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Coordenação de Serviços de Interesse para a Saúde (CSIPS) Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) Julho/2016 Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa REQUISITOS DE SEGURANÇA SANITÁRIA PARA O FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL AVALIACAÇÃO DAS OPÇÕES DE PROPOSTA REGULATÓRIA Subtema 61.1 da Agenda Regulatória 2015-2016

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Page 1: REQUISITOS DE SEGURANÇA SANITÁRIA PARA O … · acidentes por picadas de animais peçonhentos ou ocorrer a transmissão de doenças; O crescimento urbano desordenado e a grande

Coordenação de Serviços de Interesse para a Saúde (CSIPS)

Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) Julho/2016

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa

REQUISITOS DE SEGURANÇA SANITÁRIA PARA O FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

AVALIACAÇÃO DAS OPÇÕES DE PROPOSTA REGULATÓRIA

Subtema 61.1 da Agenda Regulatória 2015-2016

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa

Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

COMPETÊNCIA ANVISA

• Lei 9.782/99, Art. 8º Incumbe à Agência, respeitada a legislação em vigor,

regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública.

• ... • § 4º A Agência poderá regulamentar outros produtos e serviços de interesse para o

controle de riscos à saúde da população, alcançados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Existe competência da Anvisa para normatizar requisitos de segurança sanitária para

estabelecimentos de educação infantil

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Linha do tempo do Processo de Regulação

Portaria n.º 321 do Ministério da Saúde Normas e padrões mínimos para construção, instalação e o funcionamento de creches

1988 Tema na Agenda Regulatória Anvisa Grupo de Trabalho da Anvisa, MS, MEC, FNDE e SBP, UNISA, Vigilâncias Sanitárias RS, SP e DF

2011

GT Interministerial (MEC- FNDE - MS - Anvisa) - Revisão da Portaria 321/88 Portaria Conjunta elaborada, mas não houve publicação da normativa

2010 Minuta de Resolução-RDC Anvisa Requisitos sanitários com dispositivos gerais sobre infraestrutura e ambientes

2012

Deliberação DICOL Parecer Procuradoria favorável com ressalvas Manifestação favorável MS e MEC Parecer COPAR positivo

2013/2014 Criação CSIPS/GGTES Migração para a Coordenação de Serviços de Interesse para Saúde Discussão hoje com

as visas

2016

Migração GGCOF e Indicativo para Guia Reavaliação como guia para as vigilâncias e orientação de usuários, profissionais de educação

2015

Gestão GGTES Gestão GGCOF Gestão CSIPS/GGTES

Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

HISTÓRICO

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

POR QUE REGULAR ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL*?

• Prestação de serviços assistenciais que pode alterar o estado de saúde das crianças que

estão sob cuidados no estabelecimento;

• População vulnerável (crianças com sistema imunológico imaturo, sem hábitos de higiene e sem consciência de perigos em ambientes e objetos);

• Ambiente propício a riscos à saúde das crianças (aglomeração e grau de contato, ocorrência de doenças infecciosas e intoxicações, além de acidentes infantis).

* Espaços institucionais, não domésticos, que cuidam e educam crianças de 0 a 5 anos e onze meses de idade, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino.

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

POR QUE REGULAR ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL?

DENÚNCIAS RECEBIDAS POR CATEGORIAS

Creche - 4%

N=409

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

POR QUE REGULAR ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL?

TIPO DE IRREGULARIDADES NAS DENÚNCIAS EM CRECHES

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QUADROS DE RISCOS E PERIGOS

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

1) INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS PERIGOSOS Evidências Científicas:

Mais de 80% das crianças com menos de dois anos utilizaram um ou mais fármacos e que 26,3% foram classificados como

inadequados, sendo que, entre os antibióticos, a inadequação foi de mais de 65% (Bricks & Leone, 1996);

Os dois erros mais comuns de administração de medicamentos em pesquisa realizada em creches americanas foram o

esquecimento de doses pelos professores e a não disponibilidade da medicação pelos pais à creche. (Natal T, 2011);

Crianças menores de cinco anos representaram 53% dos casos de intoxicação por produtos domissanitários e 34,41% dos casos

de intoxicações medicamentosas no Brasil (SINITOX, 2013).

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente)

Medicação apenas sob prescrição médica; Proibição de

que os estabelecimento armazenem medicamentos por

conta própria (“Farmacinha”);

Armazenamento de medicamentos em locais

adequados e longe do alcance das crianças;

Capacitação dos profissionais para ministrar

medicamentos.

Texto não trata de medicação e o programa

mínimo prevê os seguintes ambientes:

• Consultório de atendimento nas áreas médica,

psicopedagógico e social (um a cada 100

crianças);

• Enfermaria de observação;

• Previsão de recinto ou armário para a guarda do

material utilizado na limpeza da instituição;

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estabelecimentos de educação infantil

2) DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS, SENDO AS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS MAIS COMUNS

Evidências Científicas:

Crianças em creches ou pré-escolas apresentam risco de adquirir infecções aumentado em até duas a três vezes (Nesti e

Goldbaum,2007);

Associação entre a densidade da população infantil na creche e o risco de aquisição de doenças já foi documentado, principalmente

em relação ao número de crianças nas classes. (Nesti e Goldbaum,2007);

No município de São Paulo, as causas de morte mais frequentes em crianças cuidadas em creches são de origem infecciosa (Neto,

Alves, Paes, 2010).

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente) Lavagem apropriada das mãos;

Uso de lenços descartáveis para assoar o nariz;

Rotina padronizada para troca e descarte de fraldas usadas/Limpeza

e desinfecção de áreas contaminadas;

Higienização de objetos (inclusive brinquedos compartilhados);

Identificação e separação de pertences de uso pessoais. Limpeza de

talheres, mamadeiras, banheiras;

Piso e paredes impermeáveis para evitar infiltrações;

Número máximo de crianças por turma e separação por faixa etária.

Metragem mínima em ambientes para evitar aglomerações;

Notificação das doenças infecciosas;

Articulação entre as creches e os serviços de saúde;

Treinamento de funcionários e orientação aos pais.

Crianças separadas em grupos por faixa etária:

• Grupo A - crianças de 3 meses a 1 ano:

• Grupo B - crianças de 1 a 2 anos;

• Grupo C - crianças de 2 a 4 anos

Ambientes dotados de lavatório para higienização das mãos;

Área específica para a troca de roupas;

Limpeza sobre piso, teto e parede;

Um berçário com no máximo 15 crianças, no mesmo recinto,

por faixa etária;

Distância de 0,50m entre os berços;

Sala de atividades só pode acomodar, no máximo, 20 crianças.

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estabelecimentos de educação infantil

3) INTOXICAÇÕES ALIMENTARES, SITUAÇÕES DE INSEGURANÇA ALIMENTAR e PARASITOSES Evidências Científicas:

2000 – 2014: 9.719 surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos - DTA, envolvendo 192.803 pessoas doentes, sendo que as

creches e escolas ocupam o terceiro lugar no ranking dos locais de ocorrência de surtos. (Brasil, MS; 2014);

Anualmente: 2,2 milhões de óbitos atribuídos ao consumo de alimentos contaminados, sendo que 1,8 milhões dessas mortes em

todo mundo são de crianças menores de 5 anos de idade (OMS; 2008);

Município de São Paulo: 100% dos manipuladores apresentaram inadequação no item higiene das mãos (técnica), 87,5% no que diz

respeito às práticas sanitárias durante a manipulação do alimento e 60% de inadequação em relação à higiene do ambiente, das

mamadeiras e dos equipamentos e utensílios (Oliveira, M. N. et al, 2008);

A maior parte das ocorrências de contaminação microbiana dos alimentos tem origem na ignorância e descaso dos manipuladores.

