resumo - crimes em espÉcie

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Quadro sinótico – Furto simples Objetividade jurídica A propriedade e a posse. Tipo objetivo: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”. a) A subtração pode ocorrer quando o próprio agente se apossa da coisa alheia ou quando recebe uma posse vigiada e, sem autorização, a leva embora. b) Coisa alheia é o elemento normativo do crime. Só os bens que têm dono constituem coisa alheia, razão pela qual as coisas de ninguém e as abandonadas não podem ser objeto de furto. Coisas de uso comum, quando separadas do ambiente natural e estejam sendo exploradas por alguém, podem ser objeto de furto. Ex.: água encanada. A subtração de cadáver ou parte dele constitui crime específico previsto no art. 211 do Código Penal, salvo quando pertence a uma universidade ou museu, hipótese que caracteriza furto. Em relação à subtração de objetos enter- rados com o cadáver existe discussão em torno da configuração de crime de violação de sepultura ou furto. A subtração de coisa comum, pertencente ao agente e a terceiro (condomínio, sociedade ou coerança), caracteriza o crime do art. 156 do CP. c) Coisa móvel é tudo o que pode ser transportado. Abrange aviões e embarcações, embora, para certos fins, estes se equiparem a bem imóvel na lei civil. É também possível o furto de energia elétrica e outras formas de energia que tenham valor econômico. Furto famélico É a subtração de pequena quantia de alimento por quem não tem condição de obtê-lo por outro modo. Não constitui crime em razão do estado de necessidade. Sujeito ativo Pode ser qualquer pessoa, exceto o dono. O proprietário que subtrai coisa própria que se encontra em poder de terceiro, por ordem judicial ou contrato, comete o crime do art. 346 do CP. Elemento subjetivo Intenção de ter a coisa subtraída para si ou para outrem em definitivo. A intenção de furtar é conhecida como animus furandi.

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Page 1: RESUMO - CRIMES EM ESPÉCIE

Quadro sinótico – Furto simples

Objetividade jurídica A propriedade e a posse.Tipo objetivo: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”.a) A subtração pode ocorrer quando o próprio agente se apossa da coisa alheia ou quando recebe uma posse vigiada e, sem autorização, a leva embora.b) Coisa alheia é o elemento normativo do crime. Só os bens que têm dono constituem coisa alheia, razão pela qual as coisas de ninguém e as abandonadas não podem ser objetode furto.Coisas de uso comum, quando separadas do ambiente natural e estejam sendo exploradas por alguém, podem ser objeto de furto. Ex.: água encanada.A subtração de cadáver ou parte dele constitui crime específico previsto no art. 211 do Código Penal, salvo quando pertence a uma universidade ou museu, hipótese quecaracteriza furto. Em relação à subtração de objetos enter-rados com o cadáver existe discussão em torno da configuração de crime de violação de sepultura ou furto.A subtração de coisa comum, pertencente ao agente e a terceiro (condomínio, sociedade ou coerança), caracteriza o crime do art. 156 do CP.c) Coisa móvel é tudo o que pode ser transportado. Abrange aviões e embarcações, embora, para certos fins, estes se equiparem a bem imóvel na lei civil. É também possível ofurto de energia elétrica e outras formas de energia que tenham valor econômico.Furto famélico É a subtração de pequena quantia de alimento por quem não tem condição de obtê-lo por outro modo. Não constitui crime em razão do estado de necessidade.Sujeito ativo Pode ser qualquer pessoa, exceto o dono. O proprietário que subtrai coisa própria que se encontra em poder de terceiro, por ordem judicial ou contrato, comete o crime do art. 346do CP.

Elemento subjetivo

Intenção de ter a coisa subtraída para si ou para outrem em definitivo. A intenção de furtar é conhecida como animus furandi.Se há mera intenção de uso momentâneo e se o agente restitui o bem logo em seguida, em sua integralidade, o fato não é considerado crime por ter havido o chamado furto deuso.

