revista da anape 06

52
2013 - ANO 5 - Nº 6 WWW.ANAPE.ORG.BR 30 ANOS ANAPE Campanha de Filiação 600 NOVOS ASSOCIADOS As Novas Práticas da ADVOCACIA PÚBLICA PROCURADORES Revista da Associação Nacional dos Procuradores de Estado ADVOCACIA PÚBLICA FORTE E INDEPENDENTE

Upload: apep-associacao-dos-procuradoes-do-estado-do-parana

Post on 24-Mar-2016

261 views

Category:

Documents


38 download

DESCRIPTION

Edição Nº 06

TRANSCRIPT

2013 - ANO 5 - Nº 6 WWW.ANAPE.orG.Br

30 ANOS ANAPE

Campanha de Filiação600 NOVOS ASSOCIADOS

As Novas Práticas daADVOCACIA PÚBLICA

PROCURADORESRevista da Associação Nacional dos Procuradores de Estado

ADVOCACIA PÚBLICA FORTE E INDEPENDENTE

www.� liacaoanape.org.br

EDITORIAL

ANAPE

Nossa gestão completou, no mês de junho, um ano de pleno exer-cício à frente da ANAPE e uma síntese da atuação e das ações rea-lizadas em todos os Estados está retratada nas próximas páginas. Seguimos firmes e intransigentes na defesa das prerrogativas dos

Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, através da presença constante no Congresso Nacional, Ministérios e Tribunais Superiores, sempre com o apoio e participação dos colegas Presidentes das Asso-ciações Estaduais, no acompanhamento dos projetos e medidas políti-cas que afetam a Advocacia Pública.

A presença da ANAPE nos Estados e no Distrito Federal é destacada nas matérias elaboradas pelas associações estaduais sempre na defesa do for-talecimento necessário ao fiel exercício das funções constitucionais dos Procuradores dos Estados e do DF.

Obtivemos reconhecimento e respeito junto às entidades coirmãs da Advocacia Pública, com as quais mantemos diálogo permanente e pre-paramos para o próximo mês de setembro uma Mobilização Nacional em Defesa da Advocacia Pública. Conquistamos espaço e forte atuação junto ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) tendo a colega Fabiana da Cunha Barth na Vice-Presidência da Comissão Nacional da Advocacia Pública e uma dezena de Procuradores ocupando assentos como Conselheiros Federais.

Os frutos, aos poucos, vão florescendo. Em 2014, a Advocacia Pública deverá contar com categoria própria no Prêmio Innovare, conforme discu-tido com o Presidente do Conselho Superior, Ministro Carlos Ayres Britto, que participará, no próximo mês de outubro, do XXXIX Congresso Na-cional dos Procuradores de Estado, em Pernambuco. A idéia é fomentar novas práticas compatíveis com as responsabilidades institucionais dos advogados públicos no atual estágio da Administração Pública.

Veiculamos nesta edição também nossas novas parcerias firmadas para aproveitar a escala de uma entidade do porte da ANAPE e convertê-la em benefícios aos associados através do ASAClub.

Os detalhes destes e outros assuntos relevantes para a Advocacia Pú-blica você acompanha nesta nova edição de “Procuradores”, publicação da Associação Nacional dos Procuradores do Estado – ANAPE - que, a par-tir deste número, passa a circular semestralmente. Ela está chegando até você, repaginada, com novo projeto gráfico e buscando propiciar uma maior interação com os associados. Para isso, criamos a editoria de Turis-mo. Espaço no qual os colegas Procuradores poderão relatar as experiên-cias vividas durante as férias e sugerir locais que estão fora do roteiro dos “guias turísticos”. A estréia ficou por conta do ex-presidente da ANAPE, Paulo Roberto Sandri Pires (1995-1996). O destino? Noruega.

Esperamos encontrá-lo nas páginas da próxima edição.Boa Leitura e até lá!

Marcello Terto e Silva Isabela Cristine Martins RamosPrEsidENtE dirEtorA dE ComuNiCAção

íNDICE 2013 | Ano 5 | Nº 6

WWW.ANAPE.orG.Br

5 | ACRE Os 36 anos da PGE/AC

6 | ALAGOAS

Gestão APE/AL comemora realizações

7 | BAHIA

APEB discute fortalecimento da Advocacia Pública

8 | ATUAÇÃO

OAB reafi rma compromissoscom Advocacia Pública

9 | ESPíRITO SANTO

APES busca o reconhecimento constitucional

10 | GOIÁS

Posse da nova diretoria da APEG

12 | MARANHÃO

Legislativo e Judiciárioapóiam pleitos da ASPEM

13 | CFOAB

ANAPE no lançamento daagenda legislativa do CFOAB

14 | MATO GROSSO DO SUL

APREMS e a defesa do Estado como política pública

16 | MATO GROSSO

APROMAT cobra do PGE condições de trabalho

17 | MINAS GERAIS

APEMINAS comemora o“Bom Momento”

18 | PARAíBA

Luta da ASPAS éfederalizada pela ANAPE

20 | PARANÁ

A APEP e os novos tempos

22 | PERNAMBUCO

Porto Galinhas pronto para o XXXIX Congresso Nacional

23 | RIO DE JANEIRO

APERJ recebe homenagem

24 | RIO GRANDE DO SUL

SUBSÍDIORemuneração adequada:luta sem quartel

RIO GRANDE DO SULsedia Encontro Nacionalde Procuradorias Fiscais

26 | SÃO PAULO

APESP e O Avesso, do avesso, do avesso, do avesso

27 | TOCANTINS

APROETO – Seminário discutirá responsabilização

28 | PARECERISTAS

Responsabilização de pareceristas

30 | FILIAÇÃO ANAPE

CAMPANHA DE FILIAÇÃO600 novos associados

PROCURADORESRevista da Associação Nacional dos Procuradores de Estado

dirEtoriA EXECutiVA 2013/2014 | Presidente: Marcello Terto e Silva - GO | Presidente de Honra: Sandra Maria do Couto e Silva - AM | 1º Vice-Presidente: Telmo Lemos Filho - RS | 2º Vice-Presidente: Jaime Nápoles Villela - MG | CoNsELHo dELiBErAtiVo | Presidente: Santuzza da Costa Pereira – ES | Vice-Presidente: João Régis Nogueira Matias – CE | Secretário-Geral: Bruno Hazan Carneiro – RJ | Secretário-Geral Adjunto: Celso Barros Coelho Neto - PI | ViCEs rEGioNAis | Norte: Carolina Omanes Massoud - PA | Nordeste: Cléia Costa dos Santos - BA | Centro-Oeste: Gláucia Anne Kelly Rodrigues do Amaral - MT | Sudeste: Thiago Luís Sombra – SP | Sul: Vera Grace Paranaguá Cunha - PR | dirEtoriAs | Administrativa: Eder Luiz Guarnieri - RO | Financeira: Marcelo de Sá Mendes – RR | Social: Fabiana Azevedo da Cunha Barth – RS | Comunicação: Isabela Cristine Martins Ramos - PR | Centro de Estudos: Cláudia Marçal - GO | Convênios: Frederico Cézar Abinader Dutra - TO | Relações Públicas: Gustavo Chaves Carreira Machado - MG | Assuntos Legislativos: Carlos Augusto Valenza Diniz – DF | Prerrogativas: Marcos Vieira Savall – AL | Filiação: Cláudio Cairo Gonçalves - BA | CoNsELHo FisCAL | Presidente: Francisco Wilkie Rebouças Júnior – RN | Membro: Carlos Guimarães Trindade Neto - AL | Membro: Daniel Augusto Mesquita - DF | CoNsELHo CoNsuLtiVo | Presidente: Samea Beatriz Bezerra da Silva - PI | Vice-Presidente: Cláudio Belmino Rabelo Evangelista – RR | Secretário-Geral: Luiz Henrique Sousa de Carvalho - GO | Secretário-Geral Adjunto: Fábio Carvalho de Alvarenga Peixoto - CE | Membro: Rogério Luiz Gallo - MT | Membro: José Damião de Lima Trindade – SP | Membro: Mário César da Silva Lima - BA | Membro: Gustavo César de Melo Calmon Holliday – ES | Membro: Rafael Rolim de Minto - RJ | Membro: Thaís Ramos Rocha – TO | ProJEto GrÁFiCo E Edição | Fato Positivo Comunicação | www.fatopositivo.com.br | imPrEssão | Gráfica Odisséia | tirAGEm | 7 mil exemplares

32 | CAPA

PRERROGATIVAS: Atuação conjunta se mostra positiva

34 | AGENDA

Parlamentares conhecemagenda de prioridades

37 | INNOVARE

PRÊMIO INNOVARECategoria própriaem 2014

38 | 30 ANOS

Os 30 anos da ANAPE

39 | APOSENTADOS

ANAPE e MOSAP recebidosna Câmara dos Deputados

40 | DíVIDA PúBLICA

Entidades participam deato pela revisão da dívida

41 | COLéGIO DE CORREGEDORES

Identidade Funcionaldiscutida no CNC

42 | DISTRITO FEDERAL

APDF promove CongressoRegional de Procuradores

44 | EM IMAGENS

Momentos em Destaque

46 | NOTíCIAS

48 | TURISMO

NORUEGA:a paisagem e a cultura

5JULHO/2013

No dia 29 de abril, comemora-se o Dia do Procurador do Estado do Acre, data escolhida por coincidir com o aniversário da PGE/AC.

Assim estabelecida por sua Lei Orgânica como forma de reco-nhecimento do mérito da Advo-cacia Pública, no fortalecimento

da consultoria, defesa do Estado e dos interesses da coletividade.

O marco é a nomeação, no ano de 1977, do primeiro Procurador-Geral do Estado e instalação da instituição, comemorando-se, em 2013, 36 anos de prestação de serviços de qualida-de ao Estado do Acre. Para celebrar a data, a PGE/AC e a Associação dos Procuradores do Estado do Acre (APEAC) elaboraram uma programa-ção de atividades especiais, com a posse do Procurador do Estado Cló-vis Monteiro Ferreira da Silva Neto, apresentação dos resultados parciais do 1º ano do III Planejamento Estraté-gico, projeto de ampliação do espaço físico, anúncio de investimentos em tecnologia, dentre outros.

O Procurador-Geral do Estado, Ro-drigo Fernandes das Neves, destacou a necessidade de se para festejar os resultados obtidos. “É um momento de se congratular, de comemorar as vitórias, porque às vezes fi camos mui-to focados nas difi culdades, mas va-mos pensar no tanto que a gente está avançando, como instituição, como pessoas. É o momento de a gente com-

partilhar essa mis-são e vermos até onde nós estamos indo”, enfatizou.

Já o Presidente da APEAC, Cris-tovam Pontes de Moura, deu as boas vindas ao empos-sado, enaltecendo a atuação da Advo-cacia de Estado como garantidora do Estado Democrático de Direito e para-benizou os Procuradores. “Parabenizo a PGE/AC pelo seu 36º aniversário e os colegas pelo Dia do Procurador do Estado. Trata-se de profi ssionais que não medem esforços para prestar um serviço de qualidade e que ofereça re-sultados concretos em benefício da po-pulação”. Ainda, fez questão de desta-car os avanços da instituição, desde a melhoria das condições materiais de trabalho, até chegar ao fortalecimento da Procuradoria-Geral do Estado e de seus membros, ressaltando a obriga-toriedade da escolha do Procurador--Geral entre os integrantes da carreira e as garantias, na Constituição Esta-dual, de autonomia administrativa e funcional da PGE/AC, bem como as prerrogativas de independência fun-cional e inamovibilidade aos Procura-dores, que hoje possuem uma carreira estruturada. No entanto, o Presidente da APEAC pontuou alguns aspectos em que é necessário avançar, sobre-tudo diante do objetivo lançado no III

Planejamento Estratégico da Institui-ção. “Tornar-se referência para a Ad-vocacia Pública brasileira passa, ne-cessariamente, pelo aprimoramento da carreira nesse mesmo patamar em todos os seus estágios”, afi rmou.

caSa LaR eSTeR

na ocasião, entregou a pauta reivindicatória

aprovada em assembleia geral da apeac ao

procurador-Geral do estado, na qualidade de

interlocutor do Governador do estado.

a comemoração seguiu na parte da noite com

o oferecimento de jantar benefi cente, com a

destinação dos recursos arrecadados à casa

Lar ester, que acolhe crianças e adolescentes

vítimas de violência sexual.

ACRE

EstAdos

Procuradores comemoram sua data e36º aniversÁrio da pGe/accom fesTa e refleXÃo

Procuradores com o PGE

Cristóvam entrega pauta de reivindicações

APEAC

6 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

Balanço revela atividades e ações efetivas em prol da categoria.

Presidida pelo procurador Rober-to Tavares Mendes Filho, eleito para liderar a instituição duran-te o biênio 2012/2013, a APE/AL

já reúne uma série de conquistas e re-alizações, cumprindo as metas e pro-postas anunciadas em prol da defesa e valorização da categoria.

Pouco tempo após iniciada a nova gestão, no início de julho, a aprova-ção preliminar da Proposta de Emen-da Constitucional (PEC) 52/2011, que altera os critérios para escolha do Pro-curador-Geral do Estado, surpreendeu os procuradores. Com o apoio da As-sociação Nacional dos Procuradores do Estado (ANAPE), a APE/AL promo-veu uma mobilização que culminou com a retirada da pauta da Assem-bleia Legislativa do Estado (ALE/AL).

No dia 20 do mesmo mês, a asso-ciação comemorou 30 anos de sua fundação. A data histórica foi cele-brada com a realização de uma Jor-nada de Estudos Jurídicos, evento prestigiado por diversas autoridades da área, entre elas o presidente da ANAPE, Marcello Terto e Silva.

A gestão atual também colocou em prática uma série de inovações em comunicação com o objetivo de dar maior visibilidade às ações da APE e estimular uma maior interação entre associados e a sociedade. Lançou seu

site institucional, inaugurou perfi s no Facebook e no Twitter, passou a enviar newsletters periódicas e, no fi m de 2012, relançou a Revista da APE, que acaba de publicar sua se-gunda edição impressa.

O estreitamento das relações insti-tucionais e ampliação de debates entre a APE/AL e órgãos ligados à adminis-tração judiciária e poderes constituí-dos integram alguns dos destaques do período. Chefes do Executivo Estadu-al, Ministério Público, Poder Judiciá-rio e Defensoria Pública receberam vi-sitas de cortesia do presidente Roberto Mendes Filho nos últimos meses.

Ao longo do ano, também foram realizadas iniciativas de congrega-ção e capacitação. Como exemplo, podem ser mencionados o ciclo de debates com candidatos à presidên-cia da seccional alagoana da OAB, que reuniu dezenas de procurado-res e estudantes no auditório da APE/AL, o curso de português sobre

ALAGOAS

EstAdos

Atual gestão da APE/ALcomemora 1 ano de realizaçÕes

no calendário da instituição também se

comemorou o dia nacional da advocacia

pública. celebrada no dia 7 de março, a

data e a escolha do dia fazem referência ao

ano de 1609, quando os primeiros cargos

de procurador dos Feitos da coroa, da

Fazenda e do Fisco foram criados.

na oportunidade, o presidente da

ape/aL deu entrevistas à imprensa para

explicar à população como funciona o

trabalho realizado por estes profi ssionais,

destacando a importância social dos

advogados públicos.

Diretoria da APE-AL

7 de MaRço

APE/AL

as novas regras do Novo Acordo Or-tográfi co da Língua Portuguesa e as confraternizações de São João, fi m de ano e carnaval, além do apoio ao seminário realizado pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

7JULHO/2013

O debate contou com participa-ção de oito dos 15 candidatos queconcorrem ao Quinto Constitucional.

Oresgate da importância do papel do advogado público, as defesas de suas prerrogativas e o des-prestígio com que são tratados

nos fóruns e pela Justiça, permearam os discursos dos candidatos à vaga de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia – TJ-BA que partici-param do debate promovido pela As-sociação dos Procuradores do Estado da Bahia – APEB. O debate, realizado na quinta-feira, 16, no Salão Azul da Fundação Luís Eduardo Magalhães, contou com a mediação do procu-rador Ruy Deiró e a participação de oito dos 15 candidatos que concor-rem ao Quinto Constitucional – vaga da corte reservada à advocacia, além de uma plateia formada por procura-dores, advogados, jornalistas e convi-dados. O debate foi prestigiado pelo presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado, Mar-cello Terto, de Goiás.

