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1 Semana Acadêmica Revista Científica. UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DOS FATORES PARA PRIORIZAÇÃO DE INCIDÊNCIAS PATOLÓGICAS NA PONTE BARÃO DE JUNDIÁ, 48 ANOS DE CONSTRUÇÃO NO MUNICÍPIO DE ESCADA-PE Carlos Fernando Gomes do Nascimento 1 *, Paulo Marcelo Cavalcanti de Oliveira Souza 2 , Thaís Marques da Silva 3 , Manueli Suêni Costa dos Santos 4 , Débora Cristina Pereira Valões 5 , Amanda de Morais Alves Figueira 6 , Lucas Rodrigues Cavalcanti 7 , George da Mota Passos Neto 8 , Eliana Cristina Barreto Monteiro 9 RESUMO A Ponte Barão de Jundiá é a principal locomoção na cidade de Escada/PE e sofre com a falta de manutenção corretiva e/ou preventiva, ocasionando a redução da vida útil dessa importante obra. O objetivo deste trabalho é identificar as principais manifestações patológicas encontradas na estrutura que compromete a capacidade funcional, mecânica e estética da mesma tais quais: acúmulo de detritos em juntas de dilatação, sistema de drenagem deficiente, presença de umidade, infiltração, deterioração das peças em concreto, exposição de armaduras e corrosão. Assim, elaborou-se um diagnóstico realizado com inspeção visual e utilizando o métodos dos fatores para priorização dessas incidências nas regiões inferior e superior da estrutura da ponte, identificando as manifestações patológicas e informando as devidas recuperações. Palavras chave: Ponte Barão de Jundiá; vida útil; durabilidade; manifestações patológicas; método dos fatores. ABSTRACT The Barão de Jundiá Bridge is the main locomotion in the city of Escada/PE and suffers from a lack of corrective and/or preventive maintenance, reducing the useful life of this important work. The objective of this work is to identify the main pathological manifestations found in the structure that compromise the functional, mechanical and aesthetic capacity of the same such as: accumulation of debris in expansion joints, poor drainage system, presence of moisture, infiltration, concrete, armor exposure and corrosion. Thus, a diagnosis was made with visual inspection and using the methods of the factors to prioritize these incidences in the lower and upper regions of the bridge structure, identifying the pathological manifestations and reporting the appropriate recoveries. Key-words: Barão de Jundiá Bridge; lifespan; durability; pathological manifestations; factor method. 1 Graduando em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 2 Mestrando em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 3 Mestranda em Engenharia Civil - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 4 Mestranda em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 5 Mestranda em Engenharia Civil - Universidade de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 6 Pós-graduanda em Eng. Seg. do Trabalho - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 7 Pós-graduando em Eng. Seg. do Trabalho - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 8 Mestrando em Engenharia Civil - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] 9 Profª Drª em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco e Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected] Revista Científica Semana Acadêmica ISSN: 2236-6717

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Page 1: Revista Científica Semana Acadêmica ISSN: 2236-6717€¦ · REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019. Utilização do método dos fatores para priorização

1 Semana Acadêmica Revista Científica.

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DOS FATORES PARA PRIORIZAÇÃO DE

INCIDÊNCIAS PATOLÓGICAS NA PONTE BARÃO DE JUNDIÁ, 48

ANOS DE CONSTRUÇÃO NO MUNICÍPIO DE ESCADA-PE

Carlos Fernando Gomes do Nascimento1*, Paulo Marcelo Cavalcanti de Oliveira Souza2, Thaís

Marques da Silva3, Manueli Suêni Costa dos Santos4, Débora Cristina Pereira Valões5, Amanda

de Morais Alves Figueira6, Lucas Rodrigues Cavalcanti7, George da Mota Passos Neto8, Eliana

Cristina Barreto Monteiro9

RESUMO A Ponte Barão de Jundiá é a principal locomoção na cidade de Escada/PE e sofre com a falta de manutenção corretiva e/ou preventiva, ocasionando a redução da vida útil dessa importante obra. O

objetivo deste trabalho é identificar as principais manifestações patológicas encontradas na estrutura que

compromete a capacidade funcional, mecânica e estética da mesma tais quais: acúmulo de detritos em juntas de dilatação, sistema de drenagem deficiente, presença de umidade, infiltração, deterioração

das peças em concreto, exposição de armaduras e corrosão. Assim, elaborou-se um diagnóstico

realizado com inspeção visual e utilizando o métodos dos fatores para priorização dessas incidências

nas regiões inferior e superior da estrutura da ponte, identificando as manifestações patológicas e informando as devidas recuperações.

