revista apm novembro de 2011

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Novembro de 2011 – edição n 0 628 Federada da REVISTA DA

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Movimento Saúde e Cidadania em Defesa do SUS

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  • novembro de 2011 edio n0 628

    federada da

    novembro de 2011 edio n

    rEvista da

  • Novembro de 2011 3 Revista da aPM

    abrindo caminhos

    Amobilizao da classe mdica vem empolgando e abrindo caminhos. Conscientes de que ainda h muito a avanar para o equilbrio econmico-fi nancei-ro dos prestadores de servio na sade suple-mentar, mantemo-nos fi rmes nas negociaes com as empresas e j comeamos a organizar o movimento para 2012.

    Com o mesmo vigor, atuamos em prol da sade pblica. Exigimos publicamente a re-gulamentao da Emenda 29, por saber que ser um marco histrico na questo do finan-ciamento, possibilitando, realmente, a con-cretizao do Sistema nico de Sade. Para isso, defendemos a proposta original do Se-nado, que determina o investimento mnimo de 10% da receita corrente bruta da Unio.

    A partir desta vitria, ser possvel que os diversos atores do setor e toda a sociedade cobrem resultados de gestes eficientes e srias. Justamente por entender que o SUS patrimnio de todos os brasileiros e respon-sabilidade no apenas dos mdicos, partici-pamos do lanamento do Movimento Sade e Cidadania, cuja cobertura voc ver a seguir. apenas o incio de uma longa e profcua, es-peramos, srie de aes pela assistncia de qualidade populao, como preconizam os princpios constitucionais de equidade, inte-gralidade e universalidade.

    Anima-nos tambm o fato de que falar em carreira no mais apenas um sonho. O projeto para o sistema pblico de So Paulo est sendo construdo a vrias mos, com a participao das entidades mdicas, e ser apresentado pelo Executivo Assembleia ain-da este ano, enquanto a Proposta de Emenda Constitucional 454, de mbito federal, em breve ser analisada por uma comisso espe-cial dentro da Comisso de Constituio, Jus-tia e Cidadania da Cmara dos Deputados. Oxal a sociedade brasileira entenda que a qualidade do trabalho mdico reflete direta-mente na sade de todos.

    Renato Franoso Filho e Leonardo da Silva

    Diretores de Comunicao

    Renato Franoso Filho

    leonardo da Silva

    Publicao da AssociaoPaulista de Medicina

    Edio n0 628 - Novembro de 2011

    REDAOAv. Brigadeiro Lus Antnio, 278Cep 01318-901 So Paulo SP

    Fones: (11) 3188-4200/3188-4300Fax: (11) 3188-4369

    E-mail: [email protected]

    PresidenteFlorisval Meino

    Diretores ResponsveisRenato Franoso Filho

    Leonardo da Silva

    Editor ResponsvelChico Damaso MTb 17.358/SP

    Editora-assistenteCamila Kaseker

    ReprteresBruna Ceno

    Giovanna Rodrigues

    EstagirioLeonardo Blecher

    Editora de ArteGiselle de Aguiar Pires

    Projeto e Produo Grfi caTESS Editorial

    [email protected]

    Fotos Osmar Bustos

    Assistente administrativo Juliana Bomfi m

    Assistente de Comunicao Fernanda de Oliveira

    ComercializaoDepartamento de Marketing da APM

    Malu FerreiraFone: (11) 3188-4298 Fax: (11) 3188-4293

    Periodicidade: mensalTiragem: 32.455 exemplares

    Circulao: Estado de So Paulo(Inclui Suplemento Cultural)

    Portal da APMwww.apm.org.br

    Os anncios publicados nesta revista so inteiramente de responsabilidade dos anunciantes. A APM no se responsabiliza pelo contedo comercial.

    Publicao fi liada ao Instituto Verifi cador de Circulao

    rEvista da

    apreSentao

  • 4 Novembro de 2011Revista da aPM

    ndiCe

    6 Planos de sade

    13 Residncia mdica

    15 Diplomas cubanos

    17 Regulamentao da medicina

    26 Anorexgenos

    33 Opinio

    34 Clube de Benefcios

    36 Internacional 30 Especialidades

    8 Sade pblica

    38 Servios

    40 Radar Mdico

    45 Radar Regionais

    48 Dvidas contbeis

    50 literatura

    51 Agenda cultural

    53 Classifi cados

    DIRETORIA 2011-2014Presidente: Florisval Meino1 vice-presidente: Roberto Lotfi Jnior2 vice-presidente: Donaldo Cerci da Cunha3 vice-presidente: Paulo De Conti4 vice-presidente: Akira IshidaSecretrio Geral: Paulo Cezar Mariani1 Secretrio: Ruy Yukimatsu Tanigawa

    DIRETORESAdministrativo: Lacildes Rovella Jnior; Administrativo Adjunto: Roberto de Mello;

    1 Patrimnio e Finanas: Murilo Rezende Melo; 2 Patrimnio e Finanas: Joo Marcio Garcia; Cientfi co: Paulo Manuel Pgo Fernan-des; Cientfi co Adjunto: lvaro Nagib Atallah; Cultural: Guido Arturo Palomba; Cultural Adjunto: Carlos Alberto Monte Gobbo; Defe-sa Profi ssional: Joo Sobreira de Moura Neto; Defesa Profi ssional Adjunto: Marun David Cury; Comunicaes: Renato Franoso Filho; Comunicaes Adjunto: Leonardo da Silva; Previdncia e Mutualismo: Paulo Tadeu Falan-ghe; Previdncia e Mutualismo Adjunto: Clvis Francisco Constantino; Servios aos Associa-dos: Jos Luiz Bonamigo Filho; Servios aos As-sociados Adjunto: Joo Carlos Sanches Anas; Social: Alfredo de Freitas Santos Filho; Social Adjunto: Nelson lvares Cruz Filho; Marketing: Nicolau DAmico Filho; Marketing Adjunto: Ade-mar Anzai; Tecnologia de Informao: Marcelo Rosenfeld Levites; Tecnologia de Informao Adjunto: Desir Carlos Callegari; Economia M-dica: Toms Patrcio Smith-Howard; Economia Mdica Adjunto: Jarbas Simas; Eventos: Mara Edwirges Rocha Gndara; Eventos Adjunta:

    Regina Maria Volpato Bedone; Aes Comu-nitrias: Denise Barbosa; Aes Comunitrias Adjunta: Yvonne Capuano; 1 Distrital: Airton Gomes; 2 Distrital: Arnaldo Duarte Loureno; 3 Distrital: Lauro Mascarenhas Pinto; 4 Distrital: Wilson Olegrio Campagno-ne; 5 Distrital: Jos Renato dos Santos; 6 Distrital: Jos Eduardo Pacincia Ro-drigues; 7 Distrital: Eduardo Curvello To-lentino; 8 Distrital: Helencar Igncio; 9 Distrital: Jos do Carmo Gaspar Sarto-ri; 10 Distrital: Paulo Roberto Mazaro; 11 Distrital: Jos de Freitas Guimares Neto; 12 Distrital: Marco Antonio Caetano; 13 Distrital: Marcio Aguilar Padovani; 14 Distrital: Wagner de Matos Rezende

    CONSElHO FISCAlTitulares: Antonio Amauri Groppo, Haino Bur-mester, Joo Sampaio de Almeida, Luciano Ra-bello Cirillo, Srgio Garbi. Suplentes: Antonio Ismar Maral, Delcides Zucon, Ieda Therezinha do Nascimento Verreschi, Margarete Assis Le-mos, Silvana Maria Figueiredo Morandini.

    SEDE SOCIAl:Av. Brigadeiro Lus Antnio, 278 CEP 01318-901 So Paulo SP

    Fones: (011) 3188-4200/3188-4300

    22 Posse da Diretoria

  • Novembro de 2011 5 Revista da aPM

    editorial

    Florisval MeinoPRESIDENTE DA APM

    Amigo(a) mdico(a), com prazer que me dirijo pela primeira vez a voc nes-ta revista como presidente eleito da Associao Paulista de Medicina. indiscutvel a importncia da APM como legtima represen-tante dos mdicos perante a sociedade. Por isso, gostaria de agradecer a confiana de to-dos os diretores que iniciam comigo a gesto 2011-2014, de nossas Regionais, a sua e dos associados da APM, que criaram e mantm, voluntariamente, esta instituio com tanta tradio no contexto da medicina.

    Defender a valorizao do trabalho mdico nosso maior compromisso. Trabalhamos em condies adversas no sistema pblico, com infraestrutura e recursos insuficientes, alm de baixos salrios, o que desmotiva os profissio-nais. Assim, a APM lutar com dedicao para reverter este quadro. O movimento iniciado em 25 de outubro ltimo, aglutinando representan-tes de diferentes setores, foi um marco neste sentido. Entendemos que a defesa do Sistema nico de Sade (SUS) um dever do conjunto da sociedade, no apenas dos mdicos.

    Temos tambm fundamental papel quanto s polticas pblicas de sade, para que o aten-dimento mdico de qualidade populao seja um instrumento de cidadania plena. consenso que o SUS est subfinanciado. Apoiamos inte-gralmente os projetos de lei que possam deter-minar volume de verbas adequado para a sade, a fim de que o sistema seja capaz de reduzir as desigualdades sociais no Brasil. Da mesma ma-neira, defendemos o gerenciamento eficiente do dinheiro pblico, com a necessria fiscaliza-o pelos cidados.

    Na sade suplementar, apesar do alto custo das mensalidades cobradas dos pacientes pelas em-presas, os prestadores de servio so mal remu-nerados e protestam contra a presso dos planos

    para reduzir solicitaes de exames, internaes e cirurgias, numa lgica perversa de conteno de custos. Cabe a APM, ao lado das entidades mdi-cas paulistas e nacionais, trabalhar com afinco no sentido de garantir a preservao da autonomia do mdico e remunerao digna.

    Tambm nossa preocupao a qualidade da medicina praticada, com segurana para a popu-lao. de suma relevncia que os programas de residncia mdica tenham alto nvel, assim como o fortalecimento das Sociedades de Especialida-de e do Ttulo de Especialista, principal certifica-do da formao qualificada na rea mdica.

    A APM continuar buscando a oferta de edu-cao continuada a todos os mdicos e ainda in-centivar a participao nos eventos credencia-dos pela Comisso Nacional de Acreditao, por compreender que este o melhor caminho para oferecer aos pacientes e prpria comunidade mdica atualizao de conhecimentos e assis-tncia segura, de qualidade.

    Servimos a uma instituio que avanou muito nos ltimos anos, passando por gestes que re-almente souberam promover mudanas e novas aes essenciais para a classe mdica. Aproveito a oportunidade para dar os parabns ao Jorge Curi e a todos os colegas integrantes de sua Di-retoria. Estamos empenhados em dar continui-dade a este brilhante trabalho para fortalecer, progressivamente, o associativismo mdico.

    Finalmente, permanecemos atentos a temas como regulamentao da medicina, carreira de Estado, articulao com os acadmicos e resi-dentes, entre tantos outros. Os associados po-dem esperar de ns atuao firme e colaborativa junto aos diversos atores da sade, no Legisla-tivo, no Executivo e em parceria com o terceiro setor. Estamos abertos ao dilogo, s sugestes e propostas de trabalho, na certeza de que muito pode ser feito pela sade em nosso pas.

    Sade e cidadania

    Defender a valorizao do trabalho

    mdico nosso maior

    compromisso

  • 6 Novembro de 2011Revista da aPM

    Sade Suplementar

    Planos de sade: Movimento continuar em 2012

    Novas aes sero definidas durante reunio ampliada

    CAMIlA KASEKER

    Concludo o primeiro ciclo de paralisaes do atendimento eletivo aos planos de sade que no atenderam s reivindica-es da classe, a Comisso Estadual de Mobiliza-o Mdica para a Sade Suplementar marcou para janeiro uma reunio ampliada, na sede da Associao Paulista de Medicina, com o objetivo de definir as prximas estratgias do movimen-to. Devem participar as Regionais da APM, os Sindicatos, as Delegacias do Conselho Regional de Medicina e as Sociedades de Especialidade.

