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REPORT FOCO Arquitetura para pessoas A TORRE DE PARAGON Uma torre com um sólido dinamismo PERTH ARENA Um puzzle gigante em 3D Revista de Arquitetura da Reynaers Aluminium #14

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REPORT

RE

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#14

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avera 20

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FOcOArquitetura para pessoas

A TORRE DE PARAGONUma torre com um sólido dinamismo

PERTh ARENAUm puzzle gigante em 3D

Revista de Arquitetura da Reynaers Aluminium

#14

TOGEThER FOR BETTER

REYNAERS ALUMINIUM N.V.Oude Liersebaan 266 · B-2570 Duffelt +32 (0)15 30 85 00 · f +32 (0)15 30 86 00www.reynaers.com · [email protected]

REYNAERS ALUMINIUM SAParque Industrial Manuel da Mota · Lote 6 · Apartado 234 · 3100-905 Pombal PTt +35 1 236 209 630 · f +35 1 236 219 435www.reynaers.pt · [email protected]

#14Os edifícios são concebidos em relação às pessoas que vivem, trabalham e desfrutam de

momentos de lazer neles. Criam união entre as pessoas. Quer se trate da receção de um hotel, do átrio de um prédio de escritórios, do hall de entrada de um edifício residencial ou de

um hall de entrada do teatro, cada local de encontro social toma várias necessidades e utilidades em conta. Um edifício poderá ser convidativo através do seu aspeto transparente e aberto, outro edifício poderá ter uma atmosfera mais acolhedora e íntima. Um edifício precisará de canalizar as pessoas de forma rápida e eficiente para o seu destino sem desvios (por exemplo um aeroporto), enquanto outro poderá transmitir calma e conforto (como a receção de um centro hospitalar). As pessoas encontram-se cada vez mais perdidas em ambientes vastos, impessoais e de constante movimento. Necessitam de edifícios que são únicos e que criam uma sensação de coletividade, com espaço para experiências e memórias compartilhadas. Neste contexto, os espaços de encontros sociais, tais como aeroportos, complexos de apartamentos e centros comerciais marcam cada vez mais o lugar onde as pessoas querem relaxar e passar o tempo a sentar, conversar, passear e fazer compras.

A Reynaers tem um papel importante neste sentido, pela sua contribuição à criação de ambientes agradáveis, de convivência social e de trabalho. Nesta perspetiva, os sistemas com soluções inovadoras e sustentáveis da Reynaers poderão ser ser considerados tanto um produto social como um produto funcional. A Reynaers atribui grande importância à sua colaboração com arquitetos, empreiteiros e fabricantes para dar forma aos aspetos sociais dos edifícios - e isto é particularmente verdadeiro para

os projetos no Médio Oriente. A Reynaers demonstra a importância que coloca em relação aos aspetos sociais dos edifícios através da criação de sistemas que permitem sentir a abertura de um espaço ou que permitem uma ligação com o mundo exterior. Olhamos também conscientemente para outros aspetos, como o reflexo do sol e a proteção contra o vento, aspetos que ajudam a criar um ambiente agradável e de máximo conforto. Um bom exemplo desta criação é o Centro Nacional de Convenções do Qatar. Este projeto deslumbrante foi conseguido através de uma colaboração muito próxima entre a Reynaers e os seus parceiros. O edifício é uma demonstração perfeita do nosso lema: “Together for Better”.

Ali KhalafDiretor, Reynaers Médio Oriente

A Reynaers lançou recentemente o seu novo website. Visite-o em www.reynaers.pt e deixe-se inspirar por uma vasta seleção de projetos, documentos de sistema, brochuras e informação local.

Entre num projeto virtual 360º para

observar a instalação dos nossos produtos tal como se estivesse lá. Faça zoom, abra e feche janelas, portas pivotantes e portas de correr.

Para informação técnica mais detalhada, temos disponível a Extranet para profissionais.

Edição Primavera 2014

Editor responsável: Birgit HuybrechsProdução: A10, RSM Co-Publishers

ONDE A ARQUITETURA E AS PESSOAS CONFLUEM

DESCUBRA O NOSSO NOVO WEBSITE *** DESCUBRA O NOSSO NOVO WEBSITE *** DESCUBRA O NOSS

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NESTE NÚMERO

MOSTRUÁRIO

FOCO

PROJETOS

INOVAÇÕES

REFERÊNCIAS

PERTH ARENA, PERTHUm puzzle gigante em 3D

Descubra aqui diver-sos e interessantes projetos novos que incorporam técnicas da Reynaers

CENTRO NACIONAL DE CONVENÇÕES DO QATAR, QATARLocal de encontros multifuncional

ARQUITETURA PARA PESSOASEdifícios que reúnem pessoas

CASA DO LAGO WAKATIPU, QUEENSTOWNCasa de férias com vista

Inovações e otimizações recentes

Uma panorâmica de alguns projectos para os quais a Reynaers tem contribuído

DESCUBRA O NOSSO NOVO WEBSITE *** DESCUBRA O NOSSO NOVO WEBSITE *** DESCUBRA O NOSS

A TORRE DE PARAGON, ANKARAUma torre com um sólido dinamismo

ETOPIA, CENTRO DE ARTE E TECNOLOGIA,ZARAGOZACriatividade bem decretada

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Estrutura estilizada em Y ESBJERG (DK) — A fachada

simplificada e o hall de entrada do edifício de escritórios da união dinamarquesa Det Faglige Hus representam a força do movimento dos trabalhadores. Simultaneamente, este edifício concebido pelo gabinete de ar-quitetos Arkitema, com as suas linhas fluidas, lembra o Aeropor-to de Esbjerg nas proximidades. E visto de cima, o seu formato-Y é de certa forma a reminiscência de um avião. O edifício tem uma disposição clara e está orien-tado para o sol. O seu centro é formado por um átrio de três andares. As fachadas de vidro e as clarabóias permitem a

entrada de quantidades mas-sivas de luz natural graças aos perfis estreitos do sistema CW 50-Hl, providenciando ao mesmo tempo um excelente isolamento térmico. O átrio luminoso serve também para criar uma sen-sação de espaço, conectando visivelmente os três níveis do edifício. Essa sensação é refor-çada pelo traçado dos pisos que formam circuitos contínuos. O átrio flui espontaneamente até à cantina da empresa e às salas de reunião localizadas num piso ligeiramente inferior.Os escritórios encontram-se nas três “pernas” do edifício em formato-Y. As fachadas caracte-

rizam-se por uma combinação de trabalho em tijolo e cobertura a vidro nas frentes. O sistema de protecção solar Reynaers BS 100 foi utilizado nas três pontas de cada perna do Y-esculpido. Este sistema de lâminas foi integrado na fachada exterior e evita o ex-cesso de calor, criando um clima interior mais confortável e maior poupança nos custos com ar condicionado. O desejo de sus-tentabilidade de Det Faglige Hus está bem patente no conceito de flexibilidade dos escritórios, o que permite poupar espaço, pois nem todos os colaboradores estão presentes todos os dias. O uso do perfil CS 104 contribui

MOSTRUÁRIO

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para a otimização da eficiência energética. O uso de luz artificial é reduzido com o aumento de luz natural para iluminar o edifício. E depois, temos a vista panorâmi-ca da região rural dinamarquesa.

Isto, mais do que tudo, torna este sítio num sítio agradável para trabalhar.

DET FAGLIGE HUS Arquiteto: Arkitema, AarhusInvestidor: Det Faglige Hus, EsbjergSistemas Reynaers: CW 50-HI, CS 104, BS 100

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Edifício verde BEEKBERGEN (NL) — O

notável complexo de apartamentos Ginkgo De Bergbeek parece imiscuir-se completa-mente na sua envolvên-cia natural. Os dezoito apartamentos, as oito casas com terraços, parques automóveis semi-subterrâneos e espaços comuns combi-nam arte, tecnologia e arquitetura. Ginkgo está de frente a um parque de um lado e de frente para um bairro resi-dencial dos anos 50 do outro lado. Tendo isso

em conta, os arquitetos decidiram criar dois edifícios, cada um dos quais com a sua própria “pele” e que iriam co-municar com o seu pró-prio ambiente. Um dos edifícios tem um aspeto orgânico do género de “casaco de vegetação”. A pele verde consiste numa fachada trans-parente por detrás da qual, longas varandas alternam com terra-ços panorâmicos com vista para o parque. Os terraços estão cobertos com impressões únicas

de folhas em leque da árvore Ginkgo biloba que cativam o olhar.As impressões de várias sombras vão desde o verde lima até ao amarelo ocre, criando um jogo contínuo de reflexos, sombras e si-lhuetas, dependendo da luz, do céu e da época do ano. A pele urbana consiste em tijoleiras alterna-das com aberturas na fachada. A janela e porta com o sistema CS 68 oferecem uma contrapartida arejada

à pele de pedra, o que visualmente conecta o edifício com o distrito residencial existente.

