revista brazileños - quinta edição

46
Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 1 ARTES VISUAIS - CINEMA - DANÇA - LIVROS - MÚSICA - TEATRO NOVEMBRO 2015 SALEM’S LOT VIAJANTES LIBERTÁRIOS, REBELDES ENSANDECIDOS RESISTÊNCIA HISTÓRICA NA CENA UNDERGROUND pág. 18 Pág. 42 Pág. 24 Pág. 10 KALUNGA: UM LUGAR SAGRADO Brazileños ELES LUTAM HÁ 300 ANOS POR LIBERDADE E RESPEITO

Upload: agencia-brazilenos

Post on 24-Jul-2016

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 1

A R T E S V I S U A I S - C I N E M A - D A N Ç A - L I V R O S - M Ú S I C A - T E A T R O

N O V E M B R O 2 0 1 5

SALEM’S LOT

VIAJANTES LIBERTÁRIOS,REBELDES ENSANDECIDOS

RESISTÊNCIA HISTÓRICANA CENA UNDERGROUND

pág. 18

Pág. 42

Pág. 24

Pág. 10

KALUNGA: UMLUGAR SAGRADO

Brazileños

ELES LUTAM HÁ 300 ANOS POR LIBERDADE E RESPEITO

Page 2: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 2

Franca Vilarinho - Leonardo Farias - Pablo Luiz - Walkiria Zanatta

brazilenos.com.br

b

QUALIDADE EM CONTEÚDO.

A aGÊNCIA BRAZILEÑOS MUDOU SUA IDENTIDADE VISUAL. ENTRETANTO, O FOCO CONTINUA SENDO PRODUZIR O MELHOR CONTEÚDO PARA DIVERSAS PLATAFORMAS.

Page 3: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 3

Page 4: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 4

ELES LUTAM HÁ 300 ANOS POR LIBERDADE E RESPEITO

KALUNGA: UM LUGAR SAGRADO

VAMOS CUIDARDO QUE É NOSSO

RESISTÊNCIA HISTÓRICANA CENA UNDERGROUNDVIAJANTES LIBERTÁRIOS,REBELDES ENSANDECIDOS

REGISTROS

SALEM’S LOT

INDICAÇÕESNEW POLITICSAMERICAN HORROR STORY

PÁG. 44

PÁG. 45

PÁG. 42

PÁG. 10

PÁG. 38

Í[email protected]/AGENCIABRAZILENOS

PÁG. 18

1408 PÁG. 32

PÁG. 24

Page 5: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 5

BRAZILENOS.COM.BR

FOTO: FRANCA VILARINHO

Page 6: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 6

EDITORA-CHEFE WALKIRIA ZANATTA

EDITORES FRANCA VILARINHOLEONARDO FARIAS

PABLO LUIZ

DIAGRAMAÇÃO LEONARDO FARIAS

DIREÇÃO DE ARTE LEONARDO FARIAS

PABLO LUIZ

REVISÃO WALKIRIA ZANATTA

PESQUISA DE IMAGENS PABLO LUIZ

DIRETOR DE REDAÇÃO WALKIRIA ZANATTA

MÍDIAS DIGITAISPABLO LUIZ

SUPERVISÃO GERAL WALKIRIA ZANATTA

FOTOGRAFIAS

FRANCA VILARINHO

JORNALISTAS RESPONSÁVEIS FRANCA VILARINHOLEONARDO FARIAS

PABLO LUIZWALKIRIA ZANATTA

CONTATO [email protected]

(+55) 61 [email protected]

(+55) 61 [email protected]

(+55) 61 [email protected]

(+55) 61 8269-8884

EDITORA-CHEFEWALKIRIA ZANATTA

UMA PUBLICAÇÃO DA AGÊNCIA BRAZILEÑOS

BRAZILENOS.COM.BRTWITTER E INSTAGRAM: @AGENCIABRAZILENOS

Brazileños

EDITORIAL

É em 1530 que começa a quinta edição da revista Brazileños, quando desembarcaram no Brasil quase três milhões de negros, trazidos pelos portu-gueses de suas colônias na África para serem utilizados como escravos nos engenhos de açúcar no Nordeste.Com o foco voltado a Consciência Negra te le-varemos para conhecer o povo Kalunga que há 300 anos lutam por liberdade e respeito. Confira a seguir a opinião de Felipe CDC,um guerreiro do rock underground, vocalista de três bandas aborda a respeito do cenário do gêne-ro musical, e conheça a geração Beat, conhecidos por serem viajantes libertários e rebeldes ensan-decidos e seu legado se faz presente na criação e evolução do rock, na luta contra o racismo, homo-fobia, na consciência ecológica e no respeito social. Não perca os eventos, a indicação de música, o seriado que por sinal é American Horror Story, que tem dado o que falar com a nova temporada junto a atuação da cantora Lady Gaga; o filme éuma das adaptações do mestre do suspense Stephen King, o terror psicológico te leva junto ao protago-nistaaofamosoHotelDolphin,fiqueemqualquerum de seus quartos, mas não entre no 1408. A in-dicação de livro traz o “poder recrudescente do mal”, o segundo livro de King, Salem’s Lot apre-senta uma nova versão das histórias doDrácula eé de tirar o fôlego. E ainda há muito conteúdo, en-tão não perca tempo, sente-se, relaxe e divirta-se. b

Page 7: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 7

FOTO: FRANCA VILARINHO

Cidade de Goiás também conhecida como Goiás

Velho, rua típica com antigas casas.

Page 8: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 8

Page 9: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 9

Page 10: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 10

ESPECIAL

POR FRANCA VILARINHO

RESISTÊNCIAHISTÓRICA NA CENAUNDERGROUND“ACREDITO NO ROCK, ELE SALVA E É A SALVAÇÃO” (FELIPE CDC)

INSTAGRAM.COM/AGENCIABRAZILENOS

Page 11: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 11

FOTO: JACKELINE SALES

BRAZILENOS.COM.BR

Page 12: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 12

ESPECIAL

Page 13: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 13

FOTO: JACKELINE SALES

Page 14: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 14

oFelipeCDC,guerreirodorocke jáatrasadopara a entrevista. O cara já editou zine inde-pendente, trabalhou em loja famosa no conic, produziu inúmeros eventos, é letrista e vocalista de três bandas formadas geralmente no centro pulsante do submudo da arte e da cultura alter-nativa da capital federal. Insiste em dizer que é por teimosia e por gostar muito de fazer um som, que permanece na cena underground até hoje. Tocou no Porão do Rock, o maior festival docentrooeste,noFerrocknaCeilândia,gravoudiscos e serve de inspiração para a nova geral de roqueiros da cidade “O rock pode não esta em evidencia no momento, mas nunca vai dei-xar de existir” acredita que sempre vai ter aque-la pessoa que resiste, e vai continua, ”O rock não é umamusica demomento”disseFelipe. E é neste cenário, nas vielas e be-cos, nesta mistura de tipos tão diferentes, e atitudes distintas que encontramos o FelipeCDC e o Capitão Barbosa Osvaldo, guitar-rista do Terror revolucionário, para falar so-bre banda, rock e futuro da cena, confira:

Capitão Barbosa Osvaldo, quando você conheceu o Felipe CDC? Eu conheci o Fellipe CDC aqui noConic em 1998, mas antes em 97 assisti uma apresentação do Deathaslam no buraco doRock aqui em frente, e também fui ao lança-mento da coletânea atitude no teatro gara-gem, uma produção do Felipe CDC, mas foiaqui que começamos a conversar sobre bandas e em seguida já marcamos o primeiro ensaio em Taguatinga e daí surgiu o Terror Revolu-cionário, neste primeiro ensaio já fizemos quatro musicas, e o marcamos outro ensaio, e isso já estamos tocando juntos há treze anos.

oi na porta da lendária loja de discos devinil,“BerlinDisco”noConic,re-duto de roqueiros, punks, metalíferos e vanguarda em geral, que aguardava F

ESPECIAL

Page 15: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 15

FOTO: JACKELINE SALES

Fellipe, você é o principal letrista das ban-das Deathaslam e do terror revolucionário, o que você aborda nas letras? Abordo temas sócio político, não que a gente se restringem somente a isso, mas 95 por cento das letras tem influencia hard-core, apesar de não sermos punk, a gente se identifica muito com esse universo, e tenta trazer para cena mais metal, essas influen-cias de atitude e letras que a agente admira,

