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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO REUNIÃO ORDINÁRIA DE 29/09/2011 Nº 04/2011 Fls. 1 Aos vinte e nove dias do mês de Setembro de dois mil e onze, no Auditório da Quinta do Prado, sob a Presidência de António Manuel Marinho Gomes, Secretariado por Francisco Brochado Lopes e Manuel Maria Fernandes, 1.º e 2.º Secretários, respectivamente, reuniu ordináriamente a Assembleia Municipal de Celorico de Basto, nos termos do art.º 49º do Decreto-Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, revisto pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. -------------------------------- Quando eram quinze horas e trinta minutos o Sr. Presidente da Assembleia Municipal declarou aberta a sessão. ------------------------------------------------------------- Faltaram por motivo justificado os Senhores Deputados Municipais: Joana Sofia Ribeiro da Costa, Joaquim Carvalho de Oliveira, António Lopes da Silva e António Augusto Mota da Silva Ramos. --------------------------------------------------------- Faltou sem motivo justificado o Sr. Deputado Municipal: Luís Miguel Cravo Magalhães. ---------------------------------------------------------------------------------------------- I PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA PONTO N.º 1 APROVAÇÃO DA ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 28 DE ABRIL DE 2011. --------------------------------------------------------------------------------------- Posta a votação foi a mesma aprovada por unanimidade. ------------------------ PONTO N.º 2 APROVAÇÃO DA ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 30 DE JUNHO DE 2011. ------------------------------------------------------------------------------------- Posta a votação foi a mesma aprovada por unanimidade. ------------------------ PONTO N.º 3 INFORMAÇÕES. ---------------------------------------------------------------- O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal informou que representou a Assembleia Municipal em todos os actos para que foi convidado pela Câmara Municipal. Não houve correspondência nenhuma. ------------------------- PONTO N.º 4 OUTROS. -------------------------------------------------------------------------- Pediu para usar da palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, que disse ter já dado entrada na mesa da Assembleia Municipal de uma Moção que o CDS/PP, vai apresentar, tendo-a também entregue aos restantes líderes parlamentares ou seus representantes. A seguir se transcreve: -------------------------------------------------- Moção Criação de Comissão Eventual de Acompanhamento da Reorganização Administrativa do Concelho. O CDS/PP de Celorico de Basto, consciente da importância, urgência e inevitabilidade da reorganização administrativa do território do nosso Concelho, e atendendo, em particular, à sensibilidade do tema junto das nossas populações, vem, de uns meses a esta parte, desenvolvendo um esforço no acompanhamento e auscultação dos diversos agentes envolvidos nesta matéria. Exige-se, de todos nós, um acompanhamento e um interesse

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

REUNIÃO ORDINÁRIA DE 29/09/2011

Nº 04/2011 Fls. 1

Aos vinte e nove dias do mês de Setembro de dois mil e onze, no Auditório

da Quinta do Prado, sob a Presidência de António Manuel Marinho Gomes,

Secretariado por Francisco Brochado Lopes e Manuel Maria Fernandes, 1.º e 2.º

Secretários, respectivamente, reuniu ordináriamente a Assembleia Municipal de

Celorico de Basto, nos termos do art.º 49º do Decreto-Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, revisto pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. --------------------------------

Quando eram quinze horas e trinta minutos o Sr. Presidente da Assembleia

Municipal declarou aberta a sessão. -------------------------------------------------------------

Faltaram por motivo justificado os Senhores Deputados Municipais: Joana

Sofia Ribeiro da Costa, Joaquim Carvalho de Oliveira, António Lopes da Silva e

António Augusto Mota da Silva Ramos. ---------------------------------------------------------

Faltou sem motivo justificado o Sr. Deputado Municipal: Luís Miguel Cravo

Magalhães. ----------------------------------------------------------------------------------------------

I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

PONTO N.º 1 – APROVAÇÃO DA ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 28 DE ABRIL DE 2011. --------------------------------------------------------------------------------------- Posta a votação foi a mesma aprovada por unanimidade. ------------------------ PONTO N.º 2 – APROVAÇÃO DA ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 30 DE JUNHO DE 2011. ------------------------------------------------------------------------------------- Posta a votação foi a mesma aprovada por unanimidade. ------------------------ PONTO N.º 3 – INFORMAÇÕES. ---------------------------------------------------------------- O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal informou que representou a Assembleia Municipal em todos os actos para que foi convidado pela Câmara Municipal. Não houve correspondência nenhuma. ------------------------- PONTO N.º 4 – OUTROS. -------------------------------------------------------------------------- Pediu para usar da palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, que disse ter já dado entrada na mesa da Assembleia Municipal de uma Moção que o CDS/PP, vai apresentar, tendo-a também entregue aos restantes líderes parlamentares ou seus representantes. A seguir se transcreve: -------------------------------------------------- Moção – Criação de Comissão Eventual de Acompanhamento da Reorganização Administrativa do Concelho. – O CDS/PP de Celorico de Basto, consciente da importância, urgência e inevitabilidade da reorganização administrativa do território do nosso Concelho, e atendendo, em particular, à sensibilidade do tema junto das nossas populações, vem, de uns meses a esta parte, desenvolvendo um esforço no acompanhamento e auscultação dos diversos agentes envolvidos nesta matéria. Exige-se, de todos nós, um acompanhamento e um interesse

aprofundado das várias soluções que possam vir a ser apresentadas. Na Resolução do Conselho de Ministros n.º 40/2011 de 22 de Setembro de 2011 pugna-se pela obtenção de um acordo político efectivo e alargado que viabilize a efectiva reorganização do mapa administrativo autárquico, bem como a adequação material do acervo de atribuições e competências face aos novos desafios. Nesta conformidade, como é referido na Resolução do Conselho de Ministros, dever-se-á promover um debate profundo ao nível dos órgãos autárquicos e promover a discussão política e cívica relativamente às alterações a introduzir no enquadramento legal autárquico. Neste contexto, dada a particular competência da Assembleia Municipal nesta matéria, temos aqui um papel vital no acompanhamento do trabalho que, esperamos, esteja já a ser desenvolvido pela Câmara Municipal. Este processo de reorganização é vital, não só para as populações como entidades histórico-culturais, como para as próprias juntas de freguesia, que podem ter aqui uma oportunidade, pensamos nós, não só de ganhar dimensão, mas também de assumir um papel mais interventivo. Há como sabemos, atribuições municipais que seriam exercidas com maior eficácia e economia de meios pelas freguesias. Em conjugação com as medidas de redimensionamento propugnadas, poderia surgir a oportunidade para a redefinição de um novo elenco das suas atribuições, incluindo-se neste processo a necessária revisão da Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro. Não é, quanto a nós, também de excluir a possibilidade de algumas atribuições da Administração Central poderem passar a caber às Juntas de Freguesias. Assim, esta reorganização pode ser a janela de oportunidade para aumentar o conjunto de atribuições e competências, objecto de transferência universal para as freguesias, para serem exercidas directamente por estas ou por associações de freguesias, já que as transferências não universais implicam a duplicação de máquinas administrativas, as quais prejudicam a eficiente afectação de recursos públicos. Como o CDS sempre defendeu, e está plasmado no seu Programa Eleitoral das últimas eleições legislativas, “Não vale a pena entrar numa “guerra de território”: a freguesia pode continuar a existir como território e identidade. O que é necessário é agregar Juntas de Freguesia. Várias freguesias podem agrupar-se numa única Junta e Assembleia de Freguesia, devendo, neste particular, ter-se em especial atenção a realidade rural, as distâncias geográficas, os equipamentos ou as redes de transportes existentes”. Por estas razões e pela necessidade de trabalhar esta reorganização como uma oportunidade e não como um problema, é fundamental que esta Assembleia Municipal, dada até a sua especial representatividade, acompanhe de perto o processo. Por isso propomos a constituição, no prazo de quinze dias, de uma Comissão Eventual no seio desta Assembleia Municipal, com a atribuição de acompanhamento do trabalho a realizar pela Câmara Municipal,

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que dará origem à proposta do novo mapa de freguesias do Concelho. Celorico de Basto, 29 de Setembro de 2011. O líder do Grupo Municipal do CDS-PP. ------------ Duas palavras para explicar esta fundamentação e para referir que a Resolução do Conselho de Ministros é muito mais extensa e abrange outras áreas nomeadamente a descentralização administrativa, ao municipalismo, muito mais profundo. Existe já um calendário previamente acordado que nos aponta a elaboração do documento verde da reforma da administração local que estará pronta no final deste mês e segundo notícias que tenho está pronta. A consulta aos partidos políticos será feita até ao final deste mês, está concluída. Os trabalhos preparatórios do novo regime de criação e extinção de fusão de freguesias, serão feitos em Outubro, Novembro e Dezembro. A discussão pública em Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais, terá um prazo de 90 dias, Novembro, Dezembro e Janeiro. Estamos a falar num calendário apertadíssimo, não temos tempo sequer para respirar, a compilação e tratamento da informação será em Fevereiro, Março e Abril e a apresentação à Assembleia da República da proposta de Lei, será inevitavelmente entre o mês de Abril e o mês de Junho. Isto é uma imposição do triunvirato a “troika”. É uma imposição que vai fazer uma reorganização administrativa que não era feita desde o século dezanove. Penso que temos todos que reflectir e que esta Comissão de Acompanhamento, onde haverá um representante de todos os partidos e em conjugação com os Senhores Presidentes da Junta, que também terão de ser ouvidos, é importantíssima porque isto vai ser aplicado nas próximas eleições autárquicas. E em Junho nós sabemos que este programa vai estar em vigor. Portanto as freguesias vão ser inevitavelmente agrupadas. Vai haver critérios de agrupamento de freguesias em função da área e da população residente e serão critérios, digamos mínimos, essas serão extintas e depois nós teremos margem de manobra para julgar em função das distâncias e de uma série de outros requisitos que ainda não estão em forma de lei, mas ao que sei estarão em forma de lei até ao fim do mês, que é amanhã. Nestes termos pedia que a Moção fosse colocada á discussão e admissão e posteriormente á votação. ------------------------------------------ Foi pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que ouviu com atenção a exposição do Sr. Deputado Luís Castro Leal, mas há várias questões que preocupam. Em primeiro lugar não sou tão recto no pensamento de extinguir ou juntar freguesias só por juntar, que seja benéfico. Nós vamos a reboque da “troika”, e esta remodelação é feita para poupar dinheiro, não é feita para reestruturar o que quer que seja. Quando as coisas são feitas por imposição para poupança que desvirtua os seus fins, eu não acredito que este processo consiga estruturar devidamente aquilo que seja uma reforma administrativa baseada tão só e simplesmente em melhorar a prestação dês serviços de forma mais eficaz, de forma menos onerosa,

