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Revista Brasileira de Orientação Profissional ISSN: 1679-3390 [email protected] Associação Brasileira de Orientação Profissional Brasil Borges de Moura, Cynthia; Paranzini Sampaio, Ana Claudia; Gemelli, Kelly Regina; Rodrigues, Ligia Deise; Menezes, Mirtes Viviani Avaliação de um Programa Comportamental de Orientação Profissional para Adolescentes Revista Brasileira de Orientação Profissional, vol. 6, núm. 1, junio, 2005, pp. 25-40 Associação Brasileira de Orientação Profissional São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=203016890004 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Revista Brasileira de Orientação Profissional

ISSN: 1679-3390

[email protected]

Associação Brasileira de Orientação

Profissional

Brasil

Borges de Moura, Cynthia; Paranzini Sampaio, Ana Claudia; Gemelli, Kelly Regina; Rodrigues, Ligia

Deise; Menezes, Mirtes Viviani

Avaliação de um Programa Comportamental de Orientação Profissional para Adolescentes

Revista Brasileira de Orientação Profissional, vol. 6, núm. 1, junio, 2005, pp. 25-40

Associação Brasileira de Orientação Profissional

São Paulo, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=203016890004

Como citar este artigo

Número completo

Mais artigos

Home da revista no Redalyc

Sistema de Informação Científica

Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal

Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2005, 6 (1), pp. 25 - 40 25

RESUMOO objetivo deste trabalho foi avaliar a efetividade de um programa de Orientação Profissional segundo ospressupostos da Análise do Comportamento quanto à produção de mudanças comportamentais queindicassem avanços nas etapas de resolução do problema de escolha profissional. O programa constou desessões estruturadas, focalizadas no desenvolvimento do autoconhecimento e do conhecimento dasprofissões. O repertório de entrada e saída dos adolescentes foi avaliado, assim como os componentes doprograma. Os resultados mostraram que o programa propiciou redução no número de opções consideradas,assim como significativa melhora na maturidade para escolha e nas habilidades de tomada de decisão.Pôde-se concluir que o modelo proposto mostrou-se efetivo para auxiliar adolescentes a avançarem emseu processo de decisão profissional. A efetividade da adoção do enfoque behaviorista na proposição eimplementação de um programa de Orientação Profissional parece promissora para a consolidação deuma nova forma de entender e atender a esta questão.Palavras-chave: orientação profissional; análise do comportamento; adolescentes.

ABSTRACT: Evaluation of a Behavioral Professional Guidance Program for AdolescentsThe purpose of this paper was to evaluate the effectiveness of a Professional Guidance Program accordingto what Behavior Analysis states about behavioral changes that indicate progress in the stages of careerchoice. The program consisted of structured sessions, focused on the development of self-knowledge andknowing about different occupations. The repertory of adolescents that started and finished the programwas evaluated as well as the program´s components. The results showed that the program helped todecrease the number of initial options, to enhance choice maturity and decision making skills. We concludedthat the program is effective to help adolescents improve their professional choice. The behavioral approachused in the implementation of a Professional Guidance Program seems promising to consolidate a newway of acting and understanding the issues involved.Keywords: professional guidance; behavior analysis; adolescents.

1 Endereço para correspondência: Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento,Campus Universitário, Caixa Postal 6001, 86051-990, Londrina, PR. Fone: (43) 3371 4227. E-mail: [email protected]

Avaliação de um Programa Comportamental deOrientação Profissional para Adolescentes

Cynthia Borges de Moura1

Ana Claudia Paranzini SampaioKelly Regina Gemelli

Ligia Deise RodriguesMirtes Viviani Menezes

Universidade Estadual de Londrina, Londrina

Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2005, 6 (1), pp. 25 - 40

26 Cynthia B. Moura, Ana C. P. Sampaio, Kelly R. Gemelli, Lígia D. Rodrigues, Mirtes V. Menezes

RESUMEN: Evaluación de un Programa de Conducta, de Orientación Profesional para AdolescentesEl objetivo de este trabajo fue evaluar la eficacia de un programa de Orientación Profesional según lasbases teóricas del Análisis de la Conducta en producir cambios de comportamiento que indicasen avancesen las etapas de resolución del problema de elección profesional. El programa constó de sesionesestructuradas, dirigidas al desarrollo del conocimiento de uno mismo y del conocimiento de las carreras.Fueron evaluados el repertorio de entrada y salida de los adolescentes y los componentes del programa.Los resultados mostraron que el programa favoreció la reducción del número de opciones de profesionesconsideradas, y una significativa mejoría en la madurez para elección y en las habilidades de toma dedecisión. Se pudo concluir que el modelo propuesto se mostró eficaz para ayudar a los adolescentes aavanzar en su proceso de decisión profesional. La eficacia de la adopción de la teoría conductista en laproposición e implementación de un programa de Orientación Profesional parece promisoria para laconsolidación de una nueva manera de comprender y atender esta cuestión.Palabras claves: orientación profesional; análisis de la conducta; adolescentes.

A Orientação Profissional hoje tem sido vistacomo um importante e cada vez mais necessário re-curso para auxiliar o jovem a escolher uma profis-são. Muitas das atuais mudanças educacionais, porum lado, beneficiam o processo pedagógico do ado-lescente e por outro, trazem dificuldades ao seu pro-cesso de escolha profissional (Macedo, 1998). Taismudanças têm “forçado” uma decisão cada vez maiscedo na vida do jovem, sem dar a ele o tempo e osrecursos necessários para que avance no processode tomada de decisão.

A preocupação de orientar adequadamente osjovens nesta importante decisão tem permeado atu-almente o contexto escolar, o qual tem disponibili-zado vários recursos na tentativa de atender taisnecessidades dos estudantes. Porém, muitos da-dos sugerem que tais recursos são insuficientes paraauxiliar todos os jovens a superarem suas dificul-dades com esta questão (Chapman & Katz, 1983).A partir desta constatação, programas clínicos têmsido desenvolvidos com o objetivo de fornecer aosadolescentes recursos apropriados à tomada de de-cisão profissional (Lucchiari, 1993; Carvalho,1995).

