revista de seguros - edição especial setembro 2007

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Edição Especial da Revista de Seguros traz o Balanço Social de 2006 da Fenaseg.

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Page 1: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

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Voltada à prevenção e enfrentamento do risco e das ameaçasà vida, à saúde e ao patrimônio das famílias e das institui-ções, a atividade seguradora pressupõe, como indústria,

além da preocupação puramente negocial por parte das empresas ede seus agentes, uma atenção consciente e muito bem focada noexercício de duas virtudes cardeais da comunidade humana: a boa-fé e a solidariedade. A boa-fé, como garantia de credibilidade nacontratação de um produto ou serviço; a solidariedade, como vín-culo de pessoas que repartem entre si o preço da proteção comum.

Exatamente por isso o mercado segurador – que no Brasilcompreende os segmentos de seguros gerais, planos e seguros desaúde, previdência complementar aberta e capitalização – podeatuar com eficiência e elevado padrão de responsabilidade cida-dã no cumprimento de sua missão, que é permitir que famílias eagentes econômicos possam contemplar o futuro com serenida-de. É o que revela este Balanço Social, que representa o somató-rio de programas e de ações de nossas empresas – cientes de suaresponsabilidade na construção de um País mais justo e maisigualitário –, para as quais a solidariedade tem sido muito maisque uma palavra de ordem.

Através de centenas de programas de ação social e de intervençãode nossas empresas no atendimento a carências estruturais de popu-lações marginalizadas ou de comunidades de baixa renda, o merca-do segurador tem contribuído para a melhoria da gestão social eambiental em nosso País. Em 2006, por exemplo, conforme é rela-tado nesta edição de “Balanço Social”, empresas de seguros, capita-lização, previdência complementar aberta e oito sindicatos regionaisinvestiram montante superior a R$ 298 milhões em programas vol-tados ao atendimento à criança carente, alfabetização de adultos,reintegração social de moradores de rua, promoção de valores fami-liares, capacitação profissional e reeducação de menores infratores,APAEs, apoio a adolescentes e crianças portadoras de câncer, progra-mas de inclusão cultural e defesa do meio ambiente.

Esta é, sem dúvida nenhuma, uma lição de solidariedade minis-trada por um importante setor da economia brasileira, e uma res-posta de ação transformadora e de engajamento que é garantidapelo mercado segurador brasileiro na construção da paz e da tran-qüilidade social em nosso País. ▲

Responsabilidade social e solidariedade

Em 2006,empresas deseguros,capitalização,previdênciae sindicatosinvestiram emações sociaismais deR$ 298 milhões

João Elisio Ferraz de CamposPresidente da Fenaseg

3Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

3_ao leitor 9/6/07 8:04 PM Page 1

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Sumário

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REVISTA DE SEGUROSÓrgão Informativo da FederaçãoNacional das Empresas de SegurosPrivados e de Capitalização – Fenaseg.PUBLICAÇÃO INTEGRANTE DO CONVENIODE IMPRENSADO MERCOSUL –COPREME. Em conjunto com SIDEMA(Serviço Informativo do MercadoSegurador da República Argentina),EL PRODUCTOR (Publicação daAssociação de Agentes e Produtores deSeguro da República Oriental do Uruguai)e Jomal dos Seguros (Publicação doSindicato dos Corretores de Seguros e deCapitalização do Estado de São Paulo).CONSELHO EDITORIALMembros:Angela Cunha,Geraldo Bolda,Luiz Alberto Costa, Neival RodriguesFreitas, Solange Beatriz PalheiroMendesEditora-chefe:Ângela Cunha (MTb/RJ12.555)Editor-executivo do Balanço SocialPaulo Amador (MTb/MG2.188)

Coordenação Editorial: Editora Prosa ([email protected])Jornalista Responsavel: Marcia de Souza (MTb/RJ 16.305)Colaboradores:Antonio Carlos Fernandes, BeatrizCoelho Silva, Carlos Franco, DéboraFalzetta, Fátima Cardeal,Giovana Flores, Leandro Donatti,Lúcia Abreu, Márcia Alves, MaríliaGusmão, Monica Borges Klafke,Rodrigo James, Sônia AraripeFotografia:Antranik, Carol França, Edison Vara, FelipeChrist, Foto Rondon, Gustavo Gracindo,Marcello Vitorino, Marcelo Prates, MauroFrasson, Rosane BekiermanProjeto Gráfico: Jo Acs/Mozart AcsDTP: MORE-AIREDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA:Assessoria de Comunicação Social– FenasegAdriana Beltrão, Claudia Mara

e Valéria MacielRua Senador Dantas, 74/12º andar, Centro- Rio de Janeiro, RJ – CEP 20031-201Telex: (021) 34505-DFNESFax: (21) 2510.7839 – Tel. (21) 2510.7777www.fenaseg.org.br E-mail: [email protected]ório Fenaseg/Brasília –SCN/Quadra1/Bloco C – Ed. Brasília –Trade Center – sala 1607Gráfica: Wal Print Distribuição: Serviços Gerais/FenasegPeriodicidade: Trimestral Circulação: 5 mil exemplaresAs matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Asmatérias publicadas nesta ediçãopodem serreproduzidas se identificada a fonte.Distribuição Gratuita

PRESIDENTE:João Elisio Ferraz de CamposVICE-PRESIDENTES:Casimiro Blanco Gomez, Luiz TavaresPereira Filho, Nilton Molina, Olavo EgydioSetúbal Junior, Oswaldo Mário Pêgo deAmorim Azevedo e Renato Campos MartinsFilho.DIRETORES:Antonio Eduardo Marquez de FigueiredoTrindade,Federico Baroglio, José IsmarAlves Tôrres, José Luiz Valente da Motta,Mauro César Batista, Sidney GonçalvesMunhoz e Vilson Ribeiro de Andrade.CONSELHO FISCALMembros Efetivos:Jorge Carvalho,Lúcio Antônio MarqueseMarivaldo Medeiros.Suplentes:José Maria Souza Teixeira Costa e LuizPereira de SouzaCONSELHO CONSULTIVOPRESIDENTE:João Elisio Ferraz de Campos

Membros:Acacio Rosa de Queiroz Filho, AntonioCássio dos Santos, Carlos dos Santos,Francisco Caiuby Vidigal, Federico Baroglio,Jayme Brasil Garfinkel, Jorge Estácio daSilva, José Américo Peón de Sá, JoséCastro Araújo Rudge, José Ismar AlvesTorres, Luis Emilio Maurette, Luiz CarlosTrabuco Cappi, Mário José Gonzaga Petrelli,José Roberto Marmo Loureiro, NiltonMolina, Osvaldo Nascimento, PatrickAntonio Claude de Larragoiti Lucas, PedroPereira de Freitas, Pedro Purm Junior eRyoji Fujii.Membros Natos:Alberto Oswaldo Continentino de Araújo,Antonio Tavares Câmara, João GilbertoPossiede, Luiz Tavares Pereira Filho,MiguelJunqueira Pereira, Mucio Novaes deAlbuquerque Cavalcanti, Paulo Lückmann ePaulo Miguel Marraccini.

MERCADO SEGURADOR BRASILEIROAs estatísticas confirmam a relevância das empresas de seguros,capitalização e previdência complementar aberta na vida social eeconômica do País

OPINIÃORubens Hering defende que o desenvolvimento sustentável reflete também na melhoria das condições dos negócios

SEGUROO mercado seguradorbrasileiro exerce um papelsocial cada vez mais relevanteno Brasil e o potencial decrescimento é enorme

MEIO AMBIENTECompanhias decapitalização e de segurosfazem a sua parte, apoiandoprojetos que transformam avida de milhares de pessoas

RESPONSABILIDADE CORPORATIVASeguradoras se preocupamcom a qualificaçãoprofissional e investem naformação de seusfuncionários

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38 CULTURAExemplos de expressõesartísticas que despertam a coletividade,a auto-estima e o sonho deum futuro melhor

ESPORTESO poder transformador doesporte estimula asseguradoras a patrocinarematletas, equipes ecompetições

EDUCAÇÃODa alfabetização nas escolasà educação no trânsito, hámuitas possibilidades paraformar cidadãos maisconscientes

SAÚDEO apoio do setor a entidadesque abrigam crianças carentes, programas para aterceira idade e campanhas de prevenção ao câncer

ENTREVISTAZilda Arns: a criadora daPastoral da Criança falasobre o futuro do programaque acompanha quase 2 milhões de crianças

4 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

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Page 5: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

LEANDRO DONATTI

Água limpa, duas medidasde açúcar e uma pitada desal. Com essa receita,

simples e barata, a Pastoral daCriança faz história. O sorocaseiro, usado no combate àdesidratação, popularizou-sepelas mãos da pediatra esanitarista Zilda Arns, fundadorae coordenadora da Pastoral daCriança, indicada quatro vezespelo governo brasileiro ao PrêmioNobel da Paz.

Tudo começou em 1982,quando Zilda Arns aceitou odesafio de desenvolver, porsugestão do Unicef, o Fundo dasNações Unidas de Proteção àInfância, um projeto social quereduzisse a mortalidade,desnutrição e violência contracrianças no Brasil. A missão eraárdua, os recursos mínimos, masa causa era nobre. Um anodepois, nascia a Pastoral, fruto deum projeto-piloto desenvolvido

com filhos de bóias-frias, napequena Florestópolis, norte doParaná.

O soro caseiro, associado a um método de trabalho, quevai do cuidado à gestante até abusca de alimentos saudáveis,deu certo e hoje é modelo em 16países. Nas comunidades pobresonde a Pastoral atua, no Brasil, a taxa de mortalidade é de 13 a cada mil crianças nascidas, a metade da média de mortesnacional.

Ao todo, são acompanhadasquase 2 milhões de crianças atéseis anos, em 4.063 municípios.São 267 mil voluntários em 42mil comunidades de baixa renda.Na Pastoral, as liderançascomunitárias multiplicam o sabere a solidariedade. A seguir, ZildaArns fala com exclusividade aesta edição especial da Revista deSeguros - Balanço Social doMercado Segurador Brasileirosobre o trabalho que realiza noterceiro setor.

Zilda Arns

5Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

EntrevistaMAURO FRASSON

Nascomunidades

onde a Pastoral atua,

a taxa de mortalidade é

de 13 a cada mil crianças

nascidas,metade da

médianacional.

“A desigualdadesó traz conflitos.Para termosmenos violênciaé preciso cuidarbem dacriança.”

C entrevista 9/6/07 8:08 PM Page 1

Page 6: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

O projeto que salva crianças deucerto e a Pastoral virou referência.Existe uma receita para desenvolverbons projetos sociais?

Claro que existe. Objetivosbem definidos e planejamentocom inteligência, não só comemoção. Tem de haver conheci-mento de causa, não apenas dascausas diretas. Muitas vezes, amortalidade infantil é provocadapor uma doença, mas o que levoua ter essa doença? Estou falandode condicionantes sociais. Precisaainda ter indicadores de avaliaçãodos esforços. Quando comecei,não conhecia o computador, mastínhamos o Caderno do Líder,comprado em boteco, onde a gen-te anotava quantas crianças nas-ciam e quantas estavam abaixo dopeso, porque isso representava umrisco. E por fim, o treinamentodos recursos humanos. As pessoasprecisam ter um motor próprioque diga: farei bem feito, queroque aconteça, acredito na causa.

Como foi o desafio de agregartodos esses fatores?

A Igreja seria, pela sua capilari-dade, o caminho por onde corre-riam a solidariedade e o conheci-mento a serem multiplicados.Como sanitarista, sabia que o sis-tema de saúde teria de ser parcei-ro. Se a gestante não fosse atendi-da ou se tivesse um parto mal fei-to, as crianças morreriam. Mora-dia, emprego, saneamento sãofatores interferentes. Quantomaior a educação da mulher,menor a mortalidade infantil.Filhos de mães analfabetas e semconhecimento morriam facilmen-te. A mortalidade infantil nunca éprovocada por uma causa só. Porisso, tínhamos de ter visão interse-torial.

O que é pior para um projetosocial: a falta de investimentos ou desoluções adaptadas à realidade?

Os dois são ruins. A falta deinvestimento no terceiro setor éum problema. Graças a Deus, aPastoral abriu espaço junto aogoverno. Dissemos na época:“vocês gastam tanto com interna-mentos por diarréia, sarampo,naquele tempo tinha poliomielite,tétano, difteria, desnutrição, porque não nos ajudar a prevenir?”. A

lógica foi essa: educação das famí-lias para cuidar de suas crianças,prevenindo doenças e marginali-dades. O Ministério da Saúde nosescutou. Disseram que nuncatinham feito parceria com o ter-ceiro setor, muito menos com aIgreja, e que iriam falar que ogoverno estava ajudando a IgrejaCatólica. Eu disse que não. AIgreja não iria receber dinheiropara evangelizar, mas para reduzira mortalidade.

Como foi o início da parceriaPastoral-Ministério?

O governo fez uma pesquisa.Duas médicas foram a BragançaPaulista e Ipiranga, em São Paulo.Fiquei em Curitiba, rezando paraque gostassem da Pastoral. Visita-ram famílias e líderes. Viram crian-ças desnutridas e acompanharamnossas orientações. Recebi um tele-fonema do ministério e me disse-ram que a avaliação tinha sidomuito boa. Fiquei feliz. Aquelemomento exigia paciência científi-ca. O governo solicitou dados detodos os atendimentos (para fecharo convênio), mas não éramosinformatizados. Aí o Unicef nosdeu o primeiro computador. Atéentão, só o Unicef nos ajudava. Ainformatização começou na minhacasa, onde a coordenação da Pasto-ral funcionou 16 anos. Testamosdados, com menos de 5% de erros.Assim expandimos, cinco mesesapós firmar o convênio.

Qual o critério para a formaçãodas primeiras comunidades?

Onde eu ou Dom Geraldo(Majella) tínhamos amigos. Haviaresistência à Pastoral. Como é quea Igreja iria se meter a ensinar sori-nho? Vivíamos na ditadura. Ogoverno deveria colocar águaencanada para não haver diarréias.Como é que iríamos pesar ascrianças numa comunidade, sen-do que isso provaria para o povopobre que a criança doente e adesnutrição eram provocadas pelafalta de empregos? As pessoastinham razão. Porém, enquantonão tivesse água encanada eemprego para todos...

... apostemos no sorinho?Isso mesmo. Tínhamos de tra-

balhar fatores sociais e, ao mesmo

A mortalidade infantil nunca éprovocada por umacausa só.Por isso,tínhamos de ter umavisão intersetorial.

6 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Entrevista

MAURO FRASSON

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Page 7: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

tempo, ajudar para que não mor-ressem tantas crianças.

Hoje, os governos estão maisatentos? O Plano de Aceleração doCrescimento (PAC) contempla aigualdade e o amparo à infância?

Fui convidada pela terceira vezpara participar do Conselho deDesenvolvimento Econômico eSocial (CDES). Se promover saú-de, educação, com música, arte,esporte e indicadores de avaliação,quer dizer, aprendizado não sópara passar no vestibular, nascomunidades pobres, o PAC trarágrande transformação social. Paraisso, deve combater a concentra-ção de renda e a corrupção. Devehaver controle social. Senão, nos-so dinheiro vai-se água abaixo.

Então, a senhora acha que o con-trole social tem força para ditarprioridades?

