reuniÃo ordinÁria do cop gestão 2015/2016...
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REUNIÃO ORDINÁRIA DO COP – Gestão 2015/2016 1
LOCAL: Auditório da SMED 2
DATA: 12 de abril de 2016, às 18h30min 3
PAUTA: 1. Informes; 2. SMPEO 4
COORDENAÇÃO: Rosa Maria Duarte Labandeira, Região Centro-Sul; Dinar Melo De 5
Souza, Região Extremo Sul; e Máximo Alfonso, Gerência do Orçamento 6
Participativo. 7
ATA ORDINÁRIA Nº 006/2016 8
CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Hoje 9
coordenando aqui estão o Dinar, da Região Extremo Sul, e Rosa, conselheira da Região 10
Centro-Sul. Nossa pauta hoje é com a SMPEO. (Manifestações da plenária fora do 11
microfone). A nossa pauta hoje é com a Izabel Matte, o Vice-Prefeito, o Secretário 12
Tonetto e o Secretário Roque Jacoby. Então, são as pessoas que se farão presentes aqui 13
conosco, pelo menos temos a promessa. Tá? Assim, pessoal: o que eu queria, já de 14
imediato, colocar para vocês? Tendo em vista a pauta que vai ser bem extensa, se a 15
gente poderia iniciar direto entrando na pauta, sem informes. Eu coloco a apreciação do 16
plenário. Pode ser? Ok. Todos concordam? Então, nós já vamos entrar diretamente na 17
pauta. Peço licença para vocês para ler aqui uma solicitação que veio da Câmara de 18
Vereadores. Dia 5 todos sabem que é comemorado o Dia do Líder Comunitário, então 19
veio esse convite para nós: “Venho, através deste, solicitar e informar que a Mesa 20
Diretora desta Casa decidiu realizar homenagem ao Dia Nacional do Líder Comunitário 21
que ocorrerá dia 03/05, às 19h00, no Plenário Otávio Rocha. Serão homenageados 22
cinquenta líderes comunitários de Porto Alegre. Cada vereador terá uma indicação, 23
totalizando trinta e seis indicações, o Conselho do OP terá direito a sete indicações. 24
Solicitamos que a indicação que cabe a este presidente também seja feita por este COP, 25
desta forma o COP deverá nos encaminhar oito nomes para serem homenageados.”. 26
Essa matemática está meio louca, né. Mas o Vereador Cássio deveria... (Manifestações 27
da plenária fora do microfone). Sete da UAMPA e oito deste Conselho, dá trinta e seis. O 28
Vereador Cássio abriu mão da indicação, por isso, então, o COP indicará oito líderes 29
comunitários para serem homenageados nesse dia. Como nós temos plenária ainda na 30
outra terça-feira, poderemos deixar para colocar os nomes, ou as pessoas que vão se 31
indicar, serem votadas e nós apresentarmos para a Câmara de Vereadores, que ainda dá 32
tempo. Ok? Então, na próxima reunião, na próxima terça-feira serão indicados oito 33
representantes aqui do COP, que este conselho vai fazer essa votação para não demorar 34
hoje, então nós não vamos entrar nessa questão aí. Ok? Tudo bem? Então, vamos lá. 35
Gostaria de saber quem aqui da Prefeitura já está presente para fazer parte da mesa. 36
Jacoby, por gentileza, pode vir para a mesa. Pessoal, vamos aguardar os demais que já 37
devem estar chegando por aí ou já podemos iniciar? Já estão a caminho? (Manifestações 38
da plenária fora do microfone). Exatamente. Pessoal, tem pendências, não é? O 39
Regimento Interno, até o final do mês nós temos que ter todas as alterações que as 40
regiões queiram fazer. Tem que ser indicada para a Gerência do OP. Indicamos para o 41
CAR da região e o CAR da região encaminha para a Gerência do OP a alteração do RI, 42
até o final do mês, até o final de abril, 31 de abril. Ok? Todos já encaminharam? Tem 43
alguém que não encaminhou ainda a alteração para o Regimento Interno? Então, ainda 44
há tempo para fazer quem não fez. Tá bem, gente? O senhor quer dar alguma palavra ou 45
esperar os outros chegarem? (Manifestações da plenária fora do microfone). Não dá, né? 46
Temos que aguardar. Pessoal, vamos fazer o seguinte: como os demais ainda não 47
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chegaram, o Vice-Prefeito, a Izabel, já avisaram que estão a caminho, vocês querem que 48
a gente abra para informes, aqueles emergenciais? Até eles chegarem. Eles chegaram 49
nós perdemos os informes. Pode ser assim? Então, vamos lá. Quem é que quer falar? 50
Jakubaszko, Negro, Aquino, o Toco. Mais alguém? Então, vamos iniciar com esses. Se 51
houver tempo e mais alguém quiser informe a gente abre para vocês, tá, pessoal? Muito 52
obrigada pela compreensão. Vamos lá! Aquino. CONSELHEIRO GILSON FERNANDES 53
AQUINO (Região Glória): Boa noite a todos! Eu queria parabenizar o pessoal pela 54
eleição da Coordenação, porque eu já fui conselheiro várias vezes aqui desse COP e é a 55
primeira vez que eu vi uma eleição sem o pessoal estar se pegando e sem baixaria. 56
Então, para mim, olha, parabéns para o pessoal que fez a eleição, tanto o pessoal do 57
governo quanto o pessoal que estava aqui na plenária. É isso aí mesmo, não precisa 58
brigar para de repente eleger as pessoas, é democrático o negócio. Eu queria dizer para 59
vocês que eu fiz um apanhado dos PIs até para o pessoal fazer uma reflexão do que a 60
gente tem de dinheiro. Então, eu fiz aqui 2015 e 2016, porque vai ficar registrado em ata, 61
né? A temática tem R$ 12 milhões, na regional R$ 67 milhões, isso de 2016, total de R$ 62
80 milhões no último PI. O pessoal tem uma memória do dinheiro que está rodando aí 63
que a gente não enxerga onde é que está. 2014/2015: regional R$ 53 milhões, temática 64
R$ 13 milhões, R$ 66 milhões. 2013/2014: regional R$ 143 milhões, temática R$ 30 65
milhões, R$ 173 milhões todo orçamento do ano 2013/2014. 2012/2013: R$ 73 milhões 66
na regional, R$ 33 milhões na temática, total R$ 106 milhões. 2011/2012: R$ 112 milhões 67
da regional, R$ 148 milhões da temática, total de R$ 260 milhões. Somando isso dá 68
quase R$ 700 milhões. Então, gente, aí pergunto: desses R$ 700 milhões, quantas 69
demandas fizeram? Quanto dinheiro gastaram? Eu tenho o costume de participar e viver 70
o orçamento inteiro desde o começo, acompanhar aquele papel descritivo que tem ali no 71
PI, acompanhar as contas da Prefeitura quando eles colocam. Então, assim, a Prefeitura 72
nos deve muito e muita explicação. E o dinheiro, ele é contabilizado na LDO. É ou não é? 73
É contabilizado, vai para a Câmara, só que o nosso dinheiro, o pessoal sempre diz que 74
ele é virtual, mas ele vai para algum lugar, e é isso que nós temos que começar a cobrar: 75
onde é que vai o dinheiro que eles contabilizam. De uma forma o pessoal está se 76
revoltando, eu acho que vai ter uma pauta hoje aqui, o pessoal está se revoltando o 77
seguinte: vai para a Câmara, é lei e o dinheiro não vem e não aparece. Tem gente já 78
planejando, e eu quero deixar isso aqui bem [inaudível], cobrar de uma forma ou de outra 79
do governo esse negócio de não ter dinheiro. E o Prefeito nos cobra, na última reunião 80
que teve da SMOV ele fala olhando para a gente como se fossemos nós os culpados do 81
dinheiro ter sumido. Ele olha para nós: “Olha, é a crise, estamos nessa crise.”. Eu tenho 82
uma demanda de 2011 do Posto de Saúde UBS Aparício Borges com projeto, com 83
dinheiro, tudo destinado, simplesmente sumiu. Com critério, com tudo. Com a Saúde 84
dizendo que ia fazer, o governo dizendo que ia fazer e todo o ano o Prefeito vai à Região 85
Glória e diz que vai fazer, fazer e fazer. Mentiu! Não cumpriu a palavra dele. E quando 86
não se cumpre a palavra, aí se perde a confiança. Então, eu quero dizer assim: por quê? 87
Antes da Copa não tinha crise. Aí tu vais pegar a vinda da Copa para cá, tu vais vendo as 88
contrapartidas, onde é que foi o dinheiro? Então, eu estou acompanhando, estou fazendo 89
e tem gente que vai continuar trabalhando. Então, eu quero dizer o seguinte: ou o pessoal 90
cumpre as demandas que a gente tem, ou algumas, né, porque agora tem a crise. Eu 91
acho que a Prefeitura tem que vim com uma boa proposta aqui, porque a gente não vai 92
aceitar de novo que o Prefeito vá à região para dizer para a gente que está em crise e 93
que não tem dinheiro. Então, assim, R$ 700 milhões nesses quatro PIs aí, onde é que 94
está esse dinheiro? Não podemos deixar assim, gente! (Manifestações da plenária fora 95
do microfone). Em 2015 R$ 53 milhões da regional, temática R$ 13 milhões, R$ 66 96
milhões. Então, é um apanhado geral dos últimos cinco PIs, R$ 700 milhões. Onde é que 97
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está o dinheiro? CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região 98
Centro-Sul): Concluindo, Aquino. Obrigada! Jakubaszko. CONSELHEIRO ROBERTO 99
IVAN RAUL JAKUBASZKO (Temática Desenvolvimento Econômico, Tributação, 100
Turismo e Trabalho): Boa noite a todos! Bom, meus pares desse conselho, a situação 101
realmente está caótica para nós a nível de OP. Eu penso assim: eu convido a todos a 102
uma reflexão. A receita de Porto Alegre hoje gira em torno de R$ 7 bilhões, mais ou 103
menos, falar em números redondos, é um belo dinheiro. Agora, nós também estamos 104
pecando em achar que nós somos como Ícaro, que temos asas, que vamos voar, mas é 105
melhor ter R$ 1 milhão na mão do que a promessa de R$ 10 milhões. Então, eu quero 106
dizer a todos o seguinte: alguns anos atrás, na época eu era um dos componentes da 107
Coordenação do OP, havia uma promessa de R$ 10 milhões, nós conseguimos negociar 108
com os secretários R$ 500 mil, aqueles famosos R$ 500 mil que foram para todas as 109
regiões e temáticas, mas é melhor aqueles R$ 500 mil que nós tínhamos e tem em tese 110
até hoje do que aqueles R$ 10 milhões que voaram e não chegaram à nossa mão. Gente, 111
hoje tem aqui a presença do Secretário de Cultura, o Jacoby, então é mais fácil nós 112
conversarmos com ele e garantir R$ 500 mil, R$ 1 milhão aí do que a promessa de R$ 10 113
milhões que nós não vamos levar. Gente, Porto Alegre recentemente, com o apoio da 114
Câmara de Vereadores, são 36 vereadores que nós temos em Porto Alegre... E tem coisa 115
boa para trabalhar em Porto Alegre, uma delas é o seguinte: trocou muitos nomes de 116
bairro em Porto Alegre, novos bairros foram criados. Vocês têm ideia de um imóvel que 117
do lado de uma rua fica no bairro X e no outro lado da rua é Y? Tu dormes em um bairro 118
e acorda no outro. Aí o imóvel do Negro, que vale R$ 500 mil, que está no bairro tal 119
trocou de bairro, ele vai ter que gastar R$ 36,00 para fazer um registro novo, mas o que 120
pouca gente sabe é que ele vai ter que averbar a escritura dele pagando 1% do valor 121
venal do imóvel dele. 1% sobre R$ 500 mil já dá um troquinho, e vai entrar uma 122
dinheirama aí. Então, o OP poderia se imiscuir nesses conhecimentos já que tem as suas 123
temáticas e todas as temáticas pensarem nisso, aí de repente chegar para o secretário: 124
“Secretário, olha, a Secretaria de Cultura vai receber um aporte de mais tantos... Não é 125
possível negociar um percentualzinho para o OP?”. Eu acho que lentamente nós 126
chegaríamos. Falar com a Izabel Matte, com o Tonetto, com o Vice-Prefeito. É um ano de 127
eleição, a gente tem que ter um pouquinho de sensibilidade. Se nós quisermos pegar 128
tudo, nós vamos ficar que nem os nossos bolsos aí: na grande maioria pelado. (Risos). 129
Então, vamos tentar pegar um troquinho. Primeiro vamos garantir os R$ 500 mil que o 130
Secretário nos acena ali e depois vamos tentar trabalhar com outro milhão, dois milhões, 131
três milhões. É melhor um na mão do que dois voando. Então, o OP em 26 anos nos 132
ensinou isso. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Para 133
concluir, Jakubaszko. CONSELHEIRO ROBERTO IVAN RAUL JAKUBASZKO 134
(Temática Desenvolvimento Econômico, Tributação, Turismo e Trabalho): E a arte 135
da política é o diálogo. Vamos tentar trabalhar e garantir um pouquinho para dentro do 136
OP, para as nossas demandas, mas as demandas têm que ser para Porto Alegre, gente, 137
não pode ser para o Paulinho, para o Andrezinho, para o Joãozinho, para o Robertinho, 138
etc. É para a cidade de Porto Alegre. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região 139
Extremo-Sul): Concluindo, Jakubaszko. CONSELHEIRO ROBERTO IVAN RAUL 140
JAKUBASZKO (Temática Desenvolvimento Econômico, Tributação, Turismo e 141
Trabalho): Para concluir, é isso aí. Obrigado! CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA 142
(Região Extremo-Sul): Obrigado! Negro. CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA SILVA 143
LESCANO “Negro” (Temática Cultura e Juventude): Olha, ninguém mais do que nós... 144
Desde que nós lançamos as nossas propostas que foram gravadas no PI, eu acho que o 145
governo tem mais é que cumprir. Esse negócio de vim com jogadinha ensaiada para cima 146
de nós não vai funcionar. Não vai funcionar mesmo! Por que a gente diz isso? O que falta 147
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é o que o Aquino falou há pouco aqui e nós temos dito lá na Temática de Cultura. Bom te 148
ver, Jacoby! Bom te ver aqui com a gente. E quero que tu faças essa romaria também na 149
Temática de Cultura, que vamos te receber lá de coração aberto, porque parece que nós 150
somos uns bichos, né? Eu disse agora lá na Câmara de Vereadores, nós somos pessoas 151
totalmente responsáveis por aquilo que defendemos, Jacoby. Nós não viemos aqui botar 152
a faca no pescoço do governo, nós sabemos das dificuldades. Eu dei um exemplo bem 153
simples, e acho que todos os senhores já me ouviram falar, porque dentro de casa a 154
gente tem os exemplos. Vejam bem: eu prometi para o meu filho e para a minha filha que 155
eu vou dar um Nike para cada um deles no final do mês, aí meu contracheque, não fiz 156
hora extra, não fiz um monte de coisas, faltei ao serviço, adoeci, enfim, veio baixo. O que 157
a gente faz com a família? Veio isso: “Como é que nós podemos fazer, Joãozinho e 158
Pedrinho? O pai não vai poder te dar um Nike, mas vai te dar um Rainha...”. É o que falta. 159
Um Kichute, um Guides. Então, os exemplos são bem simples. Agora, não venha o 160
governo dar uma de miserável aqui para nós. Não venha o governo dar uma de 161
pobrezinho, de não sei o que mais, que não tem. Gente, pensem bem: dentro do 162
orçamento do OP a cultura, um exemplo que eu dou para os senhores aqui, foi 163
classificada em segundo lugar, Breno, na prioridade. Onde é que vai esse dinheiro? Onde 164
vão gastar esse dinheiro? Com o que vão gastar, Jacoby? Meu irmão, está na hora de tu 165
reagir. Nós estamos aqui, queremos te ajudar. Larga o Melo de mão. (Risos). Porque ele 166
tentou nos ajudar no tradicionalismo e o Melo cortou os embalos dele. E eu disse: “Melo, 167
a tua culpa sabe o que é? Tu estás cercado de incompetentes.”. Disse ou não disse, 168
Jacoby? Ficou brabo comigo, fez beicinho. Não adianta fazer beicinho, Melo, nós temos 169
que ter propostas concretas, temos que respeitar as instâncias. Chegaram ao ponto de 170
mexer no PI. Diz que tem o tal de... Como é que é o nome que tem lá? Segunda 171
instância. Se junta Busatto, tá, tá, tá, entram em uma pecinha: “Esse aqui vai para esse, 172
esse aqui vai para aquele e o resto que se rale.”. Gente, vamos acabar com isso! Vamos 173
acabar com essa brincadeira, porque não respeitam! CONSELHEIRO DINAR MELO DE 174
SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, Negro. CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA 175
SILVA LESCANO “Negro” (Temática Cultura e Juventude): Está gravado no PI, o 176
governo não pode mexer, só quem pode mexer é quem os constituiu, e quem constituiu 177
fomos nós que temos representatividade das bases. O governo não pode fazer mais isso! 178
Não podemos aceitar, gente! Isso é falta de respeito. Nós queremos respeito e dignidade. 179
Obrigado! (Palmas). CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 180
Obrigado, Negro! Dionísio é o próximo. CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR 181
(Temática Cultura e Juventude): Eu estava fazendo agora uma verificação nas contas 182
das receitas que entraram em janeiro, fevereiro e março, pelos meus cálculos aqui, se o 183
Portal Transparência estiver ok e tudo estiver lançado, e o Negro sabe que lançamento 184
contábil demora um pouquinho, né? Mas é online isso aí, isso aí é todo dia. Está dando 185
aqui uma diferença, sim, de em torno de 11,8% na arrecadação. A menos, tá? A menos. 186
Do previsto para o realizado. Então, em cima dos 11% que nós estamos observando, 187
então não é esse caos que está acontecendo que está sendo vendido para nós. E se não 188
é esse caos, nós temos que sentar e conversar. E eu sei que desde o dia 4 de abril foi, 189
sim, realmente aberto o canal de diálogo. E já queria nos sinalizar e queriam: ”Não, não. 190
Vamos lá ao COP, vamos lá aos FROPs, vamos à Temática e aí vocês vão falar o que 191
vocês têm de bom para nós.”. Contingência, que é o que eu tenho ouvido falar muito, e 192
hoje nós tivemos lá uma audiência pública na Câmara... Então, eu agradeço ao 193
Presidente do Conselho Municipal de Cultura, o Maestrinho, que depois que eu mandei a 194
carta para ele em plena páscoa, incomodando ele, mandei um pedido, né, Maestrinho? 195
Ele levou ao Conselho Municipal, e nós conversamos aqui durante a votação da nova 196
