resoluÇÃo nº 544, de 19 de agosto de 2015. o...

28
RESOLUÇÃO Nº 544, DE 19 DE AGOSTO DE 2015. Estabelece a classificação de danos decorrentes de acidentes, os procedimentos para a regularização, transferência e baixa dos veículos envolvidos. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro CTB, e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito SNT; e Considerando o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo GT, criado pelo Departamento Nacional de Trânsito DENATRAN, com objeto de melhorar os critérios de classificação dos danos e os procedimentos para regularização ou baixa de veículos decorrentes de acidentes; Considerando o número de veículos acidentados que, recuperados, voltam a circular nas vias públicas; Considerando a necessidade da Administração Pública, no interesse da segurança viária e da sociedade, de determinar medidas que submetam os veículos acidentados a procedimentos de controle para que possam voltar a circular nas vias públicas com segurança, bem como estabelecer procedimentos para a baixa do registro dos veículos acidentados irrecuperáveis; Considerando o disposto nos artigos 103, 106, 123, inciso III, 124, incisos IV, V, X, 126, 127, e 240 do CTB; e Considerando o que consta nos processos n. o s: 80000.057985/2010-64 e 80000.030245/2012/42; RESOLVE: Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre a classificação de danos e os procedimentos para a regularização, a transferência e a baixa dos veículos envolvidos em acidentes. Art. 2° O veículo envolvido em acidente deve ser avaliado pela autoridade de trânsito ou seu agente, na esfera das suas competências estabelecidas pelo CTB, e ter seu dano classificado conforme estabelecido nesta Resolução. § 1º Para automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários, com estrutura em monobloco, a classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo I desta Resolução. § 2º Para motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, a classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo II desta Resolução. § 3º Para reboques e semirreboques, caminhonetes e utilitários com estrutura em chassis, caminhões e caminhões-trator, a classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo III desta Resolução. § 4º Para ônibus e micro-ônibus, a classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo IV desta Resolução. § 5º O cumprimento dos procedimentos previstos nesta Resolução não dispensa o registro completo do acidente no Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito BOAT. § 6º Veículos indenizados integralmente que não tenham sido objeto do relatório de avarias pela autoridade policial devem ter, no momento da transferência para o nome da Companhia

Upload: duongdat

Post on 01-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • RESOLUO N 544, DE 19 DE AGOSTO DE 2015.

    Estabelece a classificao de danos decorrentes de acidentes,

    os procedimentos para a regularizao, transferncia e baixa

    dos veculos envolvidos.

    O CONSELHO NACIONAL DE TRNSITO CONTRAN, no uso da competncia que lhe

    confere o artigo 12, inciso I, da lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Cdigo de

    Trnsito Brasileiro CTB, e nos termos do disposto no Decreto n 4.711, de 29 de maio de 2003,

    que trata da Coordenao do Sistema Nacional de Trnsito SNT; e

    Considerando o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo GT, criado pelo Departamento

    Nacional de Trnsito DENATRAN, com objeto de melhorar os critrios de classificao dos

    danos e os procedimentos para regularizao ou baixa de veculos decorrentes de acidentes;

    Considerando o nmero de veculos acidentados que, recuperados, voltam a circular nas vias

    pblicas;

    Considerando a necessidade da Administrao Pblica, no interesse da segurana viria e da

    sociedade, de determinar medidas que submetam os veculos acidentados a procedimentos de

    controle para que possam voltar a circular nas vias pblicas com segurana, bem como estabelecer

    procedimentos para a baixa do registro dos veculos acidentados irrecuperveis;

    Considerando o disposto nos artigos 103, 106, 123, inciso III, 124, incisos IV, V, X, 126,

    127, e 240 do CTB; e

    Considerando o que consta nos processos n.os: 80000.057985/2010-64 e

    80000.030245/2012/42;

    RESOLVE:

    Art. 1 Esta Resoluo dispe sobre a classificao de danos e os procedimentos para a

    regularizao, a transferncia e a baixa dos veculos envolvidos em acidentes.

    Art. 2 O veculo envolvido em acidente deve ser avaliado pela autoridade de trnsito ou

    seu agente, na esfera das suas competncias estabelecidas pelo CTB, e ter seu dano classificado

    conforme estabelecido nesta Resoluo.

    1 Para automveis, camionetas, caminhonetes e utilitrios, com estrutura em monobloco,

    a classificao do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo I desta Resoluo.

    2 Para motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, a classificao do

    dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo II desta Resoluo.

    3 Para reboques e semirreboques, caminhonetes e utilitrios com estrutura em chassis,

    caminhes e caminhes-trator, a classificao do dano deve ser realizada conforme estabelecido no

    Anexo III desta Resoluo.

    4 Para nibus e micro-nibus, a classificao do dano deve ser realizada conforme

    estabelecido no Anexo IV desta Resoluo.

    5 O cumprimento dos procedimentos previstos nesta Resoluo no dispensa o registro

    completo do acidente no Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito BOAT.

    6 Veculos indenizados integralmente que no tenham sido objeto do relatrio de avarias

    pela autoridade policial devem ter, no momento da transferncia para o nome da Companhia

  • Seguradora, seus danos classificados nos termos desta Resoluo, mediante regulamentao do

    rgo executivo de trnsito do Estado ou Distrito Federal.

    Art. 3 Concomitantemente lavratura do BOAT, a autoridade de trnsito ou seu agente

    deve avaliar o dano sofrido pelo veculo no acidente, enquadrando-o em uma das categorias a seguir

    e assinalar o respectivo campo no Relatrio de Avarias constante em cada um dos anexos

    mencionados no artigo anterior:

    I Dano de pequena monta;

    II Dano de mdia monta;

    III Dano de grande monta.

    1 Devem ser anexadas ao BOAT fotografias do veculo acidentado - laterais direita e

    esquerda, frente e traseira, devendo ser justificada a impossibilidade de juntada de imagens.

    2 Quando, em virtude de circunstncias excepcionais, a autoridade de trnsito ou seu

    agente no conseguirem verificar se um componente do veculo foi danificado no acidente, esse

    componente deve ser assinalado na coluna NA do respectivo Relatrio de Avarias e sua

    pontuao considerada no cmputo geral da avaliao do veculo, justificando-se no campo

    observaes do relatrio as razes pela qual ele no pde ser avaliado.