Felipe, quem escuta vocês? Quase ninguém escuta a gente na ver-dade, cara (muitos risos), estamos a vinte e cin-co anos na estrada, completamos em outubro, e o publico que iam no inicio ainda no século passado, são raros os que ainda vão aos shows, podemos contar nos dedos. O que mudou é que as pessoas vão pouco aos shows, mesmo antes a molecada não tinha internet e watssapp, e toda essa putaria toda a pessoal sai mais de casa pra se divertir, hoje junta baixar vídeo de graça, medo da violência, falta de espaços para as apresentações, políticas publicas para apoiar a cena handregaud, tudo isso é virou uma bola de neve de problemas que meio que atrapal-hou a cena independente, mais do antes. Hoje é mais fácil ter algumas coisas gravar um cd e jogar na internet, mas por outro lado as pessoas não saem mais de casa, e isso gera uma serie de problemas para bandas que dependem da venda de ingressos para bancar os custos da produção dos Show, e se manterem na cena alternativa.

O que você espera para o futuro? O rock não é uma musica de momen-to, se voce pegar uma linha do tempo, os anos 60 ele já existia e continua ate hoje, outros estilos duram cinco ou seis anos e desapare-ceram, mas o rock pode não esta em eviden-cia agora, mas ele nunca vai deixar de existir.

Page 16: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 16

ESPECIAL

DEATHSLAM(atualmente)Atual formação: Adélcio (guitarra – Seconds of Noise), Ademir (bateria – Seconds of Noise e Who Farted?), Fellipe CDC (vocal – Ter-ror Revolucionário e Caligo) e Itazil (baixo – também da Seconds of Noise e Flashover)Materiais lançados: Jesus Cristo: Comércio e Re-presentações Ltda (CD solo com capa ilustradapelo desenhista e anarco punk Broba), compac-to Split com a banda Terror Revolucionário, LP Split com a banda paulista Cruel Face (lado daDeathSlam tem ilustraçãodoartistaplásticoFer-nandoCarpaneda),CDSplit comabandapaulis-ta Rot), participações diversas em Atitude 1 e 3, Unidos pela causa underground e Noise for deaf.

TERROR REVOLUCIONÁRIO (fev/1999)Atual formação: Adriana (baixo – já to-cou nas bandas Death Slam, Kaos Klitoria-no, Políbias, Besthoven e Teratogenia), FellipeCDC, Jeferson (bateria – também da CrushedBones) e Capitão Barbosa Osvaldo (guitarra)Abanda lançou seumais recenteCD,Mr.Crack.Outros materiais gravados: Split compacto com aDeathSlam,Split compactocomaDEFY,par-ticipações em diversas coletâneas em K7 e CDs.Vai sair em 2016 um Split compacto com a ban-da Galinha Preta gravado ao vivo no Conic.FellipeCDCeAdrianajátocaramjuntosnaDeathSlam na metade dos anos 90 e também o extinto projeto Teratogenia. Fellipe e Jeferson já toca-ram juntos no extinto projeto Slam Noise Terror.Jeferson e Barbosa já tocaram jun-tos no extinto projeto Mayombe.Barbosa já tocou nas extintas ban-das Innocent Kids e Possuído Pelo Cão.Barbosa organiza uns eventos de vez em quan-do. O mais famoso deles é o festival Caga Sangue.

CALIGO (fev/2012)Formação: Fellipe CDC (vocal), Marra (bateria–KingVoid),Santos(baixo–daIntoTheDust)e Walison (guitarra – da Isolate). Recentemente, gravouoCDdemoTemplodadescrença.Abandaéde doom metal e tem algumas poesias musicadas do escritor Augusto dos Anjos. Em breve sairá a parti-cipação na série Valendo no Orbis, gravações ao vivo disponibilizadas no canal virtual do estúdio.

