representaÇÃo das mulheres no mundo do negÓcio: … · “o empreendedor busca a mudança, e...
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¹Graduada em Ciências Náuticas pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM),
pós-graduanda em MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Administração de Empresas e MBA em Administração de Recursos Humanos pelo Instituto Brasileiro de Formação (IBF).
REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NO MUNDO DO NEGÓCIO:
MULHERES EMPREENDEDORAS
Juliana Caminha Bavaresco¹
RESUMO
Este artigo é uma análise de literatura sistemática sobre a representação das mulheres no mundo dos negócios, analisando suas características, conceituando empreendedorismo e arguindo sobre empreendedorismo feminino, abordando, ainda, o papel da mulher gestora e traçando o seu perfil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada em artigos publicados entre os anos 1980 a 2020, nos bancos de dados Scielo, Biblioteca Virtual de Dissertações, Periódicos sobre Empreendedorismo Feminino. Os resultados fizeram referência sobre as definições de empreendedorismo, os tipos de empreendedores existentes, as principais características das pessoas que empreendem, com foco nas qualidades necessárias para ser uma mulher que, ao mesmo tempo, em que ocupa seu lugar no mercado de trabalho, também realiza seu papel de dona de casa e provedora das necessidades da família. A contribuição desse estudo foi a apresentação de um referencial teórico sobre empreendedorismo feminino e sua importância para o desenvolvimento econômico do país.
Palavras-chave: Empreendedorismo; Empreendedorismo Feminino; Mulher
Empreendedora; Características da Mulher Empreendedora.
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INTRODUÇÃO
A mulher introduziu um novo paradigma no cenário corporativo quando decidiu
sair da condição de simples empregado para empregador. Antes o mercado do
trabalho era comandado por homens, que ocupavam os principais cargos de chefia
nas organizações. O reconhecimento da mulher como portadora de capacidade para
ocupar chefias e posições de destaque nas empresas, é um fato recente na história.
Precisou que a mulher enfrentasse uma luta de poder com os homens, e onde ela
construía, a cada batalha vencida, subir um degrau no processo de construção de sua
identidade no mundo dos negócios.
Foi preciso quebrar estereótipos que foram construídos por sociedades
ancoradas em base familiar patriarcal, cuja figura principal e provedora da família era
o homem. Esse estereótipo se transformou numa cultura, em que o papel da mulher
deveria ser de genitora e educadora dos filhos, relegado ao papel de secretária do lar.
Romper esse paradigma não foi fácil, foram necessários vários movimentos feministas
para chamar a atenção de todos sobre a mulher enquanto ser criador, capaz de
governar não apenas uma casa, mas também uma organização.
A identidade feminina sempre foi concebida numa base de inferioridade, em
que a mulher seria frágil, delicada, preocupada com a beleza, detentora de um perfil
mais voltado para trabalhos leves, que não precisasse de raciocínio lógico ou força
física. E durante muito tempo essa visão prejudicou a inserção da mulher em postos
de trabalho importantes, de comando. No processo de reconstrução de uma nova
identidade, a mulher precisou se deparar com questões morais, políticas, éticas,
familiares, dentre tantas que exigiram um esforço no sentido de mostrar para a
sociedade sua importância em ocupar postos de trabalhos que antes só aceitavam
homens: comando em forças armadas, cargos políticos, médicos, engenheiros,
cargos executivos, construção civil, etc.
Mas o tempo passou e as conquistas chegaram, a mulher conseguiu ocupar
seu espaço no mercado de trabalho, ganhando cargos importantes, se inserindo até
mesmo na indústria aeroespacial e no mundo corporativo. Percebe-se que a mulher
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pós-moderna foi além em suas conquistas, conseguiu absorver características
masculinas e aliá-las com outros perfis relacionados à liderança, à sensibilidade, à
inteligência. Embora tenha que associar o trabalho com a família, a mulher não perdeu
a feminilidade e mostrou que sua participação no mercado foi benéfica para o mundo,
para o desenvolvimento humano.
Tomando por escopo o papel da mulher enquanto construtora de identidades
ligadas ao mundo corporativo, esse trabalho pretende realizar um estudo sistemático
sobre a representação da mulher no mundo dos negócios, apresentando a
importância de sua participação nos negócios para desconstruir a noção de que a
mulher não serve para comandar uma organização, além de questionar as diferenças
de gênero como parâmetro de escolha para a ocupação de postos de trabalho,
baseando-se em perfis de incapacidade cognitiva, estereótipo corporal e outros
aspectos que não podem servir como medida para justificar a desigualdade entre
homem e mulher.
