resolução do conselho de ministros n.º 44/2015
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Determinação da elaboração do plano estratégico cultural da área de BelémTRANSCRIPT
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4496 Dirio da Repblica, 1. srie N. 124 29 de junho de 2015
PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Resoluo do Conselho de Ministros n. 44/2015A rea de Belm inclui museus, entre os quais o novo e
o antigo Museu Nacional dos Coches, o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional de Etnologia, o Museu de Arte Popular e o Museu de Marinha, monumentos como o Mosteiro dos Jernimos, a Torre de Belm, a Ermida de So Jernimo, a Gare Martima de Alcntara, a Igreja da Memria e o Palcio dos Condes da Calheta, bem como jardins o Jardim Botnico Tropical, o Jardim Botnico da Ajuda , e equipamentos culturais, designadamente o Centro Cultural de Belm, o Planetrio Calouste Gul-benkian, a Cordoaria Nacional e o Picadeiro da Escola Portuguesa de Arte Equestre. Relevam, ainda, nesta rea os Palcios Nacionais de Belm e da Ajuda, ligados a funes de soberania.
A elevada qualidade e a diversidade dos ativos culturais que se concentram na rea de Belm, conjugados com a beleza natural da foz do rio Tejo, e com o facto de se tratar de um destino privilegiado de visitantes nacionais e estrangeiros, apresenta um elevado potencial de cresci-mento que importa mobilizar para a criao sustentada de riqueza e de emprego.
Deste modo, a conceo e a implementao de um Plano Estratgico Cultural da rea de Belm deve envol-ver as diferentes entidades responsveis pelos referidos museus, jardins, monumentos e equipamentos culturais, e ser confiada a uma estrutura de misso, com o objetivo de assegurar a utilizao eficiente de recursos escassos e invulgares, potenciar a produo de sinergias positivas, a criao de valor acrescentado e a sustentabilidade am-biental e financeira desta rea, e em especial promover o envolvimento de entidades pblicas e privadas, cuja co-laborao particularmente relevante para a prossecuo dos objetivos a atingir.
Assim:Nos termos do artigo 28. da Lei n. 4/2004, de 15 de
janeiro, e das alneas d) e g) do artigo 199. da Constitui-o, o Conselho de Ministros resolve:
1 Determinar a elaborao do Plano Estratgico Cul-tural da rea de Belm que, assente numa viso estratgica de mdio e longo prazo, constitui o instrumento de orien-tao para a concretizao dos seguintes objetivos:
a) Gesto dos ativos patrimoniais, culturais e museol-gicos, em articulao com as entidades pblicas e privadas que gerem o patrimnio relevante na rea de Belm;
b) Promoo, junto das entidades competentes, da coe-rncia das intervenes na envolvente urbana, designada-mente em operaes e investimentos de interesse coletivo, necessrios para maximizar a eficincia da gesto urbana, dinamizar a atrao de visitantes e utilizadores e aumentar a respetiva viabilidade econmico -financeira de conjunto, com especial incidncia ao nvel da programao de even-tos e atividades de animao, da realizao de projetos de criao e experimentao artstica, da dinamizao de ati-vidades econmicas, tursticas e comerciais, da promoo e comunicao, da sinalizao e bilhtica, da realizao de atividades de cooperao nacional, europeia e internacional e da dinamizao da investigao e formao.
2 Criar uma estrutura de misso, na dependncia direta da Presidncia do Conselho de Ministros, desig-nada por Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm, que tem por misso coordenar a elaborao do
Plano Estratgico Cultural da rea de Belm e promover a respetiva implementao.
3 Determinar que a Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm composta por uma comisso diretiva e por uma comisso de aconselhamento.
4 Prever que a comisso diretiva assegura a gesto e a coordenao da Estrutura de Misso da Estratgia Inte-grada de Belm, e exerce as seguintes competncias:
a) Dirigir a elaborao e a implementao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm e assegurar a pros-secuo dos objetivos estabelecidos no n. 1;
b) Promover a mobilizao e o envolvimento das enti-dades pblicas e privadas relevantes para a concretizao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm;
c) Dinamizar, em estreita articulao com as entidades pblicas competentes, a mobilizao dos recursos neces-srios para a elaborao e implementao do Plano Estra-tgico Cultural da rea de Belm, e promover a atrao de investimentos privados;
d) Coordenar a comunicao do Plano Estratgico Cul-tural da rea de Belm;
e) Praticar todos os demais atos necessrios prossecu-o das suas atribuies e exercer todas as competncias que lhe sejam atribudas por lei ou regulamento, bem como as que lhe forem delegadas.
5 Estabelecer que compete ao presidente da comisso diretiva assegurar a representao institucional da Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm, bem como celebrar com as entidades pblicas e privadas os protocolos necessrios concretizao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm.
6 Determinar que a comisso diretiva integrada por um presidente e por dois vogais executivos.
7 Estabelecer que o presidente do conselho de ad-ministrao da Fundao Centro Cultural de Belm o presidente da comisso diretiva.
8 Determinar que os vogais executivos da comisso diretiva so designados por despacho do membro do Go-verno responsvel pela rea da cultura.
9 Estabelecer que aos vogais executivos da comis-so diretiva aplicam -se as regras previstas no Estatuto do Gestor Pblico, aprovado pelo Decreto -Lei n. 71/2007, de 27 de maro, os quais tm um estatuto remuneratrio equiparado a vogais do conselho de administrao de em-presa pblica do Grupo C.
10 Estabelecer que a comisso de aconselhamento, de natureza consultiva, presidida pelo presidente da co-misso diretiva, sendo composta por:
a) Um representante da Direo -Geral do Patrimnio Cultural;
b) Um representante da Direo -Geral do Tesouro e Finanas;
c) Um representante do Estado -Maior da Armada;d) Um representante da Comisso de Coordenao e
Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo;e) Um representante do Instituto de Turismo de
Portugal, I. P.;f) Um representante da Administrao do Porto de
Lisboa, S. A.;g) Um representante da Direo -Geral do Territrio;h) Um representante do Municpio de Lisboa;i) Um representante da freguesia de Belm.
11 Determinar que a comisso de aconselhamento pode ainda integrar, sob proposta do presidente da comis-
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so diretiva, representantes de outras entidades e peritos na-cionais ou internacionais, em funo das matrias a tratar.
12 Determinar que compete comisso de aconse-lhamento:
a) Assegurar a participao e o envolvimento das enti-dades representadas nas atividades da Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm e na prossecuo dos objetivos estabelecidos no n. 1;
b) Apoiar e aconselhar o presidente da comisso diretiva no exerccio das suas competncias;
c) Garantir o acompanhamento da elaborao e da im-plementao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm;
d) Pronunciar -se sobre a proposta de Plano Estratgico Cultural da rea de Belm a submeter ao Conselho de Ministros.
13 Estabelecer que o exerccio das funes de pre-sidente da comisso diretiva e de presidente e membro da comisso de aconselhamento no remunerado.
14 Determinar que a Estrutura de Misso da Estrat-gia Integrada de Belm promove, na elaborao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm, o envolvimento e a participao das instituies, entidades e agentes, pblicos e privados, com interveno na rea de Belm.
15 Determinar que a comisso diretiva apresenta, no prazo mximo de 60 dias, a proposta do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm para aprovao pelo Conselho de Ministros.
16 Determinar que a Estrutura de Misso da Estra-tgia Integrada de Belm assegura, na implementao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm, a articulao e o desenvolvimento de sinergias com as entidades privadas que realizam operaes e projetos de investimento relevan-tes para prossecuo dos respetivos objetivos.
17 Determinar que, na implementao do Plano Estratgico Cultural da rea de Belm, a Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm deve colaborar e prestar apoio s entidades pblicas e privadas envolvidas, designadamente no que respeita otimizao das solues de financiamento das respetivas operaes e projetos de investimento, maximizando a mobilizao das oportuni-dades propiciadas pelo Portugal 2020.
18 Incumbir a Fundao Centro Cultural de Belm de assegurar os meios de apoio logstico, administrativo e financeiro necessrios ao cumprimento das responsa-bilidades atribudas Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm.
19 Estabelecer que as entidades pblicas envolvidas na concretizao do Plano Estratgico Cultural da rea
MINISTRIOS DAS FINANAS E DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANA SOCIAL
Portaria n. 191/2015de 29 de junho
A Portaria n. 319/2012, de 12 de outubro, aprovou os estatutos do Instituto do Emprego e da Formao Profissional, I. P., implementando uma nova rede de uni-dades orgnicas locais, atravs da integrao de centros de emprego e centros de formao profissional.
Havendo necessidade de proceder a ajustes na rede de unidades orgnicas locais, bem como consolidar altera-es efetuadas ao abrigo do n. 8 do artigo 4. da citada portaria, torna -se necessrio proceder a uma alterao aos estatutos do Instituto do Emprego e da Formao Profissional, I. P.
Assim:Ao abrigo do artigo 12. da Lei n. 3/2004, de 15 de
janeiro, manda o Governo, pela Ministra de Estado e das Finanas e pelo Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurana Social, o seguinte:
Artigo 1.
Objeto
A presente portaria procede primeira alterao Porta-ria n. 319/2012, de 12 de outubro, que aprova os estatutos do Instituto do Emprego e da Formao Profissional, I. P., abreviadamente designado por IEFP, I. P.
Artigo 2.
Alterao Portaria n. 319/2012, de 12 de outubro
So alterados os anexos I e II dos estatutos do IEFP, I. P., que passam a ter a seguinte redao:
de Belm prestam a colaborao solicitada pela Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm, no mbito das responsabilidades que lhe so atribudas pela presente resoluo.
20 Estabelecer que o prazo de durao da Estrutura de Misso da Estratgia Integrada de Belm de trs anos.
21 Determinar que a presente resoluo produz efei-tos a partir da data da sua publicao.
Presidncia do Conselho de Ministros, 18 de junho de 2015. O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.
Designao rea geogrfica de interveno (municpios abrangidos)
Delegao Regional do Norte
Centro de Emprego e Formao Profissional do Alto Tmega . . . . . Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaos, Vila Pouca de Aguiar.
Centro de Emprego e Formao Profissional de Braga . . . . . . . . . . Amares, Braga, Terras de Bouro, Vila Verde.Centro de Emprego e Formao Profissional de Bragana . . . . . . . Alfndega da F, Bragana, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro,
Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso, Vinhais.Centro de Emprego e Formao Profissional de Entre Douro e Vouga Arouca, Feira, Oliveira de Azemis, So Joo da Madeira, Vale de Cambra.Centro de Emprego e Formao Profissional do Porto . . . . . . . . . . . Porto.Centro de Emprego e Formao Profissional de Viana do Castelo Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo.
ANEXO I
(a que se refere o n. 5 do artigo 4. dos estatutos)