revisão geral de semiologia médica

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  • 8/9/2019 Reviso Geral de Semiologia Mdica

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    SEMIOLOGIA MDICAANAMNESE

    ana = atravs mnese = memria

    Roteiro da anamnese:

    1. Dados de identificao

    2. Queixa principal (QP)3. Histria da Doena Atual (HDA)4. Reviso de aparelhos e sistemas

    5. Antecedentes: pessoais e familiares6. Perfil Psicossocial

    Coleta dos dados do paciente

    1. Histria (anamnese)2. Exame fsico3. Exames Complementares

    Semiologia: dedica-se ao estudo da fisiopatologia dos sistemas estudando os sinais esintomas das doenas.

    Semiotcnica: dedica-se ao exame fsico sinal-sintoma e sndrome. Sinal: manifestaes explcitas, objetivas, visveis. Melhor avaliado pelo exame fsico,

    geralmente detectado pelo mdico ou familiar.

    Ex.: febre, ictercia (pele e escleras amareladas), edema e ascite.

    Sintoma: manifestaes subjetivas, so avaliadas pela anamnese (difcil de avaliar), opaciente refere sentir, de difcil mensurao.

    Ex.: dor, dispnia

    ANAMNESE

    Espontnea: o paciente relata espontaneamente as queixas que ele apresenta Dirigida: o mdico faz mais perguntas. Nunca fazer perguntas que no sejam neutras.

    Ex.: Tem dor de cabea? Tem falta de ar? Urina muito? Tem dor nas costas? Tem muita sede?Tem muita fome?

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    2 dispnia (inicialmente fraca)

    3 edema (comprometimento da circulao sistmica e MI, ascite, turgncia jugular)

    Exemplo 2: DBPOC- apresenta histria evolutiva longa

    Exemplo 3: DISPEPSIA eructao, Empachamento ps-prandial, Distenso abdominal,Flatulncia.

    Doena aguda: HDA detalhada

    Exemplo: APENDICITE: HDA curta com evoluo rpida

    3. REVISO DE APARELHOS E SISTEMAS: descrever dados que no foram ditos naHDA e que ajudam a esclarec-la, como tambm encontrar outros problemas(secundrios) que o paciente apresente.

    Ex.: paciente internado por pneumonia e que tambm apresente constipao.

    3.1Sinais e Sintomas Gerais

    Febre Astenia Anorexia Emagrecimento Edema

    2. Aparelho Cardiocirculatrio

    Precordialgia (dor no pulso)

    PA (hiper ou hipo) Palpitaes Dispnia Cianose

    Edema Varizes Claudicao Intermitente

    3. Aparelho Respiratrio

    Dispnia

    Tosse (seca ou produtiva) Expectorao Hemoptise

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    Epistaxe Vmica Dor ventilatrio-dependente Corisa

    4. Aparelho gstrico

    Disfagia

    Odinofagia Pirose Azia Empachamento ps-prandial Hematmese Enterorragia Vmitos Hbito intestinal (cor, dor, diarria, constipao) Hbito alimentar Tenesmo (desconforto aps a evacuao com sensao de estar sempre com vontade de

    evacuar) Regurgitao Flatulncia ou meteorismo

    5. Aparelho gnito-urinrio

    Disria (dor ou ardncia)

    Polaciria (maior nmero de mices) Poliria (mais de 2000 ml) Oligria (menos de 400 ml) Anria (menos de 100ml) Hematria (cor de coca-cola) Incontinncia

    Urgncia Jato urinrio (fora e calibre) Mulheres: menarca, menopausa, filhos, partos (normal, cesreas), corrimento, DSTs,

    prurido, frigidez Homens: impotncia, DST, prurido.

    Obs.: pielonefrite infeco urinria alta

    Pneumatria urina com ar

    Fecalria fezes na urina

    Nictria urinar mais a noite que de dia.

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    6. Sistema Nervoso

    Cefalia

    Vertigens

    Tonturas Convulses Paresias (dficit motor) Parestesias (distrbios da sensibilidade) Formigamento

    Obs.: parestesia (sintoma subjetivo), hipoestesia (sintoma objetivo) formigamento no diabetes ealcoolismo devido a neuropatias (nervos perifricos).

    7. Sistema Endcrino

    Sintomas relacionados a diabetes: polidipsia, poliria e polifagia.

    Sintomas relacionados tireide: Hipertireoidismo: emagrecimento, tenso, insnia, diarria, intolerncia ao calor,

    polifagia, cibras, agitao. Hipotireoidismo: bradicardia, pele seca, intolerncia ao frio, constipao.

    8. Sistema hematocitopoitico Anemia (palidez, astenia) Linfonodomegalias (nguas) Transfuses Hemorragias

    9. Aparelho locomotor:

    Dor articular (artralgias)

    Dor na movimentao das articulaes Rigidez Sinais flogsticos (inflamaes dor, calor, rubor, tumor)

    10. Pele e anexos

    Parasitoses

    Manchas (hipo/ hipercrmicas)

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    Prurido Plos Unhas

    11. rgos dos sentidos

    Viso

    Audio Tato Olfato Paladar

    4. ANTECEDENTES:

    4.1 Pessoais mrbidos/histria patolgica pregressa: problemas de sade que o paciente j tevee no apresenta mais.

    Cirurgias Fraturas Pneumonia Febre reumtica Tuberculose

    o Familiares: doenas que os familiares possuem de origem gentica ou congnita.

    o Doenas pr-existentes: que ainda convivem com o paciente.

    o Perfil psicossocial Condies scio-econmicas Perfil psquico (emocionais) Relao com a famlia e com o trabalho

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    EXAME FSICO BSICO

    1. Conceito: conjunto de tcnicas bsicas que visam buscar sinais que possam designardeterminada sndrome.

    2. Instrumentos: esfigmomanmetro, estetoscpio, termmetro, fita mtrica, oto-

    oftalmoscpio, martelo neurolgico, abaixador de lngua, lanterna,3. Regras gerais: luz natural, avental, inicia-se o exame fsico com o paciente sentado e

    posteriormente deitado, abordando-o inicialmente pelo lado direito, ambientesilencioso, mdico em posio confortvel.

    4. Mtodos utilizados: inspeo (viso)

    Palpao (tato)

    Percusso (audio)

    Ausculta

    SINAIS VITAIS : So sinais de importncia cujos distrbios podem significar perda dahomeostase no organismo do paciente. So colocados no incio do exame fsico porque douma viso geral do estado do paciente:

    Peso/ altura Freqncia cardaca/ de pulso Freqncia respiratria Temperatura PA

    1. PRESSO ARTERIAL ou TENSO ARTERIAL (PA/ TA)

    aferida pelo esfigmo e pode sofre variaes devido a fatores como, por exemplo, dimetro dobrao que altera o valor real da mesma.

    Fatores participantes da PA:

    Dbito Cardaco=Volemia (sangue lanado na corrente circulatria a cada minuto):

    determina a presso total (aumento do DC = aumento PA) Resistncia Arterial Perifrica (est sob controle do SNC simptico): determina a

    presso diastlica (aumento RAP = aumento PA D).

    Obs.: hipertenso arterial est relacionada com a P AD.

    Elasticidade dos vasos: determina a presso sistlica (enrijecimento da parede dos vasosaumenta a PAS).

    Viscosidade do Sangue: aumento na viscosidade d aumento na PAS e na PAD.

    Exemplo: poliglobulia: aumento do nmero de hemcias cuja etiologia diversificada podendo

    ocorrer com o paciente com DBPOC (ocorre devido a destruio do parnquima pulmonar,freqente em fumantes de 30 a 40 anos, levando a hipxia do mesmo. Esta hipxia um

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    estmulo para a produo de glbulos vermelhos, assim ocorre aumento no nmero de hemciaspara suprir a falta de ar.).

    Valores normais da PA : faixa de normalidade

    P. Sistlica Mxima Normal (< 130) Normal Alta (130-139)

    P. Diastlica Mnima Normal (

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    FAIXA NORMAL: 16-20 RPM (menos que 16 = BRADI; mais que 20 = TAQUI).

    Quando alterada nem sempre significa alterao na funo pulmonar. Pode ser patologia emoutro sistema que se manifeste atravs da FR. Ex.: acidose metablica: ocorre aumento da Fr edo rtmo respiratrio.

    RITMO CANTANI: Taquipnia + aumento da amplitude respiratria (respiraoprofunda e rpida).

    RITMO DE KUSSMAUL: parte avanada da acidose metablica (apnia em inspiraoe expirao).

    RITMO DE CHEYNE-STOKES: problema no SNC (no centro respiratrio), ocorrecom aumentos sucessivos de amplitude e perodos de apnia (taquipnia intercaladacom apnia).

    4. TEMPERATURA (T)

    T axilar: 35,5 - 37

    T bucal: 36 - 37,4

    T retal: 36 - 37,5

    A medio da temperatura retal mais utilizada em processos abdominais ou plvicos.

    Deve-se medir a temperatura axilar e a temperatura retal, se a diferena entre as duas for maiorque 1C indicativo de infeco abdominal ou plvica.

    OBS.: quando a febre for precedida de calafrios pode significar infeco bacteriana.

    Calafrios pielonefrite, pneumonia, abscessos

    Febre Spticapicos de febre alta

    Tuberculose febre vespertina, produz sudorese noturna.

    ECTOSCOPIADefinio: Primeira impresso que d a idia geral do paciente.

    ECTOS = por fora COPIA = ver

    1. PESO E ALTURA

    Clculo do Peso : massa corporal IMC = P

    A2

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    At 20 = magro

    Entre 20 e 25 = normal

    Entre 25 e 35 = sobrepeso

    Acima de 35 = obeso

    2. ALTURA: depende de vrios fatores

    Acima de 2m = gigantismo Abaixo de 1,50 = nanismo Comprimento cabea-pbis = comprimento pbis-ps : normal.

    Em relao ao ngulo de Charpy (interseco do bordo costal com o apndice xifide)

    Bitipos:

    Normolneo : ngulo = 90 = vsceras bem distribudas

    Longilneo: ngulo < 90 = distribuio vertical de msculos e vsceras

    Brevilneo: ngulo > 90 = distribuio horizontalizada.

    3.ESTADO GERAL : pode estar tanto no incio quanto no final.

    Bom = paciente com doenas agudas Regular = pacientes cr6onicos Ruim / Mau = paciente em estado terminal/ muito doente.

    4. CONSCINCIA : avaliada atravs de exame neurolgico.

    LUCIDEZ = o paciente est bem informado no tempo e no espao sabendo dar asinformaes

    CONFUSO MENTAL =paciente nervoso, agitado, no informa direito, se

    contradizendo, no se lembra dos fatos. OBNUBILAO =paciente obnubilado aquele devagar, lento, parecendo estarmeio abobado. Pode estar em pr-coma

    COMA = varia de grau leve at um grau avanado Grau leve = auto-obnubilao Grau avanado = paciente no consegue nem respirar, precisa de auxlio de aparelhos,

    no recebe ordens, no responde a estmulos, perde a capacidade de deglutio.

    5.FCIES: o conjunto dos traos anatmicos com a expresso fisionmica.

    Normal ou Cosmopolita

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    Atpica: prpria de cada doena Hipocrtica: doente crnico em mau estado geral, aspecto de sofrimento, olhos fundos,

    parados, boca entreaberta, sudorese, palidez, face agonizante, triste, sem brilho. Renal: edema periorbital com palidez cutnea Monglica: prega epicntica, implantao baixa das orelhas.

    Acromegalia: aumento da mandbula, das extremidades. Cushingide/em lua cheia: devido ao uso excessivo de corticides ou tumor que leva a

    produo excessiva de hormnio. Caractersticas: acne, aumento de plos, estriasabdominais, distribuio centrpeta de gordura, giba.

