revista apm 11

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Regional Guarulhos acontece Informativo da Associação Paulista de Medicina - Regional Guarulhos Entidade de Utilidade Pública pela Lei Mun. nº 6.166 de 21 de julho de 2006 Ano XI - Edição 137 - Fevereiro de 2011 www.apmguarulhos.org.br Médicos que dedicam a vida aos mais necessitados, independente da distância PIONEIRISMO Guarulhos é referência no tratamento de Erros Inatos do Metabolismo HIV A doença, dados atuais e a evolução no combate à AIDS GOURMET Aprenda como fazer um delicioso couscous marroquino

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Revista APM 11

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Page 1: Revista APM 11

Regional Guarulhosacontece

Saúdesem fronteiras

Informativo da Associação Paulista de Medicina - Regional GuarulhosEntidade de Utilidade Pública pela Lei Mun. nº 6.166 de 21 de julho de 2006

Ano XI - Edição 137 - Fevereiro de 2011www.apmguarulhos.org.br

Médicos que dedicam a vidaaos mais necessitados,

independente da distância

■ PIONEIRISMOGuarulhos é referência no tratamentode Erros Inatos do Metabolismo

■ HIVA doença, dados atuais ea evolução no combate à AIDS

■ GOURMETAprenda como fazerum delicioso couscous marroquino

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Passamos por mais uma tempora-da de notícias trágicas, que envol-veu a sociedade num conflito desi-gual contra a natureza. Desta vez, o epicentro foi na região serrana do Rio de Janeiro, além de em muitos outros locais, como até mesmo em nosso município, em que inúmeros foram os afetados pelas chuvas de verão, que neste ano, estão muito acima da média esperada para o mês de janeiro. Mesmo na Austrá-lia, onde chuvas bem mais intensas e agressivas assolaram área muito maior do que a afetada no Brasil, as perdas humanas não chegaram a 50 pessoas; enquanto que, só na região serrana do Rio, até o dia 10 de fevereiro, foram contabilizados oficialmente 892 mortos pela Polí-cia Civil do Estado. Diante desta situação, muitas ima-gens comoventes dos detalhes des-ta tragédia nos embargam os olhos e deixam um nó em nossas gargan-tas, levando nossos pensamentos a imaginar, por alguns instantes, o que deva ser a insolúvel situação de, repentinamente, perder seus pertences, seu lar, um ente queri-do ou toda a sua família. A partir deste instante, somos compelidos a fazer algo e, para muitos, surgem as ações de sempre, como doar rou-pas, alimentos, água etc etc e etc. A verdade é que temos de fazer nossa parte, não apenas como seres hu-manizados e evoluídos que somos,

mas também como cidadãos de ca-ráter, compromisso e responsabili-dade social. Como representante de parcela muito expressiva da classe mé-dica de Guarulhos, na condição de coordenador junto com nossa equipe da Regional guarulhense da Associação Paulista de Medicina, sinto-me motivado a buscar insti-tuir, em nossa entidade, um grupo organizado de médicos voluntario-sos para que possam, futuramente, estar prontos a desenvolver quais-quer ações de interesse público que necessitem da atuação do médico.Temos todas as deficiências de um enorme município que sempre pau-tou pelo crescimento vertiginoso, desorganizado, sem a infraestrutura adequada; inclusive, com assistên-cia médica de urgência ainda muito precária em diversas especialidades, além de possuirmos o aeropor-to de maior movimento de toda a América Latina e termos o municí-pio cortado por três rodovias que estão entre as de maior circulação de nosso país. Não podemos, e nem devemos, simplesmente torcer para que o imponderável nunca aconte-ça, temos que identificar, organizar e aglutinar os médicos de nossa cidade com espírito voluntarioso; e ninguém melhor do que a APM para dar o primeiro passo em dire-ção a este nobre objetivo, que é o de buscar os profissionais médicos

interessados, realizar um grande cadastro individual e estabelecer, através de um consenso com en-tidades afins, a forma de atuação deste grupo voluntarioso. Em breve nos comunicaremos com todos os médicos associados (ou não) da APM para que se ma-nifestem quanto ao interesse em participar deste grupo.

Presidente Dr. José Sérgio Iglésias Filho

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Organização de voluntariadoda classe médica guarulhense

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Sumário

APM Acontece

Aconteceu na cidade

Notas

Artigo Científico

Quem é quem

Pioneirismo

Além da Medicina

Atualidade

Das Antigas

Capa

Exclusivo

Turismo

Gourmet

Aniversariantes

Benefícios

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E X P E D I E N T E

A revista APM Acontece é uma publicação da Associação Paulista de Medicina Regional Guarulhos.Portal da APM: www.apmguarulhos.org.br

Conselho editorialDiretores Responsáveis: Dr. José Sérgio Iglésias Filho e Dra. Lilian S. Ballini Caetano; Presidente: Dr. José Sérgio Iglésias Filho; Vice-Presidente: Dra. Graciane Figueiredo; Dir. Comunicação: Dra. Lílian S. Ballini; Dir. Informática Adjunto: Dr. José Maria Perez; 2ª Secretária: Dra. Priscilla Vaccaro Silva; Dir. Adm. Adjunto: Dra. Cláudia Mika Obara; Secretária Geral: Dra. Elizabeth Gattermayer

Diretoria Executiva 2008-2011Presidente: Dr. José Sérgio Iglésias Filho; Vice-Presidente: Dra. Graciane Dias Figueiredo; Secretária Geral: Dra. Elizabeth Gattermayer; 1ª Secretária: Dra. Luciana Pinto Machado Coelho; 2ª Secretária: Dra. Priscilla Domene Vaccaro Silva; Administrativo: Dra. Maria Madalena Costa V. Bazzo; Administrativo Adjunto: Dra. Cláudia Mika Obara; Patrimônio e Finanças: Dr. Antonio Henrique de Figueiredo; Patrimônio e Finanças Adjunto: Dr. Carlos do Carmo Dias; Defesa Profissional: Dra. Ana Elizabete S. da Carvalheira; Defesa Profissional Adjunto: Dr. Emerson Fávero; Cultural: Dr. José Roberto Gerônimo Rodrigues; Cultural Adjunto: Dra. Maria de Lourdes C. M. Figueiredo; Social: Dr. Moacir Brícola; Social Adjunto: Dr. Antonio Ferreira Gonçalves Junior; Serviços Gerais: Dra. Viviane Caminsk; Serviços Gerais Adjunto: Dr. Wagner Molina; Comunicação: Dra. Lílian Serrasqueiro Ballini Caetano; Comunicação Adjunto: Dr. Valentim Margarido Fernandes; Coordenação Regional: Dr. Claudio Alberto Galvão B. Da Silva; Coordenação Regional Adjunto: Dr. Valdir Zavanela Junior; Marketing: Dr. Sergio Antonio Barbosa; Marketing Adjunto: Dra. Lucia Helena do Valle Freire Hoelz; Informática: Dr. Claudio Giuliano Aparecido Torres; Informática Adjunto: Dr. José Maria Rodrigues Perez; Científico: Dr. Mario Cézar Pires; Científico Adjunto: Dr. José Ciongoli; Delegados às Assembléias: Dr. Francisco Seiidi Nishi e Dr. Hélio Vaccaro Silva; Conselho Fiscal Efetivo: Dr. Antônio Carlos Garcia, Dr. Roberto de Almeida Duarte, Dr. Carlos Humberto Gamberini, Dr. Milton Shinji Kikuta e Dr. José Messias Oliveira Cassiano; Conselho Fiscal Suplente: Dr. Reinaldo Mendonça, Dr. Plínio Marcelo Storti, Dr. Edgard Duarte Júnior, Dr. Armando Brites Frade e Dr. Alexandre Sérgio Gracia Mechenas

Redação, projeto gráfico, diagramação e anúncios: Publicittà e Editora Alpha. Rua Francisco Conde, nº 194 - Vila Galvão - Guarulhos/SP. Tel.: (11) 2408-2775 / 2229-6529. www.publicitta.com.brImpressão: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 2.000 exemplares.Para anunciar: entre em contato com Publicittà pelo tel. 2408-2775 ou diretamente na APM Guarulhos com Maria José ou Elaine, tel. 2409-6855. E-mail: [email protected]

Os anúncios e artigos assinados por médicos nesta revista são inteiramente de responsabilidade dos anunciantes. A APM Guarulhos não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos.

A APM Guarulhos está em constante reformu-lação para proporcionar

melhores acomodações e con-forto aos seus associados. Após as últimas reformas, que inclu-íram iluminação da fachada e reconstrução de todo o piso da área externa, agora a entidade iniciou as obras para a inclusão de um elevador voltado para portadores de necessidades es-peciais, instalação de ar condi-cionado na sala de reuniões do piso térreo, construção de um lago ornamental na àrea exter-na e revitalização da àrea verde. O término das obras está pre-visto para o final de março.

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E as reformas não param...

AVISO IMPORTANTECaro Associado da APM Guarulhos,Informamos que, por decisão da APM estadual, o pagamento anteriormente tri-mestral da APM Regional Guarulhos, a partir do mês de abril será mensal, pas-sando de R$ 252,00 o trimestre para R$ 84,00 ao mês.

ATENÇÃO À INADIMPLÊNCIA!

• O médico que atrasar o pagamento por 3 meses; perderá TODOS os direitos que a APM oferece. Não terá cobertura de Assistência Jurídica e se tiver plano de saúde contratado em parceria com a A.P.M. poderá ser considerado inadimplente.

• Médicos que estiverem há 6 meses ou mais em atraso, DEVERÃO QUITAR AS PAR-CELAS RELATIVAS AO ÚLTIMO SEMESTRE para ter seus direitos resgatados.

• Para ter direito à Assessoria Jurídica, o médico deve estar adimplente no mês do fato ocorrido.

A Diretoria

Texto: Elís Lucas / Fotos: Lucas Dantas

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APM Guarulhos juntoaos médicos legistas pela melhoria

das condições de Trabalho

Nota de PesarApresentamos nossa solidariedade e sentimentos aos familiares do Dr. Edmirson de Fázio (Pediatra) por seu falecimento em 31/12/2010; e também aos familiares do Dr. Wagner Freitas (Médico do Trabalho e Intensivista) por seu falecimento, ocorrido no dia 08/01/2011. Eles deixam aos seus familiares, amigos e a todos nós, o exemplo de uma vida dedicada à família e a Medicina.Recebam, nesta hora difícil, nosso abraço de afeto e respeito.

José Sérgio Iglésias FilhoPresidente da APM Guarulhos

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No dia 03 de fevereiro, por solicitação da Associação Paulista de Medicina – Regional Guarulhos, o secre-tário Municipal da Saúde, Carlos Derman; a secretária

adjunta, Dra. Teresa Pinho de Almeida Tashiro; e a diretora do Departamento Administrativo do Hospital Municipal de Ur-gências, Dra. Cristina Magnabosco, receberam os representantes desta entidade, os Drs. José Sérgio Iglésias Filho e Graciane Dias Figueiredo Mechenas (respectivamente presidente e vice), acom-panhados dos médicos legistas do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos) e do IML (Instituto Médico Legal) de Guarulhos, para discussão das ações de prosseguimento da reforma e readequação do prédio que, atualmente, atende tanto ao IML quanto ao SVO. Sérgio Iglésias expôs ao secretário da Saúde a preocupação em relação às atuais condições precárias das instalações físicas da unidade, que dificultam as ações dos médicos legistas e demais funcionários, que solicitam a retomada das reformas já iniciadas, ao priorizar os locais mais críticos. Os médicos legistas fizeram uso da palavra, e demonstraram extrema preocupação no que diz respeito às condições locais, e elencaram prioridades de ação. O secretário da Saúde, Carlos Derman, acolheu as ponderações realizadas e, após contato com a Proguaru, que será a responsável pelo serviço, estabeleceu prazo aproximado de três meses para a conclusão das obras prioritárias. Será realizada a troca do piso, re-forma urgente do telhado e no sistema de esgotamento da unidade. A Prefeitura de Guarulhos já realizou a cessão de área de aproxi-madamente 5 mil metros quadrados ao Governo do Estado para a construção da nova unidade da Polícia Científica na cidade, que abrigará o IML e o IC (Instituto de Criminalística) na região do cemitério da Vila Rio; contudo, as obras ainda não foram iniciadas.

