A autonomia na teoria do reconhecimento de Axel HonnethRESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Cleverson Gomes Alves

E-MAIL:106256@upf.br

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Pibic CNPq

CO-AUTORES:Angelo Cenci

ORIENTADOR:Angelo Cenci

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:7.08.00.00-6 ¿ Educação

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:Axel Honneth, autor vinculado à teoria critica da sociedade, procura desenvolver um projeto teórico social que, traz à tona opotencial teórico¿conceitual do reconhecimento como estrutura intersubjetiva. Com base no marco de uma teoria doreconhecimento intersubjetivo introduz o conceito de autonomia como uma forma de experiência de afirmação positiva daidentidade individual, resultando na formação de uma experiência bem sucedida de autorrelação prática nos âmbito pessoale coletivo. A teoria do reconhecimento visa explicar a formação da identidade dos indivíduos e a possibilidade destesexperienciarem um tipo de relação íntegra consigo mesmos. A dinâmica social do reconhecimento é pensada em umcontexto de relação social, fazendo parte dela uma concepção formal de eticidade. A presente investigação tem por objetivoevevidenciar o conceito de autonomia, elementar para a ideia de uma sociedade autônoma e para a autorrealizaçãohumana concretizadas mediante relações dereconhecimento.

METODOLOGIA:A metodologia usada tem por base a sistematização de leituras e a interpretação de textos visando reconstruir osargumentos do autor na sua abordagem sobre o conceito de autonomia. Desse modo, a pesquisa vale-se do procedimentoanalítico-reconstrutivo, pois visa a reconstrução e análise dos argumentos do autor na sua abordagem sobre o conceito deautonomia, presente especialmente em duas de suas obras, a saber, Luta por reconhecimento e Crítica del agravio moral.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:A autonomia tratada por Honneth configura-se como parte constituidora de um ser autônomo e individuado. Todavia, esteprocesso se desenvolve de maneira intersubjetiva, mediante relações de reconhecimento sempre na perspectiva de umasegunda pessoa. O contexto das formas de reconhecimento permite analisar de maneira produtiva a infraestrutura moral esocial das interações, uma vez que elas podem vincular modos de afirmação positiva da autonomia, como a autoconfiança,o autorrespeito e autoestima, e que se constituem em maneiras de se relacionar consigo mesmo e com os outros. Àexperiência de autorrelação positiva está associada uma concepção formal de eticidade, onde tal conceito refere-se àscondições intersubjetivas de autorrealização individual como pressuposto normativo. Nesse sentido, a teoria de Honnethvisa compreender a evolução moral da sociedade, ao mesmo tempo em que é crítico- normativo porque fornecer umpadrão - a eticidade ¿ para identificar as patologias sociais e avaliar os movimentos sociais. A eticidade, portanto, envolve éo conjunto de práticas e valores, vínculos éticos e instituições que formam a estrutura intersubjetiva do reconhecimentorecíproco. Por meio de um conceito renovado de vida boa, há o esforço do autor em conciliar entre liberdade individual evalores comunitários. Esse conceito formal de eticidade visa ser uma ampliação da moralidade, integrando tanto auniversalidade do reconhecimento jurídico¿moral da autonomia individual, como a particularidade do reconhecimento éticoda autorrealização. Na sociedade atual o indivíduo tem de encontrar reconhecimento tanto com sujeito autônomo livre,quanto como sujeito membro de modos de vida culturais específicos. Todavia, essa concepção formal de eticidade ficasempre limitada pelas situações históricas concretas.

CONCLUSÃO:Para Honneth a autonomia ocorre mediante uma forma de autorrealização humana completa. Para tal é nas experiênciasde reconhecimento recíproco que o sujeito pode desenvolver uma relação positiva consigo mesmo, resultando em umindivíduo autônomo e individualizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:HONNETH. Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. 2 ed. São Paulo: Ed. 34, 2009.HONNETH, Axel. Crítica Del agravio moral: patologias de La sociedad contemporânea. Buenos Aires: Fondo de culturaEconómica, 2009.

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