Coordenação, saiu, então, a nossa audiência, né, Dona Laura? E aí nós estivemos lá 197
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hoje. Por quê? Porque os nossos vereadores têm que saber o que está acontecendo. 198
Não conseguimos ficar até o final. E chegou aqui, o Pujol fez uma fala muito forte, 199
carregada de emoção, porque ele é uma pessoa que briga pela cultura, base do governo. 200
E o que ouviu de todos os representantes da cultura... Nós estamos falando só em 201
cultura, gente, nós não estamos entrando em saúde, educação, etc. O cara quase teve 202
um infarto. Eu não fiquei lá, mas se eu tivesse ficado eu com certeza me uniria a ele e 203
começaria a chorar, porque eu vejo o Bambi e choro, Negro. Então, um homem da estirpe 204
dele, com o histórico que ele tem chegar ao ponto de dizer: “Olha, eu estou apavorado 205
com o que está acontecendo com a cultura.”; é de se pensar duas ou três vezes. Que 206
bom, nós fortalecemos o OP novamente, trouxemos pessoas para dentro do OP, fizemos 207
de tudo para fortalecer este movimento que fechou 26 anos, que é modelo de 208
exportação. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Para 209
concluir. CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e Juventude): 210
Vamos manter ele vivo, porque me disseram uma vez: “Bota o povo para brigar por 211
migalha.”; mas eu não concordo com isso, até porque este povo é que aponta quais são 212
os problemas que estão acontecendo lá no nosso bairro. E marcou, sim, uma grande 213
presença dizendo o seguinte: “Nós queremos cultura em segundo.”. CONSELHEIRO 214
DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Dionísio, concluindo. CONSELHEIRO 215
DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e Juventude): Obrigado, pessoal! 216
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Pessoal, conforme 217
combinamos, né, quando chegasse o governo aí nós cancelaríamos as nossas falas. Tá 218
bom? Então, eu vou passar para a Rosa para chamar o pessoal para a mesa. 219
CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Secretária 220
Izabel Matte, Secretário Rogério Leal e o Carlos Siegle da Governança, por gentileza. E o 221
Vice-Prefeito está chegando. Sejam bem-vindos! Pessoal, o Vice-Prefeito também já 222
anunciou que está chegando, nós vamos tocando para nós não nos atrasarmos. A 223
Secretária Izabel já está aqui, os demais secretários, vamos tocar a nossa pauta. Vamos 224
lá, Secretária. Quem é que começa? É Secretária ou Secretário Carlos Siegle? SR. 225
CARLOS SIEGLE DE SOUZA "Nenê" (Secretaria Municipal de Governança Local): 226
Bom, gente, boa noite! Como nós havíamos combinado na última segunda-feira após a 227
legítima manifestação de vocês lá no Paço, nós nos organizamos, então, para poder 228
estar aqui e discutir aí as dificuldades que a gente tem enfrentado nesse ano de 2016. 229
Nós temos algumas coisas que nós gostaríamos de trazer preliminarmente para a gente 230
poder conversar. A primeira delas era um compromisso tirado daquela última reunião que 231
tinha um representante por região e temática, que era de trazer para as regiões o 232
detalhamento das demandas antigas que estão em execução ou serão executadas ao 233
longo de 2016. Nesse meio tempo o Vice-Prefeito já deve estar chegando aí a gente 234
entra nas outras pautas, principalmente na pauta que afeta a Secretaria da Fazenda, que 235
é com relação, efetivamente, aos recursos para a execução de demandas do PI 2016. 236
Então, o Secretário Roque quer fazer uma saudação aqui, depois eu acho que a 237
Secretária Izabel já entra na pauta sobre a execução das demandas atrasadas para 238
2016. Roque. SR. ROQUE JACOBY (Secretaria Municipal de Cultura): Obrigado, 239
Nenê! Boa noite a todos! Quando eu participei, em 2013, da primeira reunião lá na 240
Assembleia Legislativa do Orçamento Participativo, na minha fala eu dei o seguinte 241
recado: que a cultura até então não vinha sendo contemplada nas regiões do Orçamento 242
Participativo ou pouco contemplada, e que nós, na Cultura, faríamos um trabalho para 243
atingir um patamar distinto, porque entendíamos e entendemos que a cultura é 244
fundamental para que haja desenvolvimento, principalmente na periferia de Porto Alegre. 245
A centralização da cultura é muito central, efetivamente, aqui em Porto alegre. Então, 246
através da Descentralização da Cultura, na pessoa do Coordenador Leonardo Maricato, 247
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foi iniciado um trabalho constante, sistematizado que nós acompanhamos pari passu. E 248
na realidade quero aqui agradecer a todas as regiões porque a cultura passou para 249
outros patamares. Quero agradecer muito ao Nenê, que foi sempre parceiro, um grande 250
secretário adjunto da Governança que coordena o trabalho do Orçamento Participativo. 251
Então, na condição de secretário, eu quero aqui agradecer aos senhores e às senhoras 252
por terem optado pela cultura. Não me fiz e não me faço ausente, porque muitas vezes 253
tenho ouvido que o secretário da Cultura não tem brigado pelo Orçamento Participativo. 254
Na realidade nós estamos na Prefeitura, e aí estou em um conjunto de governança que 255
eu não tenho, como secretário, o dom de assinar ou liberar recursos, eu dependo do 256
conjunto da Prefeitura e todos aqui temos que entender. E aí ouvindo o Jakubaszko 257
entendi que há, sim, uma oportunidade de se atender pelo menos algo agora, nesse 258
primeiro semestre, que eu não sei exatamente o montante que vai ser liberado, mas que 259
poderá, no segundo semestre, nós buscarmos mais recursos para que a Cultura, 260
efetivamente, tenha contempladas as demandas que os senhores e as senhoras 261
optaram. Então, eu queria realmente agradecer em nome da Cultura de Porto Alegre o 262
empenho que os senhores tiveram e que devotaram às causas da cultura. Espero que 263
possamos atendê-las. Esse é o objetivo e o lema que nós temos na Cultura. Agradeço ao 264
Jorge Maestrinho, que é o presidente do Conselho Municipal de Cultura. Agradeço à 265
Anna Surita, que agora está assumindo a secretaria adjunta. E agradeço a todos os 266
conselheiros, Maximo, Lescano, que têm acompanhado dia a dia a nossa caminhada em 267
prol do fortalecimento da cultura. Meus agradecimentos profundos! Obrigado! SR. 268
ROGÉRIO LEAL (Secretaria Municipal da Fazenda): Bom, boa noite a todos! O 269
Secretário hoje teve um compromisso de saúde e não pôde estar presente e pediu aqui 270
para a gente representar. Na realidade já tem alguns colegas da Cultura que já estavam 271
lá na Câmara de Vereadores desde as 14h00, né, e agora eles vão ter onde ficar 272
sabendo duplamente da pauta que eu vou apresentar. Então, o restante do pessoal vai 273
conhecer aqui a matéria que o nosso Secretário apresentou na Câmara de Vereadores 274
com relação ao cenário econômico e financeiro do País e também da economia do nosso 275
Estado. Inicialmente com relação à arrecadação federal, de 2011 a 2015, em 2014 276
tivemos um decréscimo de 1,83% na arrecadação federal. Isso em termos reais, tá? Em 277
2015 a arrecadação federal caiu 5,2%, ou seja, de R$ 1.187 trilhões caiu para R$ 278
1.121.546 trilhões. Com relação aos números do PIB, e isso aqui é muito importante 279
porque o PIB é o que movimenta a nossa economia, né, o que gera a riqueza dentro do 280
nosso país, em 2015 caiu 3,8%, ficou com um PIB nominal de R$ 5.904 trilhões. Bom, a 281
inflação de 2015 ficou em 10,67%, isso para nós também gera uma preocupação em 282
nível econômico porque são os instrumentos que o governo, através do Banco Central, 283
implementa na economia, né, com o juro mais caro isso automaticamente inviabiliza a 284
produção diretamente. Com relação a alguns aspectos dos estados, né, nós temos 285
estados que praticamente todos eles fecharam em vermelho. Já tem alguns estados, 286
assim como o Rio Grande do Sul, estão parcelando a folha de salários. Com relação ao 287
nosso Estado, a arrecadação do CNIS: 2015 fechou em R$ 27 bilhões, teve um 288
crescimento nominal de 4,9% em relação ao 2014. E considerando que a inflação fechou 289
10,67%, então nós tivemos um decréscimo na arrecadação do Estado do CNIS. Isso aqui 290
atinge diretamente o nosso município, ou seja, 25% da receita do CNIS são repassados 291
aos municípios. Então, em contrapartida teve um decréscimo de 6% na arrecadação do 292
CNIS. Outro aspecto negativo é o orçamento do Estado que atinge diretamente a 293
economia da nossa cidade. O Estado fechou com um prejuízo de R$ 4.900 bilhões o ano 294
de 2015. E com relação ao fechamento do balanço em 2014, teve um aumento no déficit 295
de 252%, um déficit real aí, né. Com relação a Porto Alegre, graças a Deus a gente está 296
fazendo um trabalho de gestão muito acentuado. A gente já vinha trabalhando através da 297
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Secretaria de Governança e da SMPEO também, um trabalho excelente com relação à 298
gestão, o que possibilitou que em 2014 a Prefeitura fechasse com um resultado no 299
balanço positivo. Aqui eu tenho o dado com relação ao terceiro quadrimestre de 2014 e 300
de 2015 que fechamos com o resultado positivo de R$ 231 milhões, que com relação a 301
2014 teve um decréscimo de 21%, isso na variação nominal. Então, aqui já mostra os 302
sinais que o orçamento da Prefeitura já vem com uma significativa perda. Frente a isso, a 303
gente fez na Secretaria da fazenda algumas ações, já vem trabalhando com relação ao 304
incremento de receita para fazer frente a esse problema da economia nacional e do 305
nosso Estado. Investimos e terminamos de fazer um trabalho do aerolevantamento, que é 306
a foto de toda cidade e de todas as moradias com relação àquilo que estava na planta 307
anterior. Isso aqui gerou dois aspectos positivos, que seria a nova planta de valores para 308
a cidade que nós vamos poder implementar e que já tem dados para poder implementar e 309
para enviar para a Câmara de Vereadores, caso o governo decida, para poder fazer a 310
alteração da planta de valores. E o outro trabalho que se fez em relação a isso, que foi o 311
trabalho que já foi de 2015 e 2016, é o Recadastra POA, ou seja, todas aquelas 312
economias que tinham alteração estrutural, elas foram visitadas e foram intimadas a fazer 313
o recolhimento do IPTU com relação à alteração da moradia. A implementação da nossa 314
área tributária com incremento do Simples Nacional: isso aqui é o cadastramento das 315
empresas que trabalham em Porto Alegre e se credenciam ao Simples Nacional. Isso 316
aqui por instrumento de arrecadação é muito bom porque o ISS entra no Simples 317
Nacional e automaticamente a União repassa para a Prefeitura os valores arrecadados. 318
Então, isso aqui com o incremento da Nota Fiscal Eletrônica, tanto nacional quanto 319
estadual e quanto municipal, é muito importante para uma efetiva arrecadação do ISS. 320
Outro fator que também foi muito positivo foi a implementação dos maus pagadores no 321
cadastro positivo, ou seja, a introdução do cadastramento de quem não paga IPTU e ISS 322
no cartório e na Serasa. Também dentro da secretaria da área de tributação temos uma 323
equipe deslocada para trabalhar só na fiscalização do ISS das instituições financeiras. 324
Como a gente sabe, né, com essa economia o único setor que dá um lucro monstruoso 325
são as instituições financeiras, então a gente está atuando forte para ter um incremento 326
no ISS. Outro item que a gente trabalhou forte aí e que está para sair daqui uns dias: 327
vamos fazer uma licitação de venda de imóveis. E aqui, para deixar claro, né, são imóveis 328
que são da Prefeitura que não estão sendo utilizados e que é feita uma avaliação técnica 329
para poder ser feita a venda desses imóveis. Com relação à despesa: aí tem a 330
implementação do Modelo Gestão, que foram assinados os contratos de gestão para a 331
implementação do controle de gasto. Fizemos dentro da Prefeitura a aplicação da 332
qualidade do gasto, a oficina de qualidade do gasto, onde cada secretaria pode 333
demonstrar o que está fazendo para melhor e conter os gastos. Já vínhamos trabalhando 334
também na questão de não ampliação de serviços, ou seja, os contratos novos estão 335
suspensos, aí vem a questão do decreto que está se implementando. A questão de 336
obras: a gente tem todas as obras linkadas à busca de recursos externos. Então, aí nós 337
temos fontes de recursos do BID, do BRDE e da CAF. A princípio, então, com relação ao 338
trabalho da Secretaria da Fazenda, é implementar a receita, isso é o que a gente espera 339
para poder atender todas as demandas da cidade. Seria isso. (Manifestações da plenária 340
fora do microfone). Olha, a previsão de PIB da Capital praticamente vai ser zero. A 341
previsão de PIB do Brasil, ela começou o ano com -0,4% e ela já está com uma previsão 342
de fechar -3% esse ano. CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA 343
(Região Centro-Sul): Secretária Izabel. Pessoal, nós vamos abrir as inscrições para 344
quem quer se inscrever depois das falas, tá? SRA. IZABEL MATTE (Secretaria 345
Municipal de Planejamento Estratégico e Orçamento): Boa noite a todos! Por que nós 346
escolhemos que o Rogério Leal, representando a Secretaria da Fazenda, fizesse essa 347
8
fala inicial? Porque eu acho que nós temos uma responsabilidade bastante grande hoje 348
de analisarmos a situação macroeconômica no nível nacional, estadual e municipal. Porto 349
Alegre não é diferente e não é desigual a outras cidades do Brasil, nós estamos sofrendo, 350
sim, a influência dessa recessão que se instalou no nosso país. A gente goste ou a gente 351
não goste, nós temos que ser bastante responsáveis ao analisar esta questão, e nós 352
temos uma responsabilidade muito grande ao gerir os recursos públicos. E nesse sentido 353
eu acho bastante esclarecedor que o Rogério venha aqui e coloque as nossas 354
dificuldades. Por que nós ainda temos algum nível de capacidade de investimento? 355
Porque nós já estávamos fazendo o nosso dever de casa, ou seja, analisando, e vocês 356
têm acompanhado isso porque quando a gente aprova a nossa Lei de Orçamento a gente 357
vai lá e expõem as nossas dificuldades e os gastos que a gente está executando. Ao 358
longo desse período o que a gente percebeu? A gente conseguiu, sim, otimizar alguns 359
recursos e conseguimos fazer algumas melhorias internas, por isso Porto Alegre está em 360
um patamar diferenciado. Isso é legítimo de se dizer, nós temos que reconhecer isto. 361
Porto Alegre hoje não está atrasando salário enquanto outras capitais estão. Porto Alegre 362
está conseguindo ainda fazer algum nível de investimento. Claro que a gente reconhece 363
que não é um investimento que todos nós gostaríamos para a cidade, mas, enfim, nós 364
estamos conseguindo respirar. Está difícil respirar, mas estamos conseguindo respirar. 365
Então, isso eu acho importante a gente salientar. Este ano, no primeiro mês, aí o Rogério 366
aqui pode dar maiores dados para vocês, em janeiro nós já tivemos uma queda de receita 367
frente ao planejado, em torno de R$ 40 milhões, não é? Se eu não me engano. Então, 368
vocês imaginem não entrar R$ 40 milhões em um primeiro mês do ano, onde nós temos 369
um acúmulo de pagamentos significativos. Significa dizer que já entramos mal. No 370
segundo ano tivemos queda na receita novamente e em março novamente, ou seja, isso 371
é interessante nós entendermos. Quando a gente fez a LOA lá em outubro nós tínhamos 372
um cenário, certo? Este cenário nos possibilitou fazer uma estimativa de recursos que 373
ingressariam na Prefeitura e para o qual nós teríamos, então, dinheiro para pagar. O que 374
ocorre quando a receita não entra? Significa que nós não temos dinheiro para pagar, 375
portanto o orçamento previsto fica com um pouco, digamos assim, vamos reservar parte 376
desse orçamento porque nós não temos dinheiro para pagar. E é isso que nós estamos 377
fazendo de forma bastante clara. Significa dizer o seguinte: nós temos um salário X no 378
fim do mês, por algum motivo houve uma redução do nosso salário, nós não vamos poder 379
gastar a mesma coisa que gastávamos antes. É a mesma coisa que a Prefeitura está 380
enfrentando. Quando a gente fala em superávit, tá? É bom também a gente entender 381
como é que a gente calcula o superávit. Aí o Rogério depois também... É mais até a 382
questão tributária do que a minha área, mas eu acho importante nós esclarecermos isso, 383
porque fica antagônico a gente dizer: “Estamos com dificuldade e tivemos superávit 384
primário.”. Mas se tem dinheiro, como é que vocês estão mal? Então, vamos esclarecer 385
um pouquinho como é que é isso. O que a gente tem? Pega-se todas as receitas que 386
entram no município. Nessa quantidade de receitas que ingressam no município tem 387
receitas que são carimbadas, nós não podemos gastar com outras coisas, são repasses 388
federais, são repasses estaduais e que nós temos obrigação legal de botar em A, B ou C. 389
O recurso que é próprio, nosso, da Prefeitura, que nós podemos investir na cidade, isso 390