Sim. Sou conselheira desde1991 no Conselho Nacional deSaúde. O Conselho é bom e ébom que haja participação demo-crática. As entidades que o com-põem foram eleitas, o que tornatudo mais verdadeiro. É preciso aparticipação de pessoas maduras.O Estatuto da Criança tambémfoi um avanço. Mas um proble-ma ainda comum é que as prefei-turas têm preocupação porquesempre tem alguém controlandoo que o Executivo faz. Dizer sósim não é controle social. Dizersó não, porque não quer que oprefeito faça boas obras e se reele-ja, também não é. O conselheirodeve cuidar de políticas públicas,de forma idônea.

O CDES é um instrumento deinfluência para resolver questõessociais?

Fiz parte da comissão que ana-lisou as condicionantes sociais dadesigualdade. A desigualdade nãoajuda ninguém, nem os ricos.Quanto mais desigual, maior é aviolência num município. Paratermos menos violência é precisocuidar bem da criança. A desigual-dade só traz conflitos.

As empresas têm apostado na res-ponsabilidade social para melhorar avida de funcionários e comunidades.

É consciência social ou marketing?O Brasil melhorou em 25

anos. Antes, as empresas nãotinham idéia sobre responsabilida-de social. Com raras exceções, asestrangeiras. Hoje, há empresasque fazem questão, não apenaspara dizer que fizeram, mas quetêm consciência empresarial. Mui-tos querem ajudar a Pastoral, masnaquilo que elegem, como exem-plo cuidar de meninos de rua.Nós prevenimos meninos de rua.

Há ainda empresários que querema Pastoral, mas só onde estão asfábricas. Até aceitamos, a contra-gosto, porque devem ser priorida-de os municípios com baixo Índi-ce de Desenvolvimento Humano(IDH). As grandes empresas estãoem zonas mais ricas, onde tam-bém há pobreza, é claro. Mas, àsvezes, a pobreza não está em voltada fábrica, mas mais adiante umpouco.

A Pastoral se confunde com afigura da sanitarista Zilda Arns.Como tornar a causa uma bandeirade todos?

Uma obra bem sucedida sem-pre pensa nas suas raízes. Estou naraiz da Pastoral. Serei referênciamesmo depois de morta. Fiqueiviúva cedo, com cinco filhos.Queria que tivessem autonomia.Na Pastoral também. Fui impor-tante na fundação, mas agora estáorganizada e tem forma própria.Uma vez, fizeram uma pesquisa edescobriram dois ícones na Pasto-ral: a doutora Zilda e a multimis-tura. (risos) A multimistura jávirou alimentação saudável. Nãocorremos mais atrás dos farelos,mas daquilo que a comunidadetem de nutritivo. E a doutora Zil-da... ah, já tem tanta gente, tantasestrelas no céu, que não há maistanta importância. Deixo a coor-denação, no final do ano, mas nãodeixo a Pastoral. Nada muda. Atéporque agora já não faço nada.(risos). Eu passeio, passeio não,visito, luto por políticas públicas.A Pastoral da Pessoa Idosa, aindanova, depende mais uns anos demim, até que ande sozinha. Bus-camos parceiros estáveis, quefaçam convênios não por que adoutora Zilda quer, mas porque aobra dá bons resultados. ▲

Antes, as empresas não tinham idéia sobreresponsabilidade social.Hoje, há maisconsciência.

7Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

MAURO FRASSON

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Transformação pela saúde

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

ANTRANIK

� Projeto SulAmérica de Saúde Ocular:Gustavo Schunck, que ganhou seu primeiro óculos há dois anos, está feliz por conseguir diferenciar as cores

ANTRANIK

�Casa Hope:Gabriel Eduardo Euripes de Barros mora com a mãe na instituição que cuida de crianças com câncer

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9Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

MÁRCIA ALVES

�Oded Grajew, empresário e empreendedor social, diz que “todaempresa é uma força transformadora poderosa”.O conceito seencaixa perfeitamente às ações do mercado segurador na área desaúde.O apoio do setor a entidades que abrigam crianças carentespermite que muitas retornem ao lar.O incentivo a programas para aterceira idade garante qualidade de vida a idosos.Portadores denecessidades especiais – 24,6 milhões no Brasil, segundo o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – são beneficiários deprojetos de inclusão, que os integram ao mercado de trabalho.Algumas seguradoras atuam, ainda, em campanhas de prevençãoao câncer de mama e ao câncer de colo de útero.Mais que garantirapenas bem-estar físico, elas transformam a vida das pessoas,proporcionando dignidade e cidadania. ▲

Uma rede de proteção,da criança ao idoso

�Hospital Espírita de Porto Alegre:Marilene da Costa e Peri Nunez contam com apoio sempre que visitam seu filho,paciente-morador do HEPA

EDISON VARA/PRESSPHOTO

�Associação Meu Direito de Crescer:Doret Pohl criou a instituição há três anos para crianças com deficiência ou em situação de risco

MARCELLO VITORINO

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10 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela saúde

MÁRCIA ALVES

Para muitas crianças, usar óculos é ummartírio. Elas reclamam, perdem, que-bram os óculos de propósito. Não é ocaso de Gustavo Schunck. Há dois anos,ele e seus óculos são inseparáveis. “Tiroapenas para tomar banho”, garante o dis-ciplinado garoto de 12 anos. A avó,Maria Aparecida Schunck, com quem elemora em Campo Limpo, município daGrande São Paulo, confirma que o meni-no jamais reclamou de ter de usar óculos.“Gustavo se adaptou perfeitamente, des-

de o primeiro dia”. A felicidade do meni-no com as novas lentes pode ser explica-da pela grande transformação que aquelesimples acessório provocou em sua vida.

Gustavo admite que demorou umpouco para descobrir que havia algo erra-do com sua vista. Numa aula de Histó-ria, na 5ª série, ele se deu conta de queera o único da classe que lia com o livroquase colado ao rosto. Os colegas conse-guiam acompanhar a leitura mantendo olivro sobre a carteira. Em casa, apesar deobservar que o neto sempre procuravasentar-se bem próximo à TV ou ao com-putador, a avó só teve certeza de que elenão estava enxergando bem quando viuque o garoto havia se desinteressadopelas revistas de automobilismo de quetanto gostava.

Foi nessa época que a escola ondeGustavo estuda, a Emei Céu CampoLimpo, recebeu a visita de uma equipe de

Um novocoloridopara a vida❝

Só tiro osóculos queganhei paratomar banho.Antes de usá-los, era como ver empreto e brancouma televisãoa cores

�Gustavo Schunck,12 anos,beneficiado peloProjeto SulAméricade Saúde Ocular

ANTRANIK

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Page 11: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

11Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

médicos voluntários do Instituto HelenKeller, organização não governamentalvoltada à prevenção da cegueira infantil.Nos últimos cinco anos, a ONG, em par-ceria com o Projeto SulAmérica de SaúdeOcular, atendeu mais de 110 mil criançasem escolas de todo o País. O teste deacuidade visual e os exames oftalmológi-cos comprovaram que Gustavo tinhaquatro graus de miopia. “Levei um susto,não pensei que a visão dele estivesse tãoruim”, conta Maria Aparecida. Diasdepois, o menino recebeu os óculos gra-tuitamente – como outras quatro milcrianças beneficiadas pelo projeto.

Os óculos, que ele nunca mais tirou,deram um novo colorido à vida de Gus-tavo. Literalmente. Antes de começar ausá-los, o garoto não conseguia distinguiralgumas cores. Enxergava o azul turque-sa, por exemplo, como se fosse preto. Dizque ficou surpreso ao descobrir, por

exemplo, as diferentes tonalidades daspequeninas flores plantadas num canteirodo jardim de sua casa. “Pensei que todastivessem a mesma cor”, diz. “Era comover em preto e branco as imagens de umaTV colorida”, compara.

O presente também mudou a rotina eo desempenho de Gustavo na escola. Eleconta que, agora, de qualquer canto dasala de aula, consegue copiar a lição doquadro negro. “As notas melhoraram”,revela a avó. Mas a maior felicidade deGustavo, depois que ganhou os óculos,foi voltar a ler suas revistas de automobi-lismo. Aficionado por carros, o meninotambém não se cansa de brincar com suacoleção completa de miniaturas. Agora,sem os problemas de visão para atrapa-lhar sua vida, sonha, mais do que nunca,em fazer faculdade de engenharia mecâ-nica. “Quero ser construtor de carros”,vive repetindo à avó. ▲

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12 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela saúde

MÁRCIA ALVES

Apesar do corpo frágil, Gabriel EduardoEuripes de Barros, de cinco anos, tem muitaenergia: corre, brinca, fala sem parar e estásempre sorrindo. Mas trava uma luta diáriapela vida.Com as funções do fígado compro-metidas desde o nascimento, ele teve cirrosehepática, foi transplantado com pouco maisde um ano e é portador de linfoma. “A forçadele me dá coragem para continuar lutando”,diz a mãe, Francisca Euripes de Almeida, 28anos. Moradores de Brasília, eles são hóspe-des, há três anos, da Casa Hope, entidade deapoio a crianças com câncer, em São Paulo,que conta com a colaboração de empresascomo ACE Seguradora. Além de moradia ealimentação, a Hope oferece, a Gabriel eoutras 75 crianças, terapia psicológica e ocu-pacional, transporte para o hospital e escola.“Não fosse a Hope, não teria mais o meupimentinha comigo”, diz Francisca. ▲

Na batalha contra o câncer infantil

Muitas vezesfraquejei.É a forçado meupimentinhaque me dácoragem paracontinuarlutando

� FranciscaEuripes deAlmeida e o filho,Gabriel,28 anos e 5 anos,hóspedes da CasaHope

ANTRANIK

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13Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

MÔNICA BORGES KLAFKE

O HEPA, como é conhecido o HospitalEspírita de Porto Alegre, referência em saú-de mental, é o segundo lar de Marilene daCosta e Peri Nunez. Há 20 anos, eles cum-prem a rotina diária de visitar o filho,W.F.C., 43 anos, paciente-morador. Estãomuito satisfeitos com o atendimento nainstituição, que conta com o apoio daCompanhia de Seguros Previdência do Sul.Profissionais dedicados formam uma equi-

pe de, aproximadamente, 400 pessoas, tra-balhando em perfeita sintonia. “Meu filhotem tudo aqui, é um espetáculo”, diz Peri.O casal participa ativamente do dia-a-diado HEPA, dos eventos e campanhas. Asatividades amenizam a dor de ver o filhocom problemas mentais. Além disso, com-partilhar experiências com pais e parentesde outros pacientes contribui para a cons-trução de sólidas amizades. “É como umafamília”, define Marilene. ▲

O hospital que é uma nova casa

Meu filhosempre foimuito bemtratado nainstituição.Conhecemosmuita genteaqui.É comose fossemos uma família

�Marilene daCosta e Peri Nunez,62 anos e 67 anos,pais de um pacientedo HEPA

EDISON VARA/PRESSPHOTO

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14 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela saúde

MÁRCIA ALVES

Foram Mayara e Jonathan, duas criançascom paralisia cerebral e sem cuidados após ofechamento da instituição em que viviam,que inspiraram a arquiteta alemã Doret Pohla fundar, há três anos, a Associação MeuDireito de Crescer, para meninos e meninascom deficiência ou em situação de risco.“Os dois viviam presos a cadeiras de rodas,mal se mexiam e nada falavam”, recorda.Hoje, Mayara, de 8 anos, anda, fala e estásendo alfabetizada. “Ela ainda vai ser advoga-da”, sonha Doret. Jonathan, de 9, tambémfez progressos, já fala bastante e se movimen-ta. O sorriso das crianças explica a alegria daarquiteta. A entidade está de casa nova, nacapital paulista, onde Doret cuida de 15crianças, quatro delas com deficiência – como apoio da Zurich Seguradora. “Sempre nosajudaram nos piores momentos”, afirma. ▲❝

Um lar para crianças com deficiência

�Doret Pohl,52 anos, Associação Meu Direito de Crescer

Mayara e Jonathan hoje são felizes e sorriem porque nós conseguimos

resgatar sua auto-estima ❝

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Page 15: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

15Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

MÁRCIA ALVES

� É cada vez maior o número de seguradoras queinvestem em projetos sociais de saúde. Algunsexemplos de ações, em 2006:• A Cia. de Seguros Aliança do Brasil colaborou como Projeto Juventude, do governo de São Paulo,e com a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer (Abrace),que também contou com o apoio da Brasilsaúdee da Caixa Seguros.• A Azul Seguros apoiou a Associação dos Falcêmicose Talassêmicos do Rio de Janeiro.• A Bradesco Seguros deu apoio ao Hospital AlbertEinstein, em São Paulo.• A Capemi doou alimentos a desnutridos nas regiõesonde atua.• O Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército (GBOEX) colaborou com o Programa de Auxílio ao Toxicômano de Porto Alegre (Pacto).• A Indiana Seguros promoveu coleta de

sangue entre os funcionários para doar ao Centro deHematologia de São Paulo.• A Mapfre Vera Cruz Vida e Previdênciaajudou ONGs de apoio a crianças e adolescentes.• A Marítima Saúde apoiou o projeto Fazendo História,para crianças em situação devulnerabilidade.• A Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais apoiou aAssociação Brasileira de Distrofia Muscular.• A Companhia de Seguros Previdência do Sulajudou a Santa Luzia, que atende deficientes visuais.• A Real Capitalização e a Real Vida e Previdência dedicaram-se à inserção no mercado de trabalho de deficientes físicos.• A Royal & SunAlliance fez doações a conselhos de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, em diversas cidades.• A Seguradora Brasileira de Crédito à Exportaçãoapoiou a Morada da Esperança, que atende meninascarentes.• A Yasuda Seguros colaborou com a Casa daEsperança, que cuida de deficientes. ▲

Cresce a corrente do bem

MARCELLO VITORINO

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Transformação pela educação

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

�Casa Campos Elísios Melhor:Apoio foi fundamental para MaríliaPinheiro garantir seu emprego

MARCELLO VITORINO

� Fundação Bradesco:O ex-aluno José Orlando Padrão volta àescola como professor

MARCELLO VITORINO

�Centro de Educação Infantil da Bela Vista:Manuel Gonçalves faz parte do grupode pais que recebem ampla orientação

MARCELLO VITORINO

�Cidade Portinho:Gilberto Januário e a filha Gabrielaaprendem segurança no trânsito

MARCELLO VITORINO

MARCELLO VITORINO

�Associação Júnior Achievement:Jurgen Souza aprende economiapessoal na escola onde estuda emSanta Catarina

FELIPE CHRIST/FOTONOTÍCIAS

� Lar Fabiano de Cristo:Grupos se reúnem para aulas decidadania e direitos humanos

MARCELLO VITORINO

�BB Educar, em Brasília:O programa já alfabetizou mais de 35mil jovens em todo o País

GUSTAVO GRACINDO

� Projeto Vida Nova:Esperança no futuro para Elenice Felício Paula

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17Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

DÉBORA FALZETTA

�A educação formal é apenas uma das maneiras de se abrircaminho para a transformação da sociedade.Há um amplo leque depossibilidades quando se trata de formar cidadãos mais conscientese dignos de uma vida melhor.Alfabetizar jovens e adultos, ampliar oacesso ao ensino de qualidade seja na escola regular ou nauniversidade.Promover a educação no trânsito, na maneira de lidarcom o meio ambiente. Investir no ensino profissionalizante, nainclusão digital.As alternativas são as mais variadas eenriquecedoras e a sociedade está mais organizada.As empresasestão assumindo seu papel na promoção da sustentabilidade.Nestatarefa são parceiras do poder público e de entidades organizadas dasociedade.Os brasileiros só têm a ganhar com essa autêntica rede deconhecimento.▲

O caminho mais eficientepara melhorar a sociedade

�Crédito educativo da Aplub:Manoel Tostes garantiu a realização do sonho de ser arquiteto

EDISON VARA/PRESSPHOTO

�Repare Bem, da Cesvi:O Projeto abriu caminho para DarlanRibeiro e Josenilton Santana nomercado de trabalho

ROSANE BEKIERMAN

�Grupo de Apoio à Criança e aoAdolescente com Câncer:O Grupo garantiu que Rosilene deSouza Brito voltasse à escola

MARCELLO VITORINO

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18 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

DÉBORA FALZETTA

Corriam os finais dos anos 70. Em Jar-dim Piratininga, Osasco, na RegiãoMetropolitana de São Paulo, José Orlan-do Padrão, filho de pequenos comercian-tes portugueses, não tinha grandes pers-pectivas. Desde os 12 anos, dividia otempo entre o mercado da família e asaulas na escola estadual. Orientado pelaprofessora, fez o teste para uma vaga nocurso técnico da Fundação Bradesco,mantida pela Organização Bradesco, quetem a Bradesco Seguros e Previdênciacomo uma de suas integrantes. Aprovado,José Padrão acrescentou mais uma ativi-dade à já puxada rotina. Todas as noites,

assistia às aulas de processamento dedados. O conhecimento abriu as portaspara o futuro. O emprego em um bancofoi o ponto de partida para uma carreirade sucesso e uma vida mais confortável.

Hoje, aos 42 anos, José Padrão é enge-nheiro de sistemas da Microsoft. Moracom a mulher e três filhos numa casaprópria na Vila São Francisco, zona oestede São Paulo. Feliz com a ascensão profis-sional, ele voltou à Fundação. Agoracomo professor. “Graças ao trabalho daFundação, que gera valor de cidadania,consegui proporcionar uma vida melhoraos meus filhos, boa escola e acesso à cul-tura”.

Aposta no futuro

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19Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

Há mais de 50 anos, a Fundação Bra-desco, vem ajudando a escrever a histó-ria de pessoas como José Padrão. Em2006, a entidade ajudou a manter 40escolas em todos os estados brasileiros,onde oferece ensino gratuito a crianças,jovens e adultos, a maioria carente.

A Fundação já formou 662 mil pes-soas. Além do curso técnico, há informá-tica para deficientes visuais e centros deinclusão digital. Programas como o Ado-lescente Aprendiz auxiliam na busca aoprimeiro emprego. Jovens e adultos têmacesso à alfabetização e ao conteúdo dosupletivo do Telecurso. O Projeto Edu-ca+Ação oferece suporte pedagógicopara escolas públicas do Vale do Ribeira,interior de São Paulo.

O investimento na educação não é a

única vedete.Desde 2003, oAção Voluntáriabeneficia os mo-radores dos ar-redores das esco-las mantidas. Esteano, 27 mil vo-luntários partici-param do evento,que atendeu 1,6milhão de pessoasem atividades gra-tuitas nas áreas desaúde, cidadania,meio ambiente,educação, espor-te, lazer e arte.

Crianças eadolescentes declasses sociais va-riadas convivemdiariamente naFundação Brades-co. O uniforme épadrão e o lanche,garantido. Daporta para dentro,todos são iguais etêm oportunida-

des semelhantes de crescimento. Que o diga Daniel Martins de Bar-

ros. Hoje com 30 anos, ele estudou naFundação Bradesco. Filho de uma dasprofessoras da instituição, ele poderiater se formado em uma escola particular.Psiquiatra no Hospital das Clínicas esócio de uma clínica, Daniel Barros dizque de qualquer forma seria médico,mas talvez não a mesma pessoa caso nãotivesse freqüentado a Fundação. “O Bra-desco me ensinou cidadania e a valorizara diferença. Sou um cidadão melhorporque passei pela Fundação”, ressalta.O sucesso no presente não é o únicoponto em comum entre José Padrão eDaniel Barros. Ambos concordam quena Fundação Bradesco não há pré-requi-sito para vencer. ▲

Graças aotrabalho daFundação,que gera valorde cidadania,consegui oferecer umavida melhoraos meusfilhos

� José OrlandoPadrão,42 anos, ex- aluno daFundação Bradesco

MARCELLO VITORINO

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20 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

LÚCIA ABREU

Em 2005, quando chegou à sala de alfa-betização do BB Educar, na Igreja NossaSenhora do Lago, em Brasília, DomerinaGomes de Oliveira, empregada doméstica,mal sabia dizer o próprio nome. Hoje, ficaorgulhosa de conseguir escrever um bilhete enão ser mais “cega”, como ela consideraquem é analfabeto. Não quer mais parar deestudar. Aos 42 anos, está prestes a ir para aescola. “Era um sonho na minha vida, pele-jei para estudar e essa chance eu vou aprovei-tar”. Cursos como esse que Domerina fre-qüenta são oferecidos pela Fundação Bancodo Brasil, com apoio da Brasilcap Capitaliza-ção. O BB Educar já alfabetizou mais de 35mil jovens e adultos. Desde 2001, foram for-mados 33 mil alfabetizadores em todo oPaís. A alegria de Domerina é compartilhada

por sua professora, Telma Rosa (ao centro nafoto abaixo), que coordena os 40 núcleos doprograma no Distrito Federal. Bancária apo-sentada, ela se diz transformada por esse tra-balho. “É uma satisfação alfabetizar pessoasque querem recuperar o tempo perdido”.O ambiente na sala de aula é descontraído.Os temas são atuais e ligados à realidade dosalunos. “Cartilha jamais”, explica a professo-ra. Com o lema “Ler, Escrever, Libertar”, oprograma é baseado no método do educadorPaulo Freire. Não existe um tempo certopara aprender. Para alguns é uma questão demeses. Para outros, de anos. Os que se alfa-betizam são encaminhados para as escolas,muitas vezes levados pessoalmente pelos pro-fessores. “Eles chegam aqui com medo detudo. Sentem-se prisioneiros. Mas saem decabeça erguida”, diz Telma Rosa. ▲

Em busca do tempo perdido

Aprender aler e a escreverera um sonhona minhavida.Pelejeipara estudare essa chanceeu vouaproveitar

�DomerinaGomes,42 anos,aluna do BB Educar,em Brasília

GUSTAVO GRACINDO

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21Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

DÉBORA FALZETTA

Elenice Felício Paula, 18 anos, chegoucedo ao Projeto Vida Nova, do GrupoAGF Brasil Seguros, que beneficia cerca dequatro mil jovens da Comunidade SantaRita, a favela da Caixa D’Água, na zonaleste de São Paulo. Tinha oito anos e mui-ta vontade de melhorar de vida. Por dezanos, Elenice participou das atividades ofe-recidas pelo projeto - esporte, dança, artesplásticas, inglês e informática. Hoje, elanão mora mais na favela. Trabalha há trêsanos na AGF Seguros. “Entrei comomenor aprendiz e fui efetivada há um anona AGF Saúde. Meu avô diz que sou oorgulho da família”, conta. Carismática,Elenice ganhou dos colegas de trabalho amensalidade do curso pré-vestibular.“Conquistei muita coisa e quero mais. Voufazer vestibular para nutrição. Vou conti-nuar batalhando pelos meus sonhos.” ▲

Um orgulhopara a família

Conquisteimuita coisae quero mais.Vou fazervestibularpara nutrição.Vou continuarbatalhando pelos meussonhos

� Elenice FelícioPaula,18 anos,Projeto Vida Nova

MARCELLO VITORINO

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22 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educaçãoMARCELLO VITORINO

DÉBORA FALZETTA

Além de pai zeloso de Mariana, de 6anos, Manuel Gonçalves Lima, 47, é umcidadão consciente do papel transformadorda educação. Ele acompanha de perto odesenvolvimento da filha no Centro deEducação Infantil da Bela Vista, em SãoPaulo. Manuel é um dos 26 pais que fre-qüentam os cursos do Programa UnimedSeguros e Instituto Criança é Vida Educan-do para a Saúde. Os voluntários do progra-ma, criado em 2006, visitam periodicamen-te o Centro de Educação Infantil, onde dãoaulas sobre higiene, saúde bucal e problemasde pele, alimentação, crescimento e desen-volvimento da criança.

“Aos poucos, percebemos a mudança nocomportamento das pessoas. Quando traze-mos nossos filhos, vemos que as criançasestão arrumadas e com aparência saudável. Ébom ver que estamos assimilando os cuida-dos”, completa Manuel. ▲

Aulas para cuidar bem dos filhos

Quandotrazemosnossos filhos,vemos que ascrianças estãocom aparênciasaudável.É bom ver que assimilamosos cuidados

�Manuel Gonçalves, pai deMariana,47 anos e 6 anos,Instituto Criança éVida Educando para a Saúde

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23Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

GIOVANNA FLORES

Juliana, Jesika, Rafaela, Maria Eduar-da, Gisele e Thayná estudam no segundoano do ensino médio do Colégio Imacu-lada Conceição, em Florianópolis, emSanta Catarina. Todas têm 16 anos eenfrentam um momento de decisão: aescolha da profissão. O grupo ganhouuma ajuda de peso. As meninas estão noprojeto Mini-Empresa, implantado naescola pela Associação Junior Achieve-ment em parceria com a Instituição Uni-banco, da Unibanco AIG Seguros e Pre-vidência. Nos encontros realizados umavez por semana fora do horário de aula,os alunos selecionados aprendem noçõesde economia, administração, organizaçãoe produção, acompanhados de um execu-tivo cedido pelas empresas parceiras.

É uma excelente ajuda na escolha dafutura profissão. “Nós fazemos tudo. Pri-meiro, temos que vender ações para arre-

cadar capital, comprar o material e come-çar a produção” relata Juliana Karasaic,funcionária da Schrubbles, nome dado àmini-empresa criada para atividades daJunior Achievement. A equipe é formadapor um presidente, quatro diretores (pla-nejamento, marketing, produção e recur-sos humanos) e dez funcionários.

A empresa conseguiu 93 acionistas,levantou capital e produziu mais de 50almofadas personalizadas, vendidas aR$ 20,00 cada. “A gente brinca bastante,mas aprende muito também. Dá parasaber como funciona uma empresa”, dizThayná Rodrigues.

Outro exemplo de atuação da Associa-ção Junior Achievement está no ColégioDom Jaime Câmara, em São José, naGrande Florianópolis. Os alunos da séti-ma série aprendem sobre economia pes-soal. Em quatro encontros semanais deuma hora e meia, eles desenvolvem ativi-

Momento de decisão�MariaEduarda,Rafaela Boing,Gisele Ghizoni,ThaynáRodrigues,JulianaKarasiak eJesika Cella,16 anos,Mini-Empresa daAssociaçãoJúniorAchievement, doInstitutoUnibanco

FELIPE CHRIST/FOTONOTÍCIAS

Unibancodesenvolvenas escolasprogramaspara ajudar osadolescentesna difíciltarefade escolhera profissão

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Page 24: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

dades que vão ajudá-los no dia-a-dia.Recebem um livro com exercícios eaprendem brincando, acompanhadaspela coordenadora do Programa da Asso-ciação Junior Achievement, CarolinaPaul, uma das 21 voluntárias do Institu-to Unibanco em Santa Catarina. “Nós

abrimos tantas turmas para ministrar ocurso, que nos faltam voluntários dasempresas. Eu mesma venho dar aula.Adoro fazer isso”, diz Carolina. Os alunosagradecem. “O mais importante nessecurso é que ele ajuda a escolher a nossaprofissão”, diz o jovem Jurguen Junkes,de 13 anos. Carolina Búrigo, da mesmaidade, gostou de aprender a se comportarem uma entrevista de emprego.

Com essas noções de administração eeconomia, tanto as adolescentes do pré-vestibular, quanto os jovens do ensinofundamental, contarão com um diferen-cial ao ingressar no mercado de trabalho:o espírito empreendedor. A parceiraentre o Instituto Unibanco e o Programada Associação Junior Achievementcomeçou em 1987 e conta com 613voluntários que já formaram 6.870 alu-nos em 14 estados. Os cursos são deeconomia pessoal e empresa em ação,para o ensino fundamental. E mini-empresa, torneio de decisões empresa-riais e empresário sombra para os alunosdo ensino médio.

Com o foco no desenvolvimento deprojetos educacionais, o Instituto Uni-banco coordena mais de 34 programasde responsabilidade social. A filosofia éque a mudança de uma sociedade passa,obrigatoriamente, pelo aprimoramentoda educação. ▲

24 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

� Jurgen JunkesVieira Souza,13 anos,Junior Achievement,do InstitutoUnibanco

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MÁRCIA ALVES E FÁTIMA CARDEAL

A Porto Seguro Cia. de Seguros Geraiscontribui para o desenvolvimento do bra-sileiro em duas frentes diferentes. Numa,luta para diminuir uma triste estatísticade morte em acidentes de trânsito (35 milpessoas morrem por ano, segundo pesqui-

sa do Ministério da Saúde). Na outra,aposta na inclusão digital como forma decrescimento profissional. Nas duas ajudagente como o corretor de seguros Gilber-to Januário, 41 anos. Ele já não atendemais o celular enquanto dirige. Tambémdesacelera quando nota que o farol vaificar vermelho. Nem sempre foi assim.

A mudança veio com a pilha de “mul-tas” que recebeu da filha, Gabriela. Elafreqüenta a Cidade Portinho, um espaçode 500 m2 que a seguradora mantém des-de 1998 na Rua da Mooca, em São Pau-lo, para ensinar crianças a se comporta-rem no trânsito. Lá, os meninos trafegam

Dois projetosque apostamno Brasil

25Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

Tenhocertezaque com as aulas minhafilha Gabrielaserámelhor motoristado que eu

�GilbertoJanuário e a filhaGabriela ,41 anos e 11 anos,Cidade Portinho

MARCELLO VITORINO

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26 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

�MaríliaPinheiro deOliveira,22 anos,Casa Campos Elísios Melhor

com bicicletas e triciclos por ruas comsinais e cruzamentos. As multas deGabriela funcionaram. “Agora quase nãomulto meu pai”, diz. “Tenho certeza quea Gabi será melhor motorista do que eu”,acredita Gilberto.

O projeto de inclusão digital da PortoSeguro mudou a vida de Marília Pinheirode Oliveira, 22 anos, e de mais de 400moradores do bairro Campos Elíseos, emSão Paulo. Marília precisava aprenderinformática para garantir seu emprego. Apequena clínica de odontologia, onde ela érecepcionista há cinco anos, se informati-zou para atender os convênios. “Procureium curso básico, mas não podia pagar”,conta Marília, que ganha R$ 460 por mês.

A solução foi procurar a Casa CamposElísios Melhor, casarão onde a Porto Segu-ro oferece cursos profissionalizantes. “Fizuma entrevista em fevereiro deste ano e,em junho chegou a minha vez.” As aulasduram três meses e já resolveram a vida deMarília. “Já sei fazer todos os procedimen-tos no computador”, diz. E o empregoestá garantido. ▲

Com trêsmeses deaula deinformática,já sei fazertodos osprocedimentosno computador

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27Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

DÉBORA FALZETTA

Max Bruno Fonseca de Lima, 15 anos,aluno do segundo ano do ensino médio,aprendeu a fazer planos no curso AgenteJovem, na Unidade de Promoção IntegralJustina, do Lar Fabiano de Cristo, emFrancisco Morato, São Paulo. Cidadania,direitos humanos e sociedade são temasdebatidos em sala. “Aprendi a pensar nofuturo. Antes, achava que ter sucesso navida não era para mim. Agora sei que pos-so vencer”, diz Max, que planeja se for-mar em computação.

