceuanos depois.

Quiz ainda o destino que estemesmo Perkin conseguisse sín-tetizar a primeira essência: acumarina.

Baeyer, igualmente, obteveuma série de corantes do grupodas ftaleínas e sulfonftaleínas:fenolftaleína, fluoresceína, cre-solftaleína, timolftaleína, azul debromofenol, púrpura de bromo-cresol, eosina, eosina YS, eritro-sina.

A importância da fluoresceínana atualidade pode ser vista noque se segue: tingimento da lã eda seda, acompanhar cursos deáguas subterrâneas, verificar sehá contaminação de nascentespor águas das fossas, vazamen-tos em edifícios de apartamentos,localização de náufragos, detetarlesões na córnea, química analíti-ca, etc. <tt

rj

CELULOSE E PAPEL

A produção de celulose e papel na SuéciaE o problema do combustível

Aprodução de papel e papelãoem 1981 foi de 6,14 milhões detoneladas, uma queda de menosde 1% comparado com 1980, in-formou a Associação Sueca de10

SWEDISH INTENAT. PRESS BUREAUESTOCOLMO

Papel e Celulose, com uma utili-zação de 85% da capacidade daindústria.

A produção de papel de im-prensa aumentou, comparado

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

com o ano anterior, mas baixou ade papel kraft, canelado e demaistipos.

As exportações de papel e pa-pelão subiram 2%, com um au-

Agosto de 1982- 234

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mento para papel de imprensa ede forração kraft no valor de 2 350milhões de dólares.

Aprodução de celulose chegoua 8,5 milhões de toneladas com81% de utilização da produção. ASuécia manteve assim a sua par-ticipação no mercado da EuropaOcídental, continuando - juntocom o Canadá - na liderança daexportação de celulose.

Em sua análise a Associaçãoclassificou o ano de 81 como umano moderado para a indústria, oque reflete o marasmo da econo-mia internacional.

As tendências econômicas pa-ra 1982 são muito incertas, masno caso de uma recuperação, seu

efeito será imediatamente senti-do na produção.

O consumo de combustível portonelada de papel e celulose pro-duzida na Suécia deve cair 8%entre 1981 e 1986, sendo que oconsumo em 1981, de 4,55 mi-lhões de metros cúbicos, só au-mentará marginalmente dentrode cinco anos.

Simultaneamente aumentará aprodução de papel e papelão de10 para 15%, com 10% para ce-lulose.

A queda no consumo de com-bustível é em parte resultado dasmedidas de economia e altera-ções feitas no seu processamen-to, mas também é devido à subs-

-

tituição parcial do combustívelpor eletricidade.

A participação do petróleo noconsumo total deve diminuir de32% em 1981 para 20% em 1986,ou seja, meio milhão de metroscúbicos, em termos absolutos.

O volume do vinhoto e madeira,que em 81 correspondia a 3,0milhões de m3, deve aumentarpara 3,26 milhões até 1986, ouseja, cerca de 71%das necessida-des totais de combustíveis.

Os novos produtos são de ori-gem vegetal, turfa e carvão. Em1986, cerca de 1,1 milhão de m3,de combustível vegetal poderásubstituir 180000 m3 de pe-tróleo. {!

ETANOL

Processo econômico de álcool industrialNovo processo contínuo de fermentação/destilação que funciona com altas

concentrações, usando matérias primas "recuperadas" de melaço,caldo de cana ou de beterraba, trigo ou milho

Maiores produções de álcool,consumo mais baixo de energia eproblemas- de efluentes grande-mente reduzidos são anunciadospara um novo processo integradode fermentação e destilação de-senvolvido pela Alfa-Laval AB, deTumba, Suécia, agora lançadointernacionalmente.

A companhia acredita que oseu processo Biostil transforma-rá a economia de fabrico do eta-nol industrial (para uso comocombustível ou como produtoquímico) a partir de fontes natu-rais recuperadas, tais como xaro-pe de açúcar, melaço ou cereais.

O processo Biostil difere datecnologia convencional, pois amatéria prima altamente concen-trada pode alimentar diretamen-

Agostode 1982-235

EIBIS INTERNATIONALLONDON

te a unidade de fermentação. Vis-to o álcool produzido ser conti-nuamente separado da misturaem fermentação, a matéria primanão necessita de ser diluída comquantidades enormes da água doprocesso para proteger os fer-mentos contra envenenamentoprovocado pelo álcool.

O efluente ("resíduo líquido")resultante da destilação é porconseguinte concentrado, e ne-cessita de pouca ou nenhumaenerg ia para evaporação antes da-.secagemfinal ou da combustão.

O custo de eliminação dos seuselementos poluentes é substan-cialmente reduzido, ainda querecuperando subprodutos valio-sos, tais como alimentos paraanimais ou fertilizantes.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Fábricas na Austrália e Suécia

Uma fábrica-modelo do pro-cesso Biostil (Figs. 1 & 2) produ-zindo 12 000 litros/dia de etanol,financiada em conjunto pela Alfa-Laval e a CSR Ltd., está em fun-cionamento, desde abril de 1981,em Queensland, Austrália.

Tem alcançado produções deálcool consideravelmente maio-res do que as da destilaria deforno vizinha, e tem provado nãonecessitar nem de esterilizaçãonem pasteurização da matériaprima para funcionar de formaestável.

Em funcionamento contínuodurante períodos de vários me-ses, tem reduzido os volumes deresíduos líquidos a menos de

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I

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Fig.1

Fig. 2.

12 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

metade, com melaço de canacomo matéria prima (400Brix,ou32% de teor de sólidos em peso),e a um terço usando xarope con-centrado de cana (530Brix,5'1%de teor de sólidos).

Umsó homem supervisa o pro-cesso.

A Alfa-Laval completou tam-bém, com êxito, ensaios com ma-téria primacom base em amido-tanto de trigo como de milho-numa instalação piloto, de capa-cidade de 800 litros/dia, situadaem Tumba. Uma fábrica-modelode 20 000 litros /dia com base emtrigo, está atualmente em projeto,financiada em conjunto com aCooperativa dos AgricultoresSuecos. Está programada paraentrar em funcionamento em1983,produzindo álcoolcombus-tívele alimentos de altaqualidadepara animais.

Coluna de destilação por andares

No processo Biostil (Fig. 3), amatéria prima concentrada (1) ébombeada, com um caudal horá-rio fixo, para o interior de umvaso de fermentação ventilado (2)

Uma fracção da mistura emfermentação é continuamente re-tirada, sendo primeiramentebombeada para um centrifugador(3) onde o fermento é separado ereciclado, em seguida através deum permutador de calor do tiporegenerativo (4) até à secção su-perior (5) de uma coluna de desti-lação por andares.

Aqui, o etanol (6) é retirado soba forma de vapor a 30-40% parasubsequente rectificação. Amaior parte da fase líquida retor-na ao vaso de fermentação atra-vés do permutado r de calor; arestante parte passa para a sec-ção inferior (7)da coluna de desti-lação onde por aquecimento indi-recto a vapor, é separada numafasecontendo álcool (que retomaà secção superior) e em resíduolíquido concentrado (8).

A destilação dividida entreduas secções permite a optimiza-

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.li!

ção da relação líquido-vapor emcada uma, minimiza o consumode energia para uma dada con-centração de sólidos, e simplificaa estabilização das condições defermentação.

O fluxo de retorno, estéril, parao vaso de fermentação proporcio-na uma pasteurizàção interna epermite manter facilmente umapopulação de elementos de fer-mentação alta e estável, sem per-das de açúcar num crescimentoexcessivo de fermento ou na for-mação de produtos derivados esem infecção bacteriana,

A concentração de álcool novaso de fermentação é mantidaentre 4,5% e 6% em peso, e aconcentração de açúcar de fer-mentação abaixo de 0,1%. Esteúltimo valor é comparável aosprocessos convencionais, mascomo os volumes totais são muitomenores, há portanto perdas deaçúcar muito menores no resíduolíquido.

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15Aftasconcenuações

Destilarias convenc~onais demelaço ou xarope de açúcar dãoorigem a 10a 12 litrosde resíduolíquido, ou mais ainda, por cadalitro de etanol a 100%que produ-zem (Fig.4), Isto é devidoà dilui-ção da matéria prima necessáriapara assegurar uma concentra-ção máximade álcoolde cerca de7%em peso no vaso de fermenta-ção.

Com o processo Biostil,visto oálcool ser continuamente removi-do antes de atingir tal nível,estarestrição não se aplica, O factorlimitativo para o fermento é apressão osmótica, a qual é deter-minada pelos componentes nãofermentáveis dissolvidos na ma-téria prima,

Paramelaçode cana,comumarelação "fermentáveis/não fer-mentáveis" (F/N) compreendidanormalmente entre 1. 5 e 3. olimiteda pressão osmótica permi-te uma concentração na matériaprima entre 35%e 55%de teor de

IDsólidos totais, resultando em 2-513

BIOSTlL

3 5 6

F/N

2 8o 4 7 9 10

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REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIALAgosto de 1982-237

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PETROQuíMICA

Devemos expandir a indústria petroquímica

(Continuação dos números de junho e julho)

A dependência do Brasil emrelação ao petróleo importado éum fato evidente que vem seacentuando de ano para ano,principalmente a partir de 1960,quando se iniciou praticamente aimplantação da indústria automo-bilística no país.

Já, em 1970, o Brasil consumiacerca de 29 591 622 m3 de petró-leo bruto e em 1977 esse total jásubia para 56047514 m3 (fonteCNP).

A estimativa para importaçãode petróleo em 1981deverá ser de68 604 690 m3 e, finalmente, nu-ma projeção para 1986, uma im-portação de 89289637 m3, casonão haja uma redução racionalno consumo.

Com o constante aumento, em-bora lento, de nossa produçãointerna de petróleo, face aosgrandes esforços desenvolvidospela PETROBRÁS, esses valoresrelativos à importação deverãoser amenizados, desde que o Go-verno Brasileiro mantenha umnível de importação fixo que é de750 000 barris/dia.

