república dos generais - parte 1

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A REPÚBLICA DOS GENERAIS 1964 1985

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Esta aula destina-se aos alunos e alunas do Terceiro Ano do Colégio Militar de Brasília, mas qualquer pessoa pode utilizar o material, basta entrar em contato e citar a fonte.

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Page 1: República dos Generais - Parte 1

A REPÚBLICA DOS

GENERAIS

1964 1985

Page 2: República dos Generais - Parte 1

GOLPE CÍVICO-MILITAR

• É erro considerar o Golpe de 1964 como uma

ação das Forças Armadas somente. Havia

apoio de parcelas consideráveis da população

civil, o correto, então, é chamá-lo de cívico ou

civil militar.

• Já os militares que apoiaram o Golpe se

dividiam entre o Grupo da Sorbonne

(Castelistas), ligado à ESG (Escola Superior

de Guerra) e a Linha Dura.

• Com o tempo, o segundo grupo se impôs o

primeiro.

227/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

Page 3: República dos Generais - Parte 1

GOLPE CÍVICO-MILITAR

• Uma característica importante da Ditadura

Militar no Brasil é que ela não foi

personalista. No entanto, como o executivo

sempre esteve nas mãos do Exército, ela está

associada a esta instituição.327/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

Page 4: República dos Generais - Parte 1

GOVERNO CASTELO BRANCO

(1964-1967) AI-1→ Cassação de mandatos,

demissões de funcionários públicos

civis e militares → Suspensão por 6

meses da Constituição de 1946.

Criação SNI (Serviço Nacional de

Informações) → 1964 → General

Golbery.

1965 → os partidos de oposição

elegem os governadores no Rio de

Janeiro e Minas Gerais.

Eleições para presidente adiadas →

mandato de Castelo Branco

estendido até 1967.

MARECHAL CASTELO

BRANCO

Page 5: República dos Generais - Parte 1

GOVERNO CASTELO BRANCO

(1964-1967)

Repressão →

Sindicatos sofrem

intervenção, Ligas

Camponesas são

postas na

ilegalidade,

estudantes excluídos

das decisões nas

universidades.

Acordos MEC-USAID

→ Reforma da

educação → 1966.

A Universidade de Direito da

UFRJ sofreu varias

intervenções a partir de 1964.

Page 6: República dos Generais - Parte 1

GOVERNO CASTELO BRANCO

(1964-1967)

AI-2 → Bipartidarismo →

ARENA (Aliança

Renovadora Nacional) e

MDB (Movimento

Democrático Brasileiro).

AI-3 → governadores,

prefeitos de capitais e

cidades de segurança

nacional seriam eleitos

por voto indireto, Estado

de Sítio sem a aprovação

prévia do Congresso

Nacional.

Chargista do Correio

da Manhã faz humor

com o AI2 → Mesmo

em um regime de

exceção, ainda havia

espaço para o riso.

Page 7: República dos Generais - Parte 1

• Programa de Ação Econômica do Governo

(PAEG):

acelerar o desenvolvimento econômico.

conter a inflação;

atenuar os desequilíbrios regionais;

aumentar o investimento;

gerar empregos;

• Maior Intervenção do Estado na Economia.

• Revogação da Lei que restringia a remessa de

lucros das Empresas Estrangeiras para o

Exterior.

A ORDEM

ECONÔMICA:MODERNIZAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

Page 8: República dos Generais - Parte 1

• Ajuda do Governo dos EUA e do

FMI → Resolvido o problema

imediato da dívida externa.

• Restrição ao crédito, aumento dos

juros e arrocho salarial.

• Contenção do déficit público.

• Criação → Banco Central, Sistema

Nacional de Habitação (SNH) e

Banco Nacional de Habitação

(BNH) → 1964.

• Criação do FGTS → fim da

estabilidade decenal → 1966.

A ORDEM

ECONÔMICA:MODERNIZAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

Page 9: República dos Generais - Parte 1

• Reforma Monetária → 1967 → Cruzeiro Novo

→ corte de três zeros → desvalorização da

moeda.