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Os resultados do projeto de pes-quisa sobre Obesidade Infantil, realizado pela Associação Paulista

de Medicina regional Guarulhos em 2009, foram apresentados na Mostra de Educação Municipal 2010, que teve início em 29/11 e término em 07/12, no Adamastor (Centro).Estiveram presentes os coordenadores do projeto, Dr. José Sérgio Iglésias Filho, presidente da APM Guarulhos, e Letízia Nuzzo, nutricionista docente da Universi-dade de Guarulhos (UnG); as colaborado-ras Clara Korukian Freiberg, nutricionista docente, e Milene Elionay Boppre Shiomi, do Departamento de Enfermagem (ambas da UnG); além do nutrólogo Dr. Roberto Vaz; a diretora do Hospital Municipal da Criança, Dra. Heloisa Helena Sampaio; a nutricionista da Merenda Escolar da Rede Municipal, Valéria Errera Mello; e o secretá-rio da Educação, professor Moacir de Souza.O idealizador do projeto, Dr. José Sérgio Iglésias Filho, disse que, ao assumir a ad-ministração da entidade, sentiu necessida-de de realizar um projeto voltado para a comunidade, já que existia um estigma de que a associação dos médicos só cuidava de interesses da classe e não se envolvia com a comundade. “Diante disso, nós co-meçamos a discutir qual seria o tema de grande importância para o município, e que pudese trazer alguma contribuição à cidade. Hoje, se vocês forem aos hospitais

públicos da cidade, nas Unidades Básicas de Saúde e Pronto Atendimento, o que vocês vão perceber é que temos um núme-ro astronomicamente grande de hiperten-sos, diabéticos, pessoas com alteração nos níveis de colesterol e uma série de outras doenças relacionadas, principalmente, à alimentação, fatores genético e fatores de modificação dos costumes sociais nos dias de hoje”. Foi exatamente este cenário da saúde que o levou à elaboração do projeto de pesquisa nutricional, uma espécie de iniciativa para a Medicina Preventiva. Após a apresentação do presidente da APM sobre a elaboração do projeto, a nu-tricionista Clara Korukian Freiberg apre-sentou os resultados da análise estatística da amostra, que apontou que os percen-tuais de sobrepeso e de obesidade na po-pulação de estudo (crianças regularmente matriculadas no ano de 2009, em escolas municipais localizadas nas três grandes áreas regionais de saúde do município de Guarulhos) estão elevados, tanto na faixa etária de 5 a 10 anos (29,35%), como na faixa de 10 a 12 anos (31,32%). Em seguida, o Dr. Roberto Vaz explanou sobre as doenças acometidas no adulto, que começam na infância, como a Obesidade Infantil. “Do que morre o brasileiro? Mor-re de doenças cardiovasculares, que come-çam na infância”, iniciou seu discurso. “Por incrível que pareça, a causa da Obesidade

Infantil tem mais ou menos os mesmos va-lores da causa de obesidade no adulto, que correspondem à má alimentação e a uma vida sedentária”, completou Dr. Sérgio. Dra. Heloísa falou da importância da APM Guarulhos, UnG, secretaria da Saúde e da Educação neste projeto, além de ressaltar que o Hospital Municipal da Criança, o ór-gão que recebará as crianças com alteração nutricional para tratamento, atende a 495 mil crianças e adolescentes de Guarulhos.Mas a participação dos coordenadores do projeto na Mostra da Educação Munici-pal rendeu mais do que a apresentação do projeto e orientação para a prevenção da obesidade infantil, pois o secretário mu-nicipal da Educação, Moacir de Souza, se dispôs a iniciar uma parceria com APM Guarulhos. “Sinto a necessidade de cons-truir um programa de educação alimen-tar e outras alternativas para que a gente consiga combater este mal pela raiz. Po-demos iniciar, sendo da vontade de vocês, uma parceria, no sentido de criar dentro de nosso sistema de formação permanente um curso que trate destas questões”, propôs o secretário. A intenção é de que, na escola, também possa ser reproduzido este co-nhecimento. “Podemos produzir materiais didáticos que sejam compreensíveis para o aluno, para o professor e para a família des-te aluno”, finalizou Moacir de Souza.

Pesquisa sobre Obesidade Infantil da APM Guarulhos e UnG é apresentado em Mostra da Educação Municipal

Texto: Elís Lucas / Fotos: Lucas Dantas

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Programe-seIII Happy Hour

VOCÊ NÃO PERDE POR ESPERAR!

O ||| Happy Hour vem aí, cheio de surpresas, regado com churrasco, caipirinha e muito mais!

Data: 14 de abril

Local: APM Guarulhos

Horário: 19h

GRATUITO PARA SÓCIOSNão sócios R$ 40,00 por pessoa

Programe-secaipirinha e muito mais!

Data: 14 de abril

Local: APM Guarulhos

Horário:

GRATUITO PARA SÓCIOSNão sócios R$ 40,00 por pessoa

A ser ministrada por economistas daconceituada Sociedade Corretora Paulista S.A. - SOCOPA.

Chegou a sua hora de investir em ações!Após apresentação, haverá degustação

de vinhos do “Velho Mundo”, queijos e azeites.

Data: 17 de marçoLocal: APM Guarulhos

Horário: 20hPatrocínio: SOCOPA

VAGAS LIMITADAS! (60 vagas)GRATUITO PARA SÓCIOS C/ DIREITO A 1 ACOMPANHANTE

Médicos não-associados: R$ 100,00 por pessoaSujeito à disponibilidade de vagas

Para abrilhantar o evento e comentar as características dos vinhos especiais por eles selecionados, convidamos os colegas: Dr. Valentim

M. Fernandes e Dra Maria de Fátima C. Pinto

Contamos com sua presença!Reserve já! 2409-6855 AnaNita ou Elaine

Palestra “Investimentona Bolsa de Valores”

138ª Jornada Dermatológica

PaulistaData: 15 e 16 de abrilLocal: APM GuarulhosHorário: 19h

Inscrições: www.sbd-sp.org.br

Coordenadores: Prof. Dr. Mario Cezar Pires (Diretor Técnico da Gerência de Formação e Aprimoramento do CHPBG) e Dra. Maria do Rosário Vidigal (Super-visora Técnica do Ambulatório da Dermatologia do CHPBG).

Patrocínio: Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional São Paulo

Marque na sua agenda,

e não perca nossos eventos! até lá!

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Em 20 de dezembro de 2010, a APM Guarulhos esteve em reunião com o representante da secretaria de Governo no Paço Municipal, juntamente com os vereadores médicos Dr. Eduardo Carneiro e Dr. José Mário, o secretário Municipal da Sáude, Sr. Carlos

Derman, Dra. Teresa Pinho de Almeida Tashiro, secretária Adjunta da secretaria da Saúde, juntamente com Sra. Solange Vialle, Diretora de Recursos Humanos da Secretaria da Saúde.Inúmeros foram os motivos alegados para o não atendimento à maior parte dos itens descritos no projeto de revisão do PCCS, elaborado pelos representantes de segmentos representativos da classe médica de Guarulhos, em conjunto com técnicos da própria secretaria municipal da Saúde; entre eles, a impossibilidade de desvincular a carreira do médico dos demais profissio-nais da saúde; a falta de recursos financeiros para contemplar a todos os funcionários da saúde; e o custo elevado (segundo a administração municipal) para remuneração dos médicos a serem reenquadrados (bem como a mesma alegação de não poder reenquadrar os demais profissio-nais dos segmentos da área da saúde).Nossa proposta de reenquadramento, que traria valorização do médico pelo tempo de serviço já prestado ao município, mesmo que parcial, não foi acolhida, tampouco a revisão de carreira em si, que reduziria os graus e referências, tornando a carreira mais rápida, compreensível e motivadora.Embora os argumentos apresentados pela administração sejam de difícil contestação, há de se estudar uma forma legal e ética, sem qualquer demérito às demais categorias profissionais, para desvinculação do médico e criação de uma carreira específica à classe; não pelas caracterís-ticas em si da sua atuação dentro de uma equipe multiprofissional mas, principalmente, pela realidade mercadológica que dificulta a contratação e fixação de médicos no serviço público municipal, tendo em vista a competição salarial com outras entidades, não apenas públicas, mas também privadas. Dentre as conquistas encaminhadas na proposta final do Sr. Secretário, incluímos a alteração do salário base, que beneficia a todos os médicos da secretaria da Saúde e, ainda, algumas alte-rações quanto à carga horária de trabalho e gratificações, que beneficiarão, principalmente, os médicos da rede de atenção Básica e os do Programa de Saúde da Família.Não acreditamos que, na realidade atual de contratação e fixação dos médicos na secretaria municipal da Saúde, possa mudar a curto ou médio prazo sem uma carreira motivadora que envolva o profissional e crie expectativas de fato a todos os médicos. Finalizando, mais uma vez esclarecemos que o projeto na íntegra, se instituído, não atenderia apenas ao clamor da classe médica mas, principalmente, aos anseios da população que tanto reivindica maior número de médicos nas unidades de saúde.Mesmo com todos os “senões”, esperamos que esta proposta, que será levada a votação na Câmara Municipal, seja aprovada e sancionada pelo Sr. Prefeito, e ainda continuaremos nossa batalha para a revisão do PCC.... para que ainda seja alcançada em nossa gestão na APM.

Presidente Dr. José Sérgio Iglésias Filho

Vice-PresidenteDra. Graciane Dias Figueiredo

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Sobre o PCCS ???Apenas conquistamos o S...

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Cell Searches Test é um teste sanguíneo que cap-tura, identifica e enu-mera células tumorais circulantes em um tubo

com aproximadamente 7,5 ml de sangue coletado em sangue periférico. Estudos clínicos demonstram que é um indicador preditivo do tempo de sobrevida livre de doença e sobrevida global do paciente.As CTCs (Circulating Tumor Cells) são cé-lulas cancerígenas de tumores sólidos de origem epitelial, detectadas na corrente sanguínea. Têm a importância de desen-volver estratégias para cada paciente, sen-do a mensuração dessas células, antes e depois da terapia, para orientação do mo-mento adequado para o tratamento.Este teste está originalmente indicado para pacientes com câncer de mama me-tastático na primeira linha de tratamento; porém, existem diversos estudos para ou-tros tumores sólidos de linhagem epitelial.

Entendendo o Cell Search Circulating KitEle enumera células tumorais de origem epitelial na corrente sanguínea: são neces-sários Cell Tracks Analyzer ou Cell Spotter Analyzer, microscópio fluorescente se-miautomático que identifica somente as células que expressam moléculas de ade-são de célula epitelial (Ep CAM) e cito-queratinas (CK) 8, 18 e/ou 19.O Cell Search Circulating Kit contém um

reativo de captura baseado em um fer-rofluido, uma nanopartícula com núcleo magnético rodeado de uma capa polí-mera revestida com anticorpos dirigidos aos antígenos EpCAM para a captura das CTCs. Então, há o enriquecimento com reagentes fluorescentes que identificam e enumeram as CTCs.Os reativos fluorescentes incluem anti CK específico para proteína ciroqueratina extra-celular característica de células epi-teliais DAPI, que estão no núcleo celular, e anti CD 45 (APC), específica para leu-cócitos.A presença de CTCs no sangue periféri-co detectada pelo método está associada à diminuição do tempo de sobrevida li-vre de doenças e, também, à diminuição da sobrevida global em paciente com câncer de mama metastático; ou seja, pa-cientes com 5 ou mais CTCs no início ou após o primeiro seguimento em 4 sema-nas de tratamento têm pior prognóstico do que pacientes com contagem inferior. Deve-se colher amostras antes de iniciar a quimioterapia e durante o tratamento, com intervalos de 3 a 4 semanas para monitorar as CTCs.Este resultado da Cell Search deve ser usa-do de maneira conjunta com informações clínicas, exames de imagens, status hormo-nal e todas as informações pertinentes ao caso, as quais orientam melhor a aborda-gem terapêutica.Trata-se de um estudo apenas prognósti-

co, que não define a linha de tratamento a ser seguida. Em tempo: as células tumo-rais circulantes (CTCs) que não expres-sam EpCAM não serão detectadas, e as que expressam EpCAM, mas não as cito-queratinas 8, 18 e 19, também não serão detectadas pelo método.Em conclusão, a avaliação das CTCs antes de iniciar a primeira linha de tratamento em pacientes com câncer de mama me-tastático é altamente preditiva quanto à sobrevida livre de doenças e sobrevida global. Acredito que, com o desenvolvi-mento de melhores ensaios clínicos e do método, a pesquisa de CTCs será uma ferramenta importante na escolha do momento adequado do tratamento ao pa-ciente com câncer e que possa ser deter-minante no aumento de sobrevida global.

