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Resumos TRibuTáRios iob

Obrigações acessórias dO iPi

VOlume Vii

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ApresentAção

Este compêndio mostra, de forma generalizada, as principais obri-gações acessórias contidas na legislação do Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI), notadamente, no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, bem como em legislação esparsa que cuida dessas obrigações, tais como as normas editadas pela Secretaria da Receita Fede-ral do Brasil (RFB).

São consideradas, ainda, normas complementares à legislação do IPI, o Convênio Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fis-cais (Sinief) s/nº, de 15.12.1970, e os ajustes Sinief editados para alterá-lo, quanto ao documentário fiscal utilizado pelos contribuintes desse tributo.

O IPI, de competência da União, incide sobre produtos industriali-zados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011.

O campo de incidência desse imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as normas constantes nas respectivas Notas Complementares (NC), excluídos os que correspondem à notação “NT”, ou seja, os produtos não tributados.

O sujeito ativo é a pessoa jurídica de direito público titular da com-petência para a exigência do cumprimento da obrigação tributária, en-quanto o sujeito passivo é aquele a quem compete o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária, bem como o cumprimento de obrigações acessórias a ele impostas, tais como emissão de documentos, escrituração de livros e apresentação de informações econômico-fiscais.

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Portanto, a obrigação tributária se divide em principal ou acessória.

A principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se com o crédito dela decorrente.

A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por ob-jeto as prestações positivas ou negativas nela previstas, no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.

A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inadimplência, con-verte-se em obrigação principal, no que se refere à penalidade pecuniária dela decorrente.

Para efeitos didáticos, este compêndio está dividido em cinco par-tes, a saber:

Parte I - Noções gerais

Parte II - Documentação fiscal

Parte III - Escrituração fiscal

Parte IV - Informações Econômico-Fiscais

Parte V - Tabelas.

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sumário

Parte I - Noções GeraIs

1. Fato gerador .................................................................................... 9

2. Sujeito paSSivo .................................................................................. 11

3. ConCeitoS e deFiniçõeS ............................................................... 13

4. ClaSSiFiCação doS produtoS .................................................... 15

5. FiSCalização ...................................................................................... 17

6. Selo de Controle ............................................................................ 19

7. unidadeS-padrão ............................................................................. 21

Parte II - DocumeNtação fIscal

1. autonomia doS eStabeleCimentoS ........................................ 23

2. emiSSão ................................................................................................. 25

3. CanCelamento ................................................................................. 27

4. extravio ............................................................................................... 29

5. inidoneidade ..................................................................................... 31

6. Carta de Correção ........................................................................ 33

7. Carta de Correção eletrôniCa............................................... 35

8. nota FiSCal eletrôniCa ............................................................... 37

9. nota FiSCal, modelo 1 ou 1-a ..................................................... 53

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Parte III - escrIturação fIscal

1. livroS FiSCaiS .................................................................................... 55

2. eSCrituração FiSCal digital .................................................... 71

Parte IV - INformações ecoNômIco-fIscaIs

1. deClaração de débitoS e CréditoS tributárioS Fede-raiS (dCtF) ........................................................................................... 83

2. deClaração SimpliFiCada da peSSoa jurídiCa inativa . 85

3. demonStrativo do Crédito preSumido (dCp) ................... 87

4. previSão do ConSumo anual de Selo de Controle de bebidaS .................................................................................................. 89

5. previSão de ConSumo anual do Selo de Controle de CigarroS .............................................................................................. 91

6. produtoS de higiene peSSoal, CoSmétiCoS e perFuma-ria - inFormação bimeStral Sobre oS produtoS ClaS-SiFiCadoS no Capítulo 33 da tipi ............................................. 93

Parte V - tabelas

1. CódigoS FiSCaiS de operaçõeS e preStaçõeS (CFop) ...... 95

2. Código de Situação tributária (CSt) ................................... 151

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pArte i - noções GerAis

1. Fato gerador

Fato gerador do imposto é:

a) o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estran-geira; ou

b) a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equipara-do a industrial.