Page 17: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 17

FOTO: JACKELINE SALES

Page 18: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 18

POR FRANCA VILARINHO

KALUNGA: UMLUGAR SAGRADOINSTAGRAM.COM/AGENCIABRAZILENOS

CAPA

ELES LUTAM HÁ 300 ANOS POR LIBERDADE E RESPEITO

Page 19: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 19

BRAZILENOS.COM.BR

FOTO: FRANCA VILARINHO

Page 20: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 20

CAPA

Page 21: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 21

nos engenhos de açúcar no Nordeste. Tratados como mercadoria, submeti-dos aos piores castigos, perseguidos por capitães do mato, muitos desafiaram os “Senhores” e fu-giram em busca de liberdade e assim criaram os quilombos, o mais famoso foi o de Palmares. Alguns ainda se mantêm como antigamente e sobrevivem até hoje. É o caso dos Kalunga, no município de Cavalcante, no Estado de Goiás, a 350 quilômetrosdeBrasília.Formadoporescravoscom-prados na Bahia e trazidos para trabalhar no garim-po de ouro, permaneceram escondido por mais de 150 anos, sem nenhum contato com a civilização. O Povo Kalunga é muito festeiro, celebram vários santos, fazem muitos rituais cerimoniosos, como aFestadoImpérioeolevantamentodomastrodoDi-vino,coroaçãodoreiedarainhaeaFestadoDivino. Na Folia de Reis os homens saem a cavalofazendo um giro por toda a comunidade, enquanto as mulheres saem na frente para preparar à comida para a comitiva na casa onde eles pousam. É nas festas que o sagrado e o profano se misturam. Primeiro a rezas, o terço com as ladainhas das rezadeiras e pro-cissões, depois vem à dança tradicional conhecida como Sussa, tão empolgante que ninguém se importa com a poeira que sobe e a folia vai até o dia raiar no ritmomarcantedostambores,violaepandeiro.Mu-lheres mantém uma tradição antiga, elas dançam com uma garrafa na cabeça, mostrando muita agilidade. Os Kalungas traduzem toda a alegria de um povo que luta para manter viva sua cultura, tradição e memórias.

m 1530 desembarcaram no Brasil quase três milhões de negros, trazi-dos pelos portugueses de suas colônias na África e utilizados como escravos E

FOTO: FRANCA VILARINHO

Page 22: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 22

CAPA

Page 23: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 23

FOTO: FRANCA VILARINHO

Page 24: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 24

ESPECIAL

POR FRANCA VILARINHO

VIAJANTESLIBERTÁRIOS,REBELDESENSANDECIDOSINSTAGRAM.COM/AGENCIABRAZILENOS

DOIDICES, TALENTO, CRIATIVIDADE SOMADO AO SEXO EM GRUPO, DROGAS E ROCK, MARCOU A GERAÇÃO BEAT

Page 25: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 25

IMAGENS: REPRODUÇÃO

BRAZILENOS.COM.BRBRAZILENOS.COM.BR

Page 26: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 26

ESPECIAL

Page 27: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 27

Page 28: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 28

FOTOS E REGISTROSESPECIAL

almas inquietas de Jack Kerouac, Allen Ginsberg,Gregory Corso, William S. Burroughs e Lawrence Ferllinghetti, criadores e lideres da Geração Beat.Produziam poesia e literatura viscerais, movidos a drogas, álcool, sexo livre e jazz. Cruzavam o Pais de carona, se hospedavam em hotéis baratos, bebendo, compondo obras alucinadamente, que chocam até hoje pelo desprendimento e frescor de liberdade. Influenciamo comportamentodos jovens atéhoje. AGeração Beat influenciou os punks rock,com sua verve selvagem e constatadora, lutou pela liberdade sexual, o livro “On the Road” (1957) de JackKerouac, foi a “Bíblia hippie” na contracultu-ra, ele conta no livro a viagem de sete anos onde atravessou os EUA, com suas idas aoMéxico. Es-creveu em três semanas, com uma máquina de es-crever e dois rolos de papel (para não ter de parar para colocar novas folhas na máquina). Seu jeito sem preocupação com pontuação e parágrafo, foi estimulado pelo uso de álcool e drogas. O poeta Allen Ginsberg, em seu prin-cipal livro, Uivo e Outros Poemas (1955-1956), dizem que ele inspirou os hippies, com-punha suas poesias a base de LSD comoWilliam Burrougs (1914-1997), Almoço Nu (1959). Sofreu com o uso de drogas, em um ato de loucu-ra, tentou acertar um tiro em um copo que estava na cabeça de sua mulher e acidentalmente a matou. LAWRENCEFERLINGHETTI(1919-),UmParquedeDiversõesdaCabeça(1958)suaeditora,aCity Lights, publicou as principais obras do movimen-to. Algumas lhe deram muita dor de cabeça – ele chegou a ser preso após lançar Uivo, acusado de obscenidade. GREGORY CORSO (1930-2001),Bomb (1960), abandonado pela mãe, pas-sou por vários orfanatos, foi preso por furto na adolescência. Foi o seu amigo Ginsberg queo introduziu ao grupo, tornou-se poeta revol-tado, foi internado várias vezes em hospícios. O legado da Geração Beat se faz presente na criação do Rock n’roll e sua evolução, na luta contra o racismo, ho-mofobia, na consciência ecológica e no respeito social.

m grito de rebeldia, que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, bagunçou asociedade certinha e careta dos Esta-dos Unidos da América, nos anos 50, U

Page 29: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 29

Page 30: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 30

ESPECIAL

Page 31: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 31

Page 32: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 32

FILMEPOR WALKIRIA ZANATTA

Page 33: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 33

O HOTEL DOLPHIN CONVIDA VOCÊ A FICAR NUM DE SEUS MARAVILHOSOS QUARTOS,

EXCETO UM, NÃO ENTRE NO 1408.

IMAGENS: REPRODUÇÃO

Page 34: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 34

FILME

Ofilme éum terrorpsicológicobaseadonumdoscontos do livro Tudo é Eventual do mestre do suspense Stephen King. O longa-metragem con-ta a história deMikeEnslin interpretado por JohnCusack, que ganha a vida viajando e ficando emquartos assombrados, depois os classifica em umaescala de “caveiras” para definir o quão assusta-dores são. Enslin é cético, pois até hoje não encon-trou evidências de que exista vida após a morte. Depoisde receberumcartãodizendoparaele não entrar no quarto 1408 do hotel DolphineledecideiratéNovaYorkesehospedarnoquar-to, que tem fama de ser habitado por espíritos ma-lignos. O gerente do hotel, Gerald Olin interpretado peloatorSamuelL.Jackson,oavisaque56mortesjá ocorreram no quarto,masMike está decidido aconferir se sua fama está condizente com a verdade. “O tema de residências assombradas é mui-to usado nas produções cinematográficas e, sejaqual for a natureza do fenômeno, este, sempre vai fascinar e atiçar o profundo imaginário humano. O ambientedofilmeélimitadoenosdeixanamesmatensão que o personagem, a diversidade de cenári-os é dispensada, mas em compensação há atuações realmente ótimas. Não existe um vilão, este papel é dado ao quarto que além dos espíritos adquire a per-sonalidade de quem está ali, o matando aos poucos com seus piores pesadelos. Há um aditivo de medo, junto ao drama criando um suspense de tirar o fôlego. OdiretorMikaelHafstromeoroteiristaMattGreenberg conseguem captar a grandiosidade e a es-sência das obras do mestre do suspense dando um ponto de partida simples e o caminho até o clímax é rápido, mas sem atropelar as emoções, deixando o terror intenso e evidenciando a desorientação do pro-tagonista e o consequente flerte com a insanidade.E como diriaMike, concedo ao filme 10 caveiras!

quão assustador pode ser um quarto de hotel? Se você entrarno 1408, perca toda e qualquer esperança de conseguir sair.O

Page 35: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 35

Page 36: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 36

EVENTOSPOR WALKIRIA ZANATTA

ZOMBIEWALK

Page 37: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 37

e sem fins lucrativos reuniu amantes de zumbis,terror e histórias apocalípticas e tudo relaciona-do ao gênero. Todos estavam a caráter e maquiados de zumbis ou sobreviventes para uma caminhada calma que partiu da Torre de TV, seguindo pelo Pá-tio Brasil, Eixinho, CONIC, Conjunto Nacional, Ro-doviária e chegou ao fim no Museu da República.

o dia 07 de novembro, às 15h30, a capital do Brasil foi invadida por mortos vivos. O fato é que o Zombie Walk, evento realizado em espaços públicos, livre para todos os públicos N

IMAAGEM: REPRODUÇÃO

Page 38: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 38

INDICAÇÕESPOR LEONARDO FARIAS

MÚSICA

formado em 2009, com uma pegada de Pop Rock In-die.TemcomointegrantesDavidBoyd,SørenHansen,Louis Vecchio. “A Bad Girl in Harlem”, é o segundo álbum do grupo, gravado em 2013. A música principal “Harlem”, fez sucesso entre o meio publicitário, com participações em comerciais do Windows 10 e Taco Bell. É uma batida envolvente e bem animada, com um estilo americanizado, característica presente em todoálbum.Mesmoosvideoclipesseguemesteestilo,retirando traços dinamarqueses de seu trabalho, já que apresentam no disco sua mudança para o Brooklyn, e como podem ser pessoas normais iguais qualquer um.

elo nome parece ser uma banda que fala sobre os problemas da política amer-icana. Não, nada disso. Os sons vêm da Dinamarca, da capital Copenhague, P

NEWPOLITICS

Page 39: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 39

FOTO: REPRODUÇÃO

Page 40: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 40

INDICAÇÕESPOR WALKIRIA ZANATTA

SÉRIES

AMERICANHORRORSTORY

Page 41: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 41

sequências, pois cada uma é centrada em um tema difer-ente, mantendo o mesmo elenco, os quais em cada tempo-rada interpretam personagens completamente diferentes.

1ª Temporada: Murder HouseDevido a conflitos relacionados a relacionamentos a família Harmon muda para uma mansão em Los An-geles. Ben Harmon interpretado pelo ator Dylan Mc-Dermott, a esposa Vivien, a atriz Connie Britton e a filha do casal Violet, Taissa Farmiga, descobrem que não estão sós e a casa possui um ambiente sobrena-tural, repleto de fantasmas que morreram ali dentro.

2ª Temporada: AsylumNos anos 60, Irmã Jude, a atriz Jessica Lange, Irmã Mary Eunice, Lily Rabe e Don Thimothy Howard, Jo-seph Fiennes, comandam a Instituição Mental Briar-cliff, responsável por tratar criminosos com problemas mentais. Os clientes do manicômio são atormentados por criaturas bizarras e em complexo estado mental.

3ª Temporada: CovenOs únicos que restaram dos julgamentos das brux-as de Salem, no século XV, correm risco de extinção três séculos depois. Uma escola especial de New Or-leans ensina formas de defesa a ataques misterio-sos. A jovem Zoe, Taissa Farmiga acaba de chegar e guarda um segredo enquanto a líder Fiona, Jes-sica Lange volta à cidade para proteger as bruxas.

4ª Temporada: Freak ShowJupiter, Florida, 1952. Uma trupe de circo de horrores, formada por pessoas extremamente incomuns, acaba de chegar à pequena vila. Além disso, uma entidade obscura ameaça as vidas de todos os residentes da região.

5ª Temporada: HotelO detetive e pai de família John Lowe, o ator Wes Bentley se muda para o Hotel Cortez para investigar uma série de assassinatos que aconteceram no local. A dona do imóvel é a Condessa Elizabeth, interpre-tada por Lady Gaga, ela aprecia arte, moda e sangue.

riadoem2011pelodiretorBradFalchukepelo produtor Ryan Murphy a série ame-ricana tem foco em histórias de terror, a qual possui cinco temporadas que não são C

IMAGENS: REPRODUÇÃO

Page 42: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 42

INDICAÇÕESPOR WALKIRIA ZANATTA

LIVROS

SALEM’SLOT

se espreitando pelas sombras e fugindo do que é sa-grado, a presença de tal é atormentador, pois sabe-se que depois do crepúsculo qualquer um pode ser a próximavítimadesuapersuasãoeseusafiadosdentes.Foi com o foco nos famosos vampiros que Stephenking escreveu seu segundo livro intitulado Salem’s Lot inspiradonoclássicoDrácula,deBramStoker.Ainspiração surgiu da indagação do que aconteceria seDrácula fosseparaNovaYorknosdias atuais, suaesposa disse que seria atropelado por um táxi, en-tão King escreveu sobre uma cidade do interior. O livro concorreu no World Fantasy Award for BestNovel em 1976 e rendeu dois longa metragem Salem’s Lotem1979eseuremakeAMansãoMarstenem2004.Emsínteseahistóriaéaseguinte–OescritorBenMearsvoltaparaapacatacidadedeJerusalem’sLot,ou‘Salem’sLot,comoéconhecida,ondeviveusuainfância.Apoucohavia chegado o misterioso Sr. Straker, dono de uma loja de antiguidades juntamente com seu empregador, Kurt Barlow. A partir de então crianças e adultos começam a desaparecer. Ben junto de um grupo de amigos descobremqueosnovosmoradoresdacasaMarstensãouma ameaça sobrenatural que podem dominar a cidade.Como todos os livros do autor a história é sim-plesmente muito bem escrita, os personagens são bem desenvolvidos e é imersa em muito sus-pense e adrenalina, chegando a ser assustador.

onge das terras da Romênia um caixão de madeira rústica e antiga se abre, em meio a névoa há algo que não se sabe se já foi vivo algum dia, mas ainda caminha pela terra, L

