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TEMA – O MEIO NATURAL Página 1 RESUMO TEÓRICO (CLIMA E FORMAÇÕES VEGETAIS) 1. QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESTADO DO TEMPO E CLIMA? Estado do tempo É o conjunto de condições atmosféricas que se verificam num determinado lugar, num curto período de tempo – varia ao longo do dia e de lugar para lugar. Clima É a sucessão habitual dos estados do tempo, durante um longo período de tempo, geralmente 30 ou mais anos. COMO VARIA O ESTADO DO TEMPO? As condições da atmosfera num dado lugar e num dado momento resultam da conjugação dos valores dos vários elementos do clima. Assim, é frequente haver variações do tempo: Ao longo do dia: numa determinada localidade, em períodos da manhã, pode, num dado momento estar céu limpo e vento fraco para, momentos depois, por exemplo, o céu ficar nublado, a intensidade do vento aumentar e haver ocorrência de chuva; De lugar para lugar: o tempo que se faz sentir numa localidade do Centro do país, pode, para o mesmo momento, ser diferente do que se faz sentir numa localidade do Norte do país. QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELEMENTOS E FATORES DO CLIMA? Chamam-se elementos do clima todos os elementos meteorológicos (atmosféricos) que caracterizam o clima de uma região. Os mais importantes são: A TEMPERATURA (grau de aquecimento do ar); A PRECIPITAÇAO (queda de água, em forma de chuva, neve ou granizo); O VENTO (movimento do ar com uma determinada direção e intensidade; A NEBULOSIDADE (porção do céu coberto por nuvens); A PRESSÃO ATMOSFÉRICA (força que o ar exerce sobre a atmosfera; A HUMIDADE DO AR (quantidade de vapor de água presente na atmosfera). ESTES ELEMENTOS VARIAM NO TEMPO E NO ESPAÇO, DEVIDO AOS FATORES CLIMÁTICOS. Os fatores climáticos são fenómenos e situações naturais que influenciam o comportamento dos elementos do clima. Destacam-se a: A LATITUDE; O RELEVO; A PROXIMIDADE OU AFASTAMENTO DO MAR (CONTINENTALIDADE) AS CORRENTES MARÍTIMAS.

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T E M A – O M E I O N A T U R A L

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RESUMO TEÓRICO (CLIMA E FORMAÇÕES VEGETAIS)

1. QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESTADO DO TEMPO E CLIMA?

Estado do tempo

É o conjunto de condições atmosféricas que se verificam num determinado

lugar, num curto período de tempo – varia ao longo do dia e de lugar para

lugar.

Clima

É a sucessão habitual dos estados do tempo, durante um longo período de tempo, geralmente 30 ou mais

anos.

COMO VARIA O ESTADO DO TEMPO?

As condições da atmosfera num dado lugar e num dado momento resultam da conjugação dos valores dos

vários elementos do clima. Assim, é frequente haver variações do tempo:

Ao longo do dia: numa determinada localidade, em períodos da manhã, pode, num dado momento

estar céu limpo e vento fraco para, momentos depois, por exemplo, o céu ficar nublado, a

intensidade do vento aumentar e haver ocorrência de chuva;

De lugar para lugar: o tempo que se faz sentir numa localidade do Centro do país, pode, para o

mesmo momento, ser diferente do que se faz sentir numa localidade do Norte do país.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELEMENTOS E FATORES DO CLIMA?

Chamam-se elementos do clima todos os elementos meteorológicos (atmosféricos) que caracterizam o

clima de uma região. Os mais importantes são:

A TEMPERATURA (grau de aquecimento do ar);

A PRECIPITAÇAO (queda de água, em forma de chuva, neve ou granizo);

O VENTO (movimento do ar com uma determinada direção e intensidade;

A NEBULOSIDADE (porção do céu coberto por nuvens);

A PRESSÃO ATMOSFÉRICA (força que o ar exerce sobre a atmosfera;

A HUMIDADE DO AR (quantidade de vapor de água presente na atmosfera).

ESTES ELEMENTOS VARIAM NO TEMPO E NO ESPAÇO, DEVIDO AOS FATORES CLIMÁTICOS.