A presidente da APEB, Cléia San-tos, abriu o evento referenciando o momento como “histórico”, não ape-nas por congregar importantes fi gu-ras do setor jurídico da Bahia, mas, sobretudo, pela iniciativa da OAB-Ba em realizar eleições diretas para a es-colha da vaga destinada à advocacia, tornando o processo mais participa-

tivo e democrático. Ao se manifestar, Terto, antecipou sua total sintonia com as abordagens que seriam fei-tas em seguida pelos postulantes ao cargo de desembargador, destacando que as visões que se pretendia captar durante o debate iam além da mera defesa corporativa. “Trata-se de um momento consagrado não apenas em defesa das nossas prerrogativas, mas também da legitimação da nos-sa representatividade. Não há justiça sem advogado”, lembrou, aprovei-tando para falar sobre a campanha de fi liação da instituição que vem se mostrando exitosa na Bahia e em ou-tros estados da federação. “Estamos aqui numa articulação institucional e é através da representatividade que conseguimos levar nossas impres-sões nas áreas onde atuamos, alcan-çando a advocacia em todas as suas

esferas”, defendeu, reforçando que a campanha de fi liação à ANAPE servia a essa refl exão.

Compareceram ao debate da APEB os candidatos Ronaldo Melo Martins da Costa, Graciliano José Mascarenhas Bonfi m, Carlos Alberto Nova Filho, Maurício Kertzman Szporer, Oscimar Alves Torres, Ricardo Albuquerque Meira, Pedro Barachisio Lisboa e Lia Barroso, única mulher a concorrer à vaga, aberta com a aposentadoria do desembragador Sinésio Cabral. Des-ta vez, a lista sêxtupla a ser enviada ao TJ-BA será escolhida pelos ad-vogados e não mais pelo Conselho Seccional da OAB-Ba, como ocorria há 10 anos. Da lista sêxtupla, caberá ao TJ-BA selecionar três nomes para serem encaminhados ao governador Jaques Wagner que, fi nalmente, deci-dirá que ocupará a cadeira.

Debate da APEB destacaforTalecimenTo da advocacia pública

Terto prestigia debate promovido pela APEB

APEB

BAHIA

EstAdos

8 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

O presidente nacional da OAB rea-firmou posição da entidade ao rece-ber presidentes da ANAPE e asso-ciações estaduais.

Opresidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Mar-cus Vinicius Furtado, reafirmou o apoio às causas da advocacia

pública durante audiência a entida-

des desse segmento no gabinete da

Presidência do Conselho Federal da

OAB. “Quero aqui reafirmar o com-promisso da OAB com as bandeiras

da advocacia pública, dentre elas a da autonomia administrativa e fi-nanceira e à fixação de honorários de sucumbência à advocacia públi-ca”, disse Marcus Vinicius.

O presidente nacional da OAB reafirmou essa posição da entidade ao receber a visita dos presidentes da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE), Marcelo Terto e Silva; da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul (APERGS), Telmo Lemos Filho, da Associação dos Procuradores do

Distrito Federal (APDF), Helder de Araújo Barros, da Associação dos Procuradores de Estado do Espírito Santo, Santuzza da Costa Pereira e da Associação dos Procuradores do Estado De Minas Gerais, Jaime Nápole Villela e, ainda de Bruno Hazan, Secretário-Geral da ANAPE. Na oportunidade, o presidente da ANAPE falou da “importância de se reforçar a parceria e a aliança com a OAB em torno da luta pelas prerrogativas, pelos honorários de sucumbência e a independência técnica da advocacia pública”.

OAB recebe ANAPE ereafirma compromisso com bandeiras da advocacia pública

ANAPE

ATUAÇÃO

Presidente do CFOAB, Marcus Vinicius, recebe ANAPE

9JULHO/2013

APES

ESPíRITO SANTO

EstAdos

A diretoria da Associação dos Pro-curadores do Estado do Espírito Santo (APES) está em negociação com o governo do Estado em busca da adequação remuneratória para os procuradores.

A intenção é garantir, aos ad-vogados públicos do Espírito Santo, na prática, o reconhe-cimento que a Constituição já

faz, equiparando os procuradores aos membros do Ministério Público e da Magistratura.

As conversas com os represen-tantes do governo tiveram início em maio. Várias reuniões foram realiza-das com a presidente Santuzza da Costa Pereira - que também preside o Conselho Deliberativo da ANAPE - junto com o diretor fi nanceiro, Marcelo Amaral Chequer, e o dire-tor de assuntos econômicos-admi-nistrativos, Ricardo Occhi. Também participa das reuniões o procurador Alexandre Tatagiba, integrante da comissão que será responsável por elaborar a minuta do Projeto de Lei sobre a nova remuneração.

Os procuradores já se adiantaram nas negociações e os entendimentos envolvem várias pastas do governo estadual. Para isso, a Associação já se reuniu com o secretário chefe da Casa Civil, Luiz Ciciliotti; com o se-cretário de Estado de Planejamento, Robson Leite Nascimento; e o secre-tário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Aminthas Loureiro Junior.

Também está previsto encontro com o vice-governador do Estado, Gi-

valdo Vieira, para quem a diretoria da APES já enviou documento soli-citando a negociação. Os procuradores argumen-tam que, apesar da pre-visão constitucional, há uma defasagem remune-ratória histórica entre os membros da Procurado-ria do Estado do Espírito Santo com as demais carreiras jurídicas, que já têm o sub-teto constitucional regula-do no Estado. A presidente da APES lembra que “na grande maioria dos Estados, as Procuradorias Estaduais foram contempladas com uma polí-tica remuneratória condizente com a Constituição Federal e digna da fun-ção exercida pelos procuradores. No entanto, apesar dos serviços cada vez mais aprimorados dos procuradores, o Espírito Santo ainda não garantiu aos seus advogados públicos a ade-quação constitucional devida”.

A APES está buscando a imple-mentação de padrão remuneratório como já ocorreu em unidades da Federação como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceara, Maranhão, Para, Amazonas, Rondô-nia, Roraima, Acre, Amapá, Tocan-tins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Além disso, a Associação argumen-ta com o Estado, utilizando dados como a remuneração recebida pelos Procuradores do município de Vitó-

ria, capital do Espírito Santo, onde os profi ssionais tem um vencimento superior aos recebidos pelos procura-dores de Estado em início de carreira.

Outro argumento utilizado pelos procuradores é que o Estado do Es-pírito Santo possui arrecadação que possibilita a adequação dos subsí-dios, fi xando valores compatíveis com a natureza, o grau de respon-sabilidade e a complexidade do cargo, da mesma forma como já foi feito no Poder Judiciário e no Mi-nistério Público Estadual.

Após a negociação, a expectativa é que o governo envie, até agosto, mensagem para a Assembleia Legis-lativa do Espírito Santo, com Proje-to de Lei de adequação salarial dos procuradores. “A iniciativa tem a fi nalidade de dar continuidade às melhorias que vêm sendo imple-mentadas na Procuradoria Geral do Estado, possibilitando a excelência na prestação desse serviço de funda-mental importância para o Espírito Santo e para a sociedade capixaba”, destaca a presidente Santuzza.

pelo reconHecimenTo consTiTUcional

Procuradores Ricardo Occhi, Marcelo Chequer, Santuzzada Costa Pereira e Alexandre Tatagiba em reunião

com o Secretário de Planejamento Robson Leite

10 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

EstAdos

Diretoria e Conselho Diretor da APEG eleitos para o biênio 2013/2015, em uma gestão compartilhada, preten-dem buscar uma maior valorização do Procurador do Estado.

Cerca de 150 pessoas, entre asso-ciados, autoridades, servidores da APEG e da PGE-GO, foram prestigiar a cerimônia realizada

na área externa da Procuradoria-Ge-ral do Estado de Goiás.

O Presidente da Associação Na-cional dos Procuradores do Estado e do Distrito Federal (ANAPE), Marcello Terto, deu início aos trabalhos, profe-rindo seu discurso, tendo ressaltado a disposição da presidente reeleita da APEG, Valentina Jungmann, em continuar trabalhando pela valoriza-ção da Advocacia Pública.

Terto também lembrou que a união da classe será importante para a ob-tenção de novas conquistas, como a aprovação da PEC da autonomia no Congresso Nacional. “Liderar a APEG não é tarefa fácil, são muitos os desafios. Alinhados internamente vamos manter o que conquistamos e construir o que desejamos”, disse.

Ao fazer uso da palavra, a presi-dente reeleita da APEG, Valentina Jungmann, agradeceu a todos pela presença e reconheceu que a reelei-ção foi fruto do trabalho realizado pe-los Diretores e pelos Conselheiros da

APEG, que concluíram seu mandato. Destacou as conquistas e os avanços obtidos no biênio 2011/2013, como o retorno do recebimento parcial dos honorários advocatícios de su-cumbência; a averbação da área para construção da sede da PGE; autoriza-ção governamental para a realização de concurso para Procurador do Es-tado de Goiás; Plano de Saúde Uni-med, com valores mais baixos do que os oferecidos para o mercado; refor-mulação e modernização do site da APEG; promoção de concursos lite-rários, lançamentos de livros, exposi-ções e eventos visando à confraterni-zação e à integração dos associados.

Afirmou que a Diretoria e o Conse-lho Diretor da APEG eleitos para o bi-ênio 2013/2015, em uma gestão com-partilhada, pretendem buscar uma maior valorização do Procurador do Estado. “Manteremos o acompanha-mento vigilante das Propostas de Emendas à Constituição e dos Proje-tos de Lei de interesse da Advocacia Pública, em tramitação no Congresso Nacional e na Assembleia Legislati-va. Lutaremos pelo recebimento do valor correspondente a 100% do to-tal arrecadado a título de honorários advocatícios de sucumbência nas ações em que o Estado de Goiás for vencedor. Continuaremos a contri-

Biênio 2013/2015posse da direToria edo conselHo direTor da apeG

Membros da diretoria e do Conselho da APEG

APEG

GOIÁS

Presidente da ANAPE saudou a nova diretoria da APEG

Presidente da APEG no discurso de posse

Santuzza da Costa Pereira, Marcello Terto, Valentina Jungmann,Telmo Lemos Filho e Fabiana da Cunha Barth

buir com a edifi cação da sede própria da PGE-GO e com a realização do concurso para Procurador do Esta-do de Goiás”, entre outras ações.

Lembrou que a Advocacia Pública, por expressa disposição constitucional, integra as chamadas Fun-ções Essenciais à Justiça, ao lado do Ministério Públi-co e da Defensoria Pública, e, por isso, deve ter prer-rogativas e tratamento semelhantes. “A Advocacia Pública só pode ser forte com tratamento equiparável ao das demais carreiras jurídicas de todo o Brasil. Não haverá Estado verdadeiramente efi ciente sem uma Advocacia Pública forte, com autonomia funcional, administrativa e fi nanceira, com advogados públicos valorizados, remunerados dignamente e contando com a devida estrutura de trabalho”.

Ao encerrar, afi rmou que “Esse Grupo de colegas acredita que essas e outras conquistas são possíveis, mas, principalmente, com a união de todos os Procu-radores do Estado”.

Por último, falou o Procurador-Geral do Estado, Ale-xandre Tocantins, que, representando o Governador Marconi Perillo, ressaltou o trabalho desenvolvido pela APEG e o comprometimento do Governo estadual com os pleitos da advocacia pública estadual.

Em mensagem escrita encaminhada à Presidente da APEG, o Sr. Governador do Estado, Marconi Perillo, renovou o “compromisso de uma interlocução diária, produtiva e transparente com os Procuradores do Es-tado, os grandes advogados da administração pública, profi ssionais a quem dedico elevado apreço e conside-ração e desejo sucesso absoluto à nova gestão”.

12 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

MARANHÃO

EstAdos

ASPEM

A presidência da ANAPE esteve em São Luís nos dias 9 e 10 de maio para uma série de visitas aos repre-sentantes dos Poderes Executivo, Le-gislativo e Judiciário no Maranhão.

Acomitiva foi formada pelo presi-dente da Associação de Procu-radores de Estado do Maranhão (ASPEM), Daniel Blume e pelo

vice-presidente da ANAPE, Telmo Le-mos Filho. Dentre os assuntos em pau-ta estiveram as condições de trabalho e o défi cit de procuradores no Estado.

Daniel Blume avaliou como posi-tiva a vinda da presidência da ANAPE como uma forma de elevar o debate em torno da importância da advocacia pública e, principalmente a manuten-ção de um diálogo entre os procura-dores de todo o Brasil. Nos dois dias em que esteve na capital maranhense a comitiva foi recebida pelo vice-gover-nador do Estado, Washington Oliveira, pelo presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Antônio Guerreiro Jú-nior e pelo presidente da Assembleia Legislativa o Maranhão, Deputado Ar-naldo Melo. O presidente da ASPEM ressaltou a necessidade da realização de concurso para o cargo que desde 1993 é de 67, sendo que 63 tem lotação na capital. As condições de trabalho dos procuradores também foram am-plamente discutidas durante os encon-tros e na assembleia realizada na sede da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA). A carência de 53 Procuradores na clas-

se inicial e a eminente aposentadoria de outros 15 é mais um risco para o pleno e bom exercício das funções da classe. “É cobrada uma excelência no trabalho, entretanto as condições que nos são oferecidas ainda estão aquém das ideais”, asseverou Blume. O presi-dente da ANAPE, Marcello Terto, lem-brou, em reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Antônio Guerreiro Júnior, que é o tra-balho do procurador quem mantém a memória jurídica do Estado Democrá-tico de Direito. “À medida em que não é possível atender ao grande volume de processos a memória jurídica do Maranhão fi ca comprometida”.  Guer-reiro Júnior manifestou-se solidário as solicitações dos procuradores e as considerou justas necessárias e fez questão de manter aberto o canal de comunicação entre os procuradores e o Tribunal de Justiça.

O entendimento do vice-governa-dor Washington Oliveira com relação as reivindicações dos presidentes, a exemplo de Guerreiro Júnior também foi de defesa e apoio. “O Governo do Estado não tem dúvidas de que o Ma-ranhão precisa de uma Advocacia Pú-blica efi ciente e estruturada e de que vamos buscar uma solução defi nitiva para a questão do défi cit de procura-dores e das condições estruturais dos locais de trabalho”, afi rmou o vice--governador. O encontro serviu para que Oliveira tomasse conhecimento das difi culdades enfrentadas pelos Procuradores do Estado do Maranhão, em função da falta de estrutura – salas

adequadas para o exercício das fun-ções – e de condições técnicas (com-putadores, mesas, e assessores) para o pleno exercício de defesa dos inte-resses do Estado. Atualmente, a PGE do Maranhão tem sob sua responsabi-lidade 60 mil processos e, apenas 62 Procuradores para a defesa em juízo. Outros quatro Procuradores estão lo-tados no interior do estado.

Na Assembleia Legislativa,  Arnal-do Melo também manifestou apoio aos procuradores e que a Casa vai ado-tar os esforços possíveis para que os problemas sejam sanados por meio de projetos de lei, se necessário. “A dis-cussão está aberta e estamos aqui à dis-posição para que qualquer projeto que chegue a esta Casa possa ser estuda-do e trabalhado sempre de forma que seja benéfi ca para toda a população”. O presidente também sugeriu que os representantes da ANAPE e ASPEM es-tudem uma proposta para que haja um espaço aos procuradores na grade de programação da TV Assembleia.

Prerrogativas:aspem e anape obTêm apoiodo jUdiciÁrio e leGislaTivo

Presidente do TJMA recebe osrepresentantes da ASPEM e da ANAPE

13JULHO/2013

CFOAB

ANAPE

Representantes da ANAPE estiveram presentes no jantar de lançamento da Agenda Legislativa do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para a gestão 2013/2016.

Durante os encontros com par-lamentares, o presidente do CFOAB, Marcus Vinicius Furta-do Coelho, afirmou que a agen-

da contém a relação dos projetos e propostas legislativas em tramitação na Câmara e no Senado considerados prioritários do ponto de vista da clas-se e da cidadania brasileira. “Ela é apenas uma memória, uma referência para se iniciar o diálogo”. Ele disse que o objetivo da entidade foi incluir na agenda “projetos importantes para os advogados brasileiros, principal-mente os mais simples e, por falar nessa palavra, um dos primeiros pro-jetos que defendemos é a extensão do Simples Nacional para os advo-gados brasileiros - projeto que vai beneficiar, sobretudo, os advogados iniciantes e possibilitar a sociedade individual dos advogados” – acres-centou sob aplausos.

Da relação dos projetos prioritá-rios para a advocacia pública desta-cados na Agenda Legislativa constam - além de diversas propostas sobre Exame de Ordem em tramitação no Congresso – o das férias dos advoga-dos; o que estende o sistema de tribu-tação do Simples Nacional para a ad-vocacia; o que institui sociedade de advocacia individual; projeto que al-tera o artigo 21 do Código de Proces-

so Civil, proibindo que os honorários de sucumbência sejam compensados (veda a compensação das verbas ho-norárias); projeto que fixa honorários de sucumbência para a advocacia trabalhista e para a advocacia públi-ca (PLP 2279/2011); o que combate o aviltamento dos honorários; proposta que criminaliza quem viola as prerro-gativas dos advogados, dentre outros.