Dra. Sílvia Cândida MauroOncologia Clínica e Radioterapia

CRM 51.601Responsável Técnica pelo Instituto

de Oncologia de Guarulhos

UM NOVO ALIADO

CTCs

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Dr. Hélio Vaccaro da SilvaCirurgião Plástico

Dr. Cláudio Galvão Bueno da SilvaPediatra

Dr. Mário Cézar PiresDermatologista

Local em que trabalha: Hospital Padre Bento • Essencial em sua profissão: melhorar a vida das pessoas • Livro preferido: “Ilusões”, de Richard Bach • Filme: “Uma Mente Brilhante” • Cantor ou banda preferida: John Lennon e Queen • Bebidas: sucos naturais • Prato pre-dileto: Ravioli • Hobby: Squash • Torce para qual time: Corinthians, é claro • O que te tira do sério: Incompetência e prepotência • O que gosta em Guarulhos: a cidade em si • O que não gosta em Guarulhos: a feira de quarta fei-ra numa avenida principal • Para onde deseja viajar: qualquer lugar, adoro viajar • Amigos: vários • Família: sempre ao lado • Um desejo: difundir o conhecimento o máximo possível • Uma palavra que defina você: determinação • O que mais importa na vida: saúde e lazer

Dra. Cláudia Mika ObaraClínica médica e acupunturista

Dra. Priscilla Domene Vaccaro SilvaCirurgiã Plástica

Dr. Newton Akira TakahashiPediatra e acupunturista

Local em que trabalha: Hospital Padre Bento, de Guarulhos, Med-tour Saúde, Hospital Pi-mentas Bonsucesso e Lepe Indústria Metalúrgi-ca • Cidade natal: Tomé-Açu, Pará • Essencial em sua profissão: dedicação • Uma qualida-de que gostaria de ter: força de vontade para seguir dieta à risca • A melhor viagem que já fez: a mais recente com meu marido, de carro para o Pará • Tem medo de que: violência • O que te tira do sério: mentira, injustiça • O que você nunca faria: maltratar, enganar • Famí-lia: razão de viver • Um desejo: ver meus filhos com saúde, bem encaminhados e estruturados • Uma palavra que defina você: harmonia • O que mais importa na vida: saúde, amor, paz e exercer a profissão

Local em que trabalha: Equipe de Cirurgia Plástica do Hospital Unimed e do Hospital Bom Clima, Clínica Privada e Santa Casa de São Paulo (PA Maria Dirce) • Essencial em sua profissão: dedicação, respeito e ética • Uma qualidade que gostaria de ter: ser me-nos crítica • A melhor viagem que já fez: lua de mel, em Fernando de Noronha • Tem medo de que: de perder as pessoas que amo • O que te tira do sério: injustiça e incompe-tência • O que você nunca faria: passar por cima dos outros para me dar bem • Amigos: sinceros e essências na vida • Família: o bem maior que temos • Um desejo: evoluir sempre • Uma palavra que defina você: prestativa • O que mais importa na vida: ser feliz

Local em que trabalha: AMA (SPDM) • Cidade natal: Suzano • Essencial em sua profissão: dedicação • Livro preferido: “Feliz ano velho”, Marcelo Rubens Pai-va • Filme: ‘O último samurai” • Cantor ou banda preferida: Queen • Prato pre-dileto: lamen • Hobby: pesca esportiva • A melhor viagem que já fez: Tóquio • Tem medo do que: intriga • Torce para qual time: Sociedade Esportiva Palmeiras • Amigos: companheiros • Família: união • Um desejo: realização dos sonhos dos filhos • Uma palavra que defina você: otimismo • O que mais importa na vida: filhos

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Local em que trabalha: minha clínica e hos-pitais da região de Guarulhos • Essencial em sua profissão: verdade, bom senso e compe-tência técnico-científica • O que te tira do sério: deslealdade, falsidade e incompetência •Hobby: música (violão e guitarra) e tênis • O que gosta em Guarulhos: dos amigos, da APM e do Bosque Maia • O que não gosta em Guarulhos: da incompetência adminis-trativa e descaso com o cidadão guarulhense • Para onde deseja viajar: Fernando de Noro-nha, Polinésia Francesa e Mônaco • Família: riqueza inestimável • Um desejo: saúde, paz e fraternidade para um mundo melhor e mais fe-liz • Uma palavra que defina você: lealdade e perseverança • O que mais importa na vida: viver saudável e feliz

Local em que trabalha: Hospital Padre Bento, Vigilância Sanitária Municipal e em consultório particular • Essencial em sua profissão: ética e atenção ao paciente • Uma qualidade que gostaria de ter: organização pessoal • A me-lhor viagem que já fez: interior de Portugal e Espanha • Tem medo do que: envelhecer com limitações • O que te tira do sério: ficar em fi-las e falta de retorno • O que você nunca faria: prejudicar o próximo • Torce para qual time: Sport Clube Corinthians Paulista, sempre! • Amigos: muito importante para mim (os ver-dadeiros!), pois sou filho único • Família: um ideal • Um desejo: um mundo menos agressi-vo e mais humano • Uma palavra que defina você: entusiasmo • O que mais importa na vida: ser feliz

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12 “Desde os seis meses de vida, des-confiei que ele tivesse alguma di-ferença; e o diagnóstico demorou um pouco, quando ele tinha 1 ano e meio, 2 anos.”. O relato de Ana

Carolina Justino, mãe de Gustavo Henrique, 6, resume algumas das características da Mucopolissacaridose (também conhecida pela sigla MPS), um dos tipos mais comuns dos Erros Inatos do Metabolismo (EIM): doença que leva algum tempo para se ma-nifestar, apesar de ser hereditária; e isso se deve ao fato de ela ser, em âmbito global, crônica, sistêmica e evolutiva.Os Erros Inatos do Metabolismo (EIM) são doenças genéticas e, em sua maioria, de herança autossômica recessiva. A incidên-cia global é de 1:5000 nascidos vivos; e as manifestações clínicas são muito variáveis e estão associadas a distúrbios em enzimas, que podem estar ausentes ou diminuídas em quantidade e/ou função.Os EIM po-dem ser classificados de acordo com sua fisiopatologia: defeito de síntese ou de ca-tabolismo de moléculas complexas, defeito no metabolismo intermediário e defeitos de produção e de utilização de energia.O diagnóstico dos EIM é confirmado por exames específicos, realizados em amostras de sangue e de urina. Atualmente, no Brasil, são realizados de forma gratuita pela Rede EIM e pela Rede MPS.Em relação ao trata-mento, a Terapia de Reposição Enzimática (TRE), disponível para doenças que envol-vem o metabolismo das moléculas comple-xas, vem modificando de forma expressiva o curso e a evolução dessas doenças, tor-nando promissor o futuro do paciente.Alguns exemplos de doenças com possi-bilidade de tratamento por TRE são:

MUCOPOLISSACARIDOSES (MPS)As MPS resultam da deficiência de uma das enzimas responsáveis pela degradação das glicosaminoglicanos (GAGs). Trata-se

de um grupo heterogêneo de doenças de caráter crônico, sistêmico e progressivo. No Brasil, as MPS correspondem a 32% dos EIM e a 54% das doenças lisossomais de depósito. A TRE está disponível para as MPS dos tipos I, II e VI.

DOENÇA DE FABRY (DF)A Doença de Fabry decorre da deficiência da enzima alfa-galactosidase (alfa-GAL) com acúmulo de lipídeos, especialmente a globotriaosilceramida 3 (GB-3), em lisos-somos de vários tipos celulares. O quadro clínico é variável e progressivo. A TRE é disponível para homens e mulheres.

DOENÇA DE GAUCHER (DG)A Doença de Gaucher é causada pela de-ficiência da enzima beta-glicocerebrosida-se (ou beta-glicosidase ácida). De acordo com a clínica, é dividida em três tipos; e a TRE é disponível para os tipos I e III (no tipo III, o tratamento deve ser precoce, antes do estabelecimento do quadro neu-rológico grave).

DOENÇA DE POMPE (DP)A Doença de Pompe é causada pela ativi-dade insuficiente da enzima alfa-glicosida-se ácida, responsável pela degradação do glicogênio lisossômico.

A ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MUCOPOLISSACARIDOSE (APMPS)A Associação Paulista de Mucopolissacari-dose (APMPS) tem como objetivo divulgar e orientar a sociedade sobre a MPS, além de fazer trabalho de utilidade pública e de conscientização sobre tratamentos relacio-nados à MPS, além de “buscar tratamento e qualidade de vida a todos os envolvidos com portadores de MPS”, pois “doença crônica afeta não só o portador, mas a fa-mília e amigos no geral”, de acordo com

Regina Próspero, presidente da instituição e mãe de Dudú Próspero, 21, portador da MPS tipo VI e estudante de Direito. O engajamento dela em relação à causa de conscientização sobre a MPS começou quando soube que Niltinho, seu filho pri-mogênito (falecido aos 6 anos em decor-rência da doença), era portador de MPS; e ela deparou-se com a veemente falta de informação sobre esse EIM. “Em cada consulta que passávamos os meninos [Nil-tinho e Dudú], percebíamos a necessidade de conscientização e divulgação das MPSs na sociedade, no meio acadêmico e até na classe médica, que mostrava não estar pre-parada para lidar com um portador de MPS e também para diminuir nossa via crucis em busca de qualidade de vida”, mencionou.Regina descobriu que Dudú era portador de MPS aos 2 anos e 6 meses, por meio da médica que tratava de Niltinho no núcleo de Genética do Hospital das Clínicas. Em 2008, a família Próspero soube que estava sendo produzido medicamento nos EUA, para o tratamento da MPS (em fase experimental, até então); e, após inscrições de Dudú em to-dos os centros de tratamento do mundo, as tentativas tiveram resultados. “Alguns meses depois, ele foi chamado para seleção e foi um dos 8 escolhidos dentre 28 participantes da América Latina para testar o medicamento. Este estudo foi no HC de Porto Alegre, e tive de morar 1 ano com ele por lá. Foi mui-to ‘custoso’, pois a família sofreu muito com esta separação provisória; mas valeu a pena. Hoje, sabemos que ele está vivo graças a toda essa situação”, completou.

O CENTRO DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA Guarulhos recebeu, em 2009, o Centro de Reposição enzimática de Guarulhos (CREG), primeira instituição não vincu-lada a algum hospital-escola voltado para o tratamento de EIM. Vale ressaltar que o

ERROS INATOSDO METABOLISMO

Saiba detalhes sobre tais distúrbios metabólicos. Você sabia que há centro de tratamento de Erros Inatos do Metabolismo em Guarulhos?