Consumação Com a retirada do bem da esfera de vigilância da vítima e a posse tranquila do bem, ainda que por pouco tempo.Tentativa É possível.Classificação doutrinária Crime simples, comum, comissivo, doloso, instantâneo, de ação livre, de dano e material.Furto noturnoTrata-se de causa de aumento de pena em que há acréscimo de 1/3 se o crime ocorre durante o repouso noturno. Não se aplica ao furto qualificado. Não se aplica se o fato

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ocorre na rua. Incide quando o fato ocorre em residência ou em suas dependências externas, ainda que não haja moradores no local, ou em estabelecimento comercial fechado.O período de repouso noturno pode variar de uma região para outra.Furto privilegiadoPossui dois requisitos: a) que o agente seja primário; b) que a coisa subtraída seja de pequeno valor (não exceda um salário mínimo na data do crime).Três são as consequências possíveis, a critério do Juiz: a) substituição da pena de reclusão por detenção; b) diminuição da pena de 1/3 a 2/3; c) aplicação somente da pena demulta.Princípio da insignificância O fato é atípico quando a lesão ao patrimônio for ínfima, de modo a não justificar a movimentação da máquina judiciária.Ação penal É pública incondicionada.FURTO QUALIFICADORompimento ou destruição de obstáculo à subtração da coisaAbrange obstáculos passivos (portas, janelas, cofres, trancas) e ativos (alarmes e similares). É necessário que o obstáculo seja danificado e, por isso, o art. 171 do CPPexige perícia para constatar os vestígios. A mera remoção do obstáculo, sem que seja danificado, não qualifica o crime. Exige-se, ainda, que o obstáculo não seja parteintegrante do bem subtraído, de modo que arrombar a porta do carro para furtá-lo constitui crime simples, mas arrombar o portão para levá-lo é qualificado.Abuso de confiança Deve haver uma especial (grande) confiança da vítima no agente e este deve valer-se de alguma facilidade disso decorrente para cometer o crime. A existência daespecial relação de confiança precisa ser analisada em cada caso concreto, de modo que nem sempre um furto cometido por empregado qualifica o delito.Emprego de fraudeÉ qualquer artifício, artimanha empregada pelo agente para enganar a vítima e viabilizar a subtração. Ex.: fraude para desviar a atenção da vítima; para afastá-la do local;para o agente poder entrar na casa da vítima etc.Não se confunde com o estelionato, em que a própria vítima entrega o bem ao agente em razão da fraude, posto que no furto, o bem é subtraído.Emprego de escaladaAcesso ao local do furto por via anormal (telhado, pulando muro, escavando túnel etc.). Apenas se aplica quando existe esforço considerável para ingressar no local ouquando há necessidade de uso de cordas ou escadas. Por isso, pular um pequeno muro ou cerca não qualifica o furto. O art. 171 do CPP exige perícia para constatar aescalada.Emprego de destreza É a habilidade física ou manual do agente que lhe permite subtrair bens que a vítima traz consigo sem que ela perceba. É o caso do batedor decarteiras, também chamado de punguista.Uso de chave falsa Considera-se chave falsa a cópia feita sem o conhecimento do dono, bem como qualquer instrumento capaz de abrir a fechadura (grampo, chavede fenda, chave mixa etc.).

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Concurso de duas ou mais pessoasAplica-se ainda que uma só pessoa possa ser punida porque o comparsa, por exemplo, fugiu e não foi identificado ou porque é menor de idade etc.Prevalece o entendimento de que se aplica tanto a casos de coautoria quanto de participação, mesmo que uma só pessoa tenha estado no localrealizando ato de subtração (contando com a ajuda anterior de um partícipe).Existem duas correntes em torno da possibilidade da coexistência desta qualificadora com o crime de quadrilha. Para uns a qualificadora deve serafastada, pois haveria bis in idem. Para outros o reconhecimento conjunto é viável porque os bens jurídicos são distintos e afetados em momentosdiferentes. É a tese que tem prevalecido.Furto de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado oupara o exteriorPela forma como está redigido este dispositivo a qualificadora só se aperfeiçoa se o agente consegue cruzar a divisa ou a fronteira na posse doveículo subtraído. É ainda necessário que ele subtraia o bem com a prévia intenção de transportá-lo a outro Estado ou país

