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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação: Ana Paula Costa.

Edição Abril/2008.

Transcrição: Eliane Condinho Vieira

Copidesque: Jussara Fonseca

Revisão: Adriana Santos

Capa e Diagramação: Luciano Buchacra.

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Introdução

no pensamento de muitas pessoas, a palavra “cristão”

é mal compreendida. Para elas, “cristão” significa ape-

nas “aquele que é da religião de Cristo”, ou que “professa o

cristianismo”. Entretanto, essa palavra tem um significado

bem mais amplo e profundo do que apenas ser da religião

de Cristo. A palavra “cristão” significa “semelhante a Cristo”.

A palavra “cristão”, no sentido genuíno, não tem outra

conotação que esta verdade: “semelhante a Cristo”, “da mes-

ma natureza do Senhor”, “igual a Ele”. Ela não significa sim-

plesmente “aquele é um seguidor dos ensinos de Jesus, ou

ele é um seguidor das doutrinas do Senhor”.

Ser um cristão traz entre outras coisas a compreensão

que sobre a Terra não existem milhares de religiões. As pes-

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soas freqüentemente dizem que existem milhares de religi-

ões. Entretanto, diante dos olhos de Deus só existem dois

tipos de religião: a religião que segue os planos de Deus, e

a outra, que segue os planos dos homens. Estive na Índia

e dizem que lá tem mais de trinta milhões de deuses e mi-

lhões de religiões. Os homens podem até pensar assim, mas

diante de Deus não existem milhões de religiões. Aos olhos

dele só existe luz e trevas.

“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando,

como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados,

de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor,

o Espírito.” (2 Coríntios 3.18).

Esta é uma mensagem que não exclui ninguém. O pró-

prio texto que Paulo cita deixa claro “E todos nós...” Ela é per-

tinente ao momento em que estamos vivendo, a esse tem-

po, mas acima de tudo ao grito do nosso coração.

Oração

“Senhor que a sua glória continue transformando a mi-

nha vida e a vida de cada leitor de glória em glória, segundo

a sua própria imagem. Senhor, conceda-nos graça, sabedoria

e unção para compreendermos a sua Palavra. Em nome do seu

Filho amado, Jesus, amém”.

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Capítulo 1 À Imagem do

Senhor

esta é uma mensagem que fala do poder do Senhor para

transformar e mudar vidas. Nós precisamos perceber de

modo profundo e completo que precisamos ser transforma-

dos de glória em glória, à imagem do Senhor.

“Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e

deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio

do Senhor. Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor

de ovelhas, e Caim, lavrador. Aconteceu que no fim de uns tem-

pos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel,

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por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura

deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo

que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, so-

bremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o

Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblan-

te? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, toda-

via, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo

será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Disse Caim a Abel,

seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu

que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou. Disse o

Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não

sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: Que fizeste?

A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim. És agora,

pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber

de tuas mãos o sangue de teu irmão. Quando lavrares o solo,

não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela terra.

Então, disse Caim ao Senhor: É tamanho o meu castigo, que já

não posso suportá-lo. Eis que hoje me lanças da face da terra,

e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante

pela terra; quem comigo se encontrar me matará. O Senhor,

porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vinga-

do sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em Caim para que o não

ferisse de morte quem quer que o encontrasse. Retirou-se Caim

da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente

do Éden. E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu

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à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Eno-

que, o nome de seu filho.” (Gênesis 4.1-17).

Há uma frase que gosto muito de citá-la e, mas que re-

flete uma grande verdade em nossa vida: “Como se termina

é que conta”. Em tudo na nossa vida, sempre precisamos

entender isto: “é como se termina é que conta”. Existem pes-

soas que começam tão bem, mas quando terminam, termi-

nam muito mal. Porém, existem pessoas que começam tão

mal que parece que nunca darão certo, mas quando che-

gam ao seu final, terminam de maneira gloriosa!

Os pais de Caim viveram no jardim do Éden. Adão e Eva

tiveram a ventura de, na viração do dia, passearem com

Deus. O pai de Caim foi um homem sábio. Deus lhe deu o

privilégio de dar nome a todos os animais, e a todas as árvo-

res, e a todas as flores, e a todos os arbustos. A capacidade

da inteligência de Adão era tremenda!

Os pais de Caim viveram no Jardim. Entretanto, eles não

estavam vivendo mais no Jardim, haviam sido lançados para

fora dele. Por qual motivo? Desobediência! Essa foi a causa

do pecado de Adão. Até hoje se tem uma idéia equivocada

do pecado de Adão. Diz-se que ele comera o fruto proibido,

e que esse fruto era uma maçã. Não pense que o pecado de

Adão e Eva foi o pecado da maçã. A Bíblia não fala de maçã.