Page 13: Revista APM 11

CREG foi instalado no Hospital Munici-pal da Criança, durante a gestão da Dra. Heloísa Helena Sampaio Ferreira de Cas-tro, diretora da instituição. Para Dra. Heloísa Helena, a inauguração do CREG tinha como objetivo atender às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), “sem termos ideia de que, em so-mente dois anos, o tornaríamos Centro de Referência respeitado e reconhecido pela comunidade científica nacional e interna-cional”, o que era desejado pelas famílias de portadores de MPS e de outras doenças genéticas, de acordo com ela mesma.“Uma das diretrizes do SUS na qual acre-dito e construo há mais de 20 anos é a in-tegralidade da atenção; a outra é a univer-salidade da primeira diretriz. Isso significa garantir, sempre que possível, o acesso à sala de vacina e ao atendimento de excelên-cia, altamente especializado”, completou a diretora do Hospital Municipal da Criança.A equipe do Centro de Reposição Enzimá-tica de Guarulhos é composta pelas geneti-cistas Ana Carolina de Paula e Isabel Mosca Furquim, e pelas enfermeiras Cláudia Adrie-ne Silvestre, Alessandra Pereira, Luciana Va-léria da Silva e Simone Jorge dos Santos.Para Regina Próspero, a instalação do CREG em Guarulhos é um marco, no que diz respeito à preocupação com a qualidade de vida dos portadores de MPS. “Estas fa-mílias não precisam padecer neste transito caótico para que possam fazer o tratamen-to e o acompanhamento, que é semanal, e enquanto eles forem vivos. O HMC é hoje referência internacional. Tenho orgulho de fazer parte desta história”, relatou.Desde que o CREG foi criado, a melho-ra das crianças submetidas ao tratamento de reposição enzimática é visível. Cláudia Silvestre destacou, entre inúmeros aspec-tos, o aumento da resistência imunológica dos pacientes, assim como a redução das GAGs em todas elas; e os resultados po-sitivos também são destacados pelas mães das crianças. Jocilene Gonçalves, mãe de Roberth, 16, relatou que ele “andava nas pontas dos pés e, agora, ele não anda mais [nas pontas dos pés]; e as articulações melhoraram bastante”; e Ana Carolina Justino, autora do depoimento que ini-ciou esta matéria, comentou que Gustavo Henrique “tinha muitos resfriados e muita febre; e que, hoje, ele já não tem mais”.

Texto: Amauri Eugênio Jr. (com colaboração das Dras. Ana Carolina de Paula e Isabel

Furquim, geneticistas do CREG).

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DOENÇA HERANÇA ACHADOS CLÍNICOS

MUCOPOLISSACARIDOSES Todos os tipos autossômico recessivo (exceto o tipo II que é ligado ao cro-mossomo X)

• Fácies típicos• Córnea opaca• Cardiopatia• Hepatoesplenomegalia• Disostoses múltipla• Rigidez articular• Mãos em garra• Gibosidade• Infecções de repetição• Apneia obstrutiva do sono

DOENÇA DE FABRY Ligada ao cro-mossomo X

• Angioqueratoma• Miocardiopatia hipertrófica• AVC precoce• Dor crônica • Acroparestesia• Córnea verticilata• Proteinúria• Febre recorrente• Hipohidrose• Intolerância ao calor e/ao frio • Intolerância exercícios físicos • Distúrbios neuropsiquiátricos• Distúrbios gastrointestinais

DOENÇA DE GAUCHER Autossômica recessiva

• Hepatoesplenomegalia• Dor óssea crônica• Fraturas patológicas • Lesões ósseas• Anemia• Pancitopenia• Doença neurológica progressiva

DOENÇA DE POMPE Autossômica recessiva

• Hipotonia• Cardiomegalia• Insuficiência respiratória e cardíaca congestiva

Page 14: Revista APM 11

Certa vez, o pintor Cândido Portinari, um dos maiores artistas da História brasilei-ra, havia dito que o alvo de sua pintura era o sentimen-

to, além de a técnica ser meramente um meio, apesar de ser um meio indispensá-vel. Em virtude de seu histórico, essa frase pode ser interpretada como um meio de legitimar a preocupação com outrem e a denúncia de problemas sociais por meio da arte e das técnicas inerentes a ela.Pois bem, analogicamente falando, este é o caso do Dr. Marco Kinsui, cirurgião geral. Durante sua infância, ele costumava pas-sar suas férias em uma cidade próxima de Brodówski (SP), terra natal do icônico pintor (Portinari), que é, por sinal, o artis-

ta preferido do médico. “Gosto muito do Cândido Portinari. Basicamente, por eu ter sido criado próximo à região em que ele viveu. Eu passava as férias na casa do meu avô, em Jardinópolis”, completou.Tal qual Piet Mondrian (1872-1944), artis-ta neoplasticista e abstracionista que ini-ciou tarde a carreira de pintor (por conta de questões religiosas e familiares), o Dr. Marco Kinssui começou a pintar há, apro-ximadamente, 5 anos, apesar de gostar de pintura desde a infância.Assim, como muitos indivíduos que pro-curam fugir do estresse ao ler, ouvir músi-ca, pescar ou praticar esportes, por exem-plo, o cirurgião geral opta pela prática da pintura como uma terapia para desvenci-lhar-se dos problemas e responsabilidades

cotidianos – ou como uma “atividade para sair um pouco da rotina”, de acordo com ele mesmo -; no entanto, em virtude de a falta de tempo inerente à sua rotina, ele não tem pintado.Vale citar que, a exemplo de vários indi-víduos, no que diz respeito à prática de determinada atividade, o interesse de o Dr. Marco Kinsui pela pintura começou, de fato, ainda em Jardinópolis (conforme havia sido relatado há pouco, graças ao fato de ter ficado próximo à terra natal de Portinari); e o seu incentivador foi, de fato, o seu avô.

Texto: Amauri Eugênio Jr.Fotos: Arquivo pessoal

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esde a descoberta do pri-meiro caso de AIDS (mas ainda não havia sido for-malizada a nomenclatura e a classificação de “Sín-

drome da Imunodeficiência Adquirida”) até o primeiro caso comprovado de cura de um ser humano do vírus HIV (o estadunidense Timothy Ray Brown), anunciado em 2010, muitas vidas foram perdidas na batalha tra-vada entre este vírus e a humanidade.Muitas mudanças de percepção sociocultu-ral aconteceram desde que foi identificado o “paciente zero”, o francês Gaetan Dugas, em 1982, até a instituição da data oficial do “Dia mundial de combate à AIDS”, 1º de dezembro, no ano de 1988. Em princípio, o vírus HIV era visto como, exclusivamen-te, consequência de comportamento pro-míscuo, especialmente entre homossexuais e usuários de drogas injetáveis; no entanto, ele passou a ser encarado como “questão de saúde pública” com o aumento veemen-te de portadores que já nasciam com o ví-rus, assim como em transfusões de sangue. Para se ter uma ideia, de acordo com o Mi-nistério da Saúde, houve 38.538 casos re-gistrados de transmissão do HIV em 2009 (desde o registro do primeiro caso de trans-missão perinatal, registrado em 1985, foram contabilizados 592.914 casos de AIDS no Brasil); e, em âmbito mundial, houve pouco mais de 2,6 milhões de novos casos registra-dos (a maioria, incontestável e infelizmente,

na África Subsaariana). Entre as personali-dades que perderam suas vidas em consequ-ência da AIDS, podem ser citados Cazuza, Renato Russo, Freddie Mercury, líder do Queen, e David Wojnarowicz, autor da foto de búfalos caindo penhasco abaixo utilizada no videoclipe de “One”, uma das músicas mais conhecidas do grupo irlandês U2 (que se tornou, por sinal, símbolo do combate à AIDS), e ativista homossexual.Também vale a pena citar que, a partir de março deste ano, o Brasil passará a produzir o medicamento Tenofovir, usado no tratamen-to de AIDS (e, também, no de hepatite).Dr. Felipe Piza, infectologista do Hospital das Clínicas e do Hospital Pimentas Bonsu-cesso, em Guarulhos, concedeu entrevista à Revista APM Acontece, e comentou sobre inúmeros aspectos inerentes ao vírus.

APM Acontece: Timothy Ray Brown, paciente que está tecnicamente curado do vírus HIV, passou por tratamento para se curar de leucemia; no entanto, quase morreu durante a terapia ado-tada por médicos alemães. No caso dele, especificamente falando, a cura da AIDS foi mais pelo “acaso” do que pelo tratamento propriamente dito? E terapias desse gênero podem ser ado-tadas para o tratamento contra o HIV?Dr. Felipe: Sim, a cura do paciente Timothy foi mais por “acaso”, pois o intuito do trans-plante de medula óssea era o tratamento da

leucemia. Esse tipo de tratamento ainda não pode ser utilizado de forma generalizada, pois ele tem risco muito alto de morte, devi-do à imunossupressão grave que o paciente submetido a transplantes corre. Além disso, o “acaso” do paciente Timothy deveu-se a seu doador ter um perfil de mutação genética bastante raro chamado, homozigoze CCR5 delta 32. Pessoas que têm essa mutação gêni-ca não se infectam quando expostas ao vírus do HIV, pois essa alteração não permite que o vírus entre e se multiplique nas células. Esta mutação já havia sido descrita anteriormente com prostitutas de alguns países que, embora se expusessem constantemente ao HIV, nun-ca se infectavam. Portanto, a sistematização desse procedimento ainda é muito distan-te da realidade pois, além da necessidade de ter um doador compatível, é necessá-rio que este, também tenha essa mutação genética rara. De qualquer forma, é uma descoberta excepcional e uma perspecti-va nova para continuar as pesquisas para cura do HIV.

APM: Como a depressão e o estresse, no caso de pacientes soropositivos, podem estar ligadas ao aumento da vulnerabi-lidade do organismo de um indivíduo soropositivo e, consequentemente, no surgimento de doenças oportunistas?FP: A depressão e o estresse podem interferir no sistema imune em um mecanismo conhe-cido como down regulation; ou seja, diminuem-

COMBATIDA SEMPREADQUIRIDA ONTEM,

Mesmo com status de pandemia na África

Subsaariana, inúmeros avanços foram alcançados no

combate ao vírus HIV

Page 17: Revista APM 11

se a regulação e a cascata de alguns processos fisiológicos, propiciando maior exposição a agentes externos. Este fenômeno pode ocorrer com todas as pessoas. No caso dos pacientes soropositivos que têm o CD4 (cé-lula de defesa) muito baixo, essas alterações podem ser mais exacerbadas.

APM Acontece: O coquetel anti-HIV aumentou significativamente a expec-tativa de vida de um paciente soropo-sitivo. No entanto, seus efeitos podem variar de organismo para organismo, ou agem de maneira uniforme em pa-cientes portadores do vírus HIV?Dr. Felipe: A terapia antirretroviral, também conhecida popularmente como coquetel, não age de maneira uniforme em todas as pesso-as, em relação aos efeitos adversos. Existem muitos pacientes, que não se adaptam a cer-tos tipos de medicações que são amplamente aceitos por outros pacientes. Há grupos de pacientes que não podem nem sequer tomar alguns grupos de medicações, devido aos efeitos colaterais como gestantes, nefropatas, cardiopatas, pacientes com problemas psiqui-átricos, com tuberculose etc. Existe também a resistência do vírus HIV. Pessoas que to-maram as medicações de forma inadequada durante um período podem propiciar a re-sistência do vírus a um ou mais grupos de medicações. Quando isto ocorre, temos de lançar mão de outras classes de fármacos es-pecíficos. Atualmente, dispomos de um car-dápio amplo de drogas antirretrovirais; por-tanto, os pacientes que quiserem realmente fazer o tratamento e acompanhamento conseguem se adaptar às diferentes opções disponíveis. As principais dificuldades são nas primeiras semanas. Passado este perí-

odo que, às vezes, também traz o

sentimento de culpa, nega-ção e revolta, os sintomas são mais brandos, e aceitação ten-

de a ser me-lhor.

