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A SOBECC está associada à Academia Brasileira de Especialistas deEnfermagem (ABESE) desde 2000, à International Federation PerioperativeNurses (IFPn) desde 1999 e ao Fórum Mundial de Esterilização (WFHSS)desde 2008. Além disso, mantém parceria constante com a AssociationOperating Room Nurses (AORn).

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  • gestoCancelamento de Cirurgias em um Hospital Universitrio:Causas e Tempo de Espera para novo Procedimento

    atuaoCirculao Extracorprea em Cirurgia Cardaca: um Campo de Trabalho para o Enfermeiro

    seguranaSegurana do Paciente Infantil no Centro Cirrgico

    atuaoA Prtica do Enfermeiro como Instrumentador Cirrgico

    centro de materiaisValidao do Processo de Limpeza de Artigos Odonto-Mdico-Hospitalares: Uma Reviso Interativa

    E mais: Hospital em foco: Centro Infantil Boldrini

    Agenda: Congressos, simpsios e Cursos. Tudo isso e muito mais!

    Em revistaAno 18, no 1, jan./mar. www.sobecc.org.br ISSn 14144425

    24 a 27 de julho de 2013, Palcio das Convenes do Anhembi,

    em So Paulo (SP)

    normas para envio de trabalhos ao 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em CC, RA e CME da SOBECC

  • 4 EDITORIAL

    5AgEnDA

    6AcOnTEcE

    1511 cOngREssO DA sObEcc

    21HOspITAL Em fOcO

    26 ARTIgO ORIgInALCancelamento de Cirurgias em um Hospital Universitrio: Causas e Tempo de Espera para novo Procedimento

    35RELATO DE ExpERIncIA Circulao Extracorprea em Cirurgia Cardaca: um Campo de Trabalho para o Enfermeiro

    44REvIsO DE LITERATuRASegurana do Paciente Infantil no Centro Cirrgico

    54RELATO DE ExpERIncIA A Prtica do Enfermeiro como Instrumentador Cirrgico

    64REvIsO DE LITERATuRAValidao do Processo de Limpeza de Artigos Odonto-Mdico-Hospitalares: uma Reviso Integrativa

    73nORmAs pARA pubLIcAO nA REvIsTA sObEcc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 3.

    issn 14144425

    Revista indexada nas bases de dados LILACS, CUIDEn e CINAHL INFORMATION sYsTEMs

    ndice

    3

    diretoria da soBecc - gesto 2011-2013 Presidente: Janete Akamine Vice-presidente: Mrcia Hitomi Takeiti Primeira-secretria: Liraine Laura Farah segunda-secretria: Andrea Alfaya Acun Primeira-tesoureira: Simone Batista neto Arza segunda-tesoureira: Zuleica Fazoni Souza diretora da comisso de assistncia: Maria Lcia Suriano membros da comisso de assistncia: Maringela Belmonte Ribeiro e Giovana Abraho de Arajo Moriya diretora da comisso de educao: Mrcia Cristina Pereira membros da comisso de educao: Aparecida de Cssia Giani Peniche e Tnia Regina Zeni diretora da comisso de Publicao e divulgao: Rachel de Carvalho membros da comisso de Publicao e divulgao: Raquel Machado Cavalca Coutinho e Eliane da Silva Grazziano diretor do conselho Fiscal: Ernane de Sousa Almeida membros do conselho Fiscal: Ktia Aparecida Ferreira de Almeida e Mara Lcia Leite Ribeiro diretora da comisso e eventos regionais: Lgia Garrido Calicchio.

    revista soBeccrgo oficial da Associao Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirrgico, recuperao anestsica e centro de material e esterilizao.

    comisso de Publicao e divulgao - diretora: Dr Rachel de Carvalho (Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein FEHIAE) membros: Dr Eliane da Silva Grazziano (Universidade Federal de So Carlos

    UFSCAR) e Dr Raquel Machado Cavalca Coutinho (Universidade Paulista UnIP).

    conselho editorial: Dr Ana Lcia de Mattia (Universidade Federal de Minas Gerais UFMG), Dr Aparecida de Cssia Giani Peniche (Escola de Enfermagem da USP), Ms Dulcilene Pereira Jardim (Universidade Santo Amaro UnISA), Dr Eliane da Silva Grazziano (Universidade Federal de So Carlos UFSCAR), Dr Estela Regina Ferraz Bianchi (Escola de Enfermagem da USP), Isabel Cristina Dauth (Universidade Luterana do Brasil ULBRA), Ms Jacqueline Ramos de Andrade Antunes Gomes (Secretaria de Estado de Sade do Distrito Federal), Ms Mrcia Wanderley de Moraes (Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein FEHIAE), Dr Maria Beln Salazar Posso (Faculdade de Enfermagem da Fundao ABC), Dr Maria Clara Padovezze (Escola de Enfermagem da USP), Dr Maria Concepcion Pezo Silva (Universidade nacional Pedro Ruiz Gallo Peru), Dr Maria Helena Barbosa (Universidade Federal do Tringulo Mineiro UFTM), Dr Maria Isabel Pedreira de Freitas (Universidade Estadual de Campinas UnICAMP), Dr Maria Lcia Suriano (Universidade Federal de So Paulo UnIFESP), Dr Rachel de Carvalho (Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein FEHIAE), Dr Raquel Machado Cavalca Coutinho (Universidade Paulista UnIP), Dr Rita Catalina Aquino Caregnato (Universidade Luterana do Brasil ULBRA), Ms Vernica Ceclia Calbo de Medeiros (Centro Universitrio So Camilo).

    equipe tcnica reviso: Marcelo de Andrade coordenao: Sirlene Aparecida negri Glasenapp administrao: Veridiana Franco Produo Grfica: Solange Mattenhauer Candido secretria: Maria Elizabeth Jorgetti Bibliotecria: Snia Maria Gardim reviso em espanhol: Dr Maria Beln Salazar Posso reviso em ingls: Elaine Koda tiragem: 4.000 exemplares

    impresso: Editora Referncia Ltda.

    soBecc: Rua Vergueiro, 875, conj. 64, Liberdade (metr Vergueiro), CEP 01504-001, So Paulo, SP CGC: 67.185.215/0001-03

    Tel.: (11) 3341-4044 Fax: (11) 2501-4144.

    e-mail: [email protected] | site: www.sobecc.org.br Os artigos assinados so de responsabilidade dos autores.

    A SOBECC est associada Academia Brasileira de Especialistas de Enfermagem (ABESE) desde 2000, International Federation Perioperative Nurses (IFPn) desde 1999 e ao Frum Mundial de Esterilizao (WFHSS)

    desde 2008. Alm disso, mantm parceria constante com a Association Operating Room Nurses (AORn).

  • um brinde a 2013: mais um ano de conquistas e renovaes!

    Rev. SOBECC, So Paulo.jan./mar. 2013; 18(1): 4.

    Editorial Revista sObEcc Janeiro/maro de 2013

    4

    Estamos, mais uma vez, pron-tos para iniciar a primeira das quatro edies da Revista SOBECC do ano, trazendo novidades para todos os as-sociados e leitores.

    no ms de julho prximo, en-tre os dias 24 e 27, acontecer a 11 edio do Congresso

    Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao, promovido pela Associao Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao (SO-BECC), sempre nos anos mpares. O tema deste ano centralizado no profissional Teoria e Prtica no Perioperatrio: Cuidado, Gesto e Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Veja todas as informaes nesta edio da Revista SOBECC e v preparando desde j o resumo do seu trabalho para encaminhar Comisso Cientfica.

    Como j est sendo esperado por muitos, durante o Congresso, ser realizado o lanamento da sexta edio das Prticas Recomendadas da SOBECC, totalmente revisadas e atualizadas, sob a forma de livro, dividido em trs partes: Parte I Centro de Material e Esterilizao; Parte II Centro Cirrgico, Parte III Recuperao Ps-Anestsica.

    Alm disso, a eleio da nova Diretoria da SOBECC tambm acontecer durante o 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao.

    O primeiro nmero da Revista do ano 2013 traz o belssimo trabalho desenvolvido pelos profissionais do Centro Infantil Boldrini, localizado em Campinas, interior de So Paulo. A Instituio filantrpica, de carter privado, sem fins lucrativos, especializada em oncologia e hematologia peditrica, sendo de-clarada de utilidade pblica municipal, estadual e federal. Confira na sesso Hospital em Foco!

    O trabalho Validao do Processo de Limpeza de Artigos Odonto-Mdico-Hospitalares faz uma revi-so integrativa da literatura, realizada por enfermei-ras de So Paulo e Campinas, e desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas (UnICAMP).

    A Prtica do Enfermeiro como Instrumentador Cirr-gico um trabalho desenvolvido por profissionais do Distrito Federal, que destacam mais este campo de atuao para o enfermeiro perioperatrio.

    Tambm tendo em vista diferentes oportunidades de atuao na rea da Enfermagem, profissionais do Rio Grande do Sul elaboraram o estudo Circulao Extracorprea em Cirurgia Cardaca: um Campo de Trabalho para o Enfermeiro, no qual relatam a experincia de uma enfermeira perfusionista.

    A preocupao com a Segurana do Paciente In-fantil no Centro Cirrgico levou profissionais de So Paulo e de Mogi das Cruzes, no interior paulista, a realizarem uma pesquisa em bases de dados, identi-ficando problemas e propondo condutas pertinentes assistncia criana cirrgica.

    A suspenso de cirurgias tem sido uma constante em publicaes de enfermeiros que atuam no Cen-tro Cirrgico e o assunto volta a ser discutido por enfermeiras de Botucatu (SP), no estudo retrospec-tivo, baseado em documentao primria, intitulado

    Cancelamento de Cirurgias em um Hospital Universitrio: Causas e Tempo de Espera para Novo Procedimento.

    A Diretoria da SOBECC deseja que todos tenhamos um ano produtivo, repleto de sucesso e realizaes!

    Viva cada dia como se a vida estivesse comeando.