A justificativa centra-se no fato de que a construção de perfil empreendedor não
pode estar aliada a questões subjetivas, o sexo não pode ser fator para determinar a
aptidão para a ocupação de cargos. Nem o homem e tampouco a mulher deve ser
analisada segundo a ótica de modelos hierarquizados, que qualificam homem ou
mulher de forma distinta em suas capacidades para exercer determinada função.
A problemática que irá guiar o trabalho é responder ao seguinte
questionamento: a mulher empreendedora consegue alcançar uma situação de
equilíbrio em relação ao homem?
O tema é relevante porque irá demonstrar o papel da mulher no
empreendedorismo, qual a importância para a sociedade e para o mundo dos
negócios a participação da mulher como gestora de pequenas, médias e grandes
empresas. Quais as barreiras que a mulher enfrentou para mostrar sua capacidade
de comandar negócios e pessoas?
O objetivo Geral do trabalho é realizar um estudo sobre a representação das
mulheres no mundo dos negócios, analisando as características da mulher
empreendedora. Como objetivos específicos serão abordados os seguintes itens: o
conceito de empreendedorismo e suas características; empreendedorismo feminino;
o papel da mulher gestora; características da mulher empreendedora.
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A metodologia do projeto foi a de análise sistemática de artigos, procurando
responder à problemática imposta. Para uma compreensão maior sobre o assunto e
obter melhor suporte bibliográfico, foram escolhidos materiais publicados no banco
Scielo, livros sobre empreendedorismo, jornais e as seguintes plataformas; Sebrae e
IBGE. Os artigos escolhidos foram publicados entre os anos de 1998 a 2020. As
palavras-chave usadas na pesquisa foram: mulher, empreendedorismo, gestão
feminina, características da mulher empreendedora.
1. EMPREENDEDORISMO: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
Empreendedorismo é a mola propulsora de qualquer desenvolvimento
econômico. Sem as transações operadas pelas empresas, até mesmo o sistema
financeiro seria débil, pois os fluxos bancários e os investimentos seriam prejudicados.
Além disso, é o setor que emprega a maior parte da mão de obra disponível no
mercado e gera riquezas para o país por meio dos impostos e contribuições. Para que
haja empreendedorismo, deve haver pessoas dispostas a investir em algo, a abrir um
negócio e, para tanto, essas pessoas devem possuir uma base de conhecimentos, um
espírito aventureiro e de liderança. (BAGGIO, 2014).
De acordo com Chagas (2000), além dos conhecimentos é preciso saber
aprender, isso se consegue na prática, pois as vezes empreender é seguir um
caminho solitário, de incertezas. Mas existem matizes que ajudam o empreender,
como a gestão de pessoas, de recursos, que ensinam como agregar valor aos
produtos e serviços oferecidos. Ser um bom empreender significa administrar capital
material e humano com eficácia, sem preterir um ou outro. O mundo precisa de
pessoas que queiram promover mudanças e não somente explore as oportunidades.
“O empreendedor busca a mudança, e responde e explora a mudança como uma
oportunidade”.
Para Hisrich & Peter (2004, p. 33), o empreendedor não deve se ater apenas
no aumento da produção e da renda per capita, mas promover mudanças tanto na
estrutura do negócio, quanto na comunidade em que estiver inserido, pois, o
desenvolvimento econômico de um país envolve um conjunto de fatores complexos,
do qual o empreendedorismo faz parte. Empreendedorismo não é uma área em seu
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sentido estrito, mas um campo de estudo, sem possuir, portanto, uma adesão
científica. Nem tampouco teve suas práticas codificadas no intuito de serem
estudadas.
O objetivo do empreendedorismo é a produção de riqueza, é oferecer uma
performance melhorada à economia e à sociedade. Dada a sua importância, já nos
anos 80, houve um interesse por parte dos estudiosos de grandes áreas do
conhecimento em decifrar suas características. Graças ao seu poder de
transformação, o empreendedorismo, em todos os seus fatores, vem se destacando
no planejamento econômico de países desenvolvidos e em desenvolvimento
(BAGGIO, 2014, p. 4).
No Brasil, existe uma cultura espontânea para empreender. No entanto, não
recebe muito apoio dos governos, pois tanto produtos, quanto serviços possuem uma
alta taxa de tributação, o que dificulta a permanência da empresa e seu crescimento.
