revista canção nova de junho de 2016

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Ano XIII - Nº 186 - Junho de 2016 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador clube.cancaonova.com ISSN 1806-1494

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A Revista Canção Nova é, acima de tudo, um instrumento de evangelização. Ela é um canal eficaz de comunicação da Canção Nova com os seus sócios, oferecendo a eles oportunidade de conhecer melhor esta obra e missão, levando conteúdos atuais e de evangelização, sempre anunciando o Cristo vivo e vivido.

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OSVALDO LUIZ Jornalista Responsável twitter.com/osvaldoluiz_

3Revista Canção Nova JUNHO 2016

CARTA AO LEITOR

Cachoeira Paulista- SP - BrasilCaixa Postal 57 CEP 12630-900Tel: 55 (12) 3186 2600 (24)h [email protected]

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Impressão: ESDEVA INDÚSTRIA GRÁFICA S.A.

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Padre Ermes Ronchi, sacerdote italiano da Ordem dos Servos de Maria, foi este ano o pregador dos

exercícios espirituais da quaresma para a Cúria Ro-mana. Ao falar sobre a parábola do Bom Samaritano, afirmou que a palavra compaixão no texto grego é tra-duzida como sentir “uma câimbra no ventre”, como que uma “mordida física”. Para dizer que compaixão não é algo teórico, mas muito concreto, que não nos deixa ignorar os que necessitam.

É este sentimento que move Jesus no episódio dos dez leprosos, refletido pelo Padre Fabrício este mês. Os do-entes gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” e foram curados nos passos da obediência.

Padre Jonas Abib, em sua carta mensal, fala do Pai das Misericórdias, também cheio de compaixão com o nosso estado. Diz que se impõe anunciar Seu amor: “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. Imagina a “câimbra” do apóstolo ao ver tantos aguardando por uma palavra de esperança, de bondade, de fé.

Estamos - nos lembra Luzia Santiago - no mês do Coração de Deus, da misericórdia, do amor. Mês de nos

aproximarmos do Senhor e de ensinarmos a outros “o caminho”, a prece: “Jesus, eu confio em vós!”. Todos precisam saber que, seja qual for a situação, não estão sozinhos, pois são alcançados pelo olhar misericordioso de Deus (Ação Jovem).

A matéria especial deste mês, assinada por Wallace Andrade, trata de um tema fundamental: saneamento bá-sico. Assunto abordado na Campanha da Fraternidade, mas que não se esgota frente a tantos desafios.

Nas páginas da revista, o cofundador da Comunidade Canção Nova, Eto, faz uma abordagem ao dia dos na-morados. O “+ Vida” trata dos alimentos presentes nas festas juninas e o padre Wagner Ferreira escreve sobre o Jubileu dos Sacerdotes.

Um abraço e boa leitura!

CHEIO DE COMPAIXÃO

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PALAVRA DO FUNDADOR

MONSENHOR JONAS ABIB Fundador da Comunidade Canção Nova

padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib

AI DE MIM, SE EU NÃO EVANGELIZAR

Na Segunda Carta aos Coríntios, São Paulo recorda a missão de cada cristão: evangelizar. Missão não

só dos padres, dos religiosos, mas de todos batizados. Diz o apóstolo dos gentios: “Somos, pois, embaixado-res de Cristo; é como se Deus mesmo fizesse seu apelo através de nós” (2Cor 5, 20).

Não são somente bons conselhos ou advertências que fazemos, por nós mesmos, aos nossos irmãos. É o próprio Cristo que exorta através de nós, especialmente median-te a nossa consagração. E qual é a grande mensagem, o grande apelo que Deus quer fazer por nosso intermédio? A resposta está no final deste versículo 20: “Em nome de Cristo vos suplicamos: reconciliai-vos com Deus”.

É como se São Paulo se ajoelhasse diante das pesso-as, dizendo: deixai-vos reconciliar com Cristo; Ele está suplicando! E Deus quer que nós procedamos assim: en-tendendo o que é a graça de deixar o pecado e tornar-se nova criatura, nos rebaixamos, nos “ajoelhamos” diante das pessoas dizendo: deixe-se reconciliar com Cristo.

Nessa missão de fazer Jesus conhecido e amado, São Paulo não “mede consequências”, está disposto a tudo: “Com os fracos, me fiz fraco, para ganhar os fracos. Me fiz tudo para todos, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante” (Cf. 1Cor 9, 22 e 23).

Foi dessa passagem que escolhi meu lema sacerdo-tal: “Feito tudo para todos”. Porque, como Paulo diz um pouco antes, pregar para mim não é glória, é uma obriga-ção: “ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!”(1Cor 9, 16). Ai de mim, se não anunciar as maravilhas que Deus fez, tem feito em minha vida e na Canção Nova.

Digo mais: ai de mim se não anunciar a reconcilia-ção neste Ano Jubilar, neste Ano da Misericórdia. Se não anunciar que há um Deus nos esperando, de braços abertos, cheio de compaixão para com o nosso estado; um Pai das Misericórdias!

Essa também é a única missão da Canção Nova: evangelizar. É para isso que, todos os meses, enfrenta-mos mil desafios. É por isso que estendemos as mãos pedindo a sua colaboração: “pela manifestação de Cristo e por seu reinado: proclama a Palavra, insista oportuna e inoportunamente” (2Tm 4, 1 e 2).

No dia 29 deste mês, a Igreja celebra o martírio de Paulo. Que o seu exemplo nos inspire a nos entregarmos sem reservas à missão, empregando todas nossas forças para levar Cristo às pessoas. Para que também, como o apóstolo, possamos um dia proclamar: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4, 7).

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PADRE WAGNER FERREIRA DA SILVAMembro da Comunidade Canção Nova twitter.com/pewagnercn

PALAVRA DA IGREJA

Misericordiosos como o Pai! O lema do Ano Santo da Misericórdia deverá motivar a vida do inteiro corpo

místico de Cristo, a Santa Igreja, em suas pastorais, nas atividades missionárias e evangelizadoras, nas celebra-ções das graças sacramentais, no anúncio da Boa Nova, no testemunho sociopolítico da fé em Jesus Cristo, o rosto da misericórdia do Pai.

Para este ano jubilar, o Papa Francisco programou di-versas celebrações, de modo que o povo cristão se torne ainda mais uma Igreja misericordiosa, uma Igreja que viva a alegria de dar a todos os povos a oportunidade de experi-mentar a redentora misericórdia de Deus. Entre estas cele-brações, destaco o jubileu dos sacerdotes, que ocorrerá em Roma, de 3 a 6 de junho do corrente ano. Se cabe a todos os fiéis cristãos a desafiadora missão de ser misericordio-sos como o Pai, caberá muito mais àqueles que foram con-sagrados, pela ordenação sacerdotal, a Cristo, Cabeça da Igreja e Pastor do rebanho.

“O sacerdote é o amor do coração de Jesus.” A fra-se do patrono dos sacerdotes, São João Maria Vianney, o cura d’Ars, evidenciava a identidade e a missão dos que

O JUBILEU DOS SACERDOTES NO ANO DA MISERICÓRDIA

são chamados por Cristo e pela Igreja ao sacerdócio mi-nisterial: ser o amor de Cristo ao povo de Deus. O Ano da Misericórdia se torna um momento propício da graça de Deus para que os padres exerçam seu ministério de tal modo que o povo se aproxime com confiança “do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno” (Hb 4,16).

Seria muito importante citar aqui os diversos pronun-ciamentos feitos pelo Papa Francisco aos sacerdotes, mas destaco brevemente a sua homilia da Missa do Santo Crisma – Quinta-feira Santa –, em 2013, cujas palavras ecoam ainda hoje. O Santo Padre afirmou que o sacerdote deve ser um homem “ungido” pelo Senhor, para que o povo seja “perfumado” pelo Ungido do Pai, Cristo Jesus. Para isso, o padre precisa ter o “cheiro das ovelhas”, ou seja, ser pastor no meio do seu rebanho.

É dever do povo cristão rezar pela santificação de seus pastores, e nada melhor do que o dia de oração pela santi-ficação do clero, que ocorrerá na solene festa do Sagrado Coração de Jesus. Que neste jubileu os padres sejam re-novados na graça recebida em sua ordenação sacerdotal e assim possam se assemelhar ainda mais a Cristo, o Bom Pastor, o pastor manso e humilde de Coração, o pastor cuja missão é dar a vida por suas ovelhas, resgatá-las do mundo hostil ao Evangelho e à dignidade humana.

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LUZIA SANTIAGO Cofundadora da Comunidade

Canção Nova twitter.com/luziasantiago

luziasantiago.cancaonova.com

PALAVRA EM DESTAQUE

O CORAÇÃO DE DEUS!

No ano da Misericórdia, a revela-ção e a fé nos ensinam de forma

concreta o mistério de Deus, o Pai das Misericórdias, e nos leva a re-corrermos à misericórdia em Nome de Cristo e em união com Ele.

São João Paulo II nos ensina na Encíclica “Dives in Misericordia”: Cristo não disse que o nosso Pai, aquele que “vê o que é secreto”, está sempre à espera de nós? Apelando para Ele em todas as necessidades compreendemos cada vez mais o mistério do Seu amor.

Em Nazaré, Jesus cita o profeta Isaías: “O Espírito do Senhor repou-sa sobre mim, e me enviou a anunciar a Boa Nova aos pobres, a proclamar a libertação aos cativos e o dom da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4,18). Ele mani-festa no seu viver e nas suas ações, como o amor está presente no mun-do, amor operante, notório especial-mente no contato com o sofrimento,

a injustiça, a pobreza, nas fragilida-des físicas e morais do homem.

Jesus revelou o seu coração mise-ricordioso nas palavras e nas obras. O Senhor se revela em parábolas como o bom pastor que vai em busca da ovelha, a mulher que varre a casa à procura da moeda perdida. Jesus, passou fazendo o bem, curando a todos, libertando, ensinando como viver a misericórdia: “Sempre que fizerdes isto a um dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40). “Bem-aventurados os misericordio-sos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Ele insiste na necessidade de perdoar aos outros como ensinou a Pedro o número simbólico de se-tenta vezes sete, ensinando que pre-cisamos ser generosos no perdão a partir do seu exemplo: “Tomai sobre vós o meu jugo, porque sou manso e humilde de coração, e encontra-reis descanso para vós” (Mt 11,28). “Quando na cruz um soldado golpeou-

-lhe o lado com uma lança, e imediata-mente saiu sangue e água” (Jo,19,34).

Cristo falou à nossa geração através de Santa Faustina dizendo: “Meu Coração está repleto de grande misericórdia para com as almas, e especialmente para com os pobres pecadores... por eles jorrou do meu Coração o sangue e a água como de uma fonte trans-bordante de misericórdia. Nada temas, estou sempre contigo.”

