revista bom cuidar #12

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CENTRO PORTALEGRE Rua Mestre João Serra, nº8 – Zona Industrial, Portalegre Telefone: +351 245 30 90 66 Fax: +351 245 30 90 68 Tlm.: +351 92 798 76 36 Email: [email protected] Visite o nosso Website em: www.frp.org.pt Ficha Técnica: Newsletter nº 12 Fundação Renal Portuguesa Edição/design/paginação: Equipa FRP . Março 2015 Distribuição: Gratuita Nota: os textos desta publicação não estão escritos de acordo com as regras do novo acordo ortográfico. www.frp.org.pt www.facebook.com/pages/Fundação-Renal-Portuguesa ARTIGOS DE OPINIÃO PÁG.: 3 e 4 RUBRICAS TÉCNICAS PÁG.: 6 e 7 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO TRATAMENTO DO DOENTE RENAL CRÓNICO ... ACTUALIDADE PÁG.: 5 CASTANHAS ASSADAS PARA TODOS FRP CELEBRA NATAL COM UTENTES E FAMILIARES NUTRIÇÃO PSICOLOGIA CLÍNICA SERVIÇO SOCIAL ENFERMAGEM DESTAQUES ACTIVIDADES OCUPACIONAIS TERAPÊUTICAS Promoção do bem-estar e qualidade de vida Maria Celeste Valente tem uma vida ligada à ruralidade e às ac- tividades agrícolas. Nascida na então vila de Montemor-o-No- vo (actualmente é cidade), fez toda a sua carreira profissional, enquanto administrativa, na ex- tinta EPAC, empresa pública que geria a produção de cereais em Portugal. O trabalho fê-la passar por terras tão diferentes como Fronteira, Lisboa, Vila Viçosa ou Ponte de Sor. Actualmente, vive em Figueira e Barros, no concelho de Avis, e é utente no Centro de Portalegre da Fundação Renal Portuguesa há quatro anos. A insuficiência renal crónica mudou-lhe a vida, mas foi na instituição que a re- cebe três vezes por semana para fazer hemodiálise que encontrou uma nova família. “É a minha segunda casa. Tenho aqui mais companhia e as pessoas que aqui trabalham são como se fossem meus familiares”, afir- mou à Bom Cuidar. Depois de operada à vista, em Outubro do ano passado, para resolver um problema de visão, foi desafiada. O desafio era sim- ples mas revelou-se importante na sua vida. No âmbito das ac- tividades ocupacionais da FRP, voltou a fazer ponto de cruz, arte que aprendeu aos 12 anos numa casa tutelada pela igre- ja em Montemor-o-Novo e que promovia oficinas de costura e bordados. Foi uma redescober- ta. Aos 66 anos, Maria Celeste Valente fez muitos trabalhos com esta técnica. Inclusivamente com o obejctivo de os comercializar. Até que parou. Mas o desafio da FRP foi bem aceite. “Quan- do estou em casa faço ponto de cruz todos os dias. Não sou capaz de estar sem lhe tocar. Es- tou sempre desejosa de acabar o trabalho que tenho em mãos. Quando gostamos de algo, não nos cansamos de o fazer”, afirma com um brilho nos olhos e entu- siasmada com os projectos que tem pela frente. ESPAÇO UTENTE NESTA EDIÇÃO CONHECEMOS... MARIA CELESTE VALENTE

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O número 12 da Bom Cuidar já está online. O tema desta edição é a importância das Actividades Ocupacionais Terapêuticas na promoção do bem-estar do Doente Renal Crónico.