NILTON EMíLlO BUHRERINSTITUTO DE TECNOLOGIAS APROPRIADAS

AO HOMEMVINCULADO AO INSTITUTO DE PESQUISA

E PLANEJAMENTO URBANO DE CURITIBA

A nossa dependência de petró-leo importado chegou a ser deapenas 60% em 1960, quando oBrasil já produzia 100000 barris/dia de petróleo. Entretanto, noinício da década de 80, emboranossa produção tenha aumenta-do para 185 000 barris/dia, a nos-sa dependência de importaçãoera de 88%.

Neste ritmo, demonstrado pe-los números, dificilmente o Brasilse livrará da dependência da im-portação do petróleo em grandeescala, a não .ser que pudésse-mos manter o nível de importaçãode 750 000 barris/d ia, em troca deum aumento considerável, não sóna produção de petróleo interna,como também no desenvolvimen-to de novas fontes de energia, taiscomo o álcool, o carvão - tantomineral quanto vegetal- os deri-vados do xisto pirobetuminoso, obio-gás, energia solar, energiahidrelétrica e finalmente a ener-gia nuclear.

Portanto, além do petróleo, oBrasil necessita desenvolver, acurto e médio prazo, as novas

fontes de energia alternativa ci-tadas.

Com relação aos combustíveislíquidos, principalmente para veí-culos autbmotores, a solução jáestá em franco desenvolvimento,através do Programa Pró-Álcool,com perfeita aceitação dos usuá-rios e colaboração da indústriaautomobilística nacional. O mes-mo poderá acontecer com o usode óleos vegetais em substituiçãoao óleo diesel.

A investida brasileira para o de-senvolvimento e aplicação deenergia alternativa em substitui-ção aos derivados de petróleo éapoiada pela inevitável elevaçãodo custo do barril de petróleo (de2 dólares o barril em 1970,passoua custar em 1980, 35 dólares),agravada com o fato evidente desua possível escassez.

Nossa dependência do petró-leo importado poderá ser melhorapreciada nos gráficos que se-guem, não só com relação ao pre-ço do barril, como também dosgastos totais em importação depetróleo. Apresentamos também,

litros de resíduos líquido (a 23-40% de teor em sólidos) por litro.de etanol.

Para matérias primas como oxarope de açúcar, com relaçõesF/N que excedem 4, o limite nun-ca é alcançado. A Alfa-Laval reco-menda uma concentração da ma-téria prima (tipicamente 60% de

14

teor em sólidos) que origina umaconcentração do resíduo líquidode 55% de teor em sólidos. Comesta concentração, o resíduo lí-quido é auto-térmico - isto é,sustentará a combustão semevaporação prévia - e o seuvolume é inferior a 1 litro por litrode etanol. 1:<

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL

Para mais informações:

Alfa-Laval AB, BioventureBox 500S-147 00 Tumba, SuéciaTelefone: +4675365000Telex: 10260,10261,10923

Agosto de 1982 - 238

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as tabefas referentes ao consumobrasileiro de petróleo bruto, as deimportações de petróleo e expor-tações brasileiras, as do cresci-mento da economia do Brasil,

bem como as da evolução dasreservas brasileiras de petróleo,das reservas comprovadas de pe-tróleo bruto no mundo, e as dosmaiores produtores e consumi-

dores mundiais de petróleo, e,finalmente, um gráfico sobre adisponibilidade e demanda daOPEP (1976 a 1985), (Figs, de 12a 21),

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIODO BARRIL DE PETRÓLEO

GASTOS EM IMPORTAÇÃODE PETRÓLEO

US$ / BARRIL20 8

81LHÕES DE US$

2

8

718r-

--

16 -

.._~-- 6

14

512

10 4

3

6

4

2

oANO: 70

O

71 72 73 74 75 76 77 78 7' ANO: 70 71 72 73 74 15 TI 77 78 7'.OU'h."

FIG.12 FIG.13

DISPONIBILIDADE E DEMANDA DA OPEP

70MILHÕES DE BARRIS / DIA

-I I

.f--J---+-~~:~gmiittilli)ii

60

~O-

40- -- - -.+ .-

DE~~~~AD I

I .:=r>'

30-+=~-:=--,:~~~~t~<1-'1'" .1

2 o --+-n__+_--_.--

--' ""L A AO

NOS PREÇOS

..1-I +---- "

10

O

ANO: 16 77 78 79 80 81 82 83 84 85

FIG.14

Agostode 1982-239 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 15

E'00'

0,0,0"0'0""'0

,0""0'

$........"""0'.:':.:.:

1111111

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Consumo Bra$ileiro de Petróleo Bruto

(m3)

~1

í

FONTE: Conselho Nacional do Petr6leo.

FIG.15

Importações de Petróleo e Exportações Brasileiras

i!

- .j

(1) Dispêndio líquido deduz idas as exportações de petróleo e derivados.

FONTE: PETROBRÁS.

FIG.16

16 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Agostode1982- 240

ORIGEMANOS TOTAL

NACIONAL IMPORTADO

1970 9.530.540 20.061.082 29.591.622

1971 8.291.915 .21.902544 30.824.459

1972 8.722.194 29.286.791 38. 008. 985

1973 9.000.179 36.238.876 45.239.055

1974 9.796.571 37.836.770 47.633.341

1975 9.003.649 42800.208 51.803.857

1976 9.457.086 45.399.838 54.856.924

1977 9.553.527 46.493.987 56.047.514

A B RELAÇÃOPETRÓLEO (1) EXPORTAÇÕES A/B

ANOS

US$ 1.fX)() (NDICE US$ 1.000 (NDICE (1)

1,970 223.000 100 2.739.000 100 8,11971 309.000 139 2.994.000 106 10,61972 375.000 168 3.991.000 146 9,41973 740.000 332 6.199.000 226 11,91974 2.739.000 1.228 7.951.000 290 34,41975 2.581.000 1.157 8.670.000 317 29,81976 3.291.000 1.476 10.130.000 370 32,51977 3.524.000 1.580 12.139.000 443 29,0.

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-

Crescimento da Economia Brasileira

;'

i~

(1) Preços de 197~.

FONTE: PETROBRÃS.

FIG.17

EvO,lução das Reservas Brasileiras de Petróleo

. (103 Barril)

if}

FONTE: PETROBRÃS.

FIG.18

Agosto de 1982- 241 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 17

DERI VADOS DO PETR6LEO PRODUTO INTERNO BRUTO

ANOS CONSUMO (1)

103 m3 % Cr$ 106 %

1967 21.846 8,1 224.031 4,8

1968 25.504 16,7 244.896 9,3

1969 27.658 8,4 266.951 9,0

1970 29.351 6,1 292.338 9,5

1971 32.717 11,5 325.339 11,3

1972 36.592 11,8 359.122 10,4

1973 44;079 20,5 400.074 11,4

1974 47.498 7,8 438.361 9,6

1975 50.065 5,4 455.895 4,0

1976 54.511 8,9 475.043 4,2

1977 55.221 1,3 497.370 4,7"

i ".

.DATA CONTINENTE

PLA TAFOflMA TOTAL INDICECONTINENTAL

31.12.72 778.140 19.560 796.700 100

31.12.73 742.030 32.020 774.050 97

31.12.74 729.700 49.250 778.950 98

31.12.75 708.570 74.280 782.850 98

31.12.76 683.400 193.170 876.570 110

31.12.77 655.600 458.340 1.113.940 140

31.12.78 630.000 495.910 1.125.910 141

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Reservas Compro vadas de Petróleo Bruto

(Milhões de Barris)

FONTE' Wor/d Oi/.

FIG.19

Maiores Produtores Mundiais de Petróleo(Milhões de Barris/Dia)

FONTE: International Petroleum Encyclopedia, Ed. 1976.

FIG.20

18 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Agosto de 1982 -242

1950 1955 1960 1965 1970 /975

IAM(RICA 39.372 47.919 58.744 64.597 76.016 I 68.323

- Norte 28.718 33.571 37.750 40.558 50.440 42.766

- Central 4 3 1 1 1 2

- Sul 10.550 14.345 20.992 24.038 25.575 25.555

EUROPA 6.207 1.150 26.255 3796D 65.789 80.244

- Ocidental 297 1.150 1.562 1.855 6.554 18.595

- Oriental 5.910 - 24.693 36.105 59.235 61.649

AFRICA 183 269 8.374 22978 46.317 53.596

- Norte 181 252 8.100 19.900 39.088 35.504

- Centro e Sul - - I 265 2.815 6.385 15.135

- Outros 2 17 9 263 394 2.957.

ASIA 49.445 137.857 172500 239.356 353. 706 374.340

- Extremo Oriente 1.435 i 4.845 9.600 11.079 11.572 33.911

- Oriente Médio 48.010 133.012 162.900 228.277 342.134 340.429

OCEÂNIA - 15 - 70 1.775 2.475

- Austrália - 15 - 70 1.749 2.350

- Nova Zelândia - - - - 26 125

TOTAL 95.207 187.210 265.873 364.961 543.603 578.978

1970 1971 1972 1973 1974 1975

01 - URSS 7.059 7.433 7.884 7.975 9.176 9.82002 - EUA 9.630 9.529 9.451 9.189 8.812 8.35103 - ArábiaSaudita 3.549 4.498 5.733 7.334 8.210 6.82704 - Irã 3.329 4.535 5.021 5.861 6.026 5.35005 - Venezuela 3.708 3.549 3.220 3.364 2.976 2.34506 -.I raque 1.566 1.712 1.446 1.964 1.850 2.24007 - Kuwait 2.735 2.926 2.999 2.761 2.276 1.30708 - Nigéria 1.083 1.531 1.817 2.053 2.258 1.78709 - China 400 550 600 860 1.200 1.60010 - Líbia 3.322 2.762 2.215 2.187 2.491 1.48811 - Canadá 1.264 1.350 1.535 1.798 1.690 1.44412- AbuDhabi 694 940 1.050 1.298 1.412 1.40313 - Indonésia 853 889 1.060 1.324 1.396 1.31314- Argélia 1.008 775 1.064 1.070 986 94615 - México 430 436 441 465 551 70516 - Z. Neutra (O. Médio) 500 545 571 525 541 49617- Qatar(O. Médio) 363 430 482 570 518 44118- Austrália 175 315 341 419 389 40919- Argentina 383 423 433 418 413 38720 - Omã (O. Médio) .332 289 282 293 290 342

TOTAL 42.383 45.417 47.645 51.728 53.461 49.501

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Maiores Consumidores de Derivados de Petróleo do Mundo(Milhões de Barris/Dia)

,J,

'i

FONTE: International Petroleum Encyclopedia, Ed. 1976.