aos munícipes, aos cidadãos do nosso País e do nosso Município. Por isso tenho uma opinião muito própria, sou daquelas pessoas, sem falsos populismos, que defendo o trabalho dos Senhores Presidentes de Junta, os seus executivos, por muito pequenina que seja a Junta, é muito importante. Temos Juntas que recebem trinta mil euros por ano e com esses trinta mil euros multiplicam esse dinheiro e conseguem fazer muito. Há Presidentes de Junta, Secretários, Tesoureiros, que gastam mais do que aquilo que recebem, que é duzentos e poucos euros, mas são essas pessoas que estão ali á porta e sempre disponíveis para tratar de tudo e mais alguma coisa. Se querem elevar o padrão de exigência ao nível das Juntas de Freguesia e se querem criar, três, quatro ou cinco freguesias num Concelho, então que se acabe com as freguesias todas de uma só vez. Se o padrão de proximidade vai para tão longe, vai para tão distante, então que se acabe com as freguesias. Se a lógica ou ideia é criar, digamos um patamar diferente de poder a nível local, então que se acabe com as freguesias se a for essa a lógica. Faz-se tudo directamente com a Câmara e o Município contrata os técnicos, que tem direito a férias e vão fazer por muito mais dinheiro aquilo que é feito pelos Presidentes de Junta. Eu acho que o tempo que é colocado oficiosamente, porque estamos a falar de questões oficiosas, é um tempo muito curto e eu acho que vai haver muitos problemas que vão surgir ao longo dos próximos tempos, De qualquer forma esta é a minha opinião e todos tem o direito de dar a sua opinião. Aquilo que eu entendo relativamente ao que aqui foi falado, ou apresentado é que há uma Comissão Permanente neste Município que trabalha de forma contínua que é a Câmara Municipal de Celorico de Basto, que foi eleita em tempo oportuno e que tem os seus representantes lá devidamente instalados e que periodicamente estão sempre a tratar e a acompanhar todo o tipo de assuntos, como vocês podem testemunhar e por isso julgo que sem embargo de mais preocupações desta Assembleia Municipal, podem ter a certeza que o Presidente da Câmara e o seu Executivo, são uma Comissão Permanente, que acompanha tudo aquilo que evolui e com toda a certeza dará conta a esta Assembleia Municipal de qualquer assunto que aconteça para aqui ser discutido. Eu sou daquelas pessoas que defendo que oficialmente se deve criar o que quer que seja com base em questões oficiais. Se até ao momento nada temos, Assembleia Municipal, Câmara Municipal, tem de oficial nesta matéria, acho que nem a Câmara Municipal vai tomar qualquer deliberação sobre esta matéria e entendo, na minha opinião, porque a Assembleia é soberana, que também a Assembleia Municipal estará, na minha opinião, a cometer um erro se criar uma comissão, sobre matéria que é desconhecida que não é oficial nem tão pouco foi transmitida ao Sr. Presidente da Assembleia, como tal. Portanto, julgo eu que questões mais profundas e não questões, mais pela rama, deviam ser tratadas de forma oficial. Devo dizer por outra via que a mim não me faz confusão nenhuma que a

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Assembleia, que os seus Deputados, tenham preocupações e queiram discutir e falar sobre esta questão da reforma da administração local desde que, sempre superintenda a criação de qualquer comissão, uma coisa que é obvia, que é lógica, não a representação igual de partidos políticos mas a representação dos seus grupos parlamentares em sede própria, sendo certo que quanto maior for uma comissão, menor será o seu grau de funcionalidade em termos práticos. Resumindo e transmitindo a minha opinião pessoal é que entendendo que existe uma Comissão de Acompanhamento Permanente, que é a Câmara, não vejo que se crie obstáculos á criação de uma comissão. Só acho é que deveria haver uma conversa prévia com o Sr. Presidente da Assembleia e com os representantes dos diversos partidos, no sentido de primeiro acertar os objectivos e os propósitos, verificar o grau de representatividade dos diversos partidos aqui representados, como é óbvio, para que se consiga chegar a um entendimento. Eu na minha modesta opinião acho que é muito curto, apesar de ser uma proposta entendível, acho que devia ser uma proposta conjunta onde deviam estar esses aspectos. Dizer o número de representantes, quem é que programa, quem convoca os elementos para as reuniões, acho que devia haver um conjunto de itens para balizar o funcionamento da comissão e para que também haja um enquadramento, porque às tantas as pessoas podem se achar, não no direito, que tem outras funções que não aquelas que foram devidamente acometidas no momento próprio na altura certa. Para mim é essa a preocupação, porque temos que criar e temos que acima de tudo funcionar na base daquilo que existe e aquilo que se crie porventura de novo, tem que ser muito claro. Felicito sempre aquilo que seja as preocupações, pelo lado positivo, ao nível de qualquer questão que seja aqui levantada, mas entendo que esta é uma matéria muito, muito importante, muito, muito séria. Eu na minha opinião, eu não poderei, em tempo algum, nem nunca o farei, tomar iniciativas sem previamente auscultar quem de direito, quem foi eleito como representante do nosso povo, para acertar as coisas a apresentar. Por isso se o órgão achar que tem condições, o órgão com certeza que votará favoravelmente de acordo com os parâmetros que entenda que são os correctos, se entender o contrário o órgão é soberano e é o órgão mais importante do Município de Celorico de Basto. ------------------------------------------------------------------- De seguida usou da palavra o Sr. Deputado António Joaquim Gonçalves Bastos para sobre a moção apresentada pelo C.D.S. começar por dizer que relativamente à reestruturação administrativa do concelho, obviamente esta vai implicar que as freguesias sejam um dos pontos a considerar da parte do Partido Socialista e em particular da minha parte. Tenho falado várias vezes das Juntas de Freguesia nesta Assembleia e sempre com uma preocupação que é valorizar o trabalho dos Srs. Presidentes da Junta. Sempre procurei defender nesta Assembleia, e como disse e muito bem o Sr. Presidente da Câmara, o Presidente

da Junta é realmente aquela pessoa que vive directamente com o cidadão e os recursos financeiros que possui são como toda a gente sabe muito escassos. Queria lembrar também nesta Assembleia, que da parte da Câmara não tem sido efectivamente a prática de valorizar este trabalho e daí que em muitas circunstâncias as Juntas de Freguesia tenham sido prejudicadas em certas verbas que lhes estavam destinadas e que foram retiradas. E portanto parece-me que a prática autárquica não corresponde depois com aquilo que efectivamente se pratica. Quando se fala em extinção de algumas freguesias ou agrupamento de outras, neste concelho em particular, este assunto é muito delicado, porque cada freguesia aqui, tem a sua identidade própria e portanto isto deve ser respeitado. Eu não vejo como é que uma comissão se possa criar, reunir com os Presidentes de Junta e que se comece ali a discutir quem é que efectivamente vai ser a Junta preponderante ou dominante e quem vai ser a Junta subserviente, se assim se pode dizer. Eu não estou a ver como é que essa situação possa ser discutida numa reunião. Portanto penso que esta moção apresentada pelo CDS/PP, é prematura, acho que devíamos aguardar que as coisas se processem normalmente e não deveremos ser nós a andar com o carro á frente dos bois. Devemos ter em conta esta posição relativamente às Juntas de Freguesia e particularmente neste concelho, que são órgãos de extrema relevância no desenvolvimento do concelho, são pessoas que dispõem de recursos financeiros muito escassos e sabemos que a Câmara Municipal só consegue trabalhar efectivamente, e as suas medidas só são aplicadas se realmente contar com a colaboração dos Senhores Presidentes de Junta. Daí que estas pessoas que foram eleitas democraticamente tenham que ser respeitadas e respeitada essa vontade popular. E portanto na nossa opinião a moção é prematura, no entanto da parte do Partido Socialista, gostávamos de estar sempre ao corrente deste processo. Que fosse um processo sobretudo transparente na forma como irá ser analisado e de futuras resoluções que possam vir a ser tomadas no decurso do mesmo. Mas devemos ter algumas cautelas e não devemos encarar este processo com algum protagonismo político, como parece que ocorreu daqui da parte do CDS. Esta é uma questão muito importante, de extrema relevância e muito delicada. Porque é difícil chegar a um Sr. Presidente de Junta e dizer-lhe que vai ser integrado noutra Junta ou que a sua Junta vai ser extinta. Não me peçam a mim para falar com o Presidente da Junta nesse sentido, porque não sou eu que vou á frente para dizer isso. Por isso este assunto é muito delicado, é de muita importância e a Câmara deve acompanhá-lo devidamente, mas sempre com muitas cautelas. Portanto, parece-me que esta moção é prematura. ------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer que a moção não é prematura, uma vez que deve ter conhecimento da Resolução do Conselho de Ministros 40/2011, que foi publicada no dia 22 de Setembro, o carro não anda á

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frente dos bois. Podemos optar por dizer aos Srs. Presidentes das Juntas, que vai ficar tudo na mesma, mas não vai. Ou podemos optar por dizer aos Sr. Presidentes da Junta, eu não me comprometo, porque não quero ficar mal consigo. Mas não somos nós que vamos definir os critérios. A moção que aqui é proposta não é a criação de uma comissão para definir critérios, os critérios resultam da lei que já está para publicação. Nós não andamos á frente de nada, isto é tudo já sabido. O que diz a Resolução do Conselho de Ministros, que é bem extensa, sobre o assunto é – Organização do Território, rever o actual mapa administrativo com vista á redução substancial do número de freguesias. Não somos nós que vamos decidir se vão ser reduzidas ou não, já foi decidido. Nós temos é que debater os critérios da lei que nós já sabemos quais são, é a densidade populacional, habitantes por quilómetro quadrado e não eleitores por quilómetro quadrado, isto já está definido, não estou a dar novidade nenhuma, nem isto é segredo de Estado. Portanto diz a Resolução de Conselho de Ministros, promover um debate profundo ao nível dos órgãos autárquicos, é o que queremos fazer. Obviamente, as comissões são constituídas, O Sr. Presidente desculpar-me-á, elas não têm funções deliberativas, nem vão decidir, só vão promover um debate e analisar documentos em coordenação com a informação que será tratada com muito mais profundidade pela Câmara Municipal que tem técnicos para isso. Era para haver essa coordenação, uma ligação ao Município, que só tem uma cor política, com a Assembleia que tem várias cores políticas e com uma Assembleia onde estão representados todos os Srs. Presidentes de Junta de Freguesia. Bastava um elemento de cada partido, era fácil, são três elementos. Da minha parte renuncio já á senha de presença, da minha parte o meu trabalho gratuito, como sempre foi. Diz a Resolução do Conselho de Ministros, promover a discussão política e cívica relativamente às alterações a introduzir no enquadramento legal autárquico, nomeadamente no que diz respeito às seguintes temáticas estruturantes: - Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias; Eleitos Locais; Formação e Composição do Executivo, vai ser tudo alterado; Organização do Território e Definição das Sedes de Freguesias, não vamos dizer aos Srs. Presidentes de Junta que vai ficar tudo igual, não vai ficar tudo igual; Atribuição dos Municípios e Competências dos Órgãos Municipais; Atribuições das Freguesias e Competências dos Órgãos das Freguesias; Estruturas Orgânicas e Dotação dos Cargos Dirigentes, e por aí fora, uma vez que era muito maçador estar a ler tudo. Portanto, o que se pretende com esta Comissão Eventual é criar um espaço na Assembleia Municipal, não é na Câmara Municipal, um espaço de debate franco e aberto, não é decidir, porque a Comissão Eventual não decide absolutamente nada, vai analisar a legislação que vem, vai criar cenários. Porque a lei ao que nós sabemos no projecto, está para publicação, vai definir critérios concretos. Nós não vamos ter capacidade de alterar o mínimo, nós podemos

mexer no resto, mas há ali um mínimo que vai ser mesmo alterado, quer queiramos quer não. Era um espaço de debate, era um espaço de coordenação de trabalho e de informação com o Município, era um espaço franco e aberto, onde as pessoas podiam discutir as coisas, era um espaço onde os Srs. Presidentes de Junta actuais poderiam saber o que é que se passa em vez depois de saberem a proposta que vai ser apresentada aqui na Assembleia pelo Município. Vai ser apresentada uma proposta que se calhar nem vão receber, eu gostava de saber quantos de vocês receberam isto, poucos terão recebido. E depois se calhar vão receber, não lêem e no dia se irá decidir. Portanto, o objectivo da Comissão é acompanhamento, estudo, etc. ---------------------------------- Usou também da palavra a Sr.ª Deputada Maria de Fátima Araújo Fernandes, que disse não ter informação nem necessária, nem suficiente sobre este assunto, para poder votar favoravelmente esta moção. Tenho um conhecimento vago pelos jornais. O que gostava era que cada líder de bancada fosse informado, quando houvesse algo oficial para podermos trabalhar. ------------- Pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal, foi posta a votação a aceitação ou não da Moção apresentada pelo Sr. Deputado Luís Castro Leal. ------ Verificou-se a seguinte votação: 28 Deputados votaram pela não aceitação da Moção, tendo votado 7 Deputados pela aceitação da mesma, ficando por isso a Moção rejeitada. --------------------------------------------------------------------------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dizer que quando houver algo de oficial sobre esta matéria o Órgão Executivo comunicará á Assembleia Municipal e julgo que a Assembleia Municipal através do seu Presidente e dos seus Líderes Parlamentares terá de reunir a qualquer altura e disse bem o Sr. Deputado Luís Castro Leal, sem senhas de presença, para poderem articular aquilo que entendam ser necessário e se for necessário convocar uma Assembleia Municipal, eu pela minha parte enquanto representante do Órgão Executivo, estarei disponível para cá estar em tempo oportuno. ------------

PERÍODO DA ORDEM DO DIA

Pelo Sr. Presidente da Mesa foi pedido á Assembleia a alteração da ordem do dia relativamente aos pontos números 8,7,6 e 5 para 1, 2, 3, e 4, sendo que o ponto n.º 1 será o número 5, o n.º 2 será o 6, o n.º 3 será o 7 e o n.º 4 será o ponto 8, seguindo esta alteração o ponto nº. 1, passa a ser o n.º 5, o n.º 2 será o n.º 6, o n.º 3 será o n.º 7 e o n.º 4 será o ponto n.º 8. Posta a votação a alteração da ordem de trabalhos foi a mesma aprovada por unanimidade. ----------------------------- PONTO N.º 1 – 2.ª ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DO PDM; ---------------------

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Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que solicitou ao Sr. Presidente da Mesa se este assunto podia ser explicado pelo Sr. Dr. Peixoto Lima, o que foi autorizado. ---------------------------------------------------------------------------------- O Sr. Dr. Peixoto Lima fez a apresentação da 2.ª Alteração ao Regulamento do PDM, explicando que esta alteração é muito sintética e tem como objectivo permitir que nos espaços agrícolas e que actividades conexas com essa actividade, nos espaços florestais e actividades conexas com esse espaço e nos espaços urbanos e urbanizáveis, passassem de 1.000 metros para 2.000 metros. Pediu autorização o Dr. Peixoto Lima para se referir também ao ponto n.º 2, 3.ª Alteração do PDM, o que foi autorizado. Disse o Dr. Peixoto Lima que esta alteração diz respeito aos parques industriais, tendo explicado o seu conteúdo e colocando-se à disposição para prestar as informações ou esclarecimentos que forem necessários. ------------------------------------------------------------------------------------ Dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal o mesmo referiu que quanto á 2.ª alteração, é uma repetição, sendo que a posição é a mesma votando por isso favoravelmente. Quanto ao ponto n.º 2, que é a 3.ª alteração, disse o Sr. Deputado que ficou com algumas dúvidas. Pretende-se alterar o artigo 30 nos espaços industriais e visa permitir que ale da indústria, desde que não seja incompatível, haja instalações de exercício de comércio ou serviços, dinamizar mais o espaço, não ser só para indústria, isso percebi. O que não percebi é a articulação disto com o Regulamento do Parque Industrial, eu sei que isso tem patamares diferentes. A questão que pergunto é, e vou dar um caso concreto. A Zona Industrial de Crespos tem um regulamento próprio, e pergunto. Com esta alteração, que aqui se faz, já que não está alterado o regulamento, qualquer pessoa continua sem poder instalar uma área comercial na Zona Industrial de Crespos e não pode porque o regulamento não permite. Porque é que não mudaram primeiro o regulamento? Eu sei que há parcelas de terreno que estão fora da Zona Industrial, ou seja não afectas ao regulamento e essas vão beneficiar imediatamente da possibilidade de construir um espaço comercial, ou equipamentos, ou serviços, coisa que do outro lado da rua (variante) não é permitido. E como não nos é apresentada essa alteração ao regulamento, nós não sabemos se está ou não ultimada. Também sabemos que o Plano de Pormenor não chega ali, a esta zona que está fora da Zona Industrial de Crespos. Porque é que o Plano de Pormenor não abrange aquela parcela que está a poente da variante? Porque a variante cortou a zona industrial. Ficou a indústria com regulamento do lado nascente e ficaram lotes que até já estão construídos, alguns do lado poente, sem regulamento mas em zona industrial. A nossa estranheza é só esta, todos nós conhecemos o local o meu receio é que isto seja a regulamentação de um caso concreto e não pode ser. O PDM, regula questões gerais e abstractas e é aplicado a toda a gente. O nosso receio é simplesmente

este, há situações que podem não estar perfeitamente regulares neste momento e que ficam regulares com esta alteração, nada a opor, o que queremos é que o concelho esteja todo regulado, que não haja irregularidades, não queremos criar obstáculos a isso. Mas achamos estranho que com esta norma se vá regularizar uma coisa irregular e do outro lado da rua não é possível fazer igual, porque o regulamento não deixa. Portanto a pergunta concreta é: Porque é que o Plano de Pormenor não abrange essa área que está na zona industrial a nascente da variante e porque é que os regulamentos não foram alterados simultaneamente com esta norma, para permitir uma justa e sã concorrência de quem está do lado nascente, com quem está a poente? Porque o Sol quando nasce, nasce a nascente, mas como alguém disse nasce é para todos. Mas ali o Sol só da de um lado, é curioso que só dá a poente, não dá a nascente. ------------------------------------ Pelo Sr. Presidente da Mesa foi solicitado ao Sr. Dr. Peixoto Lima que prestasse os esclarecimentos relativamente às questões levantadas. ------------------ Usando da palavra o Sr. Dr. Peixoto Lima, começou por referir que de facto nem todos os espaços industriais têm um plano próprio em termos de gestão. Temos neste momento no concelho três espaços industriais. O espaço de Crespos tem dois Planos de Pormenor, tendo a área de comércio e serviço, já em funcionamento e um espaço contíguo mas do lado contrário e tem um documento próprio de gestão relativamente a esse espaço. Mas nem em todas as áreas assim acontece, o mesmo se passando com o Plano de Pormenor da Lameira e com a Zona Industrial de Carvalho, nem todas as áreas estão inseridas. Há também uma hierarquia dos planos e por uma questão de hierarquia, os planos de natureza inferior devem-se encaixar de uma forma integrada. E é esta a razão pelo qual no PDM foi feita a alteração. Disse também que relativamente aquilo que neste momento o nosso Plano Director Municipal já permite o estabelecimento de comércio, mas apenas comércio por “grosso” e aquilo que aqui se propõe nesta alteração é retirar a expressão por “grosso”, para permitir que o comércio a retalho possa também ter lugar, não só no lugar de Crespos, mas também em todos os espaços que estão classificados como industriais no Concelho, é apenas essa e só a justificação. --------------------------------------------------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que a revisão dos regulamentos que estão em curso tem um só objectivo, uniformização dos critérios em todos os espaços que nós temos no Concelho, sejam as Zonas Industriais de Crespos, Carvalho e Lameira, também a Zona Comercial de Crespos, para que cada pessoa que tenha terrenos ou que queira investir, possa fazê-lo de forma igual num lado ou no outro. Ou seja estamos a trabalhar, estamos a convergir para uma uniformização e hoje estamos a dar somente mais um passo nesse caminho. Posto o assunto a votação, foi o mesmo aprovado por unanimidade. ---------- PONTO N.º 2 – 3.ª ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DO P.D.M.; ------------------

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Pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia foi este ponto colocado a votação em virtude de o mesmo ter sido já explicado e explanado o seu conteúdo pelo Sr. Dr. Peixoto Lima. --------------------------------------------------------------------------- Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com um voto contra do CDS. ----------------------------------------------------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer o seguinte: O CDS/PP votou contra a 3.ª Alteração, porquanto a lei deve ser geral e abstracta e na aparência, ela é, só como não está coordenada com os outros instrumentos do urbanismo leva á seguinte questão. A alteração ao PDM proposta no ponto n.º 6, agora ponto n.º 2, não vai permitir a instalação de espaços comerciais na Zona Industrial de Crespos, porquanto não houve alteração prévia ou concomitante ao seu regulamento. Com esta alteração pretende-se aparentemente resolver um caso concreto de um espaço comercial implantado em área industrial, não incluída no regulamento da Zona Industrial de Crespos. Continuando vedado aos proprietários dos lotes da Zona Industrial de Crespos que ficam a nascente da variante, afectarem o seu uso comercial de retalho, impedindo assim o livre estabelecimento e a sã concorrência, que nós pugnamos, privilegiando a legalização da única superfície comercial aí existente, é consequência prática desta alteração, eu não digo que foi isto que esteve na mente das pessoas, a consequência prática é esta, e pensamos que isto é desvirtuar a sã concorrência e o livre estabelecimento. ------------------------------------------------------------------------------ PONTO N.º 3 – RELATÓRIO DO SANEAMENTO FINANCEIRO REFERENTE AO 1.º SEMESTRE DE 2011. --------------------------------------------------------------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que decorre da lei á luz daquilo que foi o Plano de Saneamento Financeiro, aprovado no ano transacto que periodicamente vá à reunião de Câmara e tecnicamente tudo isto é processado para ser avaliado e deliberado, para depois vir á Assembleia Municipal, para depois ser remetido para as respectivas entidades. Pedia ao Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal autorização para que a Dr.ª Paula Oliveira pudesse fazer uma apresentação sintética deste relatório. -------------------------------------------------------------------------------------------------- Dada a autorização, a Dr.ª Paula Oliveira fez a apresentação do relatório. – De seguida pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que não é possível fazer uma análise séria deste relatório uma vez que só recebeu esta documentação na tarde do dia 27 do corrente mês. Este documento, embora não tenha sido analisado em profundidade, porque é impossível, se calhar a exigência legal que se faça a comparação com os semestres homólogos, também não me dei ao trabalho de ver. Mas era interessante pôr aqui o 2.º semestre de 2010 porque os resultados estavam todos errados. Vou dar só um exemplo que me dei ao trabalho de pesquisar. Redução do Quadro de Pessoal, apresenta-se