Considerar-se-á ocorrido o respectivo desembaraço aduaneiro da mercadoria que constar como tendo sido importada e cujo extravio ou avaria venham a ser apurados pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação.

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2. Sujeito PaSSivo

2.1. OBRIGAçãO PRInCIPAL

Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou penalidade pecuniária, e diz-se:

a) contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a si-tuação que constitua o respectivo fato gerador; e

b) responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de expressa disposição de lei.

2.2. OBRIGAçãO ACESSóRIA

Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

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3. ConCeitoS e deFiniçõeS

3.1. InDuStRIALIzAçãO

É caracterizada industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como a que:

a) exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

b) importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alte-rar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

c) consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que re-sulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

d) importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

e) exercida sobre produto usado ou parte remanescente de pro-duto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento).

São irrelevantes, para a caracterização da operação como industria-lização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.

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3.2. PRODutO InDuStRIALIzADO

Produto industrializado é o resultante de qualquer operação defi-nida como industrialização (veja subitem 3.1), mesmo que incompleta, parcial ou intermediária.

3.3. EStABELECImEntO

A expressão “estabelecimento”, em sua delimitação, diz respeito ao prédio em que são exercidas atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as dependências internas, galpões e áreas contínuas muradas, cercadas ou por outra forma isoladas, em que sejam, normalmente, executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza.

3.4. EStABELECImEntO InDuStRIAL

Estabelecimento industrial é aquele que executa qualquer das ope-rações consideradas como industrialização (veja subitem 3.1), de que re-sulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento.

3.5. BEnS DE PRODuçãO

Consideram-se bens de produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não in-tegrando o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e a acondicionamento;

d) as ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partes e outros componentes, que se des-tinem a emprego no processo industrial.

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4. ClaSSiFiCação doS ProdutoS

Os produtos estão distribuídos na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, por seções, capítulos, subcapítulos, posições, subposições, itens e subitens.

Para auxiliar a identificação dos produtos e da correspondente alí-quota do imposto, indicamos no quadro a seguir, as seções e os capítulos da TIPI:

tipi

seção DiscriminAção cApítulos

I Animais vivos e produtos do reino animal 1 a 5

II Produtos do reino vegetal 6 a 14

III Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dis-sociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal

15

IV Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoó-licos e vinagres; tabaco e seus sucedâneos manufaturados

16 a 24

V Produtos minerais 25 a 27

VI Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas 28 a 38

VII Plásticos e suas obras; borracha e suas obras 39 e 40

VIII Peles, couros, peleteria (peles com pelo) e obras destas ma-térias; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes; obras de tripa

41 a 43

IX Madeira, carvão vegetal e obras de madeira; cortiça e suas obras; obras de espartaria ou de cestaria

44 a 46

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tipi

seção DiscriminAção cApítulos

X Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão de reciclar (desperdícios e aparas); papel ou cartão e suas obras

47 a 49

XI Matérias têxteis e suas obras 50 a 63

XII Calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante; guarda--chuvas, guarda-sóis, bengalas, chicotes e suas partes; penas preparadas e suas obras; flores artificiais; obras de cabelo

64 a 67

XIII Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de mate-riais semelhantes; produtos cerâmicos; vidros e suas obras

68 a 70

XIV Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semi-preciosas e semelhantes; metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos e suas obras; bijuterias; moedas

71

XV Metais comuns e suas obras 72 a 83

XVI Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; apa-relhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televi-são e suas partes e acessórios

84 e 85

XVII Material de transporte 86 a 89

XVIII Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinema-tografia, de medida, de controle ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; aparelhos de relojoaria; ins-trumentos musicais, suas partes e acessórios

90 a 92

XIX Armas e munições, suas partes e acessórios 93

XX Mercadorias e produtos diversos 94 a 96

XXI Objetos de arte, de coleção e antiguidades 97

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5. FiSCalização

A fiscalização do IPI compete à Secretaria da Receita Federal do Bra-sil (RFB).

A execução das atividades de fiscalização compete às unidades cen-trais, da referida Secretaria, e, nos limites de suas jurisdições, às suas uni-dades regionais e às demais unidades, de conformidade com as instruções expedidas pela mesma Secretaria.