Tais programas assumem várias formas, porpartirem de diferentes pressupostos teóricos, porém,pouco se sabe sobre como a Orientação Profissio-nal poderia ser conceitualizada e operacionalizadadentro dos conhecimentos atuais da Análise do Com-portamento (Moura, 2001). Até o momento, algunspoucos estudos foram conduzidos com a preocupa-ção de sistematizar uma forma de atuação em Ori-entação Profissional coerente com os pressupostos

comportamentais (Azrin & Besalel, 1980; Moura,2000; 2001; Moura & Silveira, 2002).

Dentro desta perspectiva, este estudo na áreade Orientação Profissional foi realizado na tentativade aprimorar a sistematização metodológica propos-ta por Moura (2001) para a intervenção comporta-mental com adolescentes em situação de primeiraescolha profissional. O programa de intervenção pro-posto por Moura (2001) foi reformulado com basenas sugestões da própria autora a partir dos resulta-dos obtidos na primeira pesquisa (descritos por com-pleto em Moura, 2000; 2001) e submetido a novaavaliação, seguindo-se a mesma metodologia do es-tudo anterior. Assim, o presente artigo tem por ob-jetivo apresentar os resultados da avaliação daefetividade deste segundo formato do programa parao fortalecimento do repertório de análise e escolhaprofissional de adolescentes em situação de primei-ra escolha.

Princípios Gerais da Orientação Profissionalsob o Enfoque Comportamental

A proposta de um modelo teórico e prático paraa Orientação Profissional dentro do enfoque com-portamental é recente (Moura, 2001). Poucos estu-dos antes desta data foram encontrados quepudessem fornecer subsídios para a atuação nestaárea e com esta problemática. Dentro do enfoquecomportamental, dois estudos de Azrin e colabora-dores (Azrin, Flores e Kaplan, 1975; Azrin e Besalel,1980) foram encontrados, mas com uma populaçãodiferente: pessoas desempregadas que buscavam

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recolocar-se no mercado de trabalho. Segundo es-tes autores, a Orientação Profissional comportamentaltem várias características que a diferencia de outrasabordagens: a) estratégias prioritariamente orienta-das para o resultado; b) foco da intervenção naaprendizagem como determinante do comportamentoao invés das habilidades ou predisposições inatas;c) treinamento adequado para o alcance das habili-dades necessárias ao exercício profissional; e d) usodo reforçamento de múltiplas fontes para obtençãode mudanças comportamentais e fortalecimento doscomportamentos de autodescoberta e busca de in-formação.

Segundo Moura e Silveira (2002), um procedi-mento de intervenção comportamental em Orienta-ção Profissional deve: l) arranjar condições para queo indivíduo discrimine as variáveis dos diferentescontextos de controle (familiar, social, cultural e eco-nômico) às quais seus comportamentos de escolhere decidir estão expostos; 2) proporcionar informa-ção relevante sobre as profissões de interesse, rela-cionando-as aos dados de autoconhecimento; e 3)aumentar a probabilidade de ocorrência de compor-tamentos relacionados à escolha e/ou à tomada dedecisão.

Moura (2001) afirma que a situação de escolhaprofissional envolve a consideração de três grandesgrupos de variáveis: 1) as pessoais, às quais o ado-lescente normalmente já se encontra exposto (con-trole e expectativas dos pais, influência de amigos,professores, meios de comunicação, história de re-forçamento para determinada atividade por mode-lagem ou modelação etc); 2) as profissionais, às quaisele precisará se expor para ser capaz de analisar asinformações obtidas relacionando-as com suas ca-pacidades, interesses e habilidades pessoais e; 3) asligadas à tomada de decisão (seleção de critérios deescolha e restrição de opções profissionais), às quaiso adolescente também precisará se expor. A inter-venção pode fornecer contingências específicas paraanálise desses três conjuntos de variáveis e aquisi-ção das respostas necessárias.

Com base nesta compreensão, Moura (2001)propõe um modelo de Orientação Profissional com-portamental em três etapas: 1) Autoconhecimento;2) Conhecimento da Realidade Profissional; e 3)Apoio à Tomada de Decisão. Assim, como mostra aFigura 1, a orientação deve primeiramente propor-cionar a aprendizagem das respostas de autoconhe-cimento visando a uma ampliação do repertório

Figura 1 – Classes de respostas a serem aprendidas para facilitação da ocorrência do comportamento de tomada de decisão profissional

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pessoal circunscrito às características de relevânciapara a escolha profissional para, em seguida, pro-porcionar ampliação semelhante no repertório deconsideração de opções profissionais. Essas duasetapas têm como objetivo promover a análise domaior número de possibilidades pessoais e profissi-onais, cujos dados obtidos auxiliarão no refinamen-to dos critérios sob os quais a escolha deve se apoiar.Apenas quando tais repertórios estiverem amplia-dos, e com eles a capacidade de análise do indiví-duo, é que a orientação deve avançar para a terceirae última etapa e promover situações de restrição eexclusão de opções e critérios de escolha, facilitan-do assim a ocorrência da tomada de decisão.

Avaliação de Programas de OrientaçãoProfissional

Embora as propostas de trabalho em Orienta-ção Profissional (OP) nas diversas abordagens den-tro da Psicologia sejam inúmeras, vê-se um pequenonúmero de trabalhos que buscam uma validação ci-entífica dos programas aplicados. Marocco (1997)assinala a importância da realização de estudos denatureza avaliadora, dada a escassez de trabalhosque examinam a eficácia dos programas educacio-nais, e dentre eles, os de Orientação Profissional.