Palavras chave: Ponte Barão de Jundiá; vida útil; durabilidade; manifestações patológicas; método dos

fatores.

ABSTRACT The Barão de Jundiá Bridge is the main locomotion in the city of Escada/PE and suffers from a lack of

corrective and/or preventive maintenance, reducing the useful life of this important work. The objective of

this work is to identify the main pathological manifestations found in the structure that compromise the functional, mechanical and aesthetic capacity of the same such as: accumulation of debris in expansion

joints, poor drainage system, presence of moisture, infiltration, concrete, armor exposure and corrosion.

Thus, a diagnosis was made with visual inspection and using the methods of the factors to prioritize these incidences in the lower and upper regions of the bridge structure, identifying the pathological

manifestations and reporting the appropriate recoveries.

Key-words: Barão de Jundiá Bridge; lifespan; durability; pathological manifestations; factor method.

1 Graduando em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

2 Mestrando em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

3 Mestranda em Engenharia Civil - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

4 Mestranda em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

5 Mestranda em Engenharia Civil - Universidade de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

6 Pós-graduanda em Eng. Seg. do Trabalho - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

7 Pós-graduando em Eng. Seg. do Trabalho - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

8 Mestrando em Engenharia Civil - Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

9 Profª Drª em Engenharia Civil - Univ. Católica de Pernambuco e Univ. de Pernambuco, Recife/PE - [email protected]

Revista Científica Semana Acadêmica

ISSN: 2236-6717

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

2

INTRODUÇÃO

A importância da degradação das pontes está a gerar grande preocupação nos organismos

governamentais, já que os custos envolvidos na manutenção e de funcionalidade das pontes

existentes são cada vez maiores (BRANCO, 2018). As razões da degradação resultam

basicamente de um deficiente projeto, da falta de controlo de qualidade durante a construção e

ainda da falta de realização de inspeções e de manutenção periódicas durante a fase de serviço

(BRANCO, 2018).

A falta de políticas e estratégias voltadas para a manutenção das obras públicas ao longo

das últimas décadas gerou um processo de desgaste e deterioração das rodovias, atingindo

diretamente as Obras de Arte Especiais que, de modo geral, apresentam diversas manifestações

patológicas e danos estruturais (SILVA, 2018). A norma de desempenho que trata da vida útil de

projeto mínima recomendada pela EN 206 - 1 (2007), estabelece uma vida útil de projeto (VUP)

para estruturas de obras especiais é de no mínimo 120 anos.

Alguns fatores agravantes também contribuíram para a situação atual, como é o caso das

normas brasileiras mais antigas que vigoravam à época em que as obras foram projetadas e

construídas, que não previam os carregamentos nem a intensidade de tráfego atualmente

existentes nas rodovias e nos centros urbanos do País; também não consideravam a agressividade

ambiental dos locais onde as pontes foram construídas, tendo esse tema sido abordado por vários

estudiosos que realizaram pesquisas a esse respeito como (VITÓRIO; BARROS, 2013; MILANI;

KRIPKA; PRAVIA, 2011).

Além disso, a carência de estratégias públicas voltadas à manutenção também gerou uma

grande lacuna no que se refere às informações sobre o real estado das obras de infraestrutura do

Brasil, em especial das Obras de Arte Especiais tornando, portanto, imprescindível a realização

de inspeções que permitissem a obtenção dos dados mais importantes sobre as condições de

segurança e de funcionalidade dessas obras (SILVA, 2018).

Este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento das manifestações patológicas

que afetam a capacidade funcional da Ponte em estudo mostrado na Figura 1, além disso, elaborar

um diagnóstico fundamentado pela inspeção visual e pela utilização dos métodos dos fatores

para priorização dessas incidências nas regiões inferior e superior da estrutura. Foi nesse

contexto que este trabalho analisou as condições estruturais, funcionais, durabilidade e quais as

justificativas para esses aspectos em estudo de acordo com a norma EN 206-1:2007.

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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Figura 1. Ponte Barão de Jundiá, sobre o rio Ipojuca, Escada/PE.

REFERENCIAL TEÓRICO

Um retrato das manifestações patológicas da estrutura

A Ponte Barão de Jundiá é uma obra denominada como “arte especial” feita em

concreto armado, classificada segundo seu material estrutural como ponte de concreto

(PFEIL, 2014).