As reformas não conseguiram fazer a inflação

cair → Aumentam as críticas ao governo.

A ORDEM

ECONÔMICA:MODERNIZAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

Page 10: República dos Generais - Parte 1

GOVERNO CASTELO BRANCO

(1964-1967) AI-4 → “outorga” da Constituição de 1967 →

elaborada por juristas de confiança do governo:

• Concentra no Executivo a maior parte do poder

de decisão, que passa a ter o poder de legislar

em matéria de segurança e orçamento;

• Estabelece eleições indiretas para presidente,

com mandato de cinco anos;

• Pena de morte para crimes de segurança

nacional;

• Restringe ao trabalhador o direito de greve;

• Amplia a justiça Militar;

• Abre espaço para a decretação posterior de

leis de censura e banimento.

Page 11: República dos Generais - Parte 1

A linha dura chega ao poder.

Organizada da Frente Ampla

→ Juscelino, Jânio e Lacerda.

Guerrilha Urbana é muito

ativa no período →

seqüestros de diplomatas,

roubos de bancos e outras

ações contra o regime.

Favoreceu os trabalhadores

especializados de classe

média → crédito fácil e

consumo.

11

MARECHAL COSTA E

SILVA

27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Page 12: República dos Generais - Parte 1

Muitos grupos de extrema esquerda que

optaram pela guerrilha, dentre eles

destacamos: Ação Libertadora Nacional (ALN),

o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-

8) e a Ação Popular Marxista Leninista (APML).

Já o governo tinha seus órgãos de inteligência

e repressão: Centro de Informações do Exército

(CIEX), o Centro de Informações da Aeronáutica

(CISA), o Centro de Informações da Marinha

(CENIMAR) e o Destacamento de Operações de

Informações - Centro de Operações de Defesa

Interna (DOI-CODI).

1227/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Page 13: República dos Generais - Parte 1

Em 1968, ocorreram as

greves de Contagem e

Osasco.

As perdas salariais de até

30%.

As greves mobilizaram

milhares de trabalhadores,

mas a repressão do governo

foi pesada.

O AI-5 vai cassar o mandato

de vários líderes sindicais.

1327/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Metalúrgicos

grevistas da

COBRASMA são

presos em julho de

1968.

Page 14: República dos Generais - Parte 1

PASSEATA DOS 100

MIL → 26/06/1968

1427/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Page 15: República dos Generais - Parte 1

AI5 → reação ao discurso do

deputado Márcio Moreira Alves

em 02/09/1968.

O Presidente, ouvido o Conselho

de Segurança Nacional, podia

suspender os direitos políticos de

qualquer cidadão por 10 anos e

cassar mandatos eletivos; o

Congresso Nacional foi fechado

por quase um ano, censura prévia

aos meios de comunicação.

1527/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Page 16: República dos Generais - Parte 1

1627/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

AI-5 →13 de dezembro de 1968

Page 17: República dos Generais - Parte 1

Maio de 1969 → Costa e Silva

convoca uma comissão

de juristas para elaborar uma

reforma política →

uma emenda constitucional →

extinção do AI-5 →

restaurando a vigência plena

da Constituição de 1967

Doença e Morte de Costa e

Silva.

Aumentam as manifestações

populares contra o governo

militar.

1727/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Page 18: República dos Generais - Parte 1

Impediu a Posse do Vice-

presidente Pedro Aleixo

→ governou de agosto a

outubro de 1969.

Reforma da Constituição

de 1967.

Nova lei de Segurança

Nacional.

Atos institucionais 12 ao

17 → pena de morte e a

prisão perpétua para os

casos de guerra

revolucionária e

subversiva.

Congresso fechado →

Eleição indireta do

General Médici.18

General Lira Tavares

Almirante Augusto

Rademarck

Brigadeiro Márcio De

Sousa Melo

27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

A JUNTA MILITAR DE 1969

Page 19: República dos Generais - Parte 1

19

13 dos 15 Militantes trocados pelo embaixador norte

americano no 7 de setembro de 1969. Ao todo, 115 presos

foram libertados em troca de diplomatas sequestrados.