    Basedowiana (hipertireoidismo): exoftalmia, rosto fino e magro. Mixedematosa (hipotireoidismo): infiltrao de tecido palpebral, madarose (sem tero

    exterior da sobrancelha), feies grosseiras, lbios e lngua grossos. Paralisia central e perifrica Parkinson: paciente parece que levou um susto sobrancelhas altas, face de mscara, sem

    mudana de expresso. Esclevitrmica

    6.HLITO: importante dado a ser observado em pacientes em coma ou inconsciente:

    CETNICO: cheiro de acetona, ma ex.: coma ceto-acidtico URMICO: cheiro de urina FACTOS HEPTICO: cheiro de ninho de rato ex.: doena heptica. ALCOLICO

    7.ATITUDES

    a. NO LEITO: PASSIVA: paciente no se movimenta, permanecendo na posio que fordeixado. Ex.: coma, problemas neurolgicos, AVC.

    ATIVA Indiferente :normal, paciente fica em qualquer posio que desejar. Eletiva =para alvio dos sintomas.

    Ortopnica: paciente sentado com as pernas pendentes e agarrado cama. Ex.: pneumopatas

    Antlgicas: para alvio da dor

    Dor em clica: decbito ventral ou por compresso abdominal Comprometimento pleural: paciente deita do lado comprometido (decbito lateral) para

    evitar o atrito entre as pleuras (menor expansibilidade = menor dor). Apendicite: paciente em decbito dorsal com a perna direita fletida sobre a coxa. Pancreatite: paciente inclina-se para frente e fica com as mos cruzadas sobre o

    abdome. Peritonite generalizada: paciente em decbito, quieto. O abdome fica em tbua.

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    Contralateral ou opisttono: irritao das meninges, o paciente no consegue fletir o pescoo(rigidez de nuca). No extremo do opisttono que ocorre devido leso de raiz nervosa oumeningite, o paciente fica apoiado sobre a cabea e os ps.

    Genu peitoral :para facilitar o enchimento cardaco em casos de derrame pericrdico (prece

    maometana). Ex:pericardite constritiva.

    Ccoras:crianas com cardiopatias isqumicas, cianticas (diminui o retorno venoso, aumentaa presso na artria ilaca, impede o shunt, diminui a PA).

    b. EM P: observar a postura do paciente verificando o aparelho locomotor (cifose,lordose...).

    c. MARCHA:AVC: mo e brao fletidos, caminha arrastando o p (Hemiplegia/Hipertonia). Marcha ceifante

    Parkinson: apresenta movimentos involuntrios. Marcha de esquiador

    Labirinto: forma uma estrela, ocorre por falta de equilbrio.

    Cerebelopata: caminhar de bbado. Marcha atxica/cerebelar.

    Claudicante: caminhada intermitente, dor na panturrilha (ex.: insuficincia arterial, lesoarticular)

    Sfilis terciria: atinge a sensibilidade profunda (propriocepo) paciente caminha olhando osps e batendo-os com fora. Pode ocorrer no DM, por leso nos colculos. Marcha tabtica.

    8.MOVIMENTOS INVOLUNTRIOS

    a. TREMORES: de repouso: desaparece com o sono e com os movimentos. Ex.:Parkinson.

    de movimento (de ao):pacientes com problemas cerebelares.

    Obs.: Flapping: movimento que aparece quando o paciente faz extenso do brao e dorsiflexoda mo e aps a hiperextenso o movimento continua-se como se fosse asa de borboleta. Ex.:insuficincia heptica.

    b. CONVULSES: Clnicas: rtmica

    Tnicas: rigidez articular

    Tnico: mista

    9.PELE:

    COR:

    Vermelhido: (poliglobia) / eritema palmar e plantar : CIRRTICO.

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    Palidez:

    Generalizada: ANMICO (hipocorada). Paciente muito anmico pode perder as linhas dapalma da mo.

    Localizada: problemas de irrigao. Ex.: isquemia provocada (p mais claro que o outro devido m perfuso por obstruo arterial).

    Isquemia reativa:

    OBS.: Tem problemas arteriais em que se deve verificar a temperatura do local (frio) asensibilidade, formigamento, falta de pulso

    Ictercia: varia do amarelo-claro at o verde. Deve-se observar em luz natural. V-se no palatomole, esclera e frnulo.

    Sndrome de Raynaud: funo vascular fugaz, passa do branco, roxo, vermelho; chamadasndrome quando idioptica ou pode ser chamada de sinal de Raynaud quandoacompanhar determinadas patologias (ex.: neoplasias, lupus eritematoso sistmico).

    Inflamao: dor, calor, rubor, tumor

    Cianose: baixa saturao de O2, cor azul frio

    Cianose local: Melhor percebida nas extremidades (nariz, dedos, mos, leito ungueal).

    Cianose Central: oxigenao comprometida por problema respiratrio ou cardacoque permita SHUNT.

    Cianose Perifrica: lentido na circulao perifrica; oxigenao normal.

    INTEGRIDADE:

    UMIDADE: Seca: desidratao, ictiose, mixedema, velhice, insuficincia renal,avitaminose, esclerodermia (espessamento do tecido conjuntivo).

    Sudorenta:choque, hiperidrose, hipertireoidismo (suor quente).

    TEXTURA: Lisa ou fina: hipertireoidismo, velhice, edema.

    spera ou enrugada: mixedema, exposio ao sol e outras intempries.

    ESPESSURA: Atrfica: em nens (podemos visualizar os vasos).

    Espessa:

    TEMPERATURA: observa-se com o dorso da mo e simetricamente. ELASTICIDADE: examinar por uma prega fininha da pele e do TCSC

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    Hipoelstica = idosos, desidratados.

    Hiperelstica = Sndrome de Ehlers = contorcionista

    MOBILIDADE: pesquisa atravs da pele e do TCSC

    Normal

    Aderida = neoplasias infiltradas, esclerodermia.

    TURGOR: avalia o grau de hidratao (belisco grosso)

    SENSIBILIDADE

    LESES Ex.: Aranha Vascular (gestante e cirrticos) Leso Distrfica de pele, unhas,plos.

    10.MUCOSAS:

    COR: NORMO/ HIPO/ HIPERCORADA: podem-se verificar anemias pela cor eenchimento ungueal.

    UMIDADE

    LESES Conjuntiva Ocular e palpebral: ptergio, hematoma, conjuntivite, halo senil(borda esbranquiada ao redor da ris), glaucoma, entrpio (clios para dentro) ectrpio(clios para fora).

    Mucosa Oral: amigdalites seca, opaca, desidratao.

    11.FNEROS : anexos da pele (plos, unhas, cabelos)

    UNHAS: costumam ser lisas, brilhantes, rosadas, mas podem ser distrficas, apresentarbaqueteamento digital = hipocratismo digital = vidro de relgio (ngulo tem que sermenor que 160 e aqui se apresenta maior e com hipertrofia ssea da regio digital.Pode ser normal, ou sintomas de DBPOC de cardiopatias congnitas).

    PLOS E CABELOS:

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    quantidade distribuio implantao

    * alteraes especialmente endcrinas

    OBS.: cirrose h acmulo de estrognio devido a sua deficiente metabolizao no fgado,assim ocorre ginecomastia e implantao triangular dos plos pubianos no homem.

    Hirsutismo plos masculinos em mulheres com distrbios andrognicos (tumorvirilizante, ovrios policsticos, tumores de adrenal).

    12.TECIDO CELULAR SUBCUTNEO

    Quantidade Distribuio: Ginecide (quadril) Andride (abdome)

    13.GNGLIOS:

    tamanho sensibilidade quantidade consistncia aderncia

    14.VEIAS

    Visveis e normais: trajetos anatmicos, simtricos, retilneos Circulao colateral (obstruo das veias profundas, que se tornam trgidas e tortuosas,

    fora de trajeto).

    15.MSCULOS

    Trofismo = volume e massa muscular Tonicidade: Normo, Hipo (leses da medula, Ex.: poliomelite) e Hiper (leses centrais,

    Ex.: A.V.C.) Resistncia ao movimento e palpao

    16.ESTADO NUTRICIONAL

    Bom / Regular / Ruim

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    Obeso / Emagrecido / Caqutico

    17.ESTADO DE HIDRATAO: atravs da pele, mucosa, cabelos, olhos e fontanelas (emcrianas pela diminuio da tenso), verificar perda de peso abrupta, enchimento jugular e dasraninas.

    18. FALA

    Disfonia / afonia (estrutural): aparelho fonador Disartria: SNC comprometido, dificuldade de articular a fala. Afasia/disfasia: de compreenso ou de expresso.

    SINAIS E SINTOMAS GERAIS

    1. EDEMA

    Conceito: aumento do volume intersticial (poro extravascular ou comprometimentoextracelular)

    Causas:

    Perfuso aumentada do capilar Reabsoro diminuda pela poro venular ou capilar

    a. Aumento da presso capilar / Aumento da presso Hidrosttica:

    Edemas moles, quentes:

    Ex.: ICC, tromboflebite (inicial), varizes (inicial), trombose (inicial), presso externa sobre asveias.

    b. Diminuio da presso onctica / Menor concentrao de albumina (dficit de produoheptica):

    Edemas moles, plidos:

    Ex.: proteinria, sndrome da m nutrio.

    Normal Edema

    Albumina srica 3,5 4,5 2,5

    Protenas totais 7,0 _

    c. Aumento da Permeabilidade / Passagem de protenas celulares (mediadoresinflamatrios):

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    Edemas quentes, vermelhos, endurecidos:

    Ex.: inflamao (erisipela)

    d. Diminuio da drenagem linftica / Obstruo:

    Edemas volumosos, duros e frios:

    Ex.: linfedema (represamento de linfa), elefantase. Varizes, trombose e flebites em estgiosavanados.

    e. Reteno de sdio e gua / Aumento da concentrao de hormnios:mineralocorticides; cortisol.

    Edemas moles, temperaturas normais generalizados ou locais:

    Ex.: Sndrome de Cushing, Sndromes renais (ex.: palpebral).

    f. Aumento da presso onctica do tecido intersticial

    Edemas pouco duros, temperatura normal:

    Ex.: Hipotireoidismo (deposio de mucopolissacardeos no interstcio e posterior acmulo degua).

    Diagnstico:

    Ganho de peso inexplicado Ps e edema franco das pernas (sapatos tornam-se apertados) Edema de plpebra (face) Aumento da circunferncia abdominal Cacifo persistente Pele muito brilhante e fina Talvez ulceraes Cacifo: presso do polegar sobre a pele formando uma depresso (atrs do malolo

    medial e/ou regio sacra).

    Edema localizado:

    Obstruo regional do fluxo venoso e linftico

    Linfedema unilateral neoplasia plvica.

    Edema de extremidades inferiores TVP (trombose venosa profunda) assimtrico

    Ascite (cirrose heptica) ou hidrotrax (lquido pleural aumentado).

    Edema Generalizado (Anasarca):

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    ICC

    Doenas pericrdicas: pericardite constritiva crnica, derrame.

    Doena heptica (hepatopatia crnica cirrose).

    Hipoalbuminemia - sndrome nefrtica

    - enteropatia perdedora de protenas

    - desnutrio

    Causas Diversas:

    Edema idioptico comum em mulheres de 30 a 40 anos pode estar associado a fatoreshormonais. Diagnstico de excluso.

    Mixedema: edema elstico de rosto e membros (hipotireoidismo).

    Hemiplegia: sequelados de AVC podem fazer edemas de braos, pernas pela limitaoou falta de movimento.

    Avaliao Diagnstica

    Exames: hemograma, EQU (exame comum de urina), T4 e TSH, Albumina Srica, Teste defuno heptica, Raios-X de trax, ECG, Creatinina,

    OBS.: Cilindrria: depsitos secos em forma de cilindros so eliminados na urina, podem sercilindros leucocitrios.