Estudos brasileiros que avaliam programas de in-tervenção em OP, normalmente constituem-se em es-tudos de caso, como os agrupados por Levenfus eNunes (2002). Apesar de serem encontrados traba-lhos que relatam a avaliação de intervenções em grupo,como os de Carvalho (1995) e Melo-Silva e Jacque-mim (2001), parecem poucos os que o fazem, quandose considera o contingente de atendimentos realizados.

Revisões qualitativas de resultados de pesquisasinternacionais na área de Orientação Profissional(Whiston, Brecheisen & Stephens, 2003), têm indi-cado que tanto o aconselhamento quanto as interven-ções clínicas são efetivas e produzem diferençaspositivas no desenvolvimento profissional e de toma-da de decisão dos clientes. Mas que as revisões quan-titativas não são claras quanto aos parâmetros

utilizados para avaliar a efetividade e o “tamanho doefeito” (effect size) das intervenções propostas.

Segundo Melo-Silva e Jacquemim (2001) as ava-liações devem verificar as condições envolvidas coma eficácia dos programas, o que funciona, como, comquem e em que condições. Estes autores afirmam que,estudos comprometidos com a avaliação, contribuemcom o conhecimento necessário para se planejar umaintervenção, porque avaliam os procedimentos em-pregados em relação ao alcance dos objetivos pro-postos. Segundo Whiston, Brecheisen e Stephens(2003), a validação empírica de um programa temsido cada vez mais requerida porque indica que umamodalidade de tratamento ou aconselhamento é efeti-va e produz diferenças positivas no desenvolvimentopessoal e profissional dos clientes.

(Re)Avaliação de um Programa Comporta-mental de Orientação Profissional

Trabalhos de Orientação Profissional na Análisedo Comportamento também têm sido pouco realiza-dos, considerando-se que este enfoque teórico pode-ria contribuir com esta área de conhecimento, atravésde uma proposta diretiva de abordar o problema, deprocedimentos específicos de aprendizagem em toma-da de decisão e de mensuração dos avanços dos sujei-tos ao longo do processo de escolha profissional.

Dando início a uma sistematização teórica emetodológica das contribuições da Análise do Com-portamento para a atuação no campo da Orienta-ção Profissional, Moura (2000; 2001) estruturou umprograma de forma a proporcionar a aprendizagem declasses de respostas facilitadoras da ocorrência do com-portamento de tomada de decisão profissional.

A efetividade da primeira versão do programafoi avaliada pela produção de mudanças comporta-mentais indicativas de avanço nas etapas de resolu-ção de problemas relativos à escolha profissional. Aavaliação de seus componentes indicou que modifi-cações necessitavam ser feitas para melhorar o pro-cesso de inserção dos procedimentos ao longo daintervenção, conforme mostra o Quadro 1.

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Avaliação de programa de orientação profissional 29

Quadro 1 – Descrição sumária dos objetivos e estratégias da versão original do programa e as principaisreformulações implementadas

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30 Cynthia B. Moura, Ana C. P. Sampaio, Kelly R. Gemelli, Lígia D. Rodrigues, Mirtes V. Menezes

Tais reformulações foram implementadas e umasegunda versão do programa foi testada (Anexo A;ver também Moura, Sampaio, Rodrigues & Mene-zes, 2003; Moura, 2004). Estas modificações visa-vam corrigir falhas na linearidade da inserção dosprocedimentos ao longo da intervenção, o que esta-va levando os adolescentes a abandonarem prema-turamente o programa. Assim, o presente estudo tevecomo objetivo avaliar a efetividade deste segundoformato do programa para o fortalecimento do re-pertório de análise e escolha profissional de adoles-centes em situação de primeira escolha.

MÉTODO

ParticipantesParticiparam desta pesquisa 18 adolescentes

com idades entre 15 e 17 anos, sendo 13 do sexofeminino e 5 do sexo masculino, alunos da 2ª e 3ªséries do Ensino Médio, provenientes tanto de es-colas públicas quanto particulares, da cidade de Lon-drina – Paraná. Estes adolescentes procuraramespontaneamente o serviço de Orientação Profissi-onal da Clínica Psicológica da Universidade Estadu-al de Londrina e foram distribuídos aleatoriamenteem dois grupos: o Grupo A, composto por 10 adoles-centes, e o Grupo B, composto por 8 adolescen-tes. Os únicos critérios para participação nos gruposeram: estar em condição de primeira escolha pro-fissional e não ter experiência anterior com o vesti-bular.

OrientadoresA equipe de orientadores era composta por cin-

co pessoas: quatro estagiárias, alunas dos últimosanos do Curso de Psicologia da UEL e a docente-supervisora. O Grupo A foi atendido por duas alu-nas que já tinham experiência prévia com atendimentoclínico e com Orientação Profissional, enquanto adocente e demais alunas assistiram a todas as ses-sões em sala-espelho. O Grupo B foi atendido pelasduas alunas que fizeram o treino observacional emsala-espelho, enquanto a docente e orientadoras doGrupo A assistiram a todas as sessões em sala-es-pelho (o procedimento de observação em sala-es-pelho teve como objetivo padronizar ao máximo a

forma de condução das sessões, para reduzir a in-fluência da variável “estilo pessoal dos orientado-res” na condução dos grupos). As supervisões eramrealizadas logo após as sessões, e toda a equipe es-tava presente para discussão e planejamento da con-dução dos grupos, dado que a estrutura das sessões,em termos de objetivos e estratégias, se manteve amesma para ambos os grupos.

InstrumentosOs instrumentos de avaliação utilizados durante

as fases de desenvolvimento da pesquisa estão es-pecificados a seguir:

1. Instrumento de Pré e Pós-Orientação: ela-borado e adaptado a partir de Vasconcellos, Olivei-ra e Carvalho (1976), de forma a avaliar o repertóriodo adolescente quanto à escolha profissional.