O pecado deles foi a desobediência, foi a rebelião deles con-

tra Deus. Pela desobediência, eles voltaram as costas para

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Deus. Era como se dissessem: “Deus não precisamos mais de

ti.”

Ao pecar, o homem quebrou a comunhão que tinha

com Deus e começou a se deteriorar e, em razão disso, ele

foi expulso do Jardim. Ele não poderia mais voltar para ali.

Para tornar aquele local impenetrável, Deus colocou uma

espada flamejante para que o homem não entrasse mais

ali. Todo um processo de degradação, em razão do pecado,

começou a ferir a terra. A terra produziria espinhos e abro-

lhos. O homem experimentaria a morte, e a miséria tomaria

conta da vida dele. As mulheres dariam a luz a seus filhos, a

partir de então, com dores. A morte seria realmente inimiga

do homem, pois o destruiria. Por causa disso, Deus disse ao

homem: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes

à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó torna-

rás.” (Gênesis 3.19).

Mas o homem, mesmo fora do Jardim, fora criado por

Deus e para Deus. O homem não pode viver sem Deus e, por

isso, ele busca agradar a Deus. E, nessa busca para agradar a

Deus, o que fizeram Caim e Abel? Eles foram oferecer ofertas

de sacrifícios a Deus. No jardim do Éden, Deus havia esta-

belecido uma única maneira pela qual o homem poderia se

achegar a Ele, isso se daria pelo derramamento de sangue.

Quando Adão e Eva pecaram, ainda no jardim, a primeira

coisa que lhe aconteceu foi que seus olhos se abriram, e eles

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viram a própria nudez. Então, eles correram e fizeram cintas

com folhas de figueira e tamparam a sua nudez.

De repente, a voz do Senhor ecoou pelo Jardim dizendo:

“Adão onde estás? Não era que Deus não estivesse vendo

Adão escondido atrás de uma árvore, mas Deus queria que

o próprio Adão aparecesse diante Dele dizendo: “Pai, eu es-

tou aqui. Eu pequei, Senhor. Deus eu errei.” Mas o que o ho-

mem tentou fazer? Ele tentou cobrir o seu pecado pelo seu

próprio esforço, cobrindo-se com folhas de figueira. Deus

confronta o homem e lhe manda tirar aquela cinta de folhas

de figueiras e, Ele mesmo toma um animal e, pela primeira

vez, o jardim do Éden é salpicado de sangue. O sangue de

um animal é derramado, e a pele é tirada pelo próprio Deus

que faz roupas para o homem e o cobre, cobrindo assim o

pecado do homem com a pele de animais.

Foi ali, nesse momento que Deus estabelecia um pro-

cesso, quando aquele animal foi morto no jardim do Éden.

Aquele sangue derramado era apenas uma figura do san-

gue de Jesus Cristo que seria derramado na cruz do Calvário

em nosso lugar. Deus havia estabelecido uma única maneira

por meio da qual o homem poderia achegar-se a Ele. A Bí-

blia diz que o Senhor nos abriu um novo caminho, e este

caminho seria pelo seu sangue. Ninguém pode aproximar-

se de Deus a não ser pelo sangue do Senhor Jesus.

Como dissemos antes, existem apenas dois tipos de re-

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ligiões no mundo: a religião segundo os planos de Deus e

a religião segundo os planos dos homens. Mas lá estavam

Caim e Abel com suas ofertas para Deus, querendo agradá-

lo. A Bíblia diz que Caim era lavrador. Abel era pastor de ove-

lhas. Caim queria agradar a Deus e trouxe da terra o esforço

de suas mãos. Imagine sobre o altar os legumes e frutas:

abóbora, abacate, abacaxi, melancia, abobrinha, alface, tâ-

maras, bananas, cenouras, enfim, aquele monte ali em cima

do altar. Do outro lado nós encontramos Abel. Abel trouxe

apenas uma ovelha, mas a primícia delas, e da gordura do

rebanho, ou seja, pegou a primeira a mais bonita e a mais

gorda e a colocou sobre o altar. O sangue é derramado e o

fogo é colocado. Ambos geram fumaça, mas a fumaça do

sacrifício de Abel sobe e Deus se agrada desse sacrifício. Po-

rém, a fumaça do sacrifício de Caim não sobe, e Deus não se

agradou desse sacrifício.

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Capítulo 3 doIS SaCrIfíCIoS

dIferenteS

deus não se agradou do sacrifício de Caim por quê? Por-

que Caim não fez o que Deus havia mandado fazer.

Caim fez pela própria iniciativa. Ele dizia consigo: “eu posso

fazer por mim mesmo, e posso agradar a Deus do meu jeito.

Eu não preciso fazer como meu irmão que derramou san-

gue! Isso é repulsivo demais.” Entretanto, Deus havia estabe-

lecido que fosse assim. A iniciativa própria é uma desgraça,

ou seja, ela gera morte. Por causa disso, a quarta parte da

população da Terra morreu em função da iniciativa própria.

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Até então, existiam apenas quatro pessoas sobre a Terra:

Adão, Eva, Caim e Abel.

A Bíblia diz que “Há caminho que ao homem parece direi-

to, mas ao cabo dá em caminhos de morte.” (Provérbios 14.12).

No livro de Isaías 55.8-9 diz: “Porque os meus pensamentos

não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os

meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são

mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais

altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais

altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55.8-9).

A única pessoa que podia ter iniciativa própria para fa-

zer as coisas era Jesus. Mas durante os trinta e três anos que

Ele viveu aqui entre nós, Ele não exerceu o seu direito de

ter iniciativa própria, ou seja, tudo que Jesus fez, cada pala-

vra que proferiu, Ele agiu na dependência do Pai. Ele disse:

“nada faço por mim mesmo.” (João 8.28). A dependência de

Jesus em Deus era absoluta.

“Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo

que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aqui-

lo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho tam-

bém semelhantemente o faz.” (João 5.19).

“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que

ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha

própria vontade, e sim a daquele que me enviou.” (João 5.30).

Totalmente diferente de Caim, que disse: “Eu vou fazer

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por mim mesmo, eu vou fazer do meu jeito, porque assim

é que eu sei fazer.” Deus havia estabelecido a maneira cor-

reta de se fazer o sacrifício. Quando fazemos do nosso jeito,

confundimos tudo. A Palavra de Deus é clara quando nos

mostra as atitudes que Jesus teve em relação a fazer do jei-

to do Pai, e não da maneira como Ele poderia querer. Jesus

obedeceu perfeitamente:

“Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; por-

que as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse,

essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai

me enviou.” (João 5.36).

“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu

só, porém eu e aquele que me enviou.” (João 8.16).

“Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos jul-

gar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que

as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo.” (João

8.26).

“Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fa-

zeis o que vistes em vosso pai.” (João 8.38).

“Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai,

que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anun-

ciar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas,

pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim falo.” (João

12.49-50).

“Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As

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palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o

Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.” (João 14.10).

“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que

faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque

tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”

(João 15.15).

“Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, por-

quanto não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viera,

nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não

têm desculpa do seu pecado. Quem me odeia, odeia também a

meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais ne-

nhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente

têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu

Pai.” (João 15.21-24).

“Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me con-

fiaste para fazer.” (João 17.4).

Ao contrário de Jesus, Caim fez tudo por conta própria.

Caim representa para nós o nosso velho homem, ou seja, a

pessoa que não é convertida. E a característica dela é sem-

pre esta: “Eu faço o que eu quero e o que acho certo. Eu não

preciso obedecer a ninguém, eu sou livre para fazer o que

eu quiser.” Realmente, todos nós, sejamos cristãos ou não,

somos livres. Todos temos o livre arbítrio, mas algo que você

precisa ter é o entendimento de que para se achegar a Deus,

Ele estabeleceu uma única maneira. E esta maneira é me-

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diante o sangue de Jesus. No Antigo Testamento o sangue

representava a morte do Senhor Jesus, e eles olhavam para

o sacrifício que seria realizado como nós, hoje, olhamos para

um sacrifício que já aconteceu, há mais de dois mil anos.

Caim é o símbolo da iniciativa própria. Deus estabelece-

ra que seria pelo sangue. Caim queria chegar até Deus com

legumes, verduras, arroz e feijão. É como trabalhar na obra

na casa do Senhor. As pessoas que trabalham precisam ser

mais facilmente identificadas, por isso nós colocamos a re-

gra de que elas precisam usar uniforme, isso é para trazer

ordem ao trabalho. Mas alguém diz: “Não, eu não vou usar

uniforme, isso é caretice demais”. Pode até ser caretice, mas

não é do jeito que ele quer, mas do jeito que foi estabeleci-

do. Regras foram feitas para serem cumpridas. Deus estabe-

leceu regras. E elas devem ser cumpridas.

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Capítulo 4 CompetIção

Interessante é que nós aprendemos algo com Caim. No

pensamento de Caim é que havia uma competição entre

ele e seu irmão. Ele não queria ser o segundo na aceitação

de Deus. Na realidade, ele estava competindo com seu ir-

mão. Ele dizia: “Eu vou fazer o meu altar do meu jeito, e vou

chegar até Deus da minha maneira.” Meditando nesse assun-

to, imagino até Abel se aproximando dele e falando: “Caim,

não é este o caminho. Caim, não vá por esse caminho. Deus

não vai se agradar de você. Deixe disso, Caim, você sabe que

não é assim.” Mas o orgulho fazia ele bater no peito e dizer:

“Eu sei o que estou fazendo.” Que mistura fatal!

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Primeiro Caim quer fazer do jeito dele. Segundo, o or-

gulho enche o seu coração. Essa é uma mistura fatal. Quan-

tas vezes já vimos essa cena acontecer tão próxima a nós?

Isso é uma desgraça, ou seja, é o caminho da perdição, da

morte, da destruição. É isso que destrói casamentos, destrói

igrejas, destrói amizades. É isso que faz tantas pessoas que

começaram tão bem, terminarem tão mal. Quando o orgu-

lho, a empáfia, a soberba enche o coração de uma pessoa,

ela começa a dizer: “Eu posso fazer por mim mesmo, eu sei o

que é melhor para mim.” A partir daí, ela começa a desprezar,

exatamente, a ordem do Senhor.

Nós vivemos em um mundo cheio de competições. O

homem está sempre competindo com o outro. Somos todos

afetados por esse espírito de competição. As pessoas vivem

se comparando com as outras. Não querem perder de ma-

neira alguma, nem que para isso precisem passar por cima

de tudo e de todos.

Eu me lembro de uma história sobre uma pessoa que

ficava competindo com a sua vizinha. Certo dia, ela viu che-

gar à casa da vizinha um fogão novinho. E ela não sossegou

até comprar um fogão igual. Tempos depois, ela viu entre-

garem uma geladeira na casa da vizinha. Ela não sossegou

enquanto não comprou uma geladeira igual. Era assim, ela

ficava olhando para a vizinha. Outro dia, ela viu que a vizi-

nha havia comprado uma televisão muito grande. Ela não

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tinha mais dinheiro para comprar a TV, então ela comprou

uma antena igual e instalou de modo que ela ficasse do lado

de fora mostrando a antena. A competição é assim. Temos

que ter igual, ou melhor, mas nunca deixar que o outro te-

nha mais.

A competição destrói. A única pessoa com a qual te-

mos de competir é conosco mesmo, ou seja, sermos mais

humildes, termos mais amor, sermos mais fiéis, mas nunca

competir com outras pessoas. Infelizmente, hoje, existem

até igrejas que ficam competindo entre si. A minha igreja

é a melhor, venha para cá. Competição! Isso é carnalidade,

e Caim é um símbolo da carnalidade. A Bíblia diz que a car-

ne para nada aproveita, ou seja, faz parte da nossa natureza

caída.

“Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta:

que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era

do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou?

Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” (1

João 3.11-12).

Como? Trazer um cordeirinho? Isso é ser justo? E Caim

que trouxe todas as verduras e frutas? Entretanto, Caim fez

tudo aquilo com a melhor das intenções. Ele dizia: “Eu vou

agradar a Deus, eu vou trazer o melhor da terra.” Mas Deus

disse para Caim: “Caim, não é desta maneira.” Abel trouxe

uma ovelha, era apenas uma ovelha, mas Deus diz que essa

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oferta foi uma oferta justa, porque ela foi feita segundo a

ordem de Deus.

Quando lemos: “Porque a mensagem que ouvistes des-

de o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não

segundo Caim, que era do Maligno.” A pessoa que tem ini-

ciativa própria para se achegar até Deus, é do Maligno. Ela é

uma pessoa que quer criar o seu próprio sistema, o seu pró-

prio modo para chegar até Deus. E Ele já estabeleceu a regra.

Neste texto da Palavra de Deus diz que Caim era “do Maligno

e assassinou o seu irmão; e por que o assassinou? Porque as

suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” Quando a

fumaça subiu e Deus aspirou aquela oferta, naquele mesmo

instante, a bênção cobriu completamente Abel. O rosto de

Abel, imagino, brilhava, havia gozo, havia alegria, havia júbi-

lo, havia realização, havia vitória, havia paz inominável.

Mas, o que aconteceu com Caim? Caim estava ali, irado,

cheio de raiva, bravo. Por quê? Porque Deus não se agradara

dele. O seu coração ficou cheio de ira. Foi por isso que ele foi

chamado “do maligno” e acabou por assassinar seu irmão.

Quando olhamos as obras que Caim fez, a intenção dele não

era boa? Ele não trouxe do melhor da terra? Ele não trou-

xe bananas podres para apresentar a Deus, e nem legumes

estragados, ele deve ter trazido o melhor. Penso que, com

certeza, ele agiu assim. Entretanto, Deus chamou o melhor

de Caim, que era a iniciativa própria dele, de “obras más”. Por

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causa disso, e por causa da competição, o coração dele foi

se perdendo.

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Capítulo 5 Semblante deSCaído

A Bíblia diz que “O coração alegre aformoseia o rosto,

mas com a tristeza do coração o espírito se abate.” (Provérbios

15.13). Um coração alegre é visto do lado de fora. O mesmo

acontece com quem está com o coração triste. Abel devia

estar com um semblante radiante de felicidade. Caim, con-

tudo, percebeu que a sua oferta não fora aceita e que a de

seu irmão chegara até Deus e, além disso, Abel estava feliz.

A Palavra de Deus diz que o semblante, a feição do rosto de

Caim descaiu: “Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-

lhe o semblante.” (Gênesis 4.5).

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O retrato de Caim era de uma pessoa que estava com o

coração fechado, amargurado, e irado. A raiva estava estam-

pada no rosto de Caim. O seu semblante estava fechado. Ele

pensava que receberia aplausos, e recebeu vaias. Ele pen-

sava que Deus iria aplaudi-lo, e não aplaudiu. Caim estava

ferido. Na verdade, nós não gostamos de ser confrontados,

e não gostamos que as pessoas digam: “você errou”. Quando

a gente ouve isso, fechamos a cara. Quantas vezes um ca-

samento acaba porque um dos cônjuges, com o semblante

descaído, fecha o semblante. “Então, lhe disse o Senhor: Por

que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?” (Gênesis

4.6).

Quando Deus perguntou a Caim o porquê do seu sem-

blante estar descaído, não era porque Deus não soubesse

tudo o que estava acontecendo. Mas o Senhor estava dando

uma chance a Caim para que pudesse falar com Ele. Deus

queria ouvir de Caim o que não ouvira dos seus pais no Jar-

dim: “Deus, eu fiz tudo errado. Eu tive a iniciativa própria e fiz

por mim mesmo, eu errei, Deus. Eu tomei o caminho errado,

eu errei. Não era para eu ter oferecido ao Senhor legumes,

eu deveria ter feito como o meu irmão. Perdoe-me, Senhor.”

Quando Deus lhe perguntou por que estava irado e por que

descaíra-lhe o semblante, Caim não falou nada. Ele continu-

ava com seu coração duro. A ira foi fazendo com que o seu

semblante ficasse descaído.

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Hoje, o termo usado para semblante descaído é depres-

são. Existe uma depressão patológica que pode vir por situ-

ações de um impacto muito grande na vida de uma pessoa.

A morte de um cônjuge, ou a perda de um filho, situações

como essas. Entretanto, o tipo de depressão, semblante ca-

ído, pela qual Caim estava passando era conseqüência de

pecado. A carnalidade por iniciativa própria, ou seja, “fazer o

que me dá vontade”, fazer da minha maneira. Quantas pes-

soas, hoje, vivem assim deprimidas, com o semblante desca-

ído? Já não têm um sorriso no rosto. Não têm aquela alegria,

aquele brilho nos olhos. A vida está confusa, o sentimento

de infelicidade está instalado no coração. E, lá estava Caim,

irado com seu irmão. Cheio de inveja dele e acusando-o.

A palavra “Satanás” significa “acusador dos irmãos”. Normal-

mente, toda pessoa que vive deprimida com esse tipo de de-

pressão, tem o semblante descaído. Ela sempre diz que o outro

é culpado pelo estado em que se encontra. Ele acha que não

é culpado e sempre culpa o outro. Por que Deus se agradou

dele e não de mim? Por que Deus se importa mais com ele? Por

que ele é o “xodó” de Deus e não eu? Mas, ele se esqueceu de

que foi ele que tomou esse caminho. Foi ele que não fez o que

Abel fez. Foi ele que não tomou o caminho da obediência, mas

o caminho da iniciativa própria. Já vimos aqui que Jesus Cristo

seria a única pessoa que poderia fazer tudo por si mesmo, mas

Ele escolheu fazer tudo na dependência do Pai.

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Quando se está na dependência de Deus, até para se

comprar um sapato é diferente. Jesus Cristo disse: “[...] sem

mim nada podeis fazer”. (João 15.5). Quando você começa a

ter essa dependência em Deus, ou seja, sendo guiado por

Ele, não apenas nas decisões mais importantes, mas, tam-

bém, nas pequenas, você verá que tudo será diferente. Sua

vida não será mais movida pelo seu sentimento, mas pela

vontade de Deus.

Quando a pessoa vive com o semblante descaído, ela

está sempre fatigada. Houve um momento na vida de Elias,

um profeta de Deus, em que ele agiu por iniciativa própria

e começou a entrar no buraco da depressão. Nesse momen-

to, ele começou a dizer: “Eu quero morrer, eu quero morrer.”

A diferença do desfecho da depressão de Elias e de Caim foi

ditada pela obediência. Quando Deus chamou Elias para fora,

ele foi. Caim ficou de cara fechada, Elias saiu para ouvir Deus.

Quando você olha para Jesus e vê os terríveis sofrimentos

pelos quais Ele passou, vê também que em nenhum momen-

to Jesus ficara deprimido. Jesus já foi rejeitado, mas nunca

ficou deprimido. Muitas vezes, ficou cansado, mas não depri-

mido. Muitas vezes debaixo dos ataques terríveis de Satanás,

mas em momento algum você o verá deprimido. Ficar depri-

mido nunca foi algo escrito na agenda do Senhor Jesus, em

nenhum momento de sua vida aqui na Terra. Mas a alegria é

diferente. Todos os resultados da alegria são bons.

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Capítulo 6 a Ira

existe um nível para a ira e a Bíblia diz: “Irai-vos e não pe-

queis.” (Efésios 4.26). Entretanto, a linha para o pecado na

ira é muito tênue. Quando há pecado, dizemos “irou-se so-

bremaneira”. A ira pode provocar uma força descomunal em

situações de extremo perigo. Existe uma ira que é o zelo pela

santidade de Deus. Quando Jesus chegou no templo e viu

aquelas pessoas fazendo do templo um mercado, exploran-

do a fé que as pessoas tinham, Jesus ficou irado com aquilo,

Ele disse: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu

Pai casa de negócio.” (João 2.16). Ali se encontravam explora-

dores e eles estavam explorando as pessoas que chegavam

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para ofertar a Deus. Elas tinham de trazer uma ovelha, ou

um bode, ou um cabrito, ou uma pomba e eles aproveita-

vam a situação para explorarem do povo cobrando preços

exorbitantes e fazia daquilo um meio de vida. Jesus nunca

se defendeu, mas, neste momento, estava defendendo a

santidade do Pai.

Existem momentos em que realmente nos iramos. Quan-

do você está em sua casa, assistindo televisão, com algumas

pessoas e, de repente, entra uma cena pornográfica. De so-

bressalto você toma o controle e desliga a televisão. Alguns

até se irritam com você nessa hora. “Mas por que você fez

isso?” Para zelar a santidade do nome do seu Senhor. Você

está namorando e o namorado diz: “Vamos para o motel”,

e ele tenta levar você, e você diz: “Pare o carro ou vou pular

do carro agora.” Esse zelo tem de existir. “[...] Irou-se, pois, so-

bremaneira, Caim [...]” (Gênesis 4.5). Esse tipo de ira de Caim

nada mais é do que uma obra da carne.

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição,

impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ci-

úmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices,

glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais

eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão

o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5.19-21).

A palavra “irou-se”, em uma tradução bem literal é “quei-

mou-se”. Muitas vezes, as pessoas dizem: “Não, eu sou assim

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mesmo, eu sou franco.” Na verdade, elas deveriam dizer: “eu

sou carnal.” Nunca ouvi alguém dizer: “Eu sou uma pessoa

carnal, cheia de obras da carne.” Ou “eu sou uma esposa car-

nal”, ou “sou um marido carnal”, ou “sou um filho carnal.”

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem

matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que

todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará

sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão

estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar:

Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” (Mateus 5.21-22). Por

que não gostamos de ouvir isso? Porque muitas vezes, nós

nos vemos transgredindo essa realidade.

Quando Jesus caminhava em direção à Jerusalém, Ele

passou por uma aldeia de samaritanos. Ele queria pernoitar

naquela aldeia, curar os enfermos e queria abençoar as pes-

soas, mas não o aceitaram. De repente, João, o apóstolo do

amor, voltou-se para Jesus e disse: “Senhor, queres que man-

demos descer fogo do céu para os consumir?” (Lucas 9.54).