    O presidente da APM, Florisval Meino, adianta que o foco, em 2012, sero os proce-dimentos. Os mdicos das especialidades mais ligadas a cirurgias e exames no tiveram os mesmos benefcios, este ano, daqueles da rea clnica. Por isso, a atualizao dos valores conforme a CBHPM [Classificao Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Mdicos] plena prioridade, explica.

    Alm da defasagem da remunerao mdica, a prtica das empresas de aumentar os valores de consulta sem reajustar os procedimentos to comum quanto perigosa, segundo Meino, pois acarreta srias distores. Nas grandes cidades, como So Paulo, h planos que remuneram uma consulta por R$ 20,00 e algumas cirurgias sob anestesia geral a R$ 40,00, por exemplo.

    Outra questo bastante discutida pelas li-deranas, em reunio no fim de outubro, foi o acompanhamento dos reajustes anunciados pelas empresas. H indcios de que algumas delas no estejam praticando os novos valores propostos. Isso um enorme desrespeito aos mdicos. Desfecharemos medidas duras em relao a essas empresas, afirma Meino.

    importante que os mdicos credenciados confiram esses valores, conforme tabela na prxima pgina, e informem a Defesa Profis-sional da APM. Telefones: 0800-17-3313 e (11) 3188-4207 ou e-mail [email protected]. O sigilo garantido.

    Mesmo com as interrupes do atendimen-to, das quais participaram 14 especialidades em sistema de rodzio, algumas operadoras ainda no aceitaram negociar os reajustes ou enviaram propostas insuficientes (veja abaixo). Dessa forma, este grupo ser alvo das aes a serem definidas para 2012. A Comisso conti-nua negociando com todas as empresas e per-manece aberta ao dilogo.

    Jos Roberto Baratella, Joo ladislau, Cid Carvalhaes, Meino, Toms P. Smith-Howard e Danilo Bernik

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    Empresas na mira dos mdicos

    Allianz, Ameplan, Cabesp, Crusam, In-termdica, Itlica, Leonor de Barros, Life, Metrpole, Notredame, Omint, Prevent Snior, Santa Helena, Santamlia, So Cristvo, Seisa, Sepaco, Sobam, Tras-montano, Unimed Seguros Sade, Uni-versal e Volkswagen

  • Novembro de 2011 7 Revista da aPM

    REAJUSTES PROPOSTOSEMPRESA vAlOR DE CONSUlTA*

    ABET R$ 50 em julho R$ 60 em dezembro

    AMILR$ 45 em junho R$ 48 em agosto

    R$ 51 em outubro R$ 55 em dezembro R$ 60 em maro

    ASSEFAZ R$ 50 em agosto

    BRADESCO R$ 56 em setembro1

    CAIXA ECONMICA FEDERAL R$ 50 em julho

    CARE PLUS R$ 542 em agosto

    CASSI R$ 50 em julho R$ 60 em dezembro

    CESP R$ 53 em setembro

    CET R$ 50 em setembro

    CETESB R$ 50 em agosto

    EMBRATEL R$ 50 em agosto R$ 60 em dezembro

    FUNDAO SADE ITA R$ 52 em agosto

    GAMA SADE R$ 54 em agosto R$ 60 em janeiro

    MARTIMA ESSENCIAL, EXCLUSIVO ENFERMARIA E APARTAMENTO, IDEAL ENFERMARIA E APARTAMENTO, BSICO ENFERMARIA, APARTAMENTO E ESPECIAL R$ 50 a partir de 18 de outubro

    MARTIMA PLENO I E II, SNIOR I E II, MASTER I E EXECUTIVO I R$ 54 a partir de 18 de outubro

    METRUS R$ 50 j pratica R$ 60 em janeiro

    MPU PLAN. ASSIST. R$ 50 em agosto

    PETROBRAS R$ 80 desde janeiro

    PORTO SEGURO R$ 56 em outubro3

    PRODESP R$ 50 em agosto

    SABESPREV R$ 50 em maio R$ 60 em 2012

    SUL AMRICA R$ 52 em agosto R$ 54 em janeiro4

    VALE R$ 50 em setembro R$ 60 em dezembro

    1 SEM PROPOSTA OFICIAL 2 CONSULTRIOS ISOLADOS E CLNICAS ESPECIALIZADAS 3 PRATA, OURO E DIAMANTE 4 SEM DOCUMENTO * Dados de setembro de 2011

    Con ra se os valores da tabela ao lado esto sendo

    praticados e denuncie

    APM

  • 8 Novembro de 2011Revista da aPM

    Sade pBliCa

    Movimento une representaes da

    sociedade civil

  • Novembro de 2011 9 Revista da aPM

    BRUNA CENO

    O dia 25 de outubro foi marcado por uma indita manifestao em prol do Sis-tema nico de Sade. Mdicos, enfer-meiros, cirurgies dentistas, representantes de hospitais e da sociedade civil estiveram na sede da Associao Paulista de Medicina (APM) para um caf da manh com a grande imprensa, em que debateram os principais problemas da sa-de pblica brasileira e fi rmaram o compromisso de lutar juntos por atendimento de qualidade populao. Confi ra o Manifesto na pgina 12.

    Para marcar o lanamento do Movimen-to Sade e Cidadania em Defesa do SUS, o prdio da APM, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, foi envelopado com a Bandeira do Brasil, numa composio de 15,5 x 22 me-tros. O objetivo foi chamar a ateno da opi-nio pblica, dos governantes e dos rgos competentes para o grave quadro da sade pblica no pas, partindo do princpio de que o acesso assistncia qualificada um ins-trumento de justia social.

    A ao integra o movimento nacional de pro-testo contra as ms condies de trabalho e baixa remunerao, idealizado pela Comisso Pr-SUS, composta pela Associao Mdica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina Florisval Meino em entrevista imprensa

    Paiva, Meino, Montagnana, Oliver, Tassinari e Smith-Howard

    Diversos representantes da sociedade civil organizada estiveram na sede da APM

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  • 10 Novembro de 2011Revista da aPM

    Sade pBliCa

    e Federao Nacional dos Mdicos. A data foi marcada por atos pblicos em todo o pas.

    Na opinio do presidente da APM, Florisval Meino, desde a criao do SUS, avanamos alguns metros em sade pblica, mas ainda h quilmetros a percorrer. Para consolid-lo, eliminando as filas para os pacientes e sacrif-cios dos profissionais, fundamental o finan-ciamento adequado. Outros pases investem pelo menos 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para um atendimento parcial da populao, en-quanto o Brasil aplica 8% do PIB, sendo somen-te 3,5% para a sade pblica, denuncia.

    ManifEstaEsO apelo foi intensificado pelos representan-

    tes do Sindhosp, Dante Montagnana; Paulo Oliver, da OAB-SP; e Ruy Baumer, da Fiesp, ressaltando que a carga de impostos no setor da sade chega a 18%.

    Representante da Associao Nacional dos Mdicos Residentes, Alexandre Audi se mos-trou preocupado com o sistema que os jovens mdicos iro encontrar. O subfinanciamento desses ltimos anos causa a bancarrota que temos hoje com problemas de atendimento e diminuio das cirurgias. Se continuar assim, o que ser do SUS em mais 20 ou 30 anos?

    Os enfermeiros e os odontlogos, represen-tados por Maria Anglica Guglielmi (Conselho Regional de Enfermagem) e Emil Razuk (Con-Jorge Curi, representando a AMB

    O Hino Nacional foi executado em homenagem ao SUS

    Parlamentares, lideranas da sade, representantes dos mdicos e dentistas

  • Novembro de 2011 11 Revista da aPM

    selho Regional de Odontologia) tambm des-tacaram a importncia da unio das entidades e profisses. A melhoria das condies de trabalho resulta em mais qualidade no atendi-mento para a populao; isso s ser possvel unindo foras, diz Maria Anglica, que mani-festou o comprometimento para que o SUS se torne o sistema exemplar a que se prope.

    Os vereadores mdicos Jamil Murad e Gilber-to Natalini pregaram o suprapartidarismo em prol de uma sade melhor. O primeiro frisou que, sem pagar bem os profissionais, impos-svel conseguir mdicos preparados, enquanto Natalini criticou a proposta de um novo impos-to para a sade. Tranquem as torneiras do des-perdcio e da corrupo que vai sobrar dinheiro sem onerar ainda mais os brasileiros.

    J o deputado estadual mdico Ulysses Tas-sinari anunciou o apoio da Assembleia Legisla-tiva ao Movimento, por meio da Comisso de Sade. Prefeitos no tm mais de onde tirar dinheiro. Deveriam investir 15% em sade, mas investem mais de 25%, lembrou, referindo-se necessidade de aumentar o percentual de in-vestimentos por parte da Unio.

    O ex-presidente da APM e da AMB, deputado federal Eleuses Paiva, reforou a defesa de mais recursos para a sade pblica, enfatizou a crise das Santas Casas e hospitais filantrpicos e ofi-cializou o apoio da Frente Parlamentar da Sa-de, da qual vice-presidente, ao Movimento.

    Comeamos os encontros em So Paulo, pois reunimos, ao mesmo tempo, a melhor me-dicina e um grande desassistencialismo, mas tenho certeza de que toda a sociedade vai se organizar, finalizou o 1 vice-presidente da As-sociao Mdica Brasileira, Jorge Curi.

    audinciasDuas audincias sucederam o encontro na APM.

    As lideranas mdicas saram em passeata pela Rua Maria Paula em direo Cmara Municipal de So Paulo, onde foram recebidas pelo presiden-te da Casa, Jos Police Neto, que afirmou: A luta por mais recursos para a sade de todos e espe-ramos o comprometimento dos homens pblicos para investir bem essas verbas. Ele destacou que os vereadores so aliados nesta tarefa.

    Ao anunciar o incio do Movimento Sade e Cidadania em Defesa do SUS, Florisval Meino reiterou que construir o Sistema nico de Sade dever de toda a sociedade. Tambm apontou

    o papel do Legislativo na fiscalizao da gerncia do servio pblico.

    A mobilizao nacional dos mdicos da rede pblica contra a baixa remunerao e as con-dies de trabalho foi debatida ainda na As-sembleia Legislativa, tarde, durante reunio da Comisso de Sade. Os participantes foram unnimes em reconhecer a necessidade de me-didas que possam conter a sada dos mdicos do servio pblico e o agravamento dos proble-mas na assistncia oferecida populao.

    Informaes sobre o Movimento esto no site www.emdefesadosus.org.br, onde, inclusive, possvel aderir ao Movimento. Novas aes de-vem ser definidas em breve.

    Passeata da APM at a Cmara Municipal marcou a manifestao

    Meino apresenta aos vereadores o Movimento em Defesa do SUS

  • 12 Novembro de 2011Revista da aPM

    Sade pBliCa

    A sociedade brasileira marcada por desi-gualdades, o que sabemos condicionar o pr-prio desenvolvimento do pas. Por isso, fun-damental investir em sade, fazendo do seu acesso um instrumento de justia social. Neste sentido, a criao do Sistema nico de Sade (SUS), em 1988, foi uma grande conquista da sociedade brasileira, ao escrever na nova Cons-tituio que sade direito de todos e dever do Estado. Ao longo desses mais de 20 anos, hou-ve avanos significativos nesta proposta.

    No entanto, prevalecem enormes desafios para cumprir os princpios de equidade, in-tegralidade e universalidade do SUS. mar-cante a dificuldade de muitos brasileiros para obter atendimento, principalmente nas peri-ferias urbanas e nas reas mais distantes dos grandes centros. Outra prova cabal das defi-cincias na assistncia o crescimento pro-gressivo do mercado de planos de sade, e nem sempre com a qualidade que se espera.

    Entendemos que o SUS no consegue aten-der plenamente as necessidades da populao e seu financiamento totalmente insuficien-te. Para se tornar um pas desenvolvido, o Bra-sil precisa seguir o que as naes de primeiro mundo e da prpria Amrica do Sul j esto investindo hoje em sade, isto , em mdia, no mnimo 10% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 70% de investimento pblico. Atualmente, aplicamos 8% do PIB, mas 4,5% relativos ao sistema privado e apenas 3,5% em sade pblica, ou seja, metade do que seria o mnimo adequado, ainda mais tendo em vista nossa proposta de atendimento integral.

    Alm disso, os recursos pblicos na sade pre-cisam ser bem geridos, com transparncia, con-trole da sociedade e alocao dessas verbas de forma bem estruturada para que possam melhor contemplar as necessidades da populao.

    Dessa forma, o Movimento Sade e Cida-dania em Defesa do SUS reivindica:

    Assistncia de qualidade populao; Mais recursos para a sade pblica; Valorizao dos profissionais de sade; Apoio aos hospitais filantrpicos; e Reajuste da Tabela do SUS.

    O objetivo chamar a ateno da opinio

    pblica, dos governantes e dos rgos compe-tentes para a urgente consolidao do Sistema nico de Sade, que patrimnio de todos os brasileiros. Vamos juntos defender o SUS, por assistncia mdica de qualidade populao.

    APM Associao Paulista de Medicina; AMB Associao Mdica Brasileira; Academia de Medicina de So Paulo; OAB-SP Ordem dos Advogados do Brasil - Seo So Paulo; AMB Associao dos Magistrados Brasileiros; FPS Frente Parlamentar da Sade; Pastoral Nacio-nal da Sade / CNBB - Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil; CMB Confederao das San-tas Casas de Misericrdia, Hospitais e Entidades Filantrpicas; FEHOSP Federao das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de So Paulo; ISCMSP Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo; FIESP / COMSADE Federao das Indstrias do Estado de So Paulo / Comit da Cadeia Produtiva da Sade; ACSP Associao Comercial de So Paulo; COREN-SP Conselho Regional de Enfermagem de So Paulo; PROTESTE Associao Brasileira de Defesa do Consumidor; IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor; SINDHOSP Sindicato dos Hos-pitais, Clnicas e Laboratrios; FEHOESP Fede-rao dos Hospitais, Clnicas e Laboratrios do Es-tado de So Paulo; ANAHP Associao Nacional dos Hospitais Privados; ABCD Associao Brasi-leira dos Cirurgies Dentistas; APCD Associao Paulista dos Cirurgies Dentistas ; CROSP Con-selho Regional de Odontologia de So Paulo; ACT Aliana de Controle do Tabagismo; SESCON-SP Sindicato das Empresas de Servios Contbeis e das Empresas de Assessoramento, Percias, In-formaes e Pesquisas no Estado de So Paulo; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Clnica Mdica; Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular; Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mo; Sociedade Brasileira de Medi-cina Nuclear; Sociedade Brasileira de Nefrologia; Academia Brasileira de Neurologia; Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; Associa-o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Crvico-Facial; Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem; Sociedades de Especia-lidades Mdicas do Estado de So Paulo; Regio-nais da Associao Paulista de Medicina

    Manifesto

  • Novembro de 2011 13 Revista da aPM

    Mdicos jovens e populao expostos

    Bnus para ingresso na residncia levar recm-formados, com pouca experincia, a reas de difcil provimento

    BRUNA CENO

    O dfi cit de oportunidades nos progra-mas de residncia uma das grandes preocupaes da classe mdica. Hoje, existem no pas cerca de 10 mil vagas de treina-mento em servio para quase 14 mil graduados por ano. Utilizando essa concorrncia, que acirrada especialmente em determinadas espe-cialidades, a Comisso Nacional de Residncia Mdica aprovou, em 16 de setembro ltimo, bnus de at 20% na pontuao fi nal de quem tenha participado do recm-criado Programa de Valorizao Profi ssional da Ateno Primria.

    A medida, publicada na Resoluo n 3 de 19 de setembro, uma tentativa de interiori-zar os servios de sade e promover a fi xao de mdicos em comunidades onde o Estado se faz pouco presente. No entanto, apesar da legitimidade da causa, os critrios para con-cesso do bnus tm gerado polmica e in-

    meros protestos tanto por parte das entidades mdicas quanto dos estudantes.

    Manifestaes contra a deciso advm de instituies de peso, como a Associao Mdica Brasileira, Associao Nacional dos Mdicos Residentes (ANMR), Conselho Re-gional de Medicina de So Paulo, Faculdade de Medicina da USP; Faculdade de Medicina de Botucatu / Unesp; Faculdade de Cincias Mdicas da Unicamp e Faculdade de Medici-na de Ribeiro Preto / USP, entre outras.

    distorEsA principal crtica refere-se ao percentual do

    bnus, considerado exagerado por todos os entrevistados. Segundo o secretrio da ANMR, Natan Katz, o valor torna a participao obri-gatria, e no facultativa, em vista da grande concorrncia para as vagas de residncia. O representante do Comit do Mdico Jovem da AMB, Guilherme Salgado, compara o projeto a um servio civil obrigatrio disfarado, j que, como a diferena entre as notas dos candidatos pequena, todos os que quiserem entrar em programas de residncia devero participar.

    Outra questo preocupante a efi ccia da medida, vista como paliativa. Em vez de es-timular a fi xao de mdicos especializados nas reas de difcil provimento, levar recm-formados, com pouca experincia, muitas

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  • 14 Novembro de 2011Revista da aPM

    vezes para atuar sozinhos, justamente onde h maior precariedade. Existe residncia de Medicina de Famlia e Comunidade. Primeiro, o mdico deveria se especializar para, depois, conseguir atender melhor a populao. Este projeto pula um passo da formao, o que pode colocar os pacientes em risco, comenta a presidente do Comit de Acadmicos da As-sociao Paulista de Medicina (APM), Jssica Liu. At agora no se sabe o nmero e loca-lizao das vagas, quem pode se inscrever ou como vai ser a seleo. Assim fi ca difcil para o acadmico decidir a vida dele.

    Segundo a secretria executiva da Comisso Nacional de Residncia Mdica (CNRM), Maria do Patrocnio Tenrio Nunes, o projeto est em fase de aprimoramento e poder ser alterado aps anlise do resultado deste ano. Entretan-to, a bonifi cao j ser utilizada em exames a partir de novembro de 2012.

    At o momento, sabe-se que haver 2 mil novas vagas de residncia, a serem preenchi-das a partir de fevereiro prximo, principal-mente nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste do pas. Os locais exatos devem ser divulgados em editais especfi cos. No est defi nido quem pode participar; como sero as avaliaes ou quem vai controlar a interao do mdico com a comunidade. A medida injusta e no promove a fi xao dos mdicos. Em So Paulo, como haver poucos postos de trabalho, fi ca mais difcil para o aluno daqui concorrer. Alm disso, como a maioria das va-gas de residncia est no Sudeste, o mdico participar do programa em locais distantes e, em seguida, deixar essas regies para fa-zer a residncia, comenta a coordenadora da Residncia Mdica da Secretaria de Estado da Sade, Irene Abramovich, lembrando que o melhor caminho promover a valorizao da assistncia bsica ainda nas universidades.

    A superviso por instituies de ensino, pre-vista na Resoluo nas modalidades presencial e distncia, tambm controversa. O Conse-lho Regional de Medicina (Cremesp) entende no haver garantia de acompanhamento, ao mesmo tempo em que existem grandes difi cul-dades de operacionalizao em locais com con-dies precrias de trabalho e assistncia.

    Por fim, o presidente da APM, Florisval Meino, ressalta que a iniciativa pode preju-dicar at mesmo a qualidade dos programas

    de residncia, habitualmente alta, pois fere frontalmente um de seus pilares, que o pro-cesso seletivo. A reao da sociedade, princi-palmente dos gestores de residncia medica, mostra o equvoco da CNMR. Ele espera que o inconformismo gerado faa com que a de-ciso seja revista.

    rEprEsEntatividadEMais uma deciso confl itante foi publicada

    no dia 15 de setembro, no Decreto Presidencial 7562, a partir do qual a plenria da Comisso Nacional de Residncia Mdica passa a ter 12 membros em vez dos nove de at ento e uma cmara recursal.

    Com isso, aumenta a participao do gover-no, sendo dois representantes do Ministrio da Educao; um do Ministrio da Sade; um do Conselho Nacional de Secretrios de Sa-de; um do Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade; um do Conselho Federal de Medicina; um da Associao Brasileira de Educao Mdica; um da Associao Mdica Brasileira; um da Associao Nacional de Mdi-cos Residentes; um da Federao Nacional dos Mdicos; um da Federao Brasileira de Aca-demias de Medicina; e um mdico docente em instituio de educao superior pblica.

    Antes, a proporo era de cinco cadeiras para a sociedade civil e quatro para o gover-no. De acordo com o representante da AMB na Comisso, Jos Luiz Bonamigo Filho, a al-terao autoritria, pois elimina um direito conquistado pelos mdicos durante o regime militar. O equilbrio representativo existia at mesmo na ditadura e isso nos foi tirado agora pelo governo, protesta.

    Mais grave ainda o fato de que a nova c-mara recursal, composta um representante do Ministrio da Sade, um do Ministrio da Educao e um das entidades mdicas (ou seja, numa proporo de dois para um) possui pode-res de deciso acima da plenria. A mudana esvazia o sentido de existncia do colegiado e cria mecanismo de regulao do curso de es-pecializao pelo governo sem a infl uncia da classe mdica, diz a ANMR em nota ofi cial.

    Para debater os dois assuntos, comisses de acadmicos e residentes de todo o pas esto se reunindo com frequncia. Como as decises j foram publicadas, a mobilizao poltica pa-rece ser a nica forma de revert-las.

    polmiCa

  • perigo vistaMinistrio articula medida que institui revalidao automtica de diplomas cubanos

    lEONARDO BlECHER*

    O ministro da Sade, Alexandre Pa-dilha, encontrou-se, em setembro, com brasileiros que estudam medi-cina em Cuba para intermediar acordo sobre a revalidao dos diplomas no Brasil. Pouco noticiada pela imprensa, a parceria firmada em Havana entre universidades brasileiras e a Escola Latinoamericana de Medicina (ELAM) prev que os profissionais formados naquela instituio faam complementao de seus currculos aqui.

    Esses mdicos, ao voltar ao Brasil, ficaro um tempo nas faculdades fazendo aprimora-mento supervisionado, mas j em servio, tra-balhando, afirmou Padilha. Os termos exatos do acordo ainda no foram esclarecidos e nem mesmo a assessoria de imprensa do Ministrio tinha informaes concretas sobre o tema.

    Segundo notcia publicada na pgina ofi-cial do Ministrio da Sade na internet, o processo j ocorre na Universidade Estadual do Cear e ser realizado tambm na Escola Superior de Cincias da Sade, no Distrito

    Federal. Na instituio cearense, os profis-sionais que passam pelo aprimoramento curricular no so necessariamente avalia-dos. Aps a realizao dos estudos comple-mentares [...] e persistindo dvidas acerca da equivalncia poder a Comisso de Reva-lidao convocar o interessado para realiza-o de exames e provas, diz a Chamada P-blica 27, que j havia sado no Dirio Oficial do Estado em 14 de janeiro ltimo.

    Essa situao extremamente perigosa porque poderemos ter um grande contingente de mdicos com formao insuficiente atuando no pas, opina o presidente da Associao Pau-lista de Medicina (APM), Florisval Meino. Isso pe em risco a sade da populao.