Essa obra sofre com a variação dos níveis de vazão do rio Ipojuca nos períodos de

cheia com aumento de sua correnteza. Além disso as agressões pelas intemperes do meio,

estando a mesma em uma área de agressividade moderada segundo as classes de

agressividade ambiental conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014).

A falta de manutenção preventiva ou corretiva dessa ponte, com objetivo de garantir o

desempenho na qual a estrutura foi projetada e até mesmo prolongar sua vida útil, é

inexistente, sendo estes principais fatores que ocasionam para redução da vida útil dessa

importante obra de arte especial, além do aparecimento de manifestações patológicas

(HELENE, 2007).

Conforme Andrade e Silva (2005), a patologia das estruturas deve comprometer

algumas das exigências de construção, de capacidade mecânica, funcional ou estética,

fazendo com que se crie uma forte relação entre a patologia e o desempenho da edificação. A

análise dessa patologia também é função de dois aspectos essenciais, o tempo e as condições

de exposição.

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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Método dos fatores

O método dos fatores é um método utilizado para estimar a vida útil de produtos, baseado

em uma vida útil de referência e um número de fatores modificantes que dependerão das

diferenças de condições entre o projeto específico e as condições de uso de referência (ZARZAR

JÚNIOR, 2007). O método dos fatores estabelece sete condições, onde cada fator representa o

desvio das condições assumidas em projeto.

O fator A representa a qualidade dos componentes, o fator B representa o nível de projeto,

o fator C representa o nível de execução do trabalho, o fator D representa o ambiente interno, o

fator E representa o ambiente externo, o fator F representa as condições de uso e o fator G

representa o nível de manutenção (NASCIMENTO et al., 2018). O Quadro 1 fornece os valores

das variáveis que podem afetar a vida útil.

Quadro 1. Descrição das classes de fatores considerados

De acordo com os valores das variáveis encontrados no Quadro 2, é possível calcular a

vida útil estimada através da Equação 1, onde os pesos variam, nesse caso, entre 0.8 a 1.2 e é

definido conforme a inspeção visual realizada na visita técnica frente suas condições estruturais.

CLASSE DOS FATORES CONDIÇÕES EM USO

Para considerar Pobre Normal Bom

Características

de qualidade

inerentes

A

Nível de

desempenho

inerente

Tipo de material e/ou grau

- características de

durabilidade, exemplo:

grau da resistência à

compressão

0,8 1,0 1,2

B Nível de projeto Detalhes da Construção 0,8 1,0 1,2

C Nível de execução

do trabalho Local de trabalho 0,8 1,0 1,2

Meio

Ambiente

D Ambiente interno Características especiais,

exemplo: condensação 0,8 1,0 1,2

E Ambiente externo

Características especiais,

exemplo: ambiente

marinho

0,8 1,0 1,2

Condições das

operações

F Condições em uso Características especiais,

exemplo: vandalismo 0,8 1,0 1,2

G

Nível de

manutenção dos

elementos de

fundação

Cíclico, incluindo

qualidade 0,8 1,0 1,2

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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(1)

Sendo, portanto:

VUE= Vida útil estimada;

VUR= Vida útil de referência, neste trabalho será adotado o valor mínimo recomendado

pela norma Europeia EN 206 - 1 (2007) - Normas de artes especiais;

METODOLOGIA

Foram realizadas visitas técnicas na Ponte em estudo com o objetivo de desenvolver os

levantamentos destes problemas, utilizando-se de recursos fotográficos, questionamento aos

moradores e inspeção visual como referências para as avaliações.

A obra está localizada no município de Escada, com população estimada 68.281 mil

habitantes (IBGE, 2017). Inaugurada no ano 1972, esta estrutura feita em concreto armado

com uma extensão de (80 m de comprimento e 11 m de largura), sendo 4,15 m por pista com

2 fachas de rolamento, sem vazios entre as pista e 1,4 m de largura para passeio em ambos os

lados.

Através da análise das fotografias e das características destas manifestações patológicas

encontradas na construção, foi possível buscar apoio nas bases teóricas como artigos científicos,

monografias, dissertações, teses, entre outras fontes bibliográficas sobre o tema estudado, a fim

de identificar a manifestações patológicas, além de sua origem e causa.

