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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro de 2009 Publicação: terça-feira, 13 de outubro de 2009 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Gilmar Mendes Presidente Ministro Cezar Peluso Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2009 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Nonagésima Sexta Distribuição realizada em 6 de outubro de 2009. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 2.460-9 (1) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : AC - 124473 - STF RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA REQTE.(S) : OSMAN RIBEIRO DA SILVA REQTE.(S) : SEBASTIANA MAIA MONTEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS REQDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A ADV.(A/S) : CLÁUDIO COSTA NETO E OUTRO (A/S) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.313-7 (2) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : ADI - 124748 - STF RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA REQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DESEMBARGADORES - ANDES ADV.(A/S) : PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE REQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA AÇÃO PENAL 465-1 (3) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : PROC - 200034000270590 - JFED RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA REVISOR : MIN. CELSO DE MELLO AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL REU(É)(S) : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLO ADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVA E OUTRO (A/S) REDISTRIBUÍDO AÇÃO PENAL 520-5 (4) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : AP - 200634000362962 - JFED RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO REVISOR : MIN. MARCO AURÉLIO AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA REU(É)(S) : CARLOS GOMES BEZERRA ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO (A/S) REU(É)(S) : JÚNIO CÉSAR FERREIRA ADV.(A/S) : MARCOS VINICIUS WITCZAK E OUTRO (A/S) REU(É)(S) : JOSÉ JAIRO FERREIRA CABRAL REU(É)(S) : JOSÉ ROBERTO BORGES DA ROCHA LEÃO ADV.(A/S) : MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO E OUTRO (A/S) REU(É)(S) :SÉRGIO PAULO VEIGA TORRES REU(É)(S) : JOSÉ CARLOS FERREIRA DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.950-3 (5) PROCED. : RIO GRANDE DO SUL ORIGEM : RESP - 1049417 - STJ RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : CONSERVAS ODERICH S/A E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO (A/S) INTDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.028-2 (6) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : AC - 20020110670630 - TJE RELATOR :MIN. CEZAR PELUSO AGTE.(S) : RISOMAR DE SOUSA SILVA E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : REJANE LÚCIA ALVES DE ANDRADE E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.029-0 (7) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : PROC - 145095119817 - TRCJE RELATOR :MIN. CEZAR PELUSO AGTE.(S) : DENISE COSTA ADV.(A/S) :NEUSA MIRANDA ALVIM COSTA AGDO.(A/S) : MAURO MAULER ADV.(A/S) : RENATO PASSOS SILVA E OUTRO (A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.030-1 (8) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : PROC - 24092938851 - TRCJE RELATORA :MIN. ELLEN GRACIE AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :NAIR EULÁLIA FERREIRA DA COSTA E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : IVAN MERCÊDO DE ANDRADE MOREIRA E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : BENITO BARBIERI ADV.(A/S) : ANA LOURDES ROCHA PORTO E OUTRO (A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.032-5 (9) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : PROC - 10040050322656001 - TJE RELATORA :MIN. ELLEN GRACIE AGTE.(S) : TIM NORDESTE S/A ADV.(A/S) : CARLOS SUPLICY DE FIGUEIREDO FORBES ADV.(A/S) : CRISTIANO CARLOS KOZAN AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : TNL PCS S/A ADV.(A/S) : HUMBERTO THEODORO JÚNIOR E OUTRO (A/S) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro de 2009 Publicação: terça-feira, 13 de outubro de 2009

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Gilmar MendesPresidente

Ministro Cezar PelusoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2009

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Nonagésima Sexta Distribuição realizada em 6 de outubro de 2009.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 2.460-9 (1)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 124473 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : OSMAN RIBEIRO DA SILVAREQTE.(S) : SEBASTIANA MAIA MONTEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISREQDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : CLÁUDIO COSTA NETO E OUTRO (A/S)

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.313-7 (2)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : ADI - 124748 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DESEMBARGADORES -

ANDESADV.(A/S) : PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADEREQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

AÇÃO PENAL 465-1 (3)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : PROC - 200034000270590 - JFEDRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREVISOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALREU(É)(S) : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLOADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVA E OUTRO (A/S)

REDISTRIBUÍDO

AÇÃO PENAL 520-5 (4)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AP - 200634000362962 - JFEDRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREVISOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREU(É)(S) : CARLOS GOMES BEZERRAADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO (A/S)REU(É)(S) : JÚNIO CÉSAR FERREIRAADV.(A/S) : MARCOS VINICIUS WITCZAK E OUTRO (A/S)REU(É)(S) : JOSÉ JAIRO FERREIRA CABRALREU(É)(S) : JOSÉ ROBERTO BORGES DA ROCHA LEÃOADV.(A/S) : MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO E OUTRO

(A/S)REU(É)(S) : SÉRGIO PAULO VEIGA TORRESREU(É)(S) : JOSÉ CARLOS FERREIRA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.950-3 (5)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : RESP - 1049417 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CONSERVAS ODERICH S/A E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO (A/S)INTDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.028-2 (6)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20020110670630 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : RISOMAR DE SOUSA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : REJANE LÚCIA ALVES DE ANDRADE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.029-0 (7)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 145095119817 - TRCJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : DENISE COSTAADV.(A/S) : NEUSA MIRANDA ALVIM COSTAAGDO.(A/S) : MAURO MAULERADV.(A/S) : RENATO PASSOS SILVA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.030-1 (8)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 24092938851 - TRCJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : NAIR EULÁLIA FERREIRA DA COSTA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : IVAN MERCÊDO DE ANDRADE MOREIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : BENITO BARBIERIADV.(A/S) : ANA LOURDES ROCHA PORTO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.032-5 (9)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 10040050322656001 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TIM NORDESTE S/AADV.(A/S) : CARLOS SUPLICY DE FIGUEIREDO FORBESADV.(A/S) : CRISTIANO CARLOS KOZANAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : TNL PCS S/AADV.(A/S) : HUMBERTO THEODORO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 2

INTDO.(A/S) : TELEMIG CELULAR S/AADV.(A/S) : JOÃO CAPANEMA BARBOSA FILHO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.033-2 (10)PROCED. : PIAUÍORIGEM : MS - 10021582 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : ROSANA CARVALHO BONA SOARES E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS DOUGLAS DOS SANTOS ALVES E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.034-0 (11)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20030111005623 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCBADV.(A/S) : MÁRCIO MACHADO VIEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PAULO DE OLIVEIRA CHAVESADV.(A/S) : DANIELA MACHADO FERNANDES MOREIRAAGDO.(A/S) : JOSUÉ ANTÔNIO PINHEIROADV.(A/S) : JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.035-7 (12)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : CC - 92409 - STJRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : ELI PINTO DE MELO JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SAC - SOCIEDADE AUXILIAR DE CRÉDITO E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.036-4 (13)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AR - 20060020028124 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

DISTRITO FEDERAL - DER/DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERALAGDO.(A/S) : AGOSTINHO CALDAS DO VALE PARANÁ E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AGRIPINO RIBEIRO GRIGORIOADV.(A/S) : CÍNTIA DE SANTES BASTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AGRIMAR BATISTA DA SILVA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.037-1 (14)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200800134793 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ISELEI CARNEIRO CORRÊAADV.(A/S) : ANTÔNIO PAULO FAINÉ GOMES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RESENDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RESENDE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.038-9 (15)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000253091 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ELIANE MARTINS BASTOSADV.(A/S) : PAULO BRENLLA BLANCO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA S/AADV.(A/S) : ARIANE DREHER RODRIGUES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GALASSO E FONSECA CORRETORA DE SEGUROS

LTDAADV.(A/S) : DANIELA FONSECA SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.039-6 (16)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024073863383001 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ISAIAS CELESTINO PEREIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ÁUREO DE ABREUAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.040-7 (17)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20047000277242 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TEREZA CRISTINA DA SILVA PAULAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : GIBRAN MOYSÉS FILHO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.046-1 (18)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024077965622001 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOÃO ISRAEL RIBEIROADV.(A/S) : PEDRO PAULO MOREIRA RODRIGUES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA - IMAADV.(A/S) : MÔNICA MENDES FERREIRA DE MELO COSTA E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.047-8 (19)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 145095120963 - TRCJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : RAFAEL SOARES MAGALHÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SIMONE RIBEIRO DE OLIVEIRA ROQUE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.048-5 (20)PROCED. : PARANÁORIGEM : PROC - 2009000173600 - TRCJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : LÚCIA AURORA FURTADO BRONHOLO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO RAIMUNDO DE SOUZAADV.(A/S) : WILLIAN FRANCIS DE OLIVEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.049-2 (21)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 24081430746 - TRCJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AMERICAN AIRLINES INCADV.(A/S) : CAROLINA MÔNICA CABRAL RESENDE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : NILTON DE OLIVEIRA BITENCOURTAGDO.(A/S) : ROSA MARIA CARDOSO BITENCOURTADV.(A/S) : FLÁVIO FANTONI SOARES E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.050-3 (22)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 11768022 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CARLOS ROBERTO COELHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO SANTANA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.052-8 (23)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024074415316001 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MEIRE MEDEIROS SILVAADV.(A/S) : CARLA ROSSI CRUZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.053-5 (24)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : PROC - 1631008 - TRCJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : UDNO ZANDONADE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GRAZIELA SOUZA OLIVEIRAADV.(A/S) : HILTON DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.054-2 (25)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 24081427825 - TRCJE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 3

RELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : UNIMED BH COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

LTDAADV.(A/S) : HEITOR CESAR MACHADO FRANCO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : TEREZINHA VIRGEM TEODORO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.055-0 (26)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024075443655002 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : EVERTON JUNIO DIASADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.056-7 (27)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 20084013074 - TRCJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA

CATARINA - UNISULADV.(A/S) : WALTER DANTAS BAÍAAGDO.(A/S) : SOLON NICOLAU BENEDETADV.(A/S) : JADNA KARUETA BRATTI E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.057-4 (28)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 7253915800 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : MARLENE APARECIDA SOUZA MAGAGNINI E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO NICOLAU E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.058-1 (29)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10011040074756001 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO - SAAEADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CEOLIN JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO PEREIRA MARTINS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO MOREIRA POUBEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.059-9 (30)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000200803 - CRJECÍVELRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : ELYSA PAULA DE ARAUJOADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBOADV.(A/S) : MÁRCIO ALEXANDRE AGUIAR MADUREIRAADV.(A/S) : WILSON SILVA WAISE FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SANDRA DO VALE MONÇORESADV.(A/S) : SANDRA DO VALE MONÇORES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.061-7 (31)PROCED. : PARÁORIGEM : PROC - 20099007548 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ÓTICA DINIZ LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE RUFINO DE ALBUQUERQUEAGDO.(A/S) : MARIA LÍBIA GONÇALVES RODRIGUESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.062-4 (32)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10313072250464002 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGAAGDO.(A/S) : JOSÉ FERNANDES SALGADOADV.(A/S) : FABIANO MACHADO REIS MORETZSOHN MORAES E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.063-1 (33)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : EIAC - 10024030322887002 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGDO.(A/S) : ANTÔNIO COELHO MAIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JULIANA CAMPOS ROCHAADV.(A/S) : VINÍCIO KÁLID ANTÔNIO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.064-9 (34)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10105010293915001 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ARLETE COSTA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : LAURO DE TASSIS CABRAL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS GERALDO DE SOUZA BASTOSADV.(A/S) : EDSON BANDEIRA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.065-6 (35)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10079062744796001 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ANTÔNIO CLÁUDIO VILELAADV.(A/S) : LÍVIA PEREIRA SIMÕES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E DE

URGÊNCIA DE CONTAGEM - FAMUCADV.(A/S) : ANA CLAUDIA DE OLIVEIRA XAVIER E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.066-3 (36)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 7464945100 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AUTO POSTO MEMORIAL LTDAADV.(A/S) : WALTER AROCA SILVESTRE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE

SANEAMENTO AMBIENTALADV.(A/S) : RUI SANTINI E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.068-8 (37)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024081026668001 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : CLEONÍCIA MEDINA SANTOSADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.069-5 (38)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 2000000499501300 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : LUIZ YASHUSHI SUZUKIADV.(A/S) : EVANDRO FRANÇA MAGALHÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BUNGE FERTILIZANTES S/AADV.(A/S) : MAURÍCIO MIGUEL DA MOTA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.070-6 (39)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 518081563034 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : ACÁCIO FERNANDES ROBOREDOADV.(A/S) : ANA LAURA DE CASTRO SANTOSAGDO.(A/S) : EDINÉA BORGES DE CARVALHOADV.(A/S) : JULIANO POLICARPO BARRETO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : COMERCIAL GERMÂNICA LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE SCHMIDT ZALAF

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.071-3 (40)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 72250812 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PAULO CASSIANO RIBEIRO DA SILVA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE SANTANA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO NOSSA CAIXA S/A

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.073-8 (41)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70001394006 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : RODRIGO CIRNE LIMAAGDO.(A/S) : MARIA DOMINGAS ZANETTI DA SILVA E OUTRO

(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 4

ADV.(A/S) : DERLI JESUS CUNHA RODRIGUES E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.075-2 (42)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 97274 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARCELO DE PAULAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.076-0 (43)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 518081543820 - TRCJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SOARES MAGALHÃES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ARNALDO PENTEADO LAUDÍSIOAGDO.(A/S) : JAIR ANTÔNIO VIEIRA E SILVAADV.(A/S) : MARCELO HENRIQUE PASSOS E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.077-7 (44)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024056998529003 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISAGDO.(A/S) : OLÍMPIA MAGALHÃES DE SÃO JOSÉ TOLEDOADV.(A/S) : ANDRÉ CAMPOS DE FIGUEIREDO SILVA E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.078-4 (45)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8161925800 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : VRG LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : FERNANDO BRANDÃO WHITAKERADV.(A/S) : MARCELO FRÓES DEL FIORENTINO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.079-1 (46)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8637165000 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : HOT KILN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ESTUFAS -

EPPADV.(A/S) : MARCELO SAMPAIO DIAS BAPTISTAAGDO.(A/S) : COORDENADOR DE DOENÇAS DA SECRETARIA DA

SAÚDE - GVS CAPITAL (SÃO PAULO/SP)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.080-2 (47)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000208863 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JORGETE ANDRADE DE SOUZAADV.(A/S) : ARISLANA GONÇALVES ACCIOLY

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.081-0 (48)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 5262174000 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DAVID ANGELO DELFINOADV.(A/S) : DAVID ANGELO DELFINO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MANOEL DA COSTA BRAGA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : OSWALDO FERREIRA AYRES NETOINTDO.(A/S) : ANACONDA - ICÉM SERVIÇOS E PUBLICIDADE LTDA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.083-4 (49)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024069936326001 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DER/MGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : GERALDO ROSA DE AQUINO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HENRIQUE DE ABREU COSTA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.084-1 (50)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : PROC - 6772008 - CRJECÍVELRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : CÍNTIA APARECIDA DAL ROVERE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ANA MARIA LOPES MARTINS PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANA MARIA BIANCO SEBE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.085-9 (51)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70023781677 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : LUIS RENATO FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : TOM BRENNER E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GUERINO UEZAGDO.(A/S) : LINA DAL AGNOL UEZADV.(A/S) : NATALINO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)

HABEAS CORPUS 100.985-2 (52)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124345 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FERNANDO DO NASCIMENTO RUFINOIMPTE.(S) : IVANILDO GONÇALVES BEZERRACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 100.986-1 (53)PROCED. : PARANÁORIGEM : HC - 124299 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WAGNER PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.987-9 (54)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124325 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANTONIO CARLOS DE ALMEIDAIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS DE ALMEIDACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE ITAPES

HABEAS CORPUS 100.988-7 (55)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : HC - 124363 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOSÉ RENATO GRANADO FERREIRAIMPTE.(S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO

(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 148248 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.989-5 (56)PROCED. : SERGIPEORIGEM : HC - 124556 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : PABLO FIGUEIRÊDO DE VASCONCELOSIMPTE.(S) : EVÂNIO JOSÉ DE MOURA SANTOS E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.990-9 (57)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 124366 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : PRESOS QUE CUMPREM PENA NO PRESÍDIO

REGIONAL DE BAGÉ PELO COMETIMENTO DO DELITO PREVISTO NO ARTIGO 12 DA LEI 10.826/03

IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 110.656 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 5

HABEAS CORPUS 100.991-7 (58)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124538 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MÁRCIO ALVES DOS SANTOSIMPTE.(S) : MICHAEL PIFFERCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 125546 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.992-5 (59)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124352 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : WANDERLEY ALESSANDRE CARREIROIMPTE.(S) : WANDERLEY ALESSANDRE CARREIROCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE RIBEIRÃO PRETO

HABEAS CORPUS 100.993-3 (60)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124517 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ROBSON DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : MARCIO CANUTO VIEIRA JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.612 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.994-1 (61)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124474 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : ROBERT BOTÃO DE SIQUEIRAIMPTE.(S) : ULYSSES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.995-0 (62)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124475 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ALLENDE PINTO SOARESIMPTE.(S) : ULYSSES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.996-8 (63)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : HC - 124502 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : SÉRGIO AUGUSTO BARBOSA PINTOIMPTE.(S) : SÉRGIO AUGUSTO BARBOSA PINTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 138.749 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.997-6 (64)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : HC - 141015 - STJRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : DULCINÉIA ANTÔNIA DE PAULAIMPTE.(S) : DULCINÉIA ANTÔNIA DE PAULAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.998-4 (65)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124444 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : FERNANDO SANTOS GONÇALVESPACTE.(S) : MARCO ANTONIO CORTEZIMPTE.(S) : ULYSSES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 111.348 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.999-2 (66)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124304 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : GILSON JOSÉIMPTE.(S) : GILSON JOSÉ

HABEAS CORPUS 101.000-1 (67)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124268 - STF

RELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ROBSON FARIAS DINIZIMPTE.(S) : ROBSON FARIAS DINIZCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE TUPÃ

HABEAS CORPUS 101.001-0 (68)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 144592 - STJRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITOIMPTE.(S) : CÉSAR COSMO RIBEIROCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 990.09.185285-6 DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 101.002-8 (69)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124333 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : LUIZ FERNANDO PEREIRAIMPTE.(S) : LUIZ FERNANDO PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA

HABEAS CORPUS 101.003-6 (70)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 124297 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANTÔNIO VILMAR DE ALMEIDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 912087 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.004-4 (71)PROCED. : PIAUÍORIGEM : HC - 124767 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : DEMONTIER BENICIO DAS CHAGASIMPTE.(S) : MAURO GILBERTO DELMONDESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148.842 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.005-2 (72)PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : HC - 124896 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : PEDRO JUCELINO GOMES DA SILVAIMPTE.(S) : JOÃO OLYMPIO MENDONÇACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº

1.116.713 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.006-1 (73)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124339 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : CELSO GALLIIMPTE.(S) : CELSO GALLI

HABEAS CORPUS 101.007-9 (74)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : HC - 124875 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : AGOSTINHO ÂNGELO BUOGOIMPTE.(S) : CLÁUDIO JÚLIO FONTOURACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148.181 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.008-7 (75)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 125022 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : LEANDRO ARRAIS NEVESIMPTE.(S) : LEANDRO ARRAIS NEVESCOATOR(A/S)(ES) : JUÍZA DE DIREITO DA 18ª VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 101.009-5 (76)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124981 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 6

PACTE.(S) : VILSON ARMSTRONGIMPTE.(S) : VILSON ARMSTRONGCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE

JACUPIRANGA

HABEAS CORPUS 101.010-9 (77)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 125053 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANDERSON APARECIDO BORGESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.001 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.011-7 (78)PROCED. : PARANÁORIGEM : HC - 125015 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JULIO CESAR GONÇALVES DA COSTAIMPTE.(S) : JULIO CESAR GONÇALVES DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE COLOMBO

HABEAS CORPUS 101.012-5 (79)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 124980 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : OSMAR CAPUCIPACTE.(S) : JOÃO VICENTE DO NASCIMENTO FILHOIMPTE.(S) : LAMARTINE MACIEL DE GODOY E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.013-3 (80)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 125145 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ROBERTO MOURA DE ALMEIDAIMPTE.(S) : MARIO ANDRÉ DA SILVA PORTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.961-4 (81)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 124519 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : JORGE LUIZ PIMENTA MELLOADV.(A/S) : VERA LÚCIA MARQUES CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.962-2 (82)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 124449 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : SERGIO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : VERA LÚCIA MARQUES CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.963-1 (83)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 124499 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : LENIMAR ALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : VERA LÚCIA MARQUES CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.964-9 (84)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 124374 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO

TRABALHO NO PARANÁ - SINJUTRAADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.965-7 (85)PROCED. : DISTRITO FEDERAL

ORIGEM : MI - 124369 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO

TRABALHO NO PARANÁ - SINJUTRAADV.(A/S) : RUBI MEIRA CASSEL E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.966-5 (86)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 124831 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) : SINDICATO DOS MÉDICOS DE ALAGOASADV.(A/S) : MARIA GORETE MOURA GALVÃO DE ARAÚJOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

MANDADO DE SEGURANÇA 28.308-4 (87)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 124381 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : GISELE ALVESADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E OUTRO

(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº

80/2009)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.309-2 (88)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 124824 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES SEGUNDA INSTÂNCIA

DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : LEONARDO MILITÃO ABRANTES E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº

88/2009)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.310-6 (89)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 124928 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOIMPTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVA VIÇOSAADV.(A/S) : LÍVIA AZEVEDO PALMA TORRICO E OUTRO (A/S)IMPTE.(S) : MUNICÍPIO DE ALCOBAÇAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLITISC.(S) : INSTITUTO CHICO MENDES

PETIÇÃO 4.671-4 (90)PROCED. : MATO GROSSOORIGEM : INQ - 2822007 - JELEIT.RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : ELIENE JOSÉ DE LIMA

PETIÇÃO 4.672-2 (91)PROCED. : PARANÁORIGEM : PROC - 35671 - JDRELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : ANTÔNIO VIEIRAADV.(A/S) : VICENTE PAULA SANTOS E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAREQDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁLIT.PAS.(A/S) : MARCELO DE PAULA ALMEIDA

RECLAMAÇÃO 9.129-5 (92)PROCED. : ALAGOASORIGEM : RCL - 124224 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROCESSO Nº

809.2005.008.19.40.6)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 7

INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : AILTON EVANGELISTA DOS SANTOSADV.(A/S) : MARCO TÚLIO OLIVEIRA SOUZA E OUTRO (A/S)

RECLAMAÇÃO 9.130-9 (93)PROCED. : PARÁORIGEM : RCL - 124334 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

(PROCESSOS Nº 01271-2008-014-08-00-7, 01450-2008-107-08-00-4, 01663-2007-013-08-00-9, 00113-2009-016-08-00-3, 00430-2009-004-08-00-0, 00845-2008-010-08-00-4, 01837-2009-114-08-00-0, 00479-2009-004-08-00-2, 00793-2009-203-08-00-5 E 00432-2009-101-08-00-8)

INTDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO DE MELOADV.(A/S) : GLAUCILENE SANTOS CABRALINTDO.(A/S) : MARILENE DOS SANTOS LIMAADV.(A/S) : TATYANE RABELO PALHETA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS GOUVEA MOREIRAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTOINTDO.(A/S) : ABNO RUY GONÇALVES DE AQUINOADV.(A/S) : FERNANDO DO VALE CORREA JUNIORINTDO.(A/S) : RAIMUNDA FRANCISCA MACEDO DE BRITOADV.(A/S) : GLÁUCIA MARIA CUESTA CAVALCANTE ROCHA E

OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : CLAUDEMIR JOSÉ MARQUES FIGUEIRAADV.(A/S) : MYCHELLE BRAZ POMPEU BRASILINTDO.(A/S) : MARIA NESVALDINA ABEL DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MANOEL CHAVES LIMAINTDO.(A/S) : KÁTIA HELENA BAIA DE SOUZA FARIASADV.(A/S) : ELLEYSON CORREA SANDRESINTDO.(A/S) : MARIA LÚCIA DE LIMA SANTIAGOINTDO.(A/S) : RAIMUNDO FREITAS VANZELERADV.(A/S) : BRASIL RODRIGUES DE ARAÚJO

RECLAMAÇÃO 9.133-3 (94)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124603 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº

2246/2004-032-15-40-5)INTDO.(A/S) : SANPRESS COMERCIAL DE TUBOS E CONEXÕES

LTDA.ADV.(A/S) : HASSEM HALUENINTDO.(A/S) : CLEOMAR ORNAGHIADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS FRANCO

RECLAMAÇÃO 9.134-1 (95)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : RCL - 124840 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : LUIS EDUARDO SALLES NOBREADV.(A/S) : LUIS EDUARDO SALLES NOBRERECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA LOTERIA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO - LOTERJ

RECLAMAÇÃO 9.135-0 (96)PROCED. : PARAÍBAORIGEM : RCL - 124771 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECLTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO POPULAR -

CEHAPADV.(A/S) : DORGIVAL TERCEIRO NETO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DE

JOÃO PESSOA (PROCESSSO Nº 00613.2009.005.13.00-4)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECLAMAÇÃO 9.136-8 (97)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124870 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº

2013/2005-131-15-40-5)INTDO.(A/S) : ISMAEL MENDESADV.(A/S) : RICARDO VALENTIM MOTTA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : MARCELO JOSÉ DI DOMIZIOADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE PEREIRA BRAGA E OUTRO (A/S)

RECLAMAÇÃO 9.137-6 (98)PROCED. : CEARÁORIGEM : RCL - 124867 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ-UFCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE

FORTALEZA (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 01464-2008-011-07-00.4)

INTDO.(A/S) : OTTORINO BONVINIADV.(A/S) : JOÃO EDELARDO FREITAS JÚNIOR E OUTRO (A/S)

RECLAMAÇÃO 9.138-4 (99)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124940 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.098278-8)INTDO.(A/S) : VALDOMIRO MANOEL FABRÍCIOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.139-2 (100)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124943 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.142566-1)INTDO.(A/S) : JEFERSON LUIS SIQUEIRA LIMAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.140-6 (101)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124942 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.155495-0)INTDO.(A/S) : ALESSANDRO AGUILAR DA ROCHAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.141-4 (102)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124939 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.103728-9)INTDO.(A/S) : DIEGO SERHALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.142-2 (103)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124941 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.159537-0)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 8

INTDO.(A/S) : ENILDO BISPO HORTAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.143-1 (104)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 124944 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.148978-3)INTDO.(A/S) : EVALDO MELO DOS REISINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.144-9 (105)PROCED. : PARANÁORIGEM : RCL - 125093 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : PATRICIA MARA TREBIEN WERNERRECLTE.(S) : MARCOS AUGUSTO TREBIENADV.(A/S) : FÁBIO LUIZ DA CUNHA E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

(APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2005.70.14.001932-7)

INTDO.(A/S) : CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIAADV.(A/S) : NILO DE OLIVEIRA NETO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO

PARANÁ - CRM/PRADV.(A/S) : AFONSO PROENCO BRANCO FILHO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.674-3 (106)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200251010208982 - TRFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : IRMANDADE DE MISERICÓRDIA DE MONTE ALTOADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMARECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.785-0 (107)PROCED. : MARANHÃOORIGEM : PROC - 671 - TSERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COLIGAÇÃO FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO

MARANHÃO (PDT, PPS, PAN)ADV.(A/S) : DANIEL DE FARIA JERÔNIMO LEITE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : COLIGAÇÃO MARANHÃO: A FORÇA DO POVO (PFL,

PMDB, PTB E PV)ADV.(A/S) : WILSON AZEVEDO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HELI DOURADO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : JACKSON KEPLER LAGOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : JOÃO MELO E SOUSA BENTIVIADV.(A/S) : JOÃO MELO E SOUSA BENTIVI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.486-4 (108)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20087000203840 - TRCJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INDÚSTRIA CATAGUASES DE PAPEL LTDAADV.(A/S) : ILAN MACHTYNGIER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JORGE AUCINIO BENTO SOUZAADV.(A/S) : PRISCILA FELIPE DE SOUZA BATISTA E OUTRO

(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.487-2 (109)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 24088115613 - TRCJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : OPERADORA E AGÊNCIA DE VIAGENS CVC TUR

LTDA

ADV.(A/S) : ISABELLA LUCIANA DE FREITAS BARBOSA E OUTRO (A/S)

RECTE.(S) : TAM LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : MÁRIO CAMPOS BARRETO E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : MULTITOUR VIAGENS E TURISMO LTDAADV.(A/S) : CAROLINE DE ALMEIDA FREIMANNRECDO.(A/S) : NADIA TAFAS CONSTANTINO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO MÁRIO MOREIRA NASCIMENTO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : OPERADORA E AGÊNCIA DE VIAGENS CVC TUR

LTDAADV.(A/S) : ISABELLA LUCIANA DE FREITAS BARBOSA E OUTRO

(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.488-1 (110)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : MS - 10000054264452000 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : COMPANHIA DE TELECOMUNICAÇÕES DO BRASIL

CENTRAL - CTBC TELECOMADV.(A/S) : ANA LUIZA AZEVEDO DORNAS DE LIMA E OUTRO

(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.490-2 (111)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEORIGEM : EIAC - 20008400011085301 - TRFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA JOSÉ DE MENEZES CORREIA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES ALBANO E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.491-1 (112)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024069933646 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ÉDERSON MENDONÇAADV.(A/S) : ITAMAR ONOFRE DA SILVA E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.492-9 (113)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10106070268623001 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : HILDA BATISTA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LAYLA FERREIRA PINTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.493-7 (114)PROCED. : PARANÁORIGEM : AMS - 200670000243958 - TRFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : BUTURI TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : MARCOS RODRIGUES PEREIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.494-5 (115)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AI - 200704000411262 - TRFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL PROFESSOR HUBERTO

ROHDENADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.495-3 (116)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 9802479977 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BANCO MORADA S/A E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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ADV.(A/S) : ROBERTO DONATO BARBOZA PIRES DOS REIS E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE BRITO E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.496-1 (117)PROCED. : GOIÁSORIGEM : AC - 200801236031 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : NELSON FRANCISCO ANTÔNIO FILHOADV.(A/S) : MARCOS NUNES E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.497-0 (118)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : RESP - 968051 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : TOPMIX ENGENHARIA E TECNOLOGIA DE

CONCRETO S/AADV.(A/S) : JOÃO MARCELO SILVA VAZ DE MELLO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BETIMADV.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO DINIZ E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.506-2 (119)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20070003588 - TJ/AMRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : ANA PATRICIA FREITAS VENTILARIADV.(A/S) : JERÔNIMO SÁ PEIXOTO PINHEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.508-9 (120)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20080006219 - TJ/AMRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : NICOLLE CAROLINA DNDRADE CASTELLO BRANCO

E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : LUCIANA ALVES RODRIGUESRECDO.(A/S) : CAROLINE BRUM SENARECDO.(A/S) : HABIB STEPHANNE A. M.W. SEIXAS HAFIDADV.(A/S) : CHRISTIAN ALBERTO RODRIGUES DA SILVARECDO.(A/S) : IZABELLE FERNANDA SENA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ELDO MARCOLINO DE SOUZA E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.509-7 (121)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20060047013 - TJ/AMRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : EDVALDO ARAÚJO CARIBEADV.(A/S) : VERA LÚCIA JOHNSON DE ASSIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.510-1 (122)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20060013940 - TJ/AMRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS PINTO CASSOTEADV.(A/S) : INÁCIO DE JESUS BARROS DE CASTRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.511-9 (123)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : RE - 024070205794 - TJ/ESRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : IPAJM- INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA

JERÔNIMO MONTEIROADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO NOGUEIRA MOREIRARECDO.(A/S) : JOSIAS FRANCISCO DE SOUZAADV.(A/S) : SETEMBRINO PELISSARIRECDO.(A/S) : ANGELA MARIA GASPARINI COLA ROCHARECDO.(A/S) : DULCINO COELHO RIOSRECDO.(A/S) : ELIZABETH PRETTI ASSEF HERMANNYRECDO.(A/S) : HULDA DE SOUZA NASCIMENTORECDO.(A/S) : ISACK NUNES SAMORARECDO.(A/S) : JONAS MOREIRA RODRIGUESRECDO.(A/S) : MANOEL CARVALHO

RECDO.(A/S) : MARIA FARES ZANOTTIRECDO.(A/S) : MARIA TEREZA GARCIA MENDONÇARECDO.(A/S) : MARIA MADALENA FRAGA E ACHARECDO.(A/S) : MARIA BERENICE PINHO DA SILVARECDO.(A/S) : MARILENE CAPETINE LETHIERIRECDO.(A/S) : PAULO DA SILVA PINHORECDO.(A/S) : REGINA MARIA GOBBI MELORECDO.(A/S) : RIZOMAR ROCHA BORGESRECDO.(A/S) : ROMULO VIVAS JUNQUEIRARECDO.(A/S) : SANTOS FERREIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : SONIA MORAES BRITORECDO.(A/S) : WILSON LOPES DE REZENDERECDO.(A/S) : ZALUAR HENRIQUE DE FARIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.514-3 (124)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20060044433 - TJ/AMRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSADV.(A/S) : RAFAEL ALBUQUERQUE GOMES DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : JOSE MARQUES PINAADV.(A/S) : FLÁVIO CORDEIRO ANTONY E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : IVAN NOGUEIRA COSTA NOVOADV.(A/S) : ADELAIDE DA COSTA NOVO ANTONY

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.518-6 (125)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20070001780 - TJ/AMRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : DORVAL DE ALMEIDA SANTANAADV.(A/S) : MARIA AUXILIADORA BICHARRA DA S. SANTANA

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 14 1 15

MIN. MARCO AURÉLIO 12 0 12

MIN. ELLEN GRACIE 9 0 9

MIN. CEZAR PELUSO 14 0 14

MIN. CARLOS BRITTO 19 0 19

MIN. JOAQUIM BARBOSA 12 0 12

MIN. EROS GRAU 13 0 13

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 13 1 14

MIN. CÁRMEN LÚCIA 16 1 17

TOTAL 122 3 125

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. MARY ELLEN GLEASON GOMIDE MADRUGA, Coordenadora de Processamento Inicial , ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 6 de outubro de 2009.

DECISÕES E DESPACHOS

AG.REG.NA PETIÇÃO 1.828-1 (126)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BRUNO DINIZ ANTONINIAGDO.(A/S) : RELATOR DO INQUÉRITO - 1367-5 SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL E OUTROS

DECISÃO: O Ministro Relator, Néri da Silveira, em 18 de abril de 2002, negou seguimento à Petição nº 1.828/MG e determinou o arquivamento do processo (DJ 2.5.2002).

Em razão da aposentadoria do Ministro Néri da Silveira, em 24 de junho de 2002, estes autos foram a mim distribuídos (RI/STF, art. 38, IV, “a”). Em 2 de março de 2005, proferi a seguinte decisão:

“Verifica-se que, após a decisão que negou seguimento à presente ação (fls. 1333/1334), por falta de regularidade na representação processual do requerente, várias petições foram impetradas com intuito de reformar tal decisão. Entretanto, o vício da ausência de representação processual persistiu, o que impossibilita a apreciação das petições, conforme o art. 36 do Código de Processo Civil. Assim, nego seguimento a todos os pedidos formulados pelo requerente (art. 21, § 1º, RI/STF). Publique-se. Arquive-se” – (DJ 11.3.2005).

Essa decisão transitou em julgado em 18 de março de 2005 (fl.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 10

1.643).O Ministro Nelson Jobim, então Presidente do STF, apreciou pedido

de reconsideração formulado por Bruno Diniz Antonini (DJ 11.4.2005): “Transitada em julgado a decisão de fl. 1.641, e ausente a procuração

para o advogado ROGÉRIO MARTINS CUNHA, o que torna inexistente a Petição STF nº 33.210/2005, indefiro o pedido de reconsideração. Arquive-se” – (fl. 1.646).

Contra essa decisão, em 14 de abril de 2005, o requerente interpôs agravo regimental (fls. 1.662-1.666).

Ante o exposto, considerada a intempestividade do recurso, nego-lhe seguimento.

Arquivem-se as Petições n.os 40.410/2005, 189.281/2006 e 194.695/2006.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 634.366-3 (127)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CTDI DIAGNÓTICOS POR IMAGEM S/C LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO ALEIXO PEREIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VÂNIA ALEIXO PEREIRA CHAMMA AUGUSTOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento no qual se discute a revogação, por meio da Lei n.º 9.430/96, da isenção da COFINS, concedida pela Lei Complementar n.º 70/1991 às sociedades prestadoras de serviços profissionais regulamentados. Diante do julgamento dos RE 377.457 e RE 381.964, o recurso teve seguimento negado por decisão monocrática do Ministro Joaquim Barbosa (fl. 196).

Contra essa decisão foi interposto agravo regimental, cujo provimento foi negado pela Segunda Turma (DJe 5.6.2009). Referido acórdão transitou em julgado no dia 31.8.2009 (fl. 260).

Por petição protocolada em 2.9.2009, CTDI Diagnóstico por Imagem S/C Ltda. requer a suspensão do processo, sob o fundamento de que “o julgamento do RE 377.457, representativo da controvérsia, ainda não acabou, considerando que existem embargos de declaração opostos naqueles autos, que poderão modificar, ainda que parcialmente, a decisão final, denotando a existência de controvérsia, que sequer foi decidida definitivamente” (fl. 257).

Tendo em vista o trânsito em julgado, nada há a prover.Publique-se. Deverão constar da intimação os nomes dos advogados Rogério

Aleixo Pereira, OAB-SP 152.075, e Vânia Aleixo Pereira Chamma Augusto, OAB-SP 182.576, tal como requerido (fl. 253).

Brasília, 30 de setembro de 2009.Ministro GILMAR MENDES

Presidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.889-2 (128)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : GENESIO CABRAL DE MACEDO NETOAGDO.(A/S) : WAGNER MÁRCIO MARQUES CABRALAGDO.(A/S) : PEDRO PAULO MILANEZ DE MOURAAGDO.(A/S) : GREYCIMAR SILVA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : JANE DALVIADV.(A/S) : RAFAEL MARCOS LOIOLA DE CARVALHO

DESPACHO: Nada a deferir na petição nº 102.343/2009, tendo em vista que se encontra pendente de julgamento no Superior Tribunal de Justiça agravo regimental em face da decisão proferida no Recurso Especial nº 1.121.536, interposto na mesma origem do presente AI.

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

EXTRADIÇÃO 962-1 (129)PROCED. : REINO DA DINAMARCARELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREQTE.(S) : GOVERNO DA DINAMARCAEXTDO.(A/S) : CLAUS MALMQVISTADV.(A/S) : RODRIGO COELHO SAGGIORO E OUTROS

DECISÃO: Em 20 de outubro de 2005, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, deferiu o pedido de extradição. Eis a ementa desse julgado:

“I. Extradição: tráfico internacional de substância entorpecente:

concorrência dos pressupostos positivos e negativos da extradição: deferimento, condicionada a entrega do extraditando ao disposto no art. 89 c/c art. 67 da Lei 6.815/80.

II. Extradição: tráfico internacional de entorpecentes: competência internacional concorrente.

À vista da Convenção Única de Nova Yorque, de 1961 (Art. 36, II, a, I), e para efeitos extradicionais, cada uma das modalidades incriminadas, no tipo misto alternativo de tráfico de entorpecentes, deve considerar-se um delito distinto: donde, a competência da Dinamarca para julgar o crime de importação para o seu território de droga remetida do Brasil, sem prejuízo da jurisdição brasileira sobre a exportação ou tentativa de exportação da mesma mercadoria. Precedentes” – (EXT nº 962/Reino da Dinamarca, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Pleno, unânime, DJ 18.11.2005, fl. 690).

O extraditando formulou pedido de refúgio ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Em 23 de novembro de 2005, o Ministro Relator determinou a suspensão do processo de extradição até a prolação de decisão definitiva do pedido de refúgio (fl. 717).

O então Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, comunicou o indeferimento do pedido de refúgio pelo CONARE. O Ministro Relator declarou retomado o curso do processo de extradição e do prazo recursal a partir de 03.02.06, data da comunicação (fl. 776).

A defesa do extraditando opôs embargos de declaração. Por maioria, o STF acolheu os embargos para explicitar que a efetivação da extradição estaria sujeita ao compromisso, pelo Estado Requerente, com o governo do Brasil, de cumprimento dos pressupostos da efetivação da entrega estabelecidos pelo art. 91 do Estatuto dos Estrangeiros:

“I. Extradição: alegação improcedente de prejuízo: além de devidamente formulada, não foi comprovado impedimento a que a Dinamarca firme promessa de reciprocidade, nem a impossibilidade de o Estado requerente assumir os compromissos do art. 91, I, II e IV, da L. 6.815/80, que, de resto, é pressuposto da entrega do extraditando pelo governo brasileiro e não, do julgamento do pedido de extradição pelo Supremo Tribunal.

II. Pedido de transferência do extraditando para o Presídio de Campo Grande - RJ: indeferimento.

III. Embargos de declaração acolhidos, apenas, para explicitar que a efetivação da extradição estará sujeita ao compromisso, pelo Estado requerente, junto ao governo do Brasil, de cumprimento dos pressupostos da efetivação da entrega estabelecidos pelo art. 91 do Estatuto dos Estrangeiros” – (ED-EXT nº 962/Reino da Dinamarca, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Pleno, maioria, sessão de 30.3.2006, DJ 16.6.2006, fl. 877).

Em 30 de junho de 2006, a defesa opôs novos embargos de declaração. O Plenário do STF, por maioria de votos, rejeitou os declaratórios, determinando o imediato cumprimento do julgado (DJ 22.9.2006, fl. 2.009).

Na Petição nº 145.641/2006 (Aviso nº 1528-MJ), o então Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, informou que CLAUS MALMQVIST fora extraditado no dia 12 de setembro de 2006 (fl. 2.017).

Foram opostos novos embargos declaratórios (terceiros) pela defesa do extraditando, rejeitados pelo Plenário do STF, em sessão de 16 de agosto de 2007 (DJ 14.9.2007, fl. 2.182).

Contra essa decisão, a defesa opôs embargos declaratórios. Em 13 de dezembro de 2007, os Ministros do STF, por unanimidade, rejeitaram os referidos embargos, determinando a imediata execução da decisão, independentemente da publicação do acórdão (DJe 15.2.2008, fl. 2.242). Essa decisão transitou em julgado em 22 de fevereiro de 2008.

Na Petição nº 67.089/2009 (fls. 2.263-2.269), CLAUS MALMQVIST requer que:

“a) se extraia cópia integral dos acórdãos proferidos nos autos da presente extradição, encaminhando-os ao Ministério das Relações Exteriores, para que providencie sua imediata remessa por via diplomática ao Estado Requerente, para ciência e providências cabíveis, considerando o compromisso e as expressas exigências contidas no artigo 91 da Lei nº 6.815/80;

b) se extraia cópia da r. decisão prolatada nesse Excelso Pretório em data 08.08.2007, (...), encaminhando-a ao Ministério da Relações Exteriores, para que providencie sua imediata remessa por via diplomática ao Estado Requerente, para ciência e providências cabíveis;

c) com caráter urgente, se solicitem ao Ministério da Justiça, ao Ministério de Relações Exteriores e ao Estado requerente – para sua juntada aos autos e ciência à defesa do extraditando-, os documentos que comprovem o devido cumprimento do que ordenado nessa Suprema Corte nos acórdãos prolatados em 20.10.2005 e 30.03.2006” – (fls. 2.268/2.269).

Na Petição nº 76.221/2009 (fls. 2.279-2.283), CLAUS MALMQVIST reitera os termos da Petição nº 67.089/2009 e, por fim, pleiteia que:

“a) se ordene à Interpol/RJ que remeta a essa Egrégia Corte, peremptoriamente, os originais das peças que, em cópia xerográfica de pretenso fac-símile, se encontram coladas às fls. 2.028/2.029;

b) se declare a desvalia legal e subseqüente nulidade absoluta do ‘termo de entrega de extraditando’ obrante às fls. 2.029, em se comunicando, com urgência, essa circunstância ao Reino da Dinamarca, para ciência e efeitos legalmente cabíveis; e,

c) se determine a imediata extração da peças necessárias e sua remessa ao Ministério Público Federal, ante a previsão contida no art. 40 do Código de Processo Penal” – (fl. 2.283).

Na Petição nº 92.537/2009 (fls. 2.293-2.297), CLAUS MALMQVIST

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 11

requer a apreciação de pedido de informações:“Venho benevolentemente solicitar a Vossa Excelência que responda

às perguntas abaixo para utilização junto ao processo dinamarquês:1. Por que motivo Vossa Excelência aprovou/permitiu a extradição do

Sr. Claus Malmqvist sem antes aguardar a decisão do Presidente da República, cf. artigos 67 e 89 da Lei nº 6.815/80 como fora determinado junto ao Supremo Tribunal Federal Brasileiro por ocasião do proferimento da sentença em 20 de outubro de 2005.

2. Por que motivo Vossa Excelência efetivou a extradição do Sr. Claus Malmqvist sem antes formular as respectivas condições do acordo e sem antes formalizar o procedimento legal amparado pelo artigo 91 da Lei nº 6.815/80, como determinado junto ao Supremo Tribunal Federal Brasileiro no processamento da sentença em 30 de março de 2006.

3. Por que motivo a Interpol no Brasil entregou o Sr. Claus Malmqvist à polícia dinamarquesa apesar de constar nas ‘condições para a extradição’ do extraditando que o representante consular dinamarquês estava ausente.

4. Podem as autoridades dinamarquesas mover ação penal contra o Sr. Claus Malmqvist por outras circunstâncias que não aquelas mencionadas no processo de extradição, entre elas pela tentativa de contrabando de 500 kg de cocaína em 2003, e também instaurar processo sob a forma de confisco?”– (fls. 2.294/2.295).

Com o julgamento da extradição pelo STF, esgotada está a prestação jurisdicional desta Corte, cabendo ao Poder Executivo a responsabilidade pela entrega do extraditando ao Governo requerente, nos termos do art. 86 da Lei nº 6.815/1980, bem como a fiscalização do cumprimento das condições legais e/ou impostas no ato de deferimento, nos moldes do art. 91 do mesmo diploma.

A propósito, confiram-se os seguintes julgados: Ext. 1104/ED, Rel. Min. Cezar Peluso, julgado em 25.06.2008; Ext. 962/ED, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 30.03.2006; Ext. 546, Rel. Min. Néri da Silveira, julgado em 26.02.1992.

Nesses termos, nada há a deferir sobre as petições nºs 67.089/2009, 76.221/2009 e 92.537/2009.

Encaminhe-se cópia desta decisão ao Ministro da Justiça.Publique-se.Após, retornem os autos ao Arquivo.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

HABEAS CORPUS 100.304-8 (130)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : EDIMAR CAMPOS SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Em 18 de agosto de 2009, o Ministro Relator, Ricardo Lewandowski, negou seguimento a este writ (DJe 25.8.2009).

Segundo a certidão de fl. 51, essa decisão transitou em julgado em 9 de setembro de 2009.

Pela petição de fls. 53-58, protocolizada em 18 de setembro de 2009, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, impetrante deste writ, interpõe agravo regimental, mencionando a tempestividade do recurso, tendo em vista a data de juntada do mandado de intimação aos autos, bem como a contagem de prazo em dobro.

DECIDO.O fato de se haver impetrado habeas corpus pela Defensoria Pública

do Estado de São Paulo não tem o condão de alterar a regra de que a contagem dos prazos em matéria processual penal, ressalvada expressa disposição em contrário, se inicia na data da prática do ato, consoante o disposto no art. 798, §5º, a, do CPP, a teor da Súmula nº 710 desta Corte, assim vazada:

No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Efetuada a intimação pessoal no dia 28 de agosto de 2009, sexta-feira, iniciou-se o prazo recursal na segunda-feira seguinte, dia 31 de agosto de 2009, encerrando-se dez dias depois, ou seja, no dia 9 de setembro de 2009.

Logo, ante o efetivo trânsito em julgado da decisão negativa de seguimento do presente HC no 100.304/SP, nada há a apreciar na Petição no

116.711/2009.Intime-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECLAMAÇÃO 7.455-2 (131)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : WILSON DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO MENEZES MOLINA E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (MANDADO DE

SEGURANÇA Nº 13976)

DECISÃO: Em 12 de fevereiro de 2009, o Ministro Relator, Ricardo Lewandowski, negou seguimento à presente reclamação (DJe 19.2.2009). Essa decisão transitou em julgado em 25 de fevereiro de 2009.

Contra essa decisão, o reclamante interpôs agravo de instrumento, em 4 de março de 2009.

Em 11 de março de 2009, o Ministro Relator proferiu a seguinte decisão:

“Trata-se de recurso de ‘agravo de instrumento’ interposto de decisão que negou seguimento a presente reclamação.

Decido.Não obstante a inadequação do recurso manejado, não há falar em

fungibilidade, uma vez que esse é intempestivo. Isso porque a decisão recorrida foi publicada em 19/2/2009 (fl. 44) e o

presente recurso interposto em 4/3/2009, fora do prazo regimental, portanto.Isso posto, não conheço do recurso” – (fl. 64).Em 28 de julho de 2009, proferi o seguinte despacho:“Em 12.2.2009, o Ministro Relator negou seguimento à reclamação,

por ser incabível (DJe 19.2.2009). A decisão transitou em julgado em 25.2.2009 (fl. 71).

Contra essa decisão, o reclamante interpôs, em 4.3.2009, agravo de instrumento, não conhecido por intempestividade (fl. 64, DJe 18.3.2009).

Essa última decisão foi impugnada mediante embargos de declaração (fls. 66/70). Os embargos são tempestivos, visto que opostos em 20.3.2009.

Encaminhem-se os autos ao relator, Ministro Ricardo Lewandowski, para que Sua Excelência aprecie o recurso interposto” – (fl. 72).

Em 4 de agosto de 2009, o Ministro Ricardo Lewandowski decidiu:“Trata-se de embargos de declaração ajuizado contra decisão que

não conheceu de recurso de ‘agravo de instrumento’, interposto de decisum que negou seguimento a esta reclamação.

Decido.Ante o trânsito em julgado da decisão que negou seguimento a esta

reclamação (fls. 42-43), certificado pela Secretaria Judiciária à fl. 71, nada existe para prover.

Arquive-se” – (fl. 75).Em 26 de agosto de 2009, novo agravo de instrumento foi interposto,

agora contra a decisão do Ministro Ricardo Lewandowski que apontou o trânsito em julgado da decisão negativa de seguimento da reclamação.

Como já anotado, o trânsito em julgado impede novas análises da pretensão deduzida.

Posto isso, arquivem-se os autos. Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.112-4 (132)PROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S/AADV.(A/S) : CÂNDIDO DA SILVA DINAMARCO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ ANTONIO DE MORAISADV.(A/S) : VICTOR AUGUSTO LOVECHIO E OUTRO (A/S)INTDO. : COMPANHIA SIDERÚRGICA PAULISTA - COSIPAADV.(A/S) : NILZA COSTA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e o trânsito em julgado da decisão, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto.(art. 13, V, “c” do RISTF).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.868-0 (133)PROCED. : PARANÁRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARINE PEREIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALBERTO RODRIGUES ALVESADV.(A/S) : SANDRA REGINA RODRIGUESRECDO.(A/S) : ADOLFO LAMIN E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VILMA THOMAL

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, “c” do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.430-2 (134)PROCED. : PARANÁRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 12

ADV.(A/S) : KARINE PEREIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALBERTO RODRIGUES ALVES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DIOVANA DALMEDICOADV.(A/S) : ERALDO LACERDA JUNIOR

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, “c” do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.301-9 (135)PROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SHARP DO BRASIL S/A INDUSTRIA DE

EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOSADV.(A/S) : CLAUDIA NADAF DA COSTA VAL E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MAURO SÉRGIO DE SOUZA CRUZADV.(A/S) : GENER DA SILVA CRUZ E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Em 2.4.2009, a Ministra Relatora Ellen Gracie negou seguimento ao presente recurso extraordinário (DJe 20.4.2009). O recorrente interpôs, então, agravo regimental contra a referida decisão.

Por decisão publicada em 17.6.2009, a Ministra reconsiderou sua decisão anterior, julgando prejudicado o agravo regimental e determinando, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do STF, a devolução dos autos ao Tribunal de origem, com a observância do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Em 31.8.2009, foi protocolada a Petição 108.316/2009, em que o Tribunal Superior do Trabalho encaminha o original da Petição 118.991/2009, protocolada naquela Corte por equívoco. Referida petição trata-se de agravo, endereçado aos autos do RE 577.301, contra a decisão da Ministra relatora que determinou sua devolução ao Tribunal de origem. É patente a intempestividade do recurso.

Ressalte-se que o entendimento da Corte é no sentido de que é intempestivo o recurso apresentado perante outro tribunal e protocolado nesta Corte após o término do prazo recursal. Nesse sentido: AI-EDcl-AgR638.928, Relator Ricardo Lewandowski, DJe 9.11.2007; AI-AgR456015, Relatora Ellen Gracie, DJ 15.4.2005.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.309-8 (136)PROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MASAMITSU KUMAI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BENEDITO ÉDISON TRAMA

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição nº 105.237/2009, determino sejam os presentes autos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça para que se proceda ao julgamento do recurso especial como entender de direito. Após, retornem os autos a esta Corte, para a apreciação do recurso extraordinário.

Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, comunicando a remessa dos autos ao STJ.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.435-3 (137)PROCED. : SANTA CATARINARECTE.(S) : IVANIA JUSTINA MULLERADV.(A/S) : MELÂNIA RUONRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BLUMENAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição nº 98.015/2009, determino sejam os presentes autos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça para que se proceda ao julgamento do recurso especial como entender de direito. Após, retornem os autos a esta Corte, para a apreciação do recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDES

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.247-1 (138)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ABILIO LUNKES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : THIAGO CECCHINI BRUNETTO E OUTRO (A/S)

DESPACHO: À Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do feito.

Ressalte-se que o constante da petição n.º 18.706/2009 será oportunamente apreciado pelo relator.

Publique-se.Brasília, 22 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.018-4 (139)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE SERTÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUCAS SAUGO (REPRESENTADO POR SEU PAI

GENTIL ERVILIO SAUGO) E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALESSANDRUS MACHADO CARDOSO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, “c” do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

PROTOCOLOS

PROTOCOLO 8.559/2009 (140)AGTE.(S) : CHEMTURA INDÚSTRIA QUÍMICA DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : HELCIO HONDA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição protocolada, homologo, para que produza seus efeitos jurídicos, a desistência do presente recurso, manifestada por procurador com poderes bastantes.

Publique-se.Brasília, 2 de junho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

PROTOCOLO 67.467/2009 (141)AGTE.(S) : CONCESSIONÁRIA DA PONTE RIO-NITERÓI S/AADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO CALDAS SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIADV.(A/S) : WILSON DE S MARINHO FILHO

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, c do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de junho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

PROTOCOLO 68.172/2009 (142)RECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMZONASRECDO.(A/S) : OLAVO ROSAS DOS SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JANNE SALES GOMES

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, “c” do RISTF).

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 13

PROTOCOLO 68.296/2009 (143)RECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : VIVALDO MORAES TOMÉADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ARMANDO LIMA MARTINSADV.(A/S) : JEAN RICARDO LIMA QUEIROZADV.(A/S) : TALES BENARRÓS DE MESQUITAADV.(A/S) : JANÚBIA LIMA SIQUEIRA

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda de objeto. (art. 13, V, c do RISTF).

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

PROTOCOLO 73.890/2009 (144)AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : ELZA MARIA DA SILVA AGUIRREADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça e seu trânsito em julgado, julgo prejudicado o presente recurso, por perda objeto. (art. 13, V, c do RISTF).

Publique-se.Brasília, 3 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 39-0 (145)PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : VIAÇÃO NOSSA SENHORA DE MEDIANEIRA LTDAADV.(A/S) : ROSSANA DO NASCIMENTO E OUTRO (A/S)REQTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES

TERRESTRES - ANTTPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Trata-se de agravo regimental interposto pela União contra decisão (fls. 202-205) proferida pela Presidência desta Corte.

Em consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, verifica-se que o Recurso Especial n.º 645.171, interposto pela União, foi parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Contudo não se tem acesso à decisão, por ainda não ter sido lavrado o respectivo acórdão.

Ante o exposto, determino que seja:a) solicitado, com urgência, ao Superior Tribunal de Justiça o

encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal de cópia das notas taquigráficas relativas ao julgamento do Recurso Especial n.º 645.171.

b) intimada a União para, no prazo de 5 dias, manifestar-se sobre o interesse no prosseguimento deste agravo regimental, considerado o julgamento do Recurso Especial n.º 645.171 pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 2.893-6 (146)PROCED. : ACRERELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ASTROGILDO DOS SANTOS DUARTEADV.(A/S) : ORIÊTA SANTIAGO MOURAAGDO.(A/S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE

DECISÃO:Trata-se de agravo regimental, interposto por Astrogildo dos Santos Duarte, contra decisão desta Presidência (fls. 70 e 71) que deferiu o pedido de suspensão de acórdão formalizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2005.001132-1.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, verifica-se que o Superior Tribunal de Justiça reformou o acórdão sobrestado, tendo a decisão transitado em julgado.

Ante do exposto, julgo prejudicado o presente agravo regimental em razão da perda superveniente de seu objeto (art. 297, § 3º, c/c o art. 21, IX, do

RISTF).Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.465-1 (147)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ELIANYA MARIA PIRES BRANDÃO LUSTOSAADV.(A/S) : CELSO BARROS COELHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DAVID GUIMARÃES MENESES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

DECISÃO:Trata-se de agravo regimental, interposto por Elianya Maria Pires Brandão Lustosa, contra decisão desta Presidência (fls. 59-61) que deferiu o pedido de suspensão de decisão formalizada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, nos autos do Mandado de Segurança n.º 07.002053-1.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, verifica-se que a impetrante manifestou desistência, que foi devidamente homologada, tendo a decisão transitado em julgado.

Ante do exposto, julgo prejudicado o presente agravo regimental em razão da perda superveniente de seu objeto (art. 297, § 3º, c/c o art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.467-7 (148)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : VANIA SADY RIBEIRO DE SOUSA ALMEIDAADV.(A/S) : CELSO BARROS COELHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

DECISÃO:Trata-se de agravo regimental, interposto por Vânia Sady Ribeiro de Souza Almeida, contra decisão desta Presidência (fls. 57-59) que deferiu o pedido de suspensão de decisão formalizada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, nos autos do Mandado de Segurança n.º 07.002164-3.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, verifica-se que a impetrante manifestou desistência, que foi devidamente homologada, tendo a decisão transitado em julgado.

Ante do exposto, julgo prejudicado o presente agravo regimental em razão da perda superveniente de seu objeto (art. 297, § 3º, c/c o art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 16-3 (149)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : IVO TINÔ DO AMARALADV.(A/S) : IVO TINÔ DO AMARAL JÚNIOR E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : EDUARDO UCHÔA ATHAYDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

DECISÃO:Trata-se de agravo regimental, interposto por Ivo Tinô do Amaral, contra decisão desta Presidência (fls. 89-94) que deferiu o pedido de suspensão de tutela antecipada concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, nos autos do Agravo de Instrumento n.º 0107880-8.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, verifica-se que a decisão formalizada no agravo de instrumento, bem como a decisão proferida na Ação Ordinária n.º 001.2004.006145-1 já transitaram em julgado.

Ante do exposto, julgo prejudicado o presente agravo regimental em razão da perda superveniente de seu objeto (art. 297, § 3º, c/c o art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 14

AG.REG.NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 137-2 (150)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALBERTO SANTOS LAVINAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO (A/S)AGTE.(S) : ASTOLFO LUIS BARREIROSADV.(A/S) : PATRÍCIA DA SILVA CASTOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : FABIANO FERREIRA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : ALAN SILVA DE LIMAINTDO.(A/S) : FERNANDO DIAS MARTINS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ODONCLEI DA SILVA BOECHAT E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : JOSIEL MACHADO MARIANOINTDO.(A/S) : SÉRGIO VITA SANTOS

DECISÃO:Trata-se de agravos regimentais, interpostos por Alberto Santos Lavinas e outros (fls. 266-282) e por Astolfo Luis Barreiros (fls. 432 e 433), contra decisão desta Presidência (fls. 250-254) que deferiu o pedido de suspensão de decisões formalizadas por juízos de primeiro grau nos autos das Ações Ordinárias de n.º 2006.001.043914-6 e de n.º 2005.001.150814-9.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, constata-se que a decisão formalizada nos autos da Ação Ordinária n.º 2005.001.150814-9 transitou em julgado.

Quanto à Ação Ordinária n.º 2006.001.043914-6, verifica-se que ocorreu julgamento de mérito e que os autos encontram-se no Tribunal de Justiça estadual para exame de apelação.

Ante o exposto, julgo prejudicado o agravo regimental interposto por Astolfo Luis Barreiros em razão da perda superveniente de seu objeto (art. 297, § 3º, c/c o art. 21, IX, do RISTF), e determino que sejam os agravantes Alberto Santos Lavinas e outros intimados para, no prazo de cinco dias, procederem à juntada de cópia da sentença proferida pelo juízo de primeiro grau e manifestarem-se sobre o interesse no julgamento deste recurso.

