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AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº XXX, DE XX DE XXXXXXX DE 2018 Consolida as normas que estabelecem os requisitos necessários para implantação e exploração de centrais geradoras de energia elétrica e dá outras providências. O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com Deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no inciso II do art. 3º-A da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nos incisos I e II do art. 1º do Decreto nº 4.932, de 23 de dezembro de 2003, com redação dada pelo Decreto nº 4.970, de 30 de janeiro de 2004, o que consta no processo nº 48500.003665/2017-17, resolve: TITULO I DO OBJETO Art. 1º Estabelecer os requisitos necessários para implantação e exploração de centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas, hidrelétricas e de outras fontes não hídricas. Art. 2º O disposto nesta Resolução aplica-se a: I - pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que produzam ou venham a produzir energia elétrica destinada à produção independente de energia elétrica; ou II - pessoa física, pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que produzam ou venham a produzir energia elétrica em regime de autoprodução de energia elétrica. TITULO II DAS TERMINOLOGIAS E DOS CONCEITOS Art. 3º Para os fins e efeitos desta Resolução são adotadas as terminologias e conceitos a seguir definidos: I - Central geradora eólica: instalação de produção de energia elétrica a partir da energia cinética do vento; II - Central geradora fotovoltaica: instalação de produção de energia elétrica a partir do aproveitamento da radiação solar sob a aplicação do efeito fotovoltaico; III - Central geradora termelétrica: instalação de produção de energia elétrica acionada por energia térmica, obtida pela combustão de um combustível fóssil ou renovável;

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AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº XXX, DE XX DE XXXXXXX DE 2018

Consolida as normas que estabelecem os requisitos necessários para implantação e exploração de centrais geradoras de energia elétrica e dá outras providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com Deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no inciso II do art. 3º-A da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nos incisos I e II do art. 1º do Decreto nº 4.932, de 23 de dezembro de 2003, com redação dada pelo Decreto nº 4.970, de 30 de janeiro de 2004, o que consta no processo nº 48500.003665/2017-17, resolve:

TITULO I DO OBJETO

Art. 1º Estabelecer os requisitos necessários para implantação e exploração de centrais

geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas, hidrelétricas e de outras fontes não hídricas. Art. 2º O disposto nesta Resolução aplica-se a: I - pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que produzam ou venham a produzir

energia elétrica destinada à produção independente de energia elétrica; ou II - pessoa física, pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que produzam ou venham

a produzir energia elétrica em regime de autoprodução de energia elétrica.

TITULO II DAS TERMINOLOGIAS E DOS CONCEITOS

Art. 3º Para os fins e efeitos desta Resolução são adotadas as terminologias e conceitos a

seguir definidos: I - Central geradora eólica: instalação de produção de energia elétrica a partir da energia

cinética do vento; II - Central geradora fotovoltaica: instalação de produção de energia elétrica a partir do

aproveitamento da radiação solar sob a aplicação do efeito fotovoltaico;

III - Central geradora termelétrica: instalação de produção de energia elétrica acionada por energia térmica, obtida pela combustão de um combustível fóssil ou renovável;

IV - Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH): centrais geradoras hidrelétricas destinadas à autoprodução ou produção independente de energia elétrica, cuja potência seja superior a 5.000 kW e igual ou inferior a 30.000 kW, observadas as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução Normativa nº 673, de 4 de agosto de 2015;

V - Usina Hidrelétrica (UHE): centrais geradoras hidrelétricas destinadas à autoprodução ou produção independente de energia elétrica, cuja potência seja superior a 5.000 kW, sem características de PCH, as quais podem ser exploradas mediante:

a) Autorização: UHE com potência igual ou inferior a 50.000 kW.

b) Concessão: UHE com potência superior a 50.000 kW.

VI - Central geradora com capacidade instalada reduzida: central geradora de qualquer fonte, com potência instalada igual ou inferior a 5.000 kW;

VII - Unidade geradora fotovoltaica: módulos fotovoltaicos associados a um inversor, de modo

que o número de unidades geradoras da central seja igual ao número de inversores que nela operarão;

VIII - Potência instalada da unidade geradora fotovoltaica: potência nominal elétrica, em kW, na saída do inversor, respeitadas limitações de potência decorrentes dos módulos, do controle de potência do inversor ou de outras restrições técnicas; e

IX - Potência dos arranjos: potência elétrica, em kWp, obtida a partir do efeito fotovoltaico em módulos agrupados em arranjos.

TITULO III DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO

Art. 4º Os estudos de inventário hidrelétrico deverão identificar o aproveitamento ou o

conjunto de aproveitamentos hidrelétricos da bacia hidrográfica, com potência unitária superior a 5.000 kW, que apresente a melhor relação custo-produção de energia, considerando o contexto socioeconômico e ambiental do momento e o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 5º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995.

CAPÍTULO I DO REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO

Art. 5º Os estudos poderão ser realizados após prévia concessão de registro pela ANEEL.

Parágrafo único. O registro poderá ser solicitado por pessoa física ou jurídica, isoladamente ou

em conjunto, observado o disposto no Anexo I desta Resolução.

Art. 6º Na concessão do registro, a ANEEL observará: I – a inexistência de registro concedido; II – a ordem cronológica da apresentação da solicitação de registro;

III – a conformidade com o Anexo I desta Resolução; IV – o intervalo de 60 (sessenta) dias entre a cientificação oficial de revogação do registro e a

solicitação de novo registro pelo mesmo interessado, e V – o histórico do interessado quanto ao comportamento no desenvolvimento de outros estudos

de inventário hidrelétrico e processos de autorização de aproveitamentos hidrelétricos. Parágrafo único. A ANEEL concederá o registro exclusivamente ao primeiro interessado que

atender a todas as condições previstas neste artigo. Art. 7º As alterações de titularidade poderão ser requeridas na vigência do registro, devendo

observar os procedimentos disponíveis no sítio eletrônico da ANEEL na internet.

Parágrafo único. O novo titular assumirá integralmente os direitos e as obrigações originalmente constituídas pelo antecessor.

Art. 8º O registro será revogado na ocorrência das seguintes condições: I – não entrega dos estudos; II – desistência formal em prosseguir no processo; III – descumprimento aos prazos estabelecidos nos arts. 9º e 10 e aos demais termos desta

Resolução, e IV – reprovação dos estudos ajustados, conforme o disposto no art. 10. Parágrafo único. Serão consideradas insubsistentes as solicitações de registro que contenham

fundados indícios de que seu titular vise infringir o disposto no inciso IV do art. 6º.

CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES GERAIS E DA ANÁLISE DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO

Art. 9º Os estudos observarão as condições dispostas no Anexo III desta Resolução, e serão

apresentados na ANEEL no prazo máximo disposto no quadro abaixo.

Área de Drenagem (km²)

Até 1.000

De 1.001 a 5.000

De 5.001 a 50.000

De 50.001 a 100.000

Acima de 100.000

Prazo (dias) 540 630 780 960 1.140

Art. 10 Após a apresentação dos estudos, a ANEEL procederá a análise quanto à conformidade

com o disposto nesta Resolução e nos demais regulamentos e diretrizes pertinentes:

§ 1º A aprovação ou reprovação dos estudos será realizada pela ANEEL mediante despacho. § 2º Caso sejam identificadas pendências para a aprovação, os ajustes deverão ser

apresentados em prazo não superior à metade daquele estabelecido no art. 9º, contado a partir da cientificação oficial.

§ 3º A garantia de registro prevista no Anexo II será executada parcialmente em valores

proporcionais ao período de tempo entre a cientificação oficial prevista no § 2º e o encaminhamento dos ajustes ou a manifestação de desistência em apresentá-los, conforme o quadro abaixo:

Tempo para apresentar os ajustes, em dias ou em

percentual do prazo definido no art. 9º Percentual do valor

total da garantia Igual ou inferior a 30 dias Não será executada

Superior a 30 dias e igual ou inferior a 15% 15% Superior a 15% e igual ou inferior a 20% 20% Superior a 20% e igual ou inferior a 25% 25% Superior a 25% e igual ou inferior a 30% 30% Superior a 30% e igual ou inferior a 35% 35% Superior a 35% e igual ou inferior a 40% 40% Superior a 40% e igual ou inferior a 45% 45% Superior a 45% e igual ou inferior a 50% 50%

§ 4º O disposto no § 3º não se aplica caso os ajustes solicitados tratem de novas alternativas

de partição de quedas ou de informações oficiais não disponíveis ou inconsistentes no momento do registro. Art. 11 Os estudos aprovados serão disponibilizados para consulta no Centro de

Documentação – CEDOC da ANEEL. Art. 12 Caso algum dos aproveitamentos identificados no estudo de inventário aprovado vier

a integrar programa de licitação de concessões, será assegurado ao respectivo titular o ressarcimento, pelo vencedor da licitação e, da forma prevista no respectivo edital, dos custos reconhecidos pela ANEEL na proporção da potência de referência do aproveitamento frente ao potencial total inventariado.

Art. 13 A aprovação dos estudos de inventário não exime o interessado e os eventuais

subcontratados de suas responsabilidades integrais e exclusivas, nas esferas civil, penal, administrativa e técnica, inclusive perante o respectivo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, tanto pela elaboração quanto pela execução dos estudos.

CAPÍTULO III

DA AUTORIZAÇÃO PARA LEVANTAMENTOS DE CAMPO Art. 14 O titular de registro para elaborar os estudos de inventário poderá solicitar à ANEEL

autorização para levantamentos de campo, mediante pedido específico, contendo as localizações e os proprietários das áreas a serem acessadas, acompanhado de cópia do recibo de depósito da caução, conforme procedimento previsto no sítio eletrônico da ANEEL.

§ 1º A autorização de que trata o caput terá validade de 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua publicação, podendo ser renovada até o limite de prazo estabelecido no art. 9º.

§ 2º O valor da caução a ser aportada para eventuais danos causados será de 10% (dez por

cento) do valor da garantia aportada conforme Anexo II.

§ 3º A caução será devolvida mediante a apresentação de certidões de inexistência de ações indenizatórias decorrentes do acesso à área, emitidas pelos cartórios de distribuição competentes.

§ 4º A autorização de que trata o caput não abrange os levantamentos de campo em sítios

localizados em áreas com restrição legal de acesso, devendo a autorização, nesses casos, ser solicitada ao órgão competente.

CAPÍTULO IV

DO DIREITO DE PREFERÊNCIA Art. 15 É assegurado ao titular do registro dos estudos de inventário aprovados o direito de

preferência: I – a até 40% (quarenta por cento) do potencial inventariado com características de Pequena

Central Hidrelétrica - PCH; ou II – ao aproveitamento com característica de PCH, de menor potência, caso nenhum

aproveitamento se enquadre no limite definido no inciso I; ou III – a 1 (um) aproveitamento, com potência inventariada maior que 5.000 kW e menor ou igual

a 50.000 kW, sem características de PCH. § 1º Caso sejam identificados aproveitamentos que promovam regularização, no mínimo,

semanal, e com potência menor ou igual a 50.000 kW, um desses aproveitamentos poderá ser objeto de direito de preferência em adição aos incisos I e III do caput.

§ 2º Caso o aproveitamento que promova regularização seja objeto de direito de preferência, o percentual indicado no inciso I do caput será calculado com base na soma das potências dos demais aproveitamentos com características de PCH.

§ 3º O disposto no caput não se aplica às revisões de inventário, cujos estudos tenham sido aprovados pela ANEEL em período inferior a 8 (oito) anos, contados da data de apresentação da solicitação de registro.

§ 4º Na entrega dos estudos deve ser apresentada a relação dos aproveitamentos de interesse atendendo os critérios estabelecidos no caput.

§ 5º O direito previsto no caput, observadas as demais disposições previstas na Resolução Normativa nº 673, de 4 de agosto de 2015, ou na Resolução nº 765, de 25 de abril de 2017, deverá ser exercido em até 60 (sessenta) dias contados da data de publicação do despacho de aprovação dos estudos de inventário pela ANEEL.

§ 6º A não observância do disposto neste artigo implicará renúncia ao direito de preferência.

TITULO IV DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Seção I Das Obrigações

Subseção I

Das obrigações gerais Art. 16 Constituem obrigações gerais do Autorizado: I - implantar e operar a central geradora, executando as obras correspondentes, em

conformidade com as normas técnicas e legais específicas, conforme cronograma apresentado à ANEEL, e estabelecido na respectiva Resolução Autorizativa, responsabilizando-se, de forma objetiva, pelo cumprimento dos marcos definidos, assumindo os ônus por eventuais atrasos, ressalvados os casos de escusabilidade em razão de atos praticados pelo Poder Público, caso fortuito ou força maior, nos termos do parágrafo único do artigo 393 do Código Civil;

II - cumprir e fazer cumprir todas as exigências desta Resolução Normativa, da legislação atual

e superveniente que disciplina a exploração de centrais geradoras autorizadas, respondendo solidariamente com o grupo econômico de fato ou de direito a que faz parte perante à ANEEL, usuários e terceiros, por eventuais consequências danosas decorrentes da exploração das atividades autorizadas;

III - efetuar solicitação de acesso aos sistemas de transmissão e distribuição, nos termos da

Resolução nº 281, de 1º de outubro de 1999, com a redação dada pela Resolução nº 208, de 7 de junho de 2001, e eventuais alterações supervenientes, com observância especial ao disposto no art. 9º referente aos prazos compatíveis com o atendimento do cronograma de obras de implantação da central geradora autorizada;

IV - celebrar os contratos de conexão e de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição, de acordo com os locais definidos de conexão e acesso à rede, nos termos da legislação e normas específicas;

V - efetuar o pagamento, nas épocas próprias definidas nas normas específicas: a) das cotas mensais da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis - CCC que lhe forem

atribuídas;

b) da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica, nos termos da legislação específica; c) dos encargos de uso dos sistemas de transmissão e distribuição, quando devidos, nos termos

da regulamentação específica; VI - respeitar a legislação sobre o uso de terrenos costeiros de propriedade dos entes públicos; VII - comunicar imediatamente aos órgãos competentes federais a descoberta de materiais ou

objetos estranhos à obra, de interesse geológico ou arqueológico;

VIII - prestar todas as informações relativas ao andamento do empreendimento, bem como facilitar os serviços de fiscalização;

IX - submeter-se à fiscalização, permitindo aos técnicos da ANEEL ou de seus prepostos, em

qualquer época, livre acesso às obras e demais instalações compreendidas pela autorização, bem assim o exame de todos os assentamentos gráficos, quadros e demais documentos relativos à central geradora;

X - organizar e manter permanentemente atualizado o cadastro de bens e instalações da central

geradora, solicitando à ANEEL prévia anuência para qualquer alteração de suas características técnicas; XI - respeitar a legislação ambiental e articular-se com o órgão competente, com vistas à

obtenção das licenças ambientais, cumprindo as exigências nelas contidas, encaminhando cópia dessas licenças à ANEEL, responsabilizando-se pelas consequências do descumprimento das leis, regulamentos e licenças ambientais, independentemente da fiscalização exercida pela ANEEL;

XII - respeitar a legislação de recursos hídricos e articular-se com o órgão competente, com

vistas a preservar e manter as condições estabelecidas na autorização;

XIII - manter em arquivo, à disposição da ANEEL, durante a vigência da outorga, todos documentos relacionados ao empreendimento;

XIV - submeter-se a toda e qualquer regulamentação de caráter geral ou que venha a ser

estabelecida pela ANEEL, especialmente àquelas relativas à produção e comercialização de energia elétrica, nos termos da Resolução Autorizativa correspondente;

XV - submeter à prévia autorização da ANEEL a implantação de qualquer outra forma de

geração associada à central geradora, especialmente geração híbrida;

