resumo introdução as teorias

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  • 7/25/2019 Resumo Introduo as Teorias

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    Resumo introduo as teorias p

    A idealizao e a identificao

    Uma obra de arte representa seu modelo ao idealiz-lo, ao imit-loidenticamente ou ao degrad-lo. Para Aristteles, o modo prprio da

    tragdia deve ser o da idealizao.

    Tragdia pode, e deve, mostrar aes prprias aprovocar medo oupiedade.

    Uma vez que a tragdia uma representao de !omens mel!ores quens, preciso imitar os bons retratistas" tornando a #orma adequada,

    pintando retratos #iis, mas mais belos$ do mesmo modo o poeta querepresenta !omens colricos, apticos ou com outros traos de carterdesse g%nero deve l!es con#erir, nesse g%nero, uma qualidade superior.{Potica, &' a i (

    )is a origem da esttica da *bela natureza* que prevalecer nos

    sculos + e +

    as o prazer produzido pela representao especi#icado porsua dupla origem emocional"/ que o poeta deve produzir o prazer que, pela representao, provmda piedade e do terror. (Potica, 01 b 23(

    A tragdia, *ao representar apiedade e o terror, realiza a depurao desse g%nero de emoes*(Potica, &4 b 3&(.

    )ssas duas emoes dolorosas, e5plica, se distinguem pela orientaodo a#eto. 6o caso dapiedade, trata-se de uma emoo altru7sta"

    eu me apiedo ao espetculo do so#rimento que um outro !omeme5perimenta sem t%-lo merecido. 8 o terror uma emoo egoc%ntrica"#ico aterrorizado ante 9 idia de que eu mesmo poderia e5perimentara calamidade da representao 9 qual assisto

    :e modo que apiedade e o medoque posso sentir no teatro so como puri#icados da amargura que osimpregna na realidade. Pois, ao mesmo tempo que me entristeo oume assusto em contato com o acontecimento representado, gozo da

    beleza dessa representao.

    / corolrio dessa teoria que ela baseia o prazer, e portanto aprtica do teatro, na identificao.

    Um !omem, que no atin;a a e5cel%ncia na ordem da virtude e da;ustia, deve, no pelo v7cio e pela maldade, mas por algum erro, cairno in#ort

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    > preciso sublin!ar que essa postura , em princ7pio, pragmtica"trata-se antes de tudo de desbravar o camin!o mais direto para umae#uso emocional do espectador, ou se;a, sua identi#icao com o!eri.

    )is a razo de a norma do verossmil:se no posso acreditar na possibilidade da ao representada,

    como poderia acreditar na realidade das desgraas que da7 decorrem?) se no acredito nessas desgraas, como poderia sentir medo oupiedade diante de sua representao?

    Tradues e comentrios

    Portanto, s depois do @enascimento italiano que aPotica serverdadeiramente redescoberta no grande movimento de reavaliao ee5umao da !erana antiga que caracteriza esse per7odo

    om a nova traduo latina de Paccius, em 201B, muito maisrigorosa do que a de alia publicada em 2&4', vem 9 tona um s

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    2B&I, as *regras* constituem um modo de con!ecimento cient7#icoda arte teatral e uma tecnologia cu;a e#iccia as obras-primas antigascomprovaram.

    Assim como a razo cartesiana a #erramenta da inteligibilidadedo mundo, a razo *aristotlica* a #erramenta da per#eio

    criadora.

    Alis, a autoridade da *razo* ser cada vez mais invocadano discurso terico da gerao de 2BBI, em detrimento daquela dosAntigos. Joileau"Amai portanto a razo" o5al seus escritos)5traiam apenas dela seu lustro e seu valor.{Artepotica, , 1=-1', 2B=&(

    / aristotelismo #ranc%s #unda um elitismo intelectual. :e#ineuma aristocracia do esp7rito e5atamente !omloga 9quela do nascimento.Uma vez que o %5ito do dramaturgo ob;etivamente atestado

    pela con#ormidade de sua obra 9s regras, quem poder avaliar essa

    con#ormidade seno aqueles que t%m o mais per#eito con!ecimento

    :i#erentemente de todos os pro#issionais da cena para quem aprincipal regra agradar ao p

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    e#etivamente em #uno das coeres da cena da poca assimcomo de outros requisitos tericos que iam contra um realismo estri1I&ntrod#o 's grandes teorias do teatro

    to, sobretudo aquele dapompa, considerada um *embelezamento*

    A

    arte, atravs do dom7nio das leis do Jelo, permite *corrigir* a naturezasem l!e ser in#iel. > o camin!o de uma idealizao da qual, doravante,a produo teatral *literria* na Lrana no ir se separar at o#inal do sculo +)sse processo se baseia no conceito da !elanat#reza, conceito que no ser questionado antes de :iderot e dostericos do drama burgu%s. )stes recusaro a !ela nat#reza em nomeda nat#reza verdadeira, voltando assim ao estrito realismo que, porum momento, tentara !apelain.

    abe ao artista, acredita-se, #azer uma triagem, privilegiar em suaobra aquilo que de mais nobre, belo ou agradvel encontra em seu

    modelo. )liminar ento tudo o que l!e parea de#eituoso segundo ocritrio de uma avaliao esttica Fa #ei

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    !istrico se;a contrrio aos requisitos da idealizao ou aos do verossmile Eue partido deve ento tomaro poetadese;oso de mostrar uma ao que deveria, necessariamente, incluiresse acontecimento? aso o substitua por uma #ico mais con#orme9s e5ig%ncias do embelezamento e #ormalmente veross7mil, no dei5ade cair no inverossmil,pois o espectador, sabendo como as coisas

    *verdadeiramente* se passaram, no poder mais dar # 9 #ico deCubstituio

    Cer que posso convencer a qualquer um que sar, emvez de ter sido apun!alado pelos con;urados dos idos de maro,terminou seus dias tranqGilamente nos braos de lepatra?Por essa razo, os autores iro pre#erir evitar os episdios maiscon!ecidos da Nenda ou da Oistria.

    a obrigao da verossimil$ana deve prevalecer. / poeta bem inspiradoe5cluir da estrutura de sua obra qualquer acontecimento, mesmoatestado pela Oistria ou pela Nenda, caso seu potencial de persuaso1&&ntrod#o 's grandes teorias do teatro

    se;a insu#iciente.> verdade que +imena se casa com id, mas no absolutamenteveross7mil que uma dama de !onra se case com o assassino de seu pai.

    / poeta tem o direito de pre#erir a verossimil!ana 9 verdade, e detrabal!ar antes sobre um assunto #ict7cio e razovel do que sobre umver7dico que no se con#orme 9 razo. Ce #or obrigado a tratar ummaterial !istrico dessa natureza, deve ento reduzi-lo aos termos da

    boa apresentao, desvincul-lo da verdade. :eve antes trans#orm-lototalmente do que l!e acrescentar qualquer coisa que se;a incompat7velcom as regras de sua arte. (*s sentimentos da Academia +rancesa acercada tragicomdica do id, 2B1=(

    A posio que !apelain #ormula tomada em nome de umainstituio o#icial, a Academia, e sob encomenda do poder. 6o apenas uma opinio ou um ;ulgamento. > um decreto que ir seimpor a todos os poetas.!apelain o campo da #bula trgica #icar limitado ao verossmil ordinrio./ verossmil ordinrio de#inido no apenas pela *necessidade*,pela prpria lgica do encadeamento dos acontecimentos encenados,mas pela *credibilidade*, isto , pelo crdito comum do espectador.

    / #also que veross7mil deve ser mais estimado que o verdadeiroestran!o, prodigioso e inacreditvel. {Potica%

    / poeta e o dramaturgo no t%m as mesmas obrigaes impostasao !istoriador. 6o se poderia pedir aos primeiros o que da aladado

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    destacando que a norma do eross%mil um "priilgio que &rist'teles nos d e no uma seridoque nos imp(e.

    )m suma, tudo acontece como se, aos olhos dos aristotlicos, a alucinao do espectador peloefeito de erossimilhana fosse um estado precrio e constantemente ameaado. * menor gro deareia no mecanismo resultaria no retorno + conscincia do "isso apenas teatro". & esttica clssicano imagina termos intermedirios nem gradao entre a conscincia da fico -o que e$o apenas teatro e no posso acreditar nisso e a alucinao pura -o que e$o no palco a realidade.#o primeiro caso, como imos, as emo(es constitutias do processo da catarse no podero semanifestar. )stranhamente, os te'ricos franceses esquecem nesse ponto a sutil obserao de&rist'! teles sobre o prazer -portanto a emoo que se pode tirar da repre! sentao at de umob$eto qualquer.

    )las so da ordem da aporia/ tal acon! tecimento dee ser representado, sem o que a ao perderiatoda credibilidade. 0as no pode ser representado sem suscitar increduli! dade e reao derechao. )ssa representao imposs%el re1ne duas categorias de acontecimentos23. &queles que no leantariam dificuldades do ponto de ista da erossimilhana, mas que ascondi(es materiais do palco no permi! tem reproduzir de maneira satisfat'ria -eemplo2 o combatedo Cid contra os mouros/4. &queles que o teatro poderia materialmente mostrar de maneira a proocar sua iluso, mas que,

    por uma razo ou outra, suscitariam a incredulidade. 5 o caso, particularmente, de tudo o que deriada erossimilhana etraordinria, ou de tudo o que pertence ao campo do horr%el6 0ediaestrangulando seus filhos, por eemplo. )ste 1ltimo eemplo reelador2 considerando o que sesabe acerca da informao do p1blico, seria inconceb%el lear ao palco a hist'ria de 0ediasuprimindo esse epis'dio. & representao se tornaria praticamente ineross%mil. * teatro da pocadisp(e dos recursos para isualizar esse infantic%dio. 0as o publico no conseguir assisti!lo semuma reao de horror que o lear a re$eitar toda a tragdia

