resenha como elaborar projetos de pesquisa
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COMO ELABORAR PROJETOS DE PESQUISA
Pedro Henrique Campina, Abril, 2015.
REFERÊNCIAGIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas, 1996. 159 p. 17-171.
Deve-se primeiro, dar mérito à forma como o autor passa um conteúdo prolixo, - pra
não dizer, cansativo - de uma forma tão fácil e dinâmica; possibilitando até quem nunca teve
contato com a disciplina, um entendimento lúcido. Onde em, dezesseis capítulos breves,
consegue com uma magnificência, não só mensurar aquilo de mais importante, como também,
responder às perguntas que vão nos surgindo no decorrer da leitura.
No primeiro capítulo, Gil (2002, p.17), define pesquisa como um procedimento que
busca encontrar respostas às mais diversas perguntas, algo que parte de um desenvolvimento
gradual composto por fases, onde abrange desde à formulação da premissa à apresentação da
conclusão. Mas para que isso ocorra de uma maneira válida, é preciso que o pesquisador
esteja preparado para tal. Conhecimento do assunto, Perseverança e Paciência, são só alguns
dos atributos que esse pesquisador deve ter como adjetivo. Não obstante, antes de mais nada,
é preciso haver um Planejamento da Pesquisa, como é dito:
O planejamento da pesquisa concretiza-se mediante a elaboração de um projeto, que o documento explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa. O projeto deve, portanto, especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a justificativa de sua realização, definir a modalidade de pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e análise de dados. Deve, ainda, esclarecer acerca do cronograma a ser seguido no desenvolvimento da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos humanos, financeiros e materiais necessários para assegurar o êxito da pesquisa. (GIL, 2002, p.19).
Nos, segundo e terceiro capítulos, estabelece a forma correta de se abordar o
problema, em “Como formular um problema de pesquisa?” e de construção de hipóteses, em
“Como construir hipóteses?”. No primeiro caso, começa com a definição correta para o termo
“Problema” no âmbito que estamos trabalhando, que significará, “uma questão não solvida”.
Surge aí, a primeira questão sobre o que fazer com o problema e se este é de caráter científico.
Feito isso, dá dicas de como formulá-lo, onde especifica que, o problema deve ser claro;
começar com uma pergunta; e mais.
No segundo caso, construindo hipóteses, assim como no primeiro, inicia-se com a
definição, que buscará uma solução para o problema apresentado. As hipóteses devem ser,
específicas; ter referências empíricas, ou seja, partidas da experiência e observação; ser
parcimoniosas, onde cautela e paciência ditam o ritmo; estar relacionadas com as técnicas
disponíveis, com relatórios sobre o assunto; e relacionadas com a teoria, a fim de generalizar.
Nos capítulos seguintes, começará uma série de delineamentos, partidos do quinto
capítulo, que seguirá as diferenciações por onze capítulos. Mas antes, uma classificação das
pesquisas, feita neste capítulo quarto. De acordo com que explica Gil (2002, p.41), “É sabido
que toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Com relação às pesquisas, é
usual a classificação com base em seus objetivos gerais. Assim, é possível classificar as
pesquisas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas”. Com “Pesquisas
Exploratórias”, podemos entender que, estas melhoram as ideias, considerando uma maior
gama de dados. Em “Pesquisas Descritivas”, estudamos as características e a relações entre
variáveis. Por fim, as “Explicativas”, nos dão possíveis respostas para determinados
fenômenos. Feita essa abordagem, Antônio Carlos Gil, vem classificar as pesquisas com base
nos procedimentos técnicos utilizados; sendo assim, abre cunho para o uso do termo
delineamento, definindo-o:
O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, que envolve tanto a diagramação quanto a previsão de análise e interpretação de coleta de dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera o ambiente em
que são coletados os dados e as formas de controle das variáveis envolvidas.(GIL, 2002, p.43).