    3 Em atendimento ao 2 do artigo 1 do CTB, para efeito de segurana no trnsito, um

    componente assinalado como no avaliado (NA) deve ser considerado como danificado e

    computado na avaliao geral do veculo.

    Art. 4 Em caso de danos de mdia monta ou grande monta, o rgo ou entidade

    fiscalizadora de trnsito responsvel pelo BOAT deve, em at trinta dias da data do acidente,

    expedir ofcio acompanhado dos registros que possibilitaram a classificao do dano ao rgo

    executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal responsvel pelo registro do veculo,

    conforme modelo constante do Anexo V desta Resoluo.

    Pargrafo nico. O envio da documentao poder ser efetuado por via postal ou por meio

    eletrnico previamente definido entre os rgos e desde que contenha de forma visvel a assinatura,

    o nome e a matrcula da autoridade de trnsito ou do agente de fiscalizao que emitiu o documento

    ou de seu superior hierrquico.

    Art. 5 O rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal em que o veculo

    estiver registrado deve incluir o bloqueio administrativo no cadastro em at dez dias teis aps o

    recebimento da documentao citada no artigo anterior.

    1 O bloqueio administrativo ser registrado na Base de ndice Nacional BIN

    pertencente ao sistema de Registro Nacional de Veculos Automotores RENAVAM, contendo a

    data do sinistro, o tipo de dano classificado, o rgo executivo de trnsito do Estado ou do Distrito

    Federal responsvel pela incluso e, se for o caso, nmero do BOAT e o rgo fiscalizador

    responsvel pela ocorrncia.

    2 Enquanto perdurar a restrio administrativa imposta pelo rgo ou entidade executiva

    de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal proibida a circulao do veculo nas vias pblicas,

    sob pena de infringir o disposto no art. 230, inciso VIII, do CTB.

    Art. 6 Imediatamente aps o lanamento da restrio administrativa circulao do

    veculo, o rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal deve notificar o

    proprietrio, conforme modelo previsto no Anexo VI desta Resoluo, informando-o sobre as

    providncias para a regularizao ou baixa do veculo.

    Art. 7 O desbloqueio do veculo que tenha sofrido dano de mdia monta s pode ser

    realizado pelo rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal no qual o veculo

    esteja registrado.

  • 1 Deve ser exigido para desbloqueio de veculo com dano de mdia monta:

    I Certificado de Registro de Veculos CRV e Certificado de Registro e Licenciamento de

    Veculos CRLV originais do veculo, RG, CPF ou CNPJ e comprovante de residncia ou

    domiclio do proprietrio;

    II - Comprovao do servio executado e das peas utilizadas, mediante apresentao da

    nota fiscal de servio da oficina reparadora, acompanhada da(s) nota(s) fiscal (is) das peas

    utilizadas;

    III - Certificado de Segurana Veicular CSV expedido por Instituio Tcnica Licenciada

    ITL, devidamente licenciada pelo DENATRAN e acreditada pelo Instituto Nacional de

    Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO;

    IV Comprovao da autenticidade da identificao do veculo mediante vistoria do rgo

    executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal ou entidade por ele autorizada.

    2 O rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal no qual est

    registrado o veculo com dano de mdia monta, de posse dos documentos previstos no pargrafo

    anterior, deve fazer constar no campo observaes do CRV/CRLV o nmero do CSV, que dever

    permanecer no documento e no cadastro do veculo na BIN mesmo aps eventuais transferncias de

    propriedade, municpio ou Unidade da Federao, at a baixa definitiva do veculo.

    3 O desbloqueio do veculo ficar ainda vinculado emisso de um novo CRV, no qual

    j estaro inseridas as informaes relativas ao sinistro descritas no pargrafo anterior.

    4 Os documentos previstos nos pargrafos anteriores devem ser incorporados ao

    pronturio do veculo.

    5 Caso no ocorra a recuperao do veculo, seu proprietrio deve providenciar a baixa

    do registro de acordo com o art. 126 do CTB e regulamentao complementar.

    6 Caso o veculo sofra acidente em Unidade da Federao (UF) distinta daquela na qual

    est registrado, facultada ao proprietrio do veculo ou seu representante legal a obteno dos

    documentos citados nos incisos III e IV deste artigo no prprio local onde o veculo se encontra. O

    rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal que realizar vistoria em veculo

    registrado em outra UF deve comunicar formalmente sua realizao ao rgo executivo de trnsito

    da UF onde o veculo est registrado.

    7 No caso de veculos que pertenam a empresas de transporte de passageiros ou cargas e

    que possuam oficinas prprias, a comprovao do servio executado e das peas utilizadas, prevista

    no inciso II do 1 deste artigo, poder ser feita mediante declarao da empresa com firma

    reconhecida por autenticidade em papel timbrado e devidamente assinada por seu responsvel

    tcnico, formalmente investido nesta funo, acompanhada de originais ou cpias das notas fiscais

    utilizadas no reparo.

    Art. 8 O veculo enquadrado na categoria dano de grande monta deve ser classificado

    como irrecupervel pelo rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal que

    detiver seu registro, devendo ser executada a baixa do seu cadastro na forma determinada pelo

    CTB.

    Art. 9 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com "dano de grande monta"

    ou "dano de mdia monta" poder apresentar recurso para reenquadramento do dano na categoria

    imediatamente inferior, desde que em hiptese autorizada nos anexos I a IV, sendo necessrio, para

    tanto, o atendimento s seguintes exigncias:

    I - Ser realizada nova avaliao tcnica por profissional engenheiro legalmente habilitado e

    apresentado o respectivo laudo;

    II - O veculo deve estar nas mesmas condies em que se encontrava aps o acidente;

  • III - A avaliao deve ser feita conforme os critrios e modelos de formulrios constantes

    desta Resoluo e seus anexos;

    IV - O laudo deve estar acompanhado de fotos ilustrativas do veculo mostrando as partes

    danificadas e as seguintes vistas: frontal, traseira, lateral direita, lateral esquerda, a 45 mostrando

    dianteira e lateral esquerda, a 45 mostrando dianteira e lateral direita, a 45 mostrando traseira e

    lateral esquerda e a 45 mostrando traseira e lateral direita;

    V - O laudo deve estar acompanhado de Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART)

    devidamente preenchida e assinada pelo engenheiro e pelo proprietrio do veculo ou seu

    representante legal;

    VI - O laudo e demais documentos devem ser apresentados ao rgo executivo de trnsito

    dos Estados ou do Distrito Federal que detiver o registro do veculo no prazo mximo de 60

    (sessenta) dias, a contar da data da lavratura do BOAT, salvo caso fortuito ou fora maior

    devidamente comprovados.