GINKGO DE BERGBEEK APARTMENTS Arquiteto: Casanova + Hernandez Architects, RotterdamCliente: Sprengenland Wonen, LoenenInvestidor: Woningstichting Beter Wonen, AlmeloEmpreiteiro principal: Slokker Vastgoed, BredaFabricante: Kolf en Molijn, EmmeloordSistema Reynaers: CS 68

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MOSTRUÁRIO

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Maçã Vermelha SOFIA (BG) — O estúdio Aedes é

um gabinete de arquitetura jovem com um progresso rápido que conta com a criação de um núme-ro impressionante de estruturas na capital da Bulgária num relati-vamente curto espaço de tempo. O complexo de apartamentos Red Apple, localizado no antigo centro da cidade, ao lado de um parque espaçoso, é o mais recente projeto a acumular ao portfolio existente. O edifício foi inspirado na cidade de Nova Iorque – “The Big Apple” – e na cor impressio-nante do trabalhado em tijoleira. A fachada em tijoleira evoca o mesmo sentimento de opulência que a arquitetura dos séculos 19 e 20, mas ao mesmo tempo a irregularidade da sua composição confere ao complexo um aspeto muito contemporâneo. O formato triangular irregular do edifício faz com que este se distinga por entre a arquitetura indistinta dos anos 70. A combinação bem pensada de paredes fechadas e vidro transparente distribui o afluxo de luz natural de tal forma, que é criado um equilíbrio entre o abrigo interior e o contacto com o exterior da casa. A arcada aberta e as janelas altas foram criadas com os sistemas CS 77 e CW 50. Esta combinação com as clarabóias e as janelas interiores, confere aos apartamentos uma sensação semelhante à de estar num “loft”.

RED APPLE Arquiteto: Aedes Studio, Plamen Bratkov, SofiaEmpreiteiro: Sofbuild &Co, SofiaFabricante: Muharski Ltd, SofiaSistemas Reynaers: CS 77, CW 50

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ArquiteturA pArA pessoAsos edifícios são concebidos pArA viver, trAbAlhAr, reunir, Aprender, relAxAr, dormir e Assim por diAnte. quAndo os edi-fícios são utilizAdos pArA reunir pessoAs isso requer um espAço público. quAnto mAis pessoAs usArem o mesmo espAço pú-blico, mAis neutrA e eficiente A Arquitetu-rA deverá ser. bAstA compArAr A receção de um hotel com um centro comerciAl pArA perceber o quão diferente são As necessi-dAdes e usos às váriAs escAlAs de funções e tAmbém como os metros quAdrAdos in-fluenciAm o desenho do espAço público.Texto: Indira van ’t KloosterFotos: Thomas Saraceno, IAF

foco

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O aumento da sociedade consumista nos anos 60 levou os arquitetos e empreiteiros a repensar o seu papel enquanto criadores de espaços pú-blicos. Como conceber espaços de alta qualidade enquanto, simultaneamente, trabalhavam com as leis informais relativas a números e dinheiro? A resposta foi encontrada num equilíbrio entre es-tes dois âmbitos de todas as formas imagináveis. Quando as necessidades das pessoas mudam, a arquitetura muda também.

Nos espaços públicos as pessoas têm tendên-cia a marcar o seu território de várias formas, tais como colocando uma foto na sua secretária de trabalho ou colocando o seu casaco no lugar imediatamente ao lado do seu no comboio. Em grandes edifícios públicos, tais como estações de transportes, as pessoas deslocam-se para a direita e em direção às áreas mais iluminadas. Os sanitários públicos nos espaços públicos estão quase sempre dispostos em ângulos à direita da porta porque as pessoas não gostam de olhar diretamente para os sanitários. As pessoas extro-vertidas necessitam de menos espaço no escritó-rio do que as pessoas introvertidas e geralmente têm decorações mais vivas nos seus espaços de trabalho. E porque é que compramos sempre mais do que previsto quando vamos ao IKEA? Porque o IKEA esgota-nos mentalmente e depois de termos vagueado pela linha de deslocação durante meia hora, queremos acreditar que há um propósito no tempo que despendemos na loja. Toda esta informação acerca do comportamento humano provém de estudos científicos no campo da psicologia ambiental.

mAximize momentos Para arquitetos, empreiteiros e investidores

este tipo de conhecimento é essencial. Edifícios como centros comerciais e bibliotecas tornaram-se locais que encorajam à recreação, ao relaxamento e ao encontro entre as pessoas. Neste sentido, es-tão a seguir a tendência das estações de comboios, aeroportos e museus. Aqui os espaços públicos são concebidos para maximizar momentos de estar e conversar, passear e comprar, lazer e encontros. E quer se trate de uma receção ou de um bloco de apartamentos, o átrio de um edifício de escritórios, a área de receção de um hospital ou o átrio de um teatro – o quanto mais genérico for o propósito de

um edifício, o mais genérica será também a sua forma linguística. Que efeito tem isto no desenvol-vimento das tendências arquiteturais?

espAços impessoAis O poder dos grandes números e a abundân-

cia financeira é o que conduz à estandardização. Esta particularidade tornou possível a cons-trução das habitações sociais do pós-guerra e a produção massiva; implicou também consi-derações económicas e politicas do trabalho dos arquitetos. Será que os arquitetos estariam assim tão sintonizados com esta racionaliza-ção? Ou será que esta distrai-los-ia da principal função de um arquiteto: a criação de expressões autónomas, culturais e ideológicas? Este foi o tema de debate nos anos 70 sobre o século an-terior, liderado por Manfredo Tafuri que debateu a relação entre arquitetura e capitalismo no seu livro “Arquitecture and Utopia” (1973). A sua perspetiva ficou clara cerca de vinte anos mais tarde, quando a economia e consequentemente a arquitetura atingiram o seu auge. Apesar de tudo, existe um reverso da medalha no que diz respeito à arquitetura para as massas, tal como a presença de cadeias como o McDonald’s ou o IKEA com as suas características indistintas em qualquer parte do mundo. E isso resulta não apenas em edifícios intercambiáveis, mas também em cidades intercambiáveis.

O antropólogo francês, Marc Augé, discu-tiu este fenómeno em 1992 no seu ensaio “Os não-lugares: Introdução a uma Antropologia da sobremodernidade” (Non-Lieux, introduction à une anthropologie de la surmodernité). Os locais onde as pessoas vivem estão a tornar-se cada vez mais impessoais. Augé apelida todos estes locais: transportes públicos, centros comerciais e blocos de apartamentos de “não-lugares”. Estes são edifícios para as massas, edifícios com os quais não temos relação enquanto indivíduos: nascemos e morremos no hospital (em vez de na nossa própria cama), passamos as nossas férias num resort em regime de “tudo-incluído” (em vez de numa tenda mal vedada) e fazemos com-pras num supermercado (em vez de na padaria local). Consequentemente, as pessoas passam a maior parte da sua vida em espaços e edifícios impessoais e anónimos.

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o vistoso átrio afunilado da ferrari World de Abu dhabi, com a solução à medida da reynaers para fachadas

os espAços públicos são concebidos pArA mAximizAr momentos de estAr e conversAr, pAsseAr, fAzer comprAs, pAssAr tempo e conhecer pessoAs

foco

12 A “criAção de sítios pArA estAr”em vez de eficientes tornou-se um temA importAnte nA ArquiteturA contemporâneA

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A biblioteca sir duncan rice: uma janela para a atividade den-tro do edifício

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perth Arena: esquemas de cores e corredo-res de madeira

a “humanidade em grande escala” foi encontrada subdividindo as fachadas noutras mais pequenas com esquemas de cores e corredores de ma-deira. Edifícios como este são primeiramente e acima de tudo máquinas eficientes, as quais ain-da – apesar de as áreas públicas terem sido con-cebidas com grande cuidado – são especialmente concebidas para as pessoas se deslocarem de um local para o outro de uma forma eficaz.

cArácter únicoQuando a taxa da nova construção está a

declinar, a estandardização e as largas escalas são um assunto de menor importância. Além disso, as pessoas tendem a valorizar mais o artesanato e o carácter único. Há uma boa razão para os átrios dos mercados serem tão populares na Europa neste momento, tal como o átrio em Ghent, concebido por Robbrecht & Daem ou o átrio de Roterdão por MVRDV. Outro bom exem-plo desta apreciação é o Sir Duncan Rice Library em Aberdeen projetado pelos arquitetos Schmidt Hammer Lassen. Aqui o átrio foi concebido não (apenas) como um espaço de espetáculo mas também como uma janela para dentro da ativi-dade do edifício através do uso inteligente de um vórtice: as aberturas nos andares das várias escadarias no átrio estão ligeiramente desloca-das uma em relação à outra. Isto cria um efeito duplo no sentido em que se pode olhar através das outras escadarias de cima e de baixo, dando a impressão de estar a olhar para dentro de uma casa de bonecas ou de uma colmeia, onde podem observar-se várias experiências ao mesmo tempo que livros, estudantes, grupos de pessoas ou vidas.