De acordo com o SEBRAE, muitas empresas fecham as portas em menos de dois
anos de sua abertura. Apesar do grande potencial do povo para empreender, não
existem políticas públicas de incentivo, pelo contrário, os obstáculos são muitos
(SEBRAE, 2014, p. 3).
O empreendedorismo se compara ao ato de fazer se fazer algo com inovação,
motivação e criatividade. É o uso da sinergia em prol de uma realização prazerosa de
um projeto organizacional. Dessa forma, empreender é enfrentar desafios constantes
com vistas a aproveitar oportunidades e correr riscos. É assumir uma atitude proativa
frente as questões que devem ser sanadas. O empreendedorismo é uma
oportunidade que a pessoa tem para aproveitar integralmente seu potencial de forma
racional e intuitiva. É buscar o conhecimento de si num processo de aprendizagem
permanente, é se abrir para experiências inovadoras (CHIAVENATO, 2004, p. 11).
2. TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
Segundo Leite e Oliveira (2007) existem duas modalidades de
Empreendedorismo: por Necessidade, que representa a criação de um negócio para
fugir do desemprego, para sobreviver; por Oportunidade, quando a pessoa vê uma
oportunidade para abrir um negócio e lucrar com ele. De outro modo, entende que
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existem três modalidades de empreendedores: O corporativo, que é compreendido
como o empreendedor interno, que atua dentro de uma organização já concebida e
aplica sobre esta sua capacidade de desenvolvimento, de encontrar e implementar
novas oportunidades de negócios; o empreendedor startup, é aquele que vai criar
novos negócios; o empreendedor social, cujo objetivo é abrir empresas para fins
sociais.
A meta do empreendedor startup é o de analisar o cenário e buscar uma
oportunidade para criar uma nova empresa. O principal desafio é tentar suprir
demandas que não receberam a devida atenção. Assim, ir em busca de diferenciais
de competitividade no mercado que já existe, tentar superar essa concorrência e
buscar clientes em outros nichos; e atingir uma produção que gere lucro para manter
o empreendimento. Para entrar no empreendedorismo social a exigência e que seja
redesenhado as relações que ocorrem entre os atores envolvidos: sociedade, governo
e iniciativa privada, baseando-se em modelos de parcerias. Dessa parceria,
público/privado nascerá novos contornos em torno do social, com promoção de
qualidade de vida nos âmbitos sociais, cultural, econômica e ambiental, que
representa a lógica do desenvolvimento sustentável. As principais características do
empreendedorismo social é possuir um olhar científico, artístico, racional e intuitivo,
ter uma sensibilidade em torno do social, além de pragmatismo responsável, utopia e
realidade, força inovadora e praticidade (BAGGIO, 2004, p. 6).
No epicentro do empreendedorismo social encontram-se paradigmas novos,
cuja proposta é uma abordagem diferenciada, que permite trazer à tona, conflitos
existentes na complexidade dos fenômenos socioeconômicos, a exemplo da Teoria
da Mudança, uma metodologia inovadora, um mosaico de diretrizes, que ajudam os
empreendedores sociais a realizarem sua principal meta – promover mudança social.
Esses empreendedores precisam mapear os requisitos e as condições necessárias
para o seu fim, e trabalham com indicadores, a fim de mensurar o que foi alcançado
e se os resultados foram positivos, realizando uma avaliação do desempenho da
proposta de mudança.
De acordo com Bennett (1992), existe um outro tipo de empreendedor, que é o
eco empreendedor, com atividades de negócios que abrangem: reciclagem, indústria
de transformação de produtos. Esse tipo de empresa ajuda o meio ambiente porque
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evita que restos de produtos poluam rios, nascentes, lagos e aterros. Os materiais que
podem ser reciclados são variados: óleo diesel, lubrificantes, líquidos resfriados,
plásticos, madeira, papel, sedimentos e restos de alimentos.
Por último, Formica (2000, p. 71) apresenta o empreendedor tecnológico, cuja
característica é a participação acadêmica, que o impulsiona a procurar novas
oportunidades de negócios digitais e do conhecimento, possuidor de conhecimento
técnico que lhe proporciona apostar em nichos de mercado, cujas taxas de
permanência e crescimento são baixas, e por não possuir uma visão de negócios e
conhecimento de mercado, investe em negócio de risco.
3. EMPREENDEDORISMO FEMININO
A mulher empreendedora tem seus motivos para abrir um negócio, que podem
ser por questões econômicas, sociais e psicológicas. No entanto, essas motivações
sofrem variações segundo as necessidades de cada pessoa. Geralmente, são motivos
subjetivos, mas que impulsionam as atitudes dos que buscam preencher as
necessidades pessoais. São razões que promovem algum tipo de satisfação pessoal,
e que também vão ao encontro do preenchimento de alguma demanda
(CHIAVENATO, 2007, p. 172).
