resolução da assembleia da república n.º 49/2015

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2316 Diário da República, 1.ª série — N.º 89 — 8 de maio de 2015 ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Resolução da Assembleia da República n.º 49/2015 Aprova o sistema de avaliação de desempenho na Assembleia da República A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, de acordo com as alíneas a), e) e g) do n.º 1 do artigo 15.º da Lei de Organi- zação e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da Re- pública (LOFAR), na redação dada pela Lei n.º 28/2003, de 30 de julho, em execução do Estatuto dos Funcionários Par- lamentares, aprovado pela Lei n.º 23/2011, de 20 de maio, e ao abrigo do n.º 2 do artigo 2.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, aprovar o seguinte: Regulamento da Gestão do Desempenho na Assembleia da República CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Âmbito de aplicação 1 — A Gestão do Desempenho na Assembleia da Re- pública (GEDAR) rege-se pelo presente Regulamento, aplicando-se a todos os funcionários parlamentares e de- mais trabalhadores que, independentemente da modali- dade de vinculação e de constituição da relação jurídica de emprego, exerçam funções nos órgãos e serviços da Assembleia da República (AR). 2 — A GEDAR aplica-se ainda aos dirigentes da Assem- bleia da República, nos termos e com os efeitos constantes do presente Regulamento. Artigo 2.º Efeitos A avaliação do desempenho é obrigatoriamente consi- derada para efeitos de: a) Mudança de categoria, nos termos do n.º 2 dos ar- tigos 23.º e 25.º e no n.º 1 do artigo 27.º do Estatuto dos Funcionários Parlamentares (EFP); b) Alteração do posicionamento remuneratório, nos termos do artigo 29.º do EFP; c) Renovação das comissões de serviço do pessoal di- rigente; d) Renovação ou denúncia dos contratos de trabalho a termo resolutivo. Artigo 3.º Princípios A GEDAR assenta nos seguintes princípios: a) Especificidade das condições de prestação de tra- balho, decorrente da natureza e especiais condições de funcionamento da Assembleia da República; b) Orientação para os resultados e para a promoção da excelência e da qualidade dos serviços; c) Reconhecimento e motivação, desenvolvendo as com- petências profissionais e valorizando o mérito; d) Coerência e integração, suportando uma gestão inte- grada de pessoas, que articule com as políticas de recru- tamento e seleção, de formação profissional e de desen- volvimento da carreira; e) Transparência e imparcialidade, facilitando a com- preensão de métodos e o desenvolvimento e valorização de competências e capacidades. Artigo 4.º Objetivos São objetivos da GEDAR: a) Contribuir para a melhoria do desempenho global da Assembleia da República no exercício das suas atribuições e competências; b) Promover a excelência do desempenho dos funcio- nários e trabalhadores parlamentares; c) Fazer coincidir os objetivos dos funcionários par- lamentares com os da sua área de trabalho e da Assem- bleia; d) Auxiliar os avaliadores na gestão de pessoas, acompanhando a evolução do correspondente desem- penho; e) Identificar insuficiências no quadro das competências, instituindo vias de desenvolvimento profissional; f) Possibilitar a autoavaliação e incrementar o auto- desenvolvimento; g) Instituir formas de reconhecimento do desempenho excelente e de desenvolvimento de competências no caso de insuficiente desempenho. Artigo 5.º Confidencialidade 1 — Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Regulamento, a GEDAR tem carácter confiden- cial, sendo os documentos de avaliação de cada trabalhador arquivados no respetivo processo individual. 2 — Todos os intervenientes no processo estão obriga- dos ao dever de sigilo, com exceção do avaliado quando estiver em causa o exercício dos seus direitos de reclama- ção ou recurso. 3 — Após a conclusão do processo, é divulgada inter- namente lista nominal com as avaliações atribuídas. CAPÍTULO II Da avaliação SECÇÃO I Disposições gerais Artigo 6.º Tipos de avaliação 1 — A GEDAR compreende as seguintes modalidades de avaliação: a) Avaliação ordinária; e b) Avaliação extraordinária. 2 — Os dirigentes são igualmente avaliados nos termos previstos no presente Regulamento.

