requerimento administrativo carlos alexandre transporte para avaliação de saúde

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ILMº SRº COMANDANTE DO 5º BPM DE POLÍCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. CARLOS ALEXANDRE SANTOS DA SILVA, brasileiro, solteiro, filho de José Alexandrino da Silva e Elizabete Santos da Silva, Policial Militar do Estado de Pernambuco, inscrito sob matricula n°. 104469-9, portador do RG n°. 47.335 PM/PE, CPF n°. 978.588.115-68, residente e domiciliando na Rua Antonio Pedro, n°. 475, 2° Andar, Centro, Juazeiro-BA. O Requerente está de licença para tratamento de saúde própria, conforme preceitua o artigo 64, § 1º, “d” do Estatuto dos Policiais Militares de Pernambuco, pois é portador de TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO (F43.2 CID 10), bem como TRANSTORNO DA PERSONALIDADE (F60.3 CID10), conforme Ofício 032 PSIQ/2011 emitido pela Junta Psiquiátrica da PMPE. Por tais motivos, é submetido a uma Junta Médica em Recife de 3 (três) em 3 (três) meses para uma avaliação médica e, conseqüentemente, prorrogação ou não de sua licença. Desde 2010 o Requerente é submetido a tais procedimentos e sempre sua licença tem sido prorrogada, pois constatado que sua enfermidade ainda perdura. Não obstante a gravidade de seu estado de saúde, o fato é que nos últimos dias está sendo impossibilitado de se submeter aos exames realizados pela Junta Médica em Recife, pois não lhe está sendo concedido transporte para sua locomoção. Ora, conforme aduz o artigo 196, da Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de todos e DEVER do Estado, devendo este prestar toda a assistência que o cidadão necessitar. Destarte, o Requerente não poderá ser prejudicado ante a negligência do Estado em lhe disponibilizar meios para sua locomoção até Recife, local realizado a avaliação periódica. Ressalta-se que a doença acometida ao Requerente foi decorrente de seu serviço e que o mesmo não possui nenhuma condição financeira de continuar comparecendo as avaliações sem a cooperação do Estado.

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Page 1: Requerimento administrativo Carlos Alexandre Transporte para Avaliação de saúde

ILMº SRº COMANDANTE DO 5º BPM DE POLÍCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

CARLOS ALEXANDRE SANTOS DA SILVA, brasileiro, solteiro, filho de José

Alexandrino da Silva e Elizabete Santos da Silva, Policial Militar do Estado de

Pernambuco, inscrito sob matricula n°. 104469-9, portador do RG n°. 47.335

PM/PE, CPF n°. 978.588.115-68, residente e domiciliando na Rua Antonio

Pedro, n°. 475, 2° Andar, Centro, Juazeiro-BA.

O Requerente está de licença para tratamento de saúde própria, conforme

preceitua o artigo 64, § 1º, “d” do Estatuto dos Policiais Militares de

Pernambuco, pois é portador de TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO (F43.2 CID

10), bem como TRANSTORNO DA PERSONALIDADE (F60.3 CID10),

conforme Ofício 032 – PSIQ/2011 emitido pela Junta Psiquiátrica da PMPE.

Por tais motivos, é submetido a uma Junta Médica em Recife de 3 (três) em 3

(três) meses para uma avaliação médica e, conseqüentemente, prorrogação ou

não de sua licença. Desde 2010 o Requerente é submetido a tais

procedimentos e sempre sua licença tem sido prorrogada, pois constatado que

sua enfermidade ainda perdura.

Não obstante a gravidade de seu estado de saúde, o fato é que nos últimos

dias está sendo impossibilitado de se submeter aos exames realizados pela

Junta Médica em Recife, pois não lhe está sendo concedido transporte para

sua locomoção.

Ora, conforme aduz o artigo 196, da Constituição Federal de 1988, a saúde é

direito de todos e DEVER do Estado, devendo este prestar toda a assistência

que o cidadão necessitar. Destarte, o Requerente não poderá ser prejudicado

ante a negligência do Estado em lhe disponibilizar meios para sua locomoção

até Recife, local realizado a avaliação periódica.

Ressalta-se que a doença acometida ao Requerente foi decorrente de seu

serviço e que o mesmo não possui nenhuma condição financeira de continuar

comparecendo as avaliações sem a cooperação do Estado.

Page 2: Requerimento administrativo Carlos Alexandre Transporte para Avaliação de saúde

Nesse sentido, visando obter seu direito à saúde resguardado

constitucionalmente, requereu por diversas vezes, por meio de requerimentos

administrativos, um meio para o seu deslocamento trimestralmente. Ocorre que

na última avaliação marcada para o dia 14 de setembro do presente ano não

lhe foi possível o comparecimento, pois o Estado negou injustificadamente o

acesso a qualquer meio de locomoção para Recife. Por esta razão, o

Requerente ficou prejudicado, pois impossibilitado de custear as despesas para

cumprir com o agendado.

É certo que tal omissão do Estado apenas agrava o estado de saúde do

Requerente, que embora esteja utilizando de toda a medicação prescrita ainda

não está apto para o retorno de suas atividades laborativas, conforme descrito

em laudos médicos.

Sabe-se que o direito à saúde deve ser garantido pelo Estado de forma

irrestrita, com a disponibilização dos recursos e meios que se façam

necessários ao tratamento da moléstia de que padece o Requerente, não o

abandonando diante de suas necessidades.

Assim, qualquer negativa do Estado em lhe disponibilizar viatura ou outros

meios para que o Requerente cumpra com o procedimento supracitado seria

uma afronta direta a Constituição Federal, Carta Maior que orienta todo o

ordenamento jurídico.

Pelo exposto, requer o acatamento do pedido formulado qual seja a

disponibilização de viatura ou outros possíveis meios para que o Requerente

se submeta as avaliações realizadas pela Junta Médica de Recife.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Petrolina, 27 de setembro de 2011.

________________________________

Tainara dos Santos Valença

OAB/PE 31.008