Para estimar a vida útil dos elementos estruturais utilizou-se o método dos fatores como

referência levando em consideração os aspectos estruturais previstos na inspeção visual.

A estrutura da Ponte foi dividida em três sistemas - estrutura, vedação vertical interna e

vedação vertical externa - conforme propõe a norma de desempenho COE - Construção de Obras

Especiais conforme a EN 206 - 1 (2007), com o objetivo de facilitar a aplicação do método dos

fatores.

O método dos fatores foi aplicado aos sistemas estudados na construção da obra,

conforme os valores definidos na tabela 2 e utilizando a equação 1 para encontrar a vida útil

estimada em cada sistema definido anteriormente. 7

A partir destes resultados, foi possível calcular o percentual da vida útil de projeto (VUP)

mínima que corresponde à vida útil estimada (VUE) e desenvolver uma lista de priorização para

resolução destas manifestações patológicas que afetam a estrutura e seu desempenho.

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

Manifestações patológicas na estrutura da Ponte

Os estudos relativos à durabilidade e comportamento das estruturas estão sendo objetos de

muitas pesquisas nos moldes de hoje, mas também uma preocupação frente aos agentes

agressivos externos que comprometem a funcionalidade dessas estruturas possibilitando

surgimentos das “doenças da construção civil”, mas conhecida como patologias estruturais.

Dentre tantas manifestações e levando em consideração a situação da estrutura

observada na visita “in loco” observa-se patologias consideráveis nessa pesquisa tais quais:

tabuleiro (pavimentação), juntas de dilatação, sistema de drenagem, presença de umidade e

infiltração, barreiras de proteção, deterioração e das peças em concreto, exposição de

armaduras e corrosão.

Patologias em juntas de dilatação

A função das juntas de dilatação é permitir os movimentos relativos entre as partes da

estrutura, devendo assegurar total funcionamento livre e sem acumulo de detritos (DNIT,

2014). Segundo Thomaz (1989), Júnior e Gonçalves (2017), os elementos estruturais que

compõem uma construção estão expostos à variação de temperatura tanto sazonais como diárias,

o que leva a uma variação dimensional dos mesmos (dilatação ou contração), sendo muitas vezes

restringidos por vínculos que os envolvem e por consequência geram tensões que podem

provocar fissuração. A manutenção da selagem das juntas tem papel indispensável para a

durabilidade do pavimento. Nos detalhes da Figura 2 pode-se intensificar o acúmulo de

detritos nas juntas de dilatação e na Figura 3 o desgaste das juntas indicadas com seta.

Figura 2. Acúmulo de detritos na

junta de dilatação.

Figura 3. Desgastes das juntas de

dilatação.

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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Sistema de drenagem deficiente

A drenagem é destinada a coletar as águas superficiais em terrenos com baixa

permeabilidade, conduzindo-as ao sistema de esgoto pluvial. Pode ser efetuada através de uma

rede de tubos porosos ou valas periféricas (SOCOLOSKI, 2015). Citando o trabalho de Júnior e

Gonçalves (2017), observa-se que a deficiência na drenagem devido ao acúmulo de lixo eleva a

carga sobre a contenção.

Além disso a presença e acumulo de água na plataforma é um dos fatores mais

relevantes para reações dielétricas no concreto, além de possíveis infiltrações, aumento do

processo de corrosão em amaduras, ataque a sulfatos, perda de massa e lixiviação de sais de

hidratação mostrado na Figura 4 indicada com seta e atuação de vandalismo mostrado na

Figura 5.

Eflorescência

As eflorescências são formações de depósitos salinos na superfície dos revestimentos,

alvenarias, concretos e argamassas, como resultado da sua exposição à água resultante de

infiltrações ou intempéries associadas ao conceito de durabilidade estrutural (RIBEIRO et al.,

2018; QUADROS; KROETZ, 2017).

De acordo com Mazer (2016), as eflorescências são um processo natural, onde a água,

tendo entrado pelos poros capilares, dissolve o hidróxido de cálcio da pasta de cimento tendo

uma zona mais úmida mostrado na Figura 6.

Figura 4. Lixiviação dos sais de

hidratação.

Figura 5. Vandalismo nos tubos

de drenagem

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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Figura 6. Eflorescência superficial e manchas devido a umidade e infiltração.

Assim Linhares (2012), define umidade como a quantidade de vapor de água presente na

atmosfera e afirma que, pelo fato de existirem vários tipos de umidade, nem sempre está se

expressa da mesma maneira.

