resumo do livro- educação escolar (2)

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Educação Escolar: políticas, estrutura e organização Os autores inicia o livro dando um breve relato sobre as mudanças e reformas nas politicas educacionais mundial, dando ênfase nas reformas brasileiras. Eles falam que essas mudanças estão ligadas às reformas no capitalismo. De fato, o capitalismo gera conflitos em todas as áreas econômicas e estruturais, assim como no conhecimento. Essas reformas também estão ligadas ao professor e seu relacionamento dentro e fora da sala de aula, exigindo que ele seja visto como um profissional que leva em conta a vida social e psicológica do aluno com o as diversas mudanças e descobertas no conhecimento cientifico, contribuindo com diversas atividades educacionais na escola. Tais reformas ocorreram na metade do século passado, onde novas propostas educacionais e curriculares vieram complementar a educação brasileira com a finalidade de melhorar a formação do docente. O autor observa que nessa época foi introduzida a disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio, a qual, o objetivo principal era dar uma formação mínima aos professores de licenciatura, dando-lhes formação social e pedagógica para serem inseridos no quadro funcional de educadores. Em meio a essas transformações e com o processo de globalização, o papel social da escola mudou. O capitalismo a transformou em mais uma ferramenta para se autopromover, empregando novas atribuições que sejam compatíveis com o mercado de trabalho. Nesse sentido, a educação escolar torna-se uma mercadoria ou serviço que se compra e, como tal, torna-se competitiva e mais seletiva social e culturalmente. Após o surgimento das novas tecnologias, observou-se a necessidade da escola ser mais flexível com essas transformações e se adequar com os novos recursos tecnológicos. É comum e necessária a utilização de recursos como televisão e outros aparatos da mídia dentro da escola, a fim de adequar-se às transformações técnico-científicas, com objetivos de melhorar a educação pública em meio às transformações e desafios da sociedade contemporânea, onde a qualidade da educação aparece como um dos objetivos principais a ser alcançado, com isso capitalismo inferiu a ela o papel de empresa, onde a qualidade total é o principal objetivo. Como a escola é um ambiente de diversificação social, não devemos assim pensar que a mesma tenha um perfeito alcance em seus objetivos. Devemos entender que uma educação de qualidade é aquela em que a escola promove condições de despertar nos alunos para o debate em relação ascondições devida na sociedade, isto é, introduza conhecimentos a espeito dos acontecimentos e realidades da sociedade. Educação deve ser entendida, no contexto das realizações sociais, como um veículo para realização e formação de cidadãos conscientes dos problemas da sociedade. Historicamente a educação se estrutura/ organiza a partir das condições em que a sociedade está vivenciando no momento, ou seja, as condições socioeconômicas do país em determinado período histórico. A escola, em seus primórdios, teve como base o

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Page 1: RESUMO DO LIVRO- Educação Escolar (2)

Educação Escolar: políticas, estrutura e organização

Os autores inicia o livro dando um breve relato sobre as mudanças e reformas

nas politicas educacionais mundial, dando ênfase nas reformas brasileiras. Eles falam

que essas mudanças estão ligadas às reformas no capitalismo. De fato, o capitalismo

gera conflitos em todas as áreas econômicas e estruturais, assim como no conhecimento.

Essas reformas também estão ligadas ao professor e seu relacionamento dentro e

fora da sala de aula, exigindo que ele seja visto como um profissional que leva em conta

a vida social e psicológica do aluno com o as diversas mudanças e descobertas no

conhecimento cientifico, contribuindo com diversas atividades educacionais na escola.

Tais reformas ocorreram na metade do século passado, onde novas propostas

educacionais e curriculares vieram complementar a educação brasileira com a finalidade

de melhorar a formação do docente. O autor observa que nessa época foi introduzida a

disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio, a qual, o objetivo principal era

dar uma formação mínima aos professores de licenciatura, dando-lhes formação social e

pedagógica para serem inseridos no quadro funcional de educadores.

Em meio a essas transformações e com o processo de globalização, o papel

social da escola mudou. O capitalismo a transformou em mais uma ferramenta para se

autopromover, empregando novas atribuições que sejam compatíveis com o mercado de

trabalho. Nesse sentido, a educação escolar torna-se uma mercadoria ou serviço que se

compra e, como tal, torna-se competitiva e mais seletiva social e culturalmente. Após o

surgimento das novas tecnologias, observou-se a necessidade da escola ser mais flexível

com essas transformações e se adequar com os novos recursos tecnológicos. É comum e

necessária a utilização de recursos como televisão e outros aparatos da mídia dentro da

escola, a fim de adequar-se às transformações técnico-científicas, com objetivos de

melhorar a educação pública em meio às transformações e desafios da sociedade

contemporânea, onde a qualidade da educação aparece como um dos objetivos

principais a ser alcançado, com isso capitalismo inferiu a ela o papel de empresa, onde a

qualidade total é o principal objetivo. Como a escola é um ambiente de diversificação

social, não devemos assim pensar que a mesma tenha um perfeito alcance em seus

objetivos. Devemos entender que uma educação de qualidade é aquela em que a escola

promove condições de despertar nos alunos para o debate em relação ascondições

devida na sociedade, isto é, introduza conhecimentos a espeito dos acontecimentos e

realidades da sociedade. Educação deve ser entendida, no contexto das realizações

sociais, como um veículo para realização e formação de cidadãos conscientes dos

problemas da sociedade.