Publique-se.Arquivem-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.424-6 (151)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DAS DAMAS DE CARIDADE DE SÃO

VICENTE DE PAULOADV.(A/S) : ELAINE FRAZÃO

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, neguei-lhe seguimento por entender que o recurso extraordinário se encontra intempestivo.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 10 de fevereiro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.165-1 (152)PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO BOARETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAADV.(A/S) : LUIS MIGUEL DE CÁRCOVA GUTIÉRREZ

DESPACHO: Comprovem os subscritores da petição nº 50.831/2009 que a signatária do substabelecimento de fls. 220 possui poderes para representar o agravante.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

Em consequência, ficam intimados os Drs. Ana Maria Goffi Flaquer Scartezzini e Jorge Tadeo Goffi Flaquer Scartezzini do despacho acima.

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 2.466-3

(153)

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTE

EMBTE.(S) : LIGIA NOVELLI DE ARRUDA VIANNAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO INNOCENTI E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : ELIANA POLASTRI PEDROSO

DESPACHO:Trata-se de embargos de declaração, opostos por Ligia Novelli de Arruda Vianna, contra decisão desta Presidência (fl. 100), na qual se declarou o prejuízo de agravo regimental.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, verifica-se que a Apelação n.º 637.507.5/2-00 foi julgada, contudo não se tem acesso ao teor da decisão proferida.

Ante o exposto, determino que seja intimada a embargante, para, no prazo de cinco dias, proceder à juntada de cópia da decisão formalizada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da Apelação n.º 637.507.5/2-00, bem como esclarecer sobre o interesse no exame destes embargos de declaração.

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.981-4 (154)PROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : FIRMINO CARDOSO DO BONFIMADV.(A/S) : HELDER LESSA FREIRE E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

28289-0/2009 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

IMPTE.(S) : JOSÉ EURICO DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BRUNO GUSTAVO FREITAS ADRY E OUTRO (A/S)

DECISÃO:Trata-se de pedido de suspensão de segurança ajuizado por Firmino Cardoso do Bonfim, vereador do Município de Cocos – BA, contra liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos autos do Mandado de Segurança n.º 28289-0/2009.

Na origem, Ivana Gouveia da Costa e outros, também vereadores do referido Município, impetraram o Mandado de Segurança n.º 2396709-1/2009, com o fim de anular a eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal de Cocos, tendo em vista a intempestividade na inscrição da chapa ganhadora, considerado o art. 19, III, ‘a’, do Regimento Interno da Câmara. A segurança foi concedida, determinando a posse dos vereadores integrantes da chapa derrotada nos cargos da mesa diretora . Contra essa decisão foi interposta apelação que pende de apreciação.

Visando a suspender a execução da sentença, os impetrados ajuizaram a Ação Cautelar n.º 26098-5/2009, perante o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos autos da qual foi deferida liminar (fls. 98-103).

Contra o deferimento de liminar na ação cautelar foi impetrado o mandado de segurança que é objeto do presente pedido. Trata-se do Mandado de Segurança n.º 28289-0/2009, impetrado pelos mesmos autores do primeiro mandado de segurança, visando à cassação da decisão liminar proferida nos autos da Ação Cautelar n.º 26098-5/2009, que suspendeu a execução da sentença do primeiro MS.

No MS 28289-0/2009, foram veiculadas as seguintes teses: (1) a via processual eleita (ação cautelar) foi imprópria para a concessão da eficácia suspensiva, sendo o agravo de instrumento a via idônea (fl. 82); (2) a norma regimental interpretada não é meramente interna corporis (fl. 84); e (3) ausência de perigo da demora, uma vez que a troca de comando determinada pela sentença de 1ª instância já havia se concretizado. A liminar foi deferida pelo Desembargador Antônio Roberto Gonçalves, em decisão que não enfrentou as questões postas nos autos. Transcrevo a decisão (fls. 55-56):

Pelo que consta dos autos, merece acatamento o pedido liminar formulado pela Impetrante, ante a presença dos requisitos necessários para a sua concessão, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum em mora, previstos no artigo 9º da Lei n.º 12.016/2009. (...)

Deveras, vislumbro presente, nesta fase processual, o requisito da irreparabilidade ensejadora da concessão liminar da segurança perquirida.

A presença ou associação dessas conseqüências autoriza a concessão da liminar perseguida.

Ante o exposto, concedo a liminar perscrutada, para, sem adentrar no mérito, determinar a suspensão dos efeitos da decisão liminar proferida nos autos da Ação Cautelar Inominada n.º 26098-5/2009, subsistindo válidos os efeitos da sentença prolatada nos autos do Mandado de Segurança n.º 2396709-1/2009, até o julgamento do recurso de Apelação contra ele interposto.

No presente pedido de suspensão, sustenta-se, em síntese, grave lesão à ordem pública, em face da “descontinuidade (princípio da continuidade administrativa) dos atos do Poder Legislativo, porquanto evidente os reflexos na ordem administrativa e nos trabalhos legislativos do Parlamento, pelo que deve ser suspensa imediatamente” (fl. 14). Alega-se que a manutenção da decisão impugnada prejudica o andamento dos trabalhos legislativos, impede o devido exercício da chefia e administração do Parlamento de Cocos. Aduz-se que a decisão impugnada violou o art. 93, IX,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 15

da CF/88, tendo em vista a flagrante ausência de fundamentação (fL. 28).Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RI-STF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl 497-AgR/RS, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 06.4.2001; SS 2.187-AgR/SC, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465/SC, rel. Min. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No Mandado de Segurança n.º 28289-0/2009, são veiculadas duas teses: a impropriedade da via eleita para se requerer e deferir eficácia suspensiva à apelação, matéria meramente processual, e que a análise da norma regimental não implicou desrespeito ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da CF). Não há dúvida, portanto, de que, pelo menos quanto a este último fundamento, a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Não resta caracterizada, contudo, lesão apta a ensejar a concessão do presente pedido.

O juízo sobre o âmbito de eficácia das normas regimentais em discussão, à luz da Constituição Federal, não são passíveis de delibação no juízo do pedido de suspensão de segurança, pois constituem o mérito da ação, a ser debatido no exame do recurso cabível contra o provimento jurisdicional que ensejou a presente medida. Nesse sentido, SS-AgR n.º 2.932/SP, Ellen Gracie, DJ 25.4.2008 e SS-AgR n.º 2.964/SP, Ellen Gracie, DJ 9.11.2007, dentre outros.

Nesse ponto, o pedido formulado tem nítida natureza de recurso, que contraria o entendimento assente desta Corte acerca da impossibilidade do pedido de suspensão como sucedâneo recursal, do qual se destacam os seguintes julgados: SL 14/MG, rel. Maurício Corrêa, DJ 03.10.2003; SL 80/SP, rel. Nelson Jobim, DJ 19.10.2005; 56-AgR/DF, rel. Ellen Gracie, DJ 23.6.2006.

Não bastasse, o deferimento do presente pedido, longe de estabilizar a situação do comando do legislativo municipal, será mais um elemento desestabilizador, ensejando mais uma alternância de poder.

Portanto, não vislumbro a ocorrência de grave lesão à ordem, à saúde e à economia públicas a autorizar a suspensão dos efeitos do acórdão impugnado.

Ante o exposto, indefiro o pedido de suspensão de segurança.Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.990-3 (155)PROCED. : SERGIPERELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARACAJUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJUREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

(AGRAVO REGIMENTAL Nº 2009108292 NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2009.106608)

IMPTE.(S) : SINDICATO DOS GUARDAS MUNICIPAIS DE ARACAJU - SIGMA

ADV.(A/S) : THIAGO JOSÉ DE CARVALHO

DESPACHO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança ajuizado pelo Município de Aracaju contra decisão liminar deferida nos autos do Mandado de Segurança n.º 2009.106608, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, e mantida pelo Colegiado no julgamento do agravo interno (n.º 2009.108292) interposto pelo Município.

Na origem, o Sindicato dos Guardas Municipais de Aracaju (SIGMA) impetrou mandado de segurança coletivo, com pedido liminar, para que o curso obrigatório de formação “seja realizado nas horas de trabalho habitual” ou “as 30 horas extras semanais trabalhadas sejam remuneradas, bem como o afastamento imediato dos comissionados e desviados de função de participarem do curso” (fl. 61). Esclareceu que os afiliados prestaram concurso público há cinco anos para o cargo de Guarda Municipal, mas só agora participarão do curso de formação a fim de que possam portar armas de fogo. Consignou que foi determinado que o curso deveria ser realizado em turno adicional, perfazendo uma jornada de “72 horas semanais, sendo seis horas diárias de serviço, mais seis horas diárias destinadas ao curso obrigatório, sem esquecer de mencionar o labor prestado em regime de plantão de doze horas nos finais de semanas” (fl. 59), sem o pagamento de horas extras. Noticiou que para “maquiar esse absurdo, o município obrigou os participantes do curso a assinarem um ‘termo de voluntariado’, que era condição para o ingresso no curso” (fl. 59). Alegou que obrigar servidores públicos a desempenhar uma jornada de trabalho semanal de 72 horas viola o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º) e o art. 7º, XIII, da Constituição Federal (fl. 61).

Aduziu que o curso de formação era destinado a todos os integrantes da guarda municipal, inclusive aos servidores ocupantes de cargo em comissão e os desviados de função, apesar de o convênio formalizado entre a Prefeitura de Aracaju e a Secretaria Nacional de Segurança Pública prever que o curso deveria ser apenas para os guardas municipais. Assim, alegou haver desperdício de dinheiro público e desvio de finalidade do convênio (fl. 60).

O relator do MS 2009.106608, integrante do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, deferiu a medida liminar para “determinar aos impetrados que compensem as horas do curso a que se submeterem os guardas municipais, como horas trabalhadas, ou, alternativamente, indenizem ou remunerem as referidas horas, de modo que seja possível conciliar a atividade funcional dos impetrantes, com o quadro de funcionários e a carga horária de trabalho, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais)” (fl. 49).

Contra essa decisão o Município de Aracaju interpôs agravo interno (n.º 2009.108292), que restou desprovido, mantendo-se a decisão liminar, sob pena de afronta aos princípios da dignidade da pessoa humana e da irredutibilidade de vencimentos (fls. 50-55).

Compulsando os documentos juntados à inicial, verifica-se que o curso de formação teria início no dia 20.4.2009, com duração de 19 semanas (fl. 273). Percebe-se também que não foram juntadas aos autos cópia das informações prestadas ao relator do mandado de segurança e cópia da petição do agravo interno interposto pelo Município.

Ante o exposto, determino que o Município de Aracaju seja intimado para, no prazo de 5 dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 284 do CPC):

a) esclarecer sobre a realização ou não do curso de formação e, caso ainda esteja em andamento, informar a data prevista para o término;

b) juntar cópia das informações prestadas ao relator do mandado de segurança e da cópia da petição do agravo interno interposto pelo Município.

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 2.387-4 (156)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : ISMAR SILVA NOGUEIRAREQTE.(S) : CLÁUDIA DA CUNHA SAAVEDRA MARTINSADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ SILVA DE ANDRADE E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO VALE

DAS ACÁCIAS IMPERIAL - AMAVAIADV.(A/S) : VIVIAN PRADA ANGELO

DECISÃOAÇÃO CAUTELAR – OBJETO - INEXISTÊNCIA. 1.A Assessoria prestou as seguintes informações:Os autores pretendem obter, incidentalmente, medida acauteladora

para emprestar efeito suspensivo a agravo de instrumento mediante o qual buscaram imprimir trânsito a recurso extraordinário.

Consigno que os autos do referido agravo foram devolvidos à origem, em 13 de junho de 2008, considerada a decisão da Presidência da Corte, publicada no Diário de 30 de maio de 2008, de não conhecimento do recurso ante a ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, a teor do artigo 327 do Regimento Interno do Supremo (cópia anexa).

2.É dado constatar a perda de objeto do pleito formulado. O agravo interposto foi, ao que tudo indica, desprovido ante defeito referente ao recurso extraordinário – ausência de capítulo relativo à repercussão geral. Os autos baixaram à origem.

3.Nego seguimento ao pedido.4.Publiquem.Brasília – residência –, 3 de outubro de 2009, às 16h40.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO PENAL 433-8 (157)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREVISOR :MIN. CEZAR PELUSOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREU(É)(S) : FERNANDO LÚCIO GIACOBO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 16

ADV.(A/S) : ELISIO APOLINÁRIO RIGONATO CHAVES E OUTRO (A/S)

REU(É)(S) : ALCENI ANGELO GUERRAADV.(A/S) : THIAGO FERNANDES BOVERIO E OUTRO (A/S)

Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República e às defesas, sobre os documentos juntados, pelo prazo de cinco dias.

Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG.NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 4.074-7 (158)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RIO QUENTEADV.(A/S) : MARCELLO VIEIRA CINTRA

DECISÃO: Trata-se de reclamação em que o Município de Rio Quente impugna decisão do juiz da Vara do Trabalho de Caldas Novas, proferida nos autos da ação civil pública 01008-2005-161-18-00-6, que reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar demanda envolvendo a contratação temporária de servidores para o Programa Saúde na Família, sem a realização de concurso público.

O reclamante alega ofensa ao decidido por esta Corte na ADI 3.395-MC.

Ofício do juiz do Trabalho da Vara do Trabalho de Caldas Novas – GO, endereçado a esta Corte (fls. 545-548), e assinado eletronicamente, informa que nos autos da ação civil pública 01008-2005-161-18-00-6 foi proferida decisão reconhecendo a incompetência material da Justiça do Trabalho para o prosseguimento e julgamento da demanda, determinando a remessa dos autos à Justiça Comum Estadual (fls. 546-548).

Não obstante esteja pendente de julgamento agravo regimental contra minha decisão que deferiu a liminar, há que se reconhecer, desde já, a prejudicialidade do pedido, por perda superveniente de objeto.

Ante o exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o pedido, por perda superveniente de seu objeto. Fica prejudicado, por conseguinte, o agravo regimental.

Publique-se. Arquive-se. Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.973-8 (159)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CHAPECÓPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓAGDO.(A/S) : FLADIMIR OSMARININTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA (PROCESSO Nº 2008.068961-1)

DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. FIXAÇÃO DA BASE

DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DECISÃO RECLAMADA QUE ANULA A SENTENÇA E DETERMINA SEJA PROFERIDO NOVO JULGAMENTO. O ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA SÚMULA VINCULANTE N. 4 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO OCORRE. SEGUIMENTO NEGADO. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

1. Agravo Regimental na Reclamação ajuizada pelo Município de Chapecó-SC, em 11.9.2009, contra ato da Primeira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que, nos autos da Apelação Cível n. 2008.068961-1, teria desrespeitado a Súmula Vinculante n. 4 do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 4.9.2009, neguei seguimento à presente Reclamação (fls. 23-28, DJ 25.9.2009).

3. Em 30.9.2009, o Reclamante interpôs agravo regimental (fls. 30-31).

4. Vista ao Procurador-Geral da República para que se manifeste sobre o que alegado pelo Reclamante, ora Agravante (art. 52, inciso XV, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG.NOS EMB.INFR.OU DE NULIDADE NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.472-8

(160)

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : ÁLVARO SCALISEADVDOS. : WASHINGTON LUIZ PINTO MACHADO E OUTRASAGDO.(A/S) : UNIÃOADV. : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL.NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.129-0 (161)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : IVAN WLADIMIRSKYADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : SENADO FEDERALEMBDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DESPACHO: (PET SR/STF n. 114.441/2009)O Regimento Interno do STF admite a oposição de embargos de

declaração apenas em relação às decisões colegiadas [artigo 337]. Atendendo, contudo, ao princípio da fungibilidade recursal e considerando os precedentes jurisprudenciais desta Corte, determino a conversão destes embargos declaratórios em agravo regimental.

À Secretaria para as devidas providências.Após, voltem conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DECL.NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.145-1 (162)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : NICOLA ZACHARIAS MEDAGLIAADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : SENADO FEDERALEMBDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DESPACHO: (PET SR/STF n. 114.437/2009)O Regimento Interno do STF admite a oposição de embargos de

declaração apenas em relação às decisões colegiadas [artigo 337]. Atendendo, contudo, ao princípio da fungibilidade recursal e considerando os precedentes jurisprudenciais desta Corte, determino a conversão destes embargos declaratórios em agravo regimental.

À Secretaria para as devidas providências.Após, voltem conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

HABEAS CORPUS 96.159-2 (163)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : JESSICA SABRINA DE ARAUJOIMPTE.(S) : JIMMY AUGUSTO LIMA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 116150 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Conforme resumi na decisão em que indeferi o pedido de liminar (fls. 51-52):

“Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Jéssica Sabrina de Araújo contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (HC 116.150, rel. min. Paulo Gallotti). O impetrante não juntou cópia da decisão atacada. Não se sabe sequer se se cuida de indeferimento de medida cautelar ou de acórdão que apreciou o mérito.

Pelo que se extrai, com certo esforço, da inicial, a paciente foi denunciada por tentativa de furto, estando, em razão dessa acusação, presa provisoriamente.

A custódia motivou a impetração de habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. De acordo com a consulta processual de fls. 41-42, o TJSP apenas examinou o pedido de liminar, o qual restou indeferido.

Ao que tudo indica, tal indeferimento deu ensejo ao HC 116.150, impetrado ao STJ, cuja decisão (não se sabe se interlocutória ou final) não acolheu a pretensão do impetrante.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 17

Daí o presente writ, no qual se pede – tanto liminarmente, quanto no mérito – a liberdade provisória da paciente. Para tanto, alega-se, em resumo, que a acusada é primária, tem bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita. Diz, ainda, que não estão presentes os requisitos da prisão preventiva.”

Depois disso, prestaram-se informações (fls. 60-61, 65 e 70-71) e o Ministério Público Federal opinou pela prejudicialidade do pleito (fls. 78).

É o relatório.Decido.Segundo noticiado nas informações de fls. 60-61, o magistrado de

primeiro grau concedeu liberdade provisória à paciente.Assim sendo, julgo prejudicado o pedido, por perda superveniente

do objeto, nos termos do art. 38 da Lei 8.038/1990.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

HABEAS CORPUS 96.760-4 (164)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : GILBERTO LINHARES TEIXEIRAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão do Superior de Justiça no HC 49.343, assim ementado:

“HABEAS CORPUS. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. CRIMES DE PECULATO E DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA. PRISÃO CAUTELAR. EXCESSO DE PRAZO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. CONSTRANGIMENTO SUPERADO. LAUDO PERICIAL CONTÁBIL QUE, DENTRE OUTROS, EMBASOU A DENÚNCIA, FIRMADO POR TRÊS PERITOS OFICIAIS. AUSÊNCIA DE REGISTRO DE DOIS DESTES NO RESPECTIVO CONSELHO PROFISSIONAL. AUSÊNCIA DESSA EXIGÊNCIA NA LEI PROCESSUAL PENAL E NA LEI DA CARREIRA. NULIDADE INEXISTENTE.

1. O alegado excesso de prazo é questão que resta prejudicada em face da superveniente prolação de sentença penal condenatória pelo Juízo Federal processante.

2. O Código de Processo Penal não impõe ao perito oficial a obrigatoriedade de inscrição no respectivo Conselho Profissional para a realização de seu ofício. É de se notar, inclusive, que, na ausência de peritos oficiais, o § 1.º do art. 159 até permite que o exame seja realizado "por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do exame", flexibilidade legal que denota claramente a impropriedade da exigência restritiva, qual seja, a de inscrição no Conselho de Classe.

3. No mesmo diapasão, o Decreto-Lei n.º 2.320/87 e o Decreto n.º 5.116/04 – que tratam especificamente do ingresso na categoria funcional de Perito Criminal Federal do Quadro Permanente do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça – também não exigem que o candidato aprovado esteja inscrito no respectivo Conselho Regional de Contabilidade.

4. É inócua a discussão acerca da impugnada participação de um dos três peritos oficiais que assinaram o laudo na diligência de busca e apreensão dos documentos periciados, tendo em vista que – afastada a pretensa ilegalidade da atuação dos não-inscritos no Conselho Regional de Contabilidade –, ainda que o terceiro perito estivesse impedido, em nada macularia a perícia realizada, porquanto basta que dois deles assinem validamente o laudo.

5. O Paciente, com mais de 71 anos, está com a saúde bastante precária, em tratamento contra um câncer, e estava, antes de ser beneficiado com a liminar, em prisão domiciliar, não se tendo notícia de nenhuma ameaça à ordem pública, ao processo ou à eventual aplicação da lei penal nesse período em que esteve em liberdade.

Ademais, foi sentenciado a seis anos e dois meses de reclusão, em regime semi-aberto, já tendo permanecido preso preventivamente por, aproximadamente, um ano e dez meses. Nesse contexto, tem direito o Paciente de aguardar em liberdade o desfecho do processo.

6. Documento juntado pelo Advogado Impetrante – referente a transcrição de diálogo monitorado em outra ação penal – que não contribua para o deslinde da controvérsia posta nos autos deve ser desentranhado.

7. Habeas corpus, em parte, prejudicado e, no mais, concedida parcialmente a ordem, tão-somente para deferir ao Paciente o direito de aguardar em liberdade o desfecho final do processo, sem embargo da expedição de outro decreto prisional, por motivos supervenientes.

Determinação de desentranhamento de documento juntado, nos termos do voto da Relatora.”

2.O paciente foi denunciado pela prática dos delitos tipificados no artigo 312, caput, combinado com o artigo 327, §2º, ambos do Código Penal, e no artigo 90 da Lei 8.666/93, em concurso material de crimes e de agentes.

3.O co-réu Walter Rangel de Souza impetrou habeas corpus no STJ, contra acórdão do TRF 2ª Região, alegando a nulidade do laudo pericial que fundamentou a denúncia. Concedida a ordem, a defesa do ora paciente requereu a extensão de seus efeitos. O referido julgamento, no entanto, foi anulado a pedido do Ministério Público Federal, por ter ocorrido erro material

consubstanciado em que a Relatora afirmou, em Sessão, que o laudo pericial fora assinado por apenas um perito, quando a lei exige três. Verificou-se, depois, que o laudo fora, na verdade, assinado por três peritos, conforme exige a lei processual. Anulado o julgamento, restou, por óbvio, prejudicado o pedido de extensão.

4.O impetrante alega que o STJ não poderia anular a decisão. Isso porque não se tratava de “erro material” --- que autoriza a correção do julgado depois de sua publicação --- mas, sim, de “erro de fato”, que só pode ser alterado por meio de ação rescisória. Daí a inaplicabilidade do artigo 103 de seu Regimento Interno, que trata da divergência entre o acórdão e as notas taquigráficas.

5.Afirma que teria havido violação do devido processo legal, porquanto a impugnação do Ministério Público não poderia ter sido recebida após a ocorrência da preclusão temporal.

6.Requer seja restabelecido o acórdão que anulou o laudo pericial.7.A liminar foi indeferia.8.O parecer da PGR é pela denegação da ordem.9.É o relatório.10.Decido.11.As questões concernentes à tempestividade da impugnação do

Ministério Público e ao seu recebimento, bem assim à possibilidade de anulação do acórdão por erro material foram enfrentadas no HC 95.331, do qual fui relator, impetrado pelo co-réu Walter Rangel de Souza. A ordem foi denegada, por unanimidade, em acórdão assim ementado:

“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. PECULATO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. IMPETRAÇÃO ANTERIOR. PERDA DE OBJETO. "IMPUGNAÇÃO" DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO STJ. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO STJ. ERRO MATERIAL. CORREÇÃO A QUALQUER TEMPO. INTIMAÇÃO DA DEFESA PARA SESSÃO DE JULGAMENTO DE HC NO STJ. DESNECESSIDADE. PERITO FEDERAL CRIMINAL. EXIGÊNCIA DE INSCRIÇÃO NA ENTIDADE DE CLASSE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. LIBERDADE DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO (ART. 5º, INCISO XIII, DA CB/88). PERITO OFICIAL. INAPLICABILIDADE DA SÚM. 361/STF.

1.Anterior habeas corpus impetrado nesta Corte, visando à suspensão de novo julgamento de habeas corpus no STJ. Perda do objeto face à realização desse julgamento.

2.Intempestividade da impugnação apresentada pelo Ministério Público objetivando a anulação de habeas corpus, por ocorrência de erro material. Competência do Superior Tribunal de Justiça para o exame dos requisitos de admissibilidade de seus recursos. Precedente.

3.Inexatidão material no acórdão. Possibilidade de correção, a qualquer tempo, pelo órgão julgador, a requerimento ou de ofício (art. 463, I, do CPC). Precedentes.

4.Artigo 91 do RISTJ: "(i)ndependem de pauta o julgamento de habeas corpus e recursos de habeas corpus, conflitos de competência e de atribuições, embargos declaratórios, agravo regimental e exceção de suspeição e impedimento".

5.Artigo 5º, inciso XIII, da CB/88. Liberdade do exercício profissional, atendidas as qualificações estabelecidas em lei. Ausência de previsão, na legislação de regência de ingresso no cargo de perito federal, da exigência de inscrição na entidade de classe.

6.Súmula n. 361-STF, prevendo impedimento de perito que tiver participado de diligência de busca e apreensão. Inaplicabilidade, no caso, por se tratar de exame pericial realizado por perito oficial. Precedente.

Ordem indeferida.”12.Constou do meu voto:“2.Quanto à alegada intempestividade da ‘impugnação’ apresentada

pelo Ministério Público, compete tão-somente ao STJ analisar os pressupostos de admissibilidade dos recursos de sua competência. AA esse respeito, o HC n. 85.195, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 7.10.05, assim ementado:

‘HABEAS CORPUS. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL, CONSISTENTE EM ACÓRDÃO QUE NÃO CONHECEU DO RECURSO ESPECIAL, AO FUNDAMENTO DE IMPUGNAÇÃO GENÉRICA E DE IMPRESCINDIBILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO. O Superior Tribunal de Justiça é a jurisdição final sobre os pressupostos de admissibilidade do recurso especial, motivo pelo qual não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos e o rejulgar do recurso, salvo, por se tratar de habeas corpus, na hipótese de flagrante ilegalidade. Caso em que a Corte Superior de Justiça deu adequada solução ao recurso interposto. Inexistência, portanto, do alegado constrangimento ilegal.’

3.De mais a mais, o entendimento desta Corte é no sentido de que a existência de inexatidão material no acórdão autoriza, nos termos do art. 463, I, do Código de Processo Civil, a correção pelo próprio julgador, a qualquer tempo, de ofício ou a requerimento da parte interessada [RE n. 161.174-QO, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 1º.12.95; RE n. 199.466-QO, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 15.5.98, RE n. 190.117, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 19.3.99, entre outros.”

13.Tem-se, portanto, que o entendimento da Corte foi no sentido de ter ocorrido erro material no julgamento do STJ, ao contrário do sustentado pelo impetrante. Erro material, frise-se, admitido pela Relatora nestes termos:

“Antes de tudo, assumo o erro argüido, de fato existente, quando do julgamento deste habeas corpus na sessão do dia 03/04/2007. Realmente,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 18

depois de reler o corresponde acórdão publicado, pude verificar o equívoco:(...) o de considerar que, como inúmeros outros casos semelhantes, tratar-se-ia de laudo pericial assinado por um só perito, quando a lei processual exige dois. (...) Minha assessoria, por sua vez, encaminhou à publicação conteúdo diverso do que foi tratado na sessão de julgamento.

(...)Assim, existe divergência entre o que restou assentado no acórdão e

o que efetivamente foi discutido e decidido na sessão de julgamento, evidentemente deve prevalecer esse último. Nesse sentido, a norma regimental desta Corte:

(...)Cumpre ainda analisar outro aspecto do problema, qual seja, a

possibilidade de se corrigir o erro material consubstanciado na equivocada delimitação da controvérsia (...).

Examinando detidamente a hipótese dos autos, concluí que não há nenhum óbice para se corrigir o erro (...).”

14.O entendimento desta Corte está alinhado no sentido de que não cabe apreciar teses examinadas e refutadas em outra impetração, qual se vê da ementa do HC-AgR n. 92.179/RJ, Eros Grau, DJ de 22/2/2008:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. REITERAÇÃO DE TESES.

Habeas corpus reiterando teses refutadas por esta Corte em outra impetração.

Agravo regimental não provido.”15.Cf. no mesmo sentido: RHC 81.065/RJ, Maurício Corrêa, DJ de

28/9/01 e HC-AgR 93.378, Carlos Britto, DJ de 29/8/08.Nego seguimento à impetração, com fundamento no art. 38 da Lei n.

8.038/90.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.814-7 (165)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ARNOLDO MARTY JUNIORIMPTE.(S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 147122 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Alessandro Silverio e Bruno Augusto Gonçalves Vianna em favor de ARNOLDO MARTY JUNIOR contra decisão proferida pelo Min. Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, que, liminarmente, indeferiu outro writ impetrado naquela Corte Superior em favor do ora paciente.

A inicial narra que ARNOLDO MARTY JUNIOR foi preso em decorrência de investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Núcleo Regional de Londrina/PR, sob a acusação da prática do delito de receptação (art. 180, caput, do Código Penal).

Os impetrantes afirmam que a prisão do paciente primeiro se deu na modalidade temporária, sendo convertida em preventiva, por requerimento do Ministério Público ao oferecer a denúncia.

Aduzem que impetraram habeas corpus, com pedido de medida liminar, no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e outro no Superior Tribunal de Justiça, também com pleito liminar, sendo em ambas as instâncias indeferido o pedido excepcional.

Asseveram, ainda, que a hipótese descrita nos autos revela excepcionalidade suficiente a justificar o afastamento da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal.

Alegam que o despacho que decretou a preventiva não foi suficientemente fundamentada, pois não estava amparada em dados concretos que justificassem a necessidade da medida constritiva.

Seguem a narrativa demonstrando o desacerto dos fundamentos do decreto de prisão, para, ao fim, requererem a concessão de medida liminar para sejam suspensos, até julgamento de mérito deste writ, os efeitos da ordem constritiva.

É o brevíssimo relatório. Decido.Com efeito, a superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente

seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação da Súmula 691.

É de se ter em conta, da leitura da inicial, que os argumentos ora apresentados são os mesmos levados a conhecimento do STJ. Ademais, a impetração volta-se, em essência, contra indeferimento de liminar em outro habeas corpus impetrado no TJ/PR, razão pela qual o conhecimento da ação importaria em dupla supressão de instância jurisdicional, o que torna inviável, desse modo, o exame desta ordem.

Diante de tal quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo das instâncias ordinárias, não sendo a hipótese de

se abrir, nesse momento, a via de exceção.Acrescente-se, por fim, que a impetração extrapola os limites da via

estreita do habeas corpus, que não admite discussão aprofundada de fatos e provas, como tem consignado esta Corte por meio de remansosa jurisprudência (HC 83.872/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; HC 79.503/RJ, Rel. Min. Maurício Corrêa; 85.390/RS, Rel. Min. Carlos Velloso).

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.852-0 (166)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LEVI AUGUSTO DA COSTAPACTE.(S) : SYLVIA CARLA ALVES DOS SANTOS LIMA OU SILVIA

CARLA ALVES DOS SANTOSIMPTE.(S) : ANDERSON NATAL PIOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144.041 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Anderson Natal Pio em favor de LEVI AUGUSTO DA COSTA e SULVIA CARLA ALVES DOS SANTOS ou SILVIA CARLA ALVES DOS SANTOS contra ato do Min. Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar requerida no HC 144.041/SP.

A inicial narra que os pacientes foram presos em suposto estado de flagrância em 8/10/2008, na cidade de Capão Bonito/SP, sob a alegação de terem transgredido o art. 33 da Lei 11.343/2006.

O impetrante afirma que requereu a elaboração de prova técnica para a confrontação das vozes atribuídas aos pacientes com as que foram colhidas nas escutas telefônicas que motivaram as prisões, sendo que até a data desta impetração o pedido não foi apreciado.

Assevera, em suma, que o manifesto excesso de prazo, qual seja, de mais de trezentos e quarenta e quatro dias, sem razoável justificação, constitui constrangimento ilegal, que, no seu entender, autorizaria o relaxamento da prisão cautelar.

Ressalta que não há comprovação de que tal demora possa ser atribuída à defesa ou aos acusados, daí o constrangimento ilegal.

Ao final requer a concessão de medida liminar para se determinar o relaxamento da prisão cautelar imposta aos pacientes.

É o relatório suficiente. Decido.Eis o teor da decisão ora atacada:“A pretensão deduzida em sede de liminar confunde-se com o mérito

desta impetração, inviabilizando seu deferimento, sob pena de contrariar entendimento deste Superior Tribunal, no sentido de que: ‘... a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ não cabe medida satisfativa antecipada’ (HC 17.579/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ de 9/8/2001).

Com efeito, o pedido formulado em sede de cognição sumária não pode ser deferido por relator quando a pretensão implica a antecipação da prestação jurisdicional de mérito, tendo em vista que a liminar em sede de habeas corpus, de competência originária de tribunal, como qualquer outra medida cautelar, deve restringir-se à garantia da eficácia da decisão final a ser proferida pelo órgão competente para o julgamento, quando, evidentemente, fizerem-se presentes, simultaneamente, a plausibilidade jurídica do pedido e o risco de lesão grave ou de difícil reparação.

De mais a mais, não vislumbro a plausibilidade jurídica do pedido a autorizar a concessão da pretensão deduzida em sede de cognição sumária, uma vez que é entendimento da 5ª Turma do STJ, verbis :

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO LEGAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO.

1. O inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal estabelece que o tráfico ilícito de entorpecentes constitui crime inafiançável.

2. Não sendo possível a concessão de liberdade provisória com fiança, com maior razão é a não concessão de liberdade provisória sem fiança.

3. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que a vedação imposta pelo art. 2º, II, da Lei 8.072/90 é fundamento suficiente para o indeferimento da liberdade provisória (HC 76.779/MT, Rel. Min. FELIX FISCHER).

4. A Lei 11.343/06, expressamente, fez constar que o delito de tráfico de drogas é insuscetível de liberdade provisória.

5. Ordem denegada. (HC 88.282/AC, minha relatoria, DJ de 17/12/07) Lado outro, o excesso de prazo deve ser sempre examinado à luz do

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 19

princípio da razoabilidade.Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.Intime-se. Solicitem-se informações à apontada autoridade coatora,

com esclarecimentos sobre o andamento da ação penal.Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para

parecer.Oportunamente, voltem-me conclusos para julgamento pela 5ª Turma

do STJ.” (fl. 49).Com efeito, a superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente

seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação da Súmula 691.

Verifica-se que a autoridade impetrada, ao indeferir a cautelar requerida, apreciou tão somente os requisitos autorizadores para a concessão dessa excepcional medida, e concluiu pela inexistência deles.

Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder.Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento

definitivo do Superior Tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.889-9 (167)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MIKE NIGLIOU MIKE NIGGLI OUIMPTE.(S) : LEONARDO HAUCH DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO1.Não há pedido de liminar. Estando no processo as peças

indispensáveis à compreensão da controvérsia, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

2.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 100.904-6 (168)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CLAUDECIR PEREIRA DE FARIAIMPTE.(S) : CLAUDECIR PEREIRA DE FARIACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE MARTINÓPOLIS

1. Examinando os autos do presente writ, verifico que a decisão ora hostilizada foi proferida pelo Juiz de Direito da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Martinópolis/SP (fl. 03).

2. O Supremo Tribunal Federal não possui competência para apreciar o presente writ, uma vez que a autoridade coatora não se encontra no rol inscrito no art. 102, I, alíneas d e i, da Constituição Federal.

3. Ante o exposto, sendo manifesta a incompetência desta Corte, não conheço do presente habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º; e art. 38 da Lei 8.038). Encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, independentemente de prévia publicação, dada a natureza do pedido.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

HABEAS CORPUS 100.910-1 (169)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JAILSON ALVES DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Manifeste-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.917-8 (170)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MARIA ANUNCIADA DOS SANTOSIMPTE.(S) : MARIA ANUNCIADA DOS SANTOSADV.(A/S) : FRANCISCO RODRIGUES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.665 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de MARIA ANUNCIADA DOS SANTOS, no qual é indicado como autoridade coatora o relator do HC nº 146.665, min. Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar pretendida no referido writ.

Consta dos autos que a ora paciente foi indiciada, em processo administrativo disciplinar, pela suposta prática das infrações previstas nos artigos 3º, alínea "b", e 4º, alínea "h", ambos da Lei nº 4.998/65.

Inconformada com a instauração do procedimento administrativo disciplinar, a paciente impetrou habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que declinou da competência para o Superior Tribunal de Justiça, uma vez que a autoridade apontada como coatora, responsável pela instauração do referido procedimento disciplinar, era o desembargador corregedor do Tribunal pernambucano. No STJ, o pedido de liminar foi indeferido monocraticamente pelo ministro relator.

Sobreveio, então, o presente habeas corpus, no qual se alega, em síntese, a existência de constrangimento ilegal decorrente da instauração do processo disciplinar pelo suposto cometimento de infração cuja punibilidade já estaria prescrita.

Requer, tanto liminarmente quanto no mérito, a suspensão do procedimento administrativo instaurado contra a ora paciente.

É o relatório.Decido.Não é possível dar seguimento à presente impetração.Conforme reiterado entendimento desta Corte, o “remédio processual

do habeas corpus possui destinação constitucional específica, achando-se vocacionado à imediata tutela jurisdicional do direito de ir, vir e permanecer das pessoas. Não pode ser utilizado como sucedâneo de outras ações judiciais, notadamente naquelas hipóteses em que o direito-fim não se identifica com a própria liberdade de locomoção física” (HC nº 71.631, rel min. Celso de Mello, DJ de 18.05.2001).

O habeas corpus é ação constitucional autônoma destinada à proteção da liberdade de locomoção, compreendida como a faculdade de ir, vir e permanecer, contra ilegalidade ou abuso de poder. Daí porque o sedimentado entendimento de que não pode o habeas corpus “ser utilizado para a proteção de direitos outros” (HC nº 82.880, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 16.05.2003).

Em caso análogo, esta Corte já se manifestou no HC 60.093 (rel. Min. Aldir Passarinho, DJ de 22.10.1982), cujo acórdão foi assim ementado:

“Habeas corpus. Processo disciplinar contra magistrado. Indequação do ‘habeas corpus’ para atacá-lo. A via processual do ‘habeas corpus’ não é a adequada para obter-se trancamento de processo disciplinar instaurado contra magistrado, com vistas a sua possível colocação em disponibilidade, se é certo que nenhuma ameaça existe quanto à sua liberdade de locomoção. Aliás é a própria constituição que fixa os limites do uso do "habeas corpus" (grifei).

Assim, por não vislumbrar na impetração fatos que indiquem ao menos uma remota ameaça de violência ou coação à liberdade de locomoção da paciente, entendo que a pretensão deduzida é inadmissível, pois, insuscetível de ser apreciada nesta via, destinada, repito, exclusivamente à tutela da liberdade de locomoção física.

Por outro lado, ainda que seja superado o óbice da inadequação do writ, a presente impetração também não mereceria prosperar.

Conforme relatado, a insurgência objetiva impugnar decisão monocrática proferida por relator em liminar pleiteada em habeas corpus impetrado ao Superior Tribunal de Justiça.

Nesse ponto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido da não admissibilidade da via eleita quando atacar o indeferimento monocrático de liminar pretendida em habeas corpus requerido a tribunal superior, orientação esta que restou cristalizada na Súmula nº 691, segundo a qual

“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.”

O afastamento desse enunciado é admitido apenas em caráter excepcional, se verificada hipótese de flagrante violação à liberdade de locomoção, o que não é o caso, como já verificado anteriormente.

Do exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038), sobretudo por sua inadequação ao fim objetivado.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 20

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.921-6 (171)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : JOÃO VALDIR DOS SANTOS MERÓDIOIMPTE.(S) : ANSELMO PIRES DE SOUZA E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não tendo, à primeira vista, por configurados seus requisitos, indefiro a liminar.

Solicitem-se informações; após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

HABEAS CORPUS 100.922-4 (172)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCELO LAGO MARQUESIMPTE.(S) : ABRAHÃO LINCOLN DA SILVA MONACOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia das seguintes peças: a petição do

habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça; a inicial da idêntica medida formalizada no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia; a decisão mediante a qual determinada a prisão preventiva e o mandado de prisão devidamente cumprido. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 231.6954-2/2008, em curso no Juízo da 2ª Vara Privativa do Júri da Comarca de Salvador/BA. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e ao Juízo Criminal.

3.Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à providência.4.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.923-2 (173)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LUCIANA GARCIA VEGINIIMPTE.(S) : ALEXANDRE WUNDERLICH E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 122.126 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Alexandre Wunderlich, Salo de Carvalho, Cristiana Tider Fonseca e Bruna Baron Klaic em favor de LUCIANA GARCIA VEGINI, contra decisão do Ministro Og Fernandes, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Relator do HC 122.126/RS que indeferiu liminarmente o writ.

A inicial narra que a paciente foi denunciada pela suposta prática do delito descrito no art. 319, combinado com os arts. 70, e 61, II, g, do Código Penal.

Aduzem que foi aceita a proposta de suspensão condicional do processo, sem prejuízo do julgamento do mérito do habeas corpus impetrado na Turma Recursal dos Juizados Especiais Criminais, que posteriormente denegou a ordem.

Inconformada, a defesa manejou writ no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que também teve a ordem denegada. Tal decisão motivou o ajuizamento de nova impetração no STJ, sendo indeferida a liminar.

É contra essa última decisão que se insurgem os impetrantes.Pleiteiam o afastamento da Súmula 691 deste Tribunal em face do

excesso de prazo no julgamento do habeas corpus pelo STJ, além da existência de jurisprudência pacífica que reconhece a competência do Tribunal de Justiça para julgamento do writ contra decisão de Turma Recursal do Juizado Especial Criminal.

Sustentam, em síntese, a atipicidade da conduta imputada à paciente, existência de jurisprudência pacífica em favor da tese defendida, além da demora injustificada e omissão no julgamento do habeas corpus no STJ. Por fim, alegam que, em razão do atraso do julgamento de mérito do writ pelo Superior Tribunal de Justiça, as condições impostas na suspensão condicional do processo estão na iminência de seu total cumprimento.

Mencionam, em abono aos argumentos expendidos, precedentes desta Corte.

Ao final requerem, liminarmente, a concessão da ordem “para suspender o termo relativo à suspensão condicional do processo instaurado contra a paciente até o julgamento do mérito do habeas corpus impetrado no STJ” (fl. 9).

É o relatório suficiente. Decido.

A possibilidade da concessão de medida liminar em habeas corpus, se dá de forma excepcional, em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

Na espécie, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que se faz possível nessa fase do processo, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Ademais, a medida pleiteada confunde-se com o próprio mérito do pedido, o qual será examinado no momento oportuno pela Turma Julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de um exame mais aprofundado por ocasião do julgamento colegiado, indefiro a medida liminar.

Solicitem-se informações ao Ministro Relator do HC 122.126/RS do Superior Tribunal de Justiça.

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República. Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.924-1 (174)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JOSÉ AMARO DOS SANTOSIMPTE.(S) : MARUZAM ALVES DE MACEDO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.518 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC145.518/MG), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula 691/STF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.925-9 (175)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : FARISTON TOSCANO DE MEDEIROSIMPTE.(S) : MARUZAM ALVES DE MACEDO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.904 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 21

por Maruzam Alves de Macedo e Ramon Ribeiro de Macedo em favor de FARISTON TOSCANO DE MEDEIROS, contra ato do Min. Celso Limongi, Desembargador convocado do TJ/SP no Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar requerida no HC 143.904/MG.

Os impetrantes iniciam a narrativa informando que impetraram três habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, os quais não foram conhecidos por razões processuais. Entendem, contudo, que não houve a devida prestação jurisdicional por parte do Tribunal mineiro.

Afirmam que por consequência de tais decisões manejaram outro writ no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Relator sorteado indeferiu a liminar. Daí a presente impetração.

Alegam que o sucessivo não conhecimento dos habeas corpus implica em negativa de prestação jurisdicional, com violação, assim, ao texto constitucional.

Aduzem que a pretensão ora deduzida é para que se estenda a ordem concedida ao corréu Adauto Fernandes de Paulo em outro writ impetrado no TJ/MG.

Sustentam que há excesso para a formação de culpa do acusado e que os corréus possuem situação “fático-jurídicas” equivalentes, pois foram presos por força da mesma decisão judicial, e, ainda, denunciados e condenados por suposta infringência aos arts. 33 e 35 da Lei de Tóxicos, não havendo, assim, qualquer circunstância de caráter pessoal que justifique a diferenca de tratamento.

Ressaltam que há apelação interposta aguardando parecer ministerial desde 3/12/2008, “malgrado o legislador tenha fixado o prazo de oito (08) dias para seu valioso parecer” (fl. 10), o que configuraria o constrangimento ilegal, considerado o excesso de prazo.

Por fim, pedem, liminarmente, a concessão da ordem para se determinar a soltura do paciente.

É o relatório suficiente. Decido.Com efeito, a superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente

seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação da Súmula 691.

Verifica-se que a autoridade impetrada, ao indeferir a cautelar requerida, apreciou tão somente os requisitos autorizadores para a concessão dessa excepcional medida, e concluiu pela inexistência deles.

Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder.Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento

definitivo do Superior Tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.926-7 (176)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : LEANDRO FERREIRA MENDES DE SOUZA OU

LEANDRO FERREIRA MENDES DA SILVAIMPTE.(S) : MARUZAM ALVES DE MACEDO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 140.946 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática que indeferiu pedido de liminar do writ anteriormente

aforado perante o Superior Tribunal de Justiça (HC 140.946/MG, rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima).

Narra a inicial que o paciente teve sua prisão preventiva decretada em razão da suposta prática dos crimes tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006.

Contra tal decisão, foi impetrado habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que denegou a ordem pleiteada. Irresignada, a defesa impetrou o referido HC 140.946/MG ao Superior Tribunal de Justiça. O pedido de liminar foi indeferido pelo eminente relator, Ministro Arnaldo Esteves Lima (fl. 38).

Sustentam os impetrantes, em síntese: a) falta de fundamentação idônea da decisão que decretou a segregação cautelar do paciente; b) ausência dos pressupostos autorizadores da prisão preventiva; e c) possibilidade de abrandamento da Súmula 691/STF. Requerem a concessão de provimento liminar.

2. A decisão impugnada pelo presente habeas corpus, da lavra do Ministro Arnaldo Esteves Lima, salientou que, “a liminar, na via eleita, não tem previsão legal, sendo criação da jurisprudência para casos em que a urgência, necessidade e relevância da medida se mostrem evidenciadas de forma indiscutível na própria impetração e nos elementos de prova que a acompanham” (fl. 38).

Ressaltou, na mesma oportunidade, que, “no caso, o constrangimento não se mostra com a nitidez imprimida na inicial, estando a exigir um exame mais detalhado dos elementos de convicção carreados aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento definitivo” (fl. 38).

3. Vale frisar que o rigor na aplicação da Súmula 691/STF – segundo a qual “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar” – tem sido abrandado por julgados desta Corte apenas em hipóteses excepcionais de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesses termos, enumero as decisões colegiadas: HC 84.014/MG, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 25.06.2004; HC 85.185/SP, Pleno, por maioria, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 1º.09.2006; e HC 88.229/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, maioria, julgado em 10.10.2006.

4. Contudo, não vislumbro a presença de qualquer um dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na Súmula 691/STF, sob pena de supressão de instância.

5. Ainda que superado o referido óbice, verifico que o presente writ não merece prosperar.

6. O Ministério Público do Estado de Minas Gerais requereu a prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para asseguramento da aplicação da lei penal, salientando que:

“(...).Com efeito, depreende-se dos autos que após a ação policial,

LEANDRO empreendeu fuga, sendo que contra ele pesa mandado de prisão pendente de cumprimento nos autos de execução penal, conforme registrado à fl. 70 da sua F.A.C. ...

A par dessa circunstância, chega-se ao corolário de que a segregação preventiva do denunciado se faz imprescindível para assegurar a aplicação da lei penal, eis que trata de indivíduo foragido da Justiça Criminal, que desde a fase policial está se furtando à aplicação da lei penal.

Além do mais, sua condição de foragido compromete sobremaneira a tramitação do feito, exigindo sua notificação editalícia e caso permaneça revel sem constituir advogado nos autos, ensejará a cisão do feito, o que inegavelmente dificultará a busca da verdade real.

Por outro vértice, observa-se que o denunciado LEANDRO possui inúmeras anotações criminais, contando inclusive com 02 (duas) recentes condenações pela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, uma das quais encontra-se ainda em fase de execução penal, o que evidencia a sua indiferença com a Justiça Criminal, sem olvidar que vem sistematicamente colocando em risco a saúde pública.

In casu, não há dúvidas de que o denunciado LEANDRO, uma vez mantido em liberdade, continuará disseminando o tráfico de drogas como forma de obter lucro fácil em detrimento da saúde pública.

(...).Ora, basta ver que em pouco tempo de liberdade, o denunciado

LEANDRO já constituiu um patrimônio considerável, o que é evidenciado especialmente através da apreensão dos veículos automotores de expressivos valores econômicos.

Com efeito, nada obstante a condenação definitiva pelo crime de tráfico, tendo, inclusive, sido preso e autuado em flagrante naquela ocasião, isso no início de 2007, conforme F.A.C. de fl. 65, o denunciado LEANDRO voltou a praticar o mesmo delito, ficando patenteado nos autos que faz ele do narcotráfico um meio de vida. (...).

Posto isso, manifestamos favoravelmente ao deferimento da representação pela prisão preventiva de LEANDRO FERREIRA MENDES DE SOUZA, seja por conveniência da instrução criminal, seja para garantia da ordem pública, seja para assegurar a aplicação da lei penal no caso de condenação.” (Fls. 18-21).

Como se constata da decisão de fls. 22-23, o Magistrado de primeiro grau deferiu a promoção ministerial para decretar a prisão preventiva do paciente, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal:

“(...).A materialidade restou comprovada pelo Laudo de Constatação (fl.

36), bem como pelos exames periciais acostados aos autos (fls. 50/64).O forte indício de autoria encontra-se no teor dos depoimentos

prestados pelas testemunhas ouvidas por ocasião da prisão em flagrante dos denunciados (fls. 07/15).

Verifica-se dos autos que o representado empreendeu fuça após a ação policial. Demais disso, há mandado de prisão pendente de cumprimento nos autos da Execução Penal.

Assim, a prisão preventiva do denunciado se mostra necessária para assegurar a aplicação da lei penal.

Por outro lado, as prisões tidas como processuais não se constituem em violação a nenhum direito constitucional ou processual do representado, tendo a finalidade de garantir a ordem pública, bem como posterior instrução criminal pela boa e transparente coleta de provas.

Assim, defiro a representação ministerial, e decreto a prisão preventiva de LEANDRO FERREIRA MENDES DE SOUZA, vulgo ‘LEANDRO PATRÃO’, ex vi do disposto no artigo 311 e seguintes do Código de Processo Penal.”.

7.Assim, constato que a prisão preventiva do paciente foi fundamentada nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 22

8. Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente writ.Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.927-5 (177)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : ANDRÉA BARCELOS MENDESIMPTE.(S) : MARUZAM ALVES DE MACEDO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não tendo, à primeira vista, por configurados seus requisitos, indefiro a liminar.

Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.932-1 (178)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : RAFAEL JANSSENIMPTE.(S) : FRANCIS RAFAEL BECK E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Francis Rafael Beck e Jader da Silveira Marques em favor de RAFAEL JANSSEN, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 133.199/RS (Relator Ministro Felix Fischer).

A inicial narra que o paciente foi preso em flagrante em 16/1/2009, e denunciado pela suposta prática dos delitos descritos nos arts. 33, caput, da Lei 11.343/2006, e 16, parágrafo único, IV, da Lei 10.826/2003.

Aduzem que, da decisão do juízo de primeiro grau que recebeu a denúncia, a defesa manejou writ no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul pleiteando a concessão de liberdade provisória ao paciente, e, em seguida, outro no STJ, sendo denegada a ordem em ambas as impetrações.

É contra essa última decisão que se insurgem os impetrantes.Sustentam, em síntese, a ausência de provas para imputação dos

delitos de tráfico de drogas e de posse ilegal de arma, a falta de decisão fundamentada para a manutenção da custódia do paciente e a possibilidade de ser concedida liberdade provisória para acusados de tráfico de drogas nas hipóteses em que não se verificarem os requisitos da prisão preventiva.

Afirmam ser necessária a configuração de pelo menos um dos requisitos autorizadores da custódia preventiva, elencados no art. 312 do Código de Processo Penal.

Alegam, ainda, que Rafael Jansen não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e ocupação lícita.

Mencionam, em abono aos argumentos expendidos, precedentes desta Corte.

Ao final requerem, liminarmente, a concessão da ordem para que seja permitida a liberdade provisória do paciente.

É o relatório suficiente. Decido.A possibilidade da concessão de medida liminar em habeas corpus,

se dá de forma excepcional, em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

Na espécie, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que se faz possível nessa fase do processo, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Ademais, consta dos autos que o paciente foi preso em flagrante delito e permanece encarcerado. Além disso, é importante frisar que a Lei 11.343/2006, em seu art. 44, veda a liberdade provisória.

Por fim, em situação que também envolvia pedido de liberdade em caso de tráfico ilícito de entorpecentes, tive a oportunidade de me manifestar no seguinte sentido:

“Os pacientes foram denunciados pela prática, em tese, dos crimes tipificados no art. 33 da Lei 11.343/2006 – tráfico ilícito de drogas – (fls. 27-29), cujo art. 44 dispõe, expressamente, ser vedada a liberdade provisória naquelas hipóteses típicas de conteúdo variado.

Em que pese o tráfico ilícito de drogas ser tratado como equiparado a hediondo, a Lei 11.343/2006 é especial e posterior àquela – Lei 8.072/90. Por essa razão, a liberdade provisória viabilizada aos crimes hediondos e equiparados pela Lei 11.464/2007 não abarca, em princípio, a hipótese de tráfico ilícitos de drogas. Ausente, portanto, neste juízo preliminar e provisório, o fumus boni iuris.

Cito as seguintes decisões monocráticas nas quais foram indeferidas as medidas liminares deduzidas em situações semelhantes: HC 92.243/GO, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 20/8/2007; HC’s 91.550/SP e 90.765/SP, Rel. Min.

Sepúlveda Pertence, DJ’s 31/5/2007 e 02/4/2007, respectivamente.Isso posto, indefiro a medida liminar.” (HC 92.723/GO, DJ de

18/10/2007).Isso posto, indefiro a medida liminar. Estando os autos suficientemente instruídos, ouça-se o Procurador-

Geral da República. Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.934-8 (179)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : MÁRCIO BATISTA DA SILVAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.449 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática que indeferiu pedido de liminar do writ anteriormente aforado perante o Superior Tribunal de Justiça (HC 146.449/RJ, rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima).

Narra a inicial que, nos autos da ação penal 1999.001.070163-2, o paciente foi condenado à pena de 10 (dez) anos de reclusão, pela prática do crime previsto nos arts. 12 e 14 da Lei 6.368/76.

Observa que, na ação penal 2002.001.159990-2, o paciente foi condenado à pena de 12 (doze) anos de reclusão, como incurso nos delitos tipificados nos arts. 12 e 14 da Lei 6.368/76.

Em outra ação penal (Processo 2005.206.003625-0), o paciente foi condenado à pena de 6 (seis) anos de reclusão, pela prática do tipo penal disposto no art. 14 da Lei 6.368/76.

Já na ação penal 1999.001.175459-0, o paciente foi condenado à pena de 23 (vinte e três) anos e 6 (seis) meses de reclusão, como incurso nos crimes inseridos no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal, por três vezes, e no art. 14 da Lei 6.368/76.

Noticia que, “ao longo de 5 (cinco) anos e 14 (quatorze) dias, o ora paciente foi processado e condenado em todas as ações penais em referência, sempre como incurso nas penas do art. 14 da Lei 6.368/1976” (fl. 07).

Alega o impetrante, em síntese: a) possibilidade de abrandamento da Súmula 691/STF; b) existência de “crime único ante a diversas imputações lançadas contra o acusado” (fl. 09); c) cumulação indevida de condenações pela mesma conduta criminosa de associação para o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes.

Requer a concessão de provimento liminar, para que o paciente possa aguardar em liberdade até o julgamento de mérito da presente impetração (fl. 33).

2. A decisão impugnada pelo presente habeas corpus, da lavra do Ministro Arnaldo Esteves Lima, assentou que:

“A pretensão deduzida em sede de liminar confunde-se com o mérito desta impetração, inviabilizando seu deferimento, sob pena de contrariar entendimento deste Superior Tribunal, no sentido de que: “... a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ não cabe medida satisfativa antecipada” (HC 17.579/RS, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ de 9/8/2001).

Com efeito, o pedido formulado em sede de cognição sumária não pode ser deferido por relator quando a pretensão implica a antecipação da prestação jurisdicional de mérito, tendo em vista que a liminar em sede de habeas corpus, de competência originária de tribunal, como qualquer outra medida cautelar, deve restringir-se à garantia da eficácia da decisão final a ser proferida pelo órgão competente para o julgamento, quando, evidentemente, fizerem-se presentes, simultaneamente, a plausibilidade jurídica do pedido e o risco de lesão grave ou de difícil reparação.

De mais a mais, não vislumbro, ao menos em exame preliminar, a plausibilidade jurídica do pedido a autorizar a concessão da pretensão deduzida em sede de cognição sumária.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.” (fl. 608).3. Vale frisar que o rigor na aplicação da Súmula 691/STF – segundo

a qual “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar” – tem sido abrandado por julgados desta Corte apenas em hipóteses excepcionais de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesses termos, enumero as decisões colegiadas: HC 84.014/MG, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 25.06.2004; HC 85.185/SP, Pleno, por maioria, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 1º.09.2006; e HC 88.229/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, maioria, julgado em 10.10.2006.

4. Contudo, não vislumbro a presença de qualquer um dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na Súmula 691/STF, sob pena de supressão de instância.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 23

5. Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente writ.Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.938-1 (180)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : CRISTIAN SILVESTRI BERTASOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de CRISTIAN SILVESTRI BERTASO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que deu provimento ao recurso especial do Ministério Público Federal para restabelecer a sentença condenatória. A ementa desse julgado foi redigida nestes termos:

“CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. VALOR SUPERIOR ÀQUELE PREVISTO NO ART. 1.º, § 1.º, DA LEI N.º 9.441/97.

1. Não é possível utilizar o art. 4.º da Portaria n.º 4.910/99 do Ministério da Previdência e Assistência Social como parâmetro para aplicar o princípio da insignificância, já que o mencionado dispositivo se refere ao não ajuizamento de ação de execução, e não de causa de extinção de crédito.

2. O melhor parâmetro para afastar a relevância penal da conduta é justamente aquele utilizado para extinguir todo e qualquer débito oriundo de contribuições sociais junto ao Instituto Nacional de Seguro Social, consoante dispõe o art. 1.º, § 1.º, da Lei n.º 9.441/97, que determina o cancelamento da dívida igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais). Precedentes.

3. Recurso provido” (fl. 308).A inicial narra que o paciente foi condenado à pena de dois anos, seis

meses e dez dias de reclusão e quinze dias multa, pela prática do delito previsto no art. 168-A, combinado com o art. 71, ambos do Código Penal, sendo a pena substituída por outra restritiva de direito, consubstanciada em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de R$ 400,00.

Afirma que a defesa interpôs apelação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que, por maioria, absolveu o paciente, ao fundamento de que ao caso se aplicava o princípio da insignificância.

Contra tal decisão o Parquet federal recorreu por meio de recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça, o qual deu provimento ao recurso para restabelecer a sentença condenatória. Daí a presente impetração.

É o breve relatório. Decido.Com efeito, a concessão de medida liminar em habeas corpus se dá

de forma excepcional em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

Na espécie, não obstante os argumentos expendidos na longa inicial, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que se faz possível nessa fase do processo, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Isso posto, indefiro a medida liminar.Estando os autos bem instruídos, ouça-se o Procurador-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.939-9 (181)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CÉLIO MENDES FARIASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1.Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão que negou provimento a recurso especial anteriormente aforado no Superior Tribunal de Justiça (Resp. 1.112.384/PR).

Narra a inicial que o acórdão atacado confirmou outro proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em sede de recurso em sentido estrito, para determinar o recebimento de denúncia oferecida em desfavor do paciente, outrora rejeitada pelo Juízo da 2ª Vara Federal Criminal de Foz do Iguaçu/PR.

A denúncia in casu refere-se a suposto crime de descaminho, no qual o valor dos tributos ilididos seria de R$ 3.879,30 (três mil oitocentos e setenta e nove reais e trinta centavos).

O impetrante alega que incide na espécie o princípio da insignificância penal ao descaminho quando o valor dos tributos ilididos não

ultrapassa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com fundamento no art. 20 da Lei 10.522/02, com a redação da Lei 11.033/04.