2. Escala de Maturidade para a Escolha Pro-fissional – EMEP, de Neiva (1999), que avalia onível de maturidade para escolha profissional atra-vés de várias sub-escalas, como determinação, res-ponsabilidade, independência, autoconhecimento econhecimento da realidade educativa e socioprofis-sional.

3. ISC - Inventário de Satisfação do Consu-midor: adaptado do Therapy Attitude Inventory(TAI), de Eyberg (1993). Consta de nove questõessobre o impacto do programa no aumento do auto-conhecimento, conhecimento das profissões ehabilidades de tomada de decisão.

4. Questionário de Avaliação do Programa:elaborado para avaliar pontos específicos do pro-grama e detectar quais aspectos foram mais ou me-nos relevantes para promover avanços no processode tomada de decisão. Consta de questões abertase fechadas para o adolescente expressar sua opi-nião sobre os itens do programa e avaliar o quantocada atividade, exercício ou situação realizada emcada sessão de grupo contribuíram para os avançosna decisão profissional.

ProcedimentoA pesquisa foi desenvolvida em três etapas:ETAPA 1: Avaliação Pré-OrientaçãoTodos os adolescentes foram entrevistados indi-

vidualmente antes do início dos grupos. Nesta entrevis-

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Avaliação de programa de orientação profissional 31

ta eram esclarecidos os objetivos e o formato geraldo programa de Orientação Profissional, e obtinha-se consentimento dos adolescentes quanto à partici-pação na pesquisa. Todos os adolescentesresponderam ao Instrumento de Pré-Orientaçãoe à Escala de Maturidade para a Escolha Profis-sional (EMEP) para o levantamento preliminar desua situação em relação à escolha da profissão.

ETAPA 2: OrientaçãoO programa de Orientação Profissional (em

anexo) constou de 08 (oito) sessões estruturadaspara discussão da problemática vocacional do ado-lescente e divididas em três fases: FASE 1: desen-volvimento do autoconhecimento quanto a interessese habilidades – sessões de 1 a 3; FASE 2: informa-ção sobre profissões, cursos, carreiras e mercadode trabalho – sessões de 4 a 6, e FASE 3: apoio aoprocesso de tomada de decisão – sessões 7 e 8. Assessões eram semanais com duas horas de duração.

ETAPA 3: Avaliações Pós-OrientaçãoApós o encerramento dos grupos, realizou-se

com cada adolescente nova entrevista individual naqual responderam aos instrumentos de avaliação fi-nal: Instrumento de Pós-Intervenção, EMEP, Inven-tário de Satisfação do Consumidor e Questionáriode Avaliação do Programa.

RESULTADOS

Os dados provenientes dos instrumentos de prée pós-intervenção foram analisados estatisticamenteadotando-se o índice de significância de 0,05. Osdados dos dois grupos de intervenção, A e B, foramagrupados porque a análise estatística de compara-ção entre os grupos (Teste de Mann-Withney – paracomparação entre amostras independentes) mostrouque os mesmos não apresentavam diferenças signi-ficativas (Tabela 1), sendo, portanto, provenientes deamostras semelhantes, o que justifica tal agrupamento.

A partir deste agrupamento, os dados quantita-tivos das avaliações pré e pós-intervenção foramcomparados através de uma análise intragrupos (Testedo Sinal – para comparação entre amostras depen-

dentes). Para todos os fatores avaliados observou-se diferença estatisticamente significativa da condi-ção pré para a pós-orientação, conforme mostra aTabela 2.

Tabela 1 – Escores médios do Grupo A e B quanto ao número de opções de entrada e de saída, escoresobtidos no EMEP e valores auto-atribuídos de segurança e decisão quanto à escolha

Tabela 2 – Escores médios quanto ao número de opções, escores do EMEP e grau de segurança e decisãoquanto à escolha na condição pré e pós-orientação

* Diferença estatisticamente significativa

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sóP 22,281açnarugeSeduarG érP 83,2 *1000,0

sóP 50,4oãsiceDeduarG érP 83,2 *1000,0

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sóP 5,1 57,1 54,0PEME érP 9,741 52,841 57,0

sóP 0,702 36,571 51,0açnarugeSeduarG érP 4,2 73,2 0,1

sóP 3,4 57,3 90,0oãsiceDeduarG érP 3,2 5,2 27,0

sóP 9,4 5,4 51,0

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32 Cynthia B. Moura, Ana C. P. Sampaio, Kelly R. Gemelli, Lígia D. Rodrigues, Mirtes V. Menezes

Após o término do programa de orientação, onúmero de opções profissionais consideradas sofreusignificativa redução, indicando possível melhora norepertório de critérios de seleção e exclusão de op-ções. Em relação ao EMEP, os resultados mostramdiferença altamente significativa quanto à maturida-de dos sujeitos para efetuar sua escolha profissionalao final da intervenção. Os valores auto-atribuídosquanto ao sentimento de segurança para efetuar aescolha e de decisão quanto às opções seleciona-das, também demonstram que os adolescentes sesentem mais preparados para efetuar sua escolhacom os recursos disponibilizados pela intervenção.

Resultado da Satisfação com o ProgramaOs resultados provenientes do Inventário de

Satisfação do Consumidor indicaram alta satisfaçãodos sujeitos com o programa. A grande maioria dossujeitos (94,5%) atribuiu escores na faixa dos 36 aos45 pontos. Destes, 72,2% pontuaram entre 41 e 45pontos sua satisfação com o programa, indicandoque os participantes, em sua maioria, apresentaram

alta satisfação com o programa, provavelmente emfunção do avanço alcançado no processo de esco-lha profissional.

Vale ainda salientar que 100% dos adolescen-tes concluíram o programa, sendo que a porcenta-gem média de participação nas sessões foi de 83,8%.No caso de ausência do encontro, o adolescentepoderia marcar reposição com uma das orientado-ras e acompanhar a sessão seguinte. A média de ses-sões repostas foi de 1,2 sessões por sujeito.

Resultados da Avaliação do ProgramaA seguir estão apresentados os resultados pro-

venientes da aplicação do Questionário de Avalia-ção do Programa. Este instrumento, aplicado apóso término do programa, continha questões abertas efechadas para avaliação de aspectos específicos demaior ou menor relevância para a promoção de avan-ços no processo de tomada de decisão. A Tabela 3apresenta a porcentagem de citações dos adoles-centes referente ao que mais gostaram nas sessõesde Orientação Profissional.

Observa-se na Tabela 3 que as respostas dosparticipantes puderam ser divididas em três cate-gorias: respostas referentes à satisfação geral como programa, respostas referentes à satisfação comas atividades realizadas e respostas referentes àcondução do programa de Orientação Profissio-nal. Em termos gerais, observa-se que os adoles-centes tenderam a relatar mais aspectos relativosàs atividades realizadas durante os encontros

(52,9%), seguidos dos aspectos de satisfação ge-ral (28,1%) e da condução do programa (18,6%).É interessante notar que muitos adolescentes(40,4%) destacaram as atividades de busca de in-formações sobre as profissões como as que maisgostaram no decorrer dos encontros. A Tabela 4apresenta a porcentagem de citações dos partici-pantes referente ao que menos gostaram nas ses-sões do programa.

Tabela 3 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto ao que mais gostaram nas sessões deOrientação Profissional

SAIROGETAC %"odutedietsoG" 1,82

laregonamargorpod 52opurgonodiriuqdalaossepotnemicserc 1,3

"sadazilaersedadivitasadietsoG" 9,25seõssiforpsaerbosseõçamrofniedacsubedsoicícrexesod 4,04

otnemicehnoc-otuaedsoicícrexesod 5,21"amargorpodoãçudnocadietsoG" 6,81

sorbmemsodotnemasortneesetabededoãçomorpad 3,9sarodatneirosadarutsopad 1,3

laossepotnemanoicisopoaovitnecniod 1,3acimânideacitárpamrofedsedadivitasadotnemivlovnesedod 1,3

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Avaliação de programa de orientação profissional 33

Com relação aos aspectos que os participantesmenos gostaram nos encontros, podem-se extrairduas categorias: aspectos dependentes da estruturado programa (75%) e aspectos independentes daestrutura do programa (25%). Dentro destas cate-gorias, a subcategoria com maior porcentagem de

citações referiu-se às redações que eram solicitadasno início e no final do programa (37,5%). A Tabela 5apresenta os escores médios atribuídos pelos sujei-tos a cada sessão do programa, avaliando o quantocada atividade, exercício ou situação realizada nareferida sessão auxiliaram no processo de decisão.

Observa-se que em quase todas as sessões, anota média atribuída pelos adolescentes aproximou-se ou foi acima de quatro. A homogeneidade obser-vada nas pontuações atribuídas às sessões indica queo programa assumiu um formato mais linear quantoaos procedimentos empregados. De acordo com osdados já descritos na Tabela 1, a maior nota médiafoi atribuída para as Sessões 4 e 5, onde os adoles-

centes realizaram pesquisa sobre as profissões nosmateriais oferecidos, indicando ser uma atividadeatraente além de exercer importante papel no pro-cesso de escolha profissional. A Tabela 6 apresentaa categorização das respostas dos participantes quan-to à avaliação que fizeram de sua própria participa-ção no programa, em relação aos aspectos queinterferiram na motivação para a participação.

Tabela 4 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto ao que menos gostaram nas sessões deOrientação Profissional

Tabela 5 – Média dos escores atribuídos às sessões pelos adolescentes quanto à contribuição fornecidapara a decisão profissional

* Valores Atribuídos: 0=não participei da sessão; 1= contribuiu quase nada; 2=contribuiu pouco; 3=contribuiu o suficiente; 4=contribuiu bastante; 5=contribuiu demais

saigétartsE/seõsseS N aidéM oãrdaPoivseDelanoissiforpoãsicedededadlucifidauserbosotircseotaleR:1oãsseS

.opurgmeoãssucsid 81 22,3 49,0

sacitsíretcaracedesilánA-OÇAFEOTSOGoicícrexE:2oãsseS.sesseretniesedadilibah,siaossep 81 22,4 18,0

sacitsíretcaracodnugesseõssiforpsadotnemapurgA:zatraC:3oãsseS.mecrexesaeuqsianoissiforpsod 81 49,3 49,0

saiug,siaunammeesseretniedseõssiforperbosasiuqseP:5/4oãsseS.satsiveredsogitrae 81 66,4 95,0

adsianoissiforpmocatsivertneadoãçazitamardeoãçazilaeR:6oãsseS.esseretniedaerá 61 73,4 17,1

.ahlocseedsoirétircedesilánaedoicícrexeodoãçazilaeR:7oãsseS 81 82,4 38,0

oãsicededadamotedossecorpoerbosatircseesilánA:8oãsseS.opurgolepodanoicroporp 81 71,4 68,0

SAIROGETAC %

amargorpodaruturtseadsocifícepsesotcepsaeduotsogoãN 57

lanifoneoicínion,seõçadersad 5,73

savititepersedadivitasad 5,21

seõssiforpsamocoteridotatnococuoped 5,21

seõssiforpsadoãçacifissalcededadivitaad 5,21

amargorpodaruturtseadsetnednepednisotcepsaeduotsogoãN 52

seõssessaetnarudalelarapasrevnocad 5,21

opurgonoãçisopxe-otuaad 5,21

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Na Tabela 6 pode-se ver que mais da metadedos participantes (63,59%) avaliaram como boa esuficiente sua participação, usufruindo ao máximo dasatividades propostas. Em relação às dificuldades ci-tadas pelos adolescentes, quanto ao aproveitamen-to do programa, a maior parte destas referiam-se a

dificuldades pessoais, como a dificuldade de expor-se no grupo (21,16%) e de comparecimento às ses-sões (15,1%). A Tabela 7 apresenta a porcentagemde citações dos adolescentes referente à existênciade duas sessões de pesquisa nos manuais e guiassobre as profissões.