A história de Max é apenas uma entremilhares escritas todos os dias no Lar Fabia-no de Cristo. Há 48 anos, a entidade bene-ficia mais de 80 mil pessoas nas 57 Unida-des de Promoção Integral em 18 estados. ACapemi Previdência e Seguros é uma dasinstituições parceiras do Lar. O reconheci-mento da Unesco fez com que o projetochegasse a outros países. ▲

Confiança no sucesso

Aprendi a pensar nofuturo.Antes,achava queter sucessona vida nãoera para mim.Agora sei queposso vencer

�Max Bruno,15 anos,Lar Fabianode Cristo

MARCELLO VITORINO

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28 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

MÔNICA BORGES FLAKE

Manoel Tostes, 48 anos, sabe que é umhomem privilegiado. Quando estudou naUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, emSão Leopoldo, no Rio Grande do Sul, rece-beu dois estímulos. O primeiro veio na for-

ma do crédito educativo da FundaçãoAplub, do grupo Aplub, um dos maiores emprevidência privada do País. O segundo foiuma ajuda mensal de um salário mínimo,também da Fundação. “Com este benefícioextra eu me sentia mais comprometido amanter boas notas”, lembra. O crédito edu-cativo, com carência de um ano para come-çar a pagar e a taxa justa de correção, foi asaída para realizar o sonho de ser arquiteto.Até hoje, ele é um defensor do sistema poraumentar o vínculo dos estudantes com asuniversidades. E já faz planos para um novofinanciamento. Agora para os filhos, prestesa entrar na universidade. ▲

Um aliadode peso nauniversidade

Com obenefícioextra de uma bolsa,eu mesentiamais comprometidoa manterboas notas

�Manoel Tostes,48 anos,Crédito Educativoda Aplub

EDISON VARA/PRESSPHOTO

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29Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

BEATRIZ COELHO SILVA

Aos 20 anos, Darlan Ribeiro e Josenil-ton Santana, moradores do Rio de Janei-ro, vêm de histórias diferentes para umfuturo comum. Em 2006, Darlan procura-va emprego para sustentar a mulher e ofilho recém-nascido. Josenildo sonhava em

trabalhar com carros. Eles fizeram o cursode funelaria do Projeto Repare Bem man-tido pelo Centro de Experimentação eSegurança Viária (Cesvi Brasil), em parce-ria com a Fiat. Desde dezembro, trabalhamna Eurobarra, concessionária na Barra daTijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.“Além do ofício, aprendemos cidadania”,diz Josenildo. “Meu sonho agora é estudarengenharia e, um dia, ter uma oficina”.Para Darlan, o futuro já chegou. O jovem,morador da Baixada Fluminense, está satis-feito com o emprego. Outros colegas docurso também se empregaram. “Ficou umaamizade enorme”, diz Josenilton. “E vaidurar a vida inteira”, completa Darlan. ▲

Cidadania e amizade para toda a vida

Além doofício,aprendemoscidadania.Meu sonhoagora éestudarengenhariae ter umaoficina

� JosenildoSantan e DarlanRibeiro,20 anos, ProjetoRepare Bemmantido peloCentro deExperimentação eSegurança Viária(Cesvi Brasil)

ROSANE BEKIERMAN

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30 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela educação

FÁTIMA CARDEAL

O diagnóstico chegou aos10 anos. Rosilene de SouzaBrito descobriu ainda meninaque tinha osteossarcoma, cân-cer de osso, no ombro esquer-do. Sua mãe, empregadadoméstica, sustentava sozinhaos quatro filhos. Rosileneencontrou alento no Grupo deApoio à Criança e ao Adoles-

cente com Câncer (Graac),mantido graças à parceria comempresas como a Tokio Mari-ne. O Graac oferece bolsas aprofessores para ajudar crian-ças em tratamento de câncer anão perder o ano letivo. O gru-po garantiu a volta da menina àescola. “Havia amputado obraço, estava sem cabelo porcausa da quimioterapia e adiretora não queria me acei-tar.” O Graac também conse-guiu uma bolsa para que elaestudasse marketing na Anhem-bi-Morumbi, universidade emSão Paulo. Aos 24 anos, Rosile-ne, mãe de uma menina de oitomeses, está prestes a receberuma prótese. ▲

Uma grandevirada nodestino

Havia amputado obraço, estavasem cabelopor causa daquimioterapiae a diretora da escolanão queriame aceitar

�Rosilene deSouza Brito,24 anos,Grupo de Apoio àCriança e aoAdolescente comCâncer

MARCELLO VITORINO

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31Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

DÉBORA FALZETTA

� É cada vez maior o número de iniciativas quepromovem a transformação social pela educação. Umaverdadeira cesta de oportunidades. Alguns exemplos. OGrupo Caixa de Seguros lançou o programa Jovem deExpressão. A Generali Seguros investiu na educação decrianças. O HSBC mantém o Instituto HSBC Solidariedadee a Brasilsaúde Companhia de Seguros doou recursospara compra de kits escolares. O Banestes Seguros éparceiro do Sindicato da Indústria de Reparação deVeículos e Acessórios do Estado do Espírito Santo noprojeto Montanha da Esperança.O BB Educar, da Fundação Banco do Brasil, jáalfabetizou mais de 32 mil pessoas. A Chubb Seguros éparceira da ASAM - Centro de Apoio ao Jovem, nacapacitação de adolescentes. A Indiana Seguros investeno Aprendiz Indiana para formação profissional e oGBOEX – Grêmio Beneficente, na capacitação de jovens.

O Projeto Fazendo Minha História em Instituição de Abrigoé uma iniciativa da Marítima Seguros. Já a PortoSeguro Cia. de Seguros Gerais mantém a AssociaçãoCrescer Sempre.A Santander Seguros apóia a rede de cooperaçãouniversitária (Universia). Os Sindicatos das Seguradorasdo Norte e Nordeste, de Santa Catarina, do Paraná ede São Paulo apóiam o Programa Amigo do Seguro decapacitação de jovens. A Fundação APLUB administraprogramas de crédito educativo. A Azul Companhia deSeguros Gerais tem programa para crianças e aBrasilcap Capitalização mantém oficinasprofissionalizantes. A Cia. Seguros Minas-Brasil tem oPrograma De Olho No Futuro. A Cia. de Seguros doEstado de São Paulo investe no Centro de Aprendizageme Monitoramento Profissional Dr. Joaquim Lourenço. AConfiança Seguradora investe na qualificação dosfuncionários e incentiva a prática de esportes. ▲

Cesta de oportunidades

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Transformação pelo esporte

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

�De olho no Futuro:No Centro de Futebol Zico, em Minas, meninos vislumbram um futuro melhor

MARCELO PRATES

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33Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

CARLOS FRANCO

�Desde a antiguidade, o esporte transforma vidas.É ferramenta desocialização e estimula a competição sadia, além de ser instrumentodo desenvolvimento físico.E são as lições que vêm do esporte, do seupoder transformador, que estimulam empresas, incluindo asseguradoras, a patrocinar atletas, equipes e competições.É por meio do esporte que crianças carentes descobrem, emdiferentes projetos de responsabilidade social, novos valores de vida.O resultado do investimento é reconhecido pela sociedade e agregavalor às empresas.O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos ArthurNuzman, afirmou que foram os patrocínios que asseguraram aoPaís tantas medalhas nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007: 54 deouro, 40 de prata e 67 de bronze. Um recorde que faz os brasileirossonharem. ▲

Empresas investemem futuros campeões

� Futebol Cidadão:Emílio da Silveira Jr. é um dos craques do Centro de Inclusão Social, em Curitiba

MAURO FRASSON

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34 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pelo esporte

LEANDRO DONATTI

Emílio da Silveira Júnior, de 12 anos,tem tudo para ser um jogador de futebolde sucesso: cabelo estilizado, posição delateral direito definida e, o mais impor-tante, a oportunidade de treinar comgente que conhece o esporte e tem inte-resse na sua formação. O menino, quevive numa favela de Curitiba, no bairrode Mossunguê, freqüenta há um ano oCentro de Inclusão Social – Projeto Fute-bol Cidadão. Criado em 2006, o Centro

é mantido pela J. Malucelli Seguradora,na mesma área onde funcionou a antigaEscolinha do Malutrom, time profissio-nal que, desde 2005, passou a denomi-nar-se J. Malucelli Futebol S.A.

Mais que revelar talentos, como Emer-son (jogador do Lille, na França), Cristia-no (do Goiás) e Tcheco (do Grêmio), ogrupo empresarial paranaense tem preo-cupação social. O Futebol Cidadão, quecaminha junto com o clube-empresa,recebe 50 meninos entre 12 e 17 anos, defamílias com renda per capita de até R$250,00 que moram nos bairros vizinhos àJ. Malucelli Seguradora. A meta é atender100 adolescentes até fevereiro de 2008.Graças ao futebol, os meninos se afastamde situações de risco social, como a vio-lência doméstica e as drogas.

Os adolescentes têm atividades noCentro de Inclusão Social quatro dias por

Muito além de treinos defutebol❝

Foi muitobom tertrilhado essecaminho.Senão tivesseessa chance,não teria vencido e metornado umprofissional

� ThiagoRoberson deAlmeida,22 anos,goleiro do J.Malucelli Futebol

MAURO FRASSON

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35Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

semana. Dois deles, reservados aos treinosno campo. São quatro turmas, nos turnosda manhã e da tarde, com índice de desis-tência próximo a zero. Os meninos rece-bem alimentação balanceada por nutricio-nista, orientações de higiene pessoal, aulasde informática, de inglês e de reforço esco-lar. Além disso, ganham vales-transporte,cestas básicas para as famílias e uniformecompleto, trocado a cada seis meses.

Vinte funcionários estão envolvidosdiretamente no projeto. A assistentesocial Liamara Mortari acompanhou osprogressos de Emílio desde que entroupara o Futebol Cidadão. O garoto, queperdeu o pai aos oito anos, ganhou peso,tomou gosto pela leitura, aprendeu a usaro computador e se livrou das drogas. “Ele

é persistente, tem futuro. É uma prova deque parcerias firmadas entre empresas,escolas e famílias dão resultado. Muitosmeninos podem nem ter vocação para ofutebol, mas vão sair daqui com impor-tantes lições de cidadania”, diz Liamara.

Emílio afirma que pretende ser joga-dor profissional. Vai trilhar o mesmocaminho de Thiago Roberson de Almei-da, 22 anos, goleiro titular do J. Malucel-li Futebol. Roberson passou a maior par-te da adolescência no clube-empresa.Começou a treinar na Escolinha doMalutrom aos 12 anos. Também de famí-lia humilde, compatibilizava os treinoscom os estudos. Chegou a entrar para afaculdade de Geografia, mas interrompeuo curso por causa dos campeonatos. ▲

Depois queentrei parao projeto, ascoisas lá em casa melhorarambastante.Quero estudare ser jogadorde futebol

� Emílio daSilveiraJúnior,12 anos,Futebol Cidadão

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36 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pelo esporte

RODRIGO JAMES

Imagine um mundo onde a criminali-dade fosse trocada por esporte, conheci-mento, diversão e educação. No projeto“De olho no futuro”, criado há cinco anosno Centro de Futebol Zico, em BeloHorizonte, adolescentes carentes têm aoportunidade de vislumbrar um futuromelhor. Através do projeto, mantido porempresas como a Minas Brasil Segurado-ra, moradores de comunidades pobres daZona Oeste da capital mineira praticamesportes e participam de cursos de música,informática e balé. São jovens como Gui-lherme da Silva Ferreira, de 21 anos, quefez parte da primeira turma do programa.Ele considera que sua passagem pelo Cen-tro de Futebol Zico foi crucial para seucrescimento. Encaminhado para o Senac,fez curso de preparação para o mercado detrabalho e hoje trabalha com serviçosgerais em uma faculdade. ▲

O pontapé para uma vida melhor

Foi a chanceque eu precisava.Senão fosse oprograma do Centro de Futebol Zico,ainda estariaà procura deemprego

�Guilherme daSilva Ferreira,21 anos,projeto “De olho nofuturo”

MARCELO PRATES

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37Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

CARLOS FRANCO

� Os esportes, cada vez mais, ganham oaval das seguradoras. Com o apoio aatletas e competições, as empresas, alémde exercerem a responsabilidade social,vislumbram oportunidades de negócios.Ações de patrocínio que tiveram início em2006, 2005 e até em 2004 fizeram comque as companhias de segurosmarcassem forte presença nos JogosPan-Americanos Rio 2007. A CaixaSeguradora fez a apólice de seguro dosatletas. A Porto Seguro, que patrocinaequipes de vela há dois anos, firmoucontrato com a Prefeitura do Rio deJaneiro e deu assistência ao trânsitodurante os Jogos. Já os executivos daCia. de Seguros Aliança do Brasilvibraram com a jogadora de vôlei depraia Sandra Pires, medalha de ouro nasOlimpíadas de Atlanta. Patrocinada pelaAliança, Sandra carregou a tocha do Pan,na abertura, no Maracanã.

A vibração da Aliança – que tambémpatrocina atletas de hipismo,judocas e pilotos de rally – contagiouempresas como Bradesco Auto, BradescoCapitalização, Brasilcap Capitalização, BrasilSaúde,Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército (GBOEX) e SulAméricaSeguros. Todas apostam no esportebrasileiro e investem no futuro de jovenscampeões. Como o nadador ThiagoPereira, que conquistou seis medalhas deouro no Pan e, agora, tem o patrocínio doBradesco.A Mapfre Vera Cruz Vida e Previdênciainvestiu no 1º Athina Onassis nternationalHorse Show, torneio de hipismo cincoestrelas, realizado pela primeira vez noPaís, em São Paulo, em agosto de 2007.O evento, que levou também a assinaturada ACE Seguradora, foi desenhado em2006 e colocou o Brasil na rota dascompetições internacionais. ▲

Ouro em apoio aos atletas

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Transformação pela cultura

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

�Cine-Educação:Ludmila Alves Siviero participa do projeto onde a linguagemdo cinema ajuda a formar cidadãos

�Arte:Gabrielle Nunes dos Santos vai pela primeira vez a umaexposição e sai encantada

FÁTIMA CARDEAL

� “Um País não muda por sua economia, sua política e nemmesmo por sua ciência. Muda, sim, por sua cultura”. A afirmação, dosociólogo Herbert de Souza, o Betinho (1935-1997), pode serconfirmada em comunidades de norte a sul do Brasil, que setransformaram por meio da arte e da cultura. Assim foi no bairrodo Candeal, em Salvador, orgulho de seus moradores graças aomovimento da Timbalada. Ou no Pelourinho, que ganhou famamundial com Olodum. Em São Paulo, projetos desenvolvidos porempresas e entidades do mercado segurador tiram do risco socialjovens que, ao invés de engrossar os índices de violência, fazemparte de orquestras, corais, companhias de teatro, de dança. Sãoexemplos de que expressões artísticas podem provocar melhoriasestruturais, despertando na coletividade a auto-estima, aconsciência e o sonho de um futuro melhor. ▲

Diversão e arte nocombate à violência

ANTRANIK MARCELLO VITORINO

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MÁRCIA ALVES

Algo mudou na vida de Ludmila AlvesSiviero desde o dia em que ela pisou, pelaprimeira vez, na Cinemateca Brasileira,para assistir ao filme “Marvada Carne”, hácerca de um ano. “É como se eu passasse aenxergar o futuro de uma outra forma,com um novo olhar”, diz a estudante da 8ªsérie. Ela e os alunos do ensino fundamen-tal da Escola Barão Homem de Mello, do

39

O cinemaé meu mundo,agora eu meencontrei.Écomo se eu passasse a enxergar o futuro com um novoolhar

� Ludmila AlvesSiviero,16 anosCine-Educação,Fundação Mapfre

O cinema quetransformavidas

ANTRANIK

Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

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Transformação pela cultura

bairro paulistano de Santana, participamdo Projeto Cine-Educação, realizado como patrocínio da Fundação Mapfre Brasil,que é mantida pela Mapfre Seguros, e oapoio da Secretaria de Educação de SãoPaulo. Desde 2005, mais de 30 mil alunosde 364 escolas da capital já passaram peloprojeto, que utiliza a linguagem do cinemapara formar cidadãos, estimulando a capa-cidade de análise, discussão e posiciona-mento perante os temas apresentados nosfilmes.