À medida que acontece a evolução, as necessidades podem sofrer alterações,
mas sempre serão gatilhos para motivar a mulher, oferecendo um arcabouço de
motivos para que ela tome decisões. As mulheres que se tornam empreendedoras por
causa de uma necessidade, recorrem a essa ferramenta para obter recursos que
supram seu sustento e de sua família, promovendo com isso o desenvolvimento
pessoal. Nesse caso, ela precisará de apoio técnico e capacitação e de cuja motivação
a moverá para buscar esse suporte, impulsionando-a a aquisição das informações
necessárias. As ações das pessoas estão diretamente relacionadas com seus
objetivos e metas pessoais, que estão, por sua vez, relacionados com as
necessidades individuais. À proporção que o trabalho conduza à realização dos
objetivos, há uma tendência das pessoas realizá-lo com mais afinco, de modo que
objetivos pessoais e empresariais se imbriquem (Idem, 2007, p. 174).
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De outro modo, a pessoa que empreende, movida por uma oportunidade, o faz
para aumentar a qualidade de vida. De acordo com o SEBRAE6 (2005), a pessoa que
empreende movida por oportunidade possui uma sensibilidade para realizar
inovações, de acordo com o momento e o lugar, além de possuir capacidade para
descobrir e assimilar as novidades que ocorrem no meio em que atua, podendo, ainda,
observar as necessidades presentes e futuras do mercado e notar um potencial de
clientela, cuja demanda será suprida por meio de bens e serviços ofertados. Nesse
tipo de empreendedorismo, a pessoa começa um negócio movido por uma
oportunidade, mas após superar as barreiras, o negócio pode crescer e suprir as
demandas do mercado, pois passa a deter conhecimentos e está sempre em busca
de novas informações para ampliar a visão de futuro e criar novas metas (DOGEN,
1989, p. 8).
A mulher tem na necessidade financeira um grande impulsionador do seu
empreendedorismo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
– IBQP, no Brasil, 38% dos empreendedores masculinos são por necessidade, contra
uma proporção de 63% no público feminino. Existem os empreendedores do tipo
voluntário, que já possuem motivação, ou involuntários, que abrem uma empresa,
movidos por situações que contrariam seus objetivos pessoais (Dolabela, 2006, p.31).
Na maioria dos casos, as pessoas empreendem por causa do desemprego,
outras para ajudar a complementar a renda familiar ou promover seu sustento, ou
ainda pelo afã de realizar um desejo profissional. O fato é que as mulheres
empreendedoras estão se impondo no mercado dos negócios. De acordo com o
DIEESE, mesmo os homens tendo uma participação maior no mercado de trabalho
(74,5%), a participação das mulheres já soma 50,2%. O crescimento da taxa, entre
1989 e 1996 foi de 8,9%, enquanto a dos homens caiu 3,6%. A despeito dos motivos
que levam a mulher a empreender, o relatório Empreendedorismo no Brasil 2010 -
GEM9 (2010) demonstrou que são parecidos com os do homem, quais sejam:
sustento próprio e da família, enriquecimento e independência financeira.
Ainda segundo o Relatório GEM (2010), existe uma tendência de a mulher
empreender para aumentar a renda da família ou bancar as necessidades básicas da
família, já que ultimamente ela tem assumido o papel de chefe da família, colaborando
para ampliar sua participação na economia do país. O número de famílias brasileiras
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bancadas por mulheres aumentou de 200 mil (1993) para 2,2 milhões (2006). Em
apenas 13 anos, o modelo de família chefiada pela mulher cresceu 10 vezes, indo de
3,4% para 14,2%, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA
(2008).
De acordo com Chiavenato (2007, p.11), as razões para o aumento da
representatividade das mulheres nas famílias têm relação direta com “sua entrada no
mercado de trabalho e o aumento do número de divórcios”, refletindo numa mudança
de comportamento da sociedade como um todo. A mulher empreendedora, além dos
objetivos pessoais, ao abrir um negócio, ela quer resolver situações diversas, como
refúgio, que causa, discriminações e restrições no mercado, desemprego, falta de
reconhecimento no trabalho, salários baixos.
