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Macro latam mensal Cenário Macro | 2 de outubro de 2020 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento. Economia global Recuperação deve prosseguir, apesar de riscos no curto prazo ............................. 3 Apesar de maiores riscos no curto prazo, esperamos que a recuperação global continue. Na Europa, a segunda onda de infecções se mostrou menos letal, e medidas de isolamento social mais rígidas provavelmente serão evitadas. Nos EUA, a aprovação do pacote fiscal antes das eleições é improvável, e, ainda que nenhum dos candidatos pareça ser uma ameaça à recuperação global, uma possível contestação do resultado é um risco. Olhando à frente, a imunização continua a ser peça central para a normalização, e esperamos uma aprovação emergencial de vacinas nos EUA e na Europa até o final do ano. Brasil Economia se recuperando, mas falta definição fiscal ................................................. 7 Há sinais de recuo no contágio do vírus, e riscos de uma segunda onda parecem contidos, o que deve continuar auxiliando a recuperação econômica. As incertezas fiscais, no entanto, permanecem altas, já que as demandas por expansão de gastos sociais no próximo ano e a manutenção do teto de gastos em seu formato atual podem levar a um impasse. América Latina Nossas projeções ........................................................................................................... 11 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB ( %) -3,4 -3,7 6,0 6,0 PIB (%) -7,7 -7,8 4,2 4,1 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -4,5 -4,5 3,5 3,5 PIB (%) -10,7 -10,7 3,7 3,7 BRL / USD (dez) 5,25 5,25 4,50 4,50 MXN / USD (dez) 21,00 21,00 21,00 21,00 Taxa de Juros (dez,%) 2,00 2,00 3,00 3,00 Taxa de Juros (dez,%) 4,25 4,25 3,50 3,50 IPCA (%) 2,5 2,0 2,8 2,8 IPC (%) 3,8 3,8 3,2 3,2 Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -12,0 -12,7 4,5 4,5 PIB (%) -5,5 -5,5 5,5 5,5 ARS / USD (dez) 86,0 86,0 127,0 127,0 CLP / USD (dez) 800 800 770 770 BADLAR - (dez, %) 33,0 33,0 33,0 33,0 Taxa de Juros (dez,%) 0,50 0,50 0,50 0,50 Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior PIB (%) -6,0 -6,0 4,5 4,5 PIB (%) -11,9 -11,9 9,6 9,6 COP / USD (dez) 3650 3650 3650 3650 PEN / USD (dez) 3,50 3,50 3,40 3,40 Taxa de Juros (dez,%) 1,75 2,00 2,00 2,00 Taxa de Juros (dez,%) 0,25 0,25 0,25 0,25 IPC (%) 2,0 2,0 3,0 3,0 IPC (%) 0,9 0,5 1,2 1,2 Revisão de Cenário Mundo América Latina e Caribe 2021 2020 2020 Peru 2020 2021 2020 2021 2021 Argentina Chile 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2021 2020 Brasil México Pesquisa macroeconômica Itaú Mario Mesquita Economista-Chefe [email protected] Clique e confira nossas análises nos podcasts Itaú Views: Macro e Research. & Itaú Morning Call

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Page 1: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

Macro latam mensal Cenário Macro | 2 de outubro de 2020

A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.

Economia global

Recuperação deve prosseguir, apesar de riscos no curto prazo ............................. 3

Apesar de maiores riscos no curto prazo, esperamos que a recuperação global continue. Na Europa, a segunda onda de infecções se mostrou menos letal, e medidas de isolamento social mais rígidas provavelmente serão evitadas. Nos EUA, a aprovação do pacote fiscal antes das eleições é improvável, e, ainda que nenhum dos candidatos pareça ser uma ameaça à recuperação global, uma possível contestação do resultado é um risco. Olhando à frente, a imunização continua a ser peça central para a normalização, e esperamos uma aprovação emergencial de vacinas nos EUA e na Europa até o final do ano.

Brasil

Economia se recuperando, mas falta definição fiscal ................................................. 7

Há sinais de recuo no contágio do vírus, e riscos de uma segunda onda parecem contidos, o que deve continuar auxiliando a recuperação econômica. As incertezas fiscais, no entanto, permanecem altas, já que as demandas por expansão de gastos sociais no próximo ano e a manutenção do teto de gastos em seu formato atual podem levar a um impasse.

América Latina

Nossas projeções ........................................................................................................... 11

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB ( %) -3,4 -3,7 6,0 6,0 PIB (%) -7,7 -7,8 4,2 4,1

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) -4,5 -4,5 3,5 3,5 PIB (%) -10,7 -10,7 3,7 3,7

BRL / USD (dez) 5,25 5,25 4,50 4,50 MXN / USD (dez) 21,00 21,00 21,00 21,00

Taxa de Juros (dez,%) 2,00 2,00 3,00 3,00 Taxa de Juros (dez,%) 4,25 4,25 3,50 3,50

IPCA (%) 2,5 2,0 2,8 2,8 IPC (%) 3,8 3,8 3,2 3,2

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) -12,0 -12,7 4,5 4,5 PIB (%) -5,5 -5,5 5,5 5,5

ARS / USD (dez) 86,0 86,0 127,0 127,0 CLP / USD (dez) 800 800 770 770

BADLAR - (dez, %) 33,0 33,0 33,0 33,0 Taxa de Juros (dez,%) 0,50 0,50 0,50 0,50

Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9

IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0

Colômbia

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) -6,0 -6,0 4,5 4,5 PIB (%) -11,9 -11,9 9,6 9,6

COP / USD (dez) 3650 3650 3650 3650 PEN / USD (dez) 3,50 3,50 3,40 3,40

Taxa de Juros (dez,%) 1,75 2,00 2,00 2,00 Taxa de Juros (dez,%) 0,25 0,25 0,25 0,25

IPC (%) 2,0 2,0 3,0 3,0 IPC (%) 0,9 0,5 1,2 1,2

Revisão de Cenário

Mundo América Latina e Caribe

2021 2020

2020

Peru2020 2021

2020 2021 2021

Argentina Chile

2020 2021

2020 2021 2020 2021

2021 2020

Brasil México

Pesquisa macroeconômica – Itaú

Mario Mesquita Economista-Chefe [email protected]

Clique e confira nossas análises nos podcasts

Itaú Views: Macro e Research.

&

Itaú Morning Call

Page 2: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

A recuperação continua

Embora uma segunda onda de coronavírus continue a avançar na Europa, as chances de novas medidas de

isolamento social mais rigorosas na região seguem reduzidas, já que as hospitalizações aumentaram apenas

um pouco e o número de novos óbitos permanece baixo . O surto de verão também mostrou sinais de

arrefecimento nos EUA e, na América Latina, o contágio continua gradualmente diminuindo. A recuperação

global deve prosseguir, mas não sem alguns riscos no curto prazo. Embora nenhum dos dois candidatos

ameace a recuperação econômica, uma eleição presidencial contestada nos EUA é uma fonte de incertezas,

dados os votos por correio, cada vez mais relevantes, e a possibilidade de uma corrida mais disputada pela

frente. Em qualquer caso, para uma recuperação econômica completa, as vacinas continuam sendo

fundamentais. E, nesse sentido, mesmo as que estão mais avançadas nas pesquisas provavelmente não

conseguirão obter as regulamentações necessárias antes do final do ano.

Na América Latina, as economias continuam retornando à normalidade, e a atividade econômica está

registrando fortes ganhos na margem. Como temos destacado, esperamos que o PIB do Brasil tenha um recuo

neste ano menor do que outras grandes economias da região, devido a medidas de distanciamento social mais

brandas e fortes estímulos monetários e fiscais (na outra ponta do espectro, Peru, México e Argentina

provavelmente mostrarão os piores desempenhos). Apesar das notícias mais positivas do lado da atividade

econômica, os preços dos ativos na região tiveram um desempenho fraco no último mês, uma vez que os

riscos globais mencionados acima se somaram a problemas internos (leia-se: políticos e/ou fiscais). As taxas

de câmbio permanecem muito mais depreciadas do que antes da pandemia, contribuindo para importantes

mudanças nas contas externas da região.

Para o Brasil, mantivemos a maioria de nossas principais projeções macroeconômicas inalteradas. Há sinais de

melhora no contágio do coronavírus e os riscos associados a uma segunda onda parecem contidos, dando

suporte para a recuperação econômica e a nossa projeção, mais moderada que o consenso, de uma queda de

4,5% do PIB este ano (+3,5% em 2021). As preocupações com a inflação devem diminuir gradualmente no

médio prazo, uma vez que os efeitos do hiato do produto ainda bastante elevado devem persistir para além das

pressões recentes sobre preços dos alimentos. As incertezas fiscais, no entanto, permanecem elevadas, à

medida em que a demanda por maiores gastos sociais vai de encontro ao teto de gastos, a principal âncora

fiscal do país. Condicional à manutenção do regime fiscal, esperamos que a taxa básica de juros permaneça

em 2,0% até meados do próximo ano, subindo para 3,0% ao final de 2021.

Cordialmente,

Mario Mesquita e equipe de macroeconomia

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Economia global

Recuperação deve prosseguir, apesar de riscos no curto prazo

Na Europa, a segunda onda de coronavírus é

menos letal e não deve levar a medidas de

isolamento mais rigorosas

O número de casos de coronavírus aumentou em

toda a Europa, mas novos óbitos e hospitalizações

permanecem baixos. Novos casos continuaram

subindo rapidamente na maioria dos países e já

superam os níveis de março e abril, principalmente na

Espanha, França e Reino Unido. No entanto, o surto

mostra alguns sinais preliminares de estabilização.

Apesar do maior número de casos, a alta no número de

pacientes hospitalizados permaneceu contida, e os

dados de novas mortes seguem baixos em todos os

países, provavelmente porque, desta vez, o contágio

infectou a população mais jovem e os

tratamentos/medicamentos estão mais eficientes.

Assim, novas medidas de isolamento social em escala

nacional provavelmente serão evitadas.

A recuperação econômica deve continuar, embora

em ritmo mais lento, sem medidas rigorosas de

isolamento. Nosso índice diário de atividade

desacelerou nos últimos dias, e os indicadores de

confiança dos empresários (PMIs, na sigla em inglês)

recuaram em setembro. Por outro lado, dados de

mobilidade e pesquisas regionais em diferentes países

seguiram melhorando, sinalizando que a normalização

da atividade permanece. Esperamos que a recuperação

continue, já que medidas rigorosas de isolamento

provavelmente serão evitadas. Esperamos um salto no

crescimento trimestral do PIB da região de 10,0% no

3T20, após um tombo de 11,8% no 2T20.

Recuperação deve continuar, mas em ritmo mais

lento

Fonte: Itaú

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Índice

Tracking diário ChinaTracking diário EUA

Tracking diário Europa

Maiores riscos para os próximos meses preocupam, mas, a nosso ver, a recuperação global continuará.

Na Europa, a segunda onda de contágio pelo coronavírus é menos letal, e medidas mais rigorosas de

isolamento social provavelmente serão evitadas. Continuamos projetando variação do PIB de -7,0% em 2020

e 6,0% em 2021. Ajustamos a estimativa para a taxa de câmbio para 1,22 dólar por euro em 2020 (de 1,25),

mas mantivemos a projeção para 2021 em 1,25 dólar por euro.

Nos EUA, o pacote fiscal não deve ser aprovado antes da eleição presidencial, mas as taxas de poupança e a

melhora do mercado de trabalho sustentarão o crescimento do consumo no 4T20. Melhoramos a projeção

para o PIB em 2020 de -5,0% para -4,0% e mantivemos a estimativa para 2021 em 4,0%.

Uma possível contestação do resultado da eleição nos EUA é um risco, mas nenhum dos candidatos parece

ser uma ameaça à recuperação global.

A economia da China deve se expandir 2,3% em 2020 e 7,5% em 2021, ainda que o novo Plano Quinquenal

reduza as metas de crescimento de médio prazo para a faixa de 5,0% a 5,5%. Revisamos a previsão para a

taxa de câmbio em 2020 de 6,85 para 6,75 yuans por dólar.