Assim, requer o provimento de medida liminar, para trancar a ação penal na 2ª Vara Federal Criminal de Foz do Iguaçu/PR até o julgamento deste writ, e, ao final, a concessão da ordem, para anular a decisão anterior, que deu provimento ao recurso especial.

2.A relatora do acórdão, Min. Laurita Vaz, abraçou a tese “de que o melhor parâmetro para afastar a relevância penal da conduta é justamente aquele utilizado pela Administração Fazendária para extinguir o débito fiscal, consoante dispõe o art. 18, § 1º, da Lei n.º 10.522/2002, que determina o cancelamento da dívida tributária igual ou inferior a R$ 100.00 (cem reais)”.

3.Por outro lado, o art. 20 da Lei 10.522/02 determina o arquivamento das execuções fiscais, sem baixa na distribuição, quando os débitos inscritos como dívida ativa da União forem iguais ou inferiores a R$ 10.000,00 (valor modificado pela Lei nº 11.033/04).

Ambas as Turmas desta Suprema Corte tem precedentes no sentido de que falta justa causa para a ação penal por crime de descaminho quando a quantia sonegada não ultrapassar o valor previsto no art. 20 da Lei 10.522/02. Nesse sentido, transcrevo os seguintes julgados:

“HABEAS CORPUS. CONTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. PACIENTE PROCESSADO PELA INFRAÇÃO DO ART. 334, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL (DESCAMINHO). ALEGAÇÃO DE INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FAVORÁVEL À TESE DA IMPETRAÇÃO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO PARA DETERMINAR O TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.

1. O descaminho praticado pelo Paciente não resultou em dano ou perigo concreto relevante, de modo a lesionar ou colocar em perigo o bem jurídico reclamado pelo princípio da ofensividade. Tal fato não tem importância relevante na seara penal, pois, apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma penal, incide, na espécie, o princípio da insignificância, que reduz o âmbito de proibição aparente da tipicidade legal, e, por conseqüência, torna atípico o fato denunciado.

2. A análise quanto à incidência, ou não, do princípio da insignificância na espécie deve considerar o valor objetivamente fixado pela Administração Pública para o arquivamento, sem baixa na distribuição, dos autos das ações fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União (art. 20 da Lei n. 10.522/02), que hoje equivale à quantia de R$ 10.000,00, e não o valor relativo ao cancelamento do crédito fiscal (art. 18 da Lei n. 10.522/02), equivalente a R$ 100,00.

3. É manifesta a ausência de justa causa para a propositura da ação penal contra o ora Paciente. Não há se subestimar a natureza subsidiária, fragmentária do Direito Penal, que só deve ser acionado quando os outros ramos do direito não sejam suficientes para a proteção dos bens jurídicos envolvidos.

4. Ordem concedida. (HC 96.309/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 24.04.2009).”

“DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. VALOR SONEGADO INFERIOR AO FIXADO NO ART. 20 DA LEI Nº 10.522/02. ATIPICIDADE DA CONDUTA. ORDEM CONCEDIDA.

1. A questão de direito tratada neste writ, consoante a tese exposta pela impetrante na petição inicial, é a suposta atipicidade da conduta realizada pela paciente com base no princípio da insignificância.

2. No caso concreto, a paciente foi denunciada por transportar mercadorias de procedência estrangeira sem pagar quaisquer impostos, o que acarretou a sonegação de tributos no valor de R$ 1.715,99 (mil setecentos e quinze reais e noventa e nove centavos).

3. O art. 20 da Lei nº 10.522/02 determina o arquivamento das execuções fiscais, sem baixa na distribuição, quando os débitos inscritos como dívida ativa da União forem iguais ou inferiores a R$ 10.000,00 (valor modificado pela Lei nº 11.033/04).

4. Esta Colenda Segunda Turma tem precedentes no sentido de que falta justa causa para a ação penal por crime de descaminho quando a quantia sonegada não ultrapassar o valor previsto no art. 20 da Lei nº 10.522/02.

5. Ante o exposto, concedo a ordem de habeas corpus. (HC 96.374/PR, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 24.04.2009).”

Portanto, em sede de juízo prefacial, vislumbro, in casu, a presença de constrangimento ilegal, já que a decisão atacada é manifestamente contrária à jurisprudência consolidada por esta Suprema Corte.

4.Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido de liminar, somente para suspender, cautelarmente, a ação penal a que se refere o recurso em sentido estrito 2007.70.02.005930-6/PR, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que determinou o recebimento da denúncia contra o paciente, até o julgamento de mérito do presente writ.

Comunique-se.Após, colha-se a manifestação da Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 24

HABEAS CORPUS 100.947-0 (182)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : ISRAEL MARCELINO DA SILVAIMPTE.(S) : ISRAEL MARCELINO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE

PEDERNEIRAS

1. Examinando os autos do presente writ, verifico que a decisão ora hostilizada foi proferida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Pederneiras/SP (fl. 02).

2. O Supremo Tribunal Federal não possui competência para apreciar o presente writ, uma vez que a autoridade coatora não se encontra no rol inscrito no art. 102, I, alíneas d e i, da Constituição Federal.

3. Ante o exposto, sendo manifesta a incompetência desta Corte, não conheço do presente habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º; e art. 38 da Lei 8.038). Encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, independentemente de prévia publicação, dada a natureza do pedido.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.963-1 (183)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MARIA ALICE FIGUEIREDO MOTAIMPTE.(S) : RICARDO PONZETTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 147.248 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Ricardo Ponzetto em favor de MARIA ALICE FIGUEIREDO MOTA, contra ato da Min. Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu medida liminar requerida no HC 147.248/SP.

A inicial narra que a paciente responde a Ação Penal em trâmite na 3ª Vara da Justiça Federal em Santos/SP, sob a acusação da prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações da administração pública e estelionato em detrimento de entidade de direito público (arts. 313-A e 171, § 3º, respectivamente, ambos do Código Penal brasileiro).

O impetrante aduz que a suposta irregularidade trazida na peça acusatória não foi confirmada pela Previdência Social e aguarda julgamento de recurso administrativo (recurso 35442.000961/2003-51) na Câmara de Julgamento de Recursos da Previdência Social.

Afirma que, ante tal pendência na esfera administrativa, requereu a reconsideração do despacho de recebimento da denúncia, sendo o pleito indeferido. Assim, impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o qual denegou a ordem.

Novo writ foi manejado, então, no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que se indeferiu a medida liminar requerida. Daí a presente impetração.

O impetrante assevera ser atípica a conduta imputada à paciente, pois, no seu entender, não haveria como “ser responsabilizada pelo crime descrito no art. 313-A do CP, pois não investida do pressuposto medular de ser funcionária pública autorizada” (fl. 5). Ressalta, mais, não haver qualquer dado que evidencie sua participação na modalidade de ‘facilitar’ a conduta.

Argumenta que o fato delituoso atribuído pelo órgão de acusação se trata de crime funcional próprio e que a paciente não teria como facilitar algo indisponível de seu alcance técnico e de domínio, razão pela qual seria insustentável a incidência do concurso de pessoas pela absoluta inexistência de liame objetivo.

Alega, mais, que não há trânsito em julgado do recurso administrativo que visa apurar eventual irregularidade do benefício concedido. Entende, desse modo, ser necessária a finalização do processo administrativo para se iniciar a persecução penal, decorrendo daí a falta de justa causa para a instauração da ação penal. Menciona precedente deste Tribunal, o qual confirmaria sua tese.

Sustenta, também, que o recebimento da denúncia na fase do art. 396 do Código de Processo Penal e não na do art. 399 da mesma legislação, “obstou a real e efetiva possibilidade de eventual arrependimento posterior – art. 16 do CP – cujo limite temporal se daria até o momento do recebimento da denúncia” (fl. 17).

Prossegue a inicial requerendo o afastamento da Súmula 691 do STF, ao argumento de que se trata de ilegalidade decorrente de prematura e ilegal deflagração da ação penal, uma vez que estaria ausente a justa causa para a sua instauração.

Ao final requer a concessão de medida liminar para se determinar o sobrestamento da Ação Penal 2003.61.001538-7, em trâmite na 3ª Vara Federal de Santos/SP, até que sobrevenha a decisão do recurso administrativo do INSS acerca da existência de eventual irregularidade do benefício previdenciário.

É o relatório suficiente. Decido.A decisão ora questionada tem o seguinte teor, no que interessa para

a presente análise:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de MARIA ALICE FIGUEIREDO MOTA, em face de acórdão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da Terceira Região.

Consta dos autos que a Paciente foi denunciada perante o Juízo da 3.ª Vara Federal da Subseção de Santos/SP como incursa no art. 313-A, c.c. os arts. 29 e 30, e no art. 171, § 3.º, na forma do art. 69, todos do Código Penal, pelos seguintes fatos:

‘MARIA ALICE FIGUEIREDO MOTA, consciente de que não possuía direito à aposentadoria por tempo de contribuição, agiu de forma concertada – ainda que por intermédio de terceira pessoa – com SUELI OKADA, servidora do INSS, aderindo à ação fraudulenta de inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Instituto Nacional da Previdência Social, como meio de viabilizar a concessão do benefício indevido no valor que desejava, induzindo e mantendo em erro a autarquia previdenciária, que lhe pagou, indevidamente, no período de 22/02/2001 a 16/05/2003, o valor total de R$ 33.982,47’. (fl. 23)

Recebida a denúncia, nos autos da ação penal n.º 2003.61.04001538-7, foi impetrado o habeas corpus n.º 2009.03.00.023045-6/SP, perante o Tribunal Regional Federal da Terceira Região, que denegou a ordem (...)

(...)No presente writ, o Impetrante sustenta a atipicidade da conduta

imputada à Paciente, particularmente no que se refere à inserção de dados falsos em sistema de informações da Administração Pública, uma vez que somente o funcionário público autorizado poderia fazê-lo, tratando-se de crime de mão própria. Ressaltou, ainda, a inexistência de exaurimento da esfera administrativa para a efetiva e concreta constituição da irregularidade na concessão do benefício de previdência social e, consequentemente, para a ocorrência do crime de estelionato. Argumentou, por fim, sobre o momento processual para o recebimento da denúncia, nos termos da Lei n.º 11.719/08, e sustentou que o recebimento da denúncia obstou a possibilidade de eventual arrependimento posterior, conforme previsto no art. 396 do Código de Processo Penal. Concluiu que não há justa causa para a ação penal.

Requereu, em pedido liminar, o sobrestamento da ação penal n.º 2003.61.04001538-7 e, no mérito, a concessão da ordem para trancá-la em definitivo.

É o breve relatório inicial. Passo a apreciar o pedido de medida liminar ora formulado pela parte impetrante.

Não estão presentes os pressupostos autorizativos da medida urgente requerida.

O deslinde da controvérsia, de evidente complexidade, demanda o aprofundamento do exame do próprio mérito da impetração, tarefa insuscetível de ser realizada em juízo singular e prelibatório.

Reserva-se, portanto, ao Colegiado, órgão competente para o julgamento do mandamus, a apreciação definitiva da matéria, depois de devidamente instruídos os autos.

Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de liminar.Requisitem-se as informações do Tribunal de origem.Após, remetam-se os autos ao Ministério Público Federal para o

parecer” (fls. 98 e 100). Com efeito, a superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente

seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação do referido verbete sumular.

Verifica-se que a autoridade impetrada, ao indeferir a cautelar requerida, apreciou tão somente os requisitos autorizadores para a concessão dessa excepcional medida, e concluiu pela inexistência deles.

Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder.É de se ter em conta, ainda, da leitura da inicial, que os argumentos

ora apresentados são os mesmos levados a conhecimento do STJ. Diante de tal quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo daquela Corte Superior, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.964-0 (184)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : FERNANDO LUIS DA SILVAIMPTE.(S) : PAULO ROBERTO FRANCOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 121138 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de FERNANDO LUIS DA SILVA, figurando como coator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 25

ministro do Superior Tribunal de Justiça, relator do HC nº 121.138/SP.Consta dos autos que o aludido habeas corpus foi impetrado ao STJ

no dia 07.11.2008 e o pedido de liminar foi indeferido no dia 13.11.2008.Alega o impetrante, em suma, demora injustificada no julgamento do

referido habeas corpus impetrado ao STJ, o qual tem como alvo acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que manteve a custódia cautelar imposta ao paciente pelo juízo de primeiro grau.

Ao final, pede, tanto liminarmente quanto no mérito, a expedição de alvará de soltura em favor do paciente (fl. 10).

É o relatório.Decido.Não vislumbro a presença dos requisitos necessários ao deferimento

da medida liminar.Pelo que se extrai da consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal

de Justiça (www.stj.jus.br), observo que consta do andamento processual do HC nº 121.138 algumas movimentações processuais realizadas desde a decisão de indeferimento da liminar, fato este que enseja dúvida, ao menos nesta cognição sumária, quanto à alegada demora injustificada para o julgamento do writ.

Daí porque indefiro o pedido liminar.Solicitem-se informações ao Superior Tribunal de Justiça, sobretudo

quanto à previsão para julgamento do writ lá impetrado, e ao Juízo da 1ª Vara da Comarca de São Manuel-SP.

Com a vinda das informações, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

HABEAS CORPUS 100.967-4 (185)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JOSIAS ENOCK DE LACERDAIMPTE.(S) : JOSIAS ENOCK DE LACERDA

DECISÃO: Sendo taxativas as hipóteses do art. 102, I, letras “d” e “i”, da Constituição Federal - pertinentes à impetrabilidade originária de “habeas corpus” perante o Supremo Tribunal Federal -, falece competência a esta Corte para apreciar o presente “writ” (RTJ 93/113 - RTJ 115/687 - RTJ 121/1050 - RTJ125/1027 - RTJ 140/865), que foi impetrado contra magistrado de primeira instância.

Sendo assim, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.Encaminhem-se, desse modo, ao E. Tribunal de Justiça do Distrito

Federal e dos Territórios, os presentes autos.Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.985-2 (186)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FERNANDO DO NASCIMENTO RUFINOIMPTE.(S) : IVANILDO GONÇALVES BEZERRACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O Tribunal ora apontado como coator não se qualifica, constitucionalmente, como Tribunal Superior. Desse modo, e considerando o que dispõe a norma inscrita no art. 102, I, “i”, daConstituição, na redação que lhe deu a EC nº 22/99, torna-se evidente, no caso, a absoluta ausência de competência originária do Supremo Tribunal Federal, para processar e julgar a presente ação de “habeas corpus”.

Sendo assim, não conheço desta ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em conseqüência, o pedido de medida liminar.

Remetam-se os presentes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça, em face do que prescreve o art. 105, I, “c”, da Carta Política, na redação dada pela EC nº 22/99.

Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

INQUÉRITO 2.818-5 (187)PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : ROBERTO CAVALCANTI RIBEIROADV.(A/S) : BORIS MARQUES DA TRINDADE E OUTRO (A/S)INDIC.(A/S) : JOSÉ FERNANDES NETOADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO FORTE DE NEGREIROS DEODATO

E OUTRO (A/S)

INDIC.(A/S) : SABATINA TORTIADV.(A/S) : LUIS FRANCISCO CARVALHO FILHO E OUTRO

(A/S)INDIC.(A/S) : CARLOS TADEU FERRAZ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : BORIS MARQUES DA TRINDADE E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Em 27 de maio de 2009, estes autos me foram distribuídos (fls.

2586). Na oportunidade, abri vista à Procuradoria-Geral da República, que assim se manifestou (fls. 2590/2594):

“Trata-se de Ação Penal proposta, em 10.05.2005, contra o Senador ROBERTO CAVALCANTI RIBEIRO, JOSÉ FERNANDES NETO, SABATINA TORTI e CARLOS TADEU FERRAZ DE OLIVEIRA, pela prática dos crimes previstos no art. 333, parágrafo único e 304, ambos do Código Penal.

(...)Em decorrência da diplomação de ROBERTO CAVALCANTI

RIBEIRO no mandato de Senador da República, foram os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal (fls. 2579/2580).

12.Desde logo, cumpre ressaltar que os atos processuais até então praticados são válidos, eis que o foram antes da diplomação de ROBERTO CAVALCANTI RIBEIRO no mandato parlamentar. Com efeito, os atos processuais que precederam a remessa dos autos para o Supremo Tribunal Federal antecedem a data de 19.02.2009, quando diplomado o denunciado. Não há qualquer vício a ser sanado, pois incide, na hipótese, o princípio tempus regit actum, devendo o feito prosseguir perante essa Corte da fase em que se encontra.

13.Apesar de ter sido realizada a oitiva de várias testemunhas, não constam dos autos os termos de depoimento a elas referentes. Com efeito, às fls. 2168 e 2187 encontram-se encartados CD-Roms dos depoimentos prestados, desacompanhados, porém, da transcrição das oitivas feitas. É necessário, contudo, que se proceda a transcrição dos depoimentos para a análise dos fatos.

14.Deve ser ressaltado, contudo, que além do Senador ROBERTO CAVALCANTI RIBEIRO, figuram como denunciados outras pessoas que não possuem prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal. Com relação a elas, faz-se necessário o desmembramento do feito, para que seja processado e julgado perante o Supremo Tribunal Federal apenas a autoridade com essa prerrogativa.

15.Requer, dessa forma, o Ministério Público Federal o desmembramento do feito em relação aos co-réus, como autorizado pelo art. 80, do Código de Processo Penal, com a consequente remessa de cópia dos autos à 3ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância - Seção Judiciária da Paraíba.

16.Efetivado o desmembramento, pede que seja expedida carta de ordem para a oitiva das seguintes testemunhas, arroladas pelo Senador ROBERTO CAVALCANTI RIBEIRO:

(...)17.Diante do exposto, requer o Ministério Público Federal que seja

determinada a realização das seguintes diligências:a) a remessa dos CD-Roms juntados às fls. 2168 e 2187 dos autos

ao Instituto Nacional de Criminalística para que proceda à sua degravação;b) o desmembrado o presente feito, com a consequente remessa de

cópia dos autos à 3ª Vara da Justiça Federal - Seção Judiciária da Paraíba;c) a oitiva das testemunhas indicadas no item 21 da presente

manifestação;d) a autuação do presente feito como ação penal.”2. Pois bem, de saída, consigno que o desmembramento do

processo-crime constitui faculdade do julgador. Faculdade condicionada às determinantes legais, a saber: “quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante” (art. 80 do Código de Processo Penal).

3. No caso, tenho por necessária a separação do processo, em relação aos acusados que não detém a prerrogativa de foro perante este Supremo Tribunal Federal. Isto para que o número de réus não tumultue e retarde a conclusão da causa.

4. Presente esta moldura, determino:a) a remessa de cópia integral destes autos à 3ª Vara Federal da

Seção Judiciária da Paraíba;b) a degravação, pela Secretaria deste Supremo Tribunal Federal,

dos depoimentos constantes das mídias acostadas às fls. 2168 e 2187. Degravação a ser juntada aos autos e remetida à 3ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba;

c) a expedição de Cartas de Ordem para a oitiva das testemunhas arroladas pela defesa do Senador Roberto Cavalcanti. Cartas de ordem a serem instruídas com cópia da denúncia, do aditamento à denúncia, do termo de interrogatório do acusado, da defesa prévia (fls. 1276/1279), dos depoimentos das testemunhas de acusação e da manifestação da PGR de fls. 2590/2594

Intimem-se as partes da expedição da Carta de OrdemBrasília, 11 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 26

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.189-3 (188)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : MÁRIO KAZUO ISHIGAIADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MANDADO DE INJUNÇÃO CONCEDIDO EM PARTE PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/91, NO QUE COUBER.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Mário Kazuo Ishigai, em

3.6.2009, contra pretensa omissão legislativa que imputa ao Presidente da República, ao Presidente do Senado Federal e ao Presidente da Câmara dos Deputados.

2. O Impetrante informa ser médico junto à Secretaria da Saúde do Município de São Paulo e aduz que “desde seu ingresso, (...) sempre exerceu atividade especial, tendo, no entanto, a municipalidade, via declaração, reconhecido o pagamento de adicional de insalubridade de 27.05.1991 a 30.06.1996, e de 09.05.2001 até presente data” (fl. 2, grifos no original).

Pondera que, “conforme ressalva do art. 40, § 4º, inciso III, da [Constituição da República], deveria estar amparado por requisitos e critérios diferenciados definidos em lei complementar para a concessão da aposentadoria no regime próprio dos Servidores Públicos, uma vez que sua atividade é exercida sob condições especiais que prejudicam a saúde” (fl. 2, grifos no original).

Os servidores públicos, conforme ressalta o Impetrante, “aguarda[riam] por mais de 20 anos a elaboração da dita lei complementar a regulamentar a matéria, fator que há anos inviabiliza o exercício do direito constitucional à aposentadoria especial/contagem ponderada do tempo de serviço” (fl. 2v.).

Pede “seja julgado procedente o pedido formulado para, de forma mandamental, assentar o Direito do Impetrante à contagem diferenciada de todo o tempo de serviço exercido (pretérito e futuro) em atividade insalubre, mediante disciplina do artigo 57 da Lei n. 8.213/91 – em especial o § 5º - com sua devida conversão em tempo comum pelo fator 1,4, inclusive para fins de análise da satisfação das condições para aposentadoria e reflexos financeiros” (fl. 4, grifos no original).

3. Em suas informações, prestadas em 16.6.2009, o Presidente da Câmara dos Deputados noticiou estarem em tramitação os Projetos de Leis Complementares ns. 269/2001, 275/2001, 372/2006 e 472/2009, que tratam da regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição da República (fls. 25-26).

4. Em 18.6.2009, o Presidente da República, representado pelo Advogado-Geral da União, manifestou-se pelo não-cabimento do presente mandado de injunção pela inadequação do “instrumento processual escolhido, considerando que o exame da matéria exige dilação probatória para a contagem do tempo de serviço prestado e a efetiva verificação, constatação, desse exercício em atividade que prejudica a saúde, ou põe em risco a integridade física do agente” (fl. 40).

No mérito, argumenta que “o direito de contagem de tempo de serviço para se aposentar é garantido a todos que preencham os requisitos que dispõe a Constituição Federal e a legislação correlata” (fl. 43).

Relata, ainda, que “estudos esta[riam] sendo concluídos para o projeto de lei complementar, a ser encaminhado ao Congresso Nacional, objetivando regulamentar o § 4º, do art. 40, da Constituição Federal” (fl. 45).

5. Em 26.7.2009, o Presidente do Senado Federal prestou informações (fls. 48-52).

6. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se “pela procedência parcial do pedido, de modo que se reconheça o direito d[a] impetrante de ter a sua situação analisada pela autoridade administrativa competente à luz da Lei n. 8.213/91, no que se refere especificamente ao pedido de concessão da aposentadoria especial de que trata o art. 40, § 4º, da Constituição” (fl. 60).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 7. Em preliminar, analiso a alegada inadequação da via eleita pelo

Impetrante, em razão do que argumentado pelo Presidente da República. Sustenta o Impetrado que “não existem provas contundentes, nos

autos, de que o Requerente tenha exercido efetivamente atividades laborais em contato com agentes nocivos, agressivos a sua saúde” (fl. 42).

Diferentemente do que sugerido pelo Impetrado, o pedido veiculado no presente Mandado de Injunção tem como fundamento a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A análise dos requisitos exigidos para a aposentação especial não se confunde com o fundamento da inexistência de norma regulamentadora de tal direito, razão pela qual, rejeito essa preliminar.

8. O mandado de injunção é ação constitucional de natureza mandamental, destinada a integrar a regra constitucional ressentida, em sua

eficácia, pela ausência de norma que assegure a ela o vigor pleno.A respeito da decisão integrativa do mandado de injunção, escrevi: “a ação de mandado de injunção realiza-se como eixo integrador da

relação jurídica formulada pela regra constitucional estatuidora do direito, liberdade ou prerrogativa e o seu exercício. Como ordem formal de integração da regra constitucional, o mandado expedido pela ação torna plenamente eficaz o que a letra da lei fez dependente de plenificação de conteúdo por norma, cuja ausência comprometeu a existência mesma da regra e obstou, inicialmente, o exercício. A eficiência total do direito faz-se imposição por via da ordem exarada na ação de injunção e passa a valer a se exercer direito, a liberdade ou prerrogativa constitucional segundo o modelo cunhado judicialmente nesse remédio.

O mandado expedido na ação em causa torna definido, certo e concreto o comando normativo constitucional, inteirando-o em sua conceituação e possibilitando a plena produção dos seus efeitos típicos para o impetrante.

O que se busca, pois, no mandado de injunção é que o Poder Judiciário integre a regra jurídica constitutiva ou assecuratória do direito ou prerrogativa enfocada na hipótese concreta com os elementos de que carece para que possa ter inteira aplicação e com os meios que lhe faltam para que possa ser plenamente efetivada nos termos constitucionalmente previstos e que persistem como lacunas por balda de norma prevista e que não adveio” (O mandado de injunção na ordem constitucional brasileira. Análise & Conjuntura, v. 3, n. 3, p. 12-19, set./dez. 1988).

“O sentido especial e inédito desta ação de Mandado de Injunção é que a sua concessão importa em não mandar que alguém faça a regulamentação que viabiliza o Direito Constitucional demonstrado no processo, mas fazer-se esta viabilização na própria ação. A ação de mandado de injunção realiza a integração do direito, liberdade ou prerrogativa constitucional ao fato sobre o qual deve ele se fazer valer, sem que se tenha que aguardar a superveniência de norma regulamentadora que realizaria, se tivesse sido positivada, oportuna e celeremente, o atributo da eficácia normativa constitucional.

O Mandado de Injunção é o instrumento que dá movimento à norma constitucional mantida em seu estado inercial por ausência de norma regulamentadora (infraconstitucional) que possibilitasse eficazmente a sua aplicação.

A aplicação plena do direito faz-se, pois, neste caso, por ordem judicial exarada na ação de injunção e passa a valer e a se exercer o direito, a liberdade ou prerrogativa constitucional segundo o modelo definido na decisão judicial a que se tenha chegado naquele processo.

A ordem de injunção, expedida na ação em causa, torna definido, certo e concreto o comando normativo constitucional, inteirando-o em sua conceituação e possibilitando a plena produção de seus efeitos típicos para o impetrante.

O que se busca, pois, no Mandado de Injunção é que o Poder Judiciário integre a norma jurídica constitutiva ou declaratória de direito, liberdade ou prerrogativa, enfocada na hipótese concreta, com os elementos de que carece e com os meios que lhe faltem para que possa ser perfeitamente efetivada nos termos e com sentido constitucionalmente previsto e que persistiam, até o advento da decisão judicial, como inoperantes por baldos de norma prevista que não veio a tempo certo permitindo a sua eficiente aplicação. (Princípios Constitucionais dos Servidores Públicos. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 358-360).

Tem-se, aqui, portanto, a adequação da via eleita pelo Impetrante para buscar o que postula ser seu direito à aposentação especial, em face das peculiaridades do exercício do cargo público que ocupa.

9. Na espécie aqui apreciada, o Impetrante alega ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição brasileira, a impossibilitar o exercício do seu direito à aposentadoria especial.

Esses dispositivos constitucionais estabelecem:“Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

(...)§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

(...)III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que

prejudiquem a saúde ou a integridade física”A norma constitucional impõe, portanto, regulamentação específica

(lei complementar), por meio da qual se defina a inteireza do conteúdo normativo a viabilizar o exercício daquele direito insculpido no sistema fundamental.

10. Em 25.10.2007, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal julgou os Mandados de Injunção ns. 670-ES, 708-DF e 712-PA, os dois primeiros de relatoria do Ministro Gilmar Mendes e o último, de relatoria do Ministro Eros Grau, nos quais se pretendia a garantia aos servidores públicos o exercício do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 27

direito de greve previsto no art. 37, inc. VII, da Constituição da República. Naqueles julgamentos, ressaltou-se que este Supremo Tribunal

Federal afastou-se da orientação primeira no sentido de limitar-se à declaração da mora legislativa e, sem afronta ao princípio da separação de poderes, por não lhe competir o exercício de atividade legislativa, passou a “aceitar a possibilidade de uma regulação provisória pelo próprio Judiciário. (...) Assim, tendo em conta que ao legislador não seria dado escolher se concede ou não o direito de greve, podendo tão-somente dispor sobre a adequada configuração da sua disciplina, reconheceu-se a necessidade de uma solução obrigatória da perspectiva constitucional” (Informativo n. 485).

De igual forma, mandados de injunção foram impetrados neste Supremo Tribunal Federal ao argumento da falta de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República, o que inviabilizaria o exercício dos direitos constitucionais dos servidores públicos que trabalham sob condições nele especificadas de obter a denominada aposentadoria especial.

11. Em 30.8.2007, no julgamento do Mandado de Injunção n. 721, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente procedente o mandado de injunção impetrado por servidora pública ocupante do cargo de auxiliar de enfermagem que pleiteava fosse integrada a lacuna legislativa para que se pudesse reconhecer o seu direito à aposentadoria especial decorrente de trabalho realizado há mais de 25 anos em ambiente insalubre, nos termos seguintes:

“MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91” (DJ 30.11.2007).

12. Embora o Impetrante questione, na presente ação, a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República, alterada pela Emenda Constitucional n. 47, de 5.7.2005, em outubro de 2008, a ausência de lei complementar para regulamentar essa matéria comemorou vinte anos, pois na norma constitucional originária, o § 1º do art. 40 dispunha que “lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, ‘a’ e ‘c’, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas”.

Ao comentar o art. 40, § 4º, da Constituição da República, José Afonso da Silva explica os direitos sociais e previdenciários do servidor público e enfatiza que:

“‘Servidor Público’ é uma categoria importante de trabalhador; importante porque a ele incumbem tarefas sempre de interesse público. (...) Em princípio, é vedada a adoção de requisitos e critérios [para a aposentadoria] diferentes dos [abrangidos pelo art. 40 e §§, da Constituição da República], ressalvados, nos termos definidos em lei complementar, os casos de servidores portadores de deficiência ou que exerçam atividades de risco e aqueles cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física ([Emenda Constitucional n. 47/2005]). Lembre-se que o § 1º do art. 40 na redação original era específico, permitindo a redução de tempo de serviço para fins de aposentadoria no caso de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. O texto da Emenda Constitucional n. 20/98 é mais aberto, mas é razoável pensar que a lei complementar vai incluir as atividades penosas, insalubres e perigosas, que são as mais suscetíveis de prejudicar a saúde e a integridade física. Por isso, manteremos, aqui, a consideração que expendemos de outra feita a respeito desses termos. “Penosas” são atividades que exigem desmedido esforço para seu exercício e submetem o exercente a pressões físicas e morais intensas, e por tudo isso gera nele profundo desgaste. (...) ‘Insalubres’ são atividades que submetem seu exercente a permanente risco de contrair moléstias profissionais. ‘Perigosas’, quando o servidor, por suas atribuições, fica sujeito, no seu exercício, a permanente situação de risco de vida – como certas atividades policiais. A lei complementar o dirá.” (Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 360-362 – grifos nossos).

Como categoria de trabalhador, o servidor público tem direitos sociais fundamentais assegurados constitucionalmente, entre eles, o trabalho seguro, garantido pela Constituição da República em seus arts. 7º, inc. XXII e 39, § 3º, do que resulta que não pode ser óbice à não-concessão ou ao não-reconhecimento da aposentadoria especial a inexistência de lei complementar, após vinte anos de vigência da norma constitucional que a assegura, sem que tenha ainda sobrevindo aquela legislação a tornar viável o exercício de tal direito.

13. O lapso temporal de carência normativa para regulamentar o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos, sejam eles portadores de deficiência, que exercem atividades de risco ou cujas atividades desenvolvem-se sob condições que causam dano ou lesão à sua saúde ou à sua integridade física, é causa ensejadora da concessão do mandado de

injunção, nos termos do que autoriza o art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República:

“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”;

Nos termos do que dispõe a Constituição da República, “§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis

que: (...)II - disponham sobre: (...)c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,

provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;” (Emenda Constitucional n. 18, de 1998, grifos nossos).

14. Não prevalece dúvida quanto à mora legislativa na edição de lei complementar disciplinadora o art. 40, § 4º, da Constituição da República, pelo que determino a comunicação desta grave omissão às autoridades competentes.

Mas, como anotado antes, o reconhecimento desta falta não é bastante para dar cobro à plena eficácia desta garantia constitucional.

15. No julgamento do Mandado de Injunção n. 715, o Relator, Ministro Celso de Mello, ressaltou a necessidade de se superar a estagnação do legislador para não frustrar a “eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional (RTJ 131/963 - RTJ 186/20-21)”. Enfatizou aquele nobre Ministro que as omissões legislativas “não podem ser toleradas, eis que o desprestígio da Constituição - resultante da inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais tormentosos aspectos do processo de desvalorização funcional da Lei Fundamental da República, ao mesmo tempo em que estimula, gravemente, a erosão da consciência constitucional, evidenciando, desse modo, o inaceitável desprezo dos direitos básicos e das liberdades públicas pelos Poderes do Estado” (decisão monocrática, DJ 4.3.2005, grifos no original).

16. O Impetrante destaca que é médico do Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, desenvolvendo suas atividades em condições especiais, e que teria sido reconhecido “o pagamento de adicional de insalubridade de 27.05.1991 a 30.06.1996, e de 09.05.2001 até a presente data” (fl. 2, grifos no original).

A circunstância especial de exercício de atividade insalubre pelo servidor parece diferenciar-se de situação em que o desempenho de funções públicas não está sujeito a esse fator. Daí a necessidade de se adotar critérios diferenciados na definição de sua aposentadoria, visando a plena eficácia do princípio da isonomia.

17. José Afonso da Silva bem explicou a necessidade de integração das normas constitucionais, para que estas tenham eficácia:

“Toda constituição é feita para ser aplicada. Nasce com o destino de reger a vida de uma nação, construir uma nova ordem jurídica, informar e inspirar um determinado regime político-social. (...) Mas (...) muitas e muitas normas constitucionais têm eficácia limitada, ficando sua aplicação efetiva e positiva dependente da atividade dos órgãos governamentais, especialmente do Legislativo ordinário. (...)

A Constituição de 1988 aí está. Também ela, como acontece com a generalidade das constituições contemporâneas, depende, para adquirir plena eficácia jurídica, de integração normativa, através de leis que transmitam vida e energia a grande número de dispositivos, especialmente os de natureza programática, que dão a tônica dos fins sociais do Estado e revelam aquela área de compromisso entre o liberalismo e o dirigismo, entre a democracia política e a democracia social. A não-integração normativa dessas normas constitui o descumprimento do compromisso e revela o logro em que caíram as forças políticas que as defenderam e as fizeram introduzir no sistema constitucional vigente, naquilo que foi incorporado pelo regime democrático anterior e permanece.” (Aplicabilidade das Normas Constitucionais. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 225-226).

Para Meuccio Ruini, “Ho detto altre volte che uma Costituzione non può come Minerva

uscire dal capo di Giove, completa, tutta d’un pezzo e tutta armata. Il testo costituzionale non può provvedere all’intero ordinamento giuridico dello Stato. Anche i giuristi puri, come Santi Romano, hanno adoperata l’immagine che la Costituzione è il tronco dell’albero ed ha bisogno di rami e di fronde. (...) Ma anche tale immagine non basta; la Costituzione per le leggi ordinarie, e queste per i regolamenti, non sono soltanto uma cornice, sono um tessuto normativo (...).

Purtroppo se è difficile fare uma Costituzione, è più difficile metterla in movimento e farla funzionare; ma questo è um imperativo inderogabile a meno che non si riffacia o si modifichi l’edificio costituzionale. Le difficoltà obiettive, che ho rilevate, rendono più grave ed imperioso il dovere che hanno Governo, Parlamento, Paese, di procedere ad uno sforzo coordinato e sistemático per attuare (...) la Costituzione.

Non è ammissible che uma Costituzione resti anche parzialmente disapplicata e si prolunghi um interrompimento ed uma fase di non certezza del diritto” (Il Parlamento e La sua riforma; La Costituzione nella sua applicazione. Milão: Dott A. Giuffrè Editore, 1952, p. 119-120).

Rui Barbosa já preconizava a importância da efetividade da Constituição da República: “Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deva atribuir meramente o valor moral de conselhos, avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras" (Comentários à Constituição Federal

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 28

Brasileira. São Paulo: Saraiva, Tomo II, 1933, p. 489).Considerar o contrário é trazer um sentimento de frustração à

sociedade, ao cidadão que, ao não obter a efetividade a um seu direito, passa a descrer não apenas no órgão encarregado de elaborar a norma, mas também no Poder Judiciário e, em escala, na própria Constituição da República.

18. No caso em exame, fica caracterizado o dever de o Poder Judiciário afastar a inércia dos órgãos responsáveis pela elaboração da norma regulamentadora de direitos constitucionalmente assegurados, o que no presente caso, envolve a iniciativa legislativa do Presidente da República. Compete, assim, a este Supremo Tribunal atuar de forma a viabilizar a imediata aplicação do direito ao caso concreto, sob pena de ter-se, nesse ponto, uma Constituição ineficaz, como leciona José Horácio Meirelles Teixeira:

“(...) qualquer Constituição moderna, para adquirir eficácia plena, tornando-se instrumento capaz de realizar os elevados fins a que se destina, depende, em larga escala, de regulamentação adequada, isto é, daquilo que hoje se denomina a ‘integração normativa’, através de leis complementares que transmitam vida e energia a grande número de dispositivos, especialmente os de natureza programática. (...)

Como se vê, uma [coisa] é a Constituição vigente, solenemente promulgada; outra é a Constituição eficaz, isto é, desde logo aplicável, exigível, com força obrigatória; outra, afinal, a Constituição aplicada, efetivamente cumprida, em nossa vida política, administrativa, econômica e social” (Curso de Direito Constitucional. Organizado por Maria Garcia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991, p. 364).

19. Em 15.4.2009, no julgamento dos Mandados de Injunção ns. 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962 e 998, todos de minha relatoria, nos quais se discutia a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, a tornar viável a aposentadoria especial do servidor público que tenha exercido atividade de risco ou sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física (art. 40, § 4º, da Constituição da República), o Plenário, à unanimidade, reconheceu a mora legislativa e determinou fosse aplicada a regra do art. 57 da Lei n. 8.213, de 24.7.1991, que “dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social”:

“Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.

§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. (Incluído pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei.” (Incluído pela Lei n. 9.732, de 11.12.98)”.

Naquela mesma sessão de julgamento e ainda sobre a ausência de lei complementar a disciplinar a mencionada aposentadoria especial do servidor público, foram julgados os Mandados de Injunção ns. 788, 796, 808 e 825, Relator o Ministro Carlos Britto.

Em questão de ordem, decidiu-se também que os Ministros deste Supremo Tribunal Federal poderiam decidir, monocrática e definitivamente, casos idênticos àqueles, determinando a aplicação da regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991 aos servidores públicos, no que coubesse.

Portanto, os limites da aplicação dessa regra, no caso concreto,

deverão ser examinados pela autoridade administrativa competente, a qual incumbirá aferir o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

É que, como salientado no exame da preliminar suscitada nesta ação, o objeto do presente mandado de injunção consiste na verificação da apontada omissão que estaria a inviabilizar o exercício de um direito constitucionalmente previsto, o que não se confunde com a análise dos requisitos exigidos para a aposentação especial, tampouco demanda a fixação, de forma exaustiva, dos critérios a serem observados pelas autoridades administrativas no exame dos pedidos de aposentadoria submetidos ao seu exame.

Assim, a integração normativa operada permite à autoridade competente realizar o exame, caso a caso, do direito eventualmente titularizado pelo servidor público. Entretanto, não é competente este Supremo Tribunal para traçar a exegese de todo o ordenamento jurídico pertinente ao tema da aposentadoria, menos ainda para analisar o quadro fático-funcional do Impetrante.

20. Dessa forma, reconhecida a mora legislativa e a necessidade de se dar eficácia às normas constitucionais e efetividade ao alegado direito, concedo parcialmente a ordem pleiteada para, integrando-se a norma constitucional, e, garantindo-se a viabilidade do direito assegurado ao Impetrante e efetividade do que disposto no art. 40, § 4º, da Constituição brasileira, assegurar-lhe a aplicação do art. 57 e parágrafos da Lei n. 8.213/1991, no que couber e a partir da comprovação dos dados do Impetrante perante a autoridade administrativa competente.

Comunique-se.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.497-3 (189)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ABIAS AUGUSTO DIASIMPTE.(S) : CARLOS ROGÉRIO ESTEVESIMPTE.(S) : EDSON BENICIO DE CARVALHOIMPTE.(S) : FLORISVALDO DE SOUSA RIBEIROIMPTE.(S) : MARIA CRISTINA CURVINA LUZADV.(A/S) : AUGUSTO CESAR ZUQUI LISBOAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.PRONUNCIAMENTO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Abias Augusto Dias, Carlos

Rogério Esteves, Edson Benicio de Carvalho, Florisvaldo de Sousa Ribeiro e Maria Cristina Curvina Luz contra pretensa omissão legislativa que imputam ao Presidente da República.

2. Os Impetrantes informam que “são servidores públicos estatutários, do Quadro Permanente da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, estando na ativa, atualmente lotados no Laboratório de Análises Clínicas, do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)” (fl. 4).

Alegam que “tem direito à aposentadoria especial aos 25 anos de serviço prestados, conforme dispõe o § 4º, do art. 40, da Constituição Federal, de acordo com a redação dada pela EC nº 47, de 2005, o que implica na contagem de tempo de serviço insalubre, de forma especial, tanto no período celetista quanto no regime estatutário” (fl. 4, grifos no original).

Explicam que “a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal tem negado todos os pedidos administrativos formulados pelos servidores que atuam ou atuaram em área de atividade insalubres” (fl. 6).

Pedem o benefício da justiça gratuita e que seja concedida a ordem para “se[r] reconhecido o direito dos impetrantes à aposentadoria especial aos 25 anos de serviços prestados sob condições insalubres ou perigosas ou promovida a imediata conversão do tempo de atividade desenvolvida pelos impetrantes sob condições especiais, em tempo de atividade comum, procedendo-se a contagem do tempo de serviço em atividades insalubres de forma especial, tanto no período celetista, quanto no regime estatutário, aplicando-se o fator de multiplicação de 1.2 para as impetrantes e 1.4 para os impetrantes, consoante o previsto no Regulamento Geral da Previdência Social, tendo em vista que o art. 40, § 4º, da Constituição Federal carece de regulamentação por meio de lei Complementar” (fl. 10, grifos no original).

3. O Presidente do Supremo Tribunal Federal deferiu o pedido de justiça gratuita e solicitou informações prestadas pelo Presidente da República (fls. 94-103).

Em suas informações, o Presidente da República manifestou-se pelo não-cabimento do presente mandado de injunção em razão da “inadequação do “instrumento processual escolhido pelos impetrantes, considerando que o exame da aposentação é matéria que exige dilação probatória, não apenas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 29

do tempo de serviço prestado, mas a verificação e a constatação do efetivo exercício em atividade que prejudica a saúde, ou põe em risco a integridade física do agente” (fl. 98).

No mérito, argumentou que “o direito de aposentar é garantido a todos que preencham os requisitos que dispõe a Constituição Federal e a legislação correlata de aposentadoria” (fl. 102).

4. Em 12.8.2009, o Distrito Federal alegou sua ilegitimidade passiva, por “compet[ir] privativamente ao Presidente da República a iniciativa para encaminhar projetos de lei que regulamente o art. 40, § 4º, III, da Carta Magna – norma Constitucional que é objeto da presente ação”. Sustentou, ainda, não haver “fundamento de fato ou de direito que justifique a presença do Distrito Federal no presente mandado de injunção” (fl. 112).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 5. Em preliminar, analiso a alegada ilegitimidade passiva do Distrito

Federal para compor a presente relação processual.No julgamento da Questão de Ordem no Mandado de Injunção n.

352, Relator o Ministro Néri da Silveira, ao se examinar a questão referente à legitimidade passiva no mandado de injunção, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

“Mandado de Injunção. Aviso prévio proporcional. Constituição, art. 7º, inciso XXI. Mandado de injunção ajuizado por empregado despedido, exclusivamente, contra a ex-empregadora. Natureza do mandado de injunção. Firmou-se, no [Supremo Tribunal Federal], o entendimento segundo o qual o mandado de injunção há de dirigir-se contra o Poder, órgão, entidade ou autoridade que tem o dever de regulamentar a norma constitucional, não se legitimando 'ad causam', passivamente, em princípio, quem não estiver obrigado a editar a regulamentação respectiva. Não é viável dar curso a mandado de injunção, por ilegitimidade passiva 'ad causam', da ex-empregadora do requerente, única que se indica como demandada, na inicial” (Plenário, DJ 12.12.1997, grifos nossos).

Desse modo, excluo o Distrito Federal do polo passivo do presente mandado de Injunção, por não ter competência para elaborar a lei complementar de que carece o art. 40, § 4º da Constituição da República.

6. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, o Impetrante alega ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do direito de seus associados à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estariam submetidos em suas atividades, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

7. Vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.633-0 (190)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : DELCIDES GOMES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CLAUDINEY ERNANI GIANNINI E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INCS. II E III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO DE PRONUNCIAMENTO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Delcides Gomes do

Nascimento, em 29.7.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República, ao “Estado do Paraná” e à “Paranaprevidência”.

2. O Impetrante informa que é “Servidor Público Estadual do Paraná (Universidade Estadual de Londrina) ocupante do cargo de fisioterapeuta / auxiliar de ensino superior / professor adjunto, que em todo o decorrer da jornada laboral, esteve em contato com agentes nocivos à saúde de origem químic[a] e biológic[a]” (fls. 3, grifos no original).

Ressalta que “em razão da inexistência de regulamentação do § 4º, II e III do artigo 40 da Constituição Federal, há desde 21.12.1992 (data da transposição de regime celetista para Estatutário), um tratamento isonômico com os demais servidores não expostos a agentes agressivos, não podendo requerer a jubilação precoce (aposentadoria especial)” (fl. 3).

Entende que “a falta de lei complementar prevista no artigo 40, § 4º, II

e III da Constituição Federal, não pode constituir óbice ao cômputo do tempo convertido, pois o segurado não pode, e nem deve estar à mercê da eficácia limitada da norma” (fl. 5).

Pede o benefício da justiça gratuita e que seja “julgado procedente o presente Mandado de Injunção, declarando a omissão do Poder legislativo, determinando a supressão da Lacuna Legislativa, concedendo a ordem, reconhecendo o direito do impetrante de ter o seu pleito à aposentadoria especial analisado pela autoridade administrativa competente, à luz do art. 57 e seus parágrafos; incisos da Lei 8.213/91, que trata da aposentadoria Especial, ou seja, tempo de serviço de 25 aa sob condições especiais; sem a exigência de idade mínima e Proventos em 100% (cem por cento) da média apurada, incorporando integralmente as gratificações/vantagens incorporáveis, considerando a falta do diploma regulamentador a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição Federal, decotado a jubilação bem como a conversão de tempo especial em comum no multiplicador legal” (fl. 9).

3. Em 18.08.2009, solicitei informações prestadas pelo Presidente da República (fls. 28-35) e pelo Diretor-Presidente da Paranaprevidência (fls. 41-55).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. De início, defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art.

4º da Lei n. 1.060/50 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

5. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, o Impetrante alega ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, incs. II e III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estaria submetido em sua atividade, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

6. Em caso análogo, em que a Paranaprevidência também foi apontada como Impetrada em mandado de injunção de mesmo objeto, assim decidi:

“5. O Impetrado aponta a necessidade de inclusão da PARANAPREVIDENCIA no polo passivo da demanda, por entender que sobre ela recairão os ônus da decisão a ser proferida neste mandado de injunção.

No julgamento da Questão de Ordem no Mandado de Injunção n. 352, Relator o Ministro Néri da Silveira, ao se examinar a questão referente à legitimidade passiva no mandado de injunção, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

“Mandado de Injunção. Aviso prévio proporcional. Constituição, art. 7º, inciso XXI. Mandado de injunção ajuizado por empregado despedido, exclusivamente, contra a ex-empregadora. Natureza do mandado de injunção. Firmou-se, no [Supremo Tribunal Federal], o entendimento segundo o qual o mandado de injunção há de dirigir-se contra o Poder, órgão, entidade ou autoridade que tem o dever de regulamentar a norma constitucional, não se legitimando 'ad causam', passivamente, em princípio, quem não estiver obrigado a editar a regulamentação respectiva. Não é viável dar curso a mandado de injunção, por ilegitimidade passiva 'ad causam', da ex-empregadora do requerente, única que se indica como demandada, na inicial” (Plenário, DJ 12.12.1997, grifos nossos).

6. A elaboração da lei complementar de que trata o art. 40, § 4º, da Constituição da República não incumbe a PARANAPREVIDENCIA, razão pela qual indefiro o pedido de sua inclusão, como litisconsorte passivo, neste Mandado de Injunção.” (MI 1632-PR, de minha relatoria, decisão monocrática, DJE 1.10.2009).

7. Desse modo, excluo a Paranaprevidência do polo passivo do presente mandado de Injunção, por não ter competência para elaborar a lei complementar de que carece o art. 40, § 4º da Constituição da República.

8. Dê-se vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.651-8 (191)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : EDSON FIGUEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 30

DECISÃO: Registro, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando questão de ordem suscitada, em sessão plenária, no MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, reconheceu assistir, ao Relator da causa, competência para julgar, monocraticamente, em caráter definitivo, os mandados de injunção que objetivem garantir, ao impetrante, o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição da República.

O caso em exame ajusta-se aos pressupostos, que, estabelecidos na questão de ordem ora referida, legitimam a atuação monocrática do Relator da causa, razão pela qual passo a analisar, singularmente, a presente impetração injuncional.

Trata-se de mandado de injunção que objetiva a colmatação de alegada omissão estatal no adimplemento de prestação legislativa determinada no art. 40, § 4º, inciso III, da Constituição da República.

A parte ora impetrante enfatiza o caráter lesivo da omissão imputada ao Senhor Presidente da República, assinalando que a lacuna normativa existente, passível de integração mediante edição da faltante lei complementar, tem inviabilizado o seu acesso ao benefício da aposentadoria especial.

O Senhor Presidente da República – autoridade impetrada – encaminhou informações prestadas pela douta Advocacia Geral da União, propugnando pela denegação deste mandado de injunção.

Sendo esse o contexto, cabe verificar se se revela admissível, ou não, na espécie, o remédio constitucional do mandado de injunção.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DEOCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).”

(MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005)

Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado.

O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público.

Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à

legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento morosoao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional.

Passo, desse modo, a analisar a pretensão injuncional em causa.Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo

Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente:

“(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.”

(MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei)Registro, ainda, que esta Suprema Corte, em sucessivas decisões,

reafirmou essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. CARLOS BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min.CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos II e III do § 4º do art. 40 da Constituição (execução de trabalhos em ambientes insalubres ou exercício de atividades de risco), o direito à aposentadoria especial:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. §4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.

1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo.

2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio.3. Mandado de injunção deferido nesses termos.”(MI 788/DF, Rel. Min. CARLOS BRITTO - grifei)“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO

SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA.

1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade.

2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial.

3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.”

(MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento de

decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no âmbito do MI 1.034/DF, de que é Relator:

“31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado.

.......................................................34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a

injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador.

35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos.

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 31

.......................................................37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma

de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial.

38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei)

Cabe assinalar, finalmente, que a douta Procuradoria Geral da República, ao pronunciar-se pela procedência do pedido formulado no MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reportou-se ao parecer oferecido no MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, em cujo âmbito foi suscitada controvérsia idêntica à ora veiculada nesta causa:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. REGULAMENTAÇÃO DO ART. 40, § 4°, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR EXERCENTE DE ATIVIDADE INSALUBRE. EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. MI N° 721. RECONHECIMENTO DA OMISSÃO LEGISLATIVA. SUPRIMENTO DA MORA COM A DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA REVELADO PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, PREVISTO NA LEI Nº 8.213/91, ATÉ QUE SOBREVENHA A REGULAMENTAÇÃO PRETENDIDA. PARECER PELA PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO.” (grifei)

Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, referido parecer da douta Procuradoria Geral da República, concedo a ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora que se imputou ao Senhor Presidente da República, garantir, à parte ora impetrante, o direito de ter o seu pedido de aposentadoria especial analisado, pelaautoridade administrativa competente, à luz do art.57 da Leinº 8.213/91.

Comunique-se ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República.Arquivem-se os presentes autos. Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.752-2 (192)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ORIVALDO ALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PAULO RICARDO OLIVEIRA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO CUMPRIMENTO DA DILIGÊNCIA DETERMINADA. MANDADO DE INJUNÇÃO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Orivaldo Alves de Oliveira, em

20.8.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República.

2. O Impetrante informa que “é funcionário público estadual do tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul” e que “ingressou no serviço público em 13/09/1979, exercendo a função de Oficial de Artes Gráficas no regime [da] CLT” (fls. 3).

Noticia que, “em conformidade com o art. 19 d[o] ADCT, foi posteriormente “transposto”, passando então a figurar com vínculo jurídico de natureza estatutária (IPERGS), sendo declarado estável no serviço público em 10/05/89” (fl. 3).

Ressalta que “já detém mais de 25 (vinte e cinco) anos de serviços prestados em atividade “especial”, ou seja, uma das espécies abrigadas pelo § 4º, do art. 40 da Constituição Federal de 88, o que teoricamente da[ria] direito a aposentadoria especial” (fl. 3).

Informa ainda que “busca com o remédio constitucional impetrado, o reconhecimento de seu direito a aposentadoria especial em face da inexistência de disciplina legal específica, uma vez que até a presente data, houve mora no que tange a confecção de lei complementar que oriente o § 4º do art. 40 da Carta Federal” (fl. 3).

Pede seja concedida a ordem para “declara[r] a mora legislativa do Poder competente, e, de forma mandamental, com a concessão de ordem, assentar o direito ao impetrante à aposentadoria especial referida no inciso II do § 4º do art. 40 da Constituição federal, devendo o impetrante perceber, como renda mensal, o equivalente a 100% (cem por cento) do salário benefício” (fl. 7).

3. Em 16.9.2009, determinei o prazo de 10 (dez) dias para que o Impetrante comprovasse a negativa da Administração Pública em conceder a

aposentadoria especial, em razão da ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República (fls. 20-22).

4. Em 29.9.2009, a Secretaria deste Supremo Tribunal Federal certificou que o Impetrante, apesar de devidamente intimado, não se manifestou a respeito do despacho acima mencionado até 28.9.2009 (fl. 28).

5. Em 29.9.2009, vieram-me os autos conclusos.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. Para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja

eventual obstáculo ao exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de omissão legislativa, mas concreta inviabilidade de sua plena fruição.

Este Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre a necessidade dos pressupostos de cabimento do mandado de injunção:

“EMENTA: Constitucional. Mandado de Injunção. Seguimento Negado pelo Relator. Competência do Relator (RI/STF, art. 21, par 1º; Lei n. 8.038, de 1.990, art. 38): Constitucionalidade. Pressupostos do Mandado de Injunção. Legitimidade Ativa. I. É legitima, sob o ponto de vista constitucional, a atribuição conferida ao Relator para arquivar ou negar seguimento a pedido ou recurso intempestivo, incabível ou improcedente e, ainda, quando contrariar a jurisprudência predominante do Tribunal ou for evidente a sua incompetência (RI/STF, art. 21, par 1.; Lei n. 8.038/90, art. 38), desde que, mediante recurso -- agravo regimental -- possam as decisões ser submetidas ao controle do colegiado. II. A existência de um direito ou liberdade constitucional, ou de uma prerrogativa inerente a nacionalidade, a soberania ou a cidadania, cujo exercício esteja inviabilizado pela ausência de norma infraconstitucional regulamentadora, constitui pressuposto do mandado de injunção. III. Somente tem legitimidade ativa para a ação o titular do direito ou liberdade constitucional, ou de prerrogativa inerente a nacionalidade, a soberania e a cidadania, cujo exercício esteja inviabilizado pela ausência da norma infraconstitucional regulamentadora. IV. Inocorrência, no caso, do pressuposto de inviabilização de exercício de prerrogativa constitucional. V. Agravo regimental improvido” (MI 375-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 15.5.1992, grifos nossos).

Dessa forma, é pressuposto do mandado de injunção a demonstração no plano fático da concreta inviabilidade do exercício de direito constitucional, em razão da ausência de norma que lhe dê eficácia plena.

7. Na presente ação, o Impetrante sequer menciona ter provocado a Administração Pública estadual, tampouco demonstra ter ela negado a concessão da aposentadoria especial prevista no art. 40, §4º, inc. III, da Constituição da República, com fundamento na inexistência de norma que regulamente este dispositivo.

Intimado para suprir a falha apontada e emendar a petição inicial nos termos do art. 284, do Código de Processo Civil, o Impetrante não se manifestou no prazo assinalado.

Portanto, verifico estarem ausentes elementos processuais que viabilizam o trâmite do presente mandado de injunção.

8. Pelo exposto, nego seguimento ao mandado de injunção (art. 284, § único do Código de Processo Civil c/c art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.779-4 (193)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : GILSON BRUM BARTOLAMEIADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO DE INFORMAÇÕES E DE PRONUNCIAMENTO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Gilson Brum Bartolamei, em

21.8.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República, ao Presidente do Senado Federal e ao Presidente da Câmara dos Deputados.

2. O Impetrante informa que é médico, tendo iniciado (...) suas atividades junto ao Estado do Rio Grande do Sul, mediante contrato de trabalho (CLT), ainda na data de 19 de agosto de 1980” (fls. 2).

Ressalta que “ocupa, desde sua ingresso junto ao serviço público estadual, cargo junto ao Quadro de Funcionários da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente, estando, durante todo o período, exposto a agentes insalubres, haja vist[a] ter exercido atividade profissional na condições de médico, realizando atendimento a pacientes junto a Unidade Sanitária de Passo Fundo” (fls. 2-3).

Entende que “resta evidente, in casu, o direito constitucional do Impetrante à adoção de requisitos e critérios diferenciados para alcançar a aposentadoria, uma vez que trabalhando há mais de 25 anos sob condições especiais de insalubridade. Não se pode permitir que esse seu direito

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 32

constitucional seja obstado pela inércia do legislador, passadas mais de duas décadas de vigência da Constituição Federal, sob pena de esvaziamento da própria Supremacia da Constituição” (fl. 13).

Pede o benefício da justiça gratuita e que seja “julgado procedente o presente remédio constitucional, de forma a: a) reconhecer expressamente o direito do Impetrante a contagem diferenciada do tempo de serviço prestado, em razão deter laborado, durante todo o período (a partir de 19 de agosto de 1980 – 19.08.1980), de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no art. 40, § 4º, inciso III, da Constituição Federal de 1988, situação esta que autorizará a concessão da aposentadoria especial junto ao serviço público estadual); b) emitir pronunciamento jurisdicional apto a regulamentar temporariamente as condições de exercício de um direito constitucional do Impetrante, mediante a adoção analógica integrativa do sistema previsto pelo regime geral de previdência social (Lei nº 8.213/91), até que sobrevenha a regulamentação legislativa prevista no artigo 40, § 4º da carta Magna” (fl. 20).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. De início, defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art.

4º da Lei n. 1.060/50 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

4. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, o Impetrante alega ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estaria submetido em sua atividade, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

As condições especiais as quais o Impetrante está submetido são demonstradas pelo recebimento do adicional de insalubridade em seu histórico funcional (fl. 27) e em seus contracheques (fls. 40-51).

O Impetrante juntou ainda manifestação do Núcleo de Recursos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, pela qual teve negada a concessão da aposentadoria por “não te[r] os pressupostos para aposentadoria – pela alínea pleiteada” (fl. 39).

5. Notifiquem-se os Impetrados para, querendo, prestarem as informações no prazo de dez dias (art. 24, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990 c/c art. 1º, alínea a, da Lei n. 4.348/1964 e o art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

6. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.784-1 (194)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS SINDICATOS DE SERVIDORES

MUNICIPAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - FESISMERS

ADV.(A/S) : JOÃO ARTUR BORTOLUZZI E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INCS. II E III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado pela Federação dos Sindicatos

dos Servidores Municipais do Rio Grande do Sul, em 27.8.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República

2. A Impetrante informa que é “uma entidade sindical de acordo com o art. 535 da CLT, regularmente constituída e em pleno exercício de suas atividades, com registro no Ministério do Trabalho e Emprego (...), e representação estadual” (fls. 3).

Ressalta que “a representação se faz, via substituição processual, em favor dos trabalhadores no setor público municipal do Estado do Rio Grande do Sul, que laboram em condições comprovadamente insalubres e/ou em atividade de risco” (fl. 3).

Afirma que “a falta de disciplinamento do direito dos servidores públicos prevista no artigo 40, § 4º, da Constituição Federal de 1988, impõe a adoção, via mandado de injunção, das regras previstas no plano dos trabalhadores vinculados ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS, encontradas no artigo 57, § 1º, da Lei 8.213/91” (fl. 5).

Alega que “as atividades exercidas pelos servidores os expõem a agentes nocivos à saúde, sejam eles químicos, físicos ou biológicos, ou ainda, perigosos, dentre outros. Portanto é direito indiscutível deles o que ora se guerreira” (fl. 6).