    A opo de facilitar a revalidao dos di-plomas cubanos vai na contramo da medi-da tomada este ano pelos prprios minist-rios da Sade e Educao, que estabeleceu o exame Revalida. A prova, realizada anual-mente em duas fases, tem o objetivo de uni-formizar os processos nas diversas universi-dades brasileiras.

    No ano passado, foi realizado projeto pilo-

    formao mdiCa

  • 16 Novembro de 2011Revista da aPM

    to do Revalida, em que apenas dois dos 628 inscritos foram aprovados. Em 2011, a primeira fase da prova teve apenas 15% de aprovao. Isso tudo demonstra a qualidade do ensino que esses estudantes obtiveram fora do Bra-sil, considera Florentino Cardoso, presidente da Associao Mdica Brasileira (AMB).

    A promoo de um exame nico e obrigat-rio referendada com unanimidade pelas enti-dades mdicas nacionais. No podemos abrir mo da realizao de provas altamente criterio-sas, sob pena de deixar que atuem no mercado brasileiro mdicos desqualifi cados, afi rma De-sir Carlos Callegari, diretor adjunto de Tecnolo-gia da Informao da APM e primeiro secretrio do Conselho Federal de Medicina (CFM).

    EntEnda o casoO acordo fi rmado com a ELAM no a pri-

    meira tentativa de se estabelecer a revalidao automtica dos diplomas adquiridos em Cuba. Em 2009, o Congresso Nacional rejeitou uma proposta que garantia aos graduados na ilha caribenha vantagens em relao aos que obti-

    veram formao em outros pases.Um argumento comumente utilizado de

    que o afrouxamento do processo ajudaria a su-prir a falta de profi ssionais em determinados lugares. mais uma medida para ampliar o nmero de mdicos em regies onde h carn-cia, disse o ministro Padilha.

    Entretanto, na viso das entidades mdicas, trata-se de uma ao paliativa, que no reco-nhece os verdadeiros motivos para a ausncia de mdicos nas reas menos estruturadas. A popu-lao mais pobre no precisa se submeter a mais esse risco de ser atendida por profi ssionais no qualifi cados, defende o presidente da AMB.

    A pouqussima informao disponvel a respeito do novo acordo com a ELAM deixa dvidas sobre seus reais motivos. A possibi-lidade de ter a qualidade da ateno sa-de dos brasileiros influenciada por aspectos polticos e ideolgicos preocupa a classe m-dica, assim como a pouca importncia dada pela opinio pblica ao assunto.

    *Sob superviso de Camila Kaseker

    formao mdiCa

  • Novembro de 2011 17 Revista da aPM

    Regulamentao da medicina de volta pauta

    Passados quase dez anos, deciso fi nal sobre o projeto toma flego no Senado Federal

    CAMIlA KASEKER

    Apresentada originalmente em 2002 no Congresso Nacional, a proposta de re-gulamentao da medicina entra agora em fase decisiva de tramitao. Os senadores precisam decidir entre o texto aprovado por eles (PLS 268), em 2006, e aquele modifi cado pelos deputados federais (PL 7.703), em 2009. Pelo regimento do Legislativo, no mais permitido fazer alteraes, mas os parlamentares podem mesclar artigos ou pargrafos dos dois textos, desde que seja preservado seu sentido.

    Para chegar a esta defi nio, a matria ter

    de passar pela Comisso de Constituio, Jus-tia e Cidadania (CCJ) e Comisso de Assun-tos Sociais (CAS). Ento, ser apreciada pelo plenrio e, fi nalmente, encaminhada a sano presidencial. Vou ouvir a todos para buscar a melhor sada. No queremos um projeto que espalhe a ciznia entre profi ssionais que, se estiverem divididos, no vo fazer bem seu pa-pel social, comenta o senador Antonio Carlos Valadares, relator do projeto na CCJ, segundo quem o parecer est pronto para votao.

    A palavra em relao ao tema deve ser equi-lbrio, destacou o senador Mozarildo Caval-canti, que mdico de formao. Ele disse que est disposto a contribuir para o que seja sadio e bom para a sade pblica. Outra senadora de atuao relevante para a proposta Lcia V-nia (veja na pgina 19). J o deputado Eleuses Paiva, ex-presidente da Associao Paulista de Medicina (APM) e da Associao Mdica Brasi-leira liderou a aprovao do projeto na Cmara dos Deputados, dois anos atrs.

    leGiSlao

  • 18 Novembro de 2011Revista da aPM

    At hoje no existe de forma clara a sepa-rao do campo de atuao de cada profi ssio-nal de sade. ntido que cabe ao mdico o diagnstico das doenas e a indicao da tera-putica, pois s ele tem formao para tanto. Vemos, porm, outros profi ssionais avanando neste campo progressivamente, o que coloca em risco a populao, afi rma o presidente da APM, Florisval Meino. A assistncia sade multiprofi ssional, mas o papel de cada um tem que ser bem defi nido.

    Os representantes das entidades mdicas acompanham de perto o debate no Legislativo, inclusive participaram de audincia pblica sobre o tema, em setembro. muito importante sen-sibilizar os parlamentares a respeito do signifi ca-do da regulamentao da medicina, assim como esclarecer eventuais dvidas que ainda existam, destaca o diretor de Economia Mdica da APM, Toms P. Smith-Howard, que participou tambm de um Frum relacionado recentemente.

    histricoEm 2006, depois de ter sido aprovado em dois

    turnos pela Comisso de Assuntos Sociais do Se-nado, o substitutivo da senadora Lcia Vnia aos projetos de lei dos ex-senadores Geraldo Altho (PLS 25/02) e Bencio Sampaio (PLS 268/02) se-guiu novo rumo: no dia 21 de dezembro foi enca-minhado para anlise na Cmara dos Deputados.

    Lcia Vnia fez questo de ler seu parecer e ainda o substitutivo, alm de vrios e-mails que recebeu de segmentos de diversas categorias da sade. Lembrou que o substitutivo foi resul-tado de muitas reunies e audincias pblicas e que houve consenso entre a maioria dos repre-

    sentantes. No foi fcil. No posso dizer que o substitutivo seja meu, pois foi feito a muitas mos, ressaltou Lcia Vnia poca, lembran-do que, embora seja uma profi sso antiga, a medicina ainda no regulamentada por lei.

    Foram feitas inmeras alteraes no projeto original (PLS 268/02), que tinha 63 artigos, e re-jeitado o PLS 25/02. Uma das principais modifi ca-es no texto, que fi cou com apenas oito artigos, foi o abandono do conceito de ato mdico, com o objetivo de preservar as demais profi sses da rea da sade. Assim, a nova proposta defi ne o campo de atuao dos mdicos e, dentro desse campo, quais atividades devem ser privativas.

    As discusses sobre o projeto foram ento retomadas na Cmara em 2009, logo que Eleu-ses Paiva tomou posse como deputado federal. Sua atuao foi decisiva no sentido de colocar a matria em regime de urgncia, promover os ltimos debates pertinentes e lev-la votao fi nal pelo conjunto dos deputados no plenrio, sendo o relator na ltima Comisso (Segurida-de Social e Famlia).

    Durante semanas, as lideranas mdicas mar-caram presena em Braslia, culminando com a aprovao histrica, em 21 de outubro. Na vs-pera do sim dos deputados, centenas de mdi-cos haviam ocupado o plenrio, trajados de ver-de, para receber homenagem pelo seu dia (18 de outubro) e dialogar com os parlamentares.

    Desde o fi m de 2009, o projeto est de volta ao Senado, considerando que houve alteraes na Cmara. Passados o ano eleitoral e o incio da nova legislatura, a proposta ocupa nova-mente a ateno da opinio pblica, com gran-de mobilizao dos mdicos.

    leGiSlao

    Roberto Dvila, Jos Srvulo Sampaio Nunes, Antonio Carlos valares e Toms P. Smith-Howard

    Mr

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    uda

    / CFM

  • Novembro de 2011 19 Revista da aPM

    entreviSta

    O nome de Lcia Vnia Abro tornou-se familiar para os mdicos durante o perodo em que o projeto de regu-lamentao da medicina tramitou no Senado, entre 2002 e 2006. A senadora foi relatora da matria, promovendo inmeros debates entre os representantes das 14 profisses de sade, na busca do consenso. Incansvel, deu exemplo de comprometimento e capacidade de articulao. Como resultado, o projeto foi aprovado por una-nimidade e enviado Cmara dos Deputados. H quase dois anos, est de volta ao Senado, para a deciso final do texto. Nesta entrevista, Lcia Vnia comenta este processo de discus-so acurada, certamente uma das propostas de

    a senadora do consenso

    Lcia Vnia capitaneou debate no Senado sobre a regulamentao da medicina

    CAMIlA KASEKER

    maior repercusso em sua atuao poltica.O fato de a matria ter contado com total

    ateno da senadora na primeira fase de tra-mitao atesta sua importncia para a popu-lao brasileira. Natural de Gois e graduada em Jornalismo, Lcia Vnia foi deputada fe-deral por trs mandatos e secretria do go-verno Fernando Henrique Cardoso, quando implantou a Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS), pela qual pessoas com deficincia f-sica ou mental severa e idosos de baixa renda com mais de 67 anos passaram a receber o be-nefcio de um salrio mnimo.

    Tambm foi responsvel pela implantao do Bolsa Criana Cidad, que deu origem ao Programa de Erradicao do Trabalho infantil (Peti), em 1996. Relatou, ainda, a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, garantindo prote-o legal s mulheres vtimas de violncia. En-volvida em muitas outras questes de grande expresso social, sem dvida tem contribudo para a construo democrtica de polticas p-blicas em nosso pas.

    Poderia contar como foi sua experincia enquanto relatora do projeto de regula-mentao da medicina at a primeira apro-vao no Senado, em 2006?

    Foi uma experincia singular, em termos de relatoria. O projeto j vinha sendo alvo de dis-cusses ao longo de alguns anos e chegou para a minha relatoria em clima de conflagrao. Na poca, os nimos estavam to acirrados entre as demais profisses da rea da sade e a me-dicina que foi criado um Movimento Contra o Ato Mdico, contrapondo-se ao projeto ento em discusso. Neste mesmo clima, cada lado, os no mdicos e os mdicos, encaminharam presidncia do Senado abaixo-assinados com um milho de assinaturas cada, em defesa de suas posies. Consegui, merc de muitas reu-nies, discusses e entendimentos, colocar to-dos os segmentos envolvidos numa discusso sria, tcnica e comprometida em encontrar um texto que contemplasse a regulamentao da medicina, sem comprometer os espaos conquistados pelos outros segmentos. Ao lon-go do ano de 2006, conseguimos montar um

    Div

    ulga

    o

  • 20 Novembro de 2011Revista da aPM

    entreviSta

    grupo tcnico de alto nvel, com representantes de todos os Conselhos das profi sses de sade, e chegamos, numa discusso ponto por ponto, vrgula por vrgula, a um consenso possvel. Foi um momento gratifi cante para todos que parti-ciparam do debate.

    Considera importante que a medicina seja regulamentada no Brasil?

    Todas as profi sses tm o direito de reivindi-car a sua regularizao, inclusive a medicina.

    Em sua opinio, quais os pontos mais rele-vantes da proposta?

    No destaco pontos especfi cos. O mais im-portante que o grupo, naquele momento, chegou ao consenso de que ningum queria prejudicar ningum. Somente esse esprito le-vou ao acordo.

    Como avalia o traalo de construo do consenso entre os representantes das di-versas profisses ligadas sade?

    O consenso s foi possvel porque foi esta-belecido um clima de confiana mtua entre as partes e, sobretudo, na relatoria que es-tava sendo feita.

    Os deputados aprovaram muitas modifica-es no texto, em 2009. Agora, o Senado precisa decidir quais delas acatar ou no.