Os motivos para começar um empreendimento, segundo a opinião de Machado
et. al. (2003), podem ser:
“Empreendedoras por acaso (empreendedoras que criaram suas empresas
derivadas de alguns hobbies): empreendedoras forçadas (causadas por viuvez,
divórcio, desemprego ou dificuldades financeiras); empreendedoras criadoras
(independência e autonomia ou insatisfação com trabalho anterior)”.
Seguindo esse raciocínio, surge a seguinte classificação: mulheres sem
profissão e que empreendem de forma individual e limitada; mulheres cuja família já
possui um negócio e mulheres que abrem um negócio para alcançar autonomia. Os
números mostram que, em 2002, os novos empreendimentos criados por mulheres
não chegavam a 38,4%, mas, em 2009, houve um salto para 53,4%. Isso representa
uma conquista do público feminino e uma forte contribuição para a economia
brasileira. A participação da mulher na força de trabalho obteve uma importância
grande para o aumento da população economicamente ativa, chegando a 43% em
2002 (SENAI, 2007).
As dificuldades que as pessoas enfrentam, ao abrir seu próprio negócio, são
muitas, tanto para homens, quanto para mulheres. No Brasil, pode-se tomar a carga
tributária e a falta de capital de giro como os principais empecilhos na gestão de
pequenas empresas. Mas, no caso da mulher, existem, ainda, outros fatores que
atrapalham em sua gestão, tais como questões culturais, presentes em vários lugares,
a exemplo da Alemanha, que não é admitido que o homem ocupe um segundo lugar
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na casa, na Suíça, que coloca o homem como incapaz de cuidar da família, se a
mulher for a que coloca comida na mesa. Por essas e outras razões, os homens não
apoiam o empreendedorismo feminino (MACHADO, 2002).
Na Índia, os negócios comandados por mulheres não crescem, por várias
razões: não possuem habilidades para os negócios, o capital é restrito, a sociedade
não aprova, autoconfiança baixa, medo de que a empresa alcance sucesso e absorva
o tempo que seria pra família, que é vista como prioridade social. Outro problema é
que os maridos não aceitam que a mulher obtenha desempenhos superiores. Outras
barreiras são a falta de bons modelos de empreendedorismo feminino, clientela e
fornecedores não confiam, inexistência de treinamento, falta de parâmetros (DAS,
1999).
Pesquisa realizada no Sudoeste baiano revelou as dificuldades que as
mulheres enfrentam quando querem abrir uma empresa. O gráfico 1 demonstra os
empecilhos para o empreendedorismo feminino (GOMES, 2004).
Gráfico 1- Dificuldades enfrentadas para ser empreendedora
Fonte: GOMES (2004)
A mulher tem desafios internos e externos quando quer trabalhar, pois, ela
precisa conciliar o trabalho e os cuidados para com a família, fator que não interfere
nas atividades masculinas. Além desse parâmetro, os bancos dificultam o empréstimo
para a abertura de empresas de médio e pequeno porte. Isso é válido para ambos os
sexos. Entretanto, a mulher enfrenta mais dificuldades devido ao fator cultural, uma
vez que a sociedade brasileira é ancorada no modelo familiar patriarcal (GOMES,
2004).
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Todos esses fatores são enfrentados por mulheres em diferentes regiões do
mundo quando decidem empreender. No entanto, existem regiões que possuem suas
particularidades, sendo estas relativas à cultura, religião, economia, dentre outros.
Para Stolke (1980), as diferenças fisiológicas que justificam as hierarquias
sociais dependem de como o social lida com essas diferenças, dos significados que
lhes são atribuídos. Dessa forma, não é acabando com as diferenças entre homens e
mulheres que se conseguirá igualá-los, mas é preciso eliminar os privilégios de classe
e as formas de dominação herdadas e mantidas, colocando a mulher numa situação
de subordinação. As mudanças devem começar pelas raízes sociais e culturais, pela
mudança de paradigma, exterminando por completo o pensamento de que a mulher
deve ser submissa ao homem (STOLKE, 1980, p. 113).
Além disso, a discussão não se restringe somente à questão do gênero, pois a
história tem revelado que tanto o homem quanto a mulher, independentemente de
suas condições sociais, de pertencer a esse ou aquele país, possuir ou não família,
apresentam participação em luta contra as desigualdades, injustiças, iniquidades e
intolerância (CALÁS e SMIRCICH, 1998).
