resposta de defesa induzidas por pgpr´s em plantas de...

48
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO- MEC UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA CURSO DE AGRONOMIA THAYNÁ DA CRUZ FERREIRA RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS CONTRA MANCHA PARDA CAUSADA POR Bipolaris sp. BELÉM 2019

Upload: others

Post on 20-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO- MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA

CURSO DE AGRONOMIA

THAYNÁ DA CRUZ FERREIRA

RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS

DE ARROZ DE TERRAS ALTAS CONTRA MANCHA PARDA

CAUSADA POR Bipolaris sp.

BELÉM

2019

Page 2: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO- MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA CURSO

DE AGRONOMIA

THAYNÁ DA CRUZ FERREIRA

RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS

DE ARROZ DE TERRAS ALTAS CONTRA MANCHA PARDA

CAUSADA POR Bipolaris sp.

ORIENTADORA: Dra. GISELE BARATA DA SILVA

BELÉM

2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade Federal Rural da Amazônia como

requisito para a obtenção do grau de Bacharel

em Agronomia como parte das exigências do

Curso.

Page 3: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras
Page 4: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA

CURSO DE AGRONOMIA

THAYNÁ DA CRUZ FERREIRA

Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras altas contra mancha

parda causada por Bipolaris sp.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Rural da Amazônia

como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Agronomia como parte das

exigências do Curso.

Aprovado em 11 de janeiro de 2019.

Page 5: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

AGRADECIMENTOS

Á Deus, pelo dom da vida e oportunidade de realização deste trabalho.

Aos meus Pais pelo amor, educação e apoio incondicional dedicado à minha formação

intelectual.

A minha filha Valentina Baltazar, que o sentido de tudo na minha vida.

A minha Irmã, sempre presente e confiante em minha vitória.

A minha primeira orientadora Prof. Denise Castro Lustosa, pelas orientações e conselhos e

por ter me ajudado a traça a minha caminhada quando tudo se renovou em minha vida.

A minha orientadora, Prof. Gisele Barata da Silva, pela orientação, por me acolher de

braços abertos, apoio e confiança dedicados ao longo deste trabalho.

Agradeço a Drª. Marcela Rêgo, Doutoranda Gleiciane Rodrigues e ao Dr. Gledson de

Castro, por tudo o que me ensinaram e ajudaram ao longo desses anos.

Aos meus amigos e parceiros Izabely Ferreira, Itallo Leal, Rodrigo Tavares e Bruno

Maia, que foram essenciais para nossos trabalhos de turma e no meu dia-a-dia.

Agradeço aos integrantes e ex integrantes do Laboratório de Proteção de Planta, Sueyla

Malcher, Ricardo Machado, Fernando, Samanda Pereira, Ana Paula Magno, Rita de Cássia,

Amarildo Júnior, Josué Valente, João Paulo Morais que também fizeram parte dessa

caminhada.

A todos os colegas de turma, professores e demais funcionários que contribuíram direta ou

indiretamente para a realização deste trabalho.

A coordenação do curso de Engenharia Agronômica na pessoa da Profª Telma Batista, pelas

lutas travadas para o sucesso desta turma.

Page 6: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

EPÍGRAFE

“E guardemos a certeza pelas próprias

dificuldades já superadas que não há mal que

dure para sempre." .

(Chico Xavier)

Page 7: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS

DE ARROZ DE TERRAS ALTAS CONTRA MANCHA PARDA

CAUSADA POR Bipolaris sp.

RESUMO

A mancha parda é uma doença comum em arroz, com potencial para causar redução

na produtividade das lavouras na qualidade dos grãos colhidos. O objetivo foi avaliar a

eficiência das PGPR (Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 e Pseudomonas fluorescens

BRM- 32111) na supressão da mancha parda causada por Bipolaris sp. e na manutenção do

aparelho fotossintético em plantas de arroz. Sementes de arroz foram microbiolizadas com

suspensão de cada rizobactéria (BRM-32111, BRM-32113) e no controle foram submergidas

em água. O semeio foi em sete vasos por tratamento com 5 plantas, e aos 35 dias de idade, as

plantas foram inoculadas com B. oryzae. As rizobactérias BRM-32111 e BRM-32113

reduziram a severidade da mancha parda em arroz em 74 % e 67%, em média reduziram em

44% a AACPD. Por outro lado, as rizobactérias induziram nas plantas aumento em 60% a

taxa de assimilação líquida de CO2 e na transpiração, em 48% a condutância estomática e em

40% a transpiração. Para a concentração de clorofila a (Chla) o aumento foi de 38%, a

clorofila b (Chlb) o aumento foi de 32% e a clorofila total (Chl (a + b)) aumentou em 36%.

Em relação a fluorescência da clorofila a o coeficiente de extinção fotoquímica (qP) foi 3%

maior nas plantas tratadas, a eficiência quântica do fotosistema II [Y (PII)] foi de 23% e o

coeficiente de extinção não fotoquímica Y (NQP) o aumento foi de 45% em plantas tratadas

com as rizobactérias em comparação com o controle. Portanto, conclui-se que as rizobactérias

P. fluorescens BRM-32111 e B. pyrrocinia BRM-32113 reduzem a severidade da mancha

parda e atenuaram os danos da doença no aparato fotossintético e dos pigmentos

clorosplastídicos das plantas de arroz e poderão ser avaliadas em campo para posterior

inserção no manejo da cultura do arroz.

Palavras-chave; Controle biológico; Severidade; Rizobatérias; Aparato fotossintético

Page 8: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

ABSTRACT

Brown spot is a common disease in rice, with potential to reduce crop yields in the quality of

harvested grains. The objective of this study was to evaluate the efficiency of PGPR

(Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 and Pseudomonas fluorescens BRM-32111) in the

suppression of the brown spot caused by Bipolaris sp. and in the maintenance of the

photosynthetic apparatus in rice plants. Rice seeds were microbiolized with suspension of

each rhizobacteria (BRM-32111, BRM-32113) and in the control were submerged in water.

Sowing was done in six pots per treatment with 5 plants, and at 35 days of age the plants were

inoculated with B. oryzae. The rhizobacteria BRM-32111 and BRM-32113 reduced the

severity of the brown spot in rice by 74% and 67%, on average reduced by 44% the AACPD.

On the other hand, the rhizobacteria induced in plants increased the rate of CO2 assimilation

and transpiration by 60%, in 48% the stomatal conductance and in 40% the transpiration. The

chlorophyll a (Chl) concentration increased by 38%, chlorophyll b (Chlb) increased by 32%

and total chlorophyll (Chl (a + b)) increased by 36%. The quantum efficiency of photosystem

II [Y (PII)] was 23% and the non-photochemical extinction coefficient Y (NQP) was the

highest in the treated plants. increase was 45% in plants treated with the rhizobacteria in

comparison with the control. Therefore, it is concluded that the rhizobacteria P. fluorescens

BRM-32111 and B. pyrrocinia BRM-32113 reduce the severity of the brown spot and

attenuate the damage of the disease in the photosynthetic apparatus and the chlorosplastídicos

pigments of the rice plants and can be evaluated in the field for later insertion in the rice crop

management.

Key words; Biological control; Severity; Rizobateria; Photosynthetic Apparatus.

Page 9: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1. Severidade da mancha parda (Bipolaris sp.), em plantas de arroz

inoculadas com rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-32111,

Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113, controle e desafiadas com Bipolaris

sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem. Tukey (p <

0,05)..............................................................................................................

Figura 1. Severidade da mancha parda (Bipolaris sp.) em plantas de arroz

tratadas e não tratadas com rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-

32111 (B), Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 (C), controle (A) e

desafiadas com Bipolaris sp........................................................................

Gráfico 2. Área abaixo da curva de progresso da doença de plantas de arroz

inoculadas com rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-32111,

Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113, controle e desafiadas com Bipolaris

sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem. Tukey (p <

0,05)...................................................................................................................

Gráfico 3: Índice relativo de clorofila (Spad) de mancha parda (Bipolaris

sp.), em plantas de arroz inoculadas com rizobactérias Pseudomonas

fluorescens (BRM 32111), Bulkholderia pyrrocinia (BRM 32113), controle e

desafiadas com Bipolaris sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem

pelo teste de

Tukey(p<0,5).....................................................................................................

Gráfico 4. Biomassa de plantas de arroz inoculadas com rizobacterias

Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113

e controle desafiadas com Bipolaris sp.. Barras seguidas da mesma letra não

diferem pelo teste de

Tukey(p<0,5)....................................................................................................

Gráfíco 5. Parâmetros fisiológicos de plantas de arroz tratadas e não tratadas

com rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia

pyrrocinia BRM-32113 e desafiadas com Bipolaris sp.. Taxa de assimilação

líquida CO2 em μmol CO2 / m2 / s (A), condutância estomática para Vapor

de água em mol H2O / m2 / s (gs), taxa de transpiração em mmol H2O / m2 /

s (E) e interna Concentração de CO2 em μmol / mol (Ci)..............

Página

29

30

30

30

30

30

31

30

32

30

34

30

29

30

Page 10: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

Gráfico 6. Fluorescência na clorofila a de plantas de arroz tratadas e não

tratadas com com rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111,

Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e desafiadas com Bipolaris sp. Produção quântica de fotosistema II (Fv / Fm); E extinção fotoquímica

Coeficiente (qP). Rendimento quântico efetivo de PS II [Y (II)] e

rendimento quântico de regulação. Dissipação de energia [Y (NPQ)].

Barras seguidas da mesma letra não diferem pelo teste de

Tukey(p<0,5)................................................................................................

Gráfico 7. Pigmentos clorosplastídicos de plantas de arroz tratadas e não

tratadas com com rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111,

Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e desafiadas com Bipolaris sp..

Concentração de clorofila a (Chla), clorofila b (Chlb), clorofilas totais

(Chla + b) e relação clorofila / clorofila b (Chla / Chlb) em Μg / g de

matéria fresca. Barras seguidas da mesma letra não diferem pelo teste de

Tukey (p<0,5).................................................................................................

36

30

37

30

Page 11: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

RELAÇÃO DE TABELAS

TABELA 1. Escala de notas para avaliação visual dos sintomas de mancha-

parda (B. oryrae) em arroz, proposta pelo International Rice Research

Institute (1975) e adotada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(1977)ª...............................................................................................................

Página

27

Page 12: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

LISTA DE ABREVEATURAS

A - Taxa de assimilação líquida de CO2

BDA- Batata dextrose e ágar

BRM-32113 -Burkholderia pyrrocinia

BRM-32111 - Pseudomonas fluorensces

Ci - Concentração intracelular de CO2

E - Taxa de transpiração

F0- Fluorescência inicial

Fm -Fluorescência máxima

Fv/Fm - Eficiência fotoquímica máxima

Fv/F0 - Atividade potencial do PSII

FSII - Fotossistema II

gs - Condutância estomática

ISR - Resistência sistêmica induzida

qp - Coeficiente de extinção fotoquímico

Y(II) - Rendimento quântico efetivo do PSII

Y(NO) - Rendimento quântico da dissipação de energia não regulada

NPQ – Coeficientes de extinção não fotoquímica

AACPD- Área abaixo da curva de progresso da doença

Page 13: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17

2.1. Objetivo geral ................................................................................................................... 17

2.2. Objetivos específicos ........................................................................................................ 17

3. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 18

3.1. Cultura do arroz (Oryza sativa. L) ................................................................................. 18

3.2. Mancha parda do arroz .................................................................................................. 19

3.3. Rizobactéria ..................................................................................................................... 21

3.4. Controle Biológico de doenças de plantas ..................................................................... 22

3.4.1 Antibiose ......................................................................................................................... 24

3.4.2 Competição ..................................................................................................................... 24

3.4.3 Resistência sistêmica Induzida ..................................................................................... 25

3.4.4 Resistência sistêmica adquirida induzida por patógeno (SAR) ................................ 25

3.4.5 Sinalização imunológica na rizosfera ........................................................................... 26

4. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 27

4.1. Preparo dos isolados B, pyrrocinia BRM-32113 e P. fluorescens BRM- 32111 .......... 27

4.2. Preparação do solo e material vegetal ........................................................................... 27

4.3. Inoculação de plantas com Bipolaris sp. ........................................................................ 27

4.4. Avaliação da severidade da doença ................................................................................ 27

4.5. Avaliação fisiológica ........................................................................................................ 28

4.6. Fluorescência da clorofila a ............................................................................................ 29

4.7. Biomassa ........................................................................................................................... 29

4.8. Quantificação de pigmentos. ........................................................................................... 30

Page 14: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

4.9. Análises Estatísticas ......................................................................................................... 30

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 30

5.1. Severidade da doença e área abaixo da curva de progresso da doença..................... 30

5.3 Teor de clorofila (SPAD) .................................................................................................. 33

5.4. Biomassa ........................................................................................................................... 33

5.5. Trocas gasosas .................................................................................................................. 34

5.6. Fluorescência da clorofila a ............................................................................................ 37

5.7. Quantificação de pigmentos ............................................................................................ 38

6. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 41

Page 15: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

15

1.INTRODUÇÃO

O arroz (Oryza sativa L.) está entre as culturas mais importantes, sendo altamente

utilizada na alimentação humana, por fornecer nutrientes essenciais buscando-se assim, um

aumento contínuo na demanda global por essa cultura (KUMAR et al., 2017). Atualmente, a

produção mundial de arroz chega a 504,6 milhões de toneladas, tendo a China, Tailândia e

Vietnã como principais países produtores, com uma produção de 145,77; 104,41 e 15,80

milhões de toneladas, respectivamente (FAO, 2018).

No Brasil, a produção em 2017/2018 foi de 12,02 milhões de toneladas, sendo

distribuídos em 10,9 milhões de toneladas para arroz irrigado e 1,3 milhões de toneladas para

arroz de sequeiro. Os principais Estados representantes na produção são Rio Grande do Sul e

Santa Catarina, com uma produção de 8,46 e 1,15 milhões toneladas, respectivamente. Os

maiores produtores de arroz sequeiro estão localizados no Centro-Oeste e no Nordeste, com

463,5 e 425,9 mil toneladas respectivamente (CONAB, 2018).

Os fatores que prejudicam a rizicultura em todas as regiões produtores são

imensuráveis, e sem dúvidas, as doenças que afetam essa cultura estão entre os principais

problemas. Dentre todas as doenças do arroz, a mancha-parda é classificada como uma das

mais importantes, sendo responsável tanto pela redução da produtividade das lavouras quanto

a qualidade dos grãos colhidos. (OU, 1985). Essa doença, que tem como agente causal o

fungo Bipolaris oryzae (Breda de Haan) Shoemaker, é controlada, principalmente, pela

aplicação de fungicidas, realizada através do tratamento de sementes ou durante as fases de

florescimento e de formação de grãos (BEDENDO & PRABHU, 2016)

A utilização de rizobactérias promotoras do crescimento de plantas tem sido

empregada tanto para promover o crescimento pela sua ação como biofertilizante (fixando

nitrogênio, solubilizando fosfato, ou com ação de sideróforo ou mesmo agindo na modulação

hormonal) quanto para uso no controle biológico de fitopatógenos. Estudos de modo de ação

revelaram que o controle biológico por PGPR envolve a produção de metabólitos bacterianos

que reduzem a população ou atividades de patógenos ou microflora deletéria da rizosfera

(GLICK, 1995; KLOEPPER, 1996)

O uso de PGPR como indutores de resistência sistêmica em plantas cultivadas contra

diferentes patógenos foi demonstrado em condições de campo (WEI et al., 1996). Do mesmo

modo que, o uso de cepas naturais de PGPR na defesa da linha de frente da planta pode

Page 16: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

16

oferecer uma maneira prática de administrar a imunização. Foi descrito que PGPRs aumentam

a resistência de plantas a doenças fúngicas, bacterianas e virais (MAURHOFER et al., 1998),

insetos (ZEHNDER et al., 1997) e nematóides (SIKORA, 1992).

Estudos com as PGRPs Burkholderia pyrrocinia (BRM-32113) e Pseudomonas

fluorescens (BRM-32111 ) realizados por Bueno, et al. (2017) que investigou a eficácia das

rizobactérias B. pyrrocinia (BRM-32113) e P. fluorescens (BRM-32111), combinado com

fertilização de silício (Si), para reduzir o tamanho da lesão e a área sob o progresso da doença

Curva (AACPD), bem como para minimizar os efeitos negativos na troca de gás, clorofila a

fluorescência, clorofila. Os autores obteveram resultados promissores em relação a redução

da gravidade de escaldadura de folhas, protegendo o aparelho fotossintético, representando

assim um método sustentável de redução da perda da doença causada pela escaldadura em

folhas no arroz.

Assim como, Fillipi et. al., (2011) investigando isolados de rizobactérias que

apresentam potencial para estimulação do crescimento de plantas e indução de resistência em

condições de casa de vegetação, obteve maior supressão da brusone utilizando os isolados B.

pyrrocinia (BRM-32113) e P. fluorescens (BRM-32111 )

Desse modo, as pesquisas com rizobactérias promotoras de crescimento de plantas

(PGPR) tem mostrado que as PGPRs são capazes de induzir a resistência sistêmica adquirida

(ISR) nas plantas sobre estresse que resulta na redução dos sintomas da doença, e também

pela inibição do crescimento do patógeno no hospedeiro (BERNARDES, F.S, 2010).

Diante do exposto, a hipótese é que as rizobacterias atuam na supressão da mancha

parda e na manutenção do aparelho fotossintético em plantas de arroz. Desse modo, o objetivo

foi avaliar a supressão da mancha parda pelas PGPR (Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 e

Pseudomonas fluorescens BRM- 32111) e a influencia na manutenção do aparelho

fotossintético em plantas de arroz.

Page 17: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

17

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Avaliar a eficiência das PGPR (Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 e Pseudomonas

fluorescens BRM- 32111) na supressão da mancha parda, e o desempenho do aparelho

fotossintético em plantas de arroz.

2.2. Objetivos específicos

- Avaliar a severidade da mancha parda em plantas de arroz tratadas Burkholderia pyrrocinia

BRM-32113 e Pseudomonas fluorescens BRM- 32111 e desafiadas Bipolaris sp.

- Avaliar alterações nas trocas gasosas e fluorescência da clorofila em plantas de arroz

induzidas por Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 e Pseudomonas fluorescens BRM- 32111

e desafiadas Bipolaris sp.

- Avaliar a biomassa das plantas de arroz tratadas Burkholderia pyrrocinia BRM-32113 e

Pseudomonas fluorescens BRM- 32111 e desafiadas Bipolaris sp.

Page 18: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

18

3. REFERÊNCIAL TEÓRICO

3.1. Cultura do arroz (Oryza sativa. L)

O arroz (Oryza sativa L.) pertence ao Domínio Eukarya, Reino Plantae, Filo

Magnoliophyta, Classe Liliopsida, Ordem Poales, família das Poaceae, do gênero Oryza, no

qual possui cerca de 20 espécies conhecidas, sendo Oryza sativa a espécie mais estudada

(JULIANO, 1993).

É uma planta anual típica de ambientes alagados, porém se desenvolve bem em solos não

alagados, é formada de raízes, caule, folhas e panícula. No seu sistema radicular, possui

basicamente raízes adventícias, na qual o diâmetro é diminuído a medida que ela se ramifica.

O caule é completamente envolvido pela bainha. A inflorescência é do tipo panícula, e fica

situada sobre o último entrenó e é composta pelo ráquis, os quais se ramificam e formam em

suas extremidades as espículas. O grão de arroz é formado basicamente de endosperma e

embrião, ou germe. O tegumento, que envolve a semente se encontra diretamente ligado ao

pericarpo, membrana que envolve o fruto. O pericarpo é envolvido pela lema e pela pálea, que

constituem a casca e são removidas durante o beneficiamento (GUIMARÃES et al., 2002).

O arroz está entre os três cereais mais produzidos e consumidos do mundo, estando

atrás apenas do trigo (Triticum spp.) e milho (Zea mays L.) (PARAGINSKI et al., 2014). Por

ser uma excelente fonte de energia, o arroz é considerado o alimento básico de mais da

metade da população mundial, principalmente devido à alta concentração de amido, também

por fornecer proteínas, vitaminas e minerais, e possuir baixo teor de lipídios, sendo estes

essenciais à nutrição (KUMAR et al., 2017).

A produção de arroz é amplamente dispersa em todo o território nacional, sendo o

arroz em algumas regiões o produto mais importante. No Brasil, o arroz é o principal cereal

consumido, sendo utilizado na alimentação o arroz branco, arroz integral e arroz parboilizado

que totaliza 25% do consumo, devido à melhor qualidade nutricional (PARAGINSKI et al.,

2014). Em 2018 a produção foi de 12,02 milhões de toneladas, sendo distribuídos em 10,9

milhões de toneladas para arroz irrigado e 1,3 milhões de toneladas para arroz de sequeiro, e

ocupa o terceiro lugar em área cultivada com culturas anuais, com uma área de

aproximadamente 1.943,8 mil hectares, estando atrás apenas para soja (Glycine max L.) e

milho (Zea mays L.) (CONAB, 2018).

Page 19: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

19

O arroz pode ser produzido, sob cultivo irrigado e em sequeiro, sendo o arroz sequeiro

chamado de “cultivo em terras altas”, onde é adotado o plantio logo após o início das chuvas,

dependente do regime pluvial e sob cultivo irrigado (ARAÚJO, 2015), o arroz irrigado ocupa

uma área de aproximadamente 1.430,8 mil hectares e 535,9 mil hectares para arroz de

sequeiro (CONAB, 2018).

Existem diversas variedades de arroz cultivadas no mundo, no momento de escolher a

cultivar é necessário analisar suas características visando aperfeiçoar seu uso dentro do

sistema agrícola desejado. As principais características de uma cultivar de arroz são; ciclo,

altura da planta, resistência a doenças, qualidade e produtividade.

O arroz da cultivar primavera foi lançado em 1997 e é recomendada para plantios em

sistema de terras altas, também é indicado para plantios em áreas de abertura e velhas, pouco

ou moderadamente férteis, devido a sua tendência em acamamento em condições de alta

fertilidade. É uma cultivar com excelente culinária; contudo para que se obtenha uma boa

porcentagem de grãos inteiros no beneficiamento, é necessário que a colheita seja feita com a

umidade de grãos de 20% e 24%. Suas características são; comprimento de grãos longo e fino,

e moderadamente sucessível ao acamamento, alcança 67% da renda do benefício, é uma

cultura moderadamente resistente à mancha de grãos. (EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO,2009)

Mais de 80 doenças já foram relatadas afetando o arroz nas diversas regiões

produtoras em todo o mundo (PRABHU, et al., 1999). A ocorrência dessas doenças diminui a

produtividade das lavouras orizícolas e, também, a margem de lucro dos produtores divido

aos gastos com a aplicação de fungicidas.

3.2. Mancha parda do arroz

Muitas doenças já foram relatadas afetando o arroz nas diversas regiões produtoras em

todo o mundo (PRABHU, et al., 1999). A ocorrência dessas doenças diminui a produtividade

das lavouras orizícolas e, também, a margem de lucro dos produtores divido aos gastos com a

aplicação de fungicidas.

Dentre as principais doenças destacam-se Brusone (Pyricularia oryzae) Mancha Parda

(Bipolaris oryzae) Podridão do Colmo (Sclerotium oryzae), Podridão do Pé (Fusarium

moniliforme) e Mancha de Grãos (Drechslera oryzae, Bipolaris spp., Pyricularia grizea,

Page 20: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

20

Alternaria padwickii, Phoma sp., Nigrospora spp, Epicocum spp., Curvularia lunata e

Fusarium sp.) (HABIB et al., 2012). No Brasil, os fungos destacam-se como o grupo de

microrganismos fitopatogênicos que mais causam danos a esta cultura, principalmente nas

regiões de clima tropical como o Norte e o Centro Oeste do nosso país (SCHEUERMANN,

2015)

O agente causal da mancha parda é o fungo Bipolaris oryzae (Breda de Haan)

Schoemaker (sin. Helminthosporium oryzae Breda de Haan, Drechslera oryzae (Breda de

Haan) Subramanian & Jain) (Teleomorfo: Cochliobolus miyabeanus) pertence à classe

Hyphomycetes e à família Dematiaceae (BARNWAL et al., 2013; BEDENDO & PRABHU,

2016). Esse patógeno possui hifa do tipo septada e o micélio apresenta-se na forma de

aveludada e, geralmente com coloração cinza a cinza escuro; conídios retos ou raramente

curvos, cilíndricos ou largos no centro e castanhos claros a dourados. Essas células

apresentam de 1-14 núcleos e germinam frequentemente nas pelas extremidades basal e

apical; conidióforos septados, isolados ou em pequenos grupos, reto ou flexível e septados

(QUINTANA et al., 2017).

O B. oryzae é fortemente influenciado em seu desenvolvimento pelas condições de

cultivo (temperatura, pH, luz e meio de cultivo) que é exposto. Desse modo, as condições

ótimas para o crescimento desse patógeno incluem temperaturas na faixa de 27-30°C, valores

de pH entre 6,6-7,4, alternância de período claro e escuro para estimular sua esporulação e

meios de cultivo contendo peptona e sacarose como fontes de nitrogênio e carboidrato

respectivamente. Ainda assim, esse fungo apresenta elevada variabilidade de forma que as

condições ótimas de cultivo podem variar bastante de acordo com o isolado (OU,1985). No

campo, a sobrevivência do patógeno ocorre em restos culturais, hospedeiros alternativos e

sementes de arroz, sendo as sementes uma importante forma de disseminação a longas

distâncias (PRABHU et. al.,1995)

A Cultura do arroz é seriamente afetada por esses patógenos, principalmente no arroz

irrigado, estando o mesmo amplamente distribuído nas regiões orizícolas do mundo, podendo

ocorrer durante todos os estádios de desenvolvimento da planta, mais prevalece durante as

fases de florescimento, e depois na formação de grãos (KUMARI et al., 2015).Os sintomas

ocasionados pela doença vão desde manchas enferrujadas em sementes, que resultam em

perda do potencial germinativo, morte de plântula e consequentemente a redução do estande

(AMORIO & CUMAGUN, 2017), até manchas marrons escuras a avermelhada, com formato

oval e distribuídas uniformemente sobre toda a superfície foliar das plantas, com redução da

Page 21: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

21

capacidade fotossintética associado a redução da produção (AMORIO & CUMAGUN, 2017;

QUINTANA et al., 2017).

A principal forma de disseminação e introdução do B. oryzae em novas áreas de

cultivo é através da utilização de sementes de baixa qualidade sanitária, sendo o mesmo capaz

de sobreviver por mais de quatro anos em sementes infectadas, sendo o seu principal meio de

disseminação (KUMARI et al., 2015). Além dos danos ocasionados na germinação, as

sementes infectadas podem introduzir esse patógeno em novas áreas de cultivo e servir de

fonte de inóculo para epidemias na parte aérea (AMORIO & CUMAGUN, 2017;

QUINTANA et al., 2017).

Os danos podem ser observados na produção da qualidade e produtividade dos grãos

que são colhidos (OU, 1985). De acordo com as condições edafoclimáticas locais e com a

susceptibilidade da cultivar semeada, a diminuição na produção pode ser bastante

significativa. Outros danos de ocorrência da doença podem ser observados nos estádios mais

iniciais da cultura, quando a infecção do patógeno nas sementes implica na diminuição da

germinação das mesmas e na morte de plântulas de arroz (MALAVOLTA et al.,2002). Além

disso a incidência da mancha parda sobre os grãos reduz a eficiência da etapa de

beneficiamento devido ao aumento de números de grãos quebrados durante o processo

(PRABHU et al., 1999). Ou seja, esse patógeno pode causar danos em diferentes estágios

como no armazenamento, germinação, estabelecimento de plântulas, crescimento vegetativo e

fase reprodutiva (HABIB et al., 2012).

3.3. Rizobactéria

A rizosfera é um ambiente edáfico conhecido por abrigar uma ampla variedade de

bactérias. Várias destas bactérias não só colonizam a rizosfera e o rizoplano, mas também

podem penetrar nas plantas, colonizando os tecidos internos do vegetal, estabelecendo assim,

associações benéficas e desempenhando importante papel na manutenção e/ou incremento do

crescimento vegetal, quer seja em ecossistemas naturais ou manejados (COMPANT et al.,

2010) , podendo ser utilizadas para a promoção de crescimento plantas (HALLMANN, 2001;

COMPANT et al., 2005; SESSITSCH et al., 2004; HALLMANN & BERG, 2006) para

melhoria da produção agrícola.

As investigações com rizobactérias começaram em 1885 na Rússia e na Ucrânia,

usando-se Azotobacter chroococcum, Bacillus megaterium e outras espécies do gênero

Page 22: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

22

Bacillus. As pesquisas tinham o objetivo de aumentar o crescimento e o rendimento das

plantas. Contudo, somente após os trabalhos de Kloepper e Schroth, em 1978, com batata e

rabanete, em que outros autores comprovaram a capacidade das rizobactérias em promover o

crescimento e a bioproteção de plantas, que foi estabelecido o conceito de rizobactérias

promotoras do crescimento de plantas. (LUZ, 1996)

O termo rizobactérias promotoras do crescimento de plantas (RPCPs) foi proposto por

Kloepper e Schroth (1978) e provém da expressão “plant growth-promoting rhizobacteria

(PGPR)”, que é aceita pela comunidade científica internacional para expressão que designa

esse grupo. As RPCPs foram submetidas a inúmeros estudos focados em aplicações

biotecnológicas na agricultura, horticultura, silvicultura e proteção ambiental (ZAHIR et al.,

2004).

As rizobactérias promotoras do crescimento em plantas (RBPC), permitem que às

plantas apresentem um melhor desenvolvimento, por meio vários mecanismos, que pode ser

diretos, com a fixação de nitrogênio (FBN), solubilização de fosfatos, síntese de sideróforos

(CARDOSO; ANDREOTE, 2016) e acredita-se ainda que essas rizobactérias conseguem

produzir reguladores de crescimento vegetal, os fitormônios, tais como auxinas, citocininas,

giberelinas, etileno e ácido abscísico (CAMELO et al., 2011; DODD et al., 2010; SILVA et

al., 2016; VEJAN et al., 2016). E também por mecanismos indiretos, como o aumento da

resistência a estresses bióticos e abióticos, controle biológico através da produção de

antibactericidas e antifúngicos (CARDOSO; ANDREOTE, 2016).

Neste contexto, estudos tem sido dedicado sobre a organização estrutural destas

comunidades microbianas com o intuito de compreender, controlar e se beneficiar destas

expressões genéticas no cultivo de plantas comerciais, na manutenção de sistemas naturais e

na recuperação de solos explorados.

Assim, a utilização de rizobactérias como agentes de controle biológico de

fitopatógenos e como promotoras de crescimento tem se apresentado como uma alternativa

interessante. Estas bactérias podem atuar através de vários mecanismos de ação, como

antibiose, competição por ferro, indução de resistência, mineralização de fosfatos, fixação de

nitrogênio e reguladores de crescimento, além de serem capazes de inibir o crescimento de

outros organismos no solo (ROMEIRO, 2005), tanto aderidas às raízes quanto livres na

solução do solo.

3.4. Controle Biológico de doenças de plantas

Page 23: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

23

No momento atual alternativas de controle de doenças menos prejudiciais ao meio

ambiente e ao homem tem sido buscadas, com o intuito de reduzir ou eliminar o uso de

defensivos tendo em vista a produção de alimentos saudáveis. Recentemente o mundo

ocidental tem tomado conhecimento e percebido a imensurável potencialidade do

desenvolvimento de tecnologias específicas para estimulo de mecanismos de defesa de plantas

como alternativa inteligente ao uso desordenado de defensivos (CAMPANHOLA; BETIOL,

2003).

O controle de doenças ocorrentes em áreas produtoras de arroz por meio da aplicação

de fungicidas mostra, entre outros aspectos negativos, alto custos econômico e ambiental.

Quando se trata do lado ambiental, a contaminação de recursos hídricos com agrotóxicos pode

ser citada como um dos principais impactos negativos da orizicultura sobre áreas próximas as

propriedades agrícolas, conferindo risco para a fauna e flora locais (SCORZA Jr. Et al.,2010).

A preocupação da sociedade com o impacto dos produtos químicos tem incentivado

pesquisas pela procura de produtos diferenciados, tanto por aqueles produzidos sem o uso de

agrotóxicos, como por aqueles portadores de selos que garantem que os agrotóxicos foram

utilizados corretamente (MORANDI et al., 2009). Além do mais, o incremento dos custos

com o controle químico, a perda de eficiência de alguns desses produtos (KAWUBE et al.,

2005), por causa da resistência dos organismos provenientes do uso inadequado, tem

incentivado diversas pesquisas com a utilização de produtos alternativos, entre eles, o uso de

agentes biocontroladores de doenças de plantas (LAZAROTTO et al., 2013).

O controle biológico, foi definido por Cook & Baker (1983) como, “a redução da

quantidade de inóculo ou da atividade geradora de doença de um patógeno (crescimento,

infectividade, virulência e agressividade) alcançada por através de um ou mais organismos

que não o Homem”. Esse método de controle consiste em relações antagônicas que decorrem

de diferentes populações de microrganismos presentes na natureza e que mantém o equilíbrio

ecológico entre essas comunidades em um dado hábitat (COOK & BAKER, 1983;

BEDENDO et al., 2011).

A capacidade dos agentes em interferir nos processos vitais dos patógenos são

chamados de antagonistas. Esses agentes devem está adaptados ao mesmo nicho ecológico

que os patógenos, sendo esse método capaz de integrar facilmente com métodos culturais e

melhoramento de plantas (MORANDI et al., 2009). Os mecanismos de ação dos antagonistas

Page 24: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

24

envolvidos no controle biológico, normalmente são: antibiose (MARTINI et al., 2014);

competição (BENÍTEZ et al., 2004) e indução de resistência (ABDELRAHMAN et al., 2016).

3.4.1 Antibiose

A antibiose é certamente a mais conhecida e talvez o mecanismo mais significativo

usado pelo PGPR para diminuir a invasão de patógenos no tecido da planta. Consiste em

inibir o desenvolvimento de plantas patogênicas microorganismos através da produção de

metabólitos de baixo peso molecular, possuindo propriedades antifúngicas e / ou antibióticas.

As estirpes de Bacilos, Streptomyces e Stenotrophomonas produzem uma ampla

gama de metabólitos antifúngicos potentes, como oligomicina-A, xantobactina (COMPANT

et al., 2005), zwittermicina-A, kanosamina e lipopeptídeos do surfactinas, iturinas e família

fengicina (ONGENA & THONART, 2006). As cepas de Pseudomonas são conhecidas pela

produção de anfisina, 2,4-diacetilfloroglucinol (DAPG) oomicina-A, fenazina, piroluorina,

pirrolnitrina, tensinas, tropolona e os lipopeptídeos cíclicos (LOPER & GROSS, 2007). Esta

produção de metabólitos é influenciada pela produção abiótica. fatores (oxigênio, umidade,

temperatura, pH e solo azoto, micronutrientes e teor de matéria orgânica), fatores bióticos

(espécie vegetal, organismos patogênicos, microflora nativa e densidade de estirpes

produtoras metabólitos) e alguns outros. (NOUMAVO et. al.,2016)

3.4.2 Competição

Há indícios que a competição entre patógenos e PGPR podem limitar a incidência e

severidade da patologia vegetal. O que dificulta o desenvolvimento do patógeno é a rápida e

abundante colonização radicular por PGPR, que ocupa os sítios de infecção de patógenos

vegetais e utiliza a maioria dos nutrientes disponíveis. Lemanceau e Heulin (1998) afirmaram

que a biomassa microbiana alta e ativa reduz a probabilidade de patógeno para infectar a

planta. Isso faz com que a competição de nutrientes seja um meio importante de controle

biológico (BENITEZ et al., 2004). Além da capacidade intrínseca de crescimento de PGPR,

as outras propriedades que melhoram a colonização das raízes são a mobilidade (presença de

flagelo), quimiotaxia, lipopolissacarídeo (LPS), a capacidade de sintetizar vitaminas e

macromoléculas e a capacidade de usar os compostos excretados pelas raízes

(LUGTENBERG E KAMILOVA, 2009). Outra forma de competição é estabelecida entre o

patógenos e PGPR. Esta é a luta pelo ferro. De fato, o ferro é um elemento essencial para o

crescimento e sobrevivência da maioria dos fungos fitopatogênicos. Então, alguns PGPR

Page 25: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

25

sintetiza sideróforos que quelatam o ferro no rizosfera e, assim, inibir o crescimento de

patógenos. (NOUMAVO et. al.,2016)

3.4.3 Resistência sistêmica Induzida

PGPR pode estimular o mecanismo de defesa indutível das plantas, fenotipicamente

igual à reação de defesa normal das plantas, quando atacadas por um patógeno (PIETERSE et

al., 2009). Este fenômeno que não pode ser chamado de Resistência sistêmica induzida (ISR)

pode tornar a planta muito mais forte e resistentes em combate a futuros ataques de patógenos

(VAN LOON, 2007). Quando uma rizobactéria coloniza a raiz, moléculas presentes em célula

bacteriana e por ela sintetizada atuam como eliciadores. Esses eliciadores atuam como sinais e

acionam os mecanismos de defesa, havendo, então, a resistência sistêmica induzida (VAN

LOON et al., 1998; BARBOSA, 2009). Este fenômeno de indução de resistência sistêmica por

rizobactérias é considerada uma estratégia promissora para controle biológico de doenças de

plantas (RAMOS SOLANO et al., 2008).

O ISR pode ser induzido por uma ampla gama de microrganismos incluídos

bactérias Gram-positivas, tais como B. pumilus, ou bactérias Gram-negativas pertencentes ao

gênero Pseudomonas (P. fluorescens, P. putida, P. aeruginosa) e enterobactérias como

Serratia (Serratia marcesens, Serratia plymuthica) ou Pantoea aglomerantes (JOURDAN et

al., 2009). O ISR protege o plantas contra uma grande quantidade de patógenos não só

fúngicos, bacterianos e virais, mas também contra algumas doenças causadas por insetos e

nematóides (DURRANT & DONG, 2004). Vários metabólitos bacterianos podem induzir um

IRS. Esses metabólitos incluem lipopolissacarídeos (LPS), sideróforos, lipopeptídeos cíclicos,

2,4- diacetilfloroglucinol, homoserina lactonas e compostos volatéi, tais como; acetoína e

2,3-butanodiol (DOORNBOS et al., 2012).

3.4.4 Resistência sistêmica adquirida induzida por patógeno (RSA)

A resistência sistêmica adquirida (RSA) pode ser distinguida de outros tipos de

resistência pela expressão contra um largo espectro de patógenos. Em fumo, a ativação da

RSA resultou na redução significativa de sintomas causados pelos fungos Phytophthora

parasítica, Cercospora nicotinae e Peronospora tabacina, os vírus do mosaico do fumo

(TMV) e da necrose do fumo (TNV) e as bactérias Pseudomonas syringae pv tabaci e Erwinia

carotovora (TUZUN & KUC, 1991). Os principais mecanismos de defesa envolvidos na RSA

Page 26: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

26

são a lignificação da parede celular e produção de proteínas relacionadas com a patogênese,

como por exemplo as quitinases e β-1-3- glucanases (STICHER et al.,1997).

A indução da RSA constitui um importante método alternativo de controle de

doenças de plantas e, em face da praticidade de uso no campo, vários produtos químicos têm

sido pesquisados quanto ao efeito indutor em pulverizações foliares. No inhame, Rompf

(1999) verificou a produção de diversas quitinases utilizando elicitores bióticos (Fusarium

oxysporum autoclavado) e abióticos (etileno, quitina e quitosana) aplicados em calos de D.

alata. Em culturas de células de D. bulbifera (inhame aéreo), demonstrou a expressão de uma

PR-proteína de defesa pela elicitação com o fungo Colletotrichum gloeosporioides (ROMPF,

1999). O estudo da genética de fatores envolvidos na regulação da RSA tem possibilitado, em

alguns patossistemas, a obtenção de plantas transgênicas com acentuada expressão da RSA,

tornando bastante promissor o uso deste tipo de resistência no controle de doenças de plantas

(CAO et al.,1998).

3.4.5 Sinalização imunológica na rizosfera

Os microrganismo benéficos simbióticos e não-simbióticos são inicialmente

reconhecidos como organismos estranhos. Portanto, a interferência ativa com o sistema

imunológico da planta é fundamental para o estabelecimento de relações mutualísticas

íntimas. A sinalização imunológica nas plantas é iniciada pela percepção mediada pelo

receptor, moléculas não próprias que são frequentemente conservadas entre diferentes classes

de microrganismos, patogênicos e benéficos. Essas moléculas são chamadas de padrões

moleculares associados a microorganismos (MAMPs), e as respostas de defesa induzidas por

MAMP montadas em plantas hospedeiras são coletivamente referidas como imunidade

desencadeada por MAMP (MTI) (BOLLER & FELIX, 2009; JONES & DANGL, 2006).

Apesar do fato de que a sinalização imune inata nas folhas tem sido extensivamente estudada

nos últimos anos, muito pouco se sabe sobre o MTI nas raízes, onde reside a maioria dos

microrganismo benéficos para as plantas. Apenas recentemente, Millet et. al. (2010)

demonstraram que as raízes de Arabidopsis respondem a diferentes MAMPs de uma maneira

específica do tecido e que a sinalização imune desencadeada por MAMP nas raízes é muito

similar àquela observada nas folhas. Estabelecer uma interação mutualista com o planta, os

microrganismos benéficos precisam lidar com as respostas imunes do hospedeiro que são

acionados localmente nas raízes na percepção do MAMP.

Page 27: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

27

4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, com sete

repetições e três tratamentos, constituídos por dois isolados de rizobactérias Burkholderia

pyrrocinia BRM-32113 e Pseudomonas fluorescens BRM- 32111 e o controle com o

patógeno (Bipolaris sp.), em condições de casa de vegetação.

Para a realização dos ensaios, foram utilizados o laboratório de proteção de plantas -

LPP e a casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA.

4.1. Preparo dos isolados B, pyrrocinia BRM-32113 e P. fluorescens BRM- 32111

As PGPRs foram cultivadas em meio K523 (KADO; HESKET, 1970) por 48 horas à

28°C, após esse período preparou-se a suspensão bacteriana ajustada em espectrofotômetro

550 nm (A550 = 0,1), as sementes de uma cultivar de arroz primavera adaptado foram

previamente desinfestadas, com álcool 70% por 15 segundos e em hipoclorito de sódio a 2%

por 15 segundos e em duas lavagens consecutivas em H2O destilada e esterilizada, e

microbiolizadas com B. pyrrocinia BRM-32113 e P. fluorescens BRM- 32111 e controle com

solução salina.

4.2. Preparação do solo e material vegetal

As sementes de arroz foram semeadas em vasos contendo 1 kg de solo adubado com

1,7g de FTE (Enxofre: 3,9% ; Boro: 1,8% ; Cobre: 0,85%; Manganês: 2,0% ;Zinco: 9,0%) e

1g ureia, as plantas foram mantidas em condições controladas de casa de vegetação.

4.3. Inoculação de plantas com Bipolaris sp.

O isolado de Bipolaris sp. compatível com a cultura de arroz foi multiplicado em meio

Batata-Dextrose-Ágar (BDA), e mantidos em câmara de crescimento à 25°C por 10 dias no

escuro, em seguida foram feitas lavagens com água destilada e estéril e os conídios removidos

com auxílio de uma alça. A suspensão de conídios foi recolhida e ajustada para concentração

de 104 conídeos.mL-1, ajustadas com o auxílio do hemacitômetro. Foi pulverizado 10ml da

suspensão de conídios + Tween (0,1%), em planta aos 35 dias de idade. Em seguida as plantas

foram mantidas em uma câmara úmida 25 ± 2 ° C, com um período inicial de 48 h no escuro.

4.4. Avaliação da severidade da doença

Page 28: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

28

Foram realizadas sete avaliações da severidade da mancha parda, aos 37, 39,41,43, 45, 47 e

49 dias após a inoculação, nas folhas bandeira de cada perfilho com auxílio da escala de nota

com 5 graus (IRRI ,1976) (Tabela 1).

TABELA 1. Escala de notas para avaliação visual dos sintomas de mancha-parda (B. oryrae) em

arroz, proposta pelo International Rice Research Institute (1975) e adotada pela Empresa Brasileira de

Pesquisa Agropecuária - (1977)ª

R= resistente; MR= médio-resistente; I= intermediária; MS= médio-suscetível; S= suscetível.

FONTE: Adaptado de SOUSA et. al., 1986

A área abaixo da curva de progresso da doença foi calculada integrando os sete valores da

severidade utilização da equação proposta por Campbell & Madden (1990).

em que:

AACPD: Área abaixo da curva de progresso da doença;

Yi = Proporção da doença na i-ésima repetição;

Ti = Tempo em dias na i-ésima observação;

n = Número total de observações.

4.5. Avaliação fisiológica

Aos 49 dias após a inoculação foi realizada a avaliação das trocas gasosas e

fluorescência com auxilio do sistema portátil de fluxo aberto de trocas gasosas (LI-6400XT,

LI-COR, Lincoln, NE) avaliado o teor de clorofila (SPAD-520).

Nota Reaçãoª Tipo de lesão - Área foliar afetada (%)

1 R A Pequenas manchas do tamanho d cabeça de alfinete Menos de 1%

3 MR 1% a 5%

5 I Manchas típicas de coloração castanho-avermelhado 6% a 25%

7 MS 25%a50%

9 S Manchas grandes com centro claro - Mais de 60%

Page 29: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

29

Os parâmetros de trocas gasosas foram estimados na primeira folha, do ápice para a

base, aos 49 dias após a inoculadas do patógeno em plantas de arroz. A assimilação líquida de

CO2 (A), condutância estomática ao vapor de água (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci)

e a taxa de transpiração (E) foram estimados entre 08:00 e 10:00 horas sob uma concentração

externa de CO2 de 400 μmol mol-1 de ar e radiação fotossinteticamente ativa (PAR) artificial

de 1200 μmol de fótons m-2 s-1, em uma temperatura a ±28ºC. Este intervalo de medição

(08:00 - 10:00 h) foi ajustado de acordo os resultados obtidos com curva diurna de trocas

gasosas para a espécie de arroz (BUENO et. al.,2017), e o déficit de pressão de vapor foi

mantido em aproximadamente 1.3 kPa; a quantidade de luz azul foi ajustada para 10% da

radiação fotossinteticamente ativa para otimizar a abertura estomática.

4.6. Fluorescência da clorofila a

A fluorescência da clorofila a foi determinada simultaneamente com as trocas gasosas

utilizando-se uma câmara de fluorescência (IG 6400-40; LI-COR Inc.) integrada ao sistema

portátil de fluxo aberto de trocas gasosas. As folhas foram adaptadas no escuro durante 20

min com papel alumínio e posteriormente iluminadas com um pulso de luz fraca e modulada

(0,03 μmol m-2 s-1) para obter a fluorescência inicial (Fo). Um pulso de luz branca saturante de

6.000 μmol m-2 s-1 foi aplicado durante 0,8s para garantir a máxima emissão de fluorescência

(Fm). As amostras de folhas foram então iluminadas durante 300s com uma luz actínia (250

µmol m-2s-1) para obter o rendimento da fluorescência no estado estacionário (Fs).

Posteriormente, pulsos de luz branca saturantes foram aplicados para atingir a fluorescência

máxima (Fm’). A luz actínia foi então desligada e uma iluminação vermelho-distante (2 μmol

m-2 s-1) foi aplicado para estimar a fluorescência inicial adaptada na luz (Fo’). A partir dessas

medições, os segmentes parâmetros foram calculadas: atividade potencial do PSII [Fv/Fo =

(Fm-Fo) / Fo], eficiência fotoquímica máxima do PSII [Fv/Fm = (Fm-Fo) / Fm] (Oxborough and

Baker 1997), coeficientes de dissipação fotoquímica [qp = (Fm'-Fs) / (Fm'-Fo')] e não-

fotoquimica [NPQ = (Fm/Fm') - 1] (Maxwell and Johnson 2000).

4.7. Biomassa

Aos 49 dias após a inoculação, plantas de cada parcela foram coletadas a parte aérea

individualmente, e acondicionadas em sacos de papel e colocadas em estufa de circulação

forçada de ar a 60 ºC, até o material atingir peso constante no 4º dia. Em seguida as plantas

foram pesadas para obtenção da matéria seca,

Page 30: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

30

4.8. Quantificação de pigmentos.

As folhas lesionadas com mancha parda (de base até ápice) foram coletadas aos 14

dias após a inoculação e armazenadas a -80 ° C. Um total de 20 mg de folhas foi macerado

em 250 μL de etanol a 98% ( EtOH 98%) e incubou-se a 80°C durante 20 minutos; Estes

foram então centrifugados a 4 ° C a 14 000 rpm durante cinco minutos.

Posteriormente, o sobrenadante foi recolhido, e o sedimento (precipitado) foi

submetido a mais duas extracções; As concentrações de EtOH utilizadas foram 80% e 50%,

respectivamente. Os sobrenadantes resultantes foram recolhidos e homogeneizados. Todas

essas etapas foram realizadas em um banho de gelo e com a ausência completa de luz,

conforme descrito. O teor de clorofila foi quantificado retirando-se uma alíquota de 35 μL de

extracto de planta de etilo (obtido na extração 2.6.1) de cada amostra e adicionada em um

meio de reação com 120 μL de EtOH 98% e 15 μL de mistura etil (volume final de 170 μL

por poço / amostra). (FUCHS et. al., 1989)

Após a montagem do meio de reação, as amostras foram submetidas a uma

determinação da absorvância, estimada em comprimentos de onda de (λ) 645 nm e 665 nm.

Foi possível estimar as concentrações de clorofila a e b a partir da absorvância obtida, e o

conteúdo total foi determinado utilizando as fórmulas A e B e depois normalizado ao peso

fresco de cada amostra.

4.9. Análises Estatísticas

Os dados obtidos nos experimentos foram submetidos a análise de variância e as

medias foram comparados pelo de Tukey (p < 0.05) em programa programa R, e erro padrão

(p < 0,05). Para os dados obtidos com o IRGA a comparação foi feita utilizando um teste t

não pareado (P ≤ 0,05) utilizando o Excel.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Severidade da doença e área abaixo da curva de progresso da doença

As rizobactéria Pseudomonas fluorescens BRM-32111 e Burkholderia pyrrocinia

BRM-32113 reduziram a severidade doença em 74% e 67%, respectivamente em comparação

Page 31: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

31

as plantas controle (Gráfico 1 e 2). A AACPD foi reduzida em 44% para os dois isolados em

comparação as plantas controle (Figura 1). A PGPR P. fluorescens (BRM-32111) e B.

pyrrocinia (BRM-32113), já foram registradas como promotoras de crescimento e supressoras

de brusone e escaldadura em arroz (FILIPPI et al., 2011; BUENO et al., 2017). As PGPR´s P.

fluorescens e B. pyrrocinia destacaram-se na redução do número de lesão e AACPD,

contribuindo como alternativas de manejo da mancha parda. Os resultados sugerem que as

PGPR ativam mecanismos de defesa latentes nas plantas, sendo expressos após exposição

sistêmica das plantas ao patógeno (VAN LOON E PIETERSE, 2006; VAN LOON, 2007).

Esses mecanismos são acionados quando as PGPR, estão presentes nas raízes das plantas e

atuam como eliciadores através de moléculas constituintes das células bacterianas por elas

sintetizadas. Esses eliciadores agem como sinais mediados pelo ácido jasmônico (AJ) e

etileno (ET), onde acionam genes codificadores de compostos de defesa, responsáveis pela

produção de antibióticos e substância com ação antifúngica, havendo assim, a indução de

resistência sistêmica (VAN LOON et al, 1998). Como obtido, principalmente, com a P.

fluorescens que reduziu em 74% o número de lesões causada pela mancha parda em relação

as plantas controle.

Gráfico 1: A- Severidade da mancha parda (Bipolaris sp.), em plantas de arroz inoculadas com

rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113, controle e

desafiadas com Bipolaris sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem. Tukey (p < 0,05).

Figura 1; Severidade da mancha parda (Bipolaris sp.) em plantas de arroz tratadas e não tratadas com

rizobactérias controle (A), Pseudomonas fluorescens BRM-32111 (B), Bulkholderia pyrrocinia BRM

32113 (C), e desafiadas com Bipolaris sp.

Page 32: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

32

Fonte: Própria, 2018

Gráfico 2: Área abaixo da curva de progresso da doença de plantas de arroz inoculadas com

rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113, controle e

desafiadas com Bipolaris sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem. Tukey (p < 0,05).

A B C

Page 33: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

33

5.3 Teor de clorofila (SPAD)

A rizobactéria Pseudomonas fluorescens BRM-32111 induziu aumento no teor de

clorofila. Esse incremento foi em 27% em comparação as plantas desafiadas com Bipolaris

sp., (Gráfico 3). O maior conteúdo de clorofilas (Chla e Chlb) induzido pela rizobactéria pode

ter contribuído para a maior eficiência na absorção de luz, transferência de energia,

transferência de elétrons e maior controle na dissipação do excedente de energia térmica.

(SAMANIEGO-GÃMEZ et al. 2016).

Oliveira, (2010), relatou que ao selecionar rizobactérias autóctones para promoção de

crescimento em feijão comum, elas atuaram como promotoras de crescimento de plantas,

aumentando a produtividade, o teor de clorofila, aumento da área foliar e da matéria seca de

parte aérea e de raízes.

Gráfico 3: Índice relativo de clorofila (Spad) de mancha parda (Bipolaris sp.), em plantas de arroz

inoculadas com rizobactérias Pseudomonas fluorescens (BRM 32111), Bulkholderia pyrrocinia (BRM

32113), controle e desafiadas com Bipolaris sp.. Barras seguidas da mesma letra não diferem pelo

teste de Tukey(p<0,5).

5.4. Biomassa

Em relação a biomassa das plantas de arroz desafiadas com Bipolaris sp., as

rizobactérias Pseudomonas fluorescens BRM-32111 e Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113

proporcionaram uma menor redução em plantas de 73% e 54% respectivamente em relação ao

controle (Gráfico 4). A utilização de diferentes bactérias para promover o crescimento e

aumenta a proteção contra fitopatógenos especificamente no arroz com Pseudomonas

Page 34: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

34

fluorescens (NANDAKUMAR et al., 2000; RADJACOMMARE et al., 2004), e o Bacillus

(VASUDEVAN et al., 2002) foram relatado.

Os principais resultados obtidos em estudos com rizobactérias incluem aumento no

rendimento da planta, maior crescimento de raízes e da parte aérea. Neste trabalho, as

rizobactérias minimizaram os danos ocasionados pelo patógeno, conseguindo manter o

rendimento da planta maior em relação a planta não tratada com rizobactéria. É provável que,

indiretamente, seja por antibiose direta, ou por indução de resistência, o controle biológico

esteja ligado a estes incrementos na produção. No caso de indução de resistência a

comprovação científica da existência de indução e da não ocorrência dos mecanismos de

antibiose direta pode ser atingida pela compartimentação, a nível espacial, dos componentes

microbianos da interação, ou seja, a presença e, ou, adição de rizobactérias à rizosfera torna a

parte aérea mais resistente a patógenos, apesar de se encontrarem em espaços separados (LIU

et al., 1995c; KLOEPPER, 1996; RAUPACH et al., 1996; WEI et al., 1996).

Gráfico 4: Biomassa de plantas de arroz inoculadas com rizobacterias Pseudomonas fluorescens

BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e controle desafiadas com Bipolaris sp.. Barras

seguidas da mesma letra não diferem pelo teste de Tukey(p<0,5).

5.5. Trocas gasosas

Com relação às trocas gasosas, as plantas tratadas com as rizobactérias Pseudomonas

fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e inoculadas com Bipolaris

sp., atenuaram a redução em 63% e 68% nas taxas de assimilação de CO2 (A) e a condutância

Page 35: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

35

estomática ao vapor (GS) de água, respectivamente, em relação às plantas de controle. A taxa

de transpiração (E) e concentração interna de CO2 (Ci) ateunaram a redução em 40% e 5%,

respectivamente, apenas a BRM-32113 teve um menor redução na concentração interna de

CO2 (Ci), a BRM-32111 na diferiu em comparação as plantas de controle (Gráfico 5).

O tratamento controle mostra os seguintes valores para A, gs, E e Ci

respectivamente: 6 mmol CO2 m-2s-1, 0,112 mmol H2O m-2s-1, 2,4 mmol H2O m-2s-1, 293

µmol CO2 mol-1. Para as plantas tratadas com BRM-32111 , os valores para A, gs, E e Ci

foram os seguintes: 16 mmol CO2 m-2s-1, 0,315 H2O m-2s-1, 4,8 mmol H2O m-2s-1 e 293 µmol

CO2 mol-1 (Figura 5). Plantas tratadas com BRM-32113 apresentaram os seguintes valores

para A, gs, E e Ci: 17 mmol CO2 m-2s-1, 0,379 H2O m-2s-1, 3,1 mmol H2O m-2s-1 e 307 µmol

CO2 mol-1 (Gráfico 5).

De acordo com os estudos de Tatagiba et al. (2014), no qual investigava a

escaldadura em folhas de arroz, observou uma redução nos valores referentes a A e gs e

aumento acentuado em Ci pela redução da penetração de CO2 devido à infecção por M.

albescens, mesmo antes que a doença produza sintomas. Nossos resultados indicam que as

plantas de controle tiveram redução significativas em A, E e gs, enquanto plantas tratadas

com BRM-32111 e BRM-32113 não mostram a mesma diminuição (Gráfico 5).

Estudos anteriores demonstraram que a opiofolina A, uma toxina produzida por B.

oryzae, pode induzir abertura estomática em baixas concentrações, enquanto em

concentrações acima de 1 mM, leva ao fechamento estomático (Nejidat 1987). O mecanismo

pelo qual a opiobolina A induz o fechamento estomático está aparentemente associado ao seu

efeito sobre a calmodulina ou através de dano direto induzido nas membranas celulares da

planta (Tipton et al. 1977; Leung et al. 1984). Assim, esta toxina induz uma perda de pressão

osmótica nas células guarda que, em última análise, leva ao fechamento dos estômatos e

diminui de gs.

A menor severidade da mancha registrada em plantas tratadas com rizobactérias

resultaram em uma preservação do funcionamento do aparelho fotossintético baseado nos

parâmetros de troca gasosas obtidos.

Page 36: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

36

Gráfico 5; Parâmetros fisiológicos de plantas de arroz tratadas e não tratadas com rizobacterias

Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e desafiadas com

Bipolaris sp.. Taxa de assimilação líquida CO2 em μmol CO2 / m-2 / s-1 (A), condutância estomática

para Vapor de água em mol H2O / m-2 / s-1 (gs), taxa de transpiração em mmol H2O / m-2 / s-1(E) e

interna Concentração de CO2 em μmol / mol (Ci)

Page 37: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

37

5.6. Fluorescência da clorofila a

Em relação a fluorescência da clorofila a, em plantas tratadas com rizobacterias

Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113, a relação de

eficiência fotoquímica máxima (Fv / Fm) também não diferiu das plantas tratadas em relação

ao controle. O coeficiente de extinção fotoquímica (qP) não diferiu das plantas tratadas com

as rizobactérias quando comparadas com a plantas controle. A eficiência quântica do

fotosistema II [Y (PII) foi de 23% maior em plantas tratadas com as rizobactérias em relação

ao controle. E em Y (NQP), o aumento foi de 45% em plantas tratadas com as rizobactérias

em comparação com o controle (Gráfico 6). E observado que houve um menor número de

parâmetros fisiológicos afetados negativamente por B. oryzae em folhas bandeira tratadas

com as rizobactérias.

Nesses resultados, foi demonstrado que os processos fotoquímicos, que foram

analisados através da fluorescência da clorofila a, foram comprometidos, sugerindo que várias

etapas de captura de energia foram afetados pela infecção por B. oryzae. No entanto, a

relevância dos parâmetros de fluorescência da clorofila foi apenas marginalmente afetado pelo

patógeno durante o período de tempo avaliado. (DEMMIG-ADAMS & ADAMS, 2006).

Essas pesquisas são sustentadas por trabalhos anteriores de diferentes interações

patógenos-hospedeiros, nas quais a infecção por patógenos resultou em deficiências

fisiológicas (RESENDE et al., 2012; DEBONA et al., 2014; TATAGIBA et al., 2015;

BERMÚDEZ-CARDONA et al., 2015; DOMICIANO et al., 2015)

Page 38: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

38

Gráfico 6; Fluorescência na clorofila a de plantas de arroz tratadas e não tratadas com com

rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e

desafiadas com Bipolaris sp.. Produção quântica de fotosistema II (Fv / Fm); E extinção fotoquímica

Coeficiente (qP). Rendimento quântico efetivo de PS II [Y (II)] e rendimento quântico de regulação.

Dissipação de energia [Y (NPQ)]. Barras seguidas da mesma letra não diferem pelo teste de

Tukey(p<0,5).

5.7. Quantificação de pigmentos

A concentração de clorofila a (Chla) teve um aumento de 38% nas plantas tratadas

com as rizobactérias em comparação com plantas de controle na clorofila b (Chlb), o aumento

foi de 32%. A clorofila total em plantas tratadas (Chl (a + b) foi 36% maior do que nas plantas

de controle. A proporção de clorofila a / b (Chla / Chlb) teve um aumento de 17% em plantas

tratadas com as rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia

BRM-32113 em comparação com plantas não tratadas (Gráfico 7).

Page 39: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

39

As análises de Chla indicaram que houve menor concentração de clorofila em

plantas de arroz controle, desse modo houve maior comprometimento pela infecção por B.

Oryzae em relação as plantas inoculadas com as PGPR´s

Gráfico 7: Pigmentos clorosplastídicos de plantas de arroz tratadas e não tratadas com com

rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia pyrrocinia BRM-32113 e

desafiadas com Bipolaris sp.. Concentração de clorofila a (Chla), clorofila b (Chlb), clorofilas totais

(Chla + b) e relação clorofila / clorofila b (Chla / Chlb) em Μg / g de matéria fresca. Barras seguidas

da mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (p<0,5).

Page 40: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

40

6. CONCLUSÕES

Conclui-se que as rizobacterias Pseudomonas fluorescens BRM-32111, Bulkholderia

pyrrocinia BRM-32113 diminui a severidade da mancha parda quando inoculadas em plantas

de arroz, assim como, tiveram menor redução de biomassa e teor de clorofila. No entanto, o

melhor tratamento foi a Pseudomonas fluorescens BRM-32111. As rizobactérias também são

capazes de atenuar a redução de taxa de assimilação líquida CO2 (A), condutância estomática

para Vapor de água (gs), taxa de transpiração (E) e Concentração interna de CO2 (Ci) nas

plantas de arroz mesmo na presença da mancha parda, assim como provocaram menor

redução nos pigmentos clorosplastídicos e conseguiram atenuar a fluorescência da clorofila a

em presença do patógeno. Desse modo, essas rizobactérias quando inoculadas a plantas de

arroz além reduzir a severidade da mancha parda também apresentam benefícios fisiológicos,

e poderão ser avaliadas em campo para posterior inserção no manejo da cultura do arroz.

Page 41: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDELRAHMAN, M.; ABDEL-MOTAAL, F.; EL-SAYED, M.; JOGAIAH, S.; ADIPALA,

E. Efficacy of manual seed sorting methods in reduction of transmission of rice and cowpea

seed-borne diseases. African Crop Science Conference Proceeding, v.7, p.1363- 1367,

2005.

AMORIO, D. J. H.; CUMAGUN, C. J. R.Pathogenicity and cytological examination of

adapted and non-adapted Bipolaris species on resistant and susceptible cultivars of rice

and corn. Mycosphere, v. 8, n. 3, p. 377-391, 2017.

ANDREOTE, F.D.; GUMIERE, T.; DURRER, A. Exploring interactions of plant micro-

biomes. Scientia Agricola, v. 71, n.6, p. 528-539, nov./dec. 2014.

ARAÚJO, L; PASCHOALINO, R.S.; RODRIGUES, F.A. Microscopic aspects of silicon-

mediated rice resistance to leaf scald. Phytopathology v.106, p.132–141, 2016.

BARNWAL, M. K.; KOTASTHANE, A.; MAGCULIA, N.; MUKHERJEE, P. K.;

SAVARY, S.; SHARMA, A. K.; SINGH, H. B.; SINGH, U. S.; SPARKS, A. H.; VARIAR,

M.; ZAIDI, N. A review on crop losses, epidemiology and disease management of rice Brown

spot to identify research priorities and knowledge gaps. European Journal of Plant

Pathology, v. 136, n. 3, p. 443–457, 2013.

BEDENDO, I.P. et al. Manual de fitopatologia 1: princípios e conceitos. São Paulo:

Agronômica Ceres. Cap.22, p.435-441, 2011

BEDENDO, I.P; PRABHU, A.S. Doenças do Arroz. In: AMORIN, L.; REZENDE, J.A.M.;

BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas

cultivadas. v.2. 5 ed. Ouro Fino: Agronômica Ceres, p.87-99, 2016.

BENITEZ, T.; RINCÓN, A. M.; LIMÓN, M. C.; CODÓN, A. C. Biocontrol mechanisms of

Trichodermas trains. International Microbiology, v.7, n.4, p.249-260, 2004.

BERG, G. AND HALLMANN, J. Control of Plant Pathogenic Fungi with Bacterial

Endophytes. In: Schulz, B.J.E., Boyle, C.J.C. and Sieber, T.N., Eds., Microbial Root

Endophytes, Springer, p.53-69. 2006.

BERMÚDEZ-CARDONA, M.B.; WORDELL, FILHO, J.A.; RODRIGUES, F.A. Leaf gas

exchange and chlorophyll a fluorescence in maize leaves infected with Stenocarpella

macrospora. Phytopathology, v. 105, p.26–34. 2015.

BOLLER, T. AND FELIX, G. A renaissance of elicitors: Perception of microbe-associated

molecular patterns and danger signals by patternrecognition receptors. Annu. Rev. Plant

Biol. v.60, p.379-406. 2009.

BUENO, A.C. S. O. ; CASTRO, G. L. S. ; SILVA JUNIOR, D. D. ; PINHEIRO, H.

A.; FILIPPI, M. C. C. ; SILVA, G. B. . Response of photosynthesis and

Page 42: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

42

chlorophyll a fluorescence in leaf scald-infected rice under influence of rhizobacteria and

silicon fertilizer. Plant Pathology, v. 66, p. 1487-1495, 2017.

CABALLERO-MELLADO, J. Microbiología agrícola e interacciones microbianas con

plantas.Revista Latinoamericana de Microbiología, v. 48, n. 2, p. 154-161, abr./jun. 2006.

CAMELO, M.R; VERA, S. P.M.; BONILLA, R. R.B.Mecanismos de acción de las

rizobacterias promotoras del crecimiento vegetal. Revista Corpoica -Ciencia y Tecnología

Agropecuaria, v. 12, n. 2, p. 159-166, 2011.

CAMPANHOLA, C.; BETTIOL, W. (Ed.) Métodos alternativos de controle fitossanitário.

Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2003. p. 79-96.

CAO, H.; XIN, L.; DONG, X. Generation of broad-spectrum disease resistance by

overexpression of an essential regulatory gene in systemic acquired resistance. Proc. Nat.

Acad. Science, v. 95, p. 6531- 6536.1998.

CARDOSO, E. J. B. N.; ANDREOTE, F. D. Microbiologia do solo. 2. ed. Piracicaba:

ESALQ, 221p. 2016.

CHRISTOS ZAMIOUDIS1, CHRISTOS AND CORNÉ M. J. PIETERSE. Modulation of

Host Immunity by Beneficial Microbes. The American Phytopathological Society. Vol. 25,

n 2, p. 139–150. 2012.

COMPANT, S.; DUFFY, B.; NOWAK, J.; CLÉMENT, C.; BARKA, E.A. Use of plant

growth‐promoting bacteria for biocontrol of plant diseases: principles, mechanisms of action,

and future prospects. Appl Environ Microb v.71, p.4951–4959. 2005.

COMPANT. S.; CLÉMENT, C.; SESSITSCH, A. Colonization of plant growth‐promoting

bacteria in the rhizo‐ and endosphere of plants: importance, mechanisms involved and future

prospects. Soil Biol Biochem v. 42, p. 669–678.2010.

CONAB - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento de

safras de grãos – v.1, n1. Disponível em http://conab.gov.br Acesso em: 29 de agosto de

2018.

CONAB- Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira de

grãos. Décimo segundo levantamento da safra 2017/18. 2018. Disponível em: <

https://www.conab.gov.br/>. Acesso em 21 de Jan de 2018.

COOK, J.R. AND BAKER, K.F. The Nature and Practice of Biological Control of Plant

Pathogens. American Phytopathological Society, St. Paul. 1983.

DEBONA, D.; RODRIGUES, F.A.; RIOS, J.A.; MARTINS, S.C.V.; PEREIRA, L.F.;

DAMATTA, F.M.Limitations to photosynthesis in leaves of wheat plants infected by

Pyricularia oryzae. Phytopathology, v.104, p.34–39.2014.

DEMMIG-ADAMS, B; ADAMS, W.W. Photoprotection in an ecological context: the

remarkable complexity of thermal energy dissipation. New Phytol. v.172(1), p.11-21. 2006.

DODD, I. C.; ZINOVKINA, N. Y.; SAFRONOVA, V. I.; BELIMOV, A.A.

Rhizobacterialmediation of plant hormone status. Annals of Applied Biology, United

Kingdom, v. 157, n.3, p. 361-379, 2010.

Page 43: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

43

DOMICIANO, G.P.; CACIQUE, I.S.; FREITAS, C.C.; FILIPPI, M.C.C.; DAMATTA, F.M.;

VALE, F.X.; RODRIGUES, F.A. Alterations in gas exchange and oxidative metabolism in

rice leaves infected by Pyricularia oryzae are attenuated by silicon. Phytopathology, v.105,

p.738–747. 2015.

DOORNBOS, R.F; VAN LOON, L.C.; BAKKER, P.A.H.M. Impact of root exudates and

plant defense signaling on bacterial communities in the rhizosphere. A review. Agron.

Sustain. Dev. v.32, p.227-243. 2012.

DURRANT, W.E.; DONG, X. Systemic acquired resistance. Annu. Rev. Phytopathol. v.42,

p.185-209. 2004.

FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). Yearbook of statistics:

summary tables. FAO. (Disponível em http://www.fao.org). Acesso em: 29 de Dez. de 2018.

FILLIPI, M.CC.; SILVA, G.B.; SILVA-LOBO, V.; CÔRTES, M.V.C.B.; MORAES, A.J.G.;

PRABHU, A.S. Leaf blast (Magnaporthe oryzae) suppression and growth promotion by

rhizobacteria on aerobic rice in Brazil. Biological Control v.58,p.160-166. 2011.

FONSECA, J. R.; MORAIS, O. P.; CASTRO, E. da M.; SANTIAGO, C.M.; COLLICHIO, E.

Recomendações de Cultivares de Arroz de Terras Altas para o Estado do Tocantins.

Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2004. (Embrapa Arroz e Feijão. Circular

Técnica, 66)

FUCHS, Y.; SAXENA, A.; GAMBLE, H.R.A. JD. Ethylene biosynthesis-inducing protein

from cellulysin is an endoxylanase. Plant Physiology v.89, p.138–43. 1989.

GUIMARÃES, C. M.; FAGERIA, N. K.; BARBOSA FILHO, M. P. Como a planta de arroz

se desenvolve. Informações Agronômicas, n. 99, 2002.

HABIB, A.; JAVED, N.; SAHI, S. T.; WAHEED, M. Detection of seed borne mycoflora of

different coarse and fine rice varieties and their management through seed treatments.

Pakistan Journal of Phytopathology, v.24, n.2, p.133-136, 2012.

HALLMANN, J. Plant interactions with endophytic bacteria. In: JEGER, Mike J.; SPENCE,

Nicola J. Biotic interactions in plant-pathogen associations. Wallingford: CABI

Publishing, 2001.

JONES, J. D. G.; AND DANGL, J. L. The plant immune system. Nature 44:323-329. 2006.

JOURDAN, E. HENRY, G.; DUBY, F.; DOMMES, J.; BARTHELEMY, J.P.; THONART,

P.; ONGENA, M. Insights into the defenserelated events occurring in plant cells following

perception of surfactin-type lipopeptide from Bacillus subtilis. Mol. Plant Microbe Interact.

22:456-468. 2009.

JULIANO, B. O. Rice in human nutrition. Rome. FAO, 1993. Disponível em:

http://www.fao.org/docrep/t0567e/T0567E00.htm. Acesso em: 01 janeiro 2019.

KAWUBE, G.; KANOBE, C.; EDEMA, R..; TUSIIME, G.; MUDINGOTTO, P. J.;

KLOEPPER, J.W. Host specificity in microbe-microbe interctions. Bio Science v.46, p.406-

409. 1996.

Page 44: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

44

KLOEPPER, J.W., SCHROTH, M.N. Plant growth-promoting rhizobacteria on radishes. In:

Station de Pathologie Végétale et Phyto-Bactériologie (Ed.), Proceedings of the 4th

International Conference on Plant Pathogenic Bacteria, vol. II., p. 879-882. 1978.

KUMAR, H.; AHMAD, S.; ZACHARIA, S.; KUMAR, S.; ALI, A. Impact of diferente

fungicides combination against brown leaf spot (Drechslera oryzae) of rice under the invitro

and in vivo. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, v.6, n.1, p. 341- 344, 2017.

KUMARI, S.; KUMAR, A.; RANI, S. Morphological characterization of Bipolaris oryzae

causing brown spot of paddy in bihar. International Education & Research Journal, v. 1,

n. 5, p. 84-87, 2015.

LAZAROTTO, M.; MUNIZ, M. F. B.; BELTRAME, R.; SANTOS, Á. F.; MÜLLER, J.;

ARAÚJO, M. M. Tratamento biológico e químico em sementes de Cedrela fissilis para

controle de Rhizoctonia sp. Cerne, v. 19, n. 1, p. 169-175, 2013.

LIU, L., KLOEPPER, J.W. & TUZUN, S. Induction of systemic resistance in cucumber by

plant growth-promoting rhizobacteria: duration of protection and effect of host resistance on

protection and root colonization. Phytopathology v.85: p.1064-1068. 1995c.

LOPER, J.; GROSS, H. Genomic analysis of antifungal metabolite production by

Pseudomonas fluorescens Pf-5. Eur. J. Plant Pathol. v.119, p.265-278. 2007.

LUGTENBERG, B.; KAMILOVA, F. Plant-growth-promoting rhizobacteria. Ann. Rev.

Microbiol. v.63: p.541-556.2009.

LUZ, W.C. Rizobactérias promotoras de crescimento em plantas e bioproteção. Revisão

Anual de Patologia de Plantas v.4, p.1-49. 1996.

MALAVOLTA, V. M. A.; PARISI, J. J. D.; TAKADA, H. M. Efeito de diferentes níveis de

incidência de Bipolaris oryzae em sementes de arroz sobre aspectos fisiológicos da semente,

transmissão do patógeno as plântulas e produção. Summa Phytopathologica, v. 28, n. 4, p.

336-340, 2002.

MARTINI, L. B.; ETHUR, L. Z.; DORNELES, K. R. Influência de metabólitos decundários

de Trichoderma spp. no desenvolvimento de fungos veiculados pelas sementes e na

germinação de sementes de Arroz. Ciência e Natura, v. 36 n. 2, p. 86–91, 2014.

MAURHOFER, M.; REIMANN, C.; SACHERER, S.P.; HEEBS, S.; HAAS, D.; DEFAGO,

G. Salicylic acid biosynthetic genes expressed in Pseudomonas fluorescens strain P3 improve

the induction of systemic resistance in tobacco against necrosis virus. Phytopathology v.88,

p.678-684. 1998.

MILLET, Y. A.; DANNA, C. H.; CLAY, N. K.; SONGNUAN, W.; SIMON, M. D.;

WERCK-REICHHART, D.; AUSUBEL, F. M. Innate immune responses activated in

Arabidopsis roots by microbe-associated molecular patterns. Plant Cell v. 22, p.973-990.