    O que pensa sore este processo?Entendo que, dentro das tcnicas parlamen-

    tares, e ouvidas as partes envolvidas, isto , to-das as profi sses que tm interesse no assunto, sobretudo a prpria medicina, devem ser apro-veitadas todas as efetivas contribuies ocor-ridas na Cmara, mantendo a base do acordo fechado no Senado. Pessoalmente, fui avalista daquele acordo e no gostaria de romper com o trabalho que foi feito.

    A maior parte dos cidados tem dificul-dades para compreender por que os pro-cessos de discusso so to longos no Legislativo rasileiro. O que poderia comentar a respeito?

    No caso do projeto de lei em questo, no foi o Parlamento que alongou a discusso, mas a complexidade de interseco de interesses de todas as profi sses da rea de sade. Se hou-vesse a compreenso de que a populao ser mais bem atendida, se as profi sses de sade agirem no seu dia a dia no puro esprito de in-terdisciplinaridade, como ocorre na prtica, no haveria tanta celeuma no reconhecimento da profi sso de mdico. Quanto aparente len-tido do Parlamento, nem sempre verdade. Quando se consegue conjugar o legal com o le-gtimo no andamento dos projetos, isto , com uma presso por parte da populao, o anda-mento se torna mais clere.

    O mais importante que o grupo, naquele momento, chegou ao consenso de que ningum queria prejudicar ningum. Esse esprito levou ao acordo

  • Novembro de 2011 21 Revista da aPM

  • 22 Novembro de 2011Revista da aPM

    nova GeSto

    Diretorias da APM e AMB tomam posseCerimnia no Teatro Municipal prestigiada por governador, ministro, prefeito, parlamentares e diversas lideranas

    BRUNA CENO

    A s diretorias da Associao Paulista de Medicina (APM) e da Associa-o Mdica Brasileira (AMB) ges-to 2011/2014 tomaram posse em cerimnia conjunta no Teatro Municipal de So Paulo, no dia 22 de outubro. A entidade paulista, at ento presidida pelo cirurgio de Cam-pinas Jorge Carlos Machado Curi, passa a ser

    representada pelo otorrinolaringologista da capital Florisval Meino, enquanto a brasi-leira, comandada pelo atual presidente da Associao Mdica Mundial (WMA), Jos Luiz Gomes do Amaral, tem agora o cearen-se Florentino Cardoso na presidncia.

    O evento tambm marcou o lanamen-to dos livros dos 80 anos da APM e dos 60 anos da AMB e teve a presena de inmeras personalidades polticas e da rea mdica. Representando o governo, prestigiaram a solenidade o governador de So Paulo, Ge-raldo Alckmin; o ministro da Sade, Alexan-dre Padilha; e o prefeito da capital, Gilberto Kassab. O deputado federal Eleuses Paiva, ex-presidente das duas entidades e atual vice-presidente da Frente Parlamentar da Sade, foi outro destaque.

    Da rea associativa, estiveram tambm os

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  • Novembro de 2011 23 Revista da aPM

    Diretorias da APM e AMB tomam posse

    Solenidade ocorreu num dos mais belos monumentos de So Paulo

    Pblico acompanha o Hino Nacional ao som do acordeom

  • 24 Novembro de 2011Revista da aPM

    nova GeSto

    presidentes da Academia Nacional de Medi-cina, Marcos Fernando de Oliveira Moraes; e de So Paulo, Affonso Renato Meira; do Conselho Regional de Medicina, Renato Aze-vedo; do Conselho Federal de Medicina, Ro-berto Dvila; e da Federao Nacional dos Mdicos, Cid Carvalhaes.

    A cerimnia contou ainda com os convidados internacionais Julio Barros de Andrade, presi-dente da Comunidade Mdica de Lngua Por-tuguesa e Ordem dos Mdicos de Cabo Verde; Jos Manuel Silva, bastonrio da Ordem dos Mdicos de Portugal; Michael Marmot, chair-man da Associao Mdica Mundial; e Juan Jos Rodrguez Sendn, presidente da Organi-zao Mdica Colegial da Espanha.

    O Hino Nacional foi executado pelo acor-deonista cearense Rodolf Forte, discpulo de Sivuca e secretrio municipal da Cultura da ci-dade de Guaiuba, do mesmo estado que o novo presidente da AMB. O Teatro Municipal de So Paulo recebia um exemplo da mais rica cultura musical do Nordeste.

    coMproMissosAo transmitir o cargo, Curi lembrou mo-

    mentos inesquecveis que passou na APM na defesa da assistncia mdica de qualidade e afirmou que as representaes devem ficar unidas para que o acesso sade no seja pri-vilgio de alguns. Para conseguir melhores resultados, preciso que as entidades saibam conviver com as diferenas para chegar a um objetivo comum, afirmou Curi, que agora vice-presidente da AMB.

    J Amaral falou resumidamente sobre as conquistas da classe mdica ao longo dos l-timos anos. Graas ao associativismo, hoje encontro tantos amigos nos corredores da USP Pinheiros e da Medicina da Santa Casa quanto nos da Unifesp, onde me formei e dou aula, exemplificou o presidente da WMA, ao desejar xito aos empossados.

    Eleuses Paiva destacou o trabalho de Curi e Amaral e falou com carinho de Meino (duro nas palavras, mas macio e caloroso no trato com as pessoas) e Cardoso (primeiro mdico fora do eixo Sul-Sudeste a assumir a AMB e que vai abrir grandes horizontes para todos ns).

    Por sua vez, Meino agradeceu a confiana dos associados e se comprometeu a dar conti-nuidade aos trabalhos das ltimas gestes para

    Cardoso entre os representantes do Conselho

    Azevedo, Curi, Callegari, Padilha e Amaral

    Padilha, Meino e Marcos Boulos

    Representantes dos mdicos junto a Kassab e Alckmin

  • Novembro de 2011 25 Revista da aPM

    fortalecer cada vez mais a sade do Brasil, em especial o SUS. Tambm falou das lutas da APM, como sade suplementar, defesa da qualidade na residncia mdica, valorizao do Ttulo de Especialista e compromisso com a rea social. As polticas sociais so importantes porque re-sultam no favorecimento da sade.

    Pela AMB, Cardoso afirmou que todos os mdicos devem se unir em prol da sade para os brasileiros, posicionou-se contra as mudanas na residncia mdica, revalidao automtica de diplomas estrangeiros e exigiu sade bsica de qualidade.

    Ao fi nal, os convidados foram brindados com apresentao do Coral da Unifesp, pea A Noi-va do Condutor, e um coquetel. A posse ofi cial da AMB, com assinatura para transmisso de cargos, foi feita na manh do mesmo dia, em reunio em So Paulo. J a da APM aconteceu em cerimnia no dia 5 de novembro.

    Florisval Meino assume a entidade paulista

    Curi e Amaral com os livros da APM e AMB

    Florentino Cardoso, novo presidente da AMB

    Pea A Noiva do Condutor, encenada pelo Coral da Unifesp

  • 26 Novembro de 2011Revista da aPM

    mediCamentoS

    Polmica prolongadaDeciso da Anvisa sobre emagrecedores no satisfaz mdicos

    lEONARDO BlECHER*

    A Agncia Nacional de Vigilncia Sanit-ria (Anvisa) decidiu, em outubro, retirar do mercado brasileiro os medicamen-tos inibidores de apetite anfetamnicos fem-proporex, mazindol e anfepramona e manter a sibutramina. A medida seguiu recomendao do relatrio apresentado um ms antes pelo se-tor tcnico da Agncia, segundo o qual haveria evidncias de efeitos adversos graves.

    No existem dados no processo de regis-tro e na literatura que sustentem a efi ccia e a segurana desses produtos no tratamento da obesidade, afi rmou Dirceu Barbano, diretor-presidente do rgo regulador.

    Outra mudana importante so as novas restri-es sibutramina, que j havia sido transferida, no ano passado, para a lista de medicamentos B2 de controle especial. No momento da pres-crio, mdico e paciente devero assinar termo de consentimento com informaes relativas aos riscos envolvidos. A substncia permanecer sob monitoramento por 12 meses, aps os quais seu registro ser reavaliado pela Anvisa.

    Estas decises, contidas na Resoluo de Di-retoria Colegiada (RDC) 52/2011, entram em vi-gor a partir de dezembro e divergem da suges-to da Cmara Tcnica de Medicamentos, da prpria Agncia, de proibir a venda de todos os anorexgenos. Divulgada em 2010, a recomen-

    dao suscitou debates acalorados envolvendo diversos setores da comunidade cientfi ca.

    Desde o incio, nossa posio foi favorvel manuteno dos medicamentos no mercado, conta a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Regio-nal So Paulo, Nina Musolino. A obesidade uma doena de prevalncia alta, e todas as ar-mas para combat-la so bem-vindas, explica, pontuando que a proibio dos anfetamnicos ser uma perda considervel.

    Para Rosana Radominski, presidente da Asso-ciao Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Sndrome Metablica (Abeso), a retirada desses trs medicamentos de ao central e a maior res-trio ao uso da sibutramina deixaro um grande nmero de obesos sem opo teraputica.

    No h expectativa em relao criao de produtos que substituam aqueles retirados de circulao. De acordo com o diretor tcnico executivo da Associao dos Laboratrios Far-macuticos Nacionais (Alanac), Henrique Pada, existem pesquisas em andamento, mas ainda no h nada concreto.

    Diante da insatisfao da classe mdica a respeito da deciso, o Conselho Federal de Me-dicina (CFM) decidiu entrar com uma ao na Justia Federal, requisitando a volta dos medi-camentos ao mercado.

    De acordo com o primeiro secretrio do CFM, Desir Carlos Callegari, a fundamentao da An-visa sobre o caso insufi ciente. Entendemos que a academia no foi devidamente consultada. At o fechamento desta edio, no houve nenhuma modifi cao na resoluo da Agncia.

    *Sob superviso de Camila Kaseker

  • Novembro de 2011 27 Revista da aPM

  • 28 Novembro de 2011Revista da aPM

  • Novembro de 2011 29 Revista da aPM

  • 30 Novembro de 2011Revista da aPM

    eSpeCialidadeS

    Honorrios baixos e altos custosRadiologia e Diagnstico por Imagem, Radioterapia e Medicina Nuclear sofrem com defasagem

    GIOvANNA RODRIGUES

    O secretrio estadual de Sade de So Paulo e professor titular do Depar-tamento de Radiologia da Faculda-de de Medicina da Universidade de So Paulo (FMUSP), Giovanni Guido Cerri, acredita que as dificuldades dos radiologistas em relao aos planos de sade so as mesmas das demais es-pecialidades: Est muito difcil obter reajustes das empresas, principalmente profissionais libe-rais e clnicas de menor porte. As grandes insti-tuies possuem poder de negociao maior.

    A soluo est muito mais nas mos de cada de um ns. Os planos de sade s vendero nosso trabalho e destruiro nossa dignidade enquanto permitirmos, opina o presidente do Colgio Bra-sileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem (CBR), Manoel Aparecido Gomes da Silva.

    J o 1 vice-presidente da Sociedade Brasi-leira de Radioterapia e professor da Disciplina de Radioterapia da FMUSP, Eduardo Weltman, argumenta que o maior desafio da especiali-dade que, alm de no receber remunerao adequada por parte do Sistema nico de Sa-

    de (SUS) e das operadoras de planos de sa-de, os profissionais dependem de aparelhos e materiais caros para desenvolver seu trabalho. preciso ter condies de investir ou se tor-nar empregado de alguma grande estrutura. O SUS at reviu a tabela de remunerao no ano passado, mas agora provavelmente vai demo-rar mais dez anos para atualizar de novo. At l, todo mundo j quebrou, diz.