    (Johann Goethe)

  • Rev. SOBECC, So Paulo. jul./set. 2012; 17(3) 5 5

    iii congresso Latino-americano de enfermagem oncolgicadata: 10 a 12 de abril de 2013Local: Centro de Convenes Rebouas, Av. Dr. Enas de Carvalho Aguiar, 23, So Paulo (SP)site: www.sbeonet.com.br

    3 Simpsio de Dor para Enfermagem data: 13 de abril de 2013 Local: Instituto Srio-Libans de Ensino e Pesquisa, Rua Cel. nicolau dos Santos, 69, Bela Vista, So Paulo (SP)Informaes: (11) 3155-8800site: www.hospitalsiriolibanes.org.br/ensinoe-mail: [email protected]

    I Workshop de Enfermagem em Endoscopia da santa casa de misericrdia de Porto alegredata: 4 de maio de 2013Local: Santa Casa de Misericrdia de Porto Alegre, Anfiteatro Hugo Gerdau, Rua Prof. Annes Dias, 295, Centro, Porto Alegre (RS) Informaes: (51) 3214-8504Site: http://eventos.santacasa.tche.br/eventos_det.aspx?id=287

    iii congresso Latino- americano de resistncia microbiana / X sul encontro de controle de Infecodata: 8 a 11 de maio de 2013Local: Centro de Convenes do Hotel Serrano, Gramado (RS)Informaes: (51) 3028-3878site: www.congressoagih2013.com.br/index.php

    iV congresso Brasileiro em emergncia / ii congresso internacional de enfermagem em emergnciadata: 10 a 12 de julho de 2013Local: Fecomercio, Rua Doutor Plnio Barreto, 285, Bela Vista, So Paulo (SP)Informaes: (11) 2157-6652site: www.cobeem.com.bre-mail: [email protected]

    Vi curso Preparatrio de enfermagem Perioperatria data: 23 de julho de 2013Local: Centro de Convenes Rebouas, Avenida Rebouas, n 600Informaes: (11) 3341-4044 site: www.sobecc.org.br

    Agenda

  • 6Acontece sObEccAcontece sObEcc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

    60 congresso da aorn

    A Enfermagem Perioperatria Brasileira esteve representada no 60 Congresso da Association of periOperative Registered nurses (AORn), realiza-do no perodo de 4 a 7 de maro, em San Diego, Califrnia (EUA). A presidente da SOBECC, Jane-te Akamine, e o diretor do Conselho Fiscal, Ernane de Sousa Almeida, participaram da sesso solene de abertura do evento e conferiram os principais destaques da programao cientfica e a exposio tecnolgica, como benchmarking internacional para as atividades nacionais de educao continuada.

    ttulos de especialistas revalidados em 2013 Enfermeiros Especialistas

    Amedorina Ferreira da Cunha Clia Hisatugo Mishimura Cleuza Aparecida Vedovato Fbia Maria de Souza Isabel Cristina Daudt Ivone Coutinho Mussel Ldice Peruch Fundo Lgia Garrido Calicchio Lilia Dias Santana de Almeida Predada Lucimara Albrecht Mrcia Gomes de Souza Maria Estela Ventura Ribeiro Maria Helena Aoki nepote Michele Thiesen Raquel Soares de Faria Renata Maria Ribeiro de Sousa Martinez Felcio Rosa Maria Pelegrini Fonseca Tania Regina Zeni Diniz Viviane Krause Gomes da Silva Carvalho Zuleica Fazoni Souza

    anuidade da soBecc 2013Fique atento s datas de pagamento com menor valor da anuidade de 2013. At 30 de abril, ser mantido o mesmo valor de 2012. Enfermeiros, tcnicos e auxiliares de Enfermagem tero descon-to no valor da anuidade da SOBECC para 2013.

    EnfermeirosPerodo Valor Vencimento

    2/01/2013 a 30/04/2013

    R$ 230,00 30/04/2013

    2/05/2013 a 30/06/2013

    R$ 250,00 28/06/2013

    1/07/2013 a 29/08/2013

    R$ 270,00 29/08/2013

    2/09/2013 a 27/12/2013

    R$ 460,00 27/12/2013

    Tcnicos e Auxiliares de EnfermagemPerodo Valor Vencimento

    2/01/2013 a 30/04/2013

    R$ 100,00 30/04/2013

    2/05/2013 a 30/06/2013

    R$ 130,00 28/06/2013

    1/07/2013 a 29/08/2013

    R$ 140,00 29/08/2013

    2/09/2013 a 27/12/2013

    R$ 230,00 27/12/2013

    Foto: facebook da AORn

  • 7erratas revista ano 16 n 1 - edio Jan./mar. 2011

    No artigo Intraoperatrio de Transplante Heptico - Prtica de Enfermagem Baseada em Evidncias, pginas 40 a 47, o nome de uma das autoras est grafado incorretamente. A seguir, a forma correta: Fabiana Figueiredo Silva, acadmica de Enfermagem do 7 perodo da Universidade Jos do Rosrio Vellano (Unifenas). E-mail: [email protected].

    Foi grafado incorretamente o nome de Rina de Carvalho Pacheco na edio da Revista SOBECC de outubro/dezembro de 2012, pgina 3. Ela e Ernani A. Pacheco Jr. gentilmente cederam a imagem da criana Alice Carvalho Pacheco para ilustrar a capa daquele nmero.

    Condies para elegibilidade

    Somente podero concorrer eleio associados efetivos da SO-BECC h pelo menos dois anos consecutivos, brasileiros ou estran-geiros naturalizados, que estiverem em pleno gozo de seus direitos es-tatutrios;

    Estar atuando por pelo menos dois anos nas reas de Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica ou Centro de Material e Esterilizao;

    Cada scio poder candidatar-se a um nico cargo, no sendo permiti-da a acumulao de cargos execu-tivos;

    Os membros da Diretoria nacional s podero ser reeleitos individual-mente, uma nica vez para o mes-mo cargo, em mandatos consecuti-vos;

    Os cargos de presidente nacional, primeiro-secretrio nacional e pri-meiro-tesoureiro nacional devero ser exercidos por scios efetivos em gozo de seus direitos estatut-rios e que residam na cidade sede da SOBECC nacional.

    2013: eleio para a diretoria da soBecc nacionalO prazo de inscrio das chapas para a eleio da Diretoria da SOBECC nacional teve incio em 15 de fevereiro e findou em 22 de maro de 2013. As condies de elegibilidade das chapas ser de 25 de maro a 6 de abril de 2013, sendo que a divulgao das chapas inscritas ocorrerr entre 2 e 15 de maio de 2013.Acompanhe o regulamento desse processo, definido pela Comisso Eleitoral da Associao. Fique atento ao cronograma e conhea os membros da Diretoria da SOBECC, gesto 2013 a 2015.

    Composio dos cargos para Diretoria nacional Um presidente; Um vice-presidente; Um primeiro-secretrio; Um segundo-secretrio; Um primeiro-tesoureiro; Um segundo-tesoureiro; Um diretor da Comisso de Publicao e Divulgao; Dois membros da Comisso de Publicao e Divulgao; Um diretor da Comisso de Assistncia; Dois membros da Comisso de Assistncia; Um diretor da Comisso de Educao; Dois membros da Comisso de Educao; Um diretor do Conselho Fiscal; Dois membros do Conselho Fiscal; Um diretor de Comisso de Interao nacional.

    Cronograma do processo eleitoral

    elegibilidade das chapas: 25 de maro a 6 de abril de 2013;

    divulgao das chapas inscritas: 2 a 15 de maio de 2013.

    eleio: 3 de junho de 2013;

    divulgao do resultado do pleito: 24 de junho de 2013;

    Posse da chapa eleita em 24 de julho de 2013, durante o 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em CC, RA e CME, realizado pela SOBECC.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

  • 8Acontece sObEcc

    Edital

    regulamento do concurso para obteno do ttulo de Especialista em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e centro de material e esterilizao - soBecc 2013

    1. Das condies para a inscrio:

    A Associao Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao (SOBECC) conceder o ttulo de especialista em Enfermagem em Centro Cirrgico (CC), Recuperao Anestsica (RA) e Centro de Material e Esterilizao (CME) ao associado efetivo que possa comprovar os seguintes requisitos:

    1.1. Ter, no mnimo, cinco anos de experincia como enfermeiro nas reas de CC, RA e/ou CME.

    1.2. Estar inscrito, h pelo menos cinco anos, como enfermeiro no Conselho Regional de Enfermagem, encontrando-se em pleno gozo de seus direitos.

    1.3. Ser associado SOBECC, por dois anos consecutivos, estando em pleno gozo de seus direitos.

    1.4. Estar quite com a anuidade da Associao nos anos 2012 e 2013.

    1.5. Portadores de deficincia ou que necessitam de condio especial para a realizao das provas

    devero enviar solicitao Comisso de Ttulos, junto aos documentos da inscrio. ___________________________________2. dos requisitos para inscrio:

    2.1. Curriculum vitae com comprovao de documentos (xerox).

    2.2. Requerimento especfico, fornecido pela SOBECC, em duas vias.

    2.3. Comprovante de atuao nas reas de CC, RA e/ou CME por um perodo mnimo de cinco anos.

    2.4. Duas fotos 3 x 4 recentes.

    2.5. Comprovantes de pagamento da anuidade da SOBECC dos anos 2012 e 2013.

    2.6. Comprovante de pagamento da taxa de inscrio para a prova, no valor de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais).

    ________________________________________3. da anlise do curriculum vitae e prova escrita

    3.1. A anlise do curriculum vitae abranger toda a atividade profissional no mbito da prtica, ensino e pesquisa nos nveis de graduao, extenso, ps-graduao e outros, com carter eliminatrio, quanto aos requisitos para a inscrio.

    3.2. A prova escrita constar de 100 questes de mltipla escolha.

    3.3. Ser aprovado o enfermeiro que obtiver, no mnimo, mdia 7,0. A prova escrita ter peso 6,0 e a anlise do curriculum vitae, peso 4,0. A mdia poder conter frao centesimal.

    3.4. O candidato aprovado ser informado pela SOBECC por via postal e e-mail, a partir de 30 de setembro de 2013.

    Acontece sObEcc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

  • 94. Disposies gerais

    4.1. O candidato poder se inscrever online pelo site www.sobecc.org.br, na rea de inscrio Ttulo de Especialista e enviar os documentos por via postal, utilizando correspondncia registrada, desde que a postagem seja feita at a data-limite de 15 de abril de 2013, estabelecida no edital de divulgao das normas para obteno do Ttulo de Especialista.

    ________________________________________5. do processo seletivo

    5.1. Das inscries: incio: 15 de maro de 2013; trmino: 15 de abril de 2013.

    5.2. As inscries devero ser realizadas online pelo site: www.sobecc.org.br.

    5.3. Os documentos devero ser enviados para o seguinte endereo: Rua Vergueiro, 875, 6 andar, conjunto 64, Liberdade, CEP: 01504-001, So Paulo, SP. Tel.: (11) 3341-4044. Fax: (11) 2501-1402.

    5.4. O candidato poder enviar os documentos por via postal, utilizando correspondncia registrada ou Sedex, desde que a data de postagem seja at 15 de abril de 2013.

    5.5. no sero aceitas inscries com documentao incompleta.

    5.6. no sero aceitas inscries fora do prazo.

    5.7. A taxa de inscrio no ser restituda sob quaisquer circunstncias.

    5.8. no sero aceitos pedidos para reviso de provas.

    5.9. O candidato reprovado poder se inscrever nos concursos posteriores.

    ________________________________________6. do cronograma do concurso

    de 15 de maro a 15 de abril de 2013 perodo

    das inscries, que sero realizadas online pelo site www.sobecc.org.br. A documentao poder ser entregue na sede da SOBECC, com o comprovante do pagamento da inscrio, das 11h s 13h e das 14h s 16h, ou por via postal, neste caso com postagem at 15 de abril de 2013.

    de 1 a 20 de maio de 2013 Anlise de curriculum vitae, de carter eliminatrio, quanto aos requisitos mnimos.