Historicamente a educação se estrutura/ organiza a partir das condições em que a

sociedade está vivenciando no momento, ou seja, as condições socioeconômicas do país

em determinado período histórico. A escola, em seus primórdios, teve como base o

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surgimento da sociedade industrial e ao longo dos anos vem se estruturando de acordo

com o progresso da sociedade, onde durante esse período, várias revoluções

contribuíram par que houvesse uma universalização do ensino, gratuito e de qualidade.

Os neoconservadores alegam que a educação funcionaria ao determinar que o estado

pague os pais para colocar seus filhos em determinada escola, pública ou particular,

cabendo a eles escolher o tipo de ensino que seu filho iria ter. Assim o Estado não

repassaria os recursos ás escolas e sim aos pais. Algo similar acontece no ensino

superior atualmente, onde o governo criou um programa para custear as despesas com

mensalidade nas universidades, o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil). Após o

termino do curso o aluno repassa novamente o financiamento ao Estado.

Ao longo dos anos várias propostas de reformas foram elaboradas com a

finalidade de melhorar a educação brasileira, isto é, de programar uma educação de

qualidade e ao mesmo tempo de quantidade. Sem êxito, pois a qualidade de ensino

reflete até os dias atuais os problemas que a sociedade está vivenciando, enquanto a

educação aumentou quantitativamente a qualidade não teve muito progresso, seguida do

atraso na ciência e da desvalorização do professor, enquanto profissional. Tais

acontecimentos estão intimamente relacionados com as reformas politicas do século

XX. Nesse contexto, conclui-se que qualidade de ensino reflete também na qualidade

social da educação, onde não basta apenas diminuir a evasão e a repetência dos alunos

na escola, mas refere-se às relações que a escola deve ter com a sociedade como

exercício de cidadania, isto é, a escola deve participar da vida social e politica do país.

Quanto ás reformas educacionais e os planos de educação, os autores abordam

vários acontecimentos e tentativas ao longo do século passado, a primeira tentativa foi

proposta pelos escolanovistas em 1932 e que ao longo dos anos vários grupos tentaram

introduzir suas ideias, até ser aprovada em 1961 a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Após varias reformas na LDB, em 2001 foi aprovado pelo Congresso Nacional o Plano

Nacional de Educação (PNE), onde tem duração de dez anos e cada estado ou município

deve criar seus planos decenais, de modo a adequar-se as dificuldades locais. A

transformação física da escola, isto é, sua estruturação, decorreu de um longo processo

de construção e estruturação na educação. Os autores complementam dizendo que a

reforma educacional brasileira iniciou-se com um amplo plano de ações, mas sem

aumento nos recursos, necessários para uma educação de qualidade. Por ser pública e

controlada pelo Estado, a escola é muitas vezes deixado em segundo plano nas ações

governamentais, o que ocasiona em uma desestruturação da educação, onde todas as

áreas, principalmente econômicas, teve um relativo desenvolvimento, a educação

continua a mesma ou pouco desenvolvida em relação a outras áreas.

Os autores fazem ainda um breve relato sobre a pluridisciplinaridade dos

sistemas organizacionais que vinculam à educação, os quais são eles: político, religioso,

econômico, cultural, jurídico, entre outros. Além de abordar as formas de organização

dos sistemas, as quais o mesmo cita duas, onde uma se refere ao entendimento por

meios mais práticos e a outra salienta a possibilidade de inovação e reestruturação dos

sistemas. Faz referência também aos sistemas educacionais estabelecidos pela LDB de

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1996, onde a constituição federal, os estados e os municípios têm liberdade para

estabelecer suas formas organizacionais na educação e no ensino.

Nas formas organizacionais da educação e do ensino são estabelecidos níveis e

modalidades, onde os níveis são a educação básica (educação infantil, ensino

fundamental e ensino médio) e educação superior. Essa estruturação visa estabelecer

meios mais compreensivos para uma boa formação dos alunos, de acordo com cada

nível, e sua importância para o desenvolvimento no entendimento da vida escolar. A

educação básica tem a finalidade de preparar os alunos para prosseguir seus estudos

para a próxima etapa (educação infantil para o fundamental e fundamental pra o médio),

onde o ensino médio, o mais decisivo para a construção da vida profissional, tem a

finalidade de prepara-los par ingressá-los no curso superior ou, como na concepção

técnica, prepara-los o mercado de trabalho. Já a educação superior tem a finalidade de

formar profissionais nas diversas áreas do saber, além de incentivá-los a pratica da

pesquisa cientifica e tecnológica e divulgação cultural, dando-lhes metodologias

palpáveis para um bom desempenho na carreira do profissional.