Pede o benefício da justiça gratuita e que seja concedida a ordem para “reconhec[er] a mora legislativa, e assim suprindo a falta de norma regulamentadora disposta no art. 40, § 4º, II e III, da Constituição Federal, aplicando-se, de outra via, para todos os servidores municipais representados pela Impetrante ou não e que trabalharam e ou trabalham em condições especiais, os preceitos legais referentes a aposentadoria especial previstos na Lei 8.213/91, notadamente aqueles do artigo 57 e seu § 1º” (fl. 8).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. De início, defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art.

4º da Lei n. 1.060/50 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

4. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a inviabilidade do exercício de direito ou liberdade constitucional de titularidade do Impetrante, em razão da não edição de norma regulamentadora.

5. Na presente ação, a Federação Impetrante não demonstra minimamente serem seus substituídos processuais titulares do direito à aposentadoria especial prevista no art. 40, § 4º, incs. II e III, da Constituição da República.

Menciona apenas que “as atividades exercidas pelos servidores os expõem a agentes nocivos à saúde, sejam eles químicos, físicos ou biológicos, ou ainda perigosos, dentre outros” (fl. 6).

Não foram relatadas, na petição inicial, quais são as atividades alegadamente exercidas sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física dos servidores públicos associados à Impetrante. Tampouco foram citados os cargos ou funções desses servidores, pelo que não se pode afirmar terem direito à aposentadoria especial e estar ele inviabilizado pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, incs. II e III, da Constituição da República.

6. Pelo exposto, fixo o prazo de 10 (dez) dias para que a Impetrante, querendo, supra a falha apontada, relativa aos elementos processuais que viabilizam o trâmite do presente mandado de injunção, conforme o art. 284, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.799-9 (195)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : RICARDO VIANA RAMOS FERNANDEZ E OUTRO

(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO. MANDADO DE INJUNÇÃO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Carlos Alberto Rodrigues dos

Santos, em 31.8.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República.

2. O Impetrante informa que é “foi admitido na Comissão nacional de Energia Nuclear - CNEN, no dia 1º de janeiro de 1984, sob a égide da C.L.T., conforme prova sua ficha funcional” (fls. 2).

Ressalta que “embora o Relatório de Doses Acumuladas da CNEN, em anexo, mencione a exposição á radiação do Impetrante desde o seu ingresso, no mês 01/1984, somente a partir do dia 01/12/1991 passou a receber os adicionais de Raio X e de radiação ionizante, conforme assinalam a pasta funcional e os contracheques (...) Portanto, labora há mais de 25 anos na Autarquia em condições adversas de forma intermitente e ininterrupta até a data presente” (fl. 3, grifos no original).

Alega que, “revela-se nefasta a inércia do presidente da República, configurando-se claramente a hipótese de cabimento desta via mandamental, diante do princípio da razoabilidade” (fl. 10).

Pede seja concedida a ordem para ”1. reconhecer a falta de norma regulamentadora do direito à aposentadoria especial do Impetrante; 2. suprir a lacuna decorrente da omissão legislativa; 3. e, supletivamente, tornar possível o exercício do direito pelo inciso II do § 4º do artigo 40 da CRFB/88, nos termos do art. 57 da Lei n. 8.213/91 (fl. 12).

3. Em 14.9.2009, fixei o prazo de 10 (dez) dias para que o Impetrante demonstrasse que a Administração Pública havia negado a concessão da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 33

aposentadoria especial pleiteada, em razão da ausência de norma regulamentadora do art. 4º, § 4º, inc. III, da Constituição da República.

4. Em 21.9.2009, o Impetrante apresentou petição na qual afirma que a prova exigida “se mostra prescindível no caso em apreço, pois está intrínseca nos pressuposto legais para a impetração do Mandado de Injunção” (fl. 62).

Argumenta ainda que “a Administração Pública está adstrita ao princípio da legalidade inserido no artigo 37, caput, da Constituição Federal (...). Logo, se não há lei que possibilite o exercício do direito do Impetrante à aposentadoria especial, a Administração Pública tem o dever de negar requerimento a este título, com fundamento do princípio da legalidade” (fls. 62-63, grifos no original).

Conclui que “o ônus da prova imposto ao Impetrante parece prescindível diante do que determina o artigo 334, inciso IV, do CPC, pois a Administração Pública não pode conceder o direito preconizado pelo art. 4º, § 4º, inciso III, da Constituição Federal por ausência de norma regulamentadora e, em decorrência disso, por estar vinculada ao princípio da legalidade” (fl. 63, grifos no original).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. O mandado de injunção é ação constitucional posta à disposição

do cidadão para que possa reivindicar o exercício de direito, liberdade ou prerrogativa cuja viabilidade tenha sido obstaculizada pela ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

No presente caso, apesar da fixação de prazo para que a petição inicial fosse instruída com elementos que demonstrassem a alegada inviabilidade do exercício do direito constitucional pretendido, tais comprovações não foram trazidas aos autos.

Na lição de José Afonso da Silva: “O mandado de injunção tem por finalidade realizar concretamente

em favor do impetrante o direito, liberdade ou prerrogativa sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável seu exercício. Não visa obter a regulamentação prevista na norma constitucional, não é função do mandado de injunção pedir a expedição da norma regulamentadora, pois ele não é sucedâneo da ação de inconstitucionalidade por omissão” (Comentário Contextual à Constituição, pg. 166).

O objetivo do mandado de injunção é a satisfação concreta do direito constitucional inviabilizado, motivo pelo qual são necessários elementos que comprovem, no plano fático, a abstenção da Administração Pública pela inexistência de norma regulamentadora.

A necessidade de integração da norma constitucional em questão já foi reiteradamente reconhecida por este Supremo Tribunal Federal. Contudo, para ser cabível a via eleita pelo Impetrante, o obstáculo à plenitude da eficácia da norma deve ser comprovado nos autos.

Não merece amparo o argumento do Impetrante de que o princípio da legalidade impede a obtenção da comprovação exigida, uma vez que o próprio Impetrante sustenta que “a Administração Pública tem o dever de negar requerimento a este título, com fundamento no princípio da legalidade” (fl. 63).

A simples negativa da Administração Pública em conceder a aposentadoria especial ao Impetrante seria suficiente para demonstrar que, apesar do entendimento consolidado deste Supremo Tribunal Federal em aplicar os dispositivos do art. 57, da Lei n. 8.213/91, o direito do Impetrante à aposentadoria especial está obstado pela não regulamentação do art. 4º, § 4º, inc. III da Constituição da República.

4. Por não ter o Impetrante suprido a falha apontada no prazo fixado, nego seguimento ao mandado de injunção (art. 284, § único do Código de Processo Civil c/c art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.838-3 (196)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : SUSETE JOSENIA ZAAR ANDERSEN CAVALCANTIADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de mandado de injunção impetrado por Susete Josefina Zaar Andersen Cavalcanti contra omissão dos Presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados em virtude da ausência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal.

Requisitem-se informações às autoridades impetradas.Cite-se o Estado do Rio Grande do Sul.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.890-1 (197)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : NATALINO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : NATALINO FRAGOSO CARLOSIMPTE.(S) : ROGÉRIO DA SILVA RESENDEIMPTE.(S) : ULISES ALEJANDRO CASTANEDA BUSTAMANTEADV.(A/S) : ANTÔNIO SILVA FILHOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – DEFERIMENTO.MANDADO DE INJUNÇÃO – FIXAÇÃO DE CONDIÇÕES

NECESSÁRIAS AO EXERCÍCIO DE DIREITO – TOMADOR DE SERVIÇOS – LEGITIMAÇÃO PASSIVA.

MANDADO DE INJUNÇÃO – INFORMAÇÕES – PARECER DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.

1.Ante os termos dos artigos 2º, parágrafo único, e 4º da Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, defiro o pedido de assistência judiciária gratuita.

2.Retifiquem a autuação. A qualificação utilizada mostra-se imprópria. No sistema unicameral, cabe ao Presidente do Senado Federal presidir a sessão a ser realizada. No caso, hão de constar como impetrados o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

3.Os impetrantes são servidores públicos vinculados à União, a qual, uma vez julgado procedente o pedido inicial, arcará com os ônus decorrentes da decisão. Então, cumpre observar o que normalmente se verifica em mandado de segurança, ou seja, a citação da União como litisconsorte passiva.

4.Solicitem informações aos impetrados, citando, para o conhecimento desta ação, a União. Retifiquem a autuação.

5.Com as manifestações, colham o parecer do Procurador-Geral da República.

6.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.921-5 (198)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : PEDRO EUSTÁQUIO BARBOSAADV.(A/S) : JULIANA DURÃES DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INCS. II E III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Pedro Eustáquio Barbosa

contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República. 2. O Impetrante informa que “é Técnico de Laboratório de Análise

Clínica do Hospital da Universidade Federal de Uberlândia, servidor público federal” (fl. 2).

Salienta que “desde o seu ingresso nos quadro da Universidade Federal de Uberlândia, o impetrante labora submetido a condições de insalubridade, ou seja, de 01/04/1980 até a presente data labora como técnico de laboratório, no setor de coleta de sangue e materiais orgânicos, estando em contato com agentes biológicos, químicos, físicos, materiais contaminados com agentes virais, bacterianos, parasitários, fungos, protozoários, doenças contagiosas e outros presentes no ambiente hospitalar” (fl. 2, grifos no original).

Alega que “após o advento do regime jurídico único, implantado pela Constituição de 1988, e efetivado pela Lei nº 8.212 de 1990, o Impetrante deixou de ter regulamentado o seu direito à adoção de critérios diferenciados para concessão de sua aposentadoria em razão de laborar sob atividades insalubres/periculosa (sic)” (fl. 5, grifos no original).

Afirma ainda que “há mais de 28 anos de serviços junto à Universidade Federal de Uberlândia (desde 01/04/1980), o Impetrante esteve – e ainda está – submetido a labor em condições de insalubridade/periculosidade, permanente e habitual, conforme consignado expressamente em seus contracheques, bem como na Declaração emitida pel[a] própria Instituição” (fls. 4-5, grifos no original).

Argumenta ser “plenamente cabível o presente Remédio Constitucional, na forma disciplinada pelo art. 5º, LXXI, da Carta Magna, uma vez que a falta de norma regulamentadora expressamente prevista pela própria Constituição Federal (art. 40, § 4º, CF´88) inviabiliza o exercício dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 34

direitos constitucionais do Impetrante previstos no art. 40, § 4º, inciso II e III da CF´88” (fl. 6, grifos no original).

Conclui ser “evidente, in casu, o direito constitucional do Impetrante à adoção de requisitos e critérios diferenciados para alcançar a aposentadoria, uma vez trabalhando mais de 28 anos sob condições especiais de insalubridade máxima” (fl. 23).

Pede o benefício da justiça gratuita e que seja concedida a ordem para “a) reconhecer expressamente o direito do Impetrante à contagem diferenciada do tempo de serviço após a égide da Lei nº 8.112/90, em razão de laborar, de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade, conforme disposto no art. 40, § 4º, III, da Carta Magna; e b) emitir um pronunciamento jurisdicional apto a regulamentar temporariamente as condições de exercício de um direito constitucional do Impetrante, através da adoção analógica integrativa do sistema previsto pelo regime geral de previdência social (Lei nº 8.213/91), até que sobrevenha a regulamentação legislativa prevista no art. 40, § 4º da Carta Magna” (fl. 28, grifos no original).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante,

exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, o Impetrante alega ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estaria submetido em sua atividade, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

As condições especiais as quais o Impetrante está submetido são demonstradas pelo recebimento do adicional de insalubridade em seus contracheques (fls. 38-48) e pela declaração da Fundação de Assistência Estudo e Pesquisa de Uberlândia (fl. 33).

Não há notícia nos autos de que a Universidade Federal de Uberlândia tenha negado a concessão da aposentadoria especial ao Impetrante com fundamento na omissão legislativa apontada. Portanto, não se pode concluir de plano que o exercício desse direito esteja inviabilizado pela ausência de norma regulamentadora.

4. Pelo exposto, fixo o prazo de 10 (dez) dias para que o Impetrante, querendo, supra a falha apontada, relativa aos elementos processuais que viabilizam o trâmite do presente mandado de injunção, conforme o art. 284, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

5. Defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art. 4º da Lei n. 1.060/50.

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.934-7 (199)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : MARIA ELIZABETE DA ROSA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VERA LUCIA MARQUES CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO DE INFORMAÇÕES E DE PRONUNCIAMENTO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Maria Elizabete da Rosa e

Outros, em 28.9.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribuem ao Presidente da República.

2. Os Impetrantes informam que são “servidores públicos federais civis, da mesma instituição autárquica – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, trabalhando em atividades insalubres, requerendo, nesta via, a garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar seus direitos constitucionais, por não poderem exercê-los pela ausência de norma regulamentadora” (fls. 3).

Ressaltam que “os dois últimos Impetrantes foram redistribuídos da UFR[R]J em 2005 e 2003, respectivamente (docs. 17 e 24), mais percebiam desde a IFE redistribuidora, adicional de insalubridade (docs. 18, 19, 25, 26). A primeira Impetrante recebe o adicional de insalubridade desde 1991 (Doc. 4), o segundo Impetrante desde 1983 (doc. 8) e o terceiro Impetrante desde 1991 (doc. 12). Todos recebem o Adicional de Insalubridade nos termos do Decreto nº 1.873/81, pela exposição habitual e permanente a agentes nocivos” (fl. 4, grifos no original).

Informam que, “com a mudança de Regime de Celetista para Estatutário, introduzido pela Lei nº 8112/90 – RJU, embora continuem a

receber o Adicional de Insalubridade (...) não tiveram o seu direito constitucional subjetivo garantido, ou seja, a contagem e averbação do tempo de exercício nessas atividades a partir de 1991” (fl. 4, grifos no original).

Noticiam ainda que “diante das recentes e pacíficas decisões desta E. Corte, sobre a matéria, a UFRRJ tem recebido inúmeros requerimentos, que visam informá-la de tal entendimento e muitos requerem, administrativamente, a contagem e averbação do tempo em que exercem atividades insalubres, a partir de 1990, para em momento propício terem acesso à aposentadoria especial” (fl. 4).

Juntam aos autos a “Orientação Normativa n. 7” da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a qual dispõe:

“Art. 2º Para efeito da contagem do tempo de serviço prestado (sob condições insalubre, penosa e perigosa ou atividade com Raios X e substâncias radioativas será considerado somente o período exercido até 12 de dezembro de 1990, pelos servidores públicos anteriormente submetidos ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, alcançados pelo art. 243 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

(...)Art. 11 Para o período posterior à edição da Lei nº 8.112 de 1990, é

necessária a regulamentação do § 4º do art. 40, da Constituição Federal, que definirá os critérios para concessão da respectiva aposentadoria” (fl. 5).

Afirmam que “a mera cientificação (sic) do Impetrado da omissão não será suficiente para alcançar o fim que se almeja com a presente demanda, qual seja, praticar a contagem e averbação na ficha funcional dos Impetrantes do tempo de serviço prestado em condição insalubre objetivando direito à aposentadoria especial, o que, aliás, tem sido o entendimento dessa Casa Maior” (fl. 8).

Pedem seja concedida a ordem para que “e) seja suprida omissão legislativa, por normatização através da decisão des[t]e Egrégio Supremo Tribunal Federal, no caso concreto, como já vem fazendo através dos inúmeros precedentes apontados, de forma que seja aplicado, conforme exigido pela Constituição federal, o direito subjetivo constitucional dos Impetrantes de terem o tempo de serviço exercido em condições insalubres, contado e averbado em suas fichas funcionais, a fim de possibilitar, administrativamente, requererem sua aposentadoria especial” (fl. 8).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante,

exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, os Impetrantes alegam ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estariam submetidos em suas atividades, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

As condições especiais as quais os Impetrantes estão submetidos são demonstradas pelo recebimento do adicional de insalubridade em seus comprovantes de rendimentos (fls. 12, 16, 20, 24, 27, 28, 31, 34 e 35) e declarações do Departamento de Pessoal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (fls. 13, 17, 21, 25 e 32).

Ao juntar a orientação normativa n. 7 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, os Impetrantes também demonstraram a inviabilidade do exercício do direito à aposentadoria especial, elemento processual necessário ao trâmite deste mandado de injunção.

4. Notifique-se o Impetrado para, querendo, prestar as informações no prazo de dez dias (art. 24, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990 c/c art. 1º, alínea a, da Lei n. 4.348/1964 e o art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

5. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.939-8 (200)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ANTÔNIA MARIA PEREIRA RODRIGUESADV.(A/S) : ANA FLÁVIA PESSOA TEIXEIRA LEITEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Trata-se de mandado de injunção impetrado por Antônia Maria Pereira Rodrigues contra omissão do Presidente da República, em virtude da ausência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 35

Requisitem-se informações à autoridade impetrada.Cite-se o Distrito Federal.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.940-1 (201)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ADEMAR BARBOSA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : ANA FLÁVIA PESSOA TEIXEIRA LEITEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DA NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INCs. II E III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO DE INFORMAÇÕES E DE PRONUNCIAMENTO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Ademar Barbosa do

Nascimento, em 30.9.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República.

2. O Impetrante informa que é “servidor da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. (...) Exerce a função de AOSD/Lavanderia hospitalar desde 15 de fevereiro de 1982 junto à Instituição referida, ou seja, há mais de 27 anos. Desde a data de sua posse o Impetrante vem trabalhando de forma permanente, não ocasional, nem intermitente em atividade considerada insalubre pelo Regime Geral da Previdência Social, conforme se infere da Lei 8.213 de 1991” (fls. 3).

Ressalta que “o período anterior a Lei 8.112/90 o Impetrante ainda vinculad[o] ao Regime Geral da Previdência Social e sujeit[o] aos ditames da Consolidação das Leis do Trabalho, teve reconhecido o seu direito a conversão de período trabalhado sob condições insalubres junto a Secretaria de Saúde, na forma da legislação anterior, conforme Parecer 190/06 da Procuradoria Geral do GDF. Não sendo concedido o período estatutário sob o regime da Lei nº. 8.112/90” (fl. 4).

Entende que “não pode o Judiciário deixar de amparar o que ora se pleiteia, tendo em vista que o Impetrante está submetido a agentes patogênicos nocivos a saúde, e ao perdurar tamanha injustiça, está a desrespeitar dispositivos constitucionais” (fl. 7).

Afirma que “afigura-se plenamente cabível o presente Remédio Constitucional, na forma disciplinada pelo art. 5º, LXXI, da Carta magna, uma vez que a falta de norma regulamentadora expressamente prevista pela própria Constituição Federal (art. 40, § 4º) inviabiliza o exercício dos direitos constitucionais do Impetrante previsto no artigo 40, § 4º, incisos II e III da Constituição Federal” (fl.9).

Pede o benefício da justiça gratuito e que seja “julga[do] procedente o presente remédio constitucional, de forma a: a) reconhecer expressamente o direito do Impetrante à contagem diferenciada do tempo de serviço, após a égide da Lei nº. 8112/90, em razão de laborar, de forma permanente e habitual, em condições de insalubridade em ambiente hospitalar como AOSD/LAVANDERIA HOSPITALAR, conforme disposto no art. 40, § 4º, III, da Carta Magna; b) emitir um pronunciamento jurisdicional apto a regulamentar as condições de exercício de um direito constitucional do Impetrante, através da adoção analógica integrativa do sistema previsto pelo Regime geral da Previdência Social através da Lei 8.213/91, até que sobrevenha a regulamentação legislativa prevista no art. 40, § 4º, III, da Carta Magna; (...) d) seja julgado procedente o pedido do Impetrante para que este Tribunal em sua alta sabedoria supra a omissão da lei regulamentadora e assegure ao Impetrante o direito à aposentadoria especial, com proventos integrais sem perda da paridade com os servidores ativos, por ter laborado, por mais de 27 anos, de forma permanente, não ocasional, nem intermitente, em atividade considerada insalubre” (fl. 21).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. De início, defiro o pedido de justiça gratuita do Impetrante, nos

termos do art. 4º da Lei n. 1.060/50 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

4. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma, esta de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

Na espécie dos autos, o Impetrante alega ausência da norma regulamentadora prevista no art. 40, § 4º, incs. II e III, da Constituição da República, o que tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estaria submetido em sua atividade, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

As condições especiais as quais o Impetrante está submetido são

demonstradas pela declaração da Gerência de Pessoal da Secretaria de estado de Saúde do Distrito Federal (fl. 22) e pelo recebimento de adicional de insalubridade em seu contracheque (fl. 28).

O Impetrante ainda juntou parecer do Procurador-Geral Adjunto do Distrito Federal, datado de 28.3.2008, o qual concluiu que “em relação a período laborado sob o regime estatutário, não deve ser aplicada qualquer forma de contagem de tempo especial, em razão da ausência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal” (fl. 40).

5. Notifique-se o Impetrado para, querendo, prestar as informações no prazo de dez dias (art. 24, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990 c/c art. 1º, alínea a, da Lei n. 4.348/1964 e o art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

6. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.945-2 (202)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : CARLOS OTÁVIO CORSOADV.(A/S) : LARISSA F MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção, impetrado por Carlos Otávio Corso em que é pleiteada assistência judiciária gratuita. O impetrante alega inexistência de ato normativo que regule a fruição de aposentadoria especial dos servidores públicos que exerçam atividade sob condições especiais, atividades que prejudiquem a saúde ou a integridade física, consoante previsto no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil.

Defiro o pedido de assistência judiciária, nos termos da Lei n. 1.060 de 5 de fevereiro de 1.950 [fl. 4-v].

Solicitem-se informações às autoridades impetradas.Após, abra-se vista à Procuradoria Geral da República.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.946-1 (203)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : FLÁVIO CIULLA BOHMGAHRENADV.(A/S) : LARISSA F MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção, impetrado por Flávio Ciulla Bohmgahren em que é pleiteada assistência judiciária gratuita. O impetrante alega inexistência de ato normativo que regule a fruição de aposentadoria especial dos servidores públicos que exerçam atividade sob condições especiais, atividades que prejudiquem a saúde ou a integridade física, consoante previsto no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil.

Defiro o pedido de assistência judiciária, nos termos da Lei n. 1.060 de 5 de fevereiro de 1.950 [fl. 4].

Solicitem-se informações às autoridades impetradas.Após, abra-se vista à Procuradoria Geral da República.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.950-9 (204)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : JANETH RIBEIRO DO COUTO COCCOADV.(A/S) : GERALDO JÉSUS ARAÚJO TEIXEIRAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 36

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção, com pedido de medida liminar, impetrado por Janeth Ribeiro do Couto Cocco. A impetrante alega inexistência de ato normativo que regule a fruição de aposentadoria especial dos servidores públicos que exerçam atividade sob condições especiais, atividades que prejudiquem a saúde ou a integridade física, consoante previsto no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil.

2.É firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que o caráter do mandado de injunção é incompatível com a concessão de medida liminar [MI/Agr n. 323, Ministro MOREIRA ALVES, DJ. de 14.02. 92; MI/Agr n. 335, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ. de 17.06.94, MI n. 712, de que sou Relator, DJ de 24.09.04, e MI n. 701, Relator o Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 20.05.04].

Indefiro o pedido de medida liminar.Dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para

elaboração de parecer.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.953-3 (205)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JORGE LUIZ DALLPOSSOADV.(A/S) : LEONICE CHIES KAFER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VIVIANE PIACENTINIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: Defiro o pretendido benefício de gratuidade, tendo em vista a afirmação feita pela parte impetrante, nos termos e para os fins a que se refere o art. 4º da Leinº1.060/50, na redação dada pela Lei nº 7.510/86, c/c o art. 21, XIX, do RISTF.

2. Solicitem-se informações ao Senhor Presidente da República.Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 24.358-9 (206)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOIMPTE. : CARLITO ALBERTO DA SILVAADV. : MARCO AURELIO CASTRO DE OLIVEIRAIMPDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. O presente mandado de segurança tem absoluta identidade de elementos com o MS nº 24.359 (Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 13.11.2002), cuja decisão negou seguimento ao pedido.

A repetição de demanda idêntica é medida que geraria, caso ambas estivessem em curso, o reconhecimento da litispendência e conseqüente extinção do segundo processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, V, do CPC.

Como a decisão daqueloutro mandado de segurança teve natureza meramente terminativa, por ilegitimidade passiva ad causam, obstado está o reconhecimento da coisa julgada material, fenômeno jurídico ligado à sentença de mérito das demandas.

Mas isto não impede o reconhecimento da falta de interesse de agir do impetrante em ver a mesma demanda, com as mesmas partes, causa de pedir e pedido, julgada mais de uma vez, por ter deixado de recorrer daquela decisão terminativa. É que, doutro modo, se estaria admitindo a renovação de ações como sucedâneo recursal!

Descaracterizada a necessidade de intervenção do Judiciário, uma vez que já prestada a tutela jurisdicional, posto denegatória, em ação idêntica, carece o impetrante da condição do interesse processual.

Ademais, é evidente a ilegitimidade passiva do impetrado. A atribuição para conhecer de recurso interposto contra pena aplicada a militares passou a ser do Comandante do Exército, com o advento do Decreto 4.346, de 2002 (art. 42), que revogou o art. 61 do Decreto nº 90.608/84, o qual cometia a função ao Presidente da República.

2.Ante o exposto, indefiro a inicial, extinguindo o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 267, incs. I e III (falta de interesse de agir e ilegitimidade passiva) do CPC.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.006-9 (207)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIE

IMPTE.(S) : LARISSA PIGNATON SARCINELLI PIMENTELADV.(A/S) : ARTHUR STEPHAN SILVA DE MELO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 200910000010246)

1.Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Larissa Pignaton Sarcinelli Pimentel, com fundamento nos arts. 5º, LXIX, da Constituição Federal, e 1º da Lei 1.533/51, contra o acórdão proferido pelo Conselho Nacional de Justiça no Procedimento de Controle Administrativo 2009.10.00.001024-6.

O Conselho Nacional de Justiça julgou improcedente o pedido formulado no mencionado PCA, rejeitando a alegação de cerceamento de defesa supostamente ocorrido no curso de procedimento administrativo disciplinar instaurado em desfavor da impetrante perante o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

A impetrante sustenta, em síntese, que a sua defesa teria sido cerceada por não lhe terem sido disponibilizadas, para fins de elaboração de sua defesa prévia, todas as provas colhidas, em especial 10 (dez) mídias eletrônicas de DVDs que conteriam gravações telefônicas realizadas no curso das investigações, mas apenas e tão-somente uma única mídia com uma compilação destas gravações.

Requer, ao final, no mérito, a declaração da “nulidade, ab initio, do Processo Administrativo Disciplinar nº 100.090.004.324 em trâmite no Órgão Pleno do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, notadamente a partir do ato citatório previsto no § 1º do art. 7º da Resolução nº 30 do CNJ (art. 27, § 1º, da LOMAN), ante o inequívoco cerceamento de defesa ocorrido” (fl. 25).

2.O saudoso Ministro Menezes Direito indeferiu o pedido de medida liminar e solicitou informações (fls. 617-618), que foram devidamente prestadas pela Presidência do Conselho Nacional de Justiça (fls. 623-627).

3.A impetrante formulou pedido de reconsideração dessa decisão (fls. 639-645).

4.A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não-conhecimento do presente mandamus (fls. 686-689), em parecer assim ementado:

“Mandado de Segurança. Decisão do Conselho Nacional de Justiça que rejeitou pleito da impetrante voltado contra atuação da Corregedoria-Geral e Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo quando da instauração de processo administrativo disciplinar em seu desfavor. Deliberação negativa do órgão apontado como coator. Parecer pela incompetência do Supremo Tribunal Federal para a apreciação do writ.” (Fl. 686).

5.O eminente Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, determinou a redistribuição do presente processo, com base no art. 68 do RISTF (fl. 691), em virtude da licença médica do então relator, Ministro Menezes Direito, por mais de 30 (trinta) dias, conforme requerido pela própria impetrante (fls. 693-695).

6.O acórdão ora impugnado porta a seguinte ementa:“PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO –

MAGISTRADO – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – DEFESA PRÉVIA – DELIMITAÇÃO DO CAMPO PROBATÓRIO – CONTRADITÓRIO – IGUALDADE DE ARMAS – PROVA EMPRESTADA – SINDICÂNCIA PRÉVIA AO PROCESSO – FACULTATIVIDADE.

I. Há perda de objeto do recurso administrativo, interposto em face de indeferimento de pedido de concessão de medida liminar, na hipótese das informações serem prestadas no decorrer da instrução e possibilitarem o pronto julgamento de mérito (RA no PCA 200810000025609).

II. A defesa prévia (art. 7º, § 1º, da Res. 30/CNJ) traduz mero procedimento preliminar a uma eventual instauração de processo administrativo disciplinar, sendo inclusive facultativa (§ 2º), não ocasionando qualquer preclusão na produção probatória (STF: HC 76049). A fase probatória – inaugural e mais exauriente – é oportunizada na fase inicial do processo administrativo disciplinar, mediante nova oportunidade de apresentação de defesa (que não é mais prévia, mas sim inicial ao PAD), a qual contará com cognição muito mais exauriente dos fatos do que naquele iter procedimental (art. 9º, § 1º, da Res. 30/CNJ).

III. Quando o Tribunal de origem disponibilizar à parte interessada em sede de defesa prévia apenas as interceptações telefônicas que dizem respeito à sua pessoa, sob forma de compilação de única mídia, deve estar delimitado o campo probatório da instrução do procedimento disciplinar às conversas ali gravadas, aplicando-se o princípio da igualdade de armas (par conditio) e o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal (Inq. 2424).

IV. A prova emprestada, desde que inicialmente autorizada pela Justiça na persecução penal, pode ser utilizada em sede de apuração disciplinar (STF: QO na Pet 3683).

V. Não é obrigatória a instauração de sindicância prévia ao processo administrativo disciplinar quando houver provas suficientes para a formação do processo (art. 18 do RGCNJ; STF: MS 22789).

VI. Procedimento de controle administrativo a que se indefere.” (Fl. 629).

Constata-se da simples leitura dessa ementa que o Conselho Nacional de Justiça não determinou a realização de qualquer ato lesivo à impetrante, limitando-se a não desconstituir os atos da Corregedoria-Geral e da Presidência do TJES.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 37

Houve, no presente caso, portanto, conforme bem ressaltou o ilustre Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, uma deliberação negativa por parte do Conselho Nacional de Justiça, dado que não ocorreu a substituição ou a desconstituição dos atos administrativos em apreço.

Ressalte-se, ainda, que o pedido formulado pela impetrante no presente mandado de segurança é no sentido de que esta Suprema Corte declare a “nulidade, ab initio, do Processo Administrativo Disciplinar nº 100.090.004.324 em trâmite no Órgão Pleno do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo” (fl. 25).

Todavia, a desconstituição do acórdão do Conselho Nacional de Justiça proferido no Procedimento de Controle Administrativo 2009.10.00.001024-6, objeto do presente writ, não assegurará à impetrante a declaração da nulidade do Processo Administrativo Disciplinar 100.090.004.324 em tramitação no TJES, uma vez que ainda estarão em vigor as decisões proferidas naquela Corte Estadual.

É que a anulação da decisão do CNJ não conduz, automaticamente, à anulação das decisões proferidas no TJES.

Concluo, assim, que os atos que a impetrante pretende reverter são aqueles realizados no Processo Administrativo Disciplinar 100.090.004.324, como consignado no próprio pedido formulado na petição inicial do mandado de segurança ora em apreço. Nesse sentido extraio os seguintes trechos do parecer elaborado pelo Parquet:

“12. O objeto do presente mandamus consiste em deliberação negativa do Conselho Nacional de Justiça que deixou de vislumbrar irregularidade na atuação do Corregedor-Geral e do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, sem substituir o ato originalmente questionado, de modo que não se vislumbra qualquer ilegalidade ou abusividade na decisão do próprio Conselho.

13. Sendo certo que não poderá essa Corte decidir em nome do Conselho impetrado para ordenar sejam sanadas as irregularidades eventualmente verificadas em outro ato que não o impugnado, caberia ao impetrante o questionamento do ato dos órgãos referidos perante o órgão jurisdicional competente.” (Fl. 689).

Dessa forma, o órgão coator, no presente caso, é, em verdade, a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que não se encontra incluída no rol taxativo do art. 102, I, d, da Constituição Federal, motivo por que falta a esta Corte competência para apreciar o presente writ.

Incide, na espécie, a Súmula STF 624, que assim dispõe:“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente

de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.”7.Saliente-se, ademais, que o decano desta Suprema Corte, Ministro

Celso de Mello, recentemente, não conheceu de mandado de segurança impetrado, também, contra deliberação negativa do CNJ, em decisão na qual asseverou:

“(...) a deliberação do Conselho Nacional de Justiça traduziu mero reconhecimento de que não lhe compete intervir no ato administrativo editado (...), nada determinando, nada impondo, nada avocando, nada aplicando, nada ordenando, nada invalidando, nem desconstituindo, a significar que o Conselho Nacional de Justiça, órgão ora apontado como coator, não substituiu, por qualquer resolução sua, atos ou omissões eventualmente imputáveis ao E. Tribunal de Justiça (...)” (Mandado de Segurança 27.712/DF, DJe 05.12.2008).

No mesmo sentido foram as decisões proferidas nos Mandados de Segurança 26.710-MC/DF, 26.738-MC/DF e 26.749-MC/DF, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 1º.8.2007; 26.267-MC/DF, rel. Min. Carlos Britto, DJ 23.8.2007; 26.877/DF, 27.215-MC/DF e 28.133-MC/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 27.8.2008, 18.6.2008 e 09.9.2009; 27.077-MC/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 20.02.2008; 27.117/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 20.8.2009; 27.795/DF, 27.895/GO, 26.797/DF e 28.035/DF, DJe 23.3.2009, 07.4.2009, 13.4.2009 e 24.6.2009.

8.Registre-se, finalmente, que esta Suprema Corte não pode e não deve ser transformada em uma indevida instância revisora de toda e qualquer deliberação do Conselho Nacional de Justiça, sob pena de inviabilização das atividades desse importante órgão do Poder Judiciário.

9.Ante o exposto, não conheço do presente writ, ficando prejudicado o pedido de reconsideração da decisão proferida pelo saudoso Ministro Menezes Direito que indeferiu a liminar.

Publique-se e arquive-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.294-1 (208)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROIMPTE.(S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº

72, DE 31 DE MARÇO DE 2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar impetrado pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro contra ato do Conselho Nacional de Justiça, da lavra do Corregedor Nacional de Justiça, que indeferiu pedido formulado pelo TJRJ para que fosse autorizada a fixação do número de juízes auxiliares da Presidência da Corte Estadual em oito juízes e o da Terceira Vice-Presidência em quatro juízes, em razão da exceção prevista no § 1º do art. 9º da Resolução 72 do CNJ.

Os impetrantes afirmam que a Resolução 72, de 31.03.2009, do CNJ, determina, em seu artigo 9º, que “a Presidência dos Tribunais, excepcionalmente e observados os critérios desta Resolução, poderá convocar até dois (2) juízes para auxílio aos trabalhos da Presidência e até dois (2) para a Vice-Presidência, respectivamente”. Acrescentam que o parágrafo 1º do referido artigo permite que, nos tribunais com mais de trezentos juízes, possa haver convocação de juízes auxiliares em número acima do limite estabelecido, desde que justificada e submetida ao controle e referendo do Conselho Nacional de Justiça (fls. 3).

Sustentam que a decisão ora atacada, que indeferiu o pedido para que o número de juízes auxiliares seja maior no TJRJ, ofende o pacto federativo, o princípio da separação de poderes e a competência constitucional de auto-organização da Justiça pelos Estados. Alegam que a lei estadual carioca 5.535/2009 expressamente autoriza a Presidência, a Corregedoria e a 3ª Vice-Presidência do TJRJ a terem até 09 (nove) juízes auxiliares, de modo que “por disposição legal estadual específica, fruto da autonomia constitucional dos Estados para organização da sua própria justiça, é permitido ao TJRJ, levando em consideração a quantidade de trabalho existente e a necessidade de se garantir efetividade aos princípios da celeridade e eficiência, ter na sua Presidência, 3ª Vice-Presidência e Corregedoria de Justiça até 09 (nove) juízes de direito em auxílio e assessoramento” (fls. 09).

Os impetrantes afirmam, ainda, que o CNJ violou o princípio do devido processo legal, pois o Corregedor Nacional do CNJ deixou de submeter ao Plenário sua decisão monocrática, determinando o cumprimento estrito da mencionada Resolução no prazo de 48 horas, a contar de 30.09.2009. Em outras palavras, defendem que da leitura do parágrafo 1º do art. 9º da Resolução 72/09, extrai-se que compete ao plenário do CNJ referendar ou não o ato administrativo do TJRJ que estabeleceu o número de juízes auxiliares.

Por fim, apresentam dados e estatísticas a respeito do funcionamento do Tribunal, sustentando que durante o ano de 2008, a Terceira Vice-Presidência proferiu 86.548 (oitenta e seis mil, quinhentos e quarenta e oito) decisões em processos de admissibilidade de recursos especial e extraordinário, produtividade essa que se deve à presença dos juízes auxiliares em número superior ao previsto na Resolução 72/2009 do CNJ.

Requerem a concessão da medida liminar, “para suspender o ato questionado, mencionado ao longo desta petição, bem assim para permitir que o TJRJ prossiga, na sua Presidência e na 3ª Vice-Presidência, com o quantitativo de juízes auxiliares previsto na Lei Estadual 5.535/09 e/ou com o quantitativo de juízes auxiliares informado ao CNJ, em respeito ao § 1º do artigo 9º da Resolução nº 72/09 do CNJ, e em atendimento aos princípios da autonomia federativa, continuidade do serviço público, celeridade, eficiência e duração razoável dos processos” (fls. 18).

É o relatório.Decido.O deferimento da medida liminar em mandado de segurança somente

se justifica quando (i) “houver fundamento relevante” [fumus boni iuris] e (ii) “do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida” [periculum in mora] (art. 7º, III, da Lei 12.016/2009). Tais requisitos são cumulativos e concomitantes, de modo que, na ausência de algum deles, não se legitima a concessão da liminar.

No presente caso, e nessa análise superficial própria das cautelares, não obstante a argumentação dos impetrantes acerca das eventuais ofensas ao pacto federativo, ao princípio da separação de poderes e ao devido processo legal, não vislumbro de plano os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar.

Com efeito, a lei estadual invocada como fundamento para a possibilidade de designação de um número maior de magistrados auxiliares no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é posterior à edição da Resolução 72/2009 do CNJ. De fato, publicada em 11.09.2009, a lei estadual 5.535 veio a ter existência jurídica mais de cinco meses após a edição da Resolução 72 do CNJ, que, portanto, já vinha sendo desrespeitada.

Vale ressaltar que a Resolução 72/2009 do CNJ concedeu o prazo de 90 (noventa) dias para que os tribunais adaptassem seus regimentos internos às suas novas disposições. Vale dizer, a Resolução está em vigor há mais de seis meses e não houve questionamento por parte do TJRJ acerca de suas regras, até que o CNJ solicitou-lhe informações acerca do seu cumprimento (fls. 02 do apenso). Em resposta a esse pedido de informações, o Presidente do TJRJ reconheceu continuar convocando número de juízes auxiliares superior ao permitido, apresentando razões para que o número de juízes auxiliares permanecesse superior a dois para a Presidência e a dois para a Vice-Presidência. No mesmo ofício, “indicou” o número de oito juízes auxiliares para a Presidência e de sete juízes auxiliares para Terceira Vice-Presidência “por entender que este quantitativo é adequado a empreender uma gestão administrativa moderna, célere e eficiente” (fls. 21 do apenso).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 38

Posteriormente, formulou pedido de que fossem permitidos oito juízes auxiliares na Presidência e quatro na Terceira Vice-Presidência, apresentando o ato de dispensa de quatro juízes auxiliares (fls. 131 do apenso). Analisando esse pleito, entendeu o Corregedor-Geral do CNJ que as razões expostas pelo TJRJ “mostram-se, nada obstante, inaceitáveis para as alterações pleiteadas” (fls. 176 do Apenso).

Note-se, ademais, que a decisão monocrática do Corregedor-Geral do CNJ poderia ter sido impugnada mediante recurso administrativo ao Plenário do CNJ, no prazo de cinco dias, conforme determina o art. 115 do Regimento Interno daquele órgão. É certo que não há previsão de atribuição automática de efeito suspensivo aos recursos no âmbito do CNJ, mas o § 4º do art. 115 do Regimento Interno do CNJ permite que o relator possa atribuir o efeito suspensivo ao recurso, em caso relevante.

Por fim, entendo que do ato impugnado não poderá resultar a ineficácia da medida, caso finalmente deferida, uma vez que a desconstituição do ato atacado não importa no automático reconhecimento de que o TJRJ cumpre os requisitos necessários para dispor de um número maior de juízes auxiliares à Presidência e à Vice-Presidência daquela Corte estadual, e, de outra parte, o andamento dos trabalhos naquele tribunal será devidamente adequado aos termos da Resolução do CNJ.

Do exposto, e reservando-me o direito a uma apreciação mais detida do caso quando do julgamento do mérito, indefiro a liminar.

Comunique-se, solicitando-se as informações, devendo a autoridade coatora informar também se houve a interposição de recurso administrativo e, em caso afirmativo, se a ele foi atribuído efeito suspensivo.

Em seguida, recebidas ou não as informações, abra-se vista ao procurador-geral da República.

Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.302-5 (209)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : LUCAS DO PRADO NETTOIMPTE.(S) : JOSÉ VIGILATO DA CUNHA NETOADV.(A/S) : JOSÉ VIGILATO DA CUNHA NETOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(PROC TC Nº 13454/2003-5)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1.Notifique-se o Tribunal de Contas da União para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/09).

2.Dê-se ciência da presente impetração à Advocacia-Geral da União, enviando-lhe cópia da petição inicial (art. 7º, II, da Lei 12.016/09).

3.Após o encaminhamento das informações ou do decurso do prazo para tal, apreciarei o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.306-8 (210)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : RUBEM DÁRIO PEREGRINO CUNHAADV.(A/S) : ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGISIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCESSO

ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Nº 2009010000051248)

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Rubem Dário Peregrino Cunha, contra ato do Conselho Nacional de Justiça proferido nos autos da Reclamação Disciplinar 200910000051248.

Narra o impetrante que“no dia 29.09.2009, o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, em sua

91ª sessão plenária ordinária deliberou pela instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), tombado sob o nº 200910000051248, em desfavor do impetrante, bem como determinou, surpreendentemente, o seu afastamento do exercício das funções judicantes e a suspensão das vantagens, à exceção dos subsídios inerentes ao cargo” (fl. 5).

Alega, nesse passo, que “apesar de se encontrar presente na retro mencionada sessão

plenária, acompanhado de seu advogado, o Bel. ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS (OAB/DF 18.907), durante todo o transcurso do dia, sofreu claro cerceamento de defesa, ante a impossibilidade de sustentação oral, ao fundamento de que o art. 124, § 4º, do Regimento Interno do CNJ apenas permite a inscrição até o horário previsto para o início do julgamento, sobrepondo-se uma mera norma regimental ao princípio da ampla defesa, de envergadura constitucional”.

Afirma, também, que foi indeferido o seu pedido de adiamento do julgamento por uma sessão.

Sustenta, mais, que o CNJ na fundamentação da instauração do referido PAD “lastreou-se nos depoimentos de pessoas de duvidosa honorabilidade”.

Aduz, ainda, que a decisão do CNJ é carente de motivação, o que viola o art. 93, IX e X, da Constituição. Além disso, não foi fixado prazo de vigência do afastamento cautelar.

Argumenta, ademais, que“além de não existirem indícios concretos de que o impetrante venha

a interferir na instrução do processo administrativo disciplinar, o que, de per si, desnatura o afastamento enquanto medida cautelar, razões outras justificam a permanência do magistrado no exercício de suas funções”.

Por fim, requer que seja concedida liminar neste mandado de segurança para determinar

“a imediata suspensão dos efeitos da decisão administrativa proferida no Curso da Reclamação Disciplinar acima indicada, de competência do Conselho Nacional de Justiça, a fim de suspender os seus efeitos especificamente na parte em que, de forma imotivada, determinou o seu afastamento do exercício da função judicante” (fl. 56).

De acordo com o impetrante“o periculum in mora, por sua vez, consiste no dano irreparável

ocasionado à honra, imagem e boa reputação do impetrante, em virtude de sucessivas publicações na imprensa, noticiando o seu afastamento, fato que caracteriza um impiedoso linchamento moral do mesmo”.

É o relatório.Passo a decidir.Bem examinados os autos, não constato, no presente writ, a

existência de fumus boni iuris ou periculum in mora, que possa autorizar o deferimento da medida liminar.

Com efeito, dentre o rol de competências do Conselho Nacional de Justiça estabelecido pela Constituição Federal, em seu art. 103-B, está

“III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa”.

Nesse passo, o afastamento cautelar de Magistrado após o início de Processo Administrativo Disciplinar está previsto no art. 27, § 3º, da Lei 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN):

“Art. 27 – O procedimento para a decretação da perda do cargo terá início por determinação do Tribunal, ou do seu órgão especial, a que pertença ou esteja subordinado o magistrado, de ofício ou mediante representação fundamentada do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público ou do Conselho Federal ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.

(...).§ 3º - O Tribunal ou seu órgão especial, na sessão em que ordenar a

instauração do processo, como no curso dele, poderá afastar o magistrado do exercício das suas funções, sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, até a decisão final”.

Verifica-se, assim, que a LOMAN estabelece que o afastamento do magistrado pode ocorrer até a decisão final do processo administrativo.

Quanto ao cerceamento de defesa, parece não ter havido ilegalidade praticada pelo CNJ ao não adiar a sessão de julgamento, pois o pedido foi negado com fundamento na regular e antecedente intimação do impetrante da inclusão em pauta da Reclamação Disciplinar a que responde.

Ademais, o Regimento Interno do CNJ dispõe em seu art. 125, § 4º, que “a solicitação para sustentação oral deverá ser formulada até o horário previsto para o início da sessão de julgamento”.

Isso posto, indefiro o pedido liminar formulado pelo impetrante, sem prejuízo de ulterior análise da questão trazida à minha apreciação.

Requisitem-se as informações de estilo. Imediatamente após, ouça-se a Procuradoria-Geral da República.Publique-se. Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

PETIÇÃO 4.670-6 (211)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : TIAGO CONDE TEIXEIRA E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 2009.03.00.016492-7)

INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de petiçãoajuizada pela TNL CONTAX S/A com o objetivode imediato processamento de agravo de instrumento interposto pela requerente.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 39

Narra a requerente que“com o objetivo de afastar a exigência da contribuição para o INCRA

e compensar valores recolhidos a este título com outros tributos federais, impetrou o MS nº 2003.61.00.029611-0, distribuído à 24ª Vara Federal de São Paulo-SP”.

A ordem foi denegada em 1ª instância e mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região ao apreciar a apelação interposta pela ora requerente.

Contra essa decisão foi interposto recurso extraordinário, em que se alegou violação aos arts. 149 e 195 da Constituição.

Referido RE foi inadmitido pela Vice-Presidência do TRF da 3ª Região, sob o fundamento de que esta Corte, no RE 578.635-RG/RS, Rel. Min. Menezes Direito, negou a existência da repercussão geral da questão constitucional debatida.

A requerente, então, interpôs agravo de instrumento contra essa decisão, que, remetido a este Tribunal, não foi distribuído, porém devolvido à origem, com fundamento na Portaria 138, de 23/7/2009, do STF, que

“determina à Secretaria Judiciária que devolva aos Tribunais, Turmas Recursais ou Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais os processos múltiplos ainda não distribuídos relativos a matérias submetidas a análise de repercussão geral pelo STF”.

Esse o AI que a requerente pugna seja processado, sob o argumento de que, embora a matéria tenha sido objeto de pronunciamento no RE 578.635-RG/RS, Rel. Min. Menezes Direito, pretende a revisão da tese, nos termos do art. 543-A, § 5º, do CPC.

Sustenta, nesse passo, que “o comando, ao tempo que empresta eficácia erga omnes à decisão

do STF que declara certa matéria carente de repercussão geral, não deixa de prever a possibilidade de mudança de entendimento da Corte sobre este ponto particular, afastando os riscos de perpetuação de equívocos e de engessamento da jurisprudência face à evolução dos tempos”.

É o relatório.Decido.Bem examinados os autos, não merece acolhida a pretensão da

requerente.Com efeito, o acórdão recorrido mediante o recurso extraordinário

recebeu a seguinte ementa:“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO INCRA. EMPRESA URBANA.

EXIBILIDADE.1. Irrelevante o fato da empresa não possuir empregados rurais em

seus quadros, tampouco dedicar-se à uma atividade rural. As contribuições para o FUNRURAL e INCRA são regidas pelo Princípio da Solidariedade Social, disposto no art. 195 da Constituição Federal, ou seja, de acordo com o inciso I do art. 195 da CF, a seguridade social será financiada, a cargo dos empregadores, por contribuições sociais incidentes folha de salários, receita ou faturamento e lucro. Como se percebe, não existe a divisão entre Previdência Social Urbana e Rural. Precedentes do STJ: RESP nºs 530802/GO - Rel.Min. CASTRO MEIRA - DJ de 23-08-04 e 636664/PR - Rel. Min. LUIZ FUX - DJ de 29-11-04.

2. Uma vez que devidas as contribuições sociais ao INCRA, prejudicado o pedido de compensação.

3. Apelação improvida”.Nesse passo, inviável o processamento do agravo de instrumento,

uma vez que a tese da requerente é a mesma que esta Corte já entendeu não existir repercussão geral por ocasião do julgamento do RE 578.635-RG/RS, Rel. Min. Menezes Direito, que porta a seguinte ementa:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DESTINADA AO INCRA. EXIGIBILIDADE DAS EMPRESAS URBANAS. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL”.

Ressalto, ainda, que dentre as atribuições do Relator está a de negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).

Isso posto, nego seguimento a esta petição (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 627-6 (212)PROCED. : ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICARELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAEXTDO.(A/S) : JORGE ENRIQUE RINCON-ORDONEZ

DECISÃO: O Senhor Ministro da Justiça encaminha, com fundamento no art. 82 da Lei n. 6.815/80 e art. VIII do Tratado de Extradição específico, pedido de prisão preventiva, para fins de extradição, do cidadão colombiano JORGE ENRIQUE RINCON-ORDONEZ, também conhecido como “KIKE”, bem assim a apreensão de todos os objetos em sua posse no momento da prisão.

2.O requerido nasceu em 9 de dezembro de 1957 e é portador da cédula de identidade colombiana n. 7.526.915.

3.Colhe-se da nota verbal que ele está sendo procurado nos Estados Unidos da América para ser responsabilizado penalmente por tráfico ilícito de entorpecentes e lavagem de dinheiro.

4.Decreto a prisão preventiva de JORGE ENRIQUE RINCON-ORDONEZ, também conhecido como “KIKE”, bem assim a apreensão de todos os objetos em sua possa no momento da prisão.

Expeça-se mandado de prisão.Expeça-se telex ao Diretor da Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de

Fronteiras.Oficie-se ao Ministro de Estado da Justiça.Cumprido o mandado de prisão, publique-se.Brasília, 3 de setembro de 2009.

Ministro Eros GrauRelator

RECLAMAÇÃO 6.000-4 (213)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : SEBASTIÃO FRIZZOADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ DE OLIVEIRA TOFFOLI E OUTRO

(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 156.132.0/8-01)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada por Sebastião Frizzo, contra decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento à antecipação de tutela pleiteada nos autos do Pedido de Seqüestro de Rendas Estaduais nº 156.132.0/8-0.

Segundo alega o reclamante, “em casos de preterição de ordem de precedência de precatórios alimentares entende o Supremo Tribunal Federal ser essa razão suficiente a motivar o seqüestro de verbas públicas destinadas à satisfação de dívidas judiciais alimentares” (fls. 162). O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim, teria afrontado a autoridade da decisão proferida na ADI nº 1.662.

Requer “concessão da medida liminar para determinar o seqüestro de rendas do Estado de São Paulo, em quantia necessária ao pagamento integral e atualizado do precatório alimentar EP 8.744/98, inserido na ordem cronológica sob o número 1.148/1999, com a conseqüente cassação da decisão proferida pelo Órgão Especial do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo” (fls. 20).

Foram prestadas informações às fls. 105-115.2.Inconsistente a reclamação.Conforme previsto no art. 102, I, “I”, da Constituição Federal, bem

como nos arts. 156 do Regimento Interno deste Tribunal e 13, caput, da Lei nº 8.038, de 28.5.90, a reclamação só é admissível em duas hipóteses: para preservação da esfera de competência da Corte e para garantir-lhe a autoridade das decisões.

Ora, a toda evidência, os fundamentos invocados pelos reclamantes não se relacionam com afronta a decisão do Supremo Tribunal Federal. Representam, antes e com exclusividade, razões de mera insurgência contra o teor da decisão impugnada.

A decisão proferida no Agravo Regimental nº 156.132.0/6-00, ao negar provimento ao agravo, fê-lo com base na ausência de previsão específica para a antecipação pretendida nos autos de pedido de seqüestro. Confira-se:

“Como consignado na decisão recorrida e conforme já decidido em casos anteriores (v.g. Seqüestros nºs. 112.249.0/8, 113.055.0/0-00, 119.351.0/4- -00, e outros), trata-se de antecipação de constrição de verba pública, com potencial afetação do erário, frise-se, previamente a regular dilação.

Porém, e antes até, ausente previsão específica para a antecipação pretendida, sabido que a medida tem cabimento em processos de conhecimento (RT 729/378 e STJ, AgReg em Med. Caut. n. 4.205-M6), portanto não satisfativos, como é o seqüestro (cf. Araken de Assis, 'in' 'Manual do Processo de Execução', 8ª ed., RT, p. 891).

Por fim, e ainda assim não fosse, também tem assentado esta Presidência o componente político-administrativo que anima a medida de seqüestro, destarte sem extensão automática de todos os postulados da jurisdição, propriamente ditos.

Ante o exposto, negam provimento ao presente agravo regimental.” (Fls. 112/115, grifei)

Tal decisão em nada ofende o que decidiu a Corte no julgamento da ADI nº 1.662. (Nesse sentido: Rcl nº 5.998, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 12.5.2008; Rcl nº 6.020, Rel. Min. EROS GRAU, DJ de 14.5.2008.)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 40

Ausentes, portanto, as razões que a Constituição tem por relevantes para franquear o acesso à via da reclamação. De modo que a reclamante carece de interesse processual, na modalidade da adequação, para o uso da ação escolhida (CPC, art. 267, VI), devendo valer-se dos meios e recursos próprios, se lhe quadrem à situação e não tenham ainda sido usados. Nesse sentido é a aturada jurisprudência desta Corte (Rcl nº 654, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 17.8.2001; Rcl nº 2.458, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 4.3.2004). Afinal, é assente, de igual forma, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a reclamação não pode ser usada como sucedâneo de recurso, nem de ação rescisória (cf. Rcl nº 603, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 12.2.99; Rcl nº 724-AgR, Rel. Min. OCTÁVIO GALLOTTI, DJ de 22.5.98; Rcl nº 2.680-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 4.8.2006; Rcl nº 2.959-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 16.12.2005; Rcl nº 3.516, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 15.8.2005; Rcl nº 3.954, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 24.4.2006; Rcl nº 4.049, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 23.10.2006).

3.Diante do exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, 21, § 1º, do RISTF, e 267, VI, do CPC, extingo o processo, sem resolução de mérito.

Publique-se. Int.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.109-5 (214)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : LUIZ JOSÉ DE LEMOSADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CRUZRECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA DISTRITAL DE

CAJAMAR - COMARCA DE JUNDIAÍ (PROC Nº 3173/2008)

INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAJAMARADV.(A/S) : CARLA CRISTINA PASCHOALOTTE ROSSI E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : MESSIAS CÂNDIDO DA SILVAADV.(A/S) : CHRISTOPHER REZENDE GUERRA AGUIAR E

OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : JOSÉ DAVID PEREIRAINTDO.(A/S) : JOÃO BATISTA MISSÉINTDO.(A/S) : JOÃO BATISTA MISSÉ JUNIORINTDO.(A/S) : SEVERINO DOS RAMOS FERREIRA DA FONSECAINTDO.(A/S) : ISYS FONSECA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : VALDIR DE OLIVEIRA BRITOINTDO.(A/S) : SÔNIA MARIA NASCIMENTOINTDO.(A/S) : LUIZ HENRIQUE GALASCHIINTDO.(A/S) : AFONSO NAUROSK FILHOINTDO.(A/S) : DANIEL FERREIRA DA FONSECAINTDO.(A/S) : ISMAEL MARQUES DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

(PET STF nº 111136/2009)DECISÃO: 1. Insurge-se o peticionário, via agravo de instrumento,

contra a decisão que, com base nos art. 295, I, e art. 267, IV, ambos do CPC, indeferiu a inicial da reclamação e extinguiu o processo sem julgamento de mérito (fls. 255/266).

2.É incognoscível a petição.Para atacar decisão monocrática proferida em reclamação, o

interessado deveria ter-se valido de agravo regimental, se admissível (art. 557, § 1º, do CPC), nunca, porém, de agravo de instrumento, que se viabiliza em condição absolutamente distinta e não tem, portanto, condão de interromper o decurso do prazo recursal, que, no caso, já se exauriu.

3.Assim, já nada resta por decidir. Certifique a Secretaria o trânsito em julgado da decisão de fls. 250/252, publicada em 27.08.2009. Após, arquivem-se.

Publique-se. Int..Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.257-1 (215)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE

CAMPINAS (PROCESSO Nº 00308-1999-095-15-00-0)INTDO.(A/S) : MILTON ANTÔNIO BORTOLETTOADV.(A/S) : RICARDO VALENTIN MOTTA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pela União, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; 13 da Lei 8.038/90; e 156 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, em face da decisão proferida pelo Juízo da 8ª Vara do Trabalho de Campinas −

SP nos autos da Reclamação Trabalhista 00308-1999-095-15-00-0 (fls. 26-27), que julgou intempestivos, nos termos do art. 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, os embargos à execução opostos pela ora reclamante (fls. 14-21).

A reclamante sustenta, em síntese, que o juízo reclamado afrontou a autoridade do acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 29.6.2007.

Ressalta, além disso, a existência do perigo na demora, dado o fato de que não há garantia de devolução das quantias pagas ao autor da reclamação trabalhista na hipótese de serem os embargos à execução julgados procedentes.

2.Requisitaram-se informações (fl. 71), que foram devidamente prestadas pelo Juízo da 8ª Vara do Trabalho de Campinas/SP (fls. 88-91).

3.O pedido de liminar foi deferido para suspender a tramitação da Execução Trabalhista 00308-1999-095-15-00-0 (fls. 95-98).

4.A Procuradoria-Geral da República vislumbrou ofensa à decisão proferida na ADC 11-MC/DF e opinou pela procedência da reclamação (fls. 118-121).

5.A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência ou a desobediência a súmula vinculante. Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso acaso verificado.

A decisão ora impugnada, ao considerar intempestivos os embargos à execução opostos pela União, afrontou o acórdão proferido no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11/DF.

É que o Plenário desta Corte, ao julgar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 11-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, determinou a suspensão de todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B acrescentado pela Medida Provisória 2.180-35/2001 à Lei 9.494/97, em acórdão que porta a seguinte ementa:

“FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35.” (DJ 29.6.2007)

Em seu voto, o eminente relator, Ministro Cezar Peluso, consignou:“Nesse juízo prévio e sumário, estou em que o Chefe do Poder

Executivo não transpôs os limites daqueles requisitos constitucionais, na edição da Medida Provisória nº 2.180-35, em especial no que toca ao art. 1º-B, objeto desta demanda. Com efeito, é dotada de verossimilhança a alegação de que as notórias insuficiências da estrutura burocrática de patrocínio dos interesses do Estado, aliadas ao crescente volume de execuções contra a Fazenda Pública, tornavam relevante e urgente a ampliação do prazo para ajuizamento de embargos.

Tal alteração parece não haver ultrapassado os termos de razoabilidade e proporcionalidade que devem pautar a outorga de benefício jurídico-processual à Fazenda Pública, para que se não converta em privilégio e dano da necessária paridade de armas entre as partes no processo, a qual é inerente à cláusula due process of law (arts. 5º, incs. I e LIV; CPC, art. 125) (ADI nº 1.753-MC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 12.06.1998).

A observação é, aliás, sobremodo conveniente ao caso do art. 884 da CLT, cujo prazo se aplica a qualquer das partes, não apenas à Fazenda Pública.

Além disso, faz muito foi apresentado, com igual propósito, o projeto de lei nº 2.689/96 (fls. 52/53), sem que até agora fosse objeto de deliberação, enquanto mais um elemento expressivo da relevância e da urgência da edição da Medida Provisória nº 2.180-35, cujo art. 1º-D, que exime a Fazenda Pública do pagamento de honorários advocatícios nas execuções não embargadas, a Corte já deu incidenter tantum por constitucional, no julgamento do RE nº 420.816.