    Fundado em 1948, o CBR que congrega 8 mil scios em um universo de cerca de 15 mil especialistas representa e defende os mdi-cos que exercem atividades de diagnstico e tratamento utilizando mtodos de imagem e/ou radiaes ionizantes, entre eles os radiolo-gistas, radioterapeutas e mdicos nucleares.

    rEalidadEs sEMElhantEsConforme acrescenta o secretrio-geral da As-

    sociao Mdica Brasileira (AMB) e ex-presiden-te do CBR e da Sociedade Paulista de Radiologia, Aldemir Humberto Soares, o exerccio da Radio-logia envolve altas despesas com equipamentos, contrastes e filmes, o que impacta diretamente nos valores dos exames. A falta de reajustes nos procedimentos tem se mostrado extremamente penosa para os servios. Como os custos ope-racionais aumentam continuamente, tornou-se comum a retirada de parte dos honorrios m-dicos para cobri-los. O SUS tambm no reco-nhece esta realidade, ao manter exames com os mesmos valores de 1995.

  • Novembro de 2011 31 Revista da aPM

    Para Manoel Silva, na maior parte do ser-vio pblico a situao catica, os hospitais sucateados, os mdicos recebendo remune-rao vil e desestimulados de frente a uma tabela SUS ridcula, aviltante, para a grande maioria dos procedimentos.

    Alm da remunerao insuficiente, os espe-cialistas so prejudicados pela falta de cobertura de procedimentos importantes. Cintilografias, tomografias e ressonncias magnticas simples fazem parte do rol dos planos de sade e SUS, mas outros procedimentos, como a tomografia por emisso de psitrons (PET), que tem ml-tiplas indicaes, s so aprovados em alguns casos pelas operadoras e nem sequer so reali-zados no sistema pblico, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear (SBBMN) e professor da Faculdade de Cincias Mdicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Celso Daro Ramos.

    De acordo com o deputado federal Eleu-ses Paiva, mdico nuclear e ex-presidente da Associao Paulista de Medicina e AMB, as Santas Casas de menor porte nem oferecem mais servios radiolgicos. E no para me-nos. Como pode o Ministrio da Sade pagar R$ 6,88 por uma radiografia de trax simples, com filme digital? Um servio com essa quali-dade custa, no mnimo, trs vezes esse valor. E so inmeros os exemplos. S para citar mais um, o SUS paga R$ 47,76 por um raio-x de clon. Esse exame no sai por menos de R$ 97,81, uma defasagem de mais de R$ 50.

    atrativos E rEsidnciasAs trs especialidades, Radiologia e Diagns-

    tico por Imagem, Radioterapia e Medicina Nu-clear, tm residncia de trs anos, com acesso direto aps a graduao em medicina. Na opi-nio do professor do Departamento de Onco-logia Clnica e Experimental da Universidade Federal de So Paulo (Unifesp) e um dos funda-dores da Sociedade Brasileira de Radioterapia, Roberto Arajo Segreto, o principal atrativo da especialidade a possibilidade de aliar clnica mdica com tecnologia.

    A Radioterapia uma especialidade dife-rente das outras, j que sua teraputica mis-

    tura fsica com clnica mdica e infor-mtica. Acredito que ela fornece muitos desafios para os profissionais, que pre-cisam entrar em outras reas do conhe-cimento humano, observa Weltman.

    Cerri expe que a residncia em Radio-logia e Diagnstico por Imagem con-corrida. Atrai por ser moderna, utilizar bastante tecnologia e pela possibilidade de trabalhos bem remunerados, j que faltam radiologistas no mercado. No entanto, ele faz ressalvas quanto a alguns programas de resi-dncia na especialidade, que no oferecem a formao necessria aos mdicos: Alguns hos-pitais-escola no tm 100% da estrutura neces-sria. A secretaria j est inclusive montando um programa de avaliao das residncias, em conjunto com a Comisso Nacional de Residn-cia Mdica, o que de extrema importncia.

    A possibilidade de os mdicos trabalharem com tecnologia de ponta e o uso de procedimen-tos altamente resolutivos cria um cenrio propcio para o exerccio de uma medicina de qualidade e atrai profissionais a Radiologia e Diagnstico por Imagem, conta Aldemir Soares.

    Segundo Celso Ramos, a medicina nuclear atraente por ser uma das especialidades mais multidisciplinares que existem. Trabalhamos constantemente no s com cardiologistas, oncologistas e neurologistas, por exemplo, mas tambm com outros profissionais no mdicos, como fsicos, radiofarmacuticos, bilogos e qumicos.

    No entanto, ele faz uma ressalva quanto quantidade de centros que formam especialistas: Poucas instituies pblicas formam mdicos nucleares, a maioria dos centros so privados. A especialidade mal divulgada nas universi-dades, o que gera poucos trabalhos cientficos. Essa uma das metas de mdio e longo prazo da Sociedade, aumentar a formao na especia-lidade, e tambm intensificar as pesquisas.

    O CBR mantm sistema de avaliao seria-da durante a residncia e credencia servios de qualidade, segundo Manoel Silva. A entida-de criou um programa de incentivo ao jovem radiologista e a Subcomisso do Aperfeioa-mento e Residncia. De uma forma geral, o

    O SUS paga R$ 47,76 por um raio-x de clon, uma defasagem de mais de 100% eleuses vieira de paiva

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  • 32 Novembro de 2011Revista da aPM

    residente / aperfeioando que se dedica com seriedade, ao fi nal dos trs anos est bem preparado. Isso demonstrado com o ndice de aprovao na prova para Ttulo de Especialista do CBR.

    MErcado dE traBalhoO secretrio-geral da AMB ressalta que,

    com a estabilidade econmica, o Brasil passou a contar com grande quantidade de equi-pamentos, inclusive em cidades menores. Ao mesmo tempo, a proliferao de escolas tem formado mdicos cada vez mais dependentes de exames no auxlio diagnstico, o que contri-bui para vultosos investimentos em diagnsti-cos por imagem, existindo hoje grandes servios no s hospitalares, como tambm ambulato-riais, o que tem determinado uma ampliao do mercado de trabalho para os especialistas.

    No caso da Medicina Nuclear, o presidente da SBBMN diz que, com os equipamentos h-bridos, as imagens produzidas pelos mdicos nucleares, que sempre foram de difcil entendi-mento pelos outros mdicos, se tornaram mais fceis, como se fosse uma tomografi a colorida. A procura por especialistas tem crescido no Brasil inteiro, em alguns casos os exames pas-saram de secundrios para os primeiros a serem pedidos; o potencial de expanso do mercado enorme, acrescenta.

    Por outro lado, o mdico nuclear enfatiza en-traves relativos a dois rgos reguladores, a Co-misso Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvi-sa): As exigncias so muito intensas e restriti-

    vas, o que aumenta os custos da especia-lidade. A prpria Anvisa reconheceu que no tem pessoas com conhecimento na rea, por isso deveria produzir regras em conjunto com a equipe que elabora as ta-belas de remunerao, para no compro-meter o crescimento da especialidade ou limitar o acesso da populao.

    futuroA Radiologia tem um futuro bem promissor,

    pois conquista espao cada vez mais essencial no exerccio mdico. O diagnstico funda-mental para qualquer especialidade, e os m-dicos sempre tero mercado de trabalho, so-bretudo os com boa formao. Por outro lado, existem incertezas principalmente por conta da abertura de muitas escolas mdicas, o que pode ocasionar formao inadequada dos pro-fi ssionais, programas de residncia insufi cien-tes e risco para a medicina de maneira geral, pontua o secretrio estadual de Sade de SP.

    J para Aldemir Soares, importante que as entidades mdicas continuem na busca do devido respeito merecido pela classe, mas que tambm lembrem que necessrio reavaliar a formao mdica e investir em atualizao. Em relao Radiologia, afi rma que certo que ela continuar com um desenvolvimento con-tnuo, no sentido de conseguir que os diagns-ticos sejam cada vez mais precisos e precoces.

    O deputado Eleuses Paiva, por sua vez, con-sidera que preciso fazer alguma coisa para impedir que os procedimentos de Radiologia e todos aqueles que prestam servios ao SUS te-nham suas unidades totalmente inviabilizadas e fechem suas portas. Ser que mais uma vez sero sacrifi cados os que mais precisam? At quando teremos que conviver com essa indife-rena? Quantas vidas mais tero que ser perdi-das para se conseguir sensibilizar o Ministrio da Sade a atualizar as tabelas e viabilizar um atendimento digno aos mais humildes deste pas?, questiona.

    Roberto Segreto avalia que a Radioterapia est em expanso, devido necessidade de no-vos servios, e tende a ganhar mais espao na Oncologia. Entretanto, os mdicos em geral sofrem com a baixa remunerao, o que tende a piorar com os profi ssionais se submetendo e os planos de sade conseguindo mo de obra cada vez mais barata, fi naliza.

    eSpeCialidadeS

    A falta de reajustes tem se mostrado extremamente penosa para os servios aldemir Soares

    preciso ter condies de investir ou se tornar empregado de alguma grande estrutura eduardo Weltman

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  • Novembro de 2011 33 Revista da aPM

    A Organizao Mundial da Sade (OMS) somente considerou em 1992 a inati-vidade fsica como um fator de risco independente. Entretanto, desde ento, a OMS promoveu vrios eventos importantes na rea, como: apoio ao desenvolvimento de instru-mentos de mensurao de atividade fsica, ce-lebrao do Dia Mundial da Sade 2002 com o nome de Agita Mundo / Move for a Health Day, e aprovao da Estratgia Global em Dieta, Ati-vidade Fsica e Comportamento Saudvel. Re-centemente, a OMS concluiu que a inatividade fsica a quarta maior causa de morte prema-tura entre 20 principais causas que levaram a 59 milhes de mortes no mundo em 2004. Isso corresponde a 3,2 milhes de mortes por ano, representando fator mais importante do que a obesidade e a hipercolesterolemia.

    Quando, em 1994, o ento secretrio de Es-tado da Sade, Jos da Silva Guedes, convidou o Centro de Estudos do Laboratrio de Aptido Fsica de So Caetano do Sul (CELAFISCS) para organizar um programa de combate ao seden-tarismo, o problema tinha prevalncia de 70% na populao de So Paulo. Baseado em evi-dncias cientfi cas, o programa Agita So Paulo foi lanado em 1996, alicerado em parcerias estratgicas, dentre as quais a Associao Pau-lista de Medicina.

    Muitos fatores explicam o sucesso do programa: a) mensagem clara que pede a todos os cidados que realizem pelo menos 30 minutos de ativida-de fsica por dia; b) informao de que a atividade moderada tem impacto to importante quanto a intensa; c) que a atividade acumulada tem o mesmo efeito da contnua; d) slogan 30 minutos fazem a diferena; e) mascote Meiahorito; f) lo-cais de realizao (casa, transporte, trabalho e ao ar livre); g) grupos-alvo (escolares, trabalhadores e idosos); h) abordagem de dois chapus, com o setor governamental em um e o no-governa-mental e o privado em outro; i) mdia no paga; j) equilbrio inter e intra-setorial; k) cuidado com os links sociais e culturais, l) traduo da teoria para a prtica; m) forte ateno a medida e avalia-o dos resultados, entre outros.

    Levantamentos estratifi cados e randomiza-dos envolvendo todo o Estado de So Paulo

    agita Sp: um programa vitoriosoindicam reduo relativa no nvel de seden-tarismo de 41% na regio metropolitana e de aproximadamente 70% em pessoas irregular-mente ativas e inativas, como aponta estu-do recente publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise. So cerca de 520 mil pessoas por ano que passaram a caminhar regularmente, por 30 minutos, cinco vezes por semana. Estudo de custo-efetividade de-senvolvido pelo Center for Disease Control de Atlanta demonstrou que o Agita alcana o pa-dro de cost-saving. Por outro lado, o Banco Mundial concluiu que o programa respons-vel por economizar 310 milhes de dlares do setor de sade de So Paulo (2005). Em setem-bro ltimo, o Banco Mundial lanou a publica-o Perigos no Crescimento das Enfermidades Crnicas: Como reverter a situao, apontan-do predicados do Agita So Paulo e o custo do programa: 0,01 dlar/pessoa/ano.