QUADRO SINÓTICO – ROUBO SIMPLES (ROUBO PRÓPRIO)Objetividade jurídica O patrimônio, bem como a incolumidade física e a liberdade individual.Tipo objetivo“Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido àimpossibilidade de resistência.”Violência é toda forma de força física empregada sobre a vítima (agressões, imobilizações etc.). Abrange as trombadas, bem como arrebentar pulseirasou correntes causando lesão, dor ou desequilíbrio físico na vítima.Grave ameaça é a promessa de mal injusto e grave a ser causado no próprio dono do bem ou em terceiro. A simulação de arma e o emprego de arma debrinquedo configuram grave ameaça.Violência imprópria é a denominação que se dá a quem usa qualquer outro meio para impossibilitar a defesa da vítima do roubo. Ex.: uso de sonífero ouhipnose.Sujeito ativo Qualquer pessoa.Sujeito passivo O dono do bem subtraído e todas as pessoas que sofrerem a violência ou grave ameaça.Consumação No momento em que o agente se apossa do bem da vítima, pois, como ele, anteriormente a subjugou pelo emprego da violência ou grave ameaça, suaposse já é tranquila de imediato.Tentativa É possível.Classificação doutrinária Crime comum, complexo, comissivo, instantâneo, de ação livre, de dano, doloso e material.Princípio da insignificância, roubode uso e privilégio Nenhum desses institutos é reconhecido em relação ao crime de roubo.Ação penal Pública incondicionada.

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ROUBO IMPRÓPRIOConceito Trata-se de modalidade de roubo em que o agente quer inicialmente cometer apenas um furto e já se apossou de algum bem pretendido, porém, logo após a subtração, empregaviolência ou grave ameaça a fim de garantir a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.Consumação No exato instante em que for empregada a violência ou grave ameaça, ainda que o agente não consiga garantir sua impunidade ou a detenção do bem.Tentativa Predomina o entendimento de que não é possível, pois, ou o agente emprega a violência ou grave ameaça e o crime está consumado, ou não o faz, e responde apenas por furto.

Causas de aumento de pena

Se há emprego de armaO dispositivo abrange o uso de armas próprias e impróprias.Atualmente, predomina o entendimento de que não incide o acréscimo se ocorre simulação de arma, utilização de arma de brinquedo,desmuniciada ou quebrada, por não haver, nesses casos, maior periculosidade na conduta.Se o crime é cometido mediante concurso de duas ou mais pessoasAplica-se a casos de coautoria e participação.Tem-se entendido ser possível o reconhecimento das causas de aumento do emprego de arma e do concurso de agentes no roubo,em concurso material com o crime de quadrilha armada, porque os bens jurídicos tutelados e os momentos consumativos sãodistintos.Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstânciaEssa majorante pressupõe que a vítima esteja trabalhando com transporte de valores. Exige, ainda, dolo direto quanto a estacircunstância porque o tipo penal expressamente pressupõe que o agente saiba disso.Se a subtração for de veículo auto-motor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exteriorPela forma como está redigido esse dispositivo a qualificadora só se aperfeiçoa se o agente consegue cruzar a divisa ou a fronteirana posse do veículo subtraído. É ainda necessário que ele subtraia o bem com a prévia intenção de transportá-lo a outro Estado oupaís.Se o agente mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdadeSó se aplica quando o agente mantém a vítima consigo por pouco tempo, apenas por alguns minutos. Se a mantiver por tempo maior,por algumas horas, responderá por crime de roubo em concurso material com sequestro (art. 148 do CP).Âmbito de abrangência das causas de aumento Aplicam-se ao roubo simples (próprio e impróprio).Não se aplicam ao roubo qualificado pela lesão grave ou morte.

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Roubo qualificado pela lesão grave ou morteTipificação De acordo com o texto legal, as qualificadoras só se aperfeiçoam se da violência empregada resultar lesão grave ou morte. Assim, se a morte da vítima decorrer dagrave ameaça empregada pelo ladrão, o agente responderá por roubo em concurso formal com homicídio culposo.Tipificação Exige-se, ainda, que a violência causadora da morte tenha sido empregada durante e em razão do roubo.Natureza hedionda e causa de aumentoO latrocínio, consumado ou tentado, constitui crime hediondo, nos termos do art. 1º, II, da Lei n. 8.072/90. O roubo qualificado pela lesão grave não se reveste de talnatureza.A pena do latrocínio será, ainda, aumentada em metade se a vítima fatal não for maior de 14 anos, se for alienada ou débil mental e o agente souber disso, ou, se porqualquer outra causa, não puder oferecer resistência (art. 9º da Lei n. 8.072/90).Consumação No momento em que é provocada a lesão grave ou morte, ainda que o agente não tenha conseguido a subtração (Súmula 610 do STF).Tentativa Ocorre quando o agente não consegue provocar a lesão grave ou morte que pretendia, ainda que tenha conseguido efetivar a subtração.Natureza preterdolosaAs qualificadoras existem quer tenha havido dolo, quer tenha havido culpa em relação ao resultado agravador. O delito, portanto, pode ser preterdoloso, mas não éexclusivamente desta natureza. Ainda que a morte tenha sido dolosa no latrocínio, o julgamento é feito pelo juízo singular (Súmula 603 do STF)

