resistência e características do concreto

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Resistência e características do concreto ESTRUTURAS DE CONCRETO – CAPÍTULO 2 Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos Março de 2004 CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO Como foi visto no capítulo anterior, a mistura em proporção adequada de cimento, agregados e água resulta num material de construção – o concreto –, cujas características diferem substancialmente daquelas apresentadas pelos elementos que o constituem. Este capítulo tem por finalidade destacar as principais características e propriedades do material concreto, incluindo aspectos relacionados à sua utilização. 2.1 MASSA ESPECÍFICA Serão considerados os concretos de massa específica normal c), compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3. Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2400 kg/m3 e para o concreto armado 2500 kg/m3. Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar, para valor da massa específica do concreto armado, aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3. 2.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS As principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Essas propriedades são determinadas a partir de ensaios, executados em condições específicas. Geralmente, os ensaios são realizados para controle da qualidade e atendimento às especificações.

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Page 1: Resistência e características do concreto

Resistência e características do concreto

ESTRUTURAS DE CONCRETO – CAPÍTULO 2Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. SantosMarço de 2004CARACTERÍSTICAS DO CONCRETOComo foi visto no capítulo anterior, a mistura em proporção adequada decimento, agregados e água resulta num material de construção – o concreto –, cujascaracterísticas diferem substancialmente daquelas apresentadas pelos elementosque o constituem.Este capítulo tem por finalidade destacar as principais características epropriedades do material concreto, incluindo aspectos relacionados à sua utilização.2.1 MASSA ESPECÍFICASerão considerados os concretos de massa específica normal (ρc),compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3.Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor2400 kg/m3 e para o concreto armado 2500 kg/m3.Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-seconsiderar, para valor da massa específica do concreto armado, aquela do concretosimples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3.2.2 PROPRIEDADES MECÂNICASAs principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência àcompressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Essas propriedadessão determinadas a partir de ensaios, executados em condições específicas.Geralmente, os ensaios são realizados para controle da qualidade e atendimentoàs especificações.2.2.1 Resistência à compressãoA resistência à compressão simples, denominada fc, é a característicamecânica mais importante. Para estimá-la em um lote de concreto, são moldados epreparados corpos-de-prova para ensaio segundo a NBR 5738 – Moldagem e curade corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto, os quais sãoUSP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.2ensaiados segundo a NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corposde-prova cilíndricos.O corpo-de-prova padrão brasileiro é o cilíndrico, com 15cm de diâmetro e30cm de altura, e a idade de referência para o ensaio é 28 dias.Após ensaio de um número muito grande de corpos-de-prova, pode ser feitoum gráfico com os valores obtidos de fc versus a quantidade de corpos-de-prova

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relativos a determinado valor de fc, também denominada densidade de freqüência. Acurva encontrada denomina-se Curva Estatística de Gauss ou Curva deDistribuição Normal para a resistência do concreto à compressão (Figura 2.1).Figura 2.1 – Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressãoNa curva de Gauss encontram-se dois valores de fundamental importância:resistência média do concreto à compressão, fcm, e resistência característicado concreto à compressão, fck.O valor fcm é a média aritmética dos valores de fc para o conjunto de corpos-deprovaensaiados, e é utilizado na determinação da resistência característica, fck, pormeio da fórmula:fck = fcm −1,65sO desvio-padrão s corresponde à distância entre a abscissa de fcm e a do pontode inflexão da curva (ponto em que ela muda de concavidade).O valor 1,65 corresponde ao quantil de 5%, ou seja, apenas 5% dos corposde-prova possuem fc < fck, ou, ainda, 95% dos corpos-de-prova possuem fc ≥ fck.Portanto, pode-se definir fck como sendo o valor da resistência que tem 5%de probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de corpos-de-prova de umdeterminado lote de concreto.USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.3Como será visto posteriormente, a NBR 8953 define as classes de resistênciaem função de fck. Concreto classe C30, por exemplo, corresponde a um concretocom fck = 30MPa.Nas obras, devido ao pequeno número de corpos-de-prova ensaiados, calculasefck,est, valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.2.2.2 Resistência à traçãoOs conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta, fct, sãoanálogos aos expostos no item anterior, para a resistência à compressão. Portanto,tem-se a resistência média do concreto à tração, fctm, valor obtido da médiaaritmética dos resultados, e a resistência característica do concreto à tração, fctk

ou simplesmente ftk, valor da resistência que tem 5% de probabilidade de não seralcançado pelos resultados de um lote de concreto.A diferença no estudo da tração encontra-se nos tipos de ensaio. Há trêsnormalizados: tração direta, compressão diametral e tração na flexão.a) Ensaio de tração diretaNeste ensaio, considerado o de referência, a resistência à tração direta, fct, édeterminada aplicando-se tração axial, até a ruptura, em corpos-de-prova deconcreto simples (Figura 2.2). A seção central é retangular, medindo 9cm por 15cm,e as extremidades são quadradas, com 15cm de lado.Figura 2.2 – Ensaio de tração direta

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b) Ensaio de tração na compressão diametral (spliting test)É o ensaio mais utilizado. Também é conhecido internacionalmente comoEnsaio Brasileiro. Foi desenvolvido por Lobo Carneiro, em 1943. Para a suarealização, um corpo-de-prova cilíndrico de 15cm por 30 cm é colocado com o eixohorizontal entre os pratos da prensa (Figura 2.3), sendo aplicada uma força até asua ruptura por tração indireta (ruptura por fendilhamento).USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.4Figura 2.3 – Ensaio de tração por compressão diametralO valor da resistência à tração por compressão diametral, fct,sp, encontradoneste ensaio, é um pouco maior que o obtido no ensaio de tração direta. O ensaiode compressão diametral é simples de ser executado e fornece resultados maisuniformes do que os da tração direta.c) Ensaio de tração na flexãoPara a realização deste ensaio, um corpo-de-prova de seção prismática ésubmetido à flexão, com carregamentos em duas seções simétricas, até à ruptura(Figura 2.4). O ensaio também é conhecido por “carregamento nos terços”, pelo fatodas seções carregadas se encontrarem nos terços do vão.Analisando os diagramas de esforços solicitantes (Figura 2.5) pode-se notarque na região de momento máximo tem-se cortante nula. Portanto, nesse trechocentral ocorre flexão pura.Os valores encontrados para a resistência à tração na flexão, fct,f, sãomaiores que os encontrados nos ensaios descritos anteriormente.Figura 2.4 – Ensaio de tração na flexãoUSP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.5Figura 2.5 – Diagramas de esforços solicitantes (ensaio de tração na flexão)d) Relações entre os resultados dos ensaiosComo os resultados obtidos nos dois últimos ensaios são diferentes dosrelativos ao ensaio de referência, de tração direta, há coeficientes de conversão.Considera-se a resistência à tração direta, fct, igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f, ouseja, coeficientes de conversão 0,9 e 0,7, para os resultados de compressãodiametral e de flexão, respectivamente.Na falta de ensaios, as resistências à tração direta podem ser obtidas a partirda resistência à compressão fck:ctk,sup ctmctk,inf ctm2/3ctm ckf 1,3 ff 0,7 ff 0,3 f===

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Nessas equações, as resistências são expressas em MPa. Será vistooportunamente que cada um desses valores é utilizado em situações específicas.2.2.3 Módulo de elasticidadeOutro aspecto fundamental no projeto de estruturas de concreto consiste narelação entre as tensões e as deformações.Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão edeformação, para determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei deUSP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.6Hooke), ou seja, σ = E ε , sendo σ a tensão, ε a deformação específica e E oMódulo de Elasticidade ou Módulo de Deformação Longitudinal (Figura 2.6).Figura 2.6 - Módulo de elasticidade ou de deformação longitudinalPara o concreto a expressão do Módulo de Elasticidade é aplicada somente àparte retilínea da curva tensão-deformação ou, quando não existir uma parteretilínea, a expressão é aplicada à tangente da curva na origem. Neste caso, tem-seo Módulo de Deformação Tangente Inicial, Eci (Figura 2.7).Figura 2.7 - Módulo de deformação tangente inicial (Eci)O módulo de deformação tangente inicial é obtido segundo ensaio descrito naNBR 8522 – Concreto – Determinação do módulo de deformação estática ediagrama tensão-deformação.USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.7Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre oconcreto, para a idade de referência de 28 dias, pode-se estimar o valor do módulode elasticidade inicial usando a expressão:1/2Eci = 5600 fck

Eci e fck são dados em MPa.O Módulo de Elasticidade Secante, Ecs, a ser utilizado nas análises elásticasdo projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificaçãode limites de serviço, deve ser calculado pela expressão:Ecs = 0,85 Eci

Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou de uma seçãotransversal, pode ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração e àcompressão, igual ao módulo de elasticidade secante (Ecs).2.2.4 Coeficiente de PoissonQuando uma força uniaxial é aplicada sobre uma peça de concreto, resulta umadeformação longitudinal na direção da carga e, simultaneamente, uma deformaçãotransversal com sinal contrário (Figura 2.8).Figura 2.8 – Deformações longitudinais e transversaisA relação entre a deformação transversal e a longitudinal é denominadacoeficiente de Poisson e indicada pela letra ν. Para tensões de compressãomenores que 0,5 fc e de tração menores que fct, pode ser adotado ν = 0,2.