tem uma limitação. Esta parcela, ela deu negativa o ano passado, mas se nós somarmos 391
tudo, frente ao que nós gastamos, frente ao tudo, nós conseguimos ter um superávit. Não 392
sei se eu fui clara, porque é uma matéria chata para caramba de a gente explicar, mas 393
estou tentando ser o mais clara que eu consigo, né. Se não for, vamos lá, vamos 394
continuando a discutir. Então, assim, soma um conjunto de recursos, gasta-se um 395
conjunto de recursos. Nessa balança sobrou um pouquinho. Não foi muito, mas sobrou, 396
então deu para ficar positivo, mas no recurso que é de governabilidade do gasto da 397
9
Prefeitura, com receitas da Prefeitura que nós podemos investir e ter serviços para a 398
cidade, neste específico, eu acho que a Secretaria da Fazenda inclusive pode demonstrar 399
para vocês, deu negativo. Significa dizer: o dinheiro que nós temos em caixa, nosso, 400
Prefeitura, para pagar as contas, pagar funcionário público, pagar os prestadores de 401
serviço, as empresas contratadas, este está com dificuldade. Então, é nesta situação que 402
nós temos que lidar, porque parte do Orçamento Participativo, a grande maioria está 403
vinculada a esse ingresso de receita. Certo? Então, nós temos que entender isto para a 404
gente poder colocar melhor. O que eu gostaria hoje de a gente abordar? Na questão mais 405
da minha área até aqui, é esclarecer como estão as demandas e como estamos em 406
relação à execução orçamentária deste ano. Nós combinamos, né, Nenê, de termos, 407
digamos assim, essa demonstração para vocês, de forma bastante transparente, o que 408
nós estávamos, digamos assim, com capacidade de execução em 2016. E isso nós 409
estamos trazendo hoje aqui. Nós temos todas as demandas que nós temos o 410
planejamento de execução, vai ser entregue para vocês por região para vocês fazerem 411
uma avaliação. E eu sempre digo o seguinte: estamos lá para dialogar. A minha equipe 412
técnica está aqui com o Renê, com o Marcelo, com o Clóvis. A Secretaria de 413
Planejamento está lá à disposição dos senhores. Não entenderam, tiveram dúvidas: “Mas 414
por que isso e não aquilo?”; por favor, entrem em contato conosco. Certo? Mas isso será 415
distribuído, o Marcelo vai passar e irá distribuir esse material. Vou fazer um resumo 416
rápido do que vocês irão receber por região. Hoje nós temos com o planejamento de 417
execução... O planejamento que eu digo é o seguinte: parte já está em execução, mas 418
está no nosso, digamos assim, monitoramento de execução dessas demandas. São 255 419
demandas. Já vou explicar como é que nós estamos dividindo isso. Certo? São 255 420
demandas que nós estamos trabalhando com todas as secretarias e iremos monitorar 421
uma a uma ao longo do ano junto com os senhores, dando os esclarecimentos devidos. 422
Certo? Desse montante de 255, o que nós temos? Temos aquele financiamento da CAF, 423
que ainda está tramitando, mas tem uma expectativa alta que a gente consiga, então, 424
adendar as 45 vias que já foram apresentadas aos senhores também. Nós temos 14 425
obras de mobilidade que vocês também perfazem, que são demandas institucionais. Nós 426
temos 141 demandas, isso é importante a gente esclarecer também, que têm situações 427
preliminares ao desembolso de recursos financeiros, ou seja, são projetos que estão em 428
andamento, são licitações que estão em andamento que não têm o desembolso esse 429
ano, mas nós estamos já preparando a execução, sim, da demanda. Certo? Se nós não 430
tivermos essa parte preliminar, nós não teremos capacidade de execução. O que nós 431
temos, então, com previsão de execução de fato? Dá em torno de R$ 38 milhões e são 432
55 demandas. Então, essas já estão em nível de execução perfazendo esse conjunto 433
todo que nós temos. E aqui, esses R$ 38 milhões são bastante significativos, nós fizemos 434
o seguinte: R$ 38 milhões são demandas que nós estamos fazendo com recurso próprio, 435
não colocando as de financiamento. Se nós fossemos colocar a CAF, mais as obras de 436
mobilidade e mais as que consomem recursos internos, a gente tem R$ 214 milhões 437
sendo executados este ano. Vamos combinar que em um período de crise não é uma 438
cidade que esteja estagnada. Nós temos que saber fazer essa avaliação. Gente, assim, 439
nós temos bastante clareza que as expectativas muitas vezes requerem a intenção que a 440
gente tenha mais, mas hoje nós estamos no limite do que nós temos capacidade de 441
execução. Então, o que nós estamos trazendo aqui é uma situação bastante estudada, 442
bastante discutida dentro do governo e bastante factível de acontecer, ou seja, tem 443
grandes possibilidades de acontecer. Mas estamos neste nível: R$ 214 milhões no total, 444
com as obras de mobilidade e CAF. Sem as obras de mobilidade... As obras de 445
mobilidade, só para vocês terem uma ideia, são em torno de R$ 161 milhões que a gente 446
sabe e compreende que são demandas institucionais, mas, enfim, eu acho que nós 447
10
temos que dar também a transparência devida para isso. Nós temos de execução este 448
ano da CAF, prevista de execução já integral, R$ 15 milhões daquelas 45 vias, e nas 449
demais demandas anteriores e algumas também de 2016 em torno de 55 demandas, que 450
fazem um total de um pouco mais de R$ 38 milhões. Fico à disposição, Rosa, para tirar 451
dúvida. O Marcelo já está entregando o arquivo com as demandas por região. Enfim, o 452
que a gente puder esclarecer, estamos às ordens. Obrigada! CONSELHEIRA ROSA 453
MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Muito obrigada! O Dinar vai ler os 454
nomes dos inscritos. Se mais alguém quer fazer questionamento é só se inscrever, 455
pessoal. Tem alguns delegados novos que vão ter que nos ajudar aqui no nome, tá bem? 456
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): O primeiro que está 457
inscrito é o Jakubaszko, Alex, Toco, Jeferson, Laura, Aquino, Sirlei, Jurema, Negro e 458
Dionísio. Tem mais alguém aí que eu não coloquei aqui? CONSELHEIRO ROBERTO 459
RAUL IVAN JAKUBASZKO (Temática Desenvolvimento Econômico, Tributação, 460
Turismo e Trabalho): Eu quero ser breve, dar boa noite a todos os representantes do 461
governo que estão entre nós aqui no Conselho do Orçamento Participativo. E pedir que é 462
importante para nós, conselheiros do processo do Orçamento Participativo, que a gente 463
saiba fazer uma leitura do que é a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o que é o PPA 464
(Plano Plurianual) para a gente poder formatar uma matriz orçamentária e poder dizer: 465
“Mas, secretária ou secretário, eu gostaria de tirar dinheiro daquela janela 466
especificamente ali e repassar para lá.”; que a gente possa entender isso e trabalhar com 467
isso. Eu gostaria de pedir no que tange o que a Fazenda está nos explicando, mas, Nenê, 468
eu acho que isso perpassa pela Secretaria de Governança. Sempre que tiver esse tipo de 469
atividade de debate no COP infelizmente nós ficamos maneteados aqui, acredito que não 470
custa muito tirar quase cem cópias aí e trazer para nós. Nós vamos poder acompanhar 471
no papel o que está sendo discutido e debatido. Não, isso é pouco. O que o governo traz 472
os conselheiros deveriam, Nenê, por favor, dá uma força para nós. CONSELHEIRA 473
ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Só um pouquinho, 474
Conselheiro. Pessoal, por gentileza, vamos fazer silêncio, senão não vai dar para nós 475
continuarmos. Tem um colega falando. CONSELHEIRO ROBERTO IVAN RAUL 476
JAKUBASZKO (Temática Desenvolvimento Econômico, Tributação, Turismo e 477
Trabalho): Obrigado! Então, isso facilita a leitura dos conselheiros. E para que a gente 478
possa, realmente, como foi citado nas falas antes do governo se manifestar, agora a 479
Fazenda fez uma relação sobre imóveis novos. Eu havia falado na minha primeira fala 480
sobre aquele limite dos bairros, os nomes, tudo isso gera dinheiro. Nós temos alguma 481
referência nossa hoje para poder conversar com o governo e dizer assim: “Bom, mas o 482
governo vai agregar um valor aqui e nós poderíamos ter um percentual aí para o OP.”? 483
Nós não temos esse parâmetro, esse referencial, e nós temos que construir isso. Mesmo 484
com 26 anos de história nós ainda não temos isso, gente. Nós precisamos construir essa 485
referência e dizer: “Bom, eu vou trabalhar com esses novos imóveis, com esses 486
aumentos de casas que foram feitas e que foram aerofotografadas e nós vamos receber 487
um percentual de zero vírgula não sei o que e vai vim para o OP.”. Cada ano que entrar a 488
gente sabe: “Bom, vai pingar, plin-plin, na nossa continha lá tanto.”; mas nós não temos 489
essa referência. Aí nós viemos aqui e escutamos o governo, mas nós não temos essa 490
referência. É muito dinheiro, são R$ 38 milhões, R$ 7 bilhões para cá, R$ 1 trilhão para 491
lá, isso atrapalha a conta da gente que no máximo o cara tem cinquentinha pila no bolso, 492
né, aí a gente precisa de um acompanhamento e poder realmente ter o parâmetro. E aí 493
as temáticas têm que fazer isso. Temática não tem que fazer demanda no processo do 494
Orçamento Participativo, tem que criar processos, encaminhamentos para a cidade, 495
demandar para a cidade. Demanda propriamente dita tem que ser para as regiões, gente, 496
não são essas temáticas que têm que fazer esse trabalho com o governo. É aí que 497
11
perpassa um dos grandes problemas, um dos grandes furos do Orçamento Participativo, 498
que a gente discute, discute, discute, diz “eu te amo”, mas nós não casamos nunca. Faz 499
26 anos que nós andamos de mãos dadas aí. Obrigado! CONSELHEIRO DINAR MELO 500
DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Obrigado, Jakubaszko! Alex. CONSELHEIRO ALEX 501
SANDRO NUNES DA ROSA “Buiú” (Região Eixo Baltazar): Não tenho tempo para 502
fazer um minuto de silêncio. Mas, assim, há três anos, quando eu entrei, o primeiro ano 503
como conselheiro aqui, falaram: “Não, agora vai ser diferente, vai para a LOA. Tu brigas 504
uma vez só, o que estiver gravado na LOA vai ser aprovado na Câmara e vai ser 505
cumprido.”; passa-se o tempo tem uma outra satisfação, tem uma crise. Porto alegre está 506
se saindo muito bem. Parabéns, Fazenda! Parabéns, SMPEO! Estão driblando como 507
podem a crise para manter o nosso município sustentável. Muito bem mesmo. Mas a 508
minha briga vem antes disso, antes dessa discussão. A primeira briga vem que tu tens 509
que aceitar, em um caderno de R$ 6,3 bilhões, novas obras de R$ 80 milhões para toda 510
Porto Alegre, essa discussão eu e o Nenê temos há anos, mais aquelas cobras que estão 511
atrasadas. Acabei de receber uma folha com as obras novas e as obras atrasadas... É 512
aquele pagamento dos R$ 38 milhões essa folha aqui? São aqueles R$ 38 milhões com 513
mais a CAF, mais outras isso tudo aqui? (Manifestações da plenária fora do microfone). 514
Só os R$ 38 milhões. Tá, mas nesses R$ 38 milhões estão os atrasados junto, então a 515
conta não é comparada aos R$ 80 milhões nas obras novas porque é comparado aos R$ 516
400 milhões das obras atrasadas também. O que preocupa mais, dá 10% daquilo que 517
nós havíamos conversado o ano passado. Mas como foi apresentado com o Dionísio 518
antes até da maioria do pessoal Governança chegar, são 11%, né? A variação do 519
previsto para esse ano. 11% nesses meses. Por isso a pergunta antes para o Leal: 520
quanto nós fechamos esse ano de PIB? Está zerado. Quer dizer, vai ser o previsto com 521
novas... Vai ser previsto, então pode ser cumprido. Mas, assim, desculpa, eu não estava 522
hoje na Câmara de Vereadores para saber o que foi dito pela Cultura, então vou pular a 523
Cultura, mas ela não está aqui para acontecer. Ela não está aqui para acontecer, então a 524
Cultura não acontece. A cultura não acontece, R$ 38 milhões, gente, está difícil. Está 525
difícil mesmo! Porque a máquina está muito pesada. O ano passado eu bati, bati, bati e o 526
Nenê antes me abraçava e me acalmava: “Nenê, para que tanto CC se a máquina está 527
pesada?”; daí ele: “Não, faz parte do sistema.”. Eu não tenho como te explicar. Lembra, 528
Nenê, dessas várias discussões? Faz parte do sistema, a máquina é assim, mas é 529
inaceitável uma máquina levar 47% de um PIB de um município com a crise que está 530
enquanto 10% das obras que foram elencadas para quê? Para aqueles que trabalham na 531
comunidade, aqueles que acreditam e que levam um sonho para a comunidade, que 532
enchem vidas da vida, que enchem vidas da cidade. Tu bates recordes do OP, saber que 533
vai ser cumprido 12% das obras atrasadas junto com as novas é difícil, gente. Eu sei o 534
trabalho de vocês de manter uma cidade, mas aí está difícil também de nós aqui, que 535
trazemos esse trabalho para vocês, que ajudamos a Prefeitura do nosso modo, nesse 536
modo Buiú de ser, realizar esse trabalho e manter ainda o sonho da base lá, porque tem 537
ruas não asfaltadas, tem cultura não levada para a base, olha, tem saúde precária aí. 538
Bom, vamos discutir todas as secretarias aqui, mas está difícil de levar isso aqui lá e eu 539
apresentar em um FROP, como todos vocês que pegaram o papel está difícil apresentar 540
no FROP de vocês. Está difícil! Como é que vai explicar para a pessoa lá que não estão 541
acontecendo as coisas? Enquanto nós temos uma Governança, vou dizer, é competente 542
porque está apresentando aqui, é corajosa porque está apresentando aqui, mas, vou 543
dizer, está difícil de nós, lideranças, ter tanta coragem assim de chegar lá e apresentar na 544
base. Está aqui praticamente na frente da Comissão de Cultura da Eixo Baltazar que está 545
lutando, é lutadora também. Lá da Eixo Baltazar também saiu uma pessoa que tem na 546
Temática de Cultura que também não está engolindo. Nós estamos debatendo e 547
12
levantando uma discussão e repetindo a cultura porque está em segundo, fez um ótimo 548
trabalho. Das dezessete regiões conseguiu pontuar em dez, mesmo assim tem R$ 4 549
milhões a serem pagos e na Eixo Baltazar, nenhum centavo vai para lá. Nenhum centavo! 550
As festas que nós estamos propagando nas nossas comunidades não vão acontecer. 551
Nenê, tu sabes que eu sou um apoiador pra caramba. Eu brigo, mas, cara, eu sento, eu 552
discuto, eu debato, mas está difícil, cara. Está difícil. Está difícil, comunidade. Gente, 553
minha postura, eu, Alex, um dos 96 conselheiros... CONSELHEIRO DINAR MELO DE 554
SOUZA (Região Extremo-Sul): Para concluir, Alex. CONSELHEIRO ALEX SANDRO 555
NUNES DA ROSA “Buiú” (Região Eixo Baltazar): Sim, vou concluir. Não tenho, não 556
consigo explicação para dar lá no FROP. Eu vou pedir que vá a Governança... Laura, 557
estou tomando a liberdade de pedir para a Governança ir lá e explicar isso aqui para o 558
FROP, eu não vou ter coragem de explicar isso. Desculpa qualquer outra região, batemos 559
recorde para a Prefeitura lá, batemos recorde de sonho. Eu não tenho coragem de 560
apresentar isso aqui. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 561
Obrigado, Alex! (Palmas). O próximo é o Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF 562
GAMBARRA DA SILVA “Toco” (Região Glória): Pessoal, eu vou na mesma linha do 563
Alex. O que a gente está ouvindo a toda hora em televisão, rádio e jornais aí? Que o 564
Estado não vai conseguir pagar a folha, que o Município também pode não poder pagar a 565
folha. Aí eu digo para vocês, pessoal: nós estamos mantendo uma estrutura caríssima, 566
tanto o Estado como o Município, e que retorno nós estamos tendo destes que nós 567
estamos pagando. Veja bem qual é o pensamento. Saiu uma matéria semana retrasada 568
da Petrobras, que lançou um plano de demissão voluntária que vai gerar uma economia 569
de não sei quanto, é muito zero, eu nem sei dizer agora. E aí eu pergunto: essa folha 570
caríssima do Município envolvendo todos os poderes, né, o que a gente vê? Eu estou 571
com 56 anos de... E aquela história do casaquinho na cadeira, ela existe até hoje, e isso 572
vem de longe. E aí eu pergunto: é necessário manter essa folha caríssima sabendo nós 573
que não temos o retorno necessário que é aonde era para ser investido e não é, que é a 574
saúde, que é a educação. Olha o que é essa saúde. Essa semana mesmo eu vi uma 575
matéria na Record que uma mãe estava desesperada lá no Postão da Cruzeiro com o 576
filho drogado, dependente químico, que não tinha leito em hospitais aqui para transferi-lo, 577
estava em desespero e nós sabendo que o CDQUIM do Hospital Parque Belém está com 578
vários leitos parados. São duzentos leitos no Hospital Parque Belém. E aí? Eu não sei por 579
que o cidadão tem contribuir se não vem o retorno. Então, nós temos que ver, 580
conselheiros, esta folha. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-581
Sul): Para concluir, Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA 582
SILVA “Toco” (Região Glória): Tanto do município como do estado. Quando 583
privatizaram a CRT diziam que a CRT era do Estado, dos gaúchos. Quem é de vocês que 584
tinha telefone em 91, 90? Ninguém. Era mais caro do que um carro novo. Eu tinha a 585
minha pequena empresa, uma serralheria que eu pagava um salário mínimo pelo aluguel 586
