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Page 1: Resumo Bado

DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

•Os recursos disponíveis para a sociedade são escassos, o que implica alocá-los. Tal decisão deve considerar a

capacidade, os esforços e os desejos de cada indivíduo;

•A Economia é ciência cujo objeto de estudo é o gerenciamento dos recursos escassos;

•A tomada de decisão é tema importante no estudo da ciência econômica, porque a sociedade aloca os recursos

através de decisões dos diferentes entes econômicos.

Como as pessoas tomam decisões:

•Princípio primeiro: Pessoas enfrentam trade offs (situação na qual duas ou mais opções mutuamente excludentes

se apresentam àquele que deverá escolher entre elas);

•Princípio segundo: O custo de algo coincide com o que deve-se abrir mão para obtê-lo. Custo de oportunidade é

aquilo de que se abre mão quando se efetiva uma decisão;

•Princípio terceiro: Pessoas racionais pensam na margem . Segundo ele, a alteração marginal é um pequeno ajuste

feito a um plano pré-existente. As decisões podem ser mais acuradas ao comparar o custo marginal de um ajuste

com seu benefício marginal;

•Princípio quarto: Pessoas respondem a incentivos . Estes alteram a tomada de decisão, pois atuam sobre os

benefícios ou os custos que são conseqüentes deum curso de ação

Como as pessoas interagem:

• Princípio quinto: O comércio pode melhorar a situação de todos . Ao permitir o fluxo de bens e serviços, as

partes podem especializar-se na produção de um número restrito de bens ou serviços segundo suas aptidões e

interesses, aumentando a eficiência geral;

• Princípio sexto: Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade econômica. Com o

mercado diversos entes econômicos decidem e não uma entidade centralizadora. Tomam-se decisões de como

alocar os recursos através do mecanismo do preço, que indica o valor atribuído ao bem pela sociedade e o custo

de sua produção

Princípio sétimo: Os governos podem, às vezes, melhorar os resultados do mercado. A falha de mercado ocorre

quando este é incapaz de gerenciar sozinho os recursos adequadamente. Exemplos de falhas: a externalidade

(impacto das ações de alguém sobre aqueles em seu entorno); um agente econômico possuir poder de mercado

(pode afetar o preço e distorcer a forma de alocar recursos); enão haver distribuição igualitária de excedentes

devido à grande ineficiência da mão invisível do mercado. Nesses casos, justifica-se a presença do governo como

regulador do mercado

Como funciona a economia como um todo:

• Princípio oitavo: O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e serviços. Quase

toda variação nos padrões de vida podem ser atribuídas à produtividade (capacidade de produção de bens e

serviços);

• Princípio nono: Os preços sobem quando o governo emite moedas demais.Agrande emissão diminui o valor da

moeda, sendo, muitas vezes, responsável pelo aumento generalizado nos preços da economia- a inflação;

Page 2: Resumo Bado

• Princípio décimo: A sociedade enfrenta um trade off de curto prazo entre inflação e desemprego. Em curto

prazo, o preço é rígido, já as alterações podem demorar a acontecer. Assim, caso o governo retire moeda de

circulação, é certo que o poder de compra diminuirá. Haverá uma diminuição da produção que acarreta em

desemprego.

O PROBLEMA ECONÔMICO

• Problema econômico é o processo de promover bem-estar material para as ociedade. Esse processo é motriz

histórica, já que ele motiva muitas das atitudes da sociedade;

• Todo ser humano necessita de alimentos para seu desenvolvimento e sua obtenção ainda não é regra absoluta

nas sociedades modernas. Em algumas localidades o problema econômico confunde-se com a própria

sobrevivência.

O Indivíduo e a Sociedade

• Em sociedades com maior capacidade de produção de bens e serviços, é latente a dependência de cada indivíduo

em relação aos demais para sobreviver

Divisão do Trabalho

•É responsável pela maior parte da eficiência produtiva das nações, pois permite ao indivíduo especializar-se

naquilo que é mais apto e usufruir dos esforços de outrem;

•A permanência da sociedade depende da cooperação de todos os seus setores. Deve haver, portanto, eficácia do

mecanismo de organização social.

Economia e Escassez

A luta pela sobrevivência deriva da escassez da natureza. Mas, conforme se eleva a capacidade produtiva, o

repertório de necessidades humanas aumenta. Conclui-se que, acima do nível da subsistência, os problemas

econômicos derivam do próprio homem.

As Tarefas da Sociedade Econômica

• As duas funções que correspondem à submissão da natureza aos ensejos sociaissão:1.Sistema de produção de

bens e serviços;2.Distribuição dos frutos da produção para que a cadeia produtiva perpetue-se.

Produção e Distribuição

• Mobilização de Esforços: deve-se gerar condições para que as instituições sociais mobilizem energia humana.