    - Proteinria + Hematria + Cilindrria = Doena do Parnquima Renal.

    - Proteinria moderada ou macia + hipoalbuminemia = sndrome nefrtica (urina comespuma).

    - Hipoalbuminemia sem proteinria renal: m nutrio, enteropatia, doena heptica.

    2. EMAGRECIMENTO: uma manifestao frequente de muitas doenas agudas ecrnicas.

    Doenas endcrinas hipertireoidismo

    Doenas metablicas DM Intoxicao por drogas como cocana e anfetamina Processos neoplsicos Desordens psiquitricas (ansioso, psictico, deprimido). AIDS

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    Histria:

    Se a perda de peso ocorreu agudamente Apetite aumentado ou diminudo Tipo da dieta e hbitos alimentares

    Histria psico-social (ansiedade, depresso, anorexia nervosa).

    a. AUMENTO DE APETITE

    DM

    Hipertireoidismo Fase de crescimento

    b. METABOLISMO ACELERADO

    Neoplasia: aumento do processo metablico

    Febre: 7% do metabolismo basal eleva 1C na temperatura. (infeco, neoplasia, AVC). ICC Infeco crnica Excesso de atividade Perodo de crescimento rpido Causas psicolgicas

    c. ANOREXIA OU DIMINUIO DA INGESTA ALIMENTAR:

    Ansiedade, depresso

    Anorexia nervosa: 11-35 anos mais comum em mulheres Drogas: digoxina, anfetaminas, laxativos.

    d. DEFICINCIAS NUTRICIONAIS

    Idosos

    Drogas (+ anfetaminas) lcool Scio-econmico baixo

    e. AFECO DA BOCA OU FARINGE

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    Prtese dentria

    Leso neurolgica Leses orais dolorosas (hipovitaminose, candidase, gengivite)

    Doenas em que o emagrecimento sintoma proeminente Tuberculose, hipertireoidismo, DM, AIDS Neoplasias, doenas de m absoro

    Avaliao do Diagnstico:

    Exames: histria e exame fsico, hemograma, VHS, QUE, T4, TSH., AIDS, glicemia de jejume ps-prandial, EPF, Rx de trax, TC de abdome e trax, US abdominal, Broncoscopia.

    3. FEBRE : O organismo humano homeotrmico com as variaes de temperatura bemestreitas 35,5 a 37C e mdia de 36,5C.

    Temperatura constante decorre de um mecanismo fisiolgico complexo:

    Produo de calor Eliminao de calor Centro de termorregulao Neurorregulao motora da microcirculao (vasoconstrio e vasodilatao)

    Caracterizar :

    a. Incio: brusco ou insidioso (lentamente)b. Calafrios: sensao subjetiva de frio acompanhada por arrepios de pele, tremores, bater

    de dentes. medida que a febre cede ocorre calor e sudorese intensa. BACTEREMIA:palidez, tremores intensos (na ausncia de febre) a medida que sobe a temperatura ostremores cedem. Ex.:Pneumococcus pneumoniaeprovoca um calafrio apenas.

    c. Intensidade: Febrcula: 37 a 38C

    Moderada: 38 a 39C

    Alta: acima de 39C

    d. Durao: (febre prolongada = mais de uma semana)e. Trmino: Crise (sudorese, taquicardia) cai subitamente.

    Lise: cai lentamente

    f. Horrio:

    Contnua: variao menor que 1C

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    Remitente: variao maior que 1 C Intermitente: queda de temperatura at o normal

    Locais para medir a temperatura:

    a. Axilar: 35,5 - 37Cb. Retal: 36 - 37,4Cc. Sublingual: 36 - 37C

    OBS.: Diferena entre a temperatura retal e axilar indicam processo infeccioso plvico.

    Sintomatologia

    Sndrome:

    Pele quente e seca Taquipnico, taquicrdico, boca seca. Sede, oligria, sudorese. Fc > 100bpm por grau cardaco aumentado Cefalia, inapetncia

    Causas importantes da febre

    a. Infecesb. Colagenose (artrite)c. Tumores malignosd. Fenmenos alrgicose. Tumores cerebraisf. Virosesg. Factcia: provocada, prolongada, sem calafrios, sem sudorese, geralmente em adultos

    jovens e profissionais da sade.h. Febre de origem desconhecida: febre com mais de trs semanas de durao no sendo

    diagnosticada aps uma semana de investigao. Pico entre 18 e 22 horas.

    4. FADIGA (ASTENIA OU CANSAO): Sensao subjetiva de perda de energia, forte desejode repouso ou sono. um dos sintomas mais comuns para que o paciente procure atendimentomdico.

    So explicadas como:

    Estafa Obesidade excessiva

    Nutrio inadequada Condicionamento fsico pouco adequado

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    Problemas emocionais

    Possibilidades de ser decorrente de processos fsicos:

    a. Endcrino: Addison (falta cortisol), DM (desconfiar principalmente em jovens commuita fadiga), hipertireoidismo.

    b. Infeccioso: hepatite, tuberculose, estados gripais.c. Respiratrio: enfisemad. Hematolgico: anemiae. Drogas: lcoolf. ICCg. HIV, doenas granulomatosas.

    Histria:

    a. Fadiga Matinal que melhora com o dia: emocionalb. Fadiga aliviada com o repouso: desordem fsicac. Famlia identifica o problema, muito ligado a problemas fisiolgicos.

    Avaliao Clnica: investigar:

    a. distrbios do sonob. sedentarismo ou stress.c. Atividade fsica exageradad. Sintomas psiquitricose. Medicamentos (-bloqueadores, antipsicticos, antiistamnicos)

    Fraqueza X Fadiga

    Estafa muscular Sensao de perda de energia

    SEMIOLOGIA DERMATOLGICA:

    Alteraes com a idade:

    Menor turgor

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    Asteatose: pele descamativa, pruriginosa. Prpura senil: pequenas equimoses ou petquias a pequenos traumas, fragilidade

    capilar. Maior nmero de leses actnicas Angiomas tipo cereja: manchas vermelhas bem delimitadas.

    Leses elementares:

    A: assimetria

    B: bordos

    C: cor

    D: dimetro (maior que 6mm)

    E: elevao do plano da pele.

    Mcula: mancha pequena, menor que 1cm, no plano da pele. Mancha: mancha grande, maior que 1cm, no plano da pele. Ppula: leso nodular com menos de 1cm, elevao da derme. Ndulo: leso nodular com mais de 1cm, grande elevao da derme (tumor maior que

    2cm) Placa: elevao do plano da pele em forma reta, geralmente com descamao j que

    proliferao excessiva, da camada queratinosa (pode ser por defeito na durao etempo de proliferao das camadas da pele).

    Vergo: leso eritematosa, elevada, pode acompanhar reao alrgica. Vescula: leso com lquido dentro menor que 1cm. Bolha: leso preenchida com lquido maior que 1cm. Pstulas: vesculas ou bolhas com pus. Ex.: varicela (Herpes vrus). Atrofia: Ex.: doena doador X receptor (leuccitos do doador em transfuso de sangue

    total reagem com enzimas do receptor,), uso prolongado de corticides ou Sndromede Cushing (estrias atrficas).

    Eroso: mais superficial, mas atingindo a derme, podendo sangrar. Ulcerao: eroso muito profunda, arredondada.

    Liquenificao: resultado de coadura e espessificao da pele. Cicatriz: geralmente reas hipocoradas, embora em pacientes melanodrmicos possamser hipercoradas.

    Fissura: corte linear. Crosta: placas se substncia eliminada pela leso. Cisto: contedo lquido como a bolha, mas de localizao bem mais profunda. Telangectasia: dilatao de um vaso distncia de pequenos ramos terminais. Ex.:

    aranhas vasculares. Carcinoma Basocelular: aspecto perolceo de forma nodular, menos agressivo. Carcinoma Espinocelular: aspecto totalmente disforme, muito invasivo, geralmente

    originando metstases.

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    APARELHO CIRCULATRIO: SNDROMES VASCULARES PERIFRICAS:

    1. ARTERIAIS:

    Obstruo Arterial Aguda:a intensidade dos sintomas depende da circulao colateraldesenvolvida.

    Causas:

    Trombose Traumticas Embolias: estenose mitral, Infarto do miocrdio, Fibrilao atrial, Aneurisma de aorta e

    ventriculares, Prteses valvares, Insuficincia cardaca congestiva, Endocarditesbacteriana.

    Anamnese e Exame Fsico:

    Dor intensa, aguda e sbita. Palidez crea do membro acometido Esfriamento da regio Sensao de torpor do membro, impotncia funcional.

    Parestesias Pulso diminudo ou ausente Diminuio do enchimento venoso

    Obs: em pacientes idosos, aps 6 horas, aparece isquemia muscular com contraturas, manchashemorrgicas na pele e reas de necrose, fraqueza muscular e ausncia de reflexos tendinosos.

    Tratamento: heparinizao e embolectomia.

    Obstruo Arterial Crnica:

    Causas: arteriosclerose (em grande s e mdias artrias), mais comum em paciente entre 60 e 70anos.

    Anamnese e Exame Fsico:

    Claudicao intermitente (inicial) Dor em repouso (tardio) Atrofia de unhas e pele, perda de plos Frialdade de membros inferiores Atrofia muscular Osteoporose e fraturas Diminuio ou perda do pulso Sopro ao nvel da obstruo

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    Isquemia plantar provocada a 60 e hiperemia reativa Diminuio do enchimento venoso perifrico.

    Obs: em fase avanada acontecem ulceraes na pele, necrose e gangrena.

    Tratamento:programa de exerccio em at 75%, cessar o fumo, diminuio de peso,tratamento das dislipidemias.

    Cirurgias: ByPass (ponte de desvio da obstruo, canal alternativo)

    Simpatectomia (visa diminuir o tnus simptico para dilatar os vasos - emdiabticos j acontece pela degenarao nervosa)

    Angioplastia

    Medicamentos: Bloqueadores do canal de Clcio e Inibidores das fosfodiesterases

    (dilatao vascular).

    2. VENOSAS:

    Tromboflebites Superficiais:

    Sinais e Sintomas:

    Cordo vermelho azulado endurecido, processo local com sinais flogsticos Dor espontnea ou palpao Impotncia funcional

    Tromboflebite Profunda:

    Predisposio: grandes cirurgias, insuficincia cardaca congestiva, obesidade, anemias,gravidez, perodo prolongado no leito, fraturas, varizes, anticoncepcionais, trauma, neoplasias.

    Sintomas gerais:

    Disria febre taquicardia indisposio geral tenesmo retal

    Sintomas regionais:

    dor profunda na panturrilha edema do membro sensao de peso no membro impotncia funcional distenso das veias superficiais

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    cianose temperatura aumentada no membro, prova do manguito Sinal de Homans (dorso flexo dolorosa do p) Sinal da Bandeira (aumento da tenso no msculo gastrocnmio e no balano da massa

    muscular da panturrilha)

    Complicaes: distncia: embolia pulmonar

    Local: Sndrome ps-flebtica (varizes)

    Tratamento: manter paciente em repouso, evitar massagens para no liberar trombos,haparinizaes para evitar aumento do trombo.

    Varizes:

    Causas primrias: fatores genticos, gravidez

    Causas secundrias: tromboflebite profunda, fstula artrio-venosa

    Sintomas:

    Sensao de peso e cansao nos membros Piora em ps Dor melhora com elevao dos membros inferiores Piora em dias quentes e ao final do dia Edema no final do dia Aparecimento de boto varicoso (zona de maior presso)

    Complicaes: complexo varicoso (varizes, boto varicoso, dermatite ocreo-prpureaformando tatuagem, edema linftico crnico); erisipela (complexo varicosos, lceras mediais etero inferior da perna, edema com infeco porStaphylococcus).