Segundo Verçoza (1991) a umidade não é apenas uma causa de patologias, ela age

também como um meio necessário para que grande parte das patologias em construções ocorra.

Ela é fator essencial para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores, perda de

pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes estruturais.

Conforme Henriques (1995) apud Gewehr (2004), há seis grupos de origem da umidade

sendo estas vindas da construção, do terreno, de precipitação, de condensação, devido a

fenômenos de higroscopia e causas acidentais.

Corrosão

Uma das principais causas de redução da vida útil de estruturas de concreto armado é a

corrosão, uma vez que essa envolve a perda de material da superfície do aço como resultado de

uma ação química e a perda material leva a redução de área efetiva na seção transversal e,

consequentemente, a diminuição da capacidade de suportar cargas (FELIX et al., 2018).

Entretanto, a corrosão pode ser retardada, adotando um concreto de média ou alta

durabilidade (a depender do ambiente de exposição) ou, considerando uma espessura adequada

para o concreto de cobrimento (BROOMFIELD, 2007; DYER, 2015). Para Mendes et al.,

(2010) nas pontes, por serem obras de arte especiais, alguns fatores assumem um papel

especial para a determinação do motivo da ocorrência da corrosão e sua intensidade.

Eles podem ser o ambiente onde a estrutura se encontra, os agentes agressivos

presentes no meio e a capacidade de resistência da estrutura. Conforme Helene (1986) apud

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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Pellizzer (2015), a corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a

superfície dos fios ou barras de aço.

Esta película é formada pela presença de umidade no concreto, salvo situações especiais e

muito raras, tais como dentro de estufas ou sob a ação de elevadas temperaturas (>80˚C) e em

ambientes de baixa umidade relativa (UR<50%) mostrados nas Figuras 7 e 8.

Bolor e Mofo

Os revestimentos frequentemente estão sujeitos à ação da umidade e de microrganismo, os

quais provocam o surgimento de algas e mofo, e o consequente aparecimento de manchas pretas

ou verdes (PAZ et al., 2016). Segundo Kießl e Sedlbauer (2001), é muito comum na atualidade,

junto a processos judiciais, as causas estarem vinculadas ao surgimento de mofo nas edificações.

As chuvas quando incidem sobre materiais porosos como tijolo, argamassa e concreto

podem ser absorvidas, não escorrendo pela superfície. Uma vez aprisionada no interior do

substrato a água permanece por longo período devido à baixa velocidade de evaporação da

umidade penetrada no substrato, causando a formação de manchas na película (CONTI, 2009;

FONSECA, 2015).

Fissuras e trincas

As fissuras são comuns nas estruturas e são resultantes da fragilidade do concreto,

material não resistente à tração e que colapsa repentina e explosivamente. Entretanto, seu

número, localização e abertura são fatores decisivos para degradação das estruturas (BASTOS;

MIRANDA, 2017). Segundo (SOUZA et al., 1998) as fissuras por deficiências de projeto são

Figura 7. Exposição da armadura

pelo processo de corrosão. Figura 8. Exposição da armadura pelo

processo de corrosão na infraestrutura.

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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aquelas decorrentes de erros em dimensionamento de elementos estruturais ou, então, por falta de

detalhamento destes projetos para a orientação da execução. São erros que, normalmente,

resultam na manifestação de fissuras nas estruturas (BASTOS; MIRANDA, 2017).

De acordo com Carmona Filho (2005), a manifestação por fissuras é indício de que a

estrutura perde sua durabilidade e o nível de segurança, comprometendo sua utilização tanto na

redução de sua vida útil quanto no prejuízo ao seu funcionamento e estética, podendo causar a

corrosão da armadura, quando estas se encontram em ambiente agressivo indicado com a seta

visto na Figura 9.

Figura 9. Aparecimento de fissuras.

Aplicação do método dos fatores

Durante a visita a Ponte Barão de Jundiá, foram encontradas manifestações patológicas

originadas desde a fase de projeto até a fase de utilização. Não realizar manutenção frequente

gera um acumulo de deficiências e custo, que a certo ponto torna-se inviável.

Deve-se também pensar em soluções que facilitem as atividades de manutenção, pois

essas estruturas apresentam dificuldades de acesso.

Os ônus causados pela falta de manutenção da ponte mostram um retrato da

deterioração de elementos dessa obra de artes especial, que consigo traz problemas que

inferem na vida útil apresentados nas Figuras 10 e 11.