Isso compete diretamente à esfera da organização social e determina o volume de esforço que poderá ser dirigido

sobre a natureza;

• Alocação dos Esforços: deve-se direcionar o esforço social de forma que se produzam os bens necessários em

quantidades adequadas;

• Distribuição do Produto: deve ser feita de modo a possibilitar e estimular a futura produção, ou seja, capacitar

materialmente e dar disposição para novas produções.

Três Soluções para o Problema Econômico

Page 3: Resumo Bado

• Tipos de sistemas usados para solucionar o problema econômico até hoje:1.A Tradição : método mais antigo,

encontrado mais comumente em sociedades ditas primitivas, mas também tem sua influência nas ditas modernas

- Pauta-se por um processo de tentativa e erro histórico consolidado por um sistema de normas, costume e

crenças. A cadeia produtiva perpetua-se transmitindo o ofício dos pais aos filhos e a distribuição é absolutamente

viável;- O custo da Tradição: estagnação do modelo econômico;- Atualmente, é mais fortemente sentida nas

questões acerca da produção, em especial aquelas que têm como ponto principal à determinação das tarefas;2.O

Mando : baseado nas determinações econômicas de uma entidade centralizadora, normalmente apoiada sobre uma

base tradicional de soluções para a economia.- Em geral, o único sistema possível em situações de crises (ex:

guerra ou fome), pois a forma autoritária é a ferramenta social mais eficiente para impor mudanças rápidas;-

Sociedades modernas: relação com o dirigismo estatal (ex: impostos);- Impactos do Mando: depende do contexto

(democrático ou autoritário), mas nenhuma sociedade está isenta do mando. De maneira geral, ele pode ser o

principal promotor do desenvolvimento econômico; 3.O Mercado : denominação que se dá para o conjunto de

atitudes que os indivíduos tomam. Permite organizar o aprovisionamento com um mínimo de tradição e mando.

A ECONOMIA PRÉ-MERCADO

• A troca (compra e venda de bens e serviços) é o cerne da sociedade de mercado;

• Há registro de incidência de comércio por toda Antiguidade e pela Era feudal, mas o mercado não ocupava o

papel de resolver os principais problemas econômicos.

A organização econômica da antiguidade

• As sociedades antigas apresentam uma considerável homogeneidade;

• O aspecto predominante é a fundamentação agrícola, pois a eficiência no campo não permitia que se

sustentassem muitos indivíduos não produtores de alimentos;

• O camponês não era tecnologicamente atento, não comprava a maioria de seus suprimentos e produzia para

consumo próprio, sem fim de lucro;

• As aglomerações urbanas ocupavam um papel econômico essencialmente parasitário, já que não exportavam

bens e serviços para o campo;

• Existia uma ampla fundamentação na mão-de-obra escrava, mas não era exclusiva

• O excedente produtivo basicamente não foi cooptado por nenhuma entidade de papel essencialmente

econômico. De maneira geral, a riqueza acompanhava o poder;

• Não havia ―economistas‖. Exceção: Aristóteles dividiu o processo econômico em uso e ganho. Aquele,

denominado o economia era natural e devia ser estimulado, enquanto este, denominado chrematistike, era visto

com maus olhos, entendido como exploração.

A sociedade econômica na Idade Média

• Período politicamente turbulento, mas com base econômica relativamente estável;

• Devido à insegurança optou-se por um sistema produtivo auto-suficiente e o comércio, dependente de longas

viagens na época, tornou-se inviável;

• A unidade da vida feudal era o domínio senhorial ou senhorio. Era entidade econômica, social e política, na qual

o senhor exercia todas as funções de poder;

Page 4: Resumo Bado

• Relação servo-senhor feudal: servo concorria com a força de trabalho e senhor com certas garantias, e.g.

segurança física (contra invasões) e econômica (contra secas);

• O elemento distintivo da vida econômica senhorial era a independência;

• Economia organizada pela tradição e quase sem transações monetárias;

• As cidades, embora subordinadas ao campo, lentamente conseguiram se desvencilhar de sua dependência legal e

econômica;

• Existiam as feiras, mercados itinerantes que se estabeleciam em lugares fixos em datas fixas, permitindo trocas

entre mercadores de toda a Europa;

• Como o mundo feudal não era capaz de sustentar todas suas necessidades de produção de bens, existiam as

corporações, institutos responsáveis por organizar o comportamento social, eliminando os riscos da atividade

econômica;

• A economia estava profundamente subordinada à religião, o que arrefecia o apetite desenfreado pelo lucro, o

acúmulo de bens era associado ao pecado, à culpa;

• O preço justo era amplamente debatido pelos ―teólogos-economistas‖;

• Razões para o repúdio ao lucro: a usura ocasionou profundas crises; e a característica econômica de reproduzir o

bem estar do passado e não ampliá-lo.

Pré-Requisitos da Mudança

• A sociedade medieval era pré-mercantil, mas não dependia ainda dos mecanismos de mercado para sua

regulação. Para tornar-se uma verdadeira economia de mercado:1. Será necessária uma nova atitude em relação à

atividade econômica. Ou seja, é necessário que os homens tenham liberdade de procurar o ganho.- A sociedade de

status deve dar lugar à sociedade de mercado, na qual cada indivíduo é livre para procurar sua ocupação;2. A

monetarização da vida econômica terá de prosseguir até sua conclusão final.- Na sociedade de mercado quase

todas as tarefas devem ter remuneração monetária;3. As pressões de um livre jogo de ―demanda‖ do mercado

terão de assumir a regulamentação das tarefas econômicas da sociedade.- O mecanismo propulsor da sociedade

deve ser o fluxo abrangente de demanda monetária (possível porque há a monetarização da economia como um

todo).

O SURGIMENTO DA SOCIEDADE DE MERCADO

• Uma característica fundamental do surgimento da sociedade é a grande variação no processo entre as diferentes

regiões e os períodos de tempo.

O Mercador Itinerante

• As comitivas que cruzavam o continente europeu levavam produtos exóticos;

• Não havia nenhum espaço na organização social da Idade Média para esses mercadores, apesar disso, ninguém

dispensaria seus serviços.

Urbanização

• A ascensão do mercador itinerante resultou na formação de novas cidades e vilas;

Page 5: Resumo Bado

• Já que a atividade predominante na cidade, o comércio, não era ditada pela tradição, as cidades foram forçadas a

criar institutos jurídicos e políticos para se regularem;

• A expansão urbana foi constante, mas lenta, devido a dificuldade do trânsito da mão de obra e dos insumos

requeridos para suas construções

As cruzadas

• Ironicamente, a suprema aventura religiosa da idade média foi uma das responsáveis por promover o sistema

baseado no capital, tão criticado pela Igreja Católica;

• As Cruzadas colocaram em contato a sociedade feudal européia e a sociedade comercial da cidade, triunfando a

segunda. Além disso, proporcionaram à nobreza européia o acúmulo de riquezas, abrindo caminho para a

monetarização vindoura.

Crescimento do Poder Nacional

• A fragmentação do sistema político feudal prejudicava o desenvolvimento comercial;

• Para conseguir a unidade política, imprescindível para a expansão do comércio, a burguesia conferiu poder

econômico aos reis, para estes efetuarem a centralização;

• O Estado forte e centralizado era o único capaz de empreender certos papéis econômicos fundamentais na

expansão comercial, como as navegações sultramarinas.

Exploração

• O Estado forte, pautado no poder econômico da burguesia nascente, teve a capacidade de promover a integração

de novos territórios à vida econômica européia;

• Consequências da integração: retorno do fluxo de metais preciosos para a Europa, que gerou forte inflação;

impulso a sociedade comercial crescer.

Mudança no Clima Religioso

• A Igreja, apesar de criticar o lucro, alcançou uma posição de dominância econômica.

O Calvinismo

• Segundo Calvino, a ida ao céu é predestinação, não há prerrogativa de mudança.Com o tempo, a doutrina se

converteu ao defender que a vida terrena indica oque se seguirá;

• Somente em uma vida sem máculas podia o homem cogitar sua salvação eterna. Nessa medida, os calvinistas

prescreviam uma conduta de austeridade ediligência;8

• O esforço era visto como um indicador da virtude espiritual. Daí derivou-se a noção de que, quanto mais bem

sucedido na vida, maior o valor dele;

• A indulgência era mal vista, pois a riqueza devia ser bem empregada e não esbanjada.

A Ética Protestante

•O pioneirismo da ética calvinista influenciou no processo de consolidação deuma economia de mercado.

Page 6: Resumo Bado

Colapso do Sistema Senhorial

• Visando mais lucros monetários, nobreza passou a cobrar em dinheiro dos servos. Mas, surgiu a nobreza

empobrecida, devido rendas constantes e preços inflacionados;

Ascensão da Economia Monetária

• O sistema monetário não condizia com a manutenção do senhorio, uma vez que os senhores feudais se

encontravam espremidos entre rendas fixas e custos crescentes.

Aparecimento do aspecto econômico da vida

• Com a monetarização da vida, uma importante alteração foi o surgimento da esfera econômica distinta daquela

que correspondia à vida social.

A configuração do Trabalho, Terra e Capital

• O trabalho passou de parte de uma relação social explícita para mercadoria. Além do pagamento de salários não

cabia mais nenhuma obrigação ao empregador;

• A terra deixou de representar um patrimônio inviolável do senhor, passando a ser tão valorosa quanto o retorno

econômico que produzia. Isto é, a propriedade passou de somatório das riquezas tangíveis para detentora de uma

feição monetária.

O Cercamento dos Campos

• Processo muito importante na Inglaterra, no qual a aristocracia fundiária, objetivando maiores lavouras ou

criatórios, começou a ―cercar‖ os pastos, antes terras comuns;

• Para a economia, o processo foi salutar, pois aumentou a produtividade de diversas terras. No aspecto social, fez

com que diversos camponeses abandonassem os campos, transformando-se em mão-de-obra barata e pouco

qualificada nas cidades.

Surgimento de um Proletariado Urbano

• O surgimento de um sistema orientado para o mercado produziu uma ―força de trabalho‖, permitindo a

monetarização geral da vida;

• O desenvolvimento do proletariado não pode ser freado pelas elites estabelecidas.

Fatores de Produção

• Fatores de produção são as características do trabalho, da terra e do capital;

• Para a vida econômica emergir do fluxo natural da vida, necessita-se de um sistema no qual a terra é arrendável,

o trabalho é assalariado e o capital é livremente investido.

Propriedade em Homens

• Na sociedade moderna a pessoa tem propriedade em si mesma, é dono de seu trabalho, sendo livre para vendê-lo

do modo mais vantajoso possível, o que o servo não podia.

Ciência Econômica e Sociedade de Mercado

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• Junto com a nova organização econômica, surgiu uma nova forma de se organizar o processo produtivo que

esvaziou em parte a importância da tradição e do mando.

Ascensão do ―Motivo de Lucro‖

• As transações passam a compor um papel crítico dentro da vida do indivíduo etem sua importância aumentada;

• Opera-se uma força baseada no impulso individual de maximizar sua própria renda e minimizar os gastos

através das melhores transações possíveis no mercado de trabalho.

A Invenção da Ciência Econômica A ―Filosofia‖ do Comércio

MERCANTILISMO

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna,

entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas

diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu

numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes

Estados-nacionais.

É possível distinguir três modelos principais: metalismo, balança comercial favorável, pacto colonial e

protecionismo.

Segundo Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava a passar por uma grave escassez

de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais

preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição

das importações (procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou

metalismo.

O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo

aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de

determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios

(monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos

manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do

século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.

O mercantilismo é um conjunto de ideias econômicas que considera a prosperidade de uma nação ou Estado

dependente do capital que possa ter. Os pensadores mercantilistas preconizam o desenvolvimento econômico por

meio do enriquecimento das nações graças ao comércio exterior, o que permite encontrar saída aos excedentes da

produção. O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar políticas

protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.

O mercantilismo enquadra-se historicamente na Idade Moderna, com a progressiva autonomia da economia frente

à moral e a religião bem como frente à política. Esta enorme ruptura realizar-se-á por meio de conselheiros dos

governantes e pelos comerciantes.[3] Esta nova disciplina chegará a ser uma verdadeira ciência econômica com a

fisiocracia. Entre os muitos autores mercantilistas, há que destacar a Martín de Azpilicueta (1492-1586), Tomás

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de Mercado (1525-1575), Jean Bodin (1530–1596), Antoine de Montchrétien (1576–1621), ou William Petty

(1623–1687), Thomas Mun (1571-1641), Philipp von Hörnigk (1640–1712), Jean-Baptiste Colbert (1619–1683)

Doutrina econômica mercantilista

Quase todos os economistas europeus dentre 1500 e 1750 são considerados atualmente como mercantilistas.

Contudo, estes autores não se consideravam partícipes de uma única ideologia econômica. O termo só foi

cunhado em 1763, por Vitor Riquetti, Marquês de Mirabeau, e popularizado por Adam Smith, em 1776. O termo

mercantilismo foi criado a partir da palavra latina mercari, que significa mercantil, no sentido de levar a cabo um

negócio, e que procede de la raíz merx que significa mercadoria. De início foi usado apenas por críticos, como

Mirabeau e o próprio Smith, mas foi logo adotada pelos historiadores.De fato, Smith foi quem primeiro organizou

formalmente muitas das contribuições dos mercantilistas no seu livro A Riqueza das Nações.

O mercantilismo em si não pode ser considerado como uma teoria unificada de economia. Na realidade não houve

escritores mercantilistas que apresentassem um esquema geral do que seria uma economia ideal, tal como Adam

Smith faria mais adiante para a economia clássica. O escritor mercantilista tendia a concentrar a sua atenção numa

área específica da economia.[7] Somente após o período mercantilista é que estudiosos, como Eli F. Heckscher,

integrariam as diversas ideias no que chamariam mercantilismo.[8] Heckscher vê, nos escritos da época, um

sistema de poder político e, ao mesmo tempo, um sistema de regulamentação da atividade econômica, um sistema

protecionista e um sistema monetário com a teoria da balança comercial. Contudo, alguns teóricos recusam

completamente a ideia mesma de uma teoria mercantilista, alegando que esta dá "uma falsa unidade a fatos

díspares".[9] O historiador do pensamento econômico Mark Blaug faz notar que o mercantilismo foi qualificado

posteriormente como "bagagem incômoda", "diversão de historiografia", e de "gigantesco globo teórico".