(Oliveira et al., 2008);

Prevalência importante de parasitoses intestinais em crianças na faixa etária de zero a seis anos, sendo de 39,9%(110 crianças) em

creches de Rio Verde/GO (Zaiden, M.F, 2008)

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente)

Treinamento dos manipuladores na prevenção de

enfermidades transmitidas por alimentos;

Funcionários e área exclusivos para a manipulação de

alimentos;

Abastecimento seguro e qualificado de água;

Saneamento Básico;

Boas condições higiênico-sanitárias.

Não há itens sobre preparo de alimentos, apenas a previsão dos

ambientes no programa mínimo:

• Lactário com local para recepção e lavagem de mamadeiras e para

preparo, esterilização e distribuição;

• Cozinha para atender ao preparo da alimentação com previsão de

equipamento adequado;

• Ambientes dotados de lavatório para higienização das mãos.

Localização da creche prevendo:

• Abastecimento adequado de água, em qualidade e quantidade;

• Disponibilidade de redes de esgoto e de águas pluviais.

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4) LESÕES CAUSADAS POR QUEDAS, AFOGAMENTOS, QUEIMADURAS, CORTES, ELETROCUSSÃO E

SUFOCAÇÃO/ASFIXIA

Evidências Científicas:

No ano de 2002, morreram no Brasil 443 crianças e adolescentes vítimas de quedas (Paes e Gaspar, 2005);

A maior causa de mortalidade infantil é decorrente de quedas (Neto, Alves, Paes, 2010);

Mortalidade de crianças de creches do município de São Paulo indica que as causas externas (acidentes e violências) ocupam o 3º

lugar, representando 13,5% dos casos que envolviam quedas, atropelamentos, afogamentos, queimaduras e agressões como

principais circunstâncias (Neto, Alves, Paes, 2010);

Os profissionais cuidadores reportam a falta de capacitação na área de prevenção de acidentes (Neto, Alves, Paes, 2010).

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente) Grades em berços e camas;

Grades ou redes de proteção em escadas e janelas; proteção

(bloqueio) de acesso a piscinas e protetores de tomada;

Móveis ou superfícies com bordas arredondadas ou

proteções;

Materiais e equipamentos perigosos fora do alcance de

crianças;

Pisos antiderrapantes e tapetes de borracha;

Iluminação nas áreas de risco como escadas e desníveis;

Adequada proporção entre n° de cuidadores e de crianças;

Insolação, iluminação e ventilação naturais e boas condições

acústicas;

Piso antiderrapante, nas áreas de trabalho molhadas, dos serviços de

nutrição, copa, lactário e lavanderia;

Janelas teladas e em condições adequadas à segurança das crianças

e no berçário, salas de repouso, lavanderia, quarto de observação e

serviço de nutrição;

Vidros de portas ou painéis, que chegam até 0,50m do piso, devem

ser do tipo não estilhaçável;

Portas dos banheiros das crianças não devem ter fechaduras,

podendo ser utilizado o tipo vai-e-vem;

Um auxiliar de creche para cada 5 crianças do grupo A (3 meses a um

ano) e para cada 10 crianças dos grupos B e C (um a 4 anos).

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estabelecimentos de educação infantil

5) INSETOS, ANIMAIS PEÇONHENTOS E ROEDORES Evidências Científicas:

A presença de insetos e animais nas dependências da creche consiste em riscos à saúde das crianças, podendo ocorrer

acidentes por picadas de animais peçonhentos ou ocorrer a transmissão de doenças;

O crescimento urbano desordenado e a grande quantidade de lixo e entulhos espalhados propiciam também um ambiente

ideal para a proliferação de roedores (Neto, Alves, Paes, 2010).

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente)

Controle e prevenção de pragas e vetores;

Acondicionamento e descarte adequados de

lixo e resíduos;

Coleta de lixo.