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Sistema de avaliação de desempenho na Assembleia da República

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  • 2316 Dirio da Repblica, 1. srie N. 89 8 de maio de 2015

    ASSEMBLEIA DA REPBLICA

    Resoluo da Assembleia da Repblica n. 49/2015

    Aprova o sistema de avaliao de desempenho na Assembleia da Repblica

    A Assembleia da Repblica resolve, nos termos do n. 5 do artigo 166. da Constituio, de acordo com as alneas a), e) e g) do n. 1 do artigo 15. da Lei de Organi-zao e Funcionamento dos Servios da Assembleia da Re-pblica (LOFAR), na redao dada pela Lei n. 28/2003, de 30 de julho, em execuo do Estatuto dos Funcionrios Par-lamentares, aprovado pela Lei n. 23/2011, de 20 de maio, e ao abrigo do n. 2 do artigo 2. da Lei n. 66 -B/2007, de 28 de dezembro, aprovar o seguinte:

    Regulamento da Gesto do Desempenho na Assembleia da Repblica

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.mbito de aplicao

    1 A Gesto do Desempenho na Assembleia da Re-pblica (GEDAR) rege -se pelo presente Regulamento, aplicando -se a todos os funcionrios parlamentares e de-mais trabalhadores que, independentemente da modali-dade de vinculao e de constituio da relao jurdica de emprego, exeram funes nos rgos e servios da Assembleia da Repblica (AR).

    2 A GEDAR aplica -se ainda aos dirigentes da Assem-bleia da Repblica, nos termos e com os efeitos constantes do presente Regulamento.

    Artigo 2.Efeitos

    A avaliao do desempenho obrigatoriamente consi-derada para efeitos de:

    a) Mudana de categoria, nos termos do n. 2 dos ar-tigos 23. e 25. e no n. 1 do artigo 27. do Estatuto dos Funcionrios Parlamentares (EFP);

    b) Alterao do posicionamento remuneratrio, nos termos do artigo 29. do EFP;

    c) Renovao das comisses de servio do pessoal di-rigente;

    d) Renovao ou denncia dos contratos de trabalho a termo resolutivo.

    Artigo 3.Princpios

    A GEDAR assenta nos seguintes princpios:a) Especificidade das condies de prestao de tra-

    balho, decorrente da natureza e especiais condies de funcionamento da Assembleia da Repblica;

    b) Orientao para os resultados e para a promoo da excelncia e da qualidade dos servios;

    c) Reconhecimento e motivao, desenvolvendo as com-petncias profissionais e valorizando o mrito;

    d) Coerncia e integrao, suportando uma gesto inte-grada de pessoas, que articule com as polticas de recru-tamento e seleo, de formao profissional e de desen-volvimento da carreira;

    e) Transparncia e imparcialidade, facilitando a com-preenso de mtodos e o desenvolvimento e valorizao de competncias e capacidades.

    Artigo 4.Objetivos

    So objetivos da GEDAR:a) Contribuir para a melhoria do desempenho global da

    Assembleia da Repblica no exerccio das suas atribuies e competncias;

    b) Promover a excelncia do desempenho dos funcio-nrios e trabalhadores parlamentares;

    c) Fazer coincidir os objetivos dos funcionrios par-lamentares com os da sua rea de trabalho e da Assem-bleia;

    d) Auxiliar os avaliadores na gesto de pessoas, acompanhando a evoluo do correspondente desem-penho;

    e) Identificar insuficincias no quadro das competncias, instituindo vias de desenvolvimento profissional;

    f) Possibilitar a autoavaliao e incrementar o auto-desenvolvimento;

    g) Instituir formas de reconhecimento do desempenho excelente e de desenvolvimento de competncias no caso de insuficiente desempenho.

    Artigo 5.Confidencialidade

    1 Sem prejuzo das regras de publicidade previstas no presente Regulamento, a GEDAR tem carcter confiden-cial, sendo os documentos de avaliao de cada trabalhador arquivados no respetivo processo individual.

    2 Todos os intervenientes no processo esto obriga-dos ao dever de sigilo, com exceo do avaliado quando estiver em causa o exerccio dos seus direitos de reclama-o ou recurso.

    3 Aps a concluso do processo, divulgada inter-namente lista nominal com as avaliaes atribudas.

    CAPTULO II

    Da avaliao

    SECO I

    Disposies gerais

    Artigo 6.Tipos de avaliao

    1 A GEDAR compreende as seguintes modalidades de avaliao:

    a) Avaliao ordinria; eb) Avaliao extraordinria.