Encarregada de trabalhar a temática dosfilmes em sala de aula, a coordenadorapedagógica da escola, Régia Vidal dos San-

tos, 46 anos, avalia que o projeto estátransformando a vida dos alunos. “Foi umasurpresa ver como eles se uniram em tornodas atividades, como melhoraram o com-portamento e, principalmente, a auto-esti-ma”, pondera. Régia acredita que em nin-guém mais a “sementinha do cinema”, lan-çada pelo projeto, floresceu tanto quantoem Ludmila. Segundo ela, a garota se apai-xonou a ponto de conseguir influenciar aturma de 42 alunos em projetos relaciona-dos aos filmes. A própria Ludmila garanteque a experiência lhe abriu um novo hori-zonte. “O cinema é meu mundo, agora eume encontrei”, diz a futura cineasta. ▲

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FÁTIMA CARDEAL

Gabrielle Nunes dos Santos, 10 anos,ficou encantada com a exposição Aleijadi-nho e Seu Tempo – Fé, Engenho e Arte, noCentro Cultural Banco do Brasil (CCBB)de São Paulo. “Eu não achava que ummuseu fosse desse jeito. Pensava que era

um lugar pequeno, com um monte defotos”, diz. A mostra, em 2006, deu amilhares de crianças a oportunidade de verde perto uma obra de arte pela primeiravez. Com entrada gratuita, apoiada pelaCia. de Seguros Aliança Brasil, a exposiçãoficou de julho a outubro no CCBB paulis-ta, depois de passar pelo Rio de Janeiro epor Brasília. “Adorei as esculturas. São demadeira, mas nem parece. Fiquei curiosaem saber como era o Aleijadinho, comoele criava”, disse Gabrielle. Ela e suas cole-gas da 4ª série do colégio Modesto Sca-gliusi, em Campo Limpo (SP), saíram dalicheias de novidades para contar. “Nuncavou esquecer este dia”. ▲

A primeiraexposição éinesquecível

Não achavaque ummuseu fosseassim.Pensava queera um lugarpequeno, comum monte defotos.Adoreias esculturas

�GabrielleNunes dos Santos,10 anos

MARCELLO VITORINO

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FÁTIMA CARDEAL

� Investir em cultura é agir com responsabilidadesocial, condição número um para a credibilidadee a sobrevivência. Além de garantir o acessoà arte para milhões de pessoas carentes,empresas com essa consciência incentivam a

produção artística nacional, como faz a Unibanco AIG Seguros. Por meio do Instituto Moreira Salles, a seguradora ajuda a manter cinemas, galerias, centros culturais,entre outros espaços destinados às artes no País.A BB Seguro Auto trouxe da Itália para o circuitoCentro Cultural Banco do Brasil (CCBB) a exposição Pablo Picasso: Paixão e Erotismo. Pelaprimeira vez, o público brasileiro pôde ver, comentrada gratuita, 92 gravuras originais do pintor

espanhol. Em Porto Alegre, ações da MBMSeguradora ajudam a manter em atividade as bandas de música da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.Em todos os cantos do Brasil há exemplos deseguradoras que investem em Cultura. Em São Paulo,a Porto Seguro levou o conceito da sustentabilidadepara a oficina de artes que mantém na Casa CamposElíseos, no Centro da cidade. Além de oferecer aulasde artesanato, incentiva as pessoas a viverem daprópria produção artística, promovendo bazares, feirase exposições onde as peças podem ser vendidas. AMarítima Saúde tem o Instituto Fazendo História. Umdos projetos da instituição é pesquisar a origem e atrajetória de meninos e meninas que vivem emabrigos. No final, com todos os dados levantados,cada um produz um livro com a sua história. ▲

Da banda de música a Picasso

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Transformação pela cultura

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Transformação pela responsabilidade corporativa

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SÔNIA ARARIPE

�A história de sucesso do mercado brasileiro de seguros é escritapelas pessoas que nele trabalham.De acordo com os dados doBalanço Social do Mercado Segurador Brasileiro, o setor empregava,em 2006, 40.399 pessoas: 36,1% com nível superior completo e30,8%, com nível superior incompleto.Quase três mil funcionáriostêm mestrado, doutorado ou pós-graduação.Boa parte da força detrabalho tem entre 26 e 35 anos (43,1%), já com especialização naárea.Funcionários mais experientes, na faixa de 36 a 45 anos,representam 26,6% do total.

Qualificação profissionalé a base do crescimento

�Celedônio Leonardo de Paiva e Souza:O mais antigo corretor de seguros em atividade no Nordeste

� Suzana Pantaleão da Silva:Apoio para se tornar corretora e aprimorar seu conhecimento

ROSANE BEKIERMAN

CAROL FRANÇA

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44 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela responsabilidade corporativa

A presença das mulheres no mercadosegurador cresceu muito nos últimos anos.Tanto que elas já são maioria. As estatísticasmostram que, em 2006, do total da força detrabalho, 53,7% eram mulheres. Graças àpreocupação das empresas em proporcionaraos empregados um agradável ambiente detrabalho, o tempo de casa também temaumentado. É verdade que, com expressivonúmero de jovens entrando na carreira,muitos ainda estão com até cinco anos decasa: 22 mil. Mas também é significativo onúmero de funcionários com até 10 anos decasa: 9.308. Na faixa dos 10 a 20 anos são6,7 mil. E, com mais de 20 anos, dois mil.

Além da constante preocupação eminvestir na formação de seus profissionais, asseguradoras exercem a responsabilidadesocial, contribuindo para a educação demoradores de comunidades pobres. Um dosexemplos é a participação da FederaçãoNacional das Empresas de Seguros Privadose de Capitalização (Fenaseg) no ComitêComunitário da Cidade de Deus, que ofere-ce cursos de alfabetização e de auxiliar deenfermagem para a população local. ▲

�Andréa Tavares:O voluntariado começou desde cedo na vida dagerente financeira

�David Crawshaw:Trabalho voluntário em equipe com os colegas da empresa

ROSANE BEKIERMAN

ARQUIVO PESSOAL

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45Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

MARÍLIA GUSMÃO

O paraibano Celedônio Leonardo dePaiva e Souza, 91 anos, é o mais antigo cor-retor de seguros em atividade no Nordeste.Ele mora em Recife e atua no setor desde1945. Portanto, há 62 anos. “Sinto-mejovem porque não perdi o desejo de apren-der. Participo sempre de cursos e congres-sos de seguros”, diz. Celedônio tambémgosta de escrever. Lançou o livro “Retalhosdo meu Nordeste – Crônicas e Poesia”,com apoio do Sindicato das Seguradorasdo Norte e Nordeste. Casado há 48 anos,pai de dois filhos, avô de quatro netos, elearruma tempo para visitar clientes, dançarforró, conversar com os amigos e dar con-selhos. “Vender seguro não é difícil. Odesafio é atender às necessidades do clien-te. Procuro mostrar que as pessoas estãoadquirindo um benefício para o futuro. Edisso eu entendo”, diz, rindo.▲

O mais antigo corretor do Nordeste

Eu me sintojovem porquenão perdi odesejo deaprender.Participosempre decursos, feirase congressosdo setor

�CeledônioLeonardo dePaiva e Souza,91 anos, desde 1945 no mercadode seguros

CAROL FRANÇA

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Transformação pela responsabilidade corporativa

SÔNIA ARARIPE

Andréa Tavares, 37 anos, é de uma famí-lia portuguesa que veio para o Brasil fugindoda Segunda Guerra. O pai e os tios trabalha-vam como pedreiros, no Rio de Janeiro. Nosfins de semana, participavam de mutirões,construindo casas dos que não podiampagar. “Já nascemos voluntários”, diz agerente financeira da Prudential do Brasil.Quando ingressou na empresa, em 2004, aeconomista ficou feliz ao descobrir que ela

incentivava o voluntariado. Há 11 anos, foicriado na matriz, a Prudential Financial, oDia Global do Voluntário. Em 2006, noBrasil, 1.600 funcionários participaram de16 projetos sociais, em cinco estados.Andréa e sua equipe “adotaram” a Associa-ção Beneficente São Martinho, que apóiacrianças e adolescentes carentes. “Volunta-riado é como um vírus do bem. Quem con-trai não consegue largar. O sorriso de umacriança não tem preço”.▲

O prazer de ajudar a quem precisa

Voluntariadoé como umvírus do bem.Quem contrainunca maisconseguelargar.Osorriso deuma criançanão tempreço

�AndréaTavares,37 anos,gerente daPrudential do Brasil

ROSANE BEKIERMAN

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47Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

DÉBORA FALZETTA

David Edward Crawshaw, assistente deimplantação e cálculo da Sabemi, jamaisvai esquecer a visitar que fez a um lar paraexcepcionais, em 2006. ”Nessa hora, a gen-te vê que reclama demais da vida. Há mui-tas pessoas precisando de uma simples visi-ta, de um pouco de carinho”. Aos 23 anos,David é um dos voluntários do Comitê deCidadania Corporativa, criado pela Sabe-mi Seguradora, que promove ações o ano

inteiro, como a campanha do Desafrio, noinverno de 2006. Um sucesso. Foram maisde quatro mil agasalhos arrecadados. “ASabemi destina recursos para o planeja-mento e a execução das ações. Nossos cole-gas sempre querem participar”, diz PaulaAdriane Rodrigues, analista financeira epresidente do Comitê. Disposição paraajudar é o que não falta a pessoas comoDavid. “Quem sabe não serei um voluntá-rio fora da empresa também”, diz. ▲

Guerreiros incansáveis da solidariedade

A gente vê quereclamademais davida.Há muitaspessoasprecisandode uma simplesvisita, de umpouco decarinho

�DavidCrawshaw,23 anos,em uma das ações de voluntariado,na ClínicaEsperança

ARQUIVO PESSOAL

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48 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pela responsabilidade corporativa

SÔNIA ARARIPE

A história de Suzana Figueiredo Pan-taleão da Silva, 26 anos, é parecida com ade muitas brasileiras: começou a traba-lhar aos 16 anos, em bancos e empresasde cobrança, mas parou com a chegadado primeiro filho. Logo, veio o segundo.No início de 2006, voltou a procuraremprego. Um amigo sugeriu que ela setornasse corretora de seguros. “Nuncatinha vendido nada e não conhecia osetor. Mas sou guerreira e aceitei o desa-fio”, diz. Suzana disputou as vagas ofere-cidas pela Mongeral Seguros e foi chama-da. Era preciso formar-se corretora. Ela fezdois cursos no Rio de Janeiro: o de Forma-ção, com 320 horas, e o de Habilitação,com 133 horas, que certifica o profissionalpara atuar no setor. As aulas são ministra-das na empresa, em convênio com a Esco-la Nacional de Seguros (Funenseg). “Oscursos foram a base da minha formação.Continuo fazendo vários outros”. ▲

O começo deum eternoaprendizado

Não conheciao setor.Os cursos de

Formação e deHabilitação foram a

minha base.Continuo fazendo

vários outros

� Suzana Pantaleão da Silva,26 anos,

corretora de seguros

ROSANE BEKIERMAN

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SÔNIA ARARIPE

� Foi-se o tempo em que um corretor ouqualquer outro profissional do setor de segurosse formava, basicamente, com a experiênciaprática. Nos últimos anos, houve uminvestimento forte do mercado na qualificaçãode seus profissionais. A preocupação eminvestir no treinamento e na formação doprofissional de seguros é cada vez maior. AMapfre Vera Cruz Vida e Previdência, porexemplo, oferece bolsas de especialização naEspanha. O processo de aprendizado podecomeçar ainda na infância. A Porto Seguropatrocina cursos para que as criançasconheçam as regras básicas do trânsito. Umdeles foi criado há nove anos na Mooca, emSão Paulo. Outro, itinerante, já passou pelo Riode Janeiro e pelo Espírito Santo.Também os sindicatos de seguradorasparticipam ativamente de ações decapacitação profissional e de atividades sociale cultural do País. O Sindicato dasSeguradoras de São Paulo apóia, desde2000, o Instituto de São Paulo contra aviolência, através do Disque Denúncia, cujoserviço visa combater as práticas do crimeorganizado. Em 2006 também houve acontinuidade do convênio assinado com aPolícia Militar e Rodoviária de São Paulo paraaprimorar o processo de avaliação de danos de veículos envolvidos em acidentes de trânsito.O Sindicato das Seguradoras do Paraná fez, no ano passado, váriaspalestras motivacionais para seguradoras,treinou policiais civis e militares para aidentificação veicular em todo o Paraná erealizou a Caravana do Seguro em váriascidades. O Sindicato das Seguradoras deSanta Catarina realizou a Campanha doAgasalho em 2006, através das qual foramdoadas mais de 1.000 peças de roupas,entregues para entidades beneficientes dascidades de Blumenau, Gaspar, Joinville eFlorianópolis. ▲

Formação para aexcelência

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Transformação pelo meio ambiente

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

� “Aquecendo-se com o Sol”:Turma de aprendizes constrói um dos aquecedores solares queserão implantados em Campinas

MARÍLIA FERRAZ RIBEIRO

�Reserva Ecológica Carnijó:Monalisa Nascimento coordena aulas de educação ambientalna Reserva que fica próxima a Recife

CAROL FRANÇA

� Terralerta:Kátya Barros conta com o apoio da família para atuar noprojeto de preservação à natureza

ROSANE BEKIERMAN

ANDRÉ VILLAS BOAS/ISA

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51Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

�Rio Xingu:Projeto deproteção erecuperação das nascentes ematas

LÚCIA ABREU

�A defesa do meio ambiente, hoje, não é uma bandeira só deecologistas, mas de toda a sociedade. Cresce a consciência de queeconomia e natureza podem e devem caminhar juntas. O conceitode desenvolvimento sustentável substitui antigos modelos deprodução e ganha vantagem competitiva.

Dados recentes sobre o aquecimento global não deixamdúvidas: é preciso agir. O Brasil, com 14 % de toda a água doce doplaneta, as mais extensas florestas e uma biodiversidaderiquíssima, tem a imensa responsabilidade de cuidar dessesrecursos. E de educar as novas gerações para preservá-los.