Até certo ponto, a doutrina mercantilista, em si mesma, tornava impossível a existência de uma teoria geral da

economia. Os mercantilistas viam o sistema econômico como um jogo de soma zero, onde a ganância de uma das

partes supunha a perda da outra ou, seguindo a famosa máxima de Jean Bodin, "não há nada que alguém ganhe e

que outrem não perca".[11] Assim, por definição, qualquer sistema político que beneficiasse a um grupo faria

dano a outro (ou outros), não existindo a possibilidade de a economia servir para maximizar a riqueza comum ou

para o bem comum. Aparentemente, os escritos dos mercantilistas foram feitos mais para justificar a posteriori

uma série de práticas, do que para avaliar o impacto dessas práticas e determinar o melhor modo de implementá-

las.

O mercantilismo é, portanto, uma doutrina ou política econômica que aparece num período intervencionista e

descreve um credo econômico que prevaleceu à época de nascimento do capitalismo, antes da Revolução

Industrial.

ESCOLA LIBERAL CLÁSSICA

As teses do liberalismo Econômico foram criadas no século XVI com clara intenção de combater o

mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo.

O pressuposto básico da teoria liberal é a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma.

Os economistas do final do século XVIII, eram contrários a intervenção do Estado na economia. Para eles o

Estado deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural seu curso.

Um dos principais pensadores da época foi François Quesnay, que apesar de médico na corte de Luis XV teve

contato com as ideologias econômicas. Em sua teoria afirmava que a verdadeira atividade produtiva estava

inserida na agricultura.

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Para Vincent de Gournay as atividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade para o melhor

prosseguimento em seus processos produtivos, para alcançar assim uma acumulação de capitais.

O criador da teoria mais aceita na economia moderna, nesse sentido, foi sem dúvida Adam Smith, economista

escocês, que desenvolveu a teoria do liberalismo, apontando como as nações iriam prosperar. Nela ele confrontou

as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando que a desejada prosperidade econômica e a acumulação de riquezas

não são concebidas pela atividade rural e nem comercial. Para Smith o elemento de geração de riqueza está no

potencial de trabalho, trabalho livre sem ter, logicamente, o estado como regulador e interventor.

Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes econômicos são movidos por um impulso de

crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual,

que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares

promoveria a evolução generalizada, um equilibrio perfeito.

As ideias eram claras no liberalismo econômico, defendiam a livre concorrência, a lei da oferta e procura. Sem

contar que foram os primeiros a trabalhar economia com ciencias, fisica, biologia, matematica e principalmente o

iluminismo, os principios e ideias vieram de Adam Smith e François Quesnay.

Adam Smith

Adam Smith (provavelmente Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um filósofo

e economista escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de

"Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua

sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das

nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente)[2] pelo seu

próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do

cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção

governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das

mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os

competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase

de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse

egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o

bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria

descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e

financistas), pois queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.

François Quesnay

François Quesnay (Méré, 4 de Junho de 1694 — Paris, 16 de Dezembro de 1774) foi um economista francês que

se destacou como principal figura da escola dos fisiocratas.[1]

Quesnay viveu em 1758, em uma França que havia muito tempo passava pela Reforma de Colbert, evento que

marcou a unificação das cinco regiões que então passaram a formar o Estado francês; nesta época, aquele país já

estava há duzentos anos de luta contra a rival Inglaterra, país esse que estava em pleno processo de Revolução

Industrial.

Quesnay era filho de agricultores e, devido à situação em que viveu, sendo fruto de sua época, era adepto da

Fisiocracia, ou seja, destaca a agricultura como sendo a fonte de riquezas da nação, conceito contrário ao

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Mercantilismo inglês que primava pelo desenvolvimento da indústria e do comércio exterior. Como a França

estava atrasada em relação à Inglaterra, sem possuir forte indústria, comércio exterior desenvolvido e uma frota

marítima competitiva, o jeito era estruturar o Estado francês na agricultura. Surge então um modelo de fluxos que

aponta a realidade através de um sistema que detinha as classes: produtiva, proprietária e estéril. Ressaltamos que

esse sistema era apenas um modelo, uma simplificação da realidade; o próprio Quesnay afirmava que, alterando-

se as quantidades, e os preços deixando de ser constantes, quebrava-se o fluxo circular (o que ocorre atualmente

com as ofertas e demandas, por exemplo). Como toda riqueza provém da terra, a segurança sobre a propriedade é

fundamental

ECONOMIA POLÍTICA INGLESA

Enquanto Adam Smith enfatizou a produção de renda, David Ricardo na sua distribuição entre proprietários de

terras, trabalhadores e capitalistas. Ricardo enxergou um conflito inerente entre proprietários de terras e

capitalistas. Ele propôs que o crescimento da população e do capital, ao pressionar um suprimento fixo de terras,

eleva os aluguéis e deprime os salários e os lucros.