Quadro sinótico – Apropriação indébitaObjetividade jurídica O patrimônio e a posse.Tipo objetivo“Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção.”Para a configuração do crime exige-se: a) que a vítima entregue o bem ao agente de forma livre, espontânea e consciente; b) que a posse seja desvigiada; c) que o agentereceba o bem de boa-fé; d) que depois de já estar na posse o agente inverta o ânimo em relação ao objeto, passando a se comportar como dono, quer dispondo do bem que nãolhe pertence, quer ficando com ele em definitivo.Sujeito ativo Qualquer pessoa, exceto o dono.Sujeito passivo O dono do bem.Elemento subjetivoÉ o dolo. É necessária a intenção de ter a coisa para si ou para outrem em definitivo – animus rem sibi habendi. Por isso é que se diz que a apropriação de uso não constituicrime.Consumação No momento em que o agente exterioriza a inversão de ânimo em relação ao objeto material.Tentativa É possível na hipótese em que o agente pretende vender a coisa alheia que se encontra em sua posse ou detenção e não consegue.Classificação doutrinária Crime comum, simples, de dano, instantâneo, doloso, material, comissivo ou omissivo.

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Causas de aumento de penaSe o agente recebeu o bem em depósito necessário, na condição de tutor, curador, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial, ou em razão de profissão,emprego ou ofício.Se, todavia, o bem tiver sido recebido no desempenho de função pública, o crime será o de peculato.Ação penal É pública incondicionada.

Apropriação indébita previdenciária

A redução da arrecadação gerada pela apropriação indébita previdenciária conforme o disposto no artigo 168-A, do Código Penal, tem reflexos em toda a seguridade social, e se divide em duas condutas: 1. A subtração de parcela do salário a ser auferido pelo empregado;2. O apossamento em definitivo de tal quantia pelo empregador. O crime se aperfeiçoa com a ausência de repasse dos valores descontados ao órgão previdenciário, no devido prazo legal.O crime, portanto é omissivo, pois há a necessidade da inércia do sujeito ativo para a sua configuração.O tipo penal é constituído pelo verbo núcleo: “deixar de repassar”.O crime é material, haja vista que há necessidade da verificação do resultado, ou seja, a frustração da arrecadação, que tem como resultado a diminuição da arrecadação para a seguridade social.O elemento subjetivo do tipo é o dolo, apesar da ausência de previsão legal em sentido contrario.O objeto material do crime é a contribuição social previdenciária juntamente com as multas, atualizações monetárias e juros, se estiver em atraso.O sujeito passivo é o Estado, na figura da Previdência Social Pública.O sujeito ativo do delito é a pessoa física que pratica o fato descrito no tipo penal.È estabelecido a determinadas pessoas o dever de entregar ao Fisco o tributo por eles contabilizado, num determinado prazo, findo o qual se caracteriza a infração ao dever de agir, perfazendo-se o tipo penal, independentemente do dolo de se apropriar daqueles valores.Trata-se de crime omissivo puro. A pena cominada é de reclusão, de dois a cinco anos, e multa.A lei não prevê a modalidade culposa.A ação é pública incondicionada, devendo ser proposta pelo Ministério Público Federal, permitindo-se assistência do Instituto Nacional de Serviço Social.A denúncia pode ser oferecida com base em procedimento administrativo, encaminhado pelo setor competente, atualmente, da Secretaria da Receita Federal do Brasil.Fundando-se a denúncia em procedimento administrativo, no caso a representação encaminhada pelo Auditor Fiscal, vem entendendo a jurisprudência que não é necessária a realização de perícia contábil.O § 2º do artigo 168-A do CP prevê extinção de punibilidade. A norma é bem mais rigorosa, vedada a sua aplicação retroativa a fatos ocorridos anteriormente a sua vigência, exigem a declaração, confissão, pagamento e prestação de informações à

