resumo vida líquida

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Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Professor: Pr. José R. Devellard Aluno (a): Joselli Dantas Matéria: CRE1168 ÉTICA PROFISSIONAL Resumo: Vida líquida – De màrtrir a herói de herói á celebridade. Essa ideia de martírio foi introduzida pela Bíblia e difundida pelos Evangelhos, a partir das religiões depois de Abraão, onde substituí a cultura do “pecado original” contando a história dos primeiros atos de violência pelo ponto de vista das vítimas. Essas histórias de martírio não aceitavam o sacrifício, além, de denunciar e recriminar o comportamento da multidão que acompanhava essas histórias, esta tinha más intenções e não enxergavam a verdade. Os mártires são vítima que preferiam morrer a mentir, ou seja, a sua morte significava que existiam verdades que não podem ser silenciadas. Assim, buscando a aceitação da sociedade. A recompensa que podia receber seria a prova de sua integridade moral, do arrependimento de seus pecados e da redenção de sua alma. Lembro-me dos homens bombas, que é um costume muito atual. “São pessoas que enfrentam desvantagens esmagadoras”. Não apenas na certeza de sua morte, mas também que seu sacrifício não será valorizado pelos espectadores. O martírio “significa solidariedade com um grupo menor e mais fraco, discriminado, humilhado, odiado e perseguido pela maioria”. (pg. 58). Já os heróis, que são modernos, costumam calcular suas perdas e seus ganhos, querendo que seu sacrifício seja recompensado, não aceitando que ele seja em vão. Sem contar que o sentido do heroísmo depende muito do que acontecerá futuramente na sociedade. Porém, essa soberania do Estado

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'Vida líquida', Zygmunt Bauman

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Page 1: Resumo Vida Líquida

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Professor: Pr. José R. Devellard

Aluno (a): Joselli Dantas

Matéria: CRE1168 ÉTICA PROFISSIONAL

Resumo: Vida líquida – De màrtrir a herói de herói á celebridade.

Essa ideia de martírio foi introduzida pela Bíblia e difundida pelos Evangelhos, a partir das religiões depois de Abraão, onde substituí a cultura do “pecado original” contando a história dos primeiros atos de violência pelo ponto de vista das vítimas. Essas histórias de martírio não aceitavam o sacrifício, além, de denunciar e recriminar o comportamento da multidão que acompanhava essas histórias, esta tinha más intenções e não enxergavam a verdade. Os mártires são vítima que preferiam morrer a mentir, ou seja, a sua morte significava que existiam verdades que não podem ser silenciadas. Assim, buscando a aceitação da sociedade. A recompensa que podia receber seria a prova de sua integridade moral, do arrependimento de seus pecados e da redenção de sua alma. Lembro-me dos homens bombas, que é um costume muito atual.

“São pessoas que enfrentam desvantagens esmagadoras”. Não apenas na certeza de sua morte, mas também que seu sacrifício não será valorizado pelos espectadores. O martírio “significa solidariedade com um grupo menor e mais fraco, discriminado, humilhado, odiado e perseguido pela maioria”. (pg. 58).

Já os heróis, que são modernos, costumam calcular suas perdas e seus ganhos, querendo que seu sacrifício seja recompensado, não aceitando que ele seja em vão. Sem contar que o sentido do heroísmo depende muito do que acontecerá futuramente na sociedade. Porém, essa soberania do Estado acabou sendo cada vez menor e ele já não podia mais oferecer proteção a esses indivíduos, o que significava receber menor dedicação. Esperar algo de alguém que fez o bem.

Atualmente, a sociedade precisa apenas de consumidores e oferece felicidade através do consumismo, nem tem espaço para mártires e heróis, pois despreza dois valores referentes a eles, ou seja, é contra a aceitação de um sofrimento prolongado que tem em vista a recompensa após a morte e também não aceita o valor atribuído a alguém que se sacrifica em virtude de outros.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida.Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.