Vê-se na Tabela 7 que a maioria dos adolescentes(83,3%) considerou ser de extrema importância a exis-tência de duas sessões de pesquisa em manuais e guias,alegando ser esta uma atividade importante na tomada

de decisão, principalmente por desmistificar preconcei-tos sobre as profissões. A Tabela 8 mostra a porcenta-gem de citações dos adolescentes referentes à opiniãosobre a realização da entrevista com profissionais.

Observa-se que a maioria dos adolescentes(61,5%) considerou interessante a entrevista comprofissionais, o que teria lhes proporcionado umavisão das profissões sob outra perspectiva. Para

23,1% dos adolescentes, a entrevista com o profis-sional foi decisiva para a tomada de decisão, possi-velmente por ter viabilizado o contato direto doadolescente com o local de trabalho, e o esclareci-

Tabela 6 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto à auto-avaliação de participação eaproveitamento no programa

Tabela 7 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto à existência de duas sessões de pesquisanos manuais e guias

SAIROGETAC %/otnemicehnocrohlemmuarapetnatropmi,siamrasiuqsepedopmetued(moB

)sedadilibissopsavonrirbocsed,asiuqsepanradnuforpa/oãçamrofnisiam,otnemadnuforpa 3,38

oãssesamusiamretaireved,ocuoP 1,11

oãssesamuetnemosretaireved,otiuM 5,5

Tabela 8 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto à opinião sobre a realização da entrevistacom profissionais

SAIROGETAC %

etneicifusemobotnematievorpA 95,36

)levíssopamrofrohlemadotnematievorpa,otnematievorpamob(aoboãçapicitrap 4,24,sotnopsodanimretededradrocsiduoradrocnoc(saiédisaropxearapoçapse,etabed

)sarodatneirosalepodalumitse 1,21

opurgonadiriuqdaaçnaruges 30,3

sovitejbosoirpórpsoaotnauqoãçanimreted 30,3

adujaopurgonsaossepedoremún 30,3

otnematievorpaonsedadlucifiD 13,63

siaossePsedadlucifiD 61,12

opurgmees-ropxearapedadlucifid)a 1,51

seõssessàotnemicerapmoced)b 60,6

)seõssessadrerrocedonodnatnemuaiofoãçavitom(ritsisedededatnoV 60,6

setabedsonopurgodsorbmemsnuglaedoãçapicitrapoãN 60,6

SAIROGETAC %amrofomoc,oãssiforpadotnemicehnocoerbosotnemadnuforpaedoiemomoc(etnasseretnI

)avitcepsrepartuoropoãssiforparevesadivúdrarited 5,16

POadotnopetnatropmieavisicedodnes,ahlocseamocuiubirtnocsiameuqedadivitA 1,32asotievorpedadivitaauohcasioped,oãçazilaeralicífiduohca,oçemocoN 3,51

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Avaliação de programa de orientação profissional 35

mento de dúvidas com um profissional da área. ATabela 9 mostra a avaliação que os adolescentes fi-zeram do desempenho das orientadoras. Eles foram

solicitados a relatar em que elas auxiliaram no pro-cesso de escolha profissional, e quais foram os pon-tos positivos e negativos de sua atuação.

A porcentagem de adolescentes que analisa-ram as orientadoras como tendo desempenho óti-mo – ajudando muito – foi de 48,3 (note-se que51,7% não opinaram). Dentre os aspectos positi-vos, citados pelos que responderam, destaca-sea promoção de reflexão, através de questionamen-

tos e discussões (35,4%). A Tabela 10 apresentaas sugestões dos adolescentes em relação ao quepoderia ser mudado ou alterado nos grupos deOrientação Profissional para que a qualidade doprograma e a participação dos adolescentes fos-sem melhoradas.

A maioria dos adolescentes (55,5%) afirmou quenada precisaria ser mudado. Das poucas alteraçõesapontadas, os adolescentes afirmaram que o pro-grama poderia ser melhor se houvesse a inclusão devisitas ao Campus Universitário, palestras com pro-fissionais (27,7%), e um aumento no número de ses-sões de pesquisa em manuais e guias (11,1%), alémde um incremento do número de atividades manuais,como a confecção de cartazes (5,5%).

A avaliação feita em relação à adequação dotempo de duração do programa, evidenciou que para94,4% dos participantes o tempo de duração doprograma foi suficiente/adequado. A Tabela 11 mos-tra a categorização das respostas dos sujeitos à ques-tão: “Valeu a pena ter participado deste programade Orientação Profissional? Por que?”, que visava averificar de modo geral os efeitos do programa so-bre seus participantes.

Tabela 9 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto à avaliação do desempenho das orientadorasSAIROGETAC %

otiummaraduja/omitóohnepmeseD 3,84:sovitisopsotcepsA

ededadilibissop,seõssucsidsadsévartasartnocesórpmarartsom,marahlesnocasotnemanoitseuqeoãxelfer

4,53

açnarugeseaçnaifnocmarassap,sasoicneta,sadasseretni,setneicap 1,61ovitageNotcepsA

"açebacanón"moc,osufnocmaraxied 6,61maranipooãN 7,15

Tabela 10 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto às sugestões para melhoria da qualidade eparticipação nos grupos de Orientação Profissional

SAIROGETAC %

odadumresasicerpadaN 5,55

sianoissiforpmocsartselapeedadisrevinUadsupmaCoasatisivedoãsulcnI 7,72

saiug,siaunammeasiuqsepedseõssessiaM 1,11

sezatracedoãçcefnocomoc,siaunamsohlabartsiaM 5,5

Tabela 11 – Porcentagem de citações dos adolescentes quanto a ter sido proveitosa a participação noprograma de Orientação Profissional e o por quê.

