resoluÇÃo sms nº 3086 de 30 de setembro de 2016

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RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016 Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos prestadores de serviços veterinários especificados e dá outras providências. O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e tendo em vista o que consta do Processo 09/903 295/2016, CONSIDERANDO a Lei Federal 6437 de 20 de agosto de 1977; CONSIDERANDO a competência da direção municipal do Sistema Único de Saúde de executar as ações de vigilância sanitária, conforme disposto no artigo 18 da Lei Federal nº 8080, de 19 de setembro de 1990; CONSIDERANDO a Resolução SES nº 1058 de 06 de novembro de 2014; CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 5997 de 21 de outubro de 2015; CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 5811 de 04 de dezembro de 2014 e demais legislações pertinentes aos serviços veterinários.

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Page 1: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos prestadores de serviços veterinários especificados e dá outras providências.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e tendo em

vista o que consta do Processo 09/903 295/2016,

CONSIDERANDO a Lei Federal 6437 de 20 de agosto de 1977;

CONSIDERANDO a competência da direção municipal do Sistema Único de Saúde de executar as ações de vigilância sanitária,

conforme disposto no artigo 18 da Lei Federal nº 8080, de 19 de setembro de 1990;

CONSIDERANDO a Resolução SES nº 1058 de 06 de novembro de 2014;

CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 5997 de 21 de outubro de 2015;

CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 5811 de 04 de dezembro de 2014 e demais legislações pertinentes aos serviços veterinários.

RESOLVE:

Art. 1º Compete ao órgão de vigilância sanitária municipal, autorizar, fiscalizar e emitir a licença de funcionamento sanitário dos

estabelecimentos assistenciais prestadores de serviços veterinários.

Page 2: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Art. 2º Entende-se por estabelecimentos prestadores de serviços veterinários os ambulatórios, consultórios, clínicas, hospitais,

serviços de banho e tosa, conforme as definições abaixo:

I - Ambulatórios Veterinários: estabelecimentos comerciais, industriais, de recreação ou de ensino, onde são atendidos os animais

pertencentes exclusivamente ao respectivo estabelecimento, para exame clínico e curativos, com acesso independente.

II - Consultórios Veterinários: estabelecimentos destinados ao ato básico de consulta clínica, curativos e vacinação de animais,

sendo vedada a internação e realização de cirurgias.

III - Clínicas Veterinárias: estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas e tratamentos clínico-cirúrgicos,

podendo ou não ter internações.

IV - Hospitais Veterinários: estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas, internações e tratamentos

clínico-cirúrgicos, de funcionamento obrigatório em período integral (24 horas), com a presença permanente do médico-veterinário.

V - Laboratório Veterinário: estabelecimento destinado a realização de análises clínicas e/ou diagnósticas referentes à medicina

veterinária.

VI - Unidade de Transporte de Animais: veículo utilizado exclusivamente para transporte de animais saudáveis, sendo vedada a

realização de consulta, vacinação ou quaisquer outros procedimentos médicos-veterinários.

VII - Ambulância Veterinária: veículo identificado como tal, com equipamentos utilizados obrigatoriamente por um profissional

médico veterinário, que permitam a aplicação de medidas de suporte básico ou avançado de vida, destinadas à estabilização e

transporte de doentes que necessitem de atendimento de urgência ou emergência.

Page 3: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

VIII - Pet shops com banho, tosa e embelezamento animal: estabelecimento destinado ao comércio de animais, de produtos de

uso veterinário, com atividade de tosa e banho em animais de estimação.

IX - Pet shops sem banho, tosa e embelezamento animal: estabelecimento destinado ao comércio de animais e de produtos de

uso veterinário.

X - Salão de banho, tosa e embelezamento animal: estabelecimento destinado exclusivamente à prestação de serviços de banho,

tosa e embelezamento de animais domésticos.

Art. 3º Todo o estabelecimento citado no Artigo 2º desta Resolução, destinado à manutenção, promoção da saúde, tratamento e

embelezamento de animais, deve possuir:

I - alvará de localização de estabelecimento (ALE) expedido pelo órgão municipal competente, exercendo somente as atividades

que constam deste Alvará;

II - Licença de Funcionamento Sanitário emitida pelo órgão de vigilância sanitária competente; quando necessário;

III - médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional como responsável técnico, conforme a legislação do órgão

competente, com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica emitidos pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária;

IV - ambientes para o atendimento dos animais compatíveis com a demanda e com os equipamentos e materiais suficientes

destinados à assistência médica veterinária, conforme legislação vigente;

V - Taxa de Inspeção sanitária quitada, disponível para consulta.