Os arquitetos, clientes e utilizadores estão inclinados para esta necessidade de coletividade e espírito artesanal. “A criação de espaço”, mais do que a eficiência, tornou-se um ponto-chave na arquitetura contemporânea. Isto coordena-se com uma mudança no que as pessoas preten-dem ganhar dos espaços públicos: um sentido de coletividade, uma experiência, um sítio único que lhes oferece memórias e histórias. A ques-tão já não é que as pessoas devam ser eficiente-mente subsumidas a um espaço amplo, mas sim que tenham o sentimento de fazer parte de um todo.

Portanto, ficou claro que, para conceber es-tes espaços impessoais, era vital torna-los mais pessoais e dotá-los de significado. Estudos tais como os descritos acima ajudam os arquitetos na compreensão deste processo. Concluindo que as pessoas têm menos tendência para se refugia-rem nos seus próprios apartamentos, se o cami-nho para o mesmo for mais vivo e convidativo. Os arquitetos criam agora planos com espaços para encontros pessoais e para abrigo. Este tipo de abordagem não funcionará num aeroporto, onde é necessária luz máxima e uma perspetiva visual alargada para as pessoas poderem circular. Os arquitetos dão resposta à necessidade de ter um território protegido nesta situação e criam delimitações em espaços com paredes baixas ou cercas, ou estabelecendo espaços entre as ca-deiras. Um exemplo interessante para este efeito é o Perth Arena na Austrália, um estádio para concertos e eventos desportivos (ver p. 14), onde

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PROJETO

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UM PUZZLE GIGANTE DE ARQUITETURA EM 3D PERTH,

AUSTRALIA

Texto: Isabelle PriestFotos: Stephen Nicholls

PERTH ARENA

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O design de Perth Arena é baseado no puzzle “Eternity” de Christopher Monckton’s, um puzzle que preenche

quase todas as características de um dodecá-gono (polígono com doze lados e doze ângulos) com 209 peças poligonais mais pequenas e esculpidas de forma irregular. Os arquitetos conceberam um impressionante e flexível local para concertos e um estádio para eventos des-portivos. Trata-se de uma peça arquitetural se-melhante a um gigante puzzle quebra-cabeças.

Com os seus 9800 painéis triangulares e um milhar de painéis retangulares, os seus arquite-tos – Ashton Raggatt McDougall (ARM) e Came-ron Chisholm Nicol (CCN) – parecem ter usado a retórica do puzzle para descrever a estética interior e exterior do edifício. Contudo, esta interpretação é superficial e baseada em impressões subsequentes mais do que nas ideias originais dos arquitetos.

A ideia do puzzle é extensiva à essência do edifício, com um espaço para realização de concertos e eventos desportivos com capacidade para 15 000 pessoas, cinco salas multifuncionais à disposição, um estacionamento com 686 luga-res na cave, um teto retráctil de 56 metros por 35 metros que abre em apenas sete minutos, 36 suites empresariais e ainda uma zona de restau-ração. Todas estas comodidades tornam o edifício altamente complexo. Campos de basquetebol interligados deslizam por entre campos de ténis. É fácil de perceber como é que a palavra puzzle se

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Elementos verticais ou inclinados com vidro simples

tornou o veículo para a sua expressão exterior. A sua pura multi-funcionalidade faz de Perth Arena um impressionante puzzle gigante em 3D e uma verdadeira peça de arquitetura.

O complexo é baseado em “Eternity”, um puzzle que foi lançado em 1999. Pensado para ser praticamente irresolúvel, o seu fabricante ofereceu um milhão de libras de prémio para quem conseguisse resolvê-lo em quatro anos. Sem surpresa, tornou-se numa loucura e foi resol-vido cerca de um ano após o seu lançamento. Na altura em que apareceu o Eternity Puzzle II, em 2007, a construção preparatória de Perth Arena já tinha começado.

Localizada no centro da cidade, a nova arena de 28 000 metros quadrados substitui o Perth Entertainment Centre enquanto primeira fase de um projecto de renovação urbana de 13.5 hectares que liga o centro de negócios do distrito de Perth diretamente a Northbridge através da linha de caminhos-de-ferro de Fremantle que fora alterada para operar no subsolo. Com abertura em Novembro passado, o edifício custou 548,7 milhões de AUD (cerca de 355 milhões de Euros). Tornou-se na casa dos Wildcats, equipa de bas-quetebol de Perth e do torneio de ténis interna-cional, bem como da Taça Hopman.

FACHADAS ÚNICASEnquanto observado da grande avenida a sul

ou da elevada autoestrada para este, o edifício foi

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Exterior Interior InteriorExterior

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De 24º até 79º90º

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Mil painéis retangulares e 9800 painéis triangulares PAINÉIS DE VIDRO ESTÃO DISPOSTOS EM PADRÕES

GEOMÉTRICOS ARROJADOS

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concebido para que nem a fachada nem a entra-da sejam vistas como sendo uma mais importan-te do que a outra.

Em vez disso, o edifício é definido por nove fachadas únicas que tomam a forma de polígo-nos interconectados que dobram e ficam uns sobre os outros. Por sua vez, estas fachadas são separadas pela cor “International Klein Blue”, um revestimento exterior a branco e preto e painéis de vidro dispostos em formas geométricas arrojadas, refletindo a atmosfera explosiva de eventos que têm lugar no interior.

Este tema explosivo contínua nas entradas interiores, átrios e espaços multifuncionais onde os painéis de madeira foram salpicados de vermelho, laranja e amarelo para dar auxílio e orientação e para dar continuidade à atmosfera de entretenimento.

ELEMENTOS ESTÉTICOS E LEVESNum contexto de um sistema de fachadas tão

complexo, a Reynaers criou uma solução feita à

medida baseada no leque CW 50 para fachadas com colagem estrutural. Os vidros foram adap-tados a uma forma não standard com esquadrias em paralelo para integrar naturalmente no re-vestimento triangular. A estrutura pode suportar qualquer carga de vento, movimentos termais, movimentos estruturais e carga de sistema impostos pelas travessas diagonais do edifício. Para ARM e CCN, o sistema teve de fundir-se na ligeireza estética do exterior. Durante o dia, as janelas aparecem praticamente – se não comple-tamente – invisíveis em contraste com os outros materiais de fachada. À noite, contudo, flechas de luz passam através do edifício, transforman-do-o novamente. Por dentro, as janelas são o elemento de ligação entre o interior e exterior.

Os vidros multi-angulares que convergem com os padrões do exterior prosseguem em direções alternativas.

E como se a estrutura do edifício e a sua estética não fossem suficientemente ambiciosas, Perth Arena tem também uma agenda ambiental

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O dinamismo do edifício mantém-se no interior

EMBORA UM EDIFÍCIO COMPLEXO, FOI CONCEBIDO PARA UMA FÁCIL DESLOCAÇÃO E CONGREGAÇÃO DE PESSOAS

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O vidro abun-dante e as clarabóias criam salas funcionais com um ar leve e luminoso

forte com ventilação natural, ar condicionado de baixo consumo e um conjunto de fotovoltaicos integrados no teto.

Com valores U (coeficiente de transmissão térmica) de aproximadamente 1,5 e valores SHGC (coeficiente de transmissão térmica do vidro) indo de 0,23 a 0,6, o sistema CW 50 corresponde a estas ambições. O edifício foi também reco-nhecido pela Associação Australiana de Janelas pelas suas janelas feitas à medida e na categoria de “melhor uso comercial de janelas e portas em novas construções”.

Apesar de toda a complexidade do edifício, este foi concebido para a circulação e reunião fácil de pessoas. Os espaços de circulação estão organizados em torno de átrios enormes com uma altura de mais de cinquenta metros. As escadarias entre estes espaços ajudam na orientação dos visitantes, conectando-os às várias atividades em curso nos diversos níveis, auxiliados por mais de 300 ecrãs de difusão digital.

Este método de abertura em áreas estra-tégicas significa também, que para lá do átrio, perto da zona de restauração, se encontra um ambiente mais aconchegado com tetos de altura mais baixa. Uma abordagem idêntica foi aplicada na arena principal para a acomodação de even-tos de várias dimensões pelo uso de cortinas divisórias fáceis de puxar.

Através das suas cores vivas e geometria dinâmica, os arquitetos de Perth Arena criaram um edifício que atrai visitantes à cidade, que de outra forma não atrairia. Mas ainda mais impor-tante para Perth e para a Austrália ocidental, em relação à costa oriental, é que permite manter a cidade e o espírito de desporto e entretenimento ao rubro.

PERTH ARENA CENTRO DE RECREAÇÃO/ENTRETENIMENTO Arquitetos: ARM Architecture, Perth and Melbourne and Cameron Chisholm Nicol, PerthEmpreiteiro: BGC Construction, PerthFabricante: Alcom Fabrications, PerthSistemas Reynaers: Soluções à medida baseadas na CW 50-SC

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66º

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18049mm

16920mm

20CW50-SC Elementos com secção vertical inclinada7

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CW50-SCSolução de fachada à medida

1 Vidro simples com ligação estrutural

2 Vedação com silicone3 Vedação com silicone SSG4 Folha de alumÌnio

5 Membrana (ou) camada EPDM

6 Fixação mecânica EPDM7 Montante em recorte8 Folha interna de acabamento

Sistemas: Soluções à medida com fachada de fixação estrutural CW 50

Descrição do projeto:Desenvolvimento de soluções à medida aplicadas a fachadas complexas com inclinação interior e exterior

Os elementos de apoio irregulares requereram suportes de vidro e ligações de travessa feitas à medida Integração de várias janelas de abertura paralela inseridas de forma irregular na fachada Ligações de canto especiais Travessa e montantes à medida Os aros tiveram que ser aplicados com uma visibilidade mínima de alumínio Acabamentos de perfis e acessórios feitos à medida

Elementos: Montantes de alguns elementos são fixados a uma estrutura de aço Diversos elementos de tamanhos diferentes com formas irregulares Testes de permeabilidade ao ar, resistência à carga de vento e estanquidade à água no Reynaers Institute

Vidro: Alguns elementos com monofolha e outros com folha dupla Variante acústica com espaçador de 32 mm e uma camada acústica entre os painéis de vidro Devido às cargas altas causadas pela inclinação, foi prevista uma proteção especial para prevenir a queda do vidro

SOLUÇÕES PARA PROJETOS

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LINHA DE DOBRAGEM

LINHA DE DOBRAGEM

LINHA DE DOBRAGEM

INTERIOR

Vidro simples

CW 50com tampa

CW 50-SC

Vidroduplo

LINHA DE DOBRAGEM

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Cores vivas e geometria dinâmica À NOITE, FLECHAS DE LUZ PENETRAM PELO

EDIFÍCIO TRANSFORMANDO-O NOVAMENTE21

PROJETO

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LOCAL MULTI-FUNCIONAL DE ENCONTROS

DOHA, QATAR

Texto: Viveka van VlietFotos: Waleed Al Abbas

CENTRO NACIONAL DE CONVENÇÕES DO QATAR

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Quando o arquiteto de vanguarda Arata Isozaki concebeu o Centro Nacional de Convenções do Qatar,

desenvolveu um espetacular e convida-tivo hall de entrada com a forma de duas árvores entrelaçadas a suportar o teto do surpreendente edifício. O Centro Nacional de Convenções do Qatar (CNCQ) serve também como um local de reuniões multi-funcional. É um centro de conferências que recebe concertos, galas e exposições.

O CNCQ situa-se na “Cidade da Educa-ção”, não longe dos modernos arranha-céus do centro de negócios de Doha, capital do Qatar, estado rico em petróleo. O ícone de no-tável desenho está localizado no campo enor-me, por entre as faculdades de algumas das melhores universidades do mundo, tais como Weill Cornell, Texas A&M, e Georgetown, bem como institutos de ciência e tecnologia como o Sidra Medical, o Centro de Investigação e o Parque de Ciência e Tecnologia. Esta é a casa

FORAM DADOS 200.000 METROS QUADRADOS DE ÁREA TOTAL AO ARQUITETO PARA DESENVOLVER

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A fachada de vidro tem uma extensão de 250 metros de largura e 15 metros de altura

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dos ambiciosos planos futuros do Qatar, baseado no conhecimento da economia onde o petróleo e gás devem abrir cami-nho para a ciência e a educação, inovação, tecnologia e empreendedorismo. À firma de arquitetos Arata Isozaki & Sócios, foi dada uma área de 200.000 metros quadrados a desenvolver. Desenvolveram três edifícios: o centro de convenções, o centro de expo-sições e o parque de estacionamento com pisos múltiplos.

O impressionante edifício constituído por quatro pisos principais tem uma entrada ab-solutamente espetacular. As duas estruturas de aço curvado em formato de árvore, com os seus 250 metros de comprimento, saltam à vista de uma forma incrível. Mas não é só isso. A árvore de Sidra não foi escolhida por acaso. A árvore é um ícone na cultura do Qatar. A sua origem vem de um marco luminoso no deserto que é utilizado pelos beduínos como um lugar de encontro e abrigo.

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OS VISITANTES NÃO SE SENTEM PERDIDOS NEM INSIGNIFICANTES, PARCIALMENTE DEVIDO À SELEÇÃO DE MOBÍLIAS E AOS ESPAÇOS DE LAZER DISPOSTOS DE UMA FORMA CUIDADOSA

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A sensação de amplitude é criada pela elevada entrada de luz

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LUGAR DE ENCONTRO SIMBÓLICOOs arquitetos estabeleceram logo o tom com

o seguinte simbolismo: o centro de convenções é um local de encontro. No exterior do edifício, as pessoas podem partilhar conhecimento e histó-rias à sombra das árvores; lá dentro, o visitante é convidado a entrar no centro de conferências com toda a sua vastidão, altura e transparência.

A sensação de amplitude é criada pela ele-vada entrada de luz, proporcionada através da aplicação do elegante sistema Reynaers CW 50. A extensa cortina permite a entrada de uma quan-tidade máxima de luz.

Contudo, os visitantes não se sentem perdidos ou insignificantes, parcialmente devido à seleção de mobílias e aos espaços de lazer dispostos de uma forma cuidadosa que permitem ao visitan-te transitar confortavelmente. O facto de os visitantes terem a sensação de pertença a esta vasta entidade foi tornada possível pelo arquiteto através da criação das divisões e da disposição dos espaços de forma flexível, através de tetos amovíveis.

O edifício principal está ligado através de dois volumes ovais interligados. O estacionamento tem espaço para mais de três mil carros e quarenta autocarros. Por outro lado, o arquiteto produziu uma entrada multifuncional com 40.000 metros quadrados de espaço.

Trata-se de uma entrada com capacidade de acolher cientistas convidados ou visitantes inter-nacionais vindos, por exemplo, para a conferência sobre as alterações climáticas das Nações Unidas, uma das maiores conferências mundiais (com 17,000 delegados a comparecer a este evento). Esta capacidade coloca o novo Centro Nacional de Convenções do Qatar no mapa mundo no âmbito da logística (com o movimento suave de vastos grupos) e tecnologia (com audiovisual, acústica e equipamentos ‘high-tech’ integrados em tetos amovíveis com um toque final de lâmpadas que abrem e fecham).

O CNCQ tem também a particularidade de ter um teatro com 2300 lugares de alto conforto e o palco, caracterizados por cores quentes e mate-riais luxuosos. Tem também três auditórios, 52 salas de reunião mais pequenas, uma sala para eventos de gala e outras actividades, seis luxuosos

lounges VIP com catering cinco estrelas e sete sui-tes de alojamento. Estes serviços fazem do QNCC um dos mais sofisticados, mais flexíveis e mais amplos centros de convenção do Médio Oriente.

LEVE E VERDEOs esforços da Reynaers no projeto foram

consideráveis. Providenciou o fornecimento de soluções requeridas para permitir a construção de extensas fachadas de vidro transparentes no centro de exposições com uma distância de pelo menos dezasseis metros sem suporte adicional.

A fachada de alumínio e aço com coberturas em aço inoxidável no interior é reforçada com as fachadas OS de 650 milímetros de profundidade, cobrindo 5500 metros quadrados.

O CNCQ foi construído com um foco na sus-tentabilidade. O edifício “verde” foi construído de acordo com a certificação ‘US Green Building Council’s Leadership in Energy and Environment Design’ (LEED). Através da aplicação de soluções inovadoras relacionadas com o baixo consumo de água e de energia, o edifício tem pelo menos 32 por cento de maior eficiência quando comparado com edifícios que não fazem uso destas inova-ções tecnológicas. Uma dessas inovações é o uso de 3500 metros quadrados de painéis solares que fornecem mais de doze por cento da ener-gia utilizada no centro. O sistema eficiente com iluminação LED é também utilizado nos átrios de exposição.

Futuramente, uma estação de comboios fará a ligação entre o centro de negócios de Doha e a “Cidade da Educação” e serão construídos mais parques automóveis e hotéis de luxo. Estas me-didas tornarão o CNCQ mais acessível para ainda mais pessoas.