SAIROGETAC %oãsicededadamotaarapesilánaedoirótrepereaçnaifnocotuaretauodujaeuqrop,miS

)odaraperpsiames-etnes( 1,64

otnemicehnocotuaonotiumuodujaeuqrop,miS 2,91otnematnerfneedoirótreperodotnemicelatrofeoãçailpmaalep,miS 2,91

otiecnocedaçnadum(lanoissiforpedadilaeradotnemicehnoconotiumuodujaeuqrop,miS)seõssiforpesosrucerbos 5,11

)"sadivúdsamsemsamocsaosseprartnocne"(samelborpsodedadilasrevinuàodived,miS 8,3

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Grande parte (46,1%) dos adolescentes rela-tou que valeu a pena participar do grupo de orienta-ção profissional e afirmou que o programa os auxilioua ter autoconfiança e repertório de análise para atomada de decisão, com conseqüente sentimento desegurança preparo para a escolha profissional. Comigual porcentagem (19,2%) os adolescentes citaramuma ampliação do conhecimento sobre si, e um for-talecimento de seu repertório de enfrentamento.Cerca de 11,5% dos adolescentes reconheceram termudado seus conceitos sobre cursos e profissões,através do conhecimento da realidade profissional.

CONCLUSÕES

As principais conclusões que podem ser extra-ídas dos resultados apresentados quanto aos efeitosdo programa sobre o repertório dos adolescentes equanto à adequação da reformulação realizada aoatendimento dos objetivos propostos foram:1) O programa se mostrou efetivo na promoção de

mudanças comportamentais nos adolescentes,pois os resultados foram indicativos de melhorana capacidade de tomada de decisão dos mes-mos: os participantes reduziram significativamen-te o número de opções consideradas, melhoraramconsideravelmente seus escores de maturidadepara escolha; e obtiveram o fortalecimento dossentimentos de segurança e confiança quanto àdecisão a ser tomada.

2) Os adolescentes relataram alta satisfação com oprograma do qual participaram, o que pode serrelacionado tanto à melhoria na seleção e condu-ção dos procedimentos implementados, quanto àseqüência de inserção gradual dos mesmos ao lon-go do processo. Tais ajustes no programa tam-bém mostraram ter impacto sobre a adesão dosparticipantes, uma vez que não ocorreram desis-tências.

3) A obtenção de informação profissional continuasendo um dos aspectos melhor avaliados pelosadolescentes no programa. Isto permite concluirque introduzir a informação mais cedo no progra-ma foi efetivo para manter a motivação, aumentara adesão e prevenir desistências. Isto não signifi-ca que o valor do autoconhecimento na orienta-

ção possa ser subestimado, uma vez que o traba-lho de base com o autoconhecimento parece au-mentar o efeito do fornecimento de informaçãona composição dos critérios de escolha ao finaldo programa.

4) Os adolescentes apontaram que os comporta-mentos das orientadoras que mais os auxiliaram aavançar no processo foram aqueles ligados à ela-boração das bases da escolha: perguntas, escla-recimentos, questionamentos específicos,avaliação de prós e contras, promoção de dis-cussões e reflexões. Isto indica que a habilidadedas orientadoras tem papel importante, e que umprograma estruturado, como o testado neste es-tudo, pode auxiliar orientadores inexperientes aatuarem com mais segurança.

5) A aprendizagem em tomada de decisão pareceser o resultado mais relevante da orientação, enão necessariamente a escolha de uma profissão.Embora o programa tenha propiciado redução nonúmero de opções consideradas ao final da orien-tação, nem todos os adolescentes saíram com umaúnica opção profissional. A significativa melhorana maturidade para escolha e os 46,1% que rela-taram espontaneamente melhora nas habilidadesde tomada de decisão, indicam que o programa,da forma como está estruturado, enfatiza o pro-cesso mais do que o resultado, e provavelmente,proporciona instrumental necessário para o avan-ço posterior dos sujeitos que não definiram suaopção.

CONSIDERAÇÕES FINAISComo se pôde observar, as conclusões acima

estão fortemente apoiadas nos resultados mais sig-nificativos obtidos na avaliação do programa em re-lação aos aspectos que facilitaram o processo deescolha profissional para os adolescentes participan-tes do estudo. As conclusões deste estudo permitemuma melhor distinção dos aspectos efetivos dos pro-cedimentos empregados para a produção das mu-danças observadas.

Com a identificação dos procedimentos relacio-nados à aquisição das melhoras observadas, pode-se compreender melhor o processo pelo qual aaprendizagem do complexo repertório de tomada de

Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2005, 6 (1), pp. 25 - 40

Avaliação de programa de orientação profissional 37

decisão pode ser promovida por meio de uma inter-venção programada. Podem-se ainda obter os pa-râmetros iniciais sob os quais estudos posterioresque abordem a avaliação de efetividade de progra-mas de orientação possam ser realizados, visto quepesquisas neste sentido ainda são escassas.

Com o delineamento e a avaliação de um mo-delo de intervenção em Orientação Profissional co-erente com a postura teórica e os pressupostosbehavioristas, esperava-se demonstrar que a Análisedo Comportamento pode dispor de um instrumentalteórico-prático útil a esta área de conhecimento.Avaliando os resultados desta pesquisa, percebe-seque este objetivo parece ter sido atingido, uma vezque o modelo proposto mostrou-se efetivo para au-

xiliar adolescentes, mesmo que apenas os da amos-tra estudada, a avançarem em seu processo de de-cisão profissional.