FIG.21

Para melhor analisarmos o nos-so consumo de energia primáriatotal, isto é, além do petróleo, asdemais fontes energéticas, como

gás natural, álcool, xisto, hidrelé-trica e outras de que o Brasildispõe, apresentamos o quadroabaixo, cuja fonte é o quadro ex-

traído da Revista de Química In-dustrial, página 12, de dezembrode 1980 (Fig. 22).

~I

FONTE: Taxa Média de Crescimento do Consumo de Energia Primária Total no período 1976/1986, 6,9% ao ano.

FIG.22

Agosto de 1982- 243 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 19

1970 1971 1972 1973 1974 1975

01 - EUA 14.350 14.830 15.980 17.305 16.745 16.24302 - URSS 5.215 5.547 5.977 6.485 6.915 7.426

03 - Japão 3.846 4.179 4.800 5.425 5.270 5.06804 - Alemanha Ocidental 2.433 2.613 2.885 2.750 2785 2.659

05 - França 1.888 2.051 2.315 2.554 2.435 2.11806 - Itália 1.834 1.931 2.005 2.099 2.015 1.97707 - Canadá 1.525 1.531 1.665 1.755 1.850 1.84208 - Reino Unido 2.087 2.093 2.195 2.286 2.150 1.82809'- China 424 450 575 798 900 1.08010 - Brasil 508 562 645 723 767 780

11 - Espanha 503 518 650 727 265 76012 - Holanda 750 729 805 834 725 70513 - México. 503 518 610 625 645 66214 - Austrália 513 541 546 574 570 563

15 - Bélgica 564 568 615 651 555 53716 - Suécia 591 560 585 586 545 53617 - fndia 367 424 482 509 505 501

18 - Argentina 423 429 447 470 500 49519 - Irã 278 338 354 414 456 46420 - Romênia 355 377 392 402 447 449

TOTAL 38.957 40.789 40.528 47.972 47.545 46.693

PETRÓLEO GÁS ÁLCOOL XISTO HIDRÁULICA URÁNIO CARVÃO LENHA BAGAÇO CARVÃO TOTALANOS NATURAL MINERAL DE CANA VEGETAL

1.0001 % 1.0001 % 1.0001 % 1.ooot % 1.0001 % 1.0001 % 1.0001 % 1.000 1 % 1.000 1 % 1.0001 % 1.0001 %

1977 45.348 42,8 551 0,5 457 0,4 - - 25.200 24,7 - - 3.973 3,7 22.106 bO,9 4.085 3,9 3.236 3,1 105.956 100,0

1978 47.968 42,4 559 0,5 988 0,9 - - 29.100 25,7 186 0,2 4.432 3,9 21.849 19,2 4.818 4,3 3.320 2,9 113.220 100,0

1979 50.428 41,7 591 0,5 1.628 1,3 - - 31.763 26,3 1.114 0,9 5.253 4,3 21.307 17,6 5.553 4,6 3.406 2,8 121.043 100,01980 53.551 41,3 865 0,7 1.828 1,4 - - 35.779 27,6 1.114 0,9 6.215 4,8 20.842 16,1 5.821 4,5 3.495 2,7 129.510 100,01981 55.012 39,7 1.297 0,9 2.364 1,7 - - 41.247 29,8 1.114 0,8 7.712 5,5 19.971 14,4 6.350 4,6 3.586 2,6 133.653 100,0

1982 57.242 38,5 1.313 0,9 2.847 1,9 - - 46.655 31,4 1.114 0,8 9.552 6,4 19.271 13,0 6.842 4,6 3.679 2,5 146.525 100,0

1983 59.845 37,5 1.328 0,8 2.967 1,9 1.154 0,7 50.903 31,9 2.412 1,5 10.811 6,8 19.139 12,0 7.059 4,5 3.774 2,4 159.193 100,0

1984 63.525 37,4 1.384 0,8 3.101 1,8 1.154 0,7 55.378 32,5 3.517 2,1 11.883 6,9 19.100 11,2 7.292 4,3 3.873 2,3 170.007 100,0

1985 66.426 36,7 1.424 0,8 3.213 1,8 2,310 1,3 58.578 32,3 5.545 3,1 13.110 7,2 19.046 10,5 7.510 4,1 3.974 2,2 181.166 100,0

1986 71.521 37,1 1.512 0,8 3.333 1,7 2.310 1,2 61.207 31,8 7.761 4,0 14.184 7,4 19.032 9,9 7.663 4,0 4.077 2,1 192.580 100,0

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Umoutro quadro fornecido por fonte oficial (Ministériode Minas e Energia), apresenta valores umpouco diferentes do quadro anterior, conforme podemos observar. (Fig.23).

Consumo de Energia Primária em

Unidade Equivalente de Petróleo

FONTE: Ministério de Minas e Energia

5. DEPENDÊNCIA DETECNOLOGIA PETROQuíMICAIMPORTADA

(TRANSFERÊNCIA DE"KNOW-HOW")

No Brasil, a maioria das unida-des petroquímicas teve origemem projetos e técnicas importa-das (existemexceções, pois algu-mas unidades petroquímicas uti-lizamtecnologia nacional).Afaltade desenvolvimento da. tecnolo-gia brasileira impedea criação deunidades petroquímicas total-mente nacionais.

O empresariado, ao invés deinvestirem pesquisas e desenvol-vimentode novos projetos, prefe-re comprar tecnologia ("know-how") estrangeira, pronta paraser usada. Em alguns casos, de-20

FIG.23

pendendo do contrato, o própriofornecedor estrangeiro se incum-be de executar a manutenção eintroduzir modernizações nasunidades adquiridas.

Esta estratégia é perigosa eprejudicial à nação, pois além docusto elevado, implica tambémno pagamento de "royalties" àsempresas estrangeiras.

Devidoa necessidade premen-te de alterar este quadro, as auto-ridades governamentais,assimcomo alguns empresários, têmdemonstrado muitapreocupaçãoacerca do problema.

Um dos procedimentos possi-veis que as empresas adquirentesde uma patente ("know-how")podem realizar,é estudar detida-mente o comportamento da uni-dade operacional (ou de todo o

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

projeto) e desenvolver pesquisascom vistas à assimilação da tec-nologia adquirida. Umaempresaou grupo de empresas que pos-sua uma infra-estrutura básica,tecnicamente bem desenvolvida,que tenha assimilado muito bema operação dessa unidade, prati-camente independerá, no futuro,da firma licenciadora do pro-cesso.

Esta atitude do empresariadc.deveria ser mais constante e maisexigida pelo governo. Isto evita~ria, sem dúvida nenhuma, quealtas somasem "royalties"saís-sem do País para o exterior.

Conforme as condições docontrato firmado, poderá a em-presa desenvolver outro projetosimilar, com os acréscimos detecnologia própria, detalhamen-tos, assistência técnica e outros

Agosto de 1982- 244

1976 1977 76/77

FONTES QUANTIDADE QUANTIDADEENERGÉTlCAS (1030

5(103t)

% %

FONTES EXTERNASPetróleo -10.541 20,5 36.012 34,9 241,6Gás Natural - - - - -

Carvão Mineral 1.140 2,2 2.702 2,6 137,0

TOTAL PARCIAL 11.681 22,7 38.712 37,5 231,4

FONTES INTERNASPetróleo 6.830 13,3 7.051 6,8 3,2Gás Mineral 105 0,2 505 0,5 381,0Xisto - - - - -Urânio - - - - -Carvão Mineral 908 1,8 1.404 1.4 54,6Álcool 367 0,7 537 0,5 46,3Hidrául ica 8.465 16,5 26.953 26,1 218.4Lenha 19.291 37,4 20.885 20,2 8,3Bagaçode Cana 2.825 5,5 4.714 4,6 66,9Carvão Vegetal 1.003 1,9 2.489 2,4 148,2

TOTAL PARCIAL 39.794 77,3 64.538 62,5 62,2

TOTALGERAL 51.475 100,0 103.252 100,0 100,6

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mais, como fluxogramas, estrutu-ras, fundações, diagramas-tan-to elétricos quanto eletrônicos-utilidades, etc.

Já é comum a participação defirmas brasileiras de engenhariade projetos petroquímicos emquase todos os projetos dessanatureza, principalmente as asso-ciadas a firmas estrangeiras.

Assim, a transferência de tecno-logia do exterior ocorre em graucada vez menor, a não ser, muitopouco, no caso de projetos bá-sicos.

Conforme já dissemos antes, oproblema da transferência de tec-nologia, recentemente tem rece-bido uma atenção bem maior,não só no Brasil, como tambémem muitos países da América La-tina. As respectivas legislações arespeito são ainda muito com-plexas e incompletas.

Há que se proceder de forma apermitir a compra de tecnologia("know-how") de menor custo emelhor adaptável aos fatores deprodução nacionais. Deverá a le-gislação a respeito dar maiorelasticidade de negociação, nãosó ao Estado como às empresasque desejam efetuar a compra detecnologia estrangeira.

A aquisição ou a licença detecnologia deve ser realizada deforma a possibilifar seu desmem-bramento em alto grau, isto é, deforma que seja possível uma ab-sorção gradativa e, em algunscasos, as necessárias adaptaçõesàs condições nacionais.

Só existe real transferência detecnologia quando ela é absorvi-da e os conhecimentos se adicio-nam ao acervo técnico de quem aadquiriu. Em outras palavras, só éválida quando se adquiriu a capa-cidade de utilizá-Ia e/ou repeti-Iapor conta própria.

Um país evolui técnica e econo-micamente, justamente quando atecnologia assimilada fica à dis-posição de um maior número depessoas envolvidas no desenvol-vimento industrial.

