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1 RESUMO Data: 07/03/2017 Número do projeto: 2015-1-PL01-KA2-017080 co-financiado pela Comissão Europeia Erasmus+ Coordenador: Parceiros: DOLNOSLASKA AGENCJA ROZWOJU REGIONALNEG O S.A. EEO Group S.A. ENJOY ITALY DI ALESSANDRO GARIANO INOVAMAIS - SERVICOS DE CONSULTADORI A EM INOVACAO TECNOLOGICA S.A. AKMI Anonymous Educational Organization CENTRUM FUR INNOVATI ON UND TECHNOLO GIE GMBH IDP SAS DI GIANCARLO COSTANTINO (ITALIAN DEVELOPMEN T PARTNERS) Desenvolver competências no novo setor em expansão da Economia da Partilha e aumentar a sua relevância para o mercado de trabalho Identificação de padrões ocupacionais para os profissionais da Economia da Partilha; análise geral do perfil de competências e conhecimentos http://www.sharingskills.eu/ Este projeto é financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação [comunicação] reflete apenas as opiniões do autor e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito das informações nele contidas.

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RESUMO Data: 07/03/2017

Número do projeto: 2015-1-PL01-KA2-017080 co-financiado pela Comissão Europeia

Erasmus+

Coordenador: Parceiros:

DOLNOSLASKA AGENCJA ROZWOJU REGIONALNEGO S.A.

EEO Group S.A.

ENJOY ITALY DI ALESSANDRO GARIANO

INOVAMAIS - SERVICOS DE CONSULTADORIA EM INOVACAO TECNOLOGICA S.A.

AKMI Anonymous Educational Organization

CENTRUM FUR INNOVATION UND TECHNOLOGIE GMBH

IDP SAS DI GIANCARLO COSTANTINO (ITALIAN DEVELOPMENT PARTNERS)

Desenvolver competências no novo setor em expansão da Economia da Partilha e aumentar

a sua relevância para o mercado de trabalho

Identificação de padrões ocupacionais para os profissionais da Economia da Partilha;

análise geral do perfil de competências e conhecimentos

http://www.sharingskills.eu/

Este projeto é financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação [comunicação] reflete

apenas as opiniões do autor e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser

feito das informações nele contidas.

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O presente documento surge no âmbito do projeto Erasmus+ Sharing Skills - "Desenvolver competências

no novo setor em expansão da Economia da Partilha e aumentar a sua relevância para o mercado de

trabalho”. Consiste num resumo do relatório sobre a "Identificação de padrões ocupacionais para os

profissionais da Economia da Partilha; análise geral do perfil de competências e conhecimento”.

ENQUADRAMENTO

O projeto Sharing Skills tem como um dos seus objetivos identificar um conjunto de conhecimentos e

competências que os "fornecedores de serviços da Economia da Partilha" terão de possuir e demonstrar

aos utilizadores desses serviços (por exemplo, motorista de veículo turístico, alojamento, tradutor-guia,

etc.), a fim de garantir um padrão mínimo de qualidade. Neste contexto, o consórcio do projeto levou a

cabo uma pesquisa quantitativa e qualitativa em vários países (Portugal, Alemanha, Grécia, Itália,

Polónia) junto dos fornecedores de serviços na Economia da Partilha, fornecedores de plataformas,

utilizadores dos serviços e outros atores direta ou indiretamente ligados a este universo. A pesquisa

incluiu o levantamento e revisão de fontes bibliográficas e internet, aplicação de questionários,

realização de focus groups, entrevistas e análise de resultados, com vista a identificar as competências

que são consideradas mais relevantes para participar ativamente na Economia da Partilha.

PESQUISA QUALITATIVA

De acordo com os resultados da pesquisa qualitativa efetuada, as competências de comunicação,

resolução de problemas, marketing ou gestão, têm menor importância em comparação com

competências sociais e pessoais (muitas vezes designadas “soft skills”) tais como paciência ou empatia.

Adicionalmente, os resultados dos focus groups revelaram que os prestadores de bens e serviços

salientaram um conjunto de de competências ou características relevantes para alguém envolvido na

Economia da Partilha.

• Capacidade para lidar com pessoas;

• Capacidade para decorar uma casa, especialmente quartos e espaços;

• Gestão de tempo;

• Competências organizacionais;

• Uso de aplicações de plataformas;

• Competências interpessoais;

• Competências de comunicação;

• Conhecimento de conceitos de marketing.

O uso de plataformas eletrónicas como o Airbnb requer não só competências na área das TIC, como

também competências interpessoais. Por exemplo no caso das plataformas que oferecem alojamento, o

papel do anfitrião (tanto na promoção online como presencialmente) exige paixão, consciência das

necessidades de manutenção da casa (canalização e outros trabalhos técnicos) e profissionalismo.

No que toca às competências de comunicação estas incluem a capacidade de comunicar em línguas

estrangeiras, especialmente em inglês, assim como competências de comunicação escrita, capacidade

de ouvir e atender às necessidades do hóspede, entre outras. Foram também salientadas como

importantes a capacidade de interação com vários tipos de pessoas e competências nas áreas do

marketing e promoção do negócio. Com a utilização de plataformas online, estas competências

refletem-se na capacidade de fornecer a informação necessária usando as palavras certas e editando

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anúncios. Ao nível do tipo de conhecimentos considerados relevantes, foi salientada a importância de

conhecer o local/ destino e área geográfica envolvente, algumas regras jurídicas e fiscais básicas, assim

como conhecimento e compreensão do quadro legislativo a nível regional e nacional, nomeadamente

no que toca a formalidades burocráticas, impostos e regulamentação.