do telefone. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Para 587
concluir, Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA SILVA “Toco” 588
(Região Glória): E sabia que várias pessoas lá da elite lá dentro tinha até telefone 589
locado. Privatizaram a CRT. Que falta nos fez a CRT? Fez falta para vocês? 590
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, Toco. 591
CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA SILVA “Toco” (Região 592
Glória): Hoje vocês têm quantas linhas? Vocês querem privatizado. CONSELHEIRO 593
DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Pessoal, eu queria só pedir para vocês 594
colaborarem com os colegas que estiverem falando aqui. E outra coisa: pedir para 595
garantirem o tempo, não passar, porque senão tem muita gente que quer falar, se todo 596
mundo chegar aqui e falar um monte e passar do tempo fica meio complicado. 597
13
Imediatamente quero convidar o nosso Vice-Prefeito para sentar à mesa conosco aqui. 598
Não é mesa, mas é um sofá. (Risos). O próximo a falar é o Jeferson, do Centro. Vamos 599
garantir o tempo, Jeferson, para nós, faça o favor. CONSELHEIRO JEFERSON FLORES 600
SOUTO (Região Centro): Boa noite a todos e a todas! A minha cobrança aqui é sobre as 601
nossas demandas, sobre as demandas da nossa comunidade que luta, que vai ao 602
Orçamento Participativo, que lota as plenárias, como todos os conselheiros têm dito, e as 603
coisas não acontecem. Aonde nós chegamos para eles e dizemos: “O que você 604
precisa?”; “Eu preciso disso.”; nós vamos lá, demandamos, botamos no livro. A nossa 605
comunidade pobre que muitas vezes não entende, que nem eu. Eu sabia que está no 606
livro tinha que ser cumprido, e é aonde as coisas não vêm acontecendo. Então, isso nós 607
somos cobrados. E as plenárias e o Orçamento Participativo, eu quero dizer, estão 608
diminuindo porque nós ficamos desacreditados: “Pô! Mas não acontece, Jeferson.”. 609
Aonde eu disse para eles assim: “O Orçamento Participativo nós nos livramos das mãos 610
dos vereadores, porque nós íamos brigar direto com a Prefeitura, nós íamos brigar direto 611
com as secretarias.”; só que muitas vezes as secretarias não vão quando a gente 612
convoca. A gente convoca uma secretaria, eles mandam lá o seu adjunto que não tem 613
nem resposta, muitas vezes não tem nem resposta para dar, assim nós vamos perdendo 614
credibilidade com a nossa comunidade. Então, essa é a minha revolta. Que pelo menos 615
viesse dar a resposta. Que nem nós temos a Cultura. Quando chegou a época do 616
carnaval, cadê? Nós ficamos na mão com a nossa comunidade, pelo menos é o que eu 617
tenho visto. Chegou na época do carnaval aí um líder teve que tirar do bolso para poder 618
sair o seu bloco ou para poder levar o seu povo para a rua, porque é aonde prometeram 619
para eles: “Olha, o ano que vem vai estar na mão, vai estar tudo legal.”; chega lá, na 620
hora, não está legal. E não é só o carnaval e a cultura, tem outras coisas também que a 621
comunidade precisa através da cultura, que é o teatro, que é poder ir até ao teatro e ter o 622
seu preço um pouquinho menor, porque nós, da comunidade, eu volto a dizer, nós, 623
pobres, não temos muitas condições de ir até esses locais, mas se a gente tiver nós 624
brigando pela cultura, brigando pelas outras coisas, nós vamos conseguir levar a nossa 625
comunidade até lá e acreditar um pouco que a gente pode fazer Porto Alegre melhor. 626
Obrigado! CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Obrigado! 627
Pessoal, nós vamos fazer blocos de cinco, então, para responder. Pode ser? Vamos ver 628
quantos falaram aqui, que eu não tinha contado aí. Quatro? Então, agora o Aquino com o 629
tempo da Sirlei. CONSELHEIRO GILSON FERNANDES AQUINO (Região Glória): Bom, 630
pessoal, a Glória está recebendo onze demandas, né, demandas antigas, 2009, mas tem 631
na Glória demanda antes de 2009. Então, a gente tem memória. Tem memória porque eu 632
estou no Orçamento mais de vinte anos, então tem coisa aqui que não está contemplada, 633
além de não ter valores aqui. Mas quero dizer que a Prefeitura, todo ano no IPTU sempre 634
vai um dinheiro a mais. Agora a gente sabe que na folha de pagamento também tem que 635
se atualizar o salário e isso sempre acompanha, se ganha mais se gasta mais também. 636
Então, não é para baixo, é para cima. Eu quero dizer o seguinte, gente: eu estava 637
olhando aqui, Secretário, antes do senhor chegar, o orçamento de 2015 para 2016, R$ 80 638
milhões contemplando o pessoal da temática e o pessoal das regionais. 2014/2015: R$ 639
66 milhões as duas instâncias. 2013: R$ 173 milhões. 2012: R$ 106 milhões. 2011/2012: 640
R$ 260 milhões. Somando tudo isso, todos esses PIs, vai dar perto de R$ 700 milhões. É 641
dinheiro pra caramba! E a Prefeitura tem nos enrolado, e eu acho que não gastou nem 642
30% desse dinheiro. Só na Glória tem um colégio lá que está orçado em R$ 4,7 milhões, 643
que agora, segundo a secretária da SMED, vai para R$ 12 milhões por causa do terreno 644
que é acidentado. Nós temos na habitação, só na Glória, perto de quase R$ 12 milhões, 645
na Glória R$ 36 milhões. Então, gente, estão oferecendo para a cidade R$ 38 milhões 646
fora o pessoal da CAF, são R$ 130 milhões para fazer aquelas obras que a gente já viu 647
14
que são adicionais. Então, eu quero dizer assim: é muito dinheiro. Vocês têm muito 648
dinheiro para gastar com a gente que vocês não têm e não nos deram satisfação 649
nenhuma, e a gente está aqui correndo atrás, né. E aí estão jogando para a gente, eu 650
não entendi isso, onze demandas para a região sem valor nenhum aqui dentro e a gente 651
vai ter que se pegar lá dentro, de repente, para ver qual é que vai caber dentro do 652
dinheiro. Essa é a crueldade que vocês fazem com a gente, esse tipo de coisa que faz 653
além de ter aquela coisa malvada que o pessoal não se liga: “Gente, bota lá R$ 30 654
milhões, R$ 40 milhões, eles não vão ganhar mesmo, não vão levar.”. Maldade pura! 655
Assim que funciona a coisa: “Bota lá, esses bobos não vão ganhar mesmo. A gente pode 656
botar lá R$ 300 milhões, não vão levar. A gente faz uma obrinha, duas obrinhas e resolve 657
a coisa.”. Então, assim, na minha região eu quero saber o seguinte: não tem valores aqui, 658
dentro do PI dos livros têm, né, lá a gente tem alguns valores. O que a gente quer saber 659
aqui é quanto vocês vão destinar para a região que seja dentro das onze. Quanto vocês 660
vão destinar para a região? Isso não está aqui, não está especificado aqui, nós queremos 661
isso, né, gente? Nós queremos valores, porque botar onze demandas para o pessoal no 662
escuro na última hora... Tem onze aqui para mim sem valores, aí eu vou dizer o que na 663
região? “Olha, eu estou com onze demandas aqui, mas não tem valor.”. Vai discutir o 664
quê? Então, tem que ter valor. Então, eu acho que o trabalho está sendo feito pela 665
metade. E dizer o seguinte para o Melo que está aí, o Melo que é uma pessoa que eu 666
acompanho e que eu admiro, que é um batalhador desde os tempos antigos, né, Melo? 667
Melo, a ponta fraca somos nós e ela arrebentou do nosso lado. Eu sempre digo aqui, tu 668
sabes qual é o nome para essas coisas, nós sempre fomos usados e o nosso nome está 669
lá fora usado como grife. O Orçamento Participativo funciona, é democrático, só que a 670
democracia funciona só de um lado, do lado que interessa, que é o da Prefeitura. Então, 671
uma coisa eu quero dizer para vocês: o secretário atualmente não tem mais poder que 672
antigamente, o pessoal tem que se ligar em tudo. O que acontece? Antigamente o 673
secretário botava as obras no papel, mandava e se cumpria. É ou não é? Hoje o 674
secretário bota no papel e manda e a primeira instância e segunda instância que vão 675
dizer se vai acontecer, ou seja, dentro de gabinete. Então, nós não decidimos mais nada. 676
Essa democracia não serve para nós. Para a gente botar mil pessoas da Glória lá, ter que 677
convencer o pessoal para ir e depois o pessoal dizer: “Onde é que estão as nossas 678
obras?”. Para nós, que somos experientes, fica complicado. Para quem não tem 679
experiência, como é que fica? E muitas vezes a gente é ameaçado na comunidade. 680
Então, eu quero dizer o seguinte: eu acho que o governo tem que ter transparência, e eu 681
acho que tu tens coragem para isso, Melo. O Prefeito Fortunati já está em final de 682
mandato e eu acho que não quer se incomodar, mas eu acho que tu tens que assumir 683
esse papel na cidade: “Eu assumo essa bronca, daqui para frente a minha gestão vai ser 684
transparente e o que eu vou fazer é o seguinte: tanto para fazer tantas coisas, tem 685
dinheiro para isso ou não tem.”; mas tem que ter um número. É isso aí, Secretário, 686
números nós queremos. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-687
Sul): Obrigado! SR. CARLOS SIEGLE DE SOUZA "Nenê" (Secretaria Municipal de 688
Governança Local): O Negro está dizendo aqui que agora vem a enrolação. (Risos). 689
Não, tu falaste baixinho que eu ouvi. (Manifestações da plenária fora do microfone). Tu 690
falaste bem baixinho para o teu lado aí que eu ouvi. Meu ouvido é bom. Mas eu acho que 691
se tem alguma coisa que eu nunca fiz aqui nesse conselho foi enrolar ninguém, acho que 692
até tem algumas pessoas que nem são tão simpáticas a mim aqui exatamente por isso. 693
Então, eu vou tomar isso como um gracejo de um grande amigo meu, Conselheiro Negro. 694
Pessoal, bem rapidamente, até para a gente poder entrar nos outros assuntos que nós 695
temos na pauta. Eu quero lembrar que na abertura aqui, na introdução, eu disse para 696
vocês que nós falaríamos primeiro, né, pedimos para a Secretária Izabel trazer o retorno 697
15
de uma das pautas que foram levantadas naquela reunião, que era trazer listadas as 698
demandas atrasadas que estão em execução ou que seriam executadas em 2016, e 699
depois nós trataríamos aquelas três pautas que foram os principais compromissos que 700
nós assumimos lá, né, os recursos de pavimentação oriundos do financiamento da CAF, 701
a discussão com o COP sobre as contrapartidas, que a gente pudesse ir às regiões e 702
passar a discuti-las, e os recursos para a execução do PI 2016, especificamente as 703
questões de cultura. Então, nesse material que vocês receberam aí não estão essas 704
pautas. A questão de cultura é a segunda pauta que nós vamos entrar do PI 2016. O 705
valor que vocês pediram para que nós construíssemos para trazer para cá, uma coisa é 706
discutir o quanto nós vamos ter de recurso, outra coisa, está aqui o Secretário Roque, é 707
definir com vocês como é que nós vamos definir a distribuição desse recurso, que 708
demandas vão acontecer. A menos que decidam vocês isso, nós não queremos decidir 709
isso sozinhos. Então, só para ficar muito claro para vocês não... O que tem aí, Buiú? 710
(Manifestações da plenária fora do microfone). Ok, é que são demandas antigas, Buiú. 711
Eu só não queria era polemizar dentro do que é principal. Eu já vi as pessoas: “Ah não, 712
mas coisas de cultura não estão aqui, não vão acontecer, enfim.”. Não. Essa é a próxima 713
pauta. A conversa da CAF, a menos que vocês achem que não, eu acho que ela está 714
bem resolvida, nós já fizemos reunião, já foi apresentado, a gente já referendou. Enfim, 715
eu acho que isso está vencido. Bom, sobre essa questão dos recursos que foi levantada 716
aqui, tem duas questões centrais que eu acho que, pelo que foi dito aqui, vale a pena a 717
gente aprofundar: a cobrança da folha e principalmente dos CCs e a questão dos 718
recursos de PI novo e de PI atrasado. Não é de hoje, gente, e a gente vem fazendo essa 719
discussão há muito tempo dentro do OP. Não é de hoje que a gente vem discutindo que 720
em algum momento o OP vai ter que fazer uma escolha de Sofia, que é decidir: “Vamos 721
jogar peso para vencer as mais de duas mil demandas que nós temos atrasadas...”. Mais 722
de duas mil demandas das oito mil e seiscentas e tantas demandas que o OP fez em 27 723
anos, mais de duas mil estão atrasadas, grande parte delas são dos últimos quatro anos. 724
Elas estão atrasadas. Mas vocês lembram que quando a gente fez a mudança no ciclo 725
para que as demandas pudessem entrar para dentro da Lei Orçamentária, eu fui um que 726
disse: “Gente, vamos combinar, daqui a pouco vamos reduzir o volume demandas, ele já 727
vai reduzir ao natural, vamos reduzir o número de demandas novas para poder ter mais 728
recursos para fazer demanda antiga.”. A grande maioria do COP: “Não, tem que continuar 729
demandando, tem continuar demandando, tem que continuar demandando.”. Nós 730
respeitamos a decisão que foi do COP: “Vamos continuar, então, fazendo demanda 731
nova.”. Algumas pessoas em algum COP, se a gente recuperar as atas nós vamos ter as 732
pessoas: “Vamos fazer, então, um livro de serviços. Vamos fazer um ciclo em que em um 733
ano a gente demanda as questões de infraestrutura e no outro ano a gente demanda as 734
questões sociais.”; portanto um setor teria um ciclo de dois anos para executar as suas 735
obras. Ninguém quis discutir, aprofundar essas mudanças. Nessa batida em que nós 736
estamos é inevitável que nós tenhamos sempre o livro do ano pendurado quando a 737
previsão orçamentária não se cumprir, que é o que está acontecendo esse ano. Já 738
falamos várias vezes aqui: orçamento de município é que nem orçamento da casa da 739
gente, a gente faz uma previsão do que vai entrar de recurso mês a mês no próximo ano, 740
às vezes a previsão não se cumpre. É o que está acontecendo. Quando não se cumpre a 741
gente tem que decidir o que faz e o que não faz. Até 2013, o Aquino foi muito feliz aqui na 742
lembrança, Aquino, de que até 2013 nós tínhamos livros de R$ 100, R$ 170, R$ 260 743
milhões naquele livro de resgate de 2011, né? Só que aquele livro, e nós falamos isso e 744
até comemoramos isso juntos quando nós mudamos o ciclo, e as demandas do OP, 745
Prefeito Melo, passaram a entrar na Lei Orçamentária, agora nós estamos enxergando o 746
número real da capacidade orçamentária que o governo tem de absorver as demandas 747
16
do OP, porque antes, gente, nós poderíamos fazer um livro de R$ 400 milhões se 748
quiséssemos, ele não tinha o menor vínculo com o orçamento que ia estar em exercício 749
no outro ano, as demandas simplesmente não seriam executadas naquele ano, teria o 750
compromisso do governo como teve durante... Até 2013 o governo assumia muito mais 751
na política com cada região: “Quais são as demandas que nós vamos atender? 752
Tecnicamente tem condições?”; “Tem.”; “Dinheiro?”; “Não, dinheiro não tem.”; “Bom, mas 753
bota no livro, um dia vai acontecer.”. Era assim o livro até 2013, vamos ser francos aqui. 754
(Manifestações da plenária fora do microfone). Não funcionava. Atrasava mais do que 755
atrasa hoje, Toco. Vocês só não tinham o número, agora vocês têm o número. Agora, 756
como está na Lei Orçamentária, vocês enxergam, antes não enxergavam. Não tinha 757
como enxergar, Toco, porque nunca, antes de 2013, nós conseguíamos trazer para vocês 758
aqui e dizer o seguinte: “Olha, nós vamos gastar R$ 403 milhões com demandas 759
antigas.”; nunca foi trazido isso aqui. O número do OP era sempre o número do PI: 760
“Quanto é o recurso?”; “Ah, o recurso do OP é o recurso que está no PI.”; mas o recurso 761
do PI não estava no orçamento do outro ano, não tinha vínculo com o orçamento do outro 762
ano. Não funcionava, Toco, de verdade. (Manifestações da plenária fora do microfone). 763
Desculpem, deixa eu reformular. Não funcionava mais do que estava funcionando agora. 764
O nosso problema este ano é que nós estamos vivendo uma crise sem precedentes no 765
país inteiro, essa é a diferença. Este ano, efetivamente, não está funcionando porque não 766
tem dinheiro, é isto. Então, eu quero que vocês compreendam isto. Se não é esse ano, se 767
é o ano que vem, nós vamos ter que sentar em uma mesa com calma e decidir o que nós 768
vamos fazer. Vamos seguir fazendo demanda e aumentando esse passivo? Vamos 769
reduzir um pouco o passo de demanda nova e vamos forçar a barra para cumprir as 770
demandas antigas? Vamos pegar algumas demandas muito antigas e discutir se elas 771
ainda são necessárias? E daqui a pouco substituir, atualizar, trocar? Nós vamos precisar 772
fazer esse debate. E, de novo, eu sempre saúdo muito a SMPEO e a Izabel pela coragem 773
que teve de nos conduzir para transformar o nosso ciclo para que nós pudéssemos 774
enxergar esses números. Se tem algum problema de transparência, apareceu aqui nas 775
falas, vamos resolver, mas isso é muita transparência, gente. Vocês têm a informação. 776
Sobre a questão dos CCs, gente, eu acho que a gente precisa também levantar 777
bandeiras factíveis. Esse assunto não é novo. Toda hora que alguém quer resolver todos 778
os problemas do mundo diz que tem que acabar com os CCs. Em que pese eu seja um 779
deles, mas o meu prazo aqui termina 31 de dezembro desse ano, então eu não teria 780
porque fazer aqui pregação em nome próprio, mas eu quero dizer a vocês o seguinte, eu 781