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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Pode-se observar na Figura 10 a deterioração das barreiras de proteção, corrosão nas

ferragens decorrente, descascamento da pintura nas laterais, mofos e fissuras devido à falta de

manutenção. Na Figura 11 há desgaste do pavimento pela presença de fissuras e acúmulo de

humidade nessa região causando infiltrações.

O Quadro 2 apresenta as pontuações finais obtidas pelo método dos fatores para cada um

dos elementos em que o edifício foi subdividido - estrutura, vedação vertical externa e vedação

vertical interna e suas vidas úteis estimadas.

Quadro 2. Classificação e pontuação realizadas com método dos fatores.

CLASSE DOS FATORES

Condições em

uso

Vedação

interna

Vedação

externa Estrutura

Considerando Pobre

(0.8)

Normal

(1.0) Bom (1.2)

CARACTERÍSTICAS

DE QUALIDADES

INERENTES

A

Nível

de

desempenho

inerente

Tipo de

material e/ou

grau -

Características

de durabilidade.

exemplo: grau

de resistência a

compressão

0,9 0,8 1

B Nível de

projeto

Detalhes da

Construção 0,9 0,9 0,8

C

Nível de

execução de

trabalho

Local de

trabalho 0,8 0,8 0,8

MEIO AMBIENTE D

Ambiente

interno

(parte

superior)

Características

especiais.

exemplo:

condensação

1 0,8 0,9

Figura 10. Deterioração das

barreiras de proteção.

Figura 11. Desgaste do pavimento

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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E

Ambiente

externo

(parte

inferior e

laterais)

Características

especiais.

exemplo:

ambiente

marinho

0,9 0,8 0,9

CONDIÇÕES DAS

OPERAÇÕES

F

Condições

em uso

referente

aos

elementos

de fundação

Características

especiais.

exemplo:

vandalismo

0,9 0,9 0,8

G

Cíclico.

incluindo

qualidade

0,8 0,8 0,8

Média/ Desvio

padrão 0,89 0,83 0,85

VIDA ÚTIL DE PROJETO MÍNIMA (VUP mínima)

segundo a NBR Européia EM 206 - 1 (2007) 100 anos 100 anos 100 anos

VIDA ÚTIL ESTIMADA (VUE) EM ANOS 88,57 82,86 85,00

A partir do Quadro 2, é possível concluir que, pelo método dos fatores, a vedação externa

tem uma vida útil estimada (VUE) em 83% do valor da vida útil de projeto mínima (VUP)

recomendada pela EN 206 – 1 (2007), enquanto a vedação vertical interna apresenta um

percentual de 89% e a estrutura com 85% da VUP mínima.

A idade da construção é de aproximadamente 48 anos, mostrando que a vida útil estimada

(VUE) foi reduzida 17.5 anos para a vedação vertical externa, 11.5 anos para a vedação vertical

interna e 15 anos para a estrutura.

Assim, observa-se a ausência parcial ou total de manutenção nos elementos da estrutura, o

que justifica a diminuição da vida útil da edificação, onde leva-se em consideração as prioridades

das manutenções e das medidas preventivas que devem ser realizadas na ponte definidas no

Quadro 3.

Quadro 3. Ordem de priorização para tomadas de decisão.

Elementos

VUP

correspondente a

VUE

PRIORIDADE

Vedação

(externa) 83% I

Estrutura 85% II

Vedação

(interna) 89% III

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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Analisando os resultados pelo método dos fatores observa-se que a priorização para

manutenções e cuidados com a estrutura dar-se: Vedação externa (parte externa da ponte),

Estrutura, Vedação interna (parte superior da ponte).

Além disso, observa-se que a classificação em percentagens dos fatores que influenciam

na durabilidade e vida útil da estrutura são equivalentes devido à falta de manutenção e políticas

de obras públicas que possibilitam o desenvolvimento das manifestações patológicas, sendo estas,

não observadas desde a concepção de projeto de obras especiais a sua execução.

Na Figura 12, considerando os resultados obtidos pelo diagnóstico visual na estrutura,

referente as ações antrópicas e ambientais, percebe-se que dentre tantas falhas observadas o nível

de desempenho, do projeto, a região superior da ponte e os elementos de fundação necessitam de

uma recuperação e ações frente as condições características definidas pelas normas de obras de

artes especiais.