Os fatores climáticos são fenómenos e situações naturais que influenciam o comportamento dos

elementos do clima. Destacam-se a:

A LATITUDE;

O RELEVO;

A PROXIMIDADE OU AFASTAMENTO DO MAR (CONTINENTALIDADE)

AS CORRENTES MARÍTIMAS.

T E M A – O M E I O N A T U R A L

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2. A TEMPERATURA: DISTRIBUIÇÃO E VARIAÇÃO

COMO VARIA A TEMPERATURA?

Observa a figura 1.

Fig.1 Distribuição da temperatura média à superfície da Terra, em Janeiro e Julho.

Da análise da figura 1, podemos concluir que:

Independentemente da época do ano, verifica-se, no geral, uma diminuição da temperatura média

em Latitude;

No hemisfério Norte as temperaturas médias mensais mais baixas registam-se no Inverno (Janeiro)

e as mais elevadas no Verão (Julho);

Na região intertropical (entre o trópico de câncer e o trópico de capricórnio), a variação da

temperatura média é pouco significativa ao longo do ano.

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A TEMPERATURA VARIA À SUPERFÍCIE DA TERRA DE LUGAR PARA LUGAR, AO LONGO DO ANO E AO LONGO DO

DIA.

COMO VARIA A TEMPERATURA AO LONGO DO DIA?

Em latitude há uma variação da intensidade da radiação solar que se faz sentir ao longo do dia, do DIA NATURAL –

período em que o Sol se encontra acima da linha do horizonte, ou seja, entre o nascer e o pôr-do-sol.

Observa a figura 2.

Fig.2 O movimento diurno aparente do Sol no hemisfério Norte e a variação da temperatura ao longo do dia.

A temperatura varia ao longo do dia para qualquer lugar da superfície terrestre. Sendo:

Mínima, durante a madrugada, antes do nascer do Sol, porque durante a noite os lugares não recebem

radiação solar (6 e 8 horas);

Máxima, entre as 13 e 15 horas, porque é neste período que se atinge o valor mais elevado de radiação

solar.

AS ESTAÇÕES DO ANO

O movimento anual aparente do Sol (movimento que o Sol parece fazer ao longo do ano) só se efetua na zona

intertropical, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.

Observa a figura 3.

Fig.3 O movimento anual aparente do Sol no hemisfério Norte.

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O Sol passa então o Zénite (os raios solares fazem um ângulo de 90º com a superfície da Terra), em quatro

momentos do ano, que correspondem ao início das estações do ano.

Considerando o hemisfério Norte:

No equador, no dia 21 de Março, inicia-se a Primavera – Equinócio de Março;

No Trópico de Câncer, no dia 21 de junho, inicia-se o verão – Solstício de Junho;

No equador, no dia 23 de Setembro, inicia-se o Outono – Equinócio de Setembro;

No trópico de Capricórnio, no dia 22 de Dezembro, inicia-se o Inverno – Solstício de Dezembro.

COMO VARIA O DIA NATURAL EM LATITUDE

Lê o quadro seguinte que ilustra a variação do dia em Latitude.

Momento do ano Dentro do círculo

polar Árctico

Entre o círculo polar Árctico e o

equador Equador

Entre o equador e o círculo polar

antárctico

Dentro do círculo polar antárctico

Solstício de Junho 24h dia O dia é maior do

que a noite

O dia é igual à noite

O dia é menor do que a noite

24h noite

Equinócios de Setembro e Março

O dia é igual à noite O dia é igual à noite

Solstício de Dezembro

24h noite O dia é menor do

que a noite O dia é maior do

que a noite 24h dia

A VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DEPENDE DO GRAU DE INCLINAÇÃO DOS RAIOS SOLARES SOBRE A SUPERFÍCIE

TERRESTRE.

Observa a figura 4.

Fig.4 Representação do grau de inclinação

dos raios solares sobre a Terra com a

Latitude

Na zona intertropical, entre o trópico de

Câncer e o Trópico de Capricórnio o grau de

inclinação dos raios solares é menor e, por

isso, a temperatura é mais elevada. (I)

Na zona polar (dentro do círculo polar

Ártico e do Círculo Polar Antártico), o grau

de inclinação dos raios solares é maior e, por

isso, a temperatura é mais baixa.(III)

A TEMPERATURA E O GRAU DE INCLINAÇÃO DOS RAIOS SOLARES

A temperatura de um lugar é mais elevada quando os raios solares

chegam à Terra na perpendicular.

A temperatura de um lugar é mais baixa quando os raios solares

chegam à Terra com maior inclinação.

ç

A inclinação dos raios solares na superfície terrestre varia com a

Latitude devido à forma quase esférica da Terra e à inclinação do eixo

terrestre.

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QUAIS SÃO OS FATORES RESPONSÁVEIS PELA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA?

2.1. A TEMPERATURA E A LATITUDE

A latitude é um dos fatores climáticos fundamentais para a variação da temperatura na superfície

terrestre.

À medida que a latitude aumenta verifica-se um aumento do grau de inclinação dos raios solares e uma

diminuição da temperatura na superfície terrestre.

A TEMPERATURA DIMINUI À MEDIDA QUE A LATITUDE AUMENTA

2.2. A TEMPERATURA E O RELEVO

A Temperatura diminui com a Altitude:

À medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui 0,6ºC por cada 100 metros.

O relevo também influencia a temperatura através da orientação geográfica das montanhas em relação aos raios

solares e à linha de costa.

Em relação aos raios solares:

As vertentes soalheiras (voltadas a sul no hemisfério Norte e a norte no hemisfério Sul) têm temperaturas

mais elevadas porque recebem maior quantidade de radiação solar;

As vertentes umbrias (voltadas a norte no hemisfério Norte e a sul no hemisfério Sul) têm temperaturas

mais baixas porque recebem menos quantidade de radiação solar.

Em relação à linha de costa:

As montanhas concordantes (paralelas à linha de costa), constituindo obstáculos à passagem para o interior

dos ventos húmidos do oceano. Contribuem para que o litoral tenha temperaturas mais amenas ao longo do

ano e que o interior seja mais frio no inverno e mais quente no verão;

As montanhas discordantes (perpendiculares ou oblíquas à linha de costa) contribuem para que a

temperatura seja amena ao longo do ano.

A TEMPERATURA DIMINUI À MEDIDA QUE A ALTITUDE AUMENTA

2.3. A TEMPERATURA E A PROXIMIDADE E O AFASTAMENTO DO MAR

Os lugares do LITORAL, por estarem mais próximos do mar, têm temperaturas mais amenas ao longo do

ano;

Os lugares do INTERIOR, por estarem mais afastados do mar, têm temperaturas mais baixas no inverno e

mais elevadas no verão (maior amplitude térmica anual).

O MAR AMENIZA A TEMPERATURA

3. A PRECIPITAÇÃO: DISTRIBUIÇÃO E VARIAÇÃO

COMO E POR QUE É QUE OCORRE PRECIPITAÇÃO? A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em suspensão que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo. Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de saturação, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem levar à ocorrência de precipitação.

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TIPOS DE PRECIPITAÇÃO

A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes, originando quatro tipos de precipitação:

Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas; Convergente – subida do ar devido à convergência dos ventos numa determinada zona; Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter contactado com uma superfície

mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe; Frontal – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.

Lê os quadros seguintes:

OROGRÁFICAS CONVERGENTES Resultam da ascensão do ar ao longo das vertentes das montanhas.

Resultam da ascensão do ar devido à convergência dos ventos numa determinada zona.

Exemplo: Cordilheira Central e serras do noroeste português, como a serra do Gerês e da Peneda.

Exemplo: zonas de baixas pressões equatoriais.

CONVECTIVAS FRONTAIS Resultam da ascensão do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e ascende.

Resultam da ascensão do ar, devido ao contacto de duas massas de ar diferentes.

Exemplo: interior dos continentes das zonas temperadas (muito frequentes no Verão).

Exemplo: sobretudo nas latas e médias latitudes do hemisfério Norte.

A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude, afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica a sua desigual distribuição à superfície da Terra.

3.1. A PRECIPITAÇÃO, A LATITUDE e a PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por sua vez influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas de baixas pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões.

Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);

Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);

Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);

Baixas pressões equatoriais.

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A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude influencia a distribuição da precipitação mundial.

Fig.5 Distribuição da precipitação anual e dos centros de pressão atmosférica em Latitude

Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao mau tempo – contribuem para o aumento da precipitação.

Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo seco – contribuem para a diminuição da precipitação.

Fig.6 O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas pressões, no hemisfério norte.

CENTROS BAROMÉTRICOS

Centros de altas pressões ou Anticiclone Centros de baixas pressões ou Ciclone

A pressão aumenta da periferia para o centro;

A pressão é mais elevada no centro.

A pressão diminui da periferia para o centro;

A pressão é mais baixa no centro.

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MOVIMENTO DO AR

Centros de altas pressões ou Anticiclone Centros de baixas pressões ou Ciclone

Movimento do ar é descendente (desce) na

vertical e divergente (espalha-se) à superfície;

O ar ao descer em altitude, a sua temperatura

aumenta; conseguindo reter o vapor de água;

Não há formação de nuvens nem ocorrência de

precipitação;

Estado do tempo associado a céu limpo e

tempo seco.

Movimento do ar é ascendente (sobe) na

vertical e convergente (choca) à superfície;

O ar sobe em altitude, a sua temperatura

diminui, o que provoca a condensação do

vapor de água;

Formam-se nuvens que podem originar

ocorrência de precipitação.

Assim, podemos verificar: Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas

pressões que originam precipitação muito abundante.

Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são responsáveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.

Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas pressões que explicam a ocorrência de precipitação abundante.

Nos pólos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por isso, há baixos valores de precipitação.

3.2. A PRECIPITAÇÃO E O RELEVO

A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha de costa. De facto, a precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas áreas montanhosas concordante. As áreas de montanhas concordantes são paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos ventos húmidos. As montanhas podem ter vertentes barlavento (lado de onde sopra o vento), que estão expostas aos ventos húmidos e vertentes sotavento, que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas vertentes sotavento, que normalmente são muito secas.

3.3. A PRECIPITAÇÃO E A PROXIMIDADE E AFASTAMENTO DO MAR

As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos registando valores elevados de precipitação, à medida que os ventos marítimos vão avançando para o interior do território, perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior.

Correntes quentes Correntes frias

Precipitação elevada Precipitação fraca

Elevada evaporação;

Ar muito húmido.

Fraca evaporação;

Ar mais seco.

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4. OS CLIMAS E AS FORMAÇÕES VEGETAIS

OS PRINCIPAIS CLIMAS DO MUNDO

A conjugação dos factores climáticos origina três grandes tipos de clima – quentes, temperados e frios.

Fig.7 Os principais tipos de climas no mundo.

COMO SE DISTRIBUEM OS CLIMAS NO MUNDO? Os climas distribuem-se em três zonas climáticas:

Zona Quente ou Intertropical – temperaturas médias mensais e anuais elevadas e pouca variação anual;

Zona Temperada do Norte e do Sul – temperaturas médias anuais moderadas e com variação das temperaturas médias mensais ao longo do ano;

Zona Fria do Norte e do Sul – temperaturas médias anuais negativas e um grande contraste nas

temperaturas médias mensais.

Fig.8 Mapa – distribuição dos climas.

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Fig.9 Tabela – classificação climática e as formações vegetais associadas aos climas quentes

CLIMAS QUENTES

Os climas quentes, localizados na região intertropical, caracterizam-se, em geral:

Pela elevada temperatura;

Pela precipitação, que diminui, em latitude, do equador pra os trópicos de câncer e de capricórnio; é muito elevada no equatorial e rara no desértico quente.

Fig.10 Tabela – classificação climática e as formações vegetais associadas aos climas temperados

Climas Gráfico Termopluviométrico Temperatura Precipitação Formação vegetal localização

QU

ENTE

S

equ

ato

rial

- Elevada e constante ao longo do ano; - Baixa amplitude térmica anual.

- Elevados valores anuais; - Sem meses seco.

Floresta equatorial ou selva muito densa, devido à elevada temperatura e humidade a vegetação é compacta e muito verde, com grande biodiversidade.

Latitudes próximas do equador

Tro

pic

al h

úm

ido

- Elevada ao longo do ano reduzido; - Reduzida variação anual - Reduzida amplitude térmica anual

- Estação húmida e estação seca; - Predomínio da estação húmida (chuva abundante durante mais de 6 meses)

Floresta tropical abundância e densidade da vegetação apenas ultrapassada pela floresta equatorial.

Zona envolvente do clima equatorial Savana

formação herbácea, com algumas árvores dispersas.

Tro

pic

al S

eco

- Elevada ao longo do ano; - Variação anual; - Reduzida amplitude térmica anual.

- Estação húmida e estação seca; - Predomínio da estação seca (precipitação concentrada em 3 a 4 meses)

Estepe Vegetação herbácea e arbustiva rasteira.

Zona que envolve os desertos

Des

érti

co Q

uen

te

- Elevada durante o dia e baixa durante a noite; - Elevada amplitude térmica diurna e anual

- Uma única estação quente e seca - Ausência de meses húmidos.

Vegetação xerófila - vegetação resistente à secura

Desertos quentes

Climas Gráfico Termopluviométrico Temperatura Precipitação Formação vegetal localização

EMP

ERA

DO

S

Med

iter

rân

eo

- Verões quentes; - Invernos amenos; - Amplitudes térmicas anuais médias.

- Período seco no Verão; - Chuvas irregulares no Outono e no Inverno; - Três meses secos.

Floresta mediterrânica constituída por estrato arbóreo pouco denso, com raízes profundas e folhas persistentes (sobreiro, pinheiro manso) Maquis(medronheiro, urze) Garrigue(alfazema, alecrim)

Litoral junto ao mar mediterrâneo

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CLIMAS TEMPERADOS

Os climas temperados fazem a transição entre os quentes e os frios. Caracterizam-se, em geral:

Pela temperatura moderada;

Pela existência de uma estação seca, que corresponde à quente, enquanto a estação húmida corresponde à fria no clima temperado mediterrânico;

Pela elevada precipitação, sobretudo no Outono e Inverno no temperado marítimo;

Pela existência de temperaturas negativas no Inverno no temperado continental.

Fig.11 Tabela – classificação climática e as formações vegetais associadas aos climas frios

CLIMAS FRIOS

Caracterizam-se, em geral: Pela baixa temperatura; Pela reduzida precipitação, com excepção do de altitude, que apresenta uma precipitação mais

abundante.

Mar

ítim

o o

u O

ceân

ica

- Verões amenos; - Invernos amenos; - Reduzidas amplitudes térmicas anuais

- Totais anuais elevados; - Ausência de período seco.

Floresta Caducifólia Composta por vegetação de folha caduca, como o carvalho ou freixo.

Litoral ocidental dos continentes

Co

nti

nen

tal

- Verões quentes; - Invernos frios com temperaturas negativas; - Fortes amplitudes térmicas

- Escassa, sobretudo no Verão; - No inverno ocorre sob a forma de neve.

Floresta de folha mista espécies de folha caduca que se misturam com outras de folhas persistentes.

Sobretudo no interior da América do Norte e da Europa.

Climas Gráfico

Termopluviométrico Temperatura Precipitação Formação vegetal localização

FRIO

S

Sub

po

lar

- Sempre baixa ao longo do ano; - Invernos muito frios; - Verões curtos;

- Chuva escassa; - Precipitação anual sob a forma de neve.

Taiga ou Floresta de coníferas Árvores de folha perene

(abetos, pinheiros)

- Alasca -Canadá - Sibéria

Po

lar

- Valores constantemente baixos (< 0ºc) - elevada amplitude térmica anual

- Rara (sob a forma de neve)

Tundra Vegetação herbácea formada por musgos, líquenes e arbustos anões.

- Norte do Canadá; - Norte da Sibéria; - Antárctida e Gronelândia.

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Mo

nta

nh

a o

u a

ltit

ud

e

- Temperatura diminui com a altitude

- Abundante durante todo o ano

- Vegetação de Montanha Estratificação da vegetação em andares (prados, musgos, fetos e líquenes)

Principais cadeias montanhosas - Montanhas rochosas - Andes - Himalaias - Alpes