Ao cabo, delimita o significado de Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental,
Pesquisa Experimental, Pesquisa Ex-post facto, Estudo de Coorte, Levantamento, Estudo de
Campo, Estudo de Caso, Pesquisa Ação e Pesquisa Participante, ou seja, um capítulo
completo, que não diz muito para poder explicar o que muitos livros não conseguem sem o
auxílio de diversos exemplos.
Já abordado o significado de “Delineamento”, - agora no quinto capítulo -, até o
capítulo catorze, será levantado uma série de fatores que nos auxiliará a compreender como
suscita e finda um projeto de pesquisa. No presente capítulo (5°), “Como delinear uma
Pesquisa Bibliográfica?”, deve-se estar atento a todos os detalhes, inclusive na escolha do
tema, livros fontes, referências, e inclusive as bibliotecas mais adequadas para o levantamento
bibliográfico. Um compêndio de como lidar com um tipo de pesquisa que requer mais atenção
de que outras.
O sexto, “Como delinear uma Pesquisa Documental?”, se assemelha ao quinto, porém
esta faz uso de documentos, buscando uma interpretação correta, para que não caía em
extrema semelhança com as pesquisas bibliográficas. O sétimo capítulo é interligado ao
oitavo; pois aborda tipos de pesquisas semelhantes. No sétimo, o enfoque é sobre as
“Pesquisas Experimentais”, onde tudo é determinado, desde a escolha dos sujeitos, ao
ambiente a ser realizado tais pesquisas; manipulado as variáveis para que tais se adequem à
observação. No oitavo, “Pesquisas Ex-post facto”, é parecido, o planejamento com o do tipo
de pesquisa anterior apresentado, mas aqui não há manipulação de variáveis, uma vez que
trabalha com ações retroativas. Do nono capítulo, sobre os estudos de coorte, há uma ação de
voluntariado, semelhante no que diz respeito às variáveis, onde há, acompanhamento dos
envolvidos e verificação dos efeitos.
No décimo capítulo, aquele que vem a ser o mais longo capítulo do livro, Antônio
Carlos Gil, responde à pergunta de “Como delinear um levantamento?”, este que será
composto por fases, que são: especificação dos objetivos; operacionalização dos conceitos e
variáveis; elaboração do instrumento de coleta de dados; pré-teste do instrumento; seleção
da amostra; coleta e verificação dos dados; análise e interpretação dos dados; apresentação
dos resultados. Cada qual, com sua importância vital, visto que, ignorar qualquer que seja a
fase, prejudicará o desenvolvimento da pesquisa. Os capítulos onze e doze, talvez sejam os
temas mais comuns ao público geral, sendo que tanto as “Pesquisas de Campo”, quanto
“Estudos de Caso” são frequentemente abordados na mídia ou até mesmo nos estudos
acadêmicos, cada qual, representando a generalização de casos e a singularidade do indivíduo,
por muitas vezes, contradiz uma à outra com a determinação do resultado.
Capítulos treze e catorze, abordam o conceito e desenvolvimento de “Pesquisa- Ação”
no primeiro caso, que tem a responsabilidade de planejar uma ação para sanar o problema
observado; já no caso da “Pesquisa Participante” há, - como o próprio nome já diz-, uma
participação de determinado órgão, em prol dos resultados. Podemos dizer desta última, que é
o tipo de pesquisa onde há o maior interesse de empresas, já que neste tipo de pesquisa, o
resultado determina o investimento. A findar a obra, capítulos quinze e dezesseis, serão
apresentados a maneira de “Como calcular o tempo e o custo do Projeto?” e “Como redigir
os Projetos de Pesquisa?”. Deve haver, acima de tudo, um cronograma para que haja uma
previsão e precaução sobre o andamento da pesquisa, onde, tempo é dinheiro e o dinheiro
deve ser economizado. Terminada a pesquisa, resta agora, formatá-la de acordo com as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); onde tudo deve estar
conforme segue os modelos padrões, não mais importante a linguagem, que quanto mais
clara, (isso não significa, colocá-la no popular ou no informal) mais bem avaliada será o
projeto de pesquisa.