    28 de maio de 2013 Divulgao da lista final dos candidatos para o concurso de prova. Os interessados devero se informar na Secretaria da SOBECC.

    23 de julho de 2013 curso Preparatrio Local: Centro de Convenes Rebouas, Av. Dr. Enias de Carvalho Aguiar, n 23 (metr Clnicas) ou Av. Rebouas, n 600 (entrada pelo estacionamento)

    24 de julho de 2013 realizao da prova escrita, das 14h s 18h. Local a confirmar.

    Observaes: no ser permitida a entrada do candidato aps as 14h. A prova poder ser entregue depois de duas horas de seu incio.

    a partir de 30 de setembro de 2013: Divulgao dos candidatos aprovados.

    ________________________________________7. das etapas do Processo seletivo

    7.1. anlise do curriculum vitae

    A anlise do curriculum vitae abranger toda a atividade profissional no mbito da prtica, do ensino e da pesquisa nos nveis de graduao, extenso, ps-graduao e outros, com carter eliminatrio quanto aos requisitos para a inscrio.

    7.2. Prova escrita

    7.2.1. A prova escrita constar de 100 questes de mltipla escolha com cinco alternativas para resposta e somente uma correta, de acordo com

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

  • 10

    Acontece sObEcc

    o programa relacionado no item 9, sendo o mesmo valor para todas as questes.

    7.2.2. A prova escrita ser realizada em 24 de julho de 2013, com apresentao s 13h30, fechamento dos portes s 13h50, incio s 14h e durao de quatro horas.

    7.2.3. O candidato s poder se retirar do local da prova aps duas horas do seu incio.________________________________________8. Da nota final de aprovao

    8.1. A prova escrita ter peso 6,0 (seis) e a anlise do curriculum vitae, peso 4,0 (quatro) na mdia final, que poder conter frao centesimal.

    8.2. Ser aprovado o enfermeiro que obtiver, no mnimo, nota 7,0 (sete) na mdia final.

    8.3. O candidato aprovado ser informado pela SOBECC a partir de 30 de setembro de 2013.

    ________________________________________9. do Programa

    A prova abordar os seguintes temas relacionados das reas de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao:

    a) Centro Cirrgico (CC)

    9.1. Planejamento do ambiente fsico do CC;

    9.2. Avaliao pr-operatria do paciente, realizada pelo enfermeiro de CC;

    9.3. Assistncia de Enfermagem ao paciente anestesiado;

    9.4. Assistncia de Enfermagem ao paciente no perodo transoperatrio, nas diversas es-pecialidades;

    9.5. Posicionamento anestsico e cirrgico;

    9.6. Etapas do ato operatrio;

    9.7. Fatores relacionados com a infeco do paciente cirrgico e com os antisspticos;

    9.8. Coordenao da assistncia de Enfermagem no perodo transoperatrio nas diversas especialidades cirrgicas;

    9.9. Sistematizao da Assistncia de Enfermagem Perioperatria (SAEP);

    9.10. Gerenciamento da unidade de CC;

    9.11. Preveno da presena de material orgnico nos instrumentais cirrgicos para preveno de for-mao de bioburden.

    b) Recuperao Anestsica (RA)

    9.12. Planejamento do ambiente fsico da RA;

    9.13. Avaliao do paciente na RA;

    9.14. nveis de recuperao do paciente no ps-operatrio imediato: classificao do risco anestsico, segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), ou demais classificaes regulamentadas;

    9.15. Assistncia de Enfermagem prestada ao pa-ciente durante sua permanncia na RA;

    9.16. Coordenao da assistncia de Enfermagem na RA;

    9.17. Processo de gesto na unidade de RA.

    c) Centro de Material e Esterilizao (CME)

    9.18. Planejamento do ambiente fsico do CME;

    9.19. Mtodos e processos de proteo anti-infec-ciosa;

    Acontece sObEcc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

  • 11

    9.20. Limpeza de artigos odonto-mdico-hospitalares;

    9.21. Desinfeco de material hospitalar;

    9.22. Acondicionamento de material;

    9.23. Processo de esterilizao;

    9.24. Estocagem/distribuio de artigos cirrgicos;

    9.25. Processamento dos equipamentos de cirurgias minimamente invasivas;

    9.26. Monitoramento dos ciclos de esterilizao de artigos cirrgicos;

    9.27. Processo de gesto no CME;

    9.28. Integrao entre as unidades de Centro Cirr-gico e Centro de Material e Esterilizao.

    d) Aspectos tico-legais relacionados s aes do enfermeiro em CC, RA e CME.

    e) Educao permanente e investigaes nas reas de CC, RA e CME.

    ________________________________________10. Das Disposies Gerais

    10.1. Somente ser admitido na sala de provas o candidato que estiver portando documento de iden-tidade original que bem o identifique, como: carteira e/ou cdula de identidade expedida pelas Secretarias de Segurana Pblica, pelas Foras Armadas, pela Polcia Militar, pelo Ministrio das Relaes Exterio-res; cdula de identidade para Estrangeiros; cdulas de identidade fornecidas por rgos ou Conselhos de Classe que, por fora de Lei Federal, tm valor como documento de identidade;

    10.2. Os documentos devero estar em perfeitas condies, de forma a permitir, com clareza, a identificao do candidato;

    10.3. Caso o candidato esteja impossibilitado de apresentar, no dia de realizao das provas, docu-mento de identidade original, por motivo de perda,

    roubo ou furto, dever ser apresentado documento que ateste o registro da ocorrncia em rgo policial, expedido h, no mximo, 30 (trinta) dias, sendo ento submetido identificao especial, compreendendo coleta de assinaturas e de impresso digital em for-mulrio prprio;

    10.4. na Prova Escrita, o candidato dever assinalar as respostas na Folha de Respostas, que ser o nico documento vlido para a correo da prova. O preenchimento da Folha de Respostas ser de inteira responsabilidade do candidato, que dever proceder em conformidade com as instrues espe-cficas contidas na capa do Caderno de Questes. Em hiptese alguma haver substituio da Folha de Respostas por erro do candidato;

    10.4.1. Os prejuzos advindos de marcaes feitas incorretamente na Folha de Respostas sero de inteira responsabilidade do candidato;

    10.5. O candidato dever comparecer ao local de provas munido de caneta esferogrfica de tinta azul ou preta, lpis preto n 2 e borracha;

    10.5.1. O candidato dever preencher os alvolos, na Folha de Respostas da Prova Escrita, com caneta esferogrfica de tinta azul ou preta;

    10.5.2. no sero computadas questes no assina-ladas, que contenham mais de uma resposta, com emenda ou com rasura, ainda que legvel;

    10.5.3. Durante a realizao das provas, no ser permitida consulta ou comunicao entre os candida-tos, utilizao de livros, cdigos, manuais, impressos ou quaisquer outras anotaes;

    10.6. no haver segunda chamada ou repetio de provas;

    10.6.1. O candidato no poder alegar desconheci-mento sobre qualquer aspecto relacionado realiza-o das provas como justificativa de sua ausncia;

    10.6.2. O no comparecimento prova, seja qual for o motivo, caracterizar desistncia do candidato e resultar em sua eliminao do Processo Seletivo;

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

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    Acontece sObEcc

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    10.7. O candidato dever comparecer ao local, em horrio e data preestabelecido, sob pena de ser excludo da seleo;

    10.8. Ser excludo da seleo o candidato que:

    10.8.1. Apresentar-se aps o horrio estabelecido, inadmitindo-se qualquer tolerncia;

    10.8.2. no comparecer prova, seja qual for o mo-tivo alegado;

    10.8.3. Ausentar-se da sala de provas sem o acom-panhamento do fiscal;

    10.8.4. Ausentar-se do local de prova antes de de-corridas 2 (duas) horas do incio da prova;

    10.8.5. Ausentar-se da sala de prova levando Folha de Resposta, Caderno de Questes ou outros ma-teriais no permitidos, sem autorizao;

    10.8.6. no devolver integralmente o material rece-bido;

    10.8.7. Fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrnico ou de comunicao (bip, telefone celular, relgio digital, walkman, agenda eletrnica, notebook, palmtop, receptor, gravador ou outros equipamentos similares), bem como protetores auriculares;

    10.8.8. Perturbar, de qualquer modo, a ordem dos trabalhos, incorrendo em comportamento indevido;

    10.8.9. O candidato que estiver portando equipamen-to eletrnico como os indicados no subitem, dever desligar o aparelho antes do incio das provas;

    10.8.10. no ser permitido portar qualquer equipamento, como os indicados no subitem 10.8.7.

    10.9. O candidato, ao terminar a prova escrita, a entregar ao fiscal, juntamente com a Folha de Respostas e o Caderno de Questes.

    10.10. no haver, por qualquer motivo, prorroga-o do tempo previsto para a aplicao das provas em virtude de afastamento do candidato da sala de prova.

    10.11. Em hiptese alguma haver vista de prova em qualquer uma das formas de avaliao, seja qual for o motivo alegado.

    10.12. Por razes de ordem tcnica, de segurana e de direitos autorais adquiridos, a SOBECC no fornecer exemplares dos Cadernos de Questes a candidatos ou a instituies de direito pblico ou privado, mesmo aps o encerramento do processo seletivo.

    10.13. Em hiptese nenhuma ser realizada prova fora do local e horrio estabelecidos.

    ________________________________________11. divulgao dos resultados

    11.1. no sero fornecidos resultados por telefone. Tambm no sero fornecidas notas individuais. O candidato ser comunicado por e-mail.

    11.2. A partir de 30 de setembro de 2013 Divulga-o dos candidatos aprovados.

    11.3. Bibliografia Recomendada Centro Cirrgi-co (CC), Recuperao Anestsica (RA) e Centro de Material e Esterilizao (CME), disponvel em www.sobecc.org.br.

    coordenao da comisso da Prova de obteno do ttulo de especialista

    soBecc nacional - 2013

    Acontece sObEcc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

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    Vii curso Preparatrio para Prova de obteno do ttulo de especialista

    Data: 23 de julho de 2013. Horrio: 8 s 18h. Local: Centro Convenes Rebouas, Auditrio Amarelo, Av. Dr. Enias de Carvalho Aguiar, n 23 (acesso em frente ao InCOR, Metr Clnicas). Avenida Rebouas, n 600 (entrada do estacionamento).

    categoriainvestimento

    15/03/2013 a 15/06/2013

    16/06/2013 a 10/07/2013 no local

    Enfermeiros associados R$ 80,00 R$ 100,00 R$ 120,00

    Enfermeiros e outros profissionais R$ 120,00 R$ 150,00 R$ 180,00

    Conhea as normas para submisso dos trabalhos no 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Cen-tro de Material e Esterilizao. Os trabalhos pode-ro ser enviados para anlise no perodo de 15 de maro a 12 de maio de 2013. Os trabalhos sero enviados por meio do preenchimento de formulrio online no site www.sobecc.org.br.