CENTRO DE CONVENÇÕES NACIONAL DO QATARArquiteto de Design: Arata Isozaki, JapãoArquitetos Executivos: Halcrow Yolles/RHWL, UK (Conference Centre) - Burns and McDonnell Inc., US (Exhibition Center) - WS Atkins and Partners, UK (Main Car Park) Direção de projeto-: ASTAD, QatarDireção de construção: KEO International Consultants & ASTAD, QatarEmpreiteiros: Baytur Insaat Tahhut A.S., Turkey (Conference Centre) - Victor Buyck Steel Construction Sdn. Bhd.Malaysia (Sidra Tree Structure) - Eversendai Engineering Qatar W.L.L., Qatar (Exhibition Center) – Midmac-Six Construct J.V., Qatar (Exhibition Center) – MAN Enterprise, Qatar (Main Car Park)Desenvolvedor: Qatar Petroleum, QatarFabricante: Jungbluth Alu Partners S.A, BélgicaSistemas Reynaers: CW 50, CW 50 solução sob medida, CW 50-Ra, CS 59Pa, CS 68

50 mm

70 mm40 mm

76.4 mm

46.3mm

113.5mm

256.7mm

100.2 mm 46.3 mm

71.4mm

50mm

Sistemas: Solução à medida baseada na cortina de parede CW50

Descrição do projeto: Um vão de grande dimensão criou a necessidade para uma solução feita à medida Uma fachada com 250 metros de comprimento por 15 metros de altura sem suporte intermediário Fachada tão transparente quanto possível a fim de evitar deformação

Largura dos perfis: 70mm Largura da tampa de perfil exterior: 50mm Ligação de perfis a uma estrutura fina de aço completamente

revestida no interior com tampas de aço inoxidável Reforço com 4 contraventamentos em vidro para cada módulo

de fachada com 2 metros de largura (cada módulo possui 4 elementos posicionados uns por cima dos outros)

Barras de tensão colocadas por detrás dos contraventamentos para maior reforço, rigidez e nivelamento

Contraventamento em vidro: 650mm de profundidade X 40 mm de espessura (3 folhas em camadas de vidro de 12 mm com filme PVB entre as mesmas) O contraventamento é colado a um perfil de alumínio e posterior-mente montado na estrutura fina de aço

Peso: 225 kg por contraventamento, 900 kg por módulo no total

Elementos: 4 elementos por módulo 3,75 m de altura x 2 metros de largura Peso total de 1 módulo de vidro incluindo estrutura de aço e contraventamento: 3.7 toneladas.

Vidro: Vidro duplo em camadas com uma espessura de 46.5mm (66,2/16/88.4) Resistente ao roubo e à explosão Peso: 530 kg por elemento

Testes: Testes de ar-vento-água no Instituto Reynaers Estanquidade à água até 600Pa Resistência à carga do vento (defleção) até 1200Pa Teste de segurança até 1800 Pa

13.5 kN por elemento 54kN por módulo

SOLUÇÕES DE PROJETO

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CW50Secção travessa vertical

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CW 50 Secção montante horizontal

2

Os 4 contra-ventamen-tos de vidro por módulo suportam os 15 metros de altura da fachada

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1. Tampa em alumÌnio2. Vedação em EPDM3. Perfil de montante em alumÌnio4. Perfil de suporte em aço5. Tampa em aço inoxidável6. Perfil de colagem

7. Fita Norton8. Vedação de silicone9. Contraventamento em vidro10 Encaixe de vidro em aço inoxidável11 Perfil de travessa em alumÌnio

1

1

2

3

4

5

7

4 11

5 2 11

8 6

9

10

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PROJETO

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CASA DE FÉRIAS COM VISTA

QUEENSTOWN, NOVA ZELÂNDIA

Texto: Andrew GuestFotos: James Jubb

CASA DO LAGO WAKATIPU

Imersa na orla do lago Wakatipu no Sul da Nova Zelândia e rodeada por milhas e milhas de montanhas, Queenstown pos-

sui uma reputação invejável, sendo vista como o principal lago e resort topo de quatro esta-ções do hemisfério sul, um papel que reforça o seu número populacional de 19 000 para uma média de 1.9 milhões de visitantes por ano. O centro de Queenstown é no lado norte do lago, embora agora o maior desenvolvimento tenha lugar na parte solarenga orientada para norte, onde o Lago Wakatipu se projeta. As habitações neste local, conhecidas por Kelvin Heights, podem apreciar as vistas do lago e as montanhas de Norte a Sul. Foi em tal sítio que

a Nova Zelandesa Anne e o Australiano Bryan Oliver adquiriram um lote ocupado por uma modesta casa e construíram uma casa de fé-rias para poderem desfrutar junto com família e amigos, sendo que a sua residência perma-nente se encontra a 4000 milhas de Perth, na Austrália Ocidental.

Num trabalho concebido pelo gabinete Koia Arquitects de Queenstown e Auckland, existem quatro unidades comparáveis a caixas, revestidas de cedro e de pedra xistosa que descem o terre-no íngreme entre a rua da Península e o lago. A casa tira o maior partido do seu local em termos de luz e vistas graças à vasta gama de sistemas

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2

Vistas magní-ficas do lago e das montanhas

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de janelas e portas da Reynaers, atingindo assim o objetivo do arquiteto em criar limites disfar-çados entre o interior e exterior. Este efeito é reforçado pela aplicação de pedra xistosa por dentro e por fora, com azulejos cinzentos Kerlite a serem usados tanto nos pisos internos como externos. O arquitecto desejava criar um edifício que correspondesse, ao invés de competir com a sua localização, enquanto que os clientes pretendiam uma casa onde pudessem passar tanto tempo quanto possível dentro como fora da mesma – assim como os Kiwis fazem.

VISTAS DESLUMBRANTESEntrando na casa pela parte Sul, os olhos são

imediatamente levados para além do lago até às montanhas, com a área de convivência principal seis degraus abaixo à sua frente. À esquerda, o hall de entrada leva-o para a escadaria que vai até ao quarto principal, quarto de hóspedes ou sala de estar. No mais elevado patamar da casa, encontra-se a janela Reynaers CS 77 instalada nas paredes a este e sul, dotando estes quartos com vistas incríveis para o lago e para as monta-nhas de ambos os lados da península. A escadaria que leva até este andar é a primeira de várias, na casa, com revestimentos de barbatanas de rimu, uma madeira de origem neozelandesa recupera-da da casa de origem e de outras propriedades demolidas. O rimu fornece uma linha calorosa,

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A CASA TIRA O MAIOR PARTIDO DO SEU LOCAL EM TERMOS DE LUZ E VISTAS

35

36

interligando as várias partes da casa com a sua localização e o seu passado.

PORTAS DE CORRERA sala de estar principal ocupa a largura

da casa na sua totalidade, combinando outros elementos como a lareira, sala de estar, sala de jantar e a cozinha. Com a combinação do sistema de portas amplas de correr da Reynaers CP 155, com a sua capacidade de recuar, bem como as janelas fixas e desdobráveis CS 77, os Koia conseguiram providenciar um sistema termicamente melhorado na sua íntegra e livre de condensação na parede translúcida a norte, incorporando assim a espaçosa varanda na par-te da área habitável. A sala de estar é protegida contra o sol de verão por uma saliência projeta-da do teto.

Uma escadaria por detrás da parede de pedra, no lado oeste, é iluminada pelas janelas da Reynaers CS 77, conduzindo a dois outros quartos, uma casa de banho e uma lavandaria.

As portas de correr CP 96 dotam os dois quartos virados para norte com vistas deslumbrantes e altos níveis de isolamento térmico.

A escadaria seguinte, também ela revestida por barbatanas de rimu, conduz a uma sala no nível inferior da casa.

Os arquitetos combinaram materiais locais com as mais recentes tecnologias de vidro e alumí-nio da Reynaers, na criação de uma casa extraor-dinária e que será um prazer habitar em qualquer uma das quatro estações de Queenstown.

CASA DO LAGO WAKATIPU QUEENSTOWNArquiteto: Koia Architects, Queenstown & AucklandContratante Principal: Justbuilditnz, QueenstownFabricante: Unique Window Technique, WhangareiSistemas Reynaers: CS 77, CP 96, CP 155, CF 77

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Amplas portas de correr tra-zem o exterior para o interior

1 2

PROJETO

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CRIATIVIDADE BEM DECRETADA

ZARAGOZA, ESPANHA

Texto: Sander LaudyFotos: Wenzel

ETOPIA, CENTRO DE ARTE E TECNOLOGIA

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Etopia, Centro de Arte e Tecnologia, em Zaragoza, Espanha, é um centro aco-lhedor e luminoso e ao mesmo tempo

sólido e moderno. É um espaço aberto onde os artistas, engenheiros e o público em geral se podem reunir. O gabinete de arquitetura MCBAD / Colomer Dumont concebeu um edi-fício com uma característica expressiva, fru-to de uma conjugação entre pesquisa, arte, economia, comunicação, cultura e tecnologia.

Até mesmo a localização do prédio é ex-celente. Etopia faz parte do La Milla Digital (a Milha Digital), uma aglomeração de empreen-dimentos e atividades no campo da tecnologia de média digital que liga o centro da cidade de Zaragoza com os antigos terrenos de exposi-ção internacional. No centro desta configura-ção encontra-se a estação ferroviária de alta velocidade de Delicias. Etopia situa-se em frente da estação estando ambos interligados através de uma ponte pedonal elegantemente suspen-sa. Desta forma Etopia está enraizada no seu ambiente e ao mesmo tempo ligado com o resto do mundo.

