Validade do Zulliger no Sistema Compreensivo na Avaliação Psicológica deIdosos

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Valéria Marcon Zottis

E-MAIL:valeriazottis@hotmail.com

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Yasmim Guedes Maurer; Jucelaine Bier Di Domenico Grazziotin; Viviane Gregoleti; Margarete Rien; Claudia TrentinLampert

ORIENTADOR:Silvana Alba Scortegagna

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:7.07.00.00-1

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:A longevidade é um fenômeno que emerge de conquistas científicas de forma acelerada, trazendo preocupações para osprofissionais de diversas áreas do conhecimento. Para os que exercem a psicologia e respondem as demandas deavaliação psicológica cabe a escolha de instrumentos válidos, confiáveis e atualizados para cada finalidade e contexto.Quando a questão recai sobre a avaliação da personalidade, o teste de Zulliger no Sistema Compreensivo ZSC, uminstrumentos de autoexpressão, tem sido amplamente usado, pois permite de modo indireto, obter informações sobre ofuncionamento psíquico do sujeito, apoiado em conceitos de psicometria e de projeção. Sendo este uma importanteferramenta na prática profissional do psicólogo, torna-se imprescindível estudos que assegurem a sua credibilidade emtodas as fases do desenvolvimento. Portanto, o presente estudo pretende verificar as pesquisas brasileiras realizadas como ZSC e a população idosa.

METODOLOGIA:Para atender ao objetivo proposto, foi realizado um levantamento nas bases de dados BVS-PSI (SciELO, PePSIC, LILACSe RedALYC), das pesquisas nacionais sobre o uso do Zulliger com a inclusão da população de idosos, no período de 2003a 2013. Para tanto, utilizou-se as terminologias Zulliger, teste de Zulliger, Zulliger e idosos, conforme os Descritores emCiências da Saúde DeCS.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Foram encontrados dois artigos que preencheram os critérios de inclusão desta revisão de literatura. O primeiro teve comoobjetivo evidenciar a validade normativa do ZSC para a população brasileira (FRANCO, CARDOSO, VILLEMOR-AMARALe PRIMI, 2009). Participaram 475 indivíduos, entre 18 e 83 anos, 85 compuseram o grupo clínico e 390 o grupo não clínico(normativo). A média de idade da amostra foi de 33,3 anos (DP= 12,2), e a média de anos escolares completados foi de 11anos (DP=4,35). O estudo resultou no manual do teste com dados sobre a técnica de aplicação, análise e interpretação. Osdados de normatização são a base para a interpretação, pois fornecem os parâmetros de comparação da performance doexaminando com o desempenho de uma amostra representativa da população. O segundo estudo, buscou correlacionar osindicadores afetivos e cognitivos do ZSC e do Pfister a fim de verificar a validade concorrente ou convergente-discriminante(FRANCO e VILLEMOR-AMARAL, 2009). Foram participantes 233 indivíduos, 75 pacientes psiquiátricos e 148 não-pacientes. Os pacientes foram provenientes de dois bancos de dados da Universidade São Francisco. Em relação aogênero, 42% (F=95) eram masculino e 58% (F=128) feminino. A idade variou de 19 a 83 anos (M=38) e o nível deescolaridade de zero a 16 anos (M=10). Nenhuma das correlações apresentou valores estatisticamente significativos,demonstrando que selecionar variáveis que presumem equivalência psicodinâmica e correlaciona-las não implica,necessariamente, correlações psicométricas lineares. Do ponto de vista qualitativo, as técnicas foram complementares. Aausência de correlações negativas foi considerada um resultado psicométrico positivo, pois mostrou que os testes não secontradizem. Finalmente, a presente revisão de literatura demonstrou que além de haver escassez de estudos do ZSC coma inclusão da população de idosos, a média de idade dos participantes dos dois estudos encontrados variou entre 33 e 38anos.

CONCLUSÃO:Este estudo respondeu ao objetivo proposto ao demonstrar que de 2003 a 2013 há apenas dois estudos do ZSC com ainclusão de idosos, porém com uma média de idade correspondente a meia idade.Há necessidade de pesquisas comsujeitos de 60 anos ou mais, para melhor segurança nas interpretações sobre as características psicológica dos mesmos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:FRANCO, R.R.C.; CARDOSO, L.M.; VILLEMOR-AMARAL, A. E.; PRIMI, R. Estudos de normatização, precisão e validade.Em A. E. Villemor-Amaral & R. Primi (Orgs.), O Teste de Zulliger no Sistema Compreensivo ZSC: forma individual. SãoPaulo: Casa do Psicólogo, 2009.FRANCO, R.R.C.; VILLEMOR-AMARAL, A.E. Validade concorrente entre provas de personalidade: Zulliger SC e Pfister.Revista Psicologia e Saúde, 2009.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador