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Revista ADS Edição 04TRANSCRIPT
ACTUALDENTALSCIENCE | Vol. 1, n. 4 | Outubro / Novembro / Dezembro 2011
IMPRESSO FECHADOPODE SER ABERTO PELA ECT
- Especialização em Implantodontia;
- Especialização em Ortodontia;
- Especialização em Endodontia;
- Especialização em Prótese Dental.
- Aperfeiçoamento em Dentistica;
- Aperfeiçoamento em Implantodontia;
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- Aperfeiçoamento em Prótese;
- Aperfeiçoamento em Utilização da Toxina Botulínica
Tipo A como meio terapeutico na clínica
odontológica;
- Aperfeiçoamento em Apnéia Obstrutiva do Sono;
- Aperfeiçoamento em Teórico Prático de Mini-
Implantes Ortodônticos;
- Aperfeiçoamento de Imersão para Ortodontistas;
- Aperfeiçoamento Curso Prático de Aparelhos
Ortodônticos e Ortopédicos.
- Pós - Especialização em Ortodontia;
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Actual Dental Science - Vol. 1, n. 4 - Outubro/Novembro/Dezembro - Chapecó.ISSN 2236-3661
Periodicidade trimestral
1. Ortodontia2. Endodontia3. Implantodontia4. Cirurgia
EDITORIAL159
Retorno à rotina da clínica amanhã. O que
quero ao entrar novamente no consultório? Será que
tudo vai ser exatamente como foi até o presente
momento? De que forma posso modificar o meu
universo profissional para que eu me sinta mais
empolgado e fascinado com as possibilidades do
conhecimento? Será que tenho realmente
perspectivas melhores para o próximo semestre? O
que dizer em relação aos anos que ainda virão?
Esperarei respostas e o tempo passará ou tentarei
modificar tudo e fazer com que a educação
proporcionada a mim flua e modifique o mundo para
melhor?
Ouvi dizer que a cada 100 pessoas que se
formam para entrar no mercado de trabalho em cada
profissão apenas 5 conseguem obter êxito. Será que
estou entre as demais 95 pessoas que apenas tocam
o barco e simplesmente batem o cartão à espera da
aposentadoria?
Espero sinceramente que não. Mas não
tenho certeza quanto a isso... O que tenho feito para
que o meu ramo de atuação profissional evolua? De
que forma tenho contribuído para o progresso da
empresa ou clínica ou consultório onde atuo? Atendo
durante muitas horas por dia, tenho que planejar
minhas atividades, estudo casos complexos, oriento
outros profissionais, participo de reuniões internas, .
Isso já não é suficiente?
Pensando bem, acho que não. Afinal de
contas isso é o que todos os profissionais que
conheço fazem e sempre fizeram. E por conta dessa
mesmice ou, melhor dizendo, continuidade... As
coisas pouco ou nada se alteraram nas clinicas em
que trabalho ou mesmo naquelas pelas quais passei...
Que tal um pouco mais de cor na sua vida
profissional?
E como modificar? Houve algum momento em
que mudanças aconteceram? Puxando pela memória
me lembro de algumas situações de mudança. Quase
sempre puxadas pelo esforço individual de algum
colega que os demais chamavam de maluco... Onde já
se viu, trabalhando além do tempo sem ganhar mais
nada por isso... Já imaginaram um sujeito voltando a
ter aulas, estudando, fazendo projetos de pesquisa?
Estágios não remunerados?Devem estar faltando
alguns parafusos em sua cabeça...
Normalmente esses profissionais traziam
recursos novos, renovavam a linguagem, tinham
maior proximidade com os pacientes, estavam
sempre estudando e andavam para lá e para cá com
um livro embaixo do braço. Faziam extensões, pós-
graduações, mestrados, doutorados e outros cursos
nos horários vagos. Enquanto os demais profissionais
só reclamavam da pesada carga de trabalho ou dos
baixos salários... Esses colegas pareciam fazer as 24
horas do dia se multiplicarem...
O que acontecia com eles depois de algum
tempo? Eram promovidos, recebiam melhores ofertas
de trabalho, tinham seus trabalhos de pesquisa
publicados ou apresentados em palestras e
congressos, alguns até mesmo recebiam bolsas de
estudo ou iam estudar no exterior.
Era comum que eles soubessem utilizar
ferramentas novas, como ocorreu em relação aos
computadores e a internet, muito antes de todos os
demais. Eles pareciam destemidos, seguros,
confiantes e sempre com dose extra de energia
enquanto a maioria mostrava-se quase sempre
entregue, desanimada e cansada.
Talvez esse seja o caminho a seguir... Mais
leituras, estudos e atualização... Não ter medo de
enfrentar as aulas... Investir em uma relação mais
sólida com os pacientes... Socializar princípios e
práticas norteadoras de procedimentos mais
eficientes com os demais profissionais... O problema
é que isso dá muito trabalho... Será que eu
conseguirei?
Não sinta pena de si mesmo... Organize
melhor seu tempo e suas atividades!
Qualquer vitória depende essencialmente de
você !
Ari Sadetsky
Mirian Viviane Muller
Direção Editorial
Editor Executivo:Mirian Viviane Muller
Ari Akerman [email protected]
Diretor de Arte:Graffoluz
RevisãoViviane Disarz
Impressão e Acabamento:Graffoluz
Publicação trimestral
EXPEDIENTE
Corpo Científico
Diretor CientíficoMirian Viviane Müller (RS)Ari Akerman Sadetsky (SP)
Assessores CientíficosFábio Shiniti Mizutani (SP)
Dario Paterno Jr. (SP)Daniela Brugnera (PR)
Marisana Piana Seben (SC)Fábio Aznar (SP)
Claudio Pagliosa (RS)
Consultores CientíficosAndre Chacon Montesino (SP)
Andre Ramos (SC)Renato de Paiva Mandetta (SP)
Mauro Cristiano Caetano Rossi (MG)Jonas Antonio Astolfi (SC)
Analucia Gebler Philippi (SC)Andre Godoy (SP)
Fabricio Bonetti (SP)João Moretti (SP)Osni Godoy (SP)
Caroline Pietrosky (SC)Grasiela Bonfanti (SC)Jean Mezzomo (PR)
Dirlei Lira (PR)Giordana Antunes de Melo (SC)
Assessoria Científica InternacionalIris Michaan (Canadá)
ISSN 2236-3661
ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES
ARCO SEGMENTADO:CANTILÉVERES
SEGMENTES ARCH:CANTILEVERS
POSTERIOR CROSSBITECase Report
MORDIDA CRUZADAPOSTERIORRelato de Caso
EFFECTIVENESS OF MATERIALS USEDAS ISOLATING BARRIERS DURINGINTRACORONAL BLEACHING
EFETIVIDADE DE MATERIAISEMPREGADOS NA CONFECÇÃODO BARREIRA CERVICAL DURANTEO CLAREAMENTO DENTAL INTERNO
A INFLUÊNCIA DOS PILARESCERÂMICOS NA TRANSLUCIDEZDAS RESTAURAÇÕES ESTÉTICASSOBRE IMPLANTE
THE INFLUENCE OF THE CERAMICABUTMENTS IN ESTHETICIMPLANT RESTORATIONS
163
169
175
179
190
185 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBREIMPLANTES DENTÁRIOS IMEDIATOS
GENERAL CONSIDERATION ABOUTIMMEDIATE DENTAL IMPLANTS
USO DE MOCK UP NO PLANEJAMENTOPROTÉTICO REABILTIADOR
MOCK UP IN REHABILITATIONPROSTHETIC PLANNING
RESUMO
A associação dos princípios biomecânicos com o sistema do aparelho pré-ajustado vem
permitindo um melhor controle dos efeitos colaterais dos casos ortodônticos. O Presente
trabalho tem como objetivo uma revisão de literatura sobre cantiléveres, sua função e
mecanismo de ação.
Palavras-Chave: Cantiléveres. Arco Segmentado. Mecânica Segmentada.
ABSTRACT
The association of biomechanical principles with the pré-set devices system is allowing a
better control of orthodontic cases side effects. This work aims to review the literature
about cantilevers, their function and mechanism of action.
Key words: Cantilevers. Segmentes Arch. Segmented Mechanical.
BEAL, Fabiano¹ZIOBER, Sílvia Helena Faria Ziober²BRUGNARA, Daniela de Chico ³
163
1 Aluno no Curso de Especialização em Ortodontia da UNINGÁ - Unidade Chapecó. 2 Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da UNINGÁ - Unidade Chapecó.3 Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia da UNINGÁ - Unidade Chapecó
ARCO SEGMENTADO:CANTILÉVERES
SEGMENTES ARCH:CANTILEVERS
164
Introdução
Revisão da Literatura e
Descrição da Confecção e Utilização
dos Cantiléveres
A técnica do arco segmento (TAS) vem ganhando
mais notoriedade nos últimos anos. Por meio deles, controla-
se melhor os efeitos colaterais gerados e trabalha-se
diretamente no problema permitindo o planejamento do tipo
de movimento realizado. Esta técnica apresenta vantagens
quando são necessários grandes movimentos dentários ou
movimentos de dentes com grande volume radicular. Os
dispositivos mecânicos da TAS permitem o planejamento do
tipo de movimento desejado, incidindo, com boa
previsibilidade de resultados, diretamente no problema e
minimizando as reações adversas.
O TAS é bem indicado nos casos onde se deseja
intrusão verdadeira com controle de vestibularização,
verticalização de molar com controle de extrusão,
tracionamento de caninos, movimento de molares, torque
anterior e retração anterior com controle de ancoragem e
inclinação controlada. Os principais dispositivos mecânicos
da TAS são: cantiléveres, barra palatina e arco lingual, alça
retangular, alça para correção radicular, arcos de intrusão,
entre outros.
Cantiléver pode ser definido como um segmento de
fio ortodôntico no qual uma extremidade é inserida num
bráquete ou tubo, enquanto que a outra extremidade é
amarrada numa outra unidade por apenas um ponto de
contato (braço de alavanca). Com o cantiléver consegue-se
facilmente estimar o sistema de forças presente em ambas as
unidades, considerando o comprimento do mesmo e a 1quantidade de força liberada .
O sistema de cantiléveres é uma maneira eficaz e de
grande controle de forças indesejadas em dentes adjacentes
os quais se quer movimentar. Devido à facilidade de
construção, e principalmente às forças serem controladas,
esse artefatos deveriam ser mais utilizados dentro da clínica
ortodôntica. Outra vantagem é que movimenta os dentes nos
três planos de espaço, o que oferece a versatilidade de 2utilização com alto controle de forças .
Um dos sistemas que proporcionam o bom controle
no movimento dos caninos, associado a um menor
comprometimento das unidades de ancoragem,
corresponde ao emprego dos cantiléveres. A grande
vantagem encontrada neste método, consiste na
possibilidade de trabalharmos com um sistema de força
definido e com maior controle dos movimentos do canino e 3das unidades de ancoragem .
A constância do sistema de força de um cantiléver é
uma característica importante por haver alto grau de
consistência das forças durante todo o período de ativação,
ou seja, as forças mantêm a sua direção e reduzem a sua
magnitude de maneira linear, proporcionalmente à
desativação do cantiléver conseqüente da movimentação
dentária. O tamanho de uma cantiléver construído para gerar
momento grande e forças pequenas deve ser o mais longo
possível. Pode ser necessário um cantiléver curto, quando se
deseja, através de um plano de tratamento predeterminado,
a existência de forças extrusivas ou intrusivas em determinado
dente. Ainda, pode-se associar dois cantiléveres (cantiléveres
duplos), sendo usados um longo e um curto. Em casos em
que não é possível o uso de um cantiléver longo e se deseja
uma carga/deflexão baixa, são adicionados helicóides ou usa-
se um fio de dimensão menor. Este, contudo, pode ser
indesejado pelo fato de haver folga de espaço entre o fio e o
tubo ou bráquete. O tipo de movimento dentário deverá ser
feito em relação ao centro de resistência do dente e não em
relação ao bráquete. Cantiléveres longos podem ser usados
com fios mais rígidos, e cantiléveres curtos devem ser usados
com fios mais flexíveis. A aplicação clínica do cantiléver
podem ser feitas para a verticalização dos molares, controle
da rotação dos dentes, controle da posição vestíbulolingual,
controle da intrusão ou extrusão dos dentes (controle 2vertical) e controle de torque de terceira ordem .
Cantiléver para verticalização de molares
Com fio de aço inoxidável ou TMA 0,017”x 0,025”,
realiza-se um helicóide na mesial do tubo do molar para
aumentar a flexibilidade do cantiléver, enquanto na região de
apoio deve ser construído um gancho para apoio no fio
contínuo anterior, sendo que este fio deve ser seccionado na
distal do pré-molar e serve também como apoio dos dentes
anteriores.
O cantiléver pode ser longo (para correção da
inclinação), curto (verticalização do molar associado à sua
extrusão) e cantiléver duplo (quando se deseja um 2movimento intrusivo) .
Cantiléver para verticalização do canino
Nos casos em que o canino encontra-se lingualizado
por irrupção ectópica devido à falta de espaço, o alinhamento
e o nivelamento inicial são feitos deixando o canino
desalinhado através de um by pass. Para o movimento de
vestibularização desse canino, faz-se um cantiléver, o qual é
encaixado no tubo do molar e amarrado no bráquete do
canino com fio de amarrilho, e não posicionado na canaleta
desse dente. Deve-se usar uma barra palatina ou arco lingual 2como ancoragem do molar .
165
Cantiléver para lingualização do canino
Assim como para a vestibularização do canino, para a
lingualização deve ser feito um by pass no arco contínuo ou
usar segmentos de fios anterior e posterior para ancoragem. 2Deve-se usar arco lingual ou barra palatina para ancoragem .
Cantiléver para intrusão do canino
A intrusão de caninos é indicada quando se deseja a
intrusão dos seis dentes anteriores, logo após a intrusão de
incisivos. O uso do braço de alavanca construído com fio
0.017” x 0.025” de TMA, inserido no tubo auxiliar do molar e
apoiado no bráquete do canino, permite uma intrusão de
caninos, sendo indicado sua utilização em situações onde o
canino exibe uma inclinação lingual. A força vertical de
intrusão aplicada à vestibular do canino e conseqüentemente
ao seu centro de resistência, gera um momento que traz a
coroa do canino para vestibular A intrusão de caninos com
braços de alavanca deve ser realizada quando o canino está
verticalizado e não exibe inclinação no sentido mesiodistal,
caso contrário, existe a necessidade de levar em consideração
esta inclinação no planejamento da intrusão, uma vez que
afeta o movimento exibido pelo canino. A intrusão de caninos
pode ser realizado de forma simples, efetiva e controlada,
pelo uso do arco com alça retangular. O arco com alça
retangular tem sua indicação de uso nos casos onde a
inclinação de caninos não é favorável ou mesmo naqueles 3casos onde os caninos estejam mal posicionados ou girados .
Cantiléver para tração do canino por palatino
Para que não haja reações indesejadas, alguns
dispositivos da técnica do arco segmentado podem ser
utilizados no tracionamento do canino, possibilitando
trabalhar com um sistema de força definido e com maior
controle dos movimentos do canino e das unidades de
ancoragem. Um dos sistemas que oferecem um excelente
controle no movimento dos caninos corresponde ao 4emprego dos cantiléveres .
O uso de dispositivos da mecânica do arco
segmentado, como cantiléveres e alças retangulares,
possibilitam trabalhar com um sistema de força definido e
com maior controle dos movimentos do canino e das 5unidades de ancoragem .
O uso do cantiléver permite uma maior distância
interbraquetes e uma maior amplitude de ativação com uma
alça retangular. Com isso, diminui-se a força e aumenta-se o
controle do movimento, o que corrige rapidamente a 6giroversão do canino, sem sequelas .
Os caninos impactados pela vestibular devem ser
extruídos para buscar o alinhamento no arco e, o sistema de
força necessário para obter este tipo de momento constitui-
se na aplicação de uma simples força extrusiva sobre o
canino. Este sistema de força pode ser facilmente alcançado
4pelo uso de um “cantilever” . A mecânica segmentada é
adotada porque, permite maior controle de movimentação
individualizada dos dentes alvos, incluindo torque e 7conseqüente posicionamento radicular .
Material e Métodos
Construção de um cantiléver para tracionamento de
canino incluso palatinamente (Fonte: Bastos, 2003)
Confeccionar com um alicate 350 Tweed para
ômegas, um loop completo a 12mm da extremidade de um
fio .017” x .025” de aço (Figuras A, B e C).
Figura A
Figura B
Figura C
166
Girar o alicate e dobrar o fio voltando ao contrário do
sentido do loop a 5mm dele (Figuras D e E).
Dobrar a ponta do encaixe do tubo lingual (Figuras F,
G, H, e I).
Figura D
Figura E
Figura F
Figura G
Figura H
Figura I
Com o próprio cantilever na boca, marcar a posição
do encaixe de tração e confeccioná-lo com o mesmo alicate
(Figuras J, K, L, M e N)
Figura J
Figura K
167
Figura L
Figura M
Figura N
Cantiléver pronto. (Figura O)
Figura O
A ativação é feita com o mesmo alicate, de modo que
o gancho de encaixe do cantilever fique a 10mm abaixo do
gancho de amarrilho que está colado no canino incluso e este
deve ser amarrado. (Figuras P, Q, R, S e T)
Figura P
Figura Q
Figura R
Figura S
168
Figura T
Encaixar o cantilever. Aguardar a exposição do canino
incluso, tracionar com lastex ou amarrilho metálico no
sentido distal até que se permita a movimentação direto à
vestibular sem tocar na raiz do incisivo lateral. (Figuras U, V e
X)
Figura U
Figura V
Figura X
Conclusão
A Técnica do Arco Segmentado deve ser encarada
como uma importante ferramenta do ortodontista quando
as técnicas de arco contínuo se mostrar limitadas quanto ao
controle de efeitos colaterais e do resultado desejado.
O uso de dispositivos da mecânica do arco
segmentado, como cantiléveres, possibilita trabalhar com
um sistema de força definido e com maior controle dos
movimentos do canino e das unidades de ancoragem.
Referências bibliográficas
1. SAKIMA, M.T. et al. Técnica do arco segmentado de Burstone. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.5, n.2, p.91-115, mar/abri 2000.
2. CHIAVINI, P.C.R. & ORTELLADO, G. Manual da Técnica do Arco Segmentado. 2ª.ed. São Paulo. 2009.
3. PINTO, A.S. Pergunte a um expert. R Clín Ortodon Dental Press, Maringá, v. 3, n. 4, p. 13-15, ago./set. 2004.
4. ALMEIDA, R.R. et al. Abordagem da Impactação e/ou Irrupção Ectópica dos Caninos Permanentes: Considerações Gerais, Diagnóstico e Terapêutica. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 93-116, jan./fev. 2001.
5. GANDINI JR., L.G. et al. Correção de caninos impactados com a técnica do arco segmentado. Ortodontia SPO. V.42, n.1, p.41-48. 2008.
6. BRANDÃO, R.C.B. Entrevista. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v. 14, n. 6, p. 19-41, nov./dez. 2009.
7. CAPELOZZA FILHO, L., CARDOSO, M.A. & CARDOSO NETO, J. Tratamento da transposição de canino e pré-molar superior unilateral: abordagem por meio de mecânica segmentada. Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 6, n. 3, jun./jul. 2007.
RESUMO
Diante da afirmativa de que a mordida cruzada posterior é a maloclusão mais freqüente na
dentição, e que precisa de intervenção precoce, para que não se torne mais complexa e se
instale no sistema estomatognático necessitando de intervenções mais invasivas, constitui
proposta deste estudo, analisar e tratar um paciente de 11 anos que procurou atendimento
para exames de rotina, onde observou-se a presença de mordida cruzada posterior.
Palavras-Chave: Mordida cruzada posterior; Disjução maxilar; Má-oclusão.
ABSTRACT
Faced with the assertion that the posterior cross-bite malocclusion is the most frequent in
the dentition, and need early intervention, that does not become more complex and settle
in the stomatognathic system in need of more invasive interventions, is proposed in this
study, analyze and treat a patient of 11 years who sought care for routine examinations,
which showed the presence of posterior crossbite.
Key words: Posterior Crossbite; Maxillary expansion; Malocclusion.
RUVER, Carla¹BRUGNARA, Daniela de Chico²
1 Aluna no Curso de Especialização em Ortodontia da UNINGÁ - Unidade Chapecó.2 Professora Doutora do Curso de Especialização em Ortodontia da UNINGÁ - Unidade Chapecó.
Relato de Caso
Case Report
POSTERIOR CROSSBITE
MORDIDA CRUZADAPOSTERIOR
169
Introdução
Mordida cruzada posterior é o termo utilizado para
indicar uma relação anormal vestibular e lingual de um ou
mais dentes da maxila com um único dente ou um grupo de
dentes da mandíbula.
As mordidas cruzadas ainda podem ser classificadas
de acordo com sua etiologia em dentárias ou esqueléticas. A
dentária ocorre quando um dente superior irrompe para
lingual do dente inferior não importando o tamanho do osso.
A esquelética ocorre quando há uma discrepância no
tamanho (largura) da maxila ou da mandíbula.
As mordidas cruzadas posteriores podem ser de
origem ambiental ou funcional, esquelética ou dentária. A
maior parte delas é de origem ambiental ou funcional, tendo
como fator etiológico um contato prematuro nos dentes
decíduos, como por exemplo, os caninos em relação de topo
fazendo com que a mandíbula sofra desvio de lateralidade.
As de origem esquelética são resultantes de um
desenvolvimento desarmonioso na maxila ou mandíbula.
Quanto à etiologia da mordida cruzada posterior, há
diversos fatores que podem influenciar ou causar essa
maloclusão. Entre eles destacam-se a respiração bucal,
hábitos bucais deletérios, perda precoce de dentes decíduos
ou até sua retenção prolongada, migração do germe do
dente permanente, interferências oclusais, falta de espaços,
hereditariedade, traumatismos, distúrbio endócrinos,
enfermidades sistêmicas, má nutrição, enfermidades
nasofaríngeas, anomalias ósseas, fissuras palatinas e ainda
hábitos posturais incorretos.
Admite-se a possibilidade de correção das mordidas
cruzadas já na dentadura decídua. O tratamento desta
maloclusão deve ser realizado com base num correto
diagnóstico. A manipulação do paciente em RC é
fundamental, pois a mordida cruzada posterior geralmente
se apresenta unilateral ao exame clínico, manipulando
poderemos observar o comprometimento de ambos os lados.
O objetivo deste artigo foi apresentar uma revisão de
literatura e demonstrar um caso clinico sobre mordida
cruzada posterior, com o intuito de definir o que é esta
maloclusão e de verificar os principais aspectos relacionados à
etiologia da mordida cruzada, assim como, descrever os
principais métodos de tratamento. Diante da freqüência da
mordida cruzada posterior em nossos pacientes, se faz
necessário o aprofundamento e o entendimento desta
maloclusão, para melhor aplicar e assim obter o melhor
resultado em nossos tratamentos buscando também uma
boa estabilidade pós-tratamento.
Revisão da Literatura
A mordida cruzada pode ser definida como a
indicação de uma relação vestíbulolingual anormal dos 1dentes em questão .
Como consequência da atresia do arco dentário
superior, encontramos muitas vezes, uma mordida cruzada
posterior. A avaliação da Oclusão em Relação Cêntrica define
se a mordida cruzada posterior é funcional ou unilateral 2verdadeira .
A mordida cruzada é um tipo de má oclusão que
necessita de tratamento precoce para que alterações de base
óssea não se instalem no sistema estomatognático em 3desenvolvimento .
Os tipos de mordida cruzada posterior são:
dentoalveolar ou dentária (causada pela má posição dos
dentes) e óssea ou esquelética (causada pela discrepância da
largura da base dos maxilares). Estes dois tipos de mordida
cruzada podem estar associados a um deslocamento
funcional da mandíbula, o que caracteriza o tipo funcional,
(causado pela desordem muscular ou movimento anormal da 4mandíbula) .
A mordida cruzada funcional ou verdadeira deve ser
tratada precocemente, pois, do lado cruzado, o côndilo é
deslocado para cima e para trás, ou posicionado
normalmente na cavidade glenóide, e do lado oposto, o
côndilo é deslocado para baixo e para frente, deixando a
mordida com tendência à Classe II do lado cruzado e Classe III
do lado oposto. Se esse problema transversal não for tratado
precocemente, o paciente, ao final do crescimento,
apresentará uma assimetria mandibular devida à 5remodelação das estruturas da ATM .
Ressalta a importância do diagnóstico e intervenção
precoce nas mordidas cruzadas posteriores através da
utilização de recursos ortodônticos que solucionam o
problema de maneira rápida e eficaz com o mínimo de
desconforto para a criança, permitindo que o crescimento e
desenvolvimento ocorram de forma harmoniosa, 6favorecendo o estabelecimento de uma oclusão equilibrada .
A avaliação do indivíduo como um todo é de
fundamental importância para o planejamento e tomada de
ações preventivas. Alterações de maloclusões, como é o caso
da mordida cruzada posterior funcional, podem interferir na
postura global dos indivíduos. Desta forma, quanto mais
precocemente forem descobertas essas alterações, maiores
serão as possibilidades de reabilitação, devolvendo a 7harmonia fisiológica do indivíduo .
A correção da atresia do arco superior geralmente
consiste em promover um aumento transversal do mesmo
utilizando-se de ancoragem recíproca de cada lado da maxila
a fim de restabelecer uma relação equilibrada entre os arcos
170
dentários de uma forma duradoura. Quase sempre o recurso
terapêutico de eleição é a disjunção palatina, uma vez que as
expansões não são muito estáveis. As mordidas cruzadas
posteriores geralmente estão associadas à atresia do arco
dentário superior2. Elásticos são efetivos para descruzar
molares cruzados, nas situações em que existe um espaço 8adequado para o dente que está fora de posição .
A mordida cruzada posterior, advinda de atresia
maxilar, não só os dentes devem ser corrigidos com
movimentos de inclinação para vestibular, como o osso basal
maxilar necessita de movimentação ampla, por meio da
desarticulação dos ossos na sutura palatina mediana, para
aumentar as dimensões transversas da maxila. Para que isso
seja possível é necessária à instalação de aparelhos do tipo
expansores, capazes de, em pouco tempo, levar à abertura da
sutura palatina mediana, promovendo a alteração ortopédica
da região. Para isso, em seu trabalho, o autor utilizou o
aparelho de expansão maxilar com cobertura oclusal em
acrílico, o qual resultou na disjunção da sutura palatina e boa 9estabilidade pós-tratamento .
Quando diagnosticado que a mordida cruzada
posterior é esquelética (atresia maxilar), o tratamento mais
indicado é a expansão rápida da maxila.
O tratamento da mordida cruzada posterior,
depende, principalmente da época quando é diagnosticada e
tratada. Em pacientes jovens, o tratamento ortopédico-
ortodôntico pela utilização de aparelhos disjuntores
adaptados à maxila é o mais indicado. Em pacientes adultos,
deve ser feita a complementação cirúrgica dessa técnica, com
a fragilização das zonas de resistência óssea, contrárias à 10disjunção .
Quando não há necessidade de expansão da maxila
para corrigir a mordida cruzada posterior, nos casos onde a
discrepância na largura entre os primeiros molares e pré-
molares superiores e inferiores for menor que 4 mm, utiliza-se
aparelhos removíveis ou até fixos que não promovam a
disjunção, e sim expansão ou apenas o descruzamento da 11mordida . Os aparelhos removíveis mais populares são as
varias modificações dos aparelhos de Hawley. O tipo de
aparelho a ser utilizado depende da idade do paciente e da
complexidade do caso. Para descruzar um dente isolado,
pode-se utilizar elásticos cruzados, aparelhos com molas ou
ainda o quadri-hélice. O quadri-hélice possibilita um ganho
de expansão sem inclinação dos dentes e independe da 4cooperação do paciente .
A possibilidade de expansão da maxila já foi
confirmada e considerada estável, desde que um período de 12contenção após a fase ativa seja preconizada e quanto à
época ideal de tratamento, a mesma deve ser o mais precoce 13possíve , desde o momento em que o paciente aceite o
tratamento, para permitir o crescimento adequado sem 14assimetrias .
Relato de Caso
Paciente G.P. 11 anos e 4 meses de idade, procurou
atendimento odontológico na CCO de Chapecó para
avaliação de rotina. Ao exame clínico intra-oral, constatou-se
perda precoce dos elementos decíduos e presença de
elementos permanentes segundo a cronologia de erupção
um pouco adiantada. Na anamnese o pai do paciente relatou
que o paciente aos 2 anos de idade, passou por cirurgia de
remoção de todos os dentes decíduos, devido a presença de
cárie em alguns deles. Solicitou-se a documentação
ortodôntica para melhor diagnóstico. Com a documentação
em mãos, verificou-se a presença de mordida cruzada
bilateral. O tratamento de escolha foi a disjunção palatal com
o aparelho tipo Haas, e o protocolo de ativação foi de acordo
com o proposto por Haas em 1961.
Fig. 1: Fotografia Frontal Fig. 2: Fotografia de Perfil
Fig. 3: Fotografia Sorriso/inicial
171
Fig. 4: Intra-oral direita/inicial
Fig. 5: Intra-oral esquerda/inicial
Fig. 6. Sorriso intra-oral/inicial
Fig. 6: Oclusal inferior/inicial
Fig. 7: Oclusal superior/inicial
Após 7 dias de ativações, verificou-se melhora na
relação transversal, mas não houve a ruptura da sutura
palatina, solicitando ao responsável pelo paciente ativações
por mais 5 dias. (Fig. 8, 9 e 10).
Fig. 8: Fotografia intra-oral/após 7 dias de ativações
Fig. 9: Intra-oral lado direiro/ após 7 dias
Fig. 10: intra-oral lado esquerdo/após 7 dias
Fig. 10: Intra-oral após 15 dias
172
Fig. 11: Intra-oral lado direito após 15 dias
Fig. 12: Intra-oral lado esquerdo após 15 dias
Discussão
A mordida cruzada posterior manifesta-se 11,12,14unilateralmente na grande maioria dos casos .
8,12De acordo com os autores as causas prováveis da
mordida cruzada posterior são, retenção prolongada ou
perda prematura do decíduo, defeitos congênitos, hábitos
deletérios (sucção não nutritiva), problemas respiratórios.
Destacou o contato prematuro, migração do germe
permanente, falta de espaço nos arcos, hábitos posturais 12incorretos . Raízes residuais, posição a dormir, deficiência de
crescimento lateral da maxila e pressão atípica da língua,
podem ser causas desta maloclusão e padrões alterados de
deglutição e mastigação também são causadores. Todos
estes fatores agindo isolados ou conjuntamente, associados à
duração, freqüência e intensidade, são responsáveis pela
determinação do tipo e grau de mordida cruzada 1,2,3,6posterior, .Destacou que a fenda palatina, com ou sem
lábio leporino, também pode vir acompanhada por uma
mordida cruzada severa, devido a uma deficiência da
estrutura óssea necessária para se opor às forças naturais
exercidas sobre as superfícies vestibulares dos dentes pelo 8lábio, bochechas e pressão atmosférica .
A expansão rápida da maxila apresenta alto índice de
insucesso se realizada em pacientes com idade esquelética
avançada, sendo indicada apenas àqueles com maturidade 5,7,8,9óssea incompleta . Pacientes adultos, com suturas já
obliteradas, a assistência cirúrgica para separação das maxilas
é necessária previamente ao tratamento ortopédico-
10ortodôntico das atresias .
Quanto ao tratamento das mordidas cruzadas, os 6,7,12autores , concordaram que o mesmo deve ser precoce e
sempre que possível deve-se interceptá-las na fase de
dentição decídua, antes que problemas mais graves se
instalem nas dentições mista e permanente, dificultando o 13,14tratamento posterior . Na maioria destes casos, a
eliminação dos contatos prematuros, precocemente,
principalmente na região de caninos, é suficiente para
promover a correção espontânea da mordida cruzada
posterior funcional. O atendimento do paciente nas fases de
dentadura mista garante plasticidade óssea, que favorece a 11correção antero-posterior e transversal da maxila .
O tratamento precoce justifica-se pelo fato de, se não
corrigida, permanecerá na dentição permanente, se
postergado o tratamento poderá se tornar mais complexo, e
também se não tratada pode resultar em envolvimento do
osso basal maxilar e mandibular, podendo estender-se para 5áreas de crescimento facial . Dentre vários problemas que
acometem o complexo maxilo-mandibular nos diversos
planos de espaço, a dimensão transversal dos arcos é aquela
que merece uma atenção especial devido ao fato de ser a que
cresce menos e a primeira a cessar o crescimento durante a 1,5,8,11fase de desenvolvimento do indivíduo .
A mordida cruzada posterior é a mais freqüente
maloclusão presente nos indivíduos, sendo a forma unilateral
a maioria dos casos. O tratamento de melhor escolha é a
disjunção palatal, não só nos casos de atresia maxilar, pelo
fato de a expansão não apresentar boa estabilidade. A
expansão maxilar melhora a função nasal do paciente, devido
ao ganho na largura da cavidade nasal.
O tratamento de escolha para mordida cruzada deve
ser feito de acordo com o tipo de mordida cruzada, idade
óssea do paciente e àquele que o paciente aceite e coopere.
O aparelho de melhor escolha nos casos em que se
deseja disjunção maxilar é o do tipo Haas (dento-muco-
suportado), por promover melhor expansão e estabilidade
dos casos.
Conclusão
173
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174
1
2
Juciele SignorProf. Ms. Fábio Duarte da Costa Aznar
1 2 Especialista em Endodontia CCO-Uningá/Chapecó-SCEspecialista em Endodontia HRAC(Centrinho)/USP/Bauru-SP
Mestre em Endodontia SLMandic/Campinas-SP Doutorando em Saúde Coletiva FOB/USP/Bauru-SP Professor & Coordenador dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Endodontia CCO-Uningá/Chapecó-SC Professor & Coordenador dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Endodontia IEO/Bauru-SP
EFETIVIDADE DE MATERIAISEMPREGADOS NA CONFECÇÃO
DO BARREIRA CERVICAL DURANTEO CLAREAMENTO DENTAL INTERNO
EFFECTIVENESS OF MATERIALS USED AS ISOLATINGBARRIERS DURING INTRACORONAL BLEACHING
RESUMO
Palavras-Chave: Clareamento dental interno, barreira cervical, reabsorção cervical externa.
ABSTRACT
Key words:
Atualmente na Odontologia, a estética tem se tornado cada vez mais importante, sendo que o clareamento dental interno tem se tornado um procedimento muito utilizado e indicado no tratamento de dentes anteriores tratados endodonticamente com alteração cromática. Porém, há relatos na literatura sobre o efeito colateral associado a este procedimento, de ocorrência de reabsorção cervical radicular externa. A confecção de uma barreira cervical tem demonstrado ser uma manobra efetiva visando prevenir a sua ocorrência. Portanto, o propósito deste artigo foi realizar uma revisão de literatura sobre a capacidade de vedamento da região cervical, de diferentes tipos de materiais usados na confecção desta barreira durante o clareamento dental interno. De acordo com a literatura, conclui-se que o cimento restaurador provisório Coltosol demonstrou-se ser o material mais efetivo para sua confecção.
Currently in dentistry, aesthetics has become increasingly important, and the intracoronal bleaching has become a widely used procedure is indicated for treatment of anterior teeth treated endodontically with color change. However, there are reports in the literature about the side effects associated with this procedure, the occurrence of cervical external cervical resorption. The making of a cervical barrier has proven to be an effective maneuver in order to prevent its occurrence. Therefore, the purpose of this article was to review literature on the ability to seal the cervical region, different types of materials used in making this barrier during the intracoronal bleaching procedure. According to the literature, it is concluded that the provisional restorative material Coltosol proved to be the most effective material for your preparation.
Intracoronal bleaching, cervical barrier, external cervical resorption.
175
Introdução
Atualmente na Odontologia, a estética tem se
tornado cada vez mais importante, no qual a beleza é
influenciada pelo contorno, forma, simetria, alinhamento e
principalmente a cor dos dentes.
Portanto, o clareamento dental interno tem se
tornado um procedimento muito utilizado na prática
odontológica, e está indicado no tratamento de dentes
anteriores tratados endodonticamente com alteração
cromática. Dentre as principais causas da alteração de cor
pode-se destacar: presença de materiais restauradores na
coroa, hemorragia no interior da câmara pulpar,
medicamentos de uso intracanal e materiais de obturação do 1canal radicular .
Tal procedimento foi empregado pela primeira vez
com o uso do superoxol, denominado na época como
peridrol, uma solução de peróxido de hidrogênio a 30% 2diluído em água, ativado por raios de luz elétrica .
Posteriormente, foi proposto o uso da solução saturada de
perborato de sódio e peróxido de hidrogênio, sendo tal 3solução bastante utilizada até hoje .
O clareamento dental interno apresenta resultados
satisfatórios esteticamente, apresentando porém relatos na
literatura sobre a possibilidade de desencadear como efeito
colateral a reabsorção cervical radicular externa, que pode
prejudicar severamente ou até mesmo inviabilizar a 4,5,6,7permanência do elemento dental na cavidade bucal .
4,5,6,8,9Vários autores demonstraram que a reabsorção
cervical radicular externa está associada, entre outros fatores,
à ação cáustica do peróxido de hidrogênio. Tal agente
químico difunde-se, via canalículos dentinários, através da
região cervical podendo penetrar pela falha existente na
junção cemento-esmalte, atingindo a região do ligamento 4,10periodontal .
A fim de evitar a penetração do peróxido de
hidrogênio da região cervical para as regiões do ligamento 5,6,7,11periodontal, vários autores , recomendam a confecção de
um barreira na porção cervical do canal radicular previamente
ao tratamento clareador interno; sendo inicialmente o
cimento de policarboxilato proposto como alternativa para 11evitar este efeito colateral . Desde então outros materiais
têm sido utilizados para realizar essa barreira, sempre na
busca daquele que melhor promova o vedamento da região
cervical.
A confecção da barreira cervical tem se mostrado
como manobra efetiva na proteção do tecido periodontal em
relação aos efeitos nocivos dos agentes clareadores. No
mercado, dispõe-se de diversos produtos destinados a sua
confecção como, por exemplo: cimentos a base de óxido de
FIGURA 1 - Dente com alteração cromática, previamente ao tratamento clareador interno.
FIGURA 2 - Dente após o tratamento clareador, com reversão da alteração cromática.
FIGURA 3 - Imagem radiográfica de um dente com reabsorção cervical externa, submetido previamente à tratamento clareador interno.
FIGURA 4 - Esquema ilustrativo do tratamento clareador interno adequado.
176
zinco e eugenol, cimentos de ionômero de vidro, cimento de 12fosfato de zinco e cimento de hidróxido de cálcio .
Independente do material, a obtenção de um barreira
uniforme e regular é importante no sentido de bloquear a
passagem do agente clareador nas direções apical e lateral.
Levando-se em consideração a grande importância de
se prevenir a possível ocorrência de uma reabsorção externa
após a execução de um clareamento dental interno, e o
importante papel exercido pela barreira cervical na prevenção
desse processo, o propósito deste artigo foi realizar uma
revisão de literatura sobre a capacidade de vedamento da
região cervical, de diferentes tipos de materiais usados na
confecção do barreira durante o clareamento dental interno.
Desde que o peróxido de hidrogênio foi utilizado pela 13primeira vez para tal finalidade , inúmeras pesquisas vêm
sendo desenvolvidas a fim de se obter técnicas mais
apropriadas, com melhores materiais e com menor número
de efeitos adversos.
O clareamento dental só é possível graças a
permeabilidade da estrutura dental aos agentes clareadores
serem capazes de se difundir livremente pelo esmalte e
dentina atuando na parte orgânica destas estruturas 14promovendo o clareamento . Porém, devido à esse
mecanismo de ação, o agente clareador poderia iniciar um
processo reabsortivo inflamatório no ligamento periodontal,
podendo desencadear um processo de reabsorção cervical 4externa .
Baseado na hipótese da possível difusão do agente
clareador através dos túbulos dentinários, tendo como
agravante a estatística de que 10% dos dentes anteriores
apresentam um espaço entre a junção amelocementária
expondo dentina e, portanto facilitando ainda mais esta
Revisão da Literatura
difusão, foi preconizado a colocação de uma base protetora
na altura da junção amelocementária para reduzir o risco de
reabsorção. Sendo assim, as barreiras cervicais utilizadas no
clareamento dental interno devem promover um adequado
selamento impedindo a penetração do agente clareador em 15direção ao periápice .
Certos da necessidade da colocação de uma base
protetora sobre o material obturador, diversos autores
pesquisaram selantes que viessem a tornar este
procedimento mais efetivo. Materiais como cimento de óxido 6,16,17 18,19,20,21,22de zinco e eugenol , cimento de fosfato de zinco ,
17,21 6,16,23 17 17 17,19guta-percha , IRM , Zoecrim , Lumicon , Cimpat , 23Cimpat associado ao IRM , cimento de ionômero de
6,16,19,21,22,24vidro , cimento de ionômero de vidro modificado por 20,21,24 16resina , adesivos resinosos , resina composta6, cimento
2 0 , 2 1resinoso , e cimento de hidróxido de cálcio 24fotopolimerizável ; foram testados com a finalidade de
comprovar sua efetividade.
O cimento restaurador provisório Coltosol foi 18,19,21também avaliado por diversas pesquisas . Quando o
mesmo foi comparado com guta-percha, cimento de
ionômero de vidro convencional, cimento de ionômero de
vidro resinoso, cimento de fosfato de zinco, e cimento
resinoso; verificou-se que o grupo que empregou o Coltosol
como material selador apresentou melhor resultados na 21avaliação . O mesmo foi observado na comparação do
Coltosol com o cimento de ionômero de vidro quimicamente
ativado e o cimento de ionômero de vidro modificado por
resina, sendo que ele demonstrou-se ser o mais efetivos dos 18três materiais estudados .
Com relação à avaliação das mudanças de ph extra-
radicular em dentes submetidos ao tratamento clareador
interno após a colocação de diferentes barreiras cervicais,
com e sem a confecção de defeitos artificiais ao longo da
junção cemento-esmalte, o Coltosol foi comparado com o
cimento fosfato de zinco e o cimento ionômero de vidro
fotopolimerizável; aonde ele demonstrou obter valores de ph 19menores e mais constantes .
O clareamento dental interno tem se tornado um
procedimento muito utilizado na prática odontológica,
porém pelo fato da literatura citar que a reabsorção cervical
radicular externa está associada a tal procedimento, é de
grande importância o conhecimento da sua etiopatogenia
pelos profissionais, bem como evitar a sua ocorrência.
Independente do material clareador utilizado, todos
exercem influência na obtenção de maiores níveis de 24infiltração . Seu mecanismo de ação promove mudanças no
padrão da junção amelocementária, aumentando à
Discussão
FIGURA 5 - Imagem radiográfica de dente com barreira cervical.
177
exposição da superfície dentinária, assim como a ampliação
das aberturas dos túbulos dentinários da câmara pulpar e da 25junção amelocementária .
Portanto, a confecção de uma barreira cervical é
recomendada a fim de evitar a penetração do peróxido de
hidrogênio, sendo um dos fatores mais importantes o tipo do
material empregado para confeccioná-la. Vários estudos se
propuseram a pesquisá-los, e inúmeros resultados foram 6,16,17,18,19,20,21,22,23,24obtidos . Apesar de nenhum material
demonstrar-se 100% eficaz no vedamento quando atua 21como barreira cervical , observa-se através de um revisão da
literatura, que o Coltosol foi o material mais efetivo, com 18,19,21menor infiltração . Isso poderia ser atribuído à sua
26característica de possuir expansão higroscópica .
Este artigo demonstra a preocupação no sentido de
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impedir que agentes químicos, utilizados nas técnicas de
clareamento, venham provocar danos à estrutura dental e
periodonto. Novas pesquisas devem ser realizadas,
objetivando determinar quais materiais possuem uma
adequada capacidade de selamento cervical, a fim de se obter
pleno sucesso no tratamento realizado.
Conclui-se que a reabsorção radicular externa é o
principal efeito adverso associado ao clareamento dental
interno, sendo indicada a confecção de uma barreira cervical,
visando sua prevenção. Diante de uma revisão da literatura, o
cimento restaurador provisório Coltosol demonstrou-se ser o
material mais efetivo para sua confecção.
Conclusão
178
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo avaliar influência da translucides dos pilares cerâmicos nas restaurações estéticas sobre implante, tendo como material restaurador a cerâmica. Foram avaliados os pilares do tipo zircônia , alumina e pilar metálico usinado do tipo UCLA. Foram confeccionados 3 corpos - de - prova e através da avaliação das tomadas fotográficas foi criada uma escala de translucidez para avaliação de 3 diferentes contadores. Esta escala marcou Alta translucidez, Média translucidez e Baixa translucidez. O sistema que apresentou maior translucidez, e ausência total de bloqueio de luz foi o alumina. O sistema que apresentou taxas mais baixas de translucidez foi o metalo-cerâmico. O sistema Zircônia foi o que apresentou resultados mais altos e equilibrados de média translucidez.
Palavras-Chave: Prótese, cerâmica, translucidez, alumina, zirconia.
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the influence of the ceramic abutments translucency on esthetic implants restorations, using ceramic as the restorative material. We evaluated the zirconia pillars, alumina and machined metal pillar like UCLA. 3 bodies test were made and by evaluating the taken photographs of a scale was developed to evaluate translucent three different counters. This scale scored high translucency, translucency and Average Low translucency. The system showed greater translucency, and total absence of light blocking was the alumina. The system showed lower rates of translucency was the metal-ceramic. The zirconia system results the highest average and balanced translucency.
Key words: Prosthesis, ceramics, translucency, alumina, zirconia.
A INFLUÊNCIA DOS PILARESCERÂMICOS NA TRANSLUCIDEZ DAS
RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS SOBRE IMPLANTE
THE INFLUENCE OF THE CERAMIC ABUTMENTS INESTHETIC IMPLANT RESTORATIONS
1Especialista em Implantodontia UNINGÁ - CHAPECÓ - SC 2Doutor em Implantodontia e Professor Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da UNINGÁ - CHAPECÓ - SC 3Doutor em Implantodontia e Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da UNINGÁ - CHAPECÓ - SC 4Mestre em Implantodontia e Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da UNINGÁ - CHAPECÓ - SC
1Eduardo Augusto Ghisi2Fábio Shiniti Mizutani
3Dario Paterno Jr4Ari Akerman Sadetsky
179
Introdução
Revisão de Literatura
A sociedade moderna valoriza sorrisos perfeitos com
dentes claros, que guardem as devidas proporções, em 1agradável harmonia entre gengiva, lábios e face . O desafio
de reproduzir as propriedades óticas dos materiais
restauradores na estética dos dentes naturais está cada vez
mais evidente. Por essas razões, para a realização de
restaurações estéticas, fazem-se necessário observar os
parâmetros de forma, textura de superfície, translucidez, 2opacidade, fluorescência e cor .
O dente e os materiais restauradores estéticos são
translúcidos, e, dependendo do grau de translucidez de
ambos, podem ocorrer diferenças na transmissão e reflexão
da luz de modo a afetar a aparência clínica das restaurações.
A superfície dentária reflete a luz e apresenta a coloração
correspondente aos comprimentos de onda nela refletidos. A
luz penetra com maior facilidade pelo esmalte, translúcido, e
atinge a dentina, que é a principal fonte de dispersão da luz,
possibilitando a detecção de seus pigmentos. A dentina tem
capacidade de opacificar à passagem de luz, impedindo que
essa atinja a polpa (2). O conhecimento da morfologia do
dente, das dimensões da cor, translucidez, opacidade, textura
e transmissão de luz são essenciais para que resultados 3,4naturais sejam obtidos .
Devido à dificuldade na obtenção de restaurações
cerâmicas com características estéticas semelhantes à
dentição humana ocorreu um aprofundamento do estudo
dos efeitos ópticos de refração e reflexão da luz no dente
natural e a observação de fenômenos como translucidez,
fluorescência e opalescência. A resultante disto foi à
obtenção de melhores resultados através de materiais que
reproduzem as características ópticas semelhantes às dos 5elementos naturais .
Faz-se necessário diferenciar as propriedades óticas
translucidez e opacidade. Materiais translúcidos permitiriam
a transmissão parcial da luz e assim alguma luz seria refletida,
de tal forma que um objeto colocado atrás de um material
translúcido não ficará totalmente obscurecido. Materiais
totalmente opacos não permitem nenhuma transmissão de 1luz .
A luz que incide sobre os tecidos dentais duros
obedece aos princípios básicos da interação da luz com 6qualquer matéria . Assim, parte da luz é refletida, parte é
absorvida e outra parte é transmitida. Dependendo de cada
material, a intensidade desses fenômenos pode variar
PROPRIEDADES ÓPTICAS
DOS DENTES NATURAIS:
5bastante . Os dentes naturais são compostos por 3 elementos
fundamentais: Cor, forma e textura. O esmalte dental é um
tecido formado por milhares de cristalitos densamente
compactados e com microscópicos espaços intercristalinos.
No esmalte totalmente formado, a luz se comporta de acordo
com o índice de refração do componente principal que é a
hidroxiapatita. O resultado é que se tem um material
translúcido. As opacidades produzidas nos tecidos dentais
duros podem ter ou não brilho, o que depende do grau de
lisura da superfície. A luz que incide sobre uma superfície
rugosa apresenta uma reflexão difusa, não produzindo
brilho. Já as superfícies lisas causam uma reflexão regular e 7,8produzem brilho .
Fluorescência
A fluorescência pode ser definida como sendo um
fenômeno óptico no qual a energia luminosa é absorvida pelo
corpo da dentina, mais opaca que o esmalte e difundida de
volta para um espectro de luz visível, num comprimento de 9onda maior que o da radiação excitante . A amplitude da
banda do espectro de fluorescência dos dentes naturais varia
de 410nm a 500nm, que é característica de uma cor branca
azulada. Tal fato gera um complicador para a adequada
restauração do dente, pois o policromatismo da estrutura
dental faz com que essa apresente diferentes tonalidades
quando exposta as diferentes incidências de luz. A
fluorescência da estrutura dental é determinada
principalmente pela dentina, pois apresenta um número
maior de pigmentos orgânicos fotossensíveis, resultando em 5cerca de três vezes mais fluorescência que o esmalte . O autor
ainda salienta que, quanto maior a mineralização menor é a
fluorescência, por esse motivo a dentina é mais fluorescente 10que o esmalte .
Translucidez
A translucidez é um dos parâmetros mais difíceis de
explicar, e ainda mais difícil de quantificar. Infelizmente as
escalas de cores oferecem somente translucidez padrão,
geralmente a um nível inferior daqueles visto nos dentes
naturais. Isso restringe sua possibilidade de transmitir tal 11,12qualidade essencial .
Uma das grandes dificuldades encontrada pelos
profissionais durante a confecção de uma restauração é a
reconstrução do esmalte e da dentina, estruturas compostas
por dois tecidos diferentemente mineralizados, que 8apresentam propriedades ópticas diferentes . Sabe-se que
em essência, a dentina apresenta um aspecto de opacidade,
permitindo somente cerca de 30% de passagem de luz pelo
corpo em comparação ao esmalte que possibilita até 70%
desta refração. Poucos profissionais dão à devida atenção e
observam que o esmalte pode ser mais opaco ou translúcido.
Uma vez que o esmalte se mostra translúcido, a cor deste
180
dente será ditada principalmente pela dentina que em quase
todos os casos mostra-se opaca. Dentes com esmalte
translúcido podem apresentar bordos incisais acinzentados e
azulados os quais requerem, além de uma profunda
observação e habilidade do profissional, também o material 10,12,13restaurador que permita tal grau de translucidez .
Opalescência
Um dos fenômenos ópticos mais belos em dentes 5naturais é o brilho opalescente do esmalte . Esta opalescência
resulta da dispersão e refração da luz através das partículas e
estruturas menores. O esmalte dentário reflete a porção azul
e de baixo comprimento de onda da luz, emitindo luz cor-de-
laranja de elevado comprimento de onda, resultando num
brilho semelhante ao do âmbar. Em minerais opalinos, esta
interação entre a luminosidade leitosa iridescente na luz
refletida e a cor avermelhada é causada por pequenas
inclusões de água e impurezas. Nos dentes naturais, são os
prismas do esmalte inorgânico que produzem este 14,15,16,17efeito .
O fenômeno conhecido como opalescência do
esmalte dental, gera os efeitos incisais, sendo assim quando a
luz se modifica altera diretamente a cor dos dentes. Os
inúmeros complexos efeitos de cor (azul, amarelo, âmbar,
laranja) são produzidos pela interação entre luz incidente, 8esmalte e dentina . Para opalescência, o esmalte tem
fundamental importância. É devido à sua estrutura
prismática, formado pelos cristais de hidroxiapatita, que
ocorre a decomposição da luz em variadas nuances de
opalescência. Portanto cabe ao profissional, examinar o
paciente corretamente na tomada de cor, olhando o mesmo
em vários planos: frontal, oblíquo, e laterais procurando
identificar diferentes regiões de opalescência do esmalte,
para realizar trabalhos protéticos mais próximos da 13naturalidade .
A região maxilar anterior é freqüentemente chamada
de “zona estética”, por sua alta visibilidade e influência na 14,15,16,17,18aparência facial . Um inconveniente para a
reabilitação protética com implantes utilizando pilares
convencionais em titânio nesta região é a presença de tecido
gengival delgado e/ou recessões gengivais, causando à
restauração uma aparência desagradável. Portanto, o
surgimento dos pilares estéticos, vem a preencher uma
lacuna deixada pelos pilares metálicos, que em determinadas
situações, como no caso onde o paciente possui uma gengiva
muito delgada, a estética vermelha fica prejudicada.
Atualmente o mercado dispõe de alguns pilares totalmente
cerâmicos pré-fabricados industrialmente, altamente
resistentes e com excelentes propriedades mecânicas e
ópticas; podendo ser a base Óxido de Alumínio e de Óxido de
PILARES CERÂMICOS
Zircônio. A introdução desses pilares cerâmicos proporcionou
a obtenção da estética semelhante a do dente natural, bem
como a personalização que permite a realização do desenho 15,18,19do perfil de emergência .
Os intermediários totalmente cerâmicos podem ser
utilizados quando o implante não é colocado com a
profundidade mínima necessária (2 mm abaixo do contorno
gengival) ou quando o implante não está colocado com a 19angulação correta melhorando a estética . Este componente
permite que se prepare intra-sulcularmente, de modo a
conseguir-se um melhor perfil de emergência quando o
titânio transparece através do colo gengival delgado. Neste
caso, a utilização deste intermediário permite mascarar a
coloração escura do metal e adaptar-se de acordo com o nível
tecidual, podendo ser preparado, preferencialmente, no 5,19,20modelo de trabalho no laboratório .
Pilares Cerâmicos de Alumina
A utilização de pilares estéticos em implantodontia
tem possibilitado uma resolução mais estética dos casos de 16,19,20reabilitação em dentes anteriores . Quando se utilizam
pilares do tipo CeraOne em implantes unitários, as coifas de
cerâmica aluminizada podem ser empregadas sobre aquele
pilar, assim como podem-se indicar abutments CerAdapt
(cerâmica aluminizada) diretamente sobre o implante. Estas
duas técnicas permitem a personalização do abutment, 21otimizando o aspecto estético .
Pilares Cerâmicos de Zircônia
Os pilares de Zircônia possuem características
diferentes. As excelentes propriedades físicas do Óxido de
Zircônia permitem a possibilidade de se individualizar um
pilar, por meio do desgaste, sem ter que respeitar um
tamanho mínimo, permitindo, assim, a confecção de 12restaurações mais estéticas . A Zircônia é uma cerâmica
polimorfa que possui três estruturas cristalinas: monoclínica, 16,22,23cúbica e tetragonal . A Zircônia pura tem a estrutura
monoclínica na temperatura ambiente e é estável até
1.170ºC. Entre esta temperatura e 2.370ºC, ela se transforma
em Zircônia tetragonal, e, acima de 2.370ºC, em Zircônia
cúbica. Após o processamento, durante o resfriamento, a
tetragonal se transforma em monoclínica a uma temperatura
de 970ºC, aproximadamente. Esta fase de transformação
está associada a 3% a 4% de expansão volumétrica. O Ítrio é
adicionado a Zircônia para estabilização, então, a forma
tetragonal pode existir na temperatura ambiente após a
sinterização. O preparo do pilar de Zircônia provoca, na
superfície, uma transformação da fase tetragonal para
monoclínica. A expansão volumétrica resultante dessa
transformação causa uma tensão compressiva de selamento
das fissuras. Por isso é que o pilar de Zircônia exibe maior
tenacidade à fratura e resistência quando comparado com as
181
cerâmicas vítrias e infiltradas convencionais. Por outro lado,
um preparo inadequado e severo pode introduzir falhas
profundas que podem atuar como concentradores de tensão, 17,24,25causando redução dos valores de resistência .
Este estudo foi desenvolvido no laboratório
multidisciplinar do Centro Catarinense de Odontologia -
UNINGÁ - Unidade Chapecó, em conjunto com o Laboratório
de Prótese Godoy.
Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizados
os seguintes materiais: Aparelho Fotopolimerizador Led's
Radii E - SDI; Espessímetro para medir os corpos-de-prova;
Máquina Digital Sony Corp Japan, Zircônia Noritake CZR
(Nagoya - Japan), Alumina Noritake Cerabien (Nagoya -
Japan), Cerâmica Noritake EX 500 (Nagoya - Japan).
Os corpos-de-prova foram confeccionados no
Laboratório de Prótese Godoy, construídos em modelos de
gesso especial. Foram obtidos três corpos-de-prova onde
cada modelo apresentava um implante na região do
elemento 11, plataforma regular padrão Branemark 4,1mm.
Três pilares foram preparados com os mesmos parâmetros,
sendo eles: Pilar Zircônia, Pilar Alumina, Pilar Metálico tipo
UCLA.
A cerâmica de cobertura para o Pilar do tipo Zircônia
foi Noritake CZR (Nagoya - Japan). A cerâmica de cobertura
para o Pilar do tipo Alumina foi Noritake Cerabien (Nagoya -
Japan). A cerâmica de cobertura para o Pilar Metálico tipo
UCLA foi Noritake EX 500 (Nagoya - Japan). Todas as
cerâmicas foram aplicadas diretamente sobre os pilares,
tornando assim a prótese parafusada (FIGURA 1).
Metodologia
Obtenção dos Corpos-de-prova
FIGURA 1 a) coroa cerâmica parafusada sobre pilar metálico; b) coroa cerâmica parafusada sobre pilar zircônio; c) cora cerâmica parafusada sobre pilar alumina
Para a verificação da translucides, os corpos de prova
foram submetidos à incidência de luz de alta intensidade
com aparelho fotopolimerizados Led´s Radii E, e foram
obtidos imagem com câmera fotográfica em alta resolução
(FIGURA 2).
a. Abutment metálico b. Abutment zirconio c. Abutment alumina
FIGURA 2: Coroas cerâmicas sob incidência de luz
As imagens obtidas foram transferidas para um
programa de imagens (Corel Draw 13.0) nas quais foram
introduzidas uma grade de leitura para quantificação de
prontos de translucides (FIGURAS 3,4,e 5). Através do
programa Pro Image 4.0 foram selecionados 3 parâmetros
médios de cores criando uma escala de identificação de
translucides alta, media e baixa. Essa escala visa auxiliar a
contagem e quantificação de graus de áreas translúcidas em
cada amostra (FIGURA 6).
FIGURA 3: Coroa Metalo Cerâmica com grade para contagem
FIGURA 4: Coroa Zircônio Cerâmica com grade para contagem
FIGURA 5: Coroa Alumina Cerâmica com grade para contagem
182
TRANSLUCIDEZ
Alta Média Baixa
FIGURA 6: Escala comparativa de tranlucidez da cerâmica
Para o estabelecimento do comparativo de
translucidez das amostras, foram selecionados 3 diferentes
contadores para quantificar e qualificar a área na grade
utilizando a escala criada.
A partir dos dados da tabela foi criado o gráfico para
quantificação de pontos de translucidez alta, média e baixa.
Quanto maior a quantidade de pontos translucidos médios e
altos, maior a translucidez do material (GRÁFICO 1).
Resultados
TRANSLUCIDEZ
Através da quantificação de pontos de translucidez
passou-se à qualificar a translucidez do material. A
qualificação de translucidez indica que quanto maior o
percentual translucido, maior a quantidade de luminosidade
pode-se passar pela amostra. O percentual translucido é
obtido através da soma do potencial translucido alto e médio,
dividindo-se pela média de pontos contados.
Podemos observar um consenso entre os contadores
com relação à quantidade média de translucidez da amostra
em zircônica com taxas de translucidez baixa, pouco
significantes. Para a alumina, observamos neste sistema um
consenso unânime entre os contadores no quesito baixa
GRÁFICO 1: Representação quantitativo de pontostranslucidos de cada amostra X contador
translucidez, tendo como resultado ausência total de
bloqueio de luminosidade, bem como o sistema apresenta
uma taxa elevada de translucidez. A amostra em
metalocerâmica a maior quantidade de bloqueio de
passagem de luz, sendo este o material menos translúcido.
A luz que incide sobre os tecidos dentais duros
obedece aos princípios básicos da interação da luz com
qualquer matéria. Assim, parte da luz é refletida, parte é 4,5,6absorvida e outra parte é transmitida . Dependendo de
cada material, a intensidade desses fenômenos pode variar
bastante. O esmalte, por ser translúcido, permite a 1,2visualização das cores das estruturas que estão abaixo dele .
Em função da atual exigência estética por parte dos pacientes
e profissionais, novos materiais e técnicas têm sido
desenvolvidos para que o resultado final das restaurações seja 3cada vez mais semelhante ao dente natural . Dentro deste
contexto, a translucidez é uma das características mais
difíceis de serem reproduzidas pelos materiais restauradores 10,11,12,13estéticos diretos e indiretos . Estes trabalhos confirmam
os resultados obtidos nesta pesquisa os quais demonstram a
baixa translucidez da coroa Metalo-cerâmica, devido a
presença de um substrato metálico o qual bloqueia a 15,17,18passagem de luz .
A necessidade estética e o desejo de não se ter
estruturas metálicas são fatores que enfatizaram a 1 , 2 , 1 3 , 1 4 , 1 5 , 1 7 , 1 8importância dos sistemas cerâmicos .
Componentes cerâmicos têm sido introduzidos por muitos
fabricantes, proporcionando pilares mais estéticos que os 16,19 20,21metálicos . A imensa maioria dos intermediários
protéticos é metálica. Quando nos referimos à estética pensa-
se principalmente em materiais estéticos, ou seja, os materiais 12,13,14,18,19cerâmicos . Embasado nestes conhecimentos
científicos que corroboram os resultados desta pesquisa que
demonstrou que o Sistema Alumina foi o que apresentou
melhores resultados de translucidez. Isto se deve a ausência
de substrato metálico e pelo fato do mesmo ser 23,25radiolúcido . O sistema Zircônia também demonstrou
excelentes resultados de translucidez, porém menores que a
Allumina, devido suas propriedades radiopacas.
Frente à metodologia apresentada e de acordo com
os resultados obtidos foi possível concluir que o sistema que
apresentou maior translucidez, e ausência total de bloqueio
de luz foi o Alumina, graças a suas propriedades
radiolucidas.O sistema que apresentou taxas mais baixas de
translucidez foi o Metalo-cerâmico, devido a presença de um
Discussão
Conclusões
183
Referências bibliográficas
substrato metálico que atua como bloqueio da passagem de
luz.O sistema Zircônia foi o que apresentou resultados mais
altos e equilibrados de média translucidez. Porém resultados
inferiores a Alumina, pois apresenta propriedades
radiopacas.
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RADIOGRAFIA PANORÂMICA - DOCUMENTAÇÃO ORTODÔNTICATOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
184
RESUMO
A procura pela solução dos problemas estéticos dentários, juntamente com a satisfação imediata por parte dos nossos pacientes, levou os profissionais da odontologia a encontrarem alternativas que preenchessem essa necessidade em um menor espaço de tempo possível. Baseando-se nisso, os implantes dentários imediatos surgiram como uma alternativa, suprindo a exigência referente ao tempo e diminuindo o tempo de espera na resolução dos tratamentos. Na presente revisão da literatura, levantam-se variantes e dificuldades relacionadas a essa técnica de implantação imediata, ao mesmo tempo em que se salienta a melhor conduta terapêutica a ser seguida pelo profissional nesta opção de tratamento. Considerando as indicações e contraindicações, assim como as vantagens e desvantagens, ou uso e desuso de enxertos ósseos ou membranas de barreira, além de outros aspectos que envolvem a técnica, o profissional busca um resultado final que o satisfaça e, acima de tudo, satisfaça ao paciente. Com base neste estudo, concluiu-se que a técnica de implantação dentária imediata é um procedimento seguro, viável e de resultados previsíveis, desde que se proceda a uma criteriosa avaliação clínica e radiográfica e se realize um bom planejamento prévio à intervenção cirúrgica.
Palavras-Chave: Implantes imediatos; Alvéolos remanescentes; Enxerto ósseo.
ABSTRACT
The search for the solution of esthetic dental problems, along with the immediate satisfaction by patiens, it led dental professionals to find alternatives that fulfill the needs mentioned above in the shortest time possible. Based on that, immediate dental implants have emerged as an alternative, fulfilling the requirement concerning the time and reducing the wat it the resolution of the treatements. In this literature review raised some variants and difficulties related to immediate implementation of the technique, whereas it was pointed out to the professional the best treatement to be followed in this treatement choice. The indications and contraindications, as well as the advantages and disadvantages, or the use disuse of bone gafts or barrier membranes, and other considerations involving the technical: The professional seeks an outcome that satisfies. And above all, the pacient meet. Based on the study it was concluded that the technique of immediate dental implantation is a safe procedure, sustainable and predictable results, provided they follow a careful clinical and radiographic evaluation and proper planning prior to sugery.
Key words: Immediate Implants; Remaining Alveoli; Bone Grafting.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBREIMPLANTES DENTÁRIOS IMEDIATOS
GENERAL CONSIDERATION ABOUTIMMEDIATE DENTAL IMPLANTS
Adair Matiello¹Mirian Viviane Muller²
¹ Aluno de Especialização em Implantodontia da Faculdade Ingá - Uningá - Unidade Avançada Chapecó/SC.² Professora, Especialista de Ortodontia da Faculdade Ingá - Uningá - Unidade Avançada Chapecó/SC. Mestre em Implantodontia SL Mandic.
185
Introdução
A partir da década de 1970, alguns pesquisadores
começaram a perceber as consequências estéticas das
exodontias alveolares, dando início às pesquisas visando
evitar que perdas ósseas alveolares viessem a comprometer o
resultado estético final. Com essa linha de pensamento
evoluindo, vários autores propuseram a instalação do
implante no mesmo ato cirúrgico da extração dentária,
denominada como a técnica de “implante imediato”, com o
objetivo de prevenir o colapso da crista óssea e encurtar o 1protocolo padrão até então utilizado .
A Regeneração Óssea Guiada (ROG) é um
procedimento cirúrgico que utiliza o princípio da
regeneração tecidual guiada para o tratamento de defeitos
ósseos, consistindo na idealização de uma barreira biológica,
preservando o espaço entre o defeito e a superfície da
membrana, na qual as células oriundas do osso migram e
proliferam sem a interferência de células de outros tecidos. A
ROG tem sido eficaz para o aumento do rebordo, deiscência,
fenestração óssea associada a implante e durante a colocação 2de implante pós-exodontia .
O implante imediato tem como vantagens a limitação
da reabsorção alveolar pós-extração, a diminuição do tempo
do tratamento, de intervenções cirúrgicas, utilização do eixo
dentário e aceitação psicológica do paciente. Contudo,
possui também algumas desvantagens, como a dificuldade
de recobrir completamente o sítio do implante com tecido
mole e a estabilidade primária do implante, às vezes 3insuficiente .
O diagnóstico e plano de tratamento são fatores
importantes para alcançar o sucesso na instalação e
restauração de implantes imediatamente pós-exodontia. A
etapa mais importante do planejamento é determinar o 4prognóstico para a dentição e para o dente em questão .
A instalação de implantes imediatos em locais com
histórico de infecções periapicais apresenta uma alta taxa de
insucesso, cerca de 8%, quando compardas aos implantes
colocados em locais não infectados, sem nenhum implante 5perdido .
Os implantes instalados em alvéolos frescos não
previnem o remodelamento que acontece nas paredes do
alvéolo, mesmo que os espaços originais vazios presentes no
momento da implantação estejam cheios de tecido duro no
momento da reabertura. As dimensões bucolinguais 6apresentam uma considerável redução .
Na presença de paredes ósseas intactas e quando a
distância entre as paredes do alvéolo e o implante for menor
que 2 mm, o preenchimento ósseo ocorre naturalmente, sem
necessidade de enxerto ou membranas de barreira. O não
descolamento do retalho é essencial para manutenção da
arquitetura óssea e tecidual do rebordo, fazendo com que os
tecidos se mantenham em posição durante o tratamento, 7impedindo o colapso do alvéolo .
Atualmente, o uso da técnica de implante imediato
passou a ser corriqueira e de excelentes resultados,
justificando, assim, esta revisão de literatura, que tem por
objetivo relatar e avaliar os aspectos inerentes que envolvem a
substituição dentária através da terapia da implantação
imediata. Faz-se uma análise dos fatores primordiais que
devem ser considerados para a obtenção desses resultados.
A previsibilidade dos implantes dentários usando o
protocolo tradicional de Branemark está bem sedimentada
na literatura mundial. Desde sua criação, este protocolo vem
sofrendo modificações visando à diminuição do tempo de
tratamento e à redução do número de etapas cirúrgicas,
maximizando o resultado estético das próteses sobre
implante.
A partir do surgimento da técnica de implante
imediato em alvéolos frescos, chamados ainda de alvéolos de 1extração, por seus precursores em 1978 , muitos
pesquisadores foram aprofundando os conhecimentos e
experiências variáveis que cercam esta técnica de
implantação, muito usada e difundida nos dias atuais. É uma
técnica envolta por uma infinidade de detalhes, que devem
ser met icu losamente es tudados e p lane jados
individualmente para que seja alcançada a finalidade
desejada: a estética.
Em região estética, a morfologia óssea, o tipo
periodontal, o nível da crista óssea interproximal, a linha de
sorriso e a morfologia do tecido gengival devem ser
considerados antes de iniciar o tratamento. A regeneração
óssea guiada tem sido eficaz para o aumento do rebordo,
deiscência e fenestração óssea associada a implante e 2durante a colocação de implante pós- exodontia .
As vantagens na técnica de implantação imediata são
inúmeras: limitação da reabsorção óssea, redução do tempo
de tratamento, a simplificação na colocação do implante,
economia de uma etapa cirúrgica, evita o risco da síndrome
do dente longo, conservação da gengiva aderida e o fator 9,312,13,14psicológico positivo . Dentre as desvantagens
menciona-se a falta de estabilidade primária, focos de
infecção agudas ao redor do dente, falta de tecido ósseo 9,3,15,18,22 adequado contra-indica muitas vezes esta técnica de
implantação.
O implante imediato é indicado em casos em que haja
extração dentária sem presença de foco infeccioso, em uma
avulsão dentária traumática com preservação do osso
alveolar, em complicações endodônticas, em fraturas
Revisão da literatura
186
Tipo de defeito
EDS-1
EDS-2
EDS-3
EDS-4
Avaliação geral do alvéolo
integro
integro a pequeno
dano
dano moderado
dano severo
Paredes afetadas
0
0-1
1-2
2-3
Biotipo perio-dontal
espesso
fino ou espesso
fino ou espesso
fino ou espesso
Perda de tecido duro
0mm
0-2mm
3-5mm
>6mm
Tecidomoleideal
previsível
alcançável mas não previsível
Levemente comprometido
Comprometido
Tratamento
implante imediato
(1 estágio)
presevação alveolar ou implante imediato (1 ou 2)
preservação alveolar e implante seguida
(2 estágios)
preservação do alvéolo
seguido por enxertia
gengival e implante
(3 estágios)
radiculares, dentes com reabsorção interna ou externa, 3reabsorção radicular pos-ortodontia entre outros .
Estudos apontam que são altos os índices de sucesso
clinico, radiográfico e histológico quando se executa o
implante imediatamente após a exodontia e que a
cicatrização do alvéolo dentário acontece simultaneamente 10com a fase da ósseo integração do implante . Além disso,
uma evolução histórica mostrou que não há diferença entre
resultado clínico e grau de integração ósseo entre implantes
imediatos colocados sem regeneração óssea comparada a 11implantes colocados no osso já cicatrizado, maduro .
Quanto ao uso de membrana de barreiras, muitos
autores notaram porcentagem elevadas de exposição e
infecção, o que leva a remoção da mesma. A ruptura do
tecido mole sobre as barreiras tem sido atribuída ao
fornecimento insuficiente de sangue para o retalho 14mucoperiostal, que é separado do osso por membrana .
Para colocação de carga imediata em implantes
imediatos há necessidade de uma boa estabilidade primária
do implante conseguido com um toque de inserção de, no 16mínimo, 32N . Em análise histomorfométricada interface
osso/implante de macacos submetidos à instalações de
implantes bilaterais na mandíbula, revelou-se que o lado que
recebeu carga imediata demonstrou uma maior densidade
óssea em relação ao lado controle, que não recebeu carga 17imediata .
O diagnóstico e plano de tratamento são fatores
importantes para alcançar o sucesso na instalação e
restauração de implantes colocados imediatamente pós-
exodontia, determinando o prognóstico para a dentição e
para o dente em questão e quanto ao protocolo
medicamentoso grande parte dos autores concordam com a
realização antibioticoterápica antes, durante e após a 19instalação do implante .
Para maior previsibilidade na reabilitação utilizando
implantes em alvéolos frescos, um sistema de classificação do
defeito alveolar pós-exodontia, correlacionando os tipos de
defeitos ao tratamento clínico, analisando o estado geral do
alvéolo, numero de paredes afetadas, biótipo periodontal,
quantidade de tecido duro e tecido mole ideal.
Após a cicatrização do implante, uma espessura óssea
mínima de 2 mm deve permanecer na face vestibular, a fim de
evitar a reabsorção da tábua óssea nesta região, que pode
causar a recessão da margem da mucosa, trazendo 20problemas estéticos .
Em uma avaliação em 1925 pacientes realizados por
Wagenberg et al. (2006) durante um período de cinco anos e,
concluíram que, se a estabilidade do implante for alcançada e
a infecção residual removida, a colocação de implantes
imediatos é um procedimento altamente bem-sucedido. Em
pacientes que fumavam o fracasso foi duas vezes maior
(4,6% versus 2,3%) em comparação aos não fumantes.
Pacientes sensíveis à penicilina tinham uma taxa de falha
estatisticamente maior. Implantes com superfície
moderadamente áspera tiveram maiores taxas de
sobrevivência do que aqueles com uma superfície pouco 21áspera .
Tabela 1: Classificação dos defeitos ósseos pós-exodontiapor Caplaniset al., em 2005.
Figura 1: Exodontia atraumática birradicular com preservação dos tecidos adjacentes.
Figura 2: Implante instalado com preenchimento do espaço remanescente com osso liofilizado.
187
Figura 3: Colocação da membrana de colágeno na embocadura do alvéolo.
Figura 4:Tamponamento do alvéolo com enxerto mucoso ceratinizado retirado do palato e retido por sutura.
Em uma revisão aprofundada sobre colocação de
implantes em alvéolos frescos, Querynemet al. 2007,
enumeram muitas vantagens e quase nenhuma
desvantagens quando comparado com as abordagens
tradicionais: o impacto social e econômico da redução do
número de cirurgias e no tempo de tratamento é evidente.
Outros aspectos, referentes ao sucesso do implante imediato,
estética, preservação do processo alveolar, infecções residuais
no alvéolo bem como a utilização de membrana e/ou
substituição óssea, merecem ainda ser debatidos 23profundamente .
Quando da existência de paredes ósseas intactas e
com a distância entre as paredes do alvéolo e o implante
menor que 2mm, o preenchimento ósseo ocorre
naturalmente, sem necessidade de enxerto ou membranas de
barreiras, diminuindo os riscos de exposição das mesmas, que
possibilitaria o surgimento de infecções pós-operatório e o
insucesso do tratamento. Nesta técnica o não deslocamento
do retalho é essencial para a manutenção da arquitetura
óssea e tecidual do rebordo, fazendo com que os tecidos se
mantenham em posição durante o tratamento, impedindo o 7colapso do alvéolo . Quanto ao tipo de implante, o preferido
em alvéolo de extração é o de forma cônica, pois seu desenho
se aproxima da forma do alvéolo, diminuindo as distâncias
entre a fixação e o remanescente ósseo, facilitando a
ancoragem e minimizando a necessidade de grandes 24regenerações ósseas .
A fixação de implantes após um período de espera
possibilita a resolução da infecção, além de um aumento na
área e volume dos tecidos moles. Contudo, a concomitante
reabsorção do rebordo alveolar na dimensão vestíbulolingual 26limita as vantagens da colocação tardia dos implantes .
O sucesso alcançado após o implante imediato é
proveniente da atenção do profissional a fatores como a
história médica e odontológica do paciente, a documentação
e a realização de um bom diagnóstico e um plano de
tratamento meticuloso. O profissional atento aos princípios
da técnica e com um bom planejamento evita os insucessos.
O bom posicionamento do implante, apresentando uma
estabilidade primária e mantendo o cuidado com os tecidos
gengivais e osso adjacente à região, é, ainda, a melhor
escolha para um bom final de tratamento.
A instalação de implantes imediatos em alvéolos
frescos é uma realidade com alta previsibilidade de sucesso. É
uma técnica onde é feita a instalação do implante
imediatamente após a extração do elemento dentário a ser 1substituído pela implantação .
Inúmeras são as vantagens relacionadas a essa
técnica. A limitação da reabsorção óssea e o tempo de 12tratamento reduzido, custo reduzido da técnica , aceitação
psicológica do paciente e a diminuição do número de
intervenções cirúrgicas, melhor resolução estética por 14,13manutenção das papilas interproximais . Contudo, a
dificuldade de recobrir o sítio do implante com tecido mole e
a estabilidade primária do implante são tidos, como algumas 3,9,15desvantagens dessa técnica .
Os implantes imediatos são indicados sempre que
haja necessidade de extração dentária, respeitando um bom
diagnóstico e plano de tratamento correto para cada caso em 4,22,25particular . É importante avaliar o montante de osso da
região receptora para que propicie a implantação 18imediata .Focos de infecção ao redor do dente a ser extraído
contraindicam a colocação do implante, mas que a presença
de alguma patologia não torna o implante imediato
contraindicado. No entanto são necessários cuidados pré e 24pós operatórios , e que somente uma inflamação periopical
15aguda pode contraindicar a implantação imediata .
A utilização de membranas de barreira não é
necessária quando a distancia entre a superfície do implante e
as paredes ao redor do osso forem menores ou iguais 7,11,142mm . Porem tratamentos de grandes defeitos peri-
implantares, fenestrações e deiscências ósseas normalmente
implicam no uso de membranas como barreiras com ou sem 14,15material de enxerto ósseo .
A fixação de implante após um período de espera
possibilita a resolução da infecção, além de um aumento na
Discussão
188
26área e volume dos tecidos moles . Entretanto, a
concomitante reabsorção do rebordo alveolar na dimensão
vestibulolingual/palatal limita as vantagens da colocação 26tardia dos implantes .
Estudos mostram que a reabsorção fisiológica do osso
alveolar vestibular e lingual/palatino ocorre naturalmente, 12com ou sem os implantes , reabsorção óssea que gira em
torno de 1,5mm, dai a necessidade de regeneração óssea ou 20tecidual entre o implante e as paredes do alvéolo .
A reabilitação estética e funcional de pacientes ainda
representa um grande desafio para a implantodontia
contemporânea e os implantes imediatos fazem parte dessa
evolução constante dos materiais e pesquisas. Mas, acima de
tudo, cabe ao profissional, além da habilidade manual e
conhecimento da técnica, fazer um bom diagnóstico e plano
de tratamento.
Conclusão
A técnica de implantação imediata, quando
precedida de uma rigorosa análise individual do caso, torna-
se um procedimento seguro, previsível e com alto índice de
sucesso.
A busca incessante dos pacientes pelo fator estético
leva a que busque sempre o perfil padrão ósseo e gengival
quando de uma exodontia. Nesse contexto, o implante
imediato é uma alternativa confiável para a manutenção da
estrutura remanescente alveolar, mesmo necessitando, às
vezes, de pequenos enxertos para alcançar tal objetivo.
O uso de membranas em implantes imediatos nem
sempre produz bons resultados e pode muitas vezes trazer
complicações com suas exposições precoces, podendo
prejudicar a regeneração óssea prevista.
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189
RESUMO
Os tratamentos reabilitadores utilizando implantes como dispositivos de fixação têm
espaço consolidado na odontologia. A demanda por melhores resultados estéticos
levou à busca de parâmetros que permitissem maior previsibilidade da estética
reabilitadora. Esses parâmetros envolvem o posicionamento tridimensional ideal do
implante e todos os recursos necessários para obtenção deste. O uso de elementos
diagnósticos prévios às fixações têm espaço crítico no plano de tratamento e execução.
Este trabalho de relato de caso clínico tem por objetivo reforçar a importância do
planejamento estético prévio através do uso de mock up e enceramento de diagnóstico
de forma a contribuir para um melhor posicionamento tridimensional dos implantes.
Palavras Chave: Implante, prótese, planejamento
ABSTRACT
Prosthetic rehabilitation treatment using implants as fixation devices have a solid
position in dentistry. The demand for better aesthetic results led to the search
parameters to allow greater predictability of esthetic restorative. These parameters
involve the best three-dimensional positioning of the implant and all the resources
needed to achieve this. The use of diagnostic elements prior to the anchorages have
critical space in the treatment plan and execution. This work of case report aims to
enhance the aesthetic importance of prior planning by using mock diagnostic wax-up
and to contribute to a better three-dimensional positioning of the implants.
Keyword: Implant, prosthesis, planning
USO DE MOCK UP NO PLANEJAMENTOPROTÉTICO REABILTIADOR
MOCK UP IN REHABILITATIONPROSTHETIC PLANNING
1FábioShiniti Mizutani2Mauro Cristiano Caetano Rossi
3Renato de Paiva Mandetta4Osni Santo de Godoy
1Professor Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da UNINGÁ Unidade Avançada Chapecó - SC2Professor Coordenador do Curso de Especialização em Implandotodontia da ABO Regional Uberaba - MG3Mestrando em Prótese Dentária SLMandic4Técnico em Prótese Dentária
190
Introdução
Relato de Caso Clínico
A reabilitação oral com próteses implanto-suportadas
tem se tornado um procedimento freqüente na clínica
odontológica. Embora o sucesso dos implantes
osseointegrados este ja bem documentado na 1,2literatura ,falhas no planejamento ou na execução da
técnica podem levar a casos onde, apesar de osseintegrado, o
implante não apresenta condições de restauração satisfatória 3devido ao seu posicionamento inadequado .
O objetivo do tratamento restaurador, através de
implantes osseointegráveis, é o de preservar a integridade das
estruturas nobres intrabucais além de recuperar a estética e a
funcionalidade do sistema estomatognático de acordo com a 4,5satisfação objetiva e subjetiva do paciente tratado . Esses
objetivos só poderão ser alcançados através de um
planejamento multidisciplinar antes da colocação do
implante, ou seja, existe a necessidade de se ampliar a visão
técnica, vislumbrando o resultado final do tratamento
reabilitador através de um planejamento prévio. Da mesma
forma, a apresentação da proposta de tratamento ao
paciente também proporcionará a este o bem-estar 6psicológico .
Dentro do planejamento, em primeira análise, deverá
ser verificada a disposição biológica do caso, seja de ordem
geral ou localizada como também as de ordem social e 7,8econômica que deverão ser consideradas e correlacionadas .
O paciente a ser submetido ao implante dentário deverá
passar por avaliação médica, avaliação odontológica através
do exame clínico, exame radiográfico (periapical,
panorâmico, oclusal, lateral (perfil), tomografia
computadorizada), modelo de estudo (montado em
articulador), documentação fotográfica. Diante de um
paciente edêntulo, o profissional deve preocupar-se também
com os problemas psicológicos que a perda dental ocasionou 6, 7, 9,10ao paciente .
O conhecimento dos parâmetros que influenciam a
estética perimplantar é de suma importância para a obtenção
de resultados satisfatórios que se mantenham por longo 8,11,12,13prazo . Avaliar os fatores anatômicos, biológicos,
cirúrgicos e protéticos é fundamental para se obter um
posicionamento tridimensional ideal de implantes
osseointegráveis, com melhor resultado estético e 10,14,15,16funcional . Este relato de caso clínico visa salientar a
importância do uso de mock up no planejamento das
reabilitações protéticas através de um artefato obtido pelo
enceramento de diagnóstico que evidencia e enumera as
necessidades e abordagens do paciente.
Paciente A.B, sexo feminino, caucasiana, 35 anos,
compareceu ao ambulatório odontológico da Associação
Brasileira de Odontologia (ABO) Regional Uberaba - MG, à
procura por tratamento reabilitador com implantes. Em
anamnese foi identificado na queixa principal, o desejo de
fixar definitivamente a prótese da arcada superior, e
nenhuma desordem de base foi relatada. Em exame clínico
intra oral, notou-se ausência de vários elementos dentários e
presença de uma prótese removível. Notou-se ainda uma
deficiência esquelética anterior superior provocada por
atrofia da pré-maxila com conseqüente prótese com mordida
cruzada. Os elementos dentários não apresentavam lesão
cariosa nem doença periodontal ativa. Em exame clínico extra
oral em vista frontal notou-se um sorriso baixo, leve
assimetria facial com protusão mandibular e em vista lateral
foi identificado uma discrepância maxilo mandibular. Foram
solicitados à paciente exames complementares e
radiográficos e foram obtidas moldagem de estudo e
referências para montagem em articulador.
As moldagens foram encaminhadas ao Laboratório
de Prótese onde realizou-se enceramento de diagnóstico e
confecção de um mock-up para avaliação estética da
paciente, a partir do qual será traçado o plano de tratamento
reabilitador, conjuntamente com o exames radiográficos.
Na sessão subsequente foram analisados os exames da
paciente, fora provado o mock up e fora explicado à ela as
opções de tratamento disponíveis para a reabilitação do caso.
Não trata-se do caso para esse artigo, mas o plano de
tratamento eleito obedece a seguinte sequência clínica:
Cirurgia de split crest anterior, associado à regeneração óssea
guiada, aguardo de 9 meses, cirurgia de implantes nas
regiões de 12 e 22, aguardo de osseointegração, reabertura
dos implantes, moldagem de transferência, confecção de
prótese provisória para condicionamento estético gengival,
prova de estrutura metálica, prova de cerâmica e instalação
da prótese. A paciente assinou termo de consentimento livre
esclarecido, dando ciência de cronologia de tratamento,
passos envolvidos na reabilitação, materiais e metodologia
eleitos para o seu tratamento. Em futuros artigos
subsequentes, re lataremos e descreveremos o
desenvolvimento das etapas clínicas.
Fotografia Frontal
191
Fotografia Lateral
Fotografia do sorriso
Fotografia do sorriso
Fotografia intra bucal com prótese
Fotografia intra bucal sem prótese
Fotografia do modelo articulado
Fotografia do modelo com mock up vista lateral
Fotografia do modelo com mock up vista frontal
192
Fotografia do modelo com mock up vista lateral
Fotografia com mock up em posição
Fotografia com mock up em posição
Fotografia do sorriso com mock up
Discussão
O tratamento com implantes osseointegráveis
inicialmente proposto por Brånemark envolvia a reabilitação
total funcional de uma arcada, sem grandes preocupações 1,2com a estética . A medida que os tratamentos foram
evoluindo para próteses parciais ou unitárias, houve um
aumento na exigência estética, demandando o
estabelecimento de parâmetros que tornassem previsível a 3,7,10obtenção desses resultados . Desde então, o estudo dos
fatores que influenciam a estética perimplantar tem crescido 8, 9intensamente .
Costuma-se afirmar que toda prótese implanto
suportada começa pelo final devido ao planejamento
protético. De posse dos modelos montados em articulador,
enceramento diagnóstico e exame radiográfico, serão
analisados fatores de ordem local, como a relação espacial
entre os arcos, comprimento do espaço protético,
comprimento e largura das futuras coroas, necessidade de
agregar gengiva artificial, posição e número de 3,4,5,6,11implantes . No exame extra-oral a linha do sorriso, a
dimensão vertical e o suporte de lábio são, também, fatores
determinantes para escolha do tipo de prótese. Já intra-
oralmente, o tecido mole, a quantidade e a qualidade do
rebordo remanescente são analisados para o planejamento 7,9,12,13,15cirúrgico .
Um implante instalado com inclinação vestibular
acentuada resultará em risco potencial de recessão da
margem da mucosa, uma vez que a espessura da parede
óssea vestibular será reduzida, enquanto implantes com
posicionamento mésio-distal impróprio poderão levar ao 13,17,18comprometimento da papila interdental . Implantes de
plataforma larga podem ficar muito próximos dos dentes
vizinhos ou se estender muito vestibularmente, levando às 16,18complicações anteriormente descritas .
A guia cirúrgica é um artefato que orienta o cirurgião
no momento da instalação do implante em relação à posição
das fresas, para que os implantes sejam instalados
respeitando os limites mesio-distal, vestíbulo- palatino e 9,10,12ápico-coronal . Mesmo nos casos onde a oferta de tecidos
mole e duro parece satisfatória, se faz necessário uma
minuciosa avaliação para evitar surpresas desagradáveis que 7,8 comprometam o resultado final do tratamento . Um
perfeito entendimento das conseqüências da manipulação
dos tecidos perimplantares é indispensável para o sucesso
estético dos implantes osseointegráveis. Se um ótimo tecido
mucoso perimplantar está presente, todo esforço deve ser
usado no sentido de preservar a arquitetura presente.
Quando não é necessário nenhum procedimento corretivo
dos tecidos perimplantares, uma cirurgia sem retalho deve
ser preferida. Porém quando um defeito é percebido, este
193
deve ser corrigido antes da instalação do implante, para que
este possa ser instalado em uma posição tridimensional 8,13,18ideal .
O posicionamento tridimensional ideal do implante é
um fator chave na obtenção da estética e funcionalidade para
Conclusão
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as próteses sobre implante. Nos planejamentos reabilitadores
deve-se observar o tecido mucoso e ósseo, e programar as
cirurgias corretivas anteriormente à instalação do implante.
Para tanto, um bom planejamento com enceramento
diagnóstico e uma correta guia cirúrgica e estética são de
fundamental importância.
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técnica do teto, apresentação e metodologia. O
resultado da avaliação é devolvido primeiro ao autor
do artigo, posterior à publicação da revista, será
fornecido gratuitamente um exemplar da revista
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2.5.3. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais
de ensino e/ou pesquisa deverão conter no texto
referências à aprovação pelo Comitê de Ética.
2.5.4. Os trabalhos que se referirem a relato de caso clínico
com identificação do paciente deverão conter o
Termo de Consentimento do Paciente, assinado por
este.
3. APRESENTAÇÃO
3.1. Estrutura
3.1.1. Trabalhos científicos (pesquisas, artigos e teses)
Deverão conter título em português, nome(s) do(s)
autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo,
unitermos, introdução e/ou revisão da literatura,
proposição, material(ais) e método(s), resultados,
discussão, conclusão, título em inglês, resumo
em inglês (abstract), unitermos em inglês (key
words) e referências bibliográfcas. Limites: texto
com, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços),
4 tabelas ou quadros, 4 gráfcos e 16 fguras/imagens.
3.1.2. Revisão da literatura - Deverão conter título em
português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s)
autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou
proposição, revisão da literatura, discussão,
conclusão, título em inglês, resumo em inglês
(abstract), unitermos em inglês (key words) e
referências bibliográfcas. Limites: texto com, no
máximo, 25.000 caracteres (com espaços), 10
páginas de texto, 4 tabelas ou quadros, 4 gráficos e
16 figuras.
3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) - Deverão conter título
em português, nome(s) do(s) autor(es), titulação
do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução
e/ou proposição, relato do(s) caso(s) clínico(s),
discussão, conclusão, título em inglês, resumo
em inglês (abstract), unitermos em inglês (key
words) e referências bibliográfcas. Limites: texto
com, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços),
2 tabelas ou quadros, 2 gráficos e 32 figuras.
3.2. Formatação de página:
a. Margens superior e inferior: 2,5 cm
b. Margens esquerda e direita: 3 cm
c. Tamanho do papel: carta
195
d. Alinhamento do texto: justifcado
e. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos:
1,25 cm
f. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas
g. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado
h. As páginas devem ser numeradas
3.3. Formatação de texto:
a. Tipo de fonte: times new roman
b. Tamanho da fonte: 12
c. Título em português: máximo de 90 caracteres
d. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos
principais
e. Resumos em português e inglês: máximo de
250 palavras cada
f. Unitermos e key words: máximo de cinco.
Consultar Descritores em Ciências da Saúde - Bireme
(www.bireme.br/decs/)
3.4 Citações de referências bibliográfcas
a. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação,
no qual somente os números índices das referências,
na forma sobrescrita, são indicados no texto.
b. Números seqüenciais devem ser separados por
hífen (ex.: 4-5); números aleatórios devem ser
separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21).
c. Não citar os nomes dos autores e o ano de
publicação.
Exemplos:
Errado: “Bergstrom J, Preber H2 (1994)...”
Correto: “Vários autores 1,5,8 avaliaram que a
saúde geral e local do paciente é necessária para o
sucesso do tratamento”; “Outros autores 1-3
concordam...”
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográficas
por trabalho.
4.2. A exatidão das referências bibliográficas é de
responsabilidade única e exclusiva dos autores.
4.3. A apresentação das referências bibliográficas deve
seguir a normatização do estilo Vancouver, conforme
orientações fornecidas pelo International Committee
of Medical Journal Editors (www.icmje.org) no
“Uniform Requirements for Manuscripts Submitted
to Biomedical Journals”.
4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de
acordo com o “List of Journals Indexed in Index
Medicus” (www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) e
impressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado.
4.5. As referências devem ser numeradas em ordem de
entrada no texto pelos sobrenomes dos autores, que
devem ser seguidos pelos seus prenomes
abreviados, sem ponto ou vírgula. A vírgula só deve
ser usada entre os nomes dos diferentes autores.
Incluir ano, volume, número (fascículo) e páginas do
artigo logo após o título do periódico.
Exemplo:
“1. Bergstrom J, Preber H. Tobaco use as a risk
factor. J Periodontal 1994; 65:545-50.
2. Lorato DC. Infuence of a composite resin
restoration on the gengival. Prosthet Dent
1992;28:402-4.
3. Meyer DH, Fives-Taylor PM. Oral pathogens: from
dental plaque to cardiace disease. Cure opin
microbial; 1998:88-95.”
4.5.1. Nas publicações com até seis autores, citam-se
todos.
4.5.2. Nas publicações com sete ou mais autores, citam-se
os seis primeiros e, em seguida, a expressão latina et
al.
4.6. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais,
trabalhos em andamento e os não publicados; caso
seja estritamente necessária sua citação, as
informações não devem ser incluídas na lista de
referências, mas citadas em notas de rodapé.
4.7. Exemplos
4.7.1. Livro:
Brånemark P-I, Hansson BO, Adell R, Breine U,
Lindstrom J, Hallen O, et al. Osseointegrated
implants in the treatment of the edentulous jaw.
Experience form a 10-year period. Scan J Plastic Rec
Surg 1977; 16:1-13.
4.7.2. Capítulo de livro:
Baron, R. Mechanics and regulation on ostoclastic
boné resorption. In: Norton, LA, Burstone CJ. The
biology of tooth movement. Florida: CRC, 1989. p
269-73.
4.7.3. Editor(es) ou compilador(es) como autor(es):
Brånemark P-I, Oliveira MF, editors. Craniofacial
prostheses: anaplastology and osseointegration.
Illinois: Quintessence; 1997.
4.7.4. Organização ou sociedade como autor:
Clinical Research Associates. Glass ionomer-resin:
state of art. Clin Res Assoc Newsletter 1993;17:1-2.
4.7.5. Artigo de periódico:
Diacov NL, Sá JR. Absenteísmo odontológico. Rev
Odont Unesp 1988;17(1/2):183-9.
4.7.6. Artigo sem indicação de autor:
Fracture strenght of human teeth with cavity
preparations. J Prosth Dent 1980;43(4):419-22.
4.7.7. Resumo:
Steet TC. Marginal adaptation of composite
restoration with and without fowable liner [resumo]
J Dent Res 2000; 79:1002.
4.7.8. Artigo citado por outros autores apud:
196
Sognnaes RF. A behavioral courses in dental school. J
Dent Educ 1977;41:735-37 apud Dent Abstr
1978;23(8):408-9.
4.7.9. Dissertação e tese:
Molina SMG. Avaliação do desenvolvimento físico
de pré-escolares de Piracicaba, SP. [Tese de
Doutorado]. Campinas: Universidade Estadual de
Campinas; 1997.
4.7.10. Trabalho apresentado em evento:
Buser D. Estética em implantes de um ponto de vista
cirúrgico. In: 3º Congresso Internacional de
Osseointegração: 2002; APCD - São Paulo. Anais.
São Paulo: EVM; 2002. p 18.
4.7.11. Artigo em periódico on-line/internet:
Tanriverdi et al. Na in vitro test model for
investigation of desinfection of dentinal tubules
infected whith enterococcus faecalis. Braz Dent J
1997, 8(2):67-72. [Online] Available from Internet
<http://www.forp.usp.br/bdj/t0182.html>. [cited
30-6-1998]. ISSN 0103-6440.
5. TABELAS OU QUADROS
5.1. Devem constar sob as denominações “Tabela” ou
“Quadro” no arquivo eletrônico e ser numerados em
algarismos arábicos.
5.2. A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadro
e ser posicionada abaixo destes ou indicada de forma
clara e objetiva no texto ou em documento anexo.
5.3. Devem ser auto-explicativos e, obrigatoriamente,
citados no corpo do texto na ordem e sua
numeração.
5.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos
em nota colocada abaixo do corpo da tabela/quadro
ou em sua legenda.
6. FIGURAS/ IMAGENS
6.1. Devem constar sob a denominação “Figura” e ser
numeradas com algarismos arábicos.
6.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo
ou folha impressa à parte.
6.3. Devem, obrigatoriamente, ser citadas no corpo do
texto na ordem de sua numeração.
6.4. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua
legenda.
6.5. Na apresentação de imagens e texto, deve-se evitar o
uso de iniciais, nome e número de registro de
pacientes. O paciente não poderá ser identificado ou
estar reconhecível em fotografas, a menos que
expresse por escrito o seu consentimento, o qual
deve acompanhar o trabalho enviado.
6.6. Devem possuir boa qualidade técnica e artística,
utilizando o recurso de resolução máxima do
equipamento/câmera fotográfica.
6.7. Devem ser enviadas gravadas em CD, com resolução
mínima de 300dpi, nos formatos TIF ou JPG e largura
mínima de 10 cm.
6.8. Não devem, em hipótese alguma, ser enviadas
incorporadas a arquivos de programas de
apresentação (PowerPoint), editores de texto (Word
for Windows) ou planilhas eletrônicas (Excel).
7. GRÁFICOS
7.1. Devem constar sob a denominação “Gráfica”,
numerados com algarismos arábicos e fornecidos,
preferencialmente, em arquivo à parte, com largura
mínima de 10 cm.
7.2. A legenda deve acompanhar o gráfico e ser
posicionada abaixo deste.
7.3. Devem ser obrigatoriamente, citados no corpo do
texto, na ordem de sua numeração.
7.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos
em sua legenda.
7.5. As grandezas demonstradas na forma de barra,
setor, curva ou outra forma gráfica devem vir
acompanhadas dos respectivos valores numéricos
para permitir sua reprodução com precisão.
Importante:
1. Envie seu trabalho apenas pelo correio, em envelope com:
• CD, identificado com etiqueta, contendo o texto gravado
nos formatos DOC ou RTF (Word for Windows ou editores
de texto compatíveis), e as imagens (se houver) nos
formatos JPG ou TIF, em alta resolução (300 dpi). Atenção:
apenas o texto do trabalho deve estar no formato DOC
(Word). Em hipótese nenhuma, as imagens devem estar
contidas em um arquivo DOC ou PPT (PowerPoint). Em
caso de dúvida, entre em contato com a redação pelo
telefone (49) 3323-0438.
•Impressos completos do trabalho enviado, do Termo de
Cessão de Direitos Autorais, assinado, e do Termo de
Consentimento do Paciente, se for o caso.
2. Os trabalhos devem conter imprescindivel-mente, todos os
dados para contato com o autor principal (endereço,
telefones e e-mails).
3. Todos os trabalhos enviados devem respeitar os limites
máximos de tamanho de texto e quantidade de
imagens/figuras. Antes de postar, confira se o trabalho
está de acordo com esses limites no item 3, Apresentação,
das Normas de Publicação.
4. Dados para envio dos trabalhos:
Actual Dental Science
Rua Guaporé, 403 - D
89801-100 - Centro - Chapecó - SC.
197
Hospedar-se bem
hem C apecó
Rua: Benjamin Constant, 281 D - Centro
CEP: 89801-070 - Chapecó/SC - Brasil
Tel: (49) 3319-2000
e-mail: [email protected]
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