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Page 1: Revista Bom Cuidar #12

CENTRO PORTALEGRERua Mestre João Serra, nº8 – Zona Industrial, Portalegre Telefone: +351 245 30 90 66 Fax: +351 245 30 90 68Tlm.: +351 92 798 76 36 Email: [email protected] o nosso Website em: www.frp.org.pt

Ficha Técnica:

Newsletter nº 12

Fundação Renal PortuguesaEdição/design/paginação: Equipa FRP . Março 2015Distribuição: GratuitaNota: os textos desta publicação não estão escritos de acordo com as regras do novo acordo ortográfico. www.frp.org.ptwww.facebook.com/pages/Fundação-Renal-Portuguesa

ARTIGOS DE OPINIÃO

PÁG.: 3 e 4

RUBRICAS TÉCNICAS

PÁG.: 6 e 7

A IMPORTÂNCIA

DA COMUNICAÇÃO

NO TRATAMENTO

DO DOENTE RENAL

CRÓNICO

...

ACTUALIDADE

PÁG.: 5

CASTANHAS ASSADAS

PARA TODOS

FRP CELEBRA NATAL

COM UTENTES E FAMILIARES

NUTRIÇÃO

PSICOLOGIA CLÍNICA

SERVIÇO SOCIAL

ENFERMAGEM

DESTAQUES

ACTIVIDADES OCUPACIONAIS TERAPÊUTICASPromoção do bem-estar e qualidade de vida

Maria Celeste Valente tem uma vida ligada à ruralidade e às ac-tividades agrícolas. Nascida na então vila de Montemor-o-No-vo (actualmente é cidade), fez toda a sua carreira profissional, enquanto administrativa, na ex-tinta EPAC, empresa pública que geria a produção de cereais em Portugal. O trabalho fê-la passar por terras tão diferentes como Fronteira, Lisboa, Vila Viçosa ou Ponte de Sor.Actualmente, vive em Figueira e Barros, no concelho de Avis, e é utente no Centro de Portalegre da Fundação Renal Portuguesa há quatro anos. A insuficiência renal crónica mudou-lhe a vida,

mas foi na instituição que a re-cebe três vezes por semana para fazer hemodiálise que encontrou uma nova família. “É a minha segunda casa. Tenho aqui mais companhia e as pessoas que aqui trabalham são como se fossem meus familiares”, afir-mou à Bom Cuidar.Depois de operada à vista, em Outubro do ano passado, para resolver um problema de visão, foi desafiada. O desafio era sim-ples mas revelou-se importante na sua vida. No âmbito das ac-tividades ocupacionais da FRP, voltou a fazer ponto de cruz, arte que aprendeu aos 12 anos numa casa tutelada pela igre-

ja em Montemor-o-Novo e que promovia oficinas de costura e bordados. Foi uma redescober-ta. Aos 66 anos, Maria Celeste Valente fez muitos trabalhos com esta técnica. Inclusivamente com o obejctivo de os comercializar. Até que parou. Mas o desafio da FRP foi bem aceite. “Quan-do estou em casa faço ponto de cruz todos os dias. Não sou capaz de estar sem lhe tocar. Es-tou sempre desejosa de acabar o trabalho que tenho em mãos. Quando gostamos de algo, não nos cansamos de o fazer”, afirma com um brilho nos olhos e entu-siasmada com os projectos que tem pela frente.

ESPAÇO UTENTE

NESTA EDIÇÃO CONHECEMOS... MARIA CELESTE VALENTE

Page 2: Revista Bom Cuidar #12

ACTUALIDADE

ACTIVIDADES OCUPACIONAIS TERAPÊUTICAS

A Fundação Renal Portuguesa desenvolve, de forma regular, uma série de iniciativas para promover a melhoria da qualidade de vida dos seus utentes. No âmbito das actividades ocupacionais da FRP, os utentes desenvolvem trabalhos manuais, em particular na confec-ção de bijuteria, artes e bordados, corte e costura.A poucas centenas de metros do centro de Portalegre há uma área de cultivo cuidada, em particular, por três utentes da instituição. Dali saem produtos hortícolas para quem mais precisa.Pontualmente, a FRP organiza algumas activi-dades diferentes, como foi a visita a Fátima, uma caminhada ou as celebrações de datas marcantes no calendário anual, como os San-tos Populares, o S. Martinho ou o Natal.Estas actividades inserem-se na política de promoção do bem-estar e da qualida-de de vida dos utentes da Fundação Renal Portuguesa. Se os tratamentos de diálise são cruciais para a saúde dos doentes renais, as actividades ocupacionais terapêuticas consti-tuem uma forma de tornar a vida melhor para quem sofre com este problema. “As activida-