    Orientao para confeco dos resumos

    O usurio dever preencher ttulo do trabalho, autor e coautores (mnimo de um e mximo de cinco au-tores), associando para cada coautor a sua filiao institucional.

    O resumo dever conter introduo, objetivo, mto-do, resultados e concluso. no h necessidade de inserir referncias no resumo.

    Dever ser proveniente de trabalho indito e estar descrito em at 3.500 caracteres (com espaos). Os resumos podero estar em portugus, ingls ou espanhol.

    requisito para envio dos trabalhos

    Pelo menos um dos autores deve estar quite com a anuidade da SOBECC de 2013.

    modalidades

    A Comisso de Temas Livres indicar os trabalhos aceitos para apresentao no formato de pster. Os trabalhos sero apresentados na forma de painis (psteres). Os painis para apresentao dos tra-balhos devem estar de acordo com o seguinte for-mato:

    A rea disponvel para o painel ser de 1,20 m de altura x 0,87 m de largura, contendo: ttulo, autores, unidade, agncia financiadora (se for o caso) e palavras-chave. Relacionar, nessa ordem, na parte superior do painel.

    A Comisso de Temas indicar os temas livres que sero apresentados na forma de psteres. Os tra-balhos premiados sero apresentados na forma oral pelos seus autores na plenria do Grande Auditrio, no dia 27 de julho de 2013.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

    Edital

    normas para envio dos trabalhos ao 11o congresso da soBecc

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    Acontece sObEccAcontece sObEcc

    no sero aceitas pesquisas na ntegra.

    A avaliao ser realizada pela Comisso Julgadora, por um processo confidencial, sem o acesso aos nomes dos autores, coautores e da instituio a que pertencem. Para a seleo dos resumos, sero considerados a relevncia e o impacto da pesquisa, os objetivos exequveis, o mtodo empregado, a clareza e a objetividade do resumo enviado, bem como a originalidade.

    Algumas recomendaes para maior clareza e vi-sualizao do seu pster:

    Autores e agncia financiadora: letras minsculas com as iniciais em maisculo;

    Palavras-chave e subttulos: letras minsculas com as iniciais em maisculo;

    Texto: formatao do texto, o sistema estar con-figurado dentro das normas.

    Introduo e objetivos: a importncia do assunto deve ser destacada resumidamente, e os objetivos expostos com clareza;

    Mtodo: expor resumidamente o mtodo ou a forma de abordagem da pesquisa;

    Resultados e discusso: indicar os resultados de maior destaque;

    Concluses: indicar o resumo dos principais re-sultados obtidos, de acordo com os objetivos pro-

    postos.

    Referncias/bibliografia: destacar as princi-pais referncias.

    As inscries sero realizadas online pelo site www.sobecc.org.br, no espao inscrio de trabalhos cientficos. O resumo dever ser digitado no formulrio no sistema online.

    avaliao dos trabalhos

    Os trabalhos sero avaliados por pareceristas. Os trabalhos aprovados podero ser apresentados no evento, desde que o autor (principal) que o subme-teu esteja inscrito no 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao at 15/06/2013. Sero selecionados os trabalhos me-lhor avaliados, respeitando-se o limite de espao disponvel.

    Os trabalhos sero aprovados por ordem de classificao (excelente/bom/regular/ruim). Essa classificao obedecer aos seguintes critrios: relevncia do tema, clareza, originalidade, mtodo, coerncia resultados e concluso

    divulgao

    Os ttulos dos temas selecionados sero divulga-dos a partir de 3 de junho de 2013, por e-mail e no site www.sobecc.org.br.

    O autor responsvel receber e-mail com o resul-tado referente aprovao para apresentao do pster.

    Os trabalhos sero avaliados por pareceristas e os aprovados podero ser apresentados no evento, desde que o autor esteja inscrito at 15 de junho de 2013, sob pena de desclassificao do traba-lho.

    comisso de temas Livres do 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem

    em Centro Cirrgico, Recuperao anestsica e centro de material

    e esterilizao da soBecc

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 6-14.

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    24 a 27 de julho de 2013, Palcio das Convenes do Anhembi, em So Paulo (SP)

    O Congresso tem como objetivo promover o intercmbio de ex-perincias com profissionais da rea da Enfermagem Periopera-tria envolvidos com a assistn-cia e a segurana do paciente cirrgico de todas as regies do Pas, atualizando-os nas vrias reas do saber, incluindo prtica perioperatria, gesto e orienta-o de desenvolvimento pessoal e profissional. Seleto grupo de palestrantes e pesquisadores da rea viro compartilhar seus co-nhecimentos com os presentes.

    A programao cientfica se far acompanhar de uma exposio tecnolgica, com mais de 70 em-presas especializadas com os mais recentes lanamentos em produtos e servios.

    Valores para associados soBecc (participao nos quatro dias do evento)

    Categoria 15/03/2013

    at 15/06/2013

    16/06/2013at

    10/07/2013no local

    Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem Associados

    R$ 110,00 R$ 140,00 R$ 180,00

    Enfermeiros Associados R$ 300,00 R$ 350,00 R$ 400,00

    Valores para no associados soBecc (participao nos quatro dias do evento)

    Categoria 15/03/2013

    at 15/06/2013

    16/06/2013at

    10/07/2013no local

    Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem

    R$ 200,00 R$ 250,00 R$ 280,00Instrumentadores Cirrgicos

    Graduandos de EnfermagemEnfermeiros

    e Outros Profissionais

    R$ 550,00 R$ 580,00 R$ 660,00

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

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    24 a 27 de julho de 2013, Palcio das Convenes do Anhembi,em So Paulo (SP)

    Programao Cientfica 24 de julho de 2013 (Quarta-Feira)

    7h30 9h Entrega do material.

    9h 9h30 Cerimnia de abertura.

    9h30 10h15 Conferncia: Enfermagem Perioperatria: da Teoria Prtica.

    10h15 11h Intervalo.

    11h 12h15 Cenrio Mundial da Enfermagem Perioperatria: Avanos e Perspectiva.

    12h15 13h15 Apresentao de Simpsios-Satlites.

    13h15 14h15 Intervalo para Almoo.

    Programao Paralela - auditrio 1

    14h15 16h15 Palestra: Assistncia de Enfermagem na Hipotermia.

    Programao Paralela - auditrio 2

    14h15 16h15 Palestra: Calculando e Conhecendo Ferramentas para a Prtica da Assistncia Perioperatria.

    Programao Paralela - auditrio 3

    14h15 16h15conversa com especialidades em centro operatrio. Cardiologia: Circulao Extra-Corprea. Urologia: A Atuao do Enfermeiro na Litotripsia.

    Programao Paralela - auditrio 9

    14h15 16h15 Palestra: Cirurgia Segura: Desafio Global pela Segurana do Paciente.

    6h15 16h45 Intervalo.

    Programao Paralela - auditrio 1

    16h45 Assembleia Geral com os associados.

    18h Encerramento das atividades.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

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    Programao Cientfica 25 de julho de 2013 (Quinta-Feira)

    Programao Paralela - auditrio 9

    9h 11h III Frum de Ensino.

    grande Plenria

    9h 10h15 ISO: da Teoria Prtica: Interpretando a Aplicabilidade das normatizaes Internacionais.

    10h15 11h Intervalo.

    11h 12h A Influncia do Cuidado Pr-Operatrio e Ps-Operatrio para Prevenir as Infeces.

    12h 13h Apresentao de Simpsios-Satlites.

    13h 14h Intervalo para almoo.

    14h 14h45 Colaborando para a Sustentabilidade: Estratgias para Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Descartando Resduos Perioperatrios.

    14h30 15h30 novas Tendncias Tecnolgicas no Bloco Operatrio.

    15h30 16h Intervalo.

    Programao Paralela - auditrio 9

    14h30 15h Liberao Paramtrica em Termodesinfetadora.

    15h30 16h Desafio no Processo de Esterilizao Gases No Condensveis.

    16h - 16h30 Intervalo.

    16h30 17h Anlise Ergonmica em CME.

    17h - 17h30 Gesto de Inventrio em CME.

    Programao Paralela - auditrio 4

    16h 18h30 conversa com especialistas: neuronavegao, Robtica e Anestesia.

    grande Plenria

    16h 18h30 Avaliao dos Psteres.

    18h30 Encerramento das atividades.

    19h Happy hour.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

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    24 a 27 de julho de 2013, Palcio das Convenes do Anhembi,em So Paulo (SP)

    Programao Cientfica 26 de julho de 2013 (Sexta-Feira)

    Programao Paralela - auditrio 9

    8h30 10h Recuperao Anestsica de Alta Performance: Atendendo Pacientes com necessidades Especiais.

    grande Plenria

    8h30 9h15 Construindo Indicadores do Bloco Operatrio.

    9h15 10h Modelos de Certificaes Assistenciais.

    10h 10h45 Intervalo.

    10h45 11h30 Como Classificar os Eventos Adversos. O que Fazer?

    11h30 12h15 A Enfermagem Perioperatria Informatizada Quais os benefcios?

    12h15 13h15 Apresentao de Simpsio-Satlite.

    13h15 14h15 Intervalo para almoo.

    14h15 15h15 Mapa de Risco: Aes que Permeiam a Segurana Ocupacional.

    15h15 16h Aes Preventivas de Ergonomia em Bloco Operatrio: Fisiatra.

    16h 17h Fadiga do Trabalhador: Impacto Sobre a Segurana do Paciente, da Produtividade e da Sade do Cuidador e do Paciente.

    17h Encerramento das atividades.

    21h Confraternizao.

    Agncia Oficial do CongressoRua Martins Fontes, 91, CJ. 11 - Centro - So Paulo - SP - CEP: 01050-000Fone: 55 11 2122-0570 Fax: 55 11 2122-0559E-mail: [email protected] www.masterturismo.com.br

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

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    Programao Cientfica27 de julho de 2013 (Sbado)

    10h 10h45 Plano de Contingncia para Atendimento de Catstrofes Qual a Importncia do Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao?

    10h45 11h30 A Importncia do Treinamento no Bloco Operatrio.

    11h30 - 12h30 Comunicao tica e Amor no Ambiente de Trabalho.

    12h30 14h Intervalo para almoo.

    14h15 -14h30 Apresentao dos Trabalhos Premiados.

    15h20 Apresentao da nova Diretoria da SOBECC para a gesto 2013/2015.

    15h Sorteios.

    15h20 Encerramento do Congresso.

    Lanamento: Prticas Recomendadas da SOBECC (6a ed 2013)

    O lanamento da sexta edio das Prticas Recomendadas da SOBECC, que rene as mudanas tc-nicas e inovaes nas reas de CC, RA E CME, durante o 11 Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirrgico, Recuperao Anestsica e Centro de Material e Esterilizao, est sendo aguardado por todos. A publicao um recurso essencial para referncia de enfermeiros, gestores e educadores. A atualizao da nova edio uma preocupao da SOBECC, que colabora para definir o escopo de responsabilidades do enfermeiro perioperatrio, ajudando a criar um ambiente seguro para os pacientes e a equipe multiprofissional.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

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    24 a 27 de julho de 2013, Palcio das Convenes do Anhembi,em So Paulo (SP)

    Expositores confirmados da Exposio Tecnolgica do 11 Congresso

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 15-20.

    JooMed

    Labormed

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    Hospital Felcio Rocho: excelncia em sade

    centro Infantil boldrini: uma instituio de utilidade pblica municipal, estadual e federal

    Hospital em foco

    O Centro Infantil Boldrini um hospital filantrpico especializado em oncologia e hematologia pedi-trica. Seu nome uma homenagem ao pediatra Domingos Adhemar Boldrini, falecido em 1976, que prestou relevantes servios na cidade de Campinas. Localiza-se a 100 km de So Paulo, com 35 anos de histria, sendo referncia no cuidado sade peditrica da mais alta tecnologia. A instituio ofe-rece uma infraestrutura completa para diagnstico e tratamento, incluindo quimioterapia, radioterapia, cirurgia, reabilitao, transplante de medula ssea e cuidados paliativos.

    O Boldrini um centro abrangente e atua com um Programa Multiprofissional de Ateno a estes pacientes, que envolve as reas da pediatria, he-matologia, cardiologia, ortopedia, cirurgia, nefrolo-gia, endocrinologia, radiologia, fisiatria, psiquiatria, neurologia, psicologia, odontologia, nutrio, servio social e reabilitao.

    Instalado numa rea de 100 mil metros quadra-dos, o complexo contempla o Hospital, o prdio da Radioterapia, a Medicina nuclear e de Imagem, o Centro de Reabilitao Lucy Montoro, o Instituto de Pediatria Ronald McDonald, a central de captao de recursos e o servio de apoio social Casa da Criana e da Famlia, com 30 chals.

    Conta com servios de suporte ao transporte dos pa-cientes. A Estao Boldrini, e suporte s pesquisas e o Instituto de Pesquisa Domingos Boldrini (IPEB) integram fisicamente esta estrutura, totalizando 30 mil metros quadrados de construo. um grande centro de pesquisas no Brasil e na Amrica Latina, na rea de onco-hematologia peditrica.

    Espaos amplos e arquitetura moderna caracteri-zam a estrutura hospitalar do Boldrini. O cuidado multiprofissional, centrado num mesmo local, a premissa do sucesso no combate ao cncer. Moder-nas tecnologias para diagnstico preciso do cncer, sua expresso gentica e molecular, acrescidas de sofisticados equipamentos de imagem, propiciam e favorecem a acuracidade e a preciso do diagnsti-co, bem como a avaliao do tratamento. Tudo isso inserido num forte clima de descontrao e alegria. A humanizao do cuidado parte da essncia do Hospital.

    Crianas e adolescentes com a suspeita ou o diag-nstico confirmado de cncer ou de uma doena sangunea so encaminhados pelos mdicos da regio e de outros Estados do Brasil. Alguns pacien-tes provm de outros pases. no h lista de espera, nem represso da demanda. Oitenta por cento da clientela vinculada ao Sistema nico de Sade.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 21-25.

    Foto

    : Mal

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    aria

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  • Hospital Felcio Rocho: excelncia em sade

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    Hospital em foco

    Anualmente so encaminhados cerca de 900 casos novos de crianas, adolescentes e adultos jovens (at 29 anos) ao Centro Boldrini. O tempo mdio de tratamento para os casos de cncer de dois anos.

    Com a mente no futuro e o corao no presente, o Boldrini implantou novos e importantes servios. A grande fora propulsora do Hospital foi e o sofri-mento compartilhado com milhares de crianas e jovens, que, sem muito compreender o porqu, so acometidos por doenas to graves.

    Era imaginado que, ao alcanar 100% de cura das crianas com cncer, a misso do Boldrini estaria completa. Ledo engano!

    necessrio fazer mais. Aos adolescentes e adul-tos jovens sobreviventes do cncer na infncia, a no ocorrncia de nenhuma sequela do tratamento , tambm, meta institucional. Alm disso, a busca do conhecimento acerca dos fatores de risco no desenvolvimento do cncer peditrico torna-se uma demanda atual. Prevenir o cncer da criana e do adolescente passa a ser o grande desafio a ser perseguido.

    O compromisso do Boldrini com a vida da criana, do adolescente e do adulto jovem, com sua pujana e singularidade.

    Em seguida ao diagnstico, ao contrrio do que mui-tos pensariam, as crianas e os adolescentes expressam grande preocupao em relao sua vida escolar, j que para eles a escola o maior vnculo com uma rotina saudvel e com o mundo que ficou fora do Hospital.

    Para que o paciente no perca sua rotina de estudo, o Boldrini dispe de Atendimen-to Pedaggico, que garante criana e ao

    adolescente a continuidade do seu processo educa-tivo. Esse espao funciona diariamente e conta com pedagogas que sentem orgulho do trabalho realizado e se esforam para viabilizar vrios projetos da rea educativa. Exemplo disto a realizao do Projeto Livro, que j teve como fruto trs edies: Jovens Poetas, novos Poetas e Juliana pr l de Bacana.

    Conta com 77 leitos distribudos em seis alas de internao, que ocupam dois andares do Hospital.Cada ala composta por nove quartos e um Posto de Enfermagem, dispostos em formato de roseta, cuja rea central reservada ao corpo mdico, Enfermagem e aos pais. Paredes de vidro separam o quarto da criana do quarto dos acompanhantes e visitantes.

    A Unidade de Terapia Intensiva (UTI), localizada prxima ao Centro Cirrgico (CC), oferece oito lei-tos equipados com monitor cardaco, respiratrio, monitor de presso arterial no invasivo e ventilador de alta frequncia que fornece, quando necessrio, suporte ventilatrio aos pacientes. Uma equipe de mdicos pediatras e enfermeiros especializados em UTI trabalha 24 horas dia para ajudar as crianas a superarem esse momento crtico. O Programa da Me Participante, desenvolvido pela UTI do Hospital h alguns anos, permite a recuperao mais rpida da criana. O tempo mdio de permanncia de trs a quatro dias.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 21-25.

    Atendimento humanizado um dos destaques

  • Hospital Felcio Rocho: excelncia em sade

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    Centro Cirrgico

    O CC composto por duas salas de cirurgia, para realizao de procedimentos de alta, mdia e baixa complexidade, inclusive urgncias e emergncias. Em mdias, so realizados 70 procedimentos anes-tsico-cirurgicos por ms. Uma das salas de cirurgia dispe de um microcomputador com acesso ao pronturio eletrnico do paciente. As imagens dos exames e os parmetros fisiolgicos so dispostos em monitor com tecnologia led, proporcionando alta definio das imagens, especialmente na realizao de procedimentos minimamente invasivos. Possui Sala de Recuperao Ps-Anestsica (SRPA), sala de recepo ao paciente, farmcia satlite, sala de agendamento cirrgico, sala de equipamentos, ar-senal, conforto mdico e de Enfermagem, vestirios, recursos locais para exames de imagem e sala de patologia, onde realizada a bipsia de congelamen-to de espcimes obtidos durante a cirurgia, que em muito auxilia os cirurgies na definio das margens de resseco do tumor, livres ou no da neoplasia. As salas cirrgicas possuem monitores de alta defini-o, aquecedor e colcho trmico, que proporcionam maior conforto e segurana ao paciente, mesa cirr-gica eltrica, equipamento de laser e bisturi ultras-snico. na SRPA, anestesistas e enfermeiros fazem com que a volta realidade acontea sem medos ou traumas. A participao efetiva da me ou de outro ente querido decisiva neste momento, quando os

    fatores psicolgicos e de humanizao influenciam positivamente na recuperao.

    Para reduzir os casos de grandes incises cirrgicas e permitir uma rpida recuperao da criana, foram instalados sofisticados equipamentos de videolapa-roscopia.

    Combatendo o tumor cerebral (o segundo mais comum na pediatria, superado somente pela leuce-mia), o Boldrini investiu cerca de 800 mil reais em equipamentos de ultima gerao na Unidade de neurocirurgia, que conta com microscpio cirrgico alemo, bisturi de aspirao ultrassnica francs, sistemas de neuroendoscopia e de craniotomia de alta rotao americanos e instrumental cirrgico de alta qualidade. Tudo isso, graas comunidade: todo o dinheiro empregado no Centro neurocirrgico foi proveniente de doaes.

    Dentre as cirurgias mais realizadas no CC esto: ci-rurgias gerais, neurocirurgias, ortopdicas, oftalmol-gicas, otorrinolaringolgicas e de cabea e pescoo.A equipe de Enfermagem conta com profissionais al-tamente qualificados e treinados, sendo composta por trs enfermeiras, sendo uma coordenadora e duas assistenciais, sete tcnicos de Enfermagem e duas instrumentadoras cirrgicas. O foco da assistncia de Enfermagem est voltado continuamente ao cuidado do paciente com excelncia, contando com colabora-dores altamente qualificados, comprometidos e com-petentes. no processo de cuidar do paciente cirrgico oncolgico, a equipe de Enfermagem realiza um atendimento humanizado, igualitrio, individualizado e com participao efetiva dos familiares. As ativida-des desenvolvidas pela Enfermagem so de grande complexidade, exigindo do profissional concentrao em todas as etapas do perodo perioperatrio, incluin-do pr, trans e ps-operatrio.

    Sinto-me feliz em coordenar uma equipe de Enfer-

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 21-25.

    Equipe conta com profissionais altamente qualificados

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    magem que realiza suas atividades com envolvimento, dedicao, responsabilidade e amor fraternal. nossos pacientes retornam ao CC para nos visitar; o ambiente acolhedor e harmonioso!

    Mensalmente so mensurados os indicadores de quali-dade: taxa de utilizao de sala, taxa de cancelamento de cirurgia (intra e extra-hospitalar), taxa de utilizao do CC, taxa de efetividade de Infeco de Stio Cirr-gico (ISC), controle de implante e retirada de cateter totalmente implantvel ou semi-implantvel.

    O agendamento de cirurgias e o mapa cirrgico so realizados pela enfermeira, que analisa a urgncia do procedimento, o tempo de utilizao da sala, a espe-cialidade, a utilizao de materiais, equipamentos e instrumentais especficos, a necessidade de ps-ope-ratrio na UTI, a reserva de sangue ou hemoderivados, de bipsia de congelao e a liberao de guias. Dia-riamente, realizada a auditoria de todos os gastos cirrgicos pela enfermeira do CC. nossa meta glosa zero, alm da assistncia prestada aos clientes cirr-gicos, elaborao de normas e rotinas, treinamentos internos especficos aos nossos colaboradores do CC, solicitao de compras, elaborao de escalas de servio e de atividades, acompanhamento de visita tcnica preventiva dos equipamentos, participao na Comisso de Padronizao de Materiais, e participa-o ativa semanal nas reunies com equipe mdica de cirurgies, clnicos e enfermeiros no auditrio do hospital, onde so apresentados todos os casos de pacientes cirrgicos.