A composição do edifício reflete a necessi-dade de racionalidade que tem vindo a crescer de uma forma notável em Espanha ao longo dos últimos anos. A crise financeira e a falên-cia de uma série de projetos extravagantes incentivaram uma ponderação mais racional sobre a forma de arquitetura. Os arquitetos de MCBAD sempre demonstraram uma preferên-cia para linhas claras e regulares na criação de volumes; neste caso o resultado também reflete inequivocamente o espírito dos tempos atuais em Espanha.

O tom reservado desta execução garante a visibilidade do complexo, mesmo quando visto à distância. Três blocos de proporções comparáveis interligados através de uma base comum de dois andares, com aberturas em vá-rios pontos e agrupados dentro de um parque circundante.

ESPAÇO PARA REUNIRCom três áreas amplas de dois andares

construídas dentro de um espaço de 16.000 metros quadrados, é evidente que este edifício é um espaço para encontros. É uma área aberta 40

41

ao alcance de todos. Desde empresários, artistas, até aos engenheiros, onde se podem realizar seminários, grupos de refle-xão, formação, desenvolver e compartilhar ideias. Serve também como uma platafor-ma para empresas incubadoras e empre-endedores iniciantes. Para este fim foram criadas uma série de salas para apoiar e acomodar novas empresas, localizadas em todo o hall de entrada e no auditório, onde as características mudam gradualmente de acesso público a mais privado. Esta combinação de flexibilidade e informalida-de é destinada a estimular a produtividade cruzada entre os empresários e a aumen-tar a facilidade de contacto com possíveis clientes. Desta forma, espera-se que o clima social tenha um efeito positivo sobre o clima económico.

Existem contrastes subtis entre as várias fachadas. Dois dos blocos são com-postos por painéis de vidro e fachadas em alumínio dispostos num padrão alternado, enquanto que o terceiro bloco está vestido por uma cortina de vidro fosco. Os elemen-

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Contraste subtil entre as várias fachadas

Etopia é um espaço aberto onde artis-tas, engenheiros e o público em geral se podem reunir7

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6

Elemento envidraçado CW 50-SC corre de chão a chão

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Uma ponte pedonal inter-liga a Etopia à estação oposta

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tos de fachada estão unidos uns aos outros e indicam claramente as dimensões dos vários andares em qualquer um dos três volumes vistos de fora. Esta delineação modular é res-ponsável pela perceção industrio-tecnológica do complexo. Uma expressão de execução racional e rápida que, devido às delimitações das superfícies em vidro, torna onerosa a utilização de soluções padronizadas.

Este projeto apresenta a solução da Reynaers CW 65 para fachadas de vidro com colagem estrutural, com a exigência de maior profundidade, a fim de manter a mesma largura estreita de 65 milímetros. A constru-ção também implicou uma maior ancoragem dos painéis de vidro corridos de chão a chão. Porém, embora chamativas, as elegantes fachadas com as suas subtis superfícies de vidro criam uma sensação de leveza tal que até as fachadas mais sólidas se aligeiram, dissimulando as cargas sobre elas aplicadas.

ACESSIBILIDADE E LUZO ar de acessibilidade atinge o seu auge

no piso térreo, com as suas aberturas múlti-plas. Esta sensação de abertura é essencial para a imagem corporativa da Etopia, uma vez que esta mantém uma função pública importante como incubadora de criatividade. Daí a base de dois andares consistir princi-palmente em superfícies envidraçadas que contêm elementos refletores a um grau maior ou menor. Foi atribuída igual importância aos andares superiores para que os caixilhos das janelas tivessem uma aparência tão delicada quanto possível. Os perfis CS 68-HV da Rey-naers foram aplicados para satisfazer este

requisito, com as partes móveis do caixilho posicionadas de uma forma oculta por detrás do aro fixo, quando visto do lado exterior.

Esta não foi a primeira vez que um terre-no de uma exposição antiga foi apresentado com um aspecto deprimente. O município de Zaragoza incitou a necessidade de que a Etopia fizesse deste local um centro fervilhan-te de atividade. É evidente que o projeto se tornou o foco da população local, bem como para quem se desloca de comboio de alta velocidade até Zaragoza. A combinação de economia e arte, investigação e abertura bem como indústria e criatividade poderá parecer contraditórias à primeira vista, mas é preci-samente este contraste que dá ao projecto a sua força. A expressão arquitetónica do edifício abre certamente essa possibilidade.

CENTRO ETOPIA DE ARTE E TECNOLOGIAArquiteto: MCBAD / Colomer Dumont, Paris-ValenciaEngenheiro estrutural: NB 35Engenheiro de fachada: FerresEmpreiteiro principal: UTE Sacyr SAU-Marcor Ebro, SA, ZaragozaInvestidor: Ayuntamiento de ZaragozaFabricante: Eurosca, HuescaSistemas Reynaers: Solução à medida baseada em CW 65-EF, CW 50-SC, CS 77, CS 68-HV

800 mm 800 mm 800 mm 800 mm

3560 mm

3960 mm

1 2

400 mm

1600 mm 1600 mm

65mm

236.8mm

237.3mm

7mm

195.5mm

9mm28mm 28mm

16mm

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237.3mm

195.5mm

237.3mm

169.3mm

16mm 101 mm

65 mm

68mm

117 mm

SS

G

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3

CW 65-EF-SG Solução de fachada à medida

Secção 1: CW 65-EF/SG – secção de aro horizontal

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Secção 2: CW 65- EF/SG – secção de travessa horizontal com CS 68-HV

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Sistemas: Soluções à medida baseadas nas fachadas unificadas CW 65-EF/SG CW 50-SC Janela de abrir CS 68 com folha oculta CW 65-EF Portas de entrada CS 77

Descrição de projeto: Desenvolvimento de perfis mais profundos para obter os valores lx necessários para elementos de grandes vãos Perfis CW65-EF com uma profundidade de 195,5 mm

Elementos: 500 elementos na totalidade Aros pré-fabricados altura do pé direito

3960 mm 4500 mm

Instalados sem travessa para obter uma vista desobstruída Revestimento com painéis de vidro ou folhas de alumínio Ancoragem especial desenvolvida para painéis de vidro com suporte de gancho em frente da laje 90 elementos de abertura em CS 68-HV

Vidro: Vidro com colagem estrutural Vidro ligado diretamente ao aro principal (sem cassettes)

SOLUÇÕES DE PROJETO

1. Aro fixo 2. Travessa vertical3. Junta de união4. Perfil de ligação5. Vedação / silicone6. Vedante

7. Isolamento8. Placa Gipsum (pladur)9. Painel de alumÌnio10. Aro fixo CS 6811. Folha CS 68

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5

11 10

5

6 6

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9

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As janelas CS 68 com folha oculta estão integra-das na fachada para uma apa-rência faceada2

A CONSTRUÇÃO TAMBÉM IMPLICOU UMA MAIOR ANCORAGEM DOS PAINÉIS DE VIDRO CORRIDOS DE CHÃO A CHÃO

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PROJETO

UMA TORRE COM UM SÓLIDODINAMISMO

ANKARA, TURQUIA

Texto: Omer KapinakFotos:Selçuk Çınar

A TORRE DE PARAGON

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Um prisma simples e retangular que emerge da sua base

1

48

49

ATorre de Paragon está escul-pida num prisma simples e retangular emergindo da sua

própria base. O edifício de escritórios foi concebido pelo arquiteto Gokhan Aksoyn e localiza-se em Çukurambar, distrito de Ankara. Inclui 27 pisos de espaços com escritórios e cinco pisos de instalações sociais e comerciais bem como áreas de serviço, estacionamen-tos e jardins.

O terreno retangular está situado ao lado de uma estrada principal num dos distritos recentemente desenvolvidos em Ankara, no qual muitos edifícios seme-lhantes começaram a aparecer há cerca de uma década atrás. A torre de escritó-rios é um simples prisma retangular com dois andares entrelaçados em L rodeando um veio e escadaria central.

O espaço do piso vai reduzindo con-forme a estrutura vai subindo, criando um efeito diagonal dinâmico sobre o volume da torre na sua íntegra.

Os 27 pisos de escritórios oferecem aproximadamente 12.000 metros qua-drados numa estrutura de 32 pisos com um total de 44.600 metros quadrados de área de construção, incluindo instalações sociais e comerciais, bem como áreas de serviço e serviços de estacionamento. Existem quatro jardins semi-abertos no sétimo e no décimo sétimo andar, para convivência dos empregados de escritório com cafés e restaurantes à disposição. O último andar abriga um restaurante com uma vista aberta sobre a cidade.

O edifício tem duas entradas, situadas em dois pisos de rés-do-chão diferentes devido à inclinação do terreno. A entrada do nível inferior serve de entrada para a torre e a entrada do andar superior dá acesso ao pátio na base do terraço. À en-trada da torre, o bloco de edifícios situa-se

Conforme a estru-tura vai subindo o espaço do piso vai reduzindo, criando um efeito diagonal

2

5050

À ENTRADA DA TORRE, O BLOCO DE EDIFÍCIOS SITUA-SE AFASTADO DA ESTRADA, CRIANDO UM ESPAÇO PÚBLICO REALÇADO PELA COBERTURA

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Nesta densa localização urbana a área do rés-do-chão é maximizada com criativi-dade

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Não obstante o facto da Torre de Paragon ser um dos exemplos recentes de torres nas quais prismas modificados emergem sobre uma base, trata-se de um edifício sólido que foi criado dentro de zonas de princípios res-tritos, como requisitos específicos do cliente, exibindo a criatividade do arquiteto.

A TORRE DE PARAGON Arquiteto: Gökhan Aksoy Mîmarlik, AnkaraEmpreiteiro: Ufuk Mesken Inșaat, Ankara Investidor: Bayraktar Inșaat, AnkaraFabricante: Panel Cephe, AnkaraSistemas Reynaers: CW 50, CW 50-SC

3

Os visitantes são recebidos na área ampla e luminosa da receção

afastado da estrada, criando um espaço público realçado pela cobertura. De forma a dar ao público uma receção agradável, a área superior do pátio foi aumentada por um jardim paisagístico e esculturas urbanas.

PÁTIO CONVIDATIVOO pátio superior cria uma ligação entre a

torre e a base. Este efeito torna-se mais inte-ressante devido à cobertura que liga o edifício com os edifícios independentes que rodeiam o pátio. Este pátio foi concebido com espa-ços semi-públicos que convidam o público a interagir com o edifício e a usar os espaços abertos do rés-do-chão.

A Torre de Paragon apresenta imensas similaridades com as suas “irmãs” na zona en-volvente. À semelhança do que acontece em muitas outras localizações urbanas densas, os arquitetos tiveram de maximizar o rés-do--chão da forma mais simples, demonstrando a sua criatividade apenas através da articu-lação da fachada, uma vez que os volumes eram em parte definidos pelas leis de zonas restritas. De qualquer forma, o arquiteto foi bem sucedido, criando uma forma dinâmica e assimétrica através da simples modificação do espaço do andar em cada um dos pisos. Este dinamismo foi conseguido sem sacrificar o modelo central de base. A fachada revestida em alumínio anodizado bem como os siste-mas da Reynaers CW 50-SC e CW 50 contri-buem para o dinamismo da torre.

COBERTURA FLUTUANTEO sucesso do edifício deve muito às áreas

públicas criadas no rés-do-chão e articuladas com excelentes caraterísticas arquiteturais. As duas unidades independentes, situadas na orla do terreno retangular, foram concebidas para serem utilizadas como lojas amplas e estão unidas de uma forma exímia com a base da torre através de uma cobertura elegante e flutuante. O pátio interior, formado por estas unidades independentes e a cobertura, estão bem integrados com a base da torre direcio-nada para a criação de um espaço público eficaz em Ankara.

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6

A Torre de Paragon ilumina-se num marco deslumbrante

INOVAÇÕES

O sistema de cortina CW 50 caracteriza-se pelo seu alto nível de resistência ao vento e estanqui-dade à água bem como pela sua permeabilidade máxima à luz. A Reynaers responde a esta ten-dência proporcionando a possibilidade de apoiar grandes superfícies de vidro e permitindo a entra-da máxima de luz. Com esta melhoria técnica, o sistema CW 50 foi otimizado para o uso de vidro triplo, o que também aumenta consideravelmente a sua capacidade de isolamento. Esta melhoria foi conseguida através da adição mínima de mate-riais aos perfis. Esta modificação aparentemente menor assegura uma maior ancoragem de folhas de vidro mais pesadas nos perfis.

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OTIMIZADO PARA O USO DE VIDRO TRIPLO, O QUE TAMBÉM AUMENTA BASTANTE A CAPACIDADE DE ISOLAMENTO

Com este melhoramento, um vidro padrão pode ser suportado até um peso de 200 kg em relação aos anteriores 120 kg. O chamado suporte de vidro “tubular” também conheceu melhorias. Pode agora suportar vidro com um peso de 310 kg em vez dos anteriores 150 kg. Por fim, temos o suporte de vidro em T que atinge agora o peso de 450 kg em relação aos anteriores 350 kg. Esta reformulação técnica do conceito significa que já não é necessário efetuar a troca para supor-tes de vidro mais caros para pesos superiores a 120 kg. Isto torna o novo sistema da CW 50 mais firme e seguro a um preço muito competitivo.

CW 50 PARA VIDRO MAIS COMPACTO E PESADO

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CW 50 com suportes de vidro tubular

A primeira série de puxadores Purity para portas padrão, portas deslizantes e janelas, foi lançada na primavera de 2013. Os puxadores – combinando um desenho bonito e funcional – combinam também a qualidade de materiais inovadores, produção, montagem e opções modulares, sendo elabora-dos a partir do novo material Pura™ para o qual a Reynaers recebeu o uso exclusivo em matéria de puxadores. Este material inovador oferece inúme-ras vantagens: é anti-corrosivo, hipoalergénico e 100% reciclável.

O grande interesse manifestado pelo mercado pelos puxadores exclusivos Purity levou a Reynaers a procurar expandir as suas aplicações. As novas soluções vão aparecer no mercado no início de 2014.

Fechaduras para janelasA Reynaers expandiu o leque PuRity com o desen-volvimento de fechaduras para janelas. Não somen-te dotadas de um desenho atraente, as fechaduras oferecem também um sistema importante de segurança. As fechaduras com a função anti-roubo podem ser utilizadas quando o puxador está em qualquer posição.

Fechadura para janelas com abertura para o exteriorA Reynaers também oferece uma resposta a necessida-des específicas com a variante da PuRity “Cockspur”.

A Cockspur é um sistema de fechadura de segurança para janelas com abertura para o exterior. Os puxa-dores contêm uma espécie de manivela com a qual a janela pode ser fechada sem fazer uso de uma fecha-dura, mas sim de um “pin de segurança”. A Cockspur dá a melhor solução em termos de puxadores topo de gama para janelas de abertura para o exterior nos mercados do Reino Unido e da Ásia.

Fechaduras para portasA gama de puxadores para portas foi expandida com um puxador “offset” concebido com um aspecto

específico devido a um ângulo no seu desenho. O desenho minimalista deste puxador confere-lhe um alto nível de conforto: é praticamente impossível entalar a roupa ou as mãos, proporcionando ao mes-mo tempo uma forma simplificada de abrir e fechar portas. O puxador “offset” também oferece uma boa solução em termos de segurança. Particularmente no que diz respeito a edifícios públicos tais como hospitais ou hotéis onde a segurança é primordial, esta variante da PuRity é um progresso muito bem vindo. Os puxadores “offset” podem também ser utilizados em portas de saída de emergência.

Os puxadores PuRity encontram-se disponíveis em três cores standard atractivas: Or, Obsidian, Polaris, Eclipse, e Belgian Chocolate.

*Em colaboração com Entech srl

3

Puxador Purity em Sapphire Black (para janela com fecho de rampa)

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Puxador Purity em Lithium (em forma de concha)

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Puxador Purity em Sapphire Black (para janela com fechadura)

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Puxador Purity em Moonlight White (para porta em offset)

PUXADORES E FECHADURAS “PURITY”

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As tendências atuais incluem o uso de aplicações de grandes painéis de vidro, assegurando a entra-da de luz abundante, uma sensação de abertura e vistas panorâmicas. A Reynaers concebeu a Hi-Finity tendo este conceito em conta. Trata-se de uma elegante porta de correr, com um aspeto moderno, que vai desde o chão até ao teto e que atravessa a fachada em todo o seu comprimento. Os perfis são minimamente visíveis graças às linhas elegantes e às suas formas minimalistas, suportando uma altura máxima de 3,5 metros e conetando perfeitamente o mundo interior com o exterior. A Reynaers oferece agora uma opção adicional: a solução de canto Hi-Finity, criando uma sensação ainda maior de abertura e trans-parência.

Vidro triploEm adição às séries de vidro duplo, encontra--se também disponível uma variante com vidro triplo. Para integrar o vidro triplo, a profundidade geral do sistema foi aumentada para 179 mm em comparação com os 147 mm do sistema de vidros duplos. Estes painéis de vidro servem perfeita-mente as casas de baixo consumo energético com os seus valores Ud de menos de 1.0W/m2K. Con-

sequentemente, o sistema Hi-Finity foi premiado com a etiqueta de qualidade e poupança energéti-ca da Minergie. A comprovada impermeabilidade ao ar – classe 4 – também reforça as propriedades isolantes deste sistema e torna-o, por consequên-cia, muito aconselhável para casas localizadas em áreas costeiras e outras áreas abertas.

Grandes painéis de vidroO sistema foi concebido para suportar facilmente portas de correr com um peso até 500 kg. Estes grandes painéis de vidro triplo podem ser abertos com a mão, através de um movimento suave, gra-ças à sua base especialmente desenvolvida com rodas, movendo-se sobre doze rolamentos de alta qualidade. Os painéis de vidro abrem ainda mais confortavelmente através da ativação de um motor elétrico escondido e ativado premindo um botão. Graças ao vidro laminado em combinação com um sistema de fechadura oculto, o sistema Hi-Finity oferece fortes propriedades anti-roubo, de acordo com os padrões RC2. O sistema Hi--Finity é a solução ideal para grandes elementos transparentes em casas de energia eficiente.

HI-FINITY: LIBERDADE ARQUITETÓNICA PARA CASAS EFICIENTES

INOVAÇÕES

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3

CS 86-HI janela de abertura para o exterior

A CS 86-HL PARA JANELAS COM ABERTURA PARA O EXTERIOR

De acordo com as tendências atuais, a CS 86-Hl assegura um perfeito isolamento e um excelente nível de impermeabilidade ao ar. Este siste-ma robusto permite suportar folhas de vidro de grandes dimensões e caracteriza-se por um aspeto atrativo.

A Reynaers está a expandir o seu leque ainda mais além: a CS 86-Hl é agora adaptada a janelas com abertura para o exterior.A fim de garantir um bom isolamento e uma boa impermeabilidade ao ar, a janela com abertura para o exterior tem como particularidade o seu vedante central. Para satisfazer os requisitos do uso de vidro de grandes dimensões, esta janela pode suportar uma altura máxima de 2400 mm e uma largura máxima de 1600 mm, com um peso até 170 kg.

Solução de canto Hi-finity com vidro triplo

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MOSCOVO, RUSSIA

Este notável complexo de escritórios na margem do rio Moskva está localizado no mesmo distrito histórico que o Kremlin e o State Tretyakov Gallery. Os quatro edifícios de diferentes formas e alturas estão alinhados ao longo de uma estrada ligeiramente curvada e caracterizam-se pelas suas fachadas modernas com grades, janelas panorâmicas e – o não habitual em Moscovo – terraços. O complexo inclui lojas, um restaurante e edifícios de alta tecnologia com grandes quantidades de aço e vidro.

BRUZ, FRANÇA

Um jogo de força ecológico e técnico. A fachada dupla é típica da universidade moderna: uma pele de pedra e aço galvanizado com uma camada de vidro adicional. Esta notável fachada dupla é simultaneamente isolante e refletora do sol. O edifício recebeu a distinção de ‘BBC’ (Edifício de Baixo Consumo)

UNIVERSIDADE: ECOLE NORMALE SUPÉRIEURE DE CACHANArquiteto: Yves-Marie Maurer, Catherine Proux, RennesEmpreiteiro principal: Academia de RennesFabricante : CMA, Saint BrieucSistemas Reynaers : CW 50-FV, TS 57

CENTRO DE NEGÓCIOS AQUAMARINE Arquiteto: Speech, MoscovoInvestidor: PSP Farman, MoscovoFabricante: Narat-StekloStov, SaratovSistemas Reynaers: CS 77, CW 50

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É uma sensação que se assemelha à de se refrescar num luxuoso iate. A porta Concept Folding 77 enquadrada nesta casa de férias e casa iate oferece uma vista desobstruída para o Mar Negro. Do terraço, a 1000 metros de altitude, deslumbramo-nos sobre uma vista panorâmica espetacular da água e rochedos.Esta casa conquistou o prémio European Property Awards 2013-2014 na categoria de “melhor arquitetura”.

FOROS,CRIMEA, UCRÂNIA

CASA IATEArquiteto: Robin Monotti Arquitectos, LondresFabricante: Niks- M, DnipropetrovskSistemas Reynaers: CS 77, CF 77

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VENLO, HOLANDA

O antigo complexo fabril da companhia de alta tecnologia Nedinsco foi restaurado e transformado em apartamentos simplificados, escritórios e um estúdio de televisão. O uso de betão, aço e vidro coloca este edifício património nacional holandês dentro do movimento “Nova Objectividade”. Os elementos característicos de aço nos caixilhos das janelas foram remodelados com alumínio para a nova encarnação do edifício.

NEDINSCO Arquiteto: diederendirrix Architecten b.v., EindhovenInvestidor: Woonwenz, VenloFabricante: Aluminiumbouw d’n Boeij, SchaijkSistemas Reynaers: CF 77, CS 38-SL

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VARSÓVIA, POLÓNIA

Este edifício com certificação BREEAM “amigo do ambiente”, é maioritariamente construído de vidro e foi premiado com o título de “Excelente”.

PARQUE DE ESCRITÓRIOS T-MÓVELArquiteto: Jaspers-Eyers Arquitectos, LeuvenEmpreiteiro principal/investidor: Ghelamco Poland, WarsawFabricante: Mega Aluminium Sp. Z o o., WołominSistemas Reynaers: CW 50-HI, CW 50, CS 86-HI

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A disposição dos diferentes edifícios, com uma porta de correr, confere a esta casa uma aparência luminosa e transparente.

MARRAQUEXE, MARROCOS

VILA PRIVADAArquiteto: Hervé Marcel, MarrakechFabricante: Alphalu, MarrakechSistemas Reynaers: CS 59Pa, CP 45Pa

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O edifício robusto da embaixada é caracterizado por duas torres de vidro em coluna. Foram desenvolvidas várias soluções à medida para garantir padrões de segurança estritos. Na fachada, janelas de abrir paralelas garantem a entrada de ar fresco, mantendo um alto nível de segurança.

TUNIS,TUNÍSIA

EMBAIXADA ALEMÃ:Arquiteto: Slim Jbir, TunisFabricante: Mas, SfaxSistemas Reynaers: CW 50, CS 77, CW 86-EF

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SHANGAI, CHINA

Este hotel, um complexo de férias chique e dinâmico, envolve um jardim interior elíptico. A fachada vistosa capta o olhar usando vinte mil azulejos de terracota.

TWELVE AT HENGSHAN HOTELArquiteto: Mario Botta Architetto, MendrisioInvestidores: Shanghai Land Group and Shanghai Shentong Metro GroupFabricante: Wan Heng Glass & Aluminium, ShanghaiSistema Reynaers: CP 155-LS

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HOLSBEEK, BÉLGICA

Esta casa é um oásis de paz e privacidade. A característica desta residência é o sentimento de se estar num recinto, sentimento que é criado pelo pátio cercado e parcialmente submerso. Simultaneamente recebe uma quantidade máxima de luz, graças às claraboias e às vastas entradas de luz por paredes opostas, oferecendo ainda uma vista desobstruída para as colinas e floresta.

RESIDÊNCIAArquiteto: DMOA, Heverlee Fabricante: Janssens-Peeters, RillaarSistemas Reynaers: CS 77, CP 155-LS

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PRAGA, REPUBLICA CHECA

Renovado de acordo com a arquitetura original, este edifício de escritórios tem um aspeto moderno. Particularmente surpreendentes são as suas fachadas em tijoleira.

COMPLEXO DE ESCRITÓRIOS SUDOPArquiteto: Tomáš Pechman, PragueEmpreiteiro principal: Nevšímal a.s., NymburkInvestidor: Sudop Group, PragueFabricante: Nevšímal a.s., NymburkSistemas Reynaers: CW 50, CS 86-HI

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SAXON COURT & ROSEBERRY

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LONDRES, REINO UNIDO

Estes engenhosos edifícios abrangem tanto habitações do setor privado como habitações sociais. Os andares inferiores transparentes estão situados junto de um pátio comum e contêm residências para os idosos bem como outros serviços, tais como cabeleireiro, restaurante, spa e terraço.

APARTAMENTOS KING’S CROSS R4 – RUBICON COURTArquiteto: PRP Architects, LondonEmpreiteiro principal: Carillion Plc, WolverhamptonInvestidor: One Housing Group, BerkshireFabricante: Red Architectural, CheshireSistemas Reynaers: ES 50

APARTAMENTOS KING'S CROSS R5 - SAXON COURT & ROSEBERRYArquiteto: Maccreanor Lavington Architects, LondonEmpreiteiro principal: Carillion Plc, WolverhamptonInvestidor: One Housing Group, BerkshireFabricante: Red Architectural, CheshireSistemas Reynaers: ES 50, CS 38-SL

REPORT

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#14

Prim

avera 20

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FOcOArquitetura para pessoas

A TORRE DE PARAGONUma torre com um sólido dinamismo

PERTh ARENAUm puzzle gigante em 3D

Revista de Arquitetura da Reynaers Aluminium

#14

TOGEThER FOR BETTER

REYNAERS ALUMINIUM N.V.Oude Liersebaan 266 · B-2570 Duffelt +32 (0)15 30 85 00 · f +32 (0)15 30 86 00www.reynaers.com · [email protected]

REYNAERS ALUMINIUM SAParque Industrial Manuel da Mota · Lote 6 · Apartado 234 · 3100-905 Pombal PTt +35 1 236 209 630 · f +35 1 236 219 435www.reynaers.pt · [email protected]