    EXAME FSICO DE CABEA E PESCOO

    1. COURO CABELUDO

    a. inspeo (avaliao)

    leses lndeas: aderidas ao cabelo, de difcil remoo dermatites seborrica (placas brancas no aderida ao fio de cabelo, de fcil remoo) alteraes da superfcie cicatrizes, retraes, abaulamentos alteraes do cabelo

    ex.: hipertireoidismo cabelos finos e oleosos

    hipotireoidismo cabelos mais espessos, quebradios e secos

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    MADAROSE = perda de 1/3 lateral das sobrancelhas no hipotireoidismo.

    2. OLHOS

    a. Exame Fsico:

    regio periocular plpebras: Podem sofrer processos inflamatrios

    HORDOLO (terol) : inflamao do folculo piloso

    BLEFARITE: inflamao da borda palpebral que se torna descamosa e vermelha. Se forcausada por estafilococos apresenta ulceraes

    ENTRPIO: exposio exagerada da crnea e irritao constante.

    ECTRPIO:plpebra voltada para fora.

    globo ocular: EXOLFTALMIA:protruso do globo ocular devido a deposio demucopolissacardeos na regio retro-orbitria (Doena de Basedow- Graves). A

    plpebra superior fica retrada e observa-se uma "banda de esclera" superior a ris podetambm ocorrer retrao da plpebra inferior. Ex..: hipertireoideos

    ENOFTALMIA: retrao do globo ocular (fecha-se o olho pela diminuio doglobo ocular); ocorre em processos inflamatrios, em leses ou perfuraes do globo.

    GLAUCOMA AGUDO: a dificuldade de drenagem do humor aquoso comconsequente aumento da presso na cmara anterior do olho. Ocorre dor no globo ocular,midrase e vermelhido dos olhos. Os olhos dirigem-se para a periferia, so profundos e noso brilhantes, sua cor um vermelho escuro.

    aparelho lacrimal conjuntiva + esclera: rebater as plpebras superiores e inferior. Obs.: para avaliar

    anemia rebate-se a plpebra inferior. coberta pela conjuntiva escleral que possuivascularizao . A esclera pode ser sede de impregnao de bilirrubina o que denominado ictercia, isto pode ser avaliado apenas pela inspeo.

    OBS.: Em negros a esclera pode apresentar colorao amarelada por pigmentao demasiada,porm esta no uniforme, aparecendo mais na parte superior da esclera prximo ris.

    PINGUCULA = exuberncia de tecido avascular no lado medial da esclera.

    PTERGIO= deve-se diferir da pingucula por ser vascularizado, aumenta de tamanhopodendo invadir outros locais da esclera. Pode causar alteraes importantes da viso como porexemplo opacificao da crnea. Devido a isso deve ser retirado.

    CONJUNTIVITE:pode ter origem viral, qumica ou bacteriana (processos purulentos).Ocorre vermelhido, prurido nos olhos e arborizao dos vasos da esclera no sentido da

    periferia para o centro (em direo ris). Esta arborizao brilhante e de colorao vermelho

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    vivo e os vasos so superficiais pois ao empurrar-se a plpebra inferior no sentido superior osvasos movimentam-se o que indica que eles esto superficialmente.

    Crnea: Avalia-se no sentido tangencial com um facho luminoso para visualizaralteraes (leses abrasivas ulcerativas). A crnea pode sofrer incluses, na zona

    peripupilar, de substncia lipdicas o que denominado Halo Senil. Este halo pode terum aspecto de obscuridade ou em pessoas mais jovens pode ser um distrbio dehipercolesterolemia.

    ARO SENIL: cicatriz corneal esbranquiada na borda entre crnea e ris.

    ris e pupila: orifcio delimitado pela ris, esta, por sua vez, possui 2 componentesmusculares.

    fibras musculares radiadas possuem inervao simptica e determina midrase (dilatao dapupila)

    fibras musculares anelares (circulares) possuem inervao parassimptica (III PC oculomotor) e determina miose (constrio pupilar)

    Reflexo Fotomotor Direto: incide-se o facho luminoso sobre a pupila para avaliar aintegridade do parassimptico (miose).

    Reflexo Consensual: incide-se o facho luminoso sobre uma pupila e observa-se a outra,avaliando assim a integridade das fibras que cruzam o quiasma ptico. Fibras do nervo pticose originam no quiasma ptico e o estmulo recebido em um olho transmitido aos dois ladosdo crtex cerebral; logo o reflexo fotomotor ocorre em ambos os olhos. Tumores em nvel dequiasma ptico podem afetar isso.

    ANISOCORIA: diferena de tamanho entre as duas pupilas . Pode ocorrer devido a tumores,isquemias, abcessos do III Par.

    cristalino: : lente dos olhos.

    CATARATA: alterao da transparncia (opacificao do cristalino). Ocorre em diabticos eidosos e torna a fundoscopia impossvel.

    acuidade visual: utiliza-se a tabela de Snellen colocada a 6m do paciente e a tabela deJaegger (usada principalmente para perto)

    CAMPIMETRIA: diz respeito ao campo visual, existem aparelhos prprios para examin-lomas possvel fazer um exame grosseiro: coloca-se de frente ao paciente e tampa um dosolhos. Para examinar o OD do paciente usa-se o OE do examinador como parmetro e vice-versa. Estica-se o brao horizontalmente e aproxima-o para frente, solicitando ao paciente quediga quando comea a enxergar. A viso lateral tem mais de 120 de alcance. O campo visualtemporal dado pela retina nasal e o campo visual nasal dado pela retina temporal. O campo considerado uma esfera e o prprio paciente vai localizar sua dificuldade.

    viso de cores

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    b. Oftalmoscopia:

    Nmeros pretos: dioptrias + antecipam o raio luminoso, visualiza-se melhor as

    estruturas anteriores

    Nmeros vermelhos : dioptrias - prolongam o raio luminoso.

    Fundo de olho:

    DISCO PTICO: apresenta colorao cinza-esbranquiada e limites precisos, embora aborda nasal no seja muito ntida. Possui uma zona central (depresso) de ondeemergem os vasos da retina. As artrias possuem uma colorao avermelhada e

    brilhante e as veias tem um vermelho mais escuro opaco e possuem um calibre maior.Normalmente v-se um brilho central na artria que corresponde a 1/4 da parede

    arterial.

    Cruzamento arterio-venoso normal: veia abaixo da artria

    Cruzamento arterio-venoso patolgico: por alterao estrutural ou da trajetria. EX.: Nahipertenso por ocorrer espessamento da parede vascular arterial e tambm opacificidade damesma, a veia sofre presso da artria e no exame aparece cruzamento em ponta de lpis. Almdo cruzamento A-V patolgico a artria pulsa sobre a veia na hipertenso e a veia apresenta-sesobre a artria e arqueada o que conhecido como arco de Salus. Numa fase inicial dahipertenso determinados segmentos da artria sofrem constrio o que conhecido porespasmo local ou em outras vezes toda a artria sofre constrio levando a um espasmo difuso(a artria fica com calibre menor do que o da veia).

    Alteraes encontradas na oftalmoscopia:

    Edema de Papila: Na fase avanada da hipertenso (HAS difuso maligna) o pacienteapresenta edema de papila crnica e esta se torna borrada (sem nitidez).

    Exsudato algodonoso: ocorre por obstruo dos vasos o que leva a um infarto isqumicoda regio e esta se torna uma rea cicatricial (branco como uma bola de algodo)

    Exsudato duro: DIABETES. So causados por extravasamento de linfa e possuemcolorao amarelada, pela gordura.

    Alteraes hemorrgicas: hemorragia em "chama de velas": ruptura das artrias havendo extravasamento desangue na retina em forma de chama de vela porque se d na camada em que esto asfibras nervosas e o sangue da hemorragia as acompanha,

    hemorragias puntiformes: DIABTICOS, microaneurismas: dilatao dos vasos formando pontos vermelhos na retina; ocorre em

    diabticos. Artria em fio de cobre: a artria torna-se branca pela opacificao total, no enxerga-

    se, ento, a coluna de sangue.

    c) Avaliao dos pares cranianos 3, 4 e 6

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    Estes nervos so responsveis pela inervao extrnseca do globo ocular

    Reto superior 3 3 oblquo inferior

    reto lateral 6 3 reto medial

    reto inferior 3 4 oblquo superior

    3. MUSCULATURA DA MMICA

    a. NERVO FACIAL: Inerva a musculatura da mmica. Para a sua avaliao pede-se que opaciente execute movimentos como:

    enrugar a testa

    enrugar o nariz cerrar os olhos e no deix-lo abrir esboar um sorriso inflar a boca ou assobiar

    Paralisia Facial Perifrica (ou de Bell): mais feia, menos grave. Compromete toda umahemiface com acometimento do nervo aps sua emergncia ou seja infranuclear. Ocorre devidoa acidentes cirrgicos na partida, processos inflamatrios virais, frio excessivo. Alteraesfaciais:

    no h enrugamento da testa sulco naso-labial desaparece desvio da comissura labial para o lado contrrio a leso. No h fechamento do olho do lado lesado

    Sinal de Bell: olho fica voltado para cima e pode-se evidenciar a parte branca do olho(esclera) abaixo da ris

    Paralisia Facial Central: menos feia, mais grave. A leso cerebral do lado oposto arepresentao perifrica. As manifestaes da paralisia facial central vo ser no quadranteinferior da face contralateral leso. Alteraes faciais:

    desvio da comissura labial para o lado da leso central (lado so da face) tnus diminudo da bochecha (fumador de cachimbo") desaparecimento do sulco nasolabial contralateral.

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    4. OUVIDO

    a. Inspeo

    exame do pavilho auditivo

    Alteraes: TOFOS GOTOSOS (GOTA): uratos podem se depositar na superfcie do pavilhoauricular formando ndulos levando a hiperemia e inflamao da regio.

    b. Otoscopia:

    Alteraes:

    OTITE EXTERNA: leso no conduto auditivo externo, numa inflamao desta estrutura ocorredor acompanhada por alteraes de posicionamento do pavilho auricular que se tornaedemaciado podendo levar a uma luxao. A parede do conduto auditivo externo vai apresentar

    vermelhido, abaulamento, secreo purulenta e brilho excessivo. Paciente pode apresentar dorna trao do pavilho auditivo.

    Obs: tampo de cerumem tem cor marrom escura e pode obstruir todo o conduto levando adiminuio da audio.

    OTITE MDIA:

    Fase inicial: dor, hiperemia da membrana timpnica, cone de luz torna-se opaco(desaparece) devido ao acmulo de secreo no ouvido mdio causado pelo processoinflamatrio

    Fase adiantada: ocorrem alteraes na membrana do tmpano devido ao acmulo dematerial purulento, esta sofre um abaulamento em direo lateral (para fora) ficandocom aspecto de "almofada" com um ponto central. Culmina com ruptura da membranae extravasamento de material purulento.

    PERDA AUDITIVA

    POR CONDUO: distrbio do ouvido externo ou mdio SENSORINEURAL : distrbio do ouvido interno (coclear)

    5. NARIZ

    a. Inspeo

    Avaliao da pele do nariz

    Alteraes:

    Lupus Eritematoso Sistmico: doena do colgeno que leva a uma dermatite nasal em forma de

    asa de borboleta.

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    Desvio de septo, necrose do septo (usurios de cocana).

    Abcessos

    Rinite crnica: mucosa nasal descorada

    Rinite aguda : mucosa nasal hiperemiada

    6.SEIOS PARANASAIS:

    Podem ser palpados e percutidos sendo que o paciente apresentar dor se houver presena deinflamao; a pela que recobre os seios da face pode estar com sinais flogsticos 'a inspeo.

    Alteraes:

    SINUSITE AGUDA: processo inflamatrio das clulas dos seios da face, geralmente

    apresentam dor, cefalia, secreo purulenta, obstruo nasal, pele com sinais flogsticos.