O problema da transferência detecnologia ou desen.volvimentode "know-how" próprio na indús-

Agosto de 1982- 245

tria petroquímica, além de suagrande importância econômica,deve ser estudado pelas suasimplicações sociais e culturais.

Em resumo, não é só necessá-rio montar indústrias petroquími-cas (ou outras) somente pelo fatode proporcionarem maiores lu-cros às empresas ou à nação.Devemos considerar outros fato-res envolvidos, como indepen-dência externa, efeitos sócio-eco-nômicos resultantes de maior nú-mero de empregos, maior oportu-nidade de pesquisa a um desen-volvimento mais homogêneo detodas as atividades em geral, in-clusive os Centros de Pesquisas,Engenharia de Processos e Equi-pamentos Industriais de Bens deCapital (construções, mecânicas,equipamentos eletrônicos, cal-deiras, bombas, etc.).

Finalmente, para a implantaçãode novas fábricas ou ampliaçãodas já existentes, não é necessa-riamenteindispensável a aquisi-ção de "know-how" estrangeiro.

As deficiências existentes ouos desgastes havidos (na maioriados casos) podem perfeitamenteser resolvidos pelo aproveitamen-to de "know-how" acumulado pe-las diversas empresas já em fun-cionamento, e com níveis eleva-dos de eficácia, através de seucorpo de engenheiros e demaistécnicos. Incluem-se, também, aelaboração de novos projetos,desenhos e demais detalhes,adaptando-se melhor ~as nossasexigências atuais ou futuras.

Por esse motivo, são necessá-rias e fundamentais diversas me-didas governamentais, incenti-vando a criação de "know-how"brasileiro, além da absorção detecnologia externa.

Está previsto, pelo menos combastante ênfase, que o 3C?PoloPetroquímico a ser implantadono Rio Grande do Sul, através daCOPESUL, será implementadocom o máximo de transferênciade tecnologia.

Na própria concorrência entreos grupos multinacionais interes-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

i

.

sados em participar (como só-cios) do empreendimento, o CDIdará preferência aqueles que sedispuserem, ao máximo, a abrir opacote tecnológico a ser adqui-rido.

Incluem-se também dispositi-vos para outorgar a firmas nacio-nais, quando possível, aexecu-ção de grande parte do projetobásico e a maximização do de-talhamento e da fabricação doequipamento.

O mesmo pensamento estátambém dirigido ao POló Petro-químico do Nordeste (COPENE)no sentido de, no futuro, desen-volver programas de transferên-cia tecnológica ao máximo.

Assim sendo, já aCOPENE con-ta com o programa de desenvol-vimento tecnológico CEPED e in-clui as três principais áreas quesão:

- assistência técnica-opera-cional

- desenvolvimento tecno-Ipgico

- sistema de informática.

Segundo várias publicações aesse respeito, a PETROBRÁSvemdesenvolvendo cuidadosamenteem seu Centro de Pesquisas CEN-PES, uma estrutura a fim de po-der participar mais ativamente noprocesso de desenvolvimento daengenharia básica.

Da mesma forma, foi criado noCENPES, um setor de engenhariade processo, com idêntica fina-lidade.

O esforço demonstrado por de-terminada empresa nacional deengenharia, que resolveu agir deforma integrada, demonstrandoassim o quanto pode a iniciativaprivada nacional em assuntosdessa natureza (projetos repetiti-vos e livres de pontes), é digno denota.

Cogita-se na PETROQUISA, atransformação desta, em empre-sa "Holding". Esse processo fa-cilitaria seu objetivo, que é o defomentar a petroquímica na-cional. .

21

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6. ÁREAS DE APLICAÇÃODOS PRODUTOSPETROQuíMICOS NOMUNDO E NO BRASIL

As áreas de aplicação dos pro-dutos petroquímicos são as maisvariadas possíveis, desde os pro-dutos básicos, tais como os gasesmetano, eteno (ou etileno), pro-peno (ou propileno), butenos, bu-tadienos e os líquidos, benzeno,tolueno, os xilenos (orto, meta e

Aldeído fórmico (37%)FenolUréia (técnica: 46%)MelaminaEstirenoEtibenzenoCio reto de VinilaAcetato de VinilaAnidrido FtálicoAnidrido MaleicoOctanol e Iso-OctanolButanolÉsteres Acrílico e MetacrílicosPropilenoglicolÓxido de PropenoPolipropilenoglicolT01uenod iisocianatoAdipato de Hexametilenodiamina

pata), o metanol e a amônia(gás), ou o amoníaco líquido, atéos produtos acabados.

Além dos produtos básicos,existe uma série de produtos in-termediários (produtos químicossintéticos), responsáveis pelaprodução industrial de centenasde produtos finais ou acabadosque constam nas relações que seseguem:

Assim, como produtos quími-cos intermediários, teremos:

Ácido AdípicoHexametilenodiaminaAdiponitrilaCiclohexanoEtilenoglicolÓxido de EtenoDimetiltereftalatoÁcido TereftálicoCiclohexanolCaprolactamaAcrilonitrilaCumenoDodecilbenzeno e AlcqilbenzenoTetrâmero de PropenoÁcido AcéticoÁcido OxálicoIsopropanolGlicerina

Como produtos finais ou acabados, temos como

principais os seguintes:

FERTILIZANTES NITROGENADOS Resinas fenólicasResinas alquídicas

Uréia' Resinas poliésterAmoníaco PoliuretanasNitrato de amônioNitrocálcio

TERMOPLÁSTICOS

Polietileno AD (alta densidade)Polietileno BD (baixa densidade)PVCPoliestirenoPolipropilenoPVA e outros vinílicosResinas acrílicas e metacrílicasResinasABS . .

TERMOEST ÁVEIS

Resinas aminadas

22

FIBRAS ARTIFICIAIS ESINTÉTICAS

NylonNylon 6Nylon 6.6

PoliésterPol iacri lonitri IaRayonRayon viscoseRayon acetato

ELASTÔMEROS SINTÉTICOS ENEGRO DE FUMO

SBR (Styrene Butadiene Rubber)

REVISTA DE QUíMiCA INDUSTRIAL

.'

PolibutadienoPoliisoprenoButílicaPolicloroprenoEPT

OUTROS ELASTÔMEROS

Latex SBROutros láticesNegro de fumo

DETERGENTES SINTÉTICOS

Dodecilbenzeno sulfonato desódioAlcoilbenzeno linear sulfonadoTensoativos não tônicosOutros

SOLVENTES E PLASTIFICANTES

AcetonaMetil-etil cetonaMetil-isobutil cetonaAcetato de buti IaAcetato de etilaPlastificantes ftálicos

As áreas de aplicação de todosesses produtos estenderam-se,logo após o advento da petroquí-mica, a quase todos os paísesdesenvolvidos, principalmenteno período de 1945 a 1970. NoBrasil, bem como em outros paí-ses da América Latina, a sua ex-pansão e desenvolvimento teveinício após 1960, sendo que emnosso país, a partir de 1966 é quehouve o maior desenvolvimentograças à criação da PETROQUI-SA, subsidiária da PETROBRÁS.

As áreas de aplicação dos pro-dutos da Indústria Petroquímicasão as mesmas, seja no estrangei-r'o, seja no Brasil.

Em nosso País a Indústria Pe-troquímica se encontra em francodesenvolvimento, tanto na áreade produtos básicos como na deprodutos intermediários e aca-bados.

Isto é possível verificar no qua-dro que apresentamos a seguir.(Fig. 24).

.'!

Agosto de 1982 -246

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MATERIAS PRIMAS

r

liII

GÁs NATURAL

PRODUTOS QUíMICOSDERIVADOSDO PETRÓLEO E DO GÁs

ANTICONGELANTES/~';>oSOLVENTES---<> PLASTIFICANTES. \ I

~ CLORETO DE VINIL I::;;;::: SUBST. DE VINILACRILONITRILA BORRACHA GR-AF.DE ORLON

I SOLVENTES

TETRACLORETlLENO-~ ESTlRPADEIRA DE PLANTAS DANINHAS

, I. ~ """"En"", --- . [ O""..".." """..,"'IIPREroDECARVÁO I OBORRACHASUBST.PLAST.REVESTIM.~ I .--'> ANTICONGELANTESETILENO GLICOL~ SUBST. PLAST. FIBRAS. PELÍCULAS

--- SUBST.DEPOLIETILENOOXIDOÉTlLÊNICO <)SUBST.ACRILATICASALCOOLETI'LlCO-- - -~ SOLVENTE:;

-~ 'ACETADEIDO-- ..~ "CIDO ACETIC,O'~CLOROETlLENOS : - 01

' ANIDRIDO ACETlCO', ! " REFRIGERANTES

FLUORETANOS- - ~ AEROSOIS

'CETOLISOPRiLICO ~ 1 SOLVENTES-.

p

.

O

.

L

.. I PROPILEN~ - DETERGENTES

: r< EXPLOS I VOS\ -. / REVESTIMENTOS

1 \ / I

BUTILENOS J\-.

;;/ ! o BORRACHA BUTlLICA

r-'-+-ESTIRENO tsPOLIESTIRENOBUTADIENO ~-; /:_. - - BORRACHA GR-S

i --HEXAMETILENODIAMINA FIBRA DE NYLON

~' CICLOHEXANA-ACIDO ADIPICO A

/ /' ~FENOL ~ SUBSTANCIAS FENÓLICAS/' ADESIVOS

NITROBENZENO-ANILINA MATIZES" CLOROBENZENOS

ANIDRIDO MALEICO ç SUBSTÂNCIAS DE POLIESTERREVESTIMENTOS

INSETICIDASEXPLOSIVOS

~PRIMÁRIOS

ETANO

Li CUIDOSDEGlIs NATURAL

GLP DEREFINARIA

. IDESTILADOS

DO PETROLEO

rGAS DESINTESE

I ~ AMONIACOi r;.AS DESINTESE

DEPETRÓLEO

ETI L ENO

PROPILENO

I

[---o

[BENZENO

ÓLEOS RESIDUAIS

DO PETRÓLEO TOLUENO

XILENOS

NAFTALENO

AROMÁTICOS

PICHE

Fonte; RESOURCES FOR THE FUTURE INC.