Figura 12. Percentagem dos problemas observado.

As manifestações patológicas caudadas pelas ações ambientais e antrópicas intensificam o

mal desempenho da estrutura, pois a mesma foi projetada em uma época da qual as cargas

solicitantes de veículos pesados não eram constantes.

Por esse motivo, os elementos que constituem a região superior da ponte estão com

deficiências sendo estas fissuras causadas pelas vibrações dinâmicas, perca de abração do asfalto,

obstrução das vias de drenagem etc.

Nesse estudo observa-se que 17% das manifestações patológicas são referentes ao

conjunto da otimização dos projetos, execução e desempenho, que, no entanto, em alguns casos

não se leva-se em consideração, podendo haver problemas maiores futuramente.

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REVISTA CIENTÍFICA – Semana Acadêmica, Ceará, Fortaleza, 2019.

Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte

Barão de Jundiá, 48 anos de construção no município de Escada/PE.

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No que diz respeito ao projeto estrutural e levando em consideração a falta de manutenção

periódica na ponte, observou-se que o processo de lixiviação na infraestrutura é condicionado

pelo aumento do nível da água salobra e pela remoção da pasta do concreto utilizada no

revestimento da mesma.

A baixa alcalinidade, a dispersão dos cloretos livres e CO2 na região superficial da ponte

pode ocasionar corrosão na superestrutura, onde o acesso de pedestre é pelo acostamento e, o

mesmo, está muito degradado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo possibilitou obter os valores das vidas úteis estimadas dos elementos

construtivos da ponte em e que apresentam problemas. Além disso foi possível a utilização do

método dos fatores para priorização e possível resolução das manifestações patológicas

observadas na estrutura. Observa-se que a corrosão de armaduras em elemento estrutural, pelos

dois métodos abordados, deve ser primeiramente priorizada.

Em seguida, na ordem de priorização, aparecem os problemas encontrados na vedação

vertical externa, tais como fissuras, drenagem, eflorescência, e por último, a vedação vertical

interna que apresenta problemas nas juntas de dilatação, infiltrações, desgaste de pavimento,

corrosão nas “barreiras”.

Pode-se observar que a utilização do método em estudo visa a redução de custos, melhoria

no uso dos recursos financeiros e segurança da construção de forma simples e direta dependendo

do estado que as estruturas se encontram.

A inspeção visual “in loco” permitiu a identificação das manifestações patológicas que

leva a necessidade de intervenções imediatas de manutenção da ponte Barão de Jundiá, a fim de

reparar os danos consequentes das anomalias existentes e de desacelerar os processos de

degradação, permitindo assim um prolongamento da vida útil da estrutura.

Pode-se notar que a manutenção preventiva nesta obra de artes especial poderia diminuir o

avanço das manifestações dessa estrutura contribuindo para sua conservação.

Com os dados coletados deve ser realizada a devida manutenção e quando necessário à

reabilitação no intuito de alcançar o melhor desempenho que essa estrutura apresenta,

aumentando sua vida útil e garantindo o seu funcionamento por um maior período.

Evitando a intervenção de última hora, devido a problemas mais sérios onde causam

transtornos muito além do imaginável, na infraestrutura do município, uma vez que essa estrutura

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Utilização do método dos fatores para priorização de incidências patológicas na ponte Barão de Jundiá, 48 anos de

construção no município de Escada/PE.

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é parte fundamental para o acesso e locomoção na cidade, sendo esta a única via de acesso para o

deslocamento do centro urbano a bairro periféricos.

Com isso, na elaboração de novos projetos devem ser previstas medidas com o objetivo de

aumentar a durabilidade das estruturas e de dotá-las de disposições construtivas que permitam e

facilitem as ações de recuperação e manutenção.

Logo, fica evidente que as medidas voltadas para a manutenção, contemplem vistorias

periódicas, cadastro das obras, implantação de sistemas de gestão e planejamento e previsão

orçamentária para os serviços de manutenção e recuperação, visando maior tempo e qualidade no

uso desses tipos de construções.

AGRADECIMENTOS

O presente artigo é de grande importância para a comunidade científica/acadêmica e não

seria possível sem a colaboração de todos os participantes que se fizeram presentes durante sua

produção e desenvolvimento. Somos imensamente gratos a todos os envolvidos direta e

indiretamente, em especial a Profª. Drª. Eliana Cristina Barreto Monteiro e à Universidade

Católica de Pernambuco.

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