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História: Conceitos e categorias em sala de aula Claudney S. dos Santos Historiador, Especialista em História do Brasil, Mestrando em Educação e professor de hist. No Sul e Extremo-sul da Bahia

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História: Conceitos e categorias em

sala de aula

Claudney S. dos SantosHistoriador, Especialista em História do Brasil, Mestrando em Educação e professor de hist. No Sul e Extremo-sul da Bahia

O que é História?Narração ordenada, escrita, dos acontecimentos e atividades humanas ocorridas no passado. Ramo da ciência que se ocupa de registrar cronologicamente, apreciar e explicar os fatos do passado da humanidade em geral, e das diversas nações, países e localidades em particular. Os fatos do passado da humanidade registrados cronologicamente.

Dicionário Michaellis disponível <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/>

Disciplina que se ocupa do estudo dos fatos relativos ao Homem ao longo do tempo.

Nova enciclopédia Barsa. São Paulo, 1999. v7

“A Historia é o registro da sociedade humana, ou civilização mundial; das mudanças que acontecem na natureza dessa sociedade[...]. De revoluções e insurreições de um conjunto de pessoas contra outro[...]das diferentes atividades e ocupações dos homens, seja para ganharem seu sustento ou nas várias ciências e artes; e, em geral, de todas as transformações sofridas pela sociedade [...]”

KHALDUN, Ibn, apud HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo, Cia das Letras, 1998.

História é uma ciência social que estuda a transformação da sociedade no decorrer do tempo.

MELLO, Leonel Itaussu de A. Construindo Consciências: História. São Paulo: Scipione, 2006 (livro didático)

Historia inclui todo traço e vestígio de tudo o que o homem fez ou pensou desde seu primeiro aparecimento sobre a terra.

BURKE, Peter. A escrita da história: novas

perspectivas. São Paulo, Unesp, 1992.

Afinal o que a História estuda?

Política

Religiões

Um pouco de teoria da história e Pré- História

HumanaRevisão

Profº Claudney S. dos Santos

Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?Nos livros vem o nome dos reis,Mas foram os reis que transportaram as pedras?Babilónia, tantas vezes destruída,Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casasDa Lima Dourada moravam seus obreiros?No dia em que ficou pronta a Muralha da China para ondeForam os seus pedreiros? A grande RomaEstá cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quemTriunfaram os Césares? A tão cantada BizâncioSó tinha paláciosPara os seus habitantes? Até a legendária Atlântida

Na noite em que o mar a engoliuViu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as ÍndiasSozinho?César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?Quando a sua armada se afundou Filipe de EspanhaChorou. E ninguém mais?Frederico II ganhou a guerra dos sete anosQuem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.Quem cozinhava os festins?Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?

Tantas históriasQuantas perguntas

Poema e história

• O poema faz alusão as pessoas que fizeram parte dos grandes feitos na história, mas que foram injustamente esquecidas e não receberam o crédito que mereciam, sendo elas também "construtores da história".

• A ideia do autor é trazer a memoria essas pessoas que ficaram ocultas nas várias versões da História, pois elas lutaram e foram partes importantes em todos os grandes feitos, aliás sem elas não haveriam grandes feitos, nem tão pouco história.

Ela estuda as experiências dos homens e mulheres no decorrer do tempo

Brasil Mundo

História é o estudo das EXPERIÊNCIAS HUMANAS, no decorrer do TEMPO.

Como é o oficio do Historiador?

O estudo da História é subjetivo.

Depende do olhar do HISTORIADOR

• Segundo o historiador Marc Bloch, o historiador tem o papel de investigar, e seu objeto de estudo é “o homem”, ou melhor, “os homens”, e mais precisamente “homens no tempo”.

BLOCH, Marc Leopold Benjamin. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

• O historiador se utiliza das fontes históricas para realizar seu estudo. E fonte pode ser tudo aquilo que ajudar ao historiador a comprovar o que diz.

• É o que guarda em si a memória individual ou coletiva de um povo.

As fontes históricas podem ser:

Monumentos

Vestígios

Documentos Fotos

Filmes Objetos

Pessoas ( Historia oral)

Etc...

• O historiador pode selecionar um evento para estudo que passe totalmente desapercebido por outro, ou seja, não apenas a interpretação é pessoal, mas a própria escolha dos fatos.

• O mesmo acontecimento pode ser visto e revisto de diversas formas. Isso afinal, destrói qualquer possibilidade de objetividade na história. Não existe apenas uma verdade, mas sim Verdades e cada historiador tem seu ponto de vista diante do mesmo fato histórico analisado.

CARR, E. H. Que é história? Rio de Janeiro, Paz e Terra, 3a ed. 1982.

• É impossível para o historiador se afastar de seu objeto de estudo suficientemente para uma relação distinta entre Sujeito e Objeto.

• O historiador é fruto de seu tempo e portanto incapaz de imparcialidade total.

• A partir de 1929, e mais densamente a partir de 1970, os historiadores sentiram a necessidade de rever seus métodos e conceitos, ampliando a noção de quem são os sujeitos da história. Buscando desenvolver uma reflexão historiográfica sobre essas questões, além da capacidade de investigação e de compreensão, a História passa a ser vista em seu papel múltiplo e subjetivo surgindo

assim novos métodos e campos históricos.

HISTÓRIA

HISTORIA POLITICA

HISTORIA ECONOMICA

HISTORIA CULTURAL

GEO-HISTORIA

HISTÓRIA

DEMOGRAFICA

HISTÓRIA QUANTITATI

VA

HISTÓRIA SERIAL HISTÓRIA

DO COTIDIANO

HISTÓRIA DAS

MENTALIDADES

MICRO-HISTÓRIA

HISTÓRIA ANTROPOLÓ

GICA

HISTÓRIA DO IMAGINÁRIO

• Devemos pensar a História de forma múltipla, isto é, no olhar em conjunto lançado para os objetos, métodos e documentação ela se amplia e adquire novas formas, novas especialidades.

• O historiador, no entanto precisa buscar as “interconexões” entre os diversos campos para tanto, é necessário conhecer todos os enfoques possíveis. E jamais esquecer do tempo.

• Contudo o tempo, assim como a História é Plural.

Tempo, tempo, tempos...• Multiplicidade de Tempos• Tempo cronológico.

• Datas, calendários, periodizações. • Mesmos estes modificam-se de acordo com a cultura de

cada sociedade.• Os acontecimentos, identificados pelas datas, assumem a

idéia de uniformidade, de regularidade e, ao mesmo tempo, de sucessão crescente e acumulativa.

Tempo histórico• Utiliza o tempo institucionalizado (tempo

cronológico), mas também o transforma à sua maneira. Isto é, utiliza o calendário, que possibilita especificar o lugar dos momentos históricos na sucessão do tempo, mas procura trabalhar também com a idéia de diferentes níveis e ritmos de durações temporais, que estão relacionados à percepção das mudanças ou das permanências nas vivências humanas.

• Os ritmos da duração, por sua vez, possibilitam identificar a velocidade com que as mudanças ocorrem. Assim, podem ser identificados três tempos:

• (ENEM–2000) Os quatro calendários apresentados baixo mostram a variedade na contagem do tempo em diversas sociedades. Com base nas informações apresentadas, pode que:

(A)o final do milênio, 1999/2000,é um fator comum às diferentes culturas e tradições.

(B)embora o calendário cristão seja hoje adotado em âmbito internacional, cada cultura registra seus eventos ma cantes em calendário próprio.

(C)o calendário cristão foi adotado universalmente porque, sendo solar. É mais preciso que os demais.

(D)a religião não foi determinante na definição dos calendários.

(E)o calendário cristão tornou-se dominante por sua antiguidade.

• O tempo do acontecimento breve é aquele que representa a duração de um fato de dimensão breve, correspondendo a um momento preciso, marcado por uma data.

• O tempo da conjuntura é aquele que se prolonga e pode ser apreendido durante uma vida, como o período de uma crise econômica, a duração de uma guerra, a permanência de um regime político, o desenrolar de um movimento cultural,

• O tempo da estrutura é aquele que parece imutável, pois as mudanças que ocorrem na sua extensão são quase imperceptíveis nas vivências contemporâneas das pessoas.

Em suma é preciso compreender que História e tempos são categorias e como tais são objetos de uma dada cultura, objetos sociais construídos pelos povos e portanto passiveis de mudanças.

TEORIA CRIACIONISTA

DIFERENTES ORIGENS:

TEORIA EVOLUCIONISTA

A teoria criacionista defende a idéia de queO mundo e a humanidade são criações Divinas (criações de Deus), da mesma

forma como está relatado em Gêneses, umdos livros da Bíblia que descreve a criação

do mundo. Esta hipótese está fundamentada no pensamento judaico e cristão, que sebaseiam na interpretação literal dos

textos sagrados.

A teoria evolucionista ou Darwinista foi desenvolvida por Charles Darwin e vai contra aconcepção criacionista. A teoria evolucionista afirma que o homem e os demais seres vivossurgiram e se desenvolveram ao longo do

tempo, partindo de organismos mais simples que foram se transformando ao longo dos

tempos.Atualmente, associado as pesquisas genéticas,

o evolucionismo tornou-se um dos marcos do pensamento contemporâneo.