Cada vez mais empresas adotam ações sócio-ambientais. Ascompanhias de capitalização e de seguros fazem a sua parte,apoiando projetos que transformam, para melhor, o meioambiente e a vida de milhares de pessoas.▲

O futuro do planeta estánas mãos de todos nós

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52 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pelo meio ambiente

Quando digoque é só fazer amanutençãodo aquecedorde vez emquando, semgastar maisnada, ninguémacredita

� SérgioCarvalho,35 anos, (no ladoesquerdo da faixa),Projeto “Aquecendo-se com o sol”,Campinas

MARÍLIA FERRAZ RIBEIRO

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53Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

ANTONIO CARLOS FERNANDES

O baiano Sérgio de Oliveira Carvalho,35 anos, faz parte de uma turma de 22 alu-nos que, até dezembro deste ano, será res-ponsável pela implantação de aquecedoressolares de baixo custo em 40 residências daVila Brandina, bairro de população pobrede Campinas. Ali, vivem cerca de 8 mil pes-soas, abrigadas em 750 residências.

O projeto “Aquecendo-se com o Sol”, ela-borado pela ONG Plantando Paz na Terra,tem o apoio do Instituto HSBC Solidarieda-de. Os aquecedores solares reduzem as des-pesas familiares com energia elétrica e geramrenda com sua produção. A turma de apren-dizes se reúne todos os sábados, na sede daONG, ao lado da Vila Brandina, para trocarinformações e preparar os aparelhos a sereminstalados. O grupo recebeu as orientaçõesbásicas de manufatura e instalação em outraONG, a Sociedade do Sol, do Centro Incu-bador de Empresas Tecnológicas (Cietec), daUniversidade de São Paulo (USP).

Cada aquecedor, que tem como baseplacas de coleta de energia solar feitas dePVC e pintadas de preto, demora, no máxi-mo, dois dias para ficar pronto. Três placassão suficientes para uma família de seis pes-soas. O sistema custa R$ 350,00. “Quandodigo aos amigos que é só fazer manutençãode vez em quando, sem gastar mais nada,eles nem acreditam”, diz Sérgio Carvalho.

Ele sonha em colocar logo em práticaseus conhecimentos sobre energia solar. Econta que já foi, inclusive, sondado poruma pousada local para instalar ali os equi-pamentos. Um colega do curso, que traba-lha como jardineiro, saiu na frente e mon-tou aquecedores em um bairro vizinho.Deu tudo certo. ▲

Energia solargera rendae economia

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54 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pelo meio ambiente ACERVO ISA

ANDRÉ VILLAS BOAS/ISA

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55Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

LÚCIA ABREU

Ao longo dos 1,2 mil quilômetros do RioXingu que ficam no Estado do Mato Grossovivem 10 mil índios de 18 povos diferentes,como os Xavantes, os Kayapós, os Awetis, osKaiabis e os Nahukwas. Eles serão os princi-pais beneficiados pela campanha “Y IkatuXingu”, que na língua Kamaiurá quer dizer“água boa, água limpa do Xingu”. Apoiadopela Icatu Hartford Seguros e desenvolvidopelo Instituto Socioambiental (ISA), o pro-jeto engloba ações de proteção e de recupe-ração das nascentes e matas da beira do rio,ameaçado pela ação predatória do homem.

Ianukulá K. Suiá, diretor da AssociaçãoTerra Indígena do Xingu, conta que muitosíndios já tiveram doenças por causa da polui-ção das águas por agrotóxicos. A coloraçãobarrenta do rio prejudica, ainda, a pesca comarco e flecha. Dos 17,7 milhões de hectaresda Bacia do Xingu no Estado, 5,5 milhões jáforam desmatados.

Além dos índios, outros 250 mil mora-dores da região também são afetados peladestruição e começam a se mobilizar. Acampanha reúne, de forma inovadora,índios, fazendeiros, agricultores familiares,pesquisadores, governos, movimentossociais. As atividades realizadas desde 2004– como reflorestamento, pesquisas e educa-ção ambiental (como mostra a foto aolado)– já apresentam resultados. “Não se vêmais agricultor queimando lixo tóxico epegando água no rio, o que era comum”, dizo fazendeiro e prefeito de Querência (MT),Fernando Gorgen. Ianukulá diz que as con-versas com a população não indígena vizi-nha têm sido bem mais eficazes. “O rio nãotem de ser visto como um bem do índio,mas de todo mundo”. ▲

União parasalvar oRio Xingu ❝

O rio nãotem de ser vistocomo umbem apenasda populaçãoindígenada região,mas de todomundo

� Ianukulá K.Suiá ,29 anos,Associação TerraIndígena do Xingu,Mato Grosso

OPOTÉ IKPENG

MARCELO BOTELHO/OBRITONEWS/ISA

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MARÍLIA GUSMÃO

Do que são feitos os sonhos? De perseve-rança. A resposta vem rápida à cabeça depoisde uma conversa com Monalisa Silva doNascimento, 23 anos. A jovem, de traçosfinos e histórias fortes, é coordenadora daReserva Ecológica Carnijó _ área de 25 hec-tares de Mata Atlântica, encravada em More-no, cidade a 30 minutos de Recife.

De família humilde, Monalisa foi desco-berta pelo projeto da Excelsior Seguros naReserva Carnijó há seis anos. Começoucomo guia-mirim. Hoje, coordena aulas deeducação ambiental ministradas por 13monitores que, assim como ela, estudam eminstituições públicas.

Para Monalisa, é tempo de plantar. Porisso, ela se divide entre o trabalho, a família,a faculdade de Turismo e cursos de idiomas.“O conhecimento está nos livros, mas omaior aprendizado eu tiro da terra”, diz. ▲

O saber quevem danatureza

Transformação pelo meio ambiente

Conhecimento,eu encontronos livrosque leio nafaculdade.Mas meumaioraprendizadoeu tiro daterra

�Monalisa doNascimento,23 anos,Reserva EcológicaCarnijó, Recife

56 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

CAROL FRANÇA

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BEATRIZ COELHO SILVA

A técnica de enfermagem Kátya Barrosvirou militante depois que entrou para ocurso de Formação Ecológica do ProjetoTerralerta, patrocinado pelo Sindicato dasSeguradoras RJ/ES. Ela já era ligada notema, porque trabalha com segurança emeio ambiente na Petrobras. Mas percebeuque é no dia-a-dia que se preserva a nature-za. “Diminuí o consumo para não criar resí-duos. Para que trocar de celular se o quetenho funciona bem?”, questiona. Em casa,Kátya conta com o apoio dos filhos, Daniel,de 17 anos, e Ana Beatriz, de 15, e da mãe,Raimunda. “Controlamos o tempo dobanho e só ligamos a televisão à noite. Aconta de luz baixou de R$ 250,00 para R$180,00”. O lixo reciclável é repassado a cata-dores. “Se cada um fizer a sua parte, nossosfilhos terão um futuro melhor”. ▲

Defesa daecologiaem família

57Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

Controlamoso tempo dobanho e sóligamos a TV à noite.Se cada umfizer a sua parte, nossosfilhos terão um futuromelhor

�Kátya Barros,45 anos,Projeto Terralerta,Rio de Janeiro

ROSANE BEKIERMAN

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LÚCIA ABREU

� A preocupação com o futuro do planeta se espalhaentre as seguradoras. Muitas delas praticaminternamente a coleta seletiva do lixo e adotammedidas de redução de consumo de água e deenergia elétrica. Há muitos exemplos de investimentoem programas ambientais.A Unimed Seguros e aItaú Seguros firmaram parcerias com a WWF-Brasil,ONG que integra a maior rede mundial depreservação do meio ambiente. A comercialização detítulos de capitalização PIC Natureza, da ItaúCapitalização, no Projeto Florestar, já contribuiu parao plantio de 18 mil mudas de plantas, garantindo arestauração de 15 hectares de florestas e aconservação da Mata Atlântica.A educação ambiental é o foco de projetos apoiados

pela Unibanco AIG Seguros e Previdência. OInstituto Unibanco dá incentivo aos Centros deEducação Ambiental, que reúnem instituições einiciativas voltadas para a sustentabilidade, em todo oBrasil. Em 2006, cerca de 76 mil pessoas foramatendidas por esses centros.A Porto Seguros assumiu o compromisso de cuidarda manutenção de áreas verdes em vários locais dacapital paulista. Um dos destaques do projeto é arevitalização da Praça Princesa Isabel, na região dosCampos Elíseos, com plantio de árvores – de médio egrande portes – e instalação de lixeiras.A Mapfre Vera Cruz Seguros e Previdência, por suavez, incentiva pesquisas e investe na disseminação deinformações que contribuam para a formação docidadão. A Fundação Mapfre já realizou inúmerosestudos e debates sobre o meio ambiente. ▲

Guardiãs do verde

Transformação pelo meio ambiente

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Transformação pelo seguro

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SÔNIA ARARIPE

�Poucas atividades econômicas podem se orgulhar de participartão ativamente do desenvolvimento do Brasil.Por suascaracterísticas, o mercado de seguros, de previdência privada e decapitalização já nasceu atrelado à garantia do presente e a umfuturo garantido.Sem sustos.Pagamentos de indenizações ebenefícios, reservas técnicas e um conjunto de instrumentos ajudama confirmar este papel.O mercado hoje representa 3,5% do ProdutoInterno Bruto – a soma das riquezas do País – e o potencial decrescimento é enorme visto que outros países chegam a percentuaisbem superiores. ▲

Mercado tem papel socialimportante para o País

�Garantia em áreas tão diferentes:O seguro permite a realização de atividades essenciais para a sociedade, como exploração de petróleo e atendimentos hospitalares

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60 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

Transformação pelo seguro

“O mercado contribui para o desen-volvimento, seja pela reposição de bensnecessários ao desenvolvimento, atravésdo pagamento de impostos e contribui-ções incidentes sobre as operações deseguros e, principalmente, através dasaplicações da reservas técnicas em grandeparte utilizadas para financiar vários seto-res da economia nacional”, analisa JorgeEstácio da Silva, integrante do ConselhoConsultivo da Federação Nacional dasEmpresas de Seguro e de Capitalização(Fenaseg) e conselheiro da Prudential doBrasil Seguros de Vida.

Como destaca o presidente da Fena-seg, João Elisio Ferraz de Campos, seriadifícil imaginar um dia da vida atual semo seguro. Se isso acontecesse, os aviõesnão levantariam vôo, os navios não deixa-riam os portos e o transporte de pessoasem geral não funcionaria pela falta daproteção do seguro de vida e acidentespessoais. Milhares de atendimentosmédico-hospitalares não se realizariamsem seguro saúde. Milhares de veículosprovavelmente não circulariam porqueseus proprietários não correriam o riscode acidentes sem o seguro de automóveis.E as conseqüências por toda a economiaseriam visíveis.

O economista Ubiratan Iorio, presi-dente do Centro Interdisciplinar de Ética

e Economia Personalista e professor daFaculdade de Economia da Universidadedo Estado do Rio de Janeiro (Uerj) obser-va que, ao contribuir para reduzir riscos,os diversos segmentos dos seguros incen-tivam a economia em geral, a geração derenda e empregos e, portanto, cumprem oseu papel social, uma vez que o econômi-co e o social são inseparáveis. “Tem sidotambém muito relevante a contribuiçãoque o mercado segurador, a cada ano,proporciona ao chamado balanço social,com milhões de reais circulando em ativi-dades de cultura, educação, lazer, esportee assistência social”, afirma o economista.

O professor da Fundação Getúlio Var-gas, Lauro Vieira Faria, reforça que ape-sar da participação do mercado em rela-ção ao PIB ser relativamente pequena,desde a década de 90 o mercado tem cres-cido a taxas superiores às da renda nacio-nal. E emprega nas diversas instituições -seguradoras, corretoras e prestadores deserviços - uma comunidade importantede técnicos e executivos de diversas áreas.Com a experiência de quem conhece deperto o esforço de todas as partes do setorparticipando juntos da busca pela melhorqualificação, o professor Lauro Faria éenfático: este é, sem dúvida, um doscaminhos mais seguros para o crescimen-to e fortalecimento do mercado. ▲

❝Tem sido também muitorelevante a contribuiçãoque o mercado segurador, a cada ano,proporciona ao chamado balanço social

ARQUIVO PESSOALROSANE BEKIERMAN

�Ubiratan Iorio, economista e professor da Uerj:Os diversos segmentos da atividade geramrenda e emprego para a população

� Jorge Estácio da Silva, da Fenaseg:O setor contribui com eficiência para odesenvolvimento da economia

�Ubiratan Iorio

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MÔNICA KLAFKE

Seja na cidade ou no campo, quem fazseguro garante tranqüilidade para tocar seunegócio. A falta de um bom contrato podelevar à perda financeira em caso de umimprevisto. Luciano Pacheco, 29 anos,empresário de Porto Alegre, sentiu a faltaque o seguro faz. Em julho deste ano, par-te do Shopping Total pegou fogo. Ao saberdo incêndio, Luciano Pacheco, sócio da

O melhor negócio éfazer seguro

Por quenãotínhamosfeito umseguro?Eu só pensava nissoquando recebia notícia do incêndio

� LucianoPacheco,29 anos,comerciante

EDISON VARA

ARQUIVO DA SEGURADORA BRASILEIRA RURAL

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Transformação pelo seguro

loja Orienthai, ficou em pânico. "Por quenão tínhamos feito um seguro? Só pensavanisso quando recebi a notícia do incêndio."O estabelecimento não foi atingido, massofreu estragos provocados pela ação dosbombeiros. Além disso, o prejuízo de não

poder abrir a loja é difícil de ser calculado.Se a loja fosse queimada, o empresário, queagora se prepara para fazer seu seguro, achaque perderia pelo menos R$ 50 mil.

Na zona rural, em especial, as atividadessão suscetíveis a mudanças meteorológicasfreqüentes, o que faz do seguro um instru-mento ainda mais necessário. Depender deboas condições climáticas já está ficandopara trás. Há sete anos, João VicenteGolin, 63 anos, dono de propriedade ruralem Vacaria (RS), protege seus 25 hectaresde maçãs e pêras com o seguro antigranizooferecido pela Seguradora Brasileira Rural,muito utilizado na região. “Graças a Deusnão temos tido perdas, mas ter seguro ésempre uma garantia”, destaca. Segundoele, tal produto é uma das poucas coisas emque se pode confiar, ainda mais com ospoucos incentivos oferecidos pelo GovernoFederal. “Já imaginou ter perda total?”,conclui. ▲

ARQUIVO PESSOAL

Graças aDeus nãotemos tidoperdas nassafras, master seguroé sempre umagarantia.Já imaginou ter perda total?

� João VicenteGolin,63 anos,produtor rural

ARQUIVO DA SEGURADORA BRASILEIRA RURAL

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LEANDRO DONATTI

Há 30 anos, participar de uma ope-ração do Projeto Rondon em comuni-dades inexploradas na Amazônia eraliteralmente uma aventura. GerizaldaGuimarães Julião Bernardo que o diga.Adolescente, cursava o 2º ano deCiência Econômicas da UniversidadeFederal do Paraná (UFPR) quandoembarcou, em 1976, rumo a Impera-triz, no Maranhão. A experiência deter aulas durante 30 dias, longe do paie da mãe, num núcleo de assistência

empresarial, marcou não apenas a car-reira profissional, mas a vida de Geri-zalda, hoje funcionária da UFPR emCuritiba. “O avião do projeto faziaparadas nos estados. Levava e buscavaestudantes em vários pontos do Brasil.Rodávamos o País.”

Segurança era responsabilidade doExército. Gerizalda só lembra que tudoera difícil, mas compensador. “Foi gra-ças ao Projeto Rondon que vi um canga-ceiro de perto. Não esqueço das casinhasde sapê e da Transamazônica.” Depoisde interagir com as comunidades tro-cando conhecimento e experiências,Gerizalda aproveitou para conhecerestados vizinhos. “Fomos num final desemana para Fortaleza, num ônibus semjanelas. Um menino ajudava o motoris-ta a trocar as marchas. Era outro mun-do, outra realidade. Imperatriz erapequena. Tinha apenas um hotel”,

A alegrecaravana pelo Brasil

Foi bacana para a minhaprofissão etambém paraeles, que conheceram mais sobre agriculturafamiliar eorgânica

� Laline Broetto,19 anos,rondonista

FOTO RONDON

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Transformação pelo seguro

relembra com saudades.Os tempos mudaram e hoje a segu-

rança dos estudantes que participam doProjeto Rondon, promovido peloMinistério da Defesa, não é mais umapreocupação exclusiva do Exército. ACaixa Seguros doou, pelo quarto anoconsecutivo, apólices de acidentes pes-soais para cada participante. Os rondo-nistas têm cobertura garantida no casode morte acidental ou invalidez perma-nente por acidente. : Só nos dois pri-meiros meses deste ano, foram benefi-ciados 945 rondonistas que participa-ram das operações em 63 municípios deoito estados.

Laline Broetto, 19 anos, e Marina dePaula Garcia, 20 anos, acadêmicas daUniversidade Estadual do Oeste doParaná (Unioeste), são rondonistas e via-jaram em julho passado para PortoGrande, no Amapá, também com oseguro da Caixa. Elas ensinaram desen-volvimento sustentável e gestão pública.Prova de que histórias de comprometi-mento social, como a de Gerizalda, ain-

da existem e fazem do Rondon um pro-jeto de integração social que alia conhe-cimentos acadêmicos ao desenvolvimen-to de comunidades carentes.

Laline está no 3º ano de Agronomiada Unioeste em Marechal Cândido Ron-don, cidade no oeste do Paraná cujonome é uma homenagem ao militar queinspirou os idealizadores do ProjetoRondon, iniciado em 1967 e retomadoem 2004. Laline visitou pequenas pro-priedades rurais. “Foi bacana para aminha profissão e também para eles, queconheceram um pouco mais sobre agri-cultura familiar e orgânica. Adaptamosnossos conhecimentos em soja e milhopara a cultura do abacaxi”, conta.

Marina estuda na Unioeste em Fozdo Iguaçu e vai se formar em hotelariaano que vem. Em Porto Grande, deu cur-sos de camareira e garçom, além de aulassobre qualidade, manipulação e reapro-veitamento de alimentos. “Foi uma expe-riência maravilhosa, segura, com perspec-tivas de vida diferentes. Isso faz diferençanuma profissão”, aposta. ▲

� Projeto Rondon:Áreas de difícil acesso como o interior da Amazônia recebem a visita dos rondonistas

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Opinião

�RUBENS ARTUR HERINGEconomista e Consultor - [email protected]

Balanços sociais são prestações de contas querefletem o passado. Mas, diante deles, tambémpodemos prospectar o futuro procurando, por

exemplo, vislumbrar a grandeza dos desafios do seg-mento segurador nessa área.

O século XX foi marcado por fenômenos como aindustrialização, a explosão demográfica, a agriculturaintensiva ou a informatização, tudo inserido em con-texto de modelo de progresso devastador que neutra-liza as próprias vantagens do crescimento, pelos efei-tos da negligência sócio- ambiental. E foi assim que ahumanidade produziu o aquecimento global queameaça destruí-la. Os prognósticos acerca dos efeitosdessa irresponsabilidade secular são dramáticos e, emboa parte, a conta financeira dos desastres ambientaisdeverá ser suportada pelas Seguradoras.

É evidente que existe uma correlação entre a degra-dação climática e a elevação das curvas de indeniza-ções em todas as modalidades de seguro operadas. Aoidealismo no enfrentamento ao desafio sócio-ambien-tal junta-se o interesse em minimizar sinistros, o queleva o segmento de Seguros a assumir conscientemen-te uma posição de vanguarda em prol da adoção depolíticas de proteção ao clima.

Os contornos dramáticos da questão não maisestão restritos aos protestos e ao romantismo deambientalistas. Integram os diagnósticos da comuni-dade científica. As pessoas, empresas, governos, todossão chamados a mudar comportamentos. O cidadãoque desperdiça, a empresa que polui, o governo e lide-ranças que se omitem, são agentes de uma condutainaceitável no século XXI. E as organizações que nãose adequarem, ficando de costas para a nova realidade,

serão rejeitadas por um mercado cada dia mais cons-cientizado, em que cada cidadão é fiscal de sua quali-dade de vida quando esta for afetada.

Já as empresas que assumirem a frente das solu-ções ecológicas construirão imagem positiva dife-

renciada e obterão vantagenscompetitivas. Trilhar o cami-nho do desenvolvimento sus-tentável não é só ônus e doa-ção. Reflete-se na melhoria dascondições dos negócios. A eco-logia ganha espaço diante dasvariáveis da eficácia adminis-trativa tradicional. Ir pelocaminho do DesenvolvimentoSustentável não é opção. Éimperativo. As estratégiasempresariais necessariamentese fundamentarão no tripé doeconomicamente viável, dosocialmente justo e do ecologi-camente correto. Isso significa-rá mudar cultura e incorporarnovos paradigmas à gestão.

Nesse contexto, a governan-ça corporativa moderna requerque alinhemos a responsabili-

dade sócioambiental à boa técnica. Variáveis deOuvidoria passarão a se somar às do mutualismo, daatuária, e do investimento. É um desafio enorme. Asempresas integrantes do setor, congregadas pela Fena-seg e proximamente pela Conseg deverão continuar apromover ações diversas de responsabilidade social,mas agora, com ênfase ecológica. O que e comofazer? São questões, a serem respondidas pelos próxi-mos planejamentos estratégicos e relatadas nos futu-ros balanços sociais. Porém já é claro em nossa visão:o Planeta nos cobra por fazer mais. Os Seguradoresnão podem limitar-se a segurar coisas e vidas. É pre-ciso ASSEGURAR A VIDA.▲

E por falar emfuturo...

RUBENS ARTUR HERING

O cidadão quedesperdiça,a empresaque polui,o governo eas liderançasque seomitem, sãoagentes deuma condutainaceitável.

66 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

W opiniao 9/6/07 10:26 PM Page 1

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� Os dados apresentados pelo BalançoSocial agregado de mais de uma centenade empresas do mercado segurador, emprojetos de desenvolvimento de comuni-dades e áreas carentes da sociedade brasi-leira, demonstram muito favoravelmenteum grau de conscientização institucionalque transcende em muito os limitesdas relações puramente negociaiscom milhões de consumidores. E osnúmeros da produção do setor, em2006, confirmam uma vez mais arelevância da atividade das empre-sas de seguros, capitalização e pre-vidência complementar aberta navida econômica e social do País.

No exercício, 132 empresas –104 seguradoras, 25 das quaisoperaram com planos de previ-dência complementar; 16 compa-nhias de capitalização e 12 opera-doras de seguro saúde – registra-ram uma receita bruta consolida-da de R$ 73,741 bilhões, o querepresentou crescimento de 11,7% emrelação a 2005. A produção do mercadocontabilizou em 2006 um total de 357,8milhões de contratos de seguros, mais de775 milhões de títulos de capitalizaçãoativos, e mais de 9,092 milhões de partici-pantes em planos previdenciários aber-tos. No ano, o total de reservas acumula-das atingiu a marca de R$ 131,353bilhões, com crescimento de 21,76% sobreo montante registrado no ano anterior.

Esses números reforçam a presença domercado segurador entre os setores estra-tégicos de formação de poupança internano Brasil.

Em 2006, o patrimônio líquido dasempresas do setor passou dos R$ 49,091bilhões contabilizados em 2005 para R$

44,074 bilhões, o que reflete o ele-vado grau de solidez do mercado.Sob a forma de proteção e preser-vação da riqueza segurada, maisde R$ 44,397 bilhões foram devol-vidos à sociedade, dos quais, R$24,624 na cobertura de sinistros –entre os quais cerca de 108milhões de procedimentos médi-co-hospitalares e mais de 193 milindenizações do seguro DPVAT avítimas de acidentes com veículosautomotores – além de R$ 14,500bilhões em pagamento de benefí-cios e resgates em planos previ-denciários, e R$ 6,808 bilhões noresgate ou sorteio de títulos de

capitalização.No exercício, o mercado segurador bra-

sileiro empregou diretamente 40.399 pes-soas, e destinou mais de R$ 3,140 bilhõesao pagamento de remuneração, encargose benefícios a seus empregados. Tambémdestinou R$ 7,322 bilhões ao pagamentode comissões a 64.118 corretores, e reco-lheu mais de R$ 6,796 bilhões aos cofrespúblicos, sob a forma de tributos, contri-buições, impostos e taxas. ▲

Mercado segurador brasileiro

Retorno à sociedade

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Os númerosconfirmamuma vez maisa relevânciadas empresasde seguros,capitalizaçãoe previdênciana vidasocial eeconômicado País

Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

D materia dados 9/7/07 6:03 PM Page 2

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68

Mercado segurador brasileiroDemonstração do valor adicionadoRefere-se à arrecadação do mercado menos as despesas.

2006 2005INVESTIMENTOS DO MERCADOPATRIMONIO LÍQUIDO 44,074.1 28,653.3 APLICAÇÕES E INVESTIMENTOS PERMANENTES 131,353.1 114,667.7

TOTAL DOS INVESTIMENTOS DO MERCADO 175,427.3 143,321.0

POUPANÇA E RESERVAS ACUMULADASRESERVAS PARA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA SEGURADA 65,308.2 49,091.4ACUMULAÇÃO DAS RESERVAS DOS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS 54,766.4 48,229.1POUPANÇA DOS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO 11,278.4 10,557.4

TOTAL DOS RECURSOS ACUMULADOS 131,353.0 107,877.9

CONSOLIDADO DO VALOR ADICIONADORECEITA BRUTA CONSOLIDADA 73,741.4 66,005.0

(-) Restituições, Cancelamentos (776.2) (653.4)(-) Cessões e Repasses p/ congêneres (9,843.4) (8,947.2)

RECEITA LÍQUIDA CONSOLIDADA 63,121.8 56,404.4DE PRÊMIOS DE SEGUROS 48,789.9 41,815.8 DE PLANOS PREVIDENCIÁRIOS 7,220.5 7,707.0 COM TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO 7,111.4 6,881.6

+ RECEITAS S/APLICAÇÕES FINANCEIRAS 19,729.5 16,262.9RECEITA TOTAL SEM IOF 82,851.4 72,667.3

(+) IOF (sobre Prêmios de Seguros) 2,087.5 1,959.1RECEITA TOTAL COM IOF 84,938.8 74,626.4 CUSTOS E DEVOLUÇÕES DA ATIVIDADE (44,397.9) (42,876.9)

CUSTO FINAL DE PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA SEGURADA (SINISTROS LÍQUIDOS) (23,088.7) (21,646.4)BENEFÍCIOS PAGOS E RESGATES + REMUNERAÇÃO COMPLEMENTAR (14,500.7) (14,675.2)AOS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS (Excedente financeiro) TÍTULOS RESGATADOS E SORTEADOS + REMUNERAÇÃO À POUPANÇA (6,808.6) (6,555.3)

(-) AUMENTO DAS RESERVAS E DA POUPANÇA ACUMULADA (13,021.1) (10,345.2)AUMENTO DAS RESERVAS PARA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA SEGURADA (11,883.4) (9,390.3)ACUMULAÇÃO DAS RESERVAS DOS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS (1,085.8) (889.1)POUPANÇA DE CAPITALIZAÇÃO (52.0) (65.8)

VALOR ADICIONADO BRUTO 27,519.8 21,404.3 (-) CUSTO DO VALOR ADICIONADO (12,487.7) (9,670.3)(-) COMISSÕES PAGAS AOS CORRETORES (7,322.0) (6,132.1)(-) MARKETING (296.3) (286.8)(-) SERVIÇOS CONTRATADOS DE TERCEIROS (1,057.2) (959.8)(-) DESPESAS GERAIS (3,812.1) (2,291.6)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 15,032.1 11,734.0VALOR ADICIONADO POR TERCEIROS 4,671.9 4,696.7RESULTADO NÃO OPERACIONAL (479.5) 215.6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (Equivalência Patrimonial) 5,151.5 4,481.1

VALOR ADICIONADO À DISPOSIÇÃO DAS CIAS 19,704.1 16,430.7 VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (9,056.2) (7,781.0)DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

PESSOAL (3,140.8) (2,824.8)GOVERNO (5,915.40) (4,956.28)

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES (2,083.6) (1,726.9)IMPOSTOS E TAXAS (3,831.8) (3,229.4)

VALOR RETIDO 10,647.8 8,649.6 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR RETIDO :

PARA OS ACIONISTAS (Dividendos Pagos + Juros s/Capital Próprio) 3,936.9 3,155.3(IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE) (626.3) 626.3 (510.4) 510.4

INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6,084.6 4,984.0

TOTAL DOS IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS AO GOVERNO 6,541.7 5,466.7

NOTA: CONSOLIDAÇÃO DA ATIVIDADE DOS SETORES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA E CAPITALIZAÇÃO TÃO SOMENTE PARA FINS DEMONSTRATIVOS, SEM A APLICAÇÃO DAS REGRAS DA RESOLUÇÃO Nº 758/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE.

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

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Page 69: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

TOTAL DE CONTRATOS DE SEGUROS %AUTO 21.5 Milhões 6.0% VIDA + ACIDENTES PESSOAIS 260.5 Milhões 72.8% SAÚDE * 13.7 Milhões 3.8% DPVAT 33.5 Milhões 9.4% OUTROS BENS E OBRIGAÇÕES 28.6 Milhões 8.0% TOTAL DE CONTRATOS DE SEGUROS 357.8 Milhões 100.0%

69

Companhias Seguradoras

Contratos de Seguros

Preservação da RiquezaO mercado devolveu à sociedade R$ 24.624,5 milhões em pagamento de indenizações.

Riqueza Segurada

• AUTO

• SAÚDE *

* Para efeito deste lançamento considerou-se 1 contrato por segurado.

• DPVAT

• OUTROS BENSE OBRIGAÇÕES

• VIDA + ACIDENTES PESSOAIS

6.0%

3.8%

9.4%

8.0%

72.8%

• OUTROS BENS

• AUTO (CASCO + RCF-V)

• DPVAT (MORTE EINVALIDEZ PERMANENTE)

• OBRIGAÇÕES0.3%

• DPVAT (DAMS) 1.1%

• VIDA / ACIDENTESPESSOAIS

77.7%

4.4%

5.4%

11.1%

CUSTO DE PRESERVAÇÃO DE OUTROS BENSR$ 4.533,0 M = 18.4%

• PATRIMONIAL R$ 2.432,4 M = 9.9%• HABITACIONAL R$158,9 M = 0.6%• TRANSPORTE R$ 838,9 M = 3.4%• RISCOS FINANCEIROS R$ 56,4 M = 0.2%• CRÉDITO R$ 401,8 M = 1.6%• RESPONSABILIDADES R$ 126,7 M = 0.5%• CASCO R$ 440,8 M = 1.6%• RURAL R$ 69,4 M = 0.3%• RISCOS ESPECIAIS R$ 7,0 M = 0.0%• OUTROS R$ 0,5 M = 0.0%

CUSTO DE REPOSIÇÃO DAS RENDAS DAS FAMÍLIASR$ 4.354,0 M = 17.7%

• VIDA R$ 3.418,8 M = 14.3%• ACID.PESSOAIS R$ 328,4 M = 1.4%

CUSTO DE PRESERVAÇÃO DE VEÍCULOSR$ 8.412,7 M = 34.7%

CUSTO DE PRESERVAÇÃO DA SAÚDE(Compreende Assistência Médica do DPVAT)R$ 7.324,8 M = 29.7%

34.7%

29.7%

15.2%

2.5%

0.3%

18.4%

R$/Milhões % AUTOMÓVEIS 8,412.7 34.2%PATRIMONIAL 2,432.5 9.9% DPVAT 676.4 2.7% HABITACIONAL 158.9 0.6% TRANSPORTE 838.9 3.4% RISCOS FINANCEIROS 56.4 0.2%CRÉDITO 401.8 1.6% RESPONSABILIDADES 126.7 0.5%

DANOS: R$ 13,622.2 | SAÚDE: R$ 7,255. | PESSOAS: R$ 3,747.2

R$/Milhões % CASCO 440.8 1.8% RURAL 69.4 0.3% RISCOS ESPECIAIS 7.0 0.0% OUTROS 0.5 0.0% SAÚDE 7,255.1 29.5% VIDA 3,418.8 13.9% ACIDENTES PESSOAIS 328.4 1.3%

RIQUEZA SEGURADA / ACUMULADA R$/Bilhões % AUTO (CASCO + RCF-V) 2,074.0 4.4%OUTROS BENS 5,219.6 11.1% VIDA / ACIDENTES PESSOAIS 36,454.2 77.7% DPVAT (MORTE E INVALIDEZ PERMANENTE) 2,545.8 5.4% DPVAT (DAMS) 509.2 1.1% OBRIGAÇÕES 119.7 0.3% TOTAL DA RIQUEZA SEGURADA ACUMULADA 46,922.4 100.0%

CUSTO TOTAL DA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA: R$ 24.624,5 milhões

M = Milhões de Reais

Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

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70

Mercado segurador brasileiro

Impostos e ContribuiçõesO repasse ao governo em forma de pagamento de tributos somou R$ 6.796,2 milhões.

Poupança e Reservas Acumuladas As provisões técnicas do mercado somaram R$ 131.353 milhões. São elas que garantem o pagamento das indenizações,benefícios e resgates.

• RESERVAS PARA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA SEGURADAR$ 65.308,2 milhões

• POUPANÇA DOSTÍTULOS DECAPITALIZAÇÃOR$ 11.278,4 milhões

• ACUMULAÇÃO DAS RESERVASDOS PLANOS PREVIDENCIÁRIOSR$ 54.766,4 milhões

41.7%

8.6%

49.7%

• SEGUROSR$ 5.209,8 milhões• CAPITALIZAÇÃO

R$ 555,0 milhões

• PREVIDÊNCIACOMPLEMENTARR$ 1.031,5 milhões

15.2%

8.2%

76.7%

IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS AO GOVERNO

POUPANÇA E RESERVAS ACUMULADASTOTAL %

RESERVAS PARA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA SEGURADA 65,308.2 49.72%ACUMULAÇÃO DAS RESERVAS DOS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS ABERTOS 54,766.4 41.69%POUPANÇA DOS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO 11,278.4 8.59%TOTAL POUPANÇA E RESERVAS ACUMULADAS 131,353.0 100.00%

IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS AO GOVERNOPREVIDÊNCIA

SEGUROS COMPLEMENTAR CAPITALIZAÇÃO CONSOLIDADOPIS - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL 128.3 2.5% 19.9 1.9% 10.0 1.8% 158.2 2.3% COFINS - CONTRIB. P/FINANC.SEGURIDADE SOCIAL 751.9 14.4% 113.6 11.0% 57.4 10.3% 922.9 13.6% CPMF - CONTRIB. PROV.S/MOV.FINANCEIRA 219.8 4.2% 88.3 8.6% 36.9 6.7% 345.1 5.1% CSLL - CONTRIBUIÇÃO S/LUCRO LÍQUIDO 363.8 7.0% 184.1 17.8% 109.4 19.7% 657.4 9.7% IRPJ - IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA 917.2 17.6% 507.4 49.2% 292.2 52.7% 1,716.8 25.3% IRRF - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE 443.3 8.5% 96.1 9.3% 43.5 7.8% 582.8 8.6% IOF - IMPOSTO S/ OPERAÇÕES FINANCEIRAS 2,087.5 40.1% 0.0 0.0% 0.0 0.0% 2,087.5 30.7% OUTROS - IMPOSTOS DIVERSOS 298.0 5.7% 22.1 2.1% 5.5 1.0% 325.5 4.8% IMPOSTOS E CONTRIB. PAGOS AO GOVERNO 5,209.8 100.0% 1,031.5 100.0% 555.0 100.0% 6,796.2 100.0%

% 76.7% 15.2% 8.2% 100.0%

IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS PELAS COMPANHIAS

Segmento de Seguros

• IRPJ25.3%

• IRRF8.6%

• IOF30.7%

• OUTROS4.8%

• PIS2.3%

• COFINS13.6%

• CPMFS5.1%

• CSLL9.7%

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

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Page 71: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

71

Escolaridade Pessoas diretamente empregadas: 40.399.

• MESTRADO/DOUTORADO/PÓS-GRADUAÇÃO2.979 mil

GRAU DE ESCOLARIDADE

• NÍVEL SUPERIOR INCOMPLETO 12.460 mil

• OUTROS1.899 mil

• 2o. GRAU COMPLETO8.482 mil

• NÍVEL SUPERIORCOMPLETO

14.579 mil 7.4%

30.8%

36.1%

4.7%

21.0%

Valor aplicado em Recursos Humanos

• ACIMA DE 55 ANOS793

• DE 46 A 55 ANOS4.043

• DE 36 A 45 ANOS10.766

• DE 26 A 35 ANOS17.409

• ATÉ 25 ANOS7.388

FAIXA ETÁRIA

2.0%

10.0%

26.6%

43.1%

18.3%

Pessoa Física

Ramo Elementares

Pessoa Jurídica

QUANTIDADE DE CORRETORES

SEGUROS PREV. COMPL CAPITALIZAÇÃO CONSOLIDADOREMUNERAÇÃO DO TRABALHO (Salários) 1,779.4` 68.6% 246.9 58.1% 93.8 74.6% 2,120.2 67.4% ENCARGOS SOCIAIS 530.0 20.4% 90.5 21.3% 19.8 15.7% 640.3 20.4% BENEFÍCIOS 285.9 11.0% 87.5 20.6% 12.1 9.6% 385.5 12.3% TOTAL 2,595.3 100.0% 425.0 100.0% 125.7 100.0% 3,145.9 100.0%

Corretores de Seguros 64.118 corretores de seguros atuaram no mercado.

Ramo Vida

58.9%

71.8%41.1%

24.442

17.030 16.257

6.389

28.2%

Até 2 anos

De 2 a 5 anos

De 5 a 10 anos

De 10 a 20 anos

Mais de 20 anos

TEMPO DE CASA

Funcionários O mercado empregou diretamente 40.399 pessoas.

29.9% - 12.075

25.4% - 10.264

23.0% - 9.308

16.7% - 6.739

5.0% - 2.013 Homens Mulheres

46.3%53.7%18.71421.687

Recursos Humanos

68.6%

Remuneração do Trabalho

EncargosSociais

Benefícios

Seguros

Previdência Complementar

Capitalização

Consolidado

11.0%

58.1%

21.3% 20.6%

74.6%

15.7%9.6%

67.4%

20.4%12.3%

20.4%

Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

D materia dados 9/6/07 11:05 PM Page 6

Page 72: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

REPASSES OBIGATÓRIOS R$/Milhões % FUNDO NACIONAL DE SAÚDE 1.311,12 45,0% DENATRAN 145,68 5,0% OUTRAS INSTITUIÇÕES 64,19 2,2% SALDO UTILIZADO PELAS SEGURADORAS INDENIZAÇÕES PAGAS 884,67 30,4% DESPESAS OPERACIONAIS 389,78 13,4% RESULTADOS 116,92 4,0%

72

Mercado segurador brasileiro

Preservação da Riqueza

2.9%

7.3%

22.2%

5.6%

62.0%

RECEITA DE PRÊMIOS DE SEGUROS E CUSTO TOTAL DA PRESERVAÇÃO DA RIQUEZAPRÊMIOS DE SEGUROS SINISTROS PAGOS

PESSOAS R$/Milhões % R$/Milhões %ACIDENTES PESSOAIS 1,394.4 5.6% 328.4 8.8%VIDA EM GRUPO 5,480.9 22.2% 2,896.2 77.3%VIDA INDIVIDUAL 715.2 2.9% 72.4 1.9%VGBL / VAGP / VGRP COLETIVO 659.8 2.7% 0.0 0.0%VGBL / VAGP / VGRP INDIVÍDUAL 14,659.0 59.3% 33.2 0.9%PRESTAMISTA 1,448.6 5.9% 291.9 7.8%SEGURO EDUCACIONAL 15.4 0.1% 10.6 0.3%RENDA DE EVENTOS ALEATÓRIOS 345.4 1.4% 114.5 3.1%TOTAL PESSOAS R$ 24,718.7 100.0% R$ 3,747.2 100.0%

RECEITA DE PRÊMIOS DE SEGUROS:R$ 24.718,7 MILHÕES

SINISTROS PAGOS: R$ 3.747,2 MILHÕES

8.8%

1.9%

11.1%

0.9%

77.3%

CUSTO TOTAL DE PRESERVAÇÃO E PROCEDIMENTOS REALIZADOSCUSTO TOTAL PROCEDIMENTOS FRÊQUENCIADE PRESERVAÇÃO REALIZADOS MÉDIA

SEGURO SAÚDE R$/Milhões % Quantidade % Segurado/AnoCONSULTAS MÉDICAS 959.3 13.2% 23,160,484 21.4% 2.2EXAMES CLÍNICOS E LABORATORIAIS 1,519.2 20.9% 64,001,145 59.3% 6.2INTERNAÇÕES HOSPITALARES 3,904.6 53.8% 602,400 0.6% 4.7OUTROS PROCEDIMENTOS 872.1 12.0% 20,219,604 18.7% -TOTAL R$ 7,255.1 100.0% 107,983,633 100.0%

Custo Médio Anual das Internações: R$6,481.73 - Prazo Médio das Internações: 1.42dias - Custo Médio diário das Internações: R$ 962,09

Segmento de Seguros

DPVAT - DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIAS TERRESTRES

Distribuição dos Recursos Os recursos repassados pelo seguro DPVAT totalizaram R$ 2.912,3 milhões.

• OUTRASINSTITUIÇÕES

2.2%

• DESPESASOPERACIONAIS

• RESULTADO

• FUNDO NACIONAL DESAÚDE (Administrado pelo Ministérioda Saúde)

• DENATRAN

• INDENIZAÇÕESPOR MORTE

• POR INVALIDEZ PERMANENTE

• POR ASSISTÊNCIAMÉDICA

2.7%

•RESERVAS TÉCNICAS

4.0%

45.0%

4.9%

13.4%

5.0%

25.0%

7.5%

Vítimas indenizadas pelo Seguro DPVAT

• ASSISTÍNCIA MÉDICA43.3%

•INVALIDEZPERMANENTE23.6%

• MORTES33.0%

QUANTIDADE DE VÍTIMAS INDENIZADAS : 193.118FROTA PAGANTE : 33.508.344

VÍTIMAS INDENIZADAS/1000 VEÍCULOS : 5.8

Preservação da Saúde (sinistros pagos)

INTERNAÇÕESHOSPITALARES

53.8%

• OUTROS PROCEDIMENTOS

7.3%

EXAMESCLÍNICOS

20.9%

CONSULTAS MÉDICAS

CUSTO TOTAL DE PRESERVAÇÃO DASAÚDE: R$ 7.255,1 MILHÕES

QUANTIDADE DE PROCEDIMENTOS : 107.983,633

CONSULTASMÉDICAS

21.4%

INTERNAÇÕESHOSPITALARES

1.9%

OUTROSPROCEDIMENTOS

EXAMES CLÍNICOS59.3%

13.2% 18.7%

Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

D materia dados 9/7/07 6:03 PM Page 7

Page 73: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

•EAPCs1.038.057

NÚMERO DE PARTICIPANTES: 9.092.529

• SEGURADORAS8.054.472

88.6%

11.4%

Benefícios e Resgates - valor pago Benefícios e Resgates - beneficiários

• EAPCs314,045 mil

•POR TIPO DE COMPANHIA: R$ 5.383,7 MILHÕES

• SEGURADORAS5.069,621 milhões94.2%

5.8%

• EAPCs 82.2812.5%

• SEGURADORAS3.266.47597.5%

QUANTIDADE DE BENEFICIÁRIOS: 3.266.475

Tipos de Benefícios e Resgates

• PENSÕES

• APOSENTADORIAS

DESPESAS COM BENEFÍCIOS E RESGATES: R$ 5.383,7 MILHÕES

• PECÚLIOS0.9%

15.3%

2.9%

• RESGATES80.9%

SEGURADORAS + EAPC'sDESPESAS COM BENEFÍCIOS E RESGATESTIPO DE BENEFÍCIOS VALOR

R$ Milhões % BENEFICIÁRIOS %PECÚLIOS 156.1 2.90% 24,266 1.70% PENSÕES 47.7 0.89% 25,086 1.76% APOSENTADORIAS 824.6 15.32% 209,733 14.68% TOT. BENEFÍCIOS PAGOS 1,028.4 19.10% 259,085 18.13% RESGATES 4,355.3 80.90% 1,169,780 81.87% PORTABILIDADES (37.0) 32,212 TOT. BENEFÍCIOS+RESGATES 5,383.7 100.00% 1,428,865 100.00%

Previdência Complementar Aberta

73Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização - Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007

D materia dados 9/6/07 11:05 PM Page 8

Page 74: Revista de Seguros - Edição Especial Setembro 2007

Resevas e Quantidade de Títulos

• PAGAMENTOMENSAL22.2%

• PAGAMENTOÚNICO77.8%

QUANTIDADE DE TÍTULOS: 775,5 MILHÕES DE TÍTULOS

Mercado segurador brasileiro

POUPANÇA ACUMULADA: R$ 11.278,4 MILHÕES

• PAGAMENTOÚNICO28.5%

TOTAL DA QUANTIDADE DE TÍTULOS e POUPANÇA ACUMULADA TÍTULOS QUANTIDADE DE TÍTULOS TOTAL POUPANÇA ACUMULADA

Nº / Milhões % R$/Milhões %PAGAMENTO MENSAL 171.9 22.17% 8,059.4 71.46%PAGAMENTO ÚNICO 603.8 77.83% 3,219.0 28.54%TOTAL 775.7 100% 11,278.4 100%

Sorteios e Resgates

VALOR DOS TÍTULOS SORTEADOS E RESGATADOS

• TÍTULOS SORTEADOS5.4%

• TÍTULOS RESGATADOS94.6%

TÍTULOS SORTEADOS E RESGATADOSVALOR QUANTIDADER$/Milhões % Nº/Milhões %

TÍTULOS RESGATADOS 5,485.2 94.61% 249.5 99.94%TÍTULOS SORTEADOS 312.2 5.39% 0.2 0.06%TOTAL 5,797.4 100.00% 249.6 100.00%

QUANTIDADE DE TÍTULOS SORTEADOS E RESGATADOS

Capitalização

• PAGAMENTOMENSAL71.5%

• TÍTULOS SORTEADOS0.1%

• TÍTULOS RESGATADOS99.9%

74 Revista de Seguros - Edição Especial - Setembro 2007 - Balanço Social 2006 - Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização

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