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USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.82.2.5 Módulo de elasticidade transversalO módulo de elasticidade transversal pode ser considerado Gc = 0,4 Ecs.2.2.6 Estados múltiplos de tensãoNa compressão associada a confinamento lateral, como ocorre em pilarescintados, por exemplo, a resistência do concreto é maior do que o valor relativo àcompressão simples. O cintamento pode ser feito com estribos, que impedem aexpansão lateral do pilar, criando um estado múltiplo de tensões. O cintamentotambém aumenta a dutilidade do elemento estrutural.Na região dos apoios das vigas, pode ocorrer fissuração por causa da forçacortante. Essas fissuras, com inclinação aproximada de 45°, delimitam as chamadasbielas de compressão. Portanto, as bielas são regiões comprimidas com tensões detração na direção perpendicular, caracterizando um estado biaxial de tensões.Nesse caso tem-se uma resistência à compressão menor que a da compressãosimples.Portanto, a resistência do concreto depende do estado de tensão a que ele seencontra submetido.2.3 ESTRUTURA INTERNA DO CONCRETONa preparação do concreto, com as mistura dos agregados graúdos e miúdoscom cimento e água, tem início a reação química do cimento com a água,resultando gel de cimento, que constitui a massa coesiva de cimento hidratado.A reação química de hidratação do cimento ocorre com redução de volume,dando origem a poros, cujo volume é da ordem de 28% do volume total do gel.Durante o amassamento do concreto, o gel envolve os agregados eendurece com o tempo, formando cristais. Ao endurecer, o gel liga os agregados,resultando um material resistente e monolítico – o concreto.A estrutura interna do concreto resulta bastante heterogênea: adquire forma deretículos espaciais de gel endurecido, de grãos de agregados graúdo e miúdo devárias formas e dimensões, envoltos por grande quantidade de poros e capilares,portadores de água que não entrou na reação química e, ainda, vapor d’água e ar.Fisicamente, o concreto representa um material capilar pouco poroso, semcontinuidade da massa, no qual se acham presentes os três estados da agregação– sólido, líquido e gasoso.USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.92.4 DEFORMAÇÕESAs deformações do concreto dependem essencialmente de sua estruturainterna.2.4.1 RetraçãoDenomina-se retração à redução de volume que ocorre no concreto, mesmo naausência de tensões mecânicas e de variações de temperatura.

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As causas da retração são:• Retração química: contração da água não evaporável, durante oendurecimento do concreto.• Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda daágua adsorvida. O tensão superficial e o fluxo de água nos capilares provocamretração.• Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (ocorre comdiminuição de volume).2.4.2 ExpansãoExpansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peçassubmersas. Nessas peças, no início tem-se retração química. Porém, o fluxo deágua é de fora para dentro. As decorrentes tensões capilares anulam a retraçãoquímica e, em seguida, provocam a expansão da peça.2.4.3 Deformação imediataA deformação imediata se observa por ocasião do carregamento. Correspondeao comportamento do concreto como sólido verdadeiro, e é causada por umaacomodação dos cristais que formam o material.2.4.4 FluênciaFluência é uma deformação diferida, causada por uma força aplicada.Corresponde a um acréscimo de deformação com o tempo, se a carga permanecer.Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre deformação imediata, com umaacomodação dos cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos capilares eaumenta a pressão na água capilar, favorecendo o fluxo em direção à superfície.Tanto a diminuição do diâmetro dos capilares quanto o acréscimo do fluxoaumentam a tensão superficial nos capilares, provocando a fluência.USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Características do Concreto2.10No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração ocorrem ao mesmotempo e, do ponto de vista prático, é conveniente o tratamento conjunto das duasdeformações.2.4.5 Deformações térmicasDefine-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a deformaçãocorrespondente a uma variação de temperatura de 1°C. Para o concreto armado,para variações normais de temperatura, a NBR 6118 permite adotar αte = 10-5

/°C.2.5 FATORES QUE INFLUEMOs principais fatores que influem nas propriedades do concreto são:• Tipo e quantidade de cimento;• Qualidade da água e relação água-cimento;• Tipos de agregados, granulometria e relação agregado-cimento;• Presença de aditivos e adições;• Procedimento e duração da mistura;• Condições e duração de transporte e de lançamento;• Condições de adensamento e de cura;

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• Forma e dimensões dos corpos-de-prova;• Tipo e duração do carregamento;• Idade do concreto; umidade; temperatura etc.

Referencia: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec702/EESC/Concreto.pdf

Diagrama tensão X deformação

O diagrama x mostra uma relação entre estas duas grandezas através de uma linha definida em um gráfico x/y onde o eixo x representa as deformações e o eixo y representa as tensões.

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A obtenção do diagrama tensão x deformação deve ser realizada para os diferentes tipos de material podendo ser feita através de um ensaio de tração.

Realização do ensaio de tração:

1. Toma-se uma barra circular de material homogêneo, com uma determinada seção transversal A0. Sobre esta barra, marca-se dois pontos distantes L0 um do outro.

Ensaio de Tração antes da Aplicação da Carga

2.Submete-se esta barra a uma força normal N que aumenta gradativamente.

3. Para cada valor de N, calcula-se um LP = L - L0

4. Para cada valor de N, mede-se as modificações no diâmetro.

Ensaio de Tração após da Aplicação da Carga

5. Para cada valor de N, calcula-se a tensão = N / A0, ou seja, a medida que altera-se o valor da carga aplicada, altera-se o valor da tensão.

6. Para cada valor de N, calcula-se a deformação específica = LP/L0

7. Marca-se em gráfico os valores de x obtendo-se então o diagrama tensão x deformação.

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O diagrama x varia de material para material e para um mesmo material, com diferentes composições.

A partir da relação entre tensão e deformação obtida com o ensaio anterior, pode-se definir dois tipos de materiais:

Materiais dúteisMateriais frágeis

Materiais dúteis (aço estrutural e outros metais)

Diagrama tensão x deformação

 

u: tensão última (máxima tensão que se atinge)

R: tensão de ruptura (tensão que, se atingida, provoca a ruptura do material)

e: tensão de escoamento

R: deformação de ruptura (deformação que, se atingida, provoca a ruptura do material)

 

Fases de evolução do diagrama

1. Aumento lento do comprimento (pequena deformação), diretamente proporcional a uma grande carga aplicada (trecho reto da origem até a tensão de escoamento - e), com grande coeficiente angular (reta "quase" na vertical).

2. Longa deformação com pouco aumento da carga aplicada, ou seja, pequena variação da tensão (escoamento).

3. Aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada, ou seja, da tensão. Este aumento ocorre até que a carga aplicada atinja um valor máximo, ou, uma tensão última - u (recuperação).

4. Diminuição do diâmetro do corpo (estricção). Uma diminuição da carga aplicada é suficiente para manter a deformação até a ruptura. (R: tensão de ruptura; R: deformação de ruptura).

 

Materiais frágeis (ferro fundido, vidro, pedra...)

Diagrama tensão x deformação

 

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u: tensão última (máxima tensão que se atinge)

R: tensão de ruptura (tensão que, se atingida, provoca a ruptura do material)

R: deformação de ruptura (deformação que, se atingida, provoca a ruptura do material)

 

Fases da evolução do diagrama

Aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada até que se atinja a deformação de ruptura (R) que corresponde à tensão de ruptura (R) que é igual à tensão

última (u).

A deformação até a ruptura (R) nos materiais frágeis é menor do que nos materiais rígidos, ou, para uma mesma tensão os materiais frágeis rompem antes que os dúteis.

O ensaio de compressão

Pergunta:

Será que o diagrama x obtido com ensaio de compressão, ao invés do ensaio de tração como foi visto até agora, seria o mesmo?

 

Resposta: Para materiais dúteis: o ensaio de compressão poderia ser utilizado até a tensão última, mas a partir daí não, pois na compressão não ocorre a estricção (diminuição) do diâmetro da barra.

Para materiais frágeis: o ensaio de compressão não poderia ser utilizado pois a tensão última de compressão é muito maior do que a tensão última de tração (os materiais são mais resistentes ao esforço de compressão do que de tração), o que, provavelmente, causaria imperfeições nos resultados.

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Podemos observar o esforço de compressão

na construção mecânica, principalmente em estruturas e em equipamentoscomo suportes, bases de máquinas, barramentos etc.Às vezes, a grande exigência requerida para um projeto é a resistênciaà compressão. Nesses casos, o projetista deve especificar um material que possuaboa resistência à compressão, que não se deforme facilmente e que assegure boaprecisão dimensional quando solicitado por esforços de compressão.O ensaio de compressão é o mais indicado para avaliar essas características,principalmente quando se trata de materiais frágeis, como ferro fundido, madeira,pedra e concreto. É também recomendado para produtos acabados, comomolas e tubos.Porém, não se costuma utilizar ensaios de compressão para os metais.Estudando os assuntos desta aula, você ficará sabendo quais as razões queexplicam o pouco uso dos ensaios de compressão na área da mecânica, analisará

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as semelhanças entre o esforço de compressão e o esforço de tração, já estudadonas aulas anteriores, e ficará a par dos procedimentos para a realização do ensaiode compressão.O que a compressão e a tração têm em comumDe modo geral, podemos dizer que a compressão é um esforço axial,que tende a provocar um encurtamento do corpo submetido a este esforço.Nos ensaios de compressão, os corpos deprova são submetidos a uma força axial paradentro, distribuída de modo uniforme emtoda a seção transversal do corpo de prova.Introdução

6A U L A

Ensaio de compressãoNossa aula

6A U L A Do mesmo modo que o ensaio de tração, o ensaio de compressão pode serexecutado na máquina universal de ensaios, com a adaptação de duas placaslisas - uma fixa e outra móvel. É entre elas que o corpo de prova é apoiadoe mantido firme durante a compressão.As relações que valem para a tração valem também para a compressão. Issosignifica que um corpo submetido a compressão também sofre uma deformaçãoelástica e a seguir uma deformação plástica.Na fase de deformação elástica, o corpo volta ao tamanho original quandose retira a carga de compressão.Na fase de deformação plástica, o corpo retém uma deformação residualdepois de ser descarregado.Nos ensaios de compressão, a lei de Hooke também vale para a fase elásticada deformação, e é possível determinar o módulo de elasticidade para diferentesmateriais.Na compressão, as fórmulas para cálculo da tensão, da deformação e domódulo de elasticidade são semelhantes às que já foram demonstradas em aulasanteriores para a tensão de tração. Por isso, serão mostradas de maneira resumida,no quadro a seguir.RELAÇÕES VÁLIDAS PARA OS ESFORÇOS DE COMPRESSÃOFÓRMULA SIGNIFICADO

T ® tensão de compressão

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F ® força de compressãoS ® área da seção do corpoe ® deformaçãoLo - Lf ® variação do comprimento do corpoLo ® comprimento inicial do corpoE ® módulo de elasticidadeT ® tensãoe ® deformaçãoT = FSe = Lo - LfLoE = Te

