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POR LUIS RESQUIN INDUÇÃO À AÇÃO

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Page 1: Revista da performance Indução à Ação por Luis Resquin

POR LUIS RESQUIN

INDUÇÃO À AÇÃO

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SOBRE O AUTOR “HAND MADE COLLAGE, PERFORMANCE, PHOTOGRAPHY, VIDEO ART, MUSIC AND WHATEVER COMES IN MIND.”

Nascido e criado na cidade de São Paulo, estudante de Artes Visuais na Universidade Belas Artes de São Paulo e pesquisador do termo microperformance. Minha produção sempre me pareceu meio perdida em questão dos temas com que trabalhei, mas a partir do momento que montei meu portfólio pude perceber que existe um certo eixo norteador, um eixo poético. Tendo toda minha produção disposta à minha frente, fiz uma pergunta simples: - Quais interesses me surgiram ao longo do vida? – e a resposta veio logo em seguida, passei a perceber temas que sempre rodearam meus trabalhos como o estranho, a marginalidade, o processo, a pirataria, o lo-fi, o “mal feito”, o DIY e o cotidiano.

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ÍNDICE Capa 1 Sobre o autor 2 Índice 3 Sinopse 4:5 Indução por meio de uma ação física 6 Indução por meio da fala 7:9 Indução por meio de um Objeto 10 ABOUT:BLACK 11 Registro das ações 12:13 Estudo Aprofundado 14:20 Crítica por Paulo Ricardo Betencourt 21:22 Crítica por Juliano Bernardo 23:24 Crítica por Lucas Bocatto 25 Agradecimentos 26 Back Capa 27

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SINOPSE DA OBRA Trazendo como significado de ação: ato ou efeito de agir, a obra propõe ações (efeito, manifestação de uma força agente) a partir de ações (ato, força agente). Vou chamar a pessoa que está consciente do que está acontecendo e ao mesmo tempo propositora das ações de indutor. As ações do indutor sempre induzirão outro corpo a fazer alguma ação, pensando performatividade no campo da micropolítica [1], produzindo o extraordinário nas pequenas experiências cotidianas.

A finalidade é de que várias (micro) performances [2] estão

sendo propostas ao mesmo tempo, tendo como o performer de todas elas, as pessoas que não tem consciência de que estão fazendo uma ação microperformática. Sendo a principal ideia alguém sempre estar sendo induzido de alguma forma a fazer alguma coisa, e que esta forma seja proposta (iniciada) pelo indutor.

A partir deste pensamento foi preciso estabelecer algumas áreas de atuação da indução como geradora de uma microperfomance, o esquema seguinte mostra bem isto e até onde consegui desmembrar o desenvolvimento da ideia.

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Logo, se chegou até aqui provavelmente foi por meio de uma indução, sendo você o Performer desta micro ação.

[1] Para Foucault, o poder disciplinar é fruto de transformações da sociedade europeia, mais precisamente, do deslocamento de um poder que estava concentrado nas mãos do Rei, para um corpo burocrático e institucional disseminado ao longo do tecido social. Segundo ele, a partir de então, o poder se exerceria, preferencialmente, de maneira mais fluida, na forma de micropoderes ou de uma micropolítica.

[2] Definição de Microperformance na página "Estudo Aprofundado"

Indução - Ação de induzir. Raciocinio que

vai do particular ao geral.

Objeto

Comum

Instalação

Fala / Voz

Riso

Grito

Susto

Ordem "por favor"

Ação Fisica

Agressão

Presença

Gesto

Choro Consolo

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Indução por meio de uma Ação Física.

Uma ação exercida pelo indutor, como um empurrão, não só induz como também obriga a pessoa a se mexer e ter outra reação após ser empurrada. Gestos simples como levantar a mão (o famoso hi5) induz as pessoas a levantarem e baterem nela, assim como qualquer outro tipo de comprimento.

Apenas minha presença, dependendo do lugar, pode induzir alguém a alguma ação, por exemplo: Se entro num estabelecimento e alguém chega

mais perto e diz “posso ajudar?”, minha presença foi quem induziu ela a perguntar isso. Se eu pedir para alguém entrar numa loja e não fazer nada, alguém vai perguntar a essa pessoa também, e assim a ação se concretiza de uma forma mais estendida.

Quando alguém chora muitas vezes induz outras pessoas a se importarem com ela, caso este nível de importância seja grande, a pessoa pode até ir perguntar o que aconteceu ou oferecer consolo.

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Indução por meio da Fala. A fala sempre gera uma ação. Independentemente do que for dito, a pessoa ouve sem ter opção, e por ela apenas ouvir o que foi dito, faz com que ela gere um pensamento que pode resultar numa ação ou não, seja ela verbal ou não verbal.

Existem verbos que exprimem uma atitude de ordem, solicitação, orientação. Esse modo verbal, chamado imperativo, não possui primeira pessoa do singular (eu), pois não podemos mandar em nós mesmos. E por ser imperativo ele ordena que algo seja feito, que uma atitude seja tomada. Para facilitar e amenizar a força deste verbo pensei em usar a palavra ”por favor” que é uma interjeição que indica um pedido e facilita uma ação positiva da outra pessoa.

Logo decidi que existem três níveis de indução através desta linguagem que são:

O nível mais fácil: Utilizando a palavra “por favor” no meio da frase;

O nível médio: Utilizando verbos no imperativo;

O nível mais difícil: Utilizando apenas o gesto.

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Se, depois de uma tentativa de indução a pessoa se negar a fazer uma ação, logo, ela foi induzida de qualquer forma a se negar. Pois, uma ação de negação do performer, vinda logo depois de uma indução do

indutor, é uma ação válida, e está dentro da ideia da obra, de ter varias propostas performáticas a partir de uma indução.

Outro exemplo fácil também é o uso de palavras do cotidiano, que normalmente a pessoa não pensa para responder, como: bom dia, boa tarde, boa noite. Quando é dito uma destas três expressões, a pessoa logo responde a mesma coisa.

Um exemplo mais complexo: a proposta agora é que uma quantidade X de pessoas virem a cabeça e/ou os olhos para algum lado, imagine algumas pessoas sentadas num banco numa área publica, o indutor pede

que um amigo dê alguns passos para próximo dessas pessoas e grite,

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fazendo com que as pessoas olhem. Parece uma ação simples, porém o indutor pede para que seu colega grite (pede como? Em qual dos três níveis citados acima?), e este sendo o performer faz a ação, como esta ação induz pessoas a terem alguma outra reação este performer é também um indutor. E se este performer-indutor se recusar a gritar e dizer algo como: “eu não, vai você!”, logo, o indutor induziu o amigo a dizer não e pedir algo absurdo que é para o próprio indutor ir fazer a ação. Nesta situação o indutor é primeiramente apenas um indutor, a pessoa com quem ele se referiu passa a ser um performer-indutor, que volta a induzir o indutor passando a ser um performer-indutor, e as pessoas que viraram o pescoço são os performers.

Quando alguém dá um susto em outra pessoa, as reações mais comuns são que a pessoa grite ou corra. Quando alguém ri, possivelmente outras pessoas rirão também. Caso não se assustem ou não riem, mas executem alguma outra ação, também estarão fazendo parte da proposta, pois, de alguma forma agiram a partir da indução. A não ser que ignorem a indução, não gerando nenhuma ação, estas pessoas geram apenas um pensamento sobre o que aconteceu, sem que o indutor tenha acesso a isso.

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Indução por meio de um Objeto Telefone é um objeto muito útil, porque por meio dele é que você pode induzir muitas ações também, como ligar para pessoas que estão à disposição para fazer uma ação após o término da ligação, como: pizzaria, policia, bombeiro, outros tipos de encomenda, etc. Uma câmera fotográfica apontada para algum lugar pode induzir as pessoas a desviarem, ou evitarem passar na frente da câmera, se apontada pra alguém induz esta pessoa a se irritar ou tomar outras atitudes.

O spray de pimenta faz com que a pessoa lacrimeje, tussa, espirre entre outros sintomas. Outro meio de fazer com que alguém lacrimeje e tenha sintomas parecidos é o ácido propenilsulfênico, enzima liberado quando cortamos cebola.

Saindo do campo de objetos comuns e entrando no campo de objetos como uma instalação posso sugerir um corrimão atravessado numa calçada porque induz as pessoas a desviarem seu caminho; um banco, em qualquer lugar que seja, induz as pessoas a se sentarem, uma porta induz uma pessoa a abri-la e etc.

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ESTUDO APROFUNDADO:

A Persona performática e a relação de alteridade e autoridade dos performers inconscientes

Ana Goldenstein Carvalhaes em seu livro “Persona Performática” diz que a cena contemporânea está alargada e contaminada por dispositivos performáticos. E os operadores destes dispositivos seria a persona performática, construção do performer em suas várias formas, amplia os sentidos da pessoa em cena nas dimensões polifônica e plástica. Quando pensamos na construção do corpo do performer, inserimo-lo numa perspectiva da Alteridade. Alteridade é a concepção que parte do pressuposto básico de que toda pessoa social interage e interdepende de outros indivíduos.

Autoridade é uma simples fonte de poder, em que os subordinados prestam uma obediência incondicional, ao indivíduo detentor da Autoridade. Ou seja, Autoridade transmite a mensagem de ordem sem dar razões ou algum argumento

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de justificação e os indivíduos subordinados a esta autoridade aceitam e obedecem sem questionar.

Concluindo, A Alteridade acontece imediatamente quando a pessoa é induzida a uma ação de algum modo, onde ela terá que ter uma reação diante o que foi imposto à a ela. E a Autoridade está presente dentro do termo “Indução”, O ato de induzir que é a autoridade, que exige uma reação.

Denise Maurano em seu livro A face oculta do Amor comenta sobre o domínio imaginário da relação com o corpo:

“O imaginário, portanto, apresenta essa encarnação do significante, pela qual nós temos os elementos do discurso inconsciente. O corpo pode ser pensado como o teatro do discurso do Outro [...] que tem todo o peso de seu inconsciente para representar o discurso do Outro [...]. (MAURANO, 2001, p.82).”

Podemos nos apropriar de alguns pensamentos deste trecho, por exemplo, sobre o corpo (das pessoas que são induzidas a fazer algo do cotidiano, logo, os performers) sendo inconscientemente o discurso do Outro (quem induziu).

A presença viva da persona é feita de imanência e epifania, consciência e inconsciência, mythos e logos, catástrofes e momentos sublimes. Goldenstein nos faz pensar sobre as operações que aproximam arte e vida.

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ESTUDO APROFUNDADO: Microperformance e o Cotidiano

“Microperformance é o termo usado recentemente pelo artista Flávio Pons, para descrever suas efêmeras ações pelas ruas de Amsterdam.” ( Definição do grupo de estudo online: Microperformances). As ações de Pons envolvem de performance art à ativismo, de teatro à intervenção urbana. Implica em uma postura afirmativa (“um sim à vida e ao corpo”) propondo participação, diálogo e criação no curso da vida cotidiana.

Acontecendo na fronteira entre arte e vida, uma microperformance vem não mais como um produto artístico, mas como ações de uma "vida artística", uma vida que anseia ela mesma atuando como sendo uma obra de arte. O performer inevitavelmente passa a ser afirmado como agente social, contudo, artista e público estão confundidos. “As ações muitas vezes são camuflagens, pequenas sabotagens ou poesia despercebida no gráfico estático das convenções cotidianas.”.

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Este jeito efêmero de uma microperformance atribui a si uma potência de invisibilidade usada como estratégia para liberação de uma zona autônoma, decorrente de um desejo intenso que escapa das máquinas sociais de repressão e dispositivos de poder. O urbano passa a ser ocupado-vivido de modo a produzir fissuras em seu próprio chão, rachaduras no concreto duro controlado pelo Estado, de modo que “é dançado linhas de fuga xamânicas que escapolem antes mesmo de serem identificadas.”.

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ESTUDO APROFUNDADO: Microperformance na Performance

O termo microperformance pode ser comparada ao que RoseLee Goldberg chama de live art em uma entrevista concedida a Regina Hackett, Goldberg menciona que prefere o termo live art ao invés de body art uma vez que os artistas utilizam diferentes linguagens artísticas, como as artes visuais, o teatro, a música, a dança, o cinema, para a produção de um “experimento radical”. Além disso, ela afirma que o conceito de live art expressa uma maior aproximação entre arte e vida nas produções desses artistas.

Originada do idioma francês antigo, a palavra performance vem de accomplir – parformer, que significa concluir, conseguir, cumprir ou fazer. Porém, em explicações mais simplificadas, pode ter o sentido de execução de uma tarefa qualquer.

Um exemplo de performance relacionada às ações cotidianas é a produção contínua realizada pelo casal inglês Gilbert & George. Eles estão juntos como

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artistas há mais de três décadas, produzindo esculturas, desenhos, pinturas, arte postal e digital, sendo a live art a principal característica da produção desta dupla.

A Seguir um trecho retirado da revista Ohun (ano 4, n. 4, p.2-3, dez 2008) que mostra as classificações que Schechner coloca dentro deste campo da arte;

“Sendo um dos pesquisadores e professores do departamento de Performance Studies, da New York University, associação filiada aos estudos da arte da performance, apresenta oito tipos de situações em que essa linguagem artística acontece:

1. na vida diária, cozinhando, socializando-se, apenas vivendo; 2. nas artes; 3. nos esportes e outros entretenimentos populares; 4. nos negócios; 5. na tecnologia; 6. no sexo; 7. nos rituais – sagrados e seculares; 8. na brincadeira.

Schechner também atribui sete funções para a performance: “entreter; fazer alguma coisa que é bela; marcar ou mudar a identidade; fazer ou estimular uma comunidade; curar; ensinar, persuadir ou convencer; lidar com o sagrado e com o demoníaco”. Por fim, afirma que “qualquer comportamento, evento, ação ou coisa pode ser estudado como se fosse

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performance e analisado em termos de ação, comportamento, exibição.” (SCHECHNER, 2003, p.39).”

E esta ultima opnião de Schechner é que me interessa aqui, primeiramente ele separa a microperformance (sem ter conhecimento deste termo) em dois itens (1. E 2.), sendo que as microperformances formam uma estratégia para retomar a capacidade de tornar-se a arte que se experiencia e de ainda respirar liberdade e autonomia pelas arestas da criação. O cotidiano passa a ser experimentado em suas possibilidades criativas, não usuais, produzindo novos modos de vida no próprio corpo, em casa, no bairro, na rua, no trabalho, sendo considerado como uma ação artística também, não tirando o valor dela de ser arte por estar envolvida no cotidiano, como deu continuidade citando que “qualquer comportamento, evento, ação ou coisa pode ser estudado como se fosse performance e analisado em termos de ação, comportamento, exibição.”.

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CRÍTICA SOBRE A OBRA

“A sua ação é interessante, porém penso que a mesma deve ser pensada a partir de outros aspectos. Claro que a ideia de ação também é ampla no que tange ao que conhecemos enquanto ação. A ação enquanto ato que se manifesta numa resposta física nem sempre poder ser verificada em determinadas induções, ou a reações não podem estar no campo do esperado.

Acho interessante a performance enquanto disparadora de processos, isto é, ações criando possibilidades de novos agenciamentos que configurarão situações e/ou contextos específicos.

Este tipo de ação é interessante quando pensada a partir de pequenos gestos, dispositivos ou disparadores que geram afecções no agente receptor. Penso que o resultado disso não necessariamente é uma microperformance, pois a ideia é apenas enquanto disparadora. O uso da palavra “induzir” deve ser pensada em seus múltiplos contextos, pois quando se fala em induzir muitas vezes se pensar a mesma numa ideia de uma resposta já esperada. Por exemplo: Vou gritar, logo espero que ela pule de susto. Eu usaria a expressão: Criar blocos de afectos, afecções. Ou simplesmente chamar de estímulos para verificar as múltiplas maneiras que as pessoas podem reagir ou não a isso. Claro que de forma irônica poderia se

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chamar indução Também, para fazer pensar o campos das produções de subjetividades capitalísticas para compreender a ideia de normatização dos corpos. Penso que a ação é muito interessante se pensada no sentido de criar estímulos que tirem o corpo do lugar comum, ou para criar reações que não estão no campo do previsível, ou que possam ser geradoras de muitas reposta, apontado a singularidade das múltiplas maneiras de reagir a determinadas situações. Quando se fala em microperformance, não se fala não ideia de micro enquanto tamanho, mas micro na ideia de molecular, como nos aponta Guattari em seu livro Revoluções Moleculares. O micro se refere ao campo das intensidades e isso pode aparecer em qualquer ato performático. Claro que a ação enquanto disparadora pode introduzir um campo de possíveis, que como disparador pode fazer conectar muitos outros elementos e agentes. O resultado disso num determinado contexto de acordo com os agenciamentos que se efetuam, poderia dar o caráter de uma microperformance.

A Ação tem muitas possibilidades para se pensar o campo das normatizações e de suas relações com o Cotidiano. Acho interessante fazer experiências e aprofundar as possibilidades tanto no campo da prática quanto no campo conceitual. “

Paulo Ricardo Betencourt ________________________________

Plataforma Microperformance

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CRÍTICA SOBRE A OBRA

“As ações de Luis Resquin exploram o extraordinário dentro do cotidiano transformando pessoas comuns em performers por meio de induções a ações (virar o rosto, tossir, rir, dar bom dia, se negar, etc).

Os registros das ações (videos), assim como textos explicativos do próprio artistas estão contidos em um site organizado e limpo. No dia da apresentação uma parcela dos computadores do primeiro andar da unidade I ficaram com o site aberto na pagina principal, no entanto a ideia de acesso como uma “micro-ação” não teve tanto sucesso quanto o esperado, pelo improviso de montagem, pouco público ou interesse do que estava sendo proposto. O único registro que há é de mim e do Lucas acessando e assistindo aos videos. Funcionou como uma indução por parte do Luis para que fizessemos.

A primeira ação do Luis foi realizada nas mesas do espaço livre localizado ao lado da biblioteca e consistia em sentar em uma das mesas e bater palmas para chamar a atenção das pessoas. Não houve tanto sucesso e a ação em sí foi tímida. A segunda ação realizada no mesmo espaço foi a melhor do dia: Luis se senta em frente a uma menina desconhecida em uma mesa e aponta repetidas vezes para o lado esquerdo no passo em que a menina se vira algumas vezes e depois desiste de

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entende-lô. Ambas as ações foram necessários momentos de “tomar coragem” e foram gravadas a distância.

Depois não houveram ações bem sucedidas. Existiram várias oportunidades, no entanto a falta de coragem não deixou que fossem realizadas. Em uma das tentativas Luis ficou ao lado de uma menina desconhecida que estava perto da entrada do MUBA para que ela risse junto a ele, mas ela percebeu a situação programada e que estava sendo filmada, por consequência tampou o rosto. Depois não houve mais tentativas. A maior critica que fica é a necessidade da consciência de se responsabilizar pela ação que se propôs a fazer, algo que faltou aàboa fluência do trabalho, além também da naturalidade exigida em realiza-lás dentro do cotidiano para fugir de uma “ação programada”, algo que foge a ideia da obra.”

Juliano Bernardo

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CRÍTICA SOBRE A OBRA http://issuu.com/luisresquin/docs/cr__tica_inducao_a_acao

Lucas Bocatto

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aqui quem achar que mereça agradecimentos no final desta revista.

Obrigadão.

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