4. O PAPEL DA MULHER GESTORA
O papel da mulher como empreendedora sugere um novo paradigma sobre sua
participação no mundo do trabalho. É um papel que sofre mudança em sua
configuração. Em face a todas as impossibilidades e dificuldades, surge um discurso
que privilegia qualidades como desejo, positividade, vontade, sucesso e a felicidade,
que situam a mulher como portadora de vicissitudes necessárias para lidar com as
adversidades da vida. “Esses sentidos enfatizam dificuldades e conquistas, desafios
e superação, já que ser mulher de negócios e de sucesso implica viver um drama
constante, uma luta ininterrupta pela conquista de um espaço predominantemente
masculino”. A conduta em busca do sucesso e da felicidade está alicerçada num
modelo psicologicamente individualista, que reforça ideais capitalistas e patriarcais, e
deixa de lado a dimensão política e social de luta para tentar superar as desigualdades
entre homem e mulher (SOUZA, 2019, p. 17).
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É preciso criticar a falta de questionamentos sobre a organização do trabalho e
sua estrutura, pois o modelo praticado até o momento, causa reflexos negativos na
sociedade e na família, causando um mal-estar nas relações. Barnett (2004)
compreende que esse modelo de organização do trabalho e da família estão
ancorados em diferenças de gêneros, um mito que deve ser derrubado. A concepção
infundada sobre as inclinações e as capacidades das mulheres estarem voltadas para
o lar e as dos homens para atividades fora funciona como uma verdadeira armadilha.
Isso faz com que as ações humanas estejam na dependência de
comportamentos ligados a ideais relacionados ao fato de quem trabalha e de quem
fica em casa. Isso tende a oferecer vantagens e desvantagens para ambos, colocando
quem fica em casa em situação de inferioridade. A mulher pode ser mãe e trabalhar.
Ao longo do tempo foram criados estereótipos que perduram até hoje: mulheres são
concebidas como calorosas e pouco competentes, não merecendo oportunidades no
mercado de empregos, de promoção ou de possuir educação adicional. Também há
o estereótipo de serem competentes e frias (CUDDY, FISKE & GLICK, 2004).
Ser mãe parece um obstáculo para a mulher ganhar espaço. A forma como a
sociedade representa a mulher cria uma barreira que impede e dificulta sua entrada
no cenário público e reforça a idealização de imagens que não correspondem a
realidade. Dessa forma, a mulher é relegada às atividades do lar e mesmo tendo
acesso ao mercado de trabalho, ela continua cuidando da casa. O envolvimento com
o trabalho e as atividades fora de casa e a participação ativa nos trabalhos domésticos
é uma rotina da qual a mulher não consegue se libertar. Com isso, ela acumula
funções. As mulheres contemporâneas possuem duplas jornadas que provocam o
acúmulo de trabalhos – públicos e privados –, que representa a principal causa de
conflitos, brigas e até agressões (JABLONSKI, 1996).
A grande novidade é que a duplicidade de papéis que a mulher assume, não
está em acordo com a compatibilidade de sua natureza, sendo, portanto, importante
reconhecer que “os papéis de gênero são construídos socialmente e que os processos
de socialização demarcam espaços, expectativas, e atividades a serem
desempenhadas pelos membros da sociedade”. É no contexto de formação e
construção social do indivíduo que nasce a percepção de coisas que não se conciliam,
isto é, “ou é isso, ou aquilo”, e nasce, ainda, o discurso da culpa da mulher,
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internalizado por ela no processo de socialização. Na abordagem que é dedicada à
situação da mulher, ela não tem muita saída: tem culpa por trabalhar e por não
trabalhar (CHERLIN, 2001; VANDEWATER, OSTROVE & STEWART,1997).
A questão se torna mais complexa quando as mães que trabalham fora
conseguem alcançar melhores condições de bem-estar e de satisfação pessoal em
relação as que não trabalham. Isso leva a uma necessidade de mudança no
pensamento em torno do trabalho feminino, é preciso haver questionamentos sobre
os tabus em relação ao fardo do trabalho foram de casa. Conforme observa (POSSATI
& DIAS, 2002), uma vida que dá condições para a pessoa ter o trabalho e a
maternidade é uma grande satisfação que gera realização à mulher. Dessa forma,
desempenhar múltiplos papéis ajuda a aumentar a satisfação, e, permitir, transitar ao
mesmo tempo, pelos cenários públicos e privados.
Estudiosos sobre o comportamento da mulher dizem que ela possui uma
aptidão para realizar várias coisas ao mesmo tempo e assumir múltiplos papéis, mas
é preciso se atentar para outra compreensão em torno dessa “facilidade”, saber que
modo a mulher consegue lidar com essas funções simultâneas. A despeito disso,
Uchitelle (2002), entende que as mulheres encontraram um termo intermediário entre
o trabalho e a família.