    7. CAVIDADE ORAL

    a. Inspeo:

    Dentes: processos de implantao, nmero de dentes, periodontite (processoinflamatrio do periodonto) colo do dente. Ex.: dentes de Hutchinson: congnitosdevido sfilis, so dentes afastados, triangulares ou cnicos.

    Gengivas

    GENGIVITE: processo inflamatrio da gengiva est apresentando-se tumefeita, altamentedolorosa e sangrante ao toque

    RANINAS: so veias localizadas abaixo da lngua e avaliam o estado de hidratao dopaciente. Normalmente elas esto totalmente cheias.

    ESTOMATITE: inflamao da cavidade oral porCandida albicans sendo muito mais comumem crianas ou pode se apresentar em adultos imunodeprimidos (aidticos). conhecida pormonilase, na sua fase inicial ocorre apenas hiperemia da cavidade oral sem formao de placas

    e numa fase mais adiantada apresenta placas esbranquiadas (aspecto de nata de leite) comhiperemia em forma de halo ao redor. No so facilmente removveis e ao serem geram lesescom sangramento; anemias carenciais, principalmente do Complexo B, levam a alteraes das

    papilas, a lngua pode se tornar lisa e brilhante devido ao desaparecimento das papilas (lnguacareca).

    avaliao esttica da lngua: desvio, aspecto e simetria. Avaliao dinmica: MOTRICIDADE que dada pelo XII par craniano. Se este estiver

    comprometido durante a protuso a lngua desvia para o lado da leso.

    8. OROFARNGE:

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    11. ARTRIAS CARTIDAS

    a. Palpao: avalia o trajeto, a consistncia (dura: normal), sensibilidade ao tato e presenade sopros.

    Obs.: Presena de placas aterosclerticas leva ao turbilhonamento do sangue o que leva asopros. O paciente pode apresentar desmaios, vertigem devido diminuio do fluxosangneo.

    Obs.: Desvios de trajeto so comuns em idosos devido arteriosclerose.

    12. TIREIDE

    Palpao: pela regio anterior: dedo indicador e mdio entre a cartilagem cricide e a frcula,pedindo para o paciente engolir e palpando-se o istmo. Empurrar para o lado e palpar o lobo.Busca-se ndulos do parnquima tireoidiano e aumento difuso.

    OBS.: Na inspeo procuram-se relaes abaulamentos e observa-se a simetria.

    EXAME FSICO DE TRAX E MAMAS:

    EXAME FSICO DO PRECRDIO

    Alm do exame do precrdio, a avaliao cardiovascular inclui a medida da PA, inspeoda veia jugular, da cor da pele, da freqncia respiratria, avaliao dos pulsos perifricos,ausculta de sopros em outras artrias.

    O exame fsico do precrdio abrange as regies prximas (frcula, poro superior doabdome, pescoo) devido possvel irradiao dos sintomas para estas regies.

    1. INSPEO:

    o Posicionar paciente em decbito dorsal.o Deve-se observar se o paciente apresenta abaulamentos, retraes na regio

    precordial e em regies do trax fora da regio precordial. Ex.: DBPOC podemlevar a um aumento do dimetro Antero-posterior do trax (trax em barril),

    afastando o corao da parede torcica e dificultando o exame do precrdio.o Retrao do esterno (peito do sapateiro) muitas vezes faz com que haja sopro na

    ausculta sem alterao cardaca.o Pulsaes dos grandes vasos na regio cervival podem indicar patologias

    cardacas. Ex.: dilatao da aorta (1 e 2 EICD e frcula), dilatao da artriapulmonar (2 EICE), dilatao do ventrculo direito (borda esternal E).

    o Inspeo do pescoo: paciente em 180 mais bem visualizada a coluna desangue na veia jugular externa; com paciente em 45 j no se deve ver acoluna de sangue, se visualizada indica excesso de sangue intravascular(insuficincia cardaca).

    o Inspeo do ICTUS:

    Localiza-se geralmente no 5 EICE, na linha hemiclavicular

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    Corresponde ao movimento de impulso da ponta do ventrculo esquerdocontra a parede do trax.

    Paciente deve estar em decbito dorsal, mdico deve ficar do lado direitoou aos ps do paciente olhando tangencialmente (ao nvel dos olhos).

    Verificar se PIM deslocado ou no. Ex.: na dilatao do miocrdio e na

    hipertrofia de VE.

    2. PALPAO :o Difusa: feita com a mo inteira utilizando a regio metacarpofalngea.o Especfica (fina): realiza-se aps a difusa, feita com as polpas digitais medindo-

    se quantas polpas so necessrias para cobrir o ctus (normalmente 2 polpas).Descrev-lo em localizao, extenso e intensidade de impulso (Propulsivo:ocorre com hipertrofia do corao, portanto o ctus bate com muita fora;Difuso: pacientes com insuficincia cardaca, o corao demora mais tempo

    para contrair e consequentemente o ctus fica mais fraco).o Em casos de dilatao do corao pode-se aumentar o nmero de polpas e/ou

    desviar o ctus do local usual.

    Obs1.: o exame do ctus nos d idia de alterao no tamanho e na mobilidade do VE(aumento do VE:o ctus desvia mais para a esquerda e para baixo, podendo estar no 6 ou 7EICE entre a Linha hemiclavicular e a Linha axilar anterior; sendo que o nmero de polpastambm pode aumentar)

    Obs2.: modificaes na estrutura do ventrculo direito no deslocam o ctus:

    Aumento do VD como a camara mais anterior do corao um aumento deste ventrculopode causar:

    em crianas: abaulamento da regio esternal pois o esterno ainda noest calcificado.

    em adultos: a parede do VD choca-se com a parede esternal causando aMPULSO PARAESTERNAL ESQUERDA que uma pulsaosentida na mo (regio tenar e hipotenar) quando se faz uma pequena

    presso. corao em gota ocorre em paciente com DBPOC devido ao aumento do

    pulmo.Obs3.: Mesmo na ausncia de problemas cardacos o ctus pode ser invisvel ou impalpvel.Ex.: obesidades, musculatura hipertrofiadas, pacientes (mulher) com mamas volumosas e/oucadas, ctus localizado posteriormente s costelas (impede que a impulso se projete sobre a

    pele), corao do lado contrrio, lquido na cavidade pericrdica.

    o Manobra acessria: Decbito de Pachon: paciente deve-se inclinar para aesquerda e ficar 45com o leito, assim o ctus aproxima-se da parede torcica.

    o Frmitos:percepo palpatria de um fenmeno a ser auscultado. Indica apresena de um sopro, geralmente, de grande intensidade. O frmito

    acompanha as caractersticas do sopro: mesma intensidade, mesma regio,mesmo ciclo cardaco.

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    Ex.: atrito pericrdico apresenta frmito em 23%dos casos.

    Todo frmito indica presena de sopro porm nem todo sopro indica frmito.

    o Com a palpao ainda possvel detectar alteraes na altura da aorta:

    ascendente

    cajado (regio da frcula esternal) descendente

    As pulsaes articas podem ser palpadas na regio da frcula esternal e no epigstrio (podeindicar corao aumentado). Isto pode ser indicativo de aneurisma, HAS ou dilatao da aorta,mas no quer dizer que se trata de uma patologia pois em pacientes magros, taquicrdicos eansiosos pode-se sentir a pulsao artica (AORTISMO) nestes mesmos locais.

    3. AUSCULTA: a parte do exame fsico que mais fornece informaes a respeito dofuncionamento do corao. Deve ser sempre acompanhada de palpao do pulso.

    a) Seqncia adequada:

    observar ritmo e freqncia cardaca identificar 1 bulha escutar sstole com ateno identificar 2 bulha e desdobramentos escutar distole precoce e tardia procura outras bulhas e sopros

    b)Focos de ausculta:projeo das bulhas na parede torcica, local de direcionamento dosangue no fechamento de cada vlvula.

    Focos do pice: ausculta-se melhor a 1 bulha devido ao fechamento das vlvulas trio-ventriculares (mitral e tricspide) com o paciente em decbito dorsal ou de Pachon.

    foco Mitral: 5 EICE LHC

    foco Tricspide: 5 EICE (junto borda esternal)

    Focos da base: ausculta-se melhor a 2 bulha devido ao fechamento das vlvulas semilunares(artica e pulmonar) com o paciente sentado inclinado para frente. Identifica-se melhor odesdobramento da segunda bulha.

    foco Artico: 2 EICD (junto borda esternal)

    foco Pulmonar: 2 EICE (junto borda esternal)

    foco Artico Acessrio: 3EICE (para-esternal)

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    Obs.: Fenmenos de baixa freqncia (3 e 4 bulhas) so melhores auscultados nos focos dopice com a utilizao da campnula.

    1Bulha: acompanha o pulso

    2Bulha: aps o pulso

    c) Ritmo:

    Irregular => arritmias

    Causas: problemas na formao do estmulo no nodo sinusal

    problemas na conduo do estmulo

    Exemplo 1: EXTRASSSTOLES:

    Sstole sobressalente, que ocorre antes do tempo normal (previsto). Durante a extrassstole,o pulso pode ou no ser palpvel. Quando a extrassstole for muito precoce o ventrculo noestar suficientemente cheio para gerar uma onda de pulso (presso), por isso no haver pulso(dficit de pulso), caso contrrio haver uma onda de presso, porm mais fraca. Aps aextrassstole ocorre uma pausa compensatria sendo que a prxima sstole ser mais fortecom bulha mais audvel e pulso mais forte, isto por que haver um maior enchimentoventricular, pois o tempo para isso maior... na ausculta haver sstole antes do tempo. Asextrassstoles so melhores audveis no FM, se houverem extrassstoles, a Fc deve serauscultada em, pelo menos um dos focos por minuto.

    Exemplo 2: FIBRILAO ATRIAL (Delirium Cordis):

    o tipo de arritmia (taquiarritmia) mais anrquico, o que gera o estmulo mais estranho.H uma variao muito grande entre os intervalos das bulhas. Muito comum em pacientesidosos ou com alguma pneumopatia (DBPOC). Na fibrilao atrial, perde-se a regularidade nosespaos entre as bulhas. impossvel saber o que B1 e B2 e h um dficit na Fp de 10 oumais batimentos. Ela ocorre porque se perde a formao do estmulo no N AS, isto podeocorrer por: isquemia, Mal de Chagas, doenas no prprio n, aumento do trio. O estmulocomea a ser gerado nas paredes do trio e este comea a se contrair (tremular) com intensidadeque pode chegar at 400x/min. Nem sempre estes estmulos sero suficientes para gerar

    contraes ventriculares devido ao retardamento fisiolgico que ocorre no n atrioventricular.Quando eles so transmitidos nem sempre os ventrculos esto suficientemente cheios paragerar uma onda de pulso.

    Exemplo 3: ARRITMIA RESPIRATRIA ou FISIOLGICA:

    No patolgica. Ocorre freqentemente em crianas e adolescentes. A Fc varia de acordocom o ciclo respiratrio: durante a inspirao, h um aumento na Fc e durante a expirao huma diminuio na Fc. Isto devido diferena de presses que ocorre na caixa torcica. Paraverificar a presena deste tipo de arritmia, deve-se solicitar ao paciente que produza umaapnia, se o ritmo se normalizar a arritmia respiratria (fisiolgica).

    d) Freqncia:

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    Deve-se auscultar e palpar o pulso por pelo menos 1 minuto em cada foco.

    taquicardia: acima de 100bpm bradicardia: abaixo de 60bpm

    Obs.: recm nascidos mais de 100bpm; atletas abaixo de 60bpm

    e) Bulhas:

    1 Bulha: fechamento das vlvulas A_V (a vlvula mitral melhor audvel). Esta bulha maisbem auscultada com o paciente em decbito dorsal nos focos do pice e com a membrana doestetoscpio. Determina o incio da sstole.