Acabamento em serviço de nutrição, refeitório,

dispensa, copa e lactário não deve proporcionar

frestas, saliências, cantos ou aberturas que possam

abrigar insetos, roedores e sujeiras.

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

6) ACIDENTES COM BRINQUEDOS Evidências Científicas:

Os artigos da linha infantil são responsáveis por 13% dos relatos recebidos entre os anos de 2006 e 2015 e destes, 28% estão

relacionados a brinquedos. Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac);

Em São Paulo, a maioria das vítimas de acidentes com brinquedos tem cinco anos ou menos (Cartilha ProTeste).

Tratamentos possíveis para evitar o risco: Tratamento na Portaria MS 321/88 (vigente)

Supervisão de adulto;

Escolha adequada do produto por faixa etária;

Observação da presença do Selo de

Identificação da Conformidade do Inmetro.

Não há itens sobre brinquedos;

Um auxiliar de creche para cada 5 crianças do grupo A

(3 meses a um ano) e para cada 10 crianças dos grupos

B e C (um a 4 anos).

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COMPARATIVO

PORTARIA MS X PROPOSTA ANVISA

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

COMPARATIVO GERAL

PORTARIA MS 321/88 PROPOSTA ANVISA (caráter amplo)

Ênfase em requisitos gerais para construção, instalação e funcionamento de creches (projetos arquitetônicos);

Ênfase em requisitos sanitários com dispositivos gerais sobre infraestrutura e ambientes;

Abrange creches para crianças de três meses a 4 anos; Abrange estabelecimentos de educação infantil (crianças de 0 a 5 anos e onze meses de idade) constituídos legalmente e licenciados;

Obrigações e recomendações sobre localização, instalações, acessibilidade, circulação; Programa mínimo com especificação detalhada de espaços, dimensões, capacidade e distâncias em cada um dos 28 ambientes descritos e divididos: • Unidade de administração e apoio; • Unidade de atividades e lazer; • Unidade de atendimento e cuidados;

Requisitos de segurança (grades, telas e proteções que impeçam livre acesso) Áreas devem ser quantificadas e dimensionadas em consonância com o número de crianças e faixas etárias de atendimento. • Ambientes comuns e com restrição de acesso; • Ambientes para crianças de 0 a 1 ano e 11 (onze)

meses; • Ambientes para crianças de 2 anos a 3 anos e 11

meses ; • Ambientes para crianças de 4 anos a 5 anos e 11

meses;

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Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

COMPARATIVO GERAL

PORTARIA MS 321/88 PROPOSTA ANVISA (caráter amplo)

Proporção entre número de crianças e de cuidadores; • Um auxiliar de creche para cada 5

crianças do grupo A (3 meses a um ano);

• Um auxiliar de creche para cada 10 crianças dos grupos B e C (um a 4 anos);

Infraestrutura física, recursos humanos, equipamentos e materiais necessários à operacionalização do serviço, em proporção ao número de crianças atendidas; Capacitação dos profissionais, incluindo os temas: • higienização das mãos; • manipulação e oferta de alimentos, incluindo o leite humano, conforme

legislação sanitária; • troca e descarte de fraldas; • contato com secreções corpóreas; • limpeza e desinfecção de superfícies e objetos, incluindo brinquedos; • prevenção, controle e notificação de doenças infecciosas; • prevenção de acidentes e primeiros socorros; • normas e cuidados na administração de medicamentos;

Consultório e Enfermaria de observação para atendimento e acompanhamento médico, psicopedagógico e social.

• Cuidados de saúde; • Procedimentos para manipulação de alimentos e leite

humano; • Limpeza e higienização de produtos, equipamentos e

ambientes; • Controle de vetores, barreiras e restrições de acesso; • Instruções escritas e atualizadas das rotinas adotadas.