    2 Os dirigentes so igualmente avaliados nos termos previstos no presente Regulamento.

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 89 8 de maio de 2015 2317

    Artigo 7.Relatrios

    1 A cada avaliao individual corresponde um rela-trio, de modelo pr -definido, a preencher pelo avaliador e pelo avaliado.

    2 Os modelos de relatrio a utilizar reportam -se s modalidades de avaliao mencionadas no artigo anterior e constam de anexos ao presente Regulamento, do mesmo fazendo parte integrante.

    3 As alteraes aos relatrios so aprovadas por despacho do Presidente da Assembleia da Repblica, sob proposta do Secretrio -Geral e precedidas de parecer favo-rvel do Conselho de Administrao.

    Artigo 8.Periodicidade e prazos

    1 A avaliao do desempenho dos funcionrios parla-mentares e de outros trabalhadores anual, assentando nas regras definidas no presente Regulamento e em critrios a definir, at 15 de janeiro de cada ano, pelo Conselho Coordenador de Avaliao.

    2 A avaliao ordinria reporta -se ao ano civil ante-rior, devendo ocorrer no ano seguinte ao do perodo sob avaliao, nos termos da seguinte calendarizao:

    a) At ao dia 15 de maro, envio ao Secretrio -Geral dos relatrios de avaliao devidamente preenchidos;

    b) At 30 de maro, reunio do Conselho Coordenador de Avaliao para os efeitos previstos nas alneas b), c) e d) do n. 2 do artigo 12.;

    c) At 15 de abril, homologao das avaliaes pelo Secretrio -Geral, devendo os interessados ser notificados no prazo de 10 dias teis.

    3 avaliao extraordinria, quando ocorra, so aplicados os prazos previstos no nmero anterior.

    4 A avaliao de dirigentes segue as regras estatudas na seco IV do presente captulo.

    SECO II

    Intervenientes na GEDAR

    Artigo 9.Intervenientes

    Intervm na GEDAR:a) Os avaliadores;b) Os avaliados;c) O Conselho Coordenador de Avaliao (CCA);d) O Secretrio -Geral.

    Artigo 10.Avaliadores

    1 A avaliao da competncia do superior hierr-quico imediato ou do funcionrio que possua responsabi-lidade de coordenao sobre o avaliado.

    2 S pode ser avaliador o superior hierrquico ime-diato ou o funcionrio com responsabilidades de coorde-nao sobre o avaliado que, no decurso do perodo a que se reporta a avaliao, com o mesmo tenha tido um mnimo de seis meses de contacto funcional.

    3 Nos casos em que no estejam reunidas as condi-es previstas no nmero anterior, a avaliao compete ao CCA.

    4 A avaliao dos dirigentes efetuada pelo Secretrio -Geral nos termos previstos no presente Regu-lamento.

    Artigo 11.Avaliados

    1 So objeto de avaliao todos os funcionrios par-lamentares e demais trabalhadores que, independentemente da modalidade de vinculao e de constituio da relao jurdica de emprego, exeram funes nos rgos e servi-os da Assembleia da Repblica e, ainda, nos termos do presente Regulamento, os dirigentes.

    2 O avaliado, em conjunto com o avaliador, titular do direito e tem o dever de colaborar na defi-nio dos objetivos e das competncias a qualificar e quantificar, bem como no seu plano de desenvolvimento profissional, o qual deve integrar o respetivo plano de formao.

    Artigo 12.Conselho Coordenador de Avaliao

    1 O Conselho Coordenador de Avaliao com-posto pelo Secretrio -Geral, que preside, pelos adjuntos do Secretrio -Geral, pelos diretores de servios, pelos dirigentes que reportam diretamente ao Secretrio -Geral, pelo responsvel pela rea de Recursos Humanos e pelo representante do Sindicato dos Funcionrios Parlamen-tares.

    2 Compete ao CCA:a) Garantir a seletividade da GEDAR atravs da fixao

    anual de critrios prvios avaliao;b) Emitir parecer favorvel relativamente s avaliaes

    de Muito Bom ou de Insuficiente e quanto s avaliaes de Inadequado atribudas aos dirigentes;

    c) Aprovar as avaliaes extraordinrias, designando, para tal, os respetivos avaliadores;

    d) Aprovar ou propor, consoante o caso, medidas de reconhecimento e compensao pelo desempenho a que corresponda a atribuio da meno de mrito excecional, bem como as consideradas adequadas ao acompanhamento e correo do desempenho insuficiente;

    e) Dar parecer, nos casos previstos nas alneas b) e c), sobre as reclamaes dos despachos de homologao das avaliaes.