6Está na hora de resolver um exercício para testar seu entendimento do A U L Aassunto. Consulte as fórmulas, se necessário.Verificando o entendimentoUm corpo de prova de aço com diâmetro d = 20 mm e comprimentoL = 60 mm será submetido a um ensaio de compressão. Se for aplicada umaforça F de 100.000 N, qual a tensão absorvida pelo corpo de prova (T) e quala deformação do mesmo (e)? O módulo de elasticidade do aço (E) é iguala 210.000 MPa.Respostas: T = ............................... e e = .............................Que tal conferir? Compare seus procedimentos com os apresentados a seguir.Em primeiro lugar, você deve ter calculado a área da seção do corpo de provaaplicando a fórmula:Conhecendo a área da seção, é possível calcular a tensão de compressãoaplicando a fórmula:Para calcular a deformação sofrida pelo corpo de prova aplicando a fórmula,precisamos do comprimento inicial (60 mm) e do comprimento final, que aindanão conhecemos.Mas sabemos que o módulo de elasticidade deste aço é de 210.000 MPa.Então podemos calcular a deformação isolando esta variável na fórmula domódulo de elasticidade:Para obter a deformação em valor percentual, basta multiplicar o resultadoanterior por 100, ou seja: 0,0015165 ´ 100 = 0,15165%.Isso significa que o corpo sofrerá uma deformação de 0,15165% em seucomprimento, ou seja, de 0,09099 mm. Como se trata de um ensaio de compressão, esta variação será no sentido do encurtamento. Portanto, o comprimentofinal do corpo de prova será de 59,909 mm.Muito bem! Agora que você já viu as semelhanças entre os esforços de traçãoe de compressão, que tal ir mais fundo para saber por que este tipo de ensaio nemsempre é recomendável?

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S = p D ® S = = = 3,14 ´ 100 = 314 mm2 2

43,14 (20)2

43,14 ´ 4004T = F ® T = ® 318,47 N/mm2 = 318,47 MPaS100.000 N314 mm2

e = Lo - LfLoE = T ® e = ® e = = 0,0015165eTE318,47 MPa210.000 MPa

6A U L A Limitações do ensaio de compressãoO ensaio de compressão não é muito utilizado para os metais em razão dasdificuldades para medir as propriedades avaliadas neste tipo de ensaio.Os valores numéricos são de difícil verificação, podendo levar a erros.Um problema que sempre ocorre no ensaio de compressão é o atrito entreo corpo de prova e as placas da máquina de ensaio.A deformação lateral do corpo de prova é barrada pelo atrito entre assuperfícies do corpo de prova e da máquina. Para diminuir esse problema,é necessário revestir as faces superior e inferior do corpo de prova com materiaisde baixo atrito (parafina, teflon etc).Outro problema é a possível ocorrênciade flambagem, isto é, encurvamento do corpode prova. Isso decorre da instabilidade nacompressão do metal dúctil. Dependendodas formas de fixação do corpo de prova, hádiversas possibilidades de encurvamento,conforme mostra a figura ao lado.A flambagem ocorre principalmente em corpos de prova com comprimentomaior em relação ao diâmetro. Por esse motivo, dependendo do grau deductilidade do material, é necessário limitar o comprimento dos corposde prova, que devem ter de 3 a 8 vezes o valor de seu diâmetro. Em algunsmateriais muito dúcteis esta relação pode chegar a 1:1 (um por um).Outro cuidado a ser tomado para evitar a flambagem é o de garantiro perfeito paralelismo entre as placas do equipamento utilizado no ensaio decompressão. Deve-se centrar o corpo de prova no equipamento de teste, paragarantir que o esforço de compressão se distribua uniformemente.Ensaio de compressão em materiais dúcteisNos materiais dúcteis a compressão vai provocando uma deformação lateralapreciável. Essa deformação lateral prossegue com o ensaio até o corpo de prova

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se transformar num disco, sem que ocorra a ruptura.É por isso que o ensaio de compressão de materiais dúcteis fornece apenasas propriedades mecânicas referentes à zona elástica.As propriedades mecânicas mais avaliadas por meio do ensaio são: limitede proporcionalidade, limite de escoamento e módulo de elasticidade.

6Ensaio de compressão em materiais frágeis A U L AO ensaio de compressão é mais utilizado para materiais frágeis. Uma vez quenesses materiais a fase elástica é muito pequena, não é possível determinar comprecisão as propriedades relativas a esta fase.A única propriedade mecânica que é avaliada nos ensaios de compressãode materiais frágeis é o seu limite de resistência à compressão.Do mesmo modo que nos ensaios de tração, o limite de resistênciaà compressão é calculado pela carga máxima dividida pela seção originaldo corpo de prova.RelembrandoFórmula matemática para cálculo do limite de resistência:onde Fmax corresponde à carga máxima atingida após o escoamentoe So corresponde à área inicial da seção.Com essa informação, fica fácil resolver o próximo exercício. Vamos tentar?Verificando o entendimentoQual o limite de resistência à compressão (LR) de um material quetem 400 mm2 de área da seção transversal e que se rompeu com uma cargade 760 kN?Resposta: LR = ....................................Confira. Sabendo que a fórmula para cálculo do limite de resistência à tensãode compressão é:basta substituir os termos da fórmula pelos valores conhecidos:Na prática, considera-se que o limite de resistência à compressão é cercade 8 vezes maior que o limite de resistência à tração. Não sendo viável arealização do ensaio de compressão, esta relação é tomada como base para ocálculo da resistência à compressão.LR = Fmax

SoLR = Fmax

SoLR = 7 6 0 . 0 0 0 N = 1.900 N/mm2 = 1.900 MPa400 mm2

6A U L A Ensaio de compressão em produtos acabadosEnsaios de achatamento em tubos - Consiste em colocar uma amostra deum segmento de tubo deitada entre as placas da máquina de compressãoe aplicar carga até achatar a amostra.A distância final entre as placas, que varia conforme a dimensão do tubo,deve ser registrada. O resultado é avaliado pelo aparecimento ou não de fissuras,

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ou seja, rachaduras, sem levar em conta a carga aplicada.Este ensaio permite avaliar qualitativamente a ductilidade do material,do tubo e do cordão de solda do mesmo, pois quanto mais o tubo se deformarsem trincas, mais dúctil será o material.Ensaios em molas - Para determinar a constante elástica de uma mola,ou para verificar sua resistência, faz-se o ensaio de compressão.Para determinar a constante da mola, constrói-se um gráfico tensão-deformação, obtendo-se um coeficiente angular que é a constante da mola, ou seja,o módulo de elasticidade.Por outro lado, para verificar a resistência da mola, aplicam-se cargaspredeterminadas e mede-se a altura da mola após cada carga.Fim da aula! Hora de rever a matéria e se preparar para resolver os exercíciosapresentados a seguir. Pelos resultados, você terá uma medida do seu progresso.

Referencia : http://www.abesc.org.br/pdf/manual.pdf

MANUAL DO CONCRETODOSADO EM CENTRALASSOCIAÇÃO BRASILEIRADAS EMPRESAS DE SERVIÇOSDE CONCRETAGEM DO BRASILEMPRESAS ASSOCIADAS:www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasi http://www.abesc.org.br/pdf/manual.pdf http://www.abesc.org.br/pdf/manual.pdfwwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilA presente publicação reúne as principais considerações sobre o concreto dosado em central, ratificandoo compromisso de suas empresas associadas com a busca constante pela qualidade, com a pesquisa denovas tecnologias, com a normalização de seus serviços e com a capacitação profissional de seuscolaboradores diretos e indiretos.Ao longo das duas últimas décadas, as empresas associadas a ABESC realizam constantes investimentos

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tanto no aprimoramento tecnológico e treinamento do pessoal, como na preservação do meio ambiente.Iniciou-se uma fase de comunicação com os mercados consumidores porque, lado a lado, ABESC econcreteiras associadas trabalham com o mesmo objetivo: difundir os benefícios do uso do concretodosado em central em obras da construção civil, como forma de contribuição aos meios técnicos.Desde o início de suas atividades a ABESC sabia o que queria, trilhando a mesma filosofia, raciocinandodentro dos mesmos princípios. Ética na condução de suas metas e diretrizes, qualidade, valorização doprofissional da construção e respeito ao consumidor. Essa visão e o empenho de todo o quadroassociativo são o que fazem verdadeiramente a ABESC.A Diretoria.

pre fáciowww.abesc.org.brAbril de 2007Av. Brigadeiro Faria Lima, 28947º andar - cjs 71/72CEP 01451-902 - São Paulo - SPfone.: (11) 3709-3466fax.: (11) [email protected] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADAS EMPRESAS DE SERVIÇOSDE CONCRETAGEM DO BRASIL

www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilCimento e Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5A Busca da Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Concretos Comumente Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Roteiro para a Escolha da Concreteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Concreto com Garantia: Pedido e Programação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9Plano de Concretagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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Recebimento do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12O Ensaio de Abatimento (SLUMP TESTE) . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Amostragem do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Lançamento e Adensamento do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Cura do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Aditivos para Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Bombeamento: Uma Grande Solução no Transporte de Concreto . . . . . . . . . . 20Fissuras: Como Evitá-las . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Rompimento dos Corpos-de-prova e Análise dos Resultados. . . . . . . . . . . . . . 23Controle da Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Dicionário do Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Teste seus Conhecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Bibliografia Recomendada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Sumário>>>>>>>>>

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>>>>>>>>>>wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil

Manual do Concre todosado em ce ntra lFreqüentemente confunde-se cimento e concreto.Vamos esclarecer:Cimento é um composto químico seco, finamentemoído, que ao ser misturado com água reage lentamenteformando um novo composto, desta vez,sólido.O Concreto é um material formado pela mistura decimento, água, agregados (areia e pedra) e, eventualmente,aditivos.O cimento e a água formam a pasta que une osagregados quando endurecida. A este conjunto denominamosconcreto que, inicialmente encontra-seem estado plástico, permitindo ser moldado nasmais diversas formas, texturas e finalidades.Após o início do seu endurecimento o concreto continuaa ganhar resistência.Contudo, a obtenção de um concreto com qualidaderequer uma série de cuidados. Esses cuidadosenglobam desde a escolha de seus materiais, a determinaçãode um traço que garanta a resistência e

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a durabilidade desejada, passando pela homogeneizaçãoda mistura, sua correta aplicação e adensamento,até a “cura” adequada – que garantirá aperfeita hidratação do cimento.Como conseguir um concreto com qualidade é otema desta publicação e será visto nas próximaspáginas.

Cime nto e co ncre toCimento Água Areia Brita Aço FibrasPastaArgamassaArgamassaArmadaConcreto ConcretoTela ArmadoConcretoArmadoCom Fibraswww.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilO concreto é um dos materiais da construção maisutilizados em nosso país.A busca constante da qualidade, a necessidade daredução de custos e a racionalização dos canteirosde obras, fazem com que o concreto dosado emcentral, seja cada vez mais utilizado.Entre as vantagens de se aplicar o concreto dosadoem central, destacamos:Eliminação das perdas de areia, brita e cimento;Racionalização do número de operários da••obra, com conseqüente diminuição dos encargossociais e trabalhistas;Maior agilidade e produtividade da equipe detrabalho;Garantia da qualidade do concreto graças aorígido controle adotado pelas centrais dosadoras;Redução no controle de suprimentos, materiaise equipamentos, bem como eliminação das áreasde estoque, com melhor aproveitamento do

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canteiro de obras;Redução do custo total da obra.••••

A Busca da Qualidadewwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilTIPO APLICAÇÃO VANTAGENSRolado Barragens, pavimentação rodoviária (base e subbase)e urbanas (pisos, contra-pisos).Maior durabilidade.Bombeável De uso corrente em qualquer obra. Obras de difícilacesso. Necessidade de vencer alturas elevadas oulongas distâncias.Maior rapidez na concretagem. Otimização damão-de-obra e equipamentos. Permite concretargrandes volumes em curto espaço de tempo.Resfriado Peças de elevado volume como bases ou blocos defundações.Permite o controle da fissuração.Colorido Estruturas de concreto aparente, pisos (pátios, quadrase calçadas), guarda-corpo de pontes etc.Substitui gasto com revestimento. Evita o custode manutenção de pinturas.Projetado Reparo ou reforço estrutural, revestimento de túneis,monumentos, contenção de taludes, canais egalerias.Dispensa a utilização de fôrmas.Alta Resistência Inicial Estruturas convencionais ou protendidas, pré-fabricados(estruturas, tubos etc).Melhor aproveitamento das fôrmas. Rapidez nadesforma. Ganhos de produtividade.Fluido Peças delgadas, elevada taxa de armadura, concretagensde difícil acesso para a vibração.Reduz a necessidade de adensamento (vibração).Rapidez na aplicação.Pesado Como lastro, contra-peso, barreira à radiação (câmarasde raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos)e lajes de subpressão.Redução do volume de peças utilizadas comolastro ou contra-peso, substituição de painéisde chumbo (radiação).Leve(600 kg/m³ a 1200 kg/m³)Elementos de vedação (paredes, painéis, rebaixos delajes, isolante termo-acústico e nivelamento de pisos).Redução do peso próprio da estrutura.Isolamento termo-acústico.Leve estrutural Peças estruturais, enchimento de pisos e lajes, painéispré-fabricados.Redução do peso próprio da estrutura.Pavimentos Rígidos Pavimentos rodoviários e urbanos, pisos industriais epátios de estocagem.Maior durabilidade, menor custo de manutenção.Alto Desempenho (CAD) Elevada resistência (mecânica, física e química), préfabricadose peças protendidas.Melhora aderência entre concreto e aço.

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Convencional (a partir de 20 MPa) Uso corrente na construção civil. O concreto dosado em central possui controlede qualidade e propicia ao construtor maior produtividadee menor custo.Submerso Plataformas marítimas. Resistência à agressão química.Com fibras e aço, plásticas ou de polipropilenoReduz a fissuração. Maior resistência à abrasão, à tração e ao impacto.Grout Agregados de diâmetro máximo de 4,8 mm. Grande fluidez e auto-adensável.

O sucesso de uma construção depende, em grande parte, da correta definição do tipo de concreto aser utilizado.A tabela a seguir apresenta os principais tipos de concreto dosado em central e suas características:

Concre tos Com ume nte Utilizadoswww.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilO concreto dosado em central é normalizado pelaABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicasatravés do CB-18- Comitê Brasileiro de Cimento,Concreto e Agregados. O conhecimento e o cumprimentodas normas técnicas sobre a execução doconcreto dosado em central é uma das exigênciaspara a filiação à ABESC.As normas que orientam sobre a perfeita utilizaçãodo concreto são:NBR 6118 (Projeto e Execução de Obras de ConcretoArmado),NBR 7212 (Execução do Concreto Dosado em Central),NBR 12654 (Controle Tecnológico dos MateriaisComponentes do Concreto),NBR 12655 (Preparo, Controle e Recebimento deConcreto), eNBR 8953 (Concreto para Fins Estruturais - Classificaçãopor Grupos de Resistência).Ao escolher uma concreteira leve em consideração:se é associada à ABESC;sua configuração jurídica: capital social, contratode prestação de serviços, notas fiscais e faturase recolhimento de tributos;se há laboratórios de controle e responsáveltécnico;•••o tempo de funcionamento e sua experiência

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no mercado;o desvio padrão da central que irá fornecer oconcreto;a localização das centrais em relação à obra;o grau de controle de ensaios, automação einformatização;a eficiência de mistura dos caminhões-betoneira;a idade média da frota de caminhões-betoneirae eficiência de mistura;os equipamentos de transporte e aplicação,caminhões-betoneira, bombas, esteiras, guinchosetc;se há certificado de aferição de equipamentosde medição (balanças, equipamentos de laboratórioe etc.);a qualidade e procedência dos materiais componentesdo concreto (cimento, agregados,aditivos, adições e água);se o pátio de estocagem de agregados permitea separação e o controle de recebimento dosagregados;se respeita o meio ambiente, através de controlesambientais (filtros, reciclagem, disposiçãode rejeitos etc.).•••••••••••

Roteiro para aesco lha da Concre teirawwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasilsado em central é informando a resistência característicado concreto (fck), a trabalhabilidade (slump),a dimensão máxima do agregado (B1, B2 etc) e aclasse de agressividade.

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A NBR 7212 também especifica outras duasformas de pedir o concreto: fornecendo o “traço”,ou o “consumo de cimento” por metro cúbico.Nestes casos, os critérios de aceitação e outrasinformações complementares quanto à aplicaçãodevem ser definidos entre a central dosadora e ocliente.Para assegurar que o concreto solicitado seja oadequado à peça a ser concretada, o clientepoderá ainda exigir: o tipo e a marca do cimento,o tipo e a marca do aditivo, a relaçãoágua/cimento, o teor de ar incorporado, tipo delançamento (convencional ou bombeado), umadeterminada cor, a massa específica etc.Vale observar que muitas vezes as exigências sesobrepõem. Exemplo: o cliente especifica umadeterminada relação água/cimento e tambémuma determinada resistência à compressão (fck).Neste caso, entende-se a relação água/cimentocomo um valor máximo e a resistência como umvalor mínimo. Porém, dada a relaçãoágua/cimento máxima, a resistência do concretopoderá alcançar um valor muito superior àespecificada no projeto. Neste caso, o construtordeve consultar o calculista para o redimensionamentoda peça a ser concretada.Ao programar a concretagem, lembre-se que oconcreto deve ser aplicado no menor prazopossível. Para isso tome os seguintes cuidadosantes de fazer o seu pedido:facilite o acesso dos caminhões-betoneira;verifique os equipamentos necessários paratransportar o concreto dentro da obra (baldes,jericas, dumper, calhas etc);verifique a estanqueidade da fôrma, escoramentose armação;garanta um número suficiente de vibradorespara adensar o concreto;solicite a quantidade e o intervalo de entrega doconcreto de acordo com a capacidade de aplicaçãoda obra;estabeleça previamente um plano de concretagem(até 48 horas de antecedência);eleja um responsável pelo recebimento do concreto;confira o recebimento do concreto através danota fiscal de entrega;

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proteja a peça recém concretada contra chuva,vento e temperaturas externas;siga sempre as recomendações das normas daABNT.••••••••••

Concre to com Gara ntia :Pedido e Programa ção10www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilO plano de concretagem é um conjunto de medidasa serem tomadas antes do lançamento do concretopara assegurar a qualidade da peça a ser concretada.Apresentamos a seguir um “check-list” que servirácomo guia para o sucesso da concretagem:Fôrmas e Escoramentosconfira as dimensões baseadas no projeto;verifique a capacidade de suporte e de deformaçãodas fôrmas provocadas pelo peso próprioou operação de lançamento do concreto;verifique a estanqueidade da fôrma para evitara fuga da nata;limpe as fôrmas e aplique o desmoldante.Armaduraconfira as bitolas, quantidade e dimensão dasbarras;confira o posicionamento da armadura na fôrma;fixe adequadamente;verifique os cobrimentos da armadura (pastilhas/espaçadores) especificados no projeto.Pastilhas de argamassa devem ter a mesmarelação a/c do concreto aplicado, e curadasadequadamente;limpe a armadura (oxidação, gorduras, desmoldante

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etc.), a fim de garantir a aderência aoconcreto;não pise nos “negativos” da armadura.••••••••••

Plano de Concre tagemPlanejamentodimensione a equipe envolvida nas operaçõesde lançamento, adensamento e cura do concreto;planeje as interrupções nos pontos de descontinuidadedas fôrmas, como: juntas de concretageme encontros de pilares, paredes comvigas ou lajes etc.garanta equipamentos suficientes para o transportede concreto dentro da obra (carrinhos,jericas, dumper, bombas, esteiras, guinchos,guindaste, caçamba etc);providencie um número suficiente de ferramentasauxiliares (enxadas, pás, desempenadeiras,ponteiros etc);disponibilize um número suficiente de tomadasde força para os equipamentos elétricos;tenha vibradores e mangotes reservas, paraeventual necessidade.Pedido de Concretoinforme antecipadamente o volume da peça aser concretada;programe o horário de início da concretagem,o volume de concreto por caminhão-betoneirae os intervalos de entrega;especifique a forma de lançamento: convencional,por bombas estacionárias ou auto-bombacom lança, esteira, caçamba (gruas) etc;verifique o tempo previsto para o lançamento.O concreto não pode ser lançado após o iníciode pega;•