aqui, como um bom objectivo que foi cumprido, a redução de 16 funcionários. Em termos homólogos é verdade, em termos reais é falso. Porque no 1.º semestre de 2011, tínhamos 19, no 2.º semestre, tivemos o trabalho de ir ver, tínhamos 36 e no 1.º semestre de 2011, tínhamos 35. Portanto baixou 1 não baixou 16. Claro que a economia é mesmo isto, manipulam-se os dados como apetece e depois faz-se assim uma coisa com reduções gigantescas de 72%, mas isto em tudo é assim. Porque é que não está aqui o 2.º semestre, se calhar a resposta é não tem que estar porque são homólogos, e porque é que isto não nos foi entregue com antecedência para podermos estudar este documento.------------------------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que é preciso ter um pouco de atenção aquilo que é dito, porque a Sr.ª Técnica da Câmara Municipal, referiu aqui a entrada e a saída e enfatizou o ponto de professores. Portanto ela não omitiu e não esqueceu, ela referiu esse ponto. Nós não estamos aqui a fazer bonitos, porque a seguir ao relatório do 1.º semestre de 2011, vem o relatório do 2.º semestre de 2011. Então nós estamos aqui para fazer um bonito para depois nos cair tudo em cima no próximo semestre, não é inteligente. Aliás isto não tem nada de inteligente, isto é tão só e simplesmente uma questão matemática. E se as pessoas se acharem que tem mais dúvidas, chegam ao final do ano, compilam os dados, tem a aprovação de contas e fazem as comparações de um ano para o outro. Ninguém está aqui para fazer arranjos especiais para o 1.º semestre de 2011, para depois ter dificuldades maiores em fazer arranjos supostamente maiores para o 2.º semestre de 2011. Aquilo que é feito, aquilo que é trabalhado, aquilo que é contratado, a despesa que é assumida, toda ela está registado. E fossem todos os organismos em Portugal, tão fiscalizados como são as Câmaras Municipais, onde chegam inspectores e se instalam aos três meses e tem ao seu dispor todo o tipo de informação, porque obrigam que assim seja. Eu acho bem, sou das pessoas que defende a aplicação da fiscalização ao nível das autarquias e a todos os organismos públicos em Portugal, incluindo Ministérios e Secretarias de Estado, porque acredito que só nesse dia é que Portugal ficará a perceber como é que as coisas funcionam. Para terminar, só para dizer como fiz no princípio, isto não é para ninguém sair de forma mais airosa ou menos airosa. Porque as contas, aquilo que nós fazemos, elas vem todas ter á Câmara, e não há cá maneira de esconde-las, nós temos que as pagar. E eu sou das pessoas que digo, as contas não são para entrar e deixar andar e depois quem vier que feche a porta. As contas são feitas para serem pagas, eu defendo isso. Esta Câmara Municipal neste mandato autárquico 2009 – 2013, vai ter menos de sete milhões de euros do que teve a Câmara Municipal no mandato anterior de 2005 – 2009. Acresce a isto que temos mais despesas na educação, não conseguimos fugir às despesas da educação. Acresce a isto que temos mais impostos, pois é mas são obrigatórios, o aumento de combustíveis.

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Tudo isto tem repercussões muito complexas na gestão de uma Câmara Municipal, ou de uma empresa, ou de uma família, ou do Estado. Temos que ter uma percepção muito rigorosa, muito séria daquilo que é a realidade, porque quem trabalhar com base em ficcionismos, com base em números engraçados, mais tarde ou mais cedo vai ter problemas. E isso é aquilo que nós vemos quase todos os dias a aparecer, e eu não quero, nem para mim próprio, nem para a Câmara Municipal, nem para esta Assembleia, que apareçam dados que não sejam dados reais. É com a realidade que vivemos, é com a verdade que vivemos, são com os números reais que trabalhamos. E estes são os dados que estão aqui de forma muito clara de forma muito objectiva e no final do 2.º semestre de 2011, cá virão os dados para todos tomarem conhecimento sem qualquer tipo de floreado. Na Câmara o que é, é e não pode ser de outra maneira. ---------------------- Posto o assunto a votação, foi o mesmo aprovado por maioria com duas abstenções, uma abstenção do CDS e uma abstenção do PSD. ------------------------ PONTO N.º 4 – PARCERIA PÚBLICO – PÚBLICO ENTRE O ESTADO PORTUGUÊS E OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO NOROESTE. ---------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por referir que este é um assunto muito importante e por isso solicitou às Águas de Portugal e às Águas do Noroeste, que viessem aqui hoje fazer uma apresentação desta parceria para que todos pudessem tomar mais conhecimentos sobre esta matéria antes de tomarem a sua decisão. Agradeço desde já a presença do representante das Águas de Portugal, Dr. Francisco Narciso, Coordenador, também o Administrador Eng.º Couto Lopes das Águas do Noroeste, e os Técnicos que vieram, Eng.º Cordeiro e a Eng.ª Susana Pedras do corpo técnico das Águas do Noroeste. Obviamente que esta questão envolve várias variáveis, desde o aumento da rede de abastecimento de água e de saneamento do nosso Concelho, ao tarifário. Envolve questões como a melhoria da qualidade da água, o fornecimento da mesma durante os 12 meses de forma contínua da água no nosso Concelho. Tudo isto são questões que estão projectadas para o futuro, são questões que eu costumo dizer, quem não andar agora da perna, pelo seu próprio pé, mais tarde ou mais cedo será empurrado e obrigado a fazer. Como todos sabem a água e tudo o que tem a ver com questões de natureza ambiental são questões prioritárias naquilo que se perspectiva, acções governativas, que já vinham de trás, para o futuro e mais precisamente até no curto prazo. Por isso são matérias que nós oficialmente temos conhecimento de todos os dados e que temos que tomar decisões e uma posição relativamente ao futuro, não podendo adiar com mais furos, com minas, se o verão é mais seco ou mais chuvoso, tudo isto, hoje em dia merece uma atenção muito especial, quando projectamos para o futuro aquilo que nós queremos. E hoje aqui depois de ter sido deliberado em reunião de Câmara e depois de ter sido também apresentado aos Srs. Presidentes

de Junta, que obviamente tem uma visão muito específica de cada uma das freguesias de cada um dos seus territórios e isso foi já apresentado previamente há algum tempo atrás. Se o Sr. Presidente da Assembleia Municipal assim o permitir, solicitava às Águas de Portugal que fizesse aqui uma apresentação sobre esta matéria e que depois ficassem disponíveis para questões que fossem levantadas com toda a legitimidade. ------------------------------------------------------------- Pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal foi permitida a apresentação deste assunto, que foi feito pelo Sr. Dr. Francisco Narciso, representante da Águas de Portugal. ------------------------------------------------------------ O Sr. Dr. Francisco Narciso, começou por referir que a proposta que tem vindo a trabalhar com os Municípios se enquadra em primeiro lugar nos objectivos do PEASAR, que é o Plano Estratégico Nacional, relativamente a estes sectores e o qual decorre acima de tudo dos grandes desafios que hoje se colocam a todos os Países, se colocam a Portugal, relativamente às questões ambientais, conforme o Sr. Presidente da Câmara já referiu. Particularmente também os aspectos ligados á escassez do próprio recurso. O que temos assistido um pouco por todo o lado, em todo o Mundo é a alteração de paradigma a toda esta matéria, a todas estas questões. A complexidade que hoje está associada é muito diferente daquela que era á uns anos atrás. Só para terem a noção, recentemente a Austrália, depois de umas secas, está com grandes fábricas para ir buscar água aos Oceanos, ou seja estamos a falar de formas muito onerosas de tratar de água. Felizmente o caso Português, ainda não precisou de ir a situações, digamos, tão onerosas, todavia tem feito um esforço bastante substancial e claramente esta alteração de paradigma, tem a ver com as seguintes circunstâncias. Antigamente fazíamos um furo, captávamos água, injectávamos cloro às vezes, quando era necessário, porque normalmente a natureza permitia às vezes até o abastecimento directo. Isto hoje está muito mais complicado. Hoje temos que andar a construir barragens, atrás das barragens, vem as estações de tratamento, vem muitos mais reservatórios, porque entretanto também temos uns utilizadores que são mais exigentes, temos que dar mais garantias não só de qualidade, mas também de continuidade desses serviços. Também ao nível das águas residuais aquilo que antigamente a natureza tratava, hoje de facto temos necessidade de devolver ao meio ambiente em condições, digamos, aceitáveis e que estão definidas em termos de legislação. Há uma alteração de paradigma, há claramente aqui todo um enquadramento legal e técnico bastante mais exigente. E é com isso que o País se confronta e é por isso que o País tem feito grandes investimentos para se aproximar dos patamares europeus que são bastante exigentes. A Europa, digamos, é a vanguarda neste domínio e isto é todo o enquadramento que temos. Nós na prossecução do PEASAR, fizemos estudos Nacionais num conjunto de 193 Municípios. Aquilo que temos vindo a discutir com

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os Municípios de todo o País, numa segunda fase, já com 170 Municípios, tem a ver claramente com um diagnóstico técnico. Esse diagnóstico permitiu-nos também de certa forma confirmar, valores, o que é que custam o serviço. E quando falamos aqui em água, estamos a falar em abastecimento de água e em saneamento de águas residuais. Quanto é que custa isto para o País, o que é diferente depois de definir relativamente a forma de o pagar. Isto hoje ao País, grosso modo, custa dois euros e sessenta cêntimos, por cada metro cúbico. Ou seja isto em termos de uma família normal, estamos a falar de uma factura na ordem dos vinte e cinco, vinte e seis euros, portanto, que é a factura, digamos, dos dois serviços para um consumo racional, para um consumo razoável em termos de usos domésticos. É este, digamos, o referencial em termos do custo do serviço. Este referencial está, apesar de se falar por vezes em aumentos dos serviços, está bastante abaixo ainda das despesas que os agregados têm com o custo de electricidade e outros serviços. O que estamos aqui a falar é de um plano de investimentos importante do ponto de vista do aumento do serviço às populações, ou seja com garantias de continuidade do serviço, com garantias acrescidas em termos de saúde pública e em termos de preservação do meio ambiente. Como é que isso se começou a materializar aqui para a Região? Em termos de modelo de gestão, até por sugestão das autarquias, em 2009 foi adicionado, digamos, às possibilidades de operação destes serviços, mais uma alternativa. Essa alternativa é as parcerias entre o Estado e os Municípios e é isso que temos aqui em presença, em termos de proposta que foi formulada a esta Assembleia, é uma parceria entre o Estado e os Municípios. O que é que isto tem de diferente, relativamente por exemplo aos sistemas multimunicipais ou outras figuras. É que a titularidade da propriedade permanece na esfera do Município. Não estamos a falar em alienação de qualquer património, estamos acima de tudo a dizer que o esforço dos Municípios vai-se juntar com o esforço do Estado, digamos à resolução e à actuação nesta área. E isto permite também manter o carácter tradicional de proximidade que caracteriza estes serviços. Como é que esta proximidade se vai materializar aqui relativamente a esta parceria, nomeadamente, relativamente a outras soluções? É que claramente os grandes poderes, relativamente a estes serviços permanecem na esfera directa do estádio dos Municípios, através de um organismo que se chama Comissão da Parceria, em que em igualdade de circunstâncias com o Estado, os Municípios irão lá ter a sua representação. E vão ter uma forma bastante próxima de acompanhar essa actividade, desde a prestação de contas, decidir sobre os investimentos, sobre os tarifários. Portanto é lá, é esse órgão de fiscalização. A acrescer a este órgão de fiscalização temos também a Entidade Reguladora. Portanto, isto sendo um serviço de interesse geral cai claramente na esfera da actividade reguladora, não só do ponto de vista económico, como também do ponto de vista do controle da

qualidade de serviço. Portanto, ou seja, do ponto de vista de garantias para as populações, esses meios estão claramente reforçados neste modelo. Do ponto de vista da integração de pessoal, o princípio que aqui temos é o princípio da integração total de todas as responsabilidades de todos os meios. Porque há um carácter de continuidade relativamente a esta prestação de serviços. Porquê? Porque, já há meios no terreno, ainda mais nas dificuldades que hoje o País atravessa, quem tem meios, quem tem cisternas e outras situações, isso é também transferido para esta entidade gestora. Porquê? Porque se parte da hipótese de que se vai construir uma nova entidade gestora, relativamente à prossecução desta nova actividade, integrando tudo o que são os meios que já estão disponíveis, meios humanos e meios materiais. Há também aqui uma outra palavra, isto é mais importante, porque o conhecimento específico das redes, das soluções locais, está na posse destes quadros técnicos, está na detenção dos próprios Municípios. Também relativamente às pessoas, uma palavra, que é, o próprio estatuto é preservado. Não estamos a falar de um projecto pioneiro, estamos a falar de um projecto que já foi inclusive objecto de negociação com os sindicatos na região de Aveiro. Estamos aqui a replicar uma primeira experiência que houve na região de Aveiro e nesse quadro já houve a negociação com todos os sindicatos e portanto essa matéria está relativamente já concertada. Temos claramente aqui uma questão de paradigma, que é aquelas políticas que anteriormente era mais fácil para o Município haver um grande apoio a estes serviços, hoje torna-se mais difícil de os fazer. Porquê? Porque de facto as despesas hoje são substancialmente superiores e daí que aqui também esteja previsto uma convergência tarifária para valores normais e mais de âmbito Nacional. E como é que se consegue isto, particularmente em Municípios mais pequenos. De facto, integrando, ganhando escala, relativamente à prestação destes serviços. É isso que aqui estamos a fazer, preservando tudo aquilo que é uma característica fundamental destes serviços, que é a proximidade relativamente às populações, a presença. Porquê? Porque contrariamente a outros serviços de interesse geral, aqui há uma grande matriz de proximidade. Ou seja, os problemas do abastecimento, as soluções, são soluções de proximidade, não são soluções em que eu posso injectar como por exemplo, o gás, ou electricidade, na rede no Algarve e utilizá-la aqui. Relativamente à agua a questão não se coloca dessa forma, a questão da devolução ao meio ambiente, coloca-se numa situação mesmo local, ou seja, eu dreno nesta região e eu vou devolver ao meio ambiente, relativamente próximo. Isto comparativamente a outros sectores coloca desafios de maior proximidade. O que é que temos aqui em termos de indicadores, aqui na região? Esta proposta está direccionada para catorze Municípios, estamos aqui numa combinação que para nós é fundamental, que é combinar Municípios de maior dimensão com Municípios mais pequenos e isso

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resulta claramente das conversações e de facto de um espírito de coesão Municipal, que foi possível aqui reunir. Estamos a falar de catorze Municípios na ordem de meio milhão de habitantes, ou seja, uma escala já bastante interessante em termos de entidade gestora e digamos muito importante mesmo. Só para termos uma noção, na região de Aveiro a escala é de trezentos mil habitantes. É evidente que aqui temos um aglomerado mais disperso o que neste tipo de actividade coloca desafios acrescidos. Temos um plano de investimentos também bastante importante. Este plano de investimentos importa aqui dizer que prevê aumentos de cobertura bastante importantes, quer ao nível do abastecimento, particularmente ao nível do saneamento. Estamos a prever passar de 24% ou 27%, acima dos 50%, ou seja, o que face à tipologia aqui do aglomerado é um salto bastante importante e bastante significativo, isto traduz-se também em termos de qualidade de vida e de saúde publica das populações com um investimento na ordem dos 7,7 milhões de euros, relativamente ao plano inicial de investimento. O que é que os diferencia em termos de responsabilidade? É que nós quando perspectivamos estes projectos fizemo-lo a 50 anos, ou seja, há um esforço substancial em termos de renovação e de reabilitação de infraestruturas. Porquê? Porque de facto aquilo que já existe hoje é muito importante e tem que ser também preservado. E é nesse sentido que de facto há aqui um aspecto bastante importante em termos de esforço de investimento. Só para termos uma noção, o investimento global está avaliado em 140 milhões de euros, para todos os Municípios. O investimento de renovação é de 180 milhões de euros. Estamos a falar em muito mais em termos de renovação e de reabilitação, do que estamos a falar em termos de investimento inicial. Nalgumas regiões este aspecto até é mais acentuado, porém nesta região aqui do Noroeste ainda há um esforço para elevar nomeadamente, as taxas de cobertura ao nível do saneamento, nalguns casos ainda estão em níveis, digamos, mais recuados. Em termos de encargos para as famílias, estamos a falar num encargo que após o período de convergência que trabalhamos e discutimos em termos preliminares para cinco anos, estamos a falar que ao fim de cinco anos a factura para um consumo normal, factura mensal, ronde os 25 euros a preços de 2011. Isto só para termos um valor em termos comparativos a factura hoje aqui na região do Norte dos agregados familiares por exemplo com a electricidade, anda nos 40 euros, a factura por exemplo de comunicações anda também na ordem destes valores, a factura do gás, normalmente anda nos quinze, dezoito euros, por mês, estamos a falar de um serviço. No caso aqui das águas estamos a falar de dois serviços, abastecimento de água e saneamento de águas residuais. Assim, em termos de sintéticos, o que se aposta aqui? Claramente uma grande melhoria da qualidade de vida das populações, o investimento que particularmente nesta fase, também acaba por ser importante e acima de tudo alguma dinamização da parte

empresarial local. Porque aqui acima de tudo, quando falamos em intervenções nas redes, estamos a direccionar também para intervenções muito centralizadas e muito locais. Particularmente neste momento, também importa aqui dizer o seguinte: Como é que vamos financiar, como é que isto está financiado? Ora bem, o Grupo Águas de Portugal e os projectos de águas um pouco por todo o lado, por si só, se tivermos toda uma estruturação bem montada, digamos, um quadro estável, é dos setores atrativos em termos dos sistemas financeiros. Só para termos uma noção, o próprio Grupo Águas de Portugal, hoje, tem operações de financiamento e é isso que também nos permite transmitir essas mais valias para as situações locais. Tem operações de financiamento, no Luxemburgo, no Japão, tem capacidade de ir buscar financiamentos alternativos a mercados em condições mais favoráveis. Bons projectos, que é o que procuramos aqui construir e é o que aqui temos em presença, projectos sustentáveis serão financiados. Agora é evidente que nos actuais momentos, pode haver, digamos, aqui uma alteração em termos, face há execução deste plano. Porque hoje, particularmente o País está a viver condições adversas. Agora, não significa isso e nós temos prova disso mesmo na região de Aveiro, que os aspectos mais essenciais, aqueles aspectos de maior premência, estejam parados. Não é isso que está a suceder neste momento. Quem acompanha as notícias, por exemplo no caso da região de Aveiro, pode-o comprovar muito facilmente, agora é evidente que pode haver situações em que possa haver alguma recalendarização. Mas acima de tudo, digamos, aquilo que é a nossa intervenção é claramente na melhoria da qualidade de vida das populações, da saúde pública e alguma dinamização também relativamente ao tecido empresarial. São estas as nossas palavras e estamos disponíveis para qualquer esclarecimento. ----------------------------------------- Após a apresentação, o Sr. Deputado José Joaquim Carvalho da Silva, usou da palavra para solicitar os seguintes esclarecimentos: Esta parceria será com a denominada empresa de Águas do Noroeste, que farão parte, pelo que entendi, daquilo que em termos mais gerais se chama Águas de Portugal. Se assim não é agradeço que façam alguns esclarecimentos sobre o assunto. Verifiquei que há um objectivo da vossa entidade de continuar a prestar um serviço de qualidade a um preço que julgam ser justo. Eu apenas quero manifestar a minha preocupação, pois nós já pagamos muito pela água e espero bem que esta nova entidade não venha agravar estes custos e que se tenha em conta que a nossa rede de água foi construída em muitos sítios à pá e picareta literalmente, com águas dadas de nascentes de alguns proprietários e que agora não se passe por cima de todos esses direitos e de todas as confusões que podem ser levantadas. Porque todos nós sabemos qual o objectivo de isto tudo, nós estamos aqui com a conversa de voluntariamente aderir e em Lisboa já se fala da privatização disto. Basicamente o que eu queria que ficasse bem claro é, quem é

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que fica responsável é a Empresa ou a Câmara Municipal, pois subentendi que o pessoal ia passar para a Empresa mas a Câmara continua proprietária da área da rede. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ Usou também da palavra o Sr. Presidente Luís Castro Leal, para referir que vinha com uma ideia errada e com uma intenção de voto diferente daquela que vai ter, pois tinha indicação para votar contra, mas depois da explicação circunstanciada do Sr. Dr. Francisco Narciso, convenceu-nos a votar a favor, com preocupações que não estão a montante, já que estamos a falar de água, mas estão a jusante. Nós chegamos aqui porque os Municípios não investiram nada durante vinte anos, tirando as pequenas captações que os Presidente de Junta de Freguesia iam fazendo com a ajuda da Câmara, com a ajuda do particular que cedia a mina a muito custo, com uma água maravilhosa, mas hoje em dia não é possível funcionar assim. Os municípios e o caso de Celorico de Basto nos últimos vinte anos não investiram nada, mas isto no País inteiro é assim. Está enterrado não se vê, não rende votos, não se investe. Este tipo de acordo e com os esclarecimentos do Sr. Dr. é benéfico, claro que nós sabemos qual é o passo seguinte porque para já é uma parceria público – pública, mas é inevitável a economia é dinâmica, não há volta a dar-lhe. E nós CDS de Celorico de Basto, nós sabemos que o que está em causa no futuro será a privatização se calhar em parte desta empresa, que é uma empresa gigante, que está implantada por vários pontos do Planeta, isso será inevitável. Mas isso não quer dizer a privatização da água. A diferença entre a privatização da gestão da água e a privatização do recurso que é a água é que este, constitucionalmente não é possível privatizar. As nossas preocupações são no sentido das obras que vão ser feitas. Já há estudos que estão a ser feitos sobre o traçado de todo o equipamento para o encaminhamento das águas residuais, quer para abastecimento de água potável e nós temos um concelho, em termos económicos e industriais, bastante atrasado, se calhar por opção até dos que nos antecederam, porque privilegiaram a natureza e os recursos agrícolas. No futuro penso que será uma mais-valia para o turismo e a Câmara está empenhada nisso. A nossa preocupação é que esta empresa tenha a sensibilidade para respeitar esses caudais, esses ribeiros, essas ribeiras, que estão pejadas de açudes centenários, estão pejadas de moinhos, de levadas. A nossa preocupação fundamental é a defesa do património. Já sabemos que para instalar condutas tem que haver intrusão, é como ser operado, tem de haver um corte, queremos é que a cicatriz fique perfeita, que seja uma intervenção estética, que mantenha o respeito pela nossa paisagem e pela nossa cultura. A privatização da gestão vai ser inevitável. Nós, CDS de Celorico nem concordamos muito com isso, mas temos de nos render, porque é impossível fazer uma gestão ao nível do Município de uma estrutura destas. -----------------------------------------------

O Sr. Presidente da Assembleia Municipal agradeceu a intervenção do Sr. Deputado Luís Castro Leal, mas disse-lhe que não gostou de ouvir o Sr. Deputado dizer que a Câmara Municipal de Celorico de Basto, nunca fez nada pelo investimento da água, é de quem ou não está em Celorico ou não conhece. É perguntar aos Srs. Presidentes de Junta. Nos últimos vinte ou vinte e cinco, eu fui Vereador durante 12 anos, onde mais se investiu foi na água das freguesias. Tudo o que está feito foi nos últimos vinte anos, tudo ou a maior parte. Havia água na freguesia de Britelo, uma parte de S. Clemente, uma parte de Fermil e pouco mais. O resto foi feito desde noventa para cá. Pergunte aos Srs. Presidentes de Junta se é isso ou não. Portanto dizer que a Câmara não fez nada pela água, ou é de quem não está cá ou então andou distraído. ---------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Dr. Luís Castro Leal, para dizer que não foi bem isso que disse, mas o Sr. Presidente pôs na minha boca aquilo que eu não disse. Eu só ia agradecer ao Sr. Doutor e aos outros elementos e dar-lhes uma notícia excepcional. Os Srs. Em Celorico de Basto não vão ter nada para fazer, está tudo feito. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Doutor Francisco Narciso, para prestar os esclarecimentos que foram solicitados. Começou por referir que a sociedade será participada em 51% pelo Grupo Águas de Portugal e em 49%, directamente pelos Municípios. Relativamente á questão da privatização, importa aqui dizer o seguinte, este contrato por solicitação de autarcas de Norte a Sul de Portugal, dispõe de uma cláusula que se, se verificar a saída do Grupo Águas de Portugal do Sector Empresarial do Estado, extingue-se a parceria. E aqui o que pode suceder é, os municípios assumem, digamos, a participação do Grupo Águas de Portugal. Foi assim que este aspecto foi previsto. Essa possibilidade tem sido reivindicada pelos Srs. Autarcas, relativamente às discussões que tivemos quanto aos termos do contrato e é o que consta também na minuta deste contrato, cláusula 30. Quanto á questão da propriedade o que se verifica é uma integração do património, ou seja no sentido de que vou utilizar, vou explorar esse património, mas não há transferência de propriedade, é como um arrendamento. Relativamente aos estudos isto tem por base já estudos técnicos ao nível do Plano Director. Ou seja, a fase seguinte em termos de estudos, é planos de execução. Já houve aqui muita interacção numa primeira fase entre os técnicos dos municípios, com um conjunto de projectistas e agora numa fase subsequente entre os colegas com os quadros técnicos. Agora na fase de projecto de execução é ai que se vão afinar os traçados e se vão definir, e aprimorar as soluções. Relativamente aos aspectos da defesa do património local, aqui claramente a importância do envolvimento dos técnicos dos municípios, o carácter de proximidade destes projectos, a própria questão dos desafios em termos deste sector se colocarem de uma forma bastante local, mesmo por causa dessas

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situações é que dá-nos a nós garantias acrescidas. Disse também que este projecto conta com um forte apoio ao nível do Fundo de Coesão assim como do Banco Europeu de Investimentos. Dizer só que o BEI, vê com bastante carinho estes projectos porque segundo eles é o fechar do ciclo no nosso País. -------------- Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que se mais ninguém quisesse colocar questões, desde já agradecia a vinda do Sr. Dr. Francisco, do Sr. Eng.º Couto Lopes e dos Técnicos das Águas do Noroeste e dizer que ao longo dos últimos anos demos um salto muito importante, muito significativo na rede de abastecimento de água no nosso concelho, onde partimos de um patamar de cerca de 20% para um patamar na ordem da casa de 80%, no abastecimento de água. Partiu-se de um patamar do saneamento, que é muito mais caro fazer, na casa dos 10%, para parâmetros próximos dos 30%. Aquilo que espero e naturalmente o compromisso que será feito entre este Município e as Águas de Portugal, é com o objectivo de alargar de forma muito clara e objectiva essa mesma rede e contribuir para que os parâmetros da água, na qualidade e na quantidade, sejam mais elevados. Defender aquilo que é o nosso património e melhorar a sustentabilidade das nossas contas das Câmara Municipais, ganhar escala ao nível territorial, para que o sistema possa acautelar aquilo que são os preços e os seus custos associados. Porque mais tarde ou mais cedo as pessoas vão ser obrigadas a pagar, o Estado vai impor pagamentos às pessoas a este nível, porque os aumentos na electricidade, os aumentos do gás, tem sido exponenciais. E os preços que existem actualmente, apesar de nós considerarmos caros, eu também sou consumidor e também considero caro, se nós não tivermos esta atenção e se nós olharmos para nós próprios a pensar que vivemos num oásis sozinhos, mais tarde ou mais cedo vamos dar conta que temos um sistema que é fraco, que não tem qualidade e que não tem viabilidade. E isso é o pior que pode acontecer, nós temos que agir pela nossa cabeça, sobre pena de sermos empurrados para situações que não sejam as melhores para o futuro do nosso concelho nesta matéria. ----------------------------------------------------------------------------- Colocado o assunto a votação foi o mesmo aprovado por unanimidade. ----- PONTO N.º 5 – IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS – (Taxa IMI). -------------- Dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que referiu que a proposta que é apresentada pela Câmara é a de manutenção das taxas. Naturalmente nós gostaríamos muito que elas baixassem, mas as circunstâncias que vivemos não nos permitem outra opção que não seja de apresentar a manutenção das mesmas. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer que o Município de Celorico de Basto, pretende dar continuidade a uma política que tem como objectivo a fixação da população e o incentivo á criação e manutenção das empresas. Para a concretização desta política, é proposto pelo Sr. Presidente que

as taxas para o ano de 2012 se mantenham em 0,6, para os prédios urbanos avaliados pelas anteriores regras. A taxa máxima é 0,7, estamos quase no limite máximo. O Sr. Presidente já explicou que gostava de baixar, mas que não podia. Mas isto não incentiva muito à criação e manutenção de empresas. Tem uma inevitabilidade, tem despesa e tem que ter receita. Depois temos para os prédios urbanos avaliados pelas regras definidas pelo Código do IMI, 0,4%. Ora esta é a taxa máxima, nem sequer é um pontinho abaixo, o mínimo é o 0,2 e o máximo é o 0,4, estamos portanto no máximo. Também penso que não vai cumprir o objectivo da fixação da população e do incentivo à criação e manutenção de empresas com este incentivo que é aplicar a taxa máxima. Além destas taxas que nós pagamos por sermos proprietários, pagamos taxas de urbanização elevadíssimas. Eu tenho aqui um caso que me foi relatado de uma taxa de urbanização dum prédio com cerca de 1900 metros quadrados de 2.000 euros. Eu, a falha é minha certamente, no regulamento das taxas, eu não vi taxa de urbanização em lado nenhum. Não sei onde está esta taxa, gostava que me esclarecesse. E para este empreendimento nós tínhamos um total de licenciamento de 6.400 euros. Eu sei que a Câmara precisa de dinheiro e acredito que está a fazer esforços para diminuir em muitas coisas, e este é um comentário verídico, acredito que sim. Mas 6.400 euro para licenciar uma superfície destas não é incentivo à instalação de ninguém. E apelava também, isto tem muito a ver com a tributação do património, porque desde a origem do património, quando é comprado, adquirido, até à construção do edifício, seja para habitação, para comércio ou industria e depois a sua utilização é a todos nós tributada. O proprietário é massacrado desde que adquire e dantes até era massacrado quando morria, os herdeiros pagavam outra vez, esse imposto foi abolido. Nós precisávamos de agilizar o processo de licenciamento. Eu não sei actualmente qual é o tempo médio de licenciamento, certamente é muito mais baixo que há dez anos. Esse é que é o verdadeiro incentivo à criação e manutenção das empresas. Era uma tentativa de redução destas taxas, dentro do possível e a agilização dos processos de licenciamento, que não está aqui em causa mas tem directamente a ver porque é o mesmo património que aqui gravita. ------------------------------------------------------------------------ Dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, para prestar alguns esclarecimentos, começou por referir que contesta o aumento do IVA em Portugal, consubstanciado e repercutido nas escolas. Do aumento do gás de 6% para 23%. Isto tem um grande impacto nas contas municipais. Isto é que é uma questão cega, isto é que é uma gestão de não fixar a população. Isto é uma gestão contrária aos interesses das famílias, das crianças e dos seus pais, de fazer estes aumentos de forma completamente cega. Aumentar o IVA, para o gás de aquecimento nas escolas, aumentar a electricidade nas escolas. E quem é que paga a conta, são as Câmaras. E a conta em Celorico de Basto, é 200 mil euros,

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por este simples aumento que foi feito. O Estado Português aumenta os impostos, sobre as famílias e as famílias fixam-se aonde? Fixam-se no estrangeiro? O Estado Português diminuiu o rendimento dos pensionistas, e os pensionistas que é que têm? Vivem com menos, vivem com mais dificuldades. O Estado Português corta no ensino e na educação, corta na saúde. Isso é contribuir para a população portuguesa, para que os nossos jovens se fixem no nosso País e não tenham que ir para outro Pais que é o que está a acontecer diariamente, quotidianamente. E este é um grande drama e este é que é o grande paradigma neste momento. E eu venho aqui condenar o Governo de Portugal? E alguém se pode insurgir contra a governação da Câmara de Celorico de Basto, perante este efeito dominó gerado pelo Governo de Portugal. Ou seremos alguma ilha e fazemos de conta que esta desgraça que está a acontecer nas Finanças Públicas em Portugal, não existe e que nós faremos outras políticas mesmo que isso leve à ruína as contas públicas. E seremos nós responsáveis inteligentes, e estaremos nós a pensar no futuro deste concelho e no futuro daqueles que hão-de vir, doutros Autarcas que hão-de ter outras ideias, outros projectos para o concelho. Naturalmente termino como antes disse, gostava muito de baixar todas as taxas, acabar com todas as taxas, diminuir, ter políticas de promoção da natalidade, coisa que não existe no nosso País. Estamos com uma taxa de natalidade absurda de 1,3 por casal que significa que dentro de trinta e tal anos a população portuguesa será de 6 milhões e tal de pessoas. Ninguém fala disto, ninguém fala sobre estas questões. O apoio que havia às famílias estão cada vez a desaparecer mais em Portugal. As famílias têm dificuldade em pagar as contas da electricidade do gás, a água etc. E o Estado Português está a apoiar, está a ajudar à fixação das famílias no seu próprio território que é Portugal. Meus caros amigos, vivemos com aquilo que temos, ambicionamos mais mas não podemos pôr em causa aquilo que é o equilíbrio orçamental e financeiro das contas do nosso Município, porque a partir daí é a dependência absoluta de uma “troika”, qualquer, que venha de Lisboa ou de Bruxelas e isso nós não podemos permitir. ---------------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer que não está a discutir política nacional, está na Assembleia Municipal de Celorico de Basto, embora não pareça, depois de ouvirmos o Sr. Presidente da Câmara. O que eu aqui referi foi que em resumo, este documento é publicidade enganosa. V. Ex.ª devia retirar o 2.º parágrafo porque, e isto já explicou, que tem que ter taxas elevadas porque precisa de dinheiro. Agora não diga que estas taxas tão elevadas são para fixar a população e o incentivo á criação e manutenção de empresas que é o que aqui está escrito. O fundamento está errado, foi copiado do ano passado. - Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para referir que vivemos num Mundo Global, onde tudo é feito de modo global. O que acontece nos Estados Unidos tem reflexos em Celorico e tem reflexo na Junta de Basto Santa Tecla, de

Infesta, do Corgo, aqui em Britelo, tem reflexos em todas as freguesias. Até aqui no lugar da Venda Nova, tem reflexo em todos os lugares. Por isso não é possível falar de política financeira somente do Município, sem falar de política financeira Nacional e até Internacional, mas eu fiquei-me só por política a nível Nacional. ----- Colocado este assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com um voto contra do CDS e duas abstenções, uma do PSD e outra do PS. ------------- PONTO N.º 6 – TAXA MUNICIPAL DE DIREITO DE PASSAGEM – (TMDP). ------ Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para falar desta taxa que disse que a mesma está indexada directamente à PT e aos seus encargos e é uma fonte de receita que não sendo significativa é como todas. São todas muito importantes e por isso é que nós apresentamos, Câmara Municipal, aqui à Assembleia Municipal, a mesma proposta do ano transacto e a manutenção dessa mesma taxa. -------------------------------------------------------------------------------------------- Não querendo ninguém usar da palavra, foi o assunto colocado a votação tendo o mesmo sido aprovado por maioria com um voto contra do CDS. -------------- PONTO N.º 7 – AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL POR INCORPORAÇÃO DE BENS EM ESPÉCIE – EMPRESA QUALIDADE DE BASTO. ---------------------------- Foi dado o uso da palavra ao Sr. Presidente da Câmara para apresentar este assunto, tendo começado por dizer que como já tinha referido há um tempo atrás os edifícios que são utilizados pela Empresa Municipal – Qualidade de Basto, devem estar na sua propriedade, e como tal, estando na sua propriedade, também estão na propriedade directa da Câmara Municipal, uma vez que a Câmara Municipal detém a Empresa Municipal a 100%. Esta questão já foi abordada várias vezes e em várias vezes, como hoje se calhar, vai ser referido que a Empresa Municipal pode ter alguns problemas relativamente ao futuro. Ainda bem que vem aí uma grande auditoria às contas das empresas municipais em Portugal. Ainda bem, porque a partir dessa altura, a partir desse momento, algum mito que foi criado em torno desta empresa municipal, vai virar ao contrário e as pessoas vão perceber que esta empresa municipal, se calhar não sendo um modelo de virtudes, é uma empresa municipal sólida, bem gerida e bem estruturada, comparativamente com muitas estruturas públicas do nosso País. E obviamente que nós ao transferirmos por incorporação de capital este património, fica devidamente acautelado e permite naturalmente de forma clara ganhar mais solidez, mais consistência à própria empresa municipal sem recorrer a créditos. Porque ao contrário do que se possa imaginar aqui não há sociedades secretas ou sociedades de investimentos que se fazem e depois as contas aparecem passado uns anos. Na Câmara Municipal é tudo muito claro e nas contas da Empresa Municipal, como sabem, a contratação de empréstimos tem que obter autorização superior. A Empresa Municipal, é uma empresa que mantém os seus padrões de financiamento normais. Eu espero bem que quando encerrarem algumas

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empresas municipais no País se possa ter uma avaliação do ranking principalmente das empresas que não gravitam à volta da exploração do negócio das águas, porque essas em muitos sítios até dão dinheiro e até são simples de gerir. Agora gerir empresas cujas fontes de receita são complicadas e trabalham em áreas muito difíceis e adversas em termos de colecta de receitas, aí é que é preciso dar o mérito. Fiquei contente por ver que foi despoletado o processo de avaliação das empresas municipais em Portugal. Quanto a este ponto, que fique bem claro como ficou das outras vezes, é património Municipal, não deixa de o ser, a Empresa Municipal fica responsabilizada pelo mesmo e terá que o gerir numa lógica de que os custos sejam o mínimo possível e para que esse património seja zelado da melhor maneira aliás como ele já neste momento é utilizado. Ao mesmo tempo permite um reforço do seu capital social e uma solidez económica ainda mais forte. ------------------------------------------------------------------------ Pediu para usar da palavra o Sr. deputado Luís Castro Leal para colocar a seguinte questão ao Sr. Presidente: - Qual a percentagem de utilização que a Empresa Qualidade de Basto, faz do Antigo Ciclo Preparatório? A justificação que usa é, vamos entregar porque são eles que utilizam. Utilizam quanto, 10%, 5%, 90%, mais ou menos. Depois a segunda pergunta que faço é esta: - A Empresa Municipal se necessitar vende património, ou não vende? Poderá vender ou não? Se a Empresa Municipal que recebe este património por incorporação, se pode ou não vendê-lo? A saúde financeira da Qualidade de Basto, embora em termos contabilísticos, seja muito importante transferir património avaliado com estes valores que aqui está, vai permitir o tal músculo que falou, mas a solidez financeira da Empresa Municipal não se afere pelo músculo. Afere-se pelo peso contributivo dos subsídios de exploração que o Município para lá transfere e penso que não estou a revelar inconfidência nenhuma pois já foi publicado, as Empresas Municipais, vão ser extintas, todas, é o que lá diz. Vão ser todas extintas as tenham um peso de subsídio de exploração do Município superior a 50%. É Este o critério, se tem ou não veremos, mas este é que é o critério. Agora o activo imobilizado, o corpóreo que para lá vai, a Câmara está a transferir despesa, porque tem despesas com os edifícios. Nós entendemos que esta Empresa Municipal é uma trituradora do património municipal. Nós estamos a transferir tudo para a Empresa Municipal, foi a Quinta de Agra, foram os lotes, é agora o Edifício da Escola Preparatória, o Edifício ao lado da GNR, o antigo edifício da Câmara Municipal, todo o património do Município está a passar para a Empresa Municipal. Se a Empresa Municipal vai vender, então é melhor transformá-la numa agência imobiliária, porque parece que a Empresa Municipal existe para liquidar o património do Município, sem passar aqui depois pela Assembleia. -------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para prestar alguns esclarecimentos. Perguntou o Sr. Presidente da Câmara, se alguém já fez contas

de quanto é que será o património da Câmara Municipal. Ninguém está a pensar em transferir os dois mil quilómetros pavimentados que nós temos no concelho para a Empresa Municipal, mas se calhar não sei quantas centenas de milhões de euros é que serão, não faço ideia. Relativamente a este património a sua venda, a incorporação de reservas diz, que não se pode vender a incorporação de capital e se porventura alguém quisesse vender alguma coisa, também diz a lei que teria que vir primeiro à reunião de Câmara, segundo à reunião da Assembleia, diz a lei. Relativamente ao futuro das empresas municipais, eu já disse e tenho falado muitas vezes sobre a Empresa Municipal, vamos aguardar. O Sr. Deputado disse que se calhar as receitas, aquilo que é transferido pela Câmara que ultrapassa os 50%, vamos ver. Tranquilamente temos andado a trabalhar à algum tempo, tenho alguma experiência e alguma formação na área financeira e vamos aguardar que os dados apareçam, conforme os dados que tem vindo a aparecer nos últimos tempos sobre o ponto de vista de execução orçamental. Em relação ás percentagens dos edifícios, a mim preocupa-me também que tenhamos que fazer coisas novas e ao mesmo tempo manter aquilo que temos. Temos o edifício que é o Antigo Ciclo, onde chove actualmente e que tem problemas de degradação infra-estrutural e obviamente é preciso que haja pessoas responsáveis e que sejam responsabilizadas pela deterioração ou não desses mesmos espaços. Eu tenho uma cultura de grande responsabilização. Eu acho que as pessoas que ficam encarregadas de tratar do que quer que seja têm que ser chamadas à liça, quando as coisas corram menos bem. Há muita gente que às vezes gere tudo ao mesmo tempo e nada em tempo algum. Eu sou das pessoas que acho que há que fazer uma política de cada macaco no seu galho. Ou seja cada um tem que saber aquilo que faz e cada um tem que prestar as suas contas em tempo oportuno. E por isso é que eu faço esta gestão dentro da Câmara, dentro dos diversos Departamentos, nas diversas Divisões, nos diversos Sectores e no universo da acção financeira e económica da Câmara Municipal. Espero que nós no futuro tenhamos o património acautelado e recuperado e que as despesas com a manutenção, que sejam despesas que baixem. Porque hoje em dia a grande dor de cabeça de qualquer Autarca é o momento complicado e grave que o País atravessa, em que se tem que tomar opções de forma inteligente. Se me disserem que esta proposta é uma proposta que é feita pela Câmara Municipal, cujos objectivos não são inteligentes, eu diria ao contrário, eu penso que serão inteligentes, eu julgo que serão para benefício do colectivo da Empresa Municipal e da Câmara Municipal e obviamente da comunidade, acautelando sempre aquilo que é o nosso património. ---------------- Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria, com três votos contra, um do PS, um do CDS e um do PSD e duas abstenções do PS. ------ PONTO N.º 8 – TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE PROPRIEDADE DA EX-ESCOLA DA VILA. -----------------------------------------------------------------------------------

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Dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para apresentar este assunto. Começou por dizer o Sr. Presidente que este ponto tem a ver com o facto de o Município ter um terreno no coração da Vila de Celorico de Basto que precisa ser tratado de uma forma inteligente para que se criem e se promova ali um projecto em harmonia para uma área que merece um tratamento urbanístico de relevância e que merece também que nós consigamos atrair promotores numa fase muito complexa da nossa vida financeira e ao nível dos investidores, Aqui o direito de propriedade que é transferido para a Empresa Municipal é com um objectivo muito claro, é para venda. Aliás a Câmara Municipal levou-o a hasta pública, já era para venda. E aqui ao fazê-lo não tem qualquer ganho ou perda acima de tudo uma responsabilização acrescida no sentido de nós conseguirmos puxar por mais hipóteses, por mais probabilidades no sentido de conseguirmos alienar, colocar no mercado este património, no sentido de fazer um encaixe financeiro que nos possa ajudar a promover outros projectos. Nós estamos na bolsa de mérito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), nós estamos com uma taxa de execução financeira e física acima dos 50% e somos dos Municípios que estamos na bolsa de mérito que nos podemos candidatar a mais projectos no nosso Município. E nós temos mais projectos para fazer não só na Vila de Celorico de Basto, na Mota, em Fermil, na Gandarela, mas também nas freguesias. E para fazermos essas candidaturas temos de ter uma quota-parte que agora já não é de 30%, já não é de 20%, é de 15% e trezentos mil euros, significa que nós nos podemos candidatar a dois milhões de obra, seiscentos mil euros significa que nos podemos candidatar a quatro milhões de obra. E são estas as contas que nós temos que fazer. E eu quero que as coisas mexam o mais rápido possível dentro das circunstâncias e condicionalismos para que este que é um activo da Câmara possa ser alienado de forma clara e transparente. ------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer que se trata de uma transferência de propriedade para poder ser alienada, como o Sr. Presidente acabou de dizer. Eu já aqui uma vez referi que agora havia duas Vilas, a Norte e a Sul. A Vila a Norte, é onde estamos e é aquilo que defino como montra, aqui são feitas as obras e do outro lado deixa-se cair. As ruas têm ervas com meio metro de altura, deste lado estão limpas, os passeios com buracos, ruas sem passeios (Rua Camões), ruas cheias de buracos como é a Serpa Pinto, e por aí fora. Este edifício, nós fizemos aqui uma proposta há uns meses, já acreditávamos que ninguém ia comprar por aquele preço, para poder ser ocupado, utilizado com as devidas alterações, pelos Bombeiros ou outras entidades, mas a proposta foi chumbada. Eu pergunto porque é que se vai gastar um milhão e meio de euros no Centro de Actividades Ocupacionais, que é um edifício novo e porque é que o Centro de Actividades Ocupacionais não é feito naquele espaço. Era uma forma de o utilizar, claro que isso não ia dar encaixe à Qualidade de Basto de dinheiro,

porque a Qualidade de Basto vai inevitavelmente vender isto. Não vai ser por seiscentos mil euros certamente, nem vai ser amanhã, porque ninguém compra nada neste momento a não ser que seja ao desbarato, só para fazer algum dinheiro. É pena não se ter usado um espaço público para se transformar esse espaço noutro espaço público com utilidade que é o Centro de Actividades Ocupacionais, em vez de estarmos a fazer mais um edifício. Porque é que a Câmara com os projectos que tem não investe naquele espaço, não utiliza aquele espaço? Eu já nem digo para o Centro de Actividades Ocupacionais, porque esse já está em curso, esse já não pode mudar para ali, mas poderia ter sido pensado para ali. O Sr. Presidente acabou de dizer que estava no quadro de honra, isso é bom para todos nós, que tem possibilidade de investir com menos capital do Município, isso é muito bom para o Município, ali está um sítio onde se pode investir em vez de vender. -------------------------------------------------------------------------- Pediu a palavra o Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos que lembrou que aquele edifício foi inaugurado em Abril de 1968 e não em 1967 como erradamente uma placa colocada no edifício refere. Disse ainda que ao saber que a escola vai ser vendida lhe deixa saudades. Perguntou também o Sr. Deputado pois gostava de saber, a quem comprar a escola o que lhe é autorizado a fazer ali? E se a Câmara pretende fazer daquele espaço um local público. ------------------ Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por responder ao Sr. Deputado Luís Castro Leal. Claro que o Sr. Dr. Castro Leal não tem conhecimento do que são as exigências em termos de rigor de um CAO, de um Lar Residencial de Residência Autónoma. Tem a ver com pessoas que tem uma dependência absoluta, outras pessoas com dependência intermédia e outras têm sempre uma série de dependências, que obrigam a estar de acordo com a legislação, em termos de espaços, porque os espaços não são tão simples como se possa pensar. São espaços que tem de ser amplos, modernos e que se calhar, e olhando para a antiga escola primária, teríamos que pensar primeiro, pois seria mais barato demoli-la e depois fazer um CAO naquele local, sendo certo que eu não sei se ele lá caberia porque a área é muito maior do que a da actual escola. Esta infra-estrutura é muito importante, o CAO – Lar Residencial e Residência Autónoma, porque há muitas pessoas do nosso Concelho que tem que ir para municípios vizinhos e há outras que não tem possibilidade de ir para lado algum. Eu acho que é muito importante nós darmos dignidade, darmos condições de vida e criarmos inserção activa a essas pessoas, que são pessoas que merecem o máximo respeito, e todos comungaram obviamente da minha opinião relativamente a esta matéria mas também não é isso que estou a por em causa, apenas dando uma nota relativamente aquela que foi a sugestão à bocado apontada. Queria também que as pessoas registassem relativamente a esta gestão, nós não vendemos património ao desbarato. É verdade que nós temos

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vindo a colocar valores de mercado que não são meigos, mas eu prefiro que me acusem a mim e à Câmara Municipal por colocar esse património por valores que não são meigos, do que por vender ao desbarato. Obviamente que a lógica em termos de futuro da gestão de património, terá e deverá ser sempre essa, apesar de todas as dificuldades que nós possamos e estejamos a viver. Quanto à intervenção do Sr. Deputado Joaquim Andrade Bastos, dizer que percebo, reconheço e compreendo muito bem o seu tom sentimentalista. Apesar de só lá ter andado quatro anos, sinto aquela escola como tendo sido o meu primeiro local de ensino que frequentei e que me marca para o resto da minha vida, mesmo no dia em que aquela escola desaparecer. Ao Sr. Deputado Professor Bastos e a outras pessoas que por lá passaram mais anos, marca ainda muito mais. Aquilo que irá ser feito lá ou aquilo que se pretende que seja feito, neste momento está em aberto. Sendo certo que nós queremos que seja respeitada a questão da volumetria, no sentido de criar um impacto harmonioso na Zona Envolvente. Por isso a ideia que fica é que todos tenham a certeza que aquilo que venha a ser feito de hoje para amanhã lá é para valorizar o espaço e servir de âncora para requalificar toda aquela zona que é verdade que sofre de problemas estruturantes. Nós já aprovamos um plano em reunião de Câmara Municipal, um plano de reestruturação ao nível urbanístico em várias partes do concelho e uma dessas partes é exactamente aquela zona. Não é só a parte pública é também a parte dos edifícios que são particulares e que hoje em dia estão um bocado devolutos e um pouco abandonados. --------------------------------------------------------------------------------- Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria, com três votos contra, um voto do CDS, um voto do PSD e um do PS e duas abstenções do PS. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- PONTO N.º 9 – ADESÃO À AGÊNCIA DE ENERGIA DO TÂMEGA E SOUSA. --- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente para dizer que o objectivo desta Agência é promover a poupança energética das famílias, das empresas e de outras entidades, como as Câmaras Municipais. Desenvolver políticas, desenvolver projectos, desenvolver práticas que possam permitir poupanças energéticas na região. É uma Agência que não cria encargos para as autarquias, cria é dinâmica de poupança para o futuro. Hoje em dia é muito importante que nós possamos criar dinâmicas que fomentem poupança, naquilo que é o orçamento acima de tudo das famílias. Esta é uma Agência que não representa encargos, porque se ela é para poupar dinheiro, não pode ser estruturada em gastos por parte das autarquias. Ponto um, ela não é e não significa encargos para a Câmara Municipal. Ponto dois, ela pode e deve vir a significar poupança, para as famílias, para as empresas, para a Câmara Municipal e outras Entidades. Pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia foi dito que relativamente a este assunto os cinco elementos da Assembleia que tem assento na Comunidade,

já votaram a criação desta Agência a aprovação dos seus estatutos. Referiu também que esta Agência não trás encargos para qualquer dos municípios vai sim trazer alguns benefícios para poderem ser aproveitados. ---------------------------------- Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por unanimidade. ---------- PONTO N.º 10 – INFORMAÇÃO DA ACTIVIDADE MUNICIPAL NOS TERMOS DA ALÍNEA E) DO N.º 1 DO ART.º 53.º DO DECRETO-LEI 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, REVISTO PELA LEI 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. -------------------- Foi dada a palavra ao Sr. Deputado José Joaquim Carvalho da Silva que disse trazer uma questões para colocar ao Sr. Presidente da Câmara em virtude de essas mesmas questões lhe terem sido colocadas a si enquanto Membro da Assembleia Municipal. As questões que quero colocar, são relativas aos serviços prestados pela Câmara Amiga e são as seguintes: - Quais são os objectivos destes serviços? Quem é ilegível para ser beneficiado? Qual o controlo que se faz? É possível fazer intervenções ao abrigo deste serviço, em casas que estão alugadas? ----------------------------------------------------------------------------------------------- Foi de seguida dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal que disse em relação à informação do actividade municipal, só ter uma dúvida, que era o ponto n.º 9 – “Aprovado o P.U.”. Dada a explicação pelo Sr. Presidente o Sr. Deputado Luís Castro Leal, disse estar esclarecido e prosseguiu com a sua intervenção. Quis o Sr. Deputado saber em que ponto está a queixa que o Sr. Presidente fez para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, contra o Estado Português. Foi anunciado na comunicação social a deslocação do Sr. Presidente a Estrasburgo para o efeito, onde entregou a queixa. Eu sei que os prazos do Tribunal Europeu são mais curtos que os dos Tribunais Portugueses, tem um regulamento mais apertado. Queríamos saber se já há alguma decisão nesse sentido. --------------------------------------------------------------------------------------------------- Dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, começou por dizer que sobre o Programa Câmara Amiga, como tudo na vida, não há programas infalíveis e não há programas que sejam alvo de falhas em lado algum, e quando houver, gostava de os conhecer e de saber como funcionam. O objectivo é ajudar as pessoas que precisam, designadamente os mais idosos e as pessoas que são portadoras de limitações no seu dia-a-dia e que merecem o apoio da Autarquia. Disse ainda o Sr. Presidente que quando alguém souber de alguma situação menos clara, ou até seja um bocado negativa para aquilo que é o objectivo do Programa Câmara Amiga da Câmara Municipal que o participe directamente, que nós agradecemos. Porque é para melhorar e fazer com que o próprio programa possa evoluir e que não haja falhas, porque o programa é muito claro. Em termos de fazer reparações em casas alugadas é possível porque uma pessoa idosa que viva numa casa alugada, velhinha, se tiver um vidro partido é possível que a Câmara Amiga lá vá colocar o vidro, ou trocar uma lâmpada. Não se está nestes casos a valorizar a

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casa, mas a qualidade de vida da pessoa que ali habita. Disse o Sr. Presidente que a percepção que teve da pergunta do Sr. Deputado José Silva é de poder haver falhas e eu faço aqui um apelo a este Órgão e a todos os seus Membros. Sempre que ouvirem, notarem ou repararem que alguma situação é menos apropriada em relação aos fins que se prosseguem com este programa Câmara Amiga, que o façam chegar aos serviços da Câmara Municipal, porque nós obviamente não podemos pactuar com o apoio do Programa Câmara Amiga, a pessoas que porventura não sejam o alvo para terem o benefício desse mesmo programa. Ou seja, se tiverem conhecimento de algum caso que seja desvirtuador dos princípios orientadores deste programa, agradeço muito que nos transmitam a nós, a mim, aos Srs. Vereadores, ou aos serviços directamente, porque é muito importante. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Relativamente à questão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, eu não fui ao tribunal a entrega foi feita por quem representa a Autarquia, neste caso, os Advogados. O processo correu, tramitou no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e diz esse tribunal que está a acompanhar o processo e que está a julgar em tempo oportuno. Também entretanto saiu uma sentença. Por uma via dava razão ao Estado, porque faltavam lá alguns dados para que, entre aspas, as Estradas de Portugal pudessem ser condenadas. E nós estamos a apresentar o recurso conforme a algum tempo atrás, já houve uma condenação das Estradas de Portugal, que depois recorreram e agora houve, digamos, a absolvição das Estradas de Portugal e entretanto nós vamos remeter mais uma série de dados ao processo para que possamos vir a ter um desfecho que seja positivo. No entretanto, obviamente eu gostaria muito de resolver todas estas questões extra tribunal, embora reconheça que o tempo que me deram para resolver este tipo de questões é um tempo muito complicado, porque estas lutas das ligações rodoviárias é muito mais difícil agora do que eram há alguns anos atrás. Como disse gostava que estes assuntos fossem resolvidos de forma extrajudicial, no entanto os nossos direitos que tivermos terão que ser defendidos até há ultima instância, até que nos seja dada razão ou não. Eu acredito que essa razão nos assiste, vamos ver qual vai ser o desenrolar do processo. --------------------------------- Pelo Sr. Presidente da Mesa foi encerrado o período da ordem do dia em virtude de não haver mais pedidos de esclarecimentos. ------------------------------------

III – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

Não Houve. -------------------------------------------------------------------------------------

IV – APROVAÇÃO DA ACTA EM MINUTA

E nada mais havendo a tratar, quando eram 18,10 horas, o Exm.º Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou encerrada a Sessão, da qual para constar se lavrou a presente acta, aprovada em minuta por unanimidade, e assinada pelos Membros da Mesa à qual foram dados poderes, pela Assembleia Municipal.

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