Thomas Robert Malthus usou a ideia dos retornos decrescentes para explicar as baixa condições de vida na

Inglaterra. De acordo com ele, a população tendia a crescer geometricamente sobrecarregando a produção de

alimentos, que cresceria aritmeticamente. A pressão que uma população crescente exerceria sobre um estoque

fixo de terras significa produtividade decrescente do trabalho, uma vez que terras cada vez menos produtivas

seriam incorporadas à atividade agrícola para suprir a demanda. O resultado seria salários cronicamente baixos,

que impediriam que o padrão de vida da maioria da população se elevasse acima do nível de subsistência.

Malthus também questionou a automaticidade da economia de mercado para produzir o pleno emprego. Ele

culpou a tendência da economia de limitar o gasto por causa do excesso de poupança pelo desemprego, um tema

que ficou esquecido por muitos anos até que John Maynard Keynes a reviveu nos anos 1930.

No final da tradição clássica, John Stuart Mill divergiu dos autores anteriores quanto a inevitabilidade da

distribuição de renda pelos mecanismos de mercado. Mill apontou uma diferença dois papéis do mercado:

alocação de recursos e distribuição de renda. O mercado pode ser eficiente na alocação de recursos mas não na

distribuição de renda, ele escreveu, de forma que seria necessário que a sociedade intervenha.

A teoria do valor foi importante na teoria clássica. Smith escreveu que "o preço real de qualquer coisa… é o

esforço e o trabalho de adquiri-la" o que é influenciado pela sua escassez. Smith dizia que os aluguéis e os

salários também entravam na composição do preço de uma mercadoria. Outros economistas clássicos

apresentaram variações das ideias de Smith, chamada 'Teoria do valor-trabalho'. Economistas clássicos se

focaram na tendência do mercado de atingir o equilíbrio no longo prazo.podendo-se dizer que a segurança

sustenta o sistema. Deve haver segurança jurídica para os proprietários, para que não mudem radicalmente o

sistema de cuja riqueza os camponeses são os geradores.

SOCIALISMO UTÓPICO

No século XIX, diferentes pensadores tentaram refletir sobre os problemas causados pelas sociedades capitalistas

em desenvolvimento. Ainda fortemente calcados nas ideias do pensamento iluminista, esses pensadores

continuaram a buscar no racionalismo a saída para as contradições geradas no interior do pensamento capitalista.

No entanto, esses não faziam uma crítica radical ao capitalismo, pois ainda defendiam a manutenção de suas

práticas mais elementares.

Chamados de socialistas utópicos, esses pensadores deram os primeiros passos no desenvolvimento das teorias

socialistas. Os seus principais representantes são Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier. Entre eles,

podemos perceber claramente a construção de uma sociedade ideal, onde se defendia a possibilidade de criação de

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uma organização onde as classes sociais vivessem em harmonia ao buscarem interesses comuns que estivessem

acima da exploração ou da busca incessante pelo lucro.

O industriário britânico Robert Owen (1771 – 1858) acreditava que o caráter humano era fruto das condições do

local em que ele se formava. Por isso, defendeu que a adoção de práticas sociais que primassem pela felicidade,

harmonia e cooperação poderiam superar os problemas causados pela economia capitalista. Seguindo seus

próprios princípios, Owen reduziu a jornada de trabalho de seus operários e defendeu a melhoria de suas

condições de moradia e educação.

Charles Fourier (1772 – 1837) criticou ferrenhamente a sociedade burguesa. Em seus escritos, defendeu uma

sociedade sustentada por ações cooperativas. Nelas, o talento e o prazer individual possibilitariam uma sociedade

mais próspera. A sociedade burguesa, marcada pela repetição e a especialidade do trabalho operário, estava contra

este tipo de sociedade ideal. Além disso, Fourier era favorável ao fim das distinções que diferenciavam os papéis

assumidos entre homens e mulheres.

Por meio do cooperativismo, do prazer e das liberdades de escolha a sociedade iria criar condições para o alcance

do socialismo. Nesse estágio, a comunhão entre os indivíduos seria vivida de maneira plena. Sem almejar a

distinção ou a disputa, as famílias de trabalhadores viveriam nos falanstérios, edifícios abrigados por 1800

pessoas vivendo em plena alegria e cooperação.

Saint-Simon (1760 – 1825), acreditava que uma sociedade dividia-se entre os produtores e ociosos. Por isso,

defendeu outra sociedade onde a oposição entre operários e industriais deveria ser reconfigurada. Para isso, ele

pregava a manutenção dos privilégios e do lucro dos industriais, desde que os mesmos assumissem os impactos

sociais causados pela prosperidade. Dessa forma, ele acreditava que no cumprimento da sua responsabilidade

social, o industriário poderia equilibrar os interesses sociais.

Levantando determinados pressupostos, os socialistas utópicos sofreram a crítica dos socialistas científicos. Para

os últimos, o socialismo utópico projetava uma sociedade sem antes devidamente avaliar as condições mais

enraizadas que constituíam o capitalismo. Com isso, os socialistas ambicionavam definir a natureza do homem e,

a partir disso, indicar o caminho entre a harmonia e os interesses individuais.

SOCIALISMO CIENTÍFICO

O Socialismo científico foi criado por Karl Marx (1818 - 1883) e Friedrich Engels (1820 - 1895), quando estes

desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do próprio capitalismo, em reação

contrária as ideias espiritualistas e cientificas.

Ao contrário dos utópicos, Karl Marx e Engels não se preocuparam em pensar como seria uma sociedade ideal.

Preocuparam-se, em primeiro lugar, em compreender a dinâmica do capitalismo e para tal estudaram a fundo suas

origens, a acumulação prévia de capital, a consolidação da produção capitalista e, mais importante, suas

contradições. Perceberam que o capitalismo seria, inevitavelmente, superado e destruído. E, para eles, isso

ocorreria na medida em que, na sua dinâmica evolutiva, o capitalismo, necessariamente, geraria os elementos que

acabariam por destruí-lo e que determinariam sua superação. Entenderam, ainda, que a classe trabalhadora agora

completamente expropriada dos meios de subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica e entender-se

como uma classe revolucionária, teria um papel decisivo na destruição da ordem capitalista e burguesa.

Marx e Engels afirmaram, também, que o socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária,

para se alcançar a sociedade comunista. Esta representaria o momento máximo da evolução histórica do homem,

momento em que a sociedade já não mais estaria dividida em classes, não haveria a propriedade privada e o

Estado, entendido como um instrumento da classe dominante, uma vez que no comunismo não existiriam classes

sociais. Chegar-se-ai portanto, à mais completa igualdade entre os homens. Para eles isso não era um sonho, mas,

uma realidade concreta e inevitável. Para se alcançar tais objetivos o primeiro passo seria a organização da classe

trabalhadora.

A teoria marxista, expressa em dezenas de obras, foi claramente apresentada no pequeno livro publicado em

1848, O Manifesto Comunista. Posteriormente, a partir de 1867, foi publicada a obra básica para o entendimento

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do pensamento marxista: O Capital, de autoria de Marx. Os demais volumes, graças ao esforço de Engels, foram

publicados após a morte de Marx.

Os princípios básicos que fundamentam o socialismo marxista podem ser sintetizados em quatro teorias centrais:

A teoria da mais-valia, onde se demonstra a maneira pela qual o trabalhador é explorado na produção capitalista;

A teoria do materialismo histórico, onde se evidencia que os acontecimentos históricos são determinados pelas

condições materiais (econômicas) da sociedade;

A teoria da luta de classes, onde se afirma que a história da sociedade humana é a história da luta de classes, ou

do conflito permanente entre exploradores e explorados;

A teoria do materialismo dialético, onde se pode perceber o método utilizado por Marx e Engels para

compreender a dinâmica das transformações históricas. Assim como, por exemplo, a morte é a negação da vida e

está contida na própria vida, toda formação social (escravismo, feudalismo, capitalismo) encerra em si os germes

de sua própria destruição.

-O MUNDO VITORIANO E O SUBMUNDO DA ECONOMIA

• O capitalismo, diferente do que previra Marx, não morreu. Isto decorreu devido:

- A melhoria das condições de vida da classe operária (esta se ―aburguesou‖) que não estava mais em um estado

de insatisfação;

- Diminuição da ―mais-valia‖, pois o tempo de trabalho, paulatinamente, estava diminuindo e, apesar de aumentar

os custos de produção, aumentava a produtividade;

• Assim, o mundo parecia ter tomado um rumo diferente do previsto por Marx, assim como a Economia, que

passou de uma análise macroscópica e filosófica, para uma análise microscópica e menos reflexiva acerca de

―para onde ou como estamos indo‖;

• Uma obra muito importante neste período foi a Psicologia Matemática que simplifica o ser humano como uma

―máquina de prazer‖.- Explica a sociedade através de fórmulas matemáticas e uma teoria que coloca as reuniões

de pessoas em prol de um bem comum e algo que distorce o natural das coisas;- Entretanto, estas organizações

acabavam prejudicando os indivíduos que, em um primeiro momento, pareciam ter obtido vantagens;- Sobre a

desigualdade social e econômica: algumas máquinas eram melhores do que outras e isto equilibrava a

desigualdade;

• Cabe lembrar, porém, que as teorias que matematizavam a sociedade, em sua maioria, pautavam-se em meras

hipóteses convenientes, e não em observações da sociedade;

• O Submundo da Economia: campo fértil das idéias vigentes e aceitas (ex: de Smith e de Ricardo). Onde

pensadores e filósofos como Marx, Malthus, deixaram suas idéias;

• Bastiat (1801 – 1850) foi um homem importante deste grupo:- Criticava abusos econômicos (como tarifas em

prol do bem individual) e o socialismo, buscando um pleno Liberalismo;- Das suas críticas, surgiram perguntas

que, os modelos propostos por Mill, Smith e outros autores ―da superfície‖ não abordavam diretamente;

• Outro personagem deste grupo foi Henry George (1879), que:- Analisou a sociedade em uma perspectiva

próxima a de Ricardo tentando achar a origem da pobreza e solucioná-la. Porém, para George,

―a injustiça de renda tirava o lucro honesto do capitalista e pesava sobre os trabalhadores‖

;- Assim, concluiu que a renda levava a especulação desenfreada sobre o valor da terra e provocaria a queda dos

remanescentes de preços;- Com base nisso, encontrou a solução: um imposto pesado sobre a terra, para absorver

toda a renda. Ele ―aumentaria os salários, os lucros do capital, eliminaria a pobreza, proporcionaria empregos,

daria liberdade aos desejos humanos, purificaria o governo e levaria a civilização a realizações mais nobres‖

;- Tese ingênua, visto que, apesar da especulação desenfreada causar problemas, verificava-se o mesmo em países

onde valores imobiliários estavam em recesso

- Por outro lado, a tese levanta um ponto delicado: ―Por que deve existir renda?‖ ou ―Por que um homem deve se

beneficiar apenas com a propriedade, sem prestar à comunidade nenhum serviço?‖ ou mesmo ―Os lucros do

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capitalismo podem ser justificados como prêmio à sua capacidade e visão, mas onde está a visão de alguém cujo

avô possuía um pasto no qual a sociedade, duas gerações depois, possa vir a construir um arranha-céu?‖;- A

pergunta não permite uma fácil condenação da renda, pois a valorização que enriquece um proprietário possibilita

um benefício social. Logo, a visão era, de certa forma, mais calamitosa que a realidade;- A tese foi polêmica,

sendo alvo de crítica de economistas e de membros da Igreja;

• Outro membro do grupo foi John A. Hobson

- Criticou o imperialismo e cogitou a hipótese deste ser a evolução natural do capitalismo, o que, por sua vez,

resultaria em guerras pela divisão do mundo;- Junto com Mummery, escreveu

A Fisiologia da Indústria expondo sua teoria deque ―a economia poderia minar a prosperidade‖ – isto é, o

acúmulo de capital poderia levar ao desemprego – com isso, foi excluída do mundo da economia, voltando-se à

crítica social, principalmente sobre a África;- Na África, encontrou solo para fundamentar a tese defendida em

sua obra com Mummery: ―a teoria da economia excessiva‖;- Em 1902, publicou o Imperialismo criticando

fortemente o sistema de lucro. Segundo ele, o capitalismo poderia destruir até mesmo o mundo, visto que, para

aplicar a política imperialista, inevitavelmente, haveria o risco de guerras;- Essa teoria dizia que:1. A grande

desigualdade social provocaria acúmulo e excesso de produtos no mercado, devido à indisposição de absorvê-los

(os pobres por motivos materiais e os ricos por motivos físicos);2. Haveria um grande acúmulo de dinheiro para

os ricos. Porém, com a saturação do mercado, seria improdutível e inviável investir-se em novas indústrias sendo

preciso escoar esse capital para o estrangeiro, expandir mercados para acabar com a saturação;. Embora cogitada

a guerra, havia certa esperança de que o mundo sofresse uma divisão pacífica, e que o caráter inexorável de

guerras e revoluções foi elaborado pelos marxistas, que colocavam o capitalismo como o sistema predador;- O

Imperialismo sempre envolve o fator ―lucro‖;- O capitalismo poderia levar o mundo a guerras envolvendo a posse

por colônias

- Os marxistas viam o imperialismo como inseparável do capitalismo, considerando qualquer ação envolvendo

capitais no exterior como sendo imperialistas (o que não se aplicaria, por exemplo, no plano Marshall e foi assim,

devido ao caráter e objetivo político deste plano econômico);- Destacam-se as mudanças sofridas pelo mundo, e a

diminuição do imperialismo em face do ―amadurecimento‖ social do mundo. O imperialismo feriu, no seu

processo, a dignidade de outros povos. É por isso que, hoje, ocorre a mudança na forma de relações :nações ricas

na defensiva, e nações pobres revoltadas e ofensivas quanto às injustiças;

• Nenhum economista preparou o mundo para as reviravoltas do século XX e isto tornou o ―cataclismo do século

XX‖ uma coisa inesperada e ainda mais devastadora.