    2Bulha: fechamento das vlvulas semilunares (o fechamento da vlvula pulmonar s audvelno foco pulmonar; nos demais focos so audveis os rudos do componente artico). Ausculta-se melhor com o paciente sentado, nos focos da base e com a membrana do estetoscpio.

    Determina o fim da sstole.

    3 Bulha: aparece no 1/3 inicial da distole. Neste perodo, devido ao enchimento rpido doventrculo suas paredes vibram (chegada muito rpida do sangue ou dificuldade do corao deacomodar o sangue que nele chega) causando a bulha. mais prxima da 2 Bulha mas comuma freqncia mais baixa, ou seja, um som surdo. mais bem auscultada com a campnulanos focos do pice (mitral e tricspide) e com o paciente em decbito de Pachon. Pode sertotalmente normal em crianas devido a hipercinesia (velocidade aumentada do sangue em sua

    passagem pelo corao e pelos vasos). Em adultos ocorre geralmente em insuficincia cardacae outras patologias que aumentem o dbito cardaco, como conseqncias da anemia.

    4 Bulha: ocorre no final da distole. Corresponde a sstole atrial e gerada pela vibrao dasparedes ventriculares pelo final do seu enchimento. Significa hipertrofia, rigidez de ventrculo.A sstole atrial s pode ser responsvel por at 30% da quantidade de sangue que chega noventrculo. Qualquer fator que dificulte a elasticidade (relaxamento, distensibilidade) doventrculo, pode torn-lo rgido. Sendo assim, no capaz de se dilatar para receber o sangueextra que provm do atrio e produz a bulha. A presena da 4 bulha sempre significa algum tipode patologia, ocorre, geralmente, em casos de hipertrofia (HAS) ou rigidez dos ventrculos(IAM, CI). A 4 bulha mais prxima da 1 e tambm tem um som surdo. No h B4 nafibrilao atrial. mais bem auscultada com a campnula, nos focos do pice e com o pacienteem decbito de Pachon.

    Obs.: Ritmo de Galope: 3 ou 4 + taquicardia; o paciente est descompensado. Ocorre na IC.

    Ritmo em 3 tempos: 3 e/ou 4 bulha + freqncia normal.

    Fonese das bulhas: Hiperfonticas

    Normofonticas

    Hipofonticas

    1 BULHA: sua fonese resultado da textura das vlvulas e da distncia entre os folhetos(quanto mais distante os folhetos, maior ser o rudo produzido).

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    Hiperfonese:

    Taquicardia porque os folhetos esto mais afastados devido ao encurtamento do ciclocardaco (a vlvula abre e o sangue passa rapidamente, desaparecendo a fase deenchimento da distole).

    Estenose: estreitamento da vlvula, doena de carter progressivo.

    Hipofonese:

    Estenose mitral: a vlvula torna-se to calcificada (enrijecida e deformada) a ponto deperder sua mobilidade.

    Insuficincia mitral: no ocorre uma aproximao adequada dos folhetos valvulares, oque leva a uma diminuio da fonese. Devido a vrias etiologias, inclusive febrereumtica.

    Fatores extracardacos que levam a hipofonese: DBPOC, obesidade, mamas volumosas,massa muscular aumentada, derrame pericrdico.

    2 BULHA : corresponde ao fechamento das vlvulas artica e pulmonar. O componentepulmonar s audvel no foco pulmonar, enquanto o componente artico de B2 auscultado norestante dos focos. Os folhetos valvulares artico e pulmonares se fecham devido pressodentro dos troncos arteriais. Se esta presso aumentar, aumenta a fonese da bulha.

    Hiperfonese:

    HAS: devido ao aumento da presso dentro dos vasos a coluna de sangue vem com umapresso maior para fechar as vlvulas levando a hiperfonese da bulha (principalmenteno foco artico).

    Estenose artica leve: devido alterao da textura das vlvulas.

    Hipofonese:

    Estenose artica severa: no h aproximao adequada dos folhetos articos. Insuficincia artica

    Desdobramentos da 2 Bulha:

    Fisiolgico: a sstole no VE ocorre primeiro que a no VD, por isso que a vlvula articase fecha antes que a pulmonar. Ausculta-se um rudo nico. S auscultado no foco

    pulmonar. O desdobramento fisiolgico ocorre em crianas e jovens.

    Na inspirao: chega mais sangue ao VD e este vai demorar mais pararealizar sua sistole, levando a um maior distanciamento do fechamentoda vlvula artica para a pulmonar. Assim, ausculta-se mais de umrudo.

    B1/_____________A______P_______________B1 -> Insp

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    Na expirao: chega mais sangue ao VE fazendo com que a sstole deste seja maisdemorada, aproximando, assim o fechamento da vlvula artica da pulmonar.

    B1/_____________A__P_________________B1 -> Exp

    Para verificar se o desdobramento fisiolgico pede-se ao paciente que faa uma respiraolenta e profunda. Se o desdobramento desaparecer durante a expirao e permanecer durante ainspirao diz-se que fisiolgico.

    PATOLGICOS:

    Paradoxal ou inverso: Este desdobramento auscultado durante a expirao e no nainspirao. A sstole do VE muito mais demorada que a do VD, assim, a vlvulaartica fecha-se depois da pulmonar. Isto ocorre devido a bloqueio do ramo E do feixe

    de Hiss. HAS severa e estenose artica severa. Fixo: Este desdobramento aparece sempre no importando a fase do ciclo respiratrio.

    Ex.: Comunicao interatrial (pode ser no septo interatrial ou no forame oval): chega osangue no AE que por sua maior presso desloca o sangue para o AD. Assim, como oVD est com uma maior quantidade de sangue, se contrai depois.

    f) Sopros: so rudos diferentes produzidos pela passagem do sangue atravs das vlvulas oucavidades. O movimento do sangue perde sua caracterstica laminar e torna-se turbilhonado.

    Causas: Estenose das vlvulas aneurisma inverso de fluxo (regurgitamento por insuficincia) comunicao entre uma cavidade e outra fstula arterio-venosa (ex.: pacientes em dilise)

    o Caractersticas:

    Sede do Sopro: normalmente em 1 dos focos de ausculta. Importante saber por quealgumas patologias so caractersticas de determinados locais.

    Fase do ciclo: sistlico

    distlico

    sisto-diastlico

    - Ocorrem entre as bulhas podendo abaf-las.

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    - Irradiao: outro local onde o sopro audvel, segue o caminho que o sangue est seguindonaquela situao.

    - Intensidade: importncia relativa

    Varia de 1+ a 6+: 1+ : baixa intensidade, ausculta-se com dificuldade

    2+ : escutado logo aps colocar o estetoscpio no precrdio

    3+ : maior que o 2 mas sem frmito

    4+, 5+, 6+ : obrigatria a palpao de frmito

    6+ : muito forte, audvel at sem estetoscpio em algumas situaes.

    o Manobra especial: objetivo modificar a hemodinmica do paciente para

    acentuar a intensidade do sopro.

    Modificar posio do paciente

    Ouvir na inspirao

    Manobra de Valsalva

    Elevao dos membros inferiores para aumentar o dbito cardaco

    Aumentar a presso arterial do paciente, acentuando a insuficincia artica.

    SOPROS SISTLICOS COMUNS:

    ESTENOSE ARTICA: passagem apertada do sangue, auscultado no 2 EICD, irradia-se parapescoo e frcula, em crescendo e decrescendo, paciente sentado.

    INSUFICINCIA MITRAL: regurgitao de sangue para trio esquerdo, auscultado em 5EICE linha hemiclavicular, irradia para axila esquerda e trax posterior, holosistlico.

    SOPROS DIASTLICOS COMUNS:

    ESTENOSE MITRAL: passagem apertada do sangue para VE (geralmente por febre reumtica,abertura insuficiente da vlvula), no tem irradiao, mais bem auscultado com a cmpanula ecom o paciente em decbito de Pachon.

    INSUFICINCIA ARTICA: regurgitao de sangue da aorta para VE, auscultado em 2EICD, irradia-se para o pice, em decrescendo, paciente com pulsos perifricos bem palpveis,ictus desviado para baixo e lateralmente.

    EXAME FSICO DO ABDOME

    1.INSPEO:

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    o Pele, erupes, leseso Localizao do umbigoo Contorno abdominalo Peristalseo Pulsaes

    2.AUSCULTA:

    Avaliar motilidade intestinal pela presena de Rudos Hidrareos Pesquisar sopros em aorta abdominal, artrias renais, ilacas, femorais se suspeita de

    HAS ou insuficincia renal, insuficincia arterial em membros inferiores.

    3.PERCUSSO:

    Percutir todo abdome iniciando de baixo para cima em colunas Estimar a hepatometria: normal linha hemiclavicular6-12cm, linha esternal mdia 4-

    8cm. Verificar espao de Traube: percutir em linhas axilar anterior e mdia em espaos

    intercostais 9,10,11. Pesquisa de ascite: macicez mvel.

    4. PALPAO:

    Palpao superficial: til para descontrair o paciente e j verificar alguns pontos dolorosos.

    Palpao profunda:

    Delimitar massas abdominais

    Palpao de fgado: mo em garra.

    Palpao de bao: decbito de Schster.

    Palpao de rins: duas mos em prensa, Manobra de Giordano.

    Teste da onda lquida em ascite.

    Pesquisa de irritao peritoneal: Blumberg e Rovsing

    Pesquisa de colecistitte aguda: Sinal de Murphy

    SEMIOLOGIA DO APARELHO URINRIO E SNDROMES URINRIAS

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    APARELHO URINRIO:

    Funes do aparelho urinrio:

    Depurao: os rins limpam o sangue e excretam cerca de 700-750 mOsmol. A

    depurao feita basicamente pelos glomrulos. Reteno de macromolculas (grandes protenas e clulas) Equilbrio hidroeletroltico Equilbrio cido-bsico: excreo dos cidos no volteis (volteis excretados pelos

    pulmes) Manuteno da osmolaridade Produo de hormnios (renina, eritropoetina, calcitriol D3).

    Vias urinrias: ureteres, bexiga, uretra (conduo da urina).

    Para que haja insuficincia renal necessrio que os dois rins estejam doentes.

    Como o glomrulo retm clulas e protenas, em condies normais estes elementos noaparecem na urina.

    SEMIOLOGIA DO APARELHO URINRIO

    Avaliao clnica da Funo Renal.

    Dados Subjetivos: Anamnese.

    Alteraes do volume urinrio: Um adulto normal ingere cerca de 2,5 L de gua pordia, perde aproximadamente 1L pela transpirao, respirao e o restante eliminado

    pela urina. A capacidade mxima de concentrao do rim de 1300 mOsm/L e umapessoa produz em condies normais cerca de 700 mOsm por dia. Logo, o volumemnimo de urina dirio de cerca 0,5L para que o organismo dilua as substncias aserem eliminadas. Volume urinrio de 24 h: entre 400 e 2500 ml de urina.

    Poliria: quando so eliminados mais de 2500 ml de urina /dia. Pode ser fisiolgica poringesta de, por exemplo, grande quantidade de cerveja, chimarro, ch. Esta urina dedensidade baixa (bastante diluda), sendo assim eliminados menos que 750 mOsm emmuita gua. A poliria de densidade alta ocorre em diabticos porque o acaraumenta a densidade, assim como a proteinria de cadeia leve (Bensen Jones).

    Situao com poliria de densidade muito baixa: diabete insipidus, onde h falta deADH (principal responsvel pela quantidade de gua excretada). No DI ocorre muitaperda de gua. A poliria tem importncia somente quando associada histria e aoexame fsico.

    Oligria: quando so eliminados menos de 400 ml de urina por dia (que a mximacapacidade de concentrao da urina). Tem causas pr-renais (IC esquerda), renais e

    ps-renais (obstrutiva). A oligria significa insuficincia renal quando associada dosagem de uria e creatinina. Em determinadas situaes o organismo faz oligria

    para economizar gua: vmitos, diarria, hemorragias. A densidade de uma oligriapr-renal alta porque o rim filtra normalmente, mas h reteno de gua, asconcentraes de uria e creatinina aumentam. Na insuficincia renal a densidade

    baixa ( filtrao).

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    A concentrao normal de urina tem densidade no EQU de aproximadamente 1030.

    Anria: eliminao de menos de 50 ml /dia (ou 100ml). Em geral decorre de problemasobstrutivos. A necrose generalizada do parnquima renal pode causar anria, mas uma situao rara. Causas mais comuns: clculo renal unilateral ou bilateral,

    problemas prostticos, infiltrao neoplsica do ureter, clculos biliares obstruindoartrias renais, insuficincia renal aguda.

    Alteraes no ritmo nictemrico: O normal urinar mais durante o dia que durante anoite, pois a produo de ADH est relacionada posio ortosttica.

    Nictria: a inverso do ritmo urinrio. A pessoa urina mais durante a noite (emdecbito) que durante o dia (em p). Provvel doena renal. o primeiro sintoma dodoente renal crnico. Em rim normal a produo de antidiurtico maior a noite,quando paciente dorme.

    Noctria: o paciente urina vrias vezes durante a noite, mas no h inverso do ritmo.Ocorre, por exemplo, quando h reabsoro de edema.

    Alteraes da mico:

    o Polaciria: aumento do n de mices com manuteno do volume urinriodurante 24h. Ocorre geralmente em processos irritativos como infeces,quando um volume menor de urina desencadeia o reflexo da mico. Quandoh problema prosttico (obstruo baixa, por ex) tambm ocorre devido urinaresidual, pois a pessoa no consegue esvaziar toda a urina que h na bexiga.

    o Disria: a dificuldade para urinar, tendo o paciente que fazer fora para iniciaro jato. Decorre de estreitamento da uretra, que ocorre aps blenorragia(gonorria), por hiperplasia prosttica.

    o Ardncia: a dor em ardncia para urinar ocorre em processos irritativos. Dorreferida cistite.

    o Urgncia: uma necessidade imperiosa de urinar, comum em hiperplasiaprosttica e em processos inflamatrios.

    o Incontinncia: a incapacidade de reter a urina. Ocorre na cistocele, porexemplo. O paciente perde urina quando tosse ou espirra. No paciente

    prosttico em que h estenose severa do ureter a bexiga fica cheiapermanentemente at que perde sua capacidade elstica e passa a funcionarcomo via urinria simplesmente, ento o paciente passa a urinar em pingos. Aincontinncia ocorre tambm em multparas e bexiga neurognica.

    o Jato fraco:jato que molha os sapatos. Decorre de estreitamento da uretra.Uma das causas o estreitamento da prstata.

    o Mico em 2 tempos: um clculo na bexiga que tranca na uretra, ou grandeesforo da bexiga quando h estenose uretral que promove a formao dedivertculo. Clculo na bexiga: tranca a sada, pessoa caminha... Clculo semove... Libera sada.

    o Reteno Urinaria: Incapacidade de esvaziar a bexiga, aguda: distenso

    abdominal e dor, crnica: sem conscincia da distenso abdominal e sem dor,obstruo prosttica, bexiga neurognica.

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    Alteraes no aspecto da urina:

    o Hematria: 10 ou mais hemcias por campo (400X). Urina de cor avermelhada,

    varia desde o amarelo escuro at o marrom. Pode ser macro ou microscpica.Na histria importante investigar a ingesta de beterraba, afecesginecolgicas, uso do medicamento piridium. Causas: infeces, tumores,nefrites. A quantidade de sangue na urina no tem importncia significativa, oque realmente interessa a presena de sangue.

    Macroscpica inicial:jato inicia vermelho e vai clareando. Origem baixa

    Macroscpica final:jato inicia claro e vai avermelhando. Origem baixa

    Macroscpica total: sempre com sangue, podendo conter hemcias deformadas

    (significa que passaram pelos tbulos). Origem alta.

    o Proteinria: o paciente nefrtico perde muita albumina, e se sua urina foragitada ser bastante espumosa, podendo ficar turva.

    o Infeces: quando h infeco a urina fica turva e mal cheirosa, podendo conterlinfa (quilria), fiapos de pus e sedimentos.

    Historia pregressa

    o HAS: importante descobrir se a HAS primria ou secundria. As doenasrenais comumente so causa de hipertenso, especialmente em pessoas jovensou em pacientes com HAS que descompensam repentinamente. A estenose deartria renal eleva a PA atravs do mecanismo renina-angiotensina a fim demanter a sua perfuso.

    o Diabete melitoo Colagenoseso Hipercalcemiaso Hiperurecemiaso Infeces

    Historia familiar

    o Sndrome de Aporto Rim esponja medularo Rins Policisticos

    Dor

    o Lombar: processos inflamatrios, obstruo urinria, dor profunda, intensidade

    varivel, fixa, persistenteo Clica Renal

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    o Vesical: origem na bexiga, supra pbica, sensao de queimao.o Estrangria: Mico lenta e dolorosa (espasmo da musculatura do trgono e

    colon vesical)o Perineal: referida no sacro e reto (infeco aguda da prstata).

    Obs.: a dor lombar baixa no tem origem renal. A dor renal subcostal, em hemicinturo, empeso, decorrente da distenso da cpsula. A dor do clculo ureteral irradia-se pelo trajeto doureter. Em clculo alto (ureter mdio) a dor referida em hemicinturo e quando o clculo est

    baixo a dor referida na pele do testculo e na bexiga quando muitssimo baixo. A dor renal e aureteral no tm posio de alvio. A clica renal geralmente decorre de clculos retidos noureter, mas pode ser por cogulo, por uma papila necrosada em diabticos ou por outra causa.

    Dados Objetivos:

    Hlito Pele Unhas Presso arterial Fundo de olho Aparelho cardiopulmonar Exame dos rins

    SNDROMES URINRIAS:

    Apresentao clnica das doenas renais:

    Assintomtica: o paciente no tem sintomas e atravs do exame fsico (edema, porexemplo) e laboratorial (proteinria, por exemplo) so detectadas alteraes.

    Histria familiar: o paciente vai consulta devido a familiares apresentarem clculos,fazerem dilise, etc.

    Sinais e sintomas: que indicam diretamente doenas renais (polaciria, nictria,oligria, anria). Os mais comuns so dor, sintomas digestivos, edema, HAS e anemia.

    Obs.: Sintomas digestivos: a clica renal costuma estar freqentemente associada a nuseas evmitos.

    Edema: os rins filtram cerca de 180 L/dia. Pequenas alteraes podem trazer grandesconseqncias como alterao da osmolaridade sangunea. O edema matinal de face caracterstico da doena renal.

    Anemia: a insuficincia renal crnica (IRC) causa anemia em virtude da deficincia deproduo de eritropoetina.

    Sndrome Nefrtica: escapa protena da membrana glomerular, deficincia defiltrao.

    Proteinria (glomerular) > 3,5 g/dia: albumina, protenas grandes. A eliminao normal

    de at 150 mg/ dia de protenas. Causando urina espumosa. Hipoalbuminemia: causando estrias brancas e transversais nas unhas.

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    Obstruo Urinria Baixa (prostatismo): A obstruo ocorre na uretra, causandocrises de oligria. A causa mais comum em homens o aumento da prstata. Estenoseda uretra.

    Disria inicial (dificuldade para iniciar o jato) Jato fraco e fino

    polaciria Sensao de urina residual Bexigoma: globo vesical palpvel Incontinncia Paradoxal: bexiga est cheia mas vai vazando aos pouquinhos, causando

    hipertenso retrgada no rim. Exame fsico: abdome macio, concavidade voltada para baixo, dor. A obstruo crnica no apresenta dor.

    Obstruo Urinria Alta (litase): Ocorre do ureter para cima. As principais causasso clculos, pedaos de tumor. Se a obstruo for em apenas um rim, a funo renalser normal.

    Dor lombar SEM FEBRE Nuseas e vmitos: por reflexo nefro-intestinal na dilatao dos tbulos coletores. Hematria (quando ocorre traumatismo pelo clculo) Sinal de Giordano (cpsula distendida) Dor em peso, sem posio de alvio. Causas: clculos, pedaos de tumor. Locais mais comuns: juno pielouretral,

    cruzamento dos vasos ilacos, entrada da bexiga (dor no saco escrotal). Pode ocorrer infeco associada, se houver febre uma urgncia, devendo o paciente

    ficar em observao.

    Sndrome Urmica:

    Ocorre na insuficincia renal aguda avanada ou insuficincia renal crnica,necessariamente bilateral. A sndrome decorre de nveis elevados de uria e creatinina.

    Sintomas mais agudos:

    Digestivos: anorexia, nuseas e vmitos

    Hidro-eletrolticos: hiperpotassemia e hiponatremia, acidose metablica,hiperfosfatemia e hipocalcemia, hiperuricemia, edema. Cardiovasculares: HAS, pericardite. Neurolgicos: encefalopatia, coma, neuropatia perifrica.

    Demais sintomas:

    Musculoesquelticos: fraqueza, osteodistrofia renal Hematolgicos: anemia, disfuno plaquetria Endcrinos: resistncia insulina, dislipidemias, disfuno sexual.

    Os pacientes crnicos com sndrome urmica apresentam cor amarelo-terrosa, hlito urmico,edema, facilidade de sangramento na pele, respirao Kusmaull.

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    O paciente tem nictria, os rins esto bilateralmente contrados e vem a falecer em decorrnciada hiperfosfatemia, IC por hipervolemia, acidose.

    Insuficincia Renal: A causa mais comum a necrose tubular aguda, a descamaoobstrui os tbulos. Ocorre problema de filtrao glomerular e reteno das escrias.

    importante dosar a uria e a creatinina, pois se estas estiverem estveis apesar da oligriano h insuficincia renal. A uria e a creatinina so marcadores da funo renal porque

    possuem nveis estveis e tm livre passagem pelos rins. A creatinina surge do metabolismodos msculos, dependendo, portanto da massa muscular.

    Insuficincia Renal Aguda:

    a reduo da funo renal em curto espao de tempo, possivelmente reversvel. Na maioriados casos a funo renal era previamente conhecida e a anamnese revela alguma situao

    clnica desencadeadora de IRA, como desidratao, uso de medicaes nefrotxicas,insuficincia cardaca grave, estados de insuficincia circulatria. Em 50% dos casos ocorreoligria ou anria.

    Insuficincia Renal Crnica: a reduo da funo renal que ocorre de carter lento,progressivo e irreversvel. A suspeita diagnstica faz-se com a presena de anemia; sinaise sintomas de osteodistrofia; sinais e sintomas de disfuno tubular como nictria,poliria; presena de edema; HAS; alteraes menstruais; sendo confirmada a presenade rins de tamanho reduzido e aumento da ecogenicidade do parnquima renal ultrasonografia.

    SNDROMES NEUROLGICAS:

    Leses Isqumicas: mais comumente acontecem no crtex cerebral. Resultandogeralmente em:

    Hemiparesia contralateral desproporcionada (motricidade diferente nos membros ouface dependendo da rea atingida pela isquemia de determinada artria).

    Artria Cerebral Mdia isquemiada: dficit motor contra lateral braquiofacial.

    Artria Anterior isquemiada: dficit motor contralateral crural.

    Leses Hemorrgicas: mais comumente acontecem na cpsula interna.Resultando geralmente em:

    Hemiplegia: contralateral macia: acometimento da moricidade de igual forma embrao e perna devido ao tamanho diminuto da poro posterior da cpsula interna(condensao do feixe motor-piramidal), com pouco comprometimento do nvel da

    conscincia.