    A aplicao da Sistematizao da Assistncia de En-fermagem Perioperatria (SAEP) o vnculo com as unidades de internao, com foco na segurana do paciente, conforme recomenda o Protocolo Universal da Organizao Mundial de Sade (OMS). Utiliza-se impresso institucional padronizado, que contempla todas as fases dos perodos pr, trans e ps-operatrio imediato. A enfermeira do CC realiza a SAEP em todos os pacientes internados na vspera do procedimento,

    quando avalia o paciente em sua integralidade, exames laboratoriais, reservas de sangue, exames de imagens necessrios para o procedimento, orienta quanto ao tempo de jejum, procedimento anestsico-cirrgico proposto, nome do cirurgio responsvel, ocorrncia de alergias, termo de consentimento, stio cirrgico e lateralidade, necessidade de acesso venoso central e recomendaes especficas de Enfermagem para o procedimento proposto. Alm de dotar de conhe-cimento tcnico-cientfico, a enfermeira atua no pr-operatrio com uma equipe multiprofissional, visando ao bem-estar e a segurana do paciente.

    central de material e esterilizao

    A Central de Material e Esterilizao (CME) composta por expurgo, sala de preparo e esterilizao, sala de esterilizao por plasma de perxido de hidrognio, arsenal de material esterilizado e sala de distribuio de materiais. Todos os processos realizados buscam atender os requisitos da legislao sanitria e s recomendaes nacionais e internacionais a servio da qualidade e da segurana no reprocessamento de materiais. A equipe de Enfermagem do setor com-posta por enfermeira e tcnicos de Enfermagem. Este servio centralizado e unidirecional. A CME fornece materiais processados em autoclave a vapor saturado sob presso e plasma de perxido de hidrognio a todos os setores do hospital, incluindo alas de inter-nao, ambulatrios, farmcia, odontologia, centro de reabilitao e fisioterapia. Os artigos que no podem ser submetidos a esses processos so encaminhados a uma empresa terceirizada, que realiza o processo de esterilizao por xido de etileno. Em se tratando de equipamentos disponveis, o setor conta com uma lavadora ultrassnica para canulados, uma lavadora termodesinfectora, duas modernas autoclaves a vapor e um esterilizador a plasma de perxido de hidrog-nio. So realizados monitoramentos dirios de todo o processo de esterilizao, sendo Bowie & Dick, inte-gradores qumicos e indicador biolgico dirio e em toda carga com implantes. Os equipamentos so mo-

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 21-25.

  • nitorados com manutenes preventivas e corretivas, com cronogramas estabelecidos conjuntamente com a enfermeira do setor e a engenharia clnica da institui-o. Mensalmente so feitos controles estatsticos de reprocessamentos de materiais, alm do controle de custo de esterilizaes por setores. Todos os nossos instrumentais so acondicionados em contineres rgidos, o que contribui para sua conservao e se constitui em tecnologia segura durante seu manuseio na sala de cirurgia, minimizando riscos ergonmicos e contribuindo com o meio ambiente, a partir da reduo de resduos ambientais.

    Em etapa de finalizao, as enfermeiras do setor esto desenvolvendo um projeto de treinamento permanente com seus colaboradores, visando s melhorias no pro-cesso, atualizaes tcnicas e cientficas, que estimu-lem a reflexo sobre as atualizaes constantes para o desenvolvimento no ambiente de trabalho, visando

    promover crescimento pessoal e profissional, alocando, no setor, colaboradores com perfil compatvel para esse ambiente, o que favorece, em muito, a coopera-o no trabalho, a qualidade do servio prestado, alm de tornar o ambiente acolhedor e harmonioso.

    elaine cristina Freire da silva Enfermeira Especialista em Administrao Hospitalar pelo Centro Universitrio So Camilo de So Paulo, Especialista em Docncia em Enfermagem pelo Instituto Catarinense de Ps-Graduao (ICPG), Docente do Curso de Graduao em Enfermagem da Faculdade de Jaguarina (FAJ). Enfermeira Coordenadora do CC e do CME do Centro Infantil Boldrini (Campinas SP).

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    Artigo Original

    cAncELAmEnTO DE cIRuRgIAs Em um HOspITAL unIvERsITRIO: cAusAs E TEmpO DE EspERA pARA nOvO pROcEDImEnTO

    surgerY canceLLations at a uniVersitY HosPitaL: causes and Waiting time For a neW Procedure

    canceLacin de cirugas en un HosPitaL uniVersitario: causas Y tiemPo de esPera Para nueVo Procedimiento

    MACEdO, Jaziele Magella; KANO, Juliana Akemi; BRAGA, Eliana Mara; GARCIA, Marla Andria; CALdEIRA, silvia Maria.

    resumo: O objetivo deste estudo foi identificar a ocorrncia de cancelamentos de cirurgias no Centro Cirrgico (CC) de um hospital universitrio, identi-ficando as especialidades cirrgicas, os respons-veis, as causas, a faixa etria dos pacientes, bem como o perodo decorrido entre o cancelamento e a realizao do novo procedimento cirrgico. Estudo quantitativo, retrospectivo, com anlise documental de 1449 cirurgias canceladas. Os responsveis pelo cancelamento foram: o cirurgio, o anestesiologista e o enfermeiro, respectivamente. As especialidades cirrgicas que apresentaram as maiores frequncias de cancelamento foram: ortopedia, gastrocirurgia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Em relao ao tempo de espera 46,5% dos usurios no tiveram sua cirurgia reprogramada e/ou realizada. Os motivos mais frequentes de cancelamento cirrgico foram: no internao do usurio, mudana de conduta do cirurgio, horrio eletivo ultrapassado, e paciente com condies clnicas desfavorveis. Os resultados deste estudo apontaram pouco envolvimento dos profissionais, excesso de agendamento e desistncia do usurio por recusa ou no comparecimento.

    Palavras-chave: Enfermagem de centro cirrgico; Procedimentos cirrgicos operatrios; Enfermagem

    perioperatria; Comunicao.

    aBstract: This study aimed at identifying the oc-currence of surgery cancellations in the operating room of a university hospital, including the specialties involved, the individuals responsible and causes for cancellation, the age range of patients involved as well as the period of time elapsed between cancella-tion and performance of a new surgical procedure. It is a quantitative, retrospective study with documental analysis of 1449 cancelled surgeries. The profession-als responsible for cancellation were: the surgeon, the anesthesiologist and the nurse, respectively. The surgical specialties showing the highest cancellation frequencies were: orthopedic surgery, gastric sur-gery, eye surgery and otorhinolaryngologic surgery. As regards waiting time, 46.51% of users did not have their surgeries re-scheduled and/or performed. The most frequent reasons for surgery cancellation were: users non-hospitalization, change in surgeons conduct, elective time running out and unfavorable patients clinical conditions. The results in this study showed little involvement by professionals, in addi-tion to excessive scheduling and users giving up by not reporting to the hospital or refusing to undergo surgery.

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    Key words: Surgery nursing; Operative surgical pro-cedures; Perioperative nursing; Communication.

    resumen: El objetivo del estudio fue identificar la ocurrencia de cancelaciones de cirugas en el quirfano de un hospital universitario, identificando las especialidades involucradas, los responsables, las causas de la cancelacin, la edad de los paci-entes, as como el perodo entre la cancelacin y la realizacin del nuevo procedimiento quirrgico. Se trata de un estudio cuantitativo, retrospectivo con anlisis documental. Se incluyeron 1449 cirugas canceladas. Los responsables por la cancelacin fueron: el cirujano, anestesilogo y el enfermero, respectivamente. Las especialidades quirrgicas que presentaron las mayores frecuencias de cancel-acin fueron: ortopedia, gastrociruga, oftalmologa y otorrinolaringologa. En relacin con el tiempo de espera, el 46,51 % de los usuarios no tuvieron su ciruga reprogramada o realizada. Los motivos ms frecuentes de cancelacin quirrgica fueron: no in-greso del usuario, cambio de conducta del cirujano, ultrapasado el horario electivo y condiciones clnicas desfavorables del paciente. Los resultados de este estudio revelaron poco comprometimiento de los profesionales, exceso de cirugas marcadas y la recusa del usuario y no comparecimiento.

    Palabras clave: Enfermera de quirfano; Proce-dimientos quirrgicos; Enfermera Perioperatria; Comunicacin.

    introduo

    A realizao de uma cirurgia depende do trabalho da equipe cirrgica e, neste contexto, o enfermeiro o elemento que pode pressupor a emoo que o paciente deve sentir, ao apresentar um temor real, o qual se estende at os membros da famlia. Como elemento chave na unidade de Centro Cirrgico (CC), o enfermeiro tem condies de contribuir para que as cirurgias programadas sejam realizadas na data

    marcada e dentro de todas as condies de segu-rana requeridas1. O trabalho da equipe cirrgica para que o procedimento acontea e o seu cance-lamento podem ser consideradas condies desse planejamento2. um evento que deve ser analisado, considerando-se as repercusses que envolvem o usurio e as consequncias que causam para a instituio de sade3.

    Para o paciente, a realizao de uma cirurgia tem importante significado a ponto de provocar um com-portamento com a mesma proporo de qualquer outra situao traumtica. A interveno cirrgica requer preparo prvio do paciente e da famlia, pois envolve aceitao da cirurgia, preparo fsico e psi-colgico, interferncia no estilo de vida, alteraes socioeconmicas pelo afastamento no trabalho, alm da situao de estresse gerada pelo medo do desconhecido1.

    As repercusses do cancelamento cirrgico incidem, desfavoravelmente, no apenas sobre o usurio, que tem seu vnculo de confiana rompido em relao instituio, como tambm sobre a equipe de enfer-magem (operacionalizao do trabalho, consumo de tempo e recursos materiais, diminuio da qualidade da assistncia) e demais profissionais de sade3.

    O impacto emocional e os custos podem ser me-nores se o cancelamento ocorrer antes do afasta-mento de suas atividades e da internao. As cirur-gias que so canceladas no dia agendado e aps a admisso do paciente no CC levam ao aumento de custos hospitalares e perda de horrio de sala cirrgica3.

    O no comparecimento dos usurios3-5 e as suas condies desfavorveis cirurgia6 se constituem nas principais causas de cancelamento de pro-cedimentos cirrgicos4-5, considerando as causas relacionadas aos usurios, enquanto as causas organizacionais relativas s instituies de sade

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    so: falta de leitos7-8, equipe mdica indisponvel8 e erros de agendamento9.

    O cancelamento de cirurgias programadas, aparen-temente, no causa grande inquietao equipe multiprofissional dos servios de sade e os aspectos relativos importncia desse acontecimento para o paciente, parecem estar esquecidos. As equipes m-dica e de enfermagem encaram esse acontecimento como rotineiro, inerente estrutura organizacional e funcional da instituio4-5.