Agosto de 1982- 247

]

PRODUTOS

INTERMEDIÁRIOS PRODUTOS FINAIS

~URÉIA

~._.

PELíCULAS FILMESPLASTIFICANTESSJLVEHTES~ ACIDO TEREFTALICO

ANIDRIDO nÁLICO-/

Y /r-- __-1-

L-. 1 ELETRODOS

J' RESINA DE PICHE

FIG.24

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 23

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Como áreas de aplicação deprodutos petroquímicos no mun-do e também no Brasil, podemossalientar o seu emprego em diver-sas atividades além das áreasquímicas, como sejam as relacio-nadas com a atividade do homem.

Dentre as principais citaremosas seguintes:

- Produtos para uso domésti-co (detergentes, vestuários, pro-

dutos plásticos, couro artificial,espumas para material de limpe-za, revestimentos, etc.).

- Na indústria automobilísti-ca e aeronáutica (forrações, pin-turas, assentos, painéis, etc.).

- Produtos industriais (tintas,vernizes, adesivos, isolantes, pe-ças mecânicas, etc.).

- Materiais de construção (ja-nelas, pisos e paredes, forros,

Distribuição da Utilização dos Plásticos nos EUA em 1970

coberturas, etc.).

As demais aplicações dos pro-dutos petroquímicos acabados eoutras atividades do homem, sãode tal forma distribuídas que pra-ticamente não existe nenhumaatividade em que não participemesses produtos. Como ilustração,apresentamos o quadro a seguir.(Fig. 25), 1;J.

MERCADO % DO MERCADOTOTAL

PRINCIPAIS APLICAÇÕES PLÁSTICOS MAISEMPREGADOS

Embalagem

Construções &Edificações

Produtos deconsumo

Fios e Cabos

Transportes

Mobiliário

Sacos plásticos para alimentos, confecções e PE, PVC, PPprodutos industriais, frascos, tampas,garrafas, garrafões, etc.

.Decorações, cobertura de paredes, emaglomerados de madeira, lumináriascoberturas de pisos, proteção ao assoalho,tintas, etc.

23

18PVC, fenólicos,amínicos, alquídicos, PSpoliéster, PE, PVA,acrílicos e epoxi

Flores artificiais, discos, brinquedos, sapatos, PE, PS, PVC, PP eescovas, pentes, toalhas, bolas, cortinas PUobjetos de uso doméstico, etc.

Cobertura de fios.e cabos PE,PVC

17

6

Carros, ônibus, trens,barcos, aviões,caminhões.

PVC, poliéster, fenólicosASS, PP, espumas depoliuretanos

9

Cadeiras premoldadas, capas, forrosacolchoamentos, etc. PVC, PU, PS, fenólicos

poliéster, melamínicos

5

Tubos, ~ondutos Canalização de água em residências, dee conexõesliquidos em indústrias, etc. PVC, PE,ABS, PS 5

Utensílios Rádio, TV,geladeiras, aspiradores,eletrodomésticos liquidificadores, ar condicionado, máquinas PS, ABS, PU, PP e

de lavar, telefones, máquinas de calcular, etc. fenólicos

Agricultura

Outros

Filmes para evitar a evaporação dos canaisde irrigação, abrigos de climatização paraas hortaliças, etc.

PE, PVC, PR e PP

Proteção e partes de equipamentos, indus-triais, papel, aplicações com fins recreativos,etc.

4

12

PE - polietileno; PVC - polieloreto de vinila; PS - poliestireno; P P - pOlipropileno; PU - poliuretanos; ABS - aerilonitrila-butadie-no-estireno; PR - plásticos reforçados (essencialmente poliést er); PVA - acetato de polivinila.

24

FIG.25

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL Agosto de 1982 - 248

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SUBPRODUTOS DE COQUERIA

.

Química do carvão e siderurgiaImportânciados subprodutos da coqueria para a indústria

Desde a crise do petróleo, ocarvão de pedra adquiriu novaimportância, não somente comofonte de energia, mas tambémcomo produtor de matériasprimas.

Presentemente, a quantidadede produtos químicos do carvãono Japão representa tão só a dé-cima parte dos produtos petro-químicos, mas a expectativa éque aumente o empregode pro-dutos químicos derivados do car-vão, o qual é matéria prima derelativobaixo preço, abundante ede fornecimento estável.

Os processos tecnológicos pa-ra a química do carvão como fon-te de compostos químicos estãoem progresso, em várioscampos,inclusive para o uso em alto nívelde alcatrão, ól~os leves,etc., quesão subprodutos da produção decoque.

Também se encontram adian-tados os procéssos de "gaseifi-cação" e "liquefação" em largaescala, do carvão.

No Japão, a indústria siderúr-gica consome por ano 80milhõesde toneladas de carvão. Cerca de85%desta quantidade são empre-gados na indústria do aço, poisesse combustível é necessáriopara produzir o coque necessáriona produção do ferro gusa.

Até agora, o alcatrão, os óleosleves e os gases dos fornos decoqueificação eram simplesmen-te fornecidos à indústria químicaque operava com os subprodutosda coqueria.

Mas tornou-se necessário, nasatuais circunstâncias, dar valor àefetiva utilização da tecnologiarelacionada com o carvão.

*, * *

Agosto de 1982- 249

As atividades da Nippon Steelno campo químico começaramem 1907quando foi instalado umpote para destilação de alcatrão,nas Usinas Yawata.

Hoje,as atividadesdo grupo nocampo químico se processamsob a responsabilidade de Nip-pon Steel Chemical Company Li-mited e Nittetzu Chemicallndus-trial Company Limited, nas apli-cações diversificadas dos al-catrões.

A capacidade de destilação dealcatrão do grupo da NipponSteel encontra-se no mundo emsegunâo lugar entre as grandesempresas produtoras.

Os produtos da indústriaquími-ca fabricados pelo grupo, a partirdas matérias primas resultantesda produção de aço, compreen-dem cimento, "lã" de rocha, ou-tros compostos inorgânicos, naf-taleno, fenol, creosoto e outrosprodutos do alcatrão, produtosquímicos gasosos, como amonía-co (NH3),assim como produtosda petroquímica, a saber, be"nze-no e estireno (monômero).

* **

Ao contrário de outros fabri-cantes da indústria químicajapo-nesa, que dependem pesadamen-te do petróleo, Nippon Steelocupa uma posição vantajosa,desde que valiosos materiais de-r.ivamda produção de coque, oque assegura estável fornecimen-to de produtos.

Este grupo está em posiçãovantajosa competidora, quandose faz comparação com empre-sas petroquímicas nas áreas emque se obtêm benzeno, naftaleno,

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

CORPO TÉCNICO DE

NIPPON STEEL CORPoTOKYO

creosoto , anidrido ftálico e esti-reno.

A experiência tecnológica dáao grupo capacidade de tornar-seo primeiro no mundo para produ-zir coque em agulhas (needlecoke) para elétrodos de fornoselétricos, a partir de piche de car-vão, em lugar de matérias combase de petróleo.

O grupo conseguiu tambémuma produção básica no campoinorgânico, como a fabricação decertos produtos, por exemplo ocimento com o aproveitamentode escórias de alto forno.

O cimento é feito empregandomenos energia que o cimentocomum, o que representa umavantagem.

Aproveita-se igualmente re$í-duo da indústria siderúrgica paracom ele se fabricar "lã" de rocha,material muito usado como iso-lante de calor em instalações in-dustriais.

No terreno da química do gás,Nippon Steel possui a tecnologiaque permite o uso de,subprodutoobtido no processo para separardo gás do forno de coque osóleos leves, bem como para se-parar do gás do forno o hidrogê-nio para compor o amoníaco, e aciclo-hexana.

* * *

Nippon Steel planeja expandirsuas atividades tomando as se-guintes diretrizes:

1.Fortaleceras operaçõescor-rentes no campoquímico,inclu-indo a aplicação química de altoníveldo alcatrão, dos óleos levese dos gases.

2. Expandir internamente o de-IDsenvolvimento de materiais in-

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INFORMAÇÃO QUíMICA

Aquisições da ciência químicaNotícias da ABQ- Regional de

Pernambuco para seus associados

As informações dadas a seguir,e relacionadas com a Química,foram preparadas por qufmicosda Secção Regional de Pernam-buco da Associação Brasileira deQuímica e destinadas aos as-sociados da entidade com sedena cidade do Recife.

Curso de Engenharia Químicapara Químicos

Ao cabo de um ano de espera,está em mãos da ABQ-PE o espe-rado Curso de Engenharia Quí-mica para Químicos, realizadoem vídeo-cassete pelos especia-listas da American Chemical So-ciety.

Este, como outros cursos quehão de vir nas mais diversas es-pecialidades químicas, é um es-forço da atual Diretoria da ABQ-PE no sentido de nosso desen-volvimento cultural no campo daQuímica.

Com a autorização de traduzí-10para o português, com explica-ções sobre o texto e com forne-cimento de apostilas, o Cursoterá como Coordenador o Prof.Carlos Edison Lopes, da Univer-dade Federal de Pernambuco.

Colaborarão na exposição dosCursos a ser dados também osProfs. Augusto Knoechelmann,

Arão Horowitz, Paulo José Duar-te, e outros, conforme a especia-lidade. A administração caberáao químico Clovis José da Rocha.

O primeiro Curso será dadopossivelmente em julho, em locale data que informaremos aos as-sociados e demais interessados.Este Curso será ainda dado eminglês, com explicações em por-tuguês. O segundo Curso já tra-duzido ao português, será lecio-nado no mês de novembro.

Os planos para o futuro sãomuito interessantes, pois são pre-vistas preparações de Cursos es-pecializados com cientistas etécnicos de nossas Universida-des, no campo da Química, demodo a levar também a nossacontribuição cultural ao mundoda língua portuguêsa.

A UFPE poderá dar uma fortecontribuição com colaboraçãoda TV Universitária. Cursos espe-cializados sobre açúcar, álcool,óleos alimentícios, proteínas vi-taminadas de levedura, fertilizan-tes, e outros têm sido sugeridos.