Page 4: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Art. 4º Os estabelecimentos citados no Artigo 2º ficam sujeitos ao cumprimento das normas previstas nesta Resolução, bem como

nas demais normas referentes aos estabelecimentos assistenciais de saúde e de interesse da saúde.

Art. 5º São condições gerais para funcionamento dos estabelecimentos de serviços veterinários citados no Artigo 2º:

I - dispor de adequado abastecimento de água, oriundo da rede pública ou outorgas expedidas pelo orgão competente no caso de

poços, com reservatórios (cisternas e caixas d´água) dotados de tampa, sem vazamentos e infiltrações;

II - dispor de rede coletora de esgotos ligada à rede pública ou possuir Estação de Tratamento de Esgoto próprio;

III - possuir local apropriado para coleta e armazenamento dos resíduos;

IV - utilizar utensílios de material atóxico, que permitam fácil limpeza e estejam em bom estado de conservação e higiene;

V - dispor de janelas, portas e demais aberturas dotadas de tela milimétrica para proteção contra a entrada de vetores ou pragas e

portas de fechamento automático com molas;

VI - dispor de acesso independente para a atividade de comércio e ou prestação de serviços de banho, tosa e embelezamento

para animais, quando no local também houver assistência veterinária;

VII - dispor de acesso adequado à clientela, atendendo-se as exigências da legislação específica em vigor;

VIII - elaborar e implementar os Procedimentos Operacionais Padrão – POPs, contemplando todas as atividades executadas, os

quais deverão estar à disposição dos profissionais e autoridades sanitárias;

IX - ter o ambiente, equipamentos e utensílios em condições satisfatórias de higiene;

Page 5: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

X - possuir climatização do ar que garanta o conforto térmico em todos os setores de atendimento, exames, internação e

tratamento;

XI - executar semestralmente, documentar e registrar o controle de vetores e pragas apresentando ordem de serviço válida emitida

por firma credenciada junto aos órgãos ambientais;

XII - executar semestralmente limpeza e desinfecção dos reservatórios de água e análise de potabilidades da água.

§ 1º É proibido manter ou armazenar material estranho à atividade ou em desuso no interior dos estabelecimentos.

§ 2º Saneantes devem ser armazenados em local separado dos demais produtos, devendo sua utilização ou comercialização

obedecer às normais legais vigentes quanto à rotulagem.

§ 3º As almotolias devem ser tampadas, rotuladas, limpas e desinfetadas com trocas no mínimo, semanais.

§ 4º Os produtos e equipamentos de uso humano disponíveis nos estabelecimentos prestadores de serviços veterinários devem

estar em conformidade com as legislações sanitárias vigentes.

§ 5º Os produtos que exijam refrigeração devem ser mantidos em unidades de refrigeração com controle de variação de

temperatura, com monitoramento realizado através do uso de termômetro de máxima e mínima e com o mapa de controle de

temperatura, devendo apresentar registros atualizados diariamente.

§ 6º Os produtos de uso veterinário devem ser mantidos em locais adequados para sua conservação e armazenamento, em

ambientes ventilados e em perfeitas condições de higiene.

Page 6: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

§ 7º Os funcionários que trabalham nos estabelecimentos citados no Artigo 2º desta Resolução devem ter acompanhamento

imunológico para raiva e vacinação contra a raiva e tétano, e demais recomendadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, caso

necessário, devendo estar disponível para a autoridade sanitária a documentação referente a este acompanhamento.

§8º Deve ser providenciado para o uso dos funcionários, EPI de proteção auricular contra ruídos e máscaras faciais, entre outros

conforme a atividade desempenhada.

§9º Os Equipamentos de Proteção Individual dos trabalhadores devem respeitar a orientação do fabricante em relação à utilização

única.

Art. 6º Para fins desta resolução serão consideradas as seguintes definições para ambientes de realização de procedimentos:

I - Ambiente dos estabelecimentos assistenciais de saúde veterinária: é o espaço fisicamente determinado e especializado para o

desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.

