resposta imunológica a trypanosoma cruzi

24
RESPOSTA IMUNE A PROTOZOÁRIOS Trypanosoma Cruzi ACADÊMICOS: Amanda Laina Hugo Eduardo Azevedo Fialho Natasha Lima Monteiro Nayara Lobo Raquel Morales Vieira Raimundo Barbosa Dias Júnior UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS IMUNOLOGIA

Upload: hugo-eduardo

Post on 10-Jul-2015

365 views

Category:

Education


8 download

TRANSCRIPT

Page 1: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

RESPOSTA IMUNE A PROTOZOÁRIOS

Trypanosoma CruziACADÊMICOS: Amanda Laina

Hugo Eduardo Azevedo Fialho Natasha Lima Monteiro

Nayara Lobo Raquel Morales Vieira

Raimundo Barbosa Dias Júnior

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS

IMUNOLOGIA

Page 2: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CARACTERÍSTICAS GERAIS

• REINO: Protista • FILO: Euglenozoa • CLASSE: Zoomastigophora • ORDEM: Kinetoplastida • FAMÍLIA: Trypanosomatidae • GÊNERO: Trypanosoma • ESPÉCIE: Trypanosoma cruzi

Causador da doença de Chagas, tripanossomíase Americana ou esquizotripanose.

Trypanossoma Cruzi. Fonte: ARAUJO, Marília. Cinetoplastídeos. Disponível em: <http: www.infoescolaTrypanossomacruzi.com/reino protista/cinetoplastideos>. Acesso: 1 dez 2013.

Page 3: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• Ciclo heteroxeno: • Extracelular - vetor • Intracelular - hospedeiro invertebrado

Hospedeiro Vertebrado

• Amastigotas !

• Tripomastigotas sanguícolas

Page 4: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• ESFEROMASTIGOTAS • EPIMASTIGOTAS !!!

• TRIPOMASTIGOTAS METACÍCLICAS

Hospedeiro Invertebrado

CICLO BIOLÓGICO

Fonte: NEVES, David et al. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

Page 5: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOCICLO BIOLÓGICO

Page 6: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOCICLO BIOLÓGICO

NEVES, David et al. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

LIAC. Ciclo do T. Cruzi no Inseto Vetor. CTLD. Disponível em: <http://www.liaccentralsorologica.com.br/noticias_chagas.html>. Acesso em: 1 dez 2013.

Page 7: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• Prevalente em populações rurais - moradias de pau-a-pique. • Afeta 8 a 10 milhões de pessoas que vivem nos países

latinoamericanos endêmicos. • Afeta cerca de 300 a 400 mil indivíduos em países não

endêmicos, como a Espanha e os Estados Unidos. • Cerca de 20.000 mortes são atribuídas à doença de Chagas a cada

ano. • Na década de 70, no Brasil, o Ministério da saúde com técnicas a

fim de interromper a transmissão vetorial, com uso de inseticidas e controle da transfusão de sangue.

• Em 1983, alcançou-se a cobertura total da área endêmica, e essas ações vem sendo mantidas de forma regular.

• Mesmo com essas ações do Ministério da saúde, cerca de 200 novos casos ainda são registrados anualmente. Mais de 95% ocorrem em apenas dois Estados: Pará e Amapá. No Maranhão: 32 casos entre 1994 e 2008.

EPIDEMIOLOGIA

Page 8: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• Fase Aguda: febre tifóide, leishmaniose visceral, esquistossomose mansônica aguda, mononucleose infecciosa, toxoplasmose, dentre outras enfermidades febris.

• Fase Crônica: difenciar de outras miocardiopatias.

• Forma Digestiva: diferenciar de “megas” (megaesôfago, megacolo, etc.) causados por outras etiologias.

• Forma Congênita: Sífilis e da Toxoplasmose.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Page 9: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• Fase aguda: pesquisa do parasito no sangue são as formas mais rápidas de diagnóstico (método de Strout, exame a fresco, gota espessa, esfregaço corado, xenodiagnóstico, microhematócrito e creme leucocitário).

• Fase crônica: Principalmente sorologia (hemaglutinação indireta, imunofluorescência, ELISA) e outros exames complementares (Hemograma completo com plaquetas, eletrocardiograma e raio X). Exames parasitológicos são pouco eficazes nessa fase da doença.

• O diagnóstico molecular utilizando PCR também pode ser feito.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Page 10: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• As drogas hoje disponíveis (Benznidazol, Nifurtimox) são indicadas em todos os casos, tanto agudos quanto congênitos e fase crônica.

• Eficácia na maioria dos casos agudos (>60%) e congênitos (>95%), apresentando ainda relativa eficácia entre 50% a 60% de casos crônicos recentes.

TRATAMENTO

!Devido a maior eficácia do tratamento na fase inicial da enfermidade, é

importante a descoberta precoce da doença.

Page 11: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

• Melhorar habitação, através de reboco e fechamento de rachaduras e frestas;

• Telar portas e janelas; • Manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores; • Construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados

das casas e mantê-los limpos; • Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas; • Aplicação sistemática de inseticidas; • Prevenção da transmissão transfusional: fiscalização do

controle da qualidade do sangue transfundido, o que é feito pela triagem sorológica dos doadores;

• Prevenção da transmissão em laboratório: rigoroso uso das normas de biossegurança;

PROFILAXIA

Page 12: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOMECANISMOS DA RESPOSTA IMUNE

Via de atuação e regulação do sistema do complemento. (Elaborado por Moysés, M.K, 2011).

Page 13: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO

• O parasito desenvolve uma série de mudanças que capacita sua sobrevivência no hospedeiro;

• Expressão de moléculas em sua superfície: interferência no sistema complemento.

MECANISMOS DA RESPOSTA IMUNE

ADESÃO RECONHECIMENTO CELULAR

PROTEÍNAS +

GLICOPROTEÍNAS

(SANTILIANO, 2012)

Page 14: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICO

Ácido siálico é incorporado em antígenos. Remoção de resíduos de ácido siálico gera aumento da interação parasito-hospedeiro.

INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO

Formas Tripomastigotas

Expressam proteína com atividade transialidásica removem resíduos de ácido siálico.

!ÁCIDO SIÁLICO

Formas Tripomastigotas Metacíclicas

(SANTILIANO, 2012)

Page 15: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOINTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO

GP83 + P74 (ligante universal no hospedeiro)

Invasão de células da forma tripomastigota.

GP85 + Laminina/Fibronectina/Penetrina

GP82

• Molécula de adesão;

• Via de sinalização mediada por PTK;

• Mobilização de cálcio.

Tripomastigota metacíclica

(SANTILIANO, 2012)

Page 16: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOINTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIROGP63

• Infecção da célula hospedeira

INVASÃO CELULAR

1° Formação de vacúolos ligados à membrana celular; 2° Ruptura da membrana e acesso do parasito ao citoplasma pela síntese de Tc-Tox, que compartilha epítopos com C9 (complemento).

GP72

• Epimastigota; • Aceptora do C3; • Adesão do flagelo;

(SANTILIANO, 2012)

Page 17: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICORESPOSTA IMUNE

• Imunidade Inata; • Imunidade Adquirida; • Parasita continuamente combatido e tem sua

multiplicação reduzida; • Persistência indefinida do parasita:

• Atividade prolongada do sistema imune; • Aparecimento de lesões teciduais e alterações

funcionais musculares e nervosas.

(SANTILIANO, 2012)

Page 18: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOIMUNIDADE INATA

• T-DAF e GP160: resistência do parasita ao ataque do complemento;

• Proteína ligante de manose e receptor de manose de MΦ e células dendríticas: importante mecanismo de captação de formas amastigotas.

Formas epimastigotas: Via alternativa do Complemento: LISE.

Formas tripomastigotas metacíclicas: • Resistentes à ação lítica do

complemento. • Moléculas em sua superfície

com propriedades associadas à DAF humana.

(SANTILIANO, 2012)

Page 19: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOIMUNIDADE INATA

• Limitam o crescimento parasitário. • Invasão de MΦ → Secreção de IL-12 ativa as NK a

produzirem IFN-ɣ → Ativação microbicida dos MΦ. • TNF-α + IFN-ɣ = produção de NO.

CÉLULAS NK

IL-17

• Proteção do hospedeiro contra o T. cruzi em sua fase aguda.

(SANTILIANO, 2012)

Page 20: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOIMUNIDADE ADQUIRIDA

• Ativação de linfócitos B: hiperprodução de imunoglobulinas;

• IgG1, IgG2a e IgG2b: envolvidos na eliminação das formas sanguíneas do parasita;

• Anticorpos líticos: ausência = cura para doença de Chagas.

Resposta Tipo Th1Resistência à infecção (mais precoce e de maior amplitude) e pouca CTLA-4

Resposta Tipo Th2Evolução para uma forma crônica e muita CTLA-4

(SANTILIANO, 2012)

Page 21: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOMECANISMOS DE EVASÃO

• Expressão de moléculas na superfície de parasito com capacidade de interferir na ativação das vias clássica e alternativa do complemento;

• Renovação das moléculas de superfície através das vias endocíticas sem renovação antigênica em T. cruzi.

• Liberação de imunocomplexos ligados à membrana; • Atividade anticomplemento: bloqueio da cascata ou

ausência de prejuízo do complexo MAC; • Formas amastigotas: ativam o complemento, mas escapam

da morte por expressão de proteína em sua superfície; • Formas tripomastigostas: resistentes à lise pela ligação

ineficiente do fator B ao componente através de GP58/GP68 e pela atividade aceleradora de decaimentos de T-DAF e GP160.

(SANTILIANO, 2012)

Page 22: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOMECANISMOS DE EVASÃO

• GP160, GP58/68 e T-DAF: possuem atividade regulatória do complemento, agem ao nível da C3 convertase de alguma maneira;

• GP160 apresenta similaridades funcionais e genéticas com a proteína DAF humana;

• GP58/68: glicoproteína tripomastigota-específica: inibição da C3 convertase da via alternativa por atuar sobre o fator B;

• Aquecimento das formas tripomastigotas; • CESTARI et al.: vesículas derivadas da membrana

plasmática da célula do hospedeiro por formas tripomastigotas metacíclicas - estabilização e inibição da C3 convertase.

(SANTILIANO, 2012)

Page 23: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOREFERÊNCIAS CORREA-OLIVEIRA, Rodrigo. Genética do Hospedeiro, Resposta Imune e

o Desenvolvimento da Doença de Chagas Humana. Disponível em: <http://congressomedtrop.ihmt.unl.pt/files%5CMR_Chagas_Resumo_Rodrigo_FIOCRUZ.pdf>. Acesso em: 2 dez 2013.

FIOCRUZ. Doença de Chagas: sintomas, transmissão e prevenção.

Disponível em: <http://www.bio.fiocruz.br/index.php/doenca-de-chagas-sintomas-transmissao-e-prevencao.> acesso em 30 nov 2013.

! MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doença de Chagas. Disponível em: <http://

portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_doenca_de_chagas.pdf.> Acesso em: 29 nov 2013.

! NETO, Edécio Cunha. Doença de Chagas. Disponível em: <http://

biotechnology.com.br/revista/bio09/bio_9.pdf#page=20>. Acesso em: 30 nov 2013.

! NEVES, David et al. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu,

2004.

Page 24: Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi

CICLO BIOLÓGICOREFERÊNCIAS NOTÍCIAS UOL. Novas casos de Doença de Chagas no Brasil se

concentram no Pará e no Amapá. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2012/05/31/novos-casos-de-doenca-de-chagas-no-brasil-se-concentram-no-para-e-amapa.htm>. Acesso em: 30 nov 2013.

SANTILIANO, Fabiano. Resposta imune e mecanismos de evasão

desenvolvidos pelo protozoário parasita Trypanosoma Cruzi, agente causador da doença de Chagas. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2012a/saude/resposta%20imune.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2013

! SAÚDE EM MOVIMENTO. Doença de Chagas. Disponível em: <http://

www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_print.asp?cod_noticia=658>. Acesso em: 30 nov 2013.

ZOONOSES. Doenças de Chagas. Disponível em <http://

www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_chagas.htm> Acesso em 29 nov 2013.