Participaram dos dois jantares com a Frente Parla-mentar da Advocacia, além de Marcus Vinicius, toda a Diretoria do Conselho Fede-ral da OAB, membros hono-rários vitalícios da entidade, presidentes de Seccionais, conselheiros federais e o pre-sidente da Comissão Especial de Acompanhamento Legisla-tivo da entidade, Eduardo Pu-

gliesi e seu vice, Bruno Calfat. Pela ANAPE, além do Presiden-

te Marcello Terto, compareceram a Diretora Social, Fabiana da Cunha Barth, o Diretor Financeiro, Marce-lo Mendes, para Assuntos Legisla-tivos Carlos Augusto Valenza Diniz e o Secretário-Geral do Conselho Consultivo, Luiz Henrique Souza de Carvalho.

Anape prestigialançamenTo da aGendaleGislaTiva do cfoab

Diretoria da ANAPE com Senadores daFrente Parlamentar da Advocacia

Presidente CFOAB apresenta agenda legislativa

14 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

MATO GROSSO DO SUL

EstAdos

Vivemos época em que a socieda-de despertou para a cidadania e a exigência de políticas públicas ade-quadas, por conseguinte, tornou-se uma constante.

Governos, de modo geral e na me-dida de suas possibilidades, têm procurado atender as demandas em matéria de educação, saúde,

segurança, etc.Um elemento fundamental para a

sociedade e a cidadania, porém, tem visto negligenciada sua condição de política pública: trata-se da defesa do Estado, consubstanciada na atuação dos advogados públicos.

Com efeito, prevalece ainda o des-conhecimento da importância da advo-cacia pública para a própria concreti-zação das demais políticas públicas e, consequentemente, de modo geral os responsáveis pela Administração Pú-blica (federal, estadual e municipal) não inserem o planejamento jurídico no âmbito de seus programas de go-verno e sequer de sua gestão, nem se ocupam de aparelhar adequadamente os órgãos da advocacia pública.

A evolução destes órgãos, é o triste fato, tem sido episódica, errática, insu-fi ciente. Urge, portanto, que se confi ra plena aplicabilidade ao modelo consti-tucional que, ao menos nas esferas da União, dos Estados e do Distrito Fede-ral, já fi xou a advocacia pública como função essencial à Justiça e órgão per-manente da Administração Pública.

Releva perceber que, a defesa do Es-tado compreende mais que a atuação judicial contenciosa, extrapolando o sentido singelo da palavra defesa.

Defender o Estado é atuar preven-

tivamente, orientando, aconselhando e colaborando com o planejamento da execução das políticas públicas demo-craticamente eleitas, coibindo práticas ilícitas, evitando desperdício dos recur-sos públicos, incrementando a efi ciên-cia dos outros órgãos administrativos. Defender o Estado é também ajuizar ações judiciais para assegurar a arreca-dação de tributos e penalidades impos-tas, garantir o cumprimento da legisla-ção, executar decisões administrativas.

Por fi m, defender o Estado é respon-der às inúmeras demandas judiciais ajuizadas contra a Administração Pú-blica, visando sustentar decisões ad-ministrativas, salvaguardar a execução de políticas públicas e evitar que re-cursos públicos sejam indevidamente comprometidos. Signifi ca que, aos Pro-curadores do Estado, e aos advogados públicos em geral,é conferida enorme responsabilidade, pois por suas mãos passa, em boa medida, o destino das políticas públicas estatais, eis que, se não lhes cabe defi ni-las, competên-cia exclusiva de detentor de mandato popular, a sua concretização, em um Estado de Direito, não prescinde de suporte jurídico. A despeito do peso desta responsabilidade, como dito inicialmente, a defesa do Estado não é tratada como uma política pública, isto é, como elemento permanente do programa da Administração Pública, não se inserindo nas metas e objetivos estatais, nem merecendo investimento constante e adequado, o que se revela, ao fi nal, péssima política.

Em Mato Grosso do Sul, a título de exemplo, a Procuradoria-Geral do Esta-do conta com apenas 82 Procuradores do Estado para um universo de mais de 2 milhões de habitantes, sendo cerca

de 60 mil servidores estaduais. Apenas no âmbito do Poder Executivo, eis que também respondem os Procuradores de Estado pelos Poderes Legislativo e Judiciário, 14 Secretarias de Estado devem ser atendidas por aquele redu-zido grupo. Os Procuradores do Estado de Mato Grosso do Sul não dispõem, ademais, de quadro de apoio próprio, técnico ou administrativo, ao contrário do que sucede com a magistratura, o ministério público e a defensoria pú-blica sul-mato-grossenses, destacando que estas instituições possuem tam-bém muito mais integrantes.

A estrutura da Procuradoria-Geral do Estado é, a bem da verdade, gene-ralizadamente inferior à das demais carreiras jurídicas estaduais, como vem denunciando a Associação dos Procuradores do Estado de Mato Gros-so do Sul - APREMS. Também em ter-mos remuneratórios os Procuradores do Estado se encontram em condições inferiores à das demais carreiras jurí-dicas estaduais.

Somando-se estas defi ciências, é surpreendente o resultado que os Pro-curadores do Estado de Mato Grosso do Sul tem alcançado. Quem acompanha o noticiário produzido pela APREMS sabe que milhões de reais reverteram ou reverterão aos cofres estaduais em razão da atuação de seus associados em temas como guerra dos portos ou e-commerce, mas também em outras circunstâncias mais comuns.

O que nos leva a indagar: imagine se condições adequadas fossem conferi-das aos Procuradores do Estado?

É inadiável, portanto, que os res-ponsáveis pela administração pública repensem a defesa do Estado, encaran-do-a como verdadeira política pública!

a defesa do esTadocomo políTica pública!

APREMS

16 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

MATO GROSSO

EstAdos

APROMAT

Paredes com infi ltração, proces-sos espalhados pelo chão, ape-nas uma impressora localizada em um dos corredores da sede da Procuradoria-Geral e fi ação elétrica exposta colocando em risco os pro-cessos e os servidores.

ea árdua realidade do dia-a-dia dos Procuradores do Estado do Mato Grosso e, que provocou a realização da reunião mensal do

Conselho Deliberativo da ANAPE no dia 05 de abril, em Cuiabá.

Recebidos pelo Procurador-Geral, Jenz Prochnow Júnior, o Presidente Marcello Terto, acompanhado dos presidentes das entidades de 19 Es-tados e do Distrito Federal, puderam discutir as difi culdades enfrentadas pela instituição e, que afl igem os Pro-curadores como a falta de condições adequadas para o desempenho das atribuições. Na oportunidade, Terto também abordou a preocupação da entidade quanto à veiculação de no-tícias relatando a usurpação das prer-rogativas dos Procuradores por ter-ceiros. Para Prochnow, as garantias da carreira devem estar contidas na Carta Magna e a classe deve trabalhar pela convergência e em defesa de so-luções para conseguir sanar as defi -ciências estruturais e de trabalho. A conversa aconteceu momentos antes da solenidade de posse que recon-

duziu a Procuradora Glaucia Anne Kelly Rodrigues do Amaral para mais um biênio à frente da presidên-cia da APROMAT.

A gravidade do quadro foi relatada ao presidente da sec-cional da OAB do Mato Grosso Mau-rício Aude, que ex-ternou preocupação com a situação apre-sentada e as conse-qüências que podem resultar ao ple-no exercício da Advocacia Pública. Revelando ser favorável aos pleitos da classe para a melhoria das con-dições de trabalho, Aude destacou a importância da interiorização das procuradorias, principalmente nos grandes municípios. Porém, reconhe-ce a insatisfação da classe, em função do governo do Estado ter garantido a efetivação em Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças, Tangará da Serra e Rondonópolis, mas sem a destinação de procuradores para as regionais. Ao fi nal do dia, os membros do Con-selho Deliberativo deliberaram pela aprovação de uma Nota Pública cri-ticando o descaso do governo com a situação e alertando a população quanto à usurpação de prerrogativas da classe por terceiros.

PGE-MT sofre comesTrUTUra precÁria efalTa de condiçÕes de TrabalHo

Presidente da OAB/MT na reunião doConselho Deliberativo da ANAPE

Paredes com infiltração e fiação elétrica exposta

17JULHO/2013

APEMINAS

MINAS GERAIS

EstAdos

APEMINAS comemora importante momento dos procuradores de Es-tado em Minas Gerais e consolida posição de maior representação es-tadual da ANAPE.

Os procuradores do Estado de Minas Gerais vivem importante momento na história da carrei-ra. A recente entrada de cerca de

100 novos integrantes para os quadros da Advocacia-Geral do Estado e a tra-mitação vitoriosa na Assembleia Le-gislativa de Projeto para incorporação da Gratifi cação Complementar por Produtividade (GCP) ao vencimento básico da categoria são dois aconteci-mentos que consolidam o viés de alta e o fortalecimento constante da advo-cacia pública mineira. Esses dois im-portantes passos foram os principais alvos da mobilização desencadeada pela Associação dos Procuradores do Estado de Minas Gerais (APEMINAS), ou seja, a busca pela segurança remu-neratória e o aumento do número de procuradores para melhoria das con-dições de trabalho. A Associação já obteve a fi liação da quase totalidade dos novos procuradores empossados.

Desde a implantação da  AGE, em 2003, o número de procuradores mais que dobrou, passando de 209 para os atuais 465. “Ao longo dos últimos anos, houve em Minas Gerais um tre-mendo esforço para que tenhamos chegado a esse ponto da AGE ter se aprimorado sob o ponto de vista da sua funcionalidade, através dos meios físicos da operação da advoca-cia, da melhoria da carreira funcio-

nal, mas, sobretudo, pela qualifi cação dos seus membros”, destacou o go-vernador, Antonio Anastasia durante a solenidade de posse dos novos pro-curadores do Estado.

Segundo o presidente da APEMINAS, Jaime Nápoles Villela tanto a chegada dos novos colegas quanto a estabilidade remuneratória são importantes conquistas da carrei-ra e o trabalho continuará sendo feito por dias ainda melhores. “Fizemos um intenso esforço na Assembleia e também na reivindicação por novos concursos para a concretização des-ses avanços. Obtivemos sucesso e o momento é de crescimento”, disse.

O presidente da ANAPE, Marcello Terto, credita os avanços em Minas Gerais à mobilização desencadeada pela APEMINAS com a Criação do Movimento Permanente pela Valori-zação da Advocacia Pública Minei-ra. “Durante o Congresso Nacional da Classe, realizado em Goiás, em 2008, fi cou clara a força e a união dos procuradores em Minas Gerais. Percebi que todos estavam convictos de que a luta era por uma boa causa. A constante busca pela afi rmação da

importância da advocacia de Estado e da necessidade do respeito às prer-rogativas, além da justa adequação remuneratória. As conquistas não são surpresa para quem conhece o traba-lho da APEMINAS”.

viés de alTa

Novos 92 Procuradores filiados aAPEMINAS e a ANAPE

anape TaMBÉM FoRTaLecida

a apeMinaS, além de conseguir quase a totalidade de fi liações entre os novos procuradores, comemora também a fi liação de mais 92 colegas à anape desde o lançamento da campanha de novas fi liações da entidade, reafi rmado sua posição de maior representação estadual da entidade nacional da classe dos procuradores de estado. dos atuais 461 associados da apeMinaS, 443 são também fi liados à anape, alcançando a taxa de 96% de adesão, e zero inadimplência. o diretor de fi liação da anape, claudio cairo, compareceu no dia 7 de março último, ao curso de formação dos novos procuradores de Minas Gerais, oportunidade em que foram obtidas mais de 63 novas fi liações. “estivemos em Belo horizonte por ocasião do lançamento da campanha de Filiação da anape e da comemoração do dia nacional da advocacia pública. Foi um excelente encontro, muito proveitoso, com muito debate entre os novos membros da carreira em Minas Gerais. em seguida, participamos do evento na oaB mineira pela comemoração do dia nacional da advocacia pública, oportunidade em que pudemos refl etir coletivamente sobre o papel e a importância da advocacia pública nos tempos atuais”. Segundo Jaime Villela, “sempre foi questão de ordem das gestões da apeMinaS a aproximação e trabalho articulado com a anape, sendo o grande o esforço para justifi car a confi ança demonstrada pela expressiva taxa de adesão dos colegas mineiros à nossa entidade de classe nacional”.

CRéDITO: DIVULGAÇÃO APEMINAS

18 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

EstAdos

Nos últimos dois anos, a Associa-ção dos Procuradores do Estado da Paraíba (Aspas) conquistou, junto à Associação Nacional dos Procura-dores de Estado (ANAPE), um eleva-do grau de parceria.

De forma natural, a entidade na-cional absorveu a luta da simi-lar paraibana, principalmente as bandeiras do respeito às prer-

rogativas da carreira e valorização profissional. “Somos gratos à ANAPE por cada gesto de apoio, solidarieda-de e comprometimento com nossas legítimas inspirações”, destaca a pre-sidente Sanny Japiassú, da Aspas.

Para o presidente Marcello Terto e Silva, da ANAPE, não foi por acaso que a luta da Aspas sensibilizou todas as entidades representativas do Brasil. “Os procuradores paraibanos, lamen-tavelmente, se mantém no momento em pior posição no ranking nacional no item valorização profissional e de condições básicas de trabalho”, obser-va ele, destacando ao mesmo tempo a garra, determinação e foco da direto-ria da Aspas, formada por integrantes da carreira experientes e jovens.

Já com uma parceria bem avança-da desde a gestão anterior da ANAPE, o envolvimento da associação na-cional com as causas da Paraíba se intensificaram ainda mais desde que Marcello Terto e Silva assumiu a presidência da entidade. no final do segundo semestre de 2012. Pou-

cos dias após assumir o cargo, Terto e Silva reservou dois dias - 11 e 12 de dezembro - para visitar pela primei-ra vez a Paraíba, conhecer o trabalho realizado pela Aspas e se colocar à disposição para reforçar a luta da ca-tegoria no Estado.

Nos dois dias em João Pessoa, ca-pital da Paraíba, Marcello Terto e Silva foi recebido pela presidente SannyJapiassú e toda a diretoria da Aspas, além de manter uma reunião com um representativo grupo de procuradores, na sede da entidade estadual. Cumprindo uma extensa agenda de entrevistas aos veículos de comunicação do Estado, o presi-

dente da ANAPE visitou autoridades, como o presidente da Assembleia, o governador e o procurador geral do Estado, além de ter prestigiado a festa de confraternização da cate-goria, numa noite de alegria e rea-firmação de compromissos. De sua parte, Sanny Japiassú também vem fortalecendo as relações da Aspas com a entidade nacional. A presi-dente da associação paraibana tem participado periodicamente das reu-niões da diretoria em Brasília e vem dando uma importante colaboração nas articulações junto às bancadas no Congresso Nacional.

Luta da Aspasé federalizada pela anape

CRéDITO: DIVULGAÇÃO ASPAS/PB

Terto e Sanny durante entrevista

ASPAS

PARAíBA

conVeRSa FRanca coM auToRidadeS

durante sua primeira visita à paraíba,

no fi nal de 2012, o presidente da anape,

Marcello Terto e Silva, cumpriu um roteiro

de visitas também às principais autoridades

do estado. na companhia da presidente

Sanny Japassú, da aspas, Terto e Silva foi

recebido pelo governador Ricardo coutinho,

pelo presidente da assembleia Legislativa,

Ricardo Marcelo, e pelo procurador geral do

estado, Gilberto carneiro.

a audiência com o governador foi realizada

na manhã do dia 14, no gabinete de Ricardo

coutinho, no palácio da

Redenção. no encontro,

Marcello Terto fez

uma exposição sobre

a situação da paraíba

em relação aos demais

estados da Federação,

no tocante à política de

valorização da carreira

de procurador. Segundo

o presidente da anape,

lamentavelmente, o

quadro paraibano é o que

apresenta maiores problemas em relação à

defasagem salarial dentro da realidade do

mercado, além de não contar com condições

de trabalho condizentes com a importância

do desempenho da carreira em favor do

estado e da sociedade.

