revista boomerang macaé

EXPERIMENTE MAIS DE MACAÉE descubra aqui o que a cidade pode oferecer

Odara Ramoa

Boomerang Macaé - Dezembro 2015

Macaé tem o melhorpão do Brasil

Solar dos MellosCláudia Barreto contaas novidades da casa

Iate ClubeConfira as festasque estão rolando

A que viemos?

EXPEDIENTE

Fale com Boomerang Macaé[email protected]

Quando falamos de Macaé, a primeiracoisa em que pensamos é no trabalho.Muito trabalho... Por isso viemos aqui mostrar que essa cidade tem um universo de coisas que talvez você, morador, ou você, que vem a trabalho todos os dias, ainda não conheça.

Do sabor à arte,do esporte ao cult.Essa é a nossa cidade.Não só feita de estruturas,mas de história e literatura.Convidamos a um mergulhono mar de espumadessa cidade que já é sua.Como um boomerang,haverá motivos para voltarSerra, cachoeira, rio ou mar.

Daniel Fassa

Natália Lemos

Marianna Mussi

EntrevistaDiagramação

FotosReportagem

DireçãoEdição

Ryan Reid

FotosReportagem


Esta publicação é o resultado final do trabalho desenvolvido pelos alunos da disciplina de Elaboração de Projetos Editoriais (2015/2.Semestre), do curso de Comunicação Social da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé/RJ.

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ÍNDICE

6. Entrevista 8. Luzesda Cidade

5. Experimentei

14. RespirAR

12. Coolt!

10. Saboreart

A gerente de projetos Cláudia Barreto fala sobre o Solar dos Mellos

Iate Clube destaca-se com festas grandes e

prestigiadas

O “ritmo da delicadeza” de um show de Lenine, desfrutado na praia, ao

lado dos filhos

SESI Cultural traz arte e educação a Macaé

Parque Municipal Atalaia: o paraíso é logo ali

Macaé tem o melhor pão do Brasil

16. AgendaFique por dentro do que acontece na cidade

EXPERIMENTEI | Gerson Dudus

Era uma noite de verão. Daquelas mornas e gostosas. E a sensação era melhor ainda, porque estávamos na praia. Eu e Alice e Michel, meus filhos. E aquela música boa tocando. E aquele cara que admiro ali perti-nho. Tinha mais uns duzentos com a gente. Parece que somos poucos, os que gostamos de boa música.

“Será que é tempo / Que lhe falta pra perceber? / Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara / Tão rara.”

Ali com aqueles poucos, cantando junto, acontece uma coisa. Um espírito comum, um élan. A bela e indizível sensação de irmandade, de igualdade. E é bom. Abraço meu filho que dormiu no meu colo. Alguém me cutuca e me oferece sua canga pra eu ajeitar ele na areia. Estamos todos no ritmo da delicadeza.

“Pra onde vai a canção / Quando finda a melodia? / Onde a onda se propaga? / Em que espectro irradia? / Pra onde ela vai quando tudo silencia? / Depois do som con-sumado / Onde ela existiria?”

E isso fica aqui dentro, mesmo quando tudo termina e o povo se dispersa. A gente consegue falar com o cara. Ele se abaixa pra tirar foto com meus filhos. E é tudo especial. Faz algum tempo que não temos mais esse privilégio. Pequenos shows com música boa de artistas excelentes na praia de Cavaleiros. Mas eu experimentei.

“Porque não somos só intuição / nem só pé-de-chinelo, pé no chão / nós temos violência e perversão / mas temos o talento e a invenção / desejos de beleza em profusão / ideias na cabeça, coração / a singeleza e a sofisticação / o choro, a bossa, o samba e o violão”.

A vida é tão rara

Boomerang Macaé - Dezembro 2015 5

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ENTREVISTA | Natália Lemos

Solar dos MellosA casa da cultura macaense

As criançasconhecem mais que os próprios adultos


Chalé de fundo romântico, construído em 1891, assim é conhecido o Museu da Cidade de Macaé Solar dos Mellos, que carrega o passa-do da cidade ao mesmo tempo em que conquista o encanto das crianças. Con-versamos com Cláudia Bar-reto, fotógrafa e Gerente de Projetos do Museu, para conhecermos um pouco mais da rotina desse lugar de aconchego e cheio de histórias.