disse isso, Buiú, das outras vezes e vou dizer de novo: se nós achássemos que tem um 782
CC que não era necessário no governo, nós já teríamos cortado, porque tem que 783
entender a diferença dos funcionários do quadro para os cargos comissionados. Em que 784
pese nós temos muitos funcionários do quadro extremamente comprometidos com a 785
cidade, que doam seu tempo e que não precisariam doar para tocar essa cidade para 786
frente, mas os funcionários do quadro têm o compromisso de manter a memória e a 787
máquina pública funcionando independente dos governos que vem sucedendo. E os CCs 788
chegam com o governo para implementar a política aprovada naquela eleição. A pessoa 789
se elege na cidade dizendo que vai fazer isso, aquilo e aquele outro. Os cargos 790
comissionados entram para ajudar aquele gestor, comprometidos com aquele projeto de 791
governo. Os CCs, os funcionários do quadro nem sempre têm a obrigação de se sentirem 792
comprometidos com o que foi aprovado nas urnas, eles estão lá para cuidar da 793
continuidade do serviço. Esse é o papel dos cargos comissionados, que representam, 794
gente, menos de 3% do nosso orçamento. 3% do nosso orçamento não resolveriam os 795
nossos problemas. E eu quero dizer para vocês o seguinte: muitas das coisas que hoje 796
acontecem mesmo sem dinheiro, porque a gente tem cargos comissionados que 797
17
empurram, tocam, fazem acontecer, não aconteceriam porque a gente não teria quem 798
cuidasse com tanto zelo das coisas que a gente precisa que aconteçam. Se tem CC que 799
não funciona, por favor, escrevam. Eu já disse isso a vocês. Escrevam e me entreguem, 800
nós vamos tratar. A única diferença de cargo comissionado ruim para servidor do quadro 801
ruim é que o CC a gente pode demitir. (Manifestações da plenária fora do microfone). 802
Gente, em 2013 nós demitimos mais de 10% dos cargos comissionados para fazer... Em 803
2013 a Prefeitura começou a identificar esse quadro de dificuldade financeira. E vocês 804
lembram o seguinte, ó: peguem as notícias de 2013, 24 de dezembro estava dizendo aqui 805
o Leal, nós reduzimos horas extras, nós cortamos CCs, nós diminuímos as atividades fora 806
de horário de expediente, nós fizemos uma série de cortes de pessoal naquela época. Se 807
não fosse isso nós não tínhamos chegado até aqui. Nós já fizemos isso. (Manifestações 808
da plenária fora do microfone). Nós podemos trazer isso. Só para demonstrar o seguinte: 809
tem dificuldade? Tem. Nós precisamos acertar o passo? Precisamos. Mas nós 810
precisamos de soluções mais profundas do que essas do dia a dia, essas nós já fizemos. 811
Se vocês têm alguma ideia que seja realmente nova, que a gente possa aplicar, que 812
tenha um resultado efetivo e contundente, não pode ser coisa para economizar R$ 813
100,00, vamos fazer, mas as coisas do dia a dia, as coisas que todo mundo propõe 814
quando alguma coisa acontece, nós já fizemos em 2013. SRA. IZABEL MATTE 815
(Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico e Orçamento): É bem rapidinho, 816
tá, gente? Eu só queria colocar uma questão que eu acho importante aqui. 1) Essa 817
questão da máquina, só para vocês terem um entendimento, em 2013, que o Nenê 818
estava falando, nós analisamos diversos custos de máquina pública e nós temos todos os 819
dados para mostrar para vocês. Nós temos várias dessas manutenções da máquina em 820
decréscimo, nós estamos enxugando, e enxugando mesmo. Algumas questões, inclusive, 821
com corte de hora extra trocando por banco de horas frente a essa necessidade de 822
economia para a gente deixar o gasto nas situações de prestação de serviços e não para 823
consumo de máquina. Nós diminuímos veículos locados, telefonia... Gente, assim, só 824
para vocês terem uma ideia, outras despesas correntes, né, que são os que tratam de 825
contratos, nós tivemos quase nenhum acréscimo do ano passado para este ano, de 14 826
para 15, porque a gente enxugou, e enxugou mesmo, tanto que as áreas estão sentindo. 827
Estão sentindo que nós apertamos, e apertamos o cinto mesmo. E por isso até hoje a 828
cidade de Porto Alegre consegue ainda ter um nível de investimento e o pagamento dos 829
seus funcionários em dia. A questão do pagamento de funcionário: eu não sou CC, eu 830
sou funcionária do quadro e convivo muito bem com a questão do cargo e comissão, 831
porque eu acho que são situações distintas. Ela não é representativa no montante dos 832
47% que se gasta com a folha. Porto Alegre é exemplar porque ela não atinge os níveis 833
de perigo com o gasto em pessoal, nós temos uma boa saúde em relação a esses 834
índices. E nós atualmente estamos dando aos funcionários somente a reposição de 835
inflação, nós não estamos aumentando salário de funcionário além da inflação. O ano 836
passado, só para vocês terem ideia, nós dividimos em três parcelas, sendo que a última 837
nós recebemos em janeiro para repor a inflação. Então, assim, nós estamos, sim, 838
fazendo uma política bem austera em relação aos gastos com a máquina, isso eu 839
gostaria de registrar, e continuamos investindo 21% na saúde e 28% em educação. 840
Então, nós não baixamos... E em torno de 14% na área da assistência. Esses índices 841
com o reajuste, nós estamos mantendo esse patamar desde 2013 sem nenhum 842
decréscimo nestas três áreas prioritárias. Então, nós estamos conseguindo enxugar de 843
um lado para conseguir manter alguns serviços de outro. Claro que o recurso não é 844
suficiente para tudo e a gente já falou sobre isso. Quanto à questão que o Aquino coloca 845
que não tem os valores: ok, Aquino, a gente pode te passar amanhã uma a uma qual é o 846
valor previsto para o gasto esse ano. Em relação ao que colocaram: “Ah, a LOA não 847
18
serve para nada porque não é cumprida.”. Ela não é cumprida quando a gente não tem o 848
dinheiro, mas ela está lá, está estabelecida. Agora, se não tem dinheiro, como é que nós 849
vamos contratar coisas que nós não temos como pagar? Quem é que vai responder ao 850
Tribunal de Contas do Estado? Quem é que vai responder ao Tribunal de Contas da 851
União? Ainda mais em um ano atípico, eleitoral, que nós temos lei de responsabilidade 852
fiscal que não pode ficar dívida para o próximo gestor que entre para pagar. Nós só 853
podemos contratar coisas que nós temos dinheiro em caixa senão nós seremos 854
penalizados para o resto da vida, nós vamos ter que responder sobre essas questões. 855
Então, nós temos questões legais muito fortes que nós temos a atender, principalmente 856
este ano. Só que eu gostaria de deixar claro essas questões, então, Rosa. Obrigada, viu? 857
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): A próxima é a 858
Jurema. Após a fala da Jurema estão encerradas as inscrições, tá? (Falas 859
concomitantes). Pessoal, eu estou colocando aqui que estão encerradas as inscrições. 860
Aqui tem uma lista das pessoas que faltam falar ainda. Eu posso ler aqui para vocês, ó: a 861
Jurema, Negro, Dionísio, Orlei, Beth, Cleusi Coelho e a Rosa Labandeira. Bernadete foi a 862
última a se inscrever. CONSELHEIRA JUREMA BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): 863
Boa noite a todos! Só para antes de entrar nesse assunto, eu quero agradecer ao 864
Prefeito. Senti falta de ti ontem, Nenê, na nossa região. Dizer que a gente teve a 865
presença do Prefeito ontem no Fórum de Serviços, muito positivo, hoje já deu muitos 866
resultados depois da sua ida lá. E não tenho nem palavra para lhe dizer como a sua 867
presença fortaleceu nós enquanto região, CAR, naqueles objetivos que a gente 868
questionou ontem com o senhor lá. Mas a minha pergunta é: Secretário, quem definiu 869
essas demandas aqui? A Região Cristal tem aqui cinco demandas e a gente tem muito 870
mais do que essas demandas. O que eu estou querendo dizer, Nenê, é que sempre que 871
essas demandas... E a gente já fez isso em outros tempos, de a gente sentar e a gente 872
dizer o que ia preferir ser executado naquele ano, porque quando a gente bota a 873
demanda a gente sabe quem é que realmente está precisando da necessidade. Porque 874
isto, para nós, nos bota em um grande conflito dentro da região, porque não teve um 875
espaço de a gente discutir dentro da região se a Bernadete abrir a mão da demanda dela 876
para me favorecer. Então, assim, quem não está incluído aqui com certeza vai vim 877
reclamar, achar que a gente favoreceu outra pessoa porque era meu amigo. Isso foi uma 878
grande falha, ser decidido pelo governo, Nenê, e tu sabes que eu sou muito parceira, sem 879
que a gente tivesse um momento de discussão, Secretária, porque isto aqui vai nos gerar 880
problema dentro das regiões, até porque a gente sabe que a Prefeitura está com pouco 881
dinheiro, a gente sabe que o país está mal. Hoje se a gente for enterrar o Orçamento 882
Participativo tem que enterrar o país junto, mas o respeito que é cobrado do Orçamento 883
Participativo é esse tipo de iniciativa sem que tenha um diálogo com a gente, porque eu 884
poderia ter chegado à minha região... Estou satisfeitíssima porque uma das coisas muito 885
boas é atenderem a Dona Cristina, que é uma instituição que a pessoa batalha muito 886
para cuidar oitenta crianças, mas para a minha surpresa tem aqui quarenta metas. As 887
outras quarenta ela vai fazer o quê? Aqui nós temos aumento de Sase para a Mato 888
Grosso, que eu não vou poder tirar da Mato Grosso e passar para a Dona Cristina, então 889
isto está me gerando: o que eu faço? O que a gente vai fazer enquanto região? Nós 890
tínhamos uma demanda de um grupo que já está até trabalhando, Nenê, eu fui lá falar 891
contigo essa semana. Casa de Nazaré já tem um grupo de adolescentes lá dentro 892
fazendo atividade porque a gente estava esperando a assinatura do trabalho educativo, 893
que as atas já estão em tudo quanto é lugar, Maximo, aquelas famosas atas desde 894
novembro, não estão aqui. O que a gente vai fazer com 45 meninos e meninas que estão 895
lá? Porque não tem dinheiro agora para a gente manter esse grupo lá, não tem dinheiro 896
para manter os educadores. E a gente estava com esse grupo lá, Prefeito, contando que 897
19
ia vim aqui. Isso para nós é nos enforcar, é nos dizer assim: “Desiste de tudo, fica em 898
casa olhando o Velho Chico.”; porque tu vens para cá, as pessoas se mobilizam, vão 899
naquela esperança, aí quando chega a hora, Nenê, isso é muito triste. Eu não abro mão, 900
sou parceira. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 901
Concluindo. CONSELHEIRA JUREMA BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): Eu tenho 902
o tempo da Orlei, amor, eu te disse no início. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA 903
(Região Extremo-Sul): Eu não ouvi. Quando vim tem que falar aqui para ficar gravado 904
ali. CONSELHEIRA JUREMA BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): Eu disse. Vai ficar 905
gravado duas vezes. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 906
Tá bom. CONSELHEIRA JUREMA BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): Melhor do 907
que isso. Então, assim, a gente sabe que o país está... Mas isso aqui tinha que ter vindo 908
uma escolha da região, porque isto aqui vai me dar problema. Como é que eu chego 909
amanhã para a Casa de Nazaré e digo: “Ó, vocês não estão aqui, vocês peguem esses 910
adolescentes e mandem embora.”; até porque esse trabalho educativo, ele era só uma 911
troca, porque ele é um trabalho educativo, Secretário, que inclusive já tinha sido assinado 912
e foi devolvido para a região. E a gente só implantou essa turma porque já era um 913
trabalho educativo, só trocar uma modalidade para a outra, agora não está aqui. Toda 914
vez que eu me chateio, que eu acho muito triste é desvestir um santo para vestir o outro. 915
E quando chegam aqui e dizem assim: “Demite o CC.”; eu pergunto quem é que sustenta 916
o CC. Eu não sou CC. Olha, nunca vou querer esse cargo porque é o cargo mais pobre 917
que tem dentro da Prefeitura, porque se vocês pensam que CC da Prefeitura ganham 918
bem vocês estão muito enganados. Até eu, se eu trabalhei em casa de família toda 919
semana, ganho melhor do que eles para nos aturar. Digo isso porque eles nos aturam 24 920
horas por dia. O Nenê não teria esse pique nem o Prefeito teria, mas eles estão lá para 921
nos ouvirem. Se acabar com o CC, se é ruim com CC é pior sem o CC. Faz falta hoje, 922
Bernadete, muito mais CC, porque antigamente a gente tinha dentro de cada secretaria 923
um assessor comunitário que era teu elo. Se estourava um cano tu sabias quem era o teu 924
assessor comunitário do DEMHAB, tu sabias quem era no DMAE, no DEMHAB, em 925
qualquer... Hoje a gente não tem isso, a gente tem o CAR. Então, se tirarem o nosso 926
pessoal dos CARs, aí nós estamos quebrados. Nenê, estou te pedindo em nome da 927
Região Cristal, as minhas colegas estão ali, a gente não quer que mexa em uma vírgula 928
no CAR Cristal. Ele estava ruim, a laranja podre saiu. Então, ele está muito bom para ser 929
mexido. Mais uma vez, eu pedi isso ontem para o Prefeito, eu estou pedindo aqui. Não 930
tenho parentesco com nenhum, mas quando o trabalho é feito tem que ser reconhecido, 931
assim como tem que ser reconhecido o esforço que o Prefeito está fazendo para manter 932
Porto Alegre de pé. É só louco. Eu sou bem crítica em tudo que eu faço, eu cobro as 933
coisas. E se não fosse o Prefeito Fortunati que estivesse enfrentando essa crise seria 934
qualquer um, Bernadete, seria qualquer um. Não dá para fazer apologia da Prefeitura 935
hoje de defender que fulano teria... Nem Jesus Cristo hoje nos salva, até ele já fechou as 936
portas para nós. Obrigada! CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-937
Sul): Obrigado, Jurema! Eu só não concordo que diz que o CC ganha mal. Eles não 938
ganham mal. Eles podem aturar nós, mas eles não ganham mal, não. Próximo é o Negro. 939
CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA SILVA LESCANO “Negro” (Temática Cultura e 940
Juventude): Eu, sinceramente, estou enchendo o saco meu e de muitas pessoas, porque 941
eu pensei que hoje ia vir aqui e ia fazer aquela conta bem simples. Volto novamente com 942
o exemplo da casa da gente. A gente faz uma lista de tudo que vai comprar, Melo, 943
durante o mês e vai ver no final do mês não tem o recurso para comprar todas aquelas 944
coisas. O que se faz? Corta um, tira esse azeite e compra um mais barato, tira esse arroz 945
e compra um mais barato, tira esse açúcar e bota um mais barato. Eu achei que eu iria 946
chegar aqui hoje, e acho que o meu colega da Temática de Cultura também, em especial. 947
20
Me perdoem eu falar em especial na Cultura. Tem aqui, Melo, R$ 2,132 milhões para 948
2016. Izabel, eu gostaria de perguntar aos senhores... Quando nós fizemos as nossas 949
demandas nós colocamos lá, agora eu estava olhando aquela do tradicionalismo, R$ 150 950
mil. Os mesmo R$ 150 mil ninguém nos chamou para dizer: “Vem cá, isso aí não está 951
muito alto? Não dá para nós baixarmos um pouquinho esse preço?”. A gente entende que 952
quando é gravado aqui já passou por uma análise de potencialidade, de fluxo de caixa, 953
de investimento da Prefeitura. Então, a gente passa por tudo que é comitê... Agora eu 954
fiquei sabendo, Melo, tem um tal de comitê superior. Como é que chama aí? Segunda 955
Instância, que chegam lá... E aconteceu conosco de eles pegarem a nossa demanda e 956
dizerem: “Essa demanda aqui não vai, vai a outra.”. Jurema, eu tenho pedido há muito 957
tempo, eu tenho dito há muito tempo. Olhem em todas as atas se não tem essa 958
demonstração que eu tenho dito. Isso aqui, como dizia o Magre, é imexível. Perdoem, 959
meus caros amigos, é imexível, só quem pode mexer nisso aqui somos nós. E nós somos 960
parceiros. Nós estamos pedindo aqui para o tradicionalismo, eu vou dar só um exemplo, 961
R$ 150 mil. Não vai entrar, Marcelo? Não tem R$ 150 mil? Temos R$ 50 mil? Vamos 962
conversar. Tenho dito e disse agora na Câmara, lá na Sesi, nós não estamos com uma 963
crise financeira, nós estamos com uma crise de entendimento, de diálogo, de franqueza. 964
Se eu não posso usar um tênis caro eu vou usar um mais baratinho, mas preciso andar 965
bonitinho, preciso andar ajeitadinho. E quando eu ouço isso aqui, o que eu vou dizer lá na 966
minha base, Melo? CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 967
Para concluir, Negro. CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA SILVA LESCANO “Negro” 968
(Temática Cultura e Juventude): Chego em casa e assim: “Esse mês eu tenho a 969
previsão de ganhar R$ 5 mil e não ganhei R$ 5 mil, ganhei R$ 2,5 mil.”. Eu tenho que 970
sustentar a minha família e fazer a coisa andar, pagar as minhas contas. Eu tenho que 971
parar com a minha cerveja, que eu sou meio borracho mesmo, né? CONSELHEIRO 972
DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Mas não está bêbado hoje. 973
CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA SILVA LESCANO “Negro” (Temática Cultura e 974
Juventude): Não, mas não bebo minha consciência. Está certo? Então, assim... 975
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, Negro. 976