E o requisito do periculum in mora, também esse se faz presente. Como demonstrado pelo autor, é já caracterizada a desavença jurisprudencial sobre a constitucionalidade da norma, e cuja incerteza implica riscos evidentes de gravame ao interesse público. Basta pensar que inúmeros embargos à execução, opostos sob confiança da validez dos textos legais, podem reputar-se intempestivos.

E não se cingem ao Poder Público os perigos dessa instabilidade: a ninguém interessa a multiplicação de recursos sobre a validade constitucional do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35, os quais só agravarão o congestionamento da máquina judiciária e o consequente retardo no desfecho dos processos.” (DJ 29.6.2007)

Todavia, em 13.5.2009, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar as Reclamações 5.758/SP e 6.428/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgou procedentes os pedidos formulados pela União, em casos em que se discutia a eficácia vinculante da decisão proferida na ADC 11-MC/DF, para determinar o imediato processamento dos embargos à execução opostos (DJe 22.5.2009). Naquela ocasião asseverou o Plenário que não seria plausível

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 41

que se determinasse a suspensão de processos há muitos anos em tramitação, sob pena de afronta ao princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.

Em consulta ao sítio do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região na internet, verifico que a Reclamação Trabalhista 00308-1999-095-15-00-0 foi ajuizada em 18.02.1999, há mais de 10 (dez) anos.

6.Ante o exposto, com fundamento no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente o pedido formulado na presente reclamação e determino o processamento imediato pelo Juízo da 8ª Vara do Trabalho de Campinas dos embargos à execução opostos no prazo previsto no art. 1º-B da Lei 9.494/97, nos autos da Execução Trabalhista 00308-1999-095-15-00-0.

Comunique-se.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.331-4 (216)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01226-2008-081-03-00-1)INTDO.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO SALVADORADV.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO SALVADOR

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Minas Gerais, com fundamento nos arts. 102, I, l, e 103-A, caput e § 3º, da Constituição Federal; e 156 do RISTF, contra acórdão proferido pela Sétima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região nos autos da Reclamação Trabalhista 01226-2008-081-03-00-1.

2.Requisitaram-se informações (fl. 121), que foram devidamente prestadas (fls. 127-128).

3.Deferi o pedido de medida liminar (fls. 130-131). 4.A Procuradoria-Geral da República opinou pela procedência da

reclamação (fls. 139-141).5.O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região noticiou que houve a

homologação da desistência do pedido formulado na ação de cobrança de honorários profissionais (Reclamação Trabalhista 01226-2008-081-03-00-1), em 02.9.2009 (fls. 144-145).

6.Ante o exposto, perdeu o objeto a presente reclamação, motivo por que a julgo prejudicada, nos termos do art. 21, IX, do RISTF, e casso a liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, publique-se e arquive-se. Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.438-8 (217)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

COLINAS DO TOCANTINS - FECOLINASADV.(A/S) : WELLINGTON DANIEL GREGÓRIO DOS SANTOS E

OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 618-2008-861-10-00-6)

INTDO.(A/S) : VONINIO BRITO DE CASTROADV.(A/S) : MARTONIO RIBEIRO SILVA

Petição/STF nº 115.728/2009DESPACHORECLAMAÇÃO – REQUERIMENTO – PREJUÍZO. 1. Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:A reclamante, mediante petição protocolada em 16 de setembro de

2009, reitera o pedido de concessão de liminar, alegando o perigo da ocorrência do trânsito em julgado do ato reclamado.

Informo que Vossa Excelência, em 10 de setembro de 2009, negou seguimento à reclamação acima mencionada, considerado o disposto no artigo 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte, estando a decisão pendente de publicação.

O Processo está na Secretaria Judiciária.3.Ante o quadro, nada há a apreciar.4.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.537-6 (218)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ELLEN GRACIE

RECLTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃO

(RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 01307.1997.003.17.00-6)

INTDO.(A/S) : ROBERTO LADEIRA FONTESADV.(A/S) : ERILDO PINTOINTDO.(A/S) : INSTITUTO ESTADUAL DE SAÚDE PÚBLICA - IESPADV.(A/S) : AIDES BERTOLDO DA SILVA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado do Espírito Santo, com fundamento no art. 102, I, l, da Constituição Federal, em face do acórdão proferido, em agravo de petição, pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região nos autos do Processo 01307.1997.003.17.00-6 (fls. 210-215) que manteve decisão proferida pelo Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Vitória – ES (fl. 204), a qual julgara intempestivos os embargos à execução opostos pelo Instituto Estadual de Saúde Pública − IESP.

O reclamante sustenta, em síntese, que o juízo reclamado afrontou o acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 29.6.2007.

Ressalta ainda a existência do perigo na demora, na medida em que existem em tramitação várias demandas semelhantes à presente, em que os valores são considerados como obrigações de pequeno valor, nos termos do art. 100, § 3º, da Constituição Federal e da Lei Estadual 7.672/03, o que impõe à Fazenda Pública o pagamento imediato desses valores.

Salienta o reclamante que interpôs recurso de revista contra o acórdão ora impugnado.

2.Requisitaram-se informações (fl. 233), que foram devidamente prestadas (fls. 237-238).

3.O pedido de liminar foi deferido para suspender a tramitação da Execução Trabalhista 01307.1997.003.17.00-6 (fls. 240-243).

4.A Procuradoria-Geral da República vislumbrou ofensa à decisão proferida na ADC 11-MC/DF e opinou pela procedência da reclamação (fls. 251-254).

5.A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência ou a desobediência a súmula vinculante. Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso acaso verificado.

A decisão ora impugnada, ao considerar intempestivos os embargos à execução opostos pelo Instituto Estadual de Saúde Pública − IESP, afrontou o acórdão proferido no julgamento da Medida Cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade 11/DF.

É que o Plenário desta Corte, ao julgar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 11-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, determinou a suspensão de todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B acrescentado pela Medida Provisória 2.180-35/2001 à Lei 9.494/97, em acórdão que porta a seguinte ementa:

“FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35.” (DJ 29.6.2007)

Em seu voto, o eminente relator, Ministro Cezar Peluso, consignou:“Nesse juízo prévio e sumário, estou em que o Chefe do Poder

Executivo não transpôs os limites daqueles requisitos constitucionais, na edição da Medida Provisória nº 2.180-35, em especial no que toca ao art. 1º-B, objeto desta demanda. Com efeito, é dotada de verossimilhança a alegação de que as notórias insuficiências da estrutura burocrática de patrocínio dos interesses do Estado, aliadas ao crescente volume de execuções contra a Fazenda Pública, tornavam relevante e urgente a ampliação do prazo para ajuizamento de embargos.

Tal alteração parece não haver ultrapassado os termos de razoabilidade e proporcionalidade que devem pautar a outorga de benefício jurídico-processual à Fazenda Pública, para que se não converta em privilégio e dano da necessária paridade de armas entre as partes no processo, a qual é inerente à cláusula due process of law (arts. 5º, incs. I e LIV; CPC, art. 125) (ADI nº 1.753-MC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 12.06.1998).

A observação é, aliás, sobremodo conveniente ao caso do art. 884 da CLT, cujo prazo se aplica a qualquer das partes, não apenas à Fazenda Pública.

Além disso, faz muito foi apresentado, com igual propósito, o projeto de lei nº 2.689/96 (fls. 52/53), sem que até agora fosse objeto de deliberação, enquanto mais um elemento expressivo da relevância e da urgência da edição da Medida Provisória nº 2.180-35, cujo art. 1º-D, que exime a Fazenda Pública do pagamento de honorários advocatícios nas execuções não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 42

embargadas, a Corte já deu incidenter tantum por constitucional, no julgamento do RE nº 420.816.

E o requisito do periculum in mora, também esse se faz presente. Como demonstrado pelo autor, é já caracterizada a desavença jurisprudencial sobre a constitucionalidade da norma, e cuja incerteza implica riscos evidentes de gravame ao interesse público. Basta pensar que inúmeros embargos à execução, opostos sob confiança da validez dos textos legais, podem reputar-se intempestivos.

E não se cingem ao Poder Público os perigos dessa instabilidade: a ninguém interessa a multiplicação de recursos sobre a validade constitucional do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35, os quais só agravarão o congestionamento da máquina judiciária e o consequente retardo no desfecho dos processos.” (DJ 29.6.2007)

Todavia, em 13.5.2009, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar as Reclamações 5.758/SP e 6.428/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgou procedentes os pedidos formulados pela União, em casos em que se discutia a eficácia vinculante da decisão proferida na ADC 11-MC/DF, para determinar o imediato processamento dos embargos à execução opostos (DJe 22.5.2009). Naquela ocasião asseverou o Plenário que não seria plausível que se determinasse a suspensão de processos há muitos anos em tramitação, sob pena de afronta ao princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.

Em consulta ao sítio do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região na internet, verifico que a Reclamação Trabalhista 01307.1997.003.17.00-6 foi ajuizada em 1997, há aproximadamente 12 (doze) anos.

6.Ante o exposto, com fundamento no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente o pedido formulado na presente reclamação e determino o processamento imediato pelo Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Vitória dos embargos à execução opostos no prazo previsto no art. 1º-B da Lei 9.494/97, nos autos da Execução Trabalhista 01307.1997.003.17.00-6.

Comuniquem-se a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região e o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Vitória.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.548-1 (219)PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

MUNICIPAIS DE FORTALEZAADV.(A/S) : LUCIANA NOGUEIRA NÓBREGA E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fortaleza, com fundamento nos arts. 8º, III, 102, I, l, e 103-A, § 3º, da Constituição Federal, contra a Prefeita de Fortaleza − CE.

Discorre o reclamante que o ato impugnado na presente reclamação se efetivou por intermédio de um comunicado (fl. 164) que informa apenas que a Administração Municipal estaria obrigada a adotar o entendimento de que o salário mínimo não pode ser utilizado como indexador da base de cálculo dos vencimentos dos servidores, tendo em vista a edição da Súmula Vinculante 4.

Diz o reclamante que o Município de Fortaleza − CE afrontou decisões judiciais transitadas em julgado e acordos firmados com a Administração Municipal, a pretexto de aplicar a Súmula Vinculante 4.

Noticia que diversos servidores públicos do Município de Fortaleza têm assegurado, por meio de decisões judiciais transitadas em julgado, o direito à percepção de vencimentos vinculados ao valor do salário mínimo, razão pela qual a sua eventual majoração deve repercutir imediatamente no valor desses vencimentos.

Narra que formulou, em 20.3.2009, com o objetivo de esgotar as vias administrativas possíveis (art. 7º, § 1º, da Lei 11.417/06), pedido de reconsideração perante o Secretário Municipal de Administração (fls. 165-169), nos termos do art. 91 do Estatuto dos Servidores Municipais de Fortaleza, que não proferiu juízo algum, em flagrante ofensa ao princípio da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal).

Relata que o Partido dos Trabalhadores ajuizou a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 134/DF com o objetivo de desconstituir decisões judiciais transitadas em julgado que vinculavam a remuneração do funcionalismo público municipal ao salário mínimo, tendo o Ministro Ricardo Lewandowski lhe negado seguimento, decisão que foi mantida em agravo regimental (fl. 172).

O reclamante sustenta, em síntese, que o Município de Fortaleza aplicou indevidamente a Súmula Vinculante 4 a situações de servidores municipais cobertas pelo manto da coisa julgada.

Argumenta que, se não é possível ao Poder Judiciário atuar como legislador positivo, para substituir os critérios legais de cálculo de vantagens que se baseiam no salário mínimo, muito menos competiria ao Poder Executivo deixar de aplicá-lo como indexador de vantagens de servidor público.

O reclamante destaca que não houve intenção dos Ministros do

Supremo Tribunal Federal, quando da elaboração da Súmula Vinculante 4, de incluir os vencimentos como parcelas em que incidiria a vedação de vinculação ao salário mínimo, conforme se depreende da leitura dos debates publicados no Diário da Justiça eletrônico de 11.6.2008 (fls. 173-175).

Salienta a existência de precedente do Supremo Tribunal Federal favorável à sua tese (Reclamação 6.786/CE, rel. Min. Carlos Britto, DJe 24.10.2008).

Ressalta a ausência de identidade entre a situação dos servidores da Prefeitura Municipal de Fortaleza e o que dispõe a Súmula Vinculante 4.

Alega ainda a ocorrência de afronta ao princípio da segurança jurídica e à coisa julgada, tendo em vista a aplicação retroativa da Súmula Vinculante 4.

Afirma que a Prefeita de Fortaleza, no caso concreto, utilizou-se da Súmula Vinculante 4 como sucedâneo de ações rescisórias, que não foram propostas no momento oportuno.

Pensa o reclamante que “entender que a Súmula Vinculante pode desconstituir, automaticamente, coisa julgada é dar ao STF o status de Poder Constituinte Originário” (fl. 28).

Registra também a ocorrência de ofensa à proibição do venire contra factum proprium, porquanto “a Administração Municipal firmou uma série de acordos com os servidores municipais, garantindo a eles o direito ao recebimento de piso salarial em múltiplos de salário mínimo” (fl. 31), que foram devidamente publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza.

Menciona a existência de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da separação dos Poderes, dado que a Prefeitura Municipal de Fortaleza, ao invés de provocar a atuação do Poder Judiciário, “simplesmente aplicou, sem dar qualquer direito de defesa aos servidores atingidos, o seu próprio entendimento acerca da Súmula Vinculante 4” (fl. 35).

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fortaleza requer, ao final, a declaração da nulidade do ato administrativo reclamado, por ter aplicado indevidamente a Súmula Vinculante 4.

2.Requisitaram-se informações (fl. 176), que foram prestadas pela Prefeita de Fortaleza (fls. 204-222).

A reclamada suscita, inicialmente, a “ausência de esgotamento das vias administrativas à luz da autoridade escolhida para figurar no pólo passivo da presente reclamação” (fl. 204), qual seja a Prefeita do Município de Fortaleza, nos termos do art. 7º, § 1º, da Lei 11.417/06, uma vez que o pedido de reconsideração foi endereçado ao Secretário Municipal de Administração.

Enfatiza a necessidade de respeito à autonomia do Município de Fortaleza para fixar e alterar a remuneração de seus servidores, bem como a existência de critério legal que estabelece outra forma de reajuste das remunerações (índice geral de reajuste dos servidores municipais), conforme dispõem os arts. 18, 37, X, e 61, § 1º, II, a e c, da Constituição Federal.

Alega a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, mas apenas e tão-somente à preservação do valor nominal global da remuneração dos substituídos pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fortaleza.

Alerta para o fato de que “uma das vantagens componentes da remuneração de parte dos servidores substituídos vinha sendo paga com vinculação ao salário mínimo” e que “a Administração Municipal adotou as providências pertinentes para dar imediato cumprimento à determinação sumular” (fl. 218).

Sustenta também a inocorrência de aplicação retroativa da Súmula Vinculante 4, porquanto, no presente caso, trata-se de prestações de trato sucessivo, renováveis mês a mês à medida que o servidor satisfaz os requisitos necessários para o pagamento de sua remuneração.

3.Determinou-se, com fundamento em parecer elaborado pela Procuradoria do Município de Fortaleza em consulta formulada pela Secretaria Municipal de Administração (fls. 163-164), que não fossem reajustados os vencimentos de servidores com base no aumento do salário mínimo decorrente da edição da Medida Provisória 456, de 30.01.2009, ao entendimento de que “a parte da decisão que porventura estabeleça o reajuste automático vinculado ao salário mínimo possui trato sucessivo” (fl. 162), tendo deixado de ser exigível com a superveniência da Súmula Vinculante 4.

O art. 103-A, § 3º, da Constituição Federal tem a seguinte redação:“Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por

provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

(...)§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula

aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.”

A Súmula Vinculante 4 expressamente dispõe:“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não

pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.” (DOU

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 43

09.5.2008) 4.Assevere-se, de início, que a alta relevância da matéria tratada na

presente reclamação (aplicação de súmula vinculante a execuções de decisões judiciais transitadas em julgado, consubstanciadas em prestações de trato sucessivo) recomenda, inegavelmente, a apreciação única e definitiva da matéria pelo Plenário desta Suprema Corte.

5.Ante o exposto, abra-se vista, imediatamente, ao Procurador-Geral da República (art. 103, § 1º, da Constituição Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.586-4 (220)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01508-2008-081-03-00-9)INTDO.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO SALVADORADV.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO SALVADOR

DECISÃOSANEAMENTO – DESRESPEITO A ACÓRDÃO DO SUPREMO –

AUSÊNCIA DE JUNTADA DA PEÇA - MEDIDA LIMINAR - EXAME POSTERGADO.

1.À folha 119, a Presidência, atuando no período de férias coletivas, determinou fossem solicitadas informações à autoridade apontada como coatora e, em sequência, colhido o parecer do Procurador-Geral da República. Após a vinda das informações, o processo seguiu à Procuradoria Geral da República sem a manifestação dos interessados.

2.Noto a ausência de juntada do acórdão desta Corte que se diz inobservado e da ciência dos interessados. Chamo o processo à ordem para que o reclamante providencie a citada peça, sob pena de extinção sem resolução do mérito.

3.Uma vez sanado o defeito, deem ciência desta reclamação aos interessados.

4.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.600-3 (221)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROC. Nº

32572/2004-010-11-00.7)INTDO.(A/S) : CLAUDETE CRUZ RODRIGUESINTDO.(A/S) : BRASILCON - BRASIL CONSERVADORA,

CONSTRUTORA E COMÉRCIO LTDA

DECISÃOPROCESSO – SANEAMENTO. 1.À folha 128, a Presidência, atuando no período de férias coletivas,

determinou fossem solicitadas informações à autoridade apontada como coatora e, em sequência, colhido o parecer do Procurador-Geral da República. Após a vinda das informações, o processo seguiu à Procuradoria Geral da República sem a manifestação dos interessados.

2.Chamo o processo à ordem para determinar a ciência dos interessados.

3.Publiquem. Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.662-3 (222)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 200101780057)INTDO.(A/S) : ALAOR SOARES BARRETOADV.(A/S) : JULIANA FERREIRA E SANTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta pelo Estado de Goiás, contra decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado que, nos autos do mandado de segurança nº 200101780057, negou provimento a agravo regimental movido contra despacho que determinou execução nos termos do art. 475-J do CPC.

O reclamante alega que a decisão reclamada, “ao excepcionar o pagamento de débito de natureza alimentar do sistema do artigo 100 da CF, descumpriu os motivos determinantes da decisão tomada pelo STF na ADI 47-I” (fl. 07) .

Pede medida liminar para “suspender a ação de origem, ou a decisão reclamada, até final julgamento desta reclamação” e, no mérito, “determinar a cassação da decisão reclamada, a fim de que a execução do julgado se dê na forma do artigo 100 da CF, afastando-se o procedimento do 475-J do CPC, por se tratar de fazenda pública” (fls. 08).

2.Inviável a reclamação.Conforme previsto no art. 102, inc. I, alínea "l", da Constituição

Federal, bem como nos arts. 156 do Regimento Interno desta Corte e 13 da Lei n.º 8.038, de 28.05.90, a reclamação só é admissível em duas hipóteses: para a preservação da esfera de competência da Corte e para garantir a autoridade das suas decisões. Eventual ofensa à Constituição da República não se insere entre as causas de admissibilidade da reclamação.

Quanto à alegada desobediência à autoridade da decisão proferida na ADI nº 47, não vislumbro contradição alguma entre seu dispositivo, ou seus fundamentos determinantes, e a decisão impugnada.

Conforme já assentou esta Corte, os fundamentos ou motivos determinantes de decisão proferida no âmbito de controle concentrado e abstrato de constitucionalidade, seja em sede liminar, seja em pronunciamento definitivo, são dotados de eficácia vinculante transcendente (art. 102, § 2º, da CF; art. 28, § único, da Lei nº 9.868, de 10.11.1999), apta a ensejar, quando contrariado o entendimento que ali se firmou, por outro órgão do Poder Judiciário ou pela administração pública, a propositura de reclamação ao Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, "l", da CF), para fazer prevalecer-lhe a postura adotada (Rcl nº 2.363, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 01.04.2005; Rcl nº 2.143-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 06.06.2003; RCL nº 1.987, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.05.2004; Rcl nº 1.722, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 13.05.2005; Rcl nº 3.625-MC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 08.11.2005; Rcl nº 3.291, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 31.05.2005; Rcl nº 2.986-MC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 18.03.2005; Rcl nº 2.291-MC, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 01.04.2003).

Mas não é o caso dos autos. É que só se torna lícito falar em afronta à eficácia vinculante da ratio decidendi de decisão proferida por esta Corte, no bojo de ADI ou ADC, nos casos em que o provimento jurisdicional ou administrativo impugnado verse a mesma questão jurídica, decidida em sentido contraditório ao teor do aresto invocado como paradigma. Torna-se necessário que a matéria de direito debatida no pronunciamento, cuja autoridade se alega ofendida, seja em tudo semelhante, senão idêntica, àquela sobre a qual se funda a decisão que teria desembocado em conclusão oposta. De outra forma, distintas as situações, não se justifica nem legitima a imposição da eficácia vinculante para além dos limites objetivos e subjetivos da ação em que se exerceu controle concentrado de constitucionalidade.

A decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que é objeto desta reclamação, considerou que “em se tratando de verbas devidas pela Administração Pública aos servidores a título de remuneração, são elas consideradas de natureza alimentar, e, assim sendo, não é aplicável a regra do art. 730 do CPC” (fls. 181). Essa questão jurídica não foi apreciada pelo precedente da Corte trazido como paradigma pelo reclamante, como se depreende da ementa:

“Não invadiu a competência da União para legislar sobre processo civil, nem sobre direito civil, tampouco contrariou a norma do art. 100 da Constituição, o Decreto nº 29.463, de 29-12-98, do Estado de São Paulo, ao dispor sobre o pagamento, em ordem prioritária, dos créditos de natureza considerada alimentícia (diferença de vencimentos, indenizações por acidente do trabalho e responsabilidade civil e outros da mesma espécie). (ADI nº 47, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, DJ de 22.10.92)

Não há, portanto, identidade entre a questão jurídica discutida nos autos da reclamação e nas ações diretas de inconstitucionalidade indicadas como paradigmas; de modo que a reclamante carece de interesse processual, na modalidade da adequação, para uso desta ação constitucional (CPC, art. 267, inc. VI), devendo valer-se dos outros meios e recursos próprios, se lhe quadrem à situação e não tenham ainda sido usados.

3.Diante do exposto, com fundamento no art. 38 da Lei nº 8.038, de 28 de maio de 1990, art. 21, § 1º, do RISTF, e art. 267, inc. VI, do CPC, extingo o processo da reclamação, sem resolução do mérito. Oportunamente, arquivem-se.

Publique-se.Brasília, 31 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.686-1 (223)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS

SECAS - DNOCSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE

FORTALEZA (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00274/1992-009-07-00-5)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 44

INTDO.(A/S) : FRANCISCO VALMIR MAGALHÃES E OUTRO (A/S)

DECISÃOSANEAMENTO – DESRESPEITO A ACÓRDÃO DO SUPREMO –

AUSÊNCIA DE JUNTADA DA PEÇA - MEDIDA LIMINAR - EXAME POSTERGADO.

1.À folha 36, a Presidência, atuando no período de férias coletivas, deferiu o pedido de concessão de liminar e determinou fossem solicitadas informações à autoridade apontada como coatora e, em sequência, colhido o parecer do Procurador-Geral da República. Após a vinda das informações, o processo seguiu à Procuradoria Geral da República sem a manifestação dos interessados.

2.Noto a ausência de juntada do acórdão desta Corte que se diz inobservado e da ciência dos interessados. Chamo o processo à ordem para que o reclamante providencie a citada peça, sob pena de extinção sem resolução do mérito.

3.Uma vez sanado o defeito, deem ciência desta reclamação aos interessados.

4.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.702-6 (224)PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

COLINAS DO TOCANTINS - FECOLINASADV.(A/S) : JOSÉ ADELMO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00466-2008-861-10-00-1)

INTDO.(A/S) : EDIMILSON DA SILVA MELOADV.(A/S) : ELI GOMES DA SILVA FILHO

Petição/STF nº 115.729/2009DESPACHORECLAMAÇÃO – REQUERIMENTO – PREJUÍZO. 1. Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:A reclamante, mediante petição protocolada em 16 de setembro de

2009, reitera o pedido de concessão de liminar, alegando o perigo da ocorrência do trânsito em julgado do ato reclamado.

Informo que Vossa Excelência, em 10 de setembro de 2009, negou seguimento à reclamação acima mencionada, considerado o disposto no artigo 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte, estando a decisão pendente de publicação.

O Processo está na Secretaria Judiciária.3.Ante o quadro, nada há a apreciar.4.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.798-1 (225)PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MARFISA MARIA DE AGUIAR FERREIRA XIMENESRECLTE.(S) : MARIA DO CARMO NOGUEIRA CAVALCANTERECLTE.(S) : VERA MARIA BEZERRA DE MENEZESRECLTE.(S) : JOELINA MARIA DE ALENCAR ARARIPE GUIMARÃESRECLTE.(S) : ELBA FREIRE RIBEIRORECLTE.(S) : FRANCISCO LUCIANO MOTA TEIXEIRARECLTE.(S) : FRANCISCO CLODOMIL DA SILVARECLTE.(S) : HUMBERTO MOREIRA BARRETORECLTE.(S) : JOSÉ IBIAPINA ALENCAR ANDRADERECLTE.(S) : NILO SÉRGIO SOUSA NUNESRECLTE.(S) : JOSÉ CLÁUDIO DAMASCENORECLTE.(S) : ROSÂNGELA MARIA SARAIVA NOBRERECLTE.(S) : JOSÉ ERIBALDO DE SÁ CAVALCANTERECLTE.(S) : JOSENIAS RODRIGUES PEREIRARECLTE.(S) : ISABEL CRISTINA CAVALCANTE GIRÃOADV.(A/S) : ARIANO MELO PONTES E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FORTALEZARECLDO.(A/S) : PREFEITA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada por Marfisa Maria de Aguiar Ferreira Ximenes e outros, com fundamento nos arts. 102, I, l, e 103-A, § 3º, da Constituição Federal; e 7º, § 2º, da Lei 11.417/06, contra o Procurador-Geral e a Prefeita do Município de Fortaleza − CE.

Discorrem os reclamantes que o ato impugnado na presente reclamação se efetivou por intermédio de um comunicado (fl. 17) que informa

apenas que a Administração Municipal estaria obrigada a adotar o entendimento de que o salário mínimo não pode ser utilizado como indexador da base de cálculo dos vencimentos dos servidores, tendo em vista a edição da Súmula Vinculante 4.

Dizem os reclamantes que as autoridades reclamadas afrontaram decisões judiciais transitadas em julgado proferidas nas Reclamações Trabalhistas 1.197/1995, 1.417/1991 e 434/1989 da 3ª, da 4ª e da 6ª Varas do Trabalho de Fortaleza, respectivamente, a pretexto de aplicar a Súmula Vinculante 4.

Noticiam que os pedidos formulados nas ações rescisórias propostas pelo Município de Fortaleza foram julgados improcedentes, sendo certo que essas decisões eram, há mais de dez anos cumpridas, por intermédio da inclusão em seus contracheques da parcela denominada “complemento salarial judicial – código 0187”.

Os reclamantes sustentam, em síntese, que o Município de Fortaleza aplicou indevidamente a Súmula Vinculante 4 a situações de servidores municipais cobertas pelo manto da coisa julgada.

Relatam que o Partido dos Trabalhadores ajuizou a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 134/DF com o objetivo de desconstituir decisões judiciais transitadas em julgado que vinculavam a remuneração do funcionalismo público municipal ao salário mínimo, tendo o Ministro Ricardo Lewandowski lhe negado seguimento, decisão que foi mantida em agravo regimental.

Argumentam que “mera decisão administrativa, ainda que a pretexto de observar súmula vinculante editada pelo STF, não pode desconstituir a coisa julgada, nem descumprir seu mandamento” (fl. 8).

Os reclamantes requerem, ao final, a declaração da nulidade do ato administrativo reclamado e o restabelecimento das determinações insertas nas decisões transitadas em julgado, abstendo-se o Município de Fortaleza de aplicar o entendimento exarado no parecer de sua Procuradoria-Geral nos autos do Processo 0404/2009.

2.Requisitaram-se informações (fl. 177), que foram prestadas pelo Procurador-Geral e pela Prefeita do Município de Fortaleza (fls. 187-200).

As autoridades reclamadas suscitam, inicialmente, a ausência de esgotamento das vias administrativas, nos termos do art. 7º, § 1º, da Lei 11.417/06, uma vez que não houve a formulação do pedido de reconsideração previsto nos arts. 91 a 95 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei 6.794/90).

Enfatizam a necessidade de respeito à autonomia do Município de Fortaleza para fixar e alterar a remuneração de seus servidores, bem como a existência de critério legal que estabelece outra forma de reajuste das remunerações (índice geral de reajuste dos servidores municipais), conforme dispõem os arts. 18, 30, 37, X, e 61, § 1º, II, a e c, da Constituição Federal.

Alegam a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, mas apenas e tão-somente à preservação do valor nominal global da remuneração dos servidores.

Sustentam também a inocorrência de aplicação retroativa da Súmula Vinculante 4, porquanto, no presente caso, trata-se de prestações de trato sucessivo, renováveis mês a mês à medida que os servidores satisfazem os requisitos necessários para o pagamento de suas remunerações.

3.Determinou-se, com fundamento em parecer elaborado pela Procuradoria do Município de Fortaleza em consulta formulada pela Secretaria Municipal de Administração (fls. 14-16), que não fossem reajustados os vencimentos de servidores com base no aumento do salário mínimo decorrente da edição da Medida Provisória 456, de 30.01.2009, ao entendimento de que “a parte da decisão que porventura estabeleça o reajuste automático vinculado ao salário mínimo possui trato sucessivo” (fl. 15), tendo deixado de ser exigível com a superveniência da Súmula Vinculante 4.

O art. 103-A, § 3º, da Constituição Federal tem a seguinte redação:“Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por

provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

(...)§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula

aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.”

A Súmula Vinculante 4 expressamente dispõe:“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não

pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.” (DOU 09.5.2008)

4.Assevere-se, de início, que a alta relevância da matéria tratada na presente reclamação (aplicação de súmula vinculante a execuções de decisões judiciais transitadas em julgado, consubstanciadas em prestações de trato sucessivo) recomenda, inegavelmente, a apreciação única e definitiva da matéria pelo Plenário desta Suprema Corte.

5.Ante o exposto, abra-se vista, imediatamente, ao Procurador-Geral

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 45

da República (art. 103, § 1º, da Constituição Federal).Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.846-4 (226)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : LUIZ JOSÉ RODRIGUESADV.(A/S) : MAXMILIAM PATRIOTA CARNEIRO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 1999.03.00.006875-0)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, ajuizada por Luiz José Rodrigues, contra decisão da 1ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nos autos da Ação Rescisória nº 1999.03.00.006875-0.

O autor assevera que o juízo reclamado negou vigência ao art. 37, § 1º, da Lei nº 7.232/84, em desrespeito ao disposto no art. 97 da Constituição Federal e à orientação fixada na súmula vinculante nº 10.

Pede a suspensão liminar do acórdão impugnado, bem como da tramitação do Agravo de Instrumento nº 874.226, em trâmite no Superior Tribunal de Justiça. No mérito, pede seja julgada procedente a reclamação para “cassar a decisão impugnada” (fl. 06).

2.Inviável a reclamação.No caso, o acórdão reclamado foi proferido em 06.07.2006 e

publicado em 15.08.2006, data anterior à edição da Súmula Vinculante nº 10, que foi publicada em 27.06.2008 (fl. 427 dos autos apensos).

Ora, é velha e aturada a jurisprudência desta Corte sobre a inadmissibilidade de reclamação, quando a decisão impugnada seja anterior a pronúncia do Supremo Tribunal Federal, revestida de eficácia vinculante (AGRRclQO nº 1.480, DJ de 08.06.2001; Rcl nº 1.114, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 12.03.2002; Rcl nº 2.834, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 28.09.2004; Rcl nº 2.716, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 29.11.2004; Rcl nº 6.449, Rel. Min. EROS GRAU, Dje de 01.06.2009). Dos precedentes destaco a significativa ementa do acórdão proferido no AGRRclQO nº 1.723 (Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 08.08.2001):

“RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO À AUTORIDADE DE DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, REVESTIDA DE EFICÁCIA VINCULANTE – IMPOSSIBILIDADE – DECISÃO RECLAMADA QUE FOI PROFERIDA EM DATA ANTERIOR ÀQUELA EM QUE O STF JULGOU, COM EFEITO VINCULANTE, O PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR FORMULADO NA ADC4 – AUSÊNCIA DO INTERESSE DE AGIR – INVIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO PROCESSUAL DO INSTRUMENTO DA RECLAMAÇÃO – RECLAMAÇÃO NÃO CONHECDIDA. (...)

ANTERIORIDADE DA DECISÃO RECLAMADA E AUSÊNCIA DE PARÂMETRO. (...)

Para que se legitime o acesso à via reclamatória, impõe-se a demonstração da efetiva ocorrência de desrespeito a julgamento emanado pelo Supremo Tribunal Federal.

Inexiste ofensa à autoridade de pronunciamento do Supremo Tribunal Federal, se o ato de que se reclama é anterior à decisão emanada da Corte Suprema.

A ausência de qualquer parâmetro decisório, previamente fixado pelo Supremo Tribunal Federal, torna inviável a instauração do processo de reclamação, notadamente porque inexiste requisito necessário do interesse de agir.”

3.Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos termos do art. 21, § 1º do RISTF.

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.864-2 (227)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO DO PARÁ -

IMEPADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ DE ANDRADE E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DE

BELÉM (PROCESSO Nº 00212.2008.016.08.00-4)INTDO.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO DA COSTA TAVARES

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, movida pelo Instituto de Meteorologia do Estado do Pará - IMEP, contra o reconhecimento, pelo Tribunal do Trabalho da 8ª Região, da competência da Justiça do Trabalho para julgar reclamação trabalhista (autos nº 00212.2008.016.08.00-2), ajuizada por servidor vinculado por regime jurídico-administrativo (contrato temporário de excepcional interesse público) ao ora reclamante.

Narra, em síntese, que o Juízo da 16ª Vara do Trabalho de Belém reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar o feito (fls.

99/106 dos autos apensos), sem acolhimento da preliminar de incompetência apontada. Interposto recurso ordinário junto ao TRT da 8ª Região (fls. 109 dos autos apensos), foi mantida integralmente a sentença de 1º grau (fls. 151/161 dos autos apensos).

O reclamante, então, manejou competente recurso de revista (fls.165/175 dos autos apensos), que teve seu seguimento negado pela presidência do TRT da 8ª Região (fls.176 dos autos apensos), bem como determinação de baixa imediata dos autos para o Juízo de 1ª Instância. Assim agindo, teria afrontado a autoridade da liminar proferida na ADI 3.395, que determinou ser competente a Justiça Comum para o julgamento de causas sobre vínculos de natureza estatutária ou jurídico-administrativa, estabelecidos entre o poder público e seus servidores.

Requer a suspensão do processo e declaração de nulidade do feito, que tramitaria em órgão jurisdicional incompetente, bem como determinação de “seu arquivamento por incompetência material da Justiça especializada do Trabalho” (fls. 20).

2.Inconsistente a reclamação.Da análise dos autos e em consulta ao andamento processual no sítio

eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, verifico que houve interposição de agravo de instrumento contra despacho denegatório de recurso de revista, que teve seguimento negado pelo Tribunal Superior do Trabalho (fls. 184 dos autos apensos).

De igual forma, verifico que a decisão reclamada transitou em julgado antes do ajuizamento desta reclamação e que o processo se encontra na fase de execução (fls. 184 dos autos apensos).

Depreende-se, portanto, que a pretensão do reclamante é a desconstituição de coisa julgada por via da reclamação.

Ora, é velha e aturada é a jurisprudência desta Corte no sentido de reputar inadmissível reclamação voltada contra sentença sobre a qual já recaiu a autoridade da coisa julgada (cf. RCL nº 8.191, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Dje de 10.06.2009; RCL nº 4.391, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje de 22.04.2008; RCL nº 2.773, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 13.09.2004; RCL nº 2.661, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 02.08.2004; RCL nº 2.458, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 04.03.2004; RCL nº 2.373, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 05.11.2003; RCL nº 1.438, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 22.11.2002; RCL nº 1.169, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 06.03.2002; RCL nº 365, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 07.08.92; RCL nº 603, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 12.02.99).

Aplica-se, na hipótese, a súmula 734, que enuncia: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato

judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

3.Diante do exposto, extingo o processo, sem resolução de mérito, com fundamento no art. 267, inc. VI, do CPC, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.90 e art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.879-1 (228)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE IGARAPÉ-AÇUADV.(A/S) : RICARDO AFONSO ALHO CORRÊA E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

CASTANHAL (PROCESSO Nº 01387-2007-106-08-00, 01388-2007-106-08-00, 01390-2007-106-08-00, 01415-2007-106-08-00, 01418-2007-106-08-00, 01422-2007-106-08-00, 01575-2007-106-08-00 E 01597-2007-106-08-00)

INTDO.(A/S) : FABIANO JOSE ARAUJO CALADOADV.(A/S) : BARBARA MONIQUE V. ALMEIDA BARBOSAINTDO.(A/S) : ARMANDO JOSE DA SILVA PAIVAADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO DE NAZARETH CARVALHO DE LIMAINTDO.(A/S) : CLEIDIALDA DO SOCORRO DA SILVA SOBRINHOINTDO.(A/S) : ALDENIZIO MENEZESINTDO.(A/S) : EDMILSON BARBOSA DOS SANTOSADV.(A/S) : RAIMUNDO KULKAMPINTDO.(A/S) : ELIAS MENEZES DE AGUIAR JUNIORINTDO.(A/S) : BENEDITA DO SOCORRO MONTEIRO DE BARROSINTDO.(A/S) : CEZAR TIAGO MEDEIROS ALVES

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, movida pelo Município de Igarapé-Açu - PA, contra ato do Juízo da Vara Única do Trabalho de Castanhal, que “acatou pedido de suspensão da execução de débitos previdenciários (...), dando prosseguimento as execuções com os seqüestros de valores na conta corrente do Município” (fl. 02) (Processos nºs 01387-2007-106-08-00; 01388-2007-106-08-00; 0139-2007-106-08-00; 01415-2007-106-08-00; 01418-2007-106-08-00; 1422-2007-106-08-00; 01575-2007-106-08-00; 01597-2007-106-08-00).

Sustenta, ainda, a incompetência do juízo do trabalho “dirimir lides trabalhistas envolvendo servidores públicos, como está explicitamente configurado nos casos em tela, sendo essas relações determinadas como

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 46

jurídico/administrativo, estando aí indubitável a competência da justiça comum” (fl. 06), o que afrontaria o entendimento deste Supremo Tribunal Federal.

Requer suspensão e declaração de nulidade dos feitos, que tramitariam em órgão jurisdicional incompetente.

2.Inviável a reclamação.Da análise dos autos depreende-se que o reclamante postulou a

suspensão de processos em fase de execução perante a Justiça do Trabalho (autos nºs 01387-2007-106-08-00; 01388-2007-106-08-00; 0139-2007-106-08-00; 01415-2007-106-08-00; 01418-2007-106-08-00; 1422-2007-106-08-00; 01575-2007-106-08-00; 01597-2007-106-08-00), em razão da obtenção de parcelamento do débito do INSS perante o órgão da administração pública.

Como nas reclamações individuais essa verba, embora não pertencente ao reclamado, é incluída na condenação e executada nos próprios autos, entendeu o reclamante que o parcelamento obtido seria causa de suspensão das execuções, o que foi indeferido pelo juízo reclamado.

Assim, sob argumento de ofensa ao entendimento desta Corte sobre a incompetência da Justiça do Trabalho para julgamento de causas que versem vínculos de natureza estatutária ou jurídico-administrativa, pretende obter suspensão dos processos.

Não lhe assiste razão.Conforme previsto no art. 102, inc. I, alínea "l", da Constituição

Federal, bem como nos arts. 156 do Regimento Interno desta Corte e 13 da Lei nº 8.038, de 28.05.90, a reclamação só é admissível em duas hipóteses: para a preservação da esfera de competência da Corte e para garantir a autoridade das suas decisões.

A decisão guerreada não contém uma só linha que ofenda decisão desta Corte proferida na ADI nº 3.395, pois limitou-se a indeferir o pleito de suspensão por falta de amparo legal.

Não está presente, assim, nenhuma das razões que a Constituição tem por relevantes para franquear o acesso à via da reclamação. De modo que os reclamantes carecem de interesse processual, na modalidade da adequação, para uso da ação escolhida (CPC, art. 267, inc. VI), devendo valer-se dos meios e recursos próprios, se lhe quadrem à situação e não tenham ainda sido usados. Nesse sentido é a aturada jurisprudência:

"Nos termos do artigo 156 do RISTF, cabe reclamação para preservar a competência do Supremo Tribunal Federal ou garantir a autoridade de suas decisões. Pela análise do que consta dos autos, no entanto, verifica-se que a presente reclamação não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses, ao revés, afasta-se do precípuo desiderato para que foi instituída. (...) Destarte, não merece acolhida a pretensão ora deduzida, sobretudo pela escolha imprópria da via processual, cujo âmbito está restrito à preservação da competência do Supremo Tribunal Federal ou a garantia da autoridade de suas decisões, pressupostos que não foram atendidos pela presente reclamação que destoa da finalidade específica reservada ao processo reclamatório" (Rcl nº 654, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 17.08.2001).

"A reclamação é incabível. O art. 102, inciso I, alínea 'l', da CF, prevê as hipóteses de cabimento de reclamação: a) para preservação de sua competência; e b) para a garantia da autoridade de suas decisões. Não demonstrou o Reclamante em que a decisão impugnada usurpou a competência deste Tribunal ou violou a autoridade de suas decisões. Contra a decisão que negou seguimento ao agravo regimental, o Reclamante não interpôs nenhum outro recurso" (Rcl nº 2.458, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 04.03.2004).

"Cabe reclamação em duas hipóteses: quando há usurpação da competência ou desrespeito à autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal, art. 156 do Regimento Interno e art. 13 da Lei n. 8.038/90. Para deflagrar o processo que preserva a competência do Tribunal é preciso que a sua jurisdição privativa esteja sendo exercida por órgão ilegítimo, não bastando simples possibilidade; a usurpação da competência deve ser contemporânea ao ajuizamento da reclamação. O mesmo ocorre com o processo de reclamação contra o desrespeito de decisão do Supremo Tribunal Federal: é preciso que a decisão tenha sido prolatada nos autos do processo em que foi desrespeitada. (...) (Rcl nº 502, Rel. Min. PAULO BROSSARD, DJ de 27.10.94).

Ainda que assim não fosse, melhor sorte não teria o reclamante.É que os processos em questão se encontram, como já dito, em fase

de execução (conforme consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho de 11ª Região).

Assim, a toda evidência, a pretensão do reclamante é a desconstituição de coisa julgada por via da reclamação.

Ora, é velha e aturada é a jurisprudência desta Corte no sentido de reputar inadmissível reclamação voltada contra sentença sobre a qual já recaiu a autoridade da coisa julgada (cf. RCL nº 8.191, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Dje de 10.06.2009; RCL nº 4.391, Rel. Min. GILMAR MENDES, Dje de 22.04.2008; RCL nº 2.773, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 13.09.2004; RCL nº 2.661, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 02.08.2004; RCL nº 2.458, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 04.03.2004; RCL nº 2.373, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 05.11.2003; RCL nº 1.438, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 22.11.2002; RCL nº 1.169, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 06.03.2002; RCL nº 365, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 07.08.92; RCL nº 603, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 12.02.99).

3.Diante do exposto, extingo o processo sem resolução de mérito,

com fundamento no art. 267, inc. VI, do CPC, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.90 e art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.959-2 (229)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(RO Nº 00979-2008-007-12-00-0)INTDO.(A/S) : GIBRAIL GALVIM GONÇALVES OU GILBRAIM GALVIM

GONÇALVESADV.(A/S) : LUANA APARECIDA BOUFLEUR

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN contra acórdão proferido pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, nos autos do processo nº 00979-2008-007-12-00-0.

Narra o reclamante ter sido condenado, subsidiariamente, ao pagamento de verbas trabalhistas devidas por empresa privada que lhe prestava serviços. Sustenta que a autoridade reclamada violou a orientação fixada na Súmula Vinculante nº 10, ao deixar de aplicar ao caso o art. 71, § 1º da Lei 8.666/1993, nos termos da Súmula 331-4/TST.

Requer, portanto, a concessão de medida liminar, para suspender o curso do Processo 00979-2008-007-12-00-0, e, no mérito, requer a procedência do pedido para que seja declarada a nulidade do acórdão ora atacado.

Informações prestadas a fls. 206-207.É o relatório.Decido o pedido de medida liminar.Neste momento de juízo inicial, considero presentes os requisitos

necessários à concessão da medida liminar pleiteada.Na sessão de 18.06.2008, o Plenário do Supremo Tribunal Federal

aprovou o texto da Súmula Vinculante 10, assim redigida (DO de 27.06.2008):“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de

órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”

Na presente reclamação, a aplicabilidade do art. 71, § 1º da Lei 8.666/1993 foi afastada nos termos do art. 37, § 6º da Constituição. Registro, nesse sentido, o seguinte trecho do acórdão reclamado:

“Ainda que esse dispositivo (art. 71, § 1º, da Lei 8.666) possa permitir interpretação no sentido de isentar o órgão público da responsabilidade contratual, deve prevalecer, no caso, também, a exegese da norma inscrita no art. 37, § 6º, da Constituição da República, que consagra a responsabilidade objetiva dos entes da administração pública pelos prejuízos causados.

Essa regra constitucional é plenamente aplicável ao caso em exame, porquanto restou demonstrada a lesão aos direitos trabalhistas do autor, gerada pelo descumprimento das obrigações legais pela prestadora de serviços contratada”. (fls. 140-141).

Ao afastar a aplicação do art. 71, § 1º da Lei 8.666/1993, para assegurar vigência ao art. 37, § 6º da Constituição, o acórdão reclamado aparente e implicitamente declarou a inconstitucionalidade de norma federal. Por outro lado, a decisão não aludiu a julgamento do órgão pleno daquela Corte ou do Supremo Tribunal Federal, de modo a afastar a necessidade de remessa de incidente de inconstitucionalidade. Ao menos neste momento de juízo inicial, creio ser necessário aprofundar o exame quanto à circunstância de a existência de súmula expedida pelo e. TST dispensar, ou não, a submissão de argüição de inconstitucionalidade ao Pleno do Tribunal Regional do Trabalho (cf., e.g., o art. 114 e § 9º do RITRT2/2007).

O periculum in mora se manifesta no risco da prática de outros atos processuais que poderão se tornar ociosos na hipótese do reconhecimento da violação da autoridade do entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, concedo a medida liminar pleiteada, para suspender o curso do Processo 00979-2008-007-12-00-0, até o julgamento final da presente reclamação.

Abra-se vista ao procurador-geral da República.Comunique-se.Publique-se. Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.989-4 (230)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : VALMIR VICTOR DA SILVEIRA FILHOADV.(A/S) : JACKSON DI DOMENICO E OUTRO (A/S)

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 47

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (AÇÃO RESCISÓRIA 376)

INTDO.(A/S) : JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROSADV.(A/S) : GIANNA LÚCIA CARNIB BARROS E OUTRO (A/S)

EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL. CONSTITUCIONALIDADE DE SUA INSTITUIÇÃO MEDIANTE LEI (LC Nº 86/96). VALIDADE CONSTITUCIONAL DESSE DIPLOMA LEGISLATIVO (ART. 1º) CONFIRMADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (ADIN1.459/DF). ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL NO SENTIDO DE QUE A ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL SOMENTE OCORRE NOS CASOS EM QUE A DECISÃO DESSA ALTA CORTE JUDICIÁRIA (TSE), DESDE QUE TRANSITADA EM JULGADO, HAJA DECRETADO A INELEGIBILIDADE DE CANDIDATO. OPÇÃO HERMENÊUTICA DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL POR INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA DA REGRA LEGAL QUE INSTITUIU A AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL (CE, ART. 22, I, “J”). POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À AUTORIDADE DO JULGAMENTO VINCULANTE QUE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROFERIU NA ADIN 1.459/DF. RECLAMAÇÃO DE QUE NÃO SE CONHECE.

- A orientação firmada pelo Tribunal Superior Eleitoral - no sentido de que a ação rescisória eleitoral somente se revela admissível quando ajuizada para desconstituir decisões por ele próprio proferidas (quer em sede originária, quer em âmbito recursal) e que, além de transitadas em julgado, hajam declarado a inelegibilidade de qualquer candidato – não desrespeita nem transgride a autoridade do julgamento que o Supremo Tribunal Federal proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADIN 1.459/DF.

- Solução hermenêutica adotada pelo TSE que traduz opção por determinada corrente de interpretação da norma inscrita no art. 22, I, “j”, do Código Eleitoral, na redação dada pela Lei Complementar nº 86/96 e que exclui a possibilidade de utilização da ação rescisória eleitoral como instrumento de imposição, a qualquer candidato, da sanção jurídica da inelegibilidade.

- Existência de controvérsia doutrinária em torno da exegese desse preceito normativo constante do Código Eleitoral. Inocorrência de transgressão à autoridade da decisão emanada do STF no julgamento da ADIN 1.459/DF. C onseqüente inadmissibilidade de utilização, no caso, do instrumento constitucional da Reclamação.

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior Eleitoral - teria desrespeitado a autoridade da decisão que o Supremo Tribunal Federal proferiu na ADI1.459/DF, em julgamento que restou consubstanciado em acórdão assim ementado:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ELEITORAL.AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL (LEI COMPLEMENTAR Nº 86,

DE14.05.1996, QUE ACRESCENTOU A ALÍNEA ‘J’ AO INC. I DO ART.22 DO CÓDIGO ELEITORAL).

SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA COISA JULGADA SOBRE INELEGIBILIDADE. EFICÁCIA RETROATIVA DA LEI: INADMISSIBILIDADE.

1. Não ofende a Constituição Federal a instituição de uma Ação Rescisória Eleitoral, como prevista na alínea ‘j’ do inc. I do art. 22 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de15.07.1965), acrescentada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 86, de 14.05.1996. (...).” (grifei)

Eis o teor da decisão de que ora se reclama (fls.15):“ELEIÇÕES 2008. AÇÃO RESCISÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL.

COMPETÊNCIA DO TSE PARA PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DE RESCISÓRIAS DE SEUS PRÓPRIOS JULGADOS EM CASOS DE DECLARAÇÃO DE INELEGIBILIDADE.

I – É competente o Tribunal Superior Eleitoral para o processamento e julgamento de ação rescisória de seus próprios julgados que tenham declarado inelegibilidade (art.22, I, ‘j’, do Código Eleitoral).

II – Provimento negado.” (grifei)O reclamante, para justificar o suposto desrespeito ao julgamento

proferido nos autos da ADI 1.459/DF, alega, em síntese, que o fato de o Supremo Tribunal Federal haver confirmado “(...) a constitucionalidade da ação rescisória na Justiça Eleitoral” impediria o Tribunal Superior Eleitoral de considerar admissível mencionada ação autônoma de impugnação tão-somente na hipótese de declaração de inelegibilidade de candidato, não sendo lícito, por isso mesmo, ao TSE – consoante sustentado nesta sede reclamatória -, excluir, do juízo de revisão, os julgados confirmatórios da elegibilidade dos candidatos em geral (fls.09).

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito à autoridade da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 1.459/DF, Rel. Min. SYDNEY SANCHES.

É que o Tribunal Superior Eleitoral, ao não conhecer da ação rescisória ajuizada pela parte reclamante, destacou, na decisão ora impugnada, que, “(...) nos termos da iterativa jurisprudência desta Corte, a previsão do art. 22, I, ‘j’, do Código Eleitoral tem por finalidade permitir a propositura de ação rescisória de acórdão que tenha declarado a inelegibilidade de candidato a cargo eletivo” (fls. 24 - grifei).

V ê-se, daí, que a decisão ora reclamada não infringiu a autoridade do julgamento emanado desta Suprema Corte, proferido no exame da ADI 1.459/DF, pois, no caso em análise, o Tribunal Superior Eleitoral não recusou validade constitucional à regra legal que instituiu a ação rescisória eleitoral.

Se tal houvesse ocorrido, e o Tribunal Superior Eleitoral tivesse declarado, “incidenter tantum”, a inconstitucionalidade da alínea “j” do inciso I do art. 22 do Código Eleitoral, introduzida pela Lei Complementar nº 86/96, aí, sim, ter-se-ia registrado claro desrespeito à autoridade da decisão emanada do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 1.459/DF.

Na realidade, o E. Tribunal Superior Eleitoral, em interpretação restritiva do alcance processual da ação rescisória eleitoral, limitou-se – fundado no reconhecimento da legitimidade constitucional desse meio autônomo de impugnação (em plena harmonia, portanto, com o julgamento do Supremo Tribunal Federal na ADI1.459/DF) – a proclamar a inadmissibilidade de mencionada ação rescisória, quando ajuizada contra decisões que hajam confirmado a elegibilidade (e não a inelegibilidade) do candidato.

Essa orientação jurisprudencial firmada pelo Tribunal Superior Eleitoral representou solução hermenêutica adotada por essa Alta Corte judiciária, que optou – presente dissídio doutrinário a respeito do tema - por exegese restritiva quanto à pertinência da mencionada ação rescisória eleitoral, limitando-lhe o cabimento à hipótese única de reconhecimento, pelo julgado rescindendo, de inelegibilidade do candidato.

Em uma palavra: o Tribunal Superior Eleitoral, ao assim interpretar a regra legal, enfatizou que a rescindibilidade do julgado dar-se-á, unicamente, “secundum eventum litis”, consoante resulta claro de sucessivas decisões emanadas do órgão de cúpula da Justiça Eleitoral:

“Ação Rescisória. Eleições 2004. Inelegibilidade. Cabimento.Não cabe rescisória de acórdão que proclamou a elegibilidade de

candidato.”(AR 207/PA, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS - grifei)“AÇÃO RESCISÓRIA. HIPÓTESE DE CABIMENTO.

INEXISTÊNCIA.No âmbito da Justiça Eleitoral, a ação rescisória somente é

cabível para desconstituir decisão do Tribunal Superior Eleitoral e que, ademais, contenha declaração de inelegibilidade (art. 22, I, ‘j’, CE), o que não ocorre na espécie.

Agravo improvido.”(AR 225-AgR/MG, Rel. Min. CESAR ASFOR ROCHA - grifei)“ELEIÇÕES 2008. Agravo regimental em ação rescisória.

Registro de candidatura ao cargo de prefeito. Ausência de declaração de inelegibilidade. Não cabimento de ação rescisória. Precedentes. Fundamentos da decisão monocrática não infirmados. Mera reiteração das razões da petição inicial. Inviabilidade. Agravo regimental a que se nega provimento.”

(AR 370-AgR/BA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)Como anteriormente ressaltado, registra-se, no plano doutrinário,

divergência quanto ao alcance da ação rescisória eleitoral, pois há autores que a admitem tanto nos casos de proclamação de elegibilidade quanto nos de inelegibilidade de candidatos (VERA MARIA NUNES MICHELS, “Direito Eleitoral”, p. 129, item n. 7.5, 5ªed., 2006, Livraria do Advogado; PEDROHENRIQUE TÁVORA NIESS, “Ação Rescisória Eleitoral”, p. 24, item n. 6, e p. 27, item n. 7, 1997, Del Rey; ROGÉRIO CARLOS BORN, “Ação Rescisória no Direito Eleitoral – Limites”, p. 30 e p. 39, 1ªed./2ªtir., 2003, Juruá; RODRIGO NÓBREGA FARIAS, “Ação de Impugnação de Mandato Eletivo”, p.205, item n. 7.4.1, 2005, Juruá), enquanto que outros doutrinadores – como EMERSON GARCIA (“Abuso de Poder nas Eleições – Meios de Coibição”, p. 232, item 65, 3ª ed., 2006, Lumen Juris), PEDRO ROBERTO DECOMAIN (“Elegibilidade e Inelegibilidades”, p. 386, 2ªed., 2004, Dialética), LEONEL TOZZI (“Ações, Impugnações e Procedimentos Recursais no Direito Eleitoral”, p. 121, item n. 5.4, 2ªed., 2008, Verbo Jurídico) e JOSÉ JAIRO GOMES (“Direito Eleitoral”, p.412, item n. 2.2.23, 3ª ed., 2008, Del Rey) – somente a reputam cabível na hipótese única em que o acórdão rescindendo haja declarado a inelegibilidade do candidato.

Esse dissídio registrado no magistério da doutrina – que oscila entre uma interpretação de índole extensiva e outra de caráter restritivo – foi bem apreendido por PEDRO ROBERTO DECOMAIN (“Elegibilidade e Inelegibilidades”, p. 386/387, 2ª ed., 2004, Dialética), que, perfilhando a orientação restritiva, assim expõe a controvérsia existente sobre a matéria:

“A ação rescisória prevista pelo dispositivo do Código em referência tem cabimento apenas das decisões que hajam decidido pela inelegibilidade de algum candidato, ou poderá ser intentada também nos casos em que a decisão transitada em julgado haja decidido pela elegibilidade, rechaçando a presença de causa de inelegibilidade?

Em tese, o dispositivo da letra ‘j’, do inciso I, do art. 22 do Código poderia receber duas interpretações: uma extensiva e outra restritiva. Pela interpretação extensiva, a expressão ‘nos casos de inelegibilidade’, nele contida, seria interpretada como abrangente de quaisquer decisões proferidas acerca de elegibilidade, quer tenham reconhecido, quer não, a presença de causa de inelegibilidade. Já a interpretação restritiva importaria em entender o dispositivo literalmente, para fazê-lo abranger apenas aquelas decisões que efetivamente houvessem proclamado a inelegibilidade de algum candidato.

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Aparentemente, ao decidir pela inconstitucionalidade da parte final do inciso (aquela que assegurava o exercício do mandato até o trânsito em julgado da decisão proferida na ação rescisória), o próprio Supremo Tribunal Federal optou pela interpretação restritiva do dispositivo. Sim, pois que só tem cabimento dizer da inconstitucionalidade da ressalva, quando se conclui que a ação rescisória se acha voltada contra decisão que reconheceu a presença de causa de inelegibilidade. Se a hipótese fosse de afirmação da elegibilidade, claro que o exercício do mandato não poderia ser tolhido pela propositura da ação rescisória, pois, então sim, nesse caso, tolhendo-se-o, é que se estaria a violar a coisa julgada indevidamente.

Aliás, talvez esse houvesse sido mesmo o pensamento do legislador, ao instituir essa ação rescisória eleitoral. Permitir que fosse manejada em todos os casos em que se tivesse proferido decisão definitiva sobre elegibilidade, quer reconhecendo, quer não, a presença de causa de inelegibilidade. Nesse caso, inclusive, a parte final do dispositivo não seria inconstitucional, como se disse, eis que estaria resguardando o exercício do mandato, mesmo proposta a ação rescisória, quando esta tivesse por objeto decisão que não reconheceu inelegibilidade de candidato que acabou eleito.

Todavia, como restou dito, a interpretação dada ao dispositivo pelo STF, até por força do reconhecimento da inconstitucionalidade da parte final do dispositivo, parece haver sido a restritiva. Desta sorte, a ação rescisória terá cabimento apenas em face de decisão transitada em julgado que tenha reconhecido a presença de causa de inelegibilidade, a tanto equivalendo também o reconhecimento de ausência de condição de elegibilidade. Apenas quando a inelegibilidade haja sido proclamada é que a ação rescisória terá cabimento. Não assim, portanto, quando a decisão transitada em julgado haja reconhecido a elegibilidade do candidato.” (grifei)

O fato é que o Tribunal Superior Eleitoral, ao proferir a decisão de que ora se reclama, nela veiculou julgamento que não dissentiu daquele emanado do Supremo Tribunal Federal no exame da ADI1.459/DF, pois, no acórdão objeto da presente reclamação, o TSE, ao optar por determinada solução hermenêutica, não desconsiderou nem desrespeitou o juízo de constitucionalidade da norma inscrita na alínea “j” do inciso I do art. 22 do Código Eleitoral, introduzida pela Lei Complementar nº 86/96.

Conclui-se, desse modo, que o acórdão de que ora se reclama cuidou de matéria de todo estranha à controvérsia examinada no julgamento da ADI 1.459/DF, Rel. Min.SYDNEY SANCHES, eis que – insista-se – o Tribunal Superior Eleitoral, ao proceder à interpretação da regra legal mencionada, não dissentiu do juízo afirmativo de validade constitucional que esta Suprema Corte formulou a propósito de referida norma legal.

Daí inexistir qualquer situação de conflito entre o acórdão emanado do TSE, objeto da presente reclamação, e o julgamento do Supremo Tribunal Federal, ora invocado como paradigma de confronto, circunstância essa que desautoriza, por completo, a utilização do instrumento constitucional da reclamação.

É importante rememorar, bem por isso, quando se tratar de alegação de desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal, que os atos questionados em processo de reclamação, quaisquer que sejam, considerado o respectivo contexto, hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação aos parâmetros de controle emanados deste Tribunal (ADI 1.459/DF, no caso), como reiteradamente tem advertido a jurisprudência desta Corte:

“(...) - Os atos questionados em qualquer reclamação - nos casos em que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal - hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Reconheço, desse modo, a inviabilidade jurídico-processual da

utilização, nesta causa, do instrumento da reclamação. Não custa relembrar, por necessário, em face da ausência, na

espécie, dos pressupostos que poderiam legitimar o ajuizamento da reclamação, que este remédio constitucional não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

É que a reclamação - constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, além de não constituir – considerado o contexto em exame – meio de revisão da jurisprudência eleitoral, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte o Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do

litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.- A reclamação, constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla

função a que alude o art. 102, I, ‘l’, da Carta Política (RTJ134/1033) – embora cabível, em tese, quando se tratar de decisão revestida de efeito vinculante (como sucede com os julgamentos proferidos em sede de argüição de descumprimento de preceito fundamental, de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade) -, não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, além de não constituir meiode revisão da jurisprudência eleitoral, eis que talfinalidade revela-se estranha à destinação constitucionalsubjacente à instituição dessa medida processual. Precedentes.”

(Rcl 6.558-AgR/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno - grifei)“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - grifei)“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas RclAg.Rg1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octávio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Em conclusão, não se acham presentes, na espécie, as situações

legitimadoras da utilização do instrumento reclamatório.Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço, por incabível,

da presente reclamação, restando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se. Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 9.075-2 (231)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 49

SÃO PAULORECLDO.(A/S) : PREFEITO MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE ITIRAPUÃRECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DO

MUNICÍPIO DE ITIRAPUÃINTDO.(A/S) : SANDRA CONCEIÇÃO MARTINS ALVESINTDO.(A/S) : GERSON LUIZ ALVESINTDO.(A/S) : LEA APARECIDA DE SOUZAINTDO.(A/S) : BRAZ VANDERLEI APARECIDO DE AZEVEDOINTDO.(A/S) : CÉLIO PEREIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : MÁRCIO SERAPIÃOINTDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS DE MELO

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, contra atos administrativos praticados pelo Prefeito Municipal e pelo Presidente da Câmara Municipal de Itirapuã, que nomearam sete pessoas (seis o primeiro e uma o segundo), todas parentes do Prefeito e vereadores daquele município, para ocupar cargos administrativos comissionados naquela casa legislativa.

O pedido funda-se em que a decisão ofenderia a súmula vinculante nº 13, do seguinte teor: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a constituição federal.”

Narra o reclamante, em síntese, que o Prefeito Municipal nomeou sua esposa, seu irmão, a irmã de uma vereadora, dois cunhados e o irmão de outro vereador, para ocupar cargos administrativos comissionados na Câmara Municipal, e que o mesmo foi feito pelo Presidente da Câmara Municipal com o cônjuge de uma vereadora.

Aduz que, com relação às nomeações de sua esposa e de seu irmão, o Prefeito editou a Lei nº 1.758, de 16 de dezembro de 2008, que alterou a denominação dos cargos de provimento em comissão para caracterização de vínculo de agente político.

Requer, em caráter liminar, a “suspensão da eficácia dos atos vigentes de nomeação de Sandra Conceição Martins Alves, Gerson Luiz Alves, Lea Aparecida de Souza, Braz Vanderlei Aparecido de Azevedo, Célio Pereira da Silva e Márcio Serapião em cargos de provimento em comissão na Prefeitura Municipal de Itirapuã, e de José Carlos de Melo em cargo de provimento em comissão na Câmara Municipal de Itirapuã, bem como para impedir qualquer nomeação das mesmas pessoas em outros cargos de provimento em comissão, até final julgamento da reclamação”, e, no mérito, “a anulação dos atos administrativos de investidura nos cargos de provimento em comissão” (fls. 15/16).

2.É caso de liminar.A edição da súmula vinculante nº 13 teve como precedentes: ADI nº

1.521 - MC (DJ de 17/3/2000); MS nº 23.780 (DJ de 3/3/2006); ADC nº 12 - MC (DJ de 1º/9/2006); ADC nº 12 (acórdão pendente de publicação) e RE nº 579.951 (acórdão pendente de publicação).

No julgamento do RE nº 579.951, a Corte enfrentou, expressamente, situação análoga à do caso, como se tira a este excerto constante do Informativo STF nº 516:

“O Tribunal deu parcial provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte que reputara constitucional e legal a nomeação de parentes de vereador e Vice-Prefeito do Município de Água Nova, daquela unidade federativa, para o exercício dos cargos, respectivamente, de Secretário Municipal de Saúde e de motorista. Asseverou-se, inicialmente, que, embora a Resolução 7/2007 do CNJ seja restrita ao âmbito do Judiciário, a vedação do nepotismo se estende aos demais Poderes, pois decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF, tendo aquela norma apenas disciplinado, em maior detalhe, aspectos dessa restrição que são próprios a atuação dos órgãos jurisdicionais. (...)

Aduziu-se que art. 37, caput, da CF/88 estabelece que a Administração Pública é regida por princípios destinados a resguardar o interesse público na tutela dos bens da coletividade, sendo que, dentre eles, o da moralidade e o da impessoalidade exigem que o agente público paute sua conduta por padrões éticos que têm por fim último alcançar a consecução do bem comum, independentemente da esfera de poder ou do nível político-administrativo da Federação em que atue.

Acrescentou-se que o legislador constituinte originário, e o derivado, especialmente a partir do advento da EC 1/98, fixou balizas de natureza cogente para coibir quaisquer práticas, por parte dos administradores públicos, que, de alguma forma, buscassem finalidade diversa do interesse público, como a nomeação de parentes para cargos em comissão ou de confiança, segundo uma interpretação equivocada dos incisos II e V do art. 37 da CF.

Considerou-se que a referida nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência, haja vista a inapetência daqueles para o trabalho e seu completo despreparo para o exercício das funções que alegadamente exercem.

Frisou-se, portanto, que as restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao Judiciário exercer o controle dos atos que transgridam os valores fundantes do texto constitucional.

Com base nessas razões, e fazendo distinção entre cargo estritamente administrativo e cargo político, declarou-se nulo o ato de nomeação do motorista, considerando hígida, entretanto, a nomeação do Secretário Municipal de Saúde. (RE nº 579951/RN, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, 20.8.2008.” Grifamos)

Como se percebe, a proibição de nomeação de parentes para ocupar cargos públicos comissionados estritamente administrativos decorre de normas constitucionais auto-aplicáveis, razão pela qual, a partir de 5 de outubro de 1988 tais nomeações estão proibidas, o que apenas foi reafirmado e reforçado pela sumula vinculante nº 13.

Os documento de fls. 25 e 41/47 dos autos apensos, subscritos o primeiro pelo Presidente da Câmara de Vereadores, e os demais pelo Prefeito Municipal, atestam que, não obstante Sandra Conceição Martins Alves, Gerson Luiz Alves, Lea Aparecida de Souza, Braz Vanderlei Aparecido de Azevedo, Célio Pereira da Silva, Márcio Serapião e José Carlos de Melo sejam parentes do próprio Prefeito e de outros vereadores daquele município, foram nomeados para ocupar cargos administrativos comissionados naquela casa legislativa, o que aparenta, neste juízo prévio e sumário, afronta à sumula vinculante nº 13.

Nem se alegue que Sandra Conceição Martins e Gerson Luiz Alves ocupam cargo de agente político, pois, ao que parece, houve edição de oportuna legislação local para alterar a nomenclatura dos cargos ocupados por tais pessoas, como se depreende dos documentos de fls. 13/16 e 18 dos autos apensos.

É o que basta neste juízo prévio.3. Do exposto, defiro o pedido de liminar, determinando a

suspensão da nomeação de Sandra Conceição Martins Alves (Secretária de Gabinete), Gerson Luiz Alves (Secretário Administrativo), Lea Aparecida de Souza (Supervisora de Escola Municipal), Braz Vanderlei Aparecido de Azevedo (Chefe Coordenador de Assuntos Rurais), Célio Pereira da Silva (Chefe Coordenador de Assuntos Urbanos) e Márcio Serapião (Encarregado de Mecânica), para ocupar cargos administrativos comissionados na Prefeitura do Município de Itirapuã e de José Carlos de Melo (Assessor Chefe da Presidência) na Câmara Municipal de Itirapuã e o imediato afastamento de suas funções, até o julgamento definitivo desta reclamação. Comunique-se com urgência, por ofício e fac-símile, o inteiro teor desta decisão ao Prefeito Municipal de Itirapuã e ao Presidente da Câmara Municipal de Itirapuã, requisitando-lhe, ainda, que preste informações, no prazo de 10 (dez) dias (arts. 14, inc. I, da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 157, do RISTF). Após, dê-se vista à PGR.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 9.092-2 (232)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 2005.39.00.008971-0)INTDO.(A/S) : MARIA ALMERINDA SILVA CASTROADV.(A/S) : ROBERTA MELLO DE MAGALHÃES SOUSA E OUTRO

(A/S)

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES - MEDIDA

LIMINAR - EXAME POSTERGADO.1.Deem ciência, via postal, desta reclamação à interessada.2.Solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de

concessão de medida acauteladora formulado na inicial.3.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 9.102-3 (233)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

(AIRR-34870/2005-001-11-40.6)INTDO.(A/S) : LEIDA BARBOSA SIQUEIRAADV.(A/S) : JOCIL DA SILVA MORAES E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : SERV MAX DA AMAZÔNIA TÉCNICA EM QUALIDADE E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 50

SERVIÇOS LTDA

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES - MEDIDA

LIMINAR - EXAME POSTERGADO.1.Deem ciência, via postal, desta reclamação às interessadas.2.Solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de

concessão de medida acauteladora formulado na inicial.3.Publiquem.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 9.123-6 (234)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 00074.010/97-2)INTDO.(A/S) : ERRIDISON DA COSTA CARDOSOADV.(A/S) : OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO

Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, ajuizada pela União contra ato praticado pelo Juízo da 10ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, que teria ofendido a autoridade da decisão desta Corte nos autos da ADC 11/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Narra a reclamante que o juízo reclamado deixou de receber os embargos opostos pela União por considerá-los intempestivos.

Informa estarem presentes os requisitos ensejadores para o deferimento da medida liminar. O fumus boni iuris evidenciar-se-ia a partir da afronta ao decidido na ADC 11/DF. Já o periculun in mora estaria patente em virtude da possibilidade de dano irreparável ao erário.

Pugna pela concessão da liminar a fim de suspender, de imediato, a execução da Reclamação Trabalhista 00074.010/97-2.

No mérito, requer a procedência desta ação. É o relatório. Decido.Examinados os autos, verifico que o Plenário deste Supremo Tribunal

Federal, ao suspender todos os processos em que se discutia a constitucionalidade do artigo 1-B da MP 2.180-35, referiu-se às execuções contra a Fazenda Pública.

Isso porque o acórdão proferido pelo Plenário desta Corte nos autos da ADC-MC 11/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, recebeu a seguinte ementa:

“FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35”.

À ocasião, o Relator Ministro Cezar Peluso observou que“é dotada de verossimilhança a alegação de que as notórias

insuficiências da estrutura burocrática de patrocínio dos interesses do Estado, aliadas ao crescente volume de execuções contra a Fazenda Pública, tornavam relevante e urgente a ampliação do prazo para ajuizamento de embargos”.

Durante os debates, o Ministro Gilmar Mendes ressaltou o seguinte:“Trouxe, aqui, apenas no que diz respeito à Fazenda Pública Federal,

a indicação da PGFN de que existem quatro milhões, seiscentos e vinte e oito mil, novecentos e doze processos de execução para cerca de mil e duzentos Procuradores. Disso que estamos a falar.

Basta esse dado para verificarmos que, neste caso, não se pode cogitar de lesão ao princípio da isonomia se estivermos a tratar de execução e de possíveis embargos à execução. Mesmo que se estime que haja, por exemplo, dez, vinte ou trinta por cento de embargos à execução, ainda será uma quantidade expressiva. Certamente - a Ministra Cármen Lúcia poderá também declinar a sua experiência na Procuradoria de Minas Gerais - situação semelhante ocorre nas demais Procuradorias estaduais”.

Ademais, como bem observou o Ministro Celso de Melo em seu voto“o Senhor Presidente da República observou os pressupostos

legitimadores da edição da MP nº 2.180/35, de 24/08/2001, que introduziu, na Lei nº 9.494/97, o art. 1º-B, autorizador da ampliação do prazo de embargos à execução oponíveis pela Fazenda Pública” (grifos nossos).

Constato que esse é o caso em comento. Entretanto, entendo que o pedido formulado para a concessão da medida liminar, em um juízo de cognição sumária, é demasiado amplo, porquanto pleiteia a reclamante a suspensão do processo, e não apenas o recebimento dos embargos opostos nos autos da execução trabalhista.

Isso posto, defiro o pedido liminar apenas para determinar que a autoridade reclamada receba os embargos opostos pela Reclamante, nos autos da execução da Reclamação Trabalhista 00074.010/97-2.

Requisitem-se informações. Imediatamente após, ouça-se a

Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.172-7 (235)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SECONCI/DF - SERVIÇO SOCIAL DO DISTRITO

FEDERALADV.(A/S) : ANDRÉIA MORAES DE OLIVEIRA MOURÃORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOManifeste-se a Recorrente-Impetrante, em cinco (05) dias, sobre o

seu interesse no prosseguimento do feito, sob pena de sua extinção, tendo em vista notícia da Recorrida no sentido da obtenção da providência visada na impetração no âmbito administrativo (fls. 1.167/1.169).

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.296-1 (236)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : GALPAR ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/C

LTDAADV.(A/S) : JOSÉ IGNÁCIO BOTELHO DE MESQUITA E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Ouça-se a Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 98.572-6 (237)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ALEX SZULCZEWSKI OU SCULCZEWSKIADV.(A/S) : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto contra julgamento colegiado da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou o HC 77.280/RS, rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, anteriormente aforado perante aquela Corte (fls. 682-696).

2. A questão de controvérsia do presente recurso ordinário em habeas corpus está adstrita à nulidade da ação penal por incompetência absoluta da Justiça Federal (fls. 699-710).

3. Examinando os autos, verifico que o objeto do presente recurso ordinário já foi apreciado pela Colenda 2ª Turma deste Supremo Tribunal Federal em sede de habeas corpus (HC 91.313/RS, de minha relatoria).

Em sessão realizada no dia 02.09.2008, a 2ª Turma, por unanimidade, não conheceu do habeas corpus. A referida decisão foi publicada no DJe de 26.09.2008, tendo transitado em julgado em 06.10.2008.

Eis o teor da respectiva ementa:“DIREITO PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DO PROCESSO.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ART. 109, XI, CF. HABEAS CORPUS. DECISÃO MONOCRÁTICA NO STJ. SÚMULA 691, STF. NÃO CONHECIMENTO.

1. A impetração deste habeas corpus objetiva sanar suposta ilegalidade na postura do relator de writ anteriormente aforado perante o STJ que, após haver indeferido o pedido de liminar, se omitiu em apreciar o pedido de reconsideração da decisão indeferitória.

2. Há obstáculo intransponível ao conhecimento deste habeas corpus eis que, cientes da decisão monocrática do relator do STJ, o impetrante deixou de interpor agravo regimental, limitando-se a pedir a reconsideração da decisão.

3. A Súmula 691, do STF, se fundamenta na impossibilidade de o STF, no julgamento de ação de sua competência originária, suprimir a instância imediatamente anterior, eis que não houve decisão colegiada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

4. Ainda que não fosse por tais motivos, seria hipótese clara de denegação da ordem, eis que não há elementos suficientes nos autos que permitam aferir a alegada nulidade do ato de recebimento do aditamento à denúncia.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 51

5. A competência da justiça federal em relação aos direitos indígenas não se restringe às hipóteses de disputa de terras, eis que os direitos contemplados no art. 231, da Constituição da República, são muito mais extensos. O fato dos acusados terem se utilizado da condição étnica das vítimas para a prática das condutas delituosas, o que representa afronta direta à cultura da comunidade indígena.

6. HC não conhecido.” 4. O acórdão proferido nos autos do HC 91.313/RS comprova que a

2ª Turma desta Suprema Corte analisou minuciosamente o cerne do presente recurso ordinário.

Nesse sentido, a alegada incompetência da Justiça Federal já foi objeto de análise por este Tribunal, até mesmo para evidenciar a inexistência de constrangimento ilegal apto a afastar a Súmula 691/STF.

5. Oportuno ainda destacar alguns excertos do voto que proferi no julgamento do HC 91.313/RS:

“A impetração deste habeas corpus objetiva sanar suposta ilegalidade na postura do relator de writ anteriormente aforado perante o STJ que, após haver indeferido o pedido de liminar, se omitiu em apreciar o pedido de reconsideração da decisão indeferitória.

Há obstáculo intransponível ao conhecimento deste habeas corpus eis que, cientes da decisão monocrática do relator do STJ, o impetrante deixou de interpor agravo regimental, limitando-se a pedir a reconsideração da decisão.

A Súmula 691, do STF, se fundamenta na impossibilidade de o STF, no julgamento de ação de sua competência originária, suprimir a instância imediatamente anterior, eis que não houve decisão colegiada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

Os remédios e garantias constitucionais não se inserem no sistema de recursos e outras medidas de competência de órgão jurisdicional de hierarquia mais elevada no Poder Judiciário brasileiro.

Transcrevo, por oportuno, trecho da manifestação da Procuradoria-Geral da República a esse respeito (fls. 209/210):

“(...)A decisão singular atacada, que indeferiu liminarmente o pedido

constante do writ nº 77.280/RS, negando liberdade provisória aos ora pacientes e a nulidade da ação penal por incompetência absoluta da Justiça Federal, não manifesta qualquer ilegalidade capaz de configurar constrangimento ilegal e ensejar o afastamento do enunciado sumular desse Pretório Excelso.

Ao contrário, o ato impugnado na presente via mostra fundamentadamente a ausência dos requisitos imprescindíveis à concessão do provimento cautelar.

A propósito, colhe-se da decisão hostilizada os seguintes excertos (fl. 110):

‘A concessão de liminar, em sede de habeas corpus constitui medida excepcional, pois somente pode ser deferida pelo relator quando demonstrada, de forma inequívoca, flagrante ilegalidade na decisão impugnada, circunstância não evidenciada, de plano, na presente hipótese.

Não fora isso, não vislumbro a plausibilidade jurídica do pedido, uma vez que, em exame perfunctório, entendo que as ações foram dirigidas a um grupo indígena e não a um integrante da comunidade silvícola de forma individual.

Ante o exposto, indefiro o pedido liminar’.Diante do assinalado, impõe-se aguardar o julgamento definitivo do

mandamus precedente, sob pena de supressão de instância e violação da hierarquia da jurisdição, sendo de rigor o não conhecimento da presente impetração”.

Ainda que não fosse por tais motivos, seria hipótese clara de denegação da ordem, eis que não há elementos suficientes nos autos que permitam aferir a alegada nulidade do ato de recebimento do aditamento à denúncia.

Aproveito para trazer à colação a fundamentação da juíza federal, ao apreciar a questão (fls. 200/201):

“Da análise das provas constantes dos autos do processo 2004.71.15.001314-9, denotam-se fortes indícios no sentido de que a comunidade indígena foi amplamente afetada com as ações imputadas aos denunciados, principalmente pelo número expressivo de indígenas que teriam sido vítimas das ações dos réus e, ainda, porque no caso vertente não se denota prejuízo ao INSS e, sim, aos indígenas que tiveram seus cartões de benefícios recolhidos pelos réus ou, ainda, por financiamentos efetuados pelos réus mediante procurações outorgadas pelos indígenas, que geraram descontos em seus benefícios.

Com relação às alegações do excipiente, trago à colação ementa da decisão proferida nos autos do RSE n. 2002.04.01.050790-2, interposto contra sentença proferida pelo Juízo da Subseção Judiciária de Santo Ângelo que julgou improcedente Exceção de Incompetência oferecida pelo mesmo réu, com os mesmos fundamentos desta, relativa à ação penal 97.14.03074-9, cujos fatos são semelhantes a estes, contudo, em período anterior:

“PROCESSO PENAL. RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO (ART. 158, CP) PRATICADA CONTRA COMUNIDADE INDÍGENA. LESÃO A INTERESSE DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ART. 109, IV E XI, CF/88. SÚMULA Nº 140 DO STJ. INAPLICABILIDADE.

1. A Súmula nº 140 do STJ não esgota plenamente as hipóteses de

crimes em que figure indígena como vítima ou autor, devendo ser relativizada quando o delito assume a proporção de transindividualidade, pondo em risco a cultura e a estrutura de uma comunidade inteira.

2. Restando caracterizada, in casu, prática delituosa dirigida ao povo aborígene, cuja proteção é de interesse da União – em especial, da FUNAI – isto, por si só, já atrai a competência federal, como estatui o art. 109, IV, da CF/88.

3. Se não bastasse, a extorsão foi praticada em desfavor de uma considerável parcela da população indígena (idosos e mulheres grávidas), buscando os recorridos tomar-lhes o numerário que auferiam a título de aposentadoria e auxílio-maternidade, o que atinge o agrupamento silvícola residente na reserva do Guarita como um todo, fazendo incidir o inciso XI do dispositivo constitucional supracitado.

4. Recurso provido, firmando a competência da 2ª Vara Federal de Santo Ângelo para processar e julgar o feito” (Rel. Des. Federal Elcio Pinheiro de Castro, 02/04/03).

(...)”.Há elementos nos autos que dão conta de que considerável parcela

da comunidade indígena da reserva do Guarita/RS teria sido atingida pelos crimes supostamente praticados pelos pacientes, o que faz incidir a regra constante do art. 109, XI, da Constituição Federal.

A competência da justiça federal em relação aos direitos indígenas não se restringe às hipóteses de disputa de terras, eis que os direitos contemplados no art. 231, da Constituição da República, são muito mais extensos. Como ressaltado no parecer da Procuradoria-Geral da República, “o fato dos acusados terem se utilizado da condição étnica das vítimas para a prática das condutas delituosas, o que representa afronta direta à cultura da comunidade indígena” (fl. 216).

Finalmente, a alegação de demora no julgamento do habeas corpus no âmbito do Superior Tribunal de Justiça também não merece ser acolhida, eis que houve decisão monocrática no sentido de julgar prejudicado o pedido de reconsideração, sendo que o feito se encontra concluso para julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça.

Ante o exposto, não conheço do habeas corpus e, conseqüentemente, revogo a decisão monocrática que havia concedido liminar, comunicando-se ao juízo federal e ao STJ.”

6. Ante o exposto, sendo mera reiteração de pretensão já apreciada por esta Suprema Corte, nego seguimento ao presente recurso ordinário em habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Arquive-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSOS

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.588-6 (238)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TEPAC - TERRAPLANAGEM PAVIMENTAÇÃO E

CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : WESLEY RICARDO BENTO DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : GUILHERME PIMENTA DA VEIGA NEVES E OUTRO

(A/S)

DECISÃORECURSO - INTERPOSIÇÃO - OPORTUNIDADE – AGRAVO

INOMINADO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1.A decisão atacada mediante este agravo foi publicada no Diário da

Justiça de 30 de junho de 2009, terça-feira (certidão de folha 189). Excluído tal dia da contagem, o termo final ocorreu no dia 6 de agosto imediato, quinta-feira. Este recurso somente veio a ser protocolado em 7 seguinte (folha 192) e, portanto, fora do prazo fixado em lei. Ressalto que na minuta ora apresentada não se mencionou qualquer fato que pudesse implicar a projeção do termo final do lapso de tempo em comento.

Diante da extemporaneidade, nego seguimento a este agravo.2.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 615.166-0 (239)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ELVIRA LUIZA IVANOWSKIADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 52

DECISÃOFAC-SÍMILE – ORIGINAL – APRESENTAÇÃO – PRAZO –

CONTAGEM – TÉCNICA. 1.Contra a decisão de folha 52 veio a ser interposto, via fac-símile,

agravo regimental. Ocorre que a apresentação dos originais se fez de forma extemporânea. Do ato impugnado, foi o Instituto Nacional do Seguro Social intimado em 13 de março de 2007, terça-feira (folha 53). O fac-símile foi recebido em 23 imediato (sexta-feira), ou seja, no décimo dia alusivo ao agravo. A protocolação do original deu-se somente em 2 de abril (segunda-feira). Em síntese, ao considerar os cinco dias para apresentação do original, a agravante adotou a regra de exclusão do primeiro dia. Acontece que o artigo 2º da Lei nº 9.800, de 26 de maio de 1999, encerra simples acréscimo no prazo relativo à prática do ato, não cogitando de nova dilação propriamente dita capaz de atrair a regra da exclusão do primeiro dia e inclusão do último, como se fosse dada ciência ao interessado quando da entrega dos originais. Nesse sentido decidiu a Turma, revelando que o acréscimo dos cinco dias, atinentes à juntada, é contínuo - Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 421.944-6/SP, relator ministro Carlos Britto, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 26 de maio de 2006.

2.Ante a intempestividade, nego seguimento ao agravo. 3.Publiquem. Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.747-1 (240)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A

- EMBRATELADV.(A/S) : MARCELO DELPIZZO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUCIA BORDINADV.(A/S) : WILIAM PATRÍCIO E OUTRO (A/S)

Referente à Petição/STF 102.781/2009 (fls. 310-311):Preliminarmente, certifique a Secretaria o trânsito em julgado da

decisão de fls. 306-307.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.986-1 (241)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HENRIQUE TOMMASI NETTO ANÁLISES CLÍNICAS

LTDAADV.(A/S) : JULIANA MARA FRAGA CÂMARA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : VINÍCIUS SANTOS SARDINHAADV.(A/S) : EDISON VIANA DOS SANTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO – JUÍZO DE RETRATAÇÃO.1.Por meio da decisão de folha 283, não conheci do agravo,

consignando:RECURSO - INTERPOSIÇÃO - OPORTUNIDADE - AGRAVO NÃO

CONHECIDO.1.A decisão atacada mediante este agravo foi publicada no Diário da

Justiça de 5 de outubro de 2007, sexta-feira (certidão de folha 65). Excluído tal dia da contagem, o termo final ocorreu em 17 subseqüente, quarta-feira. Protocolou-se este recurso somente em 19 de outubro seguinte (folha 2) e, portanto, fora do prazo fixado em lei. Ressalto que, na minuta ora apresentada, não se mencionou qualquer fato que pudesse implicar a projeção do termo final do lapso de tempo em comento.

2.Diante da extemporaneidade, não conheço deste agravo.3.Publiquem.No regimental de folha 299 a 304, o agravante afirma ter interposto o

agravo de instrumento perante o Superior Tribunal de Justiça, via fac-símile, em 17 de outubro de 2007, tendo juntado o original em 19 seguinte, no prazo assinado em lei.

Efetivamente, tem-se o equívoco da decisão atacada, ante a demonstração da utilização de fac-símile. Confiram à folha 147 a 156. O agravo de instrumento é tempestivo.

2.Reconsidero o ato de folha 283. Restabeleçam a autuação do agravo de instrumento, vindo-me os autos conclusos.

3.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.704-2 (242)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AGTE.(S) : MÁRIO SÉRGIO RIBEIRO SOARESAGTE.(S) : NILZON TAQUETI MACHADOADV.(A/S) : JOSÉ FRAGA FILHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ JÚLIO DOS REISADV.(A/S) : LÍGIA SIMONE COSTA CALADOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão em que neguei seguimento ao agravo de instrumento, nos seguintes termos:

“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXIV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos verifico que os agravantes deixaram juntar cópia do inteiro teor do acórdão dos embargos de declaração, o que inviabiliza a admissibilidade do agravo.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo com base no art. 21, § 1º, do RISTF, e no art. 28, § 1º, da Lei 8.038/90.

Além disso, cumpre registrar que os agravantes, na petição do recurso extraordinário, não demonstraram, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

Ainda que superados tais óbices, o recurso não prosperaria. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 144-145).A Procuradoria-Geral da República opinou pelo improvimento do

agravo regimental (fls. 168-171).Bem examinados os autos, entendo que o agravo regimental é

manifestamente improcedente.Isso porque, como já ressaltado na decisão agravada, o agravante,

na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Além disso, os próprios agravantes reconheceram que não foi juntado aos autos o inteiro teor do acórdão que julgou os embargos de declaração. Assim, o regimental também é manifestamente inadmissível nesse ponto, pois como ressaltado na decisão agravada a jurisprudência da Corte é pacífica no sentido de que o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas a teor da Súmula 288 do STF.

Ressalte-se, ainda, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal:

“A tese dos impetrantes, da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repúdio neste Tribunal. A Lei 8.038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais, para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido” (MS 21.734-AgR/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 53

firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).Isso posto, nego provimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, do

RISTF), assentando seu caráter protelatório. Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.381-6 (243)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ERGOFLEX MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Tendo em vista a petição de fl. 484, verifico que o advogado Édison Freitas de Siqueira e demais outorgados renunciaram aos poderes que lhes foram conferidos pela ERGOFLEX MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDA., ora recorrente.

Isso posto, intime-se, pessoalmente, a recorrente para que regularize a sua representação processual.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.985-6 (244)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : WALDIR DOMINGOS DAVOGLIOADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRIADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOSAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de

individualização dos créditos dos litisconsortes facultativos para efeito de pagamento do valor executado por requisição de pequeno valor.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 568.645, sob a relatoria do ministro Menezes Direito).

3. Por outra volta, esta colenda Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

4. Isso posto, reconsidero a decisão agravada e, frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Prejudicada, portanto, a análise do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.462-1 (245)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GEAP - FUNDAÇÃO DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : LEONARDO PRETTO FLORESADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIORAGDO.(A/S) : IRACY MENDES SOARES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROGERIO SANTOS CORREIA

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão monocrática por mim proferida que negou seguimento a recurso extraordinário sob os seguintes termos:

“Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu pela competência da Justiça Federal para processar e julgar as causas em que a Fundação de Seguridade Social – GEAP for interessada como autora, ré, assistente ou oponente.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 109, I, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão

recorrido, em especial para discutir a natureza jurídica da recorrente, necessária se faz a interpretação de seu estatuto e a análise de normas infraconstitucionais, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF, bem

como indica que a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fl.

185).Bem analisados os autos, entendo que essa decisão não merece

qualquer reparo.Diversamente do que sustenta a agravante, as afirmações proferidas

pelas partes em suas manifestações processuais não vinculam o órgão julgador. Desse modo, o fato de a própria recorrente se intitular entidade de direito privado não impediria que o tribunal de origem, por meio da análise das normas pertinentes e do estatuto da agravante, chegasse à conclusão diversa.

Por essa razão, conforme assentado na decisão agravada, definir a natureza jurídica da recorrente não prescinde da interpretação de seu estatuto e da análise de normas infraconstitucionais, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF, bem como indica que a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

Além disso, a afronta aos arts. 37, XIX e XX, e 202 da Constituição não foi objeto do recurso extraordinário, tampouco foi debatida pelo acórdão do tribunal de origem. Assim, a análise de suposta violação aos dispositivos mencionados fica impossibilitada por duas razões: em primeiro lugar, o agravo regimental não pode ser utilizado para ampliar o objeto do recurso extraordinário, em segundo lugar, por não estar presente o requisito do prequestionamento, incidindo, no caso, a Súmula 282 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.981-6 (246)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVAADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVAAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc. Cuida-se de processo em que se discute a possibilidade de

fracionamento do valor da execução proposta contra a Fazenda Pública para pagamento de honorários advocatícios.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 564.132, sob a relatoria do ministro Eros Grau).

3. Por outra volta, esta Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o art. 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 3.5.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

4. Isso posto, reconsidero a decisão agravada e, frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Prejudicada, portanto, a análise do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.000-3 (247)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CAMILLA ADAM FISCHADV.(A/S) : MANOEL DEODORO DA SILVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de conversão

de precatório, expedido antes da vigência da EC nº 37/2002, em requisição de pequeno valor.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 578.812, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

3. Por outra volta, esta colenda Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

4. Isso posto, reconsidero a decisão agravada e, frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 54

que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Prejudicada, portanto, a análise do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.498-3 (248)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARIA ERENE TEIXEIRA MASSAADV.(A/S) : PATRÍCIA REIS NEVES BEZERRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

A agravante sustentou, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada sob o argumento de que, no caso em questão, houve ofensa direta à norma constitucional.

Eis o teor da decisão agravada:“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

decidiu que os rendimentos pagos acumuladamente devem ser considerados no momento da disponibilidade dos proventos para efeitos de cálculo do imposto de renda.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV; 145, § 1º; e 150, II, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. A orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Quanto ao mérito, o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional e, como se sabe, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido do não-cabimento de recurso extraordinário por ofensa a normas infraconstitucionais, sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, confira-se o julgamento da Primeira Turma desta Corte no AI 601.956-AgR/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, que possui a seguinte ementa:

‘EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA SOBRE RENDIMENTOS PAGOS ACUMULADAMENTE. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

II - Agravo regimental improvido’.No mesmo sentido: RE 563.347/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI

660.020/SC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski.Por fim, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por

contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pela instância a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 128-129).

Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas.

Cumpre ressaltar, por oportuno, que o Tribunal a quo assim se manifestou:

“10- Referido tributo subordina-se ao princípio da capacidade contributiva, e, de acordo com a sistemática adotada, em relação às pessoas físicas, é devido a partir do momento em que há percepção da renda, não possuindo qualquer correlação com a competência em que esta deveria ter sido adquirida. Este entendimento coaduna-se com o disposto nos artigos 2 e 12 da Lei 7.713/88, in verbis:

‘Art. 2º O imposto de renda das pessoas físicas será devido, mensalmente, à medida em que os rendimentos e ganhos de capital forem percebidos.

(...)

Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização’.

11- Coerente com essas disposições legais, o regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3000/99), em seu artigo 56, assim dispõe:

‘Art.56.No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá no mês do recebimento, sobre o total dos rendimentos, inclusive juros e atualização monetária (Lei nº 7.713, de 1988, art. 12).

Parágrafoúnico.Para os efeitos deste artigo, poderá ser deduzido o valor das despesas com ação judicial necessárias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização (Lei nº 7.713, de 1988, art. 12)’.

12- Sendo assim, a alíquota a ser utilizada no desconto possui relação direta com o montante auferido, não sendo admissível a aplicação de alíquota fictícia em casos como o presente. Caso assim o fosse, haveria afronta ao princípio da progressividade (art. 153, § 2º, I, da Constituição Federal), decorrente do princípio da isonomia, e relacionado aos princípios da capacidade contributiva e da pessoalidade, tendo em vista que o valor recolhido deverá oscilar não somente com a variação da base de cálculo, mas também com a variação da alíquota;

(...)15- Conclui-se, portanto, que não há previsão legal para a pretensão

da parte autora, devendo a alíquota incidente ser aquela correspondente ao montante percebido em sua totalidade” (fls. 70-72).

Desse modo, o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Quanto à suposta afronta ao art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Ademais, a violação ao princípio da ampla defesa, em regra, não dispensa o exame da matéria sob o ponto de vista processual, o que caracteriza ofensa reflexa à Constituição e inviabiliza o recurso extraordinário.

Ressalte-se, ainda, que os Ministros desta Corte, no RE 592.211-RG/RJ, Rel. Min. Menezes Direito, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral do tema constitucional versado nos presentes autos, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Observe-se, mais, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal:

“A tese dos impetrantes, da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repúdio neste Tribunal. A Lei 8.038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais, para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido” (MS 21.734-AgR/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).

Isso posto, nego seguimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 368.079-6 (249)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE. : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁAGDA. : VENEER LINE INDÚSTRIA COMÉRCIO IMPORTAÇÃO

E EXPORTAÇÃO LTDAADVDOS. : ANDRÉIA MARIA TORREGLOSSA E OUTROS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão da 1ª Câmara Cível Isolada do Tribunal de Justiça do Estado do Pará que entendeu ser ilegítima a cobrança antecipada de ICMS baseada em valores fixados em “Boletim Informativo de Preços Mínimos”.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o disposto nos arts. 3º, III; 225, caput, § 1º, V e VII, e § 4º; e 155, § 2º, III, da Carta Magna versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 55

e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 428.512-2 (250)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁAGDO.(A/S) : EDIR DE SOUZA NEVESADV.(A/S) : SÉRGIO FACIOLA DE SOUZA MENDONÇA E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará que julgou improcedente ação rescisória que visava cassar a segurança que determinou a incorporação aos vencimentos do agravado de adicional pelo exercício de cargo em comissão, prevista na Lei estadual 5.810/1994.

A agravante sustenta violações aos arts. 5º, II e XXXVI, 37, caput, e 169, § 1º, da Constituição federal.

É o breve relatório. Decido.A controvérsia foi examinada à luz do direito local, o que desautoriza

a admissão do recurso extraordinário. Incide, no caso, o óbice da Súmula 280. Ademais, a análise da apontada ofensa aos dispositivos

constitucionais demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. Trata-se, portanto, de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, os seguintes precedentes das Turmas: AI 496.676-AgR (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 07.10.2005), AI 351.338-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 02.04.2002), AI 312.980-AgR (rel. min. Néri da Silveira, DJ de 26.10.2001) e AI 327.566-AgR (rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 14.12.2001). Confiram-se também as seguintes decisões monocráticas: RE 472.412 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.06.2004), AI 259.996 (rel. min. Carlos Britto, DJ de 17.12.2004), AI 259.977 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 27.09.2004) e AI 281.823 (rel. min. Marco Aurélio, DJ de 06.12.2000).

Em relação à alegada ofensa ao art. 169 da Constituição, entendo como aplicáveis ao caso as considerações do ministro Sepúlveda Pertence que, ao examinar hipótese assemelhada à dos autos, assim se manifestou no AI 197.358 (DJ de 14.12.1998):

“No que tange ao art. 169, par. único, I, da Constituição – que proíbe a concessão de qualquer vantagem remuneratória sem "prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes" –, tem-no o agravante por contrariado porque, verbis (f. 252):

"...sabendo-se que entre 15.07.87 a 24.01.94, não havia, para os servidores estaduais, qualquer norma assegurando a incorporação de gratificação de função, o ato administrativo ou a decisão judicial que determina a incorporação de determinado percentual, obtido com o somatório do período anterior à Lei 5.810, de 24.01.94, implicará em violação do dispositivo constitucional, na medida de que estará determinando a inclusão de vantagem não prevista no orçamento, em razão da própria inexistência de legislação regulamentando a incorporação de gratificação ou representação."

Ora, em primeiro lugar, a norma constitucional invocada não se dirige ao Judiciário, a quem não é dado conceder vantagens. Em segundo lugar, o acórdão recorrido, ao determinar a contagem do tempo de serviço em cargos comissionados, prestado pela agravada antes da L. est. 5810/94 – que instituiu o direito à incorporação das gratificações correspondentes a tais cargos –, não reconheceu o direito ao gozo retroativo da vantagem em causa. E, em terceiro lugar, como tem entendido o STF, a falta de previsão orçamentária, embora possa tornar inviável a execução da despesa no exercício financeiro respectivo, não induz à inconstitucionalidade das vantagens concedidas aos servidores (v.g., ADIn 484, Borja, RTJ 137/1067; ADIn 1.585, Pertence, DJ 3.4.98; ADIn 1243, Sanches, 27.10.95).”

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 440.816-9 (251)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS

METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE SÃO PAULO, MOGI DAS CRUZES E REGIÃO E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA DE FREITAS BARCELOS E OUTRO (A/S)

AGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS

METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CAMPINAS E REGIÃO E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FUNDIÇÃO DO

ESTADO DE SÃO PAULO - SIFESPADV.(A/S) : MARCOS TAVARES LEITE E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravos de instrumento interpostos pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Campinas e Região e outros e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região e outros.

As partes ora agravantes sustentam que o acórdão por elas impugnado em sede recursal extraordinária teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cabe referir, desde logo, que os temas concernentes às alegadas transgressões aos preceitos inscritos no art. 5º, “caput” e incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV, no art. 7º, incisos VI, IX, XXV e XXVI, no art. 8º, incisos I e IV, no art. 93, inciso IX, no art.114, § 1º, no art. 127 e no art. 129, da Constituição não se acham devidamente prequestionados.

E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ 116/451).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ132/455, Rel. Min.CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito dos recursos extraordinários, cujos processamentos foram corretamente denegados na origem.

Finalmente, impende enfatizar que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, fundando-se, ainda, para resolver o litígio, em interpretação de cláusula contratual, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento dos apelos extremos, em face do que se contém nas Súmulas279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento aos presentes agravos de instrumento, eis que se revelam inviáveis os recursos extraordinários a que eles se referem.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 474.636-0 (252)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : GUILHERME MIGNONE GORDO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ MIRANDA CARDOSO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ZÉLIO MAIA DA ROCHA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 7º, XXIX, a, da Constituição federal. Impugna-se no recurso extraordinário o seguinte trecho do acórdão recorrido (fls. 279):

“2. PRESCRIÇÃO. RECLAMANTE: ROSA SLEIMAN HAMMOUD.Trata-se de pleito relativo à complementação de proventos de

aposentadoria nunca percebida, razão pela qual é total a prescrição do direito de ação, conforme entendimento sumulado desta Corte por intermédio do Enunciado nº 326 do TST:

“Em se tratando de pedido de complementação de aposentadoria oriunda de norma regulamentar e jamais paga ao ex-empregado, a prescrição aplicável é a total, começando a fluir o biênio a partir da aposentadoria”.

Nesse sentido, considerando-se que a reclamante Rosa Sleiman Hammoud aposentou-se em 1º.09.84, o prazo prescricional teria se esgotado em 1º.09.86, pelo que estaria prescrito o direito de ação quando do ajuizamento da reclamatória em 28.04.89.

Ocorre, contudo, que a ação rescisória foi fundamentada apenas na violação do art. 7º, inciso XXIX, alínea “a”, da Constituição da República, cuja vigência teve início somente a partir de 05.10.88, o que exclui a sua

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 56

incidência na hipótese dos autos.Nego provimento ao recurso.” (Grifei)Sustenta-se a negativa de prestação jurisdicional e a violação do

preceito constitucional da prescrição trabalhista.É o breve relatório. Decido.A jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento de que a

controvérsia em torno do termo inicial do prazo de prescrição das demandas trabalhistas após o encerramento da relação empregatícia restringe-se ao âmbito processual, tendo caráter eminentemente infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 480.081-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.06.2004; AI 231.431-AgR, rel. min. Octavio Gallotti, DJ de 06.08.1999; AI 523.640, rel. min. Cezar Peluso, DJ de 15.02.2005).

Por outro lado, não procede a alegação de afronta ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem ter violado os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte ora agravante.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 477.341-7 (253)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PAES MENDONÇA S/AADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de que não foram esgotadas as vias ordinárias, uma vez que seriam cabíveis embargos infringentes, encontrando óbice na Súmula 281. Disso decorre que o agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.279-7 (254)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : COMERCIAL DE AUTOMÓVEIS SANTA FÉ LTDAADV.(A/S) : PABLO ARRUDA ARAUDI E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“Cabe mandado de segurança preventivo para evitar lesão a direito líquido e certo do impetrante, ameaçado por portaria cujos efeitos concretos a autoridade coatora admite pretender efetivar em suas informações” (fl. 92).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são legítimos, uma vez que, o Fisco objetivou apenas controlar a sistemática da restituição, evitando-se fraudes e restituições indevidas.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema

constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.365-7 (255)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PIRITUBA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO M. FERRAZ DE SAMPAIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“Mandado de segurança – Substituição Tributária – Crédito proveniente de venda de veículos pela concessionária por preço inferior ao da tabela presumida – Pedido de restituição por transferência de crédito em única vez – Forma não prevista no ordenamento jurídico estadual – Não aplicabilidade do artigo 150, § 7º da Constituição Federal também porque o fato gerador se realizou – Recursos providos, para denegar a segurança” (fl. 94).

No RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são ilegítimos, uma vez que, com base no art. 150, § 7º, da Constituição, a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 511.334-6 (256)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE OSASCOADV.(A/S) : ANA CRISTINA GUIDIAGDO.(A/S) : GERALDO GATTI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PAULO GULUDJIAN

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO

ESPECIAL PROVIDO PARA DETERMINAR NOVO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PERDA DE OBJETO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PREJUDICADO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“RECURSO - Agravo – Agravante que deixou de informar o cumprimento do art. 526, ‘caput’, do CPC – Inadmissibilidade – Não conhecimento (com observação), prejudicado o regimental” (fl. 109).

3. O Agravante interpôs, simultaneamente, recursos especial e extraordinário, ambos inadmitidos na origem (fls. 209-216).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 57

4. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. II, XXXV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. O presente recurso está prejudicado, por perda superveniente de

objeto.O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao Recurso Especial

749.002, nos termos seguintes:“Merece guarida a pretensão recursal.(...)A inexistência de comprovação do cumprimento do art. 526 do CPC,

após a manifestação do agravado acerca do seu descumprimento, implica a inadmissibilidade recursal. Conforme se observa do acórdão recorrido, o agravado se manifestou expressamente a respeito. Provocado pelo acórdão do Tribunal a quo, o agravante interpôs embargos de declaração e provou que cumpriu o parágrafo único do art. 526 do CPC.

(...)Constata-se que não houve violação do parágrafo único do art. 526

do CPC. Assim, tendo o recorrente interposto o presente recurso por ofensa ao artigo 535, inciso II, do CPC, e em face da omissão detectada, tenho como necessário o debate acerca dos pontos suscitados no recurso.

(...)Ante o exposto, com arrimo no artigo 557, § 1º-A, do Código deProcesso Civil, dou provimento ao presente recurso especial, a fim de

determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que se manifeste sobre a matéria articulada nos embargos de declaração, com o conseqüente afastamento da multa prevista no art. 538, parágrafo único, do CPC” (fls. 239-241).

Essa decisão transitou em julgado em 17.2.2009 (fl. 236) e substituiu expressamente o título judicial, conforme o art. 512 do Código de Processo Civil.

6. Não mais subsistindo o acórdão proferido nos embargos declaratórios, que integra o acórdão recorrido, é de se ter por prejudicado o agravo de instrumento.

Nesse sentido:“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL.

INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA. PROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PERDA DE OBJETO DO EXTRAORDINÁRIO. CPC, ART. 512. Provido o recurso especial interposto contra acórdão de segunda instância, o recurso extraordinário simultaneamente interposto, versando a mesma matéria, perdeu objeto, posto que a decisão contra a qual fora ajuizado resultou reformada pelo aresto do Superior Tribunal de Justiça, tendo havido substituição do provimento judicial a que se refere o art. 512 do Código de Processo Civil. Agravo Regimental improvido” (AI 142.696-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 17.3.1995).

7. Assim, pela superveniência de ato processualmente relevante, que culminou na declaração de nulidade de decisão que integra o acórdão principal, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento, por perda de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 512.010-2 (257)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COOPERFORT IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : JULIANA MENDES GUIMARÃES PINTO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violado o art. 93, IX, da Carta Magna.

Inexiste a alegada ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, porquanto o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora agravante.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.465-5 (258)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MÁRIO GIMENES FILHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : NESTOR ANTONIO PEROTTONI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Preliminarmente, afasto o sobrestamento de fl. 46 e passo à análise do recurso.

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“PIS E COFINS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE. COMBUSTÍVEIS. RESTITUIÇÃO DO RECOLHIMENTO A MAIOR. IMPOSSIBILIDADE.

No regime de substituição tributária ‘para frente’ instituído na forma do art. 4º da Lei 9.718/98, no comércio de combustíveis, o fato gerador presumido é definitivo, e assim como não possibilita restituição em caso de recolhimento a maior, também não abre espaço para qualquer espécie de complementação do tributo já pago. Nos estritos limites do art. 150, §7º, da CRFB/88, a restituição somente é cabível quando o fato gerador presumido não ocorre faticamente” (fl. 17).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 150, § 7º, da mesma Carta.

A questão é relevante.Assim, preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso, dou

provimento ao agravo de instrumento e determino a subida dos autos principais para melhor exame da matéria.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 567.914-1 (259)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : TRANSPORTADORA TEGON VALENTI S/AADV.(A/S) : DANIELA DAMBRÓSIO NEGRINI E OUTRO (A/S)

DECISÃO : Trata-se agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Sustenta-se, em síntese, a violação dos arts. 5º, II, 150, II, 155, § 2º, I e II, a e b, XII, c e g, da Constituição, além do art. 34, § 8º, do ADCT, na medida em que se trata de regime alternativo e facultativo de apuração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, no qual a redução da base de cálculo do tributo compensaria a impossibilidade de utilização dos créditos tributários, podendo o contribuinte sopesar os benefícios e os custos de sua escolha.

Por ocasião do julgamento da medida cautelar na ADI 1.502, esta Corte afastou a densidade da argumentação pertinente à inconstitucionalidade de regime de apuração alternativo, posto à disposição do contribuinte, com o objetivo de simplificar a tributação das operações de serviços de transporte.

Registro, por oportuno, a ementa do precedente:“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

CONVÊNIOS ICM Nº 46/89 E ICMS Nº 38/89 (PARÁGRAFO ÚNICO DAS RESPECTIVAS CLÁUSULAS SEGUNDAS), QUE ESTARIAM A IMPEDIR O PRESTADOR DE SERVIÇO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE UTILIZAR CRÉDITOS FISCAIS RELATIVOS A ENTRADAS TRIBUTADAS, COM OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA, DA NÃO-CUMULATIVIDADE E DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ESTADUAL. REQUERIMENTO DE CAUTELAR. Dispositivo que, ao revés, se limita a estabelecer compensação automática para a redução da carga tributária operada por efeito da cláusula anterior, como parte do sistema simplificado de contabilização e cálculo do tributo incidente sobre as operações sob enfoque, constituindo, por isso, parte do sistema idealizado e posto à livre opção do contribuinte. Assim, eventual suspensão de sua vigência, valeria pela conversão do referido sistema em simples incentivo fiscal não objetivado pelos diplomas normativos sob enfoque , transformado, por esse modo, o Supremo Tribunal Federal em legislador positivo, papel que lhe é vedado desempenhar nas ações da espécie. Conclusão que desveste de qualquer plausibilidade os fundamentos da inicial. Cautelar indeferida.” (ADI 1.502-MC, rel. min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, julgado em 12/09/1996, DJ 14-11-1996 PP-44467 EMENT VOL-01850-01 PP-00097).

Por outro lado, esta Corte também considera equiparável à isenção parcial o benefício fiscal de redução de base de cálculo, de modo a atrair a vedação posta no art. 155, § 2º, II, b da Constituição. Confira-se, nesse sentido, o seguinte precedente:

“EMENTA: TRIBUTO. Imposto sobre Circulação de Mercadorias. ICMS. Créditos relativos à entrada de insumos usados em industrialização de produtos cujas saídas foram realizadas com redução da base de cálculo. Caso de isenção fiscal parcial. Previsão de estorno proporcional. Art. 41, inc. IV, da Lei estadual nº 6.374/89, e art. 32, inc. II, do Convênio ICMS nº 66/88. Constitucionalidade reconhecida. Segurança denegada. Improvimento ao recurso. Aplicação do art. 155, § 2º, inc. II, letra "b", da CF. Voto vencido. São constitucionais o art. 41, inc. IV, da Lei nº 6.374/89, do Estado de São Paulo, e o art. 32, incs. I e II, do Convênio ICMS nº 66/88.” (RE 174.478, rel. min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2005, DJ 30-09-2005 PP-00005 EMENT VOL-02207-02 PP-00243 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 264).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 58

Ao considerar obrigatória a manutenção de créditos tributários na hipótese da concessão de benefício fiscal, relativo à redução da base de cálculo de tributo, o acórdão recorrido divergiu da orientação exposta.

Ante o exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, de modo a julgar improcedentes os embargos à execução fiscal.

Inverto a sucumbência.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 583.774-8 (260)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TONINHO COMÉRCIO DE ESCAPAMENTOS LTDAADV.(A/S) : EVANDRO ALVES SILVA GRILI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento a apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 38):

Ementa: Embargos à execução fiscal - ICMS – Débito declarado e não pago — Julgamento antecipado - Admissibilidade - Constituição do crédito tributário e sua inscrição na dívida ativa que dispensam lançamento ou procedimento administrativo formal — Presunção de liquidez e certeza não descaracterizada — Inadmissibilidade de compensação - Artigos 3º e 16, parágrafo 3º, da Lei nº 6.830, de 1980 - Certidão de Dívida Ativa que preenche os requisitos legais — Multa devida pelo não pagamento ou atraso no recolhimento do imposto que não se confunde com a multa por infração à legislação tributária, já estabelecida em 20%, nos termos da Lei n. 9.399, de 1996 — Sentença de improcedência dos embargos - Desprovimento do recurso.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

Sob o ângulo da falta de fundamentação, verifica-se a não-interposição de embargos declaratórios, ficando afastada a possibilidade de concluir-se pela ofensa ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.510-4 (261)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : LAURO MANOEL DA SILVAADV.(A/S) : MARIA RAQUEL DUARTE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : MIGUEL ÂNGELO SEDREZ JUNIOR

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Revisão de benefício previdenciário em decorrência da majoração do teto de benefícios efetuada pela Emenda Constitucional n. 20/98. Aplicação aos benefícios anteriormente concedidos) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 564.354, rel. min. Cármen Lúcia).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.883-3 (262)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PEDRO ROBÉRIO BACCINADV.(A/S) : LAWRENCE LANDARIN BACCIN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MILÊNIA AGRO CIÊNCIAS S/AADV.(A/S) : LUCIANO DILLI E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA – AUSÊNCIA

DE PREQUESTIONAMENTO - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul proferiu acórdão assim resumido (folha 78):

CANCELAMENTO DE PROTESTO E NULIDADE DE DUPLICATAS. CAUSA DEBENDI. COMPROVAÇÃO DA COMPRA E VENDA OPERADA POR MEIO DO PEDIDO, NOTAS FISCAIS E COMPROVANTES DA ENTREGA DA MERCADORIA, A AUTORIZAR A EMISSÃO DAS DUPLICATAS. NEGATIVA DE NEGOCIAÇÃO POR PARTE DO AUTOR QUE VAI DE ENCONTRO À PROVA DOCUMENTAL PRODUZIDA PELA DEMANDADA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ RECONHECIDA. PENALIDADE APLICADA. APELO DA RÉ PROVIDO, PREJUDICADO O RECURSO DO AUTOR.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Os argumentos expendidos no recurso não foram enfrentados pelo órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.990-3 (263)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : NÍVIA MARIA BARBOSAAGDO.(A/S) : INDÚSTRIAS REUNIDAS BARUQUI LTDAADV.(A/S) : VANDA TERESA DE OLIVEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento a apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 68):

EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - PRAZO PARA OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS - CITAÇÃO - JUNTADA MANDADO CUMPRIDO - ART. 730 CPC - EMBARGOS EXTEMPORANEOS - RECURSO IMPROVIDO. "A teor do art. 730 do CPC, o prazo para a interposição dos embargos contra a Fazenda Pública é de trinta dias a contar da data da juntada do mandado de citação cumprido".

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 59

se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.193-1 (264)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CRUZEIRO FACTORING SOCIEDADE DE FOMENTO

COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : RICARDO MARTINS SION E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RENATO VIEIRA DO NASCIMENTO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1.Eis a síntese do acórdão recorrido (folha 86):CONTRATO DE VENDA E COMPRA A PRAZO COM RESERVA DE

DOMÍNIO. AÇÃO DE RESCISÃO PROMOVIDA POR EMPRESA DE FOMENTO COMERCIAL (FACTORING). CARÊNCIA. Como a Requerente não participou da compra e venda com reserva de domínio, havida entre terceiros, “res inter alio acta”, não pode pretender a rescisão dessa avença.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Sob o ângulo da falta de fundamentação, verifica-se a não-interposição de embargos declaratórios, ficando afastada a possibilidade de concluir-se pela ofensa ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.069-3 (265)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : ATDL TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : WOLMAR FRANCISCO AMÉLIO ESTEVES E OUTRO

(A/S)

Referente à Petição/STF 132.457/2007 (fls. 103-105):Diga a parte agravante, no prazo legal, quanto ao requerido na

petição em referência.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.521-5 (266)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SERVIÇO DE ANGIOGRAFIA LTDAADV.(A/S) : VALDERES TEIXEIRA DE MOTTAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DATA DE PROTOCOLAÇÃO ILEGÍVEL - AGRAVO NÃO CONHECIDO.

1.A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, que alterou o § 1º do artigo 544 do Código de Processo Civil, aumentou o número de peças obrigatórias na composição do instrumento, assim as especificando:

....................................................... cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contrarrazões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. .......................................

2.Na espécie, verifica-se que a petição do extraordinário não foi integralmente trasladada pela agravante. A exigência da integração da peça ao instrumento tem como objetivo viabilizar o julgamento do extraordinário nos próprios autos do agravo, se este for provido.

3.Não conheço do agravo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.118-3 (267)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : CLÉLIA ALVES DE SOUZA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CÉLIA MOLLICA VILLAR

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - LEGISLAÇÃO LOCAL -

IMPROPRIEDADE - AGRAVO DESPROVIDO.1.O recurso extraordinário cujo trânsito busca-se alcançar foi

interposto, com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que implicou o acolhimento parcial de pedido formulado em apelação, mantendo-se a condenação do ora agravante quanto ao pagamento das diferenças salariais pleiteadas (folha 61a 69).

O Município de São Paulo articula com a transgressão ao artigo 169 da Carta Política da República e defende que a concessão de qualquer vantagem que implique aumento da remuneração depende de prévia inclusão no orçamento. Além disso, alude ao limite de 40% com as despesas de pessoal.

2.Em momento algum, a Corte de origem adotou entendimento a partir do preceito constitucional evocado pelo agravante. Reconheceu o direito dos servidores ao reajuste dos vencimentos a cada quatro meses, conforme previsto na Lei local nº 11.722/95, procedendo à correção da média das receitas correntes pela variação do IPC-FIPE.

Ora, está-se diante de controvérsia cujo encerramento fica no âmbito da jurisdição do Estado federado. Não há questão constitucional a ser dirimida.

3.Conheço do pedido formulado neste agravo, mas a ele nego acolhida.

4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.617-3 (268)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESPÓLIO DE ROMUALDO GUILHERME NOVELLO E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIO LUIZ YARSHELL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. TERMO

INICIAL DA FLUÊNCIA DE JUROS COMPENSATÓRIOS. REEXAME DE PROVAS: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 60

“Desapropriação – Embargos opostos à execução pela Fazenda do Estado – Fixação do termo de início da fluência dos juros compensatórios – Inadmissibilidade – Imissão de posse não efetivada – Ocupação por terceiros que não foi incentivada ou permitida pelo expropriante – Verba não devida – Ofensa à coisa julgada e princípios de direito processual – Inocorrência – Fatos novos que permitem ao juiz a readequação do julgado exequendo à situação apresentada – Recurso parcialmente conhecido e desprovido” (fl. 530).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“Realizada perícia destinada à aferição do termo inicial dos juros

compensatórios, diversamente do que pretendem fazer crer os recorrentes, ficou satisfatoriamente demonstrada a ausência de imissão na posse por parte da Municipalidade, comprovada ainda a inexistência de qualquer atuação da expropriante que tivesse incentivado ou permitido a ocupação do imóvel por terceiros, comportamento nem sequer estimulado pela edição do decreto expropriatório expropriatório, porquanto ‘quatro anos antes da publicação do decreto de declaração de interesse social, o imóvel já se encontrava com as dimensões menores do que aquelas consignadas no laudo do perito, havendo inclusive uma construção em lote dentro da área, não apontado no laudo’ (fls. 255).

Nesta senda, era mesmo de rigor o afastamento da condenação no pagamento dos juros compensatórios, sob pena de locupletamento indevido dos expropriados em detrimento da Municipalidade.

Com efeito, não tendo havido qualquer participação da expropriante nos fatos que determinaram a supressão da posse dos recorrentes sobre o imóvel, inexiste fundamento à condenação da Administração no pagamento dos juros compensatórios.

E não se alegue a impossibilidade de alteração do que restou decidido na fase de conhecimento, porquanto inteiramente licito ao magistrado, em face de elementos supervenientes trazidos aos autos, a readequação da decisão judicial aos novos parâmetros conhecidos, sem que isso implique o descumprimento do título exeqüendo.

Não se cuida de desconsideração da coisa julgada, mas tão somente o reconhecimento de que inocorrendo a retirada da posse dos expropriados sobre o imóvel por ação ou omissão da expropriante, não se há como carrear a esta os ônus relativos aos juros compensatórios, tampouco se poderá ter a fixação do ‘dies a quo' deste acréscimo a partir da petição inicial, na medida em que não se cuida na espécie da ‘não apuração da data da ocupação do imóvel’, porém da efetiva inocorrência desta imissão” (fls. 533-534).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento e a necessidade do exame de matéria infraconstitucional (fls. 615-616).

4.Os Agravantes alegam que teriam sido contrariados os arts. 1º, inc. II e III, 5º, XXIV e XXXVI, 93, inc. IX, da Constituição da República.

Afirmam que “se excluindo os juros compensatórios da apuração do quantum debeatur obrou em flagrante ofensa ao princípio da justa indenização e da imutabilidade das decisões, consagrados nos incisos XXIV e XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal” (fl. 580).

Sustentam que “a desistência da desapropriação em questão está ligada a real devolução da coisa e uma vez que por estímulo provocado pela edição do Decreto expropriatório e omissão da expropriante se permitiu a invasão da área por terceiros, é direito constitucional dos Recorrentes recebê-la de volta, sendo indenizados pelos juros compensatórios, nesta ação, por estarem impossibilitados de usufruírem da mesma” (fl. 583).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Necessário, inicialmente, afastar o fundamento da decisão

agravada quanto à alegada ausência de prequestionamento, pois, nos autos, a matéria constitucional foi oportunamente suscitada, o que se deu em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão dos Agravantes.

6. Quanto à preliminar de repercussão geral, é de se anotar que os Recorrentes foram intimados do acórdão recorrido antes de 3.5.2007 (fl. 571), o que dispensa a demonstração da repercussão geral da questão constitucional em capítulo especial do recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

7. Cumpre anotar, ainda, que não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal a quo apreciou as questões suscitadas e fundamentou-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses dos Recorrentes.

8. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com base na análise dos elementos probatórios constantes dos autos. Para se concluir de forma diversa quanto ao termo inicial da fluência de juros compensatórios, seria necessário o reexame das provas, procedimento incompatível com o recurso extraordinário. Incide na espécie vertente a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo

regimental a que se nega provimento” (RE 577.241/SP-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJ 27.2.2009).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - Agravo regimental improvido” (AI 557.725-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 29.8.2008).

9. Ademais, o Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que a verificação, no caso concreto, de eventual ofensa à coisa julgada e dos limites objetivos desta situa-se no campo infraconstitucional.

Nesse sentido:“PROESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA INDIRETA. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. TRÂNSITO EM JULGADO DE RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária. II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Com a negativa de seguimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF). IV - Agravo regimental improvido” (AI 679.728-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE 13.3.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 741 DO CPC. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 554.008-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE 6.6.2008 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.763-1 (269)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : IDALINO ZANOTTO E CIA LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRA E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. OPERAÇÕES DE

COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CONTRIBUIÇÃO AO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS. RESTITUIÇÃO IMEDIATA E PREFERENCIAL: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO — PIS E COFINS (ART. 4º DA LEI Nº 9.718/98) — REFINARIAS DE PETRÓLEO — DISTRIBUIDORES E COMERCIANTES VAREJISTAS DE COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO — REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE — REPETIÇÃO: IMPOSSIBILIDADE (FATO GERADOR PRESUMIDO SE CONCRETIZOU: JURISPRUDÊNCIA CONVERGENTE DO STF E DO STJ) – APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL PROVIDAS: PEDIDO IMPROCEDENTE. 1 -Para mera discussão judicial sobre possível repetição de tributos dispensa-se prova dos recolhimentos, que se fará, se o caso, quando das eventuais compensação (na esfera administrativa, sob o crivo da Administração) ou restituição (na liquidação da sentença). 2 Tratando-se de tributos diretos (PIS E COFINS) não há necessidade da prova de repasse do encargo financeiro a terceiros para que se examine o pedido de restituição do suposto indébito. 3 - Comerciantes varejistas de combustíveis têm legitimidade ativa para discutir em juízo sobre a exigibilidade tributária e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 61

repetição de recolhimentos havidos a título de PIS, COFINS e FINSOCIAL. 4 - CF/88 (art. 159, §7º), na redação conferida pela EC nº 03/93, preceitua que a ‘lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido’. 5 -Tomando-se como norte a posição do STF (ADI nº 1.851-4/AL) ao examinar o §7º do art. 159 da CF/88, tem-se que as contribuições havidas por força do art. 4º da Lei nº 9.718/98 (PIS E COFINS), no regime de substituição tributária (para frente), extinto pelo art. 46, II, da MP nº 1991-15/2000, não são repetíveis, pois o fato gerador das exações, de início presumido, - que o STF, aliás, desde já toma como definitivo - findou, de fato, se concretizando, irrelevante se acima ou abaixo do valor de início estimado. 6 - Apelação e remessa oficial providas: pedido improcedente. 7 - Peças liberadas pela Relatora, em 23/08/2005, para publicação do acórdão” (fl. 123).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 148-149).

3. Os Agravantes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 150, § 7º, da Constituição da República.

Argumentam que “o próprio Plenário dessa E. Corte decidiu que não há óbice para rever a sua interpretação em relação ao alcance do art. 150, § 7º, da CF/88, ou seja, quanto ao dever dos Estados (no caso do ICMS) e da União (PIS e COFINS) de restituírem os valores pagos a maior em regime de substituição tributária quando o fato gerador ocorrer por valor inferior ao presumido” (fl. 9).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.5. Na espécie vertente, o Tribunal a quo assentou que, “no caso, em

que as próprias autoras reconheceram que o fato gerador presumido adiante aconteceu, não há falar em pagamento indevido nem, de consequência, em repetição de valores” (fl. 121).

Esse entendimento não diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que a restituição imediata e preferencial da quantia paga, a que alude o § 7º do art. 150 da Constituição da República, somente é devida nos casos em que o fato gerador presumido não venha a se realizar.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“EMENTA: - CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

TRIBUT ÁRIO. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. RESTITUIÇÃO. I. - O Plenário da Corte deu pela legitimidade do regime de substituição tributária. II. - A restituição assegurada pelo § 7º do art. 150 da C.F/88, restringe-se apenas às hipóteses de não vir a ocorrer o fato gerador presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a menor por parte do contribuinte substituído. III. - Precedente” (AI 337.655-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 27.9.2002).

E:“EMENTA: Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. ICMS.

Substituição tributária. Venda de automóvel por preço inferior ao estipulado pela fábrica. Restituição. Art. 150, § 7o, da Constituição Federal. 3. Restituição que se restringe apenas à hipótese de não ocorrer o fato gerador presumido, não havendo que se falar em tributo pago a maior ou a menor por parte do contribuinte substituído. Precedentes 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 397.677-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 30.6.2006).

E ainda:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. VENDA DE AUTOMÓVEL POR PREÇO INFERIOR AO ESTIPULADO PELA FÁBRICA. RESTITUIÇÃO. 1. Constitucionalidade do regime de substituição tributária declarada pelo Pleno deste Tribunal. 2. Base de cálculo presumida e valor real da operação. Diferenças apuradas. Restituição. Impossibilidade. 3. A ressalva contida na parte final do artigo 150, § 7º, da Constituição do Brasil, apenas assegura a imediata e preferencial restituição da quantia paga quando o fato gerador presumido não se realize. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 373.011-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 1º.8.2008).

E, ainda, em caso semelhante ao presente, o julgado proferido no RE 501.909, Rel. Min. Eros Grau, DJe 12.6.2008.

6. Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.677-0 (270)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBAAGDO.(A/S) : BERNECK AGLOMERADOS S/A

ADV.(A/S) : RODRIGO DA ROCHA ROSA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão que julgou inválida a cobrança de IPTU calculado com base em alíquotas progressivas, cujo fato gerador ocorrera em período anterior ao advento da Emenda Constitucional 29/2000.

Tal entendimento vai ao encontro da jurisprudência desta Corte, conforme o disposto na Súmula 668.

Ademais, a superveniência da Emenda Constitucional 29/2000 não tem o condão de tornar válida a progressividade de alíquotas do IPTU em período anterior à sua vigência, porquanto seus efeitos se irradiam para o futuro. Nesse sentido, o RE 293.451–AgR (rel. min. Carlos Veloso, DJ de 08.02.2002), cuja ementa transcrevo:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPTU. ALÍQUOTAS. PROGRESSIVIDADE. I. - Inconstitucionalidade da progressividade das alíquotas do IPTU. RE 153.771-MG, Moreira Alves, Plenário, 20.11.96. II. - Não aplicabilidade, no caso, da EC 29/2000, que não retroage. III. - Agravo não provido.”

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.765-3 (271)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : DIRCEU DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO GUIMARÃES GARRIDO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

O agravo perdeu o objeto.Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao

recurso especial para “reconhecer a incidência do imposto de renda sobre a verba paga espontaneamente pelo empregador quando da rescisão do contrato de trabalho” (REsp 877.776/SP, com trânsito em julgado em 16/6/2009).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, IX).Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.420-4 (272)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MICHAEL LINS DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : GUILHERME VEIGA DE MORAES E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – AGRAVO DESPROVIDO.

1.Afasto o sobrestamento anteriormente determinado.2.A Turma Recursal deu parcial provimento a pedido formulado em

recurso, reduzindo a condenação da agravada ao pagamento de indenização por dano moral em face da inscrição indevida do nome do agravante em órgão de restrição de crédito. Consta da decisão (folha 8):

[...]Dano moral que se reconhece. Indenização a ser fixada em valor

módico, tendo em vista que o consumidor não pagou o debito, baseando-se sua pretensão na ausência de ciência previa acerca da negativação de seu nome. Outros defeitos na prestação do serviço elencados na ação, mas que foram objeto de reclamação em outras demandas. Negativação que não deve ser cancelada, por persistir o debito. Isto posto, conheço do recurso e dou-lhe parcial provimento para condenar a ré a pagar à autora, a título de indenização por danos morais, R$ 1.000,00 (mil reais), tudo corrigido monetariamente e com incidência de juros de 1% ao mês, a partir da data da citação. Sem ônus sucumbenciais.

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 62

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

3.A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

4.Acresce que descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

5.Conheço do agravo e o desprovejo.6.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.695-8 (273)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDA - INDÚSTRIA DE

VEÍCULOS AUTOMOTORESADV.(A/S) : PATRÍCIA GUIMARÃES HERNANDEZ E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO FERREIRAADV.(A/S) : GUEÓRGUI WIAZOWSKI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a agravante não impugnou a assertiva de que não teria indicado o dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário. Também não impugnou a assertiva de que a análise do recurso encontraria óbice na Súmula 279. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.197-4 (274)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CARLOS ROBERTO MOROADV.(A/S) : LUÍS ROBERTO OLÍMPIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 1º, IV, 2º, 3º, IV, 5º, caput e II, 22, I, 37, caput, 44, 93, IX, 100, § 1º-A, 133, e 170, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria

indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Por fim, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1° de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.988-1 (275)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MJK EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : WELLENGTON CAMPOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LÚCIO ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : GISELLE ESTEVES VERGAL E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em ação de prestação de contas da parte recorrente.

2.No RE, sustenta-se ofensa ao art. 5º, caput, XXXV, LIV e LV da Constituição Federal (fls. 567-591).

3.Preliminarmente, verifico que os dispositivos, aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, nem pelos embargos de declaração opostos (Súmulas STF 282 e 356).

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.151-3 (276)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : POSTO MONTECARLO LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu que a transferência do crédito do ICMS pago a maior, em favor do substituído, ora agravante, fica sujeita à comprovação das vendas, e ao exame do requerimento administrativo, nos termos da legislação estadual.

No RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são ilegítimos, uma vez que, com base no art. 150, § 7º, da Constituição, a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.551-1 (277)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : FUSAE IKEDAADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO DE GÓES MONTEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 63

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA

DO ESPECIAL - PREJUÍZO.1.Simultaneamente com o extraordinário, versando sobre idêntica

matéria, foi interposto recurso especial. O Superior Tribunal de Justiça dele conheceu e acolheu o pedido formulado. A decisão prolatada substituiu, consoante o disposto no artigo 512 do Código de Processo Civil, a formalizada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que, assim, não mais subsiste.

2.Este agravo encontra-se prejudicado.3.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.654-9 (278)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARIA BETANIA PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDREZA DE OLIVEIRA CERQUEIRA E OUTRO

(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS -

DEFICIÊNCIA - AGRAVO NÃO CONHECIDO.1.A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, que alterou o § 1º do

artigo 544 do Código de Processo Civil, aumentou o número de peças obrigatórias na composição do instrumento, assim as especificando:

[...] cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contra-razões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. [...]

2.O agravante não providenciou o traslado das contrarrazões do recurso.

3.Não conheço deste agravo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.273-6 (279)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : LUCIANA MARTINS ALVES PRUDENTE E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FERTILIZANTES ALIANÇA LTDA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS -

DEFICIÊNCIA - AGRAVO NÃO CONHECIDO.1.A Lei nº 10.352, de 26 de dezembro de 2001, alterando o § 1º do

artigo 544 do Código de Processo Civil, aumentou o número de peças obrigatórias na composição do instrumento, assim especificando-as:

....................................................... cópias do acórdão recorrido, da certidão da respectiva intimação, da petição de interposição do recurso denegado, das contrarrazões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. .......................................

2.Na espécie, embora providenciado o traslado do recurso extraordinário, observa-se que a cópia possui trecho ilegível.

3.Não conheço deste agravo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.421-1 (280)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COLOSSOS AUTO CENTER LTDAADV.(A/S) : SIMONE REGINA TUNES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S/AADV.(A/S) : MÔNICA FILGUEIRA S. GALVÃO E OUTRO (A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição).

O acórdão recorrido negou provimento à apelação na qual a parte ora recorrente impugnara sentença que julgara improcedente pedido de reparação de suposto dano moral decorrente de publicação de matéria jornalística.

Sustenta a parte recorrente ofensa ao art. 5º, X, da Constituição

federal. A análise das supostas vulnerações à Constituição exigiria reexame

dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.974-5 (281)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASAGDO.(A/S) : ELAINE CRISTINA DOS SANTOSADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ NEPOMUCENO PEREIRA

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.461-2 (282)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : ENCARNAÇÃO ROSA DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SEVERINO ALVES FERREIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - LEGISLAÇÃO LOCAL -

IMPROPRIEDADE - AGRAVO DESPROVIDO.1.O recurso extraordinário cujo trânsito busca-se alcançar foi

interposto, com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que implicou o acolhimento de pedido formulado em apelação e a condenação do ora agravante ao pagamento das diferenças salariais pleiteadas. Eis a síntese do acórdão (folha 145 a 150):

APELAÇÃO CÍVEL – SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - REAJUSTE SALARIAL – Aumento instituído pelo art. 4º da Lei Municipal Paulistana n.° 11.722/95 — Quadrimestres de Março a Junho de 1995; Julho a Outubro de 1995 — Reajustamento - Indeferimento - Ilegalidade – Cabimento - Adotaram-se as médias reajustadas das despesas com pessoal e respectivos encargos, com inclusão dos índices na própria base de cálculo, quando, para esse direito assegurado ao funcionalismo público municipal, são consideradas apenas as médias, sem quaisquer correções, que, aplicadas, não ultrapassam o limite de 40% da média das receitas correntes relativas aos quatro meses anteriores aos reajustamentos — Inteligência da Lei Municipal Paulistana 11.722/95, art. 4º, §2º e 3º — Benefício concedido – Recursos provido.

O instituto de Previdência Municipal de São Paulo articula com a transgressão aos artigos 37 e 169 da Carta Política da República e defende que a concessão de qualquer vantagem que implique aumento da remuneração depende de prévia inclusão no orçamento. Além disso, alude ao limite de 40% com as despesas de pessoal.

2.Em momento algum, a Corte de origem adotou entendimento a partir dos preceitos constitucionais evocados pelo agravante. Reconheceu o direito dos servidores ao reajuste dos vencimentos a cada quatro meses, conforme previsto na Lei local nº 11.722/95, procedendo-se à correção da média das receitas correntes pela variação do IPC-FIPE. Ora, está-se diante de controvérsia cujo encerramento fica no âmbito da jurisdição do Estado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 64

federado. Não se tem questão constitucional a ser dirimida.3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.765-1 (283)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SOUZA RAMOS COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTÔNIO DA SILVA NOBRE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu que a transferência do crédito do ICMS pago a maior, em favor da substituída fica sujeita à comprovação das vendas, ao requerimento administrativo e às limitações da legislação estadual, sendo inviável sua realização unilateral pela interessada, ora agravante.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são ilegítimos, uma vez que, com base no art. 150, § 7º, da Constituição, a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.938-5 (284)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : A. C. GUIMARÃES & CIA LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO FASCIANO SANTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.668-2 (285)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : IVONE BARROS DANTASADV.(A/S) : DANILO DE CAMARGO E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu parcialmente

pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 53):

FUNCIONÁRIA PÚBLICA DA MUNICIPALIDADE DE SANTOS. PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS - (P.C.C.S.). Lei Complementar Municipal nº 214/96. E reenquadramento no PLANO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - (P.A.V.), conforme previsto no artigo 17 do

Decreto n. 2.724/96. Reenquadramento em referência superior à que se encontra, importando acréscimo em seus vencimentos e que não vem sendo pago. Pleito de condenação da Municipalidade de Santos, igualmente, ao pagamento das diferenças vencidas e vincendas a partir de 1.6.1996 até o efetivo cumprimento da obrigação. ADMISSIBILIDADE. Reenquadramento nos termos pedidos de rigor, pois a servidora optou pelo P.C.C.S. Sentença de procedência da ação mantida, incidindo a prescrição qüinqüenal das parcelas. PARCIAL PROVIMENTO DOS RECURSOS, oficial e voluntário da Municipalidade de Santos.

2.O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3.Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

4.Conheço do agravo e o desprovejo.5.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.257-1 (286)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : A. LOSI COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu que a transferência do crédito do ICMS pago a maior, em favor da substituída, ora agravante, fica sujeita ao processo administrativo, onde deverá apresentar toda a documentação para análise pelo Fisco paulista, submetendo-se, desta forma, ao prazo estipulado pelo Decreto Estadual 41.653/1997, com a redação dada pelo 42.039/1991.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são ilegítimos, uma vez que, com base no art. 150, § 7º, da Constituição, a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.390-5 (287)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COSME MONTEIRO DOS SANTOSADV.(A/S) : GRAZIELA SUELI MENINI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – AUSÊNCIA DE

ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO QUE LHE É PRÓPRIO – AGRAVO DESPROVIDO.

1.A Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro negou provimento a recurso, ante fundamentos assim sintetizados (folha 41):

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR DO ANTIGO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 65

DISTRITO FEDERAL. VANTAGEM PECUNIÁRIA ESPECIAL (VPE). LEI Nº. 11.134/2005. PRETENDIDA EXTENSÃO. IMPOSSIBILIDADE. REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS E PRINCÍPIO DA RESERVA DE LEI FORMAL. SUBSISTÊNCIA DA SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.

2.Está-se diante de ato que, em momento algum, implicou transgressão à Carta da República. Apreciando a legislação aplicada à espécie, concluiu a Turma Recursal dos Juizados Especiais não ser extensível a pensionistas de militares que pertenciam a quadro em extinção certa parcela outorgada aos policiais militares do Distrito Federal. Decidiu-se a partir de parâmetros próprios sem haver, portanto, adoção de entendimento contrário à Constituição Federal. Vale frisar que não se trata de simples extensão de benefício reconhecido no tocante ao pessoal da ativa a inativos ou pensionistas.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.606-3 (288)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOAQUIM DO PRADO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LAIS MARIA MARTINHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE SÃO PAULO - DER/SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu pedido

formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 150):Administrativo – Servidores públicos ativos e inativos do DER -

Qüinqüênio – Cálculo apenas sobre o vencimento - Inteligência do art. 127 do Estatuto do Funcionalismo Público Estadual - Sentença de procedência que se reforma para improcedência – Recurso oficial e voluntário da autarquia providos.

2.De início, registro que o extraordinário foi interposto com alegada base nas alíneas “a” e “c” do permissivo constitucional. Todavia, não tendo ocorrido a declaração da validade de lei ou ato de governo local contestado em face da Carta da República, salta aos olhos o não-cabimento do recurso pela alínea “c”.

3.O acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Apesar da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e decisão prévios sobre a alegada violação dos artigos 7º, inciso VI, e 39 da Constituição Federal. Vale frisar, por oportuno, que o recorrente não argüiu o vício de procedimento.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

4.Conheço do agravo e o desprovejo.5.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.532-2 (289)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DAVID ANDRÉ DE BENEVIDESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violado o disposto nos arts. 1º, III; 5º, caput, X, XXXIX e XL, da Carta Magna.

O Supremo Tribunal Federal, apreciando o AI 747.522-RG, rel. min. Cezar Peluso, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Posse de substância entorpecente para uso próprio. Atipicidade da conduta. Princípio da insignificância).

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.396-9 (290)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BENEDITO MARQUES NOBRE FORMIGA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JRAGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : CARLOS RIBEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.585-6 (291)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AIR CANADAADV.(A/S) : CARLA CHRISTINA SCHNAPP GUIMARÃES GALLO E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ELOI LUIZ PIETROBELLI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : GELZA BUENO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violados os artigos 5º, parágrafo segundo e 178, da Constituição.

Alega a parte recorrente que a indenização por danos materiais e morais decorrentes de defeito na prestação de serviço de transporte aéreo internacional deveria ser limitada aos termos da Convenção de Varsóvia.

Inviável o recurso.A decisão recorrida está de acordo com a iterativa jurisprudência

desta Corte pela aplicação mitigada da Convenção de Varsóvia e pela possibilidade de condenação em danos morais e materiais com fundamento na norma do art. 5º, X, da Constituição federal:

“INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - EXTRAVIO DE MALA EM VIAGEM AÉREA - CONVENÇÃO DE VARSÓVIA - OBSERVAÇÃO MITIGADA - CONSTITUIÇÃO FEDERAL - SUPREMACIA.

O fato de a Convenção de Varsóvia revelar, como regra, a indenização tarifada por danos materiais não exclui a relativa aos danos morais. Configurados esses pelo sentimento de desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhação decorrentes do extravio de mala, cumpre observar a Carta Política da República - incisos V e X do artigo 5º, no que se sobrepõe a tratados e convenções ratificados pelo Brasil.” (RE 172.720, rel. min. Marco Aurélio, DJ 21.02.1996)

No mesmo sentido, as decisões proferidas no RE 301.281 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 14.09.2004), no AI 284.949 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 28.11.2000), no AI 196.379-AgR (rel. min. Marco Aurélio, DJ 28.11.2000) e no AI 275.405 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 07.08.2000).

Ademais, a análise das questões constitucionais suscitadas implicaria reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Por fim, as alegadas ofensas demandariam o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Incide na Súmula 636/STF.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 66

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.896-0 (292)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : RUDI JACÓ GUTJAHRADV.(A/S) : RICARDO GOMES DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violado o disposto nos arts. 5º, XLV, XLVI, LVII e 98, IX, da Carta Magna.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a publicação da decisão impugnada deu-se em 05.10.2007 (fls. 393) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.086-4 (293)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : MARIA CLEENI DE SOUZA PAIVAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – BAIXA À ORIGEM.1.O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 596.478-7/RR, concluiu

pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade dos artigos 19-A e 20 da Lei nº 8.036/90, no que conferiram a servidor contratado pela Administração de forma irregular, sem a submissão a concurso público, a percepção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

2.Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução dos autos ao Tribunal Superior do Trabalho. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

3.Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.467-5 (294)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : AUTO POSTO LOTUS LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu legítima a conduta da autoridade fazendária ao impor procedimentos administrativos para eventual restituição do valor do ICMS pago a maior, no regime de substituição tributária.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, que os critérios de devolução estabelecidos pela recorrida são ilegítimos, uma vez que, com base no art. 150, § 7º, da Constituição, a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender

a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.139-9 (295)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CHALEM NAGIB ABRÃO GADBEMADV.(A/S) : MARIA ODETTE FERRARI PREGNOLATTO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAXAMBUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXAMBU

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia da procuração outorgada pelo agravado ao advogado que substabeleceu a fls. 11-12. Trata-se de peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.003-2 (296)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : MARIA DA CUNHA DE SOUZAADV.(A/S) : RONALDO MAURO COSTA PAIVA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 722.086-0 (297)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVAAGDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO LOPES WILKEADV.(A/S) : NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - PATRÍCIA

MOTA VILAN

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais manteve entendimento constante na sentença, ante os seguintes fundamentos (folha 252 a 253):

[...]

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 67

Os documentos de f. 24, 24v°, 120, 125 e 126 atestam que o marido da apelada, enquanto vivo, recebeu e incorporou aos seus proventos a GEPI, possuindo a apelada o direito de receber seu benefício em valor equivalente ao que receberia o ex-servidor Osmar Goethe Wilke.

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, em sessão do dia 15 de outubro de 1986, aprovou a apostila retificatória de proventos do ex-servidor, incluindo a Gratificação de Estímulo à Produção Individual.

Também o recebimento da gratificação pela ocupação de cargo em comissão, de símbolo S-03, restou comprovada, conforme documento de f. 20, posto que o ex-servidor exerceu o cargo comissionado até sua aposentadoria, sendo aposentado como Diretor Financeiro da Imprensa Oficial.

[...]A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2.Conheço do agravo e o desprovejo.3.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.190-1 (298)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : OSANA DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO LUÍS BORGES DE RESENDE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALINTDO.(A/S) : DER/DF - DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE

RODAGEM DO DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1.O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios acolheu

parcialmente pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 116):

ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DO PERCENTUAL DE 84,32% AOS VENCIMENTOS. OBRIGAÇÃO DE FAZER. IMEDIATA INCLUSÃO DA PERCENTAGEM EM FOLHA DE PAGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. FORNECIMENTOS DE FICHAS FINANCEIRAS DOS AUTORES. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. DECISÃO PARCIALMENTE REFORMADA.

1. Se a Administração, antes de desatada a contenda judicial, concede, espontaneamente, reajuste salarial aos seus servidores, recompondo a perda, é necessário, em função disso, que se leve em consideração tais valores quando da aplicação do percentual determinado pelo Judiciário, sob pena de enriquecimento ilícito por parte daqueles.

2. A discussão acerca do direito à compensação dos valores antecipados administrativamente pode ocorrer no momento da execução da sentença, por isso, não deve perdurar a determinação da imediata inclusão do percentual em folha de pagamento, sob pena de multa diária. No entanto, deve prevalecer o comando de fornecimento das fichas financeiras dos autores, eis que são necessárias para a apuração do quantum devido.

3. Recurso parcialmente provido2.O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3.Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no

exame de outro processo.4.Conheço do agravo e o desprovejo.5.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.539-3 (299)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ALPHA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS E CONEXOS

LTDAADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ MATHEUS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 2°, 5º, LV, e 145, II, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais, bem como da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário (RE 470.801/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 675.101/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Além disso, o Supremo Tribunal Federal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa (AI 552.281/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 474.746-AgR/GO, Rel. Min. Carlos Britto; AI 378.628/SP, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.439-2 (300)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : INDÚSTRIAS ROMI S/AADV.(A/S) : MARIALDA DA SILVA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, LIV, e 97 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de norma infraconstitucional (Lei 8.541/92). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o julgamento do RE 433.933-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau, cuja ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CRÉDITOS CUJA EXIGIBILIDADE ESTEJA SUSPENSA. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. LEI N. 8.541/92. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

1.A questão relativa à dedução, da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, dos créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa está adstrita à análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie.

Agravo regimental a que se nega provimento”.Por fim, a Corte tem se orientado no sentido de que, em regra, a

alegação de ofensa ao princípio do devido processo legal pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede a utilização do recurso extraordinário (AI 360.265-AgR/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 534.862/PA, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 584.592/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.206-5 (301)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 68

AGTE.(S) : ÁLVARO ANTÔNIO CAVALCANTE CALADO E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO MARTORELLI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão está assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. INTERVENÇÃO. INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA DOS DIRIGENTES. PRESCRIÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. VÍCIO DE MOTIVAÇÃO. AUSÊNCIA. INCABIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.

I. Apelação cível contra sentença que julgou improcedente pedido dos ex-dirigentes da Banorte Fundação, entidade particular de previdência privada patrocinada pelo Banco Banorte S/A, de anular inquérito administrativo em que foram punidos. Alegação de prescrição da pretensão punitiva administrativa, cerceamento de defesa e vício de motivação.

II. Não se operou a prescrição prevista no art. 1º, §1º da Lei nº 9.873/99, posto que a existência de notas técnicas e pareceres jurídicos entre o relatório final e o despacho condenatório do Secretário de Previdência Complementar indica a inexistência de paralisação do processo administrativo por mais de 03 (três) anos.

III. Não ocorrência da prescrição estabelecida no art. 4º da Lei nº 9.873/99, que prevê apenas a sua incidência quando a prática de atos de investigação do fato, ou a abertura de inquérito, sucedam dentro do prazo de 02 (dois) anos a partir de 1º/07/98, ou seja, no caso da Administração ter permanecido inerte. Inaplicabilidade ao caso concreto, pois incide nas ressalvas previstas no artigo e enunciadas no art. 2o do mesmo texto legal. O inquérito administrativo foi instaurado antes mesmo da vigência da Lei.

IV. Inexiste previsão legal de oferecimento de defesa administrativa entre o relatório final e o despacho da autoridade competente. Inteligência dos arts. 44 e 47 da Lei nº 9.784/99. Caso em que, após a instrução, os indiciados puderam oferecer defesa escrita, com livre apresentação de documentos em seu favor. Constatada a apreciação da defesa e toda a prova por esta produzida, não há que se falar em violação aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

V. A comprovação da existência do nexo causal entre a conduta dos dirigentes indiciados e a fragilização financeira da entidade de previdência privada é suficiente para atestar a legalidade do processo. Plausibilidade da interpretação dada pela autoridade aos fatos apurados no inquérito e à legislação de regência, sem notícia de abuso de poder ou desvio de finalidade, descabendo qualquer indenização por danos materiais ou morais a ser paga pela União aos apelantes.

VI. Apelação improvida” (fl. 1803-1804).No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se ofensa, em suma, aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o acórdão recorrido decidiu a questão à luz da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis 9.784/99 e 9.873/99). A ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Ademais, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator-

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.836-7 (302)PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : NEWTON MARTINS MATOSADV.(A/S) : ODAIR MARTINI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil em oposição a acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, assim ementado [fl. 401]:“Direito Administrativo. Escrivão de Policia. Infração disciplinar.

Demissão. Nulidade por cerceamento de defesa, por falta de nomeação de advogado. Nomeação de defensor dativo. Aplicação subsidiária da Lei Federal n. 8.112/90. Legalidade. Necessidade de especificação e demonstração do alegado prejuízo sofrido pela defesa. Inocorrência de nulidade. Apelação não provida”.

2.A parte agravante alega, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, LIV e LV, e 133 da CB/88. Assevera que “a demissão do Recorrente feriu os direitos fundamentais, entre eles o de ser julgado sem um devido processo legal, onde lhe foram violados direitos fundamentais, como: o pleno direito de defesa; o direito a uma defesa técnica por advogado; atipicidade da conduta; cerceamento de defesa e ofensa à ampla defesa” [fl. 425].

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O agravo não merece provimento. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- Lei Complementar Estadual n. 76/93 e Lei Federal n. 8.112/90. Incide o óbice da Súmula n. 280 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5.Ademais, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.412-6 (303)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO ITAUPOWER SHOPPINGADV.(A/S) : CRISTIANO SILVA COLEPICOLO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSOS VERSANDO A

MATÉRIA – SOBRESTAMENTO.1.O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 568.674-4/GO, concluiu

pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade da inclusão do valor cobrado a título de “demanda contratada” na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços incidente nas operações relacionadas a energia elétrica.

2.Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo a intimação do acórdão da Corte de origem ocorrido anteriormente à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento deste agravo.

3.À Assessoria, para o acompanhamento devido.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.650-8 (304)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ÂNGELA CRISTINA MARCIANO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento a apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 20):

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. CARGO COMISSIONADO. APOSTILA INTEGRAL. IMPOSSIBILIDADE. Somente aos servidores que se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 69

encontrassem no exercício do cargo comissionado por dois períodos completos, concluídos ou a serem concluídos no prazo para eles estipulado, quando publicada a Lei Estadual nº 13.434/99, é que seria garantido o apostilamento integral.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.665-5 (305)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : IVANY DE PAULA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO GATTI REIS LOBO E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou o entendimento constante na sentença, no tocante ao enquadramento funcional deferido, ante os seguintes fundamentos (folha 61):

[...]Desta forma, resta claro não haver que se falar em ausência de

norma que venha a regular a evolução funcional requerida, pois esta já se encontra bem definida pela Lei n° 11.951/95 e pelo seu Anexo I, bastando à Administração realizar a verificação do tempo de serviço prestado por cada servidor para que possa efetuar sua ascendência de categoria.

[...]2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.414-0 (306)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PRO ECHO CARDIODATA SERVIÇOS MÉDICOS LTDAADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ MADDALENA DOURADO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1.O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou

provimento a apelação, consignando a ausência de provas de que teria sido formalizado contrato de arrendamento mercantil. Constou do voto do Relator (folha 238):

[...]Alega a ora apelante que realizou contrato de arrendamento

mercantil, e que, conseqüentemente, não haveria o fato gerador do tributo cobrado para o desembaraço aduaneiro, na forma do entendimento jurisprudencial esposado pelo STJ.

Entretanto, como bem fundamentado na sentença atacada, o apelante não trouxe aos autos prova suficiente à certeza de que efetivamente se trate do contrato mencionado, o que naturalmente agasta a alegação de direito líquido e certo, que se deva amparar pela via da ação impugnativa manejada.

[...]2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

à decisão atacada – articula-se com a impossibilidade de incidência do ICMS na importação de bens, considerado o arrendamento mercantil –, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.874-0 (307)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : OLGA SCHATTSCHNEIDERADV.(A/S) : JUCÉLIO DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA PINTO VAN GROL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se discute a necessidade de prévio requerimento administrativo para ajuizamento de ação de natureza previdenciária. Alega-se violação ao disposto no art. 5º, II, XXXIV, XXXV, da Constituição federal.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 5º, II, XXXIV, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282.

Não obstante, as duas Turmas desta Corte afastam a exigibilidade de prévio requerimento administrativo como condição para o acesso ao Judiciário, conforme se verifica dos seguintes julgados:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. NEGATIVA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA COMO CONDIÇÃO DA AÇÃO: DESNECESSIDADE. ART. 557 DO CPC. ATRIBUIÇÕES DO RELATOR. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - Não há previsão constitucional de esgotamento da via administrativa como condição da ação que objetiva o reconhecimento de direito previdenciário. Precedentes. II - Quanto ao art. 557 do CPC, na linha do entendimento desta Corte, é constitucionalmente legítima a, "atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar seguimento a pedido ou recurso e dar provimento a este - RI/STF, art. 21, § 1º; Lei 8.038/90, art. 38; CPC, art. 557, redação da Lei 9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam as decisões ser submetidas ao controle do Colegiado" (RE 321.778-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso). III - Agravo regimental improvido”.(RE 549.238-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 05.06.2009)

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 70

EXTRAORDINÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL. PENSÃO POR MORTE. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. NEGATIVA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA COMO CONDIÇÃO PARA O ACESSO AO PODER JUDICIÁRIO. DESNECESSIDADE. 1. Não há no texto constitucional norma que institua a necessidade de prévia negativa de pedido de concessão de benefício previdenciário no âmbito administrativo como condicionante ao pedido de provimento judicial. Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 548.676-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 20.06.2008)

Confiram-se ainda: AI 525.766 (rel. min. Marco Aurélio, DJ de 1º.03.2007); RE 486.594 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.04.2006); AI 563.318 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 08.03.2006) e RE 549.055, (rel. min. Carlos Britto, DJe de 18.09.2009).

Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma, dele conhecendo, dar-lhe provimento para afastar a exigência de prévio requerimento administrativo como condição de ajuizamento de ação previdenciária e determinar o retorno dos autos ao juízo de origem para que prossiga no exame da causa.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.933-2 (308)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : SILVIA DE SOUZA PINTOAGDO.(A/S) : MARIA DAS DORES RODRIGUESAGDO.(A/S) : OSMARINA DA ASSUNÇÃO RODRIGUESAGDO.(A/S) : ALBA DE JESUS RODRIGUESADV.(A/S) : FABRICIO HERNANI CIMADON E OUTRO (A/S)

DESPACHO : Trata-se de Agravo de Instrumento contra despacho que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que, nos autos de ação proposta por servidores públicos estaduais, garantiu-lhes a incidência da vantagem pecuniária denominada “sexta-parte”, prevista no art. 129 da Constituição Estadual, a ser calculada sobre seus vencimentos integrais.

Em casos análogos ao presente, esta Corte, por meio de ambas as turmas, firmou entendimento no sentido de que a controvérsia envolve unicamente questão de direito local (Súmula 280) e que se ofensa tivesse havido à Constituição, esta seria indireta, reflexa, inviabilizando a via extraordinária. Assim:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE SEXTA PARTE. DIREITO LOCAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUPERVENIÊNCIA DA EC 19/1998. A decisão agravada está em perfeita consonância com o entendimento firmado por ambas as Turmas desta Corte no sentido de que é inviável em recurso extraordinário o debate de questão relativa a direito meramente local. O Tribunal a quo, ao reconhecer o direito dos servidores do Estado de São Paulo à vantagem da sexta parte calculada sobre os vencimentos integrais, fundamentou-se exclusivamente no art. 129 da Constituição estadual. Assim, eventual violação da Constituição federal seria indireta. Incidência da Súmula 280/STF. Óbice não afastado pelo advento da Emenda Constitucional 19/1998. Agravo regimental a que se nega provimento. AI 406697 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, 2ª T., DJ de 04.11.2005.

EMENTA: CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. CÁLCULO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. I. - Cálculo da sexta-parte feito em cumprimento às normas do art. 129 da Constituição do Estado-Membro. Controvérsia decidida à luz da legislação local. II. - Agravo não provido. AI 510364 AgR, rel. min. Carlos Velloso, 2ª T., DJ de 16.09.2005.

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A presente controvérsia passa, necessariamente, pela análise da legislação infraconstitucional pertinente, na qual se baseara o acórdão recorrido (art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo). Incide, no caso concreto, o óbice da Súmula 280 desta colenda Corte. Agravo regimental desprovido. RE 309542 AgR, rel. min. Carlos Britto, 1ª T., DJ de 10.09.2004.

EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público estadual. Vencimentos. Cálculo do adicional da sexta-parte. Interpretação de legislação local. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 280. Não cabe RE que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de direito local, seria apenas indireta à Constituição da República. AI 284720 AgR, rel. min. Cezar Peluso, 1ª T., DJ de 24.10.2003.

Ante o exposto, nos termos do art. 557 do CPC e do art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.

Brasília, 29 de setembro de 2009.Ministro JOAQUIM BARBOSA

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.856-1 (309)PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : IRENE SANTOS SOARESADV.(A/S) : JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a extensão da Gratificação de Atividade Tributária, aos servidores inativos.

No RE, sustenta-se ofensa ao artigo 40, § 8º, da Constituição Federal (fls. 40-53).

2.O recurso não merece prosperar, dado que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que entende ser possível a extensão da Gratificação de Atividade Tributária aos servidores inativos. Nesse sentido, transcrevo parte da decisão proferida no AI 606.660/SE, rel. Min. Sepúlveda Pertence, pub. DJe 29.09.2006:

“Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a, interposto contra acórdão que, fundado no artigo 40, § 8º (na redação da EC 20/98), da Constituição, assegurou aos autores - servidores inativos - o recebimento da Gratificação de Atividade Tributária, instituída pela LC est. 67/2001. (...) Não há falar, portanto, em violação do disposto no artigo 40, § 8º (na redação da EC 20/98), pois o caráter geral e extensivo a todos os servidores em atividade da gratificação ora discutida - independente da natureza da função exercida ou do local onde o serviço é prestado - impõe que seja ela estendida também aos servidores inativos.”

3.Ademais, cabe registrar que está Corte já se pronunciou quanto à gratificação de natureza semelhante àquela debatida nos presentes autos, no julgamento do AI 752.902/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, pub. DJe 10.06.2009:

“(...) A Primeira Turma, no julgamento do RE 397.872 (rel. min. Carlos Britto, DJ de 19.11.2004), firmou o entendimento no sentido de que a Gratificação de Desempenho de Atividade Tributária – GDAT, instituída pela Medida Provisória 1.915/1999, constitui vantagem de caráter geral, extensível aos aposentados e pensionistas. Transcrevo a ementa daquele julgamento: “CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADES TRIBUTÁRIAS, INSTITUÍDA PELA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.915, DE 29/06/1999. EXTENSÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS DE EX-OCUPANTES DO CARGO DE AUDITOR-FISCAL DO TESOURO NACIONAL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 40, § 8º, NA REDAÇÃO DECORRENTE DA EC 20/98. Vantagem de caráter geral, devida aos aposentados e pensionistas, nos termos da norma constitucional acima referida e em consonância com a jurisprudência desta Suprema Corte, firmada em torno de casos semelhantes. Além do mais, a primeira edição da MP 1.915/1999 contemplou indistintamente os proventos de aposentadoria e as pensões; por isso, ofendem o postulado da isonomia as reedições da Medida, que limitaram o pagamento do benefício aos servidores aposentados a partir de 1º/07/1999. Por outro lado, como tal restrição foi afastada pela Lei 10.593, de 06/12/2002, remanesce o interesse das partes com relação ao período regressivo, até a data da impetração. Recurso extraordinário conhecido e desprovido.” Nesse sentido: RE 349.465-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 03.02.2006.”

3.Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.530-2 (310)PROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : CAROLINE RETTO FROTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ RODRIGUES DE SOUZAADV.(A/S) : MARTHA M GONZALEZ E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Amazonprev de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão que trata da atualização dos valores referentes a gratificações incorporadas aos vencimentos dos servidores militares aposentados.

Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 2º; 5º, XXXVI; 37, XIII; 40, caput, §2º e 8º; e 61, §1º, II, a, , da Constituição Federal (fls. 297-318).

2.O recurso não merece prosperar. O Tribunal a quo inadmitiu o presente recurso extraordinário sob a alegação de que o mesmo estaria deserto. O Supremo Tribunal Federal, já se posicionou em caso idêntico ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 71

presente, em que constava como parte a Amazonprev. Nesse sentido, transcrevo decisão análoga ao caso:

“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. (...). Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o recurso extraordinário foi julgado deserto, uma vez que a comprovação do preparo deu-se em desacordo com a determinação prevista no art. 511 do Código de Processo Civil. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que incumbe ao recorrente comprovar, no ato de interposição do recurso, o pagamento do respectivo preparo. No presente caso, trata-se de instituição sem fins lucrativos, com natureza de serviço social autônoma e personalidade jurídica de direito privado, não estando dispensada, portanto, dessa exigência, conforme art. 511, § 1º, do Código de Processo Civil. Além disso, a jurisprudência da Corte é no sentido que para ter acesso ao benefício da gratuidade, é necessário comprovar sua incapacidade financeira. Nesse sentido cito o julgamento do RE 192.715/SP, Rel. Min. Celso de Mello, cuja ementa segue transcrita: “BENEFÍCIO DA GRATUIDADE - PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO - POSSIBILIDADE - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS - INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DO ESTADO DE INCAPACIDADE ECONÔMICA - CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DE ACOLHIMENTO DESSE PLEITO - RECURSO IMPROVIDO. - O benefício da gratuidade - que se qualifica como prerrogativa destinada a viabilizar, dentre outras finalidades, o acesso à tutela jurisdicional do Estado - constitui direito público subjetivo reconhecido tanto à pessoa física quanto à pessoa jurídica de direito privado, independentemente de esta possuir, ou não, fins lucrativos. Precedentes. - Tratando-se de entidade de direito privado - com ou sem fins lucrativos -, impõe-se-lhe, para efeito de acesso ao benefício da gratuidade, o ônus de comprovar a sua alegada incapacidade financeira (RT 787/359 - RT 806/129 - RT 833/264 - RF 343/364), não sendo suficiente, portanto, ao contrário do que sucede com a pessoa física ou natural (RTJ 158/963-964 - RT 828/388 - RT 834/296), a mera afirmação de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários advocatícios. Precedentes”. Isso posto, nego seguimento ao recurso.” ( AI 713.760/AM, rel. Min. Ricardo Lewandowski, pub. DJe 04.06.2008).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.161-6 (311)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : DENISE ELAINE SANTOS SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO CHAVES E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL – PRESTAÇÃO

JURISDICIONAL VERIFICADA – INADEQUAÇÃO – AGRAVO DESPROVIDO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais confirmou entendimento constante da sentença quanto o direito dos autores ao restabelecimento de parcela indevidamente suprimida (folha 64 a 73).

2.Na interposição deste agravo, foram atendidos os pressupostos de recorribilidade. O agravante providenciou o traslado das peças obrigatórias previstas em lei e respeitou o prazo para manifestação do inconformismo. A peça está subscrita por procurador do Estado.

De início, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

O Estado de Minas Gerais não nega a existência de direito às diferenças salariais pleiteadas, mas condiciona o respectivo pagamento à dotação orçamentária, registrando que a decisão proferida pela Corte de origem implicou ofensa ao disposto nos artigos 2º e 169, § 1º, da Constituição Federal. Eis o teor das razões de folha 114:

[...]Sob outro prisma, enquanto não houver dotação orçamentária

suficiente para o pagamento da despesa gerada pela diferença da URV, não há como solver a obrigação, não tendo o Poder Judiciário como obrigar outro poder a efetuar esse pagamento, sob pena de violar a norma constitucional prevista no artigo 2º da Constituição da República, que prevê o princípio da separação dos poderes.

O Recorrente especificou, no ato de incorporação da URV aos proventos e vencimentos dos servidores, que pagará a diferença pleiteada,

respeitada a prescrição qüinqüenal, quando houver os recursos necessários. Do contrário, estaria ferindo os dispositivos de planejamento estabelecidos na Constituição da República, tendo o acórdão recorrido violados tais dispositivos quando condenou o Recorrente sem analisar o problema orçamentário.

[...] A limitação de gastos estabelecida na Constituição Federal não

direciona ao agasalho do descumprimento da lei, sendo que a colocação das despesas com pessoal no patamar indicado condiz com tomadas de providências contidas em preceitos exaustivos. A teor do citado artigo 169, deve haver redução em pelo menos 20% dos dispêndios com cargos em comissão e funções de confiança ou, não sendo suficiente a medida, exoneração dos servidores não estáveis – incisos I e II. Prevê-se, até mesmo, a perda do cargo mediante ato normativo motivado, pelo servidor estável, com pagamento de indenização - §§ 4º e 5º -, não se cogitando, ante a legalidade que submete a Administração Pública, da desobediência ao que disposto em lei.

3.Conheço deste agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.916-4 (312)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CSM COMPONENTES SISTEMAS E MÁQUINAS PARA

CONSTRUÇÃO LTDAADV.(A/S) : CÉLIA C GASCHO CASSULI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) no qual se discute a possibilidade do recolhimento, por empresa urbana, da contribuição previdenciária destinada ao Funrural.

Está consolidado, nesta Corte, o entendimento pela possibilidade de empresa urbana contribuir para o Funrural. Cito alguns precedentes: AI 485.192-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 27.05.2005), RE 364.050-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ 19.12.2003), RE 238.395-AgR-ED (rel. min. Maurício Corrêa, DJ 04.04.2003), RE 211.442-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 04.10.2002), RE 238.171-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ 26.04.2002) e RE 238.206-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 08.03.2002).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.715-8 (313)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO CET-RIOADV.(A/S) : JORGE CASTAING D'OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AUGUSTO GONÇALVES MOREIRAADV.(A/S) : MÁRCIA DE JESUS RIBEIRO

Petição/STF nº 53.510/2009 DECISÃOCONTRAMINUTA - DEVOLUÇÃO.1. Eis as informações prestadas pelo Gabinete:A Secretária Judiciária desta Corte encaminha ofício mediante o qual

o Diretor da Divisão de Agravos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro remete a contraminuta apresentada por Augusto Gonçalves Moreira.

O despacho de abertura de vista para o contraditório do agravo de instrumento foi publicado em 27 de janeiro de 2009 (folha 112). A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente credenciada, veio a ser protocolada em 17 de abril subsequente.

Na decisão publicada em 17 de agosto de 2009, Vossa Excelência proveu o agravo, para determinar o processamento do extraordinário – cópia anexa.

Os autos estão no Gabinete.2.Ante o quadro, devolvam a peça à subscritora.3.Publiquem.Brasília, 15 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.790-2 (314)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : LÚCIA AURORA FURTADO BRONHOLO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE FERNANDO NASSORE E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 72

ADV.(A/S) : PAULO AFONSO MAGALHÃES NOLASCO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência deste recurso requerido pela parte agravante e subscrito por advogado com poderes para desistir (Fls. 244).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.802-9 (315)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : NUTRICIA S/A - PRODUTOS DIETÉTICOS E

NUTRICIONAISADV.(A/S) : CLÁUDIA CID VARELA MADEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que versa sobre a inclusão do IPI e do ICMS na base de cálculo do PIS, tendo sido aplicada ao caso a Súmula 68/STJ.

Alega-se que o acórdão recorrido ofende os arts. 145, § 1º, 150, IV e 150, VI, a, da Carta Magna.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito dos artigos supracitados, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta da apelação (fls. 53-97), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000), cujo acórdão ficou assim ementado:

“Não tem razão a agravante. Para que haja o prequestionamento da questão constitucional com base na súmula 356, é preciso que o acórdão embargado de declaração tenha sido omisso quanto a ela, o que implica dizer que é preciso que essa questão tenha sido invocada no recurso que deu margem ao acórdão embargado e que este, apesar dessa invocação, se tenha omitido a respeito dela. No caso, não houve omissão do aresto embargado quanto às questões concernentes aos incisos XXIII e XXX do artigo 5º da Carta Magna, sendo elas invocadas originariamente nos embargos de declaração, o que, como salientou o despacho agravado, não é bastante para o seu prequestionamento.

Agravo a que se nega provimento.”Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.375-2 (316)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA

MARINGÁ S/C LTDAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante limitou-se a afirmar a ocorrência da coisa julgada, não impugnando o fundamento para a inadmissão do apelo extremo de que a alegada ofensa seria indireta. Disso decorre que o

agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.937-9 (317)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CARLOS PRADOADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHOINFORMAÇÕES - AGRAVO.1.À Secretaria, para oficiar à Corte de origem visando a saber da

interposição, ou não, de agravo de instrumento contra o ato que implicou o não-processamento do recurso especial.

2.Às partes, para a antecipação da notícia.3.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.184-0 (318)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALTACOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

TERMOPLÁSTICOS LTDAADV.(A/S) : FABIO GABRIEL BREITENBACH E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1.O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou acolhida a pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 132):

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS. AGRAVO RETIDO. CERCEAMENTO DE DEFESA. PROVA PERICIAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. MULTA MORATÓRIA. EMPRESA CONCORDATÁRIA.

O indeferimento de prova testemunhal e pericial não implica em cerceamento de defesa se a matéria discutida é exclusivamente de direito.

A Certidão de Dívida Ativa goza de presunção de certeza e liquidez que só pode ser elidida mediante prova inequívoca a cargo do embargante. Meras alegações de irregularidades ou de incerteza do título executivo, sem prova capaz de comprovar o alegado, não retiram da CDA a certeza e liquidez de que goza por presunção expressa em lei.

A multa é devida em razão do descumprimento da obrigação por parte do contribuinte e é cumulável com os juros de mora.

Excepcionalmente, o Poder Judiciário pode, atendendo às circunstâncias do caso concreto, reduzir multa excessiva imposta pela Administração Pública, sempre que esta implicar em ofensa aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, ou configurar confisco. As multas fiscais são acessórios e não podem, nesta condição, ultrapassar o valor dos tributos. A multa moratória no percentual de 40% se mostra razoável, não possuindo efeito de confisco.

É legítima a cobrança de multa fiscal de empresa em regime de concordata.

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 73

ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.2.Conheço do agravo e o desprovejo.3.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.855-6 (319)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ADELSON DIASADV.(A/S) : ANA PAULA MOREIRA DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : EMPRESA BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO S/A -

EMBASAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5°, caput, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 7°, XXVI, 93, IX, e 114, § 2º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que os Ministros desta Corte, no AI 731.954-RG/BA, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia versada nos presentes autos, por entender que a discussão relativa à incorporação de vantagens pactuadas em acordos coletivos ao contrato individual de trabalho é de natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Ademais, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, configura, em regra, situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Além disso, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 1 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.921-8 (320)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EDGAR BISPO DIAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANA PAULA MOREIRA DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM ÁGUA E

ESGOTO NO ESTADO DA BAHIA - SINDAEADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5°, caput e XXXVI, 7°, XXVI, e 114, § 2º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que os Ministros desta Corte, no AI 731.954-RG/BA, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia versada nos presentes autos, por entender que a discussão relativa à incorporação de vantagens pactuadas em acordos coletivos ao contrato individual de trabalho é de natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.299-7 (321)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CUSTÓDIO ANTÔNIO DE MATTOSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAPUTO BASTOS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ALANIR DE SOUZA PINTO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO ROBERTO TOSTES FRANCO E OUTRO

(A/S)

Referente à Petição/STF 103.551/2009 (fl. 226):Indefiro o pedido pois não há nos autos procuração outorgada à

advogada subscritora da presente petição.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.935-8 (322)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ DOS REIS SANTOSADV.(A/S) : ALESSANDRA MARQUES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em oposição a acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que decidiu estender aos aposentados da Petrobrás benefícios concedidos pelo acordo coletivo de trabalho 2004/2005 apenas aos empregados em atividade por entender que a natureza jurídica dos benefícios é a de reajuste salarial.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz de todos os preceitos constitucionais que a recorrente indica como violados. Além disso, não foram opostos embargos de declaração. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, a controvérsia foi decidida com fundamento na interpretação de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação infraconstitucional. Incide, no caso, a Súmula n. 454 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário [AI n. 204.153-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 3.9.99].

6.Ainda nesse sentido, colaciono os seguintes julgados:“AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ACORDO

COLETIVO. PROMOÇÃO DE EMPREGADOS EM ATIVIDADE. NATUREZA GERAL. EXTENSÃO AOS INATIVOS COM BASE EM REGULAMENTO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. SÚMULA 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” [AI n. 761.593, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16.9.09].

“I. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia sobre validade de cláusula de acordo coletivo de trabalho decidida à luz de legislação infraconstitucional pertinente, de reexame inviável no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. II. O artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal, não elide a declaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação ordinária. III. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de violação das garantias do artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV, da Constituição Federal” [AI n. 657.176-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 31.8.07].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.956-8 (323)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ DOS REIS SANTOSADV.(A/S) : ALESSANDRA MARQUES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS MOTTA LINS E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 74

DECISÃO: A matéria discutida nestes autos --- competência da justiça do trabalho para processar e julgar ação sobre pedido de complementação de aposentadoria --- está submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE n. 594.435, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Sendo assim, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário que, no entanto, ficará sobrestado na origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.835-0 (324)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : REGINA LANE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS MONTEIRO BARBOSAAGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.O agravo não merece acolhida. É que a decisão agravada negou

seguimento ao recurso extraordinário porque: a) a “petição recursal não indica o dispositivo constitucional em que se baseia a pretensão irresignativa” (fls. 245); b) incide, no caso, a Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. A petição de agravo, contudo, não atacou os mencionados fundamentos.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.166-2 (325)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JÚNIA MÁRCIA MOSCATELLIADV.(A/S) : ADRIANA MARIA VIÉGAS MEIRELES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TELEMIG CELULAR S/AADV.(A/S) : JOÃO CAPANEMA BARBOSA FILHO E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais deu parcial provimento a apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folhas 201):

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL E MATERIAL. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. HIPÓTESES TAXATIVAS. NÃO OCORRÊNCIA. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. Os ônus decorrentes da contratação de advogado particular para a defesa do direito da empregada perante a Justiça Trabalhista não podem ser imputados ao terceiro, que não participou daquela relação. As hipóteses de caracterização objetiva de litigância de má-fé estão arroladas taxativamente no artigo 17, do CPC, não comportando ampliação.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no

exame de processo da competência da Corte.3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.875-0 (326)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO - ACSPADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA RAMOS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MARCO ANTONIO CORDEIRO DE MATTOSADV.(A/S) : ALEX DAFLON DOS SANTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE –AGRAVO DESPROVIDO.

1.A Turma Recursal manteve a sentença de folhas 55 e 56, que implicou a condenação da agravante ao pagamento de indenização por dano moral em face da inscrição indevida do nome do agravado em órgão de restrição de crédito. Consta da decisão (folha 56):

[...] Com efeito, considero indevidas as negativações dos nomes dos autores naqueles cadastros, fato este gerador de dano moral ipso facto, devendo os réus serem responsabilizados pelos danos experimentados pelos autores , cujo valor da indenização, em homenagem ao princípio da razoabilidade e considerando-se as circunstâncias destes casos, bem como pelo fato de que existem várias negativações nos órgãos restritivos referente a todos os autores, fixo em R$200,00(duzentos reais), com a incidência de juros moratórios de 1% ao mês desde a citação e corrigidos monetariamente a partir desta data. [...]

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao ato atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que, no caso, a decisão impugnada mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulaçãosobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.941-7 (327)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOÃO BATISTA SOARESADV.(A/S) : ALESSANDRO SANTOS PINTO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AUTO VIAÇÃO 1001 LTDAADV.(A/S) : VICTOR SILVA COURI E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro acolheu pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 114):

RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTRATO DE TRANSPORTE. ASSALTO NO INTERIOR DO ÔNIBUS. DANO MATERIAL E MORAL. FATO DE TERCEIRO. FORÇA MAIOR. EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE DO TRANSPORTADOR.

1- A FORÇA MAIOR - FORTUITO EXTERNO - CARACTERIZA-SE COM O ADVENTO DE CIRCUNSTÂNCIAS IMPREVISÍVEIS OU

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 75

INEVITÁVEIS, ALHEIAS À VONTADE DO DEVEDOR, QUE IMPEDEM O CUMPRIMENTO DA PRESTAÇÃO E EXCLUI A RESPONSABILIDADE PELOS DANOS ADVINDOS POR ESTE MOTIVO.

2- NESTE ASPÉCTO, O ROUBO NO INTERIOR DO COLETIVO REALIZADO POR TERCEIRO ESTRANHO AO CONTRATO DE TRANSPORTE CONFIGURA CIRCUNSTÂNCIA ALHEIA À VONTADE DO TRANSPORTADOR, COMO SITUAÇÃO IMPREVISÍVEL OU INEVITÁVEL QUE CARACTERIZA A FORÇA MAIOR E EXCLUI A SUA RESPONSABILIDADE PELOS DANOS DAÍ ADVINDOS. RECURSO PROVIDO.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.655-1 (328)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : LEVI ANDREU MALDONADOADV.(A/S) : MÁRIO SÉRGIO ROSA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SUL

1.Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CÍVEL – POLICIAL MILITAR ESTADUAL – RETORNO À RESERVA REMUNERADA – PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO IMEDIATAMENTE SUPERIOR – ILEGALIDADE DO ARTIGO 57 DA LC N. 53/90 – VEDADO O ESTABELECIMENTO DE CONDIÇÕES MAIS FAVORÁVEIS QUE AS ATRIBUÍDAS POR LEI FEDERAL AOS OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS – RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. A lei estadual não pode estabelecer, em favor dos policiais militares dos estados, condições de progressão na carreira mais favoráveis que aquelas conferidas aos oficiais das forças armadas, contrariando lei federal de regência (Lei n. 6.880/80)” (fl. 73).

No RE, alega-se ofensa aos arts. 1º, II e III; 3º, I; 5º, caput, II, XIII e XXXV; 19, III; 23, I; 42 e 142, da Constituição Federal (fls. 26-52).

2.Preliminarmente, verifico que os dispositivos, aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, e aos quais não foram opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas/STF 282 e 356).

3.Ademais, o presente recurso não merece prosperar, dado que o acórdão recorrido decidiu a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Complementar 53/90). Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta e reflexa. Para melhor ilustrar o caso, transcrevo a decisão no RE 473.602-AgR/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, pub. DJe 13.03.2009:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.715-1 (329)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AGTE.(S) : ESPÓLIO DE OLIVINO PFEFFERADV.(A/S) : ALEX SANDER GALLIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAISADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO VIALLE E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“Apelação Cível – Seguro de Automóvel – Morte do Segurado – Embriaguez – Prova Pericial – Presunção Iuris Tantum de Veracidade – Ônus da Prova do Autor – Agravamento do Risco Contratado – Sentença Mantida.

(...)” (fl. 190).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se

ofensa ao art. 5º, LV e LVI, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por

meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Cabe por oportuno, trazer à colação, trecho do acórdão recorrido:“(...)Ademais, a analise do conjunto probatório constante nos autos,

induvidoso é o relato do Boletim de Ocorrência: ‘v1 transitava normalmente, sentido decrescente, quando, por motivo desconhecido, saiu da pista, adentrando ao mato e colidindo com árvore’, bem assim revelam as fotos do local do acidente. Tal conduta do motorista se justifica em estado de embriaguez e, concludentemente atestou o laudo de alto teor de etanol no sangue do condutor.