Esperamos, para maior êxitodo empreendimento, pJena parti-cipação dos químicos, empresá-rios e das autoridades interes-sadas no desenvolvimento daQLJímica.

AH, PJO. E RSARECIFE

Rede de instituições químicaspara nações em

desenvolvimento

PJO

Uma rede mundial - a "Inter-national organization for chemi-cal sciences in development"10CD- foi criada como resulta-do de uma reunião de eminentescientistas na sede da Organiza-ção das Nações Unidas para As-suntos Educacionais, Científicose Culturais (UNESCO), em Paris,em agosto de 1981.

A finalidade da lOCO é congre-gar químicos e instituições quími-cas em todo o mundo para umesforço cooperativo com as na-ções em desenvolvimento desti-nado à aquisição da mão de obraespecializada, facilidades educa-cionais. Na reunião de Paris foieleito o Prof. Glenn T. Seaborg,da Universidade da Califórnia,Berkeley, como primeiro presi-dente da lOCO.

A UNESCO financiará as opera-ções iniciais da lOCO por trêsanos (CEN, 3 de agosto de 1981).Grande esforço está sendo dis-pendido para cooperação doMestrado em Química à UFPEcom a lOCO, tornando-se neces-sário o apoio da política educa~cional federal no mesmo sentido.

AH*

dustriais adiantados, como plás-ticos, produtos cerâmicos e com-pósitos.

3. Dar resposta ao desafio futu-ro da química do carvão, pela in-tegração de tecnologias relacio-nadas ao carvão para fazer usodos abundantes suprimentosmundiais deste insumo.

26

Capacidade de destilação dealcatrão apresentada pelos

maiores fabricantes(em 1 000 t/ano)

Rütgerwerke, RFA 1.430Grupo Nippon Steel,Japão. 900Koppers, EUA 780USS Chemicals, EUA 660

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Mitsubishi Ch. Ind., Japão.. 630BSC Chemicals, RU 550

Por esta apresentação em nú-meros, vê-se que é importante, eesperançosa, a indústria do apro-veitamento dos subprodutos dagrandesiderurgia. *

Agostode1982- 250

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Proálcool e Pró-poluição

o problema do incremento dapoluição com o incremento daprodução do álcool, em virtudeda produção de caldas ou vinhotona proporção de cerca de 13litrosde vinhotos para cada 1 litro deálcool produzido, tem merecido,desde muito tempo, os mais deta-lhados estudos de modo a evitarlançar o vinhoto nos cursosd'água.

Até o presente, as tentativasmais diversas de seu aproveita-mento como fertilizantes, comoprodutor de proteínas, como pro-dutor de gases combustíveis nãotêm chegado a um termo comple-tamente satisfatório, em face dovolume produzido do vinhoto pa-ra o tempo de utilização, do podercorrosivo e da incrustação nasaparelhagens empregadas e deoutras características que têmescapado ao nosso domínio.

Contudo, temos de convir emque, apesar do imenso investi-mento empregado para a produ-ção do álcool, não têm havidoalgo proporcional para levar àconclusão de estudos e experi-mentos para contrOle dessa po-luição e aproveitamento do vi-nhoto. Lagoas de decantação pa-ra diminuir a matéria orgânica ejogar a calda diretamente ao solo,com ou sem correções pareceque tem sido o modo mais eco-nômico de controle da poluição edo aproveitamento dos elemen-tos nutritivos.

Certamente a criação de uminstituto de combate às caldas,não para estudar regulamen-tação, mas para desenvolver osmétodos de seu aproveitamento,o que pode ser obtido pela inte-gração de mais de um método, éde uma urgência maior do que opróprio Proálcool.

Aumenta a nocividade dosresíduos das destilarias de álcool

e aguardante

As destilarias de álcool e aguar-dente estão usando, nas desin-

Agosto de 1982- 251

PJD

fecções das suas cubas de fer-mentação, o pentaclorofenato desódio, sob a forma de solução. Oproduto é comercializado comnomenclatura em código, paradisfarçar a natureza de sua com-posição.

Como se sabe, o pentaclorofe-nato de sódio é aquele produtoque ocupou o noticiário da im-prensa e TVs no segundo decêniode março de 1982, o que ocasio-nou a morte, no Rio de Janeiro, dedois operários e resultou na inter-dição de um armazém de gênerosalimentícios, assim suspeito decontaminação.

Outro derivado do fenol, o pen-taclorofenol, foi usado em cursosd'água no Estado de Alagoas co-mo moluscocida, na prevençãocontra a esquistossomose, mas oseu grau de nocividade foi tãointenso que as autoridades sani-tárias responsáveis suspenderamo seu emprego.

Agora, com a utilização do pen-taclorofenato de sódio, o proble-ma voltou a se agravar, não sópela destruição da flora e faunaaquáticas normais, como tam-bém porque cresceram as fontesde poluição, pela instalação demaior número de destilaria deálcool e aguardente.

Outro fato a considerar nasdestilarias de aguardentes é que,além da inclemência dos despe-jos de caldas nos rios, existe operigo de contaminação da' pró-pria aguardente com o pentaclo-refenato de sódio. e isto precisade ser urgentemente investigadopor meio de exames de laborató-rio, porque atinge o próprio con-sumidor.

Atinge os operários, manipula-dores da droga, e as populaçõesribeirinhas, que ao recolherem ospeixes mortos mas ainda nãodeteriorados, correm o risco decomê-Ios, vindo a sofrer de todosos males decorrentes da intoxi-cação fenólica e pelo cloro, estecom efeito cumulativo sobre ostecidos gordurosos do indivíduo.

É oportuno lembrar que os quí-micos sempre realizaram a desin-fecção das domas de fermenta-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

.

ção com produtos praticamentenão tóxicos. Contudo, algumasempresas de produtos químicosestão mais interessadas em, "fa-tu rar".

Cabe indagar em nome dequem se deve aplicar "progressotécnico" como o resultante doemprego de um método que vema exterminar, a médio e longoprazo, ponderáveis segmentos dapoluição, mas que vem causar adestruição da fauna aquática res-ponsável por tantos benefícios aohomem.

A notícia deve merecer a aten-ção das autoridades, do GEACOeda Secretaria do Meio Ambiente.

RSA

o Brasilé excelente

mercado em expansão

A conhecida firma francesaRhône-Poulenc se considera par-te de uma estrutura mundial decomércio químico desde muitosanos. Uma das suas primeirasatuações, fora da França, foi noBrasil. Uma firma foi formadaaqui, em 1919, para fabricar per-fumes.

Daí em diante, desenvolveu-separa formar a Rhodia S.A., amaior subsidiária não francesa daRhône-Poulenc, com vendas, em1980, de 10% do total da firma.

Jean-Marc Bruel, vice-presi-dente executivo, em entrevistapara C & EN (29/06/81), explica"Escolhemos o Brasil para nosexpandir porque o país represen-ta um importante mercado emcrescimento e uma oportunidadepara o Grupo desenvolver aindamais sua pesquisa e o conheci-mento tecnológico.

A Rhodia SA é agora umaRhône-Poulenc em miniatura.Com a exceção de nossos produ-tos para sistemas eletrônicos efertilizantes, suas atividades sãouma duplicação da firma central.É uma das maiores firmas parti-culares do Brasil com um conti-gente de cerca de 14 000 funcio-

nários.

AH

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Recente desenvolvimento

da química inorgânica

A catálise de reações fotoquí-micas, os novos tipos de comple-xos solúveis dos metais de transi-ção e o desenvolvimento da teo-ria do mecanismo das reaçõesinorgânicas, estão entre as áreasque têm atraído crescente aten-ção.

Fotoquimica - Nesta área, aspesquisas mais recentes se con-centram no uso da luz visível pararomper as ligações hidrogênio-oxigênio.da água libertando hi-drogênio e oxigênio gasosos.

O objetivo será a combinaçãopara o aproveitamento da energiadespreendida.

Muito recentemente têm sidodesenvolvidos sistemas que pro-duzem simultaneamente ambosos gases. Estes sistemas, de ummodo geral, são de dois tipos:aqueles que empregam catálisesheterogêneas (catalisador sólido)e os que usam catalisadores ho-mogêneos ou solúveis para cap-tar a energia solar e dirigir areação química subsequente.Existem também sistemas inter-mediários entre os dois, que em-pregam moléculas solúveis paraabsorver a luz, e sólidos comocatalisadores de reação.

Estes estudos trarão, certa-mente, melhor conhecimento so-bre a catálise que envolve transfe-rência de eléctrons e não apenasaquelas que. são iniciadas foto-químicamente.

Complexos organometálicos-Neste campo, uma das mais fasci-

nantes áreas é a dos complexosdos metais de transição nos seusmais elevados estados de oxida-ção, devido à atividade catalíticade alguns desses compostos.

Neste estado de oxidação, osprimeiros metais de transição,particularmente o tungstênio,formam ligações duplas ou mes-mo triplas com o carbono.

Tais complexos reagem rapi-damente com as olefinas e osacetilenos, causando reações derearranjamento. Todas as rea-ções deste tipo são extremamen-te estereoespecíficas.

Um ou~ro grupo de complexos,que está atraindo atualmentemuita atenção. são aqueles quecontêm ligações múltiplas metal-metal. Estes complexos são for-mados pelos metais de transiçãonos seus estados de oxidaçãomenos estudados: seus estadosmais reduzidos. Vem sendo de-monstrado que complexos destetipo podem ser envolvidos emvários processos catalíticos.

Os latanídeos e os actinídeos,do mesmo modo, podem formarcomplexos que são, em muitospontos, semelhantes aos citadosanteriormente. Recentemente sedemonstrou que alguns dessescomplexos são bastante ativoscomo catalisadores de reação dehidrogenação.

Teoria das reações inorgânicas- O conhecimento teórico dasreações inorgânicas é muito infe-rior aos das reações orgânicas,principalmente porque envolvem

um número muito maior de ele-mentos diferentes e, muito deles,tais como os db transição, encer-ram muito mais orbitais eletrôni-cas a serem consideradas do queo carbono.