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MEDIDAS E INSTRUMENTOS

REGULATÓRIOS

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REGULAMENTAÇÃO

RDC

IN RECOMENDAÇÃO

Guias

ACORDOS REGULATÓRIOS

Acordos Setoriais

ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO

Nota Técnica

Perguntas e Respostas

Manual

MEDIDAS E INSTRUMENTOS REGULATÓRIOS

Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

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APLICAÇÃO DAS MEDIDAS REGULATÓRIAS

Requisitos de segurança sanitária para o funcionamento dos

estabelecimentos de educação infantil

Características Guia RDC Pode existir sem estar relacionado a algum instrumento de

regulação.

x

Traz sugestões para o cumprimento de requisitos técnicos

ou administrativos exigidos pela legislação. x

Convida o setor regulado para se comportar de determinada

maneira, sem obrigá-lo a tanto. x

Apresenta aos agentes envolvidos uma forma de atingirem

um determinado objetivo regulatório (abordagem alternativa). x

Permite que as atividades reguladas sejam realizadas de

forma distinta da que foi sugerida, desde que continuem

satisfazendo as normas vigentes, com relação à segurança e

à eficácia dos produtos ou serviços relacionados.

x

Está relacionado a algum instrumento de regulamentação,

tipo RDC. x

Cria obrigações x

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CONSIDERAÇÕES: Comparação das Propostas: Portaria MS 321/88 necessita de atualização e complementação pois

não abarca certos requisitos sanitários; Considerações Adicionais: Proposta de RDC tem itens já balizados por outras áreas e outros

órgãos; Opções para regulação: Seguir com a indicação de Guia: adaptar e ampliar o texto com

recomendações e orientações; Retornar a ideia de publicação de RDC: encaminhar o texto para

consulta pública; Manter a situação atual: sem medida regulatória por parte da Anvisa.

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estabelecimentos de educação infantil

REFERÊNCIAS: Bricks LF, Leone C. Utilização de medicamentos por crianças atendidas em creches. In Ver. Saúde Pública, 30 (6): 527-35, 1996. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rsp/v30n6/5109.pdf. Acesso em 18/07/2016. Natal TB. Padrão de consumo de medicamentos por crianças de creche. 14° Congresso de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação. Universidade de Santo Amaro, 2011. Disponível em: http://www.unisa.br/pesquisa/ci_14/docs/3204_3047.pdf. Acesso em 18/07/2016. Nesti MMM, Goldbaum M. As creches e pré-escolas e as doenças transmissíveis. In Jornal de Pediatria (Rio J.) vol.83 no.4 Porto Alegre July/Aug. 2007. Neto CM, Alves NC, Paes MSL. Risco de acidentes na infância em uma creche comunitária de Ipatinga/MG. In Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG-V.3-N.1-Jul./Ago. 2010. Disponível em http://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v3/02-risco-acidentes-infancia-creche.pdf. Acesso em 18/07/2016. Oliveira MN, Brasil ALD, Taddei JAAC. Avaliação das condições higiênico-sanitárias das cozinhas de creches públicas e filantrópicas. . In Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 13 (3): 1051-1060, 2008. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/csc/v13n3/28.pdf. Acesso em 23/05/2016. PAES, Carlos E. N and GASPAR, Vera L. V. As injúrias não intencionais no ambiente domiciliar: a casa segura. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2005, vol.81, n.5, suppl., pp.s146-s154. ISSN 0021-7557. http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572005000700004. Zaiden MF, Santos BMO, Cano MAT, Nascif Júnior IA. Epidemiologia das parasitoses intestinais em crianças de creches de Rio Verde – GO. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41(2): 182-7. Disponível em http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N2/ao_parasitoses_intestinais_crianças_creches_rio_verde.pdf. Acesso em 18/07/2016.

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DEBATE

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Agradecemos a participação!!!

Contatos:

Coordenação de Serviços de Interesse para a Saúde (CSIPS) [email protected]

GGTES - Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde

www.anvisa.gov.br

www.twitter.com/anvisa_oficial

Anvisa Atende: 0800-642-9782

[email protected]