    7 para resoler dificuldades anlogas que os te'ricos p(em em ao uma engenhosa dialtica dois%el e do inis%el, do "repre! sentado" e do "contado". )ssa dialtica repousa em uma definiodo tempo e do espao trgicos fundada na heterogeneidade2 h o espao + ista do espectador eh um espao perifrico, pr'imo ou distante, inis%el, mas utilizel pelo dramaturgo

    & eplorao desses recursos permite resoler elegantemente cer! tas dificuldades por n's

    referidas. 8esde logo tudo indica efetia! mente que a narrao oferece duas antagens sobre arepresentao23. )la no tributria das coer(es do palco. 9m relato pode mobilizar massas de guerreiros -ocombate de :odrigo contra os mouros, um monstro marinho, uma diindade furiosa, caalosgalopando -a morte de ;ip'lito/4. )la permite um efeito de atenuao que tornar suportel ouir "contado" o que no se tolerariaer "representado", por eemplo o "amel" ;ip'lito horrielmente dilacerado pelos rochedos dapraia.

    narrao era alis reco! mendada por &rist'teles para resoler a dificuldade leantada pelarepresentao do horr%el ou do "erdadeiro!ineross%mil".

    enda oupela ;ist'ria, ele recua rapidamente/= no eross%mil que em um 1nico e mesmo lugar -o teatro, que eidentemente no se multiplicadurante a representao, se possam mostrar diersos lugares diferentes ao sabor das eigncias daao/= no eross%mil que uma representao cu$a durao real de algu! mas horas possa "imitar" umcon$unto de acontecimentos que, para se realizarem, requerem rios dias, semanas, meses ouanos.& doutrina unitria ai nascer a partir dessas considera(es, regulando os trs elementosestruturantes da pea de teatro2 a ao, o espao e o tempo.

    terminei ms de maro com 4.303,40terminei ms de abril com 4.609,78+306,38

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    A unidade de ao

    Aristteles ; era bem e5pl7cito a propsito da ao. )n#atizava queno poderia !aver obra representativa sem unidade

    A pea representao de uma #bula, isto, de uma ao, e essa ao que deve ser *uni#icada* para #undar a

    unidade da obraao unida eque #orme um todo$ e as partes que constituem os #atos devem serordenadas de maneira que, se uma delas #or deslocada ou suprimida, otodo se;a deslocado e abalado. (Potica 02 a 2B T 1I(#nidade de ao no sede#ine tanto pela unicidade, mas pela coer%ncia orgHnica.:evemser ligados uns aos outros por um elo de necessidade e, e5plicitamente,concorrer para o desenlace da ao, ou se;a, para a *catstro#e* Fotermo designa ento o des#ec!o(. Modo episdio que no cumpriressas duas condies dever ser eliminado.

    A unidade de tempoPrimeira di#iculdade" Aristteles,sobre essa questo, se mostra bem menos e5pl7cito do que a respeitoda unidade de ao. 6o #i5a uma norma, mas sugere uma ;ustamedida"A tragdia tenta o m5imo poss7vel se manter em uma revoluo do solou no se a#astar muito disso. (Potica, &4 b 4(sso provavelmente e5clu7a as aes 9 maneira de C!aespeare,que no !esita em nos #azer reencontrar ; adulta, depois do entreato,uma criana que t7n!amos visto nascer um pouco antes (onto deinverno%-

    o que ao certo uma *revoluo do sol*? /scomentadores vo e5plorar a perder de vista esse problema, no entantosecundrio. A e5presso pode ser entendida como de#inindo"V se;a o lapso de tempo correspondente ao que se c!amava entoo *dia natural*, ou se;a, vinte e quatro !oras,V se;a uma durao assimilvel 9 do *dia arti#icial*, isto , as doze!oras que separam apro5imadamente o nascer do sol de seu ocaso.

    / que estava em ;ogo no debate no era, no entanto, puramenteescolstico. Cegundo alguns, a verossimil!ana e5ige que se e5cluamas doze !oras que correspondem 9 noite, uma vez que nada acontecenesse per7odo reservado ao sono. /utros tentaro em vo retorquir

    que um bom n

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    Pouco a pouco, um ponto pelo menos #oi gan!ando unanimidadenesses debates e pol%micas. Eualquer que se;a a interpretao quese #aa da #rmula de Aristteles, o *dia natural* Fas *vinte e quatro!oras*( traa um limite que o dramaturgo preocupado com a verossimil!anaevitar transpor.