Assim, espera-se que o presente estudo possaservir como estímulo à pesquisa e ao desenvolvimentode instrumental próprio à atuação dos analistas docomportamento que têm se envolvido nesta tarefa.A demonstração da efetividade da adoção do enfo-que behaviorista na proposição e implementação deum programa de Orientação Profissional demonstraque um passo promissor foi dado para a consolida-ção de uma nova forma de entender e atender a estaquestão, e da possibilidade de aproximar ambas asáreas na construção de objetivos e conhecimentoscomuns.

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Sobre os autoresCynthia Borges de Moura é docente do Curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina,Paraná. Autora do livro: “Orientação Profissional sob o enfoque da Análise do Comportamento”, EditoraAlínea. Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo.Ana Claudia Paranzini Sampaio é psicóloga graduada pela Universidade Estadual de Londrina, Paraná.Mestranda em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), SãoPaulo.Kelly Regina Gemelli é psicóloga graduada pela Universidade Estadual de Londrina, Paraná.Ligia Deise Rodrigues é psicóloga graduada pela Universidade Estadual de Londrina, Paraná.Mirtes Viviani Menezes é psicóloga graduada pela Universidade Estadual de Londrina, Paraná. Mestran-da em Educação pela mesma universidade.

Recebido: 11/03/041ª Revisão: 08/06/042ª Revisão: 16/06/05Aceite final: 11/07/05

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Avaliação de programa de orientação profissional 39

SOVITEJBOsetniugessoratneserpamevedsetnecselodaso(

)sotnematropmoc

SOTNEMIDECORParizudnocmevedserodatneiroso(

)sotircserpsossapsoodniugesoãsses

;opurgoaes-rargetnierecehnoC•ossecorpoaoãçalermesavitatcepxesaropxE•

;lanoissiforPoãçatneirOedaodnatlucifidoãtseeuqsieváiravsaranimircsiD•

.lanoissiforpoãsicededadamot

;opurgodsotnemelesodlaregoãçatneserpA•elanoissiforPoãçatneirOedatsoporpadoãçisopxE•

.ohlabartedotartnocodotnemicelebatseO"oãçisoporpadritrapaotircseotalermuedoãçazilaeR•,"lanoissiforpoãçatneiroedossecorpoarapexuortemeuq

ansadivlovnesedadlucifidsa,savitatcepxesaodnacifitnediodoãçuloseredsedadilibissopeoãsicededadamot

;)69.p,7891,seraoS(amelborp;etnapicitrapadacropsotalersodoãçisopxeuoarutieL

aodnazitafne,mumocmesotcepsasoaotnauqoãssucsiD•odoãçuloseràoãçalermemuadacededadilibasnopser

;oãsicededadamotedamelborpodnesomoclanoissiforpahlocseedamelborpodoãçinifeD•

euqodneceralcse,oãsicededadamotedmegazidnerpaed.megazidnerpalatarapsoidísbusáradoãçatneiroa

,siaossepsacitsíretcaracsaranimircsiD•;esseretniedsedadivitaesedadilibah

XsedadilibahXsesseretnioãçaleraritucsiD•seõçacilpmisausemegazidnerpaedlaicnetop

edadivitareuqlauqedohnepmesedoarap.lanoissiforp

-otuAedodanibmoCoicícrexE"odoãçazilaeR•)1002,aruoM("otnemicehnoc

sesseretniesedadilibahsàotnauqoicícrexeodoãssucsiD•edopeuqo;siamedsàoãçalermemaríasserboseseuq

sedadivitasadoãçazilaeraodnatlucifiduoodnatilicafratsesasorezarpoãnsedadivitaeuqmeuargo;atsogeuqedasoicífenebmezarteuqropsadazilaermeresmatissecen

rednerpa"somedopadidemeuqme;sozarpognoleoidémsedadivitasadanimreted"rezafedratsogrednerpa"e"rezafsaomoC.edadilibahsometoãneuqsomahcasiauqsaarap

oarapsadivlovnesedesadidnerparesmedopsedadilibah.sianoissiforpesiaossepsatemedecnacla

esedadicapac,sacitsíretcaracranoicaleR•saicnêgixesàetnerfsaossepsadsedadilibah

;sadanoicelesoãçautaedsaeráeseõssiforpsadseõssiforpsaertneoãçaleraritucsiD•

sae)oãssiforp-oudívidnieoãssiforp-oãssiforp(edeoãçacifissalcedsamrofsasrevid

;seõssiforpsadoãçanibmoceuqsiaossepsoirétircsoerbosritelfeR•

sianoissiforpsavitanretlaedoãçelesanoãrailixua.oãsicedamuadamotane

-seõssiforPoãçanibmoC"acincéTadoãçazilaeR•esopurg-busme)1002,aruoM("sacitsíretcaraC

;odazilaerohlabartodoãçatneserpasoirétircsoertnesaçnerefidesaçnahlemessadoãssucsiD•

-retniaes-odnacofne,seõssiforpsadotnemapurgaed;setnecselodasolepadicelebatsesaleertneoãçaler

meresaesseretniedseõssiforpsadlaudividnimegatsiL•;seõssessamixórpsansadagitsevni

levíssopmuerbosratrela:serodatneirosoaoãçadnemoceR•moc,sadaredisnocmeresaseõçpoedoremúnonotnemua

,oãsicednieaitsúgnaedsotnemitnesedotnemuaovitcepsersamelborpedoãçuloseredotnemidecorpodoãçnufme

oãçirtseraraziroirpárioãçatneiroaeuqracilpxE.odatoda.ahlocseedseõçposadetnemetneüqesnoc,esoirétircsod

ANEXO A

Descrição do programa de orientação profissional

SESS

ÃO

1SE

SSÃ

O 2

SESS

ÃO

3

Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2005, 6 (1), pp. 25 - 40

40 Cynthia B. Moura, Ana C. P. Sampaio, Kelly R. Gemelli, Lígia D. Rodrigues, Mirtes V. Menezes

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