APM Acontece: Em 2009, houve pouco mais de 2,6 milhões de novos casos de HIV em todo o mundo e, em compara-ção com o ano anterior, 3,1 milhões de indivíduos infectados. Apesar de se tra-tarem de dados alarmantes, houve re-dução significativa nestes indicadores. Como as campanhas de conscientiza-ção e a cada vez mais notória utilização de preservativos têm colaborado para a diminuição de tais números?Dr. Felipe: As campanhas, sem dúvida, têm papel importante no auxílio ao controle da disseminação da doença; mas ainda é muito pouco, pois têm efeitos sazonais. As grandes mudanças vêm necessaria-mente acompanhadas com reformas pro-fundas em educação e na saúde. Não é por acaso que os países mais pobres apresentam as maiores taxas de infecção. Não é inco-mum escutar de pacientes que ainda acredi-tam que a transmissão só ocorre em relações homossexuais. Pacientes como garotas de programa muitas vezes têm relações sem preservativos, pois os clientes pagam mais caro. Há também um profundo sentimento de solidão em alguns pacientes, pois não se sentem seguros em contar sobre a doença nem aos próprios pais e/ou filhos, devido aos grandes sentimentos de preconceito e de ignorância de muitas pessoas. Portanto, são reflexos de grandes atrasos culturais impli-cados diretamente com baixa escolaridade, machismo e ignorância pronunciada.

APM Acontece: É notório que, na região da África Subsaariana, onde é veemente que indivíduos vivem em condições pre-cárias, há pandemia da disseminação do vírus HIV entre os habitantes daquela localidade. Como condições locais abai-xo das mínimas necessárias para a so-brevivência podem interferir nos efeitos que a imunodeficiência pode causar ao corpo humano?Dr. Felipe: Condições precárias são ruins para o tratamento e seguimento de todas as doenças. No caso do HIV, em que já há déficit no sistema imune, muitas doenças podem ser mais prevalentes e se tornar mais graves como infecções gastrointes-tinais, tuberculose, meningites etc. As do-

enças respiratórias e abdominais, devido a condições insalubres, são as que mais apresentam riscos aos pacientes soro-

positivos.

APM Acontece: No ano de 2009, 370 mil crianças nasce-

ram com a imunodeficiência. Qual é o tratamento utilizado em casos como o desses indivíduos? Há alguma dife-rença em relação ao que é usado entre a população adulta? Dr. Felipe: A transmissão vertical (mãe para a criança) do HIV também é refle-xo de sistemas de saúde e de educação precários. Pois, há muito tempo, temos medicações que a gestante toma durante a gravidez, durante o trabalho de parto; e a criança toma um xarope depois que nasce. A transmissão com esse procedi-mento diminui significativamente. O ar-senal terapêutico para a faixa pediátrica é menor, pois as drogas sempre são lançadas inicialmente para os adultos e, com o pas-sar dos anos, são lentamente incorporadas nas opções infantis. Algumas, mesmo de-pois de anos, não são autorizadas, devido a significativos efeitos colaterais. Portanto, adultos e crianças com HIV devem con-sultar um médico infectologista para ex-plicar, esclarecer dúvidas, acompanhar e seguir estes pacientes, de forma a terem uma vida normal como pacientes que têm qualquer outra doença crônica.

Por Amauri Eugênio Jr.Foto: Lucas Dantas

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AIDS NO BRASIL E NO MUNDO

• O primeiro caso de incidência do vírus HIV foi detectado em 1981. No Brasil, a primeira ocorrência relacionada à AIDS aconteceu no ano seguinte.• Até 1990, a OMS (Organização Mundial de Saúde) havia reportado mais de 307 mil casos em todo o mundo; no entanto, havia estimativas de números próximos a 1 milhão de indivíduos portadores.• Em 2000, havia pouco mais de 36 milhões de indivíduos infectados pelo vírus HIV no mundo.• Em 2009, após os programas de pre-venção e conscientização sobre a AIDS, além de tratamentos para indivíduos soropositivos começarem a surtir efeito, a população estimada de portadores era de 33,3 milhões de pessoas, de acor-do com UNAIDS (“braço” da ONU para questões relacionadas à AIDS). No Bra-sil, foram registrados mais de 506 mil casos de AIDS desde 1981.

Page 18: Revista APM 11

“Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.” Se a trajetória do Dr. Eric Brito Corrêa, diretor-

geral do HMU, puder ser definida em poucas palavras, ela é equi-valente ao trecho inicial do “Juramento médico” (ou, então, ao seu lema de vida: “Terei de sacrificar minha vida em prol dos meus semelhantes”).

Ele nasceu em 21 de junho de 1947, em Recife, mas, aos 3 anos, sua família mudou-se para Niterói (RJ), cidade onde, segundo ele mesmo, teve uma infância excelente, e passava as férias na praia.

João Guimarães Rosa, um dos maiores escritores brasileiros (e médico de formação, inclusive), sempre determinava a “hora e a vez” aos seus personagens; e a “hora e vez” do Dr. Corrêa se deu aos 13 anos, por conta de sua avó ter tido câncer no fígado. “Ela faleceu, e participei de tudo. (...) E eu falei para a minha mãe: ‘Vou ser médico, para curar todo mundo que tiver câncer’”, relatou.

Seu ingresso na vida acadêmica se deu na Universidade Fe-deral Fluminense (UFF); e, após ter entrado, começou a fazer residência por lá mesmo - e, concomitantemente, o mestrado em cirurgia em tórax.

Após ter se formado, Dr. Eric Brito Corrêa optou por fazer cirurgias cardíacas. Veio para São Paulo participar de um gru-po monitorado pelo Dr. Zerbini, na USP, mais precisamente no Hospital das Clínicas, o Centro de Ensino de Cirurgia Cardíaca. E por intermédio de sua entrada neste grupo, fez residência vo-luntária no HC, além de cursar especialização em cirurgia cardí-aca, por 3 anos.

Na mesma época, Dr. Corrêa começou a dar plantão no Hos-pital Carlos Chagas que, de acordo com ele mesmo, tinha nível médico muito bom, pois “quase todos os médicos do Hospital das Clínicas também davam plantão por lá”; entretanto, apesar de o retorno a Niterói estar em seus planos, o destino colocou mais um desafio em sua trajetória.

No final de 1976, recebeu convite para ser plantonista do Hospital Stella Maris; e aceitou o desafio. Também foi por lá onde se deparou com o caso mais marcante de sua carreira. Um garoto de 14 anos havia dado entrada no hospital com perfura-ção no tórax e no coração; e, imediatamente, Dr. Eric o levou ao centro cirúrgico. Após a efetuação dos procedimentos cirúrgicos, foi montada uma mini UTI (o Stella Maris ainda não tinha núcleo de UTI); onde Dr. Corrêa permaneceu por 48 horas acompa-nhando o garoto, de onde ele só saiu quando o paciente estava fora de perigo.

“Este garoto, depois, foi embora; e nunca mais tive notícias dele. Há mais ou menos 4 anos, um rapaz me chamou, e me per-guntou se eu o conhecia. Falei que não me lembrava dele. ‘Você não sabe quem sou?’, ele perguntou. ‘Me desculpa, não sei.’ Ele

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me disse que era o adolescente a quem eu havia salvado a vida”, completou.

Ainda sobre o Hospital Stella Ma-ris, o Dr. Eric Bri-to Corrêa sente-se orgulhoso por ter participado daquele grupo e, consequen-temente, de ter sido pioneiro na instala-ção de UTIs naquele mesmo hospital. É com orgulho tam-bém com o qual ele fala de sua família (de sua esposa e de seus 5 filhos, sendo que nenhum deles seguiu a carreira médica, e 5 netos). Nas horas vagas, ele costuma ler, especialmente escrituras e livros com temática religiosa, pelo fato de ele ser patrono da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias.

Pai, esposo, médico e, acima de tudo, um ser humano no sentido pleno da nomenclatura. Este é o Dr. Eric Brito Corrêa.

Texto: Amauri Eugênio Jr. / Fotos: Lucas Dantas

VIVER PELA

MEDICINA

Page 19: Revista APM 11

Entre as inúmeras especialidades existentes na área mé-dica, Dr. Fernando Antônio A. Bittencourt, 63, optou pela que busca promover e preservar a saúde, mais es-

pecificamente a do trabalhador, pois ele é médico do trabalho; e dedicação e respeito ao próximo são itens essenciais em sua profissão, segundo ele mesmo.

Nascido em Campina Grande (PB), Dr. Fernando teve uma infância bastante proveitosa pois, ao contrário das últimas gera-ções sedentárias, graças à evolução tecnológica, em sua infância ainda predominava a imaginação. “Não havia a existência de tele-visão, computador ou video game, o que me proporcionou brinca-deiras à base do improviso”, afirmou.

Bom aluno por natureza, desde criança, Bittencourt já sabia que queria se tornar médico, talvez tenha sido por influência de sua mãe que, apesar de não exercer a profissão, havia cursado enfermagem. Então, foi exatamente em 1971 que o sonho de criança tornou-se realidade e Fernando passou então a ser cha-mado de Dr. Fernando.

Formado pela Faculdade de Ciências Médicas em Recife (PE), Fernando teve como contemporâneo de faculdade e de acadêmico residente, no Hospital da aeronáutica de Recife, o Dr. José Pereira Dutra Sobrinho, na época em que viveu bons mo-mentos. Posteriormente, veio a São Paulo realizar residência para

Medicina do Trabalho na Escola Paulista de Medicina, já que na época não havia em Recife.

Seu primeiro emprego como médico foi no Pronto Socor-ro Central de Guarulhos e, em 1973, ingressou na Seisa, onde atua até hoje como clínico, além de atuar também na Pepsico (Toddy/Quaker) desde 1981 como médico do trabalho, e na Presmed desde 2003.

Casado há 39 anos com Maria Isabel Bittencourt, foi com ela que Dr. Fernando teve três filhos, sendo os dois mais velhos médicos (formação da qual se orgulha muito de contar às suas duas netas).

Mesmo muito caseiro, segundo o próprio, Dr. Fernando só sai para ir a restaurantes com a família ou para eventos sociais ligado à profissão, como os promovidos pela APM, além de ado-rar viajar para Estados do Brasil, onde conhece a maioria de suas capitais. Nas horas vagas, um bom livro pode ser a companhia de Bittencourt; mas, se encontrá-lo fora do sério, é porque uma certa injustiça ou burocracia o deixou assim.

Em 40 anos de profissão, Dr. Fernando Bittencourt nunca tra-balhou em serviço público mas, mesmo assim, acredita ter melho-rado pouco. Quando perguntado qual a evolução mais significativa ocorrida em sua especialidade, ele logo diz: “o reconhecimento de minha especialidade e a oportunidade de trabalho”, finaliza.

MEDICINA EM PROL

DA SAÚDEDO TRABALHADOR

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Texto: Elís Lucas / Fotos: Lucas Dantas e arquivo pessoal

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este ano, em que ouvi-mos falar tanto em so-lidariedade e volunta-rismo, frente a tantos desastres ocorridos,

como os que assolaram a região serra-na no Rio de Janeiro, São Paulo e até mesmo Guarulhos, no início deste ano. Ou, diante do interminável vírus HIV, que faz sucumbir milhares de africanos; epidemias florescidas em novas cepas e conflitos que movem massas desumanas e ignorantes na luta por terras, dinheiro e /ou poder, ainda existem alguns gru-pos de milhares de pessoas que lutam de forma mais do que humana para cuidar das vítimas, sejam elas do clima ou da insanidade do próprio homem.

Sem discriminação de etnia, reli-gião, sexo ou sexualidade, eles dedicam tempo de sua vida para outras (como se a profissão que exercem já não o levas-sem a esta missão, seja ela praticada no consultório, na rua ou em qualquer lu-gar). Mais do que isto, eles escolheram levar sua ajuda aos mais necessitados, nos lugares mais inusitados e das ma-neiras mais desafiadoras possíveis.