CONSELHEIRO CLEBER NOÉ DA SILVA LESCANO “Negro” (Temática Cultura e 977
Juventude): Nós estamos em uma crise, cara Secretária e caro Vice-Prefeito, de 978
comunicação. E acaba com esse comitê gestor, que está dando muita mancada. 979
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Obrigado, Negro! O 980
próximo é o Dionísio. CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e 981
Juventude): Boa noite, Vice-Prefeito Sebastião Melo, secretários! Primeiro eu quero dar 982
os parabéns aos conselheiros que estão hoje aqui, aos que foram à audiência pública 983
hoje lá na Câmara, a todos os CCs, cargos de confiança, que sem vocês lá os CARs não 984
andam. Não é mentira, eu não estou brincando, eu estou falando a verdade. Mas eu 985
também tenho que defender os servidores públicos, né, Gledson? DMAE, e tantos outros 986
que estão trabalhando. Mal ou bem, porque tem os bons e tem os ruins. Em cima disso 987
eu vou colocar o seguinte: como é que estão as nossas terceirizadas? Porque lá na 988
minha região, Laura, tem esgoto entupido faz mais de três meses, tem ponto de luz que 989
eu estou pedindo há quatro anos, e assim vai acumulando as coisas. Vim da Região Eixo 990
Baltazar, Negro, a teu convite para dentro da Temática de Cultura, estamos fazendo um 991
trabalho, está sendo reconhecido. Ótimo! Mas está me dando um medo da próxima 992
assembleia, porque o pessoal vai dizer assim: “Ué! Não vieram aqui falar que era para cá 993
que a gente tinha que vim encaminhar nossas demandas? Nós brigamos e gravamos na 994
hierarquização e agora não está saindo nada?”. Negro, R$ 2 milhões só na Temática, nós 995
temos dez regiões aí. Caro Prefeito, o senhor abriu um diálogo, pediu quinze dias, nós 996
compreendemos, nós aguardamos e não fomos atendidos. Fomos direto ao Prefeito, 997
21
entregamos um documento pedindo uma audiência, não fomos atendidos. Aí mandamos 998
para o Conselho Municipal de Cultura um pedido de ajuda do qual surgiu essa audiência 999
pública, através do Conselho Municipal de Cultura, porque eles se apavoraram. Diálogo. 1000
É a terceira vez que eu tenho conversado com o senhor e a terceira vez que eu lhe cobro 1001
de novo, porque eu aprendi lá no seu gabinete, porque é a primeira coisa que o senhor 1002
disse: “Nós temos que ir para o diálogo.”. O Negro cobra. Eu tenho aprendido muito 1003
dentro do Orçamento Participativo, eu tenho ouvido muito, porque eu sou novo dentro do 1004
Orçamento Participativo, entrei em 2013. E o que eu tenho percebido está me dando 1005
medo, e cada vez me dá mais medo. Que modelo é esse que nós estamos tentando 1006
exportar? Será que é o verdadeiro? O que eu vou chegar agora e dizer para as minhas 1007
entidades que demandaram? Jakubaszko. (Manifestações da plenária fora do microfone). 1008
Não. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo. 1009
CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e Juventude): Nós 1010
estamos passando por uma crise, é verdade, só que o Portal da Transparência da 1011
arrecadação me aponta ali um decréscimo de 11% na arrecadação. Então, nós não 1012
estamos com 30% de decréscimo, 40% de decréscimo, a não ser que o Portal 1013
Transparência não esteja dando números corretos e factíveis, aí nós temos que rever, 1014
então, o lançamento contábil lá, Negro, tu que és contador. CONSELHEIRO DINAR 1015
MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, Dionísio. CONSELHEIRO 1016
DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e Juventude): Então, pessoal, eu acho 1017
que está na hora de a gente parar, sentar, refletir melhor isso aí. E concordo com o 1018
Carlos Siegle, que fala o seguinte: nós vamos ter que dar uma freada, porque se nós 1019
deixarmos a coisa rolar do jeito que está rolando e nós não conseguirmos pagar o que 1020
está já demandado, o que nós vamos fazer? CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA 1021
(Região Extremo-Sul): Concluindo, Dionísio. Obrigado! A Beth é a próxima. 1022
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES “Tia Beth” (Região Leste): Boa 1023
noite a todos! Eu só queria informar que tem três ou quatro demandas aí que já foram 1024
feitas em 2015 que a SME fez, que eram quadras de basquete, essas coisas a SME já 1025
fez todas elas. E, olha, nós temos aqui o Posto da Tia Beth, eu espero realmente que ele 1026
saia nesse 2016, né, porque esse posto já é muito falado dentro do Orçamento 1027
Participativo. E eu só queria que o Nenê esclarecesse depois sobre a cultura, eu já tinha 1028
me inscrito. Nenê, nós, lá na nossa região, fizemos o seguinte: quando tivemos cultura e 1029
juventude, antes de conversar com os nossos, conversamos com os representantes da 1030
secretaria e perguntando quais são as demandas viáveis a serem realizadas, para acabar 1031
a enrolação, para não ter uma coisa monstruosa que não pudéssemos cumprir. Para a 1032
nossa infelicidade, juventude e cultura, que foi o que mais nos apontou, não realizamos 1033
nada. E como a gente vai explicar para as comunidades? Tu sabes, a Bom Jesus nós 1034
trabalhamos em uma área que é muito vulnerável. Como a gente pode ajudar essas 1035
crianças? Como a gente pode fazer isso? É com a cultura e juventude. Então, cada dia 1036
vai piorar. Não temos esperança nenhuma. Muito obrigada! Boa noite. CONSELHEIRO 1037
DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Obrigado! Fechou o grupo de cinco, 1038
nós temos mais quatro. Responde ou vamos tocar esses quatro agora, pessoal? 1039
Tocamos esses quatro, né? A próxima é a Cleusi Coelho. CONSELHEIRO CLEUSI 1040
COELHO DA ROSA (Região Eixo Baltazar): Boa noite, senhoras e senhores! Eu acho 1041
que a minha fala já está praticamente dispensada, mas eu só quero fazer um relato aqui. 1042
Esse núcleo 22 não é do Jardim Leopoldina, é do Conjunto Habitacional Rubem Berta da 1043
Associação. Certo? Está errado. Então, a única coisa que ficou para nós aqui botaram o 1044
nome errado. Então, isso quer dizer que as pessoas não conhecem uma comunidade de 1045
80 mil pessoas, onde tem uma rádio comunitária, tem um Safe, assistente social, tem 1046
tudo que uma subprefeitura precisava ter nós temos lá no nosso Conjunto Habitacional 1047
22
Rubem Berta. Quero também dizer que essas minhas colocações, também o meu 1048
agradecimento ao Melo, que sempre foi parceiro, mas eu sempre digo assim: o nosso 1049
Prefeito e o nosso Vice-Prefeito às vezes botam os seus secretários para fazerem as 1050
coisas certas sem precisar incomodá-los e eles fazem tudo errado. Está aqui a prova. 1051
Aqui tem demandas de elite, gente, representante de político, mas a Amorb não tem. A 1052
Amorb tem um trabalhador que nem eu, trabalha de graça, temos cem crianças lá e 1053
temos um movimento de duas mil crianças ao mês. Duas mil crianças, gente, eu não 1054
estou falando de duas crianças. A Prefeitura não reconhece, pelo contrário, estão tirando 1055
todos os nossos dinheirinhos que estão sobrando porque nós temos que devolver para a 1056
FASC porque a FASC levou dois anos para corrigir uma prestação de contas e agora 1057
achou erro estão cobrando tudo de nós. Então, está tudo errado, gente. Está tudo errado! 1058
Eu acho que nós temos que parar para pensar, temos que refletir. Nós temos um Cohab 1059
é só Rap que é uma festa de juventude que cada vez para se fazer esse evento dez mil 1060
pessoas, o maior evento de vila dentro do Brasil, reconhecido em todo Brasil e a 1061
Prefeitura não reconhece, mas o Melo nos ajuda. O Melo nos ajudou. Então, esses 1062
reconhecimentos nós temos que dar, mas nós não temos mais que ir lá brigar, nós temos 1063
que garantir o nosso direito. Nós temos aí também na Secretaria da Cultura, que quase 1064
enfartou o vereador lá na Câmara de Vereadores e mandou um recado, Prefeito e o 1065
Secretário da Cultura. Que vocês ajudem, porque ele pagou um mico lá e teve que se 1066
responsabilizar por tudo porque a Secretaria de Cultura tem um cara que se chama 1067
Maricato que não quer saber das vilas. (Manifestações da plenária). Esses anos todos 1068
que nós nos vemos, esses anos todos... Gente, eu estou falando por mim. 1069
(Manifestações da plenária). Esses anos todos... (Manifestações da plenária). Posso 1070
falar? CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Pessoal, 1071
vamos garantir a fala do companheiro. CONSELHEIRO CLEUSI COELHO DA ROSA 1072
(Região Eixo Baltazar): Gente, vocês não me intimidaram pela vaia porque se o 1073
Maricato fez para vocês não fez por Rubem Berta. É isso que eu quero falar. Se fez por 1074
vocês não fez por Rubem Berta. (Manifestações da plenária). Então, por favor, deixa eu 1075
expressar o meu bairro. Eu não estou falando no bairro de vocês, estou falando no meu, 1076
e é meu direito de falar. (Manifestações da plenária fora do microfone). A senhora vai 1077
deixar eu falar? Então, por favor, quando tu falares vou impedir a tua fala. 1078
(Manifestações da plenária). Gente, eu quero dizer o seguinte: nós ficamos à mercê da 1079
bandidagem dos nossos... CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-1080
Sul): Pessoal, vamos garantir a palavra. CONSELHEIRO CLEUSI COELHO DA ROSA 1081
(Região Eixo Baltazar): Nós ficamos à mercê da bandidagem porque nós hoje não 1082
temos cultura na nossa região, nós não temos maior reconhecimento. E aqui nesse 1083
documento, gente, tem entidades que são representadas por políticos e estão 1084
contempladas aqui. Então, até vou parar de falar. O que eu queria falar continuo falando. 1085
O Maricato não fez nada pela nossa região. Eu quero ver qual seria a resposta dos 1086
demais. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo. 1087
CONSELHEIRO CLEUSI COELHO DA ROSA (Região Eixo Baltazar): Nós, sim, 1088
estamos sofrendo na comunidade. Até me tirou a minha palavra, porque coisa feia 1089
quando a pessoa vai falar, defender o seu bairro, as pessoas com a língua mais comprida 1090
vem vaiar. (Manifestações da plenária). CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA 1091
(Região Extremo-Sul): Pessoal, vamos nos respeitar. Vamos manter a ordem aí. SR. 1092
MAXIMO ALFONSO (Gerência do Orçamento Participativo): Calma aí, pessoal. 1093
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): É a Bernadete a 1094
próxima. SR. MAXIMO ALFONSO (Gerência do Orçamento Participativo): Dona 1095
Bernadete. Jurema, por favor. CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES 1096
DORNELLES “Berna” (Região Cruzeiro): Boa noite! Gente, vamos respeitar o nosso 1097
23
colega, porque, por exemplo, assim: o DEP está sempre lá no Buiú, na minha região ele 1098
não vai. (Falas concomitantes). CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região 1099
Extremo-Sul): Berna, só um minutinho aí. Pessoal, vamos garantir a palavra dela. 1100
CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES DORNELLES “Berna” (Região 1101
Cruzeiro): Claro! Nós temos que respeitar o manifesto de cada um que vem aqui, porque 1102
quando uma secretaria vai a um bairro, por exemplo: o DEP já vai fazer quatro anos que 1103
nós buscamos e ele não vai, e eu vejo as fotos postadas no Face nos bairros onde ele 1104
vai. Eu não venho aqui e não critico quando é elogio porque nós temos que ouvir. Na 1105
região dele o Maricato não vai, na nossa o Maricato vai. Nós devemos estar felizes pela 1106
presença dele, mas eles infelizmente estão tristes. Bom, eu quero dizer uma coisa para a 1107
Secretária Izabel, que toda vez que a gente vem falar nas demandas eu bato sempre na 1108
mesma tecla. Toda vez que nós recebemos esse papel com as nossas demandas os 1109
valores não vêm. Nós nunca soubemos o que nós temos direito para dentro das nossas 1110
regiões. Outra coisa que eu acho, assim: eu sou contra a parar de demandar, porque 1111
tudo que não está no livro não existe. Então, eu acho que a Prefeitura e a Secretária ali 1112
tem que achar uma maneira de antes de nós fazermos as demandas passar para nós o 1113
que tem no caixa, para que quando nós formos para dentro das regiões e nós formos 1114
para as reuniões onde os nossos delegados vão fazer as demandas eles já estarem 1115
cientes: “Bom, para a Secretaria da Juventude tem tanto, para tanto tem...”. Eu acho que 1116
tem que fatiar o bolo e não deixar nós fazermos papel de bobo dentro das nossas 1117
assembleias, como eu vi alguém aqui dizer que milhões se depois nós vamos receber só 1118
o glacê, o recheio, e a cereja do bolo não aparece. Cada dia, pessoal, se vocês 1119
perceberem, o nosso OP está mudando, porque até o ano retrasado, nós fomos 1120
chamados para verificar o ano retrasado as nossas demandas, esse ano, eu acho que o 1121
ano passado, nós não somos mais chamados. Está se passando por cima dos 1122
conselheiros, por cima das regiões. E eu acho assim: ou nós vamos sentar, como eu 1123
disse aquele dia para a Laura, e passar a discutir somente os conselheiros, sem 1124
presença de governo, nós discutirmos e dar um jeito de mudar. E eu acho que as nossas 1125
demandas têm que serem respeitadas. Só quem tem o direito de resolver lá dentro o que 1126
vai e o que não vai são as regiões, não o governo. Eu espero, Prefeito, que se o senhor 1127
for eleito, porque eu já vejo tanta gente lhe chamando de prefeito que até já achei que 1128
tinha acontecido as eleições (risos), que o senhor mude essa mentalidade, que o senhor 1129
tenha cuidado ao escolher o secretário, porque nesse comando que está agora nós 1130
temos tido uns secretários, assim, com uma falta de respeito com as regiões. Eu não falo 1131
nem dos conselheiros, eu falo das regiões, porque quando eles não se apresentam nas 1132
regiões isso é uma falta de respeito. Se fosse eu que chamasse e ele não viesse, por 1133
mim não tinha problema nenhum porque de repente ele não gosta de mim, né. 1134
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, 1135
Bernadete. CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES DORNELLES “Berna” 1136
(Região Cruzeiro): Só um pouquinho. Mas eu acho assim: que ele tem que respeitar as 1137
regiões, porque nós estamos cansados de fazer reuniões, chamar secretário e secretário 1138
não vai. Já teve secretário que eu com os dois e-mails na mão, o do DEP, e liguei porque 1139
ele me deu o telefone para ligar direto para ele. Isso é uma queixa para ti, Melo. E aí eu 1140
liguei para ele: “O senhor vai estar hoje na nossa reunião?”; “Que reunião?”; eu disse: “Na 1141
quinta foi mandado o e-mail.”. O CAR mandou o e-mail e eu pedi as cópias, e ele disse: 1142
“Não, não veio e-mail.”. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-1143
Sul): Concluindo, Bernadete. CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES 1144
DORNELLES “Berna” (Região Cruzeiro): E eu tinha os e-mails. E até agora nós não 1145
tivemos a presença do DEP lá. Eu espero que ele vá atender o nosso chamado agora, 1146
que Deus leve para bem longe o Tarso. (Risos). CONSELHEIRO DINAR MELO DE 1147
24
SOUZA (Região Extremo-Sul): Obrigado, Bernadete! Dona Rosa Labandeira a próxima. 1148
CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Bem, 1149
Secretário e Secretária Izabel, eu já quero desde agora deixar a agenda da Região 1150
Centro-Sul marcada lá no seu gabinete junto com o Nenê, junto com o Marcelo, porque 1151
quando a senhora falou a senhora disse: “Bom, se alguém tiver algum problema me 1152
procure para nós resolvermos.”. Nós temos vários problemas aqui, porque quando foi-nos 1153
colocada a questão que nós fomos ver, foi no 11º andar que houve aquela reunião com o 1154
Prefeito onde estava o secretário da SMOV, todo mundo, as ruas estavam pavimentadas, 1155
estavam bonitas, tudo ok. Aqui aparece “rua em projeto”. Eu não aceito isso. Se foi dito lá 1156
que as ruas seriam pavimentadas, elas serão pavimentadas, porque nós, nas 1157
comunidades, temos o respeito pelos delegados que lá vão. E nós precisamos que seja 1158
respeitada a nossa palavra, porque nós praticamente somos os miniprefeitos lá na 1159
comunidade, a informação que nós levamos eles acreditam, e aqui eu não estou para 1160
mentir para ninguém. Então, nós vamos resolver isso aqui de uma vez por todos, e eu 1161
espero que todas as regiões também façam a mesma coisa. E vamos resolver onde que 1162
está o erro e vamos corrigir, porque a Secretária já se colocou à disposição. Se eu tiver 1163
que passar o dia inteiro batendo lá eu vou ficar, mas eu vou resolver o problema da nossa 1164
região. Espero que os demais façam também a mesma coisa. Não aceitar erros, porque 1165
quem paga somos nós, quem passa por mentirosos somos nós. Eu quero saber, eu já 1166
procurei o Renê, eu já procurei a Secretária, eu já falei com o Secretário Carlos Siegle 1167
também, a respeito do SASE da Cristiano Kraemer. É um SASE que tem uma demanda 1168
de praticamente cinco anos. Aqui eu não vi o SASE, eu vejo aqui quarenta metas para a 1169
São Vicente, eu vejo miniatura, migalha, e de migalha nós não vamos viver, não. Ou nós 1170
queremos dinheiro em cima disso e respeitem o que a gente decidiu na região... A 1171