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    Leso hemorrgica no tronco cerebral (poro ventral da ponte): tetralgia, com algumaalterao do nvel de conscincia devido ao bloqueio do Sistema Reticular Ascendente.

    Leso na medula preserva o nvel de conscincia.

    Exame Neurolgico:

    Nvel de Conscincia: Padro Respiratrio: Hiperventilao neurognica central: leso pontina Pupila: Puntiforme: ponte lesionada

    Dienceflica: leso na cpsula

    Postura (resposta motora): Tetraplgicos

    Descerebrao: extenso mxima de MI e rotao interna dos MS.

    Movimentos Oculares

    Hematomas Epidurais:

    Geralmente por rompimento de Artria Menngea Mdia, por fratura ssea. SRAA comprometido; decrscimo no nvel de conscincia lento. Se lesiona N. Oculomotor: ptose palpebral, anisocoria (1sinal pois fibras perifricas-

    parassimpticas), estrabismo divergente. Dficit motor contralateral ao olho afetado por outros sintomas. Pode ocorrer leso isqumica secundria por compresso.

    Sinais Menngeos: Dois movimentos podem ser utilizados para averificao do comprometimento meningeo: Rigidez nucal, Extensodo joelho, paciente em decbito dorsal, estende a coxa sobre o quadril,com o joelho em 90 tenta estender a perna, caso no consiga

    provavelmente existe um comprometimento meningeo.

    EXAME NEUROLOGICO

    1. FUNES SUPERIORES:

    Avaliao do Estado Mental (Nvel de conscincia):

    Alerta: lcido, orientado, coerente, ou no.

    Letrgico: sonolento

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    Obnubilado: respondendo somente a estmulos mecnicos.

    Torporoso: respondendo somente a estmulos dolorosos.

    Comatoso: no responde a estmulos.

    Graduao de Glasgow: n3 = coma (sem resposta ocular, sem respota motora e sem respotafalada).

    n15 = normal.

    Avaliao de habilidades complexas: Afasia dificuldade ou impossibilidade de usar a linguagem oral ou escrita

    de expresso: o paciente no consegue falar, mas consegue ler e obedecer a ordens: dificuldadepara se expressar. Ex: caneta, paciente diz objeto para escrever.

    de compreenso: ordem simples a maneira mais fcil de test-la. Ex: colocar mo esquerda naorelha direita; ordem complexa, cortar papel em trs pedaos diferentes e dar uma ordem paracada pedao.

    Acalculia clculo simples, levar em conta o grau de instruo. Apraxia dificuldade de executar determinados gestos motores voluntrios. Apraxia

    construtiva em leso parietal direita. A apraxia pesquisada em primeiro lugar naanamnese, paciente relata dificuldade de executar inclusive rotinas dirias, pedir ao

    paciente dobrar o papel e colocar no envelope.

    Construtiva (leso parietal direita): desenha tudo errado.

    Agnosia dificuldade de reconhecimento de objetos ou sons.

    Agnosia para rosto: no reconhece o rosto das pessoas, mas se a pessoa falar ele reconhece pelavoz ou pode reconhecer pelo olhar.

    Agnosia para corpo: no reconhece metade do seu corpo (hemi corpo), podendo se assustar aoolhar para determinada parte do seu corpo, achando ser outra pessoa.

    Agnosia para espao: se o paciente estiver com hemiplegia do lado direito, chega para ele pelaesquerda para se conseguir obter informaes.

    Estereoagnosia: capacidade de identificar um objeto por palpao.

    Grafestesia: identificar nmeros desenhados na mo.

    Mini teste Mental (Folstein e cols. 1975)

    nOrientao (10 pontos)

    nAprendizagem (3 pontos)

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    nAteno e clculo (5 pontos)

    nMemria (3 pontos)

    nLinguagem (9 pontos)

    MMSE - MINI EXAME do ESTADO MENTAL

    (Mini-Mental State Examination - Folstein et al. 1975

    5 pontos

    ATENO E CLCULO

    Diminuir 7 de 100 sucessivamente at 5 respostas (1 ponto cada resposta correta)

    93______86______79______

    3 pontos

    MEMRIA IMEDIATA:Nomeie as 3palavras: Chave, limo, balo, pea para o pacienterepetir em seguida.(1ponto para cada acerto).

    5 pontos

    ORIENTAO ESPACIAL: Qual o lugar em que estamos? (Estado, Pas,Cidade, hospital,andar piso) (1 ponto cada resposta correta)

    Pontuao Mxima:5

    ORIENTAO TEMPORAL: Qual o dia da semana, dia do ms, o ms, o ano e a estao

    em que estamos ? (1 ponto cada resposta correta)

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    1 ponto

    Escrever uma frase

    2 pontos

    1 ponto

    2 pontos

    LINGUAGEM: Pea para o paciente nomear 2 objetos (Lpis e relgio)

    Repetir a srie: NEM AQUI, NEM ALI, NEM L ou MAS, PORM, TODAVIA,CONTUDO

    Seguir o comando de 3 estdios: PEGUE O PAPEL, DOBRE-O E COLOQUE-O NOCHO

    Leia e execute a ordem: FECHE OS OLHOS

    3 pontos

    MEMRIA DE EVOCAO: Repetir os trs objetos citados anteriormente

    2. PARES CRANIANOS: Ncleos dos pares cranianos no tronco cerebral

    o Nervo Olfatrio I Nervo exclusivamente sensitivo, origina na mucosapituitria, para verificao de sua funo oferece ao paciente substncias comos odores conhecidos, caf, cravo, tabaco. Estando o paciente com os olhosfechados. Paciente com distrbio do comportamento sugere leso do 1 nervo,lobo frontal. Distrbio olfatrio e paladar junto (leso em traumatismo). Cuidar

    obstrues nas narinas.

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    o Nervo ptico II Nervo exclusivamente sensitivo, origina na retina,transitando pelo nervo ptico, corpo geniculado lateral e as radiaes pticasat ao centro de viso do centro ptico no lobo occipital. examinado:

    o Acuidade Visual: solicitando ao paciente a leitura de algum texto, letras com osdois olhos em separado.o Campo Visual: Aproxima-se e desloca um objeto e pede para ele avisar quando

    ver o objeto em todos os campos.o Fundoscopia: Analise da retina papila ptica, mbolos de colesterol e os vasos

    podendo chegar a diagnostico de hipertenso intracraniana, arterial, atrofiaptica, papiledema.

    o Reflexos pupilares: fotomotor consensual para verificar integridade da viaaferente da viso.

    o Nervo Oculomotor III, Troclear IV, Abducente VI So examinados emconjunto, pois tem como funo a motilidade dos globos oculares, inervatambm os msculos elevadores plpebra, investigao semiolgica pode sersistematizada:

    2. Motilidade Extrnseca: Exame bandeira inglesa. Para paciente inconscientemanobra da boneca (mover o rosto e verificar movimentao ou noconcomitante do olho). Verificar nistagmo e em que direo de movimento eleaparece. Pesquisar ptose (3 par).

    o Motilidade Intrnseca: A pupila normalmente circular e seu dimetro oresultado do funcionamento equilibrado entre os dois sistemas autonmicos(simptico e parassimptico). Irregularidade do contorno pupilar, Discoria;aumentado midrase; diminudo miose; igualdade do dimetro isocoria,desigualdade anisocoria. Seu exame realizado por feixe luminoso econvergncia ocular. analisado o reflexo fotomotor direto, consensual e deacomodao, este ltimo na aproximao de um objeto.

    o Nervo Trigmeo V um nervo misto constitudo por varias razes, sua

    examinao avalia-se a Raiz motora, msculos da mastigao, observandodeslocamento mandibular, atrofia, dificuldade da lateralizao mandibular. AsRazes sensitivas as quais compreende o nervo oftlmico, maxilar emandibular, sensibilidade geral da face, reflexo crneo-palpebral tambm podeser utilizado e o masseteriano, Reflexo na mandbula leso do nervo, abre a

    boca, a mandbula desvia para o lado lesado. Fazer testa de sensibilidade componta romba e pontiaguda.

    o Nervo Facial VII examinado utilizando os msculos da mmica da face,

    solicitando ao paciente franzir a testa, fechar a plpebra, mostrar os dentes,sorrir, encher as bochechas de ar, levantar as sobrancelhas. E gustao 2/3

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    anterior da lngua Importante diferenciar as paralisias do Facial, sendo elaperifrica ou central apresentando as seguintes diferenas:

    o Paralisia Central metade contra lateral da face inferior afetada.o Paralisia Perifrica Toda heme face homo lateral atingida. (sinal de Bell)

    o Nervo Vestbulococlear VIII formado por duas razes uma para a audio e avestibular para o equilbrio.

    1. Raiz Coclear Avaliada voz cochichada. Prova de Rinner a qual utiliza odiapaso. Teste de Rinner positivo, conduo ssea maior rea, nomastide. Hipoacusia de algum lado T. de Weber: diapaso no topoda cabea, maior escutado no lado da leso.

    2. Raiz vestibular - quando acometida aparece na anamnese muitos sinais

    como nuseas, vmitos, desequilbrio, e estado vertiginoso. Em suainvestigao verifica-se nistagmo, desvio lateral durante a marcha,desvio postural e prova de Rotenberg, paciente caminhando com um patrs do outro, desequilbrio para o lado lesado.

    o Nervo Glossofarngeo IX e Vago X Observa o posicionamento da vula e dovu palatino, leso isolada o Vago e que envolve apenas o ramo larngeosuperior determina razovel disfonia. Reflexo do vmito ao colocar no palato oabaixador, tem valor se diferente nos lados (sensibilidade).

    o Nervo Acessrio XI - Essencialmente motor observa-se elevao dos ombros, eapoiando a testa do paciente pede se para fazer fora, lado lesadoesternocleidomastideo hipotnico.

    o Nervo Hipoglosso XII Exclusivamente motor , sua inspeo feita pela

    analise da protruso da lngua.

    3. Exame de Membros Superiores:

    A.Inspeo: Verificar leses e sinais que podem inferir comprometimentoneurolgico, espasmo muscular, esclerose tuberosa.

    B.Tnus Estado de tenso constante que so submetidos os msculos, tanto emrepouso, quanto em movimento. Em sua inspeo verifica-se movimento

    passivo de extenso e flexo e observa-se a resistncia, tnus aumentado ouaqum do normal tnus diminudo. Extensibilidade se existe ou no exagero no

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    grau de extensibilidade das fibras, quanto maior a extensibilidade maisdiminudo vai estar o tnus.

    C.Fora - Verifica-se a fora em todos os grupos musculares, sempre comparandocom o membro homologo contralateral.

    Extenso e flexo do punho

    Extenso e flexo do antebrao (C5, C6, C7, C8) Extenso e flexo do brao Manobra dos braos estendidos olhos fechados e em supinao. Pina (C7, C8, T1) Polegar encontrando dedo mnimo. (C8, T1, nervo mediano) Dedos em abduo. (C8, T1, nervo ulnar)

    Gradao da Fora.

    Grau 1- Nenhum movimento

    Grau 2- Discreto movimento

    Grau 3- Vence a gravidade

    Grau 4- Vence a gravidade e a fora de resistncia do examinador

    Grau 5- Fora normal

    D.Reflexos Resposta do organismo a um estimulo, servindo para diagnosticartopograficamente alteraes existentes.

    Reflexo Bicipital C5, C6 - Flexo do antebrao, sede do estimulo tendo distal dobceps.

    Reflexo Tricipital C6, C7, C8 Extenso do antebrao, sede do estimulo tendodistal do trceps.

    Reflexo Estilo Radial-Flexo do antebrao Reflexo Cbito pronadorRotao lateral do punho Testar presena de clono

    Sinal de Hoffmann Apertar a ponta da unha e verificar flexo discreta dos dedos.

    A hiperreflexia verifica-se aumento da rea do estimulo