XVI - atender a todas as obrigações de natureza fiscal, trabalhista e previdenciária, aos encargos oriundos da legislação, bem como a quaisquer outras obrigações relacionadas ou decorrentes da exploração da central geradora;

XVII - comprovar e manter regularidade fiscal durante todo o período de vigência da outorga, mediante o recolhimento das Contribuições Previdenciárias e as de Terceiros, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, bem como as referentes às Fazendas Municipal, Estadual e Federal, assim como da Dívida Ativa da União do domicílio ou sede do autorizado;

XVIII - solicitar anuência prévia à ANEEL em caso de transferência de outorga ou de controle

societário;

XIX - manter atualizado na ANEEL os dados cadastrais da autorizada;

XX - manter atualizado em sistema disponibilizado no SITE da ANEEL o organograma do Grupo Econômico, informando quaisquer alterações na composição societária;

XXI - efetivar, quando devido, todas as aquisições, desapropriações ou instituir servidões

administrativas referentes aos terrenos e benfeitorias necessárias à realização das obras da central geradora assim como dos projetos ambientais, inclusive reassentamento da população atingida, se houver, assumindo os custos correspondentes, devendo efetuar, do mesmo modo, as indenizações porventura devidas em razão de danos decorrentes de obras e serviços causados a terceiros;

XXII - manter, permanentemente, por meio de adequada estrutura de operação e conservação,

os equipamentos e instalações da central geradora, em perfeitas condições de funcionamento e conservação, provendo adequado estoque de peças de reposição, pessoal técnico e administrativo, próprio ou de terceiros, legalmente habilitado e treinado e em número suficiente para assegurar a continuidade, a regularidade, a eficiência e a segurança na exploração da central geradora; e

XXIII - cumprir, para início da operação em teste e da operação comercial, os procedimentos

e as condições estabelecidos na Resolução Normativa nº 583, de 22 de outubro de 2013, assim como nas normas e regulamentos específicos e supervenientes.

Subseção II

Das obrigações específicas para centrais geradoras eólicas Art. 17 A outorgada deverá instalar, dentro da área do parque, no mínimo, uma estação para

cada parque eólico autorizado, para medição de dados anemométricos e climatológicos, conforme diretrizes da ANEEL.

Art. 18 A Autorizada deverá manter em seu arquivo, à disposição da ANEEL, o histórico

atualizado das medições anemométricas e climatológicas, contemplando os dados anuais referentes às leituras de vento, histogramas e frequências de ocorrência, a contar da data de publicação da Resolução Autorizativa correspondente.

Subseção III

Das obrigações específicas para centrais geradoras fotovoltaicas

Art. 19 A outorgada deverá manter em seu arquivo as leituras de irradiação global horizontal, ou de irradiação global, difusa e direta, e a certificação de medições solarimétricas e de estimativa da produção anual de energia elétrica associada ao empreendimento, emitida por certificador independente, com base em série de dados nos termos do Anexo V, desta Resolução Normativa.

Seção IV

Das obrigações específicas para PCH e UHE com potência superior a 5.000 kW e igual ou inferior a 50.000 kW

Art. 20 Constituem obrigações específicas do Autorizado: I – respeitar os limites máximos de vazão determinados, bem como a vazão de restrição,

respondendo pelas consequências do descumprimento das leis, regulamentos e autorizações; e II – efetuar o pagamento pelo Uso do Bem Público (UBP) decorrente da exploração de usinas

hidrelétricas autorizadas não enquadradas como Pequena Central Hidrelétrica (PCH).

Seção II Dos Direitos

Art. 21 Constituem direitos do autorizado: I - contratar livremente os estudos, projetos, fornecimento de equipamentos, construção e

todas as etapas necessárias à exploração da central geradora; II - acessar livremente, na forma da legislação, os sistemas de transmissão e distribuição de

energia elétrica, mediante pagamento dos respectivos encargos de uso e de conexão, quando devidos; III - implantar as instalações da central geradora e de sua transmissão de interesse restrito, e

instituir as servidões administrativas de bens declarados de utilidade pública pela ANEEL, de acordo com o art. 10 da Lei nº 9.074, de 07 de julho de 1995, necessárias ou úteis à construção e implantação das referidas instalações, arcando com o ônus das indenizações correspondentes;

IV - comercializar energia elétrica, nos termos da legislação aplicável, em especial no Decreto

nº 5.163/04 e na Convenção da Comercialização; V - modificar ou ampliar a central geradora e as instalações de interesse restrito, desde que

previamente autorizada pela ANEEL; VI - oferecer em garantia de financiamentos para a realização de obras e serviços, os direitos

emergentes da outorga correspondente, bem assim os bens constituídos pela central geradora, desde que a eventual execução da garantia não comprometa a continuidade da geração de energia elétrica, devendo constar dos eventuais contratos de financiamento a expressa renúncia dos agentes financiadores a qualquer ação ou direito contra a ANEEL e o Poder Concedente; e

VII - transferir, mediante prévia anuência, os direitos decorrentes da outorga para empresa ou

consórcio de empresas que atendam aos requisitos exigidos pela ANEEL. Art. 22 O direito à redução, bem como a definição do percentual a ser aplicado às tarifas de

uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, para o transporte da energia gerada pela central

geradora será estabelecido na respectiva Resolução Autorizativa, conforme Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, e deverá seguir as regras de comercialização de energia elétrica vigentes.

Art. 23 Ficam os outorgados sob o regime de autoprodução de energia elétrica autorizados a comercializar seus excedentes de energia elétrica na forma do inciso IV do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996.

CAPÍTULO II

DOS REQUISITOS PARA EXPLORAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE NÃO HÍDRICA

Seção I

Do Requerimento de Outorga

Subseção I Requisitos gerais

Art. 24 A outorga para exploração das centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas

e de outras fontes não hídricas com potência superior a 5.000 kW poderá ser requerida à ANEEL, pelo representante legal da empresa, mediante a apresentação dos documentos listados no Anexo I, conforme determinações disponíveis no sítio oficial da ANEEL na internet.

Art. 25 O registro do requerimento de outorga de centrais geradoras se dará por meio de

Despacho (DRO), a ser emitido pela Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração (SCG). § 1º O DRO terá como finalidade, dentre outras, permitir que o agente interessado solicite a

informação de acesso às concessionárias de distribuição ou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS e solicite licenças e/ou autorizações aos órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental e pela outorga de recursos hídricos e demais órgãos públicos federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal.

§ 2º Após a publicação do DRO o interessado poderá empreender as ações necessárias à implantação da central geradora, inclusive iniciar sua construção, por sua conta e risco.

§ 3º A solicitação de DRO é optativa, podendo a empresa interessada solicitar diretamente a outorga de autorização de acordo com a sistemática prevista no Capítulo IV.

§ 4º O DRO não gera o direito de preferência, exclusividade ou garantia de obtenção da autorização para exploração da respectiva central geradora.

§ 5º Para atendimento ao disposto no art. 1º da Portaria nº 21, de 18 de janeiro de 2008, do Ministério de Minas e Energia, ou regramento que venha a sucedê-lo, o DRO servirá também de registro para fins de habilitação técnica pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE com vistas à participação nos leilões de energia.

§ 6º Para o registro de que trata o §5º deste artigo, os empreendedores interessados em participar de leilões de geração de energia elétrica deverão apresentar informações requeridas no regulamento estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia.

§ 7º A publicação do despacho não exime o interessado das obrigações ambientais e das exigências dos demais órgãos públicos federais, estaduais e municipais ou do Distrito Federal.

§ 8º Sem prejuízo do disposto no caput, a ausência de autorização, seja em razão do indeferimento do pedido de outorga ou de qualquer outra razão, não ensejará qualquer responsabilidade à ANEEL ou ao Poder Concedente.

Art. 26 O interessado somente poderá conectar-se ao sistema elétrico, bem como solicitar a

liberação para operação em teste e comercial do empreendimento após a publicação da resolução de autorização para a exploração da central geradora e a celebração dos contratos de conexão e uso da rede elétrica conforme regulamentação da ANEEL, quando couber.