2010.

MORANDI, M. A. B.; PAULA JÚNIOR, T. J.; BETTIOL, W.; TEIXEIRA, H. Controle

biológico de fungos fitopatogênicos. Informe Agropecuário, v.30, n.251, p.73-82, 2009.

Page 45: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

45

NANDAKUMAR, R; BABU, S.; VISWANATHAN, R; RAGUCHANDER, T;

SAMIYAPPAN, R. Induction of systemic resistance in rice against sheath blight disease by

Pseudomonas fuorescens. Soil Biology and Biochemistry v.33: p.603-612, 2000.

NEJlDAT, A.; ROTH-BEJERANO, N.; ITA, C.. K, Mg-ATPase activity in guard cells of

Commelina communis. Physiol. Plant. v.68, p.315-319. 1986.

NOUMAVO, A.P.; AGBODJATO, N.A.; FARID BABA-MOUSSA,F.; ADJANOHOUN, A.;

BABA-MOUSSA, L. Plant growth promoting rhizobacteria: Beneficial effects for healthy and

sustainable agriculture. A. J. of Biotechnology. Vol. 15(27), p. 1452-1463, 2016.

OLIVEIRA, M. S. A. Seleção de rizobactérias autóctones para a promoção de crescimento do

feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). 2010.

ONGENA, M.; THONART, P. Resistance induced in plants by nonpathogenic

microorganisms: elicitation and defense responses. In. Floriculture, ornamental and plant

biotechnology: advances and topical, ed. Japan: Global Science Books, pp. 447-463. 2006.

OU, S.H. Rice Diseases. 2nd Edition, Commonwealth Mycological Institute, Kew, 380 p,

1985.

PARAGINSKI, R. T.; ZIEGLER, V.; TALHAMENTO, A.; ELIAS, M. C.; OLIVEIRA, M.

Propriedades tecnológicas e de cocção em grãos de arroz condicionados em diferentes

temperaturas antes da parboilização. Brasilian Journal of Food Technology, v.17, n.2 p.

146–153, 2014.

PIETERSE, C. M. J.; LEON-REYES, A.; VAN DER ENT, S.; VAN WEES, S. C. M.

Networking by small-molecule hormones in plant immunity. Nat. Chem. Biol. 5:308-316.

2009.

PIETERSE, C.M.J; ZAMIOUDIS, C; BERENDSEN, R.L; WELLER, D.M; WEES, S.C.M;

VAN-BAKKER P.A.H.M. Induced systemic resistance by beneficial microbes. Annual

Review of Phytopathology v.52, p.347-375. 2014.

PRABHU, A.S. Situação atual do arroz de sequeiro e estratégias de controle.

Fitopatologia Brasileira, v.20, p.277, 1995.

PRABHU, A.S.; FILIPPI, M.C.; RIBEIRO, A.S. Doenças e seu controle. In: Vieira, N.R. de

A.; Santos, A.B. dos; Sant’Ana, E.P. (eds.). A cultura do arroz no Brasil. Santo Antônio de

Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, p.269-307, 1999.

QUINTANA, L.; GUTIÉREZ, S.; ARRIOLA, M.; MORINIGO, K.; ORTIZ, A. Rice brown

spot Bipolaris oryzae (Breda de Haan) Shoemaker in Paraguay. Tropical Plant Research,

v.4, n.3, p.419–420, 2017.

RADJACOMMARE, R; KANDAN, A; NANDAKUMAR, R; SAMIYAPPAN, R.

Association of the hydrolytic enzyme chitinase against Rhizoctonia solani in rhizobacteria-

treated rice plants. Journal of Phytopathology v.152, p.365-370, 2004.

RAMOS SOLANO, B.; BARRIUSO, MAICAS J.; PEREYRA, DE LA IGLESIA M.T.

DOMENECH J,.; GUTIÉRREZ MANERO, F.J. Systemic disease protection elicited by plant

Page 46: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

46

growth promoting rhizobacteria strains: relationship between metabolic responses, systemic

disease protection, and biotic elicitors. Phytopathology v.98, p. 451-457. 2008.

RAUPACH, G.S., LIU, L., MURPHY, J.F., TUZUN, S. & KLOEPPER, J.W. Induced

systemic resistance in cucumber and tomato against cucumber mosaic cucumovirus using

plant growthpromoting rhizobacteria (PGPR). Plant Disease v.80, p.891-894. 1996.

RESENDE, R.S.; RODRIGUES, F.A.; CAVATTE, P.C.; MARTINS, S.C.V.; MOREIRA,

R.M.; CHAVES, A.R.M.; DAMATTA, F.M. Leaf gas exchange and oxidative stress in

sorghum plants supplied with silicon and infected by Colletotrichum sublineolum.

Phytopathology, v.102, p.892–898. 2012.

ROMEIRO, R. da S. Bactérias fitopatogênicas. 2.ed., p. 417, 2005.

ROMPF, R.. An elicitor-induced cDNA from aerial (Dioscorea bulbiferaL.) encodes a

pathogenesis-related type 4 protein. Plant Cell Reports, v. 18, p.601-608. 1999.

RYU, J.H; LEE, Y; HAN, S.K; KIM, H.Y. The role of hydrogen peroxide produced by

polychlorinated biphenyls in PMR1-deficient yeast cells. J Biochem v.134(1):p.137-42, 2003.

SANTOS, C. C.; OLIVEIRA, F. A.; SANTOS, M. S.; TALAMINI, V.; FERREIRA, J. M. S.;

SANTOS, F. J. Influência de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de Thielaviopsis

paradoxa. Scientia Plena, v.8, n.4, p.1-5, 2012.

SARAVANAKUMAR, D., VIJAYAKUMAR, C., KUMAR, N., & SAMIYAPPAN,

R. PGPR-induced defense responses in the tea plant against blister blight disease. Crop

Protection, v. 26(4), p. 556–565. 2007.

SCHEUERMANN, K.K. Manejo de doenças. In: Borém, A.; Rangel, P. H. N. Arroz do

plantio a colheita. p. 199-219. 2015.

SCORZA JUNIOR, R. P.; NÉVOLA, F. A.; AYELO, V. S. Avaliação da contaminação

hídrica por agrotóxico. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2010. 31p.

SESSITSCH, A.; REITER, B.; BERG, G. Endophytic bacterial communities of field-grown

potato plants and their plant-growth-promoting and antagonistic abilities. Canadian Journal

of Microbiology, Ottawa, v. 50, n. 4, p. 239-249, 2004.

SHIGYO, M.; ITO, S. I.; TRAN, L. S. P. Dissection of Trichoderma longibrachiatuminduced

defense in onion (Allium cepa L.) against Fusarium oxysporum f. sp. cepa by target

metabolite profiling. Plant Science, v.246, p.128-138, 2016.

SIKORA, R.A. Management of the antagonistic potential in agricultural ecosystems for the

biological control of plant parasitic nematodes. Ann. Rev. Phytopat. 30: 245-270. 1992.

SILVA, F. J.; RIBEIRO, R. C. F.; XAVIER, A. A., SANTOS NETO, J. A.; SOUZA, M. A.;

DIAS-ARIEIRA, C. R. Rizobactérias associadas a materiais orgânicos no controle de

Meloidogyne javanicaem tomateiro.Horticultura Brasileira, Vitória da Conquista–BA, v.

34, n. 1, p. 59-65, jan./mar. 2016.

Page 47: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

47

SOUZA, A. C. A. ; SOUSA, T. P. ; CORTES, M. V. C. B. ; RODRIGUES, Fabricio ; SILVA,

G. B. ; FILIPPI, M. C. C. . Enzyme-Induced Defense Response in the Suppression of Rice

Leaf Blast (Magnaporthe Oryzae) By Silicon Fertilization and Bioagents. International

Journal of Research Studies in Biosciences, v. 3, p. 22-32, 2015.

STICHER, L.; MAUCH MANI, B.; METRAUX, J. P. Systemic acquired resistance. Annual

Review of Phytopathology, v. 35, p. 235-270, 1997.

TATAGIBA, D.S; RODRIGUES, F.A; FILIPPI, M.C.C; SILVA, G.B; SILVA, L.C.

Physiological responses of rice plants supplied with silicon to Monographella albescens

infection. Phytopathology v.162, p. 596–606.2014.

TATAGIBA, S.D.; DAMATTA, F.M.; RODRIGUES, F.A. Leaf gasexchange and

chlorophyll a fluorescence imaging of riceleaves infected with Monographella albescens.

Phytopathology, v.105, p.180–188.2015.

TUZUN, S.; KUC, J. Plant immunization: an alternative to pesticides for control of plant

diseases in the greenhouse and field. Technical Bulletin-Food and Fertilizer Technology

Center, v.124, 11p, 1991.

VAN LOON, L. C.; BAKKER, P. A. H. M.; PIETERSE, C. M. J. Systemic resistance

induced by rhizosphere bacteria. Annu. Rev. Phytopathol. v.36, p.453-483. 1998.

VAN LOON, L.C.; REP, M.; PIETERSE, C.M.J.Significance of Inducible Defense-Related

Proteins in Infected plants. Annual Review of Phytopathology, v.44, p.135-162. 2006.

VAN LOON. Plant responses to plant growth-promoting rhizobacteria. Eur. J. Plant Pathol.

119:243-254. 2007.

VASUDEVAN, P; KAVITHA, S; PRIYADARSHINI, V.B; BABUJEE, L;

GNANAMANICKAM, S.Biological control of rice diseases. In: Gnanamanickam S. (ed)

Biological Control of Crop Diseases. New York, Marcel Dekker Publishers, p 11–32. 2002.

VEJAN, P.; ABDULLAH, R.; KHADIRAN, T.; ISMAIL, S.;NASRULHAQ BOYCE,

A.Role of plant growth promoting rhizobacteria in agricultural sustainability—a revi-

ew.Molecules,Basel,v. 21, n. 5, p. 573, 2016.

WEI, G., KLOEPPER, J.W. & TUZUN, S. Induced systemic resistance to cucumber diseases

and increased plant growth by plant growth-promoting rhizobacteria under field conditions.

Phytopathology v.86: p.221-224. 1996

WEI, G.; KLOEPPER, J.W.; TUZUN, S. Induced systemic resistance to cucumber diseases

and increased plant growth by Plant growth promoting rhizobacteria under field conditions.

Phytopathology v.86: p.221-224. 1996.

ZAHIR, A.Z., ARSHAD, M., FRANKENBERGER, W.T. Plant growth promoting

rhizobacteria: applications and perspectives in agriculture. Adv. Agron. v.81, p.97–168.

2004.

Page 48: RESPOSTA DE DEFESA INDUZIDAS POR PGPR´S EM PLANTAS DE ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1032/1... · Resposta de defesa induzidas por PGPR´s em plantas de arroz de terras

48

ZEHNDER, G.; KLOEPPER, J.W.; YAO, C.; WEI, G. Induction of systemic resistance in

cucumber against cucumber beetles (Coleoptera: Chrysomelidae) by plant growth-promoting

rhizobacteria. J. Econ. Entomol. v.90: p.391-396. 1997.