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•••••••••wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br11Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasilverifique o acesso à obra. Subidas ou descidasíngremes podem impossibilitar a descarga doconcreto no local desejado, ou mesmo, a movimentaçãodos equipamentos de bombeamento.Lembre-se:a correta especificação do pedido é importantepara que o concreto seja entregue na obra deacordo com o exigido em projeto;especificações inadequadas - tipos de brita,slump, resistência etc., podem comprometer aqualidade da peça concretada;prepare-se para receber o concreto de acordocom a freqüência e quantidade especificada no••••pedido, visto que é responsabilidade da obra aperda de consistência ocasionada por esperaprolongada tanto para o recebimento quantopara a descarga do caminhão-betoneira.A forma mais utilizada para se pedir o concreto do-FÔRMAS EESCORAMENTO ARMADURAS LANÇAMENTO ADENSAMENTO CURACONFERÊNCIA CONFERÊNCIA(BITOLA /QUANTIDADES)PROGRAMAÇÃO(VOLUME, INTERVALOS,ACESSOS)VIBRADORES(AGULHA, RÉGUA,PLACA)DURAÇÃO(INÍCIO / TÉRMINO)CAPACIDADEDE SUPORTEPOSICIONAMENTO EQUIPE ESCORAMENTO PROCESSOS(ÚMIDA / PELÍCULA,VAPOR)ESTANQUEIDADE AMARRAÇÃO DESCONTINUIDADE(JUNTAS,

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ENCONTROS)TREINAMENTOLIMPEZA EDESMOLDANTECOBRIMENTOS(PASTILHAS ETC.)TIPO(BOMBA, CAÇAMBA,CONVENCIONAL)SUPERFÍCIE(SOLO / CONCRETO)LIMPEZA EQUIPAMENTOS(JERICAS,GUINCHOS ETC)PLANO(POSIÇÃO, CAMADA,ALTURA ETC)

12www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilCom a chegada do caminhão na obra deve-se verificarse o concreto que está sendo entregue estáde acordo com o pedido. Confira no documento deentrega:volume do concreto;classe de agressividade;abatimento (slump-test);resistência característica do concreto à compressão(fck); ou consumo de cimento/m³;aditivo, quando solicitado.Antes da descarga do caminhão-betoneira deve-seainda avaliar se a quantidade de água existente noconcreto está compatível com as especificações,não havendo falta ou excesso de água. A falta deágua dificulta a aplicação do concreto, criando “nichos”de concretagem. Por sua vez, o excesso de•••••água, embora facilite a aplicação do concreto, diminuiconsideravelmente sua resistência.Durante o trajeto da central dosadora até a obra écomum ocorrer perda na consistência do concretodevido às condições climáticas - temperatura e umidaderelativa do ar. Parte da água da mistura deveser reposta na obra compensando a perda porevaporação durante o trajeto. Para isso, utiliza-se oensaio de abatimento (slump-test), bastante simplese de fácil execução.As regras para a reposição de água perdida porevaporação são especificadas pela NBR 7212 -

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Execução de Concreto Dosado em Central. Comoregra geral, a adição de água não deve ultrapassara medida do abatimento solicitada pela obra e especificadano documento de entrega do concreto.

recebime nto do co ncre towwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br13Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil1- Complete o interior do cone com concreto em 3 camadas,cada camada deve ser adensada com 25 golpes.2 - Retire o cone, meça com a ajuda do mesmo qual é o abatimento doconcreto.A simplicidade deste ensaio o consagrou como oprincipal controle de recebimento do concreto naobra. Embora limitado, expressa a trabalhabilidadedo concreto através de um único parâmetro: abatimento.Para que cumpra este importante papel,deve-se executá-lo corretamente:colete a amostra de concreto depois de descarregar0,5 m³ de concreto do caminhão e emvolume aproximado de 30 litros;coloque o cone sobre a placa metálica bem niveladae apoie seus pés sobre as abas inferioresdo cone;preencha o cone em 3 camadas iguais e aplique25 golpes uniformemente distribuídos em cadacamada;adense a camada junto à base, de forma que ahaste de socamento penetre em toda aespessura. No adensamento das camadas restantes,a haste deve penetrar até ser atingida acamada inferior adjacente;após a compactação da última camada, retire oexcesso de concreto e alise a superfície comuma régua metálica;retire o cone içando-o com cuidado na direçãovertical;coloque a haste sobre o cone invertido e meçaa distância entre a parte inferior da haste e oponto médio do concreto, expressando o resultadoem milímetros.O acerto da água no caminhão-betoneira deve serefetuado de maneira a corrigir o abatimento detodo o volume transportado, garantindo-se a ho-•

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••••••mogeneidade da mistura logo após a adição deágua complementar. O concreto deve ser agitadona velocidade de mistura, durante pelo menos 60segundos.Lembre-se:não adivinhe o índice de abatimento do concreto.Apesar da experiência, tanto do motorista docaminhão-betoneira, quanto do fiscal que recebeo concreto na obra, efetue o ensaio de abatimentodo tronco de cone, utilizando-o comoum instrumento de recebimento do concreto;não adicione água após o início da concretagem.Isto altera as propriedades do concreto eanula as garantias estabelecidas em contrato.••

O Ensaio de Aba time nto(SLU MP TESTE)14www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilDepois do concreto ser aceito por meio do ensaiode abatimento, deve-se coletar uma amostra queseja representativa para o ensaio de resistênciaque também deve seguir as especificações dasnormas brasileiras:não é permitido retirar amostras, tanto no princípioquanto no final da descarga da betoneira;a amostra deve ser colhida no terço médio docaminhão-betoneira;a coleta deve ser feita cortando-se o fluxo dedescarga do concreto, utilizando-se para issoum recipiente ou carrinho-de-mão;deve-se retirar uma quantidade suficiente, 50%maior que o volume necessário, e nunca menorque 30 litros.Em seguida, a amostra deve ser homogeneizada

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pra assegurar sua uniformidade.A moldagem deve respeitar as seguintes orientações:Nos corpos de prova (100 mm x 200 mm) sãoaplicados 12 golpes em cada camada, totalizandoduas camadas iguais e sucessivas. Nos corposde prova (150 mm x 300 mm) são aplicados25 golpes em cada camada, com a haste, totalizandotrês camadas iguais e sucessivas. Estesgolpes são aplicados da maneira mais uniformepossível;deixe os corpos-de-prova nos moldes, sem so-••••••

Amos tragem do Concre tofrer perturbações e em temperatura ambientepor 24 horas;após este período deve-se identificar oscorpos-de-prova e transferi-los para o laboratório,onde serão rompidos para atestarsua resistência.•Nos corpos de prova de 100 mm x 200 mm são aplicados 12 golpes emcada camada, totalizando duas camadas iguais e sucessivas.Nos corpos de prova de 150 mm x 300 mm são alicados 25 golpes emcada camada, totalizando três camadas iguais e sucessivas.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br15Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilAo lançar o concreto, observe os seguinte cuidados:procure lançar o concreto mais próximo da suaposição final;não deixe acumular concreto em determinadospontos da fôrma;evite a segregação e o acúmulo de água na superfíciedo concreto;lance em camadas horizontais de 15 a 30 cm, apartir das extremidades em direção ao centrodas fôrmas;a nova camada deve ser lançada antes do iníciode pega da camada inferior;cuidado especial deve ser tomado para concretagem

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com temperatura ambiente inferior a10ºC e superior a 35ºC;a altura de lançamento não deve ultrapassar 2m. Para alturas de lançamento elevadas semacesso lateral (janelas), utilizar trombas, calhas,funis etc.No caso de lançamento convencional:limite o transporte interno do concreto, com carrinhosou jericas a 60 m, tendo em vista a segregaçãoe perda de consistência;utilize carrinhos ou jericas com pneumáticos;prepare rampas de acesso às fôrmas;inicie a concretagem pela parte mais distante dolocal de recebimento do concreto.No caso de lançamento por bombas:especifique o equipamento de lançamento: alturade lançamento, bomba estacionária ou••••••••••••

La nçame nto e Ade nsame ntodo Concre tobomba-lança;preveja local de acesso e de posicionamentopara os caminhões e bombas;garanta o estacionamento, próximo à bomba,para dois caminhões-betoneira objetivando ofluxo contínuo de bombeamento;estabeleça a seqüência de concretagem e o posicionamentoda tubulação de bombeamento.•••16www.abesc.org.br

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Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilAdensamentoprovidencie os equipamentos necessários: vibradoresde imersão (agulha), vibradores desuperfície (réguas ou placas vibratórias, acabadorasde superfície), vibradores externos (vibradoresde fôrma, mesas vibratórias e rolos compactadoresvibratórios);evite, tanto a falta, quanto o execesso de vibração;determine a altura das camadas em função doequipamento utilizado;o vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5cm na camada inferior;inicie o adensamento logo após o lançamento;evite o adensamento a menos de 10 cm da parededa fôrma devido ao aparecimento de bolhasde ar e perda de argamassa;preveja reforço das fôrmas e escoramento, emfunção de adensamento enérgico;evite o transporte do concreto com o equipamentode adensamento.••••••••wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br17Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilA cura do concreto é uma etapa importante da concretagempois evita a evaporação prematura daágua e fissuras no concreto. Após o início do endurecimento,o concreto continua a ganhar resistência,mas para que isso ocorra de forma satisfatória,deve-se tomar alguns cuidados:inicie a cura tão logo a superficie concretadatenha resistência à ação da água (algumas horas)e estenda por, no mínimo, 7 dias;mantenha o concreto saturado até que os espaçosocupados pela água sejam então ocupadospelos produtos da hidratação do cimento;

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deixe o concreto nas fôrmas, mantendo-as molhadas;•••

Cura do Concre tomantenha um procedimento contínuo de cura.Os principais processos são:molhagem das fôrmas (pequenas superfícies);aspersão;recobrimento (areia, serragem, terra, sacos deaniagem, mantidos úmidos etc.);impermeabilização superficial (conhecida comomembranas de cura);submersão;cura a vapor.Podemos concluir que, quanto mais perfeita edemorada for a cura do concreto, tanto melhoresserão suas características finais.•••••••18www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilAo contrário do que se pensa, os aditivos são bastanteantigos. Já eram utilizados pelos romanosmuito antes da existência do concreto de cimentoportland. Naquela época, eles usavam clara de ovo,sangue de animal e outros ingredientes como aditivos.Já os aditivos como hoje os conhecemos começaramsua evolução a partir do início do século.Os aditivos são produtos químicos adicionados àmistura de concreto. Os principais aditivos utilizadosno Brasil são: retardadores, incorporadores dear, plastificantes, superplastificantes (e seus derivados,como plastificantes aceleradores e plastificantesretardadores) e aceleradores.Podemos afirmar que existem atualmente sete tiposfundamentais de aditivos: aceleradores, retardadores,incorporadores de ar, plastificantes e

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superplastificantes (e seus derivados, como plastificantesaceleradores e plastificantes retardadores).Como o próprio nome já diz, os aditivos aceleradorestêm como principal objetivo acelerar o processo

Adi tivos para co ncre tode endurecimento do concreto, enquantoos retardadores adiam essareação no processo.Os aditivos plastificantes são muitoutilizados no Brasil. Reduzem a quantidadenecessária de água e melhorama trabalhabilidade da mistura, facilitandoo seu acabamento eadensamento. Além disso,melhoram as condições de transporteaté a obra, pois reduzem a perda da consistênciaao longo do tempo.Já os aditivos superplastificantes são relativamentenovos, pois surgiram a partir da década de 70. Comeles, foi possível avançar na tecnologia do concretoe dosar concretos com resistências elevadas e altodesempenho (CAD). Esses aditivos permitem elaborarconcretos com baixíssimo teor de água -pode-se reduzir em até 30% a quantidade de águano concreto com o conseqüente aumento de suaresistência.Os aditivos incorporadores de ar, por sua vez, consistemna introdução de microbolhas de ar, com oobjetivo de melhorar a trabalhabilidade do concreto,aumentar a durabilidade, diminuir a permeabilidadee a segregação, deixando o concreto maiscoeso e homogêneo. Os incorporadores de ar reduzemainda a exsudação, que é a subida de águalivre no concreto.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br19Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil

ADITIVOSTIPOS EFEITOS VANTAGENS DESVANTAGENSEFEITOS NAMISTURAPlastificantes (P) aumenta o índice deconsistênciapossibilita reduçãode no mínimo 6% da

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água deamassamento••maior trabalhabilidade paradeterminada resistênciamaior resistência paradeterminada trabalhabilidademenor consumo de cimento paradeterminada trabalhabilidade eresistência•••retardamento do início depega para dosagens elevadasdo aditivoriscos de segregaçãoenrijecimento prematuro emdeterminadas condições•••efeitossignificativos damistura nos trêscasos (uso)citados.•Retardadores (R) aumenta o tempo deinício de pega• mantêm trabalhabilidade atemperaturas elevadasretarda a elevação do calor dehidrataçãoamplia os tempos de aplicação•••pode promover exsudaçãopode aumentar a retraçãoplástica do concreto••retardamento dotempo de pega•Aceleradores (A) pega mais rápidaresistência inicialmais elevada••concreto projetadoganho de resistência em baixastemperaturasredução do tempo de desformareparos•••

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•possível fissuração devido aocalor de hidrataçãorisco de corrosão dearmaduras (cloretos)••acelera o tempode pega e aresistência inicial•Plastificantes e Aceleradores: (PA) efeito combinado de(P) e (A)• reduz a água e permite ganhomais rápido de resistência• riscos de corrosão dearmadura (cloretos)• efeitos iniciaissignificativos.Reduz os temposde início e fim depega•Plastificante e Retardador: (PR) efeito combinado de(P) e (R)• em climas quentes diminui aperda de consistência• aumento da exsudação eretração plásticasegregação••efeitos iniciaissignificativos.Reduz a perdade consistência•Incorporadores de ar: (IAR) incorpora pequenasbolhas de ar noconcreto• aumenta a durabilidade aocongelamento do concreto semelevar o consumo de cimento e oconseqüente aumento do calorde hidrataçãoreduz o teor de água e apermeabilidade do concretobom desempenho em concretosde baixo consumo de cimento•••necessita de controlecuidadoso da porcentagem dear incorporado e do tempo demisturao aumento da trabalhabilidadepode ser inaceitável••

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efeitos iniciaissignificativos•Superplastificantes: (SP) elevado aumento doíndice deconsistênciapossibilita reduçãode, no mínimo, 12%da água deamassamento••tanto como eficiente redutor deágua como na execução deconcretos fluidos (autoadensáveis)• riscos de segregação damisturaduração do efeito fluidificantepode elevar a perda deconsistência•••efeitos iniciaissignificativos•USOS20www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil

Bombeame nto: Uma Grande Soluçãono Tra nspor te de Concre toNo modo de lançamento convencional o concreto étransportado até as fôrmas por meio de carrinhosde mão, jericas, caçambas, calhas e gruas. O rendimentonesse tipo de transporte é de 4 a 6 metroscúbicos por hora.No modo bombeável são utilizadas bombas deconcreto. Elas transportam o concreto por intermédiode uma tubulação metálica, desde o caminhãobetoneiraaté a peça a ser concretada. Com o sistema,pode-se vencer grandes alturas ou grandesdistâncias horizontais, obtendo-se uma produçãomédia de 35 a 45 metros cúbicos por hora. Háequipamentos que têm capacidade para bombearaté 100 metros cúbicos por hora.O concreto bombeável é ideal para todo tipo e tamanho

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de obra, porém é mais utilizado em grandesalturas, áreas de difícil acesso, barragens, concretosubmerso, centrais nucleares, longas distâncias etúneis. O sistema é a melhor solução para se trabalharcom grandes volumes em curtos espaços detempo.É o caso de grandes fundações, lajes de edifícios etubulações. Devido à sua plasticidade, trabalhabilidadee quantidade de finos, o concreto bombeávelé ideal para obras em concreto aparente. O métodode bombeamento apresenta muitas vantagens.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br21Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilAs principais vantagens do método de bombeamentosão:maior velocidade de transporte e na aplicaçãodo concreto;racionalização da mão-de-obra permite maiorvolume concretado por operário;redução da quantidade de equipamentos detransporte, como guinchos, gruas, elevadores ejericas;menor necessidade de vibração por se tratar deum concreto mais plástico e com uma granulometriacontínua.O uso da técnica de bombeamento permite a concretagemcontínua, evitando paralisações e as problemáticasjuntas de concretagem. A rapidez fazcom que o trabalho seja mais homogêneo.Para que o bombeamento tenha êxito, é imprescindívelo entrosamento entre a obra e a central dosadorade concreto. O resultado geral para o construtoré a redução de custos para a obra, aumento daprodutividade e a menor quantidade de equipamentos.Como a concretagem é feita rapidamente com obombeamento de concreto, o construtor deveobservar alguns cuidados.O concreto bombeável é colocado quase que deuma só vez na fôrma e exerce uma pressão maiorsobre o escoramento lateral que o lançamento convencional.Dessa forma, o sistema de escoramentodeve ser reforçado. Para a aplicação de concreto, éimportante manter pessoal restrito e bem dimensionadoe não se esquecer de ter sempre vibradores

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de reserva.••••22www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilSão diversas as causas que dão origem à fissuração.O processo é agravado, porém, quando a concretagemse dá em clima quente, com concretos deelevadas resistências iniciais e desformas em pequenasidades, concretos bombeados etc.Os cimentos caracterizam-se por serem mais finose compostos com adições. Isto aumenta os cuidadoscom a cura e a proteção da peça recém concretada.As fissuras que ocorrem antes do endurecimentodo concreto são o resultado de assentamentos diferenciaisdentro de sua massa (sedimentação), ouda retração da superfície causada pela rápida perdade água e resfriamento enquanto o concretoainda está plástico. Outra causa pode ser a movimentaçãoda peça concretada (fôrmas ou superfíciede contato).Concretagens em condições extremas de calor (acimade 30ºC), ventos secos, baixa umidade relativae baixa pressão atmosférica favorecem que a velocidadede evaporação da água seja maior que aexsudação do concreto. Também chamada de retraçãoplástica, aparece de maneira aleatória peladessecação superficial do concreto. Ou seja, apresentamas seguintes características:aparecem nas primeiras (1 h a 10 h), quasesempre em grupos.têm uma profundidade da ordem de 10 a 40mm, podendo alcançar os 100 mm, atravessandolajes de pequena espessura.aparecem quase sempre em condições de clima•••seco, prolongada incidência de raios solares eventos moderados.As fissuras que ocorrem no concreto após o endurecimentopodem ser resultado da retração hidráulica,

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acabamento, concentração de esforços, projetoestrutural ou acidente. Para minimizar ou eliminar aformação deste tipo de fissura pode-se utilizar armaduraespecial (tela soldada), concretos com fibras,com menor teor de água, cura adequada ecorreto espaçamento de juntas de concretagem.A aparição de uma fissura visível não significa necessariamenteproblemas, mas é importante conhecera sua causa para poder repará-la. Os doistipos de retração mencionados têm maior importânciaem elementos como lajes ou peças de grandesuperfície e pequena espessura. É oportunolembrar que as causas de fissuração podem se sobrepor,tornando difícil o seu diagnóstico. No casode lajes pré-moldadas, há maior tendência à fissuração.Causa: evaporação rápida da água do concreto nasprimeiras idades. Providências:Use aditivos plastificantes.Molhe as fôrmas e superfícies de contato.Planeje o lançamento e a execução de juntas.Não adicione água para facilitar o acabamentosuperficialInicie a cura tão logo seja possível e mantenhapor, pelo menos, 7 dias.Providencie proteção para a peça recém concretada(sol, vento, vibrações etc).1.2.3.4.5.6.

fiss uras : como evitá-laswwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br23Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilA dosagem de um concreto é sempre feita commargem de segurança especificada em norma(NBR 12655).Enquanto o calculista especifica a resistência característicado concreto - fck - a concreteira dosa oconcreto de forma a atingir uma determinada resistênciamédia, segundo a fórmula: fcj = fck+1,65 S.Nesta fórmula, a resistência média do concreto a “i”

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dias inclui a resistência especificada pelo calculista(fck) mais um coeficiente de segurança (1,65) vezeso desvio padrão (S) da central de concreto.Após a concretagem deve-se saber se o concretoatingiu a resistência especificada em projeto pelocalculista. Para isso, rompe-se os corpos de provamoldados no local da obra, em prensas especiais.Após a ruptura dos corpos-de-prova e, de possedos resultados é realizado o “controle estatístico daresistência do concreto”.A NBR 12655 especifica como deve ser calculada aaceitação da estrutura. Como regra geral podemosafirmar que se faz o caminho inverso da dosagemdo concreto. Ou seja, de posse dos resultados dosrompimentos dos corpos-de-prova, podemos calcularo valor médio dos rompimentos (fcj) e tambémo desvio padrão, obtendo-se o valor da fck dafórmula expressa anteriormente.Este controle é importante como testemunho dasegurança da estrutura que será futuramenteutilizada.

Rompime nto dos Corpos -de -Pro vae Análise dos Res ultados24www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilO controle do concreto no seu estado fresco é devital importância para garantir suas propriedades noestado endurecido.Um dos grandes desafios dos tecnologistas de concretoé compatibilizar o desempenho do concretodesenvolvido em laboratório com aquele entregue naobra. Isto porque estes concretos estão sujeitos aformas diferentes de manuseio, transporte, lançamento,adensamento e cura. Logo, a garantia daqualidade do CDC depende diretamente de uma aplicaçãoefetuada de acordo com práticas recomenda-

Contro le da Qualidadedas e com a normalização técnica vigente.Mesmo que o concreto especificado seja entregue

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segundo todos os requisitos expressos no pedido, aaplicação inadequada pode afetar de forma irreversívela qualidade do concreto endurecido.O controle do concreto dosado em central é exercidopela central dosadora de acordo com a NBR 7212 -Execução de Concreto Dosado em Central, que incluias operações de armazenamento dos materiais, dosagem,mistura, transporte, recebimento, controle daqualidade, inspeção, aceitação e rejeição.foto: BASF

wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br25Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilConcreto Dosado em Central - ControlesSempre que houver mudanças de fornecedor, procedência, marca, suspeita ou indício de variação de características dos materiais, sedeverá realizar um ensaio adicional.NÚMERO MATERIAL CONTROLE DE ... VERIFICAÇÕES / ENSAIOS FREQUÊNCIA1 Cimentodocumento de entrega e embalagem• conformidade ao pedidocertificado de controle de qualidade••• a cada entregaresistênciapegafinuraoutros, quando necessário••••• atendimento às especificações • a cada 15 dias ou a cada 100 ton +/- 202 Agregados • documento de entrega • conformidade ao pedido • a cada entrega• inspeção visual • variações de aspecto e textura etc.granulometriaformato do grãomatéria orgânicamaterial pulverulento••••especificaçõesvariações que exijam providências••no mínimo uma vez por semana para agregadomiúdo e 1 vez a cada 15 dias paraagregado graúdo, ou a cada 500 m³ deagregado•3 Adições • documento de entrega • conformidade ao pedido • a cada entrega• inspeção visual • variações do aspecto, textura etc

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• caracterização ensaioscertificado de controle de qualidade••• a cada 30 dias4 Aditivos • documento de entrega • conformidade ao pedido • a cada remessa• inspeção visual e olfativa variações de aspecto, textura, odor, cor, sedimentosetc•• desempenho redução de água, incorporação de ar, efeitosobre a pega, conforme o aditivo•5 Água • qualidade • presença de substâncias prejudiciais uso inicial ou quando não houver outras informações•6 Concreto • verificação de dosagem • especificações do concreto • mudanças de traços ou materiais7 Concreto Fresco • inspeção visual • consistência, coesão e homogeneidade • em todas as betonadas• abatimento • especificações do concreto, conforme NBR 7223 • uma vez por período ou em caso de dúvida• outros • conforme normalização vigente • conforme especificado8 ConcretoEndurecido• resistência à compressão • especificações do concreto • < 50 m³• outros • conforme normalização vigente • conforme especificado26www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilEste pequeno dicionário não esgota toda a terminologia que o usuário do concreto deve conhecer, maspretende explicar, o quanto possível, os principais termos relativos aos serviços de concretagem, às suasoperações, bem como às características do concreto dosado em central, seus aspectos e sua corretautilização.

Dicio nário do Concre toTermi nologiaAbatimento - Ensaio normalizado para a determinaçãoda medida da consistência do concreto fresco.Permite verificar se não há excesso ou falta deágua no concreto.Abrasão - Desgaste superficial do concreto.Adensamento - Processo manual ou mecânicopara compactar uma mistura de concreto no estadofresco, com o intuito de eliminar vazios internosda mistura (bolhas de ar) ou facilitar a acomodaçãodo concreto no interior das fôrmas.Aditivo - Produto adicionado ao concreto em pequenasquantidades, proporcional ao teor de cimento,

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no instante da pesagem dos componentesou durante a mistura do concreto para modificarsuas propriedades antes ou após a aplicação.Agregados - Materiais granulares (brita, areia,etc.), que são unidas pela pasta de cimento no preparodo concreto.Reação álcali -agregado - Reação química entrecompostos do cimento (álcalis) e certos agregadosreativos, ocorrendo expansões danosas ou fissuras.Argila expandida - São agregados produzidosartificialmente pelo aquecimento de certas argilasem um forno, que se expandem pela retenção degases formados, no seu interior, durante o aquecimento.Bomba estacionária - Equipamento (bomba) rebocávelpara lançamento do concreto.Bomba lança - Equipamento para lançamento doconcreto com tubulação acoplada a uma lança móvel,montados sobre um veículo automotor.Bombeamento - Transporte do concreto por meiode equipamentos especiais, bombas de concreto etubulações metálicas, que transportam o concretodo caminhão-betoneira até ao local de concretagem.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br27Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilBrita - Material obtido por trituração de rocha eclassificado segundo a sua granulometria.Canteiros de obras - Instalações provisóriasdestinadas a alojamentos, estoque de materiais,equipamentos e almoxarifado, durante a fase deconstrução da obra.Capeamento - Revestimento com pasta de cimentoou de uma mistura composta de material pulverulentoe enxofre derretido, que regulariza os toposde um corpo-de-prova com o objetivo de distribuiruniformemente a carga durante o ensaio.Central dosadora - Local de dosagem ou misturado concreto por meio de instalações e equipamentosespeciais, sendo o mesmo transportado aolocal de aplicação por caminhões-betoneira.Cobrimento - Espessura de concreto entre a superfícieda armadura e a superfície do concreto.Consistência - É a medida da mobilidade da mistura(plasticidade), isto é, maior ou menor facilidade dedeformar-se sob a ação de cargas. É expressa pelo

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ensaio de abatimento do tronco de cone (slumptest).Consumo de cimento - Quantidade dosada, emmassa (kg), para produzir um metro cúbico de concreto.Corpo -de -prova - Amostra do concreto endurecida,especialmente preparada para testar propriedadescomo: resistência à compressão, módulo deelasticidade etc.Cura - Procedimentos para a manutenção dascondições favoráveis de umidade e temperaturanas primeiras idades do concreto (7 dias) quepossibilitam o desenvolvimento de sua resistência ede outras propriedades.Cura a vapor - Cura do concreto sob vapor deágua a temperatura e pressão controladas.Desmoldante - Substância química utilizada paraevitar a aderência do concreto à fôrma.Desvio Padrão - Medida da dispersão de umconjunto de valores. Dispersão entre a média e osvalores individuais.Dosagem - Estabelecer as quantidades ótimas doscomponentes do concreto para atender a determinadascaracterísticas ou propriedades pré-estabelecidas.Ensaio - Realização de testes para avaliar propriedadesfísicas ou químicas de um material ou peça.Escoramento - Reforços executados na fôrmapara que o suporte o seu próprio peso e tambémdo concreto fresco lançado, garantindo umaperfeita moldagem da peça concretada.Espaçadores - Dispositivos colocados entre aarmadura e a face interna da fôrma de modo agarantir o cobrimento necessário.Exsudação - Migração de parte da água demistura para a superfície da peça concretada. Écausada pela acomodação dos materiais sólidos damistura de concreto.28www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilFissuração - São pequenas rupturas que aparecemno concreto que podem ser provocadas poratuação de cargas ou por retração, devido à rápidaevaporação da água.Granulometria - Determinação das proporçõesde quantidade de partículas existentes em um material

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granular, pela separação por peneiras de diferentesaberturas.Gretamento - Desenvolvimento aleatório de fissuras.Hidratação - Formação de compostos pela combinaçãoda água com o cimento portland. Processode endurecimento de pastas, argamassas e concretos.Lançamento - Processo de colocação e adensamentodo concreto. Modo de transporte e colocaçãodo concreto na fôrma a ser concretada.Massa espec ífica - Relação entre a massa e ovolume de um corpo (densidade).Moldagem - Especificamente sobre concretosou argamassas de cimentos portland, refere-se aprocedimento normalizado de confeccionarcorpos-de-prova.Ninhos (bicheira ) de concretagem - Falhas deconcretagem que ocasionam “buracos” no concreto,devido, principalmente, à falta de vibração.Pega - Condição de perda da plasticidade da pasta,argamassa ou concreto, medida pela resistência àpenetração ou deformação em ensaios padronizados.Pigmento - Composto químico bastante finoadicionado aos concretos e argamassas para lhedarem coloração.Pozolana - Material silicoso ou silico-aluminosoque, quando finamente moído e na presença deágua, reage com hidróxido de cálcio, formandocompostos com propriedades cimentícias.Projeto estrutural - Especificações técnicasfornecidas pelo calculista.Protensão - Tensões aplicadas ao concreto, antesda ação das cargas de serviço.Resistência caracter ística do concreto àcompressão (fc k) - Esforço resistido pelo concreto,estimado pela ruptura de corpos-de-provacilíndricos em prensas especiais.Segregação - Mistura heterogênea. Fato que tambémocorre com misturas de concreto por excessode vibração durante o adensamento ou lançamentoem alturas elevadas.Sílica ativa - Material pulverulento composto departículas extremamente finas de sílica amorfa 100vezes mais fina que o grão de cimento, utilizado nadosagem de concretos de alto desempenho.Traço - Especificamente em relação à misturascompostas de cimento portland ou outro tipo de

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aglomerante, é a forma de exprimir a proporçãoentre os componentes dessas mistura.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br29Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasilgem.( )V ( )F7. O concreto é denominado convencional quandoatinge resistência inferior a 20 MPa.( )V ( )F8. No recebimento de concreto dosado em centraldeve-se retirar uma amostra para moldagem decorpos-de-prova após o descarregamento de pelomenos 15% do volume do caminhão e antes dodescarregamento de 85% do volume total.( )V ( )F9. O controle tecnológico dos materiais componentesdo concreto exigido por norma é mais rigorosoquando se trata de concreto dosado em central.( )V ( )F10. O ar aprisionado durante o processo de misturado concreto diminui sua resistência, daí a necessidadede uma adequada compactação (vibração)para extraí-lo.( )V ( )F11. A dosagem, em massa, ou seja pesando-se osmateriais, permite a execução de concretos demaior resistência.( )V ( )F1. É permitido submeter à vibrações, os corpos-deprovade concreto durante o período de armazenamento.( )V ( )F2. As fissuras no concreto causadas pela retraçãoplástica podem ser prevenidas protegendo-se aestrutura do vento e realizando uma cura adequada.( )V ( )F3. Segundo as normas brasileiras, concretos de fckacima de 25 MPa devem ser dosados em massa.( )V ( )F4. Em uma mistura de concreto, a finura do agregadomiúdo não interfere na água de amassamento.( )V ( )F5. Somente pigmentos orgânicos devem ser utilizadospara a execução de concretos coloridos, poisresistem à alcalinidade do cimento, à exposição de

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raios solares e às intempéries.( )V ( )F6. Devido à curta duração do concreto no estadofresco e aos avanços nos processos de lançamento(bombeamento, projeção etc) um planejamento detodas as operações denominado plano de concretagemé de fundamental importância para a qualidadee produtividade dos serviços de concreta-

Tes te se us Conhecime ntos30www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil12. Os aditivos são substâncias adicionadas aoconcreto para correção de efeitos indesejáveis deuma dosagem inadequada.( )V ( )F13. É recomendável a utilização de uma bomba deconcreto para lançar concretos de consistênciaseca.( )V ( )F14. A retirada de amostra para o controle tecnológicode concreto bombeado se efetua na descargada bomba.( )V ( )F15. As fissuras superficiais no concreto, aparecemdevido à perda rápida da umidade causada por:a) temperatura elevadab) ventos fortesc) baixa umidade ambientald) todas as anteriorese) nenhuma das anteriores16. No pedido do concreto especifique:a) fck e consumo de cimentob) traço, slump, dimensão da britac) fck, consumo ou traçod) fck ou consumo além do slump e dimensão doagregado ou somente o traçoe) nenhuma das respostas anteriores17. Os aditivos plastificantes e superplastificantes,respectivamente, permitem uma redução mínimada água de amassamento do concreto, de:a) 58% - 80%b) 6% - 12%c) 30% - 50%

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d) 40% - 60%e) nenhuma das respostas anteriores18. Qual valor de abatimento pertence ao concretoauto-adensável?a) 25 +/- 1,0 cmb) 30 +/- 2,0 cmc) 10 +/- 2,0 cmd) 18 +/- 0,5 cme) 20 +/- 2,0 cm19. Quanto ao tempo de operação das concreteiras:a) concretos bombeáveis são mais indicadosb) o concreto deve ser aplicado antes da pegac) os 150 min previstos em norma são apenas indicativosd) aditivos retardadores permitem a aplicação apósa pegae) b e c são corretas20. A cura do concreto tem por finalidade:a) evitar o endurecimento precoce do concretob) hidratar o cimentoc) manter o concreto saturadod) aumentar a resistência superficiale) nenhuma das anteriores21. Adição de água acima do especificado na dosagemdo concreto, acarreta:a) perda de resistênciab) aumento da resistênciac) diminuição no abatimentod) redução do fator água/cimentoe) nenhuma das anteriores22. O vibrador de imersão é usado para:a) adensar o concretob) espalhar o concretoc) vibrar a ferragemd) aumentar a resistência do concretoe) nenhuma das anterioreswwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br31Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil23. A relação entre a carga suportada por umcorpo de prova cilíndrico e sua seção transversaldetermina sua resistência à:a) abrasãob) flexãoc) compressãod) torção

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e) nenhuma das anteriores24. Em concretos para pavimentos especifica-se a:a) resistência à compressãob) resistência à torçãoc) resistência à tração na flexãod) resistência ao cilhamentoe) nenhuma das respostas anteriores25. O excesso de vibração no concreto resulta em:a) maior resistência à compressão devido a maiorcompactaçãob) segregação do agregado graúdoc) não altera as propriedades do concretod) todas as anteriorese) nenhuma das anteriores26. A migração de parte da água de amassamentopara a superfície do concreto é definida como:a) percolaçãob) separaçãoc) segregaçãod) infiltraçãoe) exsudação27. As condições de moldagem de corpos-de-provacilíndricos de dimensão base (D) igual a 15, são:a) 4 camadas de 30 golpesb) 3 camadas de 25 golpesc) 3 camadas de 30 golpesd) 4 camadas de 25 golpese) nenhuma das respostas anteriores28. O número de camadas e golpes necessáriospara a execução do “slump test” são:a) 4 camadas de 30 golpesb) 3 camadas de 25 golpesc) 3 camadas de 30 golpesd) 4 camadas de 25 golpese) nenhuma das respostas anteriores29. Para retardar o tempo de pega do concretoutiliza-se o aditivo:a) impermeabilizanteb) cloreto de cálcioc) incorporador de ard) expansore) nenhuma das respostas anteriores30. Não é permitido a aplicação do concreto:a) após a hidratação do cimentob) após o fim de pegac) cinco horas após a mistura

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d)após o ínicio de pegae)nenhum das anteriores32www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil1. ASOCIACIÓN ARGENTINA DEL HORMIGÓNELABORADO, Publicações Técnicas.2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DESERVIÇOS DE CONCRETAGEM - Publicações Técnicas- www.abesc.org.br3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND- ABCP, Publicações Técnicas.www.abcp.org.br4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2003. Projeto e execução de obras de concretoarmado; NBR 6118. Rio de Janeiro: ABNT.5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,1994. Execução de concreto dosado em central;NBR 7212. Rio de Janeiro: ABNT.6. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,1992. Concreto para fins estruturais - Classificaçãopor grupos de resistências. NBR 8953. Rio de Janeiro:ABNT.7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2006. Preparo, Controle e Recebimento de ConcretoNBR 12655. Rio de Janeiro: ABNT.8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,1992 Controle Tecnológico de Materiais Componentesdo Concreto. NBR 12654. Rio de Janeiro: ABNT.

Bib liogra fia Recome ndada9. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,1992. Controle Tecnológico de Materiais do Concreto.NBR 12317. Rio de Janeiro: ABNT10. COMITÉ MERCOSUR DE NORMALIZACIÓN. Anteprojetode normas mercosul 05:03-0900 - ConcretoDosado em Central - Especificação para a Execução.CMN11. Dez anos de Simpatcon - São Paulo: PINI; Campinas:CONCRELIX S/A Engenharia de Concreto,1988.12. Dewar, J.D. and Anderson, R.;Manual of Ready-Mixed Concrete. Editora Blackie A & Professional,1992. P. 70-75.13. Falando em concreto..... CONCRETEX S/A

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14. FIHP - Federación Iberoamericana del HormigónPremezclado, Publicações Técnicas 9715. FURNAS, LABORATÓRIO DE CONCRETO; PACELLI,W, ed. Concretos: Ensaios e Propriedades.São Paulo, PINI, 199716. GIAMMUSSO, S.E. coord. CONCRETO, Revista AConstrução, São Paulo, PINI, Separata dos encartes001/048.wwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br33Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil17. Hojas Tecnicas - Adicion de Agua em Obra, AsociaciónColombiana de Productores de Concreto.18. INSTITUTO BRASILEIRO DE CONCRETO -IBRACON, Publicações Técnicaswww.ibracon.org.br19. INSTITUTO BRASILEIRO DE TELAS SOLDADAS -IBTS, Publicações Técnicas20. LÉON, D.M. Aseguramiento de la calidad delhormigon premezclado em climas calidos, In; VIIICongresso Iberoamericano del Hormigon Premezclado,Anais. FIHP, 1992, V.XIII/B-121. MEHTA, P.K.;MONTEIRO, P.J.M. Concreto: Estrutura,Propriedades e Materiais. Trad. coord. Paulo R.L.Helene. São Paulo, Editora Pini, 199422. MESSEGUER, Álvaro Garcia, Controle e Garantiada Qualidade na Construção. Trad. R.J.F. Bauer, ACarmona, P.R.L. Helene. São Paulo, Editora Pini,1994.23. NRMCA - National Ready Mixed Concrete Association,Truck Mixer Driver´s Manual, 1995.24. NEVILLE, A.M. Propriedades do Concreto. Trad.de Salvador E. Giammusso. São Paulo, Editora Pini,2 ed. ver. Atual, 1997.25. ROSTAM, Steen, Deterioration modelling. In:“Encontro Serrana de Tecnologia Avançada - DurableConcrete Structure”, São Paulo, 1993.26. VASCONCELOS, A.C. O Concreto no Brasil. SãoPaulo: Pini, 1992 2v (v.1 - Recordes, realizações,história; v2 - professores, cientistas, técnicos).www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil1. F2. V

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3. V4. F5. F6. V7. F8. V9. F10. V11. V12. F13. F14. V15. d16. d17. b18. e19. e20. c21. a22. a23. c24. c25. b26. e27. b28. b29. e30. dGABARITO

34www.abesc.org.brAssociação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil

ANOTAÇÕESwwwww.awb.easbce.oscrg.o.brgr.br35Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do BrasilASSOCIAÇÃO BRASILEIRADAS EMPRESAS DE SERVIÇOSDE CONCRETAGEM DO BRASIL

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