    3 As deliberaes que devam ser adotadas no mbito do nmero anterior e que envolvam a aprecia-o de comportamentos ou de qualidades pessoais so tomadas por escrutnio secreto, devendo a respetiva fundamentao, quando exigida, ser produzida pelo Secretrio -Geral em funo da discusso anteriormente verificada.

    Artigo 13.Secretrio -Geral

    No mbito da GEDAR, compete ao Secretrio -Geral da Assembleia da Repblica:

    a) Garantir a permanente adequao da GEDAR s especificidades da Assembleia da Repblica;

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    b) Coordenar o processo de avaliao de acordo com os princpios e as regras definidas no presente Regulamento;

    c) Homologar as avaliaes;d) Decidir das reclamaes dos avaliados;e) Avaliar o pessoal dirigente;f) Presidir ao CCA, convocando as respetivas reunies.

    SECO III

    Avaliaes ordinria e extraordinria

    Artigo 14.Avaliao ordinria

    1 A avaliao ordinria inclui:a) A descrio de tarefas e funes desempenhadas no

    perodo em avaliao e face aos objetivos propostos;b) A autoavaliao;c) A realizao de entrevista, tendo por objetivo:i) A avaliao da concretizao do plano, dos objetivos

    e das competncias demonstradas, conforme caracteriza-das no respetivo relatrio de avaliao anexo ao presente Regulamento;

    ii) A definio bilateral do plano de desenvolvi-mento profissional do avaliado e dos objetivos e metas que se prope atingir, de acordo com o Plano de Ati-vidades da Assembleia da Repblica e/ou do respetivo Servio;

    d) A produo do relatrio.

    2 Nos casos de relevante desempenho da funo (que se concretiza na meno qualitativa de Muito Bom) ou de desempenho insuficiente (que se concretiza na meno qualitativa de Insuficiente), o avaliador deve fundamentar com especial cuidado a avaliao, nomeadamente identifi-cando os contributos relevantes para o servio ou os erros ou omisses encontrados.

    3 O avaliado toma conhecimento da proposta de avaliao aps a realizao da entrevista e por aposio da respetiva assinatura sobre o relatrio produzido.

    Artigo 15.Avaliao extraordinria

    1 H lugar a avaliao extraordinria:a) Nos casos de falta, ausncia ou impedimento do

    avaliador;b) Sempre que no estejam preenchidas as condies

    estatudas no n. 2 do artigo 10.;c) Quando a especificidade das funes exercidas

    impea o respetivo superior hierrquico de um conheci-mento efetivo e constante sobre o exerccio das funes e tarefas a avaliar;

    d) Relativamente a funcionrios parlamentares e tra-balhadores com funes de coordenao e que dependam diretamente do Secretrio -Geral.

    2 A avaliao extraordinria compete ao CCA e efetua -se com base em autoavaliao e em ponderao curricular, dando lugar ao preenchimento de relatrio prprio.

    3 A anlise curricular a realizar assenta na ponde-rao, no perodo relevante para a avaliao, entre outros

    elementos que possam ser considerados, das habilitaes acadmicas e profissionais, da experincia profissional e do compromisso para com o servio, conforme caracteri-zados no respetivo relatrio de avaliao anexo ao presente Regulamento.

    4 A proposta de avaliao realizada por avaliador ou avaliadores, para o efeito designados pelo CCA na reunio que estabelea os critrios prvios ao processo de avaliao a que alude o n. 1 do artigo 8.

    5 Para os efeitos do nmero anterior, a unidade orgnica responsvel pela gesto dos recursos humanos notifica, at ao final do ms de fevereiro de cada ano, os funcionrios e trabalhadores suscetveis de avaliao extraordinria, solicitando -lhes o envio, at ao dia 15 do ms seguinte, dos elementos necessrios avaliao, designadamente:

    a) Relatrio de avaliao, com preenchimento dos dados de identificao pessoal, das tarefas e funes desempe-nhadas no perodo sob avaliao e do questionrio de autoavaliao;

    b) Curriculum vitae detalhado, assinado e datado, do qual deve constar, obrigatoriamente, a indicao dos ele-mentos referidos no n. 3;

    c) Outra documentao relevante que permita funda-mentar a avaliao, podendo juntar -se declarao passada pela entidade onde foram exercidas funes no perodo sob avaliao.

    6 O avaliado toma conhecimento da proposta de avaliao por aposio da respetiva assinatura sobre o relatrio produzido.

    7 As propostas de avaliao, constantes dos relatrios de avaliao devidamente preenchidos, so remetidas ao Secretrio -Geral at 15 de abril.

    Artigo 16.Menes qualitativas e quantitativas

    1 O resultado global das avaliaes ordinria e extraordinria corresponde s seguintes menes qualita-tivas e quantitativas:

    a) Muito Bom, de 9 a 10 pontos;b) Bom, de 6 a 8,9 pontos;c) Suficiente, de 4 a 5,9 pontos;d) Insuficiente, de 1 a 3,9 pontos.

    2 A meno quantitativa apurada atravs da apli-cao de frmula constante do respetivo relatrio de ava-liao.

    3 Nos casos de avaliao de Muito Bom, pode o avaliador ou o CCA propor a atribuio de uma meno de mrito excecional, acompanhada de uma proposta concreta de reconhecimento de tal mrito, bem como uma proposta de valorizao profissional, tendo em considerao os limites oramentais da Assembleia da Repblica, conforme proposta ao Conselho de Admi-nistrao.

    4 Sem prejuzo do disposto no Estatuto dos Funcio-nrios Parlamentares nesta matria, a atribuio da meno de Insuficiente deve contemplar medidas concretas de acompanhamento, que podem passar pela definio de um plano de formao especfico, tendo em vista a melhoria do desempenho pessoal.

    5 Aos avaliados que obtenham, nos termos do dis-posto no artigo 29. do Estatuto dos Funcionrios Par-

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    lamentares, o somatrio de oito pontos, no mximo de quatro anos consecutivos, aplica -se o disposto no n. 3 do presente artigo.

    Artigo 17.Efeitos do mrito excecional

    1 A classificao de Muito Bom a que corres-ponda tambm a atribuio da meno de mrito exce-cional d lugar entrega de um diploma de mrito excecional.

    2 O diploma de mrito excecional assinado e entregue pelo Presidente da Assembleia da Repblica, sendo dada publicidade de tal meno no Dirio da Repblica.

    3 A atribuio da meno de mrito excecional confere ao respetivo funcionrio o direito a cinco dias de frias adicionais nesse ano que, por opo do prprio e tendo em considerao os limites oramentais da Assem-bleia da Repblica, convertvel na correspondente remunerao.

    SECO IV

    Avaliao de dirigentes

    Artigo 18.Princpios

    1 A avaliao dos dirigentes efetua -se por ciclo ava-liativo, devendo ter lugar at 90 dias antes do termo da respetiva comisso de servio.

    2 A avaliao dos dirigentes pode ainda ser solicitada pelos prprios, decorrido que seja um ano do incio da respetiva comisso de servio.

    3 A avaliao dos dirigentes no produz efeitos na sua carreira de origem.

    4 Os titulares dos cargos dirigentes devem promover uma gesto orientada para resultados, de acordo com os objetivos anuais e plurianuais fixados, definindo os recur-sos a utilizar e os projetos a desenvolver, sem prejuzo da reviso desses objetivos, sempre que tal se justifique, por alteraes de contexto geral ou de prioridades do rgo de soberania.

    5 As competncias a avaliar relativamente aos dirigentes abrangem necessariamente, para alm de competncias tcnicas, a capacidade de liderana, bem como critrios de qualidade, responsabilidade, eficcia e eficincia.

    6 A avaliao dos dirigentes considerada para efeitos de renovao ou cessao da comisso de ser-vio.

    Artigo 19.Avaliados e avaliadores

    1 Para efeitos da presente seco, e como tal sujei-tos a avaliao, so considerados dirigentes os diretores de servios e os chefes de diviso nomeados nos termos da LOFAR e ainda aqueles que lhes sejam legalmente equiparados.

    2 Os diretores de servios ou equiparados so ava-liados pelo Secretrio -Geral.

    3 Os chefes de diviso ou equiparados so avalia-dos pelo Secretrio -Geral, ouvidos, quando for o caso, os respetivos diretores de servios.

    4 O Secretrio -Geral apenas pode proceder ava-liao desde que detenha mais de um ano de contacto funcional com o dirigente a avaliar.

    5 No se verificando o pressuposto constante do nmero anterior, ao dirigente atribuda a meno de Adequado.

    Artigo 20.Procedimento

    1 At 90 dias antes da cessao da respetiva comisso de servio, o dirigente envia ao Secretrio -Geral relatrio circunstanciado, conforme modelo mencionado no n. 2 do artigo 7., no qual evidencia, nomeadamente:

    a) Os objetivos e resultados que aceitou e se props atingir no perodo da comisso de servio;

    b) Os objetivos e resultados efetivamente alcanados;c) As solues inovatrias desenvolvidas;d) O enquadramento de tais objetivos e resultados no

    leque de atribuies e na imagem da organizao parla-mentar;

    e) O relacionamento interpessoal, quer com superiores hierrquicos, quer com outros dirigentes, quer ainda com os respetivos subordinados;

    f) As dificuldades e constrangimentos encontrados e as solues alcanadas para os ultrapassar;

    g) Aes em curso, propostas de projetos a desenvolver e correspondentes prazos;

    h) A valorizao profissional;i) A autoavaliao e as concluses.

    2 At 60 dias antes do termo da comisso de servio, o Secretrio -Geral, obtido o parecer do diretor de servios respetivo se for o caso, discute com o avaliado o relatrio apresentado.

    3 Da anlise do relatrio e da discusso referidos nos nmeros anteriores resulta proposta de atribuio de uma das seguintes menes qualitativas:

    a) Relevante;b) Adequado;c) Inadequado.

    4 Da inteno de atribuio de qualquer das menes referidas no nmero anterior e da respetiva fundamentao , no prazo mencionado no n. 2, notificado o avaliado, para, querendo e no prazo de 10 dias teis, sobre a mesma se pronunciar, por escrito.

    5 A atribuio definitiva da meno de Inadequado precedida de parecer favorvel do CCA, a obter at 30 dias antes do termo da respetiva comisso de servio, impe-dindo o avaliado de ser nomeado para qualquer cargo di-rigente por um perodo de seis anos, contados da cessao da respetiva comisso de servio.

    CAPTULO III

    Garantias

    Artigo 21.Reclamao

    1 Da homologao das avaliaes cabe reclamao escrita para o Secretrio -Geral, a interpor no prazo de 10 dias teis contados da respetiva notificao.

  • 2320 Dirio da Repblica, 1. srie N. 89 8 de maio de 2015

    2 No caso de reclamao a interpor da homologao de avaliao de Muito Bom, de Insuficiente ou, no que con-cerne aos dirigentes, de Inadequado, a deciso precedida de parecer favorvel do CCA.

    3 O Secretrio -Geral pode solicitar ao avaliador e ao avaliado os elementos que julgue convenientes.

    4 A deciso da reclamao proferida no prazo m-ximo de 10 dias teis contados da sua receo.

    Artigo 22.Recurso

    1 Da deciso que recair sobre as reclamaes refe-ridas no artigo anterior cabe recurso hierrquico para o Presidente da Assembleia da Repblica, a interpor no prazo de 10 dias teis contados da respetiva notificao.

    2 A deciso proferida no prazo de 10 dias teis contados da data de interposio do recurso.

    CAPTULO IV

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 23.Entrada em vigor e produo de efeitos

    1 A presente Resoluo entra em vigor no dia se-guinte ao da sua publicao, sendo considerada para as avaliaes relativas aos anos de 2015 e seguintes.

    2 O procedimento de avaliao constante de sec-o IV aplica -se a dirigentes cujas comisses de servios tenham incio aps a data de entrada em vigor da presente Resoluo.

    Artigo 24.Desmaterializao

    No prazo de 180 dias a contar da entrada em vigor da presente Resoluo, o Secretrio -Geral promove a des-materializao dos procedimentos de avaliao constantes deste Regulamento.

    Artigo 25.Reviso

    O Regulamento da GEDAR revisto at ao final de 2017, devendo, neste prazo, o Secretrio -Geral apresentar a correspondente proposta e respetivos fundamentos ao Conselho de Administrao.

    Artigo 26.Revogao

    A presente Resoluo revoga a Resoluo da Assembleia da Repblica n. 83/2004, de 29 de dezembro.

    Aprovada em 10 de abril de 2015.A Presidente da Assembleia da Repblica, Maria da

    Assuno A. Esteves.