Sem se comprometer objetivamente em

atender de imediato os principais pleitos

da categoria, o governador assegurou que

será mantido aberto o canal de diálogo

permanente com a aspas e a anape,

e assegurou que, de sua parte, haverá

sempre a disposição para que se encontrem

caminhos para iniciativas de fortalecimento

da carreira.

aSSeMBLeia e pGe

outras audiências mantidas por Marcello

Terto, Sanny Japiassú e diretores da aspas

foram marcadas pela franqueza e pacto em

prol da carreira.

o presidente Ricardo Marcelo, da assembleia

Legislativa da paraíba, assegurou aos

dirigentes das entidades nacional e estadual

total apoio às matérias de interesse da

carreira em tramitação na casa. destacou,

também, o trabalho realizado pela Frente

parlamentar em defesa da advocacia pública

no poder, presidida pelo deputado Raniery

paulino. com o procurador-geral do estado,

Gilberto carneiro, os presidentes da anape,

aspas e demais representantes da categoria

trataram objetivamente de questões sobre

a infraestrutura básica de trabalho dos

procuradores, como também pleitos relativos

às promoções e o respeito às prerrogativas

da carreira, no âmbito do Governo do estado.

Terto reunido com os Procuradores da PB

Sanny e Terto em audiência com oGovernador Ricardo Coutinho

A iniciativa foi apoiada por todas as outras 26 entidades estaduais - uma prova inequívoca de que a luta da congênere paraibana passou a ser absorvida em nível nacional. Um exemplo dessa ação política impor-tante para a conquista de apoios par-

lamentares à luta dos procuradores brasileiros foi a maratona de reuniões que Sanny viabilizou para a ANAPE com os três senadores paraibanos, no dia 19 de fevereiro deste ano. Cássio Cunha Lima (PSDB), Cícero Lucena (PSDB) e Vital do Rêgo (PMDB) rece-

beram os representantes da categoria e se comprometeram em apoiar a luta no Congresso Nacional, em forma de projetos de lei e PECs, em favor de uma carreira essencial para a gover-nabilidade, o Estado de Direito e o exercicio da cidadania.

20 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

EstAdos

A APEP tem trabalhado para aten-der demandas associativas atuali-zadas ao novo padrão da advocacia pública do Estado do Paraná

Em decorrência do aumento da população com o consequente aumento - e especificidade - das relações econômicas, políticas,

administrativas e jurídicas que en-volvem o Estado, ou pelo crescente incremento de mecanismos balizado-res e fiscalizadores da administração pública ou, talvez em razão de vonta-de política mais moderna e apropria-da, vem sendo proporcionalmente crescente a demanda – em todos os níveis - de uma advocacia pública efetiva, eficiente, ágil, tanto na defesa do Estado em Juízo, quanto na con-sultoria preventiva para balizar no Direito as políticas públicas.

Atenta e diligente a essa nova de-manda, a Procuradoria Geral do Esta-do do Paraná vem, de forma cada vez mais eficiente, expandindo e inten-sificando a prestação de seus servi-ços, fazendo mais forte a instituição e cada vez mais essencial, o trabalho eficiente dos Procuradores, ao bom andamento da administração pública do Paraná.

Essa versão atual da PGE/PR tem repercutido no perfil corporativo, as-sim como nos objetivos e nas lutas da APEP - ASSOCIAÇÃO DOS PRO-CURADORES ESTADO DO PARANÁ que, atualmente, congrega 352 Procu-radores, dos quais 96 inativos e 256 ativos, estes lotados tanto na sede da PGE em Curitiba, como em 16 Procu-radorias Regionais e 11 Núcleos Jurí-

dicos em diferentes Secretarias e órgãos do Estado, além da Procuradoria loca-lizada em Brasília. Afora essa amplitu-de geográfica e fun-cional, o ingresso maciço na carreira de jovens advoga-dos oriundos de di-ferentes Estados da federação vêm pro-porcionando um sa-lutar intercâmbio de ideias e de estilos – sem falar de sotaques – e uma con-sequente oxigenação que só contribui para o engrandecimento da carreira, da instituição PGE e da própria APEP.

A APEP tem trabalhado para aten-der demandas associativas atuali-zadas ao novo padrão da advocacia pública do Estado do Paraná e para agregar a multiplicidade de perfis de Procuradores. Essas têm sido preocu-pações da atual Diretoria, empossada em novembro de 2012, tal como retra-tado na sua própria composição, tan-to por associados lotados na capital, como no interior do Estado; na sede da PGE ou em Núcleos Jurídicos da administração pública, assim como por inativos.

Não há dúvidas de que o forta-lecimento institucional da PGE do Paraná repercute fortemente sobre os desígnios associativos. Se de um lado, os Procuradores do Paraná sen-tem, no dia a dia, o incremento ex-traordinário, tanto do volume de tra-balho quanto do padrão qualitativo de advocacia que prestam – judicial e extrajudicial - de outro,esperam

a apep dos novos Tempos

Diretores na sede da APEP. De baixo para cima a da direita para a esquerda: Divanil Mancini, Cristina

Leitão, Miriam Martins, João Torres, Eunice Scheer, Rafael Leite, Camila Simão, Mariana Carvalho, Manoel

P. Pacheco, Stefânia Basso, Braulio Fleury, Gustavo Fadda, Luciano Barradas, Moises Andrade, Luiz H.

Barbugiani, Alexandre Simplício e Flávio R. Santos.

Diretores em reunião na sede da APEP.

Reunião de Diretoria.

CRéDITO: DIVULGAÇÃO APEP

1 | Diretores da APEP em momento descontraído na sede da associação.2 | Procuradores do Estado do Paraná, lotados no interior do Estado, em reunião de trabalho em Londrina.3 | Diretoria da APEP em reunião.

APEP

PARANÁ

Presidente: Eunice Fumagalli Martins e Scheer1º Vice-Presidente: Divanil Mancini2º Vice-Presidente: Cristina Leitão Teixeira de Freitas1º Tesoureiro: João de Barros Torres2º Tesoureiro: Wallace Soares Pugliesi1º Secretário: Mariana Carvalho Waihrich2º Secretário: Stefânia BassoCoNsELHo FisCAL:Izabella Maria Medeiros e Araújo PintoMaria Marta Renner Weber LunardonNorberto Franchi de CastilhodirEtoriA dE sEdE:Ana Cláudia Bento GrafMarco Antonio Lima Berberi (Coordenação)Ronildo Gonçalves da SilvadirEtoriA dE PLANEJAmENto:Felipe Barreto FriasLuiz Henrique SormaniBarbugiani(Coordenação)Rafael Soares LeiteTulio Favaro BeggiatodirEtoriA dE ComuNiCAção:Alessandro SimplícioAlmir Hoff mann de LaraLuciano de Quadros Barradas (Coordenação)Weslei VendruscolodirEtoriA JurÍdiCA:Bráulio Cesco FleuryDébora Franco de Godoy AndreisFabiano Haluch Maoski (Coordenação)Marcos Massashi HoritadirEtoriA dE CoNVÊNios:Aline Fernanda FaglioniAna Elisa Perez Souza (Coordenação)Camila Koschanowski SimãoCibelle Diana Mapelli Corral BoiadirEtoriA dE EVENtos:Leandro José CabulonMaria Augusta Paul Corrêa LoboMaria Miriam Martins CuriYeda Vargas Rivabem Bonilha(Coordenação)dirEtoriA dE PrEVidÊNCiA:Claudia PicolloFabio Bertoli Esmanhotto (Coordenação)Flavio Rosendo dos SantosMarcelene Carvalho da Silva RamosdirEtoriA dE PLANos dE sAÚdE:Adriana Zilio MaximilianoFelipe Azevedo BarrosIvan Clóvis de Quadros AssadOctavio Ferreira do Amaral Neto (Coordenação)dirEtoriA dos NÚCLEos JurÍdiCosNA AdmiNistrAção PÚBLiCA:Andrea Margarethe Rogoski Andrade (Coordenação)Gustavo Henrique Ramos FaddaManoel Pedro Hey Pacheco FilhoMoisés de AndradeNÚCLEos dA APEP NAs rEGioNAisdo iNtErior do EstAdo:Londrina: Rafael Augusto Silva DominguesMaringá: Mauricio Melo LuizeFoz do Iguaçu: Marcelo Cesar MacielPato Branco: André Gustavo Vallim SartorelliPonta Grossa: Mariana Cristina Bartnack Roderjan

diReToRia da apep:

que a expansão de seus encargos reverta em atendimento das neces-sidades e respostas aos anseios dos integrantes da carreira.Aliás, nessa direção já sinaliza o ato de compra, pela administração estadual, de um imóvel adequado ao funcionamento, em futuro próximo, da PGE do Pa-raná, fato que atende a uma antiga demanda de todos os integrantes da carreira e da própria APEP.

Mas ainda são pendentes grandes e importantes avanços, como a con-solidação de remuneração compatí-vel com o volume e a relevância do trabalho, que seja fi xada em parâme-tros estáveis, de modo a propiciar se-gurança remuneratória e equilíbrio com as demais carreiras jurídicas, com paridade aos inativos.

Carecemos também de uma nova lei orgânica que seja compatível com o atual perfi l da instituição e da carreira, assim como precisamos

da criação de uma carreira de servi-dores de apoio que venha contribuir para o cumprimento de tarefas se-cundários e de rotina, a possibilitar a otimização ou direcionamento in-teligente do trabalho especializado dos Procuradores.

Em linhas gerais, essas são as me-tas das quais a APEP se ocupa atual-mente, ciente de que a concretização de todas elas depende do trabalho coletivo em prol da consolidação de uma PGE cada vez mais forte e de co-esão associativa em torno dos objeti-vos comuns.

Estamos sufi cientemente articula-dos para que, mesmo com a expan-são da PGE; do t empo de carreira e da local da lotação dos nossos asso-ciados, possamos nos manter guia-dos por objetivos comuns e orienta-dos pela necessidade da preservação dos valores e da história da carreira de procurador do Estado do Paraná.

1

2 3

22 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

PERNAMBUCO

EstAdos

APPE

Entre os dias 15 a 18 de outubro des-te ano acontecerá o XXXIX Congres-so Nacional de Procuradores de Es-tado, que será realizado na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, mais precisamente no Summerville Beach Resort, que fi ca situado a cer-ca de 60 km do Aeroporto Interna-cional dos Guararapes, em Recife.

Apraia de Porto de Galinhas, localizada no Município de Ipojuca, litoral sul do Estado, balneário conhecido em todo

o País, durante 7 anos consecutivos foi eleita como o melhor destino de praia do Brasil, pela Revista Viagem e Turismo.

O evento que é promovido anual-mente pela ANAPE - Associação Na-cional dos Procuradores de Estado está sendo organizado pela APPE – Associação dos Procuradores do Es-tado de PE, que estima a presença de 800 a 1300 participantes no encontro, entre congressistas e acompanhantes.

No último dia 17 de junho, as Di-retorias da ANAPE e da APPE, acom-

panhados por representantes da empresa organizadora, fi ze-ram uma visita técnica ao Hotel Summerville a fi m de conhece-rem as instalações do local do encontro, tendo sido observados os diversos espaços que serão utilizados, especialmente audi-tórios, salas de reunião, espaços para coquetéis, confraterniza-ções e os diversos tipos de apar-tamentos do estabelecimento.

O presidente Marcello Terto esteva acompanhado de Jayme Vil-lela e Fabiana da Cunha Barth, res-pectivamente, 2º Vice-Presidente e Diretora Social da ANAPE. A direto-ria da APPE se fez presente através do seu presidente, Frederico Car-valho e da sua Diretora Financeira, Renata Brayner.

Após a visita, o presidente Marcello Terto expressou que o esforço e tra-balho que vem sendo realizado pela organização do evento, “com certeza, premiará todos aqueles que venham a comparecer ao encontro”.

Para Frederico Carvalho, “a visita foi muito importante para todos nós que estamos a frente da organização, pelo fato de nos terem sido apresen-tadas inúmeras e valiosas sugestões por parte da diretoria da ANAPE, espe-cialmente quando estamos planejan-do tudo nos mínimos detalhes para que nossos colegas de todo o Brasil possam participar de discussões que venham a engrandecer e enriquecer o trabalho de defesa dos nossos Estados, sendo importante dizer que queremos

ainda que todos possam ter agradáveis momentos em Pernambuco, tendo a oportunidade de conhecer um pouco da nossa imensa riqueza cultural”.

A palestra de abertura do Congres-so será realizada pelo Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Já as Conferências dos dias 16 a 18 têm confi rmadas as presenças do Minis-tro Carlos Ayres Britto (16), do Mi-nistro do TCU Benjamin Zymler (17) e do Presidente do CFOAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho (18). A Con-ferência de encerramento aguarda a confi rmação do novo Ministro do STF, Luis Roberto Barroso.

A organização do Congresso tem recebido todo o apoio do Governo do Estado, que através do Procura-dor Geral, Thiago Norões, tem envi-dado todos os esforços a fi m de via-bilizar o encontro.

O prazo para entrega das teses já está aberto e todas as instruções para seu envio e para inscrição no evento podem ser obtidas no site:www.congressoanapeporto2013.com.br.

Porto Galinhas pronto para oXXXiX conGresso nacional

Ministro do STF, Luis Roberto BarrosoGovernador eduardo campos

Ministro do STF, carlos ayres Britto Ministro do Tcu, Benjamin zymler

CRéDITO: NELSON JUNIOR SCO/STF

CRéD

ITO

: NEL

SON

JU

NIO

R SC

O/S

TFCR

éDIT

O: A

GÊN

CIA

SEN

ADO

CRéD

ITO

: AGE

NCI

ABRA

SIL.

EBC.

COM

.BR

23JULHO/2013

Um almoço em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela APERJ na negociação do Precatório MS/351 foi realizado no dia 28 de janeiro, no restaurante O Navegador, no Centro.

Com 42 associados presentes, os Procuradores agradeceram ao presidente da APERJ, Rafael Rolim, e sua diretoria pelo es-

forço e competência. João Laudo de Camargo, organizador do almoço, falou sobre o trabalho da associa-ção: “O MS/351 foi muito importan-te para evidenciar a importância da APERJ, como entidade catalisadora dos interesses dos Procuradores, agindo de forma efi ciente, respon-sável e transparente, apresentando, de forma isenta, opções e alternati-vas para decisão dos procuradores. Certamente um episódio como este fortalece a instituição, consolidan-do sua reputação, inclusive junto a outras categorias que puderam se be-

nefi ciar do resultado das complexas negociações entabuladas”.

Já a procuradora Edilce Pereira comentou a importância da negocia-ção do MS 351: “Lembro que houve uma assembleia em que o Dr. Rafael Rolim disse que era questão de hon-ra dele conseguir concluir o acordo ou encontrar alguma alternativa que fosse possível para que fosse resol-vida essa questão do MS 351. Isso foi muito importante para todos os Procuradores especialmente para

aqueles que hoje são inativos. Receber aquilo que é devido é muito bom”.

Segundo o presi-dente Rafael Rolim, “É uma honra muito grande receber essa homenagem hoje. Sempre tivemos o compromisso de ten-tar solucionar o MS 351 e isso foi possí-vel para um grande

número de Procuradores. Parabenizo toda a diretoria da APERJ e os ex-pre-sidentes que sempre lutaram muito pela vitória no MS 351”, disse.

E aproveitou a oportunidade para solicitar aos associados que se envolvam mais com a associação: “Faço apenas um pedido aqui. Que participem cada vez mais da APERJ. A APERJ sempre se destacou pela união e participação de todos. So-mente assim continuaremos fortes”, frisou Rolim.

RIO DE JANEIRO

EstAdos

APERJ recebeHomenaGem por ms 351

APERJ

CRéDITO: DIVULGAÇÃO APERJ

24 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

EstAdos

O início do ano de 2013, com a edi-ção da Lei Federal nº 12.771/2012, que reajustou o subsídio dos Minis-tros do STF, recolocou a Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul (APERGS) no centro das ações para a manutenção do tra-tamento remuneratório constitucio-nalmente adequado.

As tratativas tiveram início, ain-da nos primeiros dias de 2013, junto ao gabinete da Procura-doria-Geral do Estado, que fez

a interlocução com o governo. O ob-jetivo era que o Executivo enviasse uma proposta para a Assembleia Le-gislativa atendendo à demanda dos Procuradores.

A entidade buscou e obteve apoio ao pleito tanto no Parlamento Gaú-cho - com o presidente da Assem-bleia Legislativa, a Liderança do Governo, e vários outros Deputados, tendo comparecido a reuniões com Parlamentares de todas as bancadas - quanto da Ordem dos Advogados do Brasil, que se manifestou por meio dos Presidentes da Seccional Gaúcha e do Conselho Federal.

Após várias ações da APERGS, o projeto de lei que restou aprovado, por unanimidade, pela Assembleia Legislativa alcançou o percentual de 15% de reajuste também ao subsídio dos Procuradores do Estado, até ja-neiro de 2015.