des ocupacionais surgiram da necessidade de encontrar respostas psicossociais adequadas para os utentes”, explica a psicóloga clínica da FRP, Ana Galvão. Desde que o projecto foi implementado, os resultados melhoram. O número de utentes abrangidos está a crescer. “É estimulante sentir a adesão das pessoas. Mas mais importante é perceber que quem participa nas actividades se sente valorizado e contribui para a melhoria do seu dia-a-dia junto das respectivas famílias e da comunida-de, um dos nossos objectivos com as activi-dades ocupacionais”, adiantou a técnica.

Para aumentar a durabilidade dos produtos que adquiriu é importante implementar algumas re-gras de armazenamento. Os primeiros produtos a armazenar são os refrigerados e congelados. Tenha também em atenção as temperaturas de ar-mazenamento: o frigorífico deve manter-se com uma temperatura igual ou inferior a 5º C e o conge-lador com uma temperatura igual ou inferior a – 18º C. Deve orga-nizar o frigorífico de forma a que os alimentos prontos a utilizar, ou já confecionados, fiquem nas pra-teleiras superiores, os alimentos semi-preparados nas prateleiras in-termédias e os alimentos crus nas prateleiras inferiores.Ordene os produtos por tipologia – alimen-tos frescos, embalados, enlatados; bebidas – e por grupo de alimentos – fruta, tubérculos, massa/arroz, etc.

Organize a despensa e frigorífico de acordo com os prazos de validade mantendo os produtos com prazo de validade inferior à frente e mais

disponíveis. As refeições já preparadas por si com antecedência ou sobras de-vem ser sempre armazenadas no frio para evitar o crescimento de microrganismos. Arrefeça os ali-mentos e coloque-os o mais de-pressa possível no frigorífico. Os restos de alimentos que pretenda guardar no frigorífico devem estar protegidos dentro de recipientes fechados ou com película aderen-te.

Não se esqueça de privilegiar sempre alimentos frescos!Escolhas adequadas traduzem-se em refei-ções mais saudáveis!

Com o tempo e o conhecimento diário de novas necessidades, surgem outros objectivos, pelos quais nos obrigamos a criar respostas diferencia-das. Neste sentido, surgiu um projecto na Funda-ção Renal Portuguesa, as Actividades Ocupacio-nais Terapêuticas.Iniciou-se no decorrer do ano passado com a confecção de bijuteria. Estabeleceu-se a ideia e alargou-se aos demais utentes. Nessa linha de actuação, identificaram-se novas necessidades, integraram-se mais utentes em áreas ocupacio-nais também diversas, como o croché, o ponto cruz e, posteriormente, a costura.Pretende-se desenvolver actividades que permi-tam a ocupação em domicílio, dos utentes que queiram integrar o grupo, sem limite de idade e qualquer outra actividade que se adeque e seja viável ao nível da aquisição de material para a sua concepção. O valor que advém da saída dos artigos, é geri-do e reverte na obtenção de novo material. Os objectivos desta iniciativa prendem-se com:

- Promover a qualidade de vida dos utentes; - Proporcionar a sua valorização pessoal, tra-duzindo-se também em ajuda às respectivas famílias e comunidade; - Manter os utentes activos, interessados e motivados; - Promover a autonomia pessoal e funcional, estimulando e facilitando o desenvolvimen-to possível das capacidades remanescentes; - Assegurar um equilibrado funcionamento emocional e comportamental que permita uma moderada estabilidade psicológica frente à aceitação da cronicidade da doença.A reação dos utentes e dos familiares tem sido positiva. A cada dia que passa sur-ge um novo saber, uma nova arte, e mais elementos estão a integrar este projecto.

Acreditamos que esta iniciativa tem potencial para crescer com todos!