    !apelain parece visar essa !iptese"Lazendo acontecer no espao de tr%s !oras tantas coisas que podemacontecer razoavelmente no espao de vinte e quatro, o esp7rito sedei5a #acilmente convencer, pelo menos durante a representao, deque o que se passou durou apro5imadamente esse tempo.Porm, prisioneiro da doutrina que de#ende, ele no quer en5ergara conseqG%ncia lgica de semel!ante a#irmao, que na verdadediz que no #undo o espectador est disposto a acreditar em tudo quese queira, de modo que a obrigao das vinte e quatro !oras no teriamais razo de ser. ) que para !apelain a imaginao do espectador bombardeada por seus sentidos. )stes no cessariam de remet%-lo 9

    materialidade da representao e portanto desmentiriam as propostasda #ico" posso certamente imaginar que essa ao dura ! vinte equatro !oras, ve;o claramente que no estou no teatro ! mais de tr%s!orasW A

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    d/Aristotele v#lgarizzata, 20=I(

    6a Lrana, a #ora da tradio pr-clssica que repousava namultiplicidade dos lugares, somando-se ao sil%ncio de Aristteles,e5plica claramente por que a regra da uni#icao se impe sorrateiramente.!apelain no se interessa por ela, mesmo sendo certo que,

    nos anos 2B1I, os doutos debatiam a questo. as, da mesma maneiraque a coincid%ncia per#eita das duas temporalidades consideradaantes um ideal do que uma obrigao

    Assim, seria melhor que a cena representasse uma regio limitada em vezde diversas regies, uma cidade em vez de uma provncia, um palcio emvez de uma cidade

    Seria considerado "verossmil" o espao que um personagem, em condiesreais, poderia percorrer em vinte e quatro horas, mesmo que fosse umacidade e sua periferia

    !uer a ao se desenrole em vrios lugares gurados simultaneamente#cenrio simult$neo% ou sucessivamente #mudana de cenrios durante osentreatos%, tais opes so denunciadas como inverossmeis &ois como ummesmo lugar real poderia representar vrios' (, al)m disso, a multiplicaodos lugares ) fonte de confuso para o espectador

    *o admite mais as "mudanas de faces" #de cenrios%, das quais noentanto o p+lico se mostra vido e que permitiam situar cada ato em umlugar diferente - inverossmil, a seu ver, que um +nico espao possarepresentar vrios, qualquer que se.a a modalidade adotada#simultaneidade ou sucessividade% &ortanto/ 0 lugar onde supostamente seencontra o primeiro ator que faz a aertura da pea deve ser o mesmo no

    nal, e esse lugar, no podendo sofrer nenhuma mudana em sua natureza,tam)m no admite nenhuma na representao #A prtica do teatro%

    1emos mais uma vez que a conveno teatral denida como um contrato de.ogo passado entre o teatro e o p+lico ) recusada Se.a uma atalha nasrunas de um palcio queimado Segundo d2Auignac, o espectador s3 sercapaz de acreditar nisso se o palcio for o mesmo onde se desenrolavam osprecedentes epis3dios da ao, e no um outro, e se lhe e4plicam comoesse monumento passou do esplendor 5 runa6 72Auignac, enm, se dedicaa integrar 5 ordem da verossimilhana a conveno das convenes, aquelaque impe a aertura do espao c8nico diante do p+lico

    9al e4ig8ncia no ), ningu)m duvida, de fcil cumprimento : e d2Auignacest em consciente disso Assim, recomenda a utilizao de espaosnaturalmente "aertos", a fachada de um palcio para a trag)dia, ou afamosa "praa p+lica" que se tornar o lugar paradigmtico da com)diaclssica 0s dramaturgos se resignaro com mais ou menos om grado aesse +ltimo requisito

    0s melhores autores, alis, mant8m um p) na tradio arroquizante : porgosto e origao ao mesmo tempo ;oli

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    0 +nico p+lico "legtimo aos olhos dos doutos" : esses "conhecedores"que saem as regras ou essa "gente honesta" que tem opinies acerca detudo : constitua mais um p+lico leitor do que o verdadeiro p+lico dosteatros

    7igresso sore o 7ecoro

    o decoro arma uma "natureza" aristocrtica que legitima pelo "curso dascoisas" a organizao da sociedade, sua hierarquia >, dizem, uma"postura" especicamente aristocr? tica, uma "ma.estade" real, maneirasde ser pr3prias dos prncipes #dos her3is, dos deuses% que os distinguemda humanidade comum @asta que um personagem que pertence a essahumanidade "superior" se ve.a provido de um comportamento singular,inadequado a essa representao, e o espectador no ser mais capaz deaderir 5 ao teatral A pea torna?se inverossmil e "ridcula" 72Auignac/Acredito que ningu)m aprovaria que se zesse uma princesa ir e vir com amesma dilig8ncia que um escravo, a no ser que uma violenta agitao

    fosse causa dessa desordem contra o decoro de sua condio pois )sempre preciso lemrar que a verossimilhana ) a primeira e fundamentalde todas as regras #A prtica do teatro%

    0s "doutos" no se privam de esmiuar minuciosamente as oras novas noque diz respeito ao t3pico da conformidade ao decoro

    (m outras palavras, o p+lico no acharia verossmil que um personagemapresentado como nore e virtuoso, e que al)m disso ) de linhagem divina,pudesse se entregar a um ato dessa natureza 0 decoro ) igualmente ligado5 prolemtica da pompa trgica A trag)dia pe em cena prncipes, her3ise soeranos com freqB8ncia diretamente descendentes dos deuses *o

    conseguiriam portanto evoluir em um amiente trivial, nem segundo umhaitus comum

    (m suma, o decoro no consiste, estritamente falando, nos c$nonesformulados pela &o)tica de Arist3teles &or)m, no s)culo C1DD, tem tamanhaimport$ncia que faz parte integrante do aristotelismo franc8s 7o mesmomodo que a verossimilhana, constitui um dos pilares te3ricos e prticos daest)tica teatral clssica

    9. A esttica e a poltica

    A teorizao aristot)lica era parte de uma estrat)gia que tinha comoo.etivo eliminar tudo o que podia ser ostculo a essa conquista (is porque o p+lico, que .ulgava os espetculos e4clusivamente segundo o crit)riode seu prazer, devia ser recusado, "deslegitimado" 0s autores reticentesdeviam ser convertidos #Scud)rE% ou reduzidos ao sil8ncio (m FGHI, umcerto 7urval anuncia que aandona o teatro porque "os Regulares, soprete4to de reforma, usurparam a posse da sala Jdo teatroK das ;usas paraali fundarem sua seita" #&refcio de &ant)ia%

    0 aristotelismo era em primeiro lugar uma ordem, uma regulamentao ( )verdade que a tradio arroca que repousava na lierdade de inveno doscriadores, que se apoiava no em uma "panelinha", mas no sufrgio de um

    p+lico ecl)tico, que veiculava a ideologia noiliria, o individualis mo, aostentao, a recusa da Lei : ) verdade que essa tradio no podia ser

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    seno suspeita para uma monarquia que lutava para consolidar seuasolutismo A criao teatral : +nica prtica cultural, ento, a reunir asmassas : era motivo poltico de disputa 0 poder tinha necessidade deassegurar seu controle do mesmo modo que se esforava por controlar oardor e os caprichos de uma aristocracia inquieta

    (is tam)m por que no haver soluo de continuidade com Lus CD1 Atrag)dia, como alis os g8neros independentes do aristotelismo, tem comofuno promover a gl3ria real - .ustamente isso que e4plica os limites dopoder normativo do aristotelismo 7esde que a monarquia assegurara ocontrole do campo cultural, impondolhe a su.eio 5 ideologia asolutista, aest)tica das "regras" no se fazia mais to necessria Lus CD1, a =orte, apr3pria =idade #&aris% podiam sem remorso se entregar 5s delcias empouco aristot)licas do espetculo com mquinas, cenrios m+ltiplos, m+sicae dana &or mais arroquizantes que fossem formalmente, esses g8nerosserviam perfeitamente ao o.etivo de celerao que o poder lhes haviaconferido

    F 0 g8nio, o prazer e a virtude Aspirando 5 renovao

    0 aristotelismo se impMs na cena trgica durante mais de um s)culo acontar do sil8ncio de Racine depois de Nedra #FGOO% 0 fato de no tersuscitado nenhuma ora?prima duradoura, sequer uma pea na qual sepossa encontrar outro interesse seno o documentrio, diz astante daesterilizao progressiva de uma est)tica e do poder normativo sore o qualela se apoiava 0 teatro mais vigoroso, no s)culo C1DDD, ser o dos farsistasdos teatros da Neira e dos Dtalianos, al)m de ;arivau4 e @eaumarchaisNormas que ora prescindem da teoria e repousam na transmisso de uma

    e4peri8ncia e na usca da eci8ncia c8nica #Neira, Dtalianos% ou que seapoiam em uma teoria implcita adequando?se sem muito esforo 5s"regras" #;arivau4%, ou at) mesmo em uma teoria e4plcita que ataca atradio aristot)lica #@eaumarchais% Pm dos limites do aristotelismo eraque se oferecia como uma doutrina fechada, e4cluindo qualquerpossiilidade de transformao e de progresso Arist3teles e os Antigos,sustitudos pelos "doutos", haviam enunciado as condies de umaperfeio atemporal *o era concevel que as "regras" fossemmodicveis ao saor da evoluo dos gostos do p+lico, das prticassociais, da tecnologia c8nica etc Atemporais, colocavam?se comointangveis - provavelmente a &errault, em FGQO, que devemos a inaugura?o da crtica desse 4ismo arma efetivamente que a criao artstica, ae4emplo das ci8ncias, deve ela tam)m se sumeter a processos Q 7atrag)dia ao drama I de evoluo, de transformao, em suma 5 lei doprogresso As trag)dias de Racine nada t8m a inve.ar das de (urpides 0e4ame da produo do s)culo C1DD, nesse domnio preciso, corroora suahip3tese

    Se o teatro tam)m est sumetido 5 lei do progresso, portanto damudana, a est)tica por ele reivindicada e a teoria que o fundamenta nopoderiam ser imutveis

    0 s)culo C1DDD ir e4plorar esses dois caminhos Amos t8m em comum o

    fato de postularem a possiilidade de um progresso da dramaturgia e darepresentao a partir de uma transformao de suas ases te3ricas

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    0 primeiro ) "relativista" 1isa no romper com o aristotelismo do s)culoprecedente, mas modic?lo de modo que o teatro que ele gera possaresponder 5s aspiraes dos contempor$neos (sta ser particularmente aposio de 1oltaire 0 segundo ) "radical" 7ene as ases de um teatronovo em ruptura com as "regras" ou que conserva delas apenas o que lheconv)m Ser a dramaturgia elaorada por 7iderot

    que re.eita a mitologia arcaizante, a "pompa" inerente ao g8nero trgico, osdilogos versicados, a unidade de lugar etc &rope?se encenarpersonagens que pertencem 5 e4peri8ncia cotidiana de cada espectador/urgueses, artesos, homens do povo etc ( que falam a mesma linguagemque ele, que enfrentam prolemas, ang+stias que lhe so familiares (msuma, essa nova doutrina recusa radicalmente as "convenes" doaristotelismo em nome de um "realismo" =ondena a est)tica da elanatureza em nome da natureza verdadeira Seu sonho consiste emsuplantar a trag)dia pelo drama urgu8s

    A imitao no lhe parece mais um valor seguro A admirao que se podeter por uma )poca ou por criadores ilustres no deve orientar a produocontempor$nea *o aceita norma ou regra seno .usticadas por umaanlise da razo, tampouco .uzo est)tico que no se.a apoiado por umalivre ree4o>oudar de Da ;otte/ *o temamos usar nossa razo, ela ) o ritro naturalde tudo o que os homens nos propem e ceder cegamente a deciseshumanas ) profanar o sacrifcio de seu .uzo s3 se deve concordar quandose estiver esclarecido e, uma vez e4postos seus pontos de vista com adesconan? a da razo que nos faz sermos n3s mesmos, no h ningu)mque no possa contradizer francamente as opinies mais atidas #7iscurso

    sore >omero, FOFT%

    (ssa recusa da tirania aristot)lica no deve ser precipitadamente assimiladaa uma vontade de restituir uma lierdade criadora aos indivduos A Razo,arma?se, deve sumeter a e4ame cada regra estaelecida no paraliertar o teatro de qualquer lei, mas para melhorar a eccia de seusfundamentos te3ricos

    Pm relativismo

    desenvolve?se um pensamento marcado pelo neUtonismo *o e4iste

    1erdade imutvel (4istem apenas dados da e4peri8ncia cu.os limitespodem ser progressivamente e4pandidos 0 que signica dizer que todanorma ) relativa !ue qualquer regra pode ser periodicamente sumetida ae4ame, corrigida ou mesmo re.eitada como caduca

    Dmperfeito : diz LocVe :, o homem s3 pode ter das coisas umconhecimento imperfeito e utuante, uma vez que o adquire como "au4liodos sentidos", ferramentas que no so mais perfeitas que seu usurio

    (sse relativismo leva em conta, no campo da criao, novos par$metros,tais como as condies antropol3gicas, hist3ricas e assim por diante Al)mdisso, confere legitimidade 5s produes artsticas de cada civilizao, de

    cada pas, de cada )poca

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    Se o m)rito mais importante dos poemas e dos quadros era adequaremse5s regras redigidas por escrito, poderamos dizer que a melhor maneira de

    .ulgar sua e4cel8ncia, assim com o grau que devem ter na estima doshomens, seria o caminho da discusso e da anlise ;as o m)rito maisimportante dos poemas e dos quadros ) nos proporcionar prazer 9odos oshomens, com a.uda do sentimento pessoal que lhes ) inerente, conhecemas regras sem o saer, saem quando as produ? es das artes so ons oumaus traalhos #Ree4es criticas sore a poesia, a pintura e a m+sica,FOFI%

    Relativismo, empirismo, pragmatismo, talvez ceticismo, eis os fundamentosda maioria das ree4es inovadoras sore o teatro do s)culo C1DDD

    0s direitos do g8nio &ulicado seis anos mais tarde, o *ovo ensaio sore aarte dramtica, de ;ercier, recusa em loco, com uma fecunda e violentapol8mica, "essa tura escolstica que s3 fala pela oca dos mortos", esses"dissertadores" saudosistas cu.o +nico o.etivo parece ser e4comungar o

    presente e o futuro6 A pol8mica choca pela lucidez ;ercier tomouconsci8ncia de que o que estava em .ogo no deate era o e4erccio de umpoder ilegtimo (sse "verme corrosivo e indestrutvel", fulmina, "tiraniza seuvizinho e o sumete a seu c3digo literrio" 0 "g8nio po)tico" v8?se dessemodo despo.ado de sua "lierdade primitiva" (is por que todo dogmatismolegislador torna?se suspeito S3 a e4peri8ncia criadora possui ttulos paradenir uma est)tica Al)m disso, esta +ltima s3 ter valor para seu autor/ 9uque te sentes um g8nio ame.ante, que necessidade tens de te cercares depo)ticas e de te humilhares ao consult?las ora uma ora outra' 0 que teensinaro Arist3teles, 1ida, >orcio, Scaliger, @oileau' Lugares?comuns,verdades triviais, .amais o segredo da composi? o (le est em ti, est ateu dispor se soueres aproveit?lo

    7esta feita, os te3ricos do g8nero s)rio #do drama% encontram?se em umafalsa posio =om efeito, como legitimar uma teoria inovadora a partir domomento em que se professa a ilegitimidade de qualquer teorizaogeneralizante no campo da criao artstica'

    7iderot relativizava as ree4es que pretendia dedicar ao teatrosulinhando que o "g8nio" precede toda teoria, que so os epgonos quee4traem "regras" de algumas oras?primas e que 4am fronteirasintransponveis Sustenta tam)m que o g8nio individual ) a fonteautorizada de seu pr3prio sistema criador e que se torna ausivo erigir esse

    sistema em legislao universal/ !uanto mais reito sore a arte dramtica,mais meu humor se volta contra aqueles que escrevem sore ela - umtecido de leis particulares das quais foram feitos preceitos gerais

    =onclui?se que nossos autores t8m um conhecimento vivenciado, eapai4onadamente vivido, da prtica teatral de sua )poca NreqBentamassiduamente as salas de teatro Analisam longa e minuciosamente suaspr3prias reaes como espectadores Pma das originalidades do g8neros)rio ser precisamente a preocupao de levar em conta as condiesconcretas da representao e em tirar partido de todos os recursosoferecidos pela tecnologia c8nica contempor$nea

    Pma pedagogia da virtude 0 aristotelismo atriua 5 representao umanalidade utilitria 0 efeito da catarse devia a.udar o espectador a

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    controlar melhor suas pai4es, portanto a realizar alguns progressos nocaminho da serenidade pessoal e de uma vida social harmoniosa *esseponto, o s)culo C1DDD no se afastar sensivelmente da doutrina clssica Analidade do teatro no ser, a seu ver, o +nico prazer do espectador, massua adeso a um sistema de valores supostamente capazes de melhorarsua sorte pessoal e o funcionamento do GT Dntroduo 5s grandes teorias doteatro corpo social 0 teatro, assim conceido, deve ser uma pedagogia davirtude

    7estouches em FOHW no prefcio do Xlorioso, deve visar colocar a "virtudeso uma luz to ela que atraia a estima e a venerao p+licas"

    &or outro lado, e4pandem a pr3pria denio dessa "virtude" que o palcodeve supostamente ornar com todas as sedues *o ) mais apenas ocon.unto das qualidades morais de um indivduo, mas tam)m todasaquelas que permitem aperfeioar o funcionamento da sociedade A virtudedo homem se torna a do cidado 9odo mundo concorda em pensar que o

    enternecimento, a efuso coletiva, a "lacrimogenia" #chora?se enormementeno teatro, e por ninharias, no s)culo C1DDD% t8m um irresistvel poder deconvencimento e de converso/ eu choro diante do espetculo da virtude#vilipendiada ou triunfante% &ortanto, se . no o for, logo me tornarei umzeloso praticante dessa mesma virtude6 0 que o teatro deve visar, todos odizem, ) o "corao" - preciso "ari?lo suavemente", "apoderar?se dele","toc?lo com sensaes renadas e repetidas" #;ercier% (ssesentimentalismo confere sua colorao pr3pria aos g8neros novos, 5com)dia, to .ustamente dita "lacrime.ante", e ao g8nerochamado "s)rio" ;as impregna tam)m a trag)dia voltairiana 7oravante,a teoria da catarse parece completamente confusa (m contrapartida, nocausa nenhuma d+vida o fato de que as emoes provocadas pela trag)dia

    so fonte de prazer e enternecimento

    W 7a ela natureza 5 natureza verdadeira, ida e volta

    )lectra, que so cativas, podem estar vestidas to suntuosamentecomo princesas reinantes? Um imperador romano pode decentementeaparecer de peruca cac!eada e elmo com penac!o tr7plice? > que ossentidos K tentam se convencer K so mais inclinados a se emocionar,e o corao a *se abrir*, se possuem o sentimento da *verdade*.

    nversamente, qualquer conveno, qualquer a#astamento em relao

    a esse critrio denunciado como obstculo 9 e#uso esperada.)ssa teoria da emoo teatral apia-se em duas categorias antitticase complementares" apro0imidade e o afastamento. A#irma-se quea pro5imidade permite uma e#uso a#etiva imediata e intensa. /a#astamento, ao contrrio, a *es#ria*. A pro5imidade no #undo asensao de que o palco #unciona como um espel!o #iel da realidademais #amiliar ao espectador.

    Modos os tericos do drama a#irmam essa necessidade da *pro5imidade*entre o p

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    Cou !omem, posso gritar ao poeta dramtico, mostre-me o que souW

    A *pro5imidade* no e5clui absolutamente a diversidade. uitopelo contrrio, ; que com o drama as e5cluses decretadas pelosaristotlicos sa7ram de moda. A cena do drama acol!e,

    di#erentemente da tragdia, que, sob prete5to de magni#ic%ncia,no admitia seno uma populao de pr7ncipes e de !eris.A vocao do drama esboar o retrato #idedigno de toda umasociedade.

    / palco dever se tornar o espel!o dessa diversidade.:ever tambm ecoar as mil preocupaes #omentadas poressas atividades, ao passo que a tragdia se limitava 9 es#era dosgrandes interesses de )stado Fa pol7tica( eXou 9 das pai5es pessoais Foamor, a ambio etc(.

    Apro0imidade tambm uma coincid%ncia temporal entre opalco e a platia. A esttica da tragdia repousava na valorizao dadistHncia, do a#astamento no tempo ou no espao.

    / drama deve ser *um quadro do sculo, uma vez queos caracteres, as virtudes, os v7cios so essencialmente aqueles do diae do pa7s* Fercier(.

    :iderot, que de#ine odrama como *tragdia domstica e burguesa*

    > que, em um sculo, a sociedade #rancesa evoluiu consideravelmente.A burguesia tomou consci%ncia de seu peso econDmico e de

    sua importHncia pol7tica diante de uma nobreza #reqGentemente desden!ada.

    ) ela que #reqGenta os teatros, que discute nos sales e nosca#s, que o #ermento da vida intelectual.

    )la pagapintores, como a nobreza, para pendurar *retratos de #am7lia*

    A nobreza era capaz de se identi#icar, e !abitualmente se identi#icava,com o !eri trgico, na medida em que este personi#icavavalores aristocrticos de ociosidade prestigiosa, virtude guerreira, delicadezasentimental, at de maquiavelismo pol7tico. as estes noso atributos que permitam 9 burguesia do sculo + se recon!ecer.

    Alm disso, a doutrina da !ela nat#reza cada vez mais contestada.

    mitao per#eita da natureza, dizem,mas no *cpia servil*W A nuance pode escapar, se no nosreportarmos 9 doutrina da !ela nat#reza. Para ela, a *cpia servil* areproduo id%ntica da natureza real, concreta, plural. A imitaocorreta repousa na interveno do *gosto*. )la no *#otogra#a* ummodelo particular, mas a idia geral 9 que ele remete. / talento, og%nio do artista, estar em materializar essa idia geral de maneira queo espectador a tome *pela prpria natureza*.so caracter7sticas da primeira metade do sculo +.

    > s depois da virada dos anos 2=0I que a re#le5o terica ousa saltaro #osso e, em nome da *verdade pura*, recusar em bloco essa espcie

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    de imitao idealizante de#inida pela esttica da !ela nat#reza. > apoca em que :iderot redige o verbete *mitao*

    A natureza sempre verdadeira$ a arte portanto s corre perigo de ser#alsa em sua imitao quando se a#asta da natureza, ou por capric!o ou

    por impossibilidade de se apro5imar dela perto o su#iciente.

    Rumo a um mimetismo integral

    / mimetismo, com :iderot, torna-se o