Na sessão plenária em que votado o projeto, o presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen, ressaltou o trabalho de-

senvolvido pela Associação dentro do parlamento na defesa dos inte-resses do Procu-radores gaúchos. “Registro, com alegria, a presen-ça do Dr. Telmo Lemos Filho e da Dra. Fabiana da Cunha Barth, respectivamente presidente e vice--presidente da As-sociação dos Pro-curadores do Estado do Rio Grande do Sul, lutadores responsáveis por esse crescimento e pelas conquis-tas que haveremos de aprovar hoje aqui”, destacou.

O Presidente da APERGS, Telmo Lemos Filho, relata que a consolida-ção do reconhecimento do mundo político da posição da PGE e dos Pro-curadores no quadro das funções es-senciais à justiça não tem sido fácil. “Somente o trabalho de nossa entida-de de classe e de todos os Procura-dores do Estado no dia-a-dia, cum-prindo com correção e dedicação as competências constitucionais, é que conduziram ao momento atualmente vivido. A manutenção do tratamento remuneratório adequado é uma luta sem quartel”, afirmou.

A Vice-Presidente para Assuntos Institucionais e Políticos da entida-de, Fabiana da Cunha Barth, também se mostrou satisfeita com a conquista. “Desde sempre, mas especialmente

nos últimos seis anos, o trabalho da APERGS foi fundamental para o processo de mudança do tratamento remuneratório dos Procuradores do Estado, que no referido período tive-ram encaminhados pelo Governo e aprovados pelo Parlamento três pro-jetos estabelecendo seu tratamento remuneratório adequado em posição similar aos dos demais membros das funções essenciais à justiça”, frisou.

Além disso, a também Vice-Presi-dente da Comissão Nacional da Ad-vocacia Pública do Conselho Fede-ral da OAB, destacou “ser notório o maior reconhecimento institucional da essencialidade das funções exer-cidas pelos Procuradores por todos os Poderes do Estado do Rio Grande do Sul e demais Instituições Autô-nomas, o que é positivo para os in-tegrantes da carreira, mas essencial-mente para a sociedade”.

SubsídioremUneraçÃo adeQUada: lUTa sem QUarTel

Telmo, Fabiana e a administração da PGE na ALERGS

CRéDITO: MARCOS EIFLER/ALRS

APERGS

RIO GRANDE DO SUL

O Encontro Nacional de Procurado-rias Fiscais, promovido pela Asso-ciação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul (APERGS), em parceria com a Escola Superior de Advocacia Pública (ESAPERGS) e Associação Nacional dos Procura-dores de Estado (ANAPE), teve sua primeira edição realizada em Porto Alegre. O evento, que ocorreu entre os dias 10 e 12 de abril, reuniu re-presentantes de 25 Estados.

Entre os temas que nortearam o Encontro estiveram a gestão do crédito tributário, formas efi ca-zes na cobrança da dívida ativa e

o panorama das execuções fi scais. As palestras e debates foram pautadas no enfrentamento das questões práticas que envolvem tais temas.

O dia da abertura do evento foi mar-cado por um almoço com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que recebeu representantes da classe e destacou o trabalho realizado pela Pro-curadoria-Geral do Estado. “A PGE-RS está trabalhando de maneira magnífi -ca, e esta recepção também é uma ho-menagem ao trabalho de todas Procu-radoras e Procuradores”, afi rmou.

Além da recepção no Palácio Pirati-ni, o lançamento da campanha nacio-nal de fi liações da ANAPE no Rio Gran-de do Sul movimentou a programação do Encontro e contou com a concla-mação do Primeiro Vice-Presidente da entidade nacional, atual Presidente da Associação Estadual, Telmo Lemos Fi-lho, que chamou todos os participan-tes do evento a se integrarem à campa-

nha e efetuarem sua fi liação à ANAPE. “A solução dos principais temas que envolvem a carreira está em nível na-cional e para isso precisamos reforçar nossa entidade, tanto em número de associados quanto em volume de re-cursos”, ressaltou.

Segundo Telmo Lemos Filho, o En-contro Nacional de Procuradorias Fis-cais constituiu-se em grande evento, especialmente pela representativida-de massiva dos Estados. “Os Procura-dores que participaram voltaram para as suas terras satisfeitos com a troca de experiências e conclusões dos de-bates. A realização conjunta com a ANAPE foi fundamental para o sucesso do Encontro.”, ponderou.

A Vice-Presidente para Assuntos Institucionais e Políticos da APERGS, Fabiana da Cunha Barth, destacou a necessidade de eventos como esse no sentido de unir a classe e trocar ex-periências. “Com esse contato entre colegas, trocamos não só experiências técnicas e jurídicas, mas também expe-riências relacionadas ao dia-a-dia, aos anseios dos Procuradores”, explicou.

O Diretor Classista da ESAPERGS, Max Möller, que atuou ativamente na organização do Encontro, defi niu-o como a concretização de uma intenção coletiva. “O evento teve grande êxito porquanto a ideia de sua realização há muito tempo vem sendo gestada pelos colegas de todo o País nos Congressos Nacionais”, enfatizou.

Ao fi nal do Encontro Nacional de Procuradorias Fiscais, o Presidente da ANAPE, Marcello Terto, anunciou em conjunto com o Procurador do Es-

tado Coordenador da Área Fiscal da PGE-BA, Elder dos Santos Verçosa, ofi cialmente autorizado pela Chefi a da Instituição, a disponibilidade da PGE-BA em organizar, em parceria com a ANAPE, o próximo Encontro de Pro-curadorias Fiscais, o que foi acolhido por aclamação entre os participantes.

Rio Grande do Sul sediaenconTro nacional de procUradorias fiscais

Evento realizado em Porto Alegre reuniuprocuradores de 25 estados

Governador Tarso Genro recebeu procuradores

Apresentação da Campanha Nacional de Filiação

Governador Tarso Genro recebeu procuradores

CRéDITO: KIKO COELHO

26 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

SÃO PAULO

EstAdos

APESP

Comemorou-se em maio um ano de vigência da LAI ou Lei de Acesso à Informação ou ainda Lei da Transparên-cia (Lei 12. 527/2011).

Marco jurídico dos mais signifi cativos de nosso tempo, a LAI é instrumento legal que impõe ao Estado bra-sileiro a publicidade como regra e o sigilo como ex-ceção. Mais que isso, a LAI, em seu artigo 3º, inciso

II, para ser precisa, determina “a divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações”.

País afora, diversos eventos estão agendados para feste-jar a data. Parceira, juntamente com diversas entidades da sociedade civil, da Rede pela Transparência e Participação Social, a APESP abrigou, no dia 16/05, em sua sede a cele-bração organizada pela RETPS, acolhendo a Mesa de Diá-logo, “Um ano da Lei de Acesso à Informação: balanço dos avanços e desafi os”. O evento foi aberto ao público.

Para além do direito posto, o franco acesso à informação constitui-se em valor ético essencial para todos que profes-sam os ideais democráticos, que têm em seu semelhante um igual e que acreditam na construção coletiva da sociedade.

Nessa perspectiva, a introdução no ordenamento jurídico de norma que confere como regra o acesso praticamente ir-restrito das pessoas às informações dos fatos, atos e negócios do Estado, signifi ca a introjeção direta de substrato ético fun-damental no direito formalmente normatizado, signifi ca aco-lher o respeito e a confi ança no outro como valor inalienável da sociedade, signifi ca reconhecer o outro como integrante e artífi ce do todo, signifi ca, enfi m, conferir instrumento de efetividade para o pleno exercício de nossa cidadania.

Mas enquanto a APESP, entidade de classe representativa dos Procuradores do Estado de São Paulo, abre suas portas para as necessárias celebrações e importantes discussões so-bre a Lei de Acesso à Informação, a Procuradoria Geral do Estado, por seu comando, protagoniza uma das páginas mais infelizes de nossa história.

Isto porque, depois de elaborar sozinho projeto de nova

Lei Orgânica reguladora da PGE/SP sem qualquer interlocu-ção com os pares; depois de difi cultar e limitar ao máximo toda e qualquer discussão da carreira sobre o tema; depois de encaminhar ao governo a proposta mesmo com a oposi-ção amplamente majoritária dos procuradores paulistas; esse comando ainda se sentiu confortável para anunciar, publica-mente, que promoveu novas alterações no projeto, mas que não dará acesso à classe, nem a ninguém, além do governo, dessas informações.

Assim, na instituição que é o braço jurídico do Estado, na instituição que pode fazer toda a diferença para a efetiva aplicação dessa lei, na instituição, portanto, que deveria ser a primeira a garantir o mais amplo Acesso à Informação, ze-lando pela plenitude do exercício da cidadania, tramita hoje um projeto de lei secreto sobre os seus próprios desígnios.

Tão secreto, aliás, que é desconhecido não apenas das en-tidades de classe, dos profi ssionais de banca da Procurado-ria, mas que é secreto para parte da própria cúpula da insti-tuição, vale dizer, para os Conselheiros eleitos integrantes do Conselho da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo. Tão secreto que tramita no Palácio dos Bandeirantes ofício subs-critos por esses Conselheiros e endereçado diretamente ao Sr. Governador pleiteando o retorno do projeto ao Conselho para análise em respeito não apenas à LAI, mas em respeito a direito de opinar inscrito expressamente na Lei Orgânica da instituição desde 1986. Tão secreto que principalmente a sociedade paulista, o povo de São Paulo, não faz a mais remota ideia do que estamos falando.

Diante de tudo isso, o que me vem à cabeça são alguns versos esparsos da poesia inteligente de Caetano em sua ele-gia a Sampa:

“(...) Do povo oprimido nas � las, nas vilas, favelas

Da força da grana que ergue e que destrói coisas belas,

Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas, (...)

Porque és o AVESSO DO AVESSO DO AVESSO DO AVESSO.”

*Presidente da Apesp

o avesso, do avesso,do avesso, do avessoMárcia Semer*

Márcia Semer

27JULHO/2013

A Procuradora-Geral de Justiça do Tocantins, Vera Nilva ÁlvaresRocha Lira, recebeu em audiên-cia no dia 18 de abril, o presidenteMarcello Terto que estava acompa-nhado do diretor de convênios da entidade, Frederico Dutra e do presi-dente da APROETO, Sérgio do Valle.

Na ocasião foi discutida a necessi-dade de defi nição de um enten-dimento sobre a responsabiliza-ção dos advogados públicos nas

ações e procedimentos consultivos. Terto lembrou que a responsabi-

lização dos Procuradores é assunto presente no Congresso Nacional onde tramitam os projetos de leis 6.876/06 e 2.650/11 sob a relatoria do Deputa-do Vieira da Cunha – PDT/RS -, que buscam disciplinar os efeitos da par-ticipação dos órgãos consultivos da advocacia pública em processos ad-ministrativos, restringindo a respon-sabilidade dos pareceristas a casos de dolo e fraude.

Sensível ao problema que pode gerar entrave ao desenvolvimento do Estado, Vera Nilva defendeu a abertura de um canal de diálogo sobre o assunto e pro-pôs na realização de seminário conjun-to com a participação de juristas para discutir o tema. O assunto também foi o ponto central da reunião de mais de uma hora com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, José Praxedes, onde tramitam processos responsabilizando Procuradores tocan-tinenses. Na oportunidade, Terto, ex-

primiu a preocupação quanto a trans-mutação do Advogado Público em réu. “O fato de o Procurador prestar concur-so público não faz com que ele deixe de ser Advogado, assim como o fato de orientar as ações dos administradores não o transforma em gestor público ou ordenador de despesas”, argumentou.

Terto observou ainda que a respon-sabilização do Procurador de Estado pode produzir conseqüências inde-sejáveis para o desenvolvimento dos Estados. “Não estamos fazendo defesa de casos específi cos, só que se o Pro-curador passar a ser réu nos processos nenhum estará a vontade para oferecer parecer nas questões licitatórias e isso vai acabar gerando prejuízo para as po-líticas públicas”, concluiu.

Por fi m, no encontro com o Procu-rador-Geral do Estado do Tocantins, André Luiz de Matos Gonçalves, Ter-to pôde abordar os temas de interesse da classe e a interface mantida com as demais instituições. Também relatou sobre a situação da classe nos demais estados quanto ao Fundo de aparelha-mento, advocacia e a questão de hono-rários. Após visitar as instalações da

PGE, se reuniu para conversar com os colegas por quase duas horas, quando fez um relato da atuação da entidade nacional junto ao Congresso Nacional e aos Tribunais Superiores, principal-mente, no TCU (Tribunal de Contas da União) onde tramitam processos responsabilizando Procuradores pela emissão de pareceres em contratos li-citatórios envolvendo verbas federais.

Por fi m, observou que a receptivida-de tem sido positiva, inclusive com a possibilidade de o ministro Benjamin Zymler participar como palestrante no Congresso Brasileiro de Procuradores, em outubro, em Porto Galinhas.

TOCANTINS

EstAdos

Seminário interinstitucionaldiscUTirÁ responsabilizaçÃodos advoGados públicos

Com o PGE do Tocantins

Em audiência com o Presidente doTribunal de Contas do Tocantins

Procuradora-Geral de Justiça propõerealização de seminário interinstitucional

APROETO

28 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

PARECERISTAS

Os limites para a responsabilização dos advogados públicos na área con-sultiva foram objeto de audiências da ANAPE e das associações esta-duais com Ministros do Tribunal de Contas da União.

OPresidente da ANAPE, Marcello Terto, acompanhado do dire-tor de prerrogativas, Marcos Savall, e do presidente da As-

sociação dos Procuradores das Ala-goas, Roberto Mendes Filho, deram início a uma série de audiências com os Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), para manifestar a preocupação da classe com transfor-mação dos autores de pareceres dos processos de licitação em réus nos processos de controles de contas.

No dia 1º de abril, em audiência com o ministro Benjamin Zymler, foi manifestada a aflição dos Procu-radores de Estado de todo País quan-to à insegurança jurídica gerada pela inexistência de parâmetros claros dos limites para a responsabilização daqueles que emitem pareceres jurí-dicos em obras e projetos estaduais licitados que, posteriormente, sejam classificados como divergentes dos entendimentos dos técnicos de con-trole externo do TCU.

Terto observou ao ministro que a inviolabilidade funcional e a inde-pendência técnica na construção do entendimento jurídico emitido por Procurador, desde que devidamen-te fundamentado, são prerrogativas

inerentes ao cargo e consequência da respectiva essen-cialidade à justiça. “Imputar ao pare-cerista a responsa-bilização em fun-ção da emissão de seu entendimento jurídico, não ha-vendo a comprova-ção de dolo ou frau-de, é um atentado ao livre exercício profissional”, argu-mentou Terto.

Por sua vez, o ministro disse compartilhar desta preocupação e observou que a ju-risprudência da Casa é recente e ainda suscita discussões internas, colocando-se à disposição para de-bater o tema.

Na audiência com o ministro Aroldo Cedraz, em 02 de abril, rela-tor de processos envolvendo Procu-radores, Terto, explanou as preocu-pações da classe e reiterou o papel do advogado público e a natureza jurídica dos pareceres por eles emi-tidos, que nada mais são do que uma aferição técnico-jurídica. Ou seja, o Procurador ao exercer o seu mister não pratica qualquer ato de gestão, muito menos desempenha o papel de ordenador de despesa.

Terto demonstrou a preocupação com o risco de comprometimento da criatividade inovadora ineren-te à dialética jurídica e do engessa-

mento da carreira atemorizada pela insegurança no exercício das suas funções e incumbências constitucio-nais. “Se o Procurador perde a sua capacidade de divergir e defender o Estado, ficam comprometidos os próprios avanços administrativos, sociais e econômicos, somente pos-síveis de alcançar através do embate necessário à construção das soluções jurídicas para as demandas estatais”, concluiu.

Na ocasião, o Diretor de Prerro-gativas, Marcos Savall , observou que: “Um Procurador não tem com-petência técnica para detectar, por exemplo, que alterações pontuais em planilhas de projetos complexos de engenharia possam ter produzido aumento ou diminuição da extensão de uma adutora, num determinado momento de aditamento contratual, caso os técnicos competentes e ha-

APE/AL e ANAPE visitam ministros do TCU

Responsabilização de pareceristas:anape mobilizada defende inviolabilidade da classe

29JULHO/2013

ANAPE recebida em audiência pelo Presidente do TCU - Augusto Nardes

Audiência com o Ministro Aroldo Cedraz

bilitados não prestem objetivamente essa informação”.

O ministro Cedraz revelou ter consciência de quão sensível é o tema, da relevância do exercício in-dependente das funções dos advo-gados públicos e da importância da definição clara dos limites para a res-ponsabilização desses profissionais. Aproveitou para observar aos presen-tes a relevância do trabalho realizado pelos Procuradores do Estado Bahia, quando esteve à frente da Secretaria de Infraestrutura do seu Estado, por ocasião da instalação da planta auto-motiva da Ford no pólo de Camaçari.

Já no encontro com o Procurador--Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, acompanhado do Se-cretário-Geral do Conselho Consulti-vo da ANAPE, Luiz Henrique Sousa de Carvalho, Terto mencionou o caso em que Procuradores do Estado de Ala-goas foram indicados pela auditoria técnica do TCU por não haverem per-cebido alterações quantitativas disfar-çadas de qualitativas e transfigurações do objeto do contrato para construto-ra de uma adutora de 45 km. Lembrou a necessidade de se reconhecer o pa-pel dos Procuradores, que são respon-sáveis pela orientação jurídica dos órgãos e entidades dos Estados e do

DF, e não têm forma-ção técnica e muito menos apoio profis-sional de técnicos de outras áreas para refutar declarações oficiais a respeito de dados constan-tes de planilhas de obras complexas. “Uma coisa é perce-ber que se desnatu-rou um contrato de compra de canetas, outra bem diferen-te é possuir habilitação técnica para minudenciar os efeitos de alteração, supressão ou substituição de itens de planilhas de obras grandiosas de en-genharia”, argumentou.

Por sua vez, Luiz Henrique fez re-ferência aos projetos de leis 6.876/06 e 2.650/11, sob relatoria do Deputa-do Vieira da Cunha – PDT/RS -, na Câmara dos Deputados, que alme-jam também disciplinar os efeitos da participação dos órgãos consultivos da advocacia pública em processos administrativos, restringindo a res-ponsabilidade dos pareceristas a ca-sos de dolo e fraude.

Lucas Rocha Furtado garantiu que analisará com bastante cuidado o caso concreto e reconheceu a impor-

tância da promoção de um debate institu-cional a respeito do assunto, sobretudo neste estágio em que boa parte dos inves-timentos das outras unidades federadas estão à mercê da ju-risdição do Tribunal de Contas da União, considerada a ori-gem dos recursos.

audiência no Tcu

Já no dia 15 de abril, a direção da anape foi recebida em audiência pelo presidente do Tribunal de contas da união, João au-gusto Ribeiro nardes e, em seguida pelo ministro Raimundo carreiro. ambos ma-nifestaram sua preocupação com o tema e a necessidade da realização de encontros para debater o assunto e encontrar meca-nismos para tentar solucionar o problema.

a anape juntou memoriais e requereu o ingresso da entidade como parte interes-sada na instrução e discussão de processo cujo objeto versa a responsabilidade de advogados públicos da área consultiva, com importante construção teórica funda-da em precedentes do Supremo Tribunal Federal, em parecer do conselho consulti-vo da anape e nas súmulas da comissão nacional da advocacia pública do conse-lho Federal da oaB.

em oportunidades diferentes participaram das audiências os procuradores Luciana Frias dos Santos e Gentil de Souza neto (aL), e a presidente do conselho delibera-tivo, Santuzza da costa pereira (eS).

30 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

FILIAÇÃO ANAPE

Sexta-feira, 21 de junho, 15 horas. Teve início no auditório da sede da PGE do Paraná, a última etapa, no primeiro semestre de 2013, da Cam-panha Nacional de Filiação.

Desta vez, no formato de seminá-rio para discutir “Experiências Associativas Bem Sucedidas” através de painéis que conta-

ram com a participação de convida-dos, entre eles o Procurador-Geral, Julio Cesar Zem Cardozo, que abor-dou a importância da união asso-ciativa, e a Secretária de Estado de Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes na qualidade de ex-Pre-sidente da Associação Nacional do Ministério Público.

Na oportunidade, a Presidente da APEP, Eunice Scheer, lembrou aos presentes que a conscientização da classe precisa estar presente no dia-a--dia, e, não apenas nos momentos de crise institucional ou remuneratória.

Iniciada em março, no Amazonas, durante a reunião dos Presidentes das Associações de Procuradores da Região Norte, com a ambiciosa meta de associar a totalidade dos quase 6 mil Procuradores de Estado, o Pre-sidente da ANAPE, Marcello Terto, o Diretor de Filiação, Cláudio Cai-ro Gonçalves e os Vice-Presidentes, Telmo Lemos Filho e Jaime Nápoles Villela, percorreram mais de 10 mil quilômetros neste período.

Os resultados já começam a sur-gir: 200 novos associados e o retor-no aos quadros associativos de ou-

tros 400 colegas. Apenas em Mi-

nas Gerais, segundo estado a conhecer as metas da campanha e a atuação da enti-dade em defesa das prerrogativas dos Procuradores, 92 novos colegas recém egressos de concur-so se fi liaram. Moti-vo de regozijo para o presidente Jaime Nápoles Villela: “Dos 461 associa-dos da APEMINAS, 443 são também fi liados à ANAPE, al-cançando a taxa de 96% de adesão, e zero inadimplência’, comemora.

Nos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, a campanha de fi liação foi apresentada aos colegas duran-te Assembleia-Geral Extraordinária. Na capital fl uminense, o Diretor de Filiação, Cláudio Cairo Gonçalves, apresentou um raio-x do quadro de associados que atualmente conta com a adesão de 3.332 Procuradores e des-tacou a importância da união da clas-se e os benefícios que a ANAPE esta oferecendo aos fi liados, como seguro de vida, previdência complementar, biblioteca virtual, entre outros.

Em São Luís, coube a Telmo Lemos Filho explicar que em compa-ração às demais carreiras essenciais à justiça, a Advocacia Pública esta-dual é, proporcionalmente, a menor e a mais carente em recursos fi nan-

ceiros para fazer frente aos desafi os que se apresentam. “A adesão de to-dos os colegas do País é importante para que continuemos atuando para garantir a manutenção dos patama-res remuneratórios e trabalhar pela conquista da independência técnica da classe e a autonomia das Procura-dorias Gerais, mecanismos impres-cindíveis ao exercício da Advocacia Pública”, destacou.

O apelo obteve resposta imediata com a adesão de 16 colegas mara-nhenses e a manifestação do presi-dente Daniel Blume quanto à inten-ção da ASPEM de até o fi nal do ano contar com todos os Procuradores do Maranhão fi liados a ANAPE.

Já no Rio Grande do Sul a conquis-ta de novos associados aconteceu durante a realização do Encontro Nacional de Procuradorias Fiscais e contou com o apoio e participação do

Diretor de Filiação, Cláudio Cairo Gonçalves, apresentou a campanha durante evento no RS

Campanha de Filiação600 novos associados

CRéD

ITO

: KIK

O C

OEL

HO

peçaS puBLiciTáRiaS

• A primeira com uma figura masculina mostra a importância da união através de uma rede de contatos. Subliminarmente lembra a convocação “conto com você”.

• A segunda, com a figura feminina de-monstra a conquista do espaço pelas mu-lheres e a satisfação por pertencer a uma classe forte que tem suas prerrogativas asseguradas pela carta Magna.

• A terceira, uma peça lúdica, apresenta uma fila de formigas, escolhidas por sua força e união na execução das tarefas.

além disso, os associados também re-cebem um adesivo para carros. peça de campanha que está sendo distribuída ape-nas aos procuradores associados como forma de engajá-los na campanha de sen-sibilização aos colegas não filiados. o ade-sivo traz a frase “eu sou filiado. e você?”

por fim, o processo de filiação pode ser fei-to também através do site com o preenchi-mento do formulário on-line.

não fique de fora: www.filiacaoanape.org.br

Procuradores conhecem campanha durante AGE da ASPEMApresentação da Campanha durante AGE no Rio de Janeiro

Procurador-Geral, Carlos Henrique Kaipper, que ao se manifestar aos pre-sentes, fez questão de alertar que as-segurar uma entidade viável financei-ramente é a garantia de uma carreira atuante e fortalecida perante os entes políticos, principalmente, para a ma-nutenção das prerrogativas em vigor.

Para Terto, a caravana que está viajando todo o País para divulgar a campanha de filiação é o instrumento mais eficaz para conquistar a adesão dos Procuradores que ainda não inte-gram os quadros da entidade e, assim, continuar atuando para garantir a ma-nutenção dos patamares remunerató-rios e trabalhar pela conquista da in-dependência técnica da classe e pela autonomia das Procuradorias Gerais, mecanismos imprescindíveis ao exer-cício da Advocacia Pública.

Terto lembra ainda que a defesa das prerrogativas da classe tem sido a principal demanda da atual gestão da ANAPE. Por isso, a divulgação da Campanha de Filiação é feita com o apoio das associações estaduais e das PGE´s através de cartazes que são afi-xados nas regionais convidando os colegas a associar-se.

32 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

CAPA

“A atuação conjunta com as repre-sentações estaduais em defesa das prerrogativas dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal tem se mostrado uma ação exitosa”

Aavaliação é do Presidente da ANAPE, Marcello Terto. Desde o início da atual gestão, a en-tidade nacional foi acionada

para atuar não apenas em Brasília, junto aos tribunais superiores, mas “in loco” nas diferentes unidades da federação como forma de pressão e de demonstração da preocupação com a gravidade dos atos praticados contra a classe.

Em Roraima, a ação impetrada pela APROR e a ANAPE foi acatada pelo pleno do Tribunal de Justiça assegurando aos Procuradores a prá-tica da advocacia conforme previsto no estatuto da OAB. Na ocasião, a Ação Direta de Inconstitucionalidade havia sido movida contra ato da As-sembleia Legislativa do Estado de Ro-raima que publicou - extemporanea-mente - a derrubada de veto em Lei Complementar Estadual, sancionada há nove anos, para proibir o exercício da advocacia aos procuradores.

Em decorrência do decurso de pra-zo, o pleno considerou a publicação como afronta às normas constitucio-nais, capaz de ocasionar a preclusão do ato e entendeu ainda que proibir o exercício da advocacia aos procu-radores do Estado após nove anos de permissão poderia causar prejuízos imensuráveis àqueles procuradores que advogam e aos seus clientes.

Já na ação envolvendo a classe no estado de Minas Gerais, a conquista

foi obtida através de decisão do Mi-nistro do STF, Teori Zavascki, que, ao deferir o pedido de liminar impe-trado pela ANAPE e a AGE-MG sus-pendeu os efeitos da decisão do juízo da 6ª Vara da Fazenda Estadual da Comarca de Belo Horizonte determi-nando a aplicação de multa e o des-conto em folha a duas Procuradoras de Estado que estavam no exercício regular de suas funções.

Na oportunidade, Terto destacou o pioneirismo da ação conjunta e, reiterou a intenção da entidade na-cional de provocar o CNJ para evitar episódios semelhantes: “Entende-mos que essas decisões de primeira instância visam apenas constranger o Advogado Público como forma de pressão para atingir o cliente, no caso o ente Estado”, ponderou.

Já na Ação Civil Pública nº 2413-43-2013, a pedido da APER, a ANAPE conquistou a rescisão do contrato do escritório de advoca-cia que havia sido contratado para exercer serviços exclusivos da PGE/

RO, repetindo o sucesso da atuação

em Rondônia, em 2012.

No Congresso Nacional, a entida-

de mantém contatos rotineiros com

Deputados e Senadores para tratar

dos temas de interesse da Advocacia

Pública que tramitam nas duas casas.

Com três PECs tramitando em dife-

rentes comissões do Senado, a ANAPE

e as associações estaduais intensifi-

caram os encontros e recentemente

foram recebidas pelos Senadores Lo-

bão Filho (PMDB/MA), Cássio Cunha

Lima (PSDB/PB), Vital do Rego

(PMDB/PB), Gim Argello (PTB/DF),

Welington Dias (PT/PI), Lindbergh

Farias (PT/RJ), Benedito de Lira (PP/

AL), Ana Amélia Lemos (PP/RS),

Ana Rita (PT/ES), José Pimentel(PT/

CE), Ciro Nogueira (PSDB/GO), Ran-

dolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Moza-

rildo Cavalcanti (PTB/RR).

Prerrogativas:aTUaçÃo conjUnTa se mosTra posiTiva

Audiência no STF em ação da Paraíba

a atuação das entidades, no entanto, não se concentra apenas no ingresso das ações. os pedidos de audiências com Ministros fazem parte do cotidiano dos presidentes. em março, Terto acom-panhado da presidente da aspas, Sanny Japiassú, e dos advogados cezar Britto e antonio Rodrigo Machado de Sousa, foi recebido pelo Ministro celso de Mello, relator da adi 4843/pB, que tem como objetivo declarar a inconstitucionalidade dos dispositivos da lei estadual da pa-raíba 8.186/2007 e das leis posteriores que a modificaram, sobretudo no que se refere à criação de 63 cargos em comis-são de “consultor jurídico do governo”, “coordenador da assessoria Jurídica” e

“assistente jurídico”.a usurpação da função de procurador

através da nomeação de um correge-dor comissionado provocou o pedido de audiência com o Ministro antônio dias Toffoli, relator da adi 4898/ap. na opor-tunidade, acompanhado dos presidentes da apeap, Julhiano avelar, e da apeRGS, Telmo Lemos Filho, e do advogado Ro-drigo Machado, Terto esclareceu ao Mi-nistro que as normas constitucionais do amapá não confrontam os precedentes do STF, pelo contrário, harmonizam-se com eles, que consideram a possibili-dade de as ordens estaduais estabele-cerem avanços institucionais às respec-tivas procuradorias-Gerais, a exemplo

da prerrogativa do procurador-Geral do estado de carreira (adi 2581/Sp).

avelar, por sua vez, observou que a politização da função correcional da atividade jurídica do estado do amapá compromete a independência técnica exigida de todo advogado, sobretudo aqueles que têm o papel de orientar juridicamente e defender judicialmente sua unidade federada.

o foco agora é concentrar forças para a inclusão na pauta de adis que tenham como objeto a usurpação de funções ex-clusivas dos procuradores, a exemplo da adin 3744/Go. a anape aguarda para fa-zer a sustentação oral na adpF nº 97/pa, que consta da pauta do STF desde maio.

Audiência com o Presidente do Senado, Renan Calheiros, e encontros com senadores e deputados para tratar de temas do interesse dos Procuradores

audiênciaS coM MiniSTRoS

34 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

AGENDA

As direções da ANAPE e das associa-ções estaduais apresentaram no dia 14 de maio, durante jantar no restau-rante Miró, em Brasília, a Agenda Política da entidade contendo as pro-posições de interesse dos Procurado-res, aos parlamentares mais identifi-cados com os temas da carreira.

As boas-vindas foram dadas pela Diretora Social, Fabiana da Cunha Barth, que agrade-ceu os presentes por terem

acolhido o convite, mesmo com a Câmara dos Deputados estando em processo de votação da MP dos Por-tos, naquele momento.

O Presidente Marcello Terto fez um breve relato da situação em que se encontra a Advocacia Pública, uma vez que as PGEs e os Procura-dores de Estado não possuem auto-nomia, nem independência técnica, prerrogativas consideradas indis-pensáveis para o pleno exercício das funções. Na ocasião, Terto entregou a cartilha elaborada pela entidade com os projetos que tramitam no Congresso Nacional (Câmara e Sena-do) de interesse da ANAPE. A carti-lha apresenta aos parlamentares as prioridades – projetos de interesse direto pela aprovação, em seguida as propostas que ferem e ou fragili-zam as conquistas já obtidas pelos Procuradores e que a ANAPE defende a rejeição das matérias e, por fim, as matérias diversas que tramitam nas

duas casas e que abordam temas de interesse direto da ANAPE.

Compareceram ao encontro e reafir-maram seu compromisso e apoio aos pleitos dos Procuradores de Estado, os Deputados Federais Lelo Coimbra (PMDB-ES), Paulo Foleto (PSB-ES), Vieira da Cunha (PDT-RS), Jerônimo Göergen (PP-RS), Alessandro Mo-lon (PT-RJ), Wilson Santiago Filho (PMDB-PB), e o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia Pública, Fábio Trad (PMDB-MS).

Os parlamentares responderam ain-da ao questionário sobre as perspecti-vas da Advocacia Pública na Câmara dos Deputados. Confira, nas próximas páginas, o que cada um respondeu:

Jantar reúneparlamenTares para conHeceraGenda políTica da anape

Terto apresenta agenda de prioridades

deputado Jerônimo Göergen

enTReViSTa

considerando que a advocacia pública é uma função essencial à justiça imprescindível à realização da democracia e dos valores republicanos, como o senhor avalia o fato de que, institucionalmente, a advocacia pú-blica seja a única carreira jurídica de estado ainda carente de autono-mia administrativa, financeira e orçamentária?

depuTado JeRôniMo GöeRGenÉ necessário que seja assegurado as prerrogativas e funções da Advocacia Pública, para poder gerar equilíbrio no tratamento constitucional entre as denominadas Funções Essenciais à Justiça.

depuTado LeLo coiMBRaAs condições de organização do segmento e as oportunidades para exercitá-las não tornavam possível dar este passo, fato que se apresenta na conjuntura atual.

depuTado VieiRa da cunhaLastimável. A advocacia pública deve ser encarada como atividade de Estado. Dotar a advocacia pública de autonomia administrativa, financeira e orçamentária é contribuir para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito em nosso país. Os Procuradores não podem ser vistos como defensores dos interesses dos governantes de plantão, e sim dos princípios republicanos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência expressos na Lei Maior.

depuTado aLeSSandRo MoLonNós avaliamos que o fortalecimento da Advocacia Pública é um desafio imprescindível que pode e deve ser vencido, em prol da garantia dos direitos dos administrados. A previsão de autonomia administrativa, financeira e orçamentária é o passo necessário para a concretização daqueles direitos e para a renovação desta instituição pública.

a incapacidade de planejar e organizar seus serviços, sem a ingerência grave de outros agentes transitórios de governo, pode comprometer o exercício indepen-dente das funções do advogado público?

depuTado JeRôniMo GöeRGenCreio que sim, por isso a necessidade de aprovar a PEC 452/2009, para aperfeiçoar o sistema da Advocacia Pública, assegurando a independência técnica aos Advogados Públicos.

depuTado LeLo coiMBRaSem dúvidas. Há a necessidade de liberdade administrativa e material para criar as condições de exercício independente do advogado público.

depuTado VieiRa da cunhaCom certeza. A independência do Advogado Público está diretamente relacionada à autonomia administrativa e financeira da Instituição. Exatamente por isso, aqueles que não têm uma visão republicana do Estado querem uma Advocacia Pública dependente dos governantes, um órgão subordinado que se presta a ingerências e a pressões políticas.

depuTado aLeSSandRo MoLonCertamente. Assegurar a autonomia da instituição (em seus aspectos administrativo, financeiro e orçamentário) possibilita o cumprimento de seu mister constitucional, sem freios políticos que, eventualmente, possam incidir sobre sua atuação no concerto de Poderes do Estado. A Advocacia Pública deve estar totalmente comprometida com a representação, judicial e extrajudicial, dos bens públicos, de sorte que esta representação seja realizada em prol de interesses republicanos, jamais sujeitando-se ao alvedrio de circunstâncias políticas isoladas.

deputado Lelo coimbradeputado Vieira da cunha

deputado alessandro Molon

36 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

a Fazenda pública é a grande responsável pela obstrução do poder Ju-diciário. a banalização do litígio pelo poder público, que deveria dar o exemplo, responde por mais de 50% das demandas judiciais. a virada para a cultura do consenso na administração pública, respeitadora dos direitos dos seus administrados, dispensa o fortalecimento institucional da advocacia pública, nos moldes já encontrados no Ministério público e na defensoria pública?

depuTado JeRôniMo GöeRGenA advocacia pública precisa ter autonomia nos moldes das outras instituições, para que assim possa atuar e orientar de forma imparcial os administradores a reduzir o passivo judicial, o que será positivo para todo o sistema judiciário.

depuTado LeLo coiMBRaInexiste uma cultura institucional de executivo que trate o litígio com profissionalismo e dentro dos marcos do estado de direito moderno. É preciso que essa cultura construída no cotidiano seja um dos papeis que a autonomia da advocacia pública pode e deve exercitar, além do controle social.

depuTado VieiRa da cunhaPelo contrário. A cultura da conciliação exige uma Advocacia Pública fortalecida institucionalmente, uma vez que compete a ela, nos termos da Constituição, exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

depuTado aLeSSandRo MoLonEm absoluto. O fortalecimento das instituições públicas apenas corrobora o espírito do constituinte de 1988, de construção de um Estado robusto e comprometido com a concretização de direitos na ordem democrática. Fortalecer a Advocacia Pública corresponde àquele ideal e possibilita a renovação, também, do Poder Judiciário, que passaria a contar com um interlocutor totalmente voltado às atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo segundo suas próprias diretrizes institucionais e em benefício de todos os administrados.

Quais expectativas para a instalação da comissão especial destinada à apreciação do mérito da pec-452/2009, a pec da autonomia da advocacia pública?

depuTado JeRôniMo GöeRGenÉ importante a instalação da comissão para que o tema seja debatido de forma profunda e para que tome corpo para ser votada e aprovada.

depuTado LeLo coiMBRaO mais rápido possível. No momento o rito é de que os partidos indiquem seus membros para a Comissão Especial. A partir daí os trabalhos ganharão celeridade.

depuTado VieiRa da cunhaSão boas. Compete ao Presidente da Câmara instalar a Comissão Especial. O Presidente Henrique Eduardo Alves tem imprimido um ritmo intenso de trabalho ao Parlamento desde que assumiu, e os temas relevantes e de interesse da sociedade têm sido pautados para o debate democrático e deliberação. Pela indiscutível importância do tema da autonomia da Advocacia Pública, espero que a Comissão Especial da PEC 452 seja instalada o quanto antes. Vou trabalhar para isso.

depuTado aLeSSandRo MoLonA Proposta de Emenda à Constituição - PEC nº 452/2009, de autoria do ilustre Deputado Federal Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), teve sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados e se encontra, atualmente, na Mesa Diretora da Casa, aguardando a constituição de Comissão Especial para análise de seu mérito. Uma vez que este ato é exclusivo da Mesa Diretora, a reivindicação junto aos parlamentares para sua apreciação, constituição e votação é o caminho mais persuasivo e eficiente, juntando-nos, desde logo, ao corpo de parlamentares que defendem e defenderão sempre esta causa tão nobre e necessária.

37JULHO/2013

ANAPE

INNOVARE

A inclusão de uma categoria pró-pria para a Advocacia Pública no prêmio Innovare foi reivindicada pelo presidente da ANAPE, Mar-cello Terto, em reunião com o pre-sidente do Conselho Superior Car-los Ayres Britto, em Brasília, no dia 13 de maio.

Na oportunidade, Terto relatou a visita feita a sede da Inno-vare, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, em meados

de março, quando foi recebido pela coordenadora do Prêmio Innova-re, Raquel Khichfy, e manifestou o interesse das entidades represen-tativas da Advocacia Pública, nas três esferas (municipal, estadual e federal), em serem contempla-das com a criação de uma catego-ria própria. Receptivo ao pleito,

Ayres Britto disse que havia recebi-do a correspondência pleiteando a criação da nova categoria, mas que infelizmente, já haviam lançado a edição de 2013. Britto ressaltou ainda, a mudança que o Innovare implementará esse ano ao permitir que qualquer área participe da categoria Prê-mio Especial. “Queremos dialogar com outros seto-res, romper barreiras”.

Ao final, assegurou que as chances de o Innovare instituir a nova categoria “Advoca-cia Pública” para 2014 são grandes. “É preciso fomentar novas práticas para que a Advocacia Pública pos-sa contribuir efetivamente com a

melhoria do sistema de Justiça”, comemorou Terto. Na última edi-ção, a Procuradora de Estado do

Rio Grande do Sul, Ana Cris-tina Brenner, coordenadora da Procuradoria de Liquidação e Execução (PLE), inscrita com o trabalho “Implantação da execução invertida nas ações contra a Fazenda Pública”, na categoria Advocacia, recebeu menção honrosa. A execução invertida objetiva implantar uma forma de atuação simpli-ficada nos processos judiciais

na fase de execução. A reunião foi acompanhada pelo

Secretário-Geral do Conselho Con-sultivo da ANAPE, Luiz Henrique Sousa de Carvalho.

Advocacia Pública emcaTeGoria própria na ediçÃo2014 do prêmio innovare

Reunião com a coordenadora do Prêmio Raquel Khichfy

Presidente do Conselho do Innovare Carlos Ayres Britto

38 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

30 ANOS

A Associação Nacional dos Procura-dores de Estado (ANAPE) comemo-ra, em 2013, 30 anos de existência. Criada em 14 de janeiro de 1983, na sede da Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul, a entidade que repre-senta a classe atua na defesa da car-reira de forma efetiva e marcante.

Ao longo dos anos, a ANAPE con-tribuiu para a construção e con-solidação da categoria, tanto no que diz respeito à consagração

do exercício da função do Procurador de Estado no texto da Constituição, como também na intensificação de esforços para a construção de um sis-tema de prerrogativas, alcançado atra-vés de embates judiciais, estratégias de ação parlamentar e de articulação institucional.

Tendo em vista a data comemora-tiva, o Presidente da Associação Na-cional, Marcello Terto, tem convida-do todos os colegas a refletirem sobre a importância da categoria, buscando enfatizar o futuro promissor que a advocacia pública tem pela frente. “Precisamos andar juntos, aliados e comprometidos, para que esse cres-cimento seja afirmado, propiciando a garantia de uma carreira forte e inde-pendente”, reforçou.

Uma série de homenagens tem sido realizada, pelas associações estaduais. No Rio Grande do Sul, um evento pro-movido pela Associação dos Procura-dores do Estado, a APERGS, no início do ano, em comemoração ao Dia Es-tadual do Procurador, também buscou marcar a passagem do aniversário da ANAPE, que possui três ex-presidentes gaúchos. Durante o evento, um dos ex-presidentes da ANAPE e também

ex-presidente da APERGS, Paulo Roberto Sandri Pires, entregou ao ex-Procurador--Geral do Estado, Mário Ber-nardo Sesta, uma placa em homenagem ao seu trabalho. Sesta foi quem fundou a en-tidade de classe no Brasil.

Foram agraciados ainda, na oportunidade, o atual Pre-sidente da ANAPE, Marcello Terto e a presidente do Con-selho Deliberativo, Santuzza da Costa Pereira. Em seu discurso, o dirigente da As-sociação Nacional destacou a importância da entidade nascer no Rio Grande do Sul. “Ela nasceu com a tradição e confiança do povo gaúcho, consolidando-se como uma importante ferramenta de construção para o bem co-mum”, afirmou.

Nestes eventos, a Presi-dência da ANAPE sempre agradece as manifestações de louvor aos 30 anos da enti-dade nacional, lembrando a todos que a atuação dos Pro-curadores serve como uma importante ferramenta de se-gurança para quem governa e para quem é governado, e que, por isso, estes profissionais precisam ser valorizados como agentes estratégicos.

Entidade NacionalcompleTa 30 anos em 2013

coMunicaçÃo

para marcar os 30 anos da entidade, a anape veiculará, no início do mês de agosto, spots de rádio que terão como foco a data comemorativa e a Mobilização nacional da advocacia pública. além disso, está sendo produzido um programa de televisão semanal, que será veiculado pela TV Justiça . a atração idealizada pela anape deverá ser lançada em outubro, durante a realização do congresso nacional, em porto de Galinhas-pe.

O atual presidente da ANAPE, Marcello Terto, e o fundador da entidade, Mário Bernardo Sesta, foram homenageados em evento no RS

39JULHO/2013

ANAPE

APOSENTADOS

O auditório Nereu Ramos, na Câma-ra dos Deputados, ficou lotado com a presença de servidores públicos no dia 20 de março, durante o encontro realizado para reivindicar a aprova-ção imediata da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555, de 2006.

Oprojeto prevê o fim da cobran-ça de contribuição previden-ciária sobre os proventos dos servidores públicos aposen-

tados e pensionistas. O evento foi organizado pelo Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap) e contou, pela primeira vez, com o apoio da

ANAPE, através da participação do Procurador de Estado da Bahia, Evandro Costa, e de várias entida-des representativas do funcionalis-mo público.

Durante o encontro, vários de-putados federais discursaram em apoio à PEC e se comprometeram a conversar com suas bases sobre a importância de colocar a matéria na pauta do Plenário. No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Al-ves, recebeu os representantes das entidades que integram o movi-mento, entre eles, o representante da ANAPE, Evandro Costa.

Henrique Eduardo Alves assumiu o compromisso de pautar a maté-ria assim que a maioria dos líderes concordar com o requerimento para a inclusão da PEC na pauta de vo-tação. ‘Vou trabalhar junto ao colé-gio de líderes para colocar a PEC na pauta. Assim que a maioria assinar, vou trabalhar para que isso aconte-ça’, afirmou. Até o final do dia, foram colhidas 14 assinaturas no documen-to, dos líderes do PSB, PTB, PCdoB, PSL, DEM, PSD, PV, PDT, PPS, PEN, PSC, PRB, PRTB e PSOL.

A ANAPE esteve presente em nova mobilização do movimento realizada no dia 09 de julho.

ANAPE participa deenconTro do mosap na câmara

CRéD

ITO

: DIV

ULG

AÇÃO

CâM

ARA

DOS

DEPU

TADO

S - J

. BAR

ISTA

Representantes dos Aposentados são recebidos pelo Presidente da Câmara dos Deputados

40 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

DíVIDA PúBLICA

A ANAPE, uma das entidades orga-nizadoras do ato pela Revisão da Dí-vida dos Estados e Municípios reali-zada no dia 08 de maio, no auditório do Conselho Federal da OAB, em Brasília, participou do evento com a presença dos Presidentes das Asso-ciações Estaduais dos Procuradores de 22 estados e do Distrito Federal.

OPresidente da OAB, Marcus Vi-nicius Furtado, começou a so-lenidade observando: “A OAB quer que este ato público sim-

bolize o grito da nação brasileira, a voz do cidadão deste País, no senti-do de que vivemos numa federação, de que o pacto federativo há de ser respeitado, de que o princípio consti-tucional da diminuição das desigual-dades regionais há de ser cumprido.”

Para Terto, a adesão dos Procu-radores mostra a preocupação da classe com a difícil situação enfren-tada pelas unidades federadas para honrar os compromissos e retirando a capacidade de investimento dos estados para ofertar melhores con-dições e serviços à população nas áreas de saúde, educação e seguran-ça. “O índice utilizado nos contra-tos repactuados entre 1999 e 2011 reajustou as dívidas em 589% e, no mesmo período, a inflação somou 133%”, lembrou Terto.

Participaram ainda do Ato Público pela Revisão da Dívida dos Estados

e Municípios com a União os Procu-radores Sanny Japiassu, Sérgio Oli-va Reis, Carolina Massoud, Glaucia Anne Amaral, Santuzza da Costa Pe-reira, Telmo Lemos Filho, Cleia Costa dos Santos, Fabiana da Cunha Bar-th, José Granado, Cristovam Moura, Gianmarco Loures Ferreira e Ricardo Della Giustina.

Ao final foi feita a leitura do “Ma-nifesto pela Revisão da Dívida dos Estados e Municípios com a União”, assinado por 120 entidades represen-tativas da sociedade civil, entre elas a ANAPE, encerramento o ato público. O manifesto das entidades reivindi-ca a imediata revisão dessa dívida, que hoje atinge cerca de R$ 400 bi-lhões, por ela ter “alcançado nível in-

sustentável para os entes federados, impondo grave sacrifício social à po-pulação, que se vê subtraída em seus direitos fundamentais”. As 120 enti-dades questionam ainda, os termos exorbitantes do financiamento, apon-tam os exagerados encargos financei-ros aplicados aos contratos e alertam para necessidade de transparência no processo de endividamento dos Estados e Municípios. O documento conclui reivindicando o saneamento da situação que tem levado Estados e Municípios a contraírem emprésti-mos externos para pagar encargos à União e, ainda, a troca do indexador que corrige essas dívida, hoje IGP-DI mais juros de 6% ao ano, pelo IPCA e sem cobrança de juros.

ANAPE e Associações EstaduaisparTicipam do aTo pela revisÃoda dívida e assinam manifesTo

Presidentes participam de ato de mobilização pela revisão da dívida dos Estados

41JULHO/2013

Identidade funcional éTema do coléGio nacionalde correGedores

ANAPE

COLéGIO DE CORREGEDORES

O Colégio Nacional de Corregedores das Procuradorias-Gerais dos Esta-dos e do DF realizou, no final de abril, em Salvador, a primeira reunião de trabalho de 2013.

Oencontro que acontece semes-tralmente teve a presença de representantes de 18 estados que, entre outros temas, discu-

tiram a identidade funcional. “Nosso objetivo aqui é unificar procedimen-tos para tornar mais transparente à atuação das Procuradorias permitin-do o fortalecimento destes órgãos e o cumprimento de suas atividades. Nossa luta é para que as Procurado-rias sejam órgãos de excelência e que reflitam os anseios da sociedade”, afirmou o Corregedor da PGE/BA e presidente do Colégio Nacional de Corregedores das Procuradorias Ge-rais dos Estados e do Distrito Fede-ral, Izaque Silva Lima, na abertura dos trabalhos.