Se respondermos com o coração: “Jesus, confio em Vós!” encontrare-mos conforto em cada angústia. No mês do Sagrado coração de Jesus, fonte de Misericórdia, rezemos mui-tas vezes: “Jesus, confio em Vós!”.

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WELLINGTON SILVA JARDIM Cofundador da Comunidade Canção Nova twitter.com/etocneto.cancaonova.com

ADMINISTRAÇÃO E VIDA

NAMORAR CERTO, DÁ CERTO!Escrever sobre este tema nos dias de hoje é muito

difícil, pois muitos já não querem mais se relacionar como “manda o figurino!”

No meu tempo, no caso dos rapazes, quando queríamos namorar uma moça, ficávamos paquerando-a por um bom tempo, depois manifestávamos o desejo ao pai para dizer da nossa intenção, e, se o pai assim aprovasse, namorávamos a moça. E assim, com o coração feliz por tê-la escolhido. Claro, hoje em dia não vivemos mais isso e, para as moças, é uma grande libertação poder escolher com quem se casar, mas o que acho mais belo daquele tempo, é que os namoros davam certo. As pessoas namoravam e depois se casavam, e durava para sempre. E qual era o segredo? Por que hoje não se vive mais assim?

Alguns acreditam que namorar como antigamente era careta. Mas será que era mesmo? Por mais que muitos desejam ter uma vida mais livre, a maioria gostaria mesmo é ter alguém para a vida inteira. E o meu questionamento continua: por que antigamente era mais fácil manter um relacionamento mais duradouro e hoje não?

Eu acredito na experiência que fiz. Nos preocupávamos em conhecer mais o outro, havia conversa, respeito, vontade de crescer juntos como família. O homem trabalhava para o bem da família, e a esposa para ajudar o seu marido e educar os filhos. Havia muita conversa entre os dois, combinações sobre os rumos da família formada. Tinha o interesse em comum, o diálogo da vida conjugal. Tudo era nosso.

Não sou nenhum estudioso da área, falo daquilo que vejo e escuto de alguns casais que acompanhei, mas devido à globalização, o imediatismo, tudo rápido, o relacionamento virou segundo plano, e a carreira é o mais importante. Os valores se inverteram; se antes gastava-

se mais tempo com o cônjuge para que se conhecessem e assim o relacionamento durasse para a vida inteira, o tempo hoje é gasto na carreira profissional. Logo, o tempo do diálogo entre os esposos foi reduzido.

Queridos, é necessário gastar tempo com o namorado ou namorada, é preciso conhecer a fundo a história, a vida, as limitações e qualidades, é necessário conhecer quem se está namorando. Antes de qualquer coisa, o namoro é a fase do conhecimento. Disponibilize tempo, converse. Não é para conhecer o corpo do outro agora, e sim a alma. Se você for feliz no relacionamento, o que virá será consequência. O mundo disse que o jeito de namorar de antigamente estava errado, então propôs novos meios, e agora? Estamos colhendo o fruto de famílias aos pedaços. Este não era o plano de Deus. O plano dEle é: “O homem deixará a sua casa e se unirá a sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2,24). E uma só carne é para sempre, não tem como separar. Tire um pedaço da carne do seu corpo, veja o quanto fará falta. Logo, a(o) sua(seu) esposa(o) já é um com você, não dá para separar.

Irmãos, lutemos mais pela pérola que é a família. Devemos valorizá-la e dar qualidade à ela. A carreira profissional passa, mas a família é para sempre.

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PE. FABRÍCIO ANDRADEFormador Geral da Comunidade

Canção Novatwitter.com/pefabriciocn

A BÍBLIA FOI ESCRITA PARA VOCÊ

COMPAIXÃO E OBEDIÊNCIA, REMÉDIOS QUE CURAM

Somos surpreendidos pelos acontecimentos da vida. Não temos o controle de tudo e é isso que nos faz diferentes

de Deus, nós somos as criaturas e Ele o Criador, nós somos os filhos e Ele é o Pai. Vamos fazer nossa reflexão da Pala-vra, que neste mês é do evangelho de Lucas 17, 11-19. Sem a leitura da Palavra e um momento de silêncio seguido da oração pessoal, não vale a pena nem continuar lendo este texto! O importante é que você tenha um contato direto

com as Sagradas Escrituras, para depois num segundo mo-mento podermos juntos refletir e aplicar na vida aquilo que Deus mesmo nos anunciou!

Jesus estava indo para Jerusalém, tinha um objetivo a cumprir, não estava passeando ou sem nada pra fazer, quando dez leprosos apareceram diante dEle. Era costume que todos se desviassem de um leproso. Imagine: estavam eles num grupo de dez quando, a uma certa distância, pa-ram e gritam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Diz a palavra que os dez, gritaram juntos. Certamente, Jesus ouviu muito bem o grito de socorro daqueles dez homens.

Eles chamaram Jesus de Mestre, eram leprosos no corpo mas reconheciam a autoridade de Jesus mesmo havendo um samaritano entre eles. Recorreram à compaixão de Jesus e tiveram a resposta do pedido. Diz Jesus: “ide, apresentai-vos aos sacerdotes!” Era tradição que as pessoas curadas se apre-sentassem aos sacerdotes para oficializarem o milagre da cura, disso todos sabiam. Entretanto, quando Jesus dá essa ordem para aqueles homens, eles ainda estavam com lepra.

A Palavra deixa claro que terminada a fala de Jesus os leprosos se colocaram a caminho e foi nesse instante que foram curados. Caso esses homens não tivessem pronta-mente obedecido às palavras de Jesus teriam experimenta-do a cura? Não saberemos a resposta. Está claro, no entan-to, que a disposição para cumprir o que o Senhor ordenou foi a porta de chegada para o milagre. Se a desobediência e a indisposição adoecem uma pessoa e sua alma, a obediên-cia gera saúde para o corpo e força para a alma.

A lepra que atualmente ataca um grupo muito maior do que dez pessoas e, provavelmente, eu e você faze-mos parte dele, é o grupo dos “leprosos da desobediên-cia”! Isso mesmo, vamos adoecendo nosso corpo e nossa alma, simplesmente por não obedecermos com disposi-ção e confiança às ordens que Deus nos dá! Questiona-mos antes de obedecer, exigimos provas e explicações, tudo isso como condição para que talvez possamos dar a Deus a “chance” de ser obedecido por nós. Quase como se fôssemos os “mestres” e Ele devesse nos obedecer! Um absurdo, mas muito real em nossa postura religiosa e orações arrogantes.

Fomos aos poucos invertendo os papéis e exigindo que Deus obedeça nossas vontades e projetos pessoais. Criamos uma ideia de como Deus deve agir e curar-nos, do nosso jeito e na hora que quisermos. Entretanto, isso tem nos tornado pessoas capazes de não reconhecer os milagres já recebidos, bem parecidos com os nove ‘ex leprosos’ que não voltaram para dar glória a Deus pela cura que receberam.

O que vai de fato autenticar nossa cura não é a ausên-cia da “lepra”, mas se nos tornarmos pessoas capazes de “voltar para Jesus” e dar Glória a Deus. Quando quere-mos ter o controle de tudo e de todos, essa “lepra nossa de cada dia” ataca pessoas e relacionamentos. Somos su-focados e vamos nos distanciando de uma relação saudá-vel e verdadeira com Deus e com as pessoas. O remédio ministrado por Jesus naquela época é o mesmo usado nos dias de hoje: compaixão! Essa capacidade de estar com o outro e ser companheiro na dor e nas exigências dos acontecimentos que fogem do nosso controle!

Onde essa lepra nos contaminou o remédio não pode ser outro senão a compaixão de Deus e a nossa obediência a Ele! O louvor brota exatamente na boca do único dos ex-leprosos, que foi capaz de reconhecer que a cura tinha acontecido por intermédio de Jesus e não pelo “controle” que cada um teve da situação! Somos convidados a recor-rer a Jesus, mesmo carregados com nossas lepras e cada um sabe onde é mais atingido! Mesmo assim somos cha-mado a confiar que Deus escutará o nosso grito: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Faça a experiência, con-fie mais em Deus do que em você, e Ele vai surpreender você. Basta que O obedeça e se coloque a caminho!

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MATÉRIA ESPECIAL

35 MILHÕES DE PESSOAS SEM ÁGUA TRATADA

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Não é preciso ir muito longe para saber que “sanida-de” é uma qualidade ou virtude do que é, são. É tam-

bém um conjunto de condições que conduzem ao bem-es-tar e à saúde, higiene, salubridade. E, seguindo a rota, não é difícil descobrir que “saneamento” nada mais é do que uma série de medidas que tornam uma área sadia, limpa, habitável, além de oferecer condições adequadas de vida para uma população ou para a agricultura. Um pouqui-nho mais fundo nessa pesquisa, também se descobre que “saneamento” é um conjunto de ações para estabelecer princípios éticos rigorosos da administração pública.

Partindo de princípios como esses, a Campanha da Fraternidade de 2016, provoca uma reflexão pertinente e importante sobre o saneamento básico. Na quarta edição, de formato ecumênico, realizada em parceria com outras igrejas, propõe o tema “Casa comum, nossa responsabili-dade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).

Além disso, a Campanha conta com o apoio da Mise-reor, entidade Episcopal da Igreja Católica na Alemanha, que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, África e América Latina.

E não faltam motivos para que uma Campanha da Fra-ternidade como essa, “refresque” a memória dos gover-nantes e desperte neles o desejo de mudar o quadro caó-tico em que o saneamento básico do Brasil se encontra. Como explicar um país com 35 milhões de pessoas sem água tratada? Isso sem falar que metade dos brasileiros ainda enfrenta problemas por falta de redes para coleta de esgoto. E tem mais problemas, como os três mil lixões espalhados pelo território nacional e as milhares de famí-lias que vivem em áreas de risco, sujeitas a inundações e deslizamentos.

O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, não esconde a preocupação quanto aos desafios que o país precisa enfrentar. “Mesmo nos 100 maiores municípios do Brasil a situação de saneamento básico é muito ruim. E o pior é que as melhorias avançam muito pouco.” Por causa disso, a população é estimulada a colocar a mão na

massa e fazer sua parte como cidadão brasileiro. Édison faz questão de lembrar que projetos sobre saneamento básico, que nasceram durante a Campanha da Fraternidade desse ano, são sementes de espe-rança para as novas gerações. “Essa é a grande vitória! Fazer com que as pessoas das áreas mais distantes do Brasil, entendam que ter esse serviço é um direito delas. Portanto, que elas lutem por políticas públicas que atendam essa infraestrutura de saneamento.”

Mesmo sem ter o papel de coletar esgoto, remover lixões ou até mesmo de canalizar água tratada, as igrejas têm outra impor-tante missão nesse processo.

A missão de conscientizar as pessoas de todas as camadas sociais e o poder público das necessidades do sanea-mento básico para todos.

O Cardeal Arcebis-po de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, lembra que a realização de uma Campanha como a des-se ano pode provocar nas pessoas e no país o desejo de melhorias. “A Campanha da Fra-ternidade desse ano en-cerra-se, mas o assunto, o tema não. Ele continua a frutificar ao longo do ano e continuará a ser oca-sião de iniciativas que modifiquem o quadro atual no Brasil.”

3 MIL LIXÕES ESPALHADOS PELO TERRITÓRIO NACIONAL

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WALLACE ANDRADEJornalista Missionário Comunidade Canção Nova twitter.com/WallaceAndrade9

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Entre os anos de 1993 e 1994, o governo Itamar Franco tinha no setor de Meio Ambiente, o ex-ministro Rubens Ricupero. O jurista, economista e diplomata de carreira, não hesita em afirmar: “Se nós não fizermos algo urgente sobre saneamento básico no Brasil, a poluição nossa vai ser também nossa punição e vai representar a destruição da vida no planeta terra, porque não temos outro habitat. Daí o fato de que não só é uma “Casa Comum” citada no lema da Campanha da Fraternidade, mas é o fato de que esta é a única casa que nós temos.”

O repórter da TV Canção Nova em São Paulo, Sidi-nei Fernandes, mergulhou fundo no tema da Campa-nha da Fraternidade Ecumênica de 2016. Ele fez uma série de reportagens para o Canção Nova Notícias e

expressa um pouco do que viveu e aprendeu durante a produção des-

se material. “O futuro do planeta depende da água, a saúde pública depende do trata-mento do lixo e do esgoto. A pre-

servação do meio ambiente depende de onde vamos jo-gar e o que vamos fazer com o lixo. A intensidade dos de-sastres naturais vai

depender do que es-tamos fazendo com o meio ambiente e com

a natureza. Se o futuro da humanidade está

em nossas mãos, não dá pra permi-tir que realidades como a falta de

saneamento básico, existam sem que nada seja feito. O Papa Fran-

cisco nos lembra que se a terra é nossa casa comum,

a obrigação de não sujá-la também é. Vejo que o saneamento básico é um direito fun-

damental e uma necessidade humana.”O governo Federal diz que levou água e esgoto para

50 milhões de brasileiros nos últimos sete anos. 64 bilhões de reais vieram do Plano Nacional de Sane-

amento Básico, que prevê investimentos na ordem de 500 bilhões de reais, para universalizar o saneamento até 2033. “O cronograma de tratamento de esgotos não foi abandonado, pelo contrário, estamos investindo centenas de milhões de reais em tratamento de esgo-to, mas inescapavelmente numa velocidade um pouco menor do que nós gostaríamos.” A afirmação é do pre-sidente da Sabesp, Jerson Kelman.

Fica a torcida para que todos os projetos de saneamen-to básico espalhados pelo país saiam mesmo da gaveta e sejam colocados em prática. Afinal, esse seria só o ponto de partida para que nós, brasileiros, subíssemos esse de-grau tão desejado, que se chama qualidade de vida.

Desde o ano 2000, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), delega ao Conic – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil, a organização das Campanhas da Fraternidade Ecumênicas. Neste primeiro ano, a campanha abordou o tema “Dignidade humana e paz”, com o lema “Novo milênio sem exclusões”. Cinco anos depois, uma nova edição. A Campanha de 2005 falou de “Solidariedade e paz” e propôs o lema “Felizes os que promovem a paz”. A tercei-ra CFE aconteceu em 2010 e tratou da temática “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não po-dem servir a Deus e ao dinheiro”.

ECUMENISMO

“Se nós não fizermos algo urgente sobre saneamen-to básico no Brasil, a po-luição nossa vai ser tam-

bém nossa punição e vai representar a destruição da

vida no planeta terra, porque não temos outro habitat.” Rubens Ricupero

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- Terra Santa e Turquia | Pe. Evandro Lima- Santuários Marianos | Pe. Fabiano- Itália, Suíça, Alemanha e França | Pe. Paulinho, Diác. Nelsinho e Márcia- Santuários Franciscanos | Frei Jorge Hartmann e Cleto- Polônia e Itália | Pe. João Marcos e Gabrielle Sanchotene- Santuários Marianos | Pe. Marlon Mucio e Irmã Maria Eunice- Terra Santa | Pe. Fábio Camargos

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Page 13: Revista Canção Nova de Junho de 2016

+ VIDA

DRA. GISELA SAVIOLI Nutricionista clínica, escritorablog.cancaonova.com/maissaudetwitter.com/giselasavioliwww.giselasavioli.com.br

Revista Canção Nova JUNHO 2016 13

COMO SE ALIMENTAR DE MANEIRA SAUDÁVELmum é transgênico e um cientista francês alimentou alguns ratinhos por 2 anos com esse tipo de milho e cresceram diversos tumores nos bichinhos.

Conclusão: só coma esses produtos se conhecer a origem e, no interior, isso fica mais fácil do que nas grandes cidades. Mas na opção orgânica você pode consumir sem preocupações, mas vale a pena lembrar que algumas pessoas têm uma alergia “es-condida” ao milho e quem tem herpes deve tomar cuidado com a família do amendoim (as oleagi-nosas), pois contém arginina um aminoácido que pode ativar o gatilho para uma crise de herpes.

Neste mês, deixo uma receita de pinhão que vai fazer sucesso na sua festa! Mas não fique triste! No livro “Escolhas e Impactos, gastronomia funcional”, que escrevi em pareceria com o chef Renato Caleffi, há várias opções que você pode preparar também.

Neste período do ano, os preparativos para os festejos juninos estão a todo vapor; afinal,

quem não gosta das delícias que são preparadas nessas festas? Amendoim, cuscuz, arroz-doce, pé de moleque, bolos dos mais diversos tipos, quen-tão, canjiquinha, pamonha, milho cozido, pipoca, bolinho caipira; enfim, são tantas opções que não podemos esquecer “Tudo Posso, Mas Nem Tudo Me Convém.”

Existem várias preparações que são bem interes-santes, inclusive aquelas a base de mandioca, ar-roz, milho, pinhão, etc. Ao escolher um alimento, lembre-se o quanto este pode estar mais próximo da natureza como Deus fez.

Gostaria de deixar duas dicas sobre o milho e o amendoim. Quem me acompanha sabe que só deixo meus pacientes consumirem esses dois ingredien-tes, se forem orgânicos, por duas razões: o milho co-

PINHÃO À PROVENÇAL

Cozinhe o pinhão em água, na panela de pressão, sem sal e por 10 a 15 minutos após a pressão, retire a casca. Em uma frigideira, coloque fios de azeite e o alho até deixar o alho crocante. Retire o alho e reserve.Na mesma frigideira, sem alho, coloque os pinhões cortados ao meio e deixe-os ficar crocantes por fora. Adicione mais um fio de azeite e, em seguida, as ervas, os tomatinhos e o alho novamente; corrija o tempero com sal.Sirva com geleia de tomate e molho de pimenta. Esta receita você encontra no livro citado acima.

100g de pinhão com casca

5 tomatinhos-cereja

1 colher de café de ervas secas mistas

1 colher de sobremesa de salsinha picada

1 dente de alho Azeite Sal a gosto

INGREDIENTES

PREPARO

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14 Revista Canção Nova JUNHO 2016

AÇÃO JOVEM

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MARIANA NEPOMUCENO GONÇALVES SANTOS Colaboradora da Canção Nova

[email protected]

Os jovens, ao mesmo tempo em que são carentes de um olhar

de compaixão, também são alvos de julgamentos. Não seria novidade se disséssemos que atualmente passa-mos por uma grande crise, bombar-deados a todo momento por infor-mações, dúvidas, cobranças, medos e rótulos que nos fazem viver em um campo minado, que todos os dias nos convida a árduas batalhas.

A ideia aqui é lembrar os ami-gos, irmãos, familiares e compa-nheiros que a misericórdia divi-na está ao alcance de todos que a desejam. Basta dizer ‘sim’ a ela e continuar em sua luta diária, firme na realidade de que você é uma pessoa entregue ao Deus bondoso, cheio de amor e compaixão.

Mas entre tantas atitudes e ati-vidades que a misericórdia realiza, o jovem está sempre sendo obser-vado e cultiva dentro de si vários questionamentos: “será que estou no caminho certo?”, “estou sendo o que meus pais gostariam?”, “o que meus amigos vão pensar?”, “e se eu errar?” Só em ler essas per-guntas você já se perdeu em pensa-mentos e deu uma boa viajada nos seus sentimentos...

Normal, todo jovem carrega con-sigo pelo menos um peso. O que é preciso dizer é que não há necessida-de de carregá-lo sozinho, pois Deus se propõe a estar conosco quando nos oferece Sua misericórdia.

Isso mesmo, você nunca está sozinho! E é convidado a experi-mentar a misericórdia de Deus nas dificuldades em seu lar, na escola, no trabalho, na carência de não ser aceito por um grupo ou até mesmo

após cometer tantos erros. Deus é justo, porém misericordioso. Sua justiça e misericórdia são sinais concretos do Pai que espera incan-savelmente a volta de seus filhos, como na parábola do filho pródigo, repetida tantas vezes neste Ano da Misericórdia. O evangelho se atu-aliza e o Pai nos afirma a todo o momento Sua bondade, nos convi-dando a senti-la e vivê-la.

Quando é vivenciada essa reali-dade, é possível resgatar em nós a alta capacidade que há no coração jovem de oferecer amor, compai-xão e perdão ao próximo; senti-mentos e atitudes concretas que Cristo nos deixou como ensi-namento. Assim, em meio aos problemas e dúvidas enxer-gamos a vida e tornamo-nos capazes de oferecer compai-xão, e é disso que o mundo precisa. Jovem, o mundo precisa do seu olhar miseri-cordioso, da sua compaixão.

A receita não é simples.Na verdade, ela não existe, pois a misericórdia de Deus é algo inexplicável, mas mui-to concreta para quem a conhece e a experimenta.

Enfrentamos situações diárias sem ter um olhar de misericórdia que nos confor-te ou uma mão como apoio, mas precisamos con-tinuar firmes.

Por isso, a mensagem é simples: a cada obstáculo e superação da vida existe um olhar da misericór-dia do Pai sobre nós. A partir dis-so, reavive a capacidade de ofere-cer também ao seu próximo esse olhar misericordioso, que prova a existência de um Deus de amor, cuidando dos detalhes de sua vida!

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PROF. FELIPE AQUINOEscritor e apresentador da TV

Canção Nova blog.cancaonova.com/felipeaquino

FORMAÇÃO

O Relatório final do Sínodo dos Bispos sobre a Família rea-

firmou a doutrina católica sobre o matrimônio, sua indissolubilidade; e ressaltou a beleza da família e do plano de Deus para ela.

Os bispos recordaram as palavras do Papa Francisco: O Senhor “une os corações de duas pessoas que se amam e os une na unidade e na in-dissolubilidade”. “Isto significa que o objetivo da vida conjugal não é somente viver juntos, mas também

“SÍNTESE DO SÍNODO DAS FAMÍLIAS”

amar-se para sempre”. Eles desta-caram que Jesus entrou na história humana pela porta da família e que “a vida de Jesus é um modelo para a Igreja. Em seus trinta anos de vida oculta em Nazaré – periferia social, religiosa e cultural do Império –, Je-sus viu em Maria e em José a fideli-dade vivida no amor”.

O relatório destaca que “a irrevo-gável fidelidade de Deus como fun-damento da indissolubilidade do ma-trimônio. O amor profundo entre os cônjuges não está baseado somente

nas capacidades humanas. Deus sus-tenta esta aliança com a força de seu Espírito”.

O documento destaca a importân-cia das famílias numerosas na Igreja, “que são uma bênção para a comu-nidade cristã e a sociedade, porque a abertura à vida é exigência essencial do amor conjugal”. O Catecismo, diz que “os filhos são o dom mais excelente do matrimônio”. “Com estas luzes, a Igreja expressa sua profunda gratidão às famílias que

acolhem, educam, enchem de afeto e transmitem a fé aos seus filhos, de modo particular aos mais frágeis e marcados pela deficiência.”

O Relatório afirma o casamento somente como a união de um ho-mem e a mulher: “segundo a ordem da criação, o amor conjugal entre um homem e uma mulher e a transmis-são da vida estão ordenados um ao outro (Gênesis 1, 27-28)”.

Os bispos falaram da importância dos pais na educação religiosa dos filhos: “É importante que os pais se

envolvam ativamente no caminho de preparação para os sacramentos da iniciação cristã, em qualidade de primeiros educadores e testemu-nhos de fé para seus filhos”.

Sobre os homossexuais, foi con-firmado o que está no n. 2357 do Catecismo, onde a Igreja ensina o respeito a eles, sem discriminação injusta; a tendência homossexual não é pecado, sendo pecado a sua prática. E ressalta que “não existe fundamento algum para assimilar

ou estabelecer analogias, nem se-quer remotas, entre as uniões ho-mossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família”. Sobre os divorciados em segunda união, é falado da importância de acolhê-los na Igreja e recordar-lhes que não estão excomungados embo-ra sua situação seja irregular.

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TESTEMUNHO

LUANA BARBOSA Profissional de Rádio e TvColaboradora Canção Nova

DATAS ESPECIAIS

LITURGIA

DATADia 01 Quarta-feira 2Tm 1,1-3.6-12 Sl 122,1-2a. 2bcd (R. 1a) Mc 12,18-27

Dia 02 Quinta-feira 2Tm 2,8-15 Sl 24, 4-5ab. 8-9. 10.14

(R. 4a) Mc 12,28b-34

Dia 03 Sexta-feira Ez 34,11-16 Sl 22,1-3a.3b-4.5.6 (R. 1) Rm 5,5b-11 Lc 15,3-7

Dia 04Sábado Is 61,9-11 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R.

cf. 1a) Lc 2,41-51

Dia 05Domingo 1Rs 17,17-24 Sl 29,2.4.5-6.11.12a.13b

(R.2a.4b) Gl 1,11-19 Lc 7,11-17

Dia 06Segunda-feira 1Rs 17,1-6 Sl 120,1-2. 3-4. 5-6. 7-8 (R.

Cf. 2) Mt 5,1-12a

Dia 07Terça-feira 1Rs 17,7-16 Sl 4, 2-3. 4-5. 7-8 (R. 7) Mt 5,13-16

Dia 08Quarta-feira 1Rs 18,20-39 Sl 15,1-2a. 4. 5.8 11 (R. 1) Mt 5,17-19

Dia 09Quinta-feira 1Rs 18, 41-46 Sl 64,10abcd. 10e-11. 12-13

(R. 2a) Mt 5,20-26

Dia 10Sexta-feira

1Rs 19,9a.11-16

Sl 26,7-8a. 8b-9abc. 13-14 (R. 8b) Mt 5,27-32

Dia 11Sábado

At 11,21b-26; 13,1-3

Sl 97 (98),1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6 (R. 2a) Mt 10,7-13

Dia 12Domingo 2Sm 12,7-10.13 Sl 31,1-2.5.7.11 (R. cf 5ad) Gl 2,16.19-21 Lc 7,36-8,3

Dia 13Segunda-feira 1Rs 21,1-16 Sl 5, 2-3. 5-6. 7 (R. 2b) Mt 5,38-42

Dia 14Terça-feira 1Rs 21,17-29 Sl 50,3-4. 5-6a. 11.16 (R.

C f. 3a) Mt 5,43-48

Dia 15Quarta-feira 2Rs 2,1.6-14 Sl 30,20. 21. 24 (R. 25) Mt 6,1-6.16-18

Dia 16Quinta-feira

Eclo 48,1-15 (Gr. 1-14) Sl 96,1-2. 3-4. 5-6. 7 (R. 12a) Mt 6,7-15

Dia 17Sexta-feira

2Rs 11,1-4.9-18.20

Sl 131,11. 12. 13-14. 17-18 (R.13) Mt 6,19-23

Dia 18Sábado 2Cr 24,17-25 Sl 88,4-5. 29-30. 31-32. 33-34

(R.29a) Mt 6,24-34

Dia 19Domingo Zc 12,10-11;13,1 Sl 62,2.abcd.2e-4.5-6.8-9

(R. 2ce) Gl 3,26-29 Lc 9,18-24

Dia 20Segunda-feira

2Rs 17,5-8.13-15a.18 Sl 59, 3. 4-5. 12-13 (R. 7b) Mt 7,1-5

Dia 21Terça

2Rs 19,9b-11.14-21.31-35a.36

Sl 47,2-3a. 3b-4. 10-11 (R. Cf. 9d) Mt 7,6.12-14

Dia 22Quarta-feira

2Rs 22,8-13; 23,1-3

Sl 118, 33. 34. 35. 36. 37. 40 (R. 33a) Mt 7,15-20

Dia 23Quinta-feira 2Rs 24,8-17 Sl 78,1-2. 3-5. 8. 9 (R. 9b) Mt 7,21-29

Dia 24Sexta Is 49,1-6 Sl 138(139),1-3.13-14ab.14c-15

(R. 14a) At 13,22-26 Lc 1,57-66

Dia 25Sábado

Lm 2,2.10-14.18-19

Sl 73,1-2. 3-4. 5-7. 20-21 (R. 19b) Mt 8,5-17

Dia 26Domingo

1Rs 19,16b.19-21 Sl 15,1-2a.5.7-8.9-10.11(R. 5a) Gl 5,1.13-18 Lc 9,51-62

Dia 27Segunda-feira

Am 2,6-10.13-16

Sl 49, 16bc-17. 18-19. 20-21. 22-23 (R.22a) Mt 8,18-22

Dia 28Terça-feira

Am 3,1-8; 4,11-12 Sl 5,5-6. 7. 8 (R. 9a) Mt 8,23-27

Dia 29Quarta-feira

Am 5,14-15.21-24

Sl 49, 7. 8-9. 10-11. 12-13. 16bc-17 (R. 23b) Mt 8,28-34

Dia 30Quinta-feira Am 7,10-17 Sl 18,8. 9. 10. 11 (R.10b) Mt 9,1-8

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1ª leitura 2ª leitura EvangelhoSalmo

01/06 – Semana Mundial do Meio Ambiente 03/06 – Sagrado Coração de Jesus 04/06 – Imaculado Coração de Maria 09/06 – São José de Anchieta 12/06 – Dia dos Namorados

13/06 – Dia de Santo Antônio29/06 – Dia de São Pedro e São Paulo

Revista Canção Nova JUNHO 201618

No final da tarde, quando chego em casa depois de um dia de trabalho, sempre vou até a varanda

para espairecer. Nesse momento, busco sempre ficar em silêncio, sem celular por perto, só eu e o pôr do sol sobre a Serra da Mantiqueira.Tenho o privilégio de assistir a esse espetáculo da natureza todos os dias e de camarote, algo que não canso de presenciar. A cada dia, o sol, as nuvens que se formam, os tons alaranjados que ali surgem me surpreendem. Tem dias que minhas amigas assistem a essa atração junto comigo e até brincamos dizendo entre nós que Deus veio até ali com um pincel e pintou aquele pôr do sol, criando um belo quadro, um presente da natureza.Natureza fascinante, vida transformadora da qual fazemos parte. Em cada rio, floresta, deserto, mar há uma essência peculiar, pequenos detalhes que demonstram a presença, a perfeição e o cuidado de Deus, quando criou cada um desses lugares.Por isso, temos a obrigação de cuidar e respeitar o meio ambiente, pois esse ato é também um sinal de obediência a Deus. Assim demonstramos nosso amor ao próximo. Se desejamos viver bem, devemos em primeiro lugar, respeitar uns aos outros, o que resulta em cuidar do ambiente onde vivemos.Precisamos estar atentos, pois Deus fala através da natureza, é nítido aos nossos olhos.Vejam as grandes catástrofes nesses últimos anos. Às vezes, tenho a sensação de que o meio ambiente é frágil.No entanto, ao assistir a esses grandes desastres ambientais percebo como é grande a força da natureza e como somos pequenos diante da criação de Deus.A natureza é um dos maiores e mais belos presentes que Deus nos deu. Nela, vemos a beleza e a perfeição do Criador.

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São Pedro Gloriosíssimo São Pedro, creio que vós sois o fundamento da Igreja, o pastor universal de todos os fiéis, o depositário das chaves do céu, o verdadeiro vigário de Jesus Cristo; e eu me glorio de ser vossa ovelha, vosso súdito e filho. Uma graça vos peço com toda a minha alma; guardai-me sempre unido a vós e fazei que antes me seja arrancado do peito o coração do que o amor e plena submissão que vos

devo nos vossos sucessores, os Pontífices Romanos.Viva e morra como filho vosso e filho da Santa Igreja

Católica, Apostólica, Romana. Amém!São Pedro, rogai por nós!