Expedicionáriosda Saúde

Com cerca de 100 médicos e 30 pessoas de diversas áreas, que englo-bam Enfermagem, Farmácia, Elétrica, Hidráulica, Cozinha, Logística dentre outras, os Expedicionários da Saúde (EDS), organização brasileira sem fins lucrativos, criada em 2003 para atender populações indígenas, tem como grande

diferencial seu Centro Cirúrgico Móvel, que lhes proporcionou realizar 2260 cirurgias em apenas 17 expedições. “O foco do atendimento tem sido as popu-lações indígenas, pela dificuldade que essa parcela da população tem em con-seguir atendimento adequado, principal-mente os ligados à área cirúrgica”, expli-cou o presidente dos EDS, Dr. Ricardo Affonso Ferreira, ortopedista.

Tudo começou, quando um grupo

de amigos, na maioria médicos, realiza-va caminhadas em meio à natureza. Em uma destas caminhadas, ao visitarem o Pico da Neblina (AM), em 2002, tiveram a oportunidade de conhecer uma aldeia chamada Yanomami, que fez com que mudassem o foco de suas viagens.

Ao se depararem com realidade bem diferente da que viviam, decidiram

fazer algo por aquela população. Procu-raram as instituições responsáveis pelo atendimento à saúde para entender como atuavam e, assim, planejar uma participação eficaz.

Dessa maneira, em 2003, foi oficial-mente estruturada a Associação Expe-dicionários da Saúde. Desde então, as caminhadas iniciais transformaram-se em expedições de atendimento médico às comunidades indígenas na Amazô-

nia, dando origem ao Programa Ope-rando na Amazônia - Rio Negro

O trabalho dos EDS trata-se de serviço complementar aos programas existentes de atendimento à saúde in-dígena, que visa evitar a necessidade de deslocamento, custoso e traumático, do doente e sua família até centros urbanos; o qual é viabilizado a partir de parcerias

Expedições sem fronteirasem busca de saúde para todos

Conheça duas grandes organizações que unem a Medicina ao voluntarismo para promover a saúde dos mais necessitados

Texto: Elís Lucas / Fotos: Divulgação

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com atores e instituições locais para re-alização de diagnósticos e pré-seleção de pacientes, planejamento das viagens da equipe de médicos e da utilização do Centro Cirúrgico Móvel dos EDS.

Das 17 expedições realizadas até o momento, oito foram no Alto Rio Ne-gro; quatro no Tapajós; duas no Alto Solimões (novembro de 2008 e abril de 2009); e duas na região de Parintins. No DSEI-RN (Distrito Sanitário Especial Indígena - Rio Negro) já foram benefi-ciadas 15.000 pessoas, correspondentes às sub-regiões Iauaretê, Pari Cachoeira e Tunuí Cachoeira.

O crescimento da média de cirur-gias por expedição dobrou após o iní-cio da utilização de Centro Cirúrgico Móvel em novembro de 2005, e conti-nua crescendo com a inclusão de gine-cologia, odontologia e saúde da família, além das melhorias de infraestrutura.

Por outro lado, a primeira expedi-ção realizada numa nova região fica à mercê da demanda, pois os povos in-dígenas não são muito crentes na cura que pode ser realizada pelo “branco”. “A estratégia então, é promover duas expedições consecutivas no mesmo local, com intervalo de alguns meses. Na segunda, a procura sempre aumen-ta. (O que mostra que o resultado da medicina do homem ‘branco’ foi apro-vado)”, relatou o presidente da EDS.

Mas, mesmo os EDS terem surgi-do com o intuito de atender somente populações indígenas, em 12 de janei-ro 2010, devido à tragédia ocorrida no

Haiti, os expedicionários mudaram o foco e foram socorrer os haitianos. Dr. Ricardo Affonso Ferreira foi imedia-tamente para o local atingido verificar a situação e, em contato com as difi-culdades locais, verificou que o grupo tinha todo o know how para executar os atendimentos necessários.

Foi assim que teve início o Progra-ma SOS Haiti, que enviou 7 equipes de atendimento nos moldes que já eram feitos na Amazônia; porém, com modi-ficações no formato da equipe. Poucos dias após o terremoto, os EDS envia-ram ortopedistas, cirurgiões gerais, vas-

culares, anestesistas, enfermeiros, técni-cos de RX e pessoal de logística, num total de 78 profissionais divididos em 7 equipes, do mês de janeiro até outubro.

“Devido às dificuldades, não le-vamos o Centro Cirúrgico Móvel, e os atendimentos concentraram-se no Instituto Brenda Strafford, um centro de atendimento oftalmológico que foi convertido pelos EDS em um centro de atendimento ortopédico na cidade de Les Cayes, a 200 km da capital Porto Príncipe”, contou Dr. Ricardo. Neste período, foram feitas 359 cirurgias e 1407 atendimento.

COMO FAZER PARTE DOS EDS?

Os médicos que desejam fazer parte dos EDS devem enviar currícu-lo com a especialidade (informações no site www.expedicionariosdasaude.org.br), habilidades, e estar disposto a doar ao menos 15 dias de seu tempo,

para uma das três expedições que são realizadas por ano. Os currículos são encaminhados para um banco de vo-luntários, no qual, conforme o perfil do candidato, será encaminhado para a Coordenação Médica, que entrará em contato para verificar a experiên-cia e disponibilidade de participação nas expedições.

“Pela rotina dos trabalhos, nem é possível integrar todos os que gosta-riam de participar dos EDS, excetu-ando-se os atendimentos ocorrido no Haiti, para o qual vieram profissionais de vários estados do país. Normal-mente, nossos médicos são da região de Campinas e de São Paulo, para fa-cilitar a participação no planejamento e execução dos trabalhos”, explicou a coordenadora logística dos EDS, Már-cia Abdala.

Para que o trabalho dos EDS seja realizado, o grupo conta com o auxílio de grande número de empresas par-ceiras e de pessoas físicas que, através de doações de equipamentos e de di-nheiro, possibilitam a continuidade do trabalho, além da ajuda de órgãos públicos. “É importante frisar que os Ministérios da Saúde e da Defesa têm nos dado apoio fundamental para que possamos atuar, na forma de transpor-te de nossa logística (8 toneladas), e na facilitação do atendimento, através da liberação de verba para os setores da Saúde Indígena locais”, finalizou o pre-sidente dos EDS, Dr. Ricardo Ferreira.

Médicos Sem Fronteiras

Criado em 1971, na França, por jo-vens médicos e jornalistas que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria, enquanto a equipe médica socorria vítimas em uma brutal guerra civil, o grupo percebeu as limi-tações da ajuda humanitária internacio-nal: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos faziam com que muitos se calassem frente aos fatos testemunhados. Daí surgiram os Médicos Sem Fronteiras (MSF), orga-nização médico-humanitária que associa socorro médico e testemunho em favor das populações em risco.

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No Brasil, a MSF chegou 20 anos depois (em 1991), para combater uma epidemia de cólera na Amazônia. Após o controle do surto, a organização per-maneceu na região até 2002, promo-vendo trabalho de medicina preventiva com tribos indígenas; intervenção esta que abriu uma das frentes de atuação da organização no país, passando então a colaborar no acesso à saúde.

A missão na Amazônia foi encerrada após organizações não-governamentais e Distritos Especiais Sanitários Indíge-nas assumirem o trabalho. A primeira in-tervenção urbana da MSF aconteceu em 1993, no Rio de Janeiro, com projeto de assistência a crianças de rua (até hoje, fo-ram desenvolvidos 15 projetos no país).

Segundo a Carta de Princí-pios, criada em 1971 pela própria MSF, a organiza-ção leva socorro às populações em perigo e às vítimas de catás-trofes de origem natural ou antro-pogênicas e de si-tuações de confli-to, sem qualquer d i s c r im inação racial, religiosa, filosófica ou polí-tica; e entre seus principais modos de ação estão a assistência de saúde primária em centros de saúde e clínicas móveis; alimentação e nutrição; saúde materno-infantil; campanhas de vacinação; diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças específicas (ma-lária, tuberculose, chagas, HIV etc); atendimento a feridos e cirurgias de guerra; cuidados de saúde mental; aten-dimento a vítimas de violência sexual; distribuição de alimentos e de itens de abrigo de primeira necessidade; cons-trução e manutenção de estruturas de água e de saneamento; recuperação de hospitais e de clínicas; treinamento de profissionais (equipe MSF e parceiros de organizações governamentais e não-governamentais).

COMO SER UM RECRUTA MSF?Ao contrário dos Expedicionários

da Saúde, as pessoas que atuam na MSF Brasil não são voluntárias (são contra-tadas pela organização). “Para trabalhar conosco, eles passam por um processo de seleção normal, têm carteira assina-da e todos os direitos trabalhistas. Isso é necessário porque atuamos em contex-tos difíceis e, quanto maior a dedicação e a estabilidade de nossos profissionais, maior é o compromisso com o traba-lho; e melhor é o desenvolvimento dos projetos”, relatou a assessoria da MSF.

Não há possibilidade de estágio nos projetos, apenas nos escritórios centrais, para os quais há processos seletivos específicos. São selecionados

profissionais for-mados nas áreas médica, para-mé-dica e não-médi-ca.

Os médi-cos selecionados são generalistas, clínicos-gerais, gi-necologistas/obs-tetras, cirurgiões, anestesiologistas, infectologistas, psiquiatras, pedia-tras, especialistas em saúde pública, epidemiologistas, profissionais em medicina tropical; e os para-médicos que são selecio-

nados são enfermeiros generalistas, en-fermeiros obstetras, enfermeiros para centro cirúrgico, farmacêuticos, profis-sionais de laboratório e análises clínicas, psicólogos, profissionais de comunica-ção e de Ciências Sociais, profissionais de águas e saneamento. Os não-médicos selecionados, por sua vez, são profissio-nais de administração, de finanças e de logística. Além de ser pré-requisito para todos, independentemente da formação, falar fluentemente inglês ou francês; ter pelo menos dois anos de experiência profissional e ter disponibilidade para viajar.

Os interessados devem se cadastrar no site www.msf.org.br.

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1º de dezembro de 2009, Khayelitsha, África do Sul“Atualmente, há mais ou menos 13 mil

pacientes recebendo antirretrovirais gratuita-mente em diversas clínicas, mas sabemos que ainda há milhares de pessoas sem acesso a es-sas medicações e nosso desafio é proporcionar tratamento universal. Nossa outra luta é para integrar os serviços de HIV e de tuberculose, pois aqui ainda há clínicas que só tratam uma ou outra doença; então, o paciente tem de fre-quentar dois lugares, e isso dificulta muito seu tratamento. Há também em Khayelitsha um projeto piloto que a MSF desenvolve para tra-tar pacientes com tuberculose multirresistente na comunidade, devido a altas taxas de aban-dono ao tratamento quando esses pacientes são hospitalizados por seis meses.

Minha função é iniciar o tratamento para aqueles pacientes que mais precisam, e atender os casos mais complexos, sempre ensinando as enfermeiras a lidar com eles e a integrar os serviços de HIV/TB. Como há um número gigante de pacientes e poucos médicos, as en-fermeiras e os grupos de suporte são cruciais nesse contexto. Sem eles, esta tarefa se torna-ria impossível. O trabalho em equipe é a chave desse sucesso; e todos sabemos disso!

Em abril, comecei trabalhando em duas clínicas de saúde (MAG e KUY), numa clínica específica para gestantes HIV+, e numa casa de abrigo. Cada uma destas clínicas oferece an-tirretrovirais a cerca de mil pacientes e atende outros milhares que ainda não se beneficiam dos medicamentos. Em agosto, pude sentir uma grande realização, pois entregamos MAG para a administração do governo. Isso foi uma concretização para nós, pois a MSF trabalha sempre visando a posterior sustentabilidade dos seus projetos por meio dos governos ou de entidades relacionadas. Nosso próximo plano é entregar KUY até o final desse ano. Nossas ati-vidades hoje estão intensamente ligadas a isto.

Apesar de o trabalho ser pesado, por cau-sa do grande número de pacientes, no final de cada dia sinto um gostinho de vitória, pois pudemos colocar mais e mais pessoas em tra-tamento, e isso me conforta. É muito triste saber que, apesar de a AIDS ser uma doença tratável, ainda há muitas pessoas sem acesso às medicações, e muitas estão a morrer por causa disso. Quando me perguntam sobre o medo de trabalhar numa comunidade com taxas alar-mantes de criminalidade, pobreza e desempre-go, penso que esse medo, apesar de existir, é muito pequeno, comparado com a grandiosi-dade do sentimento que recebo a cada dia de todas essas pessoas”.

Carolina Galvão, médica infectologista, conta sua primeira experiência com MSF na África do Sul

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Diante das catástrofes naturais, guerras e outras eventualidades vistas até aqui, a Associação Paulista de Medicina re-gional Guarulhos decidiu fazer mais do que doações de roupas ou de alimentos. “Como representante de parcela muito expressiva da classe médica de Guaru-lhos, na condição de coordenador junto com nossa equipe da Regional guaru-lhense da Associação Paulista de Medici-na, sinto-me motivado a buscar instituir em nossa entidade um grupo organiza-do de médicos voluntariosos, para que possam futuramente estar prontos a de-senvolver quaisquer ações de interesse público que necessite da atuação do mé-dico”, afirmou o presidente da entidade, Dr. José Sérgio Iglésias Filho.O fato de nossa cidade ter crescido de maneira desordenada, sem infraestrutu-ra adequada, inclusive, diante da preca-riedade no setor da saúde, assim como por abrigar o aeroporto de maior movi-mento de toda a América Latina, além de ser cortada por três rodovias que estão entre as de maior circulação de nosso país, é extremamente preocupan-te. “Tenho a sensação de que, a qual-quer momento, nossa cidade também poderá estar na rota de uma epidemia

severa, uma grande catástrofe natural ou um acidente de grandes proporções; afinal, temos todas as deficiências de um enorme município. Não podemos e nem devemos, simplesmente, torcer para que o imponderável nunca acon-teça. Temos de identificar, organizar e aglutinar os médicos de nossa cidade com espírito voluntarioso; e ninguém melhor do que a APM para dar o pri-meiro passo em direção a este nobre objetivo”, afirmou Dr. Sérgio Iglésias.Segundo o presidente da APM, o pri-meiro passo será o de buscar os pro-fissionais médicos interessados, realizar um grande cadastro individual e estabe-lecer, através de um consenso com en-tidades afins, a forma de atuação deste grupo voluntarioso. “Temos uma equi-pe muito valorosa e atuante no SAMU, uma Defesa Civil já estruturada e um Corpo de Bombeiros que atua de for-ma eficiente e rápida; mas, em uma ne-cessidade mais ampla, além da realidade do dia-a-dia, poderemos nos deparar com um momento de grande dificulda-de, até mesmo pela falta de médicos”, ressaltou.Em breve, os médicos associados (ou não) da APM serão comunicados para

que se manifestem quanto ao interesse em participar deste grupo. Aos inte-ressados, será enviado um formulário para que seus dados de formação técni-ca, disponibilidade pessoal e meios de contato para uma possível emergência sejam atualizados.A comunicação será realizada periodi-camente, da forma mais desburocrati-zada possível, mas criando protocolos de atuação que deverão ser adotados por todos os participantes. “Em mo-mento oportuno, nos colocaremos à disposição das entidades públicas, para que saibam deste corpo de voluntários médicos, que conheçam seus objetivos, e que estejam cientes da disponibilida-de em momentos de extrema necessi-dade” finalizou o criador do projeto, Dr. Sérgio Iglésias. Este talvez possa ser um pequeno passo de uma grande perspectiva de organização social da classe médica, que sempre se mostrou extremamente sensível aos difíceis e imprevisíveis desastres que eventual-mente nos assolam.Médicos interessados, desde já, podem fazer contato com a APM Guarulhos para posterior cadastramento. O telefo-ne é (11) 2409-6855.

APM se move para instituirgrupo de médicos voluntários

Guarulhos está preparada para eventualidades?Coordenador médico do SAMU de Guarulhos fala à revista APM

sobre projetos e a importância do trabalho voluntário realizado por médicos

Dr. Helder Takeo Kogawa, co-ordenador médico do SAMU (Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência) Regional Guaru-lhos, cujo telefone é 192, e da Coorde-nação Geral de Urgências do Município, fala da preparação da cidade em casos de catástrofes, epidemias e de tantas outras eventualidades, além de explanar sobre a importância do trabalho voluntário rea-lizado por médicos.APM Acontece: Como Guarulhos

estaria preparada (em termos de as-sistência médica) na eventualidade de uma catástrofe ou epidemias etc?Dr. Helder: Esta é uma grande preo-cupação do governo municipal, consi-derando o fluxo de pessoas em nossas rodovias, com rica malha viária com transportes de produtos perigosos; o Aeroporto Internacional, as indústrias químicas, as epidemias etc. Por conta disso, está em elaboração o Plano de Contingência do município de Guaru-

lhos, formado pelo chamado Comitê Gestor, que envolve o SAMU Regio-nal Guarulhos, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Fede-ral, Polícia Militar (Policiamento, Ro-doviária e Ambiental), Departamento de Trânsito, Guarda Municipal, Base Aérea de São Paulo (Guarulhos), Infra-ero, concessionárias de rodovias (No-vadutra, Ecopistas e OHL), CETESB (Companhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental) e a rede de hospitais

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públicos e privados. Vale ressaltar que o Plano de Contingência está em fase pré-hospitalar para, posteriormente, atingirmos a fase hospitalar, quando as unidades de saúde referenciadas serão notificadas e participarão do projeto, no sentido de adequar o acolhimen-to das vítimas/pacientes, bem como a estrutura física, de comunicação, de recursos de atendimento etc. Diante do exposto acima, um projeto mais ou-sado da Prefeitura de Guarulhos que, idealizado e concluída a fase de apre-sentação em 2010, é o “Projeto Cidade Moderna e Segura”, em que uma Cen-tral de Emergência funcionará por 24 horas com controle e monitoramento por meio de dados, voz e imagens, e com profissionais atuando no mesmo espaço; integrantes do Comitê Gestor, no qual, a partir de então, o Plano de Contingência de Guarulhos passa a ser parte integrante do Projeto “Cidade Moderna e Segura”. Estamos localiza-dos na região metropolitana, conurba-da com a capital, o que amplia a rede de recursos para assistência médica diante de uma necessidade em que os recursos locais disponíveis estão aquém da necessidade de atendimento. As Centrais que operam com emergências comunicam-se e solicitam apoio para o atendimento e regulando os destinos das vítimas. Da mesma forma, aconte-ce quando um município vizinho está sob condições catastróficas; e, nesses casos, Guarulhos disponibiliza meios de assistência, a exemplo do SAMU, quando acontecem acidentes aéreos em São Paulo.

APM Acontece: Como vê a criação de um grupo de médicos voluntá-rios para situações de emergência na cidade, ligados a uma entidade classista (no caso a APM)? Dr. Helder : O papel de profissionais voluntários é de suma importância neste contexto. Independentemen-te da especialidade, é necessário que este profissional médico tenha aptidão diante das adversidades que poderão sobrevir, e perfil para o manejo de pacientes/vítimas em condições des-favoráveis, como o número de vítimas a serem atendidas, clima, período (no-turno), improvisações. Particularmen-te, vejo a entidade classista como um braço dentro do sistema municipal, seja por meio do Plano de Contin-gência ou do Projeto; assim, como a CGUE (Coordenação Geral de Ur-gência e Emergência), é a centraliza-dora de cadastros dos profissionais de saúde voluntários que deslocam-se de suas origens para o atendimento em terras longínquas, como acontece recentemente na região fluminense, devastada pelas chuvas (quem estive-ram no RJ foram profissionais cadas-trados no site do Ministério da Saúde). Lembro ainda que, nessas situações de campo, a capacitação do profissional médico não deve se restringir às ativi-dades médicas no ambiente pré-hospi-talar mas, também, capacitado a entrar, em alguma eventualidade, na chamada “zona quente” (área central do desas-tre), locais de difícil acesso e locais con-finados, utilizando-se, diversas vezes, de meios de transporte não convencio-

nais (embarcação sem cais), aeronave de asa rotativa (helicópteros) etc.

APM Acontece: Participaria da cria-ção, organização deste grupo, trei-namento e normatização de ações?Dr. Helder: Seria um enorme prazer estar envolvido nessa discussão. A título de informação, o ministro Alexandre Padi-lha anunciou recentemente a criação da “SWAT da Saúde”, que terá treinamento especial para atuar em catástrofes, como a que ocorreu na Região Serrana. De acordo com o ministro, o objetivo é pro-fissionalizar as operações de resgate em situações de emergência no País. APM Acontece: Em sua opinião, o que falta para que os médicos pos-sam trabalhar como voluntários? Dr. Helder: A exemplo da Região Serra-na, o Ministério da Saúde, através de seu site, cadastrou inúmeros voluntários. Te-mos vivenciado o aumento do número de situações com múltiplas vítimas, que faz com que necessitemos de uma estru-tura organizada que requeira comando e controle agressivo e coerente, de ma-neira a fornecer os melhores cuidados às vítimas sob condições caóticas. Ao mesmo tempo, tenho a ótica de que uma legislação exista como respaldo.

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DICA DE FILME“AMOR SEM FRONTEIRAS”

Ao comparecer a um evento para angariar fundos, uma ingênua so-cialite america-na, Sarah Jordan (Angelina Jolie), que é casada e vive na Inglater-ra, testemunha um inflamado

manifesto feito por um intruso, o rene-gado humanitário Dr. Nick Calahan (o médico interpretado por Clive Owen). Seu apelo em favor de crianças miserá-veis sob seus cuidados transtorna Sa-rah completamente. Atraída por Nick e sua causa, ela impulsivamente aban-dona sua vida protegida na Inglaterra e junta-se a ele em sua luta para ajudar os campos de refugiados.

Dr. Helder Takeo Kogawa, coordenador médico do SAMU (Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência) Regional Guarulhos

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Atuante no ramo de produtos e de equipamentos cirúrgicos desde 1990, a Nova Med Tec Cirúrgica, que já possuía uma

filial em Guarulhos, inaugurou no dia 09 de fevereiro, mais uma filial na cidade, para melhor atender aos clientes, localiza-da na Rua Gabriel Machado.“Há cerca de um ano, montamos uma pequena loja na Rua Coronel Portilho, ao lado do Hospital Carlos Chagas e, rapida-mente, percebemos que precisaríamos de um local maior. Queríamos um local mais central e de mais fácil acesso. A [rua] Ga-briel Machado preenche estes quesitos e, portanto, pareceu-nos uma escolha acer-tada”, explicou o gerente administrativo comercial da loja, Marcelo Dias. Com a matriz localizada na Vila Clementi-no, em São Paulo, próximo à Universida-de Federal de São Paulo (Unifesp), bairro onde há a maior concentração de Clíni-cas de Especialidades Médicas, a empresa conta com aproximadamente 10 mil itens na linha médico-hospitalar, em que se destacam aparelhos de pressão, balanças, cadeiras de rodas, cinta cirúrgica, estetos-cópio, produtos ortopédicos e de fisiote-rapia; equipamentos e aparelhos cirúrgi-cos, além de móveis etc. “A Nova Med Tec tem o maior movimento de varejo de São Paulo e, todos os fornecedores sempre elegeram nossa loja para divulgar o lançamento de qualquer produto desta área. Praticamente, a cada semana temos algo novo para mostrar”, completou Mar-celo Dias.Como a Nova Med Tec atende tanto a pa-cientes quanto a profissionais da área da Saúde, possui equipe de vendedores tecni-camente treinados para auxiliar a ambos os tipos de clientes. “Também temos um setor exclusivo de produtos para acessibilidade, com os mais recentes lançamentos em lo-comoção e adaptação para pacientes porta-dores de deficiência física”, ressaltou Dias.O grande diferencial da Nova Med Tec é o preço baixo, além de trabalhar com produ-tos para pronta entrega. “Praticamos preço único no balcão, que é sabidamente o me-

nor. Médicos de todo o Brasil, que costu-mam frequentar nossa matriz na Rua Borges Lagoa em São Paulo, sabem disto e, agora, poderão usufruir estes benefícios bem perto do seu trabalho”, finalizou o gerente.