II - Área crítica: aquela onde existe risco aumentado de contaminação e infecções relacionadas à assistência, seja pela execução

de processos envolvendo artigos críticos ou materiais biológicos, pela realização de procedimentos invasivos ou pela presença de

pacientes com susceptibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de microrganismos patogênicos.

III - Área semi-crítica: aquela onde existe risco de moderado a baixo de contaminação e infecções relacionadas à assistência, seja

pela execução de processos envolvendo artigos semi-críticos ou pela realização de atividades assistenciais não invasivas em

pacientes não críticos e que não apresentem infecção ou colonização por microrganismos patogênicos.

Art. 7º Os materiais utilizados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semi-críticas devem

ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

Page 7: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Art. 8º Os materiais utilizados para acabamento nas áreas críticas e nas áreas semi-críticas devem possibilitar que as superfícies

sejam monolíticas, com o menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e limpeza freqüente.

Art. 9º Não é permitido o uso de divisórias removíveis nas áreas críticas, sendo que paredes pré-fabricadas podem ser usadas,

desde que tenham acabamento monolítico, ou seja, não possuam ranhuras ou perfis estruturais aparentes e sejam resistentes à

lavagem e ao uso de desinfetantes.

Art. 10 É permitido o uso de divisórias nas áreas semicríticas somente se forem resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes.

Art. 11 Nas áreas críticas e semicríticas as tubulações de esgotamento sanitário devem ser embutidas ou protegidas e revestidas

em toda sua extensão por material resistente a impactos, à lavagem e ao uso de desinfetantes, não sendo permitidas tubulações

aparentes.

Art. 12 Os tetos em áreas críticas devem ser contínuos, sendo proibido o uso de forros falsos removíveis.

Parágrafo único. Nas áreas semicríticas pode ser utilizado forro removível, desde que seja resistente aos processos de limpeza,

descontaminação e desinfecção.

Art. 13 A provisão de recursos para a lavagem de mãos para uso da equipe de assistência é obrigatória, com instalação de

lavatórios ou pias, nos locais em que os animais, acamados ou não, são examinados, manipulados, tocados, medicados ou

tratados.

§ 1º Junto à pia ou lavatório deve existir provisão de solução de sabão líquido mantido em dispensador, além de recursos para

secagem das mãos com papel toalha descartável, mantidos em dispensadores.

Page 8: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

§ 2º Nos setores críticos, a solução deve ser degermante, podendo ser abastecida em almotolias devidamente tampadas,

rotuladas, limpas e desinfetadas com trocas no mínimo, semanais.

Art. 14 Os setores críticos e semicríticos devem dispor de:

I - coletores de resíduos com tampa sem acionamento manual;

II - recipiente próprio para o descarte de material pérfuro-cortante disposto no ambiente de forma a prevenir acidentes;

III - áreas físicas, equipamentos e protocolos adequados e de acordo com legislação em vigor do Ministério da Saúde, caso

ofereçam serviços de manipulação e/ou administração de terapias antineoplásicas.

Art. 15 Os estabelecimentos assistenciais citados no artigo 2º desta Resolução devem apresentar um Programa de Gerenciamento

de Resíduos Sólidos de Saúde - PGRSS, descrevendo as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas

características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,

acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pú

blica e ao meio ambiente, conforme legislações vigentes.

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Art. 16 Os estabelecimentos assistenciais citados no artigo 2º desta Resolução devem possuir instalações e equipamentos que

possibilitem o processamento adequado dos artigos utilizados ou contrato com empresa especializada devidamente licenciada no

órgão competente.

Art. 17 Os estabelecimentos citados no Artigo 2º que possuírem instalações próprias para o processamento de artigos devem

dispor de Centro de Material Esterilizado (CME), quando realizarem procedimentos com materiais reprocessáveis e atividades

cirúrgicas ou Centro de Material Esterilizado Simplificado (CME-S) quando realizarem procedimentos com materiais

reprocessáveis e atividades não cirúrgicas.

§1º Entende-se por CME e CME-S a unidade destinada à recepção, expurgo, limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, guarda

e distribuição dos materiais utilizados nos estabelecimentos prestadores de serviços veterinários.

a) São ambientes necessários para o CME a área de recepção com pia lavatória com profundidade compatível com os

procedimentos, o vestiário de barreira para profissionais, a sala suja, a sala limpa com área destinada aos equipamentos de

esterilização e preparo de roupa limpa, e a sala de guarda de material esterilizado.

1. Os ambientes do CME devem possuir barreiras físicas de biossegurança para os trabalhadores, não permitindo o cruzamento

dos fluxos dos processos de trabalho realizados nos ambientes e possuir estrutura física compatível com os procedimentos

realizados.

b) São ambientes necessários para o CME-S a área de recepção e limpeza com pia ou lavatório exclusivo com profundidade

necessária para lavagem dos materiais, a área de preparo e esterilização dos materiais, e a área de armazenamento e distribuição

de materiais esterilizados.

Page 10: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

1. Os ambientes do CME-S devem possuir barreiras físicas de biossegurança para os trabalhadores, não permitindo o cruzamento

dos fluxos dos processos de trabalho realizados nos ambientes e possuir estrutura física compatível com os procedimentos

realizados.

§ 2º Um ambiente técnico não deve servir de corredor para acesso a outro.

Art. 18 Os Hospitais Veterinários, para funcionar devem dispor, minimamente, de:

I - Setor de atendimento com:

a) sala de recepção;

b) consultório;

c) sanitários para público separados por sexo;

d) setor de documentação;

e) sala de procedimentos/fluidoterapia.

II - Setor cirúrgico com:

a) Sala de preparo de paciente;

b) recuperação pós-anestésica;

Page 11: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

c) vestiários separados por sexo para atender às equipes profissionais;

d) rouparias limpa e suja, podendo esta última estar na sala de utilidades/ expurgo;

e) área de antissepsia destinada à escovação de mãos das equipes com lavabos e torneiras com fluxo de água sem temporizador

e sem acionamento manual, conforme a quantidade de salas de cirurgias;

f) central de gases medicinais;

g) sala de guarda de medicamentos, com dispositivo de segurança para os que são sujeitos ao controle especial;

h) depósito de materiais de limpeza;

i) sala cirúrgica com:

1. mesa cirúrgica com materiais impermeáveis e de fácil higienização;

2. régua de gases medicinais e sistema de aspiração;

3. sistema de iluminação emergencial própria com suprimento de energia para o funcionamento de equipamentos de suporte à

vida e iluminação ambiental suficiente;

4. mesas e suportes auxiliares;

5. equipamentos para anestesia inalatória;

Page 12: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

6. foco de luz de teto e focos auxiliares;

7. condicionamento de ar ambiental;

8. equipamentos para mobilização dos animais de acordo com o porte da clientela assistida;

9. barreiras físicas necessárias para controle de fluxos e circulação de pessoas entre as áreas;

10. paredes impermeabilizadas até o teto, com revestimento resistente a saneantes.

III - Setor de internação com:

a) setor com baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento compatíveis com os animais a elas destinadas, de

fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias municipais e ou estaduais;

b) salas/baias de isolamento para doenças infecto-contagiosas.

IV - Setor de apoio com:

a) lavanderia hospitalar ou serviço terceirizado, obedecendo as normas e legislações sanitárias vigentes;

b) local de preparo e ou recepção e distribuição de alimentos para os profissionais de plantão;

c) depósito/almoxarifado de produtos para saúde;

Page 13: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

d) instalações para repouso de plantonistas;

e) sanitários/vestiários compatíveis com o número de funcionários;

f) depósito de medicamentos, com disponibilidade de dispositivo de segurança para medicamentos sob controle especial;

g) depósito de substâncias químicas para uso, providas conforme recomendações técnicas dos fabricantes e normas

regulamentadoras de segurança;

h) abrigo de resíduos, com Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – PGRSSS, escrito e

disponível para consulta;

i) depósito de materiais de limpeza;

j) local para guarda de animais que vieram a óbito, possuindo capacidade de guarda da carcaça em temperatura adequada até sua

destinação final, de uso exclusivo.