    O Agita j inspirou a criao de programas em outros estados e pases. O primeiro foi o Mueve-te Bogot, seguido pelo Mexa-se Pues de Mede-lin, do Amoverse Argentina, Amover-se Ticos da Costa Rica. Assim, foi contagiando todo o con-tinente, criando a Rede de Atividade Fsica das Amricas. Mas foi Portugal o primeiro pas euro-peu a usar os fundamentos do Agita para lanar o programa Mexa-se Mais. Agita Melbourne na Austrlia e Vuka South Africa so exemplos de programas na Oceania e na frica.

    Lanada em 2002, a rede Agita Mundo Network est presente hoje em quase 70 pases, tendo mais de 500 instituies parceiras, que ce-lebram em 6 de abril o Dia Mundial da Atividade Fsica. A APM tem participado ativamente dessa programao, com a realizao em sua sede do Frum de Boas Prticas em Promoo de Ativi-dade Fsica. Em 2012, o tema central ser Jun-tos por uma Vida Ativa e Feliz. Esperamos que todos os associados participem desse momento de indignao com o sedentarismo.

    victor K. r. Matsudo, sandra M. M. Matsudo, tiMotEo l. arauJo E luis carlos olivEira, do Centro de Estudos do laboratrio de Aptido Fsica de So Caetano do Sul (CElAFISCS)

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    opinio

  • 34 Novembro de 2011Revista da aPM

    Surpreenda-Se

    Carro novo no Clube de Benefcios apm

    lEONARDO BlECHER*

    Parceria com a Ford oferece descontos em veculos Okm

    O fi m do ano , para muitos, a melhor poca para trocar de carro. Sabendo disso, a Associao Paulista de Me-dicina acaba de fechar, por meio de seu Clube de Benefcios, parceria indita entre a APM e a Ford, com vantagens excelentes para os asso-ciados da capital, interior e outras localidades.

    O acordo proporciona aos mdicos a oportuni-dade de adquirir os veculos da montadora com descontos tabelados de 6% a 17% em qualquer local do Brasil. Os benefcios incluem, ainda, fi nan-ciamento com o banco da Ford, faturamento dire-to de fbrica e entrega do carro com frete incluso em um distribuidor da preferncia do comprador.

    O associado cadastrado gratuitamente no Clube conta tambm com uma central de atendimento personalizado para vendas di-retas, acessvel pelo site do Clube de Bene-fcios. importante ressaltar que as compras

    Mais inforMaEsCentral de Relacionamento APM

    Tels: (11) 3188-4329 / 4579E-mail: clubedebenefi [email protected]

    Hotsite: www.apm.org.br/clubedebenefi cios

    s podem ser efetuadas por pessoas fsicas.

    proMooParabenizamos o associado Francisco Ivanil-

    do Oliveira Junior, vencedor do sorteio de co-memorao ao Dia do Mdico Amaznia em Grande Estilo, realizada em parceria com a CVC Viagens. O prmio uma viagem de quatro dias, com direito a acompanhante, a bordo do Navio Grand Amazon. O cruzeiro percorrer os rios Negro, Solimes e Amazonas.

    Fique ligado, pois o Clube de Benefcios da APM est preparando uma srie de vantagens incrveis para voc. Confi ra!

    *Sob superviso de Camila Kaseker

    Carro novo no Clube de Benefcios apmBenefcios apm

    Parceria com a Ford oferece descontos em veculos Okm

  • Novembro de 2011 35 Revista da aPM

  • 36 Novembro de 2011Revista da aPM

    internaCional

    o Brasil no topoJos Luiz Gomes do Amaral assume presidncia da Associao Mdica Mundial

    BRUNA CENO

    Ex-presidente da Associao Paulista de Medicina e da Associao Mdica Bra-sileira, o anestesiologista e intensivista Jos Luiz Gomes do Amaral assumiu, no dia 14 de outubro, a presidncia da Associao Medi-ca Mundial (WMA). A cerimnia, que aconteceu na cidade de Montevidu, no Uruguai, refora a importncia do pas no contexto mundial e aproxima os brasileiros da entidade, fundada em 1947 e que rene 97 associaes nacionais, representando mais de nove milhes de mdi-cos em todos os continentes.

    Esta a terceira vez que o Brasil assume o maior cargo da WMA, da qual participa desde 1951. Na dcada de 70, durante a ditadura bra-sileira, o dermatologista Pedro Kassab props e conseguiu aprovar em Tquio declarao his-trica que probe a participao de mdicos em atos de tortura. O cirurgio catarinense Ant-nio Moniz de Arago havia atingido a posio mxima da entidade em 1961. Ambos tambm foram presidentes da AMB.

    Amaral foi eleito por aclamao na Assem-bleia Geral da WMA de 2010, em Vancouver, no Canad, porm representa o Brasil na entidade desde 2005 e h trs anos preside o Comit de Assuntos Mdico-Sociais. Ele foi responsvel por trazer ao pas relevantes discusses sobre pesquisas clnicas, como a reviso da Declara-o de Helsinki (agosto de 2008), o uso de place-bo em pesquisa mdica associada ao tratamen-to (janeiro de 2010) e o Seminrio Internacional de Resilincia Mdica (agosto de 2010). Alm

    Amaral durante o discurso de posse no Uruguai

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  • Novembro de 2011 37 Revista da aPM

    disso, a realizao da Conferncia Doutores do Ambiente, sediada pela Associao Paulista de Medicina (APM) em novembro de 2009, ajudou a disseminar a Declarao de Delhi sobre sade e mudana climtica.

    rEsponsaBilidadEDurante seu discurso de posse, destacou que

    os profi ssionais devem protagonizar a ateno sade da populao mundial. hora de li-derarmos este processo. Fomos preparados para tanto. Foi nos dada a responsabilidade de cuidar da vida e da sade das pessoas. Este nosso dever e a sociedade espera que nos com-portemos altura de suas expectativas.

    Ainda na ltima Assembleia da WMA, foi aprovada a proposta brasileira de preparao dos pases para situaes de catstrofe. A re-comendao, como de praxe, receber o nome da cidade-sede. Esta mais uma semente que prosperou. Em 1975, Pedro Kassab promoveu a Declarao de Tquio. Agora, mais uma pro-posta do Brasil aprovada e ainda leva o nome de uma cidade do nosso continente: Declara-o de Montevidu, comemora Amaral.

    Os assuntos debatidos na Associao M-dica Mundial so bastante vastos e incluem o cdigo internacional de tica mdica; direitos dos pacientes; pesquisa em seres humanos; cuidado com doentes e feridos durante confl ito armado, direitos humanos na sade, educao mdica e planejamento de recursos humanos para sade, entre outros.

    A entidade possui trs comits permanen-tes: tica Mdica; Assuntos Mdico-Sociais; e Finanas e Planejamento. Atravs de de-claraes, resolues e documentos, a WMA orienta mdicos, associaes mdicas na-

    cionais, governos e organizaes interna-cionais em todo o mundo.

    prEstGioA solenidade contou com a presena de diversos

    diretores da APM e da AMB e lideranas como o secretrio de Estado da Sade de So Paulo, Gio-vanni Cerri; o embaixador brasileiro no Uruguai, Joo Carlos de Souza-Gomes; o deputado Eleuses Paiva; e a diretora de Comunicao da Hospitalar, Ana Jussara Leite. A posse de Jos Luiz Gomes do Amaral muito importante para o movimento mdico, pois confi gura a trajetria que o associati-vismo paulista e brasileiro tem traado nos ltimos anos e prova que, apesar das insufi cincias sociais, a nossa medicina no perde para a de nenhum ou-tro lugar do mundo, em termos polticos, cientfi -cos e associativos, ressalta o 1 vice-presidente da AMB, Jorge Carlos Machado Curi.

    J o presidente da APM, Florisval Meino, lembra que a WMA tem a difcil misso de re-presentar mdicos de diferentes pases, cada qual com suas peculiaridades, mas todos en-frentando enormes desafi os. Jos Luiz muito preparado e nosso pas modelo de assistncia integral sade, comenta, acrescentando que a classe mdica precisa se envolver nos fatores sociais que infl uenciam direta ou indiretamen-te a sade da populao.

    Temos dois brasileiros em reas estratgicas de grande relevncia social: Jos Graziano da Sil-va, como diretor-geral da FAO (Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao), que atuou no programa Fome Zero, e Jos Luiz Gomes do Amaral, presidindo a WMA. uma oportunidade nica de avanar, internacional-mente, no combate misria e na qualidade de assistncia sade, completa Meino.

    Comitiva da APM participou da

    Assembleia da WMA

  • 38 Novembro de 2011Revista da aPM

    euriCo adoniaS maGoSSo, associado

    h 38 anos

    atividade mdica, com praticidade e rapidez.Magosso frequentou por muito tempo as

    reunies cientfi cas do Departamento de Me-

    dicina do Trabalho, sua outra especialidade. Sempre participava dos eventos para deba-ter com outros mdicos, conta.

    O Clube de Campo da APM, localizado na Serra da Cantareira, foi outro atrativo para que ele se fi liasse Associao. Frequentei

    muito quando meus fi lhos eram pequenos,

    lembra, referindo-se a vrios momentos de lazer em meio natureza.

    Hoje, perto de se aposentar, Magosso con-tinua aproveitando as vantagens oferecidas pela entidade.

    Quando se formou, em 1968, o clnico geral Euri-

    co Adonias Magosso logo se associou Associao Paulista de Medicina (APM) para manter contato com os colegas e se atualizar profi ssionalmente.

    Desde aquela poca, nunca mais se desligou da entidade. Por meio do Departamento de Servios (DES), realiza trmites burocrticos diversos relativos vida pessoal e tambm

    eu usoeu aprovo

    ServioS

    Bem-vindo o vero

    Clima quente agita a temporada no Clube de Campo da APM

    BRUNA CENO

    Com a chegada da estao mais quente do ano, o Clube de Campo da Associa-o Paulista de Medicina (APM) fi ca cada vez mais concorrido. A novidade deste fi nal de 2011 a inaugurao do bar da pisci-na, que funciona aos sbados, domingos e fe-riados, das 9h s 17h30, trazendo ainda mais comodidade aos frequentadores.

    Alm disso, o visual fantstico e a natureza intocada da Serra da Cantareira possibilitam as mais diversas atividades. So 66 alqueires, sendo 45 de mata virgem, que permitem trilhas

    ecolgicas, convidando, por exemplo, obser-vao de pssaros e outros animais silvestres, em contato direto com o meio ambiente. A re-novao da natureza nesta poca torna o espe-tculo ainda mais bonito.

    Os pais podem fi car tranquilos. Nos fi ns de semana e feriados, h atividades especfi cas para crianas com monitoria. O parque aqu-tico a sensao. Para os mais esportistas, o local possui quadras poliesportivas e de tnis, campo de futebol, salo de jogos e hpica com-pleta, perfeitos para passar um agradvel dia de calor. No dia 20 de novembro, por exemplo, acontece a ltima prova hpica do ano, um dos eventos mais tradicionais do Clube.

    A 26 km do centro de So Paulo, o Clube ideal tanto para o associado que pretende apenas pas-sar o dia quanto para aquele que quer fi car mais tempo. Alm de chals e sutes com TV, roupa de cama, mesa e banho e utenslios bsicos de cozi-nha, a sede campestre disponibiliza rea de cam-ping. As reservas j esto abertas. Aproveite!