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previdência de acordo com a legislação previdenciária antes que o procedimento fiscal tenha início.Conforme o § 2º, do art. 168-A que será extinta a possibilidade se o agente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias o valor do principal e dos acessórios e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.A hipótese de perdão judicial consta do § 3º, do art. 168-A, do Código Penal, concede a possibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena ou limitar esta somente à multa.A regra é a não permissão do parcelamento de contribuições descontadas de segurados e daquelas oriundas de sub-rogação, conforme previsão do § 1º do artigo 38 da Lei 8.212/91.Já a Lei nº. 9.983/00 regula a questão atinente à extinção da punibilidade mediante o pagamento, especificamente na hipótese de apropriação indébita e sonegação de contribuição previdenciária.O art. 9º da Lei 10.684/03 determina a suspensão da pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos no art. 198-A do CP, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento, e também da prescrição do delito, na hipótese de o contribuinte celebrar ditos acordos para pagamento parcelado.Lembrando que a prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva, e extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa efetuar o pagamento integral dos débitos.O art. 337-A, que tipifica a sonegação, vem atrelada a duas elementares do tipo que consistem em suprimir ou reduzir.O elemento subjetivo exigido é o dolo. Trata-se de crime material e omissivo próprio. E por ser crime material exige-se a comprovação da constituição do crédito tributário.Os sujeitos ativos são os sócios, gerentes, contadores, chefes de setor ou responsáveis pela emissão do documento de arrecadação, ao passo que o sujeito passivo é a União.A consumação ocorrerá no momento em que a GFIP ou GPS for recebida pelo órgão arrecadador.Admite-se a tentativa, mas não existe a possibilidade de figura culposa.O tipo penal do caput do art. 296, do CP, descreve a ação delituosa de quem falsifica, fabricando ou alterando, isto é, o caput não trata do material impresso, mas da conduta do falsificador.O bem jurídico tutelado é a fé pública, que decorre do valor probante dos documentos públicos. É punida a título de dolo.A previdência social tem dado muita importância à documentação elaborada pela empresa, de modo a desobrigar o segurado do ônus da prova de sua condição de segurado, assumindo o INSS como verdadeiros os dados apresentados pelos empregadores, situação esta que traz celeridade à concessão dos benefícios, porém, que abre portas para a elaboração de fraudes, como declaração de falso vínculo, gerando direitos inexistentes.Podemos ressaltar que na falsidade ideológica, a idéia constante do documento é falsa, sendo este, no entanto, formalmente verdadeiro. Já na falsidade material, a exemplo do que ocorre com o art. 297, o próprio documento é que é forjado, total ou parcialmente pelo agente.

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O art. 297, do Código Penal, trata de crime de contrafação, isto é, envolve a atividade de fabricar a falsidade documental.Por fim, tratando-se de delito composto de vários atos, admite-se a tentativa.Na hipótese de a falsificação ser um meio para outro crime, como, pode ser considerada a aplicação do chamado princípio da consumação. Isto é, a absorção do crime de meio pelo crime fim, que no caso seria o de estelionato.Devido ao avanço tecnológico, os crimes relacionados ao ramo da informática têm recebido cada vez mais atenção do legislador. A edição da Lei 9983/00 acrescentou o artigo 313-A ao Código Penal.Trata-se de crime próprio, pois somente funcionário público autorizado para inclusão de dados no sistema pode praticar; e formal, pois não carece de resultado para sua consumação, embora o dolo seja específico.Pressupõem um comportamento comissivo por parte do agente. No entanto, o delito poderá ser praticado via omissão imprópria, quando o agente, garantidor, dolosamente, podendo, nada fazer para impedir a pratica do delito em estudo, por ele devendo responder nos termos preconizados pelo art. 13, § 2º, do CP.Partindo desta premissa, mantêm-se a integridade do sistema de dados, mas nele se inserem dados falsos, ou se alteram ou excluem dados verdadeiros.Somente pode ser praticado pelo funcionário público autorizado, não se aplicando a previsão ampla de funcionário público do artigo 327 do Código Penal.Tanto este crime como o de modificação ou alteração não-autorizada de sistema de informações tem sido denominado de “peculato eletrônico”. Em ambos os tipos, buscam-se proteger a integridade dos dados e dos sistemas de dados da Administração.Por fim, tratando-se de crime composto de vários atos, torna-se possível à tentativa.O crime de estelionato contra a previdência social foi o único a não ser alterado pela Lei nº. 9983/00 e continua previsto no § 3º do artigo 171, do Código Penal.É comum a sua prática, como o uso de documento falso para se obter um benefício ou a simulação de uma deficiência inexistente.Aplica-se a causa do aumento de pena de que trata o § 3º do artigo 171 do Código Penal, conforme reconhecido pela Súmula 24 do STJ.Se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público, a pena aumenta-se de um terço.É um crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa.Exige-se o resultado, que é duplo: obtenção da vantagem indevida e prejuízo para a vítima.Há grande divergência sobre se esse crime seria permanente, continuado ou instantâneo. O estelionato praticado mediante guias falsas de recolhimento à previdência social somente será julgado na Justiça Federal se houver configurada lesão ao INSS.

Quadro sinótico – EstelionatoObjetividade jurídica O patrimônio e a posse.Tipo objetivo “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.”Sujeito ativo Qualquer pessoa.Sujeito passivo O dono do bem.Elemento subjetivo É o dolo.

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Consumação No momento em que o agente obtém a vantagem ilícita visada.Tentativa É possível em várias situações, inclusive naquela em que a vítima sofre o prejuízo e o agente não obtém a vantagem que pretendia.Se o agente não conseguir enganar a vítima por ter empregado uma fraude totalmente inidônea, haverá crime impossível por absoluta ineficácia do meio.Classificação doutrinária Crime comum, simples, de dano, instantâneo, doloso, material, comissivo ou omissivo.Figuras equiparadasI – Disposição de coisa alheia como própria.II – Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria.III – Defraudação do penhor.IV – Fraude na entrega de coisa.V – Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro.VI – Fraude no pagamento por meio de cheque.Ação penal É pública incondicionada.

MOEDA FALSA - ART. 289 (FALSIFICAÇÃO)

Falsificar, fabricando ou alterando moeda ou papel moeda já existente nacional ou estrangeira.

FALSIFICAR MOEDA QUE JÁ SAIU DE CIRCULAÇÃO

Estelionato.

SUJEITO ATIVO/PASSIVO

Qualquer pessoa.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO

Justiça Federal.

CONSUMAÇÃO

Com a falsificação, independente do resultado.

FIGURA PRIVILEGIADA

Quem recebe de boa-fé a moeda falsa, percebe a falsidade e transfere a nota para outra pessoa.

CRIME DE MOEDA FALSA ( Artigo 289) - "Falsificar, fabricando-a ou alterando -a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro." Pena - Reclusão de três a doze anos e multa.

Falsificar: ou seja, aquele que reproduz de forma fraudulenta moeda verdadeira de forma que cause engano. Neste crime o objeto a ser tutelado é a moeda metálica ou o papel-moeda que tem curso legal no país ou até mesmo no estrangeiro.

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Fabricar: Aquele que também reproduz moeda ou papel-moeda verdadeiro também responderá pelo crime em tela.

Alterar: Se a moeda ou papel-moeda já existiam integralmente, mas são realizadas alterações aptas a iludir qualquer pessoas, sendo que estas alterações poderão apresentar valor superior, alteração de letras, números indicativos no valor da nota.Se o agente apenas apagar emblemas ou sinais impressos em papel-moeda, disso não resultando aparentemente qualquer valor superior, não ocorrerá este delito.

Para caracterizar o presente delito é necessário ´porém que a falsificação não seja grosseira e sim que seja apta a enganar e iludir a vítima de forma que lhe cause engano.

CRIMES ASSIMILADOS AO DE MOEDA FALSA ( Art 290) - "Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir em nota, cédula ou bilhete recolhidos para o fim de restitui-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização." Pena - Reclusão de dois a oito anos e multa.

De acordo com Fernando Capez, este é um crime que podemos chamar de AÇÃO MÚLTIPLA, pois as condutas que o caracteriza são as seguintes:

- Formar - cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros: nessa modalidade o agente reúne os fragmentos, ou seja, pedaços de papel -moeda verdadeiro, que se tornaram imprestáveis e cria uma nova cédula com aparência de verdadeira.

- Suprimir - Em nota, cédula ou bilhete recolhidos para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização: nessa modalidade o papel - moeda não mais de encontra em circulação, havendo nele indicação ( por exemplo: carimbo) de que está inutilizado, mas o agente utiliza o expediente fraudulento consistente em retirar esse sinal, com o fim de colocar a nota novamente em circulação.

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- Restituir - recolocar em circulação nota ou bilhetes em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização, ou seja, o agente coloca em circulação papel moeda recolhida para fins de inutilização, aqui a cédula não mais se encontra em circulação, nem há nela qualquer sinal indicativo de inutilização.

PETRECHOS PARA A FALSIFICAÇÃO DE MOEDAS ( Artigo 291): "Fabricar, adquirir, fornecer a título gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado á falsificação de moeda:" Pena reclusão de dois a seis anos e multa.

Aqui neste caso é punido apenas o mero ato preparatório para a falsificação de moeda, prevê como conduta criminosas os atos de? adquirir, possuir, guardar o maquinário que serviria a este escopo. Trata-se de crime eminentemente subsidiário, pois a efetiva falsificação da moeda acarreta a absorção do delito em tela. Também é um crime de ação múltipla, ou seja, as condutas puníveis são: fabricar, adquirir, fornecer e possuir aparelho ou instrumento destinado à falsificação de moeda.

EMISSÃO DE TÍTULO AO PORTADOR SEM PERMISSÃO LEGAL (Art 292) - " Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pego." Pena - Detenção de seis meses, ou multa.

O crime é caracterizado quando colocado em circulação nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago ( objeto material)

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1) PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Quadro sinótico – PeculatoObjetividade jurídicaA probidade administrativa, bem como o patrimônio públicoou particular que esteja sob guarda ou custódia da Administração.Tipo objetivoExistem diversas formas de peculato doloso:a) peculato-apropriação: consiste em apropriar-se o funcionáriopúblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bemmóvel, público ou particular, de que tem a posse em razãodo cargo;b) peculato-desvio: consiste em desviar, em proveito próprioou alheio, o bem público ou particular, de que tem a

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posse em razão do cargo.c) peculato-furto: quando o funcionário público subtrai ou,dolosamente, concorre para que seja subtraído bem públicoou particular, valendo-se de facilidade que lhe proporcionao cargo.

O bem particular também pode ser objeto de peculato desdeque esteja sob a guarda ou custódia da administração(em tal caso se diz que houve peculato-malversação, namodalidade apropriação, desvio ou furto).Observação: quando o funcionário está na posse do bempor tê-lo recebido em razão de erro de outrem, configura--se o peculato mediante erro de outrem, também conhecidocomo peculato-estelionato (art. 313).Sujeito ativo Qualquer funcionário público.Sujeito passivoO Estado e, eventualmente, o particular quando o bem aele pertencente está sob a guarda ou custódia da Administração.ConsumaçãoNo instante em que o agente se apropria ou desvia o bem,ou quando este é subtraído.Tentativa É possível.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, próprio, de ação livre, instantâneo e material.Figura culposaOcorre quando o funcionário público concorre culposamentepara o crime de outrem.Perdão judiciale reduçãoda penaNo caso do peculato culposo, o juiz pode deixar de aplicara pena se o agente reparar o dano antes da sentença de 1ainstância. Caso a reparação ocorra após a condenação, apena aplicada poderá ser reduzida pela metade.Ação penal É pública incondicionada.ConcussãoObjetividadejurídicaA moralidade da administração pública no que se refere àprobidade de seus funcionários.Tipo objetivoExigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, aindaque fora da função ou antes de assumi-la, mas em razãodela, vantagem indevida.Sujeito ativoSomente funcionários públicos, assim definidos no art.327 do Código Penal. Particulares também poderão responder como coautores ou partícipes desde que, de forma consciente, tenham concorrido para que um funcionário público cometa concussão.

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Sujeito passivoO Estado e a pessoa de quem foi exigido o dinheiro. Estapessoa, por ter sido coagida, é tratada como vítima e, aindaque entregue a vantagem exigida pelo funcionário, nãoresponde pelo delito.ConsumaçãoNo momento em que a exigência chega ao conhecimentoda vítima. O efetivo recebimento da vantagem constituimero exaurimento do crime.Tentativa Possível.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, próprio, doloso, formal, instantâneo, deação livre e comissivo.Ação penal Pública incondicionada.Corrupção passivaObjetividadejurídicaA moralidade da administração pública no que se refere àprobidade de seus funcionários.Tipo objetivoSolicitar ou receber, direta ou indiretamente, ainda que foradas funções ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagemindevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.Sujeito ativoSomente funcionários públicos, assim definidos no art. 327do Código Penal. Particulares também poderão respondercomo coautores ou partícipes desde que, de forma consciente,tenham concorrido para que um funcionário cometacorrupção passiva.Sujeito passivoO Estado.ConsumaçãoNo momento em que o funcionário solicita ou recebe avantagem que lhe foi oferecida.Tentativa Possível na solicitação por escrito que se extravia.

Causa deaumento depenaSe em razão da promessa ou da vantagem recebida o funcionárioretarda ou omite o ato, ou o pratica infringindodever funcional, a pena é aumentada em um terço.Figura privilegiadaSe o agente pratica, deixa de praticar ou retarda ato deofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedidoou influência de outrem.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, próprio, doloso, formal, instantâneo e comissivo.

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Ação penal Pública incondicionada.PrevaricaçãoObjetividadejurídicaA regularidade da administração públicaTipo objetivoRetardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício,ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, parasatisfazer interesse ou sentimento pessoal.Sujeito ativo Funcionário público.Sujeito passivoO Estado e, eventualmente, o particular lesado pela prevaricação.ConsumaçãoCom a omissão ou retardamento do ato de ofício, ou comsua realização em desacordo com texto expresso de lei.Tentativa Possível apenas na hipótese comissiva.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, próprio, doloso, comissivo ou omissivo einstantâneo.Ação penal Pública incondicionada.

CONTRA A ADM. PÚBLICA EM GERAL

Quadro sinótico – ResistênciaObjetividadejurídicaA autoridade e o prestígio da função pública.Tipo objetivoOpor-se à execução de ato legal mediante violência ouameaça a funcionário competente para executá-lo ou aquem esteja lhe prestando auxílio.Sujeito ativo Qualquer pessoa.Sujeito passivoO Estado e o funcionário agredido ou ameaçado, bemcomo o terceiro que estava lhe prestando auxílio.ConsumaçãoNo momento em que for empregada violência ou ameaça,ainda que o ato não seja impedido.Tentativa É possível, por exemplo, na forma escrita.Figura qualificadaA pena é maior se, em razão da resistência, o ato não seexecuta.ConcursoSe da violência empregada resultar lesão, ainda, que leve,o agente responde pelos dois crimes e as penas serão somadas.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, comum, doloso, instantâneo e formal.Ação penal É pública incondicionada.

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DesobediênciaObjetividadejurídicaO cumprimento das ordens advindas da Administração Pública.Tipo objetivoDesobedecer ordem legal de funcionário público.Se para a desobediência for prevista em lei sanção administrativa,que não preveja a autonomia do ilícito penal,fica este afastado.Sujeito ativoQualquer pessoa.Discutível a possibilidade de funcionário público cometer ocrime, caso não obedeça ordem de outro.Sujeito passivoO Estado e o funcionário cuja ordem foi desobedecida.ConsumaçãoSe a ordem determina uma omissão, consuma-se no momentoda ação; se determina uma ação e é fixado um prazo,consuma-se quando este se expira, mas quando não éfixado prazo, aperfeiçoa-se com o decurso de tempo suficientepara que fosse cumprida.Tentativa Só é possível na forma comissiva.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, comum, doloso, de ação livre, comissivo ouomissivo.Ação penal Pública incondicionada.DesacatoObjetividadejurídicaPreservar o prestígio e o respeito à função pública.Tipo objetivoDesacatar funcionário público no exercício da função ouem razão dela.Pode ser cometido por qualquer meio: por palavras indecorosas,por gestos rudes, por atitudes irreverentes etc.Sujeito ativoQualquer pessoa.Existe divergência em torno da possibilidade de um funcionáriopúblico desacatar outro.Advogados podem cometer desacato.

Sujeito passivoO Estado e o funcionário público ofendido.A ofensa a mais de um funcionário ao mesmo tempo constituicrime único.Consumação No momento do ato de desacato.Tentativa Não é possível porque este crime exige a presença da vítima.Classificaçãodoutrinária

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Crime simples, comum, doloso, comissivo, instantâneo,formal e de ação livre.Ação penal É pública incondicionada.Corrupção ativaObjetividadejurídicaA moralidade da administração pública.Tipo objetivoOferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público,para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar atode ofício.Sujeito ativo Pode ser qualquer pessoa.Sujeito passivoO Estado.ConsumaçãoNo momento em que a oferta ou promessa chegam aoconhecimento do funcionário público, ainda que este a recuse.Tentativa Possível na forma escrita.Causa deaumento depenaSe em razão da promessa ou da vantagem recebida o funcionárioretarda ou omite o ato, ou o pratica infringindodever funcional, a pena é aumentada em um terço.ClassificaçãodoutrináriaCrime simples, comum, doloso, formal, instantâneo, comissivoAção penal Pública incondicionada.