Page 43: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 43

IMAGEM: REPRODUÇÃO

Page 44: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 44

CRÔNICAPOR LEONARDO FARIAS

VAMOS CUIDARDO QUE É NOSSO Ouve-se muito sobre a qualidade da programação da televisão aberta. Entretanto, a Constituição define que os serviços de rádio etelevisão brasileiros são serviços públicos e tem como objetivo a transmissão de conteúdo edu-cativo, culturais, artísticos e informativos. Algo que não vemos muito em nossa programação. Lançada em 2002, uma campanha inti-tulada“QuemFinanciaaBaixariaéContraaCi-dadania” promovida pela Comissão deDireitosHumanoseMinoriasdaCâmaradosDeputadostinha como objetivo fazer com que a população denunciasse irregularidades veiculadas pelas emis-soras. Em 2015, com o advento das redes sociais, a denúncia pode acontecer no momento do ato. Parece que há uma certa hipocrisia em parte dos telespectadores por estarem mais preocupados com um beijo gay em novelas – igualmente per-mitidonosrequisitosdeclassificaçãoindicativadeum “beijo considerado normal” – ao querer de-nunciarcasosdeintolerânciacontraminoriasreli-giosas, racismo e até mesmo casos de homofobia. Chegou a hora, atrasada, de utilizarmos nossos direitos, incluindo os excessos cometidos na televisãoporassinatura.Sãorepetiçõesinfinitasdepacotesdefilmes,blocosdepublicidadeenormesem curtos períodos de tempo, demora para lança-mento de conteúdos em relação ao país de origem, forçando o download ilegal, entre outras carac-terísticas irritantes. Em pesquisa divulgada pela Presidência da República sobre os hábitos de con-sumo de mídia pela população brasileira em 2015, quase metade da população (48%) tem acesso à in-ternet.Éumnúmerosignificativo.Tambéméapre-sentado que passamos em média 4h31 minutos. Na mesma pesquisa, 26% da população é

atendida por TV por assinatura. Na internet, o uso doFacebook(83%),Whatsapp(58%)eYouTube(17%) lideram na pesquisa. Entretanto, o uso da internet, seja por e-mail, fóruns, redes sociais para comunicação com instituições públicas ou o go-verno atingem 25%. Assim, as mídias sociais com grande uso pelos internautas poderiam ser utiliza-das para potencializar o contato com instituições, comooMinistériodasComunicaçõeseMinistérioPúblicoFederal,principaismeiosparadenúncias. A população tem o poder sobre o con-teúdo que quer assistir e sobre o que a radiodi-fusão brasileira necessita. Cabe a sociedade uti-lizar seus direitos para a mudança efetiva e real das ações incorretas dos grupos de comunicação do Brasil. Sobre o projeto de regulação da mídia, não veja ele como o vilão. Não é forma de cen-sura.Países comoReinoUnido,França e Japãojá fizeram isso. Um dos argumentos do proje-to de Lei da Mídia Democrática, iniciativa doFórumNacionalpelaDemocratizaçãodaComu-nicação (FNDC),éofimdevendadehorários: “Outro abuso praticado no uso das ou-torgas e que pode acabar com a aprovação da LeidaMídiaDemocráticaéocomérciodagradede programação das emissoras, adquirida prin-cipalmente por igrejas e congregações religio-sas. A legislação em vigor limita a 25% da pro-gramação de cada canal o tempo destinado para publicidade. Mas a prática da venda de faixasinteiras de programação a terceiros ultrapassa todos os limites previstos, chegando a casos ab-surdos de 22 horas de programação alienada.”

Campanha “Para Expressar a Liberdade:Uma nova lei para um novo tempo”

http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/

Page 45: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 45

REGISTROSPOR FRANCA VILARINHO

Ferrovias do nordeste brasileiro

A estação ferroviária de Souza, no nordeste da Paraíba, já foi um orgulho para o povo nordestino. Entre 1914 e 1954 funcionava a todo vapor. Hoje, sofre com o descaso e o abandono. Esta foto é o retrato das ruínas do prédio da antiga

estação, localizada no coração da cidade e serve como um monumento ao descaso com o nosso patrimônio cultural.

FOTO: FRANCA VILARINHO

Page 46: Revista Brazileños - Quinta Edição

Brazileños | NOVEMBRO 2015 | 46

FOTO: FRANCA VILARINHO

Vale do Amanhecer em Planaltina, DF. Representa

todo o sincretismo religioso do povo brasileiro.