    Mais inforMaEsTelefones: (11) 4899-3535 Secretaria; (11) 4899-3518 Portaria (24 horas); (11) 4899-3536 Administrador;

    (11) 4899-3537 RestauranteE-mail: [email protected]

    Horrio de atendimento: 9h s 18h, de tera a domingoEndereo: Estrada de Santa Ins, Km 10, Caieiras/SP

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  • Novembro de 2011 39 Revista da aPM

  • 40 Novembro de 2011Revista da aPM

    3 prmio inovao medical Services

    A Associao Paulista de Medicina (APM) foi representada pelo seu presi-dente, Florisval Meino, e pelo assessor Benoit Jacques Bibas, na cerimnia de entrega do 3 Prmio Inovao Medical

    Services, em outubro.O concurso pretende dar visibilidade a

    propostas inovadoras em sade pblica. Este ano, recebeu 173 inscries de todo o

    Brasil. Na etapa fi nal, 16 trabalhos foram

    selecionados para votao da comisso jul-gadora, contemplando as categorias Ao, Projeto, Medicina Tropical e Doutorandos.

    radar mdiCo

    Carreira mdica em Sp na pautaContinua em discusso a formatao de

    uma carreira para os mdicos que trabalham no Sistema nico de Sade (SUS) no Estado de So Paulo. Representantes das entidades mdicas paulistas tm se reunido com inte-grantes das secretarias estaduais de Sade, de Gesto Pblica e de Emprego e Relaes

    do Trabalho, desde julho.De acordo com o secretrio Estadual de

    Sade adjunto, Jos Manoel de Camargo Tei-xeira, a proposta deve ser elaborada at o fim do ano para, ento, tramitar na Assembleia Legislativa a partir de 2012.

    Hoje h 12 mil mdicos no sistema pblico de sade paulista, a grande maioria com jornadas de trabalho dirias de quatro horas. No novo modelo, que dever ser aplicado principalmen-te para as especialidades bsicas, totalizando em torno de 3 mil profi ssionais, a carga hor-

    ria provavelmente ser de oito horas ao dia, e, espera-se, com remunerao compatvel.

    Alm disso, o Executivo encaminhou aos de-putados estaduais, em outubro, o Projeto de Lei Complementar 60/2011, que institui Plano de Cargos, Vencimentos e Salrios aplicvel

    aos servidores da sade, incluindo os mdicos. O texto tem sido debatido pela Comisso de Sade da Assembleia.

    Curso de desastres destaqueEm outubro, foi realizado o 1 Frum Brasi-

    leiro de Medicina da Associao Mdica Bra-sileira (AMB), o 2 Frum de Enfermagem do

    Conselho Regional de Enfermagem de So Paulo (Coren-SP) e a Expo Enfermagem 1 Feira Internacional de Produtos, Servios e Capacitao Profi ssional para Enfermagem.

    O evento conjunto aconteceu no Palcio das Convenes do Anhembi, em So Paulo.

    A programao contou com a primeira edio do curso de desastres desenvolvido pela AMB, sob coordenao de Luiz Fernan-do Falco e Leonardo Silva, diretor adjunto de Comunicao da Associao Paulista de Medicina (APM). O curso comeou a ser

    desenvolvido em 2010 devido necessidade de preparar os profi ssionais de sade para

    enfrentar catstrofes, explicou Jos Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associao Mdica Mundial, durante a aula inaugural.

    Meino participa da cerimnia

    Amaral na abertura do evento

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  • Novembro de 2011 41 Revista da aPM

  • 42 Novembro de 2011Revista da aPM

    radar mdiCo

    Greve em ribeiro preto debatida

    A Associao Paulista de Medicina acompa-nha as negociaes entre a Secretaria de Esta-

    do da Sade e representantes dos grevistas do Hospital das Clnicas de Ribeiro Preto. O ob-jetivo chegar a um consenso para a questo salarial dos servidores do hospital universitrio, cujo atendimento est parcialmente paralisado desde o dia 29 de junho.

    Para resolver esse tipo de problema, as enti-dades mdicas tm trabalhado juntamente com a Secretaria de Estado da Sade na elaborao de um plano de carreira para mdicos do sistema pblico, mas que s deve ser implantado a partir de 2012, comenta Marun David Cury, diretor de Defesa Profi ssional adjunto da APM.

    regulamentao da eC 29 ganha urgncia

    O plenrio do Senado aprovou, em outubro, requerimento de urgncia para votao da regulamentao da Emenda Constitucional 29, que determina per-centuais mnimos de investimentos em sade por parte da Unio, Estados e municpios, alm de definir o que so e o que no so gastos da rea.

    Assim, a matria no precisa mais pas-sar pelas Comisses e pode seguir dire-

    tamente para a apreciao do plenrio. Com isso, cresce a presso da sociedade pela aprovao do texto, que tambm j passou pela Cmara dos Deputados, onde a deciso fi nal ocorreu em setembro.

    Diversos setores da sociedade, a Fren-te Parlamentar da Sade, governadores e prefeitos defendem a verso aprovada pelos senadores em 2007, segundo a qual os investimentos da Unio em sade de-vem corresponder a 10% de sua receita corrente bruta, isto , em torno de R$ 104 bilhes ou quase um tero a mais do que o

    montante aplicado hoje. A EC 29 foi apro-vada em 2000 e o projeto de regulamen-tao tramita desde 2003.

    apm e Santa isabel discutem defesa pro ssional

    A Associao Paulista de Medicina e o Hos-pital Santa Isabel promoveram, em outubro, palestra sobre defesa profissional. O diretor de Economia Mdica da APM, Toms P. Smith-Howard, explicou como a entidade presta as-sistncia gratuita ao mdico que enfrenta pro-cesso na Justia em razo de questionamentos sobre a conduta profissional.

    O encontro discutiu, ainda, a importncia do associativismo. Estiveram presentes o dire-tor mdico do Santa Isabel, Frederico Carbone Filho, e o diretor Larcio Martins. O hospital pertence ao complexo da Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo.

    Zied Rasslan, Smith-Howard, Carbone, Thiago Carvalho e Flavio C. de Araujo

    Marun, da APM, cumprimenta o secretrio

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  • Novembro de 2011 43 Revista da aPM

    alegrando a Santa Casinha emocionaNa vspera de Dia das Crianas, a Associao Paulista de Medicina

    (APM) promoveu mais uma vez o Alegrando a Santa Casinha, levando brinquedos e um pouco de alvio s crianas internadas na ala pedi-trica da Santa Casa de Misericrdia de So Paulo e no Pavilho Fer-nandinho Simonsen.

    Msicos e palhaos fizeram a alegria dos pequenos, em um ambiente

    colorido e bem cuidado. Os pacientes, familiares e profissionais acompa-nharam, emocionados, os bales soltos ao final da ao. A iniciativa tem

    apoio das Mulheres da Verdade, Associao Cruz Verde e o coral de idosos

    do Projeto Educacional Capuano.

    Serenata comemora dia do mdicoA Associao Paulista de Medicina (APM) realizou apresentaes

    musicais ao longo do ms de outubro em homenagem ao Dia do Mdico. O programa Serenata nos Hospitais esteve em oito insti-tuies: Hospital So Paulo, Santa Casa de So Paulo, Santa Isabel,

    Instituto Central do Hospital das Clnicas, Prola Byington e So Ca-milo Unidades Santana, Ipiranga e Pompeia.

    Crianas recebem brinquedos e carinho

    Os prprios mdicos escolhem as canes

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  • 44 Novembro de 2011Revista da aPM

    radar mdiCo

    presidente da Wma recebe homenagem

    Comisso aprova peC da carreira de estado

    Jos Luiz Gomes do Amaral, que acaba de deixar a presidncia da Associao M-dica Brasileira (AMB) aps duas gestes

    consecutivas, recebeu a Medalha Anchieta e o diploma de gratido da cidade de So Paulo, em cerimnia realizada na Cmara Municipal no Dia do Mdico, 18 de outubro. Na semana anterior, ele havia tomado pos-se como presidente da Associao Mdica Mundial (WMA). Leia mais na pgina 36.

    Alm dos diretores da AMB, da Asso-ciao Paulista de Medicina e dos vere-adores, a solenidade foi prestigiada por

    inmeras lideranas, como o secretrio de Sade do Estado de So Paulo, Gio-vanni Cerri; o secretrio municipal da Sade, Janurio Montone; o reitor da Unifesp, Walter Manna Albertoni; e a se-cretria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficincia de So Paulo, Linamara Batistella.

    Durante os discursos, foram ressaltados os valores ticos e profissionais de Jos Luiz Gomes do Amaral, que dedica sua vida defesa dos direitos dos mdicos, educao de qualidade e comunidade.

    A Comisso de Constituio e Justia e de Cidadania da Cmara dos Deputados aprovou, em outubro, a admissibilidade da Proposta de Emenda Constituio (PEC) 454/09, que cria a carreira de mdico nos servios pblicos fede-ral, estadual e municipal e estabelece a remu-nerao inicial da categoria em R$ 15.187,00, semelhante de juzes e promotores.

    A proposta, que dos deputados Eleuses Paiva e Ronaldo Caiado, agora ser exami-nada por uma comisso especial e, depois, votada em dois turnos pelo plenrio, sujeita aprovao de no mnimo trs quintos dos 513 parlamentares.

    Para se atingir nveis melhores na sade do pas, preciso que o Estado apresente polticas consistentes para a reformulao das estruturas fsicas e para a organizao

    de um plano de carreira, cargos e salrios que esteja altura da grandeza da ao dos profissionais de medicina, argumenta o re-lator, deputado Mendona Prado, ao apre-sentar parecer favorvel matria.

    medicina do trabalho tem curso

    O Departamento de Medicina do Tra-balho da Associao Paulista de Medicina (APM) promover, em 7 de dezembro, a partir de 18h, o curso modular de atuali-zao em percia previdenciria, na sede da entidade, em So Paulo. Informaes

    e inscries pelo telefone (11) 3188-4281

    ou no portal www.apm.org.br.

    Montone, Cerri, Amaral, Natalini, linamara,

    Albertoni e Curi

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  • Novembro de 2011 45 Revista da aPM

    radar reGionaiS

    Comemorao e homenagens em Santo Andr

    ABC em festa na posse de So Caetano

    Marlia: Jos de Freitas G. Neto e Zilda Tosta Ribeiro So Bernardo do Campo: novos diretores

    Piracicaba: Gaiotto, 2 da esquerda para direitaNova diretoria de So Jos dos Campos

    regionais da apm tm novas diretorias

    A gesto 2011-2014 no associativismo mdico foi comemorada em outubro com posses e celebraes do Dia do Mdico no interior.

    Em So Caetano do Sul, Marcos Srgio Gonalves Fontes assumiu a presidncia da Regional, sucedendo no cargo Valter de Oli-veira Filho. Alice Lang Simes Santos foi re-eleita em Santo Andr. Na Regional de So Bernardo / Diadema, Everaldo Porto Cunha passou a presidncia a Marcelo Ferraz de Campos. O diretor da APM Estadual Toms P. Smith-Howard participou dos eventos.

    Zilda Maria Tosta Ribeiro deixou o cargo de diretora social e cultural para ocupar a presidncia da Regional de Marlia. O pre-sidente anterior, Jos de Freitas Guimares Neto, ser diretor da 11 Distrital da APM Estadual. Por sua vez, o novo presidente da APM Piracicaba, Osmar Antonio Gaiotto J-nior, sucede Eduardo Rebeis.

    J em So Jos dos Campos, a nova dire-toria tem frente Srgio dos Passos Ramos. Ele substitui o ento presidente Lauro Mas-carenhas Pinto, que ser diretor da 3 Distri-tal da APM Estadual.

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  • 46 Novembro de 2011Revista da aPM

    radar reGionaiS

    Autoridades na solenidade da nova Regional

    Treinamento prtico em Emergncias Mdicas

    Campos do Jordo inaugura sede

    A APM deu mais um pas