Como começou o Solar dos Mellos?Essa casa pertencia a uma família que deixou uma herdei-ra proprietária, mas como ela estava tendo dificuldades financeiras para manter o casarão e o município já havia se interessado na arquitetura, a casa foi vendida para o antigo prefeito da cidade, que reformou e transformou em um lugar cultural.

Qual a frequência dos even-tos realizados? No sábado temos “Cultura de Quintal”, durante a semana temos visitas das escolas com crianças que ficam encantadas e já até perguntaram se aqui tinha dinossauros. Frequente-mente a escola de música da cidade também vem fazer eventos, como ensaios e sarau, e no último domingo de cada mês, temos “Lugares de Memória”.

Quem tem sido o público em sua grande maioria?As crianças, sem dúvidas! Elas conhecem mais que os adul-tos. Muitos pais vêm trazidos pelos filhos. Eles passam na calçada, falam para os pais que conhecem essa casa...

Como são realizadas as exposições? Vocês ofere-cem acompanhamento com explicações?Sim, durante as exposições temos um instrutor. Mas para quem quer fazer pesquisas durante a semana, damos suporte de 9h a 17h, atende-mos, tiramos dúvidas e auxilia-mos a pesquisa. A proposta da casa é a educação patrimonial, queremos que as pessoas tenham aqui o seu refúgio como local de pesquisa, uma mesa de cabeceira.

F o t o : R y a n R e i d

C r i a n ç a s p a r t i c i p a m d e a t i v i d a d e n o S o l a r d o s M e l l o s ( F o t o : N a t á l i a L e m o s )

Chalé de fundo romântico, construído em 1891, assim é conhecido o Museu da Cidade de Macaé Solar dos Mellos, que carrega o passa-do da cidade ao mesmo tempo em que conquista o encanto das crianças. Con-versamos com Cláudia Barre-to, fotógrafa e Gerente de Projetos do Museu, para conhecermos um pouco mais da rotina desse lugar de aconchego e cheio de histó-rias.

Como começou o Solar dos Mellos?Essa casa pertencia a uma família que deixou uma her-deira proprietária, mas como ela estava tendo dificuldades financeiras para manter o casarão e o município já havia se interes-sado na arquitetura, a casa foi vendida para o antigo prefeito da cidade, que reformou e transformou em um lugar cultural.

Qual a frequência dos even-tos realizados? No sábado temos “Cultura de Quintal”, durante a semana temos visitas das escolas com crianças que ficam encantadas e já até perguntaram se aqui tinha dinossauros. Frequente--mente a escola de música da cidade também vem fazer eventos, como ensaios e sarau, e no último domingo de cada mês, temos “Lugares de Memória”.

Quem tem sido o público em sua grande maioria?As crianças, sem dúvidas! Elas conhecem mais que os adul-tos. Muitos pais vêm trazidos pelos filhos. Eles passam na calçada, falam para os pais que conhecem essa casa...

Como são realizadas as exposições? Vocês oferecem acompanhamento com explicações?Sim, durante as exposições temos um instrutor. Mas para quem quer fazer pesquisas du-rante a semana, damos suporte de 9h a 17h, atende-mos, tiramos dúvidas e auxilia-mos a pesquisa. A proposta da casa é a educação patrimonial, queremos que as pessoas tenham aqui o seu refúgio como local de pesquisa, uma mesa de cabeceira.

Vocês possuem vínculo com alguma organização da cidade? Sim, somos a vice-presidência do Centro Macaé de Cultura que é uma das secretarias da Prefeitura, mas o nosso maior vínculo é com o IBRAM (Institu-to Brasileiro de Museu), porque eles também são o nosso suporte financeiro.

Como você avalia o interes-se da população pela histó-ria de Macaé? Acho pouco. Quem é de fora nem procura, só quem gosta mesmo que vem. É preciso mais leitura e mais interesse, o nosso papel é seduzi-los a isso, mas a população também deveria se esforçar em manter a cultura viva.

Quais foram as exposições de maior sucesso que vocês realizaram esse ano?Tivemos muitas, mas são muito variadas, tivemos a exposição do Limoredo, um senhor que fez muitas escultu-ras da cidade. Tivemos também a do Cesar Melo, “Entre trigo e letras", Viscon-dessa de Araujo, entre outros. Mas a gente se apaixona por todas as exposições, não dá pra escolher uma. Atualmente estamos com a do Tonito (Antonio Alvares Parada), uma homenagem ao seu centená-rio.

Qual a agenda do Solar dos Mellos daqui para o final do ano?Como a gente trabalha com as escolas, no final do ano a gente diminui a programação. Apro-veitamos esse tempo para fortalecer a casa na questão da pintura e jardinagem, para recebermos as crianças nova-mente no ano letivo que volta em março. A gente diminui as atividades de escola, mas o departamento público conti-nua com lançamentos de livros e demais eventos.

Quais as expectativas para 2016?Temos expectativas boas. Como é o ano das Olimpíadas, já fizemos uma exposição sobre o Antonio – primeiro medalhista olímpico macaense de tiro – a gente pensa em retornar com ele para 2016. Também teremos novidades, a gente não quer contar para não estragar a surpresa.

Gostaríamos de agradecer por dividir seu conhecimen-to conosco e por nos contar um pouquinho desse lugar tão rico na cidade de Macaé.Precisamos que alunos como vocês conheçam essas histó-rias e queiram recontar com novos olhares. Escrevam histó-rias novas, criem produtos novos, a cidade tem sede disso! Aqui é a fonte, temos essas riquezas em informa-ções, mas ainda poucas pesso-as nos procuram para escrever e repassar tudo isso.

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ENTREVISTA | Natália Lemos

Boomerang Macaé - Dezembro 2015 07F o t o : R y a n R e i d


Vocês possuem vínculo com alguma organização da cidade? Sim, somos a vice-presidência do Centro Macaé de Cultura que é uma das secretarias da Prefeitura, mas o nosso maior vínculo é com o IBRAM (Institu-to Brasileiro de Museu), por--que eles também são o nosso suporte financeiro.

Como você avalia o interes-se da população pela histó-ria de Macaé? Acho pouco. Quem é de fora nem procura, só quem gosta mesmo que vem. É preciso mais leitura e mais interesse, o nosso papel é seduzi-los a isso, mas a população também deveria se esforçar em manter a cultura viva.

Quais foram as exposições de maior sucesso que vocês realizaram esse ano?Tivemos muitas, mas são muito variadas, tivemos a exposição do Limoredo, um senhor que fez muitas escultu-ras da cidade. Tivemos também a do Cesar Melo, “Entre trigo e letras", Viscon-dessa de Araujo, entre outros. Mas a gente se apaixona por todas as exposições, não dá pra escolher uma. Atualmente estamos com a do Antonio Alvares Parada, uma homena-gem ao seu centenário.

Qual a agenda do Solar dos Mellos daqui para o final do ano?Como a gente trabalha com as escolas, no final do ano a gente diminui a programação. Aproveitamos esse tempo para fortalecer a casa na ques-tão da pintura e jardinagem, para recebermos as crianças novamente no ano letivo que volta em março. A gente dimi-nui as atividades de escola, mas o departamento público continua com lançamentos de livros e demais eventos.

Quais as expectativas para 2016?Temos expectativas boas. Como é o ano das Olimpíadas, já fizemos uma exposição sobre o Antonio – primeiro medalhista olímpico macaense de tiro. A gente pensa em retornar com ele para 2016. Também teremos novidades, a gente não quer contar para não estragar a surpresa.

Gostaríamos de agradecer por dividir seu conhecimen-to conosco e por nos contar um pouquinho desse lugar tão rico na cidade de Macaé.Precisamos que alunos como vocês conheçam essas histó-rias e queiram recontar com no-vos olhares. Escrevam histórias novas, criem produ-tos novos, a cidade tem sede disso! Aqui é a fonte, temos essas riquezas em informa-ções, mas ainda poucas pesso-as nos procuram para escre-ver e repassar tudo isso.

LUZES DA CIDADE | Mariana Mussi


Iate Clube destaca-se com festas grandes e prestigiadas

F o t o : B r u n o C a m p o s

Muitas festas tem sido feitas no Iate Clube nos últimos dois anos. E em 2015 a visibilida-de do local, que passou por uma reforma, cresceu notavelmente.

O clube conta com um espaço privilegiado, fica bem localizado e tem estacionamen-to. Por isso tem sido alvo de grandes eventos, com cantores e DJs que estão na mídia atual-mente e festas que bombam em boates de prestígio do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outras.

No dia 18 de setembro, por exemplo, a Boate Ópera Clube realizou a We Love Music, que teve o Nego do Borel (funk) como atração principal. A casa ficou lotada. Alexandre “Careca”, um dos donos da Ópera Clube, disse que camarotes foram pro-

videnciados em cima da hora devido à grande procura.

“Apesar de ter um espaço diferenciado, por ser muito grande [o Iate Clube] exige muito investimento de estrutura. O evento acaba se tornando caro e consequentemente um evento de alto risco”, afirma.

No dia 7 de Novembro, a boate Fishbone, de Búzios, reali-zou no local a festa Sirena Tour, com a música eletrônica de Felguk.

Frequentadora do espaço, a professora de Ballet Gabriela Pinheiro, 21, conta que “os camarotes ficam muito bem organizados e localizados”. “A única coisa que eu notei nas festas que fui, é que precisa de uma passagem do camarote pra área vip, que em uma das festas

só foi liberada no final. Tive facili-dade na compra de bebidas pois também tem bar na área vip”, revela.

O piloto de helicóptero Matheus Benjamin, 20, afirma observa que houve uma evolu-ção desde que o Iate Clube começou a ser utilizado para a realização de festas: “A última que eu fui no Iate, reparei na divisão de espaço, o espaço é muito melhor por ser maior. Em uma que fui quando começaram não havia como parar o carro em um bom lugar caso não che-gasse muito cedo. Quanto mais festas fazem lá, vai melhorando a qualidade”.

Os eventos na cidade de Macaé começam normalmente à meia noite. Há preços para todos os bolsos.

LUZES DA CIDADE

Conheça também

Lagoa RockO Lagoa Rock é uma ótima opção para quem quer curtir

um bom domingo com rock e blues. Basta escolher em

qual dos quiosques quer se sentar para prestigiar os

shows.

Alternative ‘n BeerA Alternative ‘n Beer fica no Jogada Certa Snooker Bar, na Granja dos Cavaleiros. É uma festa que ganhou seu espaço com seu diferencial de músicas alternativas. O tipo de balada que faltava na cidade, com eventos a partir de R$ 25,00 e entrada até meia noite caso o nome tenha sido posto na lista do evento do Facebook.

ImpérioA Império tem feito sucesso com festas de música sertane-

ja, eletrônica e funk. Localizada no bairro da Glória, a casa

tem ingressos com preços que variam de R$ 20 (feminino)

a R$ 30 (masculino).

DBOZZA DBOZZ já tem 5 anos em Macaé, com atrações que deixam sempre a casa cheia. Localizada no Quenzas, a boate alcançou a liderança no mercado de eventos da cidade, sempre buscando compor seus projetos com con-ceitos únicos


LUZES DA CIDADE | Mariana Mussi

F o t o : M a n o e l B a s t o s

F o t o : A y a n R a m o s

F o t o : M a t h e u s G u r g e l


Bióloga de formação, a chef faz da cozinha da sua casa o seu “laboratório”. É também pesquisadora da UFRJ na área de fermentos orgânicos. Odara comercializa pães e bolos sem glúten e lácteos para pessoas que são intole-rantes à substância.

Segunda ela, é impor-tante que haja esses tipos de produtos disponíveis para comercialização, porque as

SABOREART | Ryan Reid

Macaé temO melhor pão do Brasil

Pão. Fresquinho, quen-tinho, com uma manteiguinha. É uma delicia. Quem não gosta? E se eu disser que bem pertinho de você tem o melhor pão do Brasil? A chefe de cozi-nha Odara Ramoa, cabo-frien-se, mas vivendo em Macaé há alguns anos, ganhou o prêmio Baker Top 2015, promovido pela revista Padaria 2000 desde 1997.

Odara é especialista em panificação sem glúten, lácteos e conservantes. Desde janeiro desenvolve essa receita, bus-cando uma qualidade quase inédita nos pães também cha-mados “glúten free”.

pessoas sabem que estão con-sumindo um produto de quali-dade.

Um fator importantíssi-mo na produção é o cuidado para evitar a contaminação cruzada, que pode causar sérias reações nas pessoas com doença celíaca (transtor-no autoimune do intestino delgado, causado por uma reação a uma proteína do glúten presente no trigo). Nos alimentos industrializados não há a garantia de descontami-nação. O glúten se dispersa no ar por até 24 horas dentro de um ambiente fechado.

De acordo com Odara,

As pessoas sabem que estão con-sumindo um produto de qualidade.

grande desafio desses produ-tos, que não levam farinha de trigo, é conseguir a textura de um bolo normal. E isso deman-da um longo tempo de testes, segundo a chef. As medidas dos ingredientes são cuidado-samente pesadas com exati-dão, pois ao contrario de uma receita normal de bolo ou pão, qualquer diferença na quanti-dade, na ordem de mistura e até mesmo na forma como se coloca o ingrediente no reci-piente, pode influenciar na qualidade do produto final.

Todo esse trabalho na produção de um pão não faria

a alimentação livre de glúten pode trazer diversos benefí-cios à saúde que talvez nunca percebamos até parar de con-sumir. De acordo com Odara, a alimentação livre de glúten pode trazer diversos benefí-cios à saúde que talvez nunca percebamos até parar de con-sumir. A substância pode potencializar outras doenças.

A retirada dos alimen-tos glutinosos da alimentação de pessoas com autismo, por exemplo, tem mostrado resul-tados muito animadores.

Odara produz também alguns bolos livre do glúten e o


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sentido nenhum se o sabor não agradasse. E a premiação só veio confirmar que, além de saudável, o pão é uma delícia. Uma verdadeira obra de arte.

Bióloga de formação, a chef faz da cozinha da sua casa o seu “laboratório”. É também pesquisadora da UFRJ na área de fermentos orgânicos. Odara comercializa pães e bolos sem glúten e lácteos para pessoas que são intole-rantes à substância.

Segunda ela, é impor-tante que haja esses tipos de produtos disponíveis para comercialização, porque as

SABOREART | Ryan Reid

Pão. Fresquinho, quen-tinho, com uma manteiguinha. É uma delicia. Quem não gosta? E se eu disser que bem pertinho de você tem o melhor pão do Brasil? A chefe de cozi-nha Odara Ramoa, cabo-frien-se, mas vivendo em Macaé há alguns anos, ganhou o prêmio Baker Top 2015, promovido pela revista Padaria 2000 desde 1997.

Odara é especialista em panificação sem glúten, lácteos e conservantes. Desde janeiro desenvolve essa receita, bus-cando uma qualidade quase inédita nos pães também cha-mados “glúten free”.

pessoas sabem que estão con-sumindo um produto de quali-dade.

Um fator importantíssi-mo na produção é o cuidado para evitar a contaminação cruzada, que pode causar sérias reações nas pessoas com doença celíaca (transtor-no autoimune do intestino delgado, causado por uma reação a uma proteína do glúten presente no trigo). Nos alimentos industrializados não há a garantia de descontami-nação. O glúten se dispersa no ar por até 24 horas dentro de um ambiente fechado.

De acordo com Odara,

grande desafio desses produ-tos, que não levam farinha de trigo, é conseguir a textura de um bolo normal. E isso deman-da um longo tempo de testes, segundo a chef. As medidas dos ingredientes são cuidado-samente pesadas com exati-dão, pois ao contrario de uma receita normal de bolo ou pão, qualquer diferença na quanti-dade, na ordem de mistura e até mesmo na forma como se coloca o ingrediente no reci-piente, pode influenciar na qualidade do produto final.

Todo esse trabalho na produção de um pão não faria

a alimentação livre de glúten pode trazer diversos benefí-cios à saúde que talvez nunca percebamos até parar de con-sumir. De acordo com Odara, a alimentação livre de glúten pode trazer diversos benefí-cios à saúde que talvez nunca percebamos até parar de con-sumir. A substância pode potencializar outras doenças.

A retirada dos alimen-tos glutinosos da alimentação de pessoas com autismo, por exemplo, tem mostrado resul-tados muito animadores.

Odara produz também alguns bolos livre do glúten e o


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F o t o s : R y a n R e i d

sentido nenhum se o sabor não agradasse. E a premiação só veio confirmar que, além de saudável, o pão é uma delícia. Uma verdadeira obra de arte.

SESI Cultural trazarte e educação

COOLT! | Mariana Mussi

SESI Cultural trazarte e educação

capacidade de produção de novas linguagens artísticas, o que proporciona mudanças de atitudes. O objetivo principal não é formar profissionais, mas ampliar a qualidade de vida, desenvolvendo o espírito de equipe e melhorando a autoestima dos participantes. Dona Hilma Maia, represen-tante do SESI Cultural, em Macaé, revela que muitos artis-tas cariocas se apresentam no espaço. Mas artistas da cidade também têm vez. É o caso da cantora Kynnie Williams.

“Fazer show no SESI desde sempre foi incrível. Primeiro que o primeiro con-curso de música de que eu participei foi o SESI Música, em que eu concorri, com uma composição do meu pai e con-segui obter o segundo lugar. Depois, eles gostaram tanto de mim, que cogitaram um show...Mas eu não tinha um show, então ficamos elaboran-do e o SESI abriu as portas

Para quem gosta de música, cinema, poesia, dança, exposições, oficinas e workshops, o SESI Cultural de Macaé pode ser uma ótima opção. O espaço vem se desta-cando com shows, palestras, fóruns e festivais para todas as idades, em eventos que lotam a casa.

Com uma rede de teatros e espaços em suas unidades do Rio de Janeiro e da Grande Rio, o SESI tem o objetivo de estimular a produ-ção cultural e facilitar o acesso da população a espetáculos e eventos.

Na sede de Macaé, o teatro tem 197 lugares, em um espaço similar ao Teatro Muni-cipal, bem montado e com boa localidade para os que querem conhecer as atrações.

O SESI Cultural também oferece Oficinas e Workshops para o público em geral. Por meio delas, os alunos podem desenvolver, por exemplo, sua

para eu poder realizar o primeiro ‘Kynnie in concert’ em agosto de 2013! Foi incrível”, comemora a artista. “O SESI sempre me deu uma força enorme para que eu pudesse deslanchar com a minha carreira. Foi um teatro funda-mental que eu vou sempre agradecer, foi onde tudo começou. De 2013 para cá, eu consegui fazer mais uns três shows no Teatro SESI e todos com lotação máxima! Mesmo que as pessoas de Macaé comentem que o SESI não divulga muito os shows que acontecem, eu sempre conse-gui com que as pessoas pudessem chegar até lá. Foi sempre ótimo!”, revela.

O último evento da can-tora no local foi em novembro, um pocket show após um debate realizado no Dia da Cultura. “Fiquei feliz demais pelo convite e as pessoas que estavam lá, estavam engaja-das. Elas queriam estar ali e curtir bastante! Enfim, agrade-ço demais a Hilma e a Luciana por confiarem sempre no meu trabalho desde o começo e tenho certeza que vai durar até quando minha carreira estiver em um patamar de conhecimento nível Brasil!”, afirma Kynnie.

Fazer showno SESI desde sempre foiincrível!

Kynnie Williams

12 Boomerang Macaé - Dezembro 2015

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Conheça também


COOLT! | Mariana Mussi

Bibliotéca PúblicaA Biblioteca Pública Municipal foi criada em 19 de abril de 1941, através do Decreto nº 2 do então

prefeito Dr. Télio Barreto, que hoje dá nome ao local. Possui atualmente um acervo de

aproximadamente 40 mil obras divididas em todas as áreas do conhecimento, com um espaço

destinado ao público infantil. Tem em seu acervo livros em braile e em breve possuirá áudio-livros

destinados ao público com dificuldade de audição e de leitura. A partir de uma lei de 2007, tornou-se

oficialmente vinculada a Fundação Macaé de Cultura.

Fonte: Fundação Macaé Cultura - www.macaecultura.com.br

Solar dos MellosConstruído em 1891, o Solar dos Mellos hoje abriga o Museu da Cidade de Macaé, cujo acervo está sendo formado. No Solar, acontecem sessões de cinema gratuitas todas as quartas-feiras e o Café Literário, evento cultural que movimenta a cidade toda semana. O prédio abriga também o Centro de Memória Antonio Alvarez Parada.