    1 O rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal que detiver o registro

    do veculo deve apreciar o recurso no prazo de quinze dias teis, podendo requisitar a apresentao

    do veculo para avaliao prpria ou por entidade por ele reconhecida.

    2 A requisio tratada no 1 deste artigo interrompe o prazo de apreciao e deve ser

    atendida pelo proprietrio no prazo de dez dias teis. A no apresentao do veculo para avaliao

    na forma e prazo previstos implica a sua classificao como irrecupervel, aplicando-se o disposto

    no artigo 8 desta Resoluo.

    3 Em caso de deferimento do recurso, o desbloqueio do veculo fica sujeito aos

    procedimentos descritos no artigo 7 desta Resoluo.

    Art. 10. Caso o sinistro ocorra em Unidade da Federao (UF) distinta daquela na qual est

    registrado, facultado ao proprietrio do veculo, para efeito de baixa definitiva, entregar o recorte

    do chassi e placas no rgo executivo de trnsito onde o veculo se encontra, de acordo com o artigo

    126 do CTB e regulamentao complementar, que encaminhar a Certido de Entrega de recorte de

    chassi e placas para o rgo executivo de trnsito da UF onde o veculo estiver registrado, que

    promover a baixa definitiva.

    Art. 11. As disposies contidas nesta Resoluo tambm se aplicam aos veculos que

    sofreram acidentes antes de serem cadastrados, cabendo o envio de ofcio com a documentao com

    a classificao de danos ao DENATRAN, para bloqueio administrativo no pr-cadastro da BIN e

    demais procedimentos da decorrentes.

    Art. 12. Veculos objetos de roubo ou furto que tenham sofrido avarias em itens pontuveis

    dos relatrios contidos nos anexos desta Resoluo tambm esto sujeitos s disposies nela

    contidas, devendo ser elaborados boletim de ocorrncia policial e pertinente relatrio de avarias e

    encaminhados ao rgo executivo de trnsito dos Estados ou do Distrito Federal que detiver o

    registro do veculo.

    Art. 13. O veculo classificado com dano de mdia ou grande monta no pode ter

    sua propriedade transferida, excetuando-se para as companhias seguradoras, nos casos de acidentes

    em que por fora da indenizao se opere a sub-rogao nos direitos de propriedade.

    1 O veculo somente pode ser transferido ao nome da companhia seguradora mediante

    apresentao da documentao referente ao processo de indenizao, BOAT, se houver, relatrio de

    avarias e fotografias do veculo acidentado.

    2 A companhia seguradora deve providenciar o registro da transferncia de propriedade

    para seu nome, no prazo previsto no art. 123, inciso I, do CTB, devendo ser realizada vistoria para

    identificao veicular e emitido o CRV/CRLV com a informao de que o veculo encontra-se

  • proibido de circular nas vias pblicas, at a adoo das providncias previstas no artigo 7 ou 8

    desta Resoluo.

    3 Efetivada a transferncia de propriedade para a razo social da companhia seguradora,

    novamente deve ser bloqueado o cadastro do veculo, seguindo-se o disposto nos artigos 7 e 8

    desta Resoluo.

    Art. 14. Os anexos desta Resoluo encontram-se no stio eletrnico do DENATRAN:

    www.denatran.gov.br.

    Art. 15. Esta Resoluo entra em vigor no dia 1 de maro de 2016.

    Art. 16. A Resoluo CONTRAN n 362, de 15 de outubro de 2010, fica revogada a partir

    de 1 de maro de 2016.

    Alberto Angerami

    Presidente

    Eduardo de Castro

    Ministrio dos Transportes

    Alexandre Euzbio de Morais

    Ministrio dos Transportes

    Ricardo Shinzato

    Ministrio da Defesa

    Aristeu Gomes Tininis

    Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao

    Djailson Dantas de Medeiros

    Ministrio da Educao

    Edilson dos Santos Macedo

    Ministrio das Cidades

    Marta Maria Alves da Silva

    Ministrio da Sade

    Marcelo Vinaud Prado

    Agncia Nacional de Transportes Terrestres

    Thomas Paris Caldellas

    Ministrio do Desenvolvimento Indstria Comrcio Exterior

  • ANEXO I

    PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAO DE DANOS EM

    AUTOMVEIS, CAMIONETAS, CAMINHONETES E UTILITRIOS.

    1. Este procedimento aplica-se aos automveis, camionetas, caminhonetes e utilitrios.

    2. O preenchimento do Relatrio de Avarias constante deste Anexo deve retratar a condio real do

    veculo e ser feito conforme os seguintes critrios:

    2.1. Quando verificar-se fisicamente que um componente estrutural ou de segurana passiva do

    veculo foi danificado no acidente, deve ser assinalada a coluna SIM ao lado do respectivo item

    no relatrio.

    2.2. Quando um componente estrutural ou de segurana passiva no estiver danificado, ou no

    existir originalmente, deve ser assinalada a coluna NO ao lado do respectivo item no relatrio..

    2.3. Quando, em virtude de circunstncias excepcionais, a autoridade de trnsito ou seu agente no

    conseguirem verificar se um componente estrutural ou de segurana passiva do veculo foi

    danificado no acidente, esse componente deve ser assinalado na coluna NA do respectivo

    Relatrio de Avarias e sua pontuao considerada no cmputo geral da avaliao do veculo,

    justificando-se no campo observaes do relatrio as razes pelas quais ele no pde ser avaliado.