Charles Darwin, pai da teoria evolucionista.

A teoria evolucionista que desenvolvi não é simples, mas é lógica e embasada em uma série de estudos e observações que pude

realizar ao longo de minha vida.

Muitas pessoas interpretam

erroneamente o meu pensamento. Eu nunca

disse que o homem evoluiu do macaco, mas sim que, ambos, seres humanos e macacos

pertencem ao grupo dos primatas e pertencem

também a espécies distintas.

A evolução é um processo que se aplica a todas as espécies, de acordo com

suas necessidades.

A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA:NOME PERÍODO CRÂNIO LOCAL CARACTERÍSTICA

Australopithecus 4,2 – 1,4 milhões

700 cm3 África Postura semi-ereta, uso de ferramentas.

Homo habilis 2 – 1,5 milhões

750 cm3 África Fabricação de artefatos rudimentares.

Homo erectus 1,5 milhões – 300 mil

900 cm3 África, Ásia, Europa

Coluna ereta, controle do fogo, caçador habilidoso.

Homo sapiens neandertalensis

200 – 40 mil

1300 – 1600 cm3

África, Ásia, Europa

Fala, religiosidade, cerimoniais fúnebres.

Homo sapiens sapiens

100 mil - hoje

1300 – 1600 cm3

Todos. Todas as atuais.

PRÉ-HISTÓRIAHominídeos desde 15 milhões

Australopithecus 5 mlhões anos

Homo hábilis 2 milhões

Homo erectus 1 milhão

Homo sapiens 100 mil anos

Olduvai

Embora existam várias teorias sobre a origem da humanidade e ainda hoje haja discussões sobre o surgimento dos primeiros seres humanos, prevalece a teoria de que os primeiros seres humanos surgiram na África e de lá se espalharam pelo mundo.

É dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

O ser humano foi enfrentado as barreiras da natureza e desenvolvendo as soluções do cotidiano.

Período anterior ao aparecimento da escrita, há 4.000 a.C.

Os meios de sobrevivência, eram a partir das necessidades. Desenvolvendo uma importante cultura.

Pré-História

Ferramentas

Coletividade

Continuação

Magia

Também chamado de Pedra Intermediária, é um período situado entre o Paleolítico e o Neolítico.

Em algumas regiões ocorreu este período, principalmente as regiões que sofreram maiores efeitos das glaciações.

Encerrou-se com a introdução da agricultura.

Desenvolvimento

Sedentarismo

Polimento

I

terc â

n

m ib o

Poligamia

Metalurgia Rudimentar

Ferro

Crescimento da População

AgriculturaEscravidão

E s crita

A religião na PRÉ-HISTÓRIA

As primeiras manifestações religiosas vão aparecer ainda na pré-história, estas, desde o início tentando dar explicações ao “desconhecido” e ao “sobrenatural”. Desta forma, acreditando já na vida pós-morte, os homens passaram a cultuar deuses.

Inicialmente, os primeiros deuses a serem cultuados eram ligados a elementos da natureza: animais, plantas, água, fogo, a lua, o sol e constelações eram adoradas em diversas manifestações religiosas.

As manifestações religiosas podem ser:Politeísta: Cultuam vários deuses. Monoteísta: cultua apenas um deus.Ateísta: Não acredita em deus ou deuses.

Fim da Pré-história

Início da História

Pinturas Rupestres Escrita

E a América? Como ocorreu sua ocupação ?

Não há consenso entre os historiadores e cientistas sobre a povoação do continente americano, entretanto as datas giram entre 11 mil e 14 mil anos atrás.

As correntes estão divididas entre os que defendem a teoria da travessia pelo estreito de Bering; outros afirmam que elementos polinésios através da navegação de cabotagem alcançaram o atual litoral do Chile.

Três dentes de hominídeos, achados recentemente na região de Matosinhos no Brasil Central, abaixo dos restos de uma preguiça que, sabe-se viveu por volta de 17 mil anos atrás, atiçam a discussão.

Se confirmada a datação, haverá um recuo de 4 a 5 mil anos nas datas de povoação, já que os fósseis mais antigos são do sítio Monte Verde no sul do Chile com 12.500 anos.

No Brasil, o fóssil de uma mulher, encontrado em 1999 no município de Lagoa Santa em Minas Gerais é a mais antiga brasileira, com idade aproximada de 13,5 mil anos.

Claudney S. dos Santos

Historiador, Especialista em História do Brasil, Mestrando em Educação e professor de hist. No Sul e Extremo-sul da Bahia