Os utilizadores/ clientes da Economia da Partilha reconheceram que algumas competências específicas

já se encontram desenvolvidas, mas outras são ainda deficitárias. Na perspetiva dos utilizadores, as

competências mais desenvolvidas incluem: gestão; sentido de iniciativa; competências interpessoais

(por exemplo, ser sociável); e competências de comunicação (por exemplo, iniciar uma conversa com

outras pessoas). Dando relevo às competências de comunicação e interpessoais, salientou-se que

alguém mais conservador ou não tão social, não participará numa plataforma de partilha ou nunca

permitirá (no caso do Airbnb, por exemplo) a inclusão de comentários na sua área pessoal por parte

de um estranho. No que toca às competências que necessitam de ser expandidas, os utilizadores da

Economia da Partilha referiram a comunicação em línguas estrangeiras e o marketing, especialmente no

que toca às competências "promocionais".

Ao auscultar a opinião das pessoas que trabalham na chamada “economia real” (por oposição ao

conceito de Economia da Partilha) afirmaram que as competências que se encontram mais

desenvolvidas são as de auto-emprego, competências interpessoais, gestão e comunicação (interação

com outros). Por outro lado, segundo os atores da economia real (por exemplo donos de hotéis e

taxistas) as competências que é necessário desenvolver para a Economia da Partilha incluem a

capacidade de seguir procedimentos e a prestação de serviços de alta qualidade aos clientes.

RESULTADOS DOS INQUÉRITOS

Ao analisar os resultados dos inquéritos aplicados em vários países Europeus (sobretudo os cinco países

do consórcio Sharing Skills) constata-se que os profissionais da Economia da Partilha consideram ter um

bom nível de desenvolvimento das várias competências consideradas relevantes. Ainda assim, e

sobretudo em algumas áreas, há certamente espaço para desenvolver competências necessárias à

participação na Economia da Partilha. O gráfico apresentado de seguida ilustra a diferença entre o nível

de desenvolvimento atual (verde) e desejável (roxo) de cada tipo de competência.

Pela análise do gráfico verifica-se que:

- As competências de Comunicação em línguas estrangeiras, competências digitais, sentido de

iniciativa e empreendedorismo são as que mais necessitam de desenvolvimento.

- Foram também destacadas como importantes as competências matemáticas e competências sociais e

cívicas, embora de forma menos acentuada do que as indicadas em cima.

- As competências organizacionais, aprendizagem ao longo da vida e competências de comunicação

foram avaliadas como estando já bastante desenvolvidas entre os atores da economia de partilha,

havendo pouca necessidade do seu aprofundamento, na opinião dos inquiridos.

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CONCLUSÕES

Envolvimento: A maioria dos participantes dos inquéritos estavam/estão envolvidos na Economia da

Partilha por um período não superior a dois anos.

Categoria: Quase metade dos participantes pertence à categoria de utilizador/cliente da Economia da

Partilha;

Competências necessárias para a Economia da Partilha:

Comunicação: considerada a competência principal para a participação na Economia da

Partilha, especialmente no que toca ao fornecimento de informação relevante, comunicação

verbal e expressão, interpretação de conceitos, pensamentos, sentimentos, factos e opiniões;

Língua estrangeira: o tipo de competências em língua estrangeira consideradas mais necessárias por ordem de prioridade são: ouvir, falar, ler e escrever;

Matemática e áreas afins: contabilidade e relatórios, elaboração de evidências baseadas na

identificação dos padrões ocupacionais dos praticantes da Economia da Partilha; uso de

ferramentas tecnológicas e dados científicos para atingir um objetivo ou chegar a uma decisão

ou conclusão baseada em evidências;

Digital: Importância da participação em redes colaborativas na Internet, uso de computadores

para obter, avaliar, armazenar, produzir, apresentar e trocar informações, pesquisar e processar

informação, compreensão das oportunidades e riscos potenciais da Internet e comunicação via

eletrónica (e-mail, ferramentas de rede), uso de redes sociais como o Facebook;

Social e cívica: compreensão de códigos de conduta e comportamentos geralmente aceites em

diferentes sociedades, capacidade de comunicação construtiva em diferentes ambientes,

compreensão das dimensões e conhecimentos multiculturais e socioeconómicos e

conhecimento e respeito dos conceitos de democracia, justiça, igualdade, cidadania e direitos;

Aprendizagem ao longo da vida: capacidade de adquirir, processar e assimilar novos

conhecimentos e competências com base em experiências prévias de forma a usar e aplicar

conhecimentos e competências; capacidade de organização para lidar com diferentes pessoas

(clientes, fornecedores, entidades públicas, etc.), priorização de tarefas e atividades;

Diferenças de competências: Os participantes na pesquisa afirmaram necessitar de mais

competências sobretudo ao nível da comunicação em língua estrangeira, competências digitais, sentido

de iniciativa e empreendedorismo, competências matemáticas e competências sociais e cívicas. Por

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outro lado, as competências organizacionais, a aprendizagem ao longo da vida e as competências foram

consideradas já desenvolvidas a um nível adequado;

Curso de formação: a maioria dos inquiridos está interessada em participar em cursos de formação

curtos para melhorar as competências acima mencionadas.

Próximos passos: Desenvolvimento de módulos de formação de acordo com os resultados da

pesquisa.