Texto: Elís Lucas Fotos: Divulgação / Lucas Dantas

Nova Med Tec Cirúrgica inaugura segunda filial em Guarulhos

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msterdam é uma cidade his-tórica e cosmopolita com muitas atrações, e consegue contemplar todos os gos-tos. Elaborei uma lista do

que você não pode deixar de fazer nesta cidade, independentemente da época em que se visita. Conheça uma biblioteca chamada Anne Frank. Anne Frank era uma adolescente de 13 anos, quando ganhou de aniversá-rio de seu pai um diário. Ela era judia, e morava em Amsterdam, no começo dos anos 40. Logo depois de ganhar o diário, os nazistas invadiram a Holanda e pas-saram a mandar os judeus para campos de concentração. Sua família e Anne fin-giram ter fugido para outro país mas, na verdade, passaram a morar em um local anexo escondido atrás da empresa do pai dela, onde viveram com mais algumas

pessoas por aproximadamente dois anos, sem sair e sem fazer barulho; no entan-to, foram descobertos, presos e enviados para campos de concentração. Toda a família morreu, menos o pai de Anne. Quando a guerra acabou (dois meses após Anne Frank morrer), seu pai vol-tou para Amsterdam e descobriu que a fi-lha manteve um diário durante toda a experi-ência, o qual editou e publicou. A casa onde a família passou pela provação é hoje um museu aberto à visita-ção pública e uma das maiores atrações de Amsterdam. Uma outra atração que

você não deve deixar de conhecer é o mu-seu de Van Gogh, que é grande e abriga a maior coleção do mundo de pinturas e dese-nhos de Van Gogh e de seus amigos, assim como as obras que o influenciaram, e uma área de exposição temporária.

AMSTERDAMUma obra de arte

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Amsterdam é completamente recortada por canais, e navegar por eles é uma experiência muito agradável. Existem diversas empresas que oferecem passeios de barcos pelos canais. Os barcos vão passeando, e os guias vão contando sobre vários lo-cais históricos e interessantes da cidade. Os passeios duram cer-ca de uma hora. Amsterdam reserva também um espaço para parques e áreas verdes. Há diversos parques maravilhosos, e o mais famoso deles é o Vondelpark. É muito legal passear a pé ou de bicicleta por lá, além de aproveitar para tomar um café. Na Holanda, a prostituição é legalizada. As meninas alugam os quartinhos com enormes janelas e ficam lá dentro, no “quenti-nho” e no seco, com roupas provocantes, como se estivessem em uma vitrine de loja. O lugar se chama Red Light District e é, sim, uma atração turística de Amsterdam, ponto obrigatório para os turistas. A polícia garante a segurança e o bairro é muito bonito. E não só isso, também é um bairro residencial e moram pessoas que não têm nada a ver com a indústria do sexo. Não pode fotografá-las, mas é recomendável.Amsterdam é maravilhosa e vale muito a pena visitá-la. Você não pode deixar de comer uma deliciosa torta de maçã com creme no final de tarde em um café e ficar observando a vida passar diante dos seus olhos, e contemplar o cotidiano do ho-landês e suas bicicletas, que estão por todos os lugares.

Por Sueli Rizzutti, médica neuropediatrae doutora em ciências Unifesp

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T CouscousPor Dra. Luciana Pinto Machado Coelho

Fotos: Lucas Dantas

Coucous Marroquino é um alimento bastante fácil de preparar e muito versátil. Você pode ser-vi-lo como acompanha-

mento para carnes, aves e peixes; utilizá-lo como base para uma salada ou como prato principal.Hoje em dia, ele já pode ser encontrado nos melhores mercados. É feito à base de semolina de trigo, e é uma ótima fonte de carboidratos (72g em 100g) e proteínas (12g em 100g).Depois de preparado, pode-se acrescen-tar vegetais, ervas, frutas frescas ou secas, frango, camarão, queijos, castanhas; con-forme o gosto.Originalmente, em Marrocos, ele serve para acompanhar carne de carneiro e en-sopados de frango, como o Tagine.

MODO DE PREPARO:Para cada xícara do couscous, deve-se usar uma xícara e meia de água fervente.A água deve ser fervida com sal e após des-ligar o fogo, acrescenta-se o couscous. Não mexer. Tampar e aguardar por 5 minutos.

Picar os outros ingredientes:• tomates-cereja cortados ao meio (180g)• alcaparras (100g)• peito de peru defumado • damascos secos (250g)• cheiro verde à vontade

Misture estes ingredientes e acrescente sal, pimenta do reino, azeite e raspas de limão siciliano.Destame a panela do couscous e solte os grãos com um garfo. Acrescente azeite e, então, misture com os outros ingredientes picados. Corrija o sal, acondicione em uma bonita travessa e sirva-o.

Marroquino

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1º DE MARÇOAquiles Cândido Nunes2 DE MARÇORoberto Andrade Margotto • Sandra Ma-ria Gonçalves Heleno • Arthur dos Santos Pimentel3 DE MARÇOBráulio César Spada4 DE MARÇOMaria Célia Guerra Medina • Jeferson Francisco da Silva • Fábio Morabito Da-mião e Silva • Regiane de Castro5 DE MARÇOAlexandre Molina Petito • Amable Alonso Daltoe • Maria de Fátima A. Fernandes6 DE MARÇOMariana Faccini Teixeira • Motomu Oka-moto • Osorobal Carneiro de Oliveira • Cristiano Aparecido Diniz • Homero Au-gusto de Miranda II7 DE MARÇOLutiane Scaramussa8 DE MARÇOAndrea Midori N. Simizu • José Francisco Parente Ferreira • Paulo Henrique B. To-maz • Tadayoshi Tiba9 DE MARÇOIbere Hebert de Oliveira • Luís Braganca Marinho Falcão • Meen Hwa Hong • Pierre Simon • Reinaldo Mulatti10 DE MARÇOAires Duarte Júnior • Dalila Filomena Mo-hallem • Darci Baptista Silva11 DE MARÇOGláucia Silva Simioni12 DE MARÇOCláudio de Oliveira • Fábio Patrício Gianoni • Guilherme Junqueira F. Almeida13 DE MARÇOEgle Rossini Dias Luz • Jurema Maria de A. Castro • Lucy Mara Gomes Valente • Rubens Minillo • Thelma Renata Nedici da Silva14 DE MARÇOAdnan Abdul Kadri • Adriana Cristina de Souza • Ocimar Azzolini • Paraguassu Tibirica Lopes • Rafael Eduardo H. Martins

15 DE MARÇOAlaor Garcia Ferreira Júnior • Alberto Men-dez Capobianco • Armando Sérgio Valeiro Garcia • Marcos da Silva Barros16 DE MARÇOGisela Delalibera Silva • Kátia Kosorvs • Klaus Nunes Ficher • Leandro Osvaldo dos Santos • Sinval de Oliveira Muniz Jr.17 DE MARÇOEdimilson Fernando Mariano • José Mau-rício Budant • Paulo Cesar Dornellas Nas-cimento18 DE MARÇOMarise Dantas Ferreira • Monica Dias Menezes19 DE MARÇOAnderson José Dias da Silva • Fang An-gelica • Gilberto Tenório de Brito • José Gonçalves Heleno • Luiz Antônio da Mota • Mônica Costa da Silva20 DE MARÇOEfrain Nicolas Flores Ari • Paschoal Mesa-lira Filho • Uriel Dias21 DE MARÇOAntônio Carlos Nicastro • Carlos Eduardo Prieto Velhote22 DE MARÇOGabriel Passos Luzetti • Maria das Graças P. Rocha • Vitor André Silva Abrantes23 DE MARÇOFlávio José Onófrio • Paulo Roberto Missi24 DE MARÇOCarlos Humberto Gamberini25 DE MARÇOMaria Teresa Espada Sivuchin • Renato Prescinotto26 DE MARÇOAndré de Souza Mota • Messias Covre27 DE MARÇOChristina Muniz • José Horta28 DE MARÇOAna Paula Chiaradia Finamor de Souza • Eliana Ogassavara Setani • Gustavo Patury Accioly • Williams Santiago Urioste29 DE MARÇOAlberto Giuseppe L. Bonceluni • Janyne Maria dos Santos Silva • Luiz Henrique

Correa Portari • Sérgio Carvalho30 DE MARÇORoberto Mancilha Torres31 DE MARÇOAntônio Ferreira Gonçalves Júnior • Már-cio Vieira Diniz

1º DE ABRILOrthon Tomio Kinsui • Mônica Macedo de Araújo2 DE ABRILNewton Martins Vieira Filho • Roberto de Almeida Duarte • Jorge Wilson Farah3 DE ABRILVicente Amaral • José Roberto Pereira Pegas4 DE ABRILEduardo Gomes Figueiredo • Vânia Mabel Glitzke Lima • Iaroslava Chomen Ramos5 DE ABRILNanci Dagmar M. Minillo • Henrique Car-los Gonçalves • Sandra Harumi Tomita 6 DE ABRILCélia Maria Gonzaga Ferreira • Soraia Fáti-ma Coelho Barakat • Márcia Maria Maria-no Pereira Frez7 DE ABRILIsabella A. Munhoz Chagas8 DE ABRILJorge Harada • Francisco Seiidi Nishi9 DE ABRILJoão Francisco Garcia Reis Júnior10 DE ABRILEide Tacara • Paulo Sukehiro Isobe11 DE ABRILGláucio Gonçalves Bezerra • Renata Mi-nharro Alves12 DE ABRILNeusa Aoyagi • Wilton Schmidt Cardoso13 DE ABRILCláudio Lavareda Santos • Luiz Antônio Faria de Souza • Nilton Milan Filho14 DE ABRILAna Elvira Rocha Bentes • Cristina Nagako Itami • Élio da Mata Santos • Hélio Vac-caro da Silva15 DE ABRIL

Akiyoshi Oshima • Alfredo Simonetti • Carlos Eduardo Martins • Vanderlei Sant’ana de Castro • Takemitsu Yamamuti • Isaac Chazin16 DE ABRILAloísio Meloti Dottore • Ilka Hayashi • Sil-via Regina Maciel Fonseca • Maria Luiza Miyazaki • Germana Pimentel • Humbert Leite de Brito17 DE ABRILCláudio Silva Moreno18 DE ABRILOswaldo Macedo Júnior • Regina Turri Zeitune19 DE ABRILÁlvaro Luis Boniotti Varella • Lúcio Ferreira de Castro Neto20 DE ABRILCláudia Cristina de Harmanson 21 DE ABRILEnidia Branca de Almeida Prado22 DE ABRILGuillermo Augusto Vega Bolanos • Ronal-do Vlademir Ferreira23 DE ABRILCarlos da Conceição Silva • Eny Cristina Diniz Canet24 DE ABRILRita de Fátima T. Feichas25 DE ABRILCamilo José Lupoli • Hisae Takaki • Regi-na Helena de Oliveira26 DE ABRILFrederico Rodolfo R. Perez27 DE ABRILAntônio Carlos Camerotte • Lenisa Pessoa de Melo Hermida • Walter Mareco Barroso • Karlos Seiiti Iha Kian28 DE ABRILAndrea Ottoni Aldrighi • Antônio Fernando Alves de Almeida Prado • Carlos Alberto Cichini • Élio César Marson29 DE ABRILEmídio Valenti Tavares • Jefferson Rago Ferreira30 DE ABRILAlexandre Blanco • Maria Luiza Zeppelini

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