Será que João estava falando com uma voz suave e tranqüi-

la? Nós sabemos que quando estamos irados, a nossa voz é

diferente. Nossa maneira de dialogar é totalmente contrária

à nossa maneira de comportar. Jesus voltou-se para João e

disse: “Vós não sabeis de que espírito sois.” (Lucas 9.55).

“Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, to-

davia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu de-

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sejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gênesis 4.7).

Comparando a atitude de Caim com a de Jesus, podemos

perceber a diferença entre a atitude carnal e a atitude es-

piritual. A obstinação, a teimosia e o orgulho fizeram com

que Caim resistisse, ele se recusava a admitir que estivesse

errado. Quantas vezes a teimosia acaba por ferir pessoas,

levando-as até mesmo à morte? Deus fala para Caim: “Se

procederes bem, não é certo que serás aceito?” E o que Caim

tinha de fazer? Apenas o bem, o certo. Caim deveria ter che-

gado diante de Deus e falado: “Deus eu vou varrer todas as

ofertas do meu altar. Eu fiz errado, mas agora eu quero fazer

direito. Deus eu vou trazer um cordeiro e colocá-lo sobre o

altar. O sangue será derramado. Eu vou fazer o que é certo

agora, Senhor.”

Se ele tivesse feito isso, ele não teria matado a quarta

parte da população da Terra. Ele não precisava ser essa pes-

soa fugitiva e errante pela face da Terra. Ele não precisava ser

essa pessoa maldita que foi. Mas o orgulho impediu que ele

ouvisse o que Deus disse para ele: “Se procederes bem, não

é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o

pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre

dominá-lo.” (Gênesis 4.7).

Tudo na vida é uma questão de escolha. Muitas pessoas

dizem: “Ah! Eu caí em pecado.” Caiu coisa nenhuma, você es-

colheu pecar. Muitos falam assim: “Fulano caiu em adultério.”

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Caiu nada, ele escolheu adulterar. Outro diz: “Ah! Foi a pom-

ba-gira que me levou a adulterar.” Pomba-gira não, escolha

dele. As pessoas atribuem aos demônios, coisas que são da

responsabilidade delas. “Ah! Eu fui possuído por um demô-

nio e fiz aquilo.” A Bíblia diz: “Se procederes bem, não é certo

que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado

jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-

lo.” (Gênesis 4.7). Quem vai abrir a porta? Somos nós. Nós é

que abrimos ou fechamos a porta para o pecado.

Toda desgraça que entra na vida ou na família de uma

pessoa, toda briga, toda confusão, toda discórdia, toda

morte, tudo de ruim é porque ela abriu a porta. Quando o

Senhor diz “e sobre ele dominarás”, significa que Deus é um

Deus que conhece todas as coisas. Ele sabe que você pode

fechar a porta para as tentações. Tudo na vida é uma ques-

tão de escolha. O Senhor coloca a condição: “Se, todavia,

procederes mal, eis que o pecado jaz à porta.”

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Capítulo 7 CamInho mau

Se você começar a entrar por um caminho mal, as coisas

só vão piorar. Se você começar um namoro propenso à

luxúria, vai acabar pecando mesmo. Se você, no seu serviço,

começar a falar uma mentirinha pequenininha, daqui a pou-

co você estará dando um desfalque na empresa. As coisas

começam devagar, e se a pessoa tomar um caminho mal,

ela vai chegar ao lugar errado. Por isso o Senhor diz “eis que

o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti.” Você preci-

sa ter esse entendimento. Sempre haverá alguém querendo

destruir você e a sua família. Alguém que está o tempo todo

querendo aniquilá-lo, mas você precisa sempre se lembrar

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de que o Senhor é maior que as trevas, maior que os demô-

nios e as tentações, e maior que todas as adversidades. Ele é

maior. A Palavra do Senhor afirma exatamente isso.

“Mas a ti cumpre dominá-lo.” Não transfira a sua responsa-

bilidade, a Palavra diz que é você é que tem que dominar a sua

ira. Caim estava com o seu coração cheio de ira, raiva e orgulho,

e isso fez com que ele fizesse a escolha errada. Ele tramou de

maneira covarde e mesquinha para matar o seu irmão.

“Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta:

que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era

do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou?

Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” (1

João 3.11-12). Foi Caim quem disse: “Abel, vamos até o cam-

po comigo.” Abel não tinha suspeita do irmão, por isso foi. E

diz a Palavra, que lá ele o assassinou. A ira leva ao ódio. Hoje

as pessoas assassinam de maneira fria e leviana. Elas abrem

a boca e assassinam, matam a reputação de um irmão. Ani-

quilam com a sua honra.

“Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós

sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente

em si.” (1 João 3.15). Será que um irmão pode odiar o outro?

Infelizmente, tem irmão que odeia irmão. Existem pessoas

como Caim que odeiam, e a Palavra diz que quem odeia é

assassino. Assassinar é matar. Você não precisa pegar uma

arma e dar um tiro em uma pessoa, ou esfaqueá-la até a

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morte. Quando você profere uma calúnia contra alguém

você está matando essa pessoa, sendo assim, você é um

assassino. Ninguém sabe, mas Caim pode ter matado Abel

com pedradas. Hoje as pessoas matam com a língua, e de

muitas maneiras.

Depois desse trágico episódio, Caim continuou vivendo,

mas não era mais a mesma pessoa. Era uma pessoa intran-

qüila, o medo se apossara dele, ele passou a achar que as

pessoas iriam matá-lo. Caim não tinha mais paz, não tinha

mais família. O ódio mata, destrói. Nós sabemos que foi o

ódio que levou Caim a matar Abel. Junto com o ódio, a malí-

cia. Malícia significa “aquele desejo que algo de mal aconte-

ça ao outro.” Malícia é isso.

A diferença entre Caim e o Senhor Jesus é incisiva. Quan-

do olhamos para Jesus ali na cruz, Ele tinha sido torturado,

cuspido, estava pregado nu na cruz, a coroa de espinhos em

sua cabeça, a multidão vociferando os impropérios mais ter-

ríveis contra Ele, mas o coração dele era um só: “Pai, perdoa-

lhes.” A Bíblia diz que não existe nada mais terrível do que o

coração do homem.

“Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando

eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu

irmão, e o matou. Disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu

irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu ir-

mão?” (Gênesis 4.8-9).

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Deus é tão amoroso e misericordioso que mais uma vez

estende a misericórdia até Caim ao lhe perguntar: “Onde

está Abel, teu irmão?” Mas ainda assim ele rejeitou essa

chance: “Acaso, sou eu tutor de meu irmão?” Deus sabia o

que havia acontecido, mas esperava que Caim reconhecesse

o seu erro.

Quando nós olhamos a vida de Jesus, diz a Palavra, que

o Senhor amou os seus. Amou-os até o fim ao ponto de la-

var os pés deles. “Sou eu guardador do meu irmão?” A au-

tocomiseração suscita em Caim, e ele começa a dizer: “Eis

que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de

esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo

se encontrar me matará.” (Gênesis 4.14). O medo vem sobre

ele, e com ele os atormentadores. Nunca mais Caim foi a

mesma pessoa.

No mundo o oposto do medo é a coragem. Para nós, os

crentes, o oposto do medo é a fé, e aqui diz, que Caim saiu

e edificou uma cidade para ele mesmo e nomeou a cidade

com o nome de seu filho. Ele queria perpetuar o seu nome

através de coisas, ao invés de perpetuar o seu nome através

de uma vida. E quando você olha a descendência de Caim,

diz aqui que Lameque, um descendente dele, diz com a

maior empáfia: “[...] Matei um homem porque me feriu; e um

rapaz porque me pisou.” (Gênesis 4.23). Só porque o rapaz pi-

sou no pé dele, ele matou.

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ConCluSão

Quando falamos que estamos sendo transformados de

glória em glória, ou nós trazemos a imagem de Caim,

esta que está aqui, ou trazemos a de Jesus. O certo é que nós

não precisamos viver mais assim, ninguém precisa, porque o

Senhor diz: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito?

Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu

desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gênesis 4.7).

A chave está em suas mãos. É uma escolha, se procederes

bem.

A Bíblia diz que “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz:

Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tia-

go 4.6). Hoje, as pessoas estão correndo somente em busca

de coisas. “Ah! Eu quero o meu carro, o meu apartamento,

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o meu caminhão.” Estamos trocando os valores espirituais

pelos valores materiais. Buscamos as coisas que são perecí-

veis com elas, rejeitamos as que são eternas. Nós precisamos

buscar a vida. Precisamos buscar o Autor e Consumador de

nossa fé para que a sua imagem seja estampada em nós.

Aquela imagem de Caim deve desaparecer de nossa vida

para sermos transformados de glória em glória à imagem

de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Deus abençoe,

Pr. Márcio

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