comunidade está lá perdendo dia após dia os jovens para o tráfico. Por quê? Porque está 1172
ali com uma área, está com o projeto pronto do SASE do Loteamento Cristiano Kraemer 1173
e recurso não tem para fazer. Quer dizer, a obra já iniciou, Vice-Prefeito, o projeto já está 1174
pronto, agora nós queremos a execução a obra. Execução da obra da Cristiano Kraemer 1175
nós não vamos abrir mão, vamos brigar até a morte, mas os jovens vão ser atendidos. 1176
Vice-Prefeito, por favor, o senhor vai ser ou não prefeito, veremos no resultado das 1177
eleições. Eu não estou fazendo campanha para ninguém, eu quero é obra na nossa 1178
comunidade. E dizer que a Coordenação pediu uma agenda com o Vice-Prefeito e 1179
posterior a isso fomos recebidos, onde foi pessoal das regiões, as temáticas, ficou 1180
decidido que posterior nós teríamos o retorno. Tentei esta agenda lá do Gabinete do 1181
Secretário Carlos Siegle e a secretária nem retorno nos deu para dizer: “Ele não tem 1182
agenda para vocês.”. Então, por favor, gente, vamos respeitar a Coordenação porque 1183
aqui ninguém tem nariz de palhaço. Nós estamos aqui representando todo esse grupo 1184
aqui. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Concluindo, 1185
Rosa. CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): 1186
Então, mais respeito com a Coordenação. Muito obrigada, pessoal! Não desistam, não 1187
desmereçam. Vamos à luta! E vai ter que sair alguma coisa aqui. Temáticas e regiões, 1188
todo mundo unido. CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): 1189
Obrigado, Rosa! CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região 1190
Centro-Sul): E não aceitamos essa migalha de dinheiro. (Palmas). Muito obrigada! 1191
(Manifestações da plenária fora do microfone). Não, nós não temos, porque nós pedimos 1192
uma agenda com a Cultura para saber o retorno da Cultura, fizemos um movimento na 1193
frente da Prefeitura, não fomos recebidos. (Falas concomitantes). Queremos resposta 1194
agora! Não vamos sair daqui sem resposta. SR. MAXIMO ALFONSO (Gerência do 1195
Orçamento Participativo): Antes de a gente passar essa questão da Cultura, eu só 1196
gostaria de esclarecer uma questão que foi colocada aqui. Jurema, tu falaste a questão 1197
25
de como foram colocadas as demandas de execução no ano. Não foste só tu que falaste, 1198
mas tu começaste este assunto. E falaste em uma palavra de respeito, né. Eu acho que a 1199
gente trabalha ali com muito respeito a questão do Orçamento Participativo. A gente leva 1200
isso muito a sério, nós levamos esse processo muito a sério, a gente tem o maior respeito 1201
por todos os conselheiros e todas as regiões. O que acontece? Quando tu tens uma 1202
análise orçamentária do que é possível em um ano difícil de executar, na verdade a gente 1203
teve que fazer escolhas em cima de situações que vocês colocaram. Todas as demandas 1204
que nós estamos atendendo são demandas colocadas pelo Orçamento Participativo, nós 1205
não inventamos demanda. Certo? Por que, digamos assim, nós estamos executando esta 1206
lista e não outra lista? Primeiro tem uma análise, é o seguinte: nós tivemos alguns 1207
parâmetros que nós tivemos que fazer inclusive para lidar com a crise que nós estamos 1208
enfrentando. Então, ponto 1: obra que já estava em andamento continua a execução este 1209
ano. Projetos que já estavam prontos já tinham capacidade de licitar imediatamente, para 1210
nós não perdermos esta questão nós colocamos. Então, nós tivemos critérios para 1211
colocar por que desta lista e não a outra lista frente aos recursos que nós tínhamos 1212
disponibilizados de fluxo de caixa por parte da Secretaria da Fazenda para nós 1213
conseguirmos executar. Então, assim, a gente pode, inclusive, passar com todos vocês... 1214
E Rosa, realmente, tu vais seguido lá, eu te encontro lá. Então, nós estamos, sim, à 1215
disposição para analisar uma a uma por que entrou e por que a outra não entrou. O que 1216
nós não podemos é trancar recurso orçamentário e ela não ser possível de executar, 1217
porque vão perder duas vezes: não vão executar uma que é possível e vão ficar 1218
esperando uma que daqui a pouco tem todo um processo que não vai dar conta esse 1219
ano. Então, quando tu tens pouco recurso tu tens que fazer uma escolha bastante 1220
apurada para a gente maximizar o recurso, foi só nesse sentido que a gente trabalhou. 1221
Eu quero deixar isso bastante claro, por que tem essa listagem aí. Bom, e sobre essa 1222
questão do por que uma e não outra, até porque nós estamos com um limite muito, muito 1223
estreito, então nós estamos colocando o que a gente tem, digamos assim, capacidade de 1224
execução. A avaliação dos valores, Negro, assim: quando a gente analisa orçamento a 1225
gente tem que entender uma questão: orçamento é fechado lá por final de setembro 1226
porque dia 15 ele tem que estar na Câmara. Então, nós fechamos isso em um cenário de 1227
setembro. Hoje nós estamos em abril, meio de abril. O cenário econômico já vinha ruim e 1228
só foi lomba abaixo. Então, o que nós temos que fazer? Nós tínhamos uma perspectiva, 1229
hoje nós temos outra. E o gestor público, ele tem que ir paulatinamente fazendo essa 1230
análise de cenário e se adequando à realidade. Tu colocas aí uma série de valores que 1231
são relativos à questão da cultura que é um capítulo à parte que a gente vai discutir, em 1232
seguida o Prefeito vai entrar, então eu nem vou me ater a essa questão, certo? Porque tu 1233
colocaste alguns valores ali, ok, e tu falaste assim: “Ah, ninguém discutiu a questão dos 1234
R$ 150 mil.”. Nós discutimos, sim, a questão do acampamento, foi colocado, inclusive, 1235
em relação ao outro ano. Lembra disso? A gente fez uma avaliação disso, mas na época 1236
era possível, sim, atender nesse valor. Bom, vamos ver se vai ser realmente possível 1237
atender agora, mas em setembro era possível, a gente tinha uma previsão orçamentária 1238
de ingresso de recurso que foi possível nós termos colocado todas elas na LOA. Então, o 1239
que nós temos é que ver se hoje nós temos capacidade de execução. Certo? A questão 1240
da SME, Beth. Assim: o que a gente tem que entender de orçamento: a obra termina, 1241
mas a conta não termina. Então, a obra pode ter terminado, mas provavelmente nós 1242
tenhamos ainda contas e faturas a pagar. Se nós temos contas e faturas a pagar, 1243
significa que nós estamos executando orçamento e desembolsando orçamento para este 1244
ano. Então, efetivamente entra na nossa contagem de pagamentos, e ele tem que contar 1245
no computing do que nós temos ainda a pagar. Então, a obra, ela pode estar entregue, 1246
mas ainda nós temos saldos a pagar de contrato este ano. A questão da análise do 1247
26
cadastro: eu já pedi para o pessoal ali, já fiz uma variação com eles, analisassem se o 1248
cadastro realmente está equivocado ou não. Se estiver, vamos corrigir. E a Rosa colocou 1249
a questão das ruas. Eu também vou ver, Rosa, o que aconteceu, porque a gente tinha 1250
essa lista... Vamos ver, porque eu estou achando que tem algum ruído aí, porque a gente 1251
tem a listagem do que a SMOV nos passou, está bem organizado esse material. Então, 1252
assim, vamos ver se não está havendo um equívoco de analisar a demanda. Uma vez até 1253
já aconteceu isso. Lembra? Tu achaste que era uma, era outra, mas a gente se acertou 1254
depois, né? Então, vamos ver se realmente é isso e a gente analisa. E o Sase, Rosa, nós 1255
podemos até vir a discutir essa questão, mas nós não temos recurso. Então, é mais fácil 1256
a gente ser claro e a gente voltar até a discutir em um futuro, mas o pior é a gente 1257
trabalhar com uma ilusão que a gente não vai conseguir cumprir. Então, é nesse sentido 1258
que a gente está discutindo isso de forma bem transparente. E só uma questão, assim, 1259
essa questão do Comitê Gestor de Segunda Instância. Ele não é novo, ele tem desde 1260
2005, é um comitê que se reúne uma a duas vezes por semana e analisa toda questão 1261
de execução orçamentária e financeira. Então, ele não foi criado agora, ele não é um 1262
comitê novo, ele não tem uma composição diferenciada hoje, ele tem isso há doze anos e 1263
ele está trabalhando no mesmo ritmo que vinha trabalhando anteriormente, com a 1264
responsabilidade de analisar o cenário que estamos passando no momento. Está certo? 1265
Obrigada! CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Só para 1266
esclarecimento aqui. Pessoal, ficou em ata ali, eu li várias vezes a lista das pessoas que 1267
estavam inscritas aqui e ninguém reclamou. Agora tem muita gente aqui que está 1268
reclamando e está dizendo que levantou a mão e eu não coloquei na lá. Então, eu quero 1269
deixar claro que está registrado ali que eu li umas duas ou três vezes aqui o pessoal que 1270
tinha inscrito. Tá bom? O nosso Vice-Prefeito vai falar agora, com a palavra. SR. 1271
SEBASTIÃO MELO (Vice-Prefeito Municipal de Porto Alegre): Bom, meus amigos, 1272
primeiro perdoem aí pelo atraso, mas eu tinha um compromisso de abrir lá uma palestra 1273
da FRACAB, que é uma entidade que eu fui estagiário lá na década de 80. E eles 1274
estavam fazendo um debate muito interessante, Nenê, que é o seguinte: “Amizade em 1275
momento de crise.”. Eu achei muito legal, o Professor Carrion estava lá. E eu acho que os 1276
exageros que estão acontecendo no Brasil é muito ruim para a vida do nosso país. A 1277
nossa cidade tem muitos valores, mas um deles é saber conviver com as diferenças. E eu 1278
acho que a gente tem que potencializar isto, pensar diferente da riqueza do processo, do 1279
processo democrático. Agora, não porque pensamos diferente temos que desrespeitar 1280
um ou outro. Eu acho que esse conselho tem lições a dar nesse sentido ao nosso país. 1281
Segundo: eu acho que quando a gente está atravessando um momento de crise, ou 1282
podia dizer muito aguda, a gente não pode parar, a gente não deve parar. Eu acho que o 1283
país passa por várias crises: crise política, crise econômica, crise de moralidade e crise 1284
de representações. E aqui eu quero me fixar um pouquinho mais, e eu queria afastar, de 1285
pronto, o seguinte: eu acho que é muito bom ter eleição, mas eu não venho aqui para 1286
falar disso e pediria que a gente não tocasse nisso. Em respeito a aqui eu estou vindo 1287
aqui como vice-prefeito, cumprirei o meu mandato até o dia 31 de janeiro ao lado do meu 1288
querido amigo honrado Prefeito José Fortunati, e eu não posso me afastar das minhas 1289
funções só porque tem eleição, não é justo eu não vir aqui. Nós podemos tratar as 1290
eleições em um outro momento, em um outro ambiente que não este, correto? Porque o 1291
que nós temos que dar conta do recado é até o dia 31 de janeiro. Eu acho que o primeiro 1292
pacto que nós temos que fazer aqui, até em respeito ao povo, Nenê, Izabel, Roque, acho 1293
que nós temos que tratar é o que nós vamos fazer até o final desse ano. (Manifestações 1294
da plenária fora do microfone). É o tempo que nós temos, é o tempo de validade que o 1295
povo nos deu. Ponto. Eu acho que esse é o primeiro pacto que nós temos que fazer entre 1296
nós. O que nós vamos fazer do ponto de vista de tudo isso que está colocado aqui? 1297
27
Segundo: nós precisamos refletir aqui o seguinte: eu vejo que no Orçamento Participativo 1298
que eu também participo desde o seu nascedouro, ele tem todos os defeitos que tem a 1299
democracia. Às vezes você quer um Orçamento Participativo perfeito, mas tu olhas para a 1300
Câmara de Vereadores, para a Assembleia Legislativa, para o Congresso Nacional, está 1301
cheio de defeitos, então não tem Orçamento Participativo. Agora, eu acho que tem 1302
algumas coisas que nós precisamos refletir conosco aqui. Esquece a figura do vice-1303
prefeito, aqui está o cidadão dialogando com cidadãos, porque é isso que nós somos. Por 1304
exemplo: eu sempre fui defensor, portanto não estou dizendo isso agora, de que eu acho 1305
que está na hora de nós, Orçamento Participativo, saber se nós queremos discutir só os 1306
investimentos da cidade ou se queremos discutir todo orçamento, porque se a gente quer 1307
discutir todo orçamento, aí a gente resolve um punhado das coisas que estão aqui. Por 1308
que algumas coisas a gente discute no Orçamento e outras coisas nós não discutimos no 1309
Orçamento? Eu quero fazer essa provocação aos meus queridos conselheiros. Segundo: 1310
será que ao longo desses 27 anos tão decantados, talvez não esses conselheiros que 1311
estão aqui, os que já deixaram, voltaram, sabiam que seriam inexequíveis e votaram por 1312
isto. E o governo também foi conivente com isso, os governos. Por isso tem passivos 1313
enormes também de obras que são inexequíveis. Então, me parece que essa é uma 1314
outra reflexão que nós temos que fazer. Eu sei que aquela obra não é viável, não é 1315
possível, não tem condições técnicas, no entanto eu jogo para a plateia, aceito, o governo 1316
aceita e ela nunca sai do papel. Eu acho, sinceramente, que nós temos que refletir sobre 1317
isso. Terceiro: eu acho que nós temos que refletir, eu já me posicionei sobre isso, eu não 1318
acho correto que pessoas de outras regiões venham demandar, opinar e votar em outra 1319
região, sendo que tem que ser por... Eu não concordo com isso nem aqui nem na China. 1320
Eu não concordo com isso. Quer dizer, chegar ao Orçamento Participativo, está cheio de 1321
ônibus lotado lá: “De onde é que o senhor vem?”; “Ah não, eu vim aqui...”. O cara já 1322
entrega a urna, já entrega cédula para alguém votar no lugar dele. (Palmas). Aí eu quero 1323
seriedade no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, mas eu quero a mudança, 1324
mas desde que não seja perto da minha casa, né. Eu quero mudança no mundo, mas às 1325
vezes não mudo o meu filho, mas o do vizinho eu quero mudar. Tu entendeste? Então, 1326
eu acho que nós temos que refletir juntos porque eu acho que o que nós não podemos, 1327
que é a minha avaliação, é pensar que a democracia só com mais democracia. Portanto 1328
o que eu quero dizer é o seguinte: não há de se falar em acabar com o OP... Não, não. 1329
Nós temos que ter mais democracia e mais qualificada. Isso é o que eu acho. Agora 1330
vamos outra questão em um papo muito franco. Eu, sinceramente, acho que o Prefeito 1331
Fogaça e o Prefeito Fortunati decidiram o correto, porque eu estava lá em um outro 1332
papel, que era o de vereador, mas eu tinha um pacote fechado, o pegava ou não pegava, 1333
que são as obras da cidade estruturantes. Então, tu tinhas uma Copa que o Brasil tinha 1334
lutado por ela, os governadores lutaram por ela e os prefeitos lutaram por ela. Depois que 1335
as coisas não deram muito certo, aí que os companheiros começaram a dizer: “Ah, eu 1336
sou contra a Copa.”. Não. Eu fui a favor da Copa para ela vim, fui a favor da Copa na sua 1337
realização e acho que para Porto Alegre foi uma grande e uma bela conquista. Eu não 1338
tenho dúvida e não tenho vergonha de debater esse assunto. Não tenho vergonha! 1339
Então, nós tínhamos um pacote que tu tinhas: ou tu pegavas ou não pegavas, tu tinhas 1340
um dinheiro mais barato e tu tinhas um prazo mais longo. Então, eu acho que uma coisa 1341
que também para mim está muito clara é o seguinte: nós não devemos abrir mais obras 1342
em Porto Alegre, nós temos que concluir as obras que estão aí e nós temos que cuidar 1343
dos serviços da cidade, porque os serviços da cidade, e aí eu quero começar a fazer um 1344
convite para vocês para poder ter um assento o seguinte: 1) esse dito e bem dito aqui, e 1345
é um comitê necessário, todos os comitês da Prefeitura são necessários, não tem 1346
nenhum que é desnecessário, porque você faz uma transversalidade na gestão é através 1347
28
dos comitês, dos contratos de gestão. Então, isso está tudo certo. Então, vem lá a Saúde, 1348
bota um assunto, mas o assunto saúde não é só da Saúde. Então, neste comitê permite 1349
que as secretarias que têm afinidade com aquele tema, ela possa discutir e ajudar a 1350
tomar a decisão. Agora, é verdade que tem gente que trabalha a transversalidade, 1351
acredita nela, e tem outros que fazem de conta. E eu também tenho que dizer isso dentro 1352
do meu governo. Então, o seguinte: o Comitê de Segunda Instância é aquele que antes 1353
de chegar à porta do Prefeito, ele acaba tomando decisões às vezes certas e às vezes 1354
decisões equivocadas, ou às vezes decisões possíveis. Uma coisa é orçamento. Eu 1355
posso ter orçamento, mas não posso ter dinheiro. Então, o que tem acontecido conosco é 1356
assim: “Está no orçamento, está no livro”. Mas me digam uma coisa. O Sartori não está 1357
pagando o salário. Ele está pagando porque ele não quer? É porque ele não tem dinheiro 1358
para pagar. Vamos prender ele? (Manifestações da plenária fora do microfone). Tá bem. 1359
Devia, não devia. Mas ele não tem dinheiro para pagar. E se nós chegarmos aqui de 1360
atrasar a folha, vai fazer o que com o Fortunati e com o Melo? (Manifestações da plenária 1361
fora do microfone). Ok. Tá bem. Eu quero dizer o seguinte: não basta ter orçamento, tem 1362
que ter caixa, tem que ter dinheiro, tem que ter regime de caixa. Então, eu acho, 1363
sinceramente, eu vou dizer para vocês: o Prefeito Fortunati, e eu me coloco ao lado dele 1364
porque vice-prefeito sou, se nós conseguirmos manter o serviço que está aí eu já estou 1365
muito satisfeito. Não dá para esperar para aumentar nada, e quem disser isso não tem 1366
autorização do governo, porque não tem dinheiro para aumentar nada. Se nós 1367
mantivermos o que temos, eu quero dizer que vamos chegar felizes no final desse 1368
governo. Por quê? Porque a arrecadação está diminuindo e vai diminuir, porque a crise, 1369
independente de domingo, do que aconteça, vamos lá. Tem três coisas aí, quer dizer, 1370
duas incertezas. Sinceramente, eu, como cidadão, o que vai acontecer? Aceita o 1371
impeachment, não aceita o impeachment, a crise continua. Na minha avaliação, a crise 1372
continua aceitando ou não aceitando. E que se a Câmara aceitar o Senado tem que 1373
enfrentar. E o Senado pode aceitar e o Senado pode não aceitar, mas se o Senado 1374
aceitar tu tens seis meses para julgamento. Então, eu estou falando de maio, eu estou 1375
falando de junho, eu estou falando de julho, eu estou falando de agosto, eu estou falando 1376
de setembro, eu estou falando de outubro. Então, vocês pensem o seguinte: 1377
independente, então, se tem abertura de processo, tu tens seis, sete meses, oito meses 1378
dependendo do judiciário. Então, não pensem que o país vai sair desta crise amanhã: 1379
“Ah, domingo as pessoas vão para a rua, aceita...”. Não, o primeiro não aceita, aceita 1380
abertura do processo se aceitar, que eu tenho mil dúvidas se isso vai acontecer ou se 1381
não vai acontecer, mas se aceitar a abertura, no estado democrático de direito as 1382
pessoas tem direito à defesa. Ninguém pode ser julgado sem direito à defesa, é para isso 1383
que é a democracia. Eu tenho que assegurar, o estado democrático de direito é as 1384
pessoas terem direito de defesa. Então, não espere para este ano. Então, este é um ano 1385
perdido. Se a economia não foi bem em 2015, este ano vai ser muito pior. Muito pior. 1386
Então, nós não podemos vender ilusões, nós vamos ter que fazer isso que vocês estão 1387
dizendo mesmo. Então, eu quero dizer para vocês o seguinte: eu presido um comitê de 1388
serviços que se reúne rigorosamente todas as sextas-feiras. Sexta-feira passada, a Izabel 1389
é sabedora disso, acho que o Nenê recebeu a minha correspondência também, é o 1390
seguinte: neste Comitê de Segunda Instância não tinha representação da secretaria de 1391
ponta. Então, eu conversei com o Prefeito e nós conseguimos fazer com que teremos 1392
uma representação das secretarias de ponta para que elas possam trazer todo esse 1393
clamor que na verdade é o clamor que vem da cidade do ponto de vista dos serviços. E 1394
eu, todas as sextas-feiras, inclusive agora estamos envolvendo os CARs, como eu não 1395
posso estar nessa reunião da sexta-feira em função de um compromisso, eu queria ver 1396
se o conselho, Rosa, poderia começar a fazer parte conosco desses comitês da sexta-1397
29
feira. Lá não se trata de obras, é só serviços, tá? Então, vai ter o secretário, vai ter os 1398
CARs e os conselheiros vão ter um assento lá para nós enfrentarmos essas questões 1399
não da Rosa e do Dinar, mas enfrentar o conjunto dessas coisas que nós estamos 1400
ouvindo aqui. Correto? Então, se vocês aceitarem esse convite eu quero que vocês 1401
façam parte desse comitê de serviços. Por quê? Porque realmente essa questão do 1402
entrosamento, da cooperação, toda vez que eu vejo a palavra “luta” eu assusto com ela, 1403
porque na luta sempre alguém ganha e alguém perde, Bernadete. Quando há 1404
cooperação todos ganham, quando há luta, Cleusi, alguém ganha e alguém perde. Aí eu 1405
já me assusto, porque se eu entro em uma luta ou tu bates em mim ou eu bato em ti. 1406
Agora, quando eu entro em um processo de cooperação todos ganham. Então, essa é a 1407
primeira questão. Segundo: eu recebi vocês longamente, estava o Busatto, estava o 1408
Nenê. Quem mais estava lá, Nenê? Estava o Oscar, Izabel. O Tonetto não estava 1409
naquela reunião. Neroli, Luciano. E nós assumimos três compromissos ali que foram 1410
lançados à mesa. Primeiro deles: contrapartidas da cidade. Me relataram que a reunião 1411
com o nosso querido Giovani Carminatti não foi boa porque ele usou um linguajar muito 1412
técnico. Eu conversei com ele, é uma pessoa boa, tem qualidade, mas eu disse: “Tchê, lá 1413
a conversa é o seguinte: esse urbanês o povo não entende isso.”. Então, eu quero dizer o 1414
seguinte: nós voltaremos a esse tema. E aí eu acho, Nenê, que tu ou o Busatto, que 1415
vocês montem... (Manifestações da plenária fora do microfone). É com ele, mas não só 1416
com ele, tem que ter a presença sob o domínio... Então, eu quero dizer o seguinte: está 1417
ratificado, não terá nenhuma contrapartida dessa cidade, a partir daquele compromisso, 1418
que não vai ter uma exaustiva discussão. Agora, vocês têm que entender que tem 1419
contrapartidas que elas são do ponto de vista, é o seguinte: para viabilizar aquele 1420
empreendimento eu tenho que alargar aquela rua, não adianta. Então, aquilo está 1421
cravado. Agora, tem outras coisas que são as contrapartidas sociais. Cada caso é um 1422
caso e tem que ser analisado. Então, esse compromisso está ratificado. O segundo 1423
compromisso é o compromisso da questão do asfaltamento do dinheiro que vem da CAF, 1424
que vocês estiveram lá no BRDE, também está ratificado esse compromisso. Correto? 1425
Está ratificado. Bom, nós ficamos uma terceira pendência, e aí eu não estou pedindo 1426
perdão, nada disso, o governo é maior do que o Melo e às vezes o governo é maior do 1427
que o próprio Prefeito. Então, nós tivemos três reuniões, quatro reuniões, né, ô...? Me 1428
ajuda aqui, Izabel. Para chegar a esse ponto aqui. Por quê? Porque o Secretário da 1429
Fazenda, ele que é o sujeito competente, quer o bem da cidade, mas ele sofre pressões 1430
de todos os lados. A Izabel é outra que é que nem o Roque Balboa, é soqueada todo dia, 1431
entendeu? (Risos). Daqui a pouco ela tem que dar uma reagida. Correto? Então, o que 1432
nós estamos trazendo, Rosa, Dinar, dos nossos encontros? O que nós conseguimos? 1433
Construir com o Prefeito, com o Vice-Prefeito e com o Secretário da Fazenda, com o 1434
Orçamento, com o Roque, é o seguinte: nós vamos liberar R$ 500 mil até junho para a 1435
Cultura. Até julho. É isso, né, Izabel? Até julho. E nós voltaremos a conversar depois. 1436
Agora, esse montante, Roque, vocês têm que construir e trazer para o governo, nós não 1437
vamos decidir isso, Oscar. Então, isso está concertado no governo. Então, eu estou 1438
falando desse mês, eu estou falando do mês de maio, eu estou falando de junho e eu 1439
estou falando de julho, nós voltaremos a conversar sobre o tema, porque nós vamos 1440
acompanhar a receita, porque alguém há de dizer: “Não, mas tem que ser R$ 1,5 milhão, 1441
tem que ser R$ 1,2 milhão, tem que ser R$ 1,9 milhão.”. Neste momento, papo franco, 1442
não tem recurso, não adianta dizer: “É isso...”. Não. O que nós acertamos no governo 1443
depois de quebrar o pau de duzentas reuniões é esse valor. Se vocês disserem: “Olha, 1444
Melo, não dá os R$ 500 mil.”. Tá bem. Eu vou respeitar, eu vou dizer: “Olha, recolham o 1445
trem de pouso, não dá, não tem como.”. Na verdade os R$ 500 mil eram para o ano todo, 1446
eu não aceitei essa decisão, o Prefeito não aceitou essa decisão, o Roque não aceitou 1447
30
essa decisão e nós, então, combinamos até julho para que a gente volte a conversar a 1448
partir de julho. No final de julho a gente pode e teremos uma reunião para tratar desse 1449
tema. No mais, eu queria dizer para vocês, para finalizar, o seguinte: eu sempre acho, né, 1450
aqui eu sou que nem carro velho, tenho muitos defeitos. Então, é bom, carro velho tu 1451
conheces, tem defeito. Eu acho que tem duas coisas que não podem faltar a um governo 1452
entre tantas outras, que é transparência nos seus atos e diálogo, porque quando a gente 1453
tem a capacidade de reconhecer... E eu quero dizer que me orgulho muito de fazer parte 1454
desse projeto, mas eu tenho a capacidade de reconhecer que nós temos falha nesse 1455
projeto, nós temos falhas como todo governo que tem doze anos tem muitos acertos e 1456
tem muitos erros. Na minha avaliação, respeitando quem pensa diferente, tem mais 1457
acertos do que erros, mas é claro que têm equívocos. Eu acho que realmente merece 1458
uma discussão aprofundada de um governo mais gerencial. Eu acho que merece essa 1459
discussão. Acho que realmente essa é uma discussão necessária quando o Brasil passa 1460
por crise: tamanho de governos, governo mais gerencial, diminuir governo, tudo isso eu 1461
acho que não dá para tapar o sol com uma peneira grossa. Eu acho que isso tem que 1462
fazer parte. Se nós temos dinheiro para a cultura, se tu não tens dinheiro para isso aqui, 1463
então o gestor tem que ter esta capacidade. Agora, você não pode pedir isto para o 1464
Prefeito Fortunati, que está terminando o mandato, em uma composição que foi feita. Eu 1465
acho que o futuro governo dessa cidade, seja ele quem for, o povo é quem vai decidir, ele 1466
vai ter que refletir sobre isso obrigatoriamente porque a crise vai estar mais agudizada. E 1467
eu acho também, especialmente, para finalizar, eu acho que nós precisamos... Eu tenho 1468
conversado com todos, mas muito com a Izabel sobre isso. Eu acho o seguinte: os 1469
serviços da cidade, eles precisam, além de ser mais gerencial, as tecnologias têm que 1470
estar a serviço da melhoria do serviço. Eu vou dar um exemplo para vocês: que bom, 1471
meus amigos, que o temporal foi em fevereiro, porque tinha menos gente na cidade, que 1472
bom que foi quase no início da madrugada, que tinha menos gente, que bom que foi em 1473
uma cidade consolidada, porque se fosse nas vilas tinha matado muita gente, e que bom 1474
que o primeiro combate do vento foi nas árvores, porque senão ia matar pessoas e 1475
derrubar prédios. Foi melhor perder duas mil árvores do que não perder nenhuma 1476
pessoa, porque as árvores você repõe, uma vida você não repõe, a do ser humano. 1477
Agora, nós temos um problema: podas de árvores históricas nessa cidade. E no comitê 1478
gestor lá dos serviços, e que vocês vão estar lá, nós tomamos uma decisão de autorizar 1479
no Fumip, que é o Fundo Municipal, de que no que diz respeito à ADIP... É o Fumip, né? 1480
No que diz respeito às podas... Porque tu vais lá e tu reclamas: “Falta iluminação 1481
pública.”; aí o cara chega lá e sabe o que é? As copas estão tapando as iluminações. 1482
Então, nós autorizamos abrir um processo para que o dinheiro do Fumip contrate as 1483
podas especificamente para a iluminação pública. E a gente entende que, por exemplo, 1484
no caso da SMAM você não tem que ter mais uma zonal, que vai pegar uma fixinha e vai 1485
chegar ao final do mês e vai dizer o seguinte: “Meus amigos, eu estou atestando que o 1486
cara podou 3.500 árvores.”. Quem é que me diz que foram 3.500? Quem é que me diz 1487
que foram 5 mil? Eu não estou acusando ninguém, eu só estou dizendo que esse é um 1488
sistema antigo, arcaico. Muitas falhas. Agora, no comitê de serviços, eu estou 1489
socializando porque eu acho que tem tudo a ver, por exemplo, nós temos uma questão: 1490
de quem é o buraco na cidade? É do DEP? É da SMOV? É do DMAE? É da antiga CRT? 1491
É da Sul Gás? É do nosso querido Arcebispo ali no Metropolitano? Então, do ponto de 1492
vista da Prefeitura nós criamos lá na última sexta-feira o seguinte: eles já começaram a 1493
vistoriar um teco da SMOV, um teco do DMAE, então eles já estão fazendo as vistorias 1494
conjuntas para poder, se é do governo, dizer de quem é o buraco. Tu entendeste? Eu 1495
quero dizer o seguinte: mas isso é serviço da cidade que eu acho que é um passo que 1496
nós temos que dar. Não é possível que tu tenhas uma PROCEMPA, que é de 74, e tu 1497
31
não tens um sistema que o motorista de táxi, que o ônibus, o Seu Melo da vida, o Seu 1498
José da vida fotografa que cai lá, dizer: “Buraco, buraco, buraco.”. O governo não tem 1499
que ter medo disso. Tem buraco, tem que assumir os buracos. Então, a tecnologia tem 1500
que melhorar os serviços. Outra coisa: agora, depois de muito tempo, vai sair uma 1501
licitação unificando a limpeza da cidade. Eu quero dizer que eu sou pai, avô, tio desse 1502
negócio, porque nesses três anos a gente vem lutando para poder convencer. Porque o 1503
seguinte: tchê! O cara vem cortando a grama, aí ele chega a uma praça: “Só um 1504
minutinho. Eu sou do DMLU e não posso entrar que essa praça não é minha.”; aí ele 1505
chega a um campo de futebol: “Só um minutinho. Eu não posso entrar aqui porque aqui 1506
tem um campo de futebol, é da SME.”; aí ele chega a um colégio: “Não, só um minutinho. 1507
É municipal, mas eu não posso cortar porque esse não é meu.”. Mas pelo amor de Deus! 1508
Isso é da época do Getúlio Vargas. Tu entendeste? Então, esse processo, depois de 1509
vencer e vencer, porque tinha uma série de aristocracias nele, isso agora, né, Izabel, é 1510
fato e a licitação sairá unificada. Então, isso é um ganho para a cidade. Extremamente é 1511
um ganho para a cidade por quê? Porque aí o gestor vai dizer assim: “Meu amigo, me 1512
desculpe...”. O cara botou lá desde aquelas faixas que eles colam no poste, isso é 1513
limpeza da cidade. Restaurante que bota coisa fora de local é limpeza da cidade, tudo é 1514
limpeza da cidade. Eu estou dizendo tudo isso para vocês porque eu acho também... Eu 1515
falei de três coisas. Eu falei que eu acho que nós temos que rever, na minha avaliação 1516
como cidadão, de refundação da democracia representativa e participativa. Eu acho que 1517
o OP precisa ser refundado em várias coisas, mas acho que também o OP tinha que ser 1518
refundado no ponto de vista de atuar mais na área dos serviços. Chega assim: “Olha, 1519
vamos dar uma parada já que nós estamos em crise?”. “Tá bem. Vamos fazer um pacto 1520
entre nós. Vamos ver se melhoramos os serviços mesmo da cidade.”. Tu entendeste? E 1521
talvez apertar um pouco mais o cerco nessa questão dos serviços, porque eu, 1522
sinceramente, acho que os serviços de uma cidade é o que dá o tom da cidade, mas eu 1523
acho também que tem outras coisas que estão maduras e que nós podemos enfrentar, 1524
que é além da contrapartida. Eu vou olhar para São Paulo, por exemplo, o Haddad está 1525
fazendo algumas coisas muito interessantes lá, eu acho que é um prefeito moderno. Por 1526
exemplo: ele pegou lá regiões da cidade e criou a Operação Consorciada Urbana. Que 1527
bicho é esse? Que diabo é este? A Operação Consorciada Urbana é tu pegares dois 1528
bairros, três bairros, tu pegaste o 4º Distrito, tu vais dar um regime urbanístico diferente 1529
para este bairro. O que é o regime urbanístico? É você permitir mais altura. Não é só isso. 1530
Mas, então, o empresário tem um terreno que ele comprou por uma lógica de construir 1531
dezoito andares. Se a Prefeitura, em um processo transparente, permite que ele construa 1532
vinte e quatro, você pode negociar com o empresário que aquela mais valia dele parte 1533
fica com ele e parte ele toca na infraestrutura da cidade, especialmente na habitação 1534
popular. Que crime tem isso? Por que pobre só tem que morar em vila? Por que não 1535
pode morar no 4º Distrito? Por que não pode morar no centro da cidade? Então, eu acho 1536
que tem coisas que o Orçamento Participativo tem contribuições que são muito grandes 1537
no sentido de não só demandar, mas talvez trabalhar mais um pouco do planejamento 1538
urbano, porque o planejamento urbano vai te dar condição de demandar ali na frente, 1539
porque não há como arrumar recursos no discurso. A coisa mais fácil no mundo político é 1540
o seguinte: é discurso nobre para atitude pobre. Na política às vezes a maioria das 1541
palavras é para encobrir a verdade. Então, eu acho que fica aqui a minha reflexão com os 1542
meus companheiros que eu gosto muito, de dizer que estão ratificados os três 1543
compromissos em relação à cultura, está dada a nossa palavra. E aí o Roque tem que 1544
nos conduzir juntamente com a Descentralização da Cultura, junto com o Orçamento 1545
Participativo, de saber como é que vocês enfrentam essa questão, porque o tamanho que 1546
nós temos que ter é isso, né, Rogério? É isso, Izabel? É isso, Roque? No mais, meus 1547
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amigos, muito obrigado! É uma alegria estar com vocês! (Palmas). CONSELHEIRA 1548
ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Pessoal, a próxima pauta, 1549
então, é a questão da contrapartida e eleger os líderes comunitários para serem 1550
homenageados. Agradecemos a presença de todos! 1551
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- Encerrados os trabalhos às 21h15min. 1553
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Taquígrafa: Patrícia Costa Ribeiro 1555
Registro nº 225257/2003 - FEPLAM 1556