Tiedge (2004) apresenta as estratégias de mulheres que trabalham fora e, ao
mesmo tempo cuidam da casa: a supermulher, tenta alcançar com eficácia as
expectativas relacionadas aos diferentes papéis sociais; planejar e administrar o
tempo, que significa otimizar o desempenho dos papéis; apreender de modo cognitivo
as demandas, tentando reduzir seu próprio padrão de exigências; afastar-se de
trabalhos sem importância, ou seja, não pegar novas responsabilidades; estratégia
multitarefa, resolver e realizar várias atividades ao mesmo tempo.
As mulheres conseguem perceber resultados positivos que decorrem de seus
envolvimentos em múltiplos papéis, ao passo que afirmam que as estratégias que
utilizam são aperfeiçoadas o tempo todo, graças a experiência adquirida. Estudos
realizados em meio ao crescente número de trabalhadoras que desempenham cargos
de liderança nas empresas ajudam a melhorar o entendimento da articulação entre os
espaços público e espaços privados. Segundo Rocha-Coutinho (2003), executivas de
classe média apontaram que alimentam o ideal de conseguir unir as tarefas
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domésticas com atividades profissionais e pessoais. Para conseguir alcançar esse
ideal, elas recorrem a diversas estratégias conscientes: estabelecer uma regra de não
acumular trabalho para resolver em casa; adotar expedientes que favoreçam um
tempo pessoal, como redução da jornada de trabalho; tentar harmonizar os
compromissos de toda a família, garantindo que haja um tempo para a convivência;
delegar tarefas domésticas aos familiares, contando com parcerias na condução da
casa.
Os estudos também revelaram que as empreendedoras apresentaram a
vontade de buscar uma realização pessoal por meio da criação e da administração de
seus empreendimentos. Observa-se, ainda, que as estratégias criadas por
empresárias com filhos menores são satisfatórias tanto para sua satisfação quanto
para preencher as necessidades dos filhos (SHINDHUTTE, MORRIS & BRENNAN,
2001), apontando sinais de conciliação entre demandas profissionais, familiares e
pessoais. No Brasil, as mulheres empreendedoras esperam conseguir “estabelecer
um ponto de equilíbrio entre as necessidades da profissão e dos familiares e esse
anseio parece ser concretizado quando elas percebem que trabalho e família não são
assuntos excludentes e que podem colher benefícios mútuos. Outrossim, trabalho,
família e respeito próprio são fontes de satisfação, e que apontam ser os espaços,
profissional, familiar e pessoal contribuintes para o equilíbrio e bem-estar psicológico
dessas empresárias. Isso leva a considerar que as mulheres que desempenham
funções de lideranças em espaços públicos dão valor a realização profissional, mas
também querem a maternidade, a família, uma relação afetiva, além de um tempo
para dedicarem a si (JONATHAN, 2005).
5. CARACTERÍSTICAS DA MULHER EMPREENDEDORA
A mulher é detentora de características inatas que a ajuda a realizar tarefas
diversificadas. Para se tornar uma gestora de sucesso, ela dispõe de atributos, tais
como: empatia, compromisso com o trabalho, desejo de prestar ajuda, carisma,
sensibilidade, dentre outros. No setor de empreendimentos, tais características atuam
como facilitadoras nos relacionamentos com pessoas, gerando possibilidades para o
crescimento inovador. Ao usar recursos que lhe são inerentes, as possibilidades de
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acertar aumentam. Fazer algo que vai de encontro ao perfil da pessoa é parte do
sucesso. Dessa forma, quando o empreendedor faz o que gosta, é mais prazeroso. E
quando se empreende em uma atividade que já representa um hobby, a
potencialidade para acerto é maior e o sucesso é garantido (DOGEN 1989, p. 28)
Os hobbies, em sua maioria, podem se transformar em oportunidades de
negócios. É unir o útil ao agradável, abrir um negócio próprio em uma área que a
pessoa tem afinidade. Mas somente fazer o que gosta não representa garantia de
sucesso, é necessário estudar o mercado, realizar pesquisas de opiniões sobre o
produto, averiguar a demanda. Antes de abrir uma empresa, deve-se medir os riscos
e as dificuldades. É preciso aprender a administrar o hobbies na condição de um
negócio, sem perder o prazer em executá-lo. Aprender sobre o ambiente em que irá
atuar é uma condição para dar certo, isso subentende conhecer as características e
necessidades do público que se quer alcançar; aprender sobre a concorrência,
procurar orientar-se com pessoas experientes, como se comporta o mercado, tudo
isso são variáveis que influenciam nos negócios (DOLABELA, 2010, p.111).