    Em estudo realizado em um hospital universitrio do interior paulista sobre a comunicao dos can-celamentos cirrgicos em cirurgias peditricas, as autoras consideram que as informaes fornecidas s mes e/ou aos familiares so incompletas e superficiais, deixando dvidas e lacunas na comuni-cao, alm de sentimentos como ansiedade, medo, insegurana e angstia10.

    Considerando as repercusses que o cancelamento cirrgico traz para os usurios, pretendemos inves-tigar os motivos do cancelamento de cirurgias em um hospital pblico de ensino, alm de conhecer o tempo que o usurio esperou para a realizao do procedimento cirrgico.

    oBJetiVo

    Identificar a ocorrncia de cancelamentos de cirur-gias no Centro Cirrgico de um hospital universitrio conhecendo: as especialidades cirrgicas envolvidas, os responsveis pelos cancelamentos cirrgicos, as causas dos cancelamentos cirrgicos, a faixa etria dos pacientes, perodo decorrido entre o cancelamento e a realizao do novo procedimento cirrgico.

    mtodo

    tipo de estudo

    Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo,

    com anlise documental dos registros arquivados na unidade de CC. A pesquisa quantitativa conside-ra que tudo pode ser quantificvel, o que significa traduzir em nmeros opinies e informaes para classific-las e analis-las. Requer o uso de recur-sos e de tcnicas estatsticas. A pesquisa documen-tal se utiliza de fontes documentais, isto , fontes de dados secundrios11.

    cenrio de estudo

    O estudo foi realizado em um Hospital Pblico Uni-versitrio situado no interior paulista, que conta com 415 leitos. O CC da instituio constitudo por 11 salas operatrias que atendem cirurgias portes I, II, III e IV de diversas especialidades, de acordo com o horrio semanal estabelecido para cada equipe. nove salas de cirurgias so destinadas aos procedi-mentos eletivos, que acontecem de segunda a sex-ta-feira, alm de uma sala destinada s cirurgias de urgncia e uma s de emergncia. As cirurgias tm incio s 7h e as ltimas cirurgias devem ser inicia-das at as 16h30. De acordo com o regulamento interno, as cirurgias eletivas que no iniciam at as 16h30 so canceladas. Aps esse horrio, so aten-didas as cirurgias de urgncia, que podem, tambm, ser realizadas durante todo o perodo, quando h sala operatria disponvel.

    O enfermeiro responsvel pela organizao do programa cirrgico que realizado no dia que ante-cede a cirurgia. Para isso, necessrio que a equi-pe envie o aviso cirrgico at as 15h do dia anterior. As informaes do aviso cirrgico so digitadas no banco de dados para posterior preparao destas cirurgias (equipe de anestesia, enfermagem, cirurgi-es, laboratrios, central de material e esterilizao e hemocentro). Os responsveis pelo cancelamento podem ser os cirurgies (mudana de conduta, pa-ciente mais grave para ser operado, cirurgio no disponvel, entre outros), os anestesiologistas (falta de exames, alterao clnica, infeces, etc), os en-fermeiros (falta de materiais, pessoal ou quando o

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    horrio ultrapassa o pr-estabelecido) ou o prprio paciente, quando este desiste da cirurgia.

    Procedimentos de coleta de dados

    A pesquisa obedeceu a Resoluo 196/96 sobre Aspectos ticos da Pesquisa envolvendo Seres Humanos, a qual implica aos indivduos-alvo auto-nomia com aplicao do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), comprometimento com o mximo de benefcios e o mnimo de danos e ris-cos; vantagens significativas e minimizao do nus para os sujeitos vulnerveis, alm da garantia de que danos previsveis sero evitados12.

    Assim, aps parecer favorvel do Comit de tica em Pesquisa (CEP) sob ofcio 330/2009-CEP, a coleta dos dados foi realizada por meio da busca dos avisos de cirurgias canceladas e pesquisa em banco de dados do CC, tendo como referncia o ano de 2009. Posteriormente, essas informaes foram digitadas numa planilha do Excel. Ressalta-se que no foi necessria a utilizao do TCLE, por ser um estudo de anlise documental.

    anlise e tratamento dos dados

    Os dados foram analisados por meio da estatstica descritiva, frequncia e percentagem das variveis que esto no estudo, e apresentadas em formas de tabelas. O programa utilizado foi o SAS for Win-dows verso 9.2.

    resuLtados e discusso

    no perodo estudado, foram agendadas 9.490 cirur-gias, 7.847 foram realizadas e 1.643 canceladas. A taxa de cancelamento cirrgico foi de 17,3%. Para compor o estudo, foram includas 1.449 cirurgias canceladas, porque 194 avisos cirrgicos no foram encontrados nos arquivos. As cirurgias canceladas foram 1.173 (80,9%) eletivas, 257 (17,7%) de urgn-cia e 19 (1,3%) de emergncia. Os responsveis pelo cancelamento foram o cirurgio (39,7%), seguido

    pelo anestesiologista (22,0%) e pelo enfermeiro (4,6%). Cabe ressaltar que em 33,6% das cirurgias canceladas no estava especificado o nome e/ou a funo do responsvel pelo cancelamento.

    tabela 1 - Distribuio das frequncias das cirur-gias canceladas por especialidade no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UnESP).

    esPeciaLidadeFREQUNCIA

    Nmero Percentagem

    Ortopedia

    Gastrocirurgia

    Oftalmologia

    Otorrinolaringologia

    Cirurgia vascular

    Urologia

    Cirurgia peditrica

    Cirurgia plstica

    Cirurgia torcica

    neurocirurgia

    Ginecologia

    Cirurgia cardaca

    Outras

    267

    232

    154

    147

    132

    97

    93

    87

    74

    68

    36

    36

    26

    18,4%

    16,1%

    10,6%

    10,1%

    9,1%

    6,7%

    6,4%

    6,0%

    5,1%

    4,7%

    2,5%

    2,5%

    1,7%

    totaL 1449 100,0%

    A Tabela 1 refere-se s especialidades cirrgicas que apresentaram as maiores frequncias de can-celamento cirrgico: ortopedia (18,4%), seguida pela gastrocirurgia (16,1%), oftalmologia (10,6%) e otorrinolaringologia (10,1%).

    Os procedimentos cirrgicos que apresentaram as maiores frequncias de cancelamento foram: trata-mento cirrgico de fratura em membros superiores ou inferiores (10,0%), seguidos pela facetomia para implante de lente (5,1%) e herniorrafia (4,6%). Vale ressaltar que 130 (9,0%) avisos cirrgicos cance-lados no tinham especificado o procedimento que seria realizado.

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 26-34.

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    Estudo nacional realizado em hospital universitrio avaliou 872 programaes cirrgicas durante um me e revelou que o ndice de cancelamento foi de 24,5% (214 procedimentos) e as especialidades mdicas que tiveram a maior frequncia foram a gastrocirurgia (21,3%), seguida pela cirurgia ge-ral (14,8%), clnica cirrgica e otorrinolaringologia (14,4%)13. Outro estudo nacional que avaliou 7.938 cirurgias mostrou que a taxa de cancelamento foi de 16% e que 41% das cirurgias no deveriam ter sido agendadas. O estudo prope alteraes nos sistema de gerenciamento da unidade para melho-ria desse indicador14.

    tabela 2 - Distribuio dos motivos do cancelamen-to cirrgico no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UnESP).

    motiVoFREQUNCIA

    Nmero Percentagem

    Usurio no internou 268 18,5%

    Mudana de conduta 250 17,3%

    Ultrapassou horrio eletivo 239 16,5%

    Condies clnicas desfavorveis cirurgia

    162 11,2%

    No especificado 100 6,8%

    Cirurgio indisponvel 97 6,7%

    Falta de exames/preparo 74 5,1%

    Recusou cirurgia 47 3,3%

    Para realizar cirurgia de urgncia/emergncia

    43 3,0%

    Usurio alimentou-se 41 2,4%

    Material/equipamento 35 2,4%

    Antecipada cirurgia 27 1,9%

    Enfermagem indisponvel 25 1,7%

    Falta de leito 12 0,8%

    Outros motivos 29 2,0%

    totaL 1449 100,0%

    A Tabela 2 refere-se aos principais motivos para o cancelamento cirrgico. A no internao do usurio (268 ou 18,5%) um motivo que merece uma melhor investigao, j que no se sabe o motivo do no comparecimento. Algumas cirurgias so agendadas com bastante antecedncia e no existe um servio de busca ativa para confirmar a presena do usurio na cirurgia.

    Estudo realizado em hospital universitrio da capital paulista, avaliando 60 cancelamentos cirrgicos em consequncia do absentesmo do usurio, revela que 11 usurios no compareceram cirurgia devido ao desconhecimento da data2, o que revela uma falha na comunicao entre usurios e instituio/profis-sionais. Em estudo realizado em hospital universi-trio no interior paulista sobre a comunicao dos cancelamentos cirrgicos em cirurgias peditricas, as autoras consideram que as informaes forneci-das pelos profissionais s mes e/ou aos familiares so incompletas e superficiais, deixando dvidas e lacunas na comunicao, alm de sentimentos como ansiedade, medo, insegurana e angstia10. Acreditamos que falhas na comunicao tambm devam ocorrer em relao data da cirurgia, o que deve favorecer o absentesmo do usurio.

    Estudo realizado em dois hospitais universitrios, nos Estados Unidos e na noruega, difere do pre-sente estudo no que se refere s principais causas de cancelamento cirrgico, relacionado a proble-mas referentes instituio, que foi a falta de leitos ou de profissionais. J quanto aos motivos relacio-nados aos pacientes, a principal causa foi a mes-ma do presente estudo, ou seja, condies clnicas desfavorveis realizao cirrgica6. Observou-se (Tabela 2) que 11,2% (162) das cirurgias no aconteceram, j que o agendamento no CC ocor-re antes da avaliao pr-anestsica. neste caso, alguns pacientes foram operados em cirurgias de urgncia. A implantao de visita pr-ambulatorial tambm objeto de outro estudo, que revelou que havia necessidade de melhoria de um grande n-

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 26-34.

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    mero de pacientes programados para procedimen-tos cirrgicos eletivos. A visita pr-ambulatorial tem contribudo para orientao mais eficaz, melhor satisfao do paciente com relao anestesia e cirurgia, reduo da ansiedade, diminuio das doses de analgsicos e decrscimo nas compli-caes ps-operatrias. O estudo considerou que 11,9% dos pacientes necessitaram de melhora do estado clnico, quando avaliados na primeira con-sulta e que, possivelmente, teriam tido o procedi-mento cirrgico suspenso e postergado em ambien-te hospitalar para a avaliao apropriada14. Estudo nacional, que acompanhou durante cinco anos os indicadores de desempenho aps a implantao de uma clnica de avaliao pr-operatria, demons-tra que houve diminuio gradual do nmero total de cirurgias canceladas, principalmente por causas administrativas15. Outros estudos sobre o mesmo objeto, realizado na Irlanda16 e nos EUA17, tambm demonstraram que a visita pr-anestsica ambula-torial minimiza o cancelamento cirrgico.