Art. 27 O requerimento de outorga será indeferido caso se verifique que o interessado

descumpriu qualquer disposição legal ou regulamentar. Art. 28 Caso o interessado não encaminhe algum dos documentos previstos nos Anexos desta

Resolução, ou solicitados pela ANEEL, o processo de outorga será arquivado até o integral cumprimento de todas as exigências.

Art. 29 O interessado deverá comprovar sua regularidade fiscal perante as Contribuições

previdenciárias e as de Terceiros, o FGTS, e para com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal e Dívida Ativa da União do domicílio ou sede do interessado.

Parágrafo único. É de exclusiva responsabilidade do interessado manter atualizadas todas as

certidões de regularidade fiscal discriminadas no caput durante toda a instrução processual, inclusive na data de aprovação da outorga pela Diretoria da ANEEL.

Subseção II

Requisitos específicos para centrais geradoras eólicas

Art. 30 O DRO de centrais geradoras eólicas terá vigência de 12 (doze) meses, período em que, caso não haja pedido de renovação ou envio de todos os documentos necessários à outorga, deixará de produzir efeitos independentemente da emissão de ato ulterior.

Art. 31 A solicitação de renovação do DRO de centrais geradoras eólicas será analisada pela

ANEEL, de forma objetiva e sem prejuízo de outras informações reputadas relevantes, em relação: I - a situação da obra do parque, levando-se em conta o prazo original de concessão do

Despacho;

II - a comprovação de aquisição de equipamentos, contratos de seguro e outras avenças necessárias para início da obra do parque;

III - o cumprimento das exigências e prazos do processo de licenciamento ambiental pelo titular

do Despacho; e

IV - a comprovação da comercialização ou destinação futura da energia do parque.

Art. 32 O DRO será revogado quando, a qualquer tempo, houver fundados indícios de que seu titular, direta ou indiretamente, utiliza-o para desestimular, inibir ou impedir a iniciativa de outros interessados na exploração do potencial eólico da região onde estiver localizado o parque, o que será aferido, objetivamente e sem prejuízo de outras informações reputadas relevantes, em relação aos mesmos critérios constantes do art. 31.

Seção II Da Autorização para Exploração

Subseção I

Requisitos gerais

Art. 33 A autorização para exploração das centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras fontes não hídricas, com potência superior a 5.000 kW deverá ser requerida à ANEEL, pelo dirigente máximo da empresa, mediante a apresentação dos documentos listados nos Anexos IV e V, conforme determinações disponíveis no sítio oficial da ANEEL na internet.

Parágrafo único. Caso o agente tenha optado pela sistemática mencionada no art. 24, após a

emissão do despacho de registro do requerimento de outorga, o interessado deverá apresentar os documentos constantes no Anexo IV.

Art. 34 Para fins de outorga, a ANEEL analisará os seguintes aspectos definidores da

capacidade de geração e das condições de operação da central geradora:

I - capacidade instalada; e

II - acesso às instalações de transmissão e de distribuição, constituído de conexão e uso. Art. 35 A ANEEL analisará apenas os pedidos de outorga cujos projetos tenham previsão de

data de entrada em operação comercial igual ou inferior a 3 anos, contados a partir da data de protocolo do pedido de outorga.

Parágrafo único. A ANEEL analisará pedidos que extrapolem o prazo previsto estabelecido no

caput exclusivamente nos casos em que a conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional dependa da implantação de nova instalação de transmissão cujo prazo de entrada em operação comercial exceda o referido prazo de três anos.

Art. 36 Os atos autorizativos alcançados por esta Resolução, a exceção daqueles referentes as usinas eólicas, fixarão apenas o prazo limite de 36 (trinta e seis) meses, contados da data de publicação do ato de outorga, para entrada em operação comercial do empreendimento de geração, desde que a conexão da central geradora não seja na Rede Básica.

Art. 37 A ANEEL examinará o histórico do interessado, inclusive dos componentes do grupo econômico do qual faz parte, quanto ao comportamento e penalidades imputadas no desenvolvimento deste e de outros processos de autorização e concessão dos serviços e energia elétrica, sob pena de indeferimento da solicitação de outorga.

§ 1º Na ocorrência de irregularidades, a análise do processo de outorga será sobrestada e, após

comunicação da ANEEL, o interessado terá o prazo de até 60 (sessenta) dias para regularização, findo o

qual, sem manifestação ou descumpridas as determinações da ANEEL, o DRO será revogado com consequente arquivamento do respectivo processo.

§ 2º Sanadas as irregularidades, os documentos exigidos nos Anexos IV e V deverão ser

atualizados pelo interessado, no que couber, para que a análise do processo seja retomada. Art. 38 As centrais geradoras que compartilhem um dos sistemas a seguir serão consideradas

como empreendimento único, salvo juízo exclusivo da ANEEL:

I - medição elétrica para fins de contrato de conexão e comercialização de energia;

II - sistema de controle e supervisão; ou

III - sistemas e serviços auxiliares.

Subseção II Requisitos específicos para centrais geradoras termelétricas

Art. 39 Além dos requisitos de que trata o art. 38, a ANEEL analisará a disponibilidade de

combustível, quando for o caso.

Subseção III Requisitos específicos para centrais geradoras eólicas

Art. 40 As garantias de fiel cumprimento deverão ser aportadas na forma estabelecida no

Anexo VI. Art. 41 Além dos requisitos de que trata o art. 38, a ANEEL analisará o estudo do potencial

eólico.

Subseção IV Requisitos específicos para centrais geradoras fotovoltaicas

Art. 42 Além dos requisitos de que trata o art. 38, a ANEEL analisará a disponibilidade de

dados sobre a radiação solar local.

CAPÍTULO III DOS REQUISITOS PARA EXPLORAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE HÍDRICA

(PCH E UHE COM POTÊNCIA IGUAL OU INFERIOR A 50.000 KW)

Seção I Do Registro de Intenção à Outorga

Seção II

Do Projeto Básico e do Sumário Executivo

Seção III Da Autorização para Exploração

Este capítulo será inserido após a conclusão da Revisão da REN nº 673, de 2015, prevista para 2018.

CAPÍTULO IV

DA GESTÃO DA OUTORGA

Art. 43 O andamento das obras e a exploração da central geradora serão acompanhados e fiscalizados pela ANEEL, diretamente ou por meio de prepostos, os quais terão livre acesso às obras, instalações e equipamentos vinculados à autorização, podendo requisitar do autorizado as informações e dados necessários para tanto.

Art. 44 O agente de geração deverá manter sua regularidade fiscal durante todo o período da

outorga, estando sujeito às penalidades previstas em regulamento específico. Art. 45 Em razão do descumprimento das disposições legais e regulamentares decorrentes da

geração e comercialização de energia elétrica, bem como do disposto nesta Resolução Normativa, do não atendimento às solicitações, recomendações e determinações da fiscalização da ANEEL, ou de seus prepostos, o Autorizado estará sujeito às penalidades previstas em regulamento específico.

§ 1º As penalidades serão aplicadas mediante procedimento administrativo, guardando

proporção com a gravidade da infração, assegurados a ampla defesa e o contraditório. § 2º A publicação da outorga não exime o Autorizado de eventuais atos que tenham sido

cometidos sem observância da legislação aplicável.

Art. 46 Ao final do prazo da autorização, os bens e instalações realizados para a geração independente e para a autoprodução de energia elétrica em aproveitamento hidráulico passarão a integrar o patrimônio da União, mediante indenização dos investimentos ainda não amortizados.

§ 1º Para determinação do montante da indenização a ser paga, serão considerados os valores

dos investimentos posteriores, exceto as reposições, aprovados e realizados, não previstos no projeto original, e a depreciação apurada por auditoria do poder concedente.

§ 2º No caso de centrais geradoras de fonte não hídrica, não será devida indenização dos

investimentos realizados, assegurando-se, porém, ao produtor independente ou ao autoprodutor remover as instalações.

Art. 47 A ANEEL poderá estabelecer, na Resolução Autorizativa correspondente ou no

decorrer de sua vigência, outras condições e exigências que julgar necessárias ao atendimento do interesse público.

Seção I Da Transferência de Titularidade

Art. 48 No caso de pedido de transferência total ou parcial da titularidade da autorização, a

autorizada deverá apresentar à ANEEL os documentos listados no Anexo IV relativos ao sucessor, o qual deverá atender às condições estabelecidas nesta Resolução.

§ 1º A ANEEL examinará o histórico do interessado, inclusive dos componentes do grupo econômico do qual faz parte, quanto ao comportamento e penalidades acaso imputadas no desenvolvimento deste e de outros processos de autorização e concessão dos serviços de energia elétrica, sob pena de indeferimento da solicitação de outorga.

§ 2º A análise do processo de transferência de titularidade da outorga será sobrestada caso se

verifique a existência de irregularidades. § 3º Na ocorrência do disposto no § 2º, após comunicação da ANEEL, o interessado terá até

60 (sessenta) dias para regularização, findos os quais, sem manifestação ou descumpridas as determinações da ANEEL, o Processo será arquivado.

§ 4º Sanadas as irregularidades, os documentos exigidos no Anexo IV deverão ser atualizados

pelo interessado, no que couber, para que a análise do processo de transferência de titularidade seja retomada.

§ 5º A transferência da titularidade implica em endosso da garantia de fiel cumprimento,

quando aplicável.

Seção II Das Alterações de Características Técnicas

Art. 49 Nos casos de centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras fontes

não hídricas, para fins de alteração da capacidade instalada e demais alterações de características técnicas, a autorizada deverá encaminhar à ANEEL a documentação técnica prevista nos Anexos IV e V, atualizada.

Art. 50 Nos casos de centrais geradoras hidrelétricas com potência superior a 5.000 kW e igual ou inferior a 50.000 kW, para fins de alteração da capacidade instalada e demais alterações de características técnicas, a autorizada deverá atender o disposto na Resolução Normativa nº 673, de 4 de agosto de 2015.

Seção III Da Prorrogação

Art. 51 Para fins de prorrogação de outorgas de autorização de centrais geradoras de fonte não

hídrica a ANEEL analisará os seguintes aspectos: I. Qualificação Jurídica e regularidade fiscal do interessado; II. Adimplência com as obrigações intrassetoriais; III. Cumprimento dos contratos de venda de energia elétrica; IV. Aspectos técnicos relacionados às condições de operação e manutenção do

empreendimento; e V. Histórico do requerente quanto ao comportamento e penalidades acaso imputadas no

desenvolvimento de outros processos de autorização e concessão dos serviços de energia elétrica.

Art. 52 Para fins de prorrogação de outorgas de autorização de centrais geradoras de fonte hídrica, deve-se observar o disposto no Decreto nº 9.158, de 21 de setembro de 2017.

Seção IV Da Revogação

Art. 53 A autorização poderá ser revogada nas seguintes hipóteses: I. A pedido da autorizada, a qualquer tempo, antes de seu advento do termo contratual; ou

II. Por meio de processo administrativo punitivo, nos termos do art. 45 dessa Resolução.

Parágrafo único. A revogação não afasta a necessidade da quitação das obrigações

intrassetoriais ou do cumprimento dos contratos de venda de energia elétrica.

TITULO V DA OUTORGA DE CONCESSÃO

Este capítulo será inserido após o fechamento do processo de revisão da Resolução 395/1998 e processo

referente aos modelos de Editais e Contratos de Concessão

TITULO VI DO PAGAMENTO PELO USO DO BEM PÚBLICO

Este capítulo será inserido após o fechamento do processo com proposta de normativo referente aos

critérios para pagamento pelo uso do bem público

TITULO VII DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Este capítulo será inserido após o fechamento do processo revisão da Resolução nº 67, de 22/2/2001

TITULO VIII DAS GARANTIAS FINANCEIRAS

Este capítulo será inserido após o fechamento do processo com proposta de normativo referente às

garantias financeiras (Processo nº 48500.005932/2017-91)

TITULO IX DO REGISTRO DE CENTRAIS GERADORAS COM CAPACIDADE INSTALADA REDUZIDA

Art. 54 A implantação das centrais geradoras com potência igual ou inferior a 5.000 kW

deverá ser comunicada à ANEEL.

§ 1º Para fins de registro, o interessado deverá cadastrar as informações sobre seu

empreendimento, após sua implantação, conforme determinações disponíveis no sítio oficial da ANEEL na internet.

§ 2º O registro não isenta o empreendedor das obrigações ambientais e exigências requeridas

pelos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, não gerando qualquer imputação de responsabilidades à ANEEL ou ao Poder Concedente.

§ 3º Caso as centrais geradoras hidrelétricas, no limite de potência descrito no caput,

construídas venham a ser afetadas por central geradora prevista no aproveitamento ótimo do curso d’água, não acarretará ônus de qualquer natureza ao Poder Concedente ou à ANEEL, nos termos da legislação vigente.

Art. 55 É assegurada às centrais geradoras com capacidade instalada reduzida e registradas na

ANEEL a comercialização de energia e o livre acesso às instalações de distribuição e de transmissão, nos termos da legislação vigente.

TÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 56 As outorgas de autorização emitidas após 2 de setembro de 2015 terão vigência de 35

(trinta e cinco) anos. Art. 57 A documentação referente aos requisitos técnicos, em todas as suas partes, deverá estar

assinada pelo engenheiro responsável pelas informações, incluindo a comprovação de sua inscrição e regularidade perante o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA.

Art. 58 Quaisquer modificações dos dados apresentados na solicitação que impliquem

alterações nas características do empreendimento, deverão ser informadas à ANEEL, antes da emissão do respectivo ato.

Art. 59 A ANEEL poderá solicitar outros dados e informações correlatos, ou a

complementação daqueles já apresentados, para melhor instrução e análise dos requerimentos de que tratam esta Resolução.

Art. 60 Para o acesso às instalações de distribuição e de transmissão, incluindo o atendimento

às etapas para sua viabilização, os interessados deverão seguir o disposto nos Procedimentos de Rede, nos Procedimentos de Distribuição - Prodist e na regulamentação específica da ANEEL.

Art. 61 No caso de empresas organizadas sob a forma de consórcio, sem prejuízo de

responsabilidade solidária dos participantes:

I. as obrigações pecuniárias perante a ANEEL serão cobradas proporcionalmente à participação de cada consorciada; e

II. posteriormente à outorga, caso haja pedido de transferência parcial ou total da autorização,

deverá ser solicitada à ANEEL, conforme legislação em vigor.

TÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 62 Os processos de estudos de inventário hidrelétrico com registro ou aceite publicados

até a data de 28 de agosto de 2015 serão avaliados segundo a Resolução nº 393, de 1998, e Resolução nº 398, de 2001.

Parágrafo único. O prazo para apresentar os estudos de inventário alcançados por este artigo

poderá ser prorrogado uma única vez até aquele prazo estabelecido no art. 9º mediante o aporte de garantia de que trata o Anexo II.

Art. 63 Excepcionalmente, para os pedidos de registro apresentados até 27 de outubro de 2015,

para os quais foram concedidos mais de um registro para o mesmo rio, a seleção do interessado será realizada considerando os seguintes critérios, pela ordem:

I – aquele que tenha apresentado primeiro na ANEEL o estudo de inventário em condição de

ser aprovado, desde que sejam consideradas adequadas as disciplinas cartografia, topografia, hidrologia e estudos energéticos;

II – aquele que tenha apresentado primeiro o estudo de inventário na ANEEL, admitindo a

possibilidade de realização de ajustes prevista no § 2º do art. 10.

Art. 64 Todas as solicitações de autorização protocoladas na Agência até a data de publicação desta Resolução, cujo ato de outorga não tenha sido emitido, serão analisadas segundo as regras aqui estabelecidas.

Art. 65 Ficam revogadas: I - a Resolução Normativa nº 389, de 15 de dezembro de 2009; I - a Resolução Normativa nº 390, de 15 de dezembro de 2009; II - a Resolução Normativa nº 391, de 15 de dezembro de 2009; III - a Resolução Normativa nº 672, de 4 de agosto de 2015; e IV - a Resolução Normativa nº 676, de 25 de agosto de 2015. Art. 66 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

ANEXO I CONDIÇÕES DO REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO

HIDRELÉTRICO

1. A solicitação de registro para elaboração de estudo de inventário hidrelétrico deve estar acompanhada dos seguintes documentos:

I – Formulário para Solicitação de Registro com todos os campos preenchidos, conforme disponível no sítio eletrônico da ANEEL na internet, assinado pelo interessado e acompanhado dos documentos requeridos;

II – cópia do comprovante de aporte de garantia de registro para elaboração do estudo de inventário, nos termos do Anexo II;

1.1. O(s) rio(s) referido(s) na solicitação de registro deve(m) estar identificado(s) no sistema cujo endereço eletrônico encontra-se disponível no “Formulário para Solicitação de Registro”, caso contrário, deverá ser apresentada cópia de carta(s) planialtimétrica(s) publicada por entidade oficial com a identificação do objeto do estudo.

2. A solicitação de registro para elaboração de estudo de inventário hidrelétrico deve observar as seguintes condições:

I - o estudo de inventário deve contemplar toda a extensão do rio, da nascente à foz; II - a solicitação de registro deve priorizar o rio principal em relação ao(s) respectivo(s)

tributário(s), excetuando-se o caso em que aquele já tenha sido inventariado; e III - no caso de revisão de estudo de inventário hidrelétrico, a solicitação de registro deve estar

acompanhada de documento contendo as justificativas técnicas que comprovem sua necessidade. 2.1. Serão admitidas solicitações para trechos de um rio desde que delimitados por

aproveitamentos hidrelétricos outorgados ou com projeto básico aprovado.

ANEXO II GARANTIA DE REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO

1. A garantia de registro deverá ser aportada no Agente Custodiante contratado pela ANEEL. 2. As modalidades e formas de aporte da garantia de registro estão disponíveis no sítio oficial

da ANEEL na internet. 3. Ficam estabelecidos os seguintes valores para o aporte da garantia de registro, proporcionais

à área de drenagem dos estudos de inventário, informada conforme disposto no Anexo I desta Resolução e confirmada pela ANEEL.

Área de Drenagem

(km²) Até 1.000 De 1.001 a 5.000

De 5.001 a 50.000

De 50.001 a 100.000

Acima de 100.000

Valor (R$) 110.112,49 275.281,24 550.562,47 770.787,46 880.899,95 3.1. Os valores constantes no caput serão atualizados em janeiro de cada ano pelo Índice

Geral de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, e publicados pela ANEEL por despacho do Superintendente da SCG.

3.2. A garantia de registro deverá ter a ANEEL como beneficiária e o interessado como

tomador e vigorar por, no mínimo, o prazo disposto no Art. 6º desta Resolução, devendo ser prorrogada 30 (trinta) dias antes do vencimento até que se satisfaçam as condições previstas no item 3.3.

3.3. A garantia será devolvida, observado o saldo remanescente, nas seguintes condições: I - não concessão do registro; II - manifestação de desistência em até 365 dias após a concessão do registro; III - aprovação dos estudos; ou IV - em 50% (cinquenta por cento), caso a análise dos estudos não seja iniciada em até 24

meses contados a partir da data de apresentação dos estudos na ANEEL.

3.4. A garantia será executada integralmente, observado o saldo remanescente, nas seguintes condições:

I - descumprimento dos prazos estabelecidos nos art. 6º e 7º; II - descumprimento aos termos desta Resolução; ou III - reprovação dos estudos. 3.5. O interessado que não mantiver a garantia de registro nas condições previstas nesta

Resolução estará sujeito às sanções administrativas e judiciais cabíveis.

ANEXO III CONDIÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO

1. Os estudos de inventário hidrelétrico deverão: I - Observar o disposto nesta Resolução, nas Leis e Decretos pertinentes, no “Manual de

Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas”, aprovado pelo Ministério de Minas e Energia – MME, e nas diretrizes publicadas pela ANEEL na internet (www.aneel.gov.br), todos vigentes no momento da apresentação do respectivo registro;

II - Estar aderentes ao objeto do respectivo registro; III - Comprovar a formalização de consulta aos órgãos de gestão de recursos hídricos e

ambientais em nível Federal ou Estadual, de acordo com o domínio do(s) rio(s) em estudo; IV - Incluir a última partição de quedas aprovada como uma das alternativas no caso de revisão

de estudos de inventário; V - Avaliar, no caso de rios com área de drenagem superior a 5.000 km2, a viabilidade técnica-

econômica de reservatórios de acumulação na bacia, preferencialmente mediante simulação no SINV – Sistema de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas, contabilizando os ganhos energéticos e econômicos produzidos em toda a cascata da bacia, incluindo os aproveitamentos existentes e previstos nos rios principais a jusante;

VI - Adotar como referência, para efeito de cálculo dos benefícios econômicos dos

aproveitamentos, o prazo de amortização compatível com o período de vigência da concessão ou autorização de exploração do potencial hidráulico;

VII - Nos casos em que as alternativas de partição de quedas estudadas contenham tanto

aproveitamentos com característica de UHE quanto de PCH, o cálculo dos benefícios econômicoenergéticos para fins de seleção de alternativas deverá ocorrer mediante a energia firme;

VIII - Caso a alternativa final escolhida contenha aproveitamentos com característica de PCH, calculada com base na energia firme, deverá ser apresentado anexo técnico contemplando novos estudos motorização e orçamentos para tais aproveitamentos, utilizando como base a energia média.

IX - Ser entregues em duas vias em meio digital, com todos os arquivos editáveis e

compatíveis com os softwares relacionados no sítio eletrônico da ANEEL (www.aneel.gov.br); X - Representar nos mapas, plantas e gráficos as condições das regiões afetadas pelos

aproveitamentos, indicando: a) as fronteiras da bacia e sub-bacia hidrográfica;

b) a localização prevista para as instalações das centrais;

c) a delimitação georreferenciada da área do reservatório e demais áreas relevantes, como: terras indígenas, principais benfeitorias, acidentes geográficos e unidades de conservação;

d) os limites estaduais e municipais atualizados; e

e) demais aspectos de relevância existentes. XI – apresentar as plantas em escala adequada para a observação dos detalhes que

caracterizem o estudo, sequencialmente numeradas e identificadas de forma legível e destacada; XII – ter os desenhos, mapas, plantas, gráficos, orçamentos, cronogramas, pareceres, relatórios

técnicos e anexos integrantes dos estudos de inventário assinados ou rubricados pelo respectivo responsável técnico; e

XIII – conter documento intitulado “Sumário Executivo”, apresentando as principais conclusões

do estudo de inventário, com representação gráfica da partição de quedas selecionada, além de descrição sucinta dos dados e metodologia empregados na definição das principais disciplinas (estudos hidrológicos, cartográficos, geológico-geotécnicos, energéticos e restrições ambientais e de usos múltiplos dos recursos hídricos), e relacionando o(s) responsável(eis) técnicos, discriminando-os por disciplina, incluindo o responsável técnico pelos estudos, identificando os respectivos números de registro e região do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA correspondente e os números das respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART.

2. Os estudos de inventário hidrelétrico de rios com área de drenagem inferior a 5.000 km² poderão ser realizados contemplando as seguintes simplificações:

I - O processo de escolha das alternativas de partição de quedas poderá ser realizado em apenas uma etapa, de estudos finais, sendo dispensados orçamentos preliminares e a etapa de reavaliação das alternativas de divisão de quedas;

II - As séries hidrológicas para estudos que identifiquem apenas PCHs não precisam ser

estendidas até 1931, devendo no entanto apresentar período mínimo de 30 anos, contemplar todo o período de medição da estação base e se estender até, no mínimo, dois anos antes do ano da solicitação do registro;

III - Não é exigida a realização de sondagens diretas nos locais dos eixos identificados; IV - As simulações energéticas poderão ser realizadas de forma individualizada; e V - Nos casos em que o fator de capacidade sugerido no Manual de Inventário, 0,55, se mostrar

inadequado, serão admitidos estudos de motorização considerando a vazão de engolimento máxima no intervalo entre 10 e 30% de permanência e constante para todos os aproveitamentos identificados.

ANEXO IV

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO REQUERIMENTO DE OUTORGA PARA CENTRAIS GERADORAS DE FONTE NÃO HÍDRICA

1. Documentação para as centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras

fontes não hídricas: 1.1. Organograma do Grupo Econômico, em meio digital – conforme instruções no sítio

oficial da ANEEL na internet, promovendo abertura do quadro de acionistas, até a participação acionária final, inclusive de quotista/acionista pessoa física, constando o nome ou razão social, obedecendo às seguintes regras;

1.1.1. O organograma deverá apresentar as participações diretas e indiretas, até seu último

nível; 1.1.2. A abertura deve considerar todo tipo de participação, inclusive minoritária, superior

a 5% (cinco por cento); e 1.1.3. As participações inferiores a 5% (cinco por cento) também devem ser informadas,

quando o acionista fizer parte do Grupo de Controle por meio de Acordo de Acionistas. 1.2. Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, em meio digital – conforme

instruções no sítio oficial da ANEEL na internet, devidamente registrado no órgão competente, acompanhado do ato que instituiu a atual administração, observando, no que couber, o disposto na Lei nº 6.404, de 15 de setembro de 1976;

1.3. Contrato de Constituição de Consórcio, quando for o caso, em meio digital –

conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet, firmado por instrumento público ou particular, na forma estabelecida no art. 279 da Lei nº 6.404, de 1976, e no art. 33 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, subscrito pelos representantes legais das empresas consorciadas e com firma reconhecida, o qual deverá contemplar as seguintes cláusulas específicas:

1.3.1. Indicação da participação percentual de cada empresa; e 1.3.2. Designação da líder do consórcio, com quem a ANEEL se relacionará e será perante

ela responsável pelo cumprimento das obrigações descritas no ato autorizativo, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais empresas consorciadas.

1.4. No caso de autorização sob o regime de autoprodução para pessoa física deverá ser

apresentado o Cadastro de Pessoas Físicas – CPF do interessado, em meio digital– conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet.

1.5. Certidões de regularidade perante as Fazendas Federal, Estadual e Municipal, sendo

que a regularidade para com a Fazenda Federal deverá ser comprovada por meio de Certidão Conjunta Negativa de Débitos ou Positiva com Efeito de Negativa, relativos a Tributos Federais, à Dívida Ativa da União e Contribuições Previdenciárias, expedida pela Secretaria da Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

1.6. Formulário Para Requerimento de Outorga, em meio digital – conforme instruções

no sítio oficial da ANEEL na internet (exceto para centrais geradoras eólicas). 2. Documentação exclusiva para centrais geradoras eólicas: 2.1. Ficha Técnica Para Requerimento de Outorga, em meio digital – conforme instruções

no sítio oficial da ANEEL na internet; 2.2. Arranjo geral da usina, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da

ANEEL na internet; 2.2.1. Arquivos digitais vetoriais georreferenciados em meio digital – conforme instruções

no sítio oficial da ANEEL na internet. 2.3. Diagrama elétrico unifilar geral simplificado em meio digital – conforme instruções

no sítio oficial da ANEEL na internet; e 2.4. Estudo simplificado contendo os dados, de pelo menos 3 (três) anos, referentes às

leituras de velocidade e direção do vento, histogramas, frequências de ocorrência e curva de duração, incluindo localização das torres de medição, de forma a subsidiar a determinação do fator de capacidade da usina eólica, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet.

2.5. Declaração, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na

internet, emitida pelo(s) titular(es) de parque(s) eólico(s) já autorizado(s), ou que possua(m) Despacho de Registro de Requerimento de Outorga vigente, ou que já tenha(m) comercializado energia nos leilões previstos na Lei nº 10.848, de 2004, de Ciência de Proposta de Implantação de Novo Parque Eólico, cuja região de interferência (região que dista de 20 vezes a altura máxima da pá, considerando-se todas as direções do vento com permanência superior a 10% (dez por cento)) abranja área do parque eólico outorgado, ao(s) declarante(s).

2.5.1. Os titulares referidos no item 2.5 deverão apresentar razões fundamentadas para

dissentir com a implantação do Novo Parque Eólico. 2.5.1.1 No caso de dissensão, a requerente deverá apresentar estudo demonstrando a

ausência de interferência do novo parque eólico nos parques pertencentes aos titulares referidos no item 2.5. que estejam na região de turbulência provocada pelos aerogeradores do Novo Parque Eólico.

2.5.2. Caso reste comprovada a recusa imotivada de emissão da Declaração de Ciência de

Proposta de Implantação de Novo Parque Eólico pelo(s) outorgado(s) atingido(s), a exigência de que trata o item 2.5 será considerada sanada.

2.5.2.1 A comprovação da recusa imotivada de que trata o item 2.5.2 será estabelecida pela

ANEEL. 2.5.3. A ANEEL, ao julgar a dissensão dos agentes portadores de Despacho de Registro de

Requerimento de Outorga, considerará, além dos aspectos técnicos, a situação, o planejamento, a construção e a possibilidade de alteração de projeto de cada parque.

2.5.4. Caso haja alterações técnicas no parque a ser outorgado em relação às informações apresentadas na documentação do pedido, a Declaração de Ciência de Processo de Implantação de Novo Parque Eólico perderá a validade, devendo ser apresentada nova Declaração.

2.6. Certificação de medições anemométricas e de estimativa da produção anual de

energia elétrica associada ao empreendimento, emitida por certificador independente, com base em série de dados de pelo menos 3 (três) anos, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet.

ANEXO V

DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PARA A OBTENÇÃO DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE NÃO HÍDRICA

1. Documentação para as centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras

fontes não hídricas: 1.1. Licença ambiental compatível com a etapa do projeto, em meio digital – conforme

instruções no sítio oficial da ANEEL na internet; 1.2. Informação de Acesso, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da

ANEEL na internet, emitida pela concessionária de distribuição, pelo ONS, ou ainda, excepcionalmente, pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, a respeito da viabilidade da conexão do empreendimento. Tal documento deve ser apresentado à ANEEL em até 60 (sessenta) dias após sua emissão.

1.2.1. A Informação de Acesso obtida via estudo realizado pela EPE, de que trata o item 2, será válida apenas nos casos em que a entrada em operação da central geradora exceda o horizonte de planejamento do ONS.

1.3. Cronograma físico completo da implantação do empreendimento, em meio digital, em que deverão ser destacadas as datas dos principais marcos, conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet;

1.4. Sumário Executivo para emissão de outorga, em meio digital – conforme instruções

no sítio oficial da ANEEL na internet; e 1.5. Comprovação de inscrição e regularidade perante o CREA do engenheiro

responsável pelas informações técnicas. 2. Documentação exclusiva para centrais geradoras fotovoltaicas: 2.1. Arranjo geral da usina, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet; 2.2. Diagrama elétrico unifilar geral simplificado em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet;

2.3. Estudo simplificado contendo os dados, do local do empreendimento, de pelo menos 1 (um) ano, referentes às leituras de irradiação global horizontal, ou de irradiância global, difusa e direta – podendo ou a componente difusa ou a componente direta ser calculada. Esse estudo deve apresentar as curvas de “dia médio” para cada mês do ano e histograma com a distribuição de frequência anual da irradiância solar, de forma a subsidiar a previsão da produção anual de energia da central geradora fotovoltaica; 2.3.1. No caso de adoção de sistemas de concentração solar, serão necessários dados de pelo menos 1 (um) ano de medição de irradiância direta normal, sendo exigido, a partir de 2018, período não inferior a 2 (dois) anos.

2.4. Sumário de Certificação de medições solarimétricas e de estimativa da produção anual de energia elétrica associada ao empreendimento, emitida por certificador independente, com base em série de dados nos termos do item 6, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet. 3. Documentação para as centrais geradoras termelétricas e de outras fontes não hídricas

(exceto centrais geradoras eólicas e fotovoltaicas): 3.1. Ficha Técnica Para Requerimento de Outorga, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet; 3.2. Arranjo geral da usina, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet; 3.3. Diagrama elétrico unifilar geral simplificado em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet; e 3.4. Informações sobre a disponibilidade dos combustíveis previstos, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet.

4. Documentação exclusiva para as centrais geradoras eólicas:

4.1. Cópia do comprovante de aporte de garantia de fiel cumprimento, nos termos do Anexo VI.

ANEXO VI GARANTIA DE FIEL CUMPRIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS

EÓLICAS

1. A partir de 31 de maio de 2013, para obter a outorga de autorização o interessado deverá apresentar a garantia de fiel cumprimento no valor de 5% (cinco por cento) do investimento.

1.1. O investimento é estimado no valor de referência de R$ 4.000 (quatro mil reais) por

quilowatt instalado. 1.2. A garantia de fiel cumprimento deverá ter a ANEEL como beneficiária e o interessado

como tomador e vigorará por até trinta dias após a entrada em operação comercial da última unidade geradora do empreendimento.

1.3. A execução da garantia de fiel cumprimento dependerá de determinação expressa pela

ANEEL, nas seguintes hipóteses: I - descumprimento do cronograma de implantação do empreendimento; II - descumprimento das condições previstas no ato autorizativo quanto à potência instalada,

ao número de máquinas e à disposição espacial dos aerogeradores no parque; III - revogação da outorga de autorização.

1.4. A empresa deverá recompor a garantia no caso seja executada total ou parcialmente. 1.5. A execução da garantia de fiel de cumprimento não exime a autorizada das penalidades

previstas na regulamentação específica. 1.6. A garantia de fiel cumprimento será devolvida nas seguintes condições:

I - até 30 (trinta) dias após o início da operação comercial da última unidade geradora; ou; II - se for declarada pelo órgão competente a inviabilidade ambiental do empreendimento, em

até trinta dias após a data de protocolo na ANEEL desta declaração. 1.7. No caso de transferência de titularidade da outorga durante o período de validade da

garantia de fiel cumprimento, a nova autorizada deverá substituir as garantias originais, as quais somente serão devolvidas após a validação das novas garantias.

1.8. As outorgas vigentes antes de 31 de maio de 2013 que vierem a solicitar alteração no

cronograma de implantação deverão apresentar a garantia de fiel cumprimento, nos termos deste artigo. 1.9. A garantia poderá ser substituída por outras garantias aceitas pela ANEEL, de valores

progressivamente menores, à medida que, mediante comprovação junto à fiscalização da Agência, forem sendo atingidos os marcos descritos a seguir:

I - início da concretagem das fundações das bases das torres das unidades geradoras – redução de 10% (dez por cento) do valor originalmente aportado;

II – início da montagem eletromecânica das torres das unidades geradoras – redução de 40% (quarenta por cento) do valor originalmente aportado;

III – início operação em teste da 1º unidade geradora – redução de 60% (sessenta por cento) do

valor originalmente aportado. 1.10. As garantias de fiel cumprimento deverão ser aportadas junto ao Agente Custodiante

contratado pela ANEEL, sendo que as modalidades e formas de aporte estão disponibilizadas no sítio oficial da ANEEL na internet.

1.10.1. As garantias de fiel cumprimento já aportadas junto à ANEEL, anteriormente à 1º de

setembro de 2015, deverão ser reapresentadas ao Agente Custodiante, por ocasião de eventual renovação/endosso, nas condições descritas no Manual disponibilizado no sítio eletrônico da ANEEL na internet.

ANEXO VII

DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PARA A OBTENÇÃO DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE HÍDRICA

Este capítulo será inserido quando da inserção das REN 673/2015 e 765/2017

ANEXO VIII – ÍNDICE ANALÍTICO

ESTRUTURA DA RESOLUÇÃO NORMATIVA

TÍTULO I - DO OBJETO TÍTULO II - DAS TERMINOLOGIAS E DOS CONCEITOS TÍTULO III - DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO

CAPÍTULO I - DO REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO CAPÍTULO II - DAS CONDIÇÕES GERAIS E DA ANÁLISE DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO CAPÍTULO III - DA AUTORIZAÇÃO PARA LEVANTAMENTOS DE CAMPO CAPÍTULO IV - DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

TÍTULO IV - DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Seção I - Das Obrigações Subseção I - Das obrigações gerais Subseção II - Das obrigações específicas para centrais geradoras eólicas Subseção III - Das obrigações específicas para centrais geradoras fotovoltaicas Subseção IV - Das obrigações específicas para PCH e UHE com potência superior a 5.000 kW

e igual ou inferior a 50.000 kW Seção II - Dos Direitos

CAPÍTULO II - DOS REQUISITOS PARA EXPLORAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE NÃO HÍDRICA

Seção I - Do Requerimento de Outorga Subseção I - Requisitos gerais Subseção II - Requisitos específicos para centrais geradoras eólicas

Seção II - Da Autorização para Exploração Subseção I - Requisitos gerais Subseção II - Requisitos específicos para centrais geradoras termelétricas Subseção III - Requisitos específicos para centrais geradoras eólicas Subseção IV - Requisitos específicos para centrais geradoras fotovoltaicas

CAPÍTULO III - DOS REQUISITOS PARA EXPLORAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE HÍDRICA (PCH e UHE COM POTÊNCIA IGUAL OU INFERIOR A 50.000 KW)

Seção I - Do Registro de Intenção à Outorga Seção II - Do Projeto Básico e do Sumário Executivo Seção III - Da Autorização para Exploração

CAPÍTULO IV - DA GESTÃO DA OUTORGA

Seção I - Da Transferência de Titularidade Seção II - Das Alterações de Características Técnicas Seção III - Da Prorrogação Seção IV - Da Revogação

TÍTULO V - DA OUTORGA DE CONCESSÃO TÍTULO VI - DO PAGAMENTO PELO USO DO BEM PÚBLICO TÍTULO VII - DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS TÍTULO VIII - DAS GARANTIAS FINANCEIRAS TÍTULO IX - DO REGISTRO DE CENTRAIS GERADORAS COM CAPACIDADE INSTALADA REDUZIDA TÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS TÍTULO XI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ANEXOS DA REN ANEXO I - CONDIÇÕES DO REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO ANEXO II - GARANTIA DE REGISTRO PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO ANEXO III - CONDIÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO ANEXO IV - DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO REQUERIMENTO DE OUTORGA PARA CENTRAIS GERADORAS

DE FONTE NÃO HÍDRICA 1. Documentação para as centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras fontes não

hídricas: 2. Documentação exclusiva para centrais geradoras eólicas:

ANEXO V - DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PARA A OBTENÇÃO DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE NÃO HÍDRICA 1. Documentação para as centrais geradoras termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de outras fontes não hídricas 2. Documentação exclusiva para centrais geradoras fotovoltaicas 3. Documentação para as centrais geradoras termelétricas e de outras fontes não hídricas (exceto centrais geradoras eólicas e fotovoltaicas) 4. Documentação exclusiva para as centrais geradoras eólicas

ANEXO VI - GARANTIA DE FIEL CUMPRIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DE CENTRAIS GERADORAS EÓLICAS ANEXO VII - DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PARA A OBTENÇÃO DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO

DE CENTRAIS GERADORAS DE FONTE HÍDRICA ANEXO VIII - ÍNDICE ANALÍTICO