A mulher possui capacidade para executar diferentes atividades
concomitantemente e ainda assumir responsabilidades com a família. Segundo Villas
Boas (2010, p.51) “Há diferenças marcantes entre as formas de empreender entre
homem e mulher. As mulheres possuem boa capacidade de persuadir e se preocupar
com clientes e fornecedores, fatores que podem contribuir para o sucesso da
empresa”, o que representam um grande diferencial em comparação com os homens.
A mulher envolve e constrói sentimentos de comunidade, conseguindo com isso uma
união entre os membros da empresa, estes acreditam e cuidam uns dos outros. Tudo
é partilhado, tantas as decisões, como as oportunidades.
Essa característica coloca a mulher à frente e no caminho do sucesso em seu
empreendimento. Elas apresentam um modo peculiar para o comando, recorrendo a
diferentes modos para alcançar uma certa sintonia entre o trabalho e a vida pessoal.
A mulher tem adquirido performances que antes eram próprias do universo masculino:
espírito de competitividade, facilidade para liderar, ambição, capacidade para assumir
responsabilidades. Esse perfil dá às mulheres uma chance para alcançar patamares
mais altos. Elas possuem a tendência de adotarem um modo de liderar mais
democrático, encorajando a participação dos membros da equipe, incentivando a
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partilha do poder e da informação e tentando melhorar a estima dos seus
comandados. Elas dão preferência ao tipo de liderança que inclui, por meio do
carisma, da experiência, de contatos e habilidades interpessoais para influenciar os
outros (ROBBINS apud GRZYBOVSKI et. al. 2002).
Ela prima em preservar os valores humanos, com demonstrações de afeto,
eficiência. É um modo peculiar para administrar pessoas e coisas, de modo que tanto
os que ajudam, como os clientes se sentem acolhidos, respeitados, de modo que há
a criação de um ambiente interno familiar que se reflete no bom atendimento e
satisfação dos consumidores. As pessoas são o capital humano capaz de
proporcionar a excelência nos serviços, aumentar a qualidade do produto, possuindo
importância vital para o desenvolvimento do negócio. Ademais, quem faz a avaliação
da empresa são pessoas, assim como quem serve e atende (CHIVENATO, 2007,
p.161).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo possibilitou a realização de uma análise sobre a
representação da mulher no empreendedorismo, cujo foco principal foi responder se
a mulher empreendedora consegue alcançar uma situação de equilíbrio em relação
ao homem. O empreendedorismo é tido como a mola propulsora de qualquer
desenvolvimento econômico, que possibilita o giro da economia. São as médias e
pequenas empresas que empregam a maior parte da mão de obra disponível no
mercado e que geram riquezas para o país.
A pessoa que empreende é um indivíduo que possui uma visão sobre uma
oportunidade e que abre seu negócio para lucrar com ele, sendo que existem motivos
pessoais e profissionais como fatores determinantes para que alguém entre no mundo
do empreendedorismo. O Brasil possui um grande número de empreendedores, mas
esse potencial não é aproveitado na íntegra por falta de políticas públicas de
incentivos. No caso específico da mulher empreendedora, existem características que
são próprias do gênero, tais como: empatia, compromisso com o trabalho, desejo de
prestar ajuda, carisma, sensibilidade, senso de organização, fatores que podem
contribuir para a motivação. Essa, por sua vez, é a principal característica responsável
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pela intensidade do sucesso, auxilia na direção e interfere para a persistência dos
esforços necessários para alcançar o objetivo traçado.
A mulher que empreende o faz por motivos variados, sendo estes econômicos,
sociais ou psicológicos. Mas esses motivos podem variar de acordo com as
necessidades de cada uma. Geralmente, os motivos são pessoais, pois a mulher quer
ocupar seu espaço no mercado de trabalho e contribuir para o aumento da renda
familiar. Muitas mulheres são as principais provedoras do sustento da família e o
empreendimento é uma saída, uma vez que o desemprego é uma causa importante
para o empreendedorismo.
A mulher empreendedora tem uma boa parcela de contribuição na economia
do país, pois a geração de empregos nas médias e pequenas empresas tem sido
crucial para evitar o desemprego em massa. Ela contribuiu muito para inovar o
mercado, pois com suas características peculiares criou um tipo de empresa que
difere pelo tratamento dado aos clientes e colaboradores.
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