27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

Page 20: República dos Generais - Parte 1

• 1970-73 → grupos de

esquerda realizam ação

armada contra o regime →

guerrilha urbana e guerrilha

rural → seqüestros e

assaltos aos bancos.

• Autonomização dos grupos

de repressão → Esquadrões

da Morte, ação de grupos

Paramilitares de direita.

• Operação Condor →

Colaboração entre as

ditaduras Latino americanas.

• OBAN → Operação

Bandeirantes.

20

General Médici

27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Page 21: República dos Generais - Parte 1

2127/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Page 22: República dos Generais - Parte 1

2227/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Houve intenso uso político do futebol → O Brasil

foi tricampeão de futebol em 1970.

Page 23: República dos Generais - Parte 1

2327/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Região onde

aconteceram os

enfrentamentos.

• Seguindo os princípios

do Maoísmo → o PC do B

decidiu iniciar uma

guerrilha rural.

• Militantes brasileiros

fizeram treinamento na

China e em Cuba.

• Guerrilha → 1967-74 → a

repressão do Exército a

partir de 1972 → cerca

de 50 desaparecidos.

Page 24: República dos Generais - Parte 1

“O período 1968-1973 é conhecido como

"milagre" econômico brasileiro, em função das

extraordinárias taxas de crescimento do Produto

Interno Bruto (PIB) então verificadas, de 11,1%

ao ano (a.a.). Uma característica notável do

"milagre" é que o rápido crescimento veio

acompanhado de inflação declinante e

relativamente baixa para os padrões brasileiros,

além de superávits no balanço de pagamentos.”

(Fonte: Determinantes do "milagre" econômico brasileiro (1968-

1973): uma análise empírica)

2427/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO

Page 25: República dos Generais - Parte 1

• Quais as suas origens?

A importância da política econômica do período, com

destaque para as políticas monetária e creditícia

expansionistas e os incentivos às exportações.

O ambiente externo favorável, devido à grande expansão

da economia internacional, melhoria dos termos de troca

e crédito externo farto e barato.

As reformas institucionais do Programa de Ação

Econômica do Governo (PAEG) do Governo Castello

Branco (19641967), em particular às reformas

fiscais/tributárias e financeira, que teriam criado as

condições para a aceleração subseqüente do

crescimento.

2527/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO

Page 26: República dos Generais - Parte 1

• Euforia frente o rápido

crescimento econômico.

• Classes médias têm acesso

aos bens de consumo duráveis

e a promessa da casa própria.

• Construção civil e a indústria

puxam o “milagre”.

• “Fazer o bolo crescer, depois

dividi-lo” → Delfim Netto →

Cresce a concentração de

renda.

• 1968-73 → PND I e II (Plano

Nacional de Desenvolvimento).

26

Aumento da

concentração de

renda.27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Page 27: República dos Generais - Parte 1

• 1970 → Criação do Plano de

Integração Nacional.

• 1972 → Inauguração da

Transamazônica.

• 1973 → Acordo com o

Paraguai para a Construção

da Hidrelétrica de Itaipu.

• Houve a construção de

outras Estradas e Usinas

Hidrelétricas.

• Crise do Petróleo →

iniciada em 1973 →

esfriamento nas atividades

econômicas.

27

Usina Hidrelétrica de Itaipu

(1975-82) 27/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Page 28: República dos Generais - Parte 1

“Sinto-me feliz, todas as noites, quando ligo a

televisão para assistir ao jornal. Enquanto as

notícias dão conta de greves, agitações, atentados

e conflitos em várias partes do mundo. O Brasil

marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como

se eu tomasse um tranqüilizante após um dia de

trabalho.”

General Médici

→ A censura garantia essa sensação de

tranqüilidade e concórdia propagandeada pelo

Governo.

2827/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes

GOVERNO MÉDICI (1969-1974)

Page 29: República dos Generais - Parte 1

MÚSICA E CINEMA• Cinema Novo.

• Pornochanchada.

• Música: Tropicália

e Jovem Guarda.

2927/09/2015Prof.ª Valéria Fernandes