A imunização continua a ser peça central para a normalização. Ainda esperamos uma aprovação emergencial

de uma vacina nos EUA e na Europa até o final do ano.

América Latina: as economias estão reabrindo, mas as moedas da região ainda não estão se beneficiando.

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Mantivemos nossas projeções para o crescimento

do PIB em -7,0% para 2020 e 6,0% para 2021.

Revisamos a projeção para a taxa de câmbio para

1,22 dólar por euro em 2020 (de 1,25), considerando

as cotações atuais, e mantivemos a estimativa para

2021 em 1,25 dólar por euro.

Nos EUA, as taxas de poupança e a melhora

do mercado de trabalho sustentarão o

crescimento no 4T20

A economia continuou em recuperação, à medida

que o surto mais forte do vírus durante a temporada

de verão perdeu velocidade. Dados de alta frequência

e indicadores mensais apontam para uma recuperação

do crescimento mais forte que o esperado no 3T20, que

atualmente estimamos em 33,2% na comparação

trimestral anualizada e com ajuste sazonal.

Achamos improvável que um novo pacote fiscal

seja aprovado antes da eleição, mas as taxas de

poupança e recuperação dos níveis de emprego

darão sustentação ao consumo no 4T20. As

negociações para outro pacote fiscal não avançaram, e

é improvável que haja novos estímulos antes da

eleição. Ainda assim, acreditamos que o crescimento

continuará se recuperando, uma vez que a

normalização das taxas de poupança e a melhora do

emprego estimularão o consumo no 4T20.

Melhoramos a projeção de crescimento do PIB em

2020 para -4,0% (de -5,0%) e mantivemos a

estimativa para 2021 em 4,0%.

Existe risco de contestação do resultado da

eleição nos EUA, mas nenhum candidato

parece ser uma ameaça à recuperação global

O candidato democrata Joe Biden continua à frente

do presidente Donald Trump nas pesquisas de

intenção de voto, mas sua vantagem pode diminuir

dependendo dos dados econômicos, da evolução do

coronavírus e dos protestos sociais. Biden mantém

liderança sólida nas pesquisas nacionais, de cerca de

8,0 pontos, e está de 3,5 a 4,0 pontos à frente nos

principais estados decisivos. Estimamos que sua

vantagem nesses estados possa diminuir para 2,8

pontos, dependendo da evolução do vírus, da

recuperação econômica e do menor apoio aos protestos

ligados ao movimento Black Lives Matter.

Porém, o maior volume de votos por correio e a

possibilidade de uma disputa acirrada à frente

elevam o risco de contestação do resultado eleitoral.

O voto por correspondência vem aumentando em

eleições recentes e representou 21% dos eleitores em

2016. É provável que, devido à pandemia, a parcela

supere 50% neste ano. A integridade dessa modalidade

de votos gerou questionamentos recentes,

principalmente por parte de Trump e alguns

republicanos, aumentando a chance de contestação do

resultado das eleições em alguns estados decisivos.

No entanto, nenhum candidato parece representar

uma ameaça à recuperação global. Embora algumas

das propostas econômicas de Biden possam prejudicar

o mercado de ações nos EUA, como aumento de

impostos corporativos e mais regulamentação em

setores específicos, esse movimento provavelmente

seria compensado por estímulos fiscais com maiores

gastos em infraestrutura e a ausência de disputas

tarifárias adicionais com a China. Em relação a Trump, a

possibilidade de ganhos adicionais é limitada, já que

maiores estímulos fiscais parecem improváveis com um

Congresso dividido e sua postura em relação à China

permanecerá agressiva.

Biden mantém vantagem nas pesquisas

nacionais...

Fonte: Itaú, FiveThirtyEight

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

... e também em estados decisivos

Fonte: Itaú, FiveThirtyEight

Economia da China pode avançar 7,5% em

2021, mesmo que o novo Plano Quinquenal

diminua metas de crescimento no médio

prazo

A China se prepara para anunciar as diretrizes do

novo Plano Quinquenal após o encontro do Comitê

Central do Partido Comunista, de 26 a 29 de

outubro. Devido ao cenário global desafiador e à

escalada das tensões com os EUA, o novo plano deve

mostrar redução da meta de crescimento, talvez para a

faixa de 5,0% a 5,5%, comparado à faixa de 6,0% a

6,5% antes da pandemia. Ainda assim, a revisão não

mudaria nossa visão sobre as perspectivas para o

crescimento em 2021, uma vez que nossa estimativa

de avanço do PIB de 7,5% para o próximo ano reflete

mais o efeito-base de 2020 do que uma aceleração

adicional da atividade econômica.

Como a recuperação da China continua, revisamos

nossa projeção para a taxa de câmbio em 2020 para

6,75 yuans por dólar, comparado a 6,85 yuans por

dólar no cenário anterior.

Esperada para o 4T20, vacina é fundamental

para consolidação da recuperação econômica

A chegada das vacinas ainda é uma peça

fundamental para o avanço da recuperação

econômica. Como os casos de coronavírus já estão

aumentando em alguns países e a temporada de gripe

está começando no Hemisfério Norte, a disponibilidade

de vacinas dará sustentação ao processo de

normalização.

Ainda esperamos uma aprovação emergencial da

vacina nos EUA e na Europa até o final do ano. Os

projetos mais adiantados — principalmente

BioNTech/Pfizer, Oxford/AstraZeneca e Sinovac —

devem divulgar os resultados dos testes de fase 3 em

algum momento do 4T20, quando pode ser concedida a

autorização de uso emergencial para liberar a produção

antecipada.

América Latina: economias estão reabrindo,

mas moedas locais ainda não se beneficiam

Com a diminuição gradativa do surto de coronavírus

na região, as economias estão voltando a abrir e a

atividade mostra fortes ganhos na margem. No

entanto, a produção permanece muito abaixo dos níveis

pré-pandemia. Como já temos detacado há algum

tempo, a economia brasileira deve encolher menos este

ano do que as outras grandes economias da região, já

que as medidas de distanciamento social não foram tão

rigorosas e os estímulos (fiscais e monetários) foram

consideráveis. Na outra ponta do espectro, Peru,

México e Argentina tiveram os piores desempenhos

devido a uma combinação menos favorável (para a

atividade econômica) de estímulos e medidas de saúde

pública.

Apesar das notícias mais positivas para a atividade

econômica, os preços de ativos na região tiveram

desempenho fraco em setembro, quando os riscos

externos (eleição nos EUA, segunda onda de

contágio na Europa) se somaram a incertezas

internas (fiscais e políticas). Nesse contexto, as taxas

de câmbio na região permanecem muito mais

depreciadas do que antes da pandemia, contribuindo

para mudanças significativas nas contas externas, o

que sugere que as taxas de câmbio estão

subvalorizadas.

As autoridades monetárias estão mais cautelosas

diante das taxas de juros já baixas e, no caso do

México, da inflação elevada. Na Colômbia, o banco

central cortou a taxa básica de juros em 0,25 p.p., mas

três (entre sete) membros do comitê votaram por

manutenção da taxa, refletindo preocupações a respeito

do efeito do juro baixo sobre os fluxos de capital, em

uma economia que ainda apresenta amplo déficit em

conta corrente. A sinalização fornecida pela instituição

também foi mais cautelosa. No México, o banco central

também reduziu o juro básico em 0,25 p.p., e, embora a

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Média das últimas 10 pesquisas em estados decisivos, %

Joe BidenDonald Trump

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

decisão tenha sido unânime, o comunicado da decisão

não sinalizou novos cortes no curto prazo. No Brasil, o

banco central deixou a taxa básica de juros inalterada

no menor nível histórico, em 2% a.a. No Chile, o banco

central encontrou espaço para retirar algumas das

medidas de liquidez que haviam sido anunciadas para

enfrentar potenciais problemas com os fundos de

pensão diante da antecipação dos saques das

poupanças recentemente aprovada pelo Congresso.

Na Argentina, o banco central reforçou os controles

sobre as compras cambiais, o que afeta as

empresas que precisam fazer pagamentos de

dívidas em moeda estrangeira. Trata-se de mais uma

solução de curto prazo para o problema da

sobrevalorização da taxa de câmbio e de esgotamento

das reservas internacionais, mas há custos associados.

A medida implica limitação do acesso aos mercados

financeiros e de capitais do exterior no futuro, apesar da

ampla liquidez global. Em nossa opinião, se o objetivo é

evitar controles cambiais, limitar perdas de reservas,

promover a recuperação da economia e manter a

inflação baixa, a Argentina deve contar com um

programa viável de consolidação fiscal.

Projeções: Economia global

Economia mundial

Crescimento do PIB Mundial - % 3.6 3.5 3.3 3.7 3.7 1.8 -3.4 6.0

EUA - % 2.5 2.9 1.6 2.4 2.9 2.4 -4.0 4.0

Zona do Euro - % 1.4 2.0 1.9 2.7 1.9 1.3 -7.0 6.0

Japão - % 0.0 1.3 0.5 2.2 0.3 0.8 -4.0 2.2

China - % 7.4 7.0 6.8 6.9 6.6 6.1 2.3 7.5

Taxas de juros e moedas

Fed funds - % 0.1 0.3 0.7 1.4 2.4 1.6 0.1 0.1

USD/EUR - final de período 1.21 1.09 1.05 1.20 1.15 1.12 1.22 1.25

YEN/USD - final de período 119.8 120.4 117.0 112.7 109.7 108.6 102.0 102.0

Índice DXY* 90.3 98.7 102.2 92.1 96.2 96.4 91.0 89.5

Fonte: FMI, Bloomberg, Itaú

2014 2020P 2021P20182017 201920162015

* O DXY é um índice para o valor internacional do dólar americano, que mede seu desempenho em relação a uma cesta de moedas incluindo:

euro, iene, libra, dólar canadense, franco suíço e coroa sueca.

Page 7: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

7

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Brasil

Economia se recuperando, mas falta definição fiscal

Coronavírus: sinais de melhora continuam

O número de novos óbitos diários continuou

recuando em setembro. A melhora foi generalizada

entre as regiões e deve prosseguir nos próximos

meses, passado o pico do vírus.

Ritmo de óbitos por coronavírus (novos óbitos

por 100 mil habitantes, média de 7 dias)

Fonte: Ministério da Saúde, Itaú

Como a ocupação hospitalar segue controlada, é

possível continuar a reabertura gradual da

economia com relativa segurança. Em particular,

serão importantes os avanços em testes para uma

vacinação em território nacional, que poderão levar a

uma normalização mais rápida da atividade

econômica em 2021.

Incertezas fiscais, por sua vez, permanecem

elevadas

Mantivemos nossas estimativas de déficit primário

de 11,7% do PIB (R$ 850 bilhões) em 2020 e de

2,5% do PIB (R$ 200 bilhões) em 2021. O impacto

fiscal das medidas de combate aos efeitos do

coronavírus neste ano deve ser de 8,6% do PIB (R$

625 bilhões).

Para 2021, esperamos um aumento de gastos

sociais da ordem de 0,45% do PIB (R$ 33 bilhões).

Anteriormente, esperávamos um aumento maior de tal

gasto (0,9% do PIB ou R$ 67 bilhões). O novo

montante projetado deve permitir uma ampliação do

Bolsa Família para cerca de 22 milhões de famílias a

um benefício médio de R$ 250, frente ao desenho

atual de 14 milhões de famílias a um benefício médio

de R$ 200.

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

abr-20 mai-20 jun-20 jul-20 ago-20 set-20

Há sinais de melhora na propagação do vírus e os riscos de uma segunda onda parecem contidos. O

número de novos óbitos continuou recuando, mesmo com a flexibilização do isolamento social. Isso, somado

ao avanço nos testes para uma vacina, deve seguir ajudando na recuperação da economia.

As incertezas fiscais, no entanto, permanecem elevadas. Esperamos déficits primários de 11,7% do PIB em

2020 e de 2,5% do PIB em 2021. O déficit do ano que vem contempla elevação de gastos sociais do Bolsa

Família de R$ 33 bilhões para R$ 66 bilhões, o que acarretará gastos acima do teto em R$ 20 bilhões em

2021. Para manter o equilíbrio fiscal, é fundamental transparência nesses gastos e aprovação de ajustes na

legislação para o acionamento automático dos chamados gatilhos do teto de gastos.

A atividade econômica segue em recuperação. Mantivemos a nossa projeção de contração de 4,5% do PIB

para este ano. Para 2021, projetamos crescimento de 3,5%.

Projetamos taxa de câmbio em R$ 5,25 por dólar ao final de 2020 e em R$ 4,50 por dólar ao final de 2021. A

apreciação mais intensa da moeda no ano que vem requer redução da incerteza fiscal.

Mantivemos nossa projeção para o IPCA de 2020 em 2,5%. Esperamos que os efeitos do hiato do produto

serão mais persistentes que a pressão recente no preço de alimentos, em ambiente de expectativas

inflacionárias ancoradas. Assim, mantivemos nossa projeção para o IPCA de 2021 em 2,8%.

Condicional às perspectivas fiscais, continuamos esperando manutenção da taxa Selic em 2,0% a.a. até

meados do ano que vem, com alta para 3,0% a.a. ao final de 2021.

Page 8: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

8

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

No nosso cenário, como contrapartida ao aumento

de gastos sociais, contemplamos ajustes na

legislação para facilitar o acionamento automático

dos gatilhos do teto com correção dos gastos

obrigatórios. Entre eles, são especialmente

importantes a contenção de reajustes reais do salário

mínimo e nominais dos salários de servidores

públicos. Além disso, há uma série de medidas de

redução de gastos que facilitariam a acomodação do

aumento de gastos sociais no limite do teto de gastos

(ver Macrovisão: Como manter o teto de gastos?).

Sem essas medidas, pode haver um impasse entre a

demanda por expansão de gastos sociais e a

manutenção do teto de gastos no seu formato atual,

que pode acarretar um novo ano de créditos

extraordinários não sujeitos ao teto.

A dívida bruta deve alcançar 93% do PIB em 2020

e 89% do PIB em 2021, ante 76% do PIB em 2019

(ver gráfico). No caso de piora fiscal adicional, a

retomada da economia ficaria ainda mais prejudicada,

e a manutenção da taxa de juros próxima às mínimas

históricas poderia ser inviabilizada. Por outro lado, a

reforma tributária, que recentemente voltou à pauta do

Congresso, pode aumentar o crescimento potencial do

país e, indiretamente, e a médio prazo, reduzir o

esforço fiscal para estabilizar a dívida pública como

proporção do produto no longo prazo (ver Macrovisão:

10 perguntas frequentes sobre a reforma tributária e

Macrovisão: Como a reforma tributária pode aumentar

o crescimento econômico do Brasil?)

Forte alta na dívida pública e maiores riscos

fiscais

Fonte: Banco Central, Itaú

Atividade em recuperação

Os indicadores de atividade continuam apontando

para uma recuperação significativa do PIB no

3T20. A produção industrial e as vendas no varejo se

recuperaram rapidamente das quedas ocorridas no

pior momento da crise (março e abril). Alguns setores

de serviços, por outro lado, têm recuperação mais

lenta porque são atividades que envolvem

aglomerações − serviços prestados a famílias, como

bares, restaurantes, salões de beleza, clubes, etc. No

entanto, mesmo esse setor vem acelerando ao longo

de agosto e setembro, de acordo com nossos

indicadores diários (ver gráfico). Continuamos

projetando crescimento de 8,3% no 3T20 com ajuste

sazonal ante o trimestre anterior. Os últimos

indicadores apontam para viés de alta em torno dessa

estimativa. Apenas o carrego estatístico de julho para

o 3T20 está em 7,0%, de acordo com nosso PIB

mensal. Uma retomada forte no 3T20 é fundamental

para nossa projeção de queda de 4,5% para o PIB de

2020.

Serviços prestados às famílias aceleraram em

agosto e setembro

Fonte: Itaú

Acreditamos que a queda da taxa de poupança

das famílias e a recuperação do mercado de

trabalho mais do que compensarão a redução dos

auxílios emergenciais à frente. A taxa de poupança

das famílias está em nível historicamente elevado, de

acordo com nossas estimativas, e deve diminuir

adiante à medida que o isolamento social diminui.

Esse fator, aliado à recuperação do mercado de

50%

55%

60%

65%

70%

75%

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85%

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26

-set

erviços prestados s famílias ares, resta ra tes, serviços de ele a, s o s, cl es, escolas, par es, ot is, resorts, serviços de limpe a e reparaç o

Page 9: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

9

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

trabalho, deve mais do que compensar a retirada dos

auxílios emergenciais, e o consumo das famílias deve

se expandir ao longo do ano que vem.

O nível baixo da taxa de juros e a recuperação

global (com maiores preços e quantidades de

exportações de commodities) são fatores

adicionais que contribuem para a retomada. O

crescimento expressivo de setores sensíveis a crédito

– principalmente o imobiliário e, em segunda medida,

o de vendas de automóveis – evidencia o papel dos

juros baixos, enquanto a expansão das exportações

mostra o papel da recuperação global. Esses fatores

apontam para risco de alta em nossa projeção de

crescimento do PIB em 2021, atualmente em 3,5%.

Por outro lado, incertezas fiscais e quanto à evolução

da pandemia apontam para riscos de baixa.

Fundamentos de câmbio mais apreciado, mas

ainda existem riscos baixistas para o real

Mantivemos a nossa previsão para a taxa de

câmbio em R$ 5,25 por dólar ao final de 2020 e em

R$ 4,50 por dólar ao final de 2021. Reduzida a

incerteza fiscal, o cenário global mais benigno (com

recuperação das principais economias no segundo

semestre deste ano), somado a um balanço de

pagamentos já ajustado (déficit em conta corrente perto

de zero), deve contribuir para a apreciação da moeda

em relação aos patamares atuais. Para o ano que vem,

à medida que a economia brasileira retome o

crescimento, há espaço para apreciação adicional da

moeda.