Pela primeira vez, a Associação Nacional dos Procuradores de Estado foi convidada para participar da reu-nião, através de seu presidente, Mar-cello Terto e proferir palestra sobre a “Autonomia Funcional dos Procu-radores dos Estados e do Distrito Fe-deral”. Na oportunidade, Terto des-tacou a necessidade de se criar um modelo com referências uniformes que dê segurança à atuação das Pro-curadorias. “Este é um momento de

consagração da maturidade. Precisa-mos estabelecer uma discussão séria e segura sobre nossa identidade. A in-dependência e autonomia inevitavel-mente passam pelo estabelecimento da identidade funcional. Temos uma responsabilidade muito grande em relação a uma atuação proativa das Procuradorias”, concluiu.

A explanação foi acompanhada pela Procuradora-Geral da Bahia, em exercício, Joselita Cardoso Leão, que ao final observou: “Temos que aproveitar a densidade política des-ta reunião para dar encaminhamento às ideias que possam se somar a tudo que já estamos fazendo em benefício

das nossas instituições”.O fortalecimento da Advocacia

Pública e a consolidação de uma identidade funcional é consenso pre-sente entre os Procuradores dos dife-rentes entes federados: “Precisamos construir um modelo consistente de Procuradoria nacional. Vivemos um momento de construção e renovação do Estado, por isso precisamos avan-çar. Temos que ter uma visão ampla ao olhar o órgão e os servidores. Es-tamos atuando num modelo que não nos dá firmeza”, ponderou a presi-dente da Associação de Procurado-res do Estado da Bahia - APEB, Cléia Costa dos Santos.

CRéDITO: COMUNICAÇÃO PGE/BA

Mesa de abertura do CNG

42 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

EstAdos

II Congresso Regional de Procura-dores de Estado da Região Centro--Oeste e do Tocantins ocorreu em junho, em Brasília

Qual o papel do procurador de Estado no controle dos atos administrativos e no combate à corrupção? Tributação, meio

ambiente, atendimento médico, con-trole da administração pública e ad-vocacia são exemplos da tão abran-gente atuação desses profissionais. Em junho (do dia 5 ao dia 7), Bra-sília foi sede de discussões sobre a atuação deles. No encontro, com 17 palestrantes e três debatedores, foi discutido em quatro painéis o papel da classe. Esse foi o II Congresso Re-gional de Procuradores de Estado da Região Centro-Oeste e do Tocantins, realizado pela Associação dos Procu-radores do DF e pela Associação Na-cional dos Procuradores de Estado. Helder Barros, presidente da APDF, e Marcello Terto e Silva, presidente da ANAPE, abriram o congresso. “Ajudar governo e sociedade na luta pela ética e pelo respeito ao cidadão é dever do procurador de Estado. A nossa união é essencial para o aprimoramento do controle interno e das técnicas de in-vestigação”, disse Barros. Em 2014, o encontro ocorrerá em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

A conferência de abertura foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Sob a aten-ção de autoridades, procuradores, advogados e estudantes, o ministro chamou a atenção para a necessida-de urgente de se debater um mode-lo de participação da União sobre a arrecadação tributária. Para ele, é preciso rediscutir a distribuição do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Mu-nicípios e definir um novo pacto fe-derativo. “Precisamos de um mode-lo mais estável, harmônico e menos competitivo”, afirmou às 180 pesso-

Discussão abrangenteconGresso reGional deprocUradores de esTado

Conferência Ministro do STF Gilmar Mendes

Apresentação de Ellen Oleria

CRéD

ITO

: NIN

A Q

UIN

TAN

A/W

HD

APDF

DISTRITO FEDERAL

Cerimônia de abertura

as que assistiram à conferência.No primeiro painel, o procurador

do DF Jorge Octávio Lavocat Galvão defendeu que o princípio da digni-dade humana seja analisado de acor-do com o contexto político e com as questões culturais de cada socieda-de. Não é produtivo, por exemplo, comparar o que é adotado no Brasil com o que é usado em outros países. “Há uma gama de assuntos, como ca-samento homossexual, aborto e ques-tões de gênero, tratados em pratica-mente todas as jurisdições. Outras só fazem sentido no ambiente em que foram defi nidas.”

coMBaTe À coRRupçÃo

A administração pública e seus mecanismos de controle também fo-ram objeto de discussão. Carlos Hi-gino Ribeiro de Alencar, secretário--executivo da Controladoria-Geral da União, falou sobre a necessidade de celeridade nos debates sobre a re-gulamentação da prática do  lobby  e a responsabilização de pessoas jurí-dicas em atos de corrupção. “Com as defi nições a respeito desses temas, nos colocaríamos no patamar dos países mais desenvolvidos no que tange ao combate à corrupção”, afi r-mou. A aprovação da Lei de Acesso

à Informação e da Lei 12.813 (sobre confl ito de interesses no exercício de função pública) são, para Alencar, um avanço no combate à corrupção. A efi cácia, no entanto, depende da qualidade dos controles internos da administração pública.

A morosidade e a cultura burocrá-tica da administração pública foram citadas como causa da demora das execuções fi scais. Em média, disse Valcir Gassen, professor da Univer-

sidade de Brasilia, esses processos demoram oito anos para ser concluí-dos. Em sequência, foram discutidos ainda a conci-liação fi scal como forma de desafogar a vara cor-respondente e a necessi-dade de maior controle dos gastos tributários e de incentivos fi scais. No último painel do congres-

so, foram discutidos os processos de controle da advocacia pública. Segundo Ulisses Schwarz Viana, procurador de Mato Grosso do Sul, é difícil separar o que é relevante do que é discurso vazio acerca do inte-resse público. “Ainda não consegui-mos resolver essa dualidade”, disse. A conferência de encerramento do II Congresso Regional de Procuradores de Estado da Região Centro-Oeste e do Tocantins contou com palestra do ministro aposentado do STF Car-los Ayres Britto, sobre a ética como princípio e como valor do Direito. A moralidade na administração públi-ca, segundo o ministro, qualifi ca a sociedade e confere a ela o status de civilização avançada. Em seu ponto de vista, a sociedade atual é respon-sável não só pelas decisões de ago-ra, mas pelo futuro da moralidade. “Precisamos de ética e moral susten-táveis, baseadas em valores”, disse.

Presidente Helder Barros entrega a Ayres Britto obra (um azulejo emoldurado) de Athos Bulcão

44 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

EM IMAGENS

1 | Homenagem na Paraíba 2 | CNAP realiza 1ª reunião em 2013 3 | Campanha de Filiação no Rio de Janeiro 4 | Campanha de Filiação no Amazonas 5 | Congresso Regional do Centro-Oeste 6 | Lançamento da Agenda Legislativa

1

2

3

45

6

EM IMAGENS

ANAPE

7 | Encontro Nacional de Procuradorias Fiscais 8 | Campanha de Filiação no Maranhão 9 | Campanha de Filiação em Minas Gerais10 | Campanha de Filiação no Paraná 11 | Congresso Regional do Centro-Oeste 12 | Nova sede social da APROMAT

7

8

9

10

11

12

46 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

NOTíCIAS

O Conselho Deliberativo da ANAPE, reunido em João Pessoa, na Paraí-ba, no mês de junho, deliberou pela unanimidade dos presentes pela re-alização de uma mobilização nacio-nal da classe, no dia 3 de setembro, em Brasília.

A ação visa sensibilizar a popu-lação, Deputados e Senadores para a importância da classe na administração pública e

buscar o apoio dos parlamentares para agilizar o trâmite e a aprovação das matérias de interesse dos Pro-curadores que estão em análise nas duas Casas legislativas, além de di-vulgar campanha nacional em defe-sa da Advocacia Pública.

enTidadeS da adVocacia púBLica Se ReúneM paRa diScuTiR açõeS paRa a MoBiLizaçÃo

A diretoria da ANAPE manteve agenda de reuniões com os repre-sentantes da UNAFE, ANAUNI, Sin-profaz e da ANPM que aderiram ao projeto de ações para a mobilização nacional prevista para setembro no Congresso Nacional. Nos encontros realizados com a participação do 1º Vice-Presidente, Telmo Lemos Filho, 2º Vice-Presidente, Jaime Nápoles Vilella, Diretor Financeiro, Marcelo Mendes e do Secretário-Geral, Bru-no Hazan, foram definidos o concei-to da campanha e as mídias a serem utilizadas. A intenção é defender temas comuns à Advocacia Pública, focados no combate à corrupção e no

atendimento das legítimas deman-das da sociedade brasileira, além de sensibilizar a classe política quanto á importância do Advogado Público.

Com a bandeira da autonomia ad-ministrativa e financeira, os Advoga-dos Públicos esperam conquistar os instrumentos legais para aprimorar a defesa do Estado e da Cidadania.

a ANAPE firmou convênio com o siste-ma de benefícios aSaclub. a parceria vai propiciar aos associados da ANAPE aces-so a produtos e serviços de qualidade com condições diferenciadas e, se constitui no maior clube de benefícios para os integran-tes de carreiras jurídicas. para o presidente da ANAPE, Marcello Terto, a parceria com o aSaclub vai possibilitar aos associados adquirir livros, diárias de hotéis, pacotes de viagens, automóveis e outro produtos e serviços com descontos exclusivos. “nossa proposta é ofertar ao nosso quadro asso-ciativo vantagens especiais nas mais dife-rentes áreas”, projeta Terto.

atualmente, o aSaclub oferece mais

de 500 convênios com montadoras de veí-culos, administradoras de planos de saú-de, companhias aéreas e empresas do ramo de eletro e eletroeletrônicos. existe ainda a possibilidade de serem firmados novos convênios com empresas locais, tais como, farmácias, restaurantes, aca-demias e instituições de ensino.

os associados da ANAPE terão login e se-nha próprios para acessar o site do aSaclub e, receberão um cartão para que possam re-alizar suas compras com descontos.

Busque informações sobre a adesão ao programa aSaclub/ANAPE diretamente na sua associação estadual ou na secretaria da ANAPE e usufrua dos benefícios disponíveis.

associado anape aGora Tem asaclUb

ACEssE o sitE: www.asaclub.org.br

Conselho Deliberativo aprova realizaçÃo de mobilizaçÃo nacional

Reunião na sede do Sinprofaz

48 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

ANAPE

TURISMO

Noruega: onde os fiordes refletema paisaGem e a cUlTUra de Um país do primeiro mUndo

Paulo Roberto Sandri Pires

Antigos armazéns da Liga Hanseática em Bergem

Por Paulo Roberto Sandri Pires*

*Procurador Aposentado do Rio Grande do Sul e Ex-Presidente da ANAPE

Os antigos deuses vikings, Odhin e Thor, seguramente estavam inspirados quando levaram aqueles intrépidos navegadores a se estabelecer na Escandinávia e especialmente onde hoje está a Noruega. Aos se navegar suavemente pelos fjords, ou fiordes, a

bordo de modernos ferry boats capazes de transportar mais de quatro-centos veículos entre caminhões, ônibus e automóveis, além de cen-tenas de passageiros, tem-se a impressão de estar-se flutuando num turbilhão de um cenário onírico. As plácidas águas espelhadas, as montanhas escarpadas com os picos ainda nevados no mês de maio, um verde quase bruxuleante por todos os lados, pontilhado de pito-rescos povoados, nos dão a certeza de que estamos num lugar que só

deuses poderiam ter desenhado para seus fi-éis. Tal impressão deve ter sido a mesma dos antigos viking e dos atuais noruegueses.

Esta também foi minha impressão ao longo de recente viagem à Noruega e aos seus im-pressionantes fiordes. O país é privilegiado por conter os mais cênicos fiordes do mundo que são visitados por quase um milhão de pes-soas por ano. A navegação feita por lanchas lu-xuosas até os mais modernos transatlânticos, passando por potentes ferry boats, é responsá-vel por distribuir turistas e viajantes para uma rede de hotéis e restaurantes que sustentam um dos principais itens da economia local.

Embora os fiordes sejam o centro de tudo, a infraestrutura turística oferece alternativas que, por si sós, são atrações imperdíveis. En-tre elas o sistema de trens que enseja uma viagem inesquecível de Oslo até Bergem, com uma duração de sete horas e que na opinião do canal Discovery, é a viagem de trem que

proporciona um dos cenários naturais contí-nuos mais belos do mundo. E esta foi a minha impressão. Todavia a surpresa maior sobre tri-lhos está reservada para o charmoso trajeto de Flam que consiste completar-se um percurso de apenas vinte quilômetros através da via férrea mais íngreme e sinuosa do mundo que atravessa inúmeros túneis e de quebra, passa sob a cascata de Kjosfossem de 150 metros de altura. A viagem que dura pouco mais de uma hora sai de uma altitude de 2 m. e chega a 850 m. distribuindo fortes doses de adrena-lina. Tal percurso faz parte do mais comple-to roteiro que parte de Bergem de trem até o povoado de Voss, para continuar de ônibus até Gudvangem, onde toma-se um barco para percorrer dois fiordes que são continuação do maior fiorde da Noruega, o Sogfnefjord, para então fazer a citada subida de trem de Flam, para conectar em Myrdal, numa zona ainda sob neve, com o trem regular para Bergem,

Povoados pitorescos às margens dos fiordes

noruega

capiTaL:

Oslo

LínGua oFiciaL:

norueguês, sami e kven

Moeda:

Coroa norueguesa (NOK) FON

TE: H

TTP:

//PT

.WIK

IPED

IA.O

RG/W

IKI/N

ORU

EGA

50 PROCURADORES | Revista da Associação Nacional de Procuradores de Estado

para chegar-se de volta ainda com o sol alto às 8:00 h da noite.

Bergem, a segunda maior cidade da Noruega, mesmo com seus apenas 200 mil habitantes, é o ponto de partida de toda a exploração que se queira fazer dos principais pontos de interesse da re-gião. Seu casario pendurado nas encos-tas, sua baia e seu porto com transatlân-ticos enfileirados, mais o mercado do peixe e o Bryggen, o quarteirão medie-val que reúne antigos armazéns da Liga Hanseática, uma espécie da antecipação da Comunidade Européia e que hoje, restaurados e sendo declarados Patri-mônio da Humanidade pela UNESCO, constituem-se no cartão postal da cida-de com suas cores vivas e intenso movi-mento turístico. Importante lembrar que dali, de onde saíram toneladas de baca-lhau para exportação, é onde come-se as melhores variações do tradicional prato em restaurantes típicos.

Na arquitetura da cidade se des-tacam suas antigas casas de madeira primorosamente pintadas que criam cenários deslumbrantes. Sendo uma base pesqueira importante, do seu porto também parte modernos barcos para incursões pelos fiordes da região e para uma visita a Preikestolen, ou Púl-

pito de Pedra, um lugar surpreenden-te, desafiador e, em certa medida, até assustador. Situada a pouco mais de duas horas de Stavanger às margens do Lysefjorden, chega-se ao local depois de uma penosa caminhada de mais de duas horas por uma região pedregosa, atravessando zonas pantanosas e sen-do surpreendido por variações abrup-tas de temperatura nas partes mais altas do percurso. O impacto é com-pensador pois da encosta da montanha avança para o fiorde uma pedra em for-ma de cubo, com linhas retas, medindo 600 m. de altura por uma área de 150 m² no seu topo, plano como uma mesa Nos seus limites não há nenhum an-teparo, nem proteção, levando as pes-soas a se aproximarem perigosamente de um penhasco que desce em linha reta na direção do fiorde que na região tem uma profundidade média de 800 m. Dezenas de pessoas se aglomeram ao mesmo tempo nas bordas do preci-pício criando-se se um clima de quase emoção e muita adrenalina, tendo ao fundo as águas azuis do fiorde. Tudo isto faz do local uma atração rara e enigmática, contribuindo fortemente com o mercado turístico de Stavanger e da própria Noruega.

ANAPE

Fiorde com suas águas espelhadas

estas percepções superficiais do dia a dia nos remetem à constatações mais significativas como saber que o índi-ce de alfabetização da população é de 100% e que a renda per capita é de u$ 60.000,00. ou ainda, e o que é mais im-portante, que a noruega mantém pelo quarto ano consecutivo a primeira posi-ção no ranking dos países com o maior índice de desenvolvimento humano, que é uma aferição anual feita pela onu e que leva em conta a qualidade da edu-cação, da saúde pública, do saneamen-to, da renda, do piB, da transparência governamental, das práticas democrá-ticas, do desenvolvimento sustentável e vários outros indicadores.

1ª poSiçÃo no idh

Afinal as belezas naturais dos fior-des, vales, montanhas, cachoeiras e os charmosos povoados, emolduram, no imaginário do viajante, um país e um povo de bem com a vida e aplicado em melhorar e tornar ainda mais aprazível o lugar em que nasceram e que seus deuses vikings, Thor e Odin, indicaram para viverem.

www.confiancaseguros.com.br