Nas actividades ocupacionais, a FRP promove a sã convivência entre utentes e colaboradores

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GUIA PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVELArmazenamento em casa

ESPAÇO DE PSICOLOGIA

RÚBRICA DA NUTRIÇÃO

SAÚDE PSICOLÓGICA E “OCUPAÇÃO”

ACTUALIDADE

Anabela GalvãoPSICÓLOGA CLÍNICA FRP

CENTRO DE PORTALEGRE

Carmen GuerraNUTRICIONISTA FRP

CENTRO DE PORTALEGRE

Page 3: Revista Bom Cuidar #12

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ACTUALIDADEINFORMAÇÕES SOCIAIS

ESPAÇO DE ENFERMAGEM

CASTANHAS QUENTES E BOAS NO MAGUSTO DA FRP

Com a chegada do tempo mais frio e a queda das folhas das árvores, a Fundação Renal Portuguesa organizou o magusto de 2015 para todos os utentes, colaboradores e transportadores. Durante dois dias, a co-munidade FRP provou as castanhas quen-tes e boas assadas pelos voluntários da ins-tituição.Apesar das restrições alimentares, todos puderam puderam conviver entre uma castanha um gole de água pé. O Verão de São Martinho fez jus à fama que o pre-cede e, depois de um tempo chuvoso, o sol

impôs-se e as temperaturas subiram para que esta festa de Outono se comemoras-se ao ar livre, nas instalações do Centro de Portalegre da FRP.À semelhança de outras iniciativas, o ma-gusto de 2015 teve dois momentos para que todos os utentes, independentemente do dia e da hora a que fizeram tratamento, pudessem passar este momento de con-vívio e boa disposição com aqueles que, diariamente, trabalham para melhorar a sua saúde e a qualidade de vida, respectiva-mente.

Brindes, alegria e castanhas assadas. Foram estes os ingredientes de mais um magusto da FRP

UTENTES EXPÕEM TRABALHOS NA FRPO grupo de Actividades Ocupacionais da FRP tem um espaço para que quem visita o Centro de Portalegre aprecie e adquira os trabalhos.A ideia concretizada em 2015 foi muito bem aceite pelos utentes. O resultado está à vista. O número de trabalhos produzidos cresce e o espaço de exposição depressa ficou repleto de criações que recuperam artes e saberes, al-guns deles quase perdidos no tempo. “Trata-se de um projecto importante, desde há muito acarinhado por toda a equipa, estas

actividades ocupacionais são mais do que o resultado exposto na vi-trina, são terapia. A ocupação física reflecte-se no bem-estar psíquico dos utentes pois o facto de traba-lharem em algo que lhes dê prazer, mantendo-se activos e absorvidos, facilita o seu quotidiano e apazi-guam os seus pensamentos e a cro-nicidade da sua doença”, afirmou a psicóloga, Ana Galvão.

SER IDOSO EM PORTUGAL. QUE FUTURO?A longevidade da população é a consequên-cia directa da evolução da ciência e da qua-lidade de vida, principalmente nos países in-dustrializados.Entre 1950 e 2010 a po-pulação idosa mundial aumentou 201.84% (ONU,2011).Em 1960 o número de Idosos em Portugal era de 708.569.Em 2011 este número su-biu para 2 010.064.O que no contexto po-pulacional português significa que em 2011 - 19% dos portugueses eram Idosos.A sociedade não está preparada para esta realidade, pois todos os dias assistimos pessoalmente ou através dos meios de comunicação a agressões físicas,

psicológicas e abandono dos nossos “avós”. Agressões sem sentido, a pessoas que já não possuem a capacidade de defesa e a quem o nosso dever cívico é defendê-las!

Cada vez mais cons-ciente da necessida-de de proteção desta faixa populacional o Conselho de Ministros Português aprovou a Estratégia de Protec-ção ao Idoso, cons-tante da Resolução do Conselho de Ministros n.63/2015, publicada em Diário da Repúbli-ca no dia 25 de Agos-to de 2015.Na próxima edição vamos falar sobre

esta Estratégia e os benefícios que trará para os Idosos Portu-gueses.