    2.4. Em atendimento ao 2 do artigo 1 do CTB, para efeito de segurana no trnsito, at prova em

    contrrio, um componente assinalado como no avaliado (NA) ser considerado como danificado

    e ser computado na avaliao geral do veculo.

    3. A classificao do dano sofrido pelo veculo ser feita conforme os seguintes critrios:

    3.1. Categorias de danos:

    Dano de pequena monta;

    Dano de mdia monta;

    Dano de grande monta;

    3.2. A classificao do dano na categoria pequena monta dar-se- quando o total de itens

    assinalados na coluna SIM somados aos da coluna NA for no mximo 1(um) item.

    3.3 A classificao do dano na categoria mdia monta dar-se- quando o total de itens

    assinalados na coluna SIM somados aos da coluna NA for superior a 1(um) no superior a 6

    (seis) itens.

    3.4. A classificao do dano na categoria grande monta dar-se- quando o total de itens

    assinalados na coluna SIM somados aos da coluna NA for superior a 6 (seis) itens, o que

    implica tambm na classificao do veculo como irrecupervel.

    3.5 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de grande monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para mdia monta desde que o total de itens

  • classificados como SIM no exceda 9 (nove) componentes estruturais, no havendo limitao de

    quantidade para os itens classificados como NA.

    3.6 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de mdia monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para pequena monta, desde que o total de

    itens classificados como SIM no excedam 3 (trs) componentes estruturais, no havendo

    limitao de quantidade para os itens classificados como NA.

    4. Os desenhos a seguir so ilustrativos de alguns itens de avaliao:

  • Marca/modelo: Data: N BOAT:

    Placa: Responsvel pelo preenchimento:

    Item Nome da pea SIM NO NA Item Nome da pea SIM NO NA 1 Painel corta-fogo 12 Longarina traseira esquerda 2 Longarina dianteira esquerda 13 Assoalho portamalas ou caamba 3 Caixa de roda dianteira esquerda 14 Longarina traseira direita 4 Estrutura da soleira esquerda 15 Caixa de roda traseira direita 5 Air Bags Frontais 16 Estrutura da coluna traseira direita 6 Air Bags Laterais 17 Estrutura da soleira direita 7 Estrutura da coluna dianteira esquerda 18 Estrutura da coluna central direita 8 Estrutura da coluna central esquerda 19 Estrutura da coluna dianteira direita 9 Estrutura da coluna traseira esquerda 20 Assoalho central direito

    10 Caixa de roda traseira esquerda 21 Caixa de roda dianteira direita 11 Assoalho central esquerdo 22 Longarina dianteira direita

    Observaes:

    AVALIAO DO DANO: Quantidade de peas estruturais/seg. pass. danificadas de 0 a 1 -> DANO DE PEQUENA MONTA Quantidade de peas estruturais/seg. pass. danificadas de 2 a 6 -> DANO DE MDIA MONTA Quantidade de peas estruturais/seg.pass. danificadas maior que 6 -> DANO DE GRANDE MONTA

    FORMULRIO PARA CLASSIFICAO DE DANOS EM VECULOS SINISTRADOS

    PEAS ESTRUTURAIS/SEGURANA PASSIVA AVARIADAS NO ACIDENTE

    Avaliao

    Avaliao

    TOTAL GERAL (SIM + NA)

    AUTOMVEIS, CAMIONETAS E CAMINHONETES

  • ANEXO II

    PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAO DE DANOS EM

    MOTOCICLETAS E VECULOS ASSEMELHADOS

    1. Este procedimento aplica-se a motocicletas e veculos assemelhados.

    2. O preenchimento do Relatrio de Avarias constante deste Anexo deve retratar a condio real do

    veculo e ser feito conforme os seguintes critrios:

    2.1. Quando verificar-se fisicamente que um componente do veculo foi danificado no acidente,

    deve ser assinalada a coluna SIM ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.2. Quando um componente no estiver danificado, ou no existir originalmente, deve ser

    assinalada a coluna NO ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.3. Quando, em virtude de circunstncias excepcionais, a autoridade de trnsito ou seu agente no

    conseguirem verificar se um componente do veculo foi danificado no acidente, esse componente

    deve ser assinalado na coluna NA do respectivo Relatrio de Avarias e sua pontuao

    considerada no cmputo geral da avaliao do veculo, justificando-se no campo observaes do

    relatrio as razes pela qual ele no pde ser avaliado.

    2.4. Em atendimento ao 2 do artigo 1 do CTB, para efeito de segurana no trnsito, at prova em

    contrrio, um componente assinalado como no avaliado NA ser considerado como danificado e

    ser computado na avaliao geral do veculo.

    3. A classificao do dano sofrido pelo veculo ser feita conforme os seguintes critrios:

    3.1. Categorias de danos:

    Dano de pequena monta;

    Dano de mdia monta;

    Dano de grande monta;

    3.2. A classificao do dano na categoria pequena monta dar-se- quando o total dos itens

    assinalados nas colunas SIM e NA for igual a zero;

    3.3. A classificao do dano na categoria mdia monta dar-se- quando o total de itens

    assinalados nas colunas SIM, somados aos da coluna NA for de 1 (um) a 4 (quatro) itens;

    3.4. A classificao do dano na categoria grande monta dar-se- quando o total de itens

    assinalados na coluna SIM somados ao da coluna NA for superior a 4 (quatro) itens, o que

    implica tambm na classificao do veculo como irrecupervel.

    3.5 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de grande monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para mdia monta desde que o total de itens

    classificados como SIM no exceda 5 (cinco) componentes estruturais, no havendo limitao de

    quantidade para os itens classificados como NA.

  • 3.6 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de mdia monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para pequena monta, desde que o total de

    itens classificados como SIM no exceda 1 (um) componente estrutural, no havendo limitao

    de quantidade para os itens classificados como NA.