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  • 2326 Dirio da Repblica, 1. srie N. 89 8 de maio de 2015

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    Resoluo da Assembleia da Repblica n. 50/2015

    Sobre o Programa de Estabilidade 2015 -2019A Assembleia da Repblica, tendo apreciado o Programa

    de Estabilidade para 2015 -2019, resolve, nos termos do n. 5 do artigo 166. da Constituio, o seguinte:

    1 Assumir como prioridade para o prximo quadri-nio a promoo de um crescimento econmico verdadeira-mente sustentado, criador de emprego e facilitador de uma mais rpida incluso social, reconhecendo que o mesmo assenta necessariamente em finanas pblicas slidas, num sistema financeiro estvel, na constante transforma-o estrutural da economia e na promoo de uma maior justia e equidade sociais.

    2 Reconhecer que a disciplina oramental que permite a sada de Portugal de um Procedimento por Dfice Excessivo, em paralelo com uma estratgia de crescimento econmico que privilegie o aumento de produtividade potenciador da melhoria da remunerao do trabalho, devero ser sempre a base de orientao da poltica de finanas pblicas, constatando ainda que a sua continuidade abre caminho ao uso responsvel das condies de flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

    3 Aprovar a estratgia oramental definida no Programa de Estabilidade para 2015 -2019, reconhe-cendo que assegura simultaneamente a necessria re-duo gradual da dvida pblica, o maior crescimento econmico e a recuperao do emprego, bem como a indispensvel recuperao do rendimento dos portu-gueses, constituindo assim uma nova fase de progresso econmico e social.

    Aprovada em 24 de abril de 2015.A Presidente da Assembleia da Repblica, Maria da

    Assuno A. Esteves.

    MINISTRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTODO TERRITRIO E ENERGIA

    Portaria n. 126/2015de 8 de maio

    O Decreto -Lei n. 382/99, de 22 de setembro, alterado pelo Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de maio, estabelece as normas e os critrios para a delimitao de permetros de proteo de captaes de guas subterrneas destinadas

    ao abastecimento pblico, com a finalidade de proteger a qualidade das guas dessas captaes.

    Nos termos do disposto no n. 1 do artigo 4. do referido Decreto -Lei n. 382/99, atravs da Portaria n. 130/2011, de 1 de abril, foi aprovada a delimitao dos permetros de proteo das captaes de guas subterrneas destinadas ao abastecimento pblico localizadas no concelho de Santarm, includas nos polos de captao designados por Santarm, Pvoa da Isenta, Almoster, Moaria, Abitureiras, Tremez, Romeira, Ganaria, Abr, Amiais de Baixo, Arneiro das Milharias, Pernes, Vaqueiros, Casvel, Pomba-linho e Alcanhes.

    Na sequncia da construo de trs novas captaes de guas subterrneas nos polos de captao de Ro-meira, Ganaria e Amiais de Baixo e da desativao das captaes PS25 do polo de captao de Gana-ria e AC2 do polo de captao de Amiais de Baixo, verifica -se a necessidade de atualizar a delimitao dos permetros de proteo das captaes de guas subterrneas destinadas ao abastecimento pblico loca-lizadas no concelho de Santarm aprovada pela Por-taria n. 130/2011, de 1 de abril, revogando as zonas de proteo das captaes desativadas, modificando as zonas de proteo das captaes AC1 do polo de captao de Romeira e AC1 do polo de captao de Amiais de Baixo e aprovando as zonas de proteo para as novas captaes.

    Assim:Nos termos do n. 1 do artigo 4. do Decreto -Lei

    n. 382/99, de 22 de setembro, na redao dada pelo artigo 88. do Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de maio, manda o Governo, pelo Secretrio de Estado do Ambiente, no uso das competncias delegadas nos termos da subalnea ii) da alnea a) e da subalnea iv) da alnea b) do n. 1 do Despacho n. 13322/2013, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 202, de 18 de outubro, com a redao dada pela alnea c) do n. 1 do Despacho n. 1941 -A/2014, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 26, de 6 de fevereiro, e alterado pelo Despacho n. 9478/2014, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 139, de 22 de julho, o seguinte:

    Artigo 1.Objeto

    A presente portaria procede primeira alterao da Por-taria n. 130/2011, de 1 de abril, que aprova a delimitao dos permetros de proteo de captaes de guas subter-rneas destinadas ao abastecimento pblico localizadas no concelho de Santarm.

    Artigo 2.Alterao da Portaria n. 130/2011, de 1 de abril

    O artigo 1. da Portaria n. 130/2011, de 1 de abril, passa a ter a seguinte redao:

    Artigo 1.[...]

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .