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Resolução da Assembleia Geral da ONU A/RES/64/292, de 28/07/2010

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Resolução da Assembleia Geral da ONU

A/RES/64/292, de 28/07/2010

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável-ODS propostos:

Constituição Federal (1988)

Art. 21 – Compete à União:

XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.

Constituição Federal (1988)

Art. 23 – É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

IX – promover programas de construção de moradia e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

Parágrafo único – Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Constituição Federal (1988)

Art. 30 – Compete aos Municípios:

I – legislar sobre os assuntos de interesse local;

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

Constituição Federal (1988)

Art. 182 – A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

Parágrafo primeiro – O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.

Constituição Federal (1988)

Art. 196 – A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Constituição Federal (1988)

Art. 198 – As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III – participação da comunidade.

Constituição Federal (1988)

Art. 200 – Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições nos termos da lei:

IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.

Constituição Federal (1988)

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9.795/1999, Art 1º.

• "Entendem-se por educação ambiental

os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999, p.1).

Constituição Federal (1988)

Art. 241 – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada dos serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos (EC no 19/1998).

Lei no 10.257/2001 (Estatuto da Cidade)

Art. 2o. – A política urbana tem por objetivo ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

Lei no 10.257/2001 (Estatuto da Cidade)

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano”.

Saneamento Básico como Direito Social

Saneamento Básico

Medida de

proteção ambiental

Medida de cidadania

Medida de

promoção da saúde

Medida de

infraestrutura urbana

As ações de saneamento básico se constituem em meta social diante da essencialidade à vida e à proteção ambiental (BORJA, 2004).‏

O saneamento básico

“caracteriza-se como um direito e dever fundamental do indivíduo e da coletividade, além de serviço público essencial e, portanto dever do Estado” (SARLET; FENSTERSEIFER, 2011, p. 117).

Art. 2º. Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios

fundamentais:

I - universalização do acesso;

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos

diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas

necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados

de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais

adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;

V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;

VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à

pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante

interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja

fator determinante;

VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a

adoção de soluções graduais e progressivas;

IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios

institucionalizados;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos;

XIII – adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água.

Lei no 11.445, de 05/01/2007 (Lei Nacional de Saneamento Básico)

Lei no11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 3º. Para efeito desta Lei, considera-se:

I – saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável; b) esgotamento sanitário; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; d) drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

IV – controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.

Os princípios contidos no Programa de Educação Ambiental

e Mobilização Social em Saneamento (PEAMSS) podem

conduzir os processos de promoção da participação social

• Transversalidade e Intersetorialidade – por meio da cooperação e participação conjunta dos vários atores sociais e institucionais envolvidos. Deve ser abandonada a visão setorial e fragmentada presente no fazer do saneamento, para que a intersetorialidade e a transdisciplinaridade possa ser incorporada. Deve-se, ainda, promover a integração das dimensões presentes na promoção da qualidade de vida e da saúde da população com as sanitárias.

• Transparência e o Diálogo - o acesso à informação e a participação na definição de prioridades e rumos na gestão dos serviços e aplicação dos recursos são essenciais para a democratização das políticas públicas, uma vez que contribui para o empoderamento dos sujeitos sociais nos processos de transformação e construção de uma sociedade de direitos, contribuindo para processos emancipatórios. Para o estabelecimento do diálogo devem ser consideradas as especificidades regionais, étnicas, culturais, sociais e econômicas, de forma a promover a decodificação e a re-significação dos conceitos e práticas sociais coletivas.

PEAMSS

• Emancipação e Democracia - as ações devem ser pautadas de forma a estimular a reflexão crítica dos sujeitos sociais, fortalecendo sua autonomia, sua liberdade de expressão e contribuindo para a qualificação e ampliação de sua participação nas decisões políticas.

• Tolerância e Respeito - as ações de mobilização devem reconhecer a pluralidade e a diversidade nos meios natural, social, econômico e cultural. Devem ser respeitados os saberes, papéis, ritmos, valores e dinâmicas dos sujeitos envolvidos, buscando ampliar a participação e o acolhimento das diferenças, a fim de atribuir legitimidade aos consensos construídos coletivamente (BRASIL, 2009).

• A educação ambiental assumida pelo PEAMSS prevê ações críticas, transformadoras, propositivas e continuadas. Uma educação ambiental em que o controle social é colocado como necessário à implementação da Política de Saneamento Básico, por meio da participação popular em audiências e consultas públicas, licenciamento ambiental e elaboração dos planos municipais de saneamento básico, nas revisões tarifárias, em órgãos colegiados e no direito à informação dos serviços prestados.

• Deve-se buscar o amplo debate sobre o saneamento básico nos Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, das Cidades, Meio Ambiente, Educação e Recursos Hídricos, bem como deve ser observada a possibilidade de criação de conselhos ou grupos que discutam a educação ambiental em saneamento quando for conveniente.

• Desta forma, a avaliação da sociedade deve ser encarada como um indicador de desempenho e adequação dos serviços públicos de saneamento básico, reivindicando a transparência das ações e dos processos decisórios, a segurança, a qualidade e a regularidade dos serviços (BRASIL, 2009) .

“O processo de educação ambiental, mobilização e controle social no saneamento, desde o planejamento passando pela regulação, prestação e fiscalização dos serviços, é essencial para que as transformações necessárias sejam efetivadas na área de saneamento em nosso País, principalmente após a promulgação da Lei Federal no 11.445/2007 e o início das obras do PAC 2007-2010.

Garantir ambiente salubre e definir ações de saneamento requer a participação das pessoas, indicando os problemas e decidindo sobre o que, como, onde, quando fazer saneamento e quanto investir, em busca da universalização, integralidade e qualidade dos serviços. Fazer saneamento de outra forma, voltado para o atendimento de direitos sociais dos cidadãos, com investimentos públicos adequadamente dimensionados e perenes, que visem atender, principalmente, a população excluída, com utilização de tecnologias apropriadas aos diferentes contextos socioambientais e culturais do País e qualificação do gasto público, é possível, desde que conte com a participação popular e o controle social.

O Caderno Metodológico é uma importante e oportuna contribuição com orientações e referências metodológicas. Trata-se de documento elaborado de forma participativa, por muitas mentes, corações e mãos, visando o desenvolvimento de ações articuladas de educação ambiental e mobilização social em saneamento, que enfatizem a participação popular e mudanças rumo à construção de sociedades com justiça social e ambiental, o que torna sua leitura imprescindível“. (Luiz Roberto Santos Moraes, PhD, Professor Titular em

Saneamento da UFBA, 2009)

Funções de Gestão dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

Fonte: Moraes et al., 2008.

CONTROLE SOCIAL

CONTROLE SOCIAL

CONTROLE SOCIAL

CONTROLE SOCIAL

PLANEJAMENTO

PRESTAÇÃO DOS

SERVIÇOS

REGULAÇÃO FISCALIZAÇÃO GESTÃO

Conceito de planejamento

estado futuro estado presente

transformação

Planejamento: do estado presente para o estado futuro

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 9º. O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto:

I – elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei;

II – prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação;

III – adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água.

IV – fixar os direitos e os deveres dos usuários;

V – estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput do art. 3º. desta Lei;

VI – estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico;

VII – intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais.

PLANO

Tem sempre um caráter estratégico, global e indicativo, facilitando um desdobramento do processo de planejamento num outro nível de maior detalhamento, porém ainda sem ter um caráter executivo, o que configura a elaboração de um Programa. Traz na sua natureza o objetivo da transformação, da mudança de um status quo.

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO

é definido como qualquer estudo prospectivo que busca, na sua essência adequar o planejamento, a execução, a operação, a administração e a avaliação das obras e serviços públicos de saneamento básico às aspirações sociais e/ou governamentais expressas, formal ou informalmente, em uma política de saneamento básico, por meio de coordenação, compatibilização, articulação e/ou programas, projetos e acões (MORAES, 1993).

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico:

I – a existência de plano de saneamento básico; II – a existência de estudo comprovando a viabilidade

técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico;

III – a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;

§1º. Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo:

I – diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

II – objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

III – programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

IV - ações para emergências e contingências;

V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas;

§ 1º. Os planos de saneamento básico

serão editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

§ 2º. A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares.

§ 3º. Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.

§ 4º. Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

§ 5º. Será assegurada ampla divulgação

das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.

§ 6º. A delegação de serviço de saneamento

básico não dispensa o cumprimento pelo prestador de serviço do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

§ 7º. Quando envolverem serviços

regionalizados, os planos de saneamento básico devem ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.

§ 8º. Exceto quando regional, o plano de

saneamento básico deverá englobar integralmente o território do ente da Federação que o elaborou.

Decreto no 7.217, de 21/06/2010

Art. 26. A elaboração e a revisão dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de:

I - divulgação, em conjunto com os estudos que os fundamentarem;

II - recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública;

III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado criado nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007.

§ 1o A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos

que as fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados, inclusive por meio da rede mundial de computadores - internet e por audiência pública.

§ 2o A partir do exercício financeiro de 2014, a existência de plano de

saneamento básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico (prazo alterado para 2018 pelo Decreto no 8.629, de 30/12/2015).

ELABORAÇÃO DO PMSB

Comitê Executivo

Equipe da Prefeitura

Empresa Contratada

Elaboração do PMSB

Implementação e Revisão do PMSB

Comitê

de Coordenação

Grupo Gestor

Horizonte do Plano: 20 anos Tempo Médio de Elaboração: 12 meses

IMPORTANTE

• O plano municipal de saneamento básico é um instrumento político que contribui para a transparência e democratização da política de saneamento básico.

• Não deve ser entendido apenas como uma exigência burocrática, como apenas um instrumento para facilitar a obtenção de recursos financeiros ou como um produto eminentemente técnico, de difícil elaboração e entendimento por leigos, e que é elaborado apenas por especialistas.

• A técnica joga um papel importante no planejamento, porém não é tudo.

• Se um plano for muito bom tecnicamente, mas inviável politicamente, dificilmente será implementado.

• Pode não ser bom nem tecnicamente nem politicamente, devido a ter sido elaborado por pessoas e/ou instituições que não conhecem a realidade local.

• Poderá ter boas propostas políticas, mas caso não tenham viabilidade técnica, poderão significar apenas demagogia.

• Torna-se necessário que haja um equilíbrio entre os aspectos técnicos e políticos do planejamento.

• Devemos sempre lembrar que, em última instância, planejar é fazer política! (BRAGA, 1995).

• É bom ter em mente que o PMSB não é só Engenharia!

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 52. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério das Cidades:

I – o Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB (Plansab) que conterá:

Parágrafo primeiro. O PNSB (Plansab) deve:

I – abranger o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos sólidos e o manejo de águas pluviais e outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental, incluindo o provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias para populações de baixa renda.

Conceito de deficit

SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL: ATENDIMENTO E DÉFICIT

COMPONENTE

ATENDIMENTO ADEQUADO

DÉFICIT

Atendimento precário Sem atendimento

(x 1.000 hab) % (x 1.000 hab) % (x 1.000 hab) %

Abastecimento de água 112.497 57,6 75.524 37,6 9.689 4,8

Esgotamento sanitário 98.023 48,8 90.277 44,9 12.720 6,3

Manejo de resíduos sólidos 111.927 55,7 65.744 32,7 23.349 11,6

Fonte: Pnad (IBGE, 2013); SNIS (SNSA/MCidades, 2013).

Plansab

Vigência: 2014-2033 (20 anos).

3 Programas: Saneamento Básico Integrado (AA, ES, MAP e MRS para as cidades); Saneamento Rural; e Saneamento Estruturante.

Investimentos: R$ 508,45 bilhões.

Implementação, avaliação anual e revisão de 4 em 4 anos.

Redução de Recursos Não Onerosos (OGU) em 2016: 50% MCidades e 70% Funasa.

Lei no 11.445, de 05/01/2007

(Lei Nacional de Saneamento Básico)

Art. 53. Fica instituído o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico-SINISA, com os objetivos de:

I – coletar e disponibilizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico;

II – disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico;

III – permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência da prestação dos serviços de saneamento básico.

§ 1º. As informações do SINISA são públicas e acessíveis a todos,

devendo ser publicadas por meio da internet.

§ 2º. A União apoiará os titulares dos serviços a organizar

sistemas de informação em saneamento básico, em atendimento ao disposto no inciso VI do caput do art. 9º. desta Lei.

Geral: Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da nossa Casa Comum.

Específicos:

1. Unir igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico.

2. Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços públicos de saneamento básico.

3. Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza, principalmente da água.

4. Apoiar e incentivar os municípios para que elaborem e implementem o seu Plano de Saneamento Básico.

5. Acompanhar a elaboração e implementação dos Planos Municipais de Saneamento Básico.

6. Desenvolver a consciência de que políticas públicas na área de saneamento básico apenas tornar-se-ão realidade pelo trabalho e esforço em conjunto.

7. Denunciar a privatização dos serviços públicos de saneamento básico, pois eles devem ser política pública como obrigação do Estado.

8. Desenvolver a compreensão da relação entre ecumenismo, fidelidade à proposta cristã e envolvimento com as necessidades humanas básicas (CNBB, 2015).

Objetivos

“A universalização do saneamento básico apresenta grandes desafios de mudança cultural, que cabem a cada

um de nós, como trabalhadores, técnicos, políticos, legisladores e

operadores da lei, dirigentes e gestores, mas, sobretudo, como

cidadãos, enfrentá-los”.

Fazer saneamento básico de outra forma é possível!

Muito obrigado!

[email protected]