    4. Os desenhos a seguir so ilustrativos dos itens de avaliao:

  • Marca/modelo: Data: N BOAT:

    Placa: Responsvel pelo preenchimento:

    Item Nome da pea SIM NO NA Item Nome da pea SIM NO NA

    1 Garfo dianteiro 5 Chassi

    2 Mesa superior da suspenso dianteira 6 Garfo traseiro

    3 Mesa inferior da suspenso dianteira 7

    4 Coluna de direo

    Observaes

    AVALIAO DO DANO:

    Quantidade de peas estruturais danificadas = 0 -> DANO DE PEQUENA MONTA

    Quantidade de peas estruturais danificadas de 1 a 4 -> DANO DE MDIA MONTA

    Quantidade de peas estruturais danificadas maior que 4 -> DANO DE GRANDE MONTA

    FORMULRIO PARA CLASSIFICAO DE DANOS EM VECULOS SINISTRADOS

    MOTOCICLETASPEAS ESTRUTURAIS AVARIADAS NO ACIDENTE

    Avaliao Avaliao

    TOTAL GERAL (SIM + NA)

    Eiixo traseiro (triciclos)

  • ANEXO III

    PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAO DO DANO EM REBOQUES E

    SEMIRREBOQUES, CAMINHES E CAMINHES-TRATORES.

    1. Este procedimento se aplica aos reboques e semirreboques, aos caminhes com implementos

    rodovirios ou carroarias e aos caminhes-tratores.

    2. O preenchimento do Relatrio de Avarias constante deste Anexo deve retratar a condio real do

    veculo e ser feito conforme os seguintes critrios:

    2.1 Quando verificar-se fisicamente que um componente do veculo foi danificado no acidente,

    deve ser assinalada a coluna SIM ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.2 Quando um componente no estiver danificado, ou no existir originalmente, deve ser

    assinalada a coluna NO ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.3 Quando, em virtude de circunstncias excepcionais, a autoridade de trnsito ou seu agente no

    conseguirem verificar se um componente do veculo foi danificado no acidente, esse componente

    deve ser assinalado na coluna NA do respectivo Relatrio de Avarias e sua pontuao

    considerada no cmputo geral da avaliao do veculo, justificando-se no campo observaes do

    relatrio as razes pela qual ele no pde ser avaliado.

    2.4 Em atendimento ao 2 do artigo 1 do CTB, para efeito de segurana no trnsito, at prova em

    contrrio, um componente assinalado como no avaliado NA ser considerado como danificado e

    ser computado na avaliao geral do veculo.

    3. A classificao do dano ser feita conforme os seguintes critrios:

    3.1 Categorias de danos:

    a) Dano de pequena monta: quando no houver nenhum item assinalado nas colunas SIM ou

    NA;

    b) Dano de mdia monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou

    NA for de categoria M (Mdia Monta);

    c) Dano de grande monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou

    NA, for de categoria G (Grande Monta).

    3.2 Considera-se que dano de pequena monta o menos grave e dano de grande monta o

    de maior gravidade.

    3.3 A classificao do dano do veculo se basear no item de maior gravidade assinalado nas

    colunas SIM ou NA. Por exemplo, se dentre os itens assinalados nas colunas SIM ou NA

    existirem trs itens cuja gravidade M (mdia monta) e um item de gravidade G (grande

    monta), no campo DANO deve ser assinalado o item GRANDE MONTA, pois o item de maior

    gravidade tem categoria G.

    4. Devem ser avaliadas separadamente as avarias ocorridas na cabine e/ou carroaria e as avarias

    ocorridas no chassi do veculo.

    4.1 A classificao Dano de Grande Monta no se aplica cabine e carroaria.

  • 4.2 A classificao dano de grande monta no chassi acarreta, obrigatoriamente, no sucateamento

    do veculo como um todo.

    5. Os componentes da cabine e/ou carroaria danificados no acidente, dependendo do componente e

    da avaria sofrida, resultam na classificao do dano conforme as tabelas a seguir.

    6. A constatao de avaria em algum componente da cabine e/ou carroaria conforme a tabela 1,

    abaixo, resulta na classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia Monta,

    dependendo da avaliao do chassi do veculo.

    TABELA 1

    MDIA MONTA COMPONENTES DA CABINE E/OU CARROARIA

    Localizao Avaria de origem mecnica Avaria de origem

    trmica

    Cabine (quando

    existente)

    Deformaes na estrutura afetando

    coluna(s), painel corta fogo, soleira

    e/ou assoalho. (fig. 1)

    Regio termicamente

    afetada com dimenso

    menor ou igual a 2/3 do

    comprimento da

    carroaria. Carroaria Deformaes na estrutura das laterais

    e/ou do teto (quando houver)

    atingindo o compartimento de carga.

    Estrutura com deformao vertical

    ou lateral atingindo o compartimento

    de carga;

    Estrutura com deformao vertical

    ou lateral afetando os componentes

    de unio da base da carroaria com o

    chassi.

  • 7. Os componentes mecnicos e do chassi danificados no acidente resultam na classificao do

    veculo como portador, no mnimo, do dano especificado na coluna da esquerda da tabela 2 abaixo.

    TABELA 2

    CLASSIFICAO DO

    DANO DO VECULO

    COMPONENTE DANIFICADO DO CHASSI

    Avaria de origem mecnica Avaria de origem trmica

    MDIA MONTA Suspenso, eixos, sistema de freio e

    para-choque traseiro.

    Chassi com deformao torcional

    permanente menor ou igual altura

    da longarina item 8.1.

    Chassi com deformao vertical

    permanente menor ou igual altura

    da longarina - item 8.2.

    Chassi com deformao lateral

    permanente menor ou igual

    distncia interna entre as longarinas

    -item 8.3.

    Regio do chassi

    termicamente afetada com

    dimenso menor ou igual a 2/3

    do comprimento do chassi

    e/ou qualquer frao da regio

    da suspenso

    GRANDE MONTA Chassi com deformaes

    permanentes superiores s definidas

    na classificao de mdia monta

    Regio do chassi

    termicamente afetada com

    dimenso superior a 2/3 do

    comprimento do chassi

    7.1 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de grande monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para mdia monta desde que o total de itens

    classificados como SIM no excedam 3 (trs) componentes estruturais classificados como G,

    no havendo limitao de quantidade para os itens classificados como NA. Excetuam-se os casos

    de dano trmico, que no so passveis de reclassificao.

    7.2 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de mdia monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para pequena monta desde que o total de itens

    classificados como SIM no excedam 3 (trs) componentes estruturais classificados como M,

    no havendo limitao de quantidade para os itens classificados como NA.

    8. Tipos de deformao

    8.1 Deformao torcional permanente

    8.1.1 Quando o deslocamento (Y) provocado pela toro na seco transversal formada pelas

    longarinas (vigas) for inferior ou igual altura da longarina (H), medida na regio de maior

    dimenso, isso resulta na classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia

    Monta, dependendo da avaliao dos demais itens.

    8.1.2 Quando o deslocamento (Y) provocado pela toro na seco transversal formada pelas

    longarinas (vigas) for superior altura da longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso

    resulta na classificao do veculo como portador de Dano de Grande Monta.

  • 8.2 Deformao vertical permanente

    8.2.1 Quando o deslocamento (Y) formado pela linha superior do chassi for inferior ou igual

    altura da longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso resulta na classificao do

    veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia Monta,dependendo da avaliao dos

    demais itens.

    8.2.2 Quando o deslocamento (Y) formado pela linha superior do chassi for superior altura da

    longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso resulta na classificao do veculo como

    portador de Dano de Grande Monta.

    NOTA: Na regio do chassi de menor seco transversal (regio frontal), admitida a mesma

    deformao vertical (Y), visto que essa regio mais suscetvel a pequenas deformaes que no

    comprometem o restante do chassi. Sees menores facilitam a recuperao/substituio,mantendo

    a integridade do restante da estrutura.

    FIGURA 3: Deformao vertical permanente

    8.3 Deformao lateral permanente

  • 8.3.1 Quando o deslocamento(X) de uma longarina (viga), em qualquer um de seus pontos, for

    inferior ou igual maior distncia interna original (L) entre as longarinas(vigas), isso resulta na

    classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia Monta, dependendo da

    avaliao dos demais itens.

    8.3.2 Quando o deslocamento(X) de uma longarina (viga), em qualquer um de seus pontos, for

    superior maior distncia interna original (L) entre as longarinas (vigas),isso resulta na

    classificao do veculo como portador de Dano de Grande Monta.

  • Veculo Placa: Nome do Agente/Assinatura: N BOAT Registro/Matrcula do Agente: Data:

    Descrio do componente Valor Sim No NA

    M

    M

    M M M M M M M G G G M

    Chassi afetado termicamente na regio onde est fixada a suspenso M G

    Air bags ( se existir) M

    SI M = item danificado no acidente NO = item no danificado ou no existente NA = item que no foi possvel avaliar o dano (No Avaliado)

    Quando o componente estiver danificado, assinalar com um X a coluna SIM Quando o componente no estiver danificado, ou no existir originalmente, assinalar com um X a coluna NO

    Caso no tenha sido possvel avaliar se o componente foi ou no danificado no acidente, assinalar com um X a coluna NA.

    Observaes:

    "Dano de pequena monta o menos grave e dano de grande monta o de maior gravidade A classificao do dano do veculo ter a mesma classificao do item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou NA.

    Dano de Pequena Monta: quando no houver nenhum item assinalado nas colunas "SIM" ou "NA"

    Dano de Mdia Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA for de categoria M

    Dano de Grande Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA for de categoria G

    M : Item que individualmente implica em Dano de Mdia Monta.

    G : Item que individualmente implica em Dano de Grande Monta CLASSIFICAO DO DANO DO VECULO

    Assinale abaixo o campo correspondente ao dano do veculo

    Chassi com deformao lateral menor ou igual distncia interna entre as longarinas Chassi com deformao torcional maior que a altura da longarina. Chassi com deformao vertical maior que a altura da longarina. Chassi com deformao lateral maior que a distncia interna entre as longarinas. Chassi com regio termicamente afetada com dimenso menor ou igual a 2/3 do comprimento do chassi.

    Chassi com regio termicamente afetada com dimenso maior que 2/3 do comprimento do chassi.

    Para choque traseiro danificado. Dano em qualquer componente do Sistema de Suspenso. Avaria em qualquer um dos eixos Dano em qualquer componente do Sistema de freios. Chassi com deformao torcional menor ou igual altura da longarina. Chassi com deformao vertical menor ou igual altura da longarina

    RELATRIO DE AVARIAS PARA CLASSIFICAO DO DANO EM REBOQUES, SEMIRREBOQUES, CAMINHES

    E CAMINHES TRATORES

    Cabine com avarias na estrutura, afetando coluna(s) dianteiras ou traseira(s), painel corta-fogo, soleira ou assoalho.

    Carroaria com avarias na estrutura das laterais ou do teto (quando houver) atingindo o compartimento de carga, ou com deformao vertical ou lateral afetando o compartimento de carga, ou afetando os componentes de unio da base da carroaria com o chassis.

    Item

    1

    2

    3 4 5 6 7 8

    16 15

    9 10 11 12 13 14

  • ANEXO IV

    PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAO DO DANO EM NIBUS E

    MICRO-NIBUS

    1.Este procedimento aplica-se aos nibus e micro-nibus.

    2. O preenchimento do Relatrio de Avarias constante deste Anexo deve retratar a condio real do

    veculo e ser feito conforme os seguintes critrios:

    2.1 Quando verificar-se fisicamente que uma parte do veculo foi danificada no acidente, deve ser

    assinalada a coluna SIM ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.2 Quando a parte no estiver danificada, ou no existir originalmente, deve ser assinalada a coluna

    NO ao lado do respectivo item no relatrio.

    2.3 Quando, em virtude de circunstncias excepcionais, a autoridade de trnsito ou seu agente no

    conseguirem determinar com certeza se uma determinada parte do veculo foi ou no danificada no

    acidente, deve ser assinalada a coluna NA ao lado do respectivo item no relatrio, justificando-se

    no campo observaes a razo pela qual esse item no pde ser avaliado.

    2.4 Em atendimento ao 2 do artigo 1 do Cdigo de Trnsito Brasileiro, para efeito de segurana

    no trnsito e at prova em contrrio, um item assinalado como no avaliado NA ser considerado

    como danificado e ser computado na avaliao geral do veculo.

    3. A classificao do dano sofrido pelo veculo ser feita conforme os seguintes critrios:

    3.1 Categorias de danos:

    a) Dano de pequena monta: quando no houver nenhum item assinalado nas colunas SIM ou

    NA;

    b) Dano de mdia monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou NA

    for de categoria M (mdia monta);

    c) Dano de grande monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou

    NA, for de categoria G (grande monta).

    3.2 Considera-se que dano de pequena monta o menos grave e dano de grande monta o de

    maior gravidade.

    3.3 A classificao do dano do veculo se basear no item de maior gravidade assinalado nas

    colunas SIM ou NA. Por exemplo, se dentre os itens assinalados nas colunas SIM ou NA

    existirem sete itens de gravidade M (mdia monta) e nenhum item com gravidade G (grande

    monta), no campo DANO deve ser assinalado o item MDIA MONTA, pois o item de maior

    gravidade tem categoria M.

    4. Devem ser avaliadas separadamente as avarias ocorridas na carroaria e as avarias ocorridas no

    chassi do veculo.

    4.1 A classificao dano de grande monta no se aplica carroaria.

  • 4.2 A classificao dano de grande monta no chassi acarreta, obrigatoriamente, o sucateamento

    do veculo como um todo, incluindo a carroaria.

    5. Os componentes da carroaria danificados no acidente, dependendo do componente e da avaria

    sofrida, resultam na classificao do dano conforme as tabelas a seguir.

    5.1 A constatao de avaria em algum componente da carroaria conforme a tabela 1 Mdia

    Monta, abaixo, resulta na classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia

    Monta, dependendo da avaliao do chassi do veculo.

    TABELA 1

    MDIAMONTA COMPONENTES DA CARROARIA

    Localizao Avaria de origem mecnica Avaria de origem trmica

    Seo Dianteira

    Avarias na estrutura afetando o posto

    do condutor e/ou a coluna B da

    carroceria podendo afetar ainda o

    compartimento dos passageiros ou

    qualquer ponto de fixao das

    poltronas (bancos);

    Regio termicamente afetada

    com dimenso menor ou

    igual a 2/3 do comprimento

    da carroaria.

    Seo Traseira

    Avarias na estrutura atingindo a poro

    traseira da carroceria, podendo afetar

    ainda o compartimento dos passageiros

    ou qualquer ponto de fixao das

    poltronas (bancos);

    Seo Dianteira

    Seo Central

    Seo Traseira

    Avarias na estrutura das laterais ou do

    teto atingindo o compartimento interno

    dos passageiros podendo ultrapassar o

    plano que passa pela linha de

    referncia do peitoril (parte inferior das

    janelas);

    Estrutura com deformao vertical,

    podendo afetar o compartimento dos

    passageiros e os componentes de unio

    da base da carroceria com o chassi;

    Estrutura com deformao lateral,

    podendo afetar o compartimento dos

    passageiros e os componentes de unio

    da base da carroceria com o chassi.

    6 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de grande monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para mdia monta desde que o total de itens

    classificados como SIM no excedam 3 (trs) componentes estruturais classificados como G,

    no havendo limitao de quantidade para os itens classificados como NA. Excetuam-se os casos

    de dano trmico, que no so passveis de reclassificao.

    6.1 O proprietrio do veculo, ou seu representante legal, com dano de mdia monta poder

    apresentar recurso para reenquadramento do dano para pequenamonta desde que o total de itens

    classificados como SIM no excedam 3 (trs) componentes estruturais classificados como M,

    no havendo limitao de quantidade para os itens classificados como NA.

  • IDENTIFICAO DOS PLANOS DE REFERNCIA

    Notas:

    O plano de referncia do peitoril/janela indicado na figura 1 mantm-se como referncia tambm no caso de veculos com dois andares.

    No caso de nibus articulados e biarticulados, a anlise deve ser feita para cada unidade.

  • 7. Os componentes mecnicos e do chassi danificados no acidente resultam na classificao do

    veculo como portador, no mnimo, do dano especificado na coluna da esquerda da tabela 3abaixo.

    TABELA 3

    CLASSIFICAO DO

    DANO DO VECULO

    COMPONENTE DANIFICADO DO CHASSI

    Avaria de origem mecnica Avaria de origem trmica

    MDIA MONTA

    Suspenso, eixos, sistema de

    freio e para-choque traseiro.

    Chassi com deformao

    torcional permanente menor ou

    igual altura da longarina

    item 8.1.

    Chassi com deformao

    vertical permanente menor ou

    igual altura da longarina -

    item 8.2.

    Chassi com deformao lateral

    permanente menor ou igual

    distncia interna entre as

    longarinas-item 8.3.

    Regio do chassi termicamente

    afetada com dimenso menor

    ou igual a 1/3 do comprimento

    do chassi e/ou qualquer frao

    da regio da suspenso

    GRANDE MONTA

    Chassi com deformaes

    permanentes superiores s

    definidas na classificao de

    mdia monta

    Regio do chassi termicamente

    afetada com dimenso superior

    a 1/3 do comprimento do

    chassi

    8. Tipos de deformao

    8.1 Deformao torcional permanente

    8.1.1 Quando o deslocamento (Y) provocado pela toro na seco transversal formada pelas

    longarinas (vigas) for inferior ou igual altura da longarina (H),medida na regio de maior

    dimenso, isso resulta na classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia

    Monta, dependendo da avaliao dos demais itens.

    8.1.2 Quando o deslocamento (Y) provocado pela toro na seco transversal formada pelas

    longarinas (vigas) for superior altura da longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso

    resulta na classificao do veculo como portador de Dano de Grande Monta.

  • 8.2 Deformao vertical permanente

    8.2.1 Quando o deslocamento (Y) formado pela linha superior do chassi for inferior ou igual

    altura da longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso resulta na classificao do

    veculo como portador, no mnimo, de Dano de Mdia Monta, dependendo da avaliao dos

    demais itens.

    8.2.2 Quando o deslocamento (Y) formado pela linha superior do chassi for superior altura da

    longarina (H), medida na regio de maior dimenso, isso resulta na classificao do veculo como

    portador de Dano de Grande Monta.

    NOTA: Na regio do chassi de menor seco transversal (regio frontal), admitida a mesma

    deformao vertical (Y), visto que essa regio mais suscetvel a pequenas deformaes que no

    comprometem o restante do chassi. Sees menores facilitam a recuperao/substituio, mantendo

    a integridade do restante da estrutura.

    8.3 Deformao lateral permanente

    8.3.1 Quando o deslocamento(X) de uma longarina (viga), em qualquer um de seus pontos, for

    inferior ou igual maior distncia interna original (L) entre as longarinas (vigas), issoresulta na

    classificao do veculo como portador, no mnimo, de Dano de MdiaMonta, dependendo da

    avaliao dos demais itens.

    8.3.2 Quando o deslocamento(X) de uma longarina (viga), em qualquer um de seus pontos, for

    superior maior distncia interna original (L) entre as longarinas (vigas), isso resulta na

    classificao do veculo como portador de Dano de Grande Monta.

  • RELATRIO DE AVARIAS PARA CLASSIFICAO DO DANO EM NIBUS E MICRONIBUS

    Veculo: Placa:

    Nome do Agente/Assinatura: N BOAT

    Registro/Matrcula do Agente: Data:

    Item Descrio do componente Valor Sim No NA

    1 Avaria na estrutura das laterais ou do teto afetando o posto do condutor. M

    2 Avaria na estrutura afetando a coluna "B" da carroaria. M

    3 Avaria na estrutura afetando qualquer ponto de fixao das poltronas/bancos. M

    4

    Avarias na estrutura das laterais ou do teto atingindo o compartimento interno dos passageiros podendo ultrapassar o plano que passa pela linha de referncia do peitoril (parte inferior das janelas).

    M

    5 Estrutura com deformao vertical, podendo afetar o compartimento dos passageiros e os componentes de unio da base da carroaria com o chassi

    M

    6 Estrutura com deformao lateral, podendo afetar o compartimento dos passageiros e os componentes de unio da base da carroaria com o chassi

    M

    7 Regio da carroaria e/ou do chassi termicamente afetada com dimenso menor ou igual a 2/3 do comprimento do chassi.

    M

    8 Chassi com deformao torcional menor ou igual altura da longarina. M

    9 Chassi com deformao vertical menor ou igual altura da longarina M

    10 Chassi com deformao lateral menor ou igual distncia interna entre as longarinas

    M

    11 Chassi com deformao torcional maior que a altura da longarina. G

    12 Chassi com deformao vertical maior que a altura da longarina. G

    13 Chassi com deformao lateral maior que a distncia interna entre as longarinas. G

    14 Chassi afetado termicamente na regio onde est fixada a suspenso M

    15 Dano em qualquer componente do Sistema de Suspenso. M

    16 Avaria em qualquer um dos eixos. M

    17 Dano em qualquer componente do Sistema de Freios. M

    18 Regio do chassis termicamente afetada com dimenso maior que a 2/3 do comprimento do chassi.

    G

    M: Item que individualmente implica em Dano de Mdia Monta.

    G: Item que individualmente implica em Dano de Grande Monta

    CLASSIFICAO DO DANO DO VECULO

    Assinale abaixo o campo correspondente ao dano de maior gravidade

    Dano de Pequena Monta: quando no houver nenhum item assinalado nas colunas "SIM" ou "NA"

    Dano de Mdia Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de categoria M

    Dano de Grande Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de categoria G

    "Dano de pequena monta o menos grave e dano de grande monta o de maior gravidade

    A classificao do dano do veculo ter a mesma classificao do item de maior gravidade assinalado nas colunas SIM ou NA.

    Observaes:

    Quando o componente estiver danificado, assinalar com um X a coluna SIM

    Quando o componente no estiver danificado, ou no existir originalmente, assinalar com um X a coluna NO

    Caso no tenha sido possvel avaliar se o componente foi ou no danificado no acidente, assinalar com um X a coluna NA.

  • SI M = item danificado no acidente NO = item no danificado ou no existente NA = item que no foi possvel avaliar o dano (No Avaliado)

  • ANEXO V

    OFCIO PARA COMUNICAO DE DANO DE MDIA MONTA OU DE

    GRANDEMONTA EM VECULOS

    Ofcio n. / ano (Nmero de Referncia)

    Data de emisso do Ofcio

    Ao Senhor

    ..................................................

    Diretor do DETRAN

    Assunto: Encaminhamento de documentao utilizada na classificao de danos em

    veculo(s) envolvido(s) em acidente de trnsito.

    Senhor Diretor,

    Encaminhamos a documentao utilizada na classificao de dano prevista na Resoluo

    Contran n. ......./ano, parte integrante do Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito

    BOAT n......., relativo ao(s) veculo(s) placa(s) .........................., para adoo das

    providncias administrativas tambm previstas na Resoluo acima citada.

    Atenciosamente,

    Nome do Diretor

    rgo fiscalizador

  • ANEXO VI

    OFCIO PARA A NOTIFICAO DE DANO DE MDIA MONTA OU DANO

    DEGRANDE MONTA EM VECULO.

    OFCIO N. ............./DETRAN/UF/2008

    Cidade e data.

    Prezado Senhor,

    Comunicamos a V. Sa. que consoante a deciso prolatada no Processo n .........................,

    este rgo de Trnsito procedeu ao bloqueio administrativo do veculo registrado em seu

    nome, no Municpio de .........................................................., e possuidor das seguintes

    caractersticas:

    Marca/modelo:

    Placas:

    Ano de Fabricao:

    Cdigo RENAVAM:

    Chassi n:

    A deciso est fundamentada na Resoluo n ..../2010 do CONTRAN e decorreu do acidente

    em que o veculo foi envolvido, que resultou em dano .................. monta no mesmo.

    Em virtude do bloqueio no registro do veculo, sua situao passou a ser considerada

    irregular, no podendo o mesmo ser licenciado, transferido e nem posto em circulao sem

    que se cumpram as exigncias da acima citada Resoluo.

    Atenciosamente,

    Diretor do DETRAN/UF