V - Setor auxiliar de diagnóstico por imagem com:

a) Os estabelecimentos que realizam atividades de radiodiagnóstico por imagem devem incluir em seus alvarás a atividades

compatíveis com o serviço;

1. áreas com equipamentos emissores de radiação ionizante com Laudo de proteção radiológica emitido pelo órgão competente

válido, disponível para consulta;

2. os estabelecimentos citados no item “a” devem elaborar e disponibilizar programa de prevenção de riscos ocupacionais e

ambientais, conforme Normas Regulamentadoras pertinentes;

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3. uso de dosímetros individuais;

4. uso de vestimenta plumbífera de proteção individual para paciente, equipe e acompanhantes;

5. suporte adequado para guarda e manutenção das vestimentas plumbíferas;

b) áreas físicas e protocolos de funcionamento adequados e de acordo com legislação em vigor;

c) Os estabelecimentos que realizam ultrassonografia, ecocardiografia, eletroencefalografia, eletrocardiografia, dopler e outros

exames de imagem, devem possuir sala exclusiva para este fim, com mesa de apoio para o animal compatível com o porte, com

dispositivos em condições de higienização das mãos, com ponto de água, dispensador de sabão liquido abastecido, toalha de

papel descartável em suporte e compartimento para descarte de resíduos.

VI - Equipamentos para conservação de temperatura, indispensáveis para:

a) manutenção de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos em rede de frio exclusiva, adequada e preconizada pelo

Ministério da Saúde, se houver opção do serviço;

b) mapa diário de controle de temperatura de rede de frio para imunobiológico;

c) manutenção preventiva e corretiva do equipamento de rede de frio para conservação de imunobiológico;

d) conservação de animais mortos e restos de tecidos; e) sistema de manutenção da rede elétrica em caso de interrupção do

fornecimento de energia.

Page 15: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Art. 19 As Clínicas Veterinárias para funcionar, devem dispor, minimamente, de:

I - Setor de atendimento com:

a) sala de recepção;

b) consultório;

c) sala de procedimentos/fluidoterapia;

d) sala de documentação;

e) sanitários para público separados por sexo.

II - Setor cirúrgico com:

a) Sala de preparo de paciente;

b) sala de recuperação pós-anestésica ;

c) vestiários separados por sexo para atender às equipes profissionais;

d) rouparias limpa e suja, podendo esta última estar na sala de utilidades/ expurgo;

e) área de antissepsia destinada à escovação de mãos das equipes, com lavabos e torneiras com fluxo de água sem temporizador

e sem acionamento manual, conforme a quantidade de salas de cirurgias;

f) central de gases medicinais;

Page 16: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

g) CME.

h) sala cirúrgica com:

1. mesa cirúrgica com materiais impermeáveis e de fácil higienização;

2. régua de gases medicinais e sistema de aspiração;

3. sistema de iluminação emergencial própria com suprimento de energia para o funcionamento de equipamentos de suporte à

vida;

4. mesas e suportes auxiliares;

5. equipamentos para anestesia inalatória;

6. foco de luz de teto e focos auxiliares;

7. condicionamento de ar ambiental;

8. equipamentos para mobilização dos animais de acordo com o porte da clientela assistida;

9. barreiras físicas necessárias para controle de fluxos e circulação de pessoas entre as áreas;

10. as paredes devem ser impermeabilizadas até o teto, e possuir cantos arredondados nos limites parede-piso, parede-parede e

parede-teto.

III - Setor de internação com:

Page 17: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

a) mesa, pia lavatória para mãos;

b) baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento compatíveis com os animais a elas destinadas, de fácil

higienização, obedecidas as normas sanitárias municipais e ou estaduais;

c) sala/baias de isolamento para doenças infecto-contagiosas.

IV - Setor de apoio com:

a) lavanderia hospitalar ou terceirizada obedecendo as normas e legislações sanitárias vigentes;

b) local para preparo de alimentos dos animais;

c) depósito/almoxarifado de produtos para saúde;

d) instalações para repouso de plantonistas;

e) sanitários/vestiários compatíveis com o número de funcionários;

f) depósito de medicamentos, com disponibilidade de dispositivo de segurança para medicamentos sob controle especial;

g) depósito de substâncias químicas para o uso;

h) depósito de materiais de limpeza - DML;

i) local para guarda de animais que vierem a óbito, possuindo capacidade de guarda da carcaça em temperatura adequada até sua

destinação final, de uso exclusivo;

Page 18: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

j.) abrigo de resíduos com Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – PGRSSS, escrito e

disponível para consulta.

V - Setor auxiliar de diagnóstico por imagem com as seguintes condições:

a) os estabelecimentos que realizam atividades de radiodiagnóstico por imagem devem incluir em seus alvarás as atividades

compatíveis com o serviço;

1. Os estabelecimentos que realizam atividades de radiodiagnóstico por imagem devem possuir laudo de proteção radiológica pelo

órgão competente válido disponível, disponível para consulta;

2. os estabelecimentos citados no item “a” devem elaborar e disponibilizar programa de prevenção de riscos ocupacionais e

ambientais, conforme Normas Regulamentadoras pertinentes;

3. uso de dosímetros individuais;

4. uso de vestimenta de proteção individual para paciente, equipe e acompanhantes;

5. suporte adequado para guarda e manutenção das vestimentas plumbíferas;

b) áreas físicas e protocolos de funcionamento adequados e de acordo com legislação em vigor;

Page 19: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

c) os estabelecimentos que realizam ultrassonografia, ecocardiografia, eletroencefalografia, eletrocardiografia, dopler e outros

exames de imagem, devem possuir sala exclusiva para este fim, com mesa de apoio para o animal compatível com o porte, com

dispositivos em condições de higienização das mãos, com ponto de água, dispensador de sabão liquido abastecido, toalha de

papel descartável em suporte e compartimento para descarte de resíduos.

VI - Equipamentos indispensáveis para:

a) manutenção de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos em rede de frio exclusiva, adequada e preconizada pelo

Ministério da Saúde, se houver opção do serviço;

b) mapa diário de controle de temperatura de rede de frio para imunobiológico;

c) manutenção preventiva e corretiva do equipamento de rede de frio para conservação de imunobiológico;

d) conservação de animais mortos e tecidos;

e) sistema de manutenção da rede elétrica em caso de interrupção do fornecimento de energia.

Art. 20 Os consultórios dos médicos veterinários para funcionar devem dispor, minimamente, de:

I - setor de atendimento com:

a) sala de recepção;

Page 20: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

b) sala de consulta;

c) armários próprios para equipamentos e medicamentos;

d) abrigo de resíduos;

e) sanitários para público;

f) aparelho de climatização do ar que garanta o conforto térmico.

II - Equipamentos necessários para:

a) manutenção de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos em rede de frio exclusiva e adequada e preconizada pelo

Ministério da Saúde, se houver opção do serviço;

b) mapa diário de controle de temperatura de rede de frios para imunobiológico;

c) manutenção preventiva e corretiva do equipamento de rede de frios para conservação de imunobiológico;

d) CME-S, se houver reprocessamento de materiais;

e) sistema de manutenção da rede elétrica em caso de interrupção do fornecimento de energia.

Art. 21 Os Ambulatórios Veterinários para funcionar devem dispor, minimamente, de:

Page 21: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

I - Setor de atendimento com:

a) sala de recepção;

b) consultório com mesa de exame;

c) abrigo de resíduos;

d) depósito de materiais de limpeza- DML;

e) sanitários para o público separados por sexo;

f) aparelho de climatização do ar que garanta o conforto térmico.

II - Equipamentos necessários para:

a) manutenção exclusiva de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos em rede de frio exclusiva, adequada e preconizada

pelo Ministério da Saúde, se houver opção do serviço;

b) CME-S, se houver processamento de materiais;

c) sistema de manutenção da rede elétrica em caso de interrupção do fornecimento de energia.

Parágrafo único. Todos os serviços contratados e conveniados devem possuir licenciamento no órgão competente.

Page 22: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

Art. 22 As Pet shops com Banho, Tosa e Embelezamento Animal, devem dispor de:

I - paredes e tetos lisos de cor clara e impermeável, piso de superfície lisa, compacta e de cor clara, e resistente ao uso de

desinfetante;

II - tanque e mesa de material de fácil higienização, com superfície antiderrapante e dispositivo para contenção do animal;

III - instalações físicas, hidráulico-sanitárias e elétricas adequadas para a atividade desempenhada;

IV - ralos providos de filtro de separação de sólidos;

V - ambiente destinado ao banho e tosa, fechado, individualizado, separado do restante do estabelecimento, com gaiola de espera;

VI - uso de toalhas limpas e individuais devidamente acondicionadas;

VII - limpeza e desinfecção de pentes e escovas após cada tosa e banho;

VIII - remoção de pêlos das escovas e pentes após cada tosa e banho;

IX - recintos destinados à venda de animais, confeccionado de material não sujeito a corrosão, de fundo duplo e móvel, de forma a

facilitar a limpeza diária;

X - venda de animais silvestres/exóticos com licença dos órgão competentes;

XI - separação entre os animais expostos à venda dos animais presentes para o serviço de banho e tosa;

XII - aquários com águas limpas sem turvação e oxigenadas por meio mecânico;

Page 23: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

XIII - espaço adequado para manter os animais com conforto térmico, evitando a superpopulação e a presença de espécies

diferentes em um mesmo recinto;

XIV - ambiente destinado ao banho e tosa deve ser fechado, individualizado, separado do restante do estabelecimento, com

sistema de gaiola de espera e climatização do ar que garanta o conforto térmico;

XV - exposição à venda de animais saudáveis, em bom estado nutricional e livres de ectoparasitas, com água e alimentos

disponíveis;

XVI - registro e a rotulagem dos produtos de uso veterinário de acordo com as legislações vigentes. Parágrafo único. As Pet shops

que exerçam a atividade de venda e ou embelezamento de animais não podem comercializar gêneros alimentícios que necessitem

de preparo e ou manipulação para serem consumidos.

Art. 23 As Unidades de Transporte de Animais devem:

I - Possuir autorização da Vigilância sanitária municipal para circulação no âmbito da cidade do Rio de Janeiro;

II - possuir Certificado de Registro Licenciamento de Veículo válido;

III - apresentar bom estado de lataria, sem avarias aparentes;

IV - possuir equipamento para contenção individual dos animais (caixas de transporte), evitando a superpopulação e separado por

espécie;

V - possuir climatização, proporcionando conforto térmico compatível com os animais a serem transportados

Page 24: RESOLUÇÃO SMS Nº 3086 DE 30 DE SETEMBRO DE 2016

VI - apresentar boas condições higiênico sanitárias;

VII - possuir quatro rodas;

VIII - ser vinculadas a uma sede para recolhimento do veículo, guarda de equipamentos, materiais e possuir identificação do

mesmo;

IX - ter sede que não poderá possuir alvará de “simples escritório” ou ponto de referência;

XI - executar semestralmente, documentar e registrar o controle de vetores e pragas apresentando ordem de serviço válida emitida

por firma credenciada junto aos órgãos ambientais;

XII - ter o local de transporte dos animais com dispositivos de contenção e tamanho compatíveis com o animal transportado; XIII -

ter o local de transporte dos profissionais com segurança e conforto térmico.

Art. 24 As Ambulâncias Veterinárias devem:

I - possuir autorização da Vigilância sanitária municipal para circulação no âmbito da cidade do Rio De Janeiro;

II - possuir Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo válido;

III - apresentar bom estado de lataria, sem avarias;

IV - possuir sistema de maca com contenção e imobilização do paciente;

V - possuir sistema de monitorização do paciente;

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VI - possuir sistema para aplicação de fluídos;

VII - possuir sistema de provisão de oxigênio e ventilação mecânica;

VIII - possuir superfície interna do veículo forrada de material liso que permita a limpeza e higienização;

IX - possuir coletor de resíduo perfuro-cortante com identificação;

X - possuir climatização, proporcionando conforto térmico compatível com os animais a serem transportados;

XI - apresentar boas condições higiênico sanitárias;

XII - possuir quatro rodas;

XIII - ser vinculadas a uma sede para recolhimento do veículo, guarda de equipamentos, materiais e possuir identificação do

mesmo;

XIV - ter sede que não poderá possuir alvará de “simples escritório” ou ponto de referência;

XV - executar semestralmente, documentar e registrar o controle de vetores e pragas apresentando ordem de serviço válida

emitida por firma credenciada junto aos órgãos ambientais;

XVI - ter o local de transporte dos animais com dispositivos de contenção e tamanho compatíveis com o animal transportado;

XVII - ter o local de transporte dos profissionais com segurança e conforto térmico.

Art. 25 É proibido o transporte de animais, por pet shops, em bicicletas, motocicletas, ou quaisquer veículos automotores com

menos de quatro rodas, inclusive em caixas de transporte.

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Art. 26 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2016. DANIEL SORANZ