As teorias atuais variam desdeas puramente descritivas até asmuito matemáticas. De qualquerforma a teoria em ambos os extre-mos ainda é largamente qualitati-va, mas já se iniciou a sua aplica-ção para a planificação de algunsexperimentos. Assim, por exem-plo, em caso recente, a teoria, nasua forma descritiva, foi usadapara predizer o movimento rota-cional t:las olefinas para se poli-merizar, prevendo-se, desse mo-do, quais produtos podem serobtidos de uma reação de poli-merização.

Quimica do estado sólido - Oprogresso recente na químicainorgânica do estado sólido nãofoi tanto nas espécies dos siste-mas estudados, quanto o foi nasinformações de agora que se po-dem reti rar delas.

Muito desse progresso derivouda aplicação de maiores e maisdispendiosos instrumentos analí-ticos, tais como o microscópioeletrônico e a análise por difraçãode neutros. Em decorrência des-ses trabalhos, está-se obtendouma idéia mais clara sobre ascaracterísticas dos sólidos quimi-camente importantes, tais comoos catalisadores heterogêneos. {:(

(Condensado do C & EN, 1981, novo 16).

AH

PETRÓLEO

Petróleo na plataforma submarina do BrasilPerfuração em águas profundas

Após ter descoberto petróleoem sete poços, em águassuperio-

28

res a 200 metros da Bacia deCampos, a Petrobrás volta a per-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

SERViÇO DE COMUNICAÇÃODA PETROBRÃS

furar nessa profundidade no lito-ral fluminense, onde realizará

Agosto de 1982 - 252

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brevemente o poço pioneiro Riode Janeiro Submarino 186 (1-RJS-186), em lâmina d'água (dis-tância da superfície ao fundo domar) de 229 metros. O fato é degrande importância, pois sãopoucas as companhias no mundoque operam na área marítima,entr~ 200 e 300 metros.

O 1-RJS-186 fica a 81 km asudeste do Cabo de São Tomé e11 km a sudoeste do campo deCorvina e custará cerca de 280milhões de cruzeiros.

O campo de Corvina, em águasde 264 metros de profundidade,deverá entrar em operação nopróximo ano com 25 mil barrisdiários de petróleo, através desistema de produção antecipada.No momento o sistema está sen-

do estudado pela Petrobrásquanto à sua concepção básica,tendo em vista a localização, alâmina d'água e as condiçõesoperacionais.

Aidéia da utilizaçãode Corvinaem sistema de antecipação sur-giu em virtude de suas reservasnão justificarem economicamen-te a instalação de plataformafixa,que exigiria altos investimentos,principalmente em função de sualâmina d'água.

Os sete poços consideradosprodutores de petróleo na Baciade Campos, situados em águasacima de 200 metros, são osséguintes: Riode Janeiro Subma-rino números 54 (descobridor docampo de Corvina),120,135,160,116e Namorado4 e 5. J:}

BIOTECNOLOGIA

Hoechst e a firma Tate & Lyle vão estudar

aplicações da biotecnologia e químicade hidratos de carbono

A empresa tradicional alemãHoechst e a firma britânica Tate &

Lyle, que se dedica aos estudos tec-nológicos de sacarose, constituiramuma associação do tipo joint venturepara pesquisar no campo da biotec-nologia, especialmente projetos en-quadrados na química dos hidratosde carbono.

Da Hoechst temos tratado am-plamente nesta rev)sta, referindoseus estudos, projetos e realizaçõesno vasto campo da química tecnoló-gtca.

A respeito de Tate & Lyle jáescrevemos alguns artigos. Trata-se de uma empresa com vários tra-balhos de pesquisa tecnológica pa-ra aproveitar como matéria primao açúcar de cana (uma riqueza doBrasil) obtendo dele vários produ-tos químicos e industriais.

Agostode 1982- 253

Estas firmas trabalharão, a prin-cípio, em escala reduzida, uma emFrankfurt e a outra em Reading.

O interesse principal~a joint ven-ture é o desenvolvimento de produ-tos químicos e de especialidadesquímicas. Os processos que se con-seguirem destinar-se-ão como Jmowhow a cada um dos' grupos paraoperações em escala industrial.

Um ramo desde já pOde ser con-siderado como de interesse por am-bos os grupos: é o de surfatantespara fórmulas de detergentes.

Mas muitos ramos da química decarbo-hidratos qmstituirão objetode estudos biotecnológicos. Das in-vestigações científicas surgirão pre-cisamente aS indicações com finsobjetivos para fabricação. *

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FERMENT AÇÃO

Processo da bioconversão trabalho do IGT

o processo da bioconversão deresponsabilidade do IGT foi estu-dado e desenvolvido nos seusLabo-ratórios de Pesquisa (InstitJ1te ofGas Technology), em Chicago, nosúltimos dez anos.

Baseia-se num sistema de duas

fases de digestão anaeróbica, que

A companhia finlandesa Suo-men Sokeri Oy opera em refinaçãode áçú~ar, em processamento deamido e em obtenção de produtosquímicos a partir da fermentaçãode hidratos de carbono.

É uma empresa que, como outraspoucas européias, considera o açú-car matéria prima de que se conse-guem economicamente determina-dos produtos da chamada indústriaquímica fina.

É produtora também, emboraem pequena escala, de glicose-iso-merase e glicoamilase. Este ano,entrando regularmente na produ-ção, pretende lançar-se à mercanti-lização. A produção atual realiza-senuma instalação de fermentaçãoperto de Helsinque.

pod~ transformar todos os tipos deresíduos orgânicos e biomassa emgás metana.

GDC Inc., que é subsidiária desteInstituto, assinou não há muito umacordo com ODK, filial deStudiebureau o. de Koninckx,companhia belga de engenharia,para o licenciamento e cooperativo

marketing do processo nos EUA eno Canadá.

A tecnologia belga é compatívelcom o processo IGT.

Uma filial americana de ODK; aVimag, permitiu legalmente o usodo processo que trata os residuoslíquidos.

Porta-voz do IGT declara que oprocesso tem aplicação específicano tratamento de líquidos résiduaisaltamente poluidores.

Nos termos do convênio entre

IGT e Vimag, serão desenvolvidosestudos e ensilios de laboratóriosobre matérias primas, tratamentode gases, armazenagem e uso. *

ENZIMAS

Empresa finlandesa expande-se na variedade

de produtos e na. procura de novos mercados

A empresa, quando estiver fun-cionando em escala industrial, pre-tende instalar fábrica nos EUA,grande mercado para enzimas.

Então, alargará também a varie-dade de produção, dedicando-se àobtenção de beta-amilase.

A nova enzima imobilizada glico-se-isomerase, entre suas vantagens,

AGRICULTURA

. Pesquisa biotecnológica para a agricultura dosudeste asiático

Duas companhias recentementeconstituídas têm por objetivo ope-rar no desenvolvimento da agri-cultura do sueste asiático.

A primeira delas, a Asean Bio-technology Corporation, com sedeem Kuala Lumpur, Federação Ma-30

laia, vai estudar as possibilidades deaplicar na agricultura processos daBiotetnologia Genética.

Assumirá o encargo de realizar oprograma de pesquisa de EborLaboratories que está sob a orien-tação de Sime Darby Plantations.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

possui a de estabilidade dimensio-nal e a não aglomeração enquanto éusada.

O trabalho de marketing nos .Esta-dos Unidos da América será reali-

zado por Fermco Biochemics Inc.,de Elk Grove, Illiribis; na Europa,por Forum Chemicals of Reigate,Surrey, Reino Unido. ..

A segunda delas, a Asean Agro-Industrial Corporation, trabalharácom os produtos obtidos dos proje-tos integrados da agro-indústria.

Resultam as duas companhiasmencionadas de uma associação deinteresses entre Sime Darby, grupomalásio de plantações e mercanti-lização, e Intemational Plant Re-search Institute da California,EUA.

As empresas ultimamente consti-tuídas trabalhlfão em pesquisa pa-ra a agricUltura e cederão, medi-ante acordo, resultados. de inves-tigações a países asiáticos. *,

Agr;>s~de 1982 -254,

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SÍLICAS ABRASIV AS

Estudadas e preparadas para emprego em

pastas de dentes

Uma tradicionai empresa quími-ca alemã, a Degussa AG, estudou,ensaiou e vem produzindo sílicascom propriedades levemente abra-sivas para, incorporadas em pastasdentífricas, atuar na limpeza dosdentes.

Este trabalho está em execuçãopela Divisão de Pigmentos, a qualrecentemente expandiu seu pro-grama de produção, dedicando-sea dois tipos de sílicas abrasivas

A Organização de Comércio Ex-terior TECHMASHAZOT, subor-dinada à Techmashimport, daUnião das Repúblicas SocialistasSoviéticas, abriu, não há muito,concorrência internacional para es-tudo e construção de uma fábrica'de grande capacidade para produ-zir proteína unicelular, um alimen-to concentrado protéico para ali-mentação animal e humana, o qualse vem produzindo de modo umpouco descontínuo em alguns paí-ses desde a Segunda GuerraMundial. .

No Brasil mesmo já se produziuem caráter experimental (em Per-nambuco). No mesmo Estado che-gou-se a levantar uma fábricajuntoa Destilaria de Álcool do Cabo, quefoi a ponto de funcionar, mas logoem seguida teve suspenso o tra-balho.

Quanto à concorrência interna-cional aludida, várias empresas to-maram conhecimento dos editais,mas sete apenas foram convidadasa apresentar propostas. Destas fo-ram consideradas duas propostas:uma de John Brown, do Reino Uni-do; a outra, a Mitsubishi, do Japão.

Agosto de 1982- 255

destinadas a pastas, a Sident 12 e aSident 12 DS.

Ambas são fisiologicamente se-guras, merecedoras de confiançatécnica, e de a(;ordo com o critériode pureza da FAO/WHO.

Em comparação com outrosagentes de limpeza e de carga,usualmente empregados pelos fa-bricantes de pastas de dentes, estesnovos produtos desenvolvem umefeito brandamente abrasivo, jun-

tamente com adicionais qualidadesde espessamento.

O tipo Sident 12 DS é menosabrasivo que o Sident 12, maspossui um efeito espessante umtanto mais forte.

Por isso, uma pasta de dentescomum pode ser fabricada somen-te com Sident 12 DS.

Quando se emprega Sident 12,um pouco mais abrasiva e umpouco menos espessante, pode-seadicionar um produto de correçãoou de engrossamento, como Siper22 S ou Aerosil 200, conforme arecomendação do próprio fabri-cante Degussa.

Estes produtos são compatíveiscom os componentes habituais dasfórmulas, e proporcionam estabili-dade na armazenagem por longosperíodos de tempo. *

PROTEÍNA MONOCELULAR

Fábrica de 100 000 t/ano a ser construída na

John Brown tem experiência re-cente da indústria, porque cons-truiu, há pouco, a fábrica de pro-teína monocelular da ICI ImperialChemical Industries, situada naInglaterra.

Esta fábrica inglesa, com capaci-dade de 60 000 t/ano, foi concluídaem 1979.

A União Soviética estuda as pro-postas e as descrições dos proces-sos. Possui também a sua tecnolo-

gia.,Vem estudando em laboratórioprocessos de produção destes con-centrados de proteínas, tendo ometanol como matéria prima.

Quando empregaram, há anos,na Europa e no Japão, processos

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

URSS

que tinham derivados de petróleo(parafínicos) como matéria-prima,

discutiu-se muito e ensaiou-se a

questão de toxicidade, e também operigo de serem possivelmentecancerígenos os produtos dé pe-tróleo.

No Brasil, como matéria-primausou-se, e é recomendado o mela-ço, subproduto da indústria açuca-reira, a respeito do qual não apa-receu nenhuma opinião desfavo-rável.

A fábrica a ser construída naUnião Soviética e será administra-

da pela Glavrnikrobioprom (ramomicrobiológico da indústria), terácapacidade anual de 100 000 tone-ladas por ano. *

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PROJETOS E CONSTRUÇÕES

!'lova fábrica decaprolactama no México,

obtendo-se sulfato de amôniocomo subproduto

A conhecida empresa química neer-landesa DSM, juntamente com Fiso-mex, do México (do grupo Somex), eMitsubishi Corporation, do Japão, as-sinaram acordo para estabelecer umasociedade joint venture, a Mexaro S.A.de CV, destinada à produção de ca-prolactama.

Será localizada a fábrica em Coatza-coalcos, cidade no Estado de VeraCruz, ao sul e à margem do Golfo deCampeche. A zona está em pleno de-senvolvimento.

A noya fábrica será construída paraempregar o processo de elevado sulfatoda Stamicarbon, do grupo DSM. E teráa capacidade de produção de 100 000t/ano de caprolactama. Haverá comosubproduto a quantidade de 430 000t/ano de sulfato de amônio, que encon-trará aplicação como adubo.

A caprolactama produzida constitui-rá matéria prima química para a fabri-cação de nylon 6, de crescente consu-mo no país. Entretanto, com tal capa-cidade, no começo da produção, o pro-duto será exportado em parte, atéequilíbrio.

DSM terá opção numa parte da pro-dução.

Deverá o estabelecimento ficarpronto para funcionar lá para o fim doano de 1984.

São os inve§timentos da ordem de500 milhões de dólares. DSM ficarácom 5,6% do capital. Mitsubishi teráparticipação de 16,7% na Mexaro.

O governo mexicano está empenha-do na acelerada industrialização na-cional, apoiada no petróleo e nas re-servas de gás natural, que o país comvantagem possui.

A disponibilic4de destas matériasprimas e de energia para a fábricatornará o produto competidor no mer-cado, apesar do alto custo do investi-mento.

Plano de grandes fábricasde metanol na Sibéria

A organização para o comércio exte-rior Techmashimport, da União Sovié-

32

tica, consultou em fins de 198 I conhe-cidas empresas mundiais de projetos econstruções, muito citadas nesta revis-ta, McKee, do Reino Unido, Lurgi, daR. F. da Alemanha, Toyo Engineeringe Mitsubishi, do Japão, para construirna Sibéria uma grande fábrica de me-tanol, com capacidade de 10 000 t/dia,ou três de 3 000 t/dia, ou ainda quatrode 2 500 t/dia.

O que deseja aquela nação é umaprodução da ordem de 2,29 a 3,3milhões de t/ano de metanol.

A matéria prima será gás natural.Davy Mack está construindo duas

fábricas de metanol na URSS, cadauma delas com capacidade de produzir2 500 t/dia de álcool.

Este assunto deve dar margem a.. longas discussões sobre éonveniência

do tamanho gigante, dos processos,ete.

Instalações para obternitrogênio nos EUA

A firma Air Products & Chemicalsdeliberou montar duas instalações,uma em Utah, outra em Oklahoma,para obter nitrogênio. A de Utah for-necerá 6 milhões de pés cúbicos pordia; e a outra, I milhão de pés cúbi-cos/dia, todas para Gulf Oil Corpo

Os investimentos são superiores a 4milhões de dólares.

Terminal de Gás de

Antuérpia

Armazenagem, e distribuição àEuropa Ocidental

UTOPIAPAÍSES BAIXOS

Acrescente procura de LPG (Lique-fied Petroleum Gases, ou gases lique-feitos de petróleo) na Europa criounecessidade urgente de novo desen-volvimento de terminais de gases.

Ac;T (Antwerp Gas Terminal) sele-cionou um lugar, perto de Antuérpia,para a construção de novo terminal.

Ele será o primeiro disponível para omercado livre na Bélgica e um dosprimeiros maiores na Európa, o qualoferecerá serviços e arrendamento pa-ra terceiros.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

AGT é um consórcio de três em-

presas:

I. United Energy Resources, com-panhia americana, diversificada, commaiores interesses em sistemas de

transmissão de gás natural e terminalde líquidos a granel;

2. Transol, companhia com sede emRoterdam, de comércio mundial depetróleo, distribuidora de LPG e ar-mazenadora de carvão;

3. ACP, sediada em Bruxelas, emaior fabricante belga de dióxido decarbono, e uma das maiores distribui-doras de propana e butana.

O terminal será construído no bancoà esquerda do rio Shelder, em terrenode 12 hectares. Várias companhiás bel-gas estão encarregadas do projeto.

Inicialmente serão construídos qua-tro tanques de 3 300 m2 de capacida-de, esféricos, prÓRrios para propana, edois de 50 000 m3 inteiramente refri-

gerados, para a armazenagem de pro-pana e butana, na temperatura de pelomenos 48° C negativos, sob pressãoatmosférica.

A instalação refrigeradora, de reli-quefação, tem condições de atender acargueiros carregados e com teor deaté 4 moles por cento de etana, no rit-mo de plena descarga. Os tanquesrefrigerados são de total desenho dedupla integridade, protegidos com pa-rede externa de concreto.

As instalações têm três quebra-ma-res: uma com capacidade de abrigarnavios de até 75 000 m3; uma para car-gueiros de gás de 9 000 m3; e a terceirapode receber dois barcos de gás simul-taneamente.

Para prestar aos clientes o máximode serviço, o terminal de gás é muitoflexível, sendo possível realizar váriasmodalidades de operação.

Quanto à segurança, foram provi-denciados todos os cuidados.

U ma das medidas é a existência demoderno sistema de combate a incên-dios, com extintores de fogo, hidran-tes, geradores de espuma e bombascom capacidade de 3 000 m3 por hora.

Para o controle de todas as opera-ções, processos de pesar, etc., um siste-ma microprocessador será instalado.

Num. segundo estágio, serão COllS-tn\idos outros quatro tanques esféricosrefrigerados. A parte pressurizada doTerminal entrará em serviço em agos-to de 1983; a parte completamenterefrigerada, em agosto de 1984.

Embora já se tenha iniciado a cons-trução, espera-se que haja uma ceri-mônia oficial dentro de pouco tempo.

Agosto de 1982 -256

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ogrande produtoleVaum pouquinho/da Rhodia.As matérias~primas da Rhodia estão presentes nos mais variados setores da indústria brasileira.E sempre colaborando na elaboração e sucesso de produtos finais químicos, farmacêuticos, têxteis,automobilisticos, tintas e vernizes, papéis e embalagens, plásticos, adesivos, borrachãs, etc.Matérias-primas Rhodia. Questão de qualidade.Produtos QuímicosIndustriaisAcetato de Butila - Acetato deEtila - Acetato de Isoamila -Acetato de Isobutila - Acetatode Sódio Cristalizado - Acetatode Vinila Monômero - Acetona-Ácido Acético Glacial - ÁcidoAdípico'- Aldeído Acético -Alfametilestireno - AnidridoAcético - Bicarbonato deAmônia - Bisfenol A -Cicloexanol - Dlacetona Álcool -Dietilftalato - Dimetilftalato -

Éter Sulfúrico - Fenol -Hexilenoglicol - Hidroperóxidode Cumeno - Isopropanol -Metilisobutilcetona -Percloroetileno - Sal de Nylon -Tetracloreto de Carbono -TriacetinaProdutos Vinílicos .EmulsõesMatérias-primas para: Indústriade Tintas - IndústriaAutomobilística - Indústria deColas - Indústria Alimentícia -Indústria Têxtil

Colas -Rhodopás Linha 500Campos de Aplicações:Indústria de Embalagens -Indústria de Madeira e Móveis-Indústria de CalçadosColataco para tacose parquetesLigaforte para carpetesMassa Rhodopás 508-Dpara azulejo e revestimentoscerâmicosSólidos. Matérias-primas para:Indústria Alimentícia

Soluções. Matérias-primaspara: Indústria de Calçados -Indústria de Tintas - Indústriade Adesivos - IndústriaAlimentícia - Indústria deEmbalagensMatérias-primas para:Indústria de Plásticosa) Rhodialite Peletizado(Acetato de Celulose) parainjeçâo e extrusâob) Technyl Granulado - Nylonnatural e em cores paramoldagem por injeçâo - Tipos:

A216 - A217 - A226 - A216-V33(Com fibras de vidro)

Technyl Semi-Acabado (PSA)Nylon na forma de barras.tubos e chapas para usinagem

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