Além da organização escolar e do ensino, os autores enfatizam o papel do

profissional do magistério e de sua formação, mostrando suas diversas competências e

características da carreira. Onde a finalidade dos profissionais de ensino a nível médio é

atuar na educação infantil e fundamental, dando-lhes uma formação polivalente, isto é,

um profissional que tenha competência em várias áreas do saber, enquanto o magistério

e especialistas são formados para áreas mais especificas.

Quanto à gestão e organização da escola os autores falam que os objetivos

pretendidos pela instituição somente serão alcançados se a mesma dispuser dos meios

necessários. De fato, para um ótimo funcionamento da escola e do trabalho em sala de

aula, é necessário fornecer as condições, os meios e os recursos necessários, além de

promover o envolvimento das pessoas no trabalho e garantir que o conhecimento seja

repassado com qualidade e aceito pelos alunos. Pois a participação é o principal meio de

assegurar a gestão democrática, possibilitando uma participação maior pelos integrantes

da escola e da comunidade nas decisões e na organização escolar. Já os objetivos da

escola, deixam bem sucinta suas ideias de que o desenvolvimento das potencialidades

dos alunos só é possível com o entendimento dos assuntos relacionados, de modo que os

tornem cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres na sociedade em que vivem.

Para pleitear uma boa gestão com organização é preciso que se faça um

planejamento das atividades da escola, além de um relacionamento mais harmonioso

entre gestores e professores. Quanto a isto, os autores dizem que o modelo técnico-

cientifico (também denominado burocrático), onde as decisões são centralizadas, a

tendência do individualismo entre professores, a vida pessoal do aluno deixada de lado,

é uma das formas mais usadas pelas escolas. Para melhorar isto a gestão, os professores

e alunos tem que trabalhar em conjunto, com a finalidade de formar e humanizar os

estudantes com convicções, valores e práticas educativas. Para tais objetivos é desejável

que a escola, em quanto gestores, tenha certos padrões de conduta e pensamentos mais

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futuristas de ações concretas. Além disso, o trabalho coletivo, a gestão participativa são

requisitos para uma boa ação pedagógica e um bom funcionamento da escola. Práticas

educativas e formação do ambiente de trabalho são etapas do projeto pedagógico-

curricular, onde este último é o potencial formativo do ambiente de trabalho que as

instituições pleiteiam, ou seja, é a organização da escolar, do sistema de gestão e de

tomada de decisões, constituído assim, o espaço de formação. Nesse sentido, as decisões

a serem tomadas de acordo com o projeto pedagógico envolvem princípios, isto é, o

ponto de partida, onde os indivíduos envolvidos entram em um acordo plausível;

objetivos, vistos como intensões concretas; sistemas e práticas de gestão; metodologia

no trabalho pedagógico-didático, tendo em vista os objetivos comuns; transparência no

acompanhamento das avaliações do projeto e das atividades da escola. Todas essas

práticas de organização da escola são elementos decisivos para uma organização no

ensino e no seu desenvolvimento, na busca por uma melhor funcionalidade das escolas,

especialmente nas púbicas. Contudo, para um bom funcionamento no ensino é preciso

que a escola tenha um bom projeto pedagógico-curricular, isto é, tenha suas intenções e

objetivos bem definidos, além de metodologias de ensino nas quais os professores se

identifiquem e possibilitem maior aprendizado nos alunos.

Por fim os autores discutem sobre o desenvolvimento das ações e competências

profissionais, na finalidade de estabelecer práticas de gestão participativa. Entende-se

por gestão participativa com um grupo de pessoas que trabalhe junto, com consenso nas

ideias e objetivos, para a formação e aprendizagem dos alunos. Dessa forma, as ações

feitas cooperativamente levam a um bom rendimento na escola, pois a troca de

informações entre professores/gestores faz com que um universo de conhecimento

permeabilize para os alunos. A importância de se trabalhar é que surgem novas

possibilidades de transmitir conhecimentos. É importante destacar, também, que os

alunos também tem uma presença significativa nas escolhas das decisões da escola,

embora que seja muito pouca.

Percebemos que os autores destacam a escola como um meio de se adquirir e

transmitir cidadania. Onde a da história da educação, da escola e do ensino está

diretamente ligada à história politica do país. Os autores também destacam os objetivos

e metas da escola, onde em conjunto com a sociedade, possa desenvolver capacidades e

habilidades para transmitir o saber, de forma mais compreensiva, para os alunos. Onde

todos podem aprender e fazer do exercício do trabalho um objeto de reflexão e de

pesquisa. Os indivíduos e os grupos mudam mudando o próprio contexto em que atuam.

Dessa forma entendemos a Educação Escolar como um conjunto de habilidades

estruturado de forma sucinta para um bom rendimento dos alunos.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DO SERTÃO

CENTRAL (FECLESC)

CURSO: Física

DISCIPLINA: Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

PROFESSOR: Deribaldo Santos

ALUNO: Erandi de Lima Cruz

RESUMO DO LIVRO

EDUCAÇÃO ESCOLAR: políticas, estrutura e

organização.

Autores: José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Seabra Toschi

Quixadá, 12 de Junho de 2012.