revisÃo bibliogrÁfica: osteomielite hematogÊnica...

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA (OHA) Costa,C.K.; Liboa, A.D.; Ferreira, M.F.; Rocha, L.S.; Talamini, G.C.; Wiegand, D.M. Universidade Católica de Pelotas Introdução : Considera-se a OHA uma infecção óssea após disseminação por via sanguínea, curável e rara, com incidência anual de 2,9:100.000. Maior prevalência em meninos, com picos de ocorrência de zero a dois anos e entre sete e nove anos. Métodos : Realizou-se revisão bibliográfica em livros e artigos científicos nas bases de dados Pubmed e Uptodate. Utilizou-se como descritor: OHA. Revisão : A OHA é uma infecção piogênica que acomete as metáfises ósseas, em geral, dos membros inferiores. Atualmente, o agente etiológico mais comum, em todas as faixas etárias, é o Staphilococcus Aureus, seguido de Strepetococcus beta hemolítico do grupo B e pneumococo. A OHA se manifesta com febre, dor, edema e sensibilidade local. Neonatos podem apresentar perda da função do membro acometido. O diagnóstico é clínico, com auxílio radiológico. Contudo, alterações ao Raio-X aparecerão com cerca de dez dias de evolução. A TC pode ser indicada para melhor visualização de lesões ósseas. É mandatória a realização de aspiração e cultura do local suspeito. O tratamento é empírico, com oxacilina EV 150mg/kg/dia divido em 4 doses ou cefazolina EV 100mg/kg/dia em 3 doses, por 4 a 6 semanas, iniciado imediatamente após a coleta do aspirado. Está indicada adequação da antibioticoterapia conforme a cultura. Preconiza-se a internação hospitalar até que haja melhora clínica e laboratorial, com seguimento do tratamento por via oral. O índice de mortalidade é de 1% dos casos. Conclusão : Em virtude da vacinação e antibioticoterapia adequada, a OHA apresentou notória melhora de seu prognóstico. Por isso, é de suma importância atentar-se para o diagnóstico e tratamento precoce, evitando a instalação de complicações, sequelas e cronificação da doença. Referências Bibliográficas : 1. Universidade Federal do Rio Grande, departamento de cirurgia OSTEOMIELITE. 2009. 2. NELSON, Tratado de Pediatria/Richard E. Behrman... [et al...]. Vol 2 17ª.ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 3. Puccini, PF; Ferrarini, MAG; Lazzetti, AV Pediatric acute hematogenous osteomyelitis: analysis of patients assisted in a university hospital. Rev Paul Pediatr. April 2012. 4. Sociedade Brasileira de Traumatologia e Ortopedia, Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina - Projeto Diretrizes: Osteomielite Hematogênica Aguda. Outubro 2007.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA (OHA)

Costa,C.K.; Liboa, A.D.; Ferreira, M.F.; Rocha, L.S.; Talamini, G.C.; Wiegand, D.M.

Universidade Católica de Pelotas

Introdução: Considera-se a OHA uma infecção óssea após disseminação por via sanguínea, curável e rara,

com incidência anual de 2,9:100.000. Maior prevalência em meninos, com picos de ocorrência de zero a

dois anos e entre sete e nove anos. Métodos: Realizou-se revisão bibliográfica em livros e artigos

científicos nas bases de dados Pubmed e Uptodate. Utilizou-se como descritor: OHA. Revisão: A OHA é

uma infecção piogênica que acomete as metáfises ósseas, em geral, dos membros inferiores. Atualmente,

o agente etiológico mais comum, em todas as faixas etárias, é o Staphilococcus Aureus, seguido de

Strepetococcus beta hemolítico do grupo B e pneumococo. A OHA se manifesta com febre, dor, edema e

sensibilidade local. Neonatos podem apresentar perda da função do membro acometido. O diagnóstico é

clínico, com auxílio radiológico. Contudo, alterações ao Raio-X aparecerão com cerca de dez dias de

evolução. A TC pode ser indicada para melhor visualização de lesões ósseas. É mandatória a realização

de aspiração e cultura do local suspeito. O tratamento é empírico, com oxacilina EV 150mg/kg/dia divido

em 4 doses ou cefazolina EV 100mg/kg/dia em 3 doses, por 4 a 6 semanas, iniciado imediatamente após a

coleta do aspirado. Está indicada adequação da antibioticoterapia conforme a cultura. Preconiza-se a

internação hospitalar até que haja melhora clínica e laboratorial, com seguimento do tratamento por via

oral. O índice de mortalidade é de 1% dos casos. Conclusão: Em virtude da vacinação e antibioticoterapia

adequada, a OHA apresentou notória melhora de seu prognóstico. Por isso, é de suma importância

atentar-se para o diagnóstico e tratamento precoce, evitando a instalação de complicações, sequelas e

cronificação da doença.

Referências Bibliográficas:

1. Universidade Federal do Rio Grande, departamento de cirurgia – OSTEOMIELITE. 2009.

2. NELSON, Tratado de Pediatria/Richard E. Behrman... [et al...]. Vol 2 17ª.ed.Rio de Janeiro:

Elsevier, 2005.

3. Puccini, PF; Ferrarini, MAG; Lazzetti, AV – Pediatric acute hematogenous osteomyelitis:

analysis of patients assisted in a university hospital. Rev Paul Pediatr. April 2012.

4. Sociedade Brasileira de Traumatologia e Ortopedia, Associação Médica Brasileira, Conselho

Federal de Medicina - Projeto Diretrizes: Osteomielite Hematogênica Aguda. Outubro 2007.