Fonte: Prefeitura de Macaé - www.macae.rj.gov.br

Rinha das ArtesDedicado à apresentação de diversas manifestações culturais para os amantes das

artes, o espaço Rinha Das Artes recebeu esse nome em homenagem a uma cultura

proibida, mas que faz parte da história do município, que é a extinta Rinha de Galos. O

local foi implantado pelo Grupo Teatral Acto, com apoio da prefeitura, e conta com a

parceria das instituições Usina de Fomento Cultural e Sociedade Musical Macaense.

Fica na Rua Dr. Júlio Olivier, 633, Centro.

Fonte: Prefeitura de Macaé - www.macae.rj.gov.br

Centro Macaé de CulturaLocalizado no Centro Macaé de Cultura, o Teatro Municipal apresenta mensalmente programação diversificada, com peças de gêneros variados, incluindo as infantis aos domingos, shows musicais e eventos, tanto de artistas consagrados, como de talentos da terra. Fica na Av. Rui Barbosa, 780, Centro.Fonte: Prefeitura de Macaé - www.macae.rj.gov.br





RESPIRAR | Ryan Reid


Macaé é uma cidade que se caracteriza pela sua indústria petrolífera. Já é hábito ver a natureza do Oceano Atlântico mistura-da a plataformas e reboca-dores. A cidade fica cada vez mais cinza e sofre as consequências de receber uma indústria de tal porte.

Mas nem tudo está perdido. A menos de 30 km do centro da cidade existe um lugar de ar puro e muito verde. Trata-se do quase desconhecido Parque Muni-cipal Atalaia.

Em 1895, o local, que possui um manancial, era utilizado para abastecer com água toda a cidade de Macaé. Ainda hoje pode-se encontrar a tubulação da década de 1940, que ainda leva água a parte da cidade. A chamada Trilha da Caixa d’água leva até onde é feita a captação. Essa é uma das seis principais trilhas do parque.

Para quem gosta de se aventurar em caminha-das em contato com a natu-reza, no coração da Mata

Atlântica, o Atalaia é um prato cheio. O parque tem 235 hectares, com cachoeiras e mata pratica-mente intocada. Tem também um mirante, de onde se avista grande parte da extensão do parque, e conta com uma área de convivência coberta, banheiros, cozinha, aloja-mentos para pesquisado-res, além de um amplo auditório.

O Atalaia é frequen-temente visitado por pes-quisadores e cientistas por

de riquíssima de fauna e flora. É possível encontrar uma grande variedade de animais raros como a onça parda, bugios (espécie de macaco) e uma infinidade de aves. O parque possui estrutura e profissionais, como biólogos e veteriná-rios, aptos a acolher os ani-mais feridos que são encon-trados.

Dois guias recebem os visitantes do parque e os acompanham nas trilhas. Grupos maiores devem agendar a visita. O Atalaia exibe, ainda, o recorde bra-sileiro de reflorestamento no mesmo local. Em 2010, foram plantadas no parque 500 mudas de árvores em apenas 15,26 segundos, pelas mãos de 430 pessoas.

O feito está registrado no Livro dos Recordes Brasilei-ro. Conhecer o Atalaia é uma surpresa. Não se espera ter tão perto de uma grande cidade um lugar onde a natureza se encon-tra em seu estado puro e praticamente intocada. O parque está aberto de quarta à domingo das 9h às 16h. A entrada é gratuita.

Parque Municipal Atalaia:o paraíso é logo ali

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RESPIRAR | Ryan Reid


de riquíssima de fauna e flora. É possível encontrar uma grande variedade de animais raros como a onça parda, bugios (espécie de macaco) e uma infinidade de aves. O parque possui estrutura e profissionais, como biólogos e veteriná-rios, aptos a acolher os ani-mais feridos que são encon-trados.

Dois guias recebem os visitantes do parque e os acompanham nas trilhas. Grupos maiores devem agendar a visita. O Atalaia exibe, ainda, o recorde bra-sileiro de reflorestamento no mesmo local. Em 2010, foram plantadas no parque 500 mudas de árvores em apenas 15,26 segundos, pelas mãos de 430 pessoas.

O feito está registrado no Livro dos Recordes Brasilei-ro. Conhecer o Atalaia é uma surpresa. Não se espera ter tão perto de uma grande cidade um lugar onde a natureza se encon-tra em seu estado puro e praticamente intocada. O parque está aberto de quarta à domingo das 9h às 16h. A entrada é gratuita.



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