Os cuidados de higiene com o seu membro do acesso arteriovenoso, são fundamentais para prevenir a infeção:• Lave o braço do acesso com sabão antes de entrar para a sala de diálise;• Pode e deve retirar os pensos cerca de 8h após terminar o tratamento;• Deve palpar o acesso vascular pelo menos duas vezes por dia para sentir o frémito (tremor/vibração); • Caso note algo de dife-rente no seu acesso vascu-lar comunique de imediato ao Enfermeiro e Médico.

HIGIENE DO ACESSO VASCULAR

ESPAÇO DE ENFERMAGEM

Cláudia PatacasASSISTENTE SOCIAL FRPCENTRO DE PORTALEGRE

Luís AnacletoENFERMEIRO CHEFE FRPCENTRO DE PORTALEGRE

Page 4: Revista Bom Cuidar #12

FESTA DE NATAL COM MUITA MÚSICA E BOA DISPOSIÇÃO

O Natal levou à adaptação dos horários dos tratamentos na Fun-dação Renal Portuguesa mas, mais importante do que isso, foi um mo-tivo para reunir toda a comunidade - utentes, colaboradores e transpor-tadores - que celebrou esta época tão especial. A festa prolongou-se por dois dias - 26 e 27 de dezem-bro - e entre comes e bebes, houve prendas para os utentes e para os familiares mais novos. O porco no espeto foi o petisco mais apreciado e as crianças ainda tiveram direito a uma sessão de cinema inspirada no Natal. O Grupo de Cantares da Té-gua associou-se à festa de Natal da FRP e cantou bonitas canções natalícias e tradicionais que en-cantaram todos os presentes. A boa disposição marcou mais esta ce-lebração. “Foi uma festa muito boni-ta em que todos puderam conviver num ambiente de harmonia. Na FRP somos uma família e faz todo o sen-tido que o Natal seja comemorado entre todos. Queremos, essencial-mente, que no Centro de Portalegre as pessoas vivam o Natal todos os dias”, afirmou a assistente social da FRP, Cláudia Patacas.

Entre música e comes e bebes, o Natal foi celebrado na FRP. O Pai Natal não faltou e trouxe presentes para todos

A Doença Renal Crónica resulta da falência dos rins mas implica uma abordagem multidisciplinar. A comunicação é, por isso, essencial para o seu tratamento. Seja na relação médico - paciente, mas também entre todos os actores en-volvidos: equipa de enfermeiros, técni-cos das mais variadas valências, auxiliares. É imperativo que es-tejam perfeitamente integrados e coorde-nados mediante uma in te rcomun icação adequada.No dia-a-dia do Doente Renal Crónico, a partilha de informação, seja no sentido paciente-médico e vice-versa, mas também com os restantes agentes que de alguma forma estão envolvidos neste processo, é crucial para a eficácia do tratamento.A informação tem de chegar aos interlocutores. A mensagem tem de passar para induzir nos re-

ceptores a formação de hábitos e de comporta-mentos. A equipa médica, os enfermeiros e os técnicos têm de dispor do máximo número de dados e informações para agirem e tomarem as

melhores decisões. Por ou-tro lado, os utentes têm de acompanhar as evoluções, seja do seu estado, seja da evolução do tratamen-to, quem sofre de doença renal crónica tem de estar consciente do que é e das suas implicações, em con-creto no estilo de vida de cada um.Há condições essenciais para que a comunicação

funcione e contribua para uma relação bem su-cedida e com resultados positivos. O emissor tem de ser competente, ou seja, tem de ser ex-periente e estar informado e/ou qualificado em relação à mensagem que transmite. Por outro lado, tem de ser totalmente sincera.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

“No caso de uma unidade de he-modiálise, auxiliares, enfermei-

ros, médicos e psicólogos devem estar perfeitamente integrados e coordenados através de uma ad-

equada intercomunicação.”

ACTUALIDADE OPINIÃO

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Dr. Carlos AndradeDirector Clínico FRP