    Os motivos de cancelamento (Tabela 2), como mu-dana de conduta do cirurgio (17,3%) e ultrapassar o horrio de rotina (16,5%), demonstram falta de organizao no planejamento e na rotina cirrgica. Ocorre um excesso de agendamento, no permitindo a realizao de todas as cirurgias. Esse excesso, algumas vezes, se deve ao alto ndice de absente-smo do usurio e no existncia de um servio de confirmao do usurio para cirurgia eletiva.

    Observa-se, tambm, que 6,8% das cirurgias no tiveram o motivo do cancelamento especificado, o que poderia trazer resultados diferentes dos apre-sentados. Algumas justificativas, como a recusa de uma cirurgia eletiva e alimentar-se no pr-operatrio, merecem ateno das equipes envolvidas, demons-trando falhas na orientao dos usurios, o que faz com que eles venham instituio e desistam horas antes da cirurgia.

    Em relao faixa etria, observou-se que o grupo

    com maior frequncia de cancelamento cirrgico fo-ram os maiores de 60 anos (32,9%), seguidos pelas faixas etrias de 51 a 60 anos (15,3%), 41 a 50 anos (14,1%) e de 0 a 10 anos (11,7%).

    Os resultados deste estudo diferem da pesquisa realizada em outro hospital universitrio do interior paulista, que avaliou 249 cirurgias canceladas num perodo de trs meses e observou um predomnio de cancelamentos na faixa etria de crianas (12,5%) e de pacientes com 51 a 60 (9,7%) e idosos acima de 71 anos (9,2%). Os idosos merecem uma ateno especial no agendamento cirrgico, j que apre-sentam doenas prvias que devem ser avaliadas e tratadas antes da cirurgia. Outro fator que pode justificar o alto ndice de cancelamento de cirurgias em idosos a necessidade de um acompanhante para chegar instituio.

    tabela 3 - Distribuio da frequncia do tempo de espera para a realizao das cirurgias canceladas no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucat (UnESP).

    temPoFREQUNCIA

    Nmero Percentagem

    Mesmo dia do cancelamento 51 3,5%

    1 a 7 dias 403 27,8%

    8 a 14 dias 112 7,7%

    15 a 30 dias 70 4,8%

    Mais de 30 dias 139 9,6%

    no realizou 674 46,5%

    totaL 1449 100,0%

    Em relao ao tempo de espera do usurio que teve sua cirurgia cancelada (Tabela 3), observou-se que 46,5% (674) dos pacientes no tiveram sua cirurgia reprogramada, o que leva a outra questo. Qual foi o tratamento que esse usurio recebeu aps o cancelamento de sua cirurgia? Entende-se esta questo como uma limitao deste estudo e

    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 26-34.

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    tambm como uma motivao para continuar esta investigao.

    Outra informao que merece ateno o fato de 3,5% das cirurgias canceladas acontecerem ainda no mesmo dia. neste caso, as cirurgias eram eletivas e, aps o seu cancelamento, foram realizadas a critrio de urgncia ou emergncia, em decorrncia da gra-vidade do usurio. A instituio estudada no traba-lha com o indicador de adiamento cirrgico; portanto, 46,5% das cirurgias foram realmente canceladas e as demais adiadas e/ou reprogramadas (Tabela 3).

    Considerando os 674 (100,0%) pacientes que no tiveram sua cirurgia realizada no CC estudado, identificou-se que 10 (1,5%) realizaram a cirurgia em outro local da instituio (cirurgia ambulatorial, centro obsttrico ou centro hemodinmico) e qua-tro (0,6%) foram a bito. Os demais pacientes ti-veram as seguintes causas: 179 (25,7%) no inter-naram, 131 (19,4%) tiveram mudana de conduta pelo cirurgio, 78 (11,6%) apresentavam condies clnicas desfavorveis realizao da cirurgia, 62 (9,2%) tiveram o horrio de rotina cirrgica j es-tava encerrado, 41 (6,1%) por falta de exames ou preparo operatrio, 40 (5,9%) por falta de equipe mdica ou de enfermagem, 39 (5,8%) recusaram o procedimento, 39 (5,8%) no tiveram seus motivos especificados e 51 (7,6%) por outros motivos.

    O enfermeiro o responsvel pelo planejamento e pelo gerenciamento da rotina do CC e tem, diaria-mente, que se adaptar s mudanas constantes na programao cirrgica. Estudo que avaliou as im-plicaes do cancelamento cirrgico na perspectiva dos enfermeiros mostrou que o profissional sente-se responsvel e preocupado com os desperdcios decorrentes dos cancelamentos cirrgicos12.

    consideraes Finais

    Este estudo revelou que o cancelamento cirrgico

    ainda um grande desafio na instituio estudada. Os resultados apontaram pouco envolvimento dos profissionais envolvidos, j que os procedimentos e as justificativas de cancelamentos no so pre-enchidos adequadamente, alm do excesso de agendamento e da desistncia do usurio, por no comparecimento ou recusa. O absentesmo do usu-rio tambm demonstra a necessidade da realizao da busca ativa e/ou de modificaes no sistema de agendamento.

    Embora existam diferenas entre as principais cau-sas dos cancelamentos em comparao com estudos em outras instituies, observamos que existem pro-blemas comuns a todas e que os usurios tm grande prejuzo emocional, financeiro e em sua sade.

    Os resultados deste estudo tambm apontam para o fato de que quando a instituio posterga a resoluo de um tratamento, esse se torna mais oneroso pela repetio dos trabalhos das equipes de sade, ocio-sidade de sala cirrgica e possveis complicaes, em decorrncia do prolongamento das internaes dos usurios.

    A informatizao do agendamento cirrgico poder implementar a assistncia neste setor e colaborar para que no ocorra perda de avisos cirrgicos, oti-mizando as atividades.

    Sugere-se que, na incidncia de uma suspenso cirrgica, quando sua realizao ocorre no mesmo dia ou na mesma semana, esta deveria ser consi-derada adiada e no cancelada; assim, ser pos-svel ter ndices mais fidedignos de cancelamento cirrgico e, deste modo, poder atuar efetivamente nas principais causas dos eventos.

    REFERNCIAS

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    Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 26-34.

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    autoras

    Jaziele magella macedoEnfermeira Graduada pelo Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (UNESP).

    Juliana akemi Kano Enfermeira Graduada pelo Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (UNESP).

    eliana mara BragaEnfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade de So Paulo (USP), Professora Doutora do Departamento de Enfermagem da

    Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (UNESP).E-mail: [email protected].

    marla andria garcia Enfermeira, Especialista em Administrao Hos-pitalar, Mestre em Biotecnologia Mdica, Supervi-sora Tcnica da Seo de Centro Cirrgico e Re-cuperao Anestsica do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (UNESP).E-mail: [email protected].

    silvia maria caldeiraProfessora Assistente da Disciplina de Centro Cirr-gico do Departamento de Enfermagem da Faculda-de de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (UNESP).

  • cIRcuLAO ExTRAcORpREA Em cIRuRgIA cARDAcA:um cAmpO DE TRAbALHO pARA O EnfERmEIRO

    cardioPuLmonarY BYPass in cardiac surgerY: a LaBor area For nurses

    circuLacin eXtracorPrea en ciruga cardaca: un camPo de traBaJo Para eL enFermero

    dIENsTMANN, Caroline; CAREGNATO Rita Catalina Aquino .

    resumo: O objetivo deste artigo refletir sobre a funo do perfusionista nas cirurgias cardacas, des-velando um campo de trabalho para a enfermagem. Trata-se de um relato de experincia, com abordagem qualitativa, sobre a trajetria de perfusionista que atua em equipe de cirurgia cardaca de um hospital de mdio porte, localizado no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Utilizou-se anlise de contedo temtica para identificar categorias e selecionar unidades de significados para discusso. Dividiu-se o relato em quatro categorias, denominadas: incio da trajetria como perfusionista; sistematizao da assistncia do perfusionista; complicaes mais fre-quentes da circulao extracorprea; dificuldades e desafios. Vrios profissionais da sade podem atuar nesta rea; entretanto, o enfermeiro possui todas as condies e conhecimentos necessrios para exercer a funo de perfusionista, visto que o profissional que pode prestar assistncia no pr, intra e ps-ope-ratrio, desenvolvendo viso holstica do processo cirrgico e beneficiando, desta forma, a assistncia ao paciente.

    Palavras-chave: Cirurgia torcica. Circulao ex-tracorprea. Enfermagem.

    aBstract: The objective of this paper is to discuss the role of the perfusionist in cardiac surgery, reveal-ing a niche of work for nursing. It is an experience

    report, with a qualitative approach, on the trajectory of perfusionist who works in a cardiac surgery team in a medium-sized hospital located in Taquari Valley, Rio Grande do Sul. Thematic content analysis was used to identify categories and select units of mean-ing for discussion. The report was divided into four categories, called: early career as a perfusionist; sys-tematization of the assistance of a perfusionist; most frequent complications of cardiopulmonary bypass; difficulties and challenges. Various health profession-als can act in this field; however, the nurse has all the condition and knowledge necessary to function as a perfusionist, since it is the professional who can assist in pre, intra and post-surgery, developing a holistic view of the surgical process, benefiting patient care.

    Key words: Thoracic surgery; Extracorporeal cir-culation; nursing.

    resumen: El objetivo de este artculo es reflexio-nar sobre el papel de la perfusionista en las cirugas cardacas, revelando un campo de trabajo para la enfermera. Se trata de un relato de experiencia, con enfoque cualitativo, sobre la trayectoria de perfusio-nista que acta en grupo de ciruga cardaca de un hospital de medio porte, localizado en Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Se realiz anlisis de contenido temtico para identificar categoras y seleccionar uni-dades de significados para la discusin. Se dividi el

    Relato de Experincia

    35Rev. SOBECC, So Paulo. jan./mar. 2013; 18(1): 35-43.

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    relato en cuatro categoras, denominadas: inicio de la trayectoria como perfusionista; sistematizacin de la asistencia del perfusionista; complicaciones ms fre-cuentes de la circulacin extracorprea; dificultades y desafos. Varios profesionales de la salud pueden actuar en esta rea; sin embargo, el enfermero posee todas las condiciones y conocimientos necesarios para ejercer la funcin de perfusionista, una vez que es el profesional que puede prestar asistencia en el pre, intra y pos-operatorio, desarrollando visin holstica del proceso quirrgico, beneficiando la asistencia al paciente.

    Palabras clave: Ciruga torcica; Circulacin ex-tracorprea; Enfermera.

    introduo

    O surgimento da cirurgia cardaca, juntamente com a Circulao Extracorprea (CEC), foi um grande avano na histria da sade, pois permitiu a mani-pulao direta do corao, possibilitando a cura de vrias patologias cardacas, at ento consideradas incurveis1-2. no Brasil, um dos pioneiros destas pesquisas foi o Professor Hugo Joo Felipozzi, res-ponsvel pela primeira mquina de CEC e pela rea-lizao das primeiras cirurgias cardacas, efetuando, em outu