A fiscalização será exercida sobre todas as pessoas, naturais ou ju-rídicas, contribuintes ou não, que estiverem obrigadas ao cumprimento de disposições da legislação, bem como as que gozarem de imunidade condicionada ou de isenção do imposto.

As atividades de fiscalização serão presididas e executadas pela au-toridade administrativa competente, isto é, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

5.1. ROtuLAGEm Ou mARCAçãO

Os fabricantes e os estabelecimentos comerciais equiparados a in-dustrial, na forma do inciso IV do artigo 9º do Regulamento do IPI, apro-vado pelo Decreto nº 7.212/2010, são obrigados a rotular ou marcar seus produtos e os volumes que os acondicionarem, antes de sua saída dos respectivos estabelecimentos, observadas as indicações exigidas para esta finalidade.

A rotulagem ou a marcação será feita no produto e no seu recipien-te, envoltório ou embalagem, antes da saída do estabelecimento, em cada unidade, em lugar visível, por processo de gravação, estampagem ou im-

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pressão com tinta indelével, ou por meio de etiquetas coladas, costuradas ou apensadas, conforme for mais apropriado à natureza do produto, com firmeza e que não se desprenda do produto, podendo a Secretaria da Re-ceita Federal do Brasil expedir as instruções complementares que julgar convenientes.

A falta de rotulagem, marcação ou numeração, quando exigidas, im-portará em considerar-se o produto como não identificado com o descrito nos documentos fiscais.

Serão considerados não rotulados ou não marcados os produtos com rótulos ou marcas que apresentem indicações falsas.

5.2. ExAmE DA ESCRItA FISCAL

O Auditor-Fiscal da RFB poderá proceder ao exame das escritas fis-cal e geral das pessoas sujeitas à fiscalização, não se lhe aplicando quais-quer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação des-tes de exibi-los.

São também passíveis de exame os documentos, os arquivos e os dados do sujeito passivo, mantidos em arquivos magnéticos ou asseme-lhados, encontrados no local da verificação, que tenham relação direta ou indireta com a atividade por ele exercida.

No caso de recusa de apresentação dos livros, dos documentos, dos arquivos e dos dados, inclusive os mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, o Auditor-Fiscal, diretamente ou por intermédio da repar-tição competente, providenciará junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) a sua exibição judicial, sem prejuízo da lavratura do auto de embaraço à fiscalização.

No caso de recusa à exibição de livros comerciais registrados, as providências ora descritas serão precedidas de intimação, com prazo não inferior a 72 horas, para a sua apresentação, salvo se, estando os livros no estabelecimento fiscalizado, não alegar o responsável motivo que justifi-que o seu procedimento.

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6. Selo de Controle

Estão sujeitos ao selo de controle previsto no art. 46 da Lei nº 4.502/1964, segundo as normas do Regulamento do IPI e de atos com-plementares, os produtos relacionados em ato da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que poderá restringir a exigência a casos específicos, bem como dispensar ou vedar o uso do selo.

A aplicação do selo de controle nos produtos será feita:

a) pelo industrial, antes da saída do produto do estabelecimento industrial; ou

b) pelo importador ou licitante, antes da saída do produto da re-partição que o desembaraçar ou licitar.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá normas com os termos e as condições para que a aplicação do selo de controle nos produ-tos possa ser feita, mediante informação à repartição jurisdicionante, no estabelecimento do importador ou licitante ou em local por eles indicado.

O prazo para a aplicação do selo será de 15 dias, contados da saída dos produtos da repartição que os desembaraçar ou licitar.

O selo de controle será colado em cada unidade do produto, empre-gando-se cola especial que impossibilite a sua retirada, atendidas, em sua aplicação, as normas estabelecidas pela RFB.

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7. unidadeS-Padrão

Na emissão dos documentos e na escrituração dos livros fiscais, os contribuintes poderão utilizar as unidades usuais de medida que mais se ajustarem às diversas espécies de mercadorias, devendo, contudo, ser a quantidade expressa na unidade-padrão do produto, no preenchimento do documento de informação de quantitativos instituído pela RFB.