Há riscos para o nosso cenário de apreciação

cambial. Caso haja uma deterioração fiscal

significativa, que resulte numa saída mais forte de

capitais (com eventual fuga de capitais de brasileiros),

o real deve se depreciar mais do que no nosso cenário,

a despeito do quadro internacional mais ameno. Além

disso, as mudanças que a MP 930/2020 promoveu

sobre a tributação de investimentos no exterior podem

gerar uma compra líquida de dólares entre US$ 15 e

US$ 20 bilhões até o final do ano.

Os dados mais recentes confirmam que o câmbio

nos patamares atuais, aliado à contração da

atividade econômica, já promove um ajuste

intenso, rápido e disseminado do déficit em conta

corrente. Houve recuo expressivo nos déficits de

serviços (viagens internacionais e transportes) e de

lucros e dividendos, bem como uma melhora na

balança comercial, com queda nas importações e

exportações se mantendo em patamar elevado. Tanto

a taxa de câmbio mais depreciada quanto a contração

da atividade econômica contribuem para isso.

Esperamos déficit em conta corrente zerado em 2020

(ante projeção anterior de US$ 2 bilhões) e superávit

de US$ 3 bilhões em 2021.

Inflação: pressão em alimentos em 2020, mas

efeitos do hiato do produto serão mais

persistentes à frente

Projetamos 2,5% para o IPCA em 2020. Esperamos

alta de 13,0% nos preços de alimentação no domicílio

este ano. A inflação de curto prazo seguirá pressionada

também por combustíveis de veículos, acompanhando

a alta do preço internacional, e volta de alguns

serviços, como o setor de turismo, com pressão nos

preços de passagens aéreas. Salientamos que há risco

de alta na projeção de 2020, caso haja escalada

adicional de preços de proteína no quarto trimestre, na

esteira de exportações de carnes, que seguem fortes, e

sazonalidade no final de ano, que também tende a

pressionar o preço do produto.

Mantemos a nossa projeção para 2021 em 2,8%.

Esperamos que os efeitos do hiato do produto

serão mais persistentes que as oscilações da

inflação de alimentos em um ambiente de

expectativas inflacionárias ancoradas. A ociosidade

na economia deve seguir elevada ao longo deste ano e

do próximo. Tendo em vista a magnitude do hiato e o

tempo necessário para seu fechamento, não vemos,

neste momento, risco significativo de inflação de

demanda ao longo do próximo ano. O choque atual,

focado em alimentos, tem repasse limitado para o

próximo ano. Inércia favorável, expectativas ancoradas

e elevada capacidade ociosa da economia seguem

exercendo pressões baixistas em 2021, em especial

nas medidas de núcleos de inflação. O principal risco

para as projeções de inflação é de desancoragem fiscal

e perda de credibilidade das políticas fiscal e

monetária, com efeitos potenciais sobre as

expectativas inflacionárias. O cenário para a inflação

claramente depende da manutenção da ancoragem

das expectativas, o que, por sua vez, é condicional,

entre outros fatores, à manutenção do regime fiscal.

Page 10: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

10

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Política monetária: Selic baixa por tempo

prolongado, a depender do regime fiscal

Em sua reunião de setembro, o Copom manteve a

taxa Selic em 2,0% a.a., como esperado, e reforçou a

sinalização de que não pretende subir juros por um

longo período. Na ata da reunião, o comitê afirmou que,

com projeções e expectativas de inflação

significativamente abaixo da meta e, mantido o regime

fiscal, segue válida a sua prescrição futura (forward

guidance), que é vista pelas autoridades como um

instrumento adicional de política monetária e se resume

ao compromisso de manter a Selic baixa por tempo

prolongado. Daqui para frente, entendemos que a

avaliação sobre a adequação dessa prescrição deverá

ser o elemento-chave da comunicação do Banco Central.

Também publicado recentemente, o Relatório de

Inflação de setembro trouxe projeções de inflação

que, a nosso ver, são consistentes com a mensagem

de juros estáveis por um tempo prolongado. Em todos

os cenários, as projeções de inflação se situam bem

abaixo das respectivas metas para este ano e o próximo.

Como de costume, o BCB também divulgou no relatório

revisões de cenário, com destaque para melhora na

projeção de crescimento do PIB em 2020, de -6,4% para

-5,0% (ainda um pouco abaixo da nossa estimativa de

-4,5%).

Mantemos nossa expectativa de que a Selic

continuará em 2,0% a.a. até meados do ano que vem,

com alta para 3,0% a.a. ao final de 2021 – cenário que

é condicional às perspectivas fiscais. Por um lado,

acreditamos que a elevada capacidade ociosa da

economia e os demais fatores que contribuem para uma

dinâmica benigna para a inflação produzem um viés de

baixa para nossa projeção de juros. Por outro, no entanto,

as altas de preços no atacado e o ambiente de retomada

econômica podem gerar pressões altistas. Em ambos os

casos, as perspectivas para a política monetária estão

sensivelmente condicionadas à trajetória fiscal, que

condiciona a ancoragem das expectativas de inflação.

Projeções: Brasil

Atividade EconômicaE

c Crescimento real do PIB - % Real GDP growth - %0,5 -3,5 -3,3 1,3 1,3 1,1 -4,5 3,5

PIB nominal - BRL bi Nominal GDP - BRL bn5.779 5.996 6.269 6583,3 6.889 7.257 7.324 8.050

PIB nominal - USD bi Nominal GDP - USD bn2.455 1.800 1.798 2062,6 1.884 1.839 1.427 1.662

População (milhões de hab.) Population (millions)201,7 203,5 205,2 206,8 208,5 210,1 211,8 213,3

PIB per capita - USD Per Capita GDP - USD 12.169 8.847 8.764 9974 9.038 8.751 6.739 7.791

Taxa Nacional de Desemprego - média anual (*) 6,8 8,5 11,5 12,7 12,3 11,9 14,1 16,4

Taxa Nacional de Desemprego - fim do ano (*) 7,1 9,6 12,7 12,5 12,2 11,6 16,6 16,2

InflaçãoI

n IPCA - % IPCA - %6,4 10,7 6,3 2,9 3,7 4,3 2,5 2,8

IGP–M - % IGP–M - %3,7 10,5 7,2 -0,5 7,5 7,3 17,0 4,0

Taxa de JurosI

n Selic - final do ano - % Selic - eop - %11,75 14,25 13,75 7,00 6,50 4,50 2,00 3,00

Balanço de PagamentosB

a BRL / USD - final de período BRL / USD - Dec2,66 3,96 3,26 3,31 3,88 4,03 5,25 4,50

Balança comercial - USD bi Trade Balance - USD bn-4 20 48 67 58 47 65 75

Conta corrente - % PIB Current Account - % GDP-4,1 -3,0 -1,3 -0,7 -2,2 -2,8 0,0 0,2

Investimento direto no país - % PIB Foreign Direct Investment - % GDP3,6 3,6 4,1 3,3 4,1 4,0 3,9 3,9

Reservas internacionais - USD bi International Reserves - USD bn374 369 372 382 387 367 357 357

Finanças PúblicasP

u Resultado primário - % do PIB Primary Balance - % GDP-0,6 -1,9 -2,5 -1,7 -1,6 -0,9 -11,7 -2,5

Resultado nominal - % do PIB Nominal Balance - % GDP-6,0 -10,2 -9,0 -7,8 -7,1 -5,9 -16,3 -5,8

Dívida bruta - % PIB 56,3 65,5 69,9 73,7 76,5 75,8 92,5 88,9

Dívida pública líquida - % do PIB Net Public Debt - % GDP 33,1 36,0 46,2 51,4 53,6 55,7 66,6 68,9

Fonte: IBGE, FGV, BCB e Itaú

2014

(*) Taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua

2017 2021P2018 2019 2020P2015 2016

Page 11: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

11

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

América Latina: Nossas projeções

Argentina:

México:

Atividade Econômica

Crescimento real do PIB - % -2,5 2,7 -2,1 2,8 -2,6 -2,1 -12,0 4,5

PIB nominal - USD bi 563,9 642,4 556,8 643,0 517,7 444,6 368,4 387,6

População (milhões hab.) 42,7 43,1 43,6 44,0 44,5 44,9 45,4 45,8

PIB per capita - USD 13.215 14.894 12.506 14.458 11.665 10 8,12 8,46

Taxa de desemprego - média anual 7,3 6,5 8,5 8,3 9,2 9,8 12,2 11,5

Inflação

IPC - % (*) 38,0 26,9 41,0 24,8 47,6 53,8 37,0 50,0

Taxa de Juros

Taxa BADLAR - final do ano - % 20,38 27,25 19,88 23,25 49,50 39,40 33,00 33,00

Taxa de política monetária - final do ano - % - - 24,75 28,75 59,25 55,00 38,00 38,00

Balanço de Pagamentos

ARS / USD - final de período 8,55 13,01 15,85 18,77 37,81 59,90 86,00 127,00

Balança comercial - USD bi 3,1 -3,0 2,0 -8,5 -3,7 16,0 17,5 15,5

Conta corrente - % PIB -1,6 -2,7 -2,7 -4,9 -5,2 -0,9 2,0 1,5

Investimento estrangeiro direto - % PIB 0,9 1,8 0,6 1,8 2,3 1,5 1,0 1,0

Reservas internacionais - USD bi 31,4 25,6 38,8 55,1 65,8 44,8 40,0 40,0

Finanças Públicas

Resultado primário - % do PIB (**) -3,4 -4,0 -4,2 -3,8 -2,6 -0,4 -6,9 -4,5

Resultado nominal - % do PIB (**) -2,4 -3,9 -5,8 -5,9 -5,2 -3,8 -8,9 -5,5

Dívida pública bruta - % PIB 47,4 55,5 55,6 58,9 89,8 93,8 117,3 118,3

Dívida pública líquida - % PIB (***) 22,0 25,4 27,6 31,5 57,0 57,8 66,8 69,70,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0 0

Fonte: Banco Central, INDEC e Itaú

(*) Inflação nacional desde 2017.

(**) Desde de 2016, exclui as transferências de lucros do banco central

(***) Exclui as reservas do banco central e previdência social

20152014 2021P2020P2019201820172016

Atividade Econômica

Crescimento real do PIB - % 2,8 3,3 2,6 2,1 2,2 -0,3 -10,7 3,7

PIB nominal - USD bi 1.312 1.171 1.078 1.160 1.222 1.250 1.038 1.150

População (milhões de hab.) 120,2 121,5 122,7 124,0 125,2 126,4 127,1 128,2

PIB per capita - USD 10.918 9.637 8.780 9.360 9.762 9.889 8.167 8.968

Taxa de desemprego - média anual 4,8 4,4 3,9 3,4 3,3 3,5 7,0 5,3

Inflação

IPC - % 4,1 2,1 3,4 6,8 4,8 2,8 3,8 3,2

Taxa de Juros

Taxa de política monetária - final do ano - % 3,00 3,25 5,75 7,25 8,25 7,25 4,25 3,50

Balanço de Pagamentos

MXN / USD - final de período 14,8 17,2 20,7 19,7 19,7 18,9 21,0 21,0

Balança comercial - USD bi -3,1 -14,7 -13,1 -11,0 -13,6 5,4 15,0 10,0

Conta corrente - % PIB -1,9 -2,7 -2,3 -1,8 -2,1 -0,3 0,2 0,1

Investimento estrangeiro direto - % PIB 2,3 3,1 3,6 2,8 3,1 2,3 1,5 1,9

Reservas internacionais - USD bi 193,0 176,4 176,5 172,8 175,0 180,8 194,0 195,0

Finanças Públicas

Resultado nominal - % do PIB -3,1 -3,4 -2,5 -1,1 -2,1 -1,6 -3,6 -3,5

Dívida pública líquida - % do PIB 39,7 43,9 48,2 46,0 46,0 45,5 56,6 55,20,0% 0,0%

Fonte: FMI, Bloomberg, INEGI, Banxico, Haver e Itaú

2021P2020P201820172016 201920152014

Page 12: Revisão de Cenário - ww69.itau.com.br€¦ · Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 38,0 38,0 IPC (%) 2,3 2,3 2,9 2,9 IPC (%) 37,0 37,0 50,0 50,0 Colômbia Atual Mês anterior Atual

12

macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Chile:

Peru:

Atividade Econômica

Crescimento real do PIB - % 1,8 2,3 1,7 1,2 3,9 1,1 -5,5 5,5

PIB nominal - USD bi 257 239 255 279 298 278 237 265

População (milhões de hab.) 17,8 18,0 18,2 18,4 18,8 19,1 19,5 19,7

PIB per capita - USD 14.465 13.283 14.018 15.143 15.888 14.525 12.174 13.456

Taxa de desemprego - média anual 6,5 6,3 6,7 7,0 7,4 7,2 10,4 8,7

Inflação

IPC - % 4,6 4,4 2,7 2,3 2,6 3,0 2,3 2,9

Taxa de Juros

Taxa de política monetária - final do ano - % 3,00 3,50 3,50 2,50 2,75 1,75 0,50 0,50

Balanço de Pagamentos

CLP / USD - final de período 606 709 670 615 694 753 800 770

Balança comercial - USD bi 6,5 3,4 4,9 7,4 4,7 4,2 13,5 9,0

Conta corrente - % PIB -2,0 -2,4 -2,0 -2,3 -3,6 -3,9 0,0 -2,0

Investimento estrangeiro direto - % PIB 9,2 8,7 4,8 2,2 2,5 4,3 4,6 2,8

Reservas internacionais - USD bi 40,4 38,6 40,5 39,0 39,9 40,6 37,0 37,0

Finanças Públicas

Resultado nominal - % do PIB -1,6 -2,1 -2,7 -2,8 -1,6 -2,8 -9,7 -4,4

Dívida pública líquida - % do PIB -4,3 -3,4 0,9 4,4 5,7 7,9 17,5 23,90,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Fonte: FMI, Bloomberg, BCCh, INE, Haver e Itaú

201820172016 2021P2020P201920152014

Atividade Econômica

Crescimento real do PIB - % 2,4 3,3 4,0 2,5 4,0 2,2 -11,9 9,6

PIB nominal - USD bi 202 191 195 214 225 231 199 221

População (milhões de hab.) 29,6 30,0 30,4 31,0 31,6 32,1 32,9 33,1

PIB per capita - USD 6.832 6.385 6.398 6.920 7.139 7.184 6.049 6.677

Taxa de desemprego - média anual 5,9 6,5 6,7 6,9 6,6 6,6 11,0 9,0

Inflação

IPC - % 3,2 4,4 3,2 1,4 2,2 1,9 0,9 1,2

Taxa de Juros

Taxa de política monetária - final de período - % 3,50 3,75 4,25 3,25 2,75 2,25 0,25 0,25

Balanço de Pagamentos

PEN / USD - final de período 2,98 3,41 3,36 3,24 3,37 3,31 3,50 3,40

Balança comercial - USD bi -1,5 -2,9 2,0 6,7 7,2 6,6 6,8 6,5

Conta corrente - % PIB -4,5 -5,0 -2,6 -1,3 -1,7 -1,5 -1,3 -1,5

Investimento estrangeiro direto - % PIB 1,9 4,3 3,5 3,2 2,9 3,9 1,0 1,5

Reservas internacionais - USD bi 62,4 61,5 61,7 63,7 60,3 68,4 76,0 77,0

Finanças Públicas

Resultado nominal do SPNF - % do PIB -0,2 -1,9 -2,3 -3,0 -2,3 -1,6 -10,7 -6,4

Dívida bruta do SPNF - % PIB 19,9 23,3 23,9 24,9 25,8 26,8 36,5 38,00,0% 0,0% 0,0%

Fonte: IMF, INEI, BCRP, Itaú

2014 2020P 2021P2015 2016 2017 2018 2019

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macro latam mensal | 2 de outubro de 2020

Colômbia:

Pesquisa macroeconômica – Itaú

Mario Mesquita – Economista-Chefe

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Atividade Econômica

Crescimento real do PIB - % 4,5 3,0 2,1 1,4 2,5 3,3 -6,0 4,5

PIB nominal - USD bi 381 294 282 311 333 324 278 303

População (milhões de hab.) 47,7 48,2 48,7 49,3 49,8 50,4 50,9 51,4

PIB per capita - USD 7.997 6.098 5.791 6.308 6.692 6.421 5.460 5.898

Taxa de desemprego - média anual 9,1 8,9 9,2 9,4 9,7 10,5 17,0 14,0

Inflação

IPC - % 3,7 6,8 5,8 4,1 3,2 3,8 2,0 3,0

Taxa de Juros

Taxa de política monetária - final do ano - % 4,50 5,75 7,50 4,75 4,25 4,25 1,75 2,00

Balanço de Pagamentos

COP / USD - final de período 2.377 3.175 3002 2.932 3.254 3.287 3.650 3.650

Balança comercial - USD bi -6,2 -15,6 -11,1 -6,1 -7,1 -10,8 -6,5 -7,5

Conta corrente - % PIB -5,2 -6,3 -4,3 -3,3 -3,9 -4,3 -3,2 -3,6

Investimento estrangeiro direto - % PIB 4,2 4,0 4,9 4,4 3,5 4,5 3,5 3,7

Reservas internacionais - USD bi 47,3 46,7 46,7 47,6 48,4 53,2 58,5 61,5

Finanças Públicas

Resultado nominal do gov. central - % do PIB -2,4 -3,0 -4,0 -3,6 -3,1 -2,5 -8,2 -5,2

Dívida pública bruta do gov. central - % do PIB 39,9 44,6 45,6 46,4 49,4 50,2 65,6 65,10,0% 0,0% 0,0%

Fonte: FMI, Bloomberg, Dane, Banrep, Haver e Itaú

2020P 2021P2015 2016 2017 2018 20192014