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pArte ii - DocumentAção fiscAl

1. autonomia doSeStabeleCimentoS

Cada estabelecimento, seja matriz, sucursal, filial, agência, depósi-to ou qualquer outro, manterá o seu próprio documentário, vedada, sob qualquer pretexto, a sua centralização, ainda que no estabelecimento da matriz.

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2. emiSSão

2.1. nOtA FISCAL, mODELO 1 Ou 1-AOs estabelecimentos emitirão a nota fiscal, modelos 1 ou 1-A:

a) sempre que promoverem a saída de produtos;

b) sempre que, no estabelecimento, entrarem, real ou simbolica-mente, produtos:

b.1) novos ou usados, inclusive matéria-prima, produto inter-mediário e material de embalagem, remetidos a qualquer título por particulares ou empresas não obrigadas à emis-são de documentos fiscais;

b.2) importados diretamente do exterior, bem como os adqui-ridos em licitação promovida pelo Poder Público;

b.3) considerados matéria-prima, produto intermediário e ma-terial de embalagem, remetidos a estabelecimentos indus-triais por órgãos públicos, para fabricação de produtos, por encomenda, para seu próprio uso ou consumo;

b.4) recebidos para conserto, restauração ou recondiciona-mento, salvo se acompanhados de nota fiscal;

b.5) em retorno de exposição em feiras de amostras e promo-ções semelhantes, ou na sua venda ou transferência a ter-ceiros sem retorno ao estabelecimento de origem;

b.6) em retorno de produtos que tenham saído para vitrinas isoladas, desfiles e outras demonstrações públicas;

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b.7) em retorno de profissionais autônomos ou avulsos, aos quais tenham sido enviados para operação que não obri-gue o remetente à emissão de nota fiscal;

b.8) em retorno de remessas feitas para venda fora do estabe-lecimento, inclusive por meio de ambulantes;

b.9) no retorno de remessas que deixarem de ser entregues aos seus destinatários;

b.10) nas demais hipóteses em que for prevista a sua emissão;

c) nos demais casos previstos no Regulamento do IPI.

2.2. nOtA FISCAL ELEtRônICA

Em substituição à nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, poderá ser utilizada a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), na forma do Ajuste Sinief nº 7/2005 e legislação correlata.

Considera-se NF-e o documento emitido e armazenado eletronica-mente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar opera-ções e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso pela administração tributária da Unida-de da Federação do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador.

Para a emissão da NF-e, o contribuinte deverá solicitar, previamen-te, seu credenciamento na Unidade da Federação em cujo cadastro de contribuinte do ICMS estiver inscrito, observando-se que:

a) o contribuinte credenciado para a emissão de NF-e deverá ob-servar, no que couber, as disposições relativas à emissão de do-cumentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados nos termos estabelecidos pela legislação específica;

b) é vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, por con-tribuinte credenciado à emissão de NF-e, exceto nas hipóteses previstas em legislação específica.

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3. CanCelamento

3.1. nOtA FISCAL, mODELO 1 Ou 1-A

Quando a nota fiscal for cancelada, conservar-se-ão todas as suas vias no bloco ou sanfona de formulários contínuos, com declaração dos motivos que determinaram o cancelamento e referência, se for o caso, ao novo documento emitido.

3.2. nOtA FISCAL ELEtRônICA

Em prazo não superior a 24 horas, contado do momento em que foi concedida a Autorização de Uso da NF-e, o emitente poderá solicitar o cancelamento da respectiva NF-e, desde que não tenha havido a circula-ção da mercadoria ou a prestação de serviço.

A critério de cada Unidade da Federação, em casos excepcionais, po-derá ser recepcionado o pedido de cancelamento de forma extemporânea.

O cancelamento será efetuado por meio do registro de evento cor-respondente.

O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá atender ao leiaute esta-belecido no Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012.

A transmissão do pedido será efetivada pela Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia.

O pedido deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públi-