(...)” (fls. 194-195).Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1° de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.738-5 (330)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EURICO ALFEU TÁVORA MEIRELESADV.(A/S) : LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta, assim como ao art. 3º da EC 20/98.

O agravo não merece acolhida.A indicação do dispositivo constitucional autorizador do recurso

extraordinário é requisito indispensável para seu conhecimento. Nesse sentido cito o AI 734.396-AgR/SP, de minha relatoria, cuja ementa segue transcrita:

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. DISPOSITIVO AUTORIZADOR DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INDICAÇÃO. AUSÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A recorrente não esgotou a via recursal ordinária (Súmula 281 do STF), visto que a medida cabível seria a oposição de embargos infringentes. II - A indicação correta do dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário - artigo, inciso e alínea - é requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF e da pacífica jurisprudência do Tribunal. III - Agravo regimental improvido” (grifei).

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com a orientação da Corte, conforme se vê do julgamento do RE 575.089/RS, de minha relatoria, cuja ementa segue transcrita

“EMENTA: INSS. APOSENTADORIA. CONTAGEM DE TEMPO. DIREITO ADQUIRIDO. ART. 3º DA EC 20/98. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO POSTERIOR A 16.12.1998. POSSIBILIDADE. BENEFÍCIO CALCULADO EM CONFORMIDADE COM NORMAS VIGENTES ANTES DO ADVENTO DA REFERIDA EMENDA. INADMISSIBILIDADE. RE IMPROVIDO.

I - Embora tenha o recorrente direito adquirido à aposentadoria, nos termos do art. 3º da EC 20/98, não pode computar tempo de serviço posterior a ela, valendo-se das regras vigentes antes de sua edição.

II - Inexiste direito adquirido a determinado regime jurídico, razão pela qual não é lícito ao segurado conjugar as vantagens do novo sistema com aquelas aplicáveis ao anterior.

III - A superposição de vantagens caracteriza sistema híbrido,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 76

incompatível com a sistemática de cálculo dos benefícios previdenciários.IV - Recurso extraordinário improvido”.Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão

recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.964-6 (331)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AYRTON RODRIGUES MARTINS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MAURICIO FLAVIO MAGNANI E OUTRO (A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região cuja ementa tem o seguinte teor:

“ADMINISTRATIVO. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. PLANO REAL. REAJUSTE DO VALOR DOS PROCEDIMENTOS HOSPITALARES.

Espécie em que deve ser reconhecido o direito da autora ao percentual de 9,56%, correspondente à diferença do valor da conversão do cruzeiro real no real, entre junho e julho de 1994, pago pela autoridade governamental, em relação ao devido pela prestação de serviços ao SUS, ressalvadas a prescrição qüinqüenal das prestações periódicas e a limitação determinada pela Portaria GM/MS 1.230/99”

A parte ora agravante aponta violação do disposto nos arts. 5º, caput, XXXVI, § 2º, 37, caput, 195, § 10º c/c art. 2º, 197 e 199, § 1º, da Constituição federal. Argumenta que os Tetos Financeiros de Assistência à Saúde dos Estados e Municípios não podem ser aumentados. E ainda, alega que a ofensa aos referidos dispositivos constitucionais decorreu do desrespeito aos arts. 15, caput, e § 5º, e 23, § 1º, da Lei nº 9.069/95, que tratam da existência de inflação embutida nos contratos assumidos antes da implantação do Real, razão pela qual reafirma inexistir direito a qualquer pagamento.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 197, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto dos embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Ademais, ainda que assim não fosse, as questões constitucionais invocadas constituem alegações de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.110-6 (332)PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : LABORATÓRIO NEO QUÍMICA COMÉRCIO E

INDÚSTRIA LTDAADV.(A/S) : RICARDO LUZ DE BARROS BARRETO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Fls.: 196.Sim quanto ao pedido de vista, que defiro pelo prazo legal. Publique-

se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.166-1 (333)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO SILVA DOS SANTOSADV.(A/S) : VANIA BARRETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR MILITAR. PUNIÇÃO DE DETENÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE DO RDBM.

1. É legal a punição de detenção aplicada por autoridade competente e nos limites e por fatos previstos no regulamento disciplinar da Brigada Militar

– RDBM.2. O Regulamento Disciplinar da Brigada Militar, ‘redigido à

semelhança do regulamento Disciplinar do Exército’ (art. 18 do DL 667/1969), aprovado por decreto do Governador do Estado, com supedâneo na lei estatutária estadual e na legislação federal peculiar das Polícias Militares, não padece do alegado vício de inconstitucionalidade. Precedentes.

3. Sentença reformada em reexame necessário, para julgar improcedente o pedido do autor. Decisão unânime” (fl. 46).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, LXI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação aplicável à espécie. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário, conforme se vê do julgamento do AI 748.818/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, que analisou situação análoga a dos presentes autos:

“Vê-se claro, pois, que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em interpretação da legislação infraconstitucional incidente, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, aplicando-se, ainda, quanto ao princípio da legalidade, a súmula 636”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1° de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.649-8 (334)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDA - INDÚSTRIA DE

VEÍCULOS AUTOMOTORESADV.(A/S) : URSULINO SANTOS FILHOAGDO.(A/S) : NELSON FERRAZADV.(A/S) : ROBERTO MARQUES MARTINS E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTERVALO INTRAJORNADA. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA.

É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da Constituição Federal de 1988), infenso à negociação coletiva, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 342 da SBDI-1 do TST. Constatado que a decisão do Tribunal Regional harmoniza-se com a iterativa e notória jurisprudência desta Corte, a pretensão recursal esbarra no óbice do § 4º do art. 896 da CLT.

Agravo de instrumento a que se nega provimento” (fl. 209).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se

ofensa aos arts. 7°, XXVI, e 8º, III, da mesma Carta. Argumentou-se que “as normas coletivas de trabalho, enquanto instrumentos de

composição, devem ter suas disposições respeitadas, sendo certo que a sua ausência de observância de suas disposições indica ofensa constitucional direta, sendo evidente que não se discute no presente apelo a exegese da norma coletiva”.

Afirmou-se, ainda, que “a norma coletiva em questão não restringe qualquer direito

trabalhista irrenunciável. Do contrário, estabelece direito não previsto em lei, porém estabelece, por decisão conjunta de empregados, representados por seu sindicato (artigo 8º, III, da CF) e empregadores, os termos e condições para a redução do intervalo intrajornada”.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, observo que o agravante não impugnou todos os fundamentos do acórdão recorrido. Restou, portanto, não atacado o fundamento referente ao art. 7º, XXII, da Constituição. Incide, na espécie, o óbice da Súmula 283 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a jurisprudência de ambas as Turmas desta Corte está consolidada no sentido de que a discussão relativa à validade de cláusula, prevista em convenção ou acordo coletivo, reduzindo o intervalo intrajornada caracteriza ofensa constitucional indireta, por demandar a análise da legislação infraconstitucional e de cláusulas do respectivo acordo ou convenção coletiva, conforme se observa dos julgados a seguir transcritos:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. INTERVALO INTRAJORNADA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 628.538-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia).

“I. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia sobre validade

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 77

de cláusula de acordo coletivo de trabalho decidida à luz de legislação infraconstitucional pertinente, de reexame inviável no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.

II. O artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal, não elide a declaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação ordinária.

III. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de violação das garantias do artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV, da Constituição Federal” (AI 657.176-AgR/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Nesse sentido, menciono ainda as seguintes decisões, entre outras: AI 763.008/RS, Rel. Min. Menezes Direito; AI 751.468/MG, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 748.904/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.772/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 594.173/PR, Rel. Min. Carlos Britto.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.880-9 (335)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXV e LV, e 37 da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ademais, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Além disso, a apreciação dos temas constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais locais (Lei Estadual 5.301/69), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Outrossim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.

Por fim, esta Corte já firmou o entendimento segundo o qual não se pode afastar a exigência de exame psicotécnico quando previsto em lei. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 510.524/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 422.463-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 294.633-AgR/CE, Rel. Min. Carlos Velloso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.093-8 (336)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SEBASTIÃO NARCISO PASSARELI JÚNIORAGTE.(S) : CLÁUDIA REGINA DOS SANTOS PASSARELIADV.(A/S) : LUÍS LEONARDO TOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : ODAIR BONTURI E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento a apelação ante os seguintes fundamentos (folha 8):

JUSTIÇA GRATUITA - Pedido formulado no curso de ação de cobrança, depois da nomeação do perito judicial e da apresentação de quesitos - Necessidade de comprovação da alegada insuficiência de recursos - Se o pedido é formulado no curso da ação, o JUIZ pode concedê-lo ou denegá-lo de plano, "em face das provas" (cf Lei art 5º da Lei 1.060), não bastando a simples afirmação, que bastaria, se feita na inicial - Se os réus vêm custeando o feito, e porque têm condições de fazê-lo e, se as condições se alteraram, eles devem provar a alteração, na medida em que o seu pedido resulta de atos supervenientes - Presunção que subsiste é outra, a de que eles possuem condições de arcar com o custo do processo - Devem, pois, comprovar a modificação de suas condições financeiras, a isso não bastando a usual e genérica declaração de pobreza - Pedido casuístico formulado para contornar o adiantamento dos honorários provisórios do perito judicial – Beneficio denegado.

Contrato - Renegociação de dívida originada de contrato de conta corrente, sete contratos de “crédito Real Parcelado”, contratos de créditos pessoais e contratos de cartões de crédito - Muito embora o juiz da causa tenha reconhecido a necessidade de perícia contábil para analisar as "questões fáticas controvertidas", tal prova não se realizou por falta de depósito dos honorários do perito (já que os réus se limitaram a pedir os benefícios da justiça gratuita) e foi declarada preclusa - Réu não provou a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor - Ação de cobrança procedente.

Recurso desprovido.2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.202-4 (337)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FERNANDO XAVIER FERREIRAADV.(A/S) : DANIELLA ZAGARI GONÇALVES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, 93, IX, 150, II, e 153, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais (Leis 7.713/88 e 8.134/90) e da jurisprudência do STJ. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, cabe ressaltar que a matéria alegada no RE demanda a interpretação de cláusulas contratuais, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 78

- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.517-3 (338)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DIRCEU VAZ DA ROSAADV.(A/S) : MARCOS VINÍCIUS SCHNEIDER E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS -

DMAEADV.(A/S) : DÉLIA CRISTINA FERNANDES RAMOS E OUTRO

(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO POSTERIOR A 3.5.2007. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:

“APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DMAE. SALÁRIO-FAMÍLIA. NULIDADE DA SENTENÇA. NÃO CONFIGURADA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INOCORRÊNCIA. MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO ATÉ O ADVENTO DO DECRETO N° 13.394/2001. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. OCORRÊNCIA.

1) O julgador não é obrigado a manifestar-se sobre todos os dispositivos legais invocados pelas partes, não necessitando, tampouco, tecer considerações sobre todos os argumentos expendidos pelos litigantes. Não há qualquer sorte de omissão quando o magistrado julga fundamentadamente a lide, aplicando o direito que entender cabível à espécie.

2) Sentença ultra petita. Em que pese não haver pedido de abono-família em relação à esposa, a simples menção de que há comprovação da existência de dependentes, através de certidão de casamento e certidões de nascimentos dos filhos, não torna a sentença nula.

3) Preliminar de ilegitimidade de parte afastada fulcro no art. 104 da Lei Complementar Municipal n° 478/2002.

4) Não há impossibilidade jurídica do pedido, eis que a LCM n° 133/85 regulou a matéria até o advento da LCM n° 478/2002, em 26.09.2002.

5) Prescrição qüinqüenal reconhecida, consoante Súmula 85 do STJ e Decreto n°20.910/32.

6) Em que pese a não incidência do limite previsto na EC n° 20/98, a legislação local estabeleceu no Decreto n° 13.394/2001 o teto remuneratório de R$ 429,00 para a percepção do salário-família, patamar este aumentado para R$ 468,47 pela Lei Complementar Municipal n° 478/2002, situação em que não se enquadra o demandante. Pagamento do benefício observa a legislação local. Precedentes desta Corte.

PRELIMINARES REJEITADAS. APELAÇÃO PROVIDA” (fl. 22).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 280 deste Supremo Tribunal.

4. O Agravante argumenta que:“Afirma a decisão recorrida que não houve ferimento à Constituição

Federal. Com a devida venia, mas equivocada a decisão, devendo ser a mesma reformada para determinar a subida do recurso extraordinário interposto, não havendo a incidência da súmula 284 do STF que foi mal aplicada (...)” (fl. 7).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 5.2.2009 (fl. 31v), e,

nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, “a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007”.

A verificação do atendimento ao requisito de demonstração de repercussão geral da questão constitucional em preliminar formal da petição recursal antecede a análise dos demais pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

6. No caso, o Agravante limitou-se a afirmar que:“De outro lado a repercussão geral está presente no fato de que o

atentado praticado pela administração atingiu em cheio a todos os servidores do Município de Porto Alegre, seus departamentos autônomos e autarquias, e uma decisão desse Pretório Excelso pacifica a questão e resolve de vez a repetição de inúmeras ações que devem chegar a esse pretório.

Não se trata de caso individual, de um servidor, mas de lei que afeta a muitos” (fls. 34-34v).

7. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”.

Não basta, portanto, dizer que o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos substanciais, que o caso tem relevância econômica, política, social ou jurídica.

A ausência de fundamentação expressa, formal e objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.

Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DA AGRAVANTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente” (AI 741.326-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.6.2009 - grifei).

Nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.527-0 (339)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMERCIAL DE CONFECÇÕES ZAKI FAKHRI LTDAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Referente à Petição/STF 101.561/2009 (fls. 581-587):Intime-se pessoalmente a parte agravante para, no prazo legal,

regularizar sua representação processual no feito.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.570-1 (340)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SIDINEI CORRÊA GOMES - FIADV.(A/S) : JORGE AUGUSTO BERGESCH E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CANOASADV.(A/S) : PATRÍCIA DE SOUZA LEANDROINTDO.(A/S) : DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RECEITA

MUNICIPAL DA SECRETARIA DA FAZENDA DE CANOAS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE

COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DAS CUSTAS ESTADUAIS. EXIGÊNCIA OBRIGATÓRIA. JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou agravo de instrumento, nos termos seguintes:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇO DE ACABAMENTO GRÁFICO. REALIZAÇÃO SOB ENCOMENDA. EM PRINCÍPIO, INCIDÊNCIA DE ISS. PRECEDENTES DA CÂMARA EM SITUAÇÃO DE FATO IDÊNTICA. AGRAVO PROVIDO.

(...)O MUNICÍPIO DE CANOAS agrava de instrumento da decisão do

juízo da 5ª Vara Cível de Canoas que, nos autos do mandado de segurança impetrado por SIDNEI CORREA GOMES, concede a liminar para o fim de suspender os efeitos da notificação 175/2005, relativa a débitos de ISS do período compreendido entre janeiro de 2004 e fevereiro de 2008.

(...)Pois bem.No caso sub judice, o que se tem é que o impetrante-agravado

recebe o produto do respectivo cliente, faz o serviço de acabamento gráfico e devolve-o.

Em princípio, sobre o preço desse serviço, incide ISS.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 79

Dou provimento, data venia do insigne magistrado decisor” (fls. 42, 42v e 43v).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de comprovação do pagamento das custas estaduais.

4. A Agravante argumenta que: “Descabe a negativa de seguimento ao recurso em tela ante a

desobediência à lei, eis que não foi dado oportunidade a parte para que fosse saneado o recolhimento a menor.

Assim, impõe-se a reforma da decisão, para que seja aberto prazo para recolhimento das custas recolhidas a menor, dando-se seguimento ao Recurso Extraordinário” (fl. 6).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 146, inc. III, alínea a, 153, inc. IV, 155, inc. II e 156, inc. III, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.Ressalte-se, inicialmente, que a questão posta à apreciação nestes

autos não trata do recolhimento insuficiente das custas processuais, mas, sim, da ausência do comprovante de pagamento de exigência processual.

A jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que cabe à parte agravante, no momento da interposição do recurso, a comprovação do preparo do recurso extraordinário, nos termos da exigência legal inscrita nos arts. 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511, caput, do Código de Processo Civil.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESERÇÃO. CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que compete à parte recorrente comprovar o recolhimento do preparo no ato da interposição do recurso. Precedentes” (AI 744.091-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.8.2009 – grifei).

A decisão agravada não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.659-9 (341)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : SÉRGIO GERAB E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CLAUDETE VIEIRA DE MELLOADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA.

DEVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:

“PREVIDÊNCIA PRIVADA – Reserva de poupança – Resgate – Pretensão ao recálculo dos valores transferidos – A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda – Súmula 289, do STJ – Impossibilidade de restituição das contribuições patronais – Súmula 290, do STJ – Incidência de juros de mora de 6% ao ano, a partir da citação – Sucumbência recíproca – Recurso parcialmente provido” (fl. 61).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a insuficiência de argumentos para infirmar a fundamentação do acórdão recorrido, a ausência de maltrato a normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas a, b, c, e d do dispositivo constitucional, e, ainda, a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. A Agravante argumenta que:“Além da inconsistência do fundamento da decisão agravada, é de se

ver que relevantes fundamentos do recurso extraordinário interposto foram sumariamente ignorados, em especial aqueles que apontam a vulneração de dispositivos da Constituição Federal que surgiram do próprio acórdão, em especial aos artigos 5º, XXXVI e 202 da Carta Magna” (fl. 4).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, inc. XXXVI e 202, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que

a controvérsia sobre os índices de correção monetária aplicados sobre os valores a serem devolvidos a ex-participante de entidade de previdência privada é de natureza infraconstitucional. Assim, a alegada afronta à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ÍNDICE DE

CORREÇÃO MONETÁRIA EM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. 1. È infraconstitucional o tema relativo à dúvida quanto ao índice de correção monetária correto a ser aplicado no cálculo das contribuições a serem devolvidas em decorrência do desligamento de associado de entidade de previdência privada. 2. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 407.741-AgR, de que fui redatora para o acórdão, Primeira Turma, DJe 29.5.2009 - grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.164-6 (342)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : RAIMUNDA TAVARES BATISTA BORGESADV.(A/S) : FABIANO ALDO ALVES LIMA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 37, caput, e 40 da CB/88.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

4.O agravo não merece provimento. A controvérsia foi decidida com amparo na legislação local --- Lei estadual n. 9.826/74. Incide, pois, o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário (AI n. 204.153-AgR, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, DJ de 3.9.99).

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.426-1 (343)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BRTPREV (NOVA DENOMINAÇÃO DA

FUNDAÇÃO DOS EMPREGADOS DA COMPANHIA RIOGRANDENSE DE TELECOMUNICAÇÕES - FCRT)

ADV.(A/S) : JOSUÉ HOFF DA COSTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARCO AURÉLIO MEDEIROS GONÇALVESADV.(A/S) : ODILON MARQUES GARCIA JUNIOR E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a migração para plano de benefícios mantido por entidade de previdência privada.

No RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, incisos XXXVI, LIV e LV; 7º, XXXVI; 195, § 5º e 202, caput e §2º, da Constituição Federal.

2.O recurso não merece prosperar. Primeiramente, para o exame das violações alegadas, seria necessária a análise de fatos e provas, e cláusulas contratuais (Súmulas/STF 279 e 454), e de legislação infraconstitucional,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 80

hipóteses inviáveis em sede extraordinária. 3.Em segundo lugar, verifico que os dispositivos, aos quais se alegou

violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido (Súmula/STF 282).

4.Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.509-6 (344)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ISABELA PINTO DE ARAÚJO PEREIRAAGTE.(S) : JOSÉ EDUARDO BARRA PEREIRAAGTE.(S) : ROBERTO ÂNGELO DE ARAÚJO CAMPOSADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ MADALENA DOURADO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO PEREIRA LOPESADV.(A/S) : RAIMUNDO JANUÁRIO PEREIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REJEIÇÃO DE

EMBARGOS DECLARATÓRIOS: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o qual extinguiu o processo sem resolução de mérito, em virtude da ausência de legitimidade ativa dos Autores, ora Agravantes.

3. No recurso extraordinário, os Agravantes alegam que, “no que se refere ao desprovimento dos embargos de declaração, há evidente violação ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal” (fl. 26).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fls. 51-52).

Os Agravantes afirmam que teria havido ofensa direta à Constituição da República.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que eventual ofensa constitucional decorrente da rejeição de embargos declaratórios seria indireta, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, E 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 678.926-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009 – grifos nossos).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. - Alegação de violação direta e frontal do art. 5º, XXXV, LIV, LV, da Constituição federal. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta. - Alegação de violação direta e frontal do art. 93, IX, da Constituição federal. O acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante. A controvérsia acerca da análise da aplicação de multa por litigância de má-fé em virtude de interposição de embargos declaratórios tidos por protelatórios requer sejam previamente examinadas as regras processuais infraconstitucionais que fundamentaram o acórdão recorrido. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 634.217-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 19.12.2008).

“1. Inviável o processamento do apelo extremo para debater matéria processual, relativa ao reexame do julgamento proferido em grau de

embargos de declaração, para fins de nulidade do acórdão (artigos 5º, XXXV e LIV, e 93, IX). 2. No mérito, pacífica é a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição a pretexto de ofensa aos princípios constitucionais da segurança jurídica, razoabilidade e isonomia. 3. Agravo regimental improvido” (AI 726.703-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 28.11.2008).

“EMENTA: ACÓRDÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, QUE REJEITOU EMBARGOS DECLARATÓRIOS COM BASE EM FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 5.º, XXXV, LIV E LV; e 93, IX, AMBOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Hipótese em que ofensa à Carta da República, se existente, seria reflexa e indireta, não ensejando a abertura da via extraordinária. Incidência, ainda, do óbice da Súmula 282 desta Corte. Agravo desprovido” (AI 397.257-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 2.5.2003).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.884-7 (345)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : GETÚLIO JOSÉ JATOBÁ DE PINHO LEITEADV.(A/S) : EDUARDO MESSIAS GONÇALVES DE LYRA JUNIORINTDO.(A/S) : IMAGENOLOGIA DE ALAGOAS S/C LTDAADV.(A/S) : EDUARDO MESSIAS GONÇALVES DE LYRA JUNIOR

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Contribuição social. Sociedade por cotas de responsabilidade limitada. Responsabilidade solidária do sócio-gerente. Constitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 567.932, rel. min. Marco Aurélio).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.042-8 (346)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIA ANGÉLICA DAVID KREILEADV.(A/S) : MARIA ANGÉLICA DAVID KREILEAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ RIERA NEVES

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1.Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.459-7 (347)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 81

ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

AGDO.(A/S) : OLAVO DONNIADV.(A/S) : AUGUSTO BETTI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto contra acórdão cuja intimação da parte se deu em 13.10.2008.

Consigno inicialmente que se trata de apelo extraordinário interposto de acórdão cuja publicação se verificou em data posterior a 03.05.2007, portanto, quando já exigível a demonstração formal da existência de repercussão geral da questão constitucional invocada na peça recursal (cf. AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Observo que o recurso extraordinário está fundamentado em suposta afronta a normas da Constituição federal, afirmando-se, em preliminar, que há “existência de repercussão geral, posto que envolve questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social e jurídico, na medida em que atinentes ao Poder Público enquanto no exercício regular de suas competências, constitucional e legalmente previstas, ultrapassando os interesses subjetivos da causa, pois afeta e reflete sobre toda a comunidade, em especial àqueles que estão subjugados à legislação municipal em debate”. (fls. 44)

É patente, pois, que a parte não desenvolveu argumentação suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância — do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico — das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza.

Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 24.06.2008).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.679-1 (348)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HEBERT AUGUSTO DIAS DA SILVAADV.(A/S) : HEBERT AUGUSTO DIAS DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS -

DEFICIÊNCIA - AGRAVO NÃO CONHECIDO.1.A Lei nº 8.038, de 28 de maio de 1990 - que, segundo a

jurisprudência desta Corte, rege os agravos a versarem sobre matéria penal -, dispõe serem peças obrigatórias na composição do instrumento o acórdão recorrido, a petição do recurso denegado, as contrarrazões, a decisão agravada, a certidão de intimação da decisão agravada e a procuração do agravante.

2.Na espécie dos autos, o agravante deixou de indicar à Secretaria as peças a serem trasladadas, tampouco providenciou ele próprio a formação do instrumento.

3.Não conheço deste agravo.4.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.713-4 (349)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALESSANDRO SANTOS CERQUEIRAADV.(A/S) : CLOVIS LISBOA DOS SANTOS JUNIOR E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1.Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.962-0 (350)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JAQUELINE DE LIMA OLIVEIRAADV.(A/S) : EDUARDO RIBAS DO NASCIMENTO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que denegou o pedido de pensão a filha solteira maior de 21 anos (Lei estadual 7.672/1982).

O acórdão recorrido está assim redigido (fls. 160):“PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. PENSIONISTA QUE

COMPLETOU 24 ANOS DE IDADE. RESTABELECIMENTO DE PENSÃO. DESCABIMENTO MESMO COM A UTILIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS DESTINADOS ÀS FILHAS SOLTEIRAS.

I) Como o benefício da autora foi cancelado por ter completado 24 anos, e não pela constatação de alguma irregularidade, a única forma de efetuar-se o restabelecimento da pensão é de acordo com aqueles critérios utilizados no pensionamento das filhas solteiras.

II) As filhas solteiras que tenham implementado a maioridade previdenciária até a data da promulgação da Lei nº 7.672/82 fazem jus ao recebimento da pensão enquanto solteiras, bem como nos casos em que o óbito do ex-segurado tenha ocorrido até essa mesma data e quando a filha solteira percebeu a pensão durante mais de cinco anos após a maioridade. Não-preenchimento dos requisitos no caso concreto.

Apelo desprovido. Unânime.”A parte recorrente aponta violação do art. 5o, XXXVI, da Constituição

federal.O recurso não merece prosperar.É que o acórdão recorrido decidiu a questão a partir da exegese da

Lei 7.672/1982 e da análise de questões fáticas que demonstravam que a recorrente não atendia os requisitos para adquirir a condição de pensionista do IPERGS.

Este Tribunal, no julgamento do RE 417.355 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 13.06.2003), firmou o entendimento de que a discussão supra está restrita ao âmbito do direito local, cuja interpretação encontra óbice na Súmula 280.

Nesse sentido, ainda, AI 445.167-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 19.09.2003) e AI 422.820 (rel. min. Celso de Mello, DJ 27.05.2003).

Do exposto e com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.155-6 (351)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PEREIRA CABRAL LÍQUIDOS E COMESTÍVEIS FINOS

S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.O agravo não merece provimento. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 172.058, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 13.10.95, ao decidir questão prejudicial de validade do artigo 35 da Lei n. 7.713/88, declarou a inconstitucionalidade da expressão "o acionista" e a constitucionalidade das expressões "o titular de empresa individual" e "o sócio cotista", exceto, no tocante a esta última, quando, segundo o contrato social, a destinação do lucro líquido a outra finalidade que não a de distribuição não dependa do assentimento de cada sócio. Ainda nesse sentido, entre outros, RE n. 204.886, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 28.2.97, ementado nos seguintes termos:

“EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. LUCRO LÍQUIDO. SÓCIO QUOTISTA. TITULAR DE EMPRESA INDIVIDUAL. ACIONISTA DE SOCIEDADE ANÔNIMA. Lei nº 7.713, de 1988, artigo 35.

I. - No tocante ao acionista de sociedade anônima, é inconstitucional o art. 35 da Lei 7.713, de 1988, dado que, em tais sociedades, a distribuição dos lucros depende principalmente, da manifestação da assembléia geral. Não há falar, portanto, em aquisição de disponibilidade jurídica do acionista mediante a simples apuração do lucro líquido. Todavia, no concernente ao sócio-quotista e ao titular de empresa individual, o citado art. 35 da Lei 7.713, de 1988, não é, em abstrato, inconstitucional (constitucionalidade formal). Poderá sê-lo, em concreto, dependendo do que estiver disposto no contrato

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 82

(inconstitucionalidade material).II. - Precedente do STF: RE 172.058-SC, Plenário, 30.06.1995.III. - R.E. conhecido e provido.”3.Ademais, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido,

quanto à ocorrência ou não de efetiva distribuição do lucro líquido aos sócios das empresas em questão, implicaria, necessariamente, o reexame dos fatos e provas e das cláusulas contratuais que o orientou, providências vedadas nesta instância, em face da incidência das Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.177-3 (352)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIVERSAL PRELETRI S/AADV.(A/S) : EDUARDO HOFMEISTER KERSTINGAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, II, 146, III, 149, caput, e § 2º, 150, I e III, 154, I, 195, caput e I, e 240, da CB/88.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

4.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93 e o AI n. 624.661-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10.8.07, cuja ementa transcrevo:

“EMENTA: 1. Contribuições ao SAT, SEBRAE e INCRA. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional pertinente: a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja reexame em recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. 2. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de inexistência de motivação do acórdão recorrido.”

7.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.330-8 (353)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JUAN CARLO GUMIERADV.(A/S) : AMARILDO CALDEIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – JUNTADA DE PEÇAS –

PROCESSO-CRIME – REGÊNCIA ESPECÍFICA – BAIXA À ORIGEM.1.O agravante, na inicial, requereu a instrução do agravo com a

juntada de cópia integral da ação e recursos. Ocorre que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro não procedeu à juntada das cópias.

Está-se diante de agravo de instrumento interposto com a finalidade de imprimir trânsito a extraordinário sobre matéria criminal. A regência é específica e incumbe ao cartório, diante do requerido, providenciar a formação do instrumento.

2.Baixem os autos à origem para as providências cabíveis.3.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.332-2 (354)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MAURO CANDIOTO BALLESTEROSADV.(A/S) : JULIANA AMARAL SARDINHA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LÊDA MARIA BELLICO EGGADV.(A/S) : CYNTIA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO E OUTRO

(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1.O Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais negou provimento a apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folhas 72 e 73):

RESPONSABILIDADE CIVIL – AGRAVO RETIDO – CAUSA DE PEDIR – RITO SUMÁRIO – DENUNCIAÇÃO À LIDE – LEI 9.245/95 – INADMISSIBILIDADE – SENTENÇA “CITRA PETITA” E “ILÍQUIDA” – NULIDADE AFASTADA – FALTA DE USO DE CINTO DE SEGURANÇA – FATOR NÃO DETERMINANTE AO ATO ILÍCITO – CULPA CONCORRENTE AFASTADA.

Inexistente permissibilidade jurídica em se acolher o instituto da denunciação da lide em procedimento sumário em face dos termos expressos no artigo 280 do Código de Processo Civil, com a nova redação que lhe foi outorgada pela Lei nº 9.245/95.

Conquanto seja vedado ao magistrado omitir-se a respeito de aspecto suscitado pela parte, não se pode considerar nulo o ato decisório em que se omite análise sobre um dos aspectos do pedido, tornando o julgado “citra petita”, já que inexiste óbice legal a se integrar a sentença em segunda instancia se a parte interessada o requerer.

Reconhecendo o Juiz a existência, nos autos, do “an debeatur”, e não se considerando apto para definir, com segurança, o “quantum debeatur”, é lhe facultado remeter à fase de liquidação de sentença a perquirição da concretude desse valor, mesmo que seja líquido o pedido deduzido pela parte, mormente, em se tratando de montante estimado unilateralmente pelo autor em demanda indenizatória, que não é capaz de tornar certo e exato o “quantum” pretendido.

A falta de uso do cinto de segurança, embora constitua infração punível pela legislação nacional de transito, não enseja o reconhecimento de culpa concorrente em caso de essa desídia não se mostrar como causa determinante para o advento do resultado danoso.

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 83

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.368-5 (355)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ÁLVARO NORBERTO FERNANDES PENTEADOADV.(A/S) : JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1.O Tribunal Regional Federal da 2ª Região reformou parcialmente o entendimento constante na sentença, ante fundamentos assim sintetizados (folhas 158 e 159):

TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO PAGA POR LIBERALIDADE DO EMPREGADOR QUANDO DA RESCISÃO CONTRATUAL. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO INDENIZADO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA. INDENIZAÇÃO. DEMISSÃO. FÉRIAS NÃO GOZADAS E CONVERTIDAS EM ESPÉCIE. NÃO INCIDÊNCIA.

1 - A gratificação paga ao apelante tinha por finalidade gratificá-lo financeiramente, em razão de o seu contrato de trabalho haver sido rescindido unilateral e injustificadamente pelo empregador. Assim, nos termos do art. 43 do CTN, configura-se o fato gerador do Imposto de Renda sobre a citada verba ("gratificação especial não ajustada, por função, de caráter excepcional e por liberalidade da empresa"), uma vez que é patente a aquisição da disponibilidade econômica e jurídica de tal verba pelo apelante, estando assente, neste ponto, a incidência tributária. Precedentes do STJ.

2 - Dada à natureza indenizatória das verbas referentes ao abono pecuniário e a um terço de férias não gozadas, essas não podem compor a base de cálculo do imposto de renda, não representando renda tributável. Precedentes do colendo STJ.

3 - O décimo terceiro salário possui natureza salarial e os critérios para sua tributação estão previstos no art.26 da Lei 7.713/88 e no art.16, II e III, da Lei 8.134/90.

4- A verba recebida a título de participação nos lucros objetiva estimular a produtividade do empregado, posto que este receberá maior valor na medida em que produza mais. É nítido tratar-se de rendimento decorrente da relação de trabalho, a ensejar a incidência do imposto de renda.

5 - Apelação e remessa necessária parcialmente providas.2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3.Conheço o agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.452-1 (356)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ÂNGELA MARIA MARTINS DE FARIAAGTE.(S) : WELLINGTON FARIA SILVAADV.(A/S) : JOSUÉ IRFFI JUNIORAGDO.(A/S) : MÁRIO OKANOAGDO.(A/S) : AMÉLIA FRANCISCA OKANOADV.(A/S) : BENJAMIM ARAUJO RIBEIROINTDO.(A/S) : JÂNIO FRANÇA DE REZENDE

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO POSTERIOR A 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL NA PETIÇÃO DE RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“APELAÇÃO CÍVEL - CONEXÃO VISLUMBRADA - REUNIÃO DOS PROCESSOS - DESNECESSIDADE - ARTIGO 105 DO CPC - PRELIMINAR REJEITADA - REINTEGRAÇÃO DE POSSE - IMÓVEL ALIENADO PELO COMODATÁRIO - PRECARIEDADE - POSSE ANTERIOR - COMPROVAÇÃO - ESBULHO - CARACTERIZADO - FRUIÇÃO - PEDIDO NÃO QUANTIFICADO - REJEIÇÃO - DANOS - COMPROVAÇÃO INEXISTENTE - BENFEITORIAS - POSSE INJUSTA E DE MÁ-FÉ - INDENIZAÇÃO INDEVIDA” (fl. 591).

3. No recurso extraordinário, os Agravantes afirmam que o Tribunal a quo teria ofendido os arts. 5º, inc. XXII, XXXV, LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário o não atendimento ao disposto no § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (fls. 661-662).

Os Agravantes asseveram que “o juízo de admissibilidade operou com evidente desídia, porquanto não enfrentou as razões do extraordinário, sendo, pois, viável o seguimento do recurso” (fl. 4).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. Os Agravantes foram intimados do julgado recorrido em 8.12.2007

(fl. 618). No entanto, não há, na petição de recurso extraordinário (fls. 632-642), preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Conforme assentado na decisão agravada, os Agravantes não atenderam ao disposto no § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO ELEITORAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. LEI N. 11.418/2006: NORMAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. REPERCUSSÃO GERAL IMPLÍCITA: INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO” (AI 703.114-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009).

“1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido” (AI 692.400-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 30.5.2008 – grifos nossos).

“AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL NA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ELEITORAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. EXTINÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. PRAZO DECADENCIAL 1. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 2. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. O Plenário desta Corte afastou a alegação de repercussão geral implícita. Precedente. 3. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. 4. Agravo regimental desprovido” (AI 716.597-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 14.11.2008 – grifos nossos).

7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 84

Brasília, 25 de setembro de 2009.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.784-1 (357)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE CABO

VERDEADV.(A/S) : BRENO FREDERICO COSTA ANDRADE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: O agravo de instrumento é intempestivo. A decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário foi publicada no DJ de 22.6.09 [fl. 429] e a interposição do agravo somente ocorreu em 3.7.09, depois de expirado o prazo recursal.

2.Além disso, não há neste instrumento qualquer documento que comprove eventual feriado local ou suspensão de prazos processuais pelo Tribunal a quo, que não seja de conhecimento obrigatório pelo Tribunal ad quem. De resto, não é admitida a juntada posterior de documento como tal quando os autos já se encontrem neste Tribunal. Nesse sentido, AI n. 536.171-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de 10.3.06, e AI n. 413.956-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 3.9.04, entre outros julgados.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.961-7 (358)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TANYTEX CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : MARCELO DE LIMA CASTRO DINIZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante contrapor todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante não impugnou a assertiva de que a não interposição do recurso extraordinário contra o acórdão do TribunalRegional Federal da 4ª Regiãotornoupreclusa a oportunidade de interposição do recurso extraordinário sobre o mesmo tema decidido pelo STJ no recurso especial. Disso decorre que a parte agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.967-1 (359)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ALESSANDRA CHARBEL JANIQUES REBOUÇASADV.(A/S) : MARCELO ANTÔNIO RODRIGUES VIEGAS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.985-9 (360)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : COMPANHIA INDUSTRIAL RIO GUAHYBAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário em oposição a acórdão do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado [f. 16]:

“PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO POR EDITAL. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL.

1. ‘A citação por edital, realizada após tentativa frustrada de localização da executada por meio de oficial de justiça, tem o condão de interromper o prazo prescricional’ (Resp 784.967/RS, Rel. Min. Castro Meira, 2ªT., DJU de 19.12.2005).

2. Recurso especial a que se dá provimento.”2.Alega-se, no extraordinário, violação do disposto nos artigos 5º, LIV

e LV, e 146, III, “b”, da Constituição do Brasil. 3.O recurso não merece provimento. A controvérsia foi decidida à luz

de legislação infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário [AI n. 204.153-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 3.9.99].

4.Ademais, o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a “controvérsia sobre a incidência, ou não, da prescrição cinge-se ao campo legal, descabendo concluir pela violência à Constituição Federal” [AI n. 453.614-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 3.9.04].

5.Por fim, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.078-0 (361)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ALES MARQUES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MÁRIO SÉRGIO ROSAAGDO.(A/S) : ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 85

GROSSO DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.A Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF entendeu que o ora agravante não tem direito a indenização por dano material decorrente da ausência da revisão geral anual de sua remuneração.

3.O agravante alega ofensa ao disposto no artigo 37, X, da Constituição do Brasil.

4.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido está em harmonia com o entendimento fixado por este Tribunal no julgamento da ADI n. 2.061, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 29.6.01, cuja ementa transcrevo:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. ART. 37, X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO DA EC Nº 19, DE 4 DE JUNHO DE 1998). Norma constitucional que impõe ao Presidente da República o dever de desencadear o processo de elaboração da lei anual de revisão geral da remuneração dos servidores da União, prevista no dispositivo constitucional em destaque, na qualidade de titular exclusivo da competência para iniciativa da espécie, na forma prevista no art. 61, § 1º, II, a, da CF. Mora que, no caso, se tem por verificada, quanto à observância do preceito constitucional, desde junho/1999, quando transcorridos os primeiros doze meses da data da edição da referida EC nº 19/98. Não se compreende, a providência, nas atribuições de natureza administrativa do Chefe do Poder Executivo, não havendo cogitar, por isso, da aplicação, no caso, da norma do art. 103, § 2º, in fine, que prevê a fixação de prazo para o mister. Procedência parcial da ação.”

5.O deferimento do pedido de indenização representaria a própria concessão do reajuste de vencimentos sem amparo legal, o que contraria a jurisprudência deste Tribunal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.118-7 (362)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : COIMEX ADMINISTRAÇÃO DE CONSÓRCIOS LTDAADV.(A/S) : LARISSA BERMUDES DAMACENO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO DE SOUZA FILHOADV.(A/S) : ERNANDES GOMES PINHEIRO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O recurso não merece conhecimento. A agravante deixou de trasladar peça essencial à formação do instrumento. Não consta dos autos cópia da certidão de publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração. Não tendo sido observado o disposto no artigo 544, § 1º, do Código de Processo Civil, aqui incidem as Súmulas ns. 288 e 639 do STF.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.132-6 (363)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MIB S/AADV.(A/S) : AFONSO MARIA VAZ DE RESENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JATOMIX GERAL DE CONCRETOS S/AADV.(A/S) : FLÁVIO JOSÉ CALAIS E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXXV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.133-3 (364)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO DER/MG -

SINTDERADV.(A/S) : LARISSA MARILA SERRANO DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - DER/MGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“REPOSICIONAMENTO DE CARGOS. LEI Nº. 15.961/05 E DECRETO NO. 44.222/06. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. PRESERVAÇÃO DOS VENCIMENTOS. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. I - Os servidores decaíram do direito de optar pelo não enquadramento na estrutura da nova carreira - nos termos da Lei nº. 15.469/05, revogada pela Lei nº. 15.961/05 -, mas não de impugnar o reenquadramento realizado. II - Ao ente público é autorizado modificar o regime jurídico dos servidores, desde que observado o 'quantum' global da remuneração, podendo a Administração, assim, proceder à reestruturação dos cargos de seu quadro funcional, preservada, tão somente, a irredutibilidade (quantitativa) de vencimentos” (fl. 259).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que para se chegar ao exame da questão do reenquadramento em

razão do novo plano de cargos e carreiras instituído por lei estadual, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, no caso as Leis 15.469/2005 e 15.961/2005, do Estado de Minas Gerais, bem como reexaminar o conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.

Nesse sentido, menciono os seguintes julgados, entre outros: AI 410.762-AgR/CE, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 231.358-AgR/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes; AR 1.850-AgR/BA, Rel. Min. Carlos Britto; AI 598.229-AgR/PR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Ademais, o acórdão recorrido encontra-se em harmonia com a jurisprudência da Corte, no sentido de que não há direito adquirido do servidor público estatutário a regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração e, em consequência, não provoque decesso de caráter pecuniário (AI 525.467/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 238.122-AgR/SC, Rel. Min. Celso de Mello; RE 393.314-AgR/CE, Rel. Min. Eros Grau; RE 403.922-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 219.075/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.136-5 (365)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SENADOR FIRMINOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SENADOR

FIRMINOAGDO.(A/S) : MOLDAR LTDAADV.(A/S) : JOSÉ SERVULO DE CARVALHO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em oposição a acórdao do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, assim ementado [fl. 46]:

“Cobrança – Ônus da prova – Não provado pelo réu a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, dá-se pela procedência da ação. Sentença confirmada em reexame.”

2.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

3.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

4.Quanto à alegação de ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXVI, e 93, IX, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 86

devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.179-2 (366)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : RONEY JOSÉ MEGIOLAROAGTE.(S) : JACQUELINE TEIXEIRA MAULER MEGIOLAROADV.(A/S) : GUILHERME LOUREIRO MULLER PESSÔAAGDO.(A/S) : LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : MARCOS ALBERTO SANT'ANNA BITELLI E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil.

2.O Supremo Tribunal Federal, ao julgar Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07, fixou entendimento no sentido de que “a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

3.A intimação do acórdão recorrido deu-se, no caso em exame, em data posterior à fixada naquele julgamento.

4.O recorrente, no entanto, ao apresentar a preliminar de repercussão geral, no recurso extraordinário, não fundamentou a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa, não observando o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06 e art. 327, § 1º, do RISTF.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 327, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.294-4 (367)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ELISABETH HILÁRIO DA SILVAADV.(A/S) : RODRIGO STERZI RIBAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLOVIS KONFLANZ E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.338-1 (368)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VIX LOCADORA E TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : ELDER DAMASCENO MOURA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 150, IV, e 156, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por

meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão relativa ao art. 150, IV, da Constituição, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação dos temas constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais (Decreto-Lei 406/68, Lei Complementar 56/87). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.355-1 (369)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ANNA MARIA WERNECK RUOTOLOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

DO VALE DO RIO PRETO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Além disso, embora este Tribunal tenha reconhecido a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos, fornecimento de medicamentos à paciente hipossuficiente, o Tribunal de origem afirmou que a agravante não se enquadra nesta condição. Assim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.367-2 (370)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VIVIANE VALERIA SANTOS DE ALMEIDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURA ACOSTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Verifico que a apreciação da alegada ofensa à Constituição demanda a análise de normas infraconstitucionais locais (Leis 10.688/1988, 10.722/1989 e 11.722/1995), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 564.250-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, AI 539.676-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello e RE 419.298-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 87

Brasília, 1º de outubro de 2009.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.368-0 (371)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : ANTÔNIO IVALDO CARDOSO LEITE -

MICROEMPRESA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6. Quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.441-1 (372)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CALÇADOS RIO VERDE LTDAADV.(A/S) : IZABELA LEHN DUARTE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WECO S/A - INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTO TERMO-

MECÂNICOADV.(A/S) : LÉO IOLOVITCH E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

3.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

4.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5.Ademais, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n.

238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo

21, § 1º, do RISTF.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.453-2 (373)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PREDALLE INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : GUILHERME CARVALHO MONTEIRO DE ANDRADE E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS ROCHAADV.(A/S) : RUBENS ALVES BARROSO FILHO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

3.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

4.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5. Quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, LIV, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.468-5 (374)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MARIA HELENA WESTPHALENN SCHRAMMADV.(A/S) : CLARISSA TAVARES LOPES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : EDITH WESTPHALEN SCHRAMMADV.(A/S) : GIOVANNA ASCARI E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : PAULO FERNANDO WESTPHALENN SCHRAMM E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BRAULIO DINARTE DA SILVA PINTO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto no artigo 5º, caput e LV, da CB/88.

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 88

Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

7.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.474-2 (375)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : VALDIR COSTA DE JESUSADV.(A/S) : FERNANDO DE OLIVEIRA SILVASUSTE.(S) : JUÍZO FEDERAL DE FEIRA DE SANTANA - SJ/BASUSDO.(A/S) : JUÍZO DE DIREITO DA VARA ESPECIALIZADA

CRIMINAL DE FEIRA DE SANTANA - BA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 5º, II e 109, IV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a afirmar que “para a defesa da ordem constitucional, não se pode tratar – como o fez a respeitável decisão agravada – com excessivo rigor a questão do prequestionamento” (fl. 4).

Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Além disso, verifico o acerto da decisão agravada, uma vez que, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.542-4 (376)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SALATHIEL CORDEIRO FRANCOADV.(A/S) : FREDMAN ALEXANDER DE MELO TOLENTINO E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – GUARDA MUNICIPAL – EXCLUSÃO DE CANDIDATO DO CERTAME, EM SEDE DE INVESTIGAÇÃO SOCIAL – SEGURANÇA DENEGADA – RECURSO DESPROVIDO. – O mandado de segurança consubstancia remédio de natureza constitucional, destinado a proteger direito líquido e certo, contra ato ilegal ou abusivo do poder emanado de autoridade pública. Logo, não comportando o mandado de segurança maior dilação probatória e restando ausente a demonstração de ilegalidade do ato de exclusão do candidato do certame, impõe-se confirmar a sentença recorrida, por não se comprovar, de plano, a ofensa ao direito líquido e certo invocado pela parte. – Recurso desprovido” (fl. 174).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 1°, III, 5°, LV, LVIII, LXIX, 37, I e II, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Ainda que superado tal óbice, verifico que o agravante não atacou todos os fundamentos da decisão agravada, relativo à incidência da Súmula 279 do STF, limitando-se a repetir as razões do recurso extraordinário. Inviável, portanto, o recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Além disso, a pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (RE 225.953/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 212.537/SP e AI 556.279/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 372.686/PA, Rel. Min. Ellen Gracie).

Por fim, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1° de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.100-5

(377)

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : WF PEDREIRA COMÉRCIO E SERVIÇOS

AUTOMOTIVOS LTDAADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTINEZ E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO: Tratando-se de embargos de declaração com pedido de efeito modificativo, abra-se vista à parte contrária para a apresentação das contra-razões.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL.NO AG.REG.NOS EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 526.769-0

(378)

PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : EDSON ADALBERTO SANTOSADV.(A/S) : HÉLIO MARIANO RIBEIRO DE SANTANAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão que condenou o ora embargante ao pagamento de multa.

2.Conforme certidão de fl. 157, não houve o recolhimento da multa imposta pelo acórdão de fl. 142.

3.O entendimento deste Tribunal é no sentido de que “quando condenado pelo Tribunal a pagar, à parte contrária, a multa a que se refere o § 2º do art. 557 do CPC – somente poderá interpor ‘qualquer outro recurso’, se efetuar o depósito prévio do valor correspondente à sanção pecuniária que lhe foi imposta. A ausência de comprovado recolhimento do valor da multa importará em não-conhecimento do recurso interposto, eis que a efetivação desse depósito atua como pressuposto objetivo de recorribilidade” [AI n. 567.171-AgR-ED-EDV-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 6.2.09]. No mesmo sentido: o RE n. 244.893, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.2.00; o RE n. 419.565, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 8.10.04; e o AI n. 623.105-AgR-ED, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe 6.6.08, inter plures.

Ante a ausência de comprovação do pagamento da multa, não conheço do presente recurso, com fundamento nos artigos 21, § 1º e 335 do RISTF .

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 89

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.062-2 (379)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ANAMARIA BESSIL PIRESADV.(A/S) : ARTUR GARRASTAZU GOMES FERREIRA E OUTRO

(A/S)EMBDO.(A/S) : CAPEMI - CAIXA DE PECÚLIOS PENSÕES E

MONTEPIOS BENEFICENTEADV.(A/S) : VOLTAIRE GIAVARINA MARENSI E OUTRO (A/S)

DECISÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – NÃO

CONHECIMENTO.1.Por meio da decisão de folhas 125 e 126, consignei:AGRAVO DE INSTRUMENTO – SUSPEIÇÃO – DESCOMPASSO.1.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Anamaria Bessil Pires interpõe embargos de declaração, pleiteando o

reconhecimento de efeito modificativo em face da Ata da Duocentésima Vigésima Distribuição, realizada em 21 de outubro de 2008. Aponta que é feita referência a decisão em argüição de suspeição promovida por Carlos Frederico Guilherme Gama contra o ministro Carlos Ayres Britto, relator da Petição nº 4.282, reautuada como Inquérito nº 2.696. Sustenta buscar com o agravo de instrumento acima identificado a reforma do acórdão proferido pela 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, com o fim de cancelar descontos ocorridos na respectiva folha de pagamento. Por fim, indica o nome do Dr. Artur Garrastazu Gomes Ferreira para constar das futuras intimações e requer seja desconsiderada a aludida ata de distribuição bem como o ato formalizado na referida argüição de suspeição.

O Dr. Artur Garrastazu Gomes Ferreira e os demais subscritores da peça estão regularmente constituídos.

A Ata da Duocentésima Vigésima Distribuição foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico de 28 de outubro de 2008 - terça-feira (cópia anexa). À folha 5, encontram-se os dados relativos ao agravo de instrumento e, à folha 16, está o fim da mencionada ata, seguida pela decisão proferida na Argüição de Suspeição nº 45, da relatoria do Ministro Presidente e ajuizada por Carlos Frederico Guilherme Gama.

Os embargos foram recebidos nesta Corte, via fac-símile, em 30 de outubro de 2008 - quinta-feira -, tendo ocorrido a protocolação dos originais em 3 de novembro seguinte – segunda-feira.

Os autos estão no Gabinete.2.Observem o que requerido quanto às intimações, ante a

regularidade da representação processual.3.Salta aos olhos o descompasso entre o que articulado e as balizas

deste agravo de instrumento. A distribuição não recaiu na pessoa do ministro Carlos Ayres Britto, que seria o relator da Petição nº 4.282-4/DF, reautuada como Inquérito nº 2.696-4/DF, não fosse a negativa de seguimento da argüição de suspeição pelo Presidente do Tribunal. A competência para julgar o agravo de instrumento sequer é da Turma a que integrado o ministro Carlos Ayres Britto.

4.Pela impropriedade manifesta, nego seguimento ao pedido formulado.

5.Publiquem.Brasília, 3 de dezembro de 2008.A embargante, nos declaratórios de folha 136 a 140, sustenta não

que “não há de se falar, no caso em tela, em argüição de suspeição suscitada por Carlos Frederico Guilherme Gama, advogado em causa própria, contra o Ministro Carlos Ayres Britto, relator da petição nº 4282, reautuado como Inquérito nº 2696, que tramita no Supremo Tribunal Federal” (folhas 139 e 140).

A embargada apresentou as contrarrazões de folhas 146 e 147, apontando o acerto do ato atacado.

2.Na interposição destes embargos, foram observados os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente credenciado (folha 10), foi protocolada no prazo assinado em lei.

A embargante não apontou qualquer vicio no julgado a ensejar a protocolação dos declaratórios. Não obstante tenha evocado o artigo 535, incisos I e II, do Código de Processo Civil, deixou de indicar a existência de omissão, contradição ou obscuridade no ato de folhas 125 e 126.

3.Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009..

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL.NOS EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.425-0

(380)

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : CASSOL PRÉ-FABRICADOS LTDAADV.(A/S) : GELSON BARBIERI E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : MIRIAN LOURDES XAVIER DE MIRANDA E OUTRO

(A/S)

ADV.(A/S) : ALEXANDRE DE SALLES GONÇALVES E OUTRO (A/S)

EMBDO.(A/S) : CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ - CEFET

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO PROTOCOLADO EM TRIBUNAL DIVERSO: INTEMPESTIVIDADE. EMBARGOS AOS QUAIS SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Em 30 de junho de 2009, neguei seguimento aos embargos de

declaração no agravo de instrumento interposto por Cassol Pré-Fabricados Ltda., ao fundamento de que estavam intempestivos, pois foram opostos fora do prazo legal.

2. Publicada essa decisão no DJe de 5.8.2008 (fl. 620), opõe Cassol Pré-Fabricados Ltda., ora Embargante, em 13.8.2009, embargos de declaração (fls. 625-639; 641-649).

3. Alega a Embargante que “em havendo omissão e/ou erro material evidente na r. decisão, eis que, conforme consta dos autos, o referido recurso foi corretamente protocolado por fax em 09/03/2009, sendo que os originais foram postados neste mesmo dia, conforme respectivos comprovantes (docs. anexos), necessária se faz a propositura dos presentes embargos para fins de correção da omissão e/ou erro material evidente, reconhecendo-se a tempestividade do referido recurso” (fl. 629).

Requer, ainda, o sobrestamento dos presentes autos até o julgamento do recurso especial que se encontra pendente no Superior Tribunal de Justiça.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O recurso não pode ser conhecido, por ser intempestivo. 5. A decisão embargada foi publicada em 5.8.2009 (fl. 620), e o prazo

legal para interposição de recurso terminou em 10.8.2009.6. A Secretaria do Supremo Tribunal Federal certificou o trânsito em

julgado da decisão (fl. 624).7. Em 13.8.2009, o Coordenador de Protocolo de Petições e

Informações Processuais do Superior Tribunal de Justiça encaminhou petição de Embargos de Declaração enviada, equivocadamente, àquele Tribunal (fls. 625 e 641).

Apesar de ter sido o recurso protocolizado tempestivamente no Superior Tribunal de Justiça, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que é intempestivo o recurso protocolizado por equívoco em Tribunal diverso e recebido somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida.

Nesse sentido, o julgado seguinte:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. RECURSO INTEMPESTIVO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO. 1. Agravo regimental interposto equivocadamente no Superior Tribunal de Justiça. 2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é intempestivo o recurso protocolado por equívoco em tribunal diverso e recebido somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida. Precedentes” (RE 563.289-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.8.2008).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Embargante.8. Pelo exposto, nego seguimento aos embargos de declaração

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.665-8 (381)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍEMBDO.(A/S) : FRANCISCA ELDA SOARES FARIASADV.(A/S) : MÁRCIO VENICIUS SILVA MELO

DECISÃO: Trata-se de embargos de divergência contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 9.6.09, com esta ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito avocado pelo recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 90

MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé”.

2.O recurso não pode ser conhecido.3.O embargante não indicou nenhum julgado como padrão de

divergência. 4.No julgamento do RE n. 111.582-EDv, Relator o Ministro Celso de

Mello, DJ de 27.10.94, o Plenário desta Corte decidiu:“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA - PRESSUPOSTOS FORMAIS DE

SUA UTILIZAÇÃO - CRITÉRIO DA DIVERSIDADE ORGÂNICA (SÚMULA 353) - NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL - DESCABIMENTO DA INVOCAÇÃO DE DECISÕES MONOCRÁTICAS COMO PADRÃO DE DIVERGÊNCIA - FEPASA - COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA - DIVERGÊNCIA DE TESES NÃO CONFIGURADA - EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. - Se o acórdão-padrão, utilizado para demonstrar o dissídio jurisprudencial, for da própria Turma de que emanou a decisão impugnada, os embargos de divergência revelar-se-ão incabíveis (Súmula 353), exceto numa única e singular hipótese: se, não obstante tratando-se da mesma Turma, esta possuir, quando do novo pronunciamento jurisdicional, composição majoritária diversa daquela que produziu o paradigma invocado. Precedentes. - Sendo os embargos de divergência apenas cabíveis de decisões colegiadas proferidas pelas Turmas do Supremo Tribunal Federal, os atos decisórios de caráter monocrático emanados de Ministro-Relator não se revelam hábeis à demonstração do dissídio jurisprudencial. - A utilização adequada dos embargos de divergência impõe ao recorrente o dever de demonstrar, de maneira objetiva e analítica, o dissídio interpretativo alegado, reproduzindo, para efeito de sua caracterização, os trechos que configuram a divergência indicada e mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou tornam assemelhados os casos em confronto. O desatendimento desse dever processual legitima o indeferimento liminar da petição recursal ou justifica, quando já admitidos, o não-conhecimento dos embargos de divergência.”

5.Ademais, o ora embargante foi condenado ao pagamento de multa e não apresentou o respectivo comprovante do depósito. No julgamento do AI n. 567.171-AgR-ED-EDv-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 6.2.09, este Tribunal decidiu que “quando condenado pelo Tribunal a pagar, à parte contrária, a multa a que se refere o § 2º do art. 557 do CPC - somente poderá interpor ‘qualquer outro recurso’, se efetuar o depósito prévio do valor correspondente à sanção pecuniária que lhe foi imposta. A ausência de comprovado recolhimento do valor da multa importará em não-conhecimento do recurso interposto, eis que a efetivação desse depósito prévio atua como pressuposto objetivo de recorribilidade”.

6.Tendo em vista a não apresentação de acórdão como padrão de divergência, bem como a não comprovação do pagamento da multa prevista no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, não admito os embargos de divergência, com fundamento no artigo 21, § 1º e 335 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.272-4 (382)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : LAIRTON LONDEROADV.(A/S) : ELIS CRISTINA UHRY LAUXEN E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de embargos de divergência contra acórdão proferido pelo Plenário desta Corte, com esta ementa:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência de repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”.

2.O artigo 330 do RISTF e o artigo 546, II, do CPC preceituam que os embargos de divergência somente são cabíveis quando opostos à decisão de Turma que, em recurso extraordinário, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário, mas nunca contra acórdão deste.

“EMENTA: [...] RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado de outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário”. [AI n. 647.835-AgR-Edv, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 2.4.09].

3.Além disso, o presente recurso não merece prosperar diante da ausência do comprovante de recolhimento do devido preparo, conforme certidão de fl. 149.

4.A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está pacificada no

sentido de que o artigo 511 do Código de Processo Civil, com redação dada pela Lei 8.950/94, revogou o § 3º do art. 335 do RISTF. Dessa forma, o embargante deve comprovar o recolhimento do preparo no momento da interposição do recurso, sob pena de deserção. Nesse sentido, o RE n. 143.808-EDv-QO/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18.6.04:

“QUESTÃO DE ORDEM. PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. PREPARO. PRAZO. 1. A Lei nº 8.950/94, ao modificar o art. 511 do CPC, derrogou o disposto no art. 335, § 3º do RISTF - segundo o qual o prazo para a realização do preparo dos embargos de divergência era aberto a partir da publicação do despacho que os admitisse. Precedente: RE 146.747-AgR-Edv. A nova disposição estabelece que o preparo - inclusive porte de remessa e retorno - seja feito no ato de interposição do recurso, pena de deserção. 2. Questão de ordem resolvida no sentido de julgar desertos os presentes embargos de divergência. 3. Embargos não conhecidos.”

Nego seguimento aos embargos de divergência, com fundamento no artigo 557, caput, do CPC e artigo 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DIV.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 520.719-6 (383)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍEMBDO.(A/S) : TADEU VASCONCELOS DE SÁADV.(A/S) : RICARDO ILTON CORREIA DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de embargos de divergência contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 3.2.09, com esta ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA: CABIMENTO E ADMISSIBILIDADE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

2.O embargante esclarece que o Estado do Piauí propôs ação rescisória contra decisão do TJPI que “concedeu isonomia vencimental entre delegados que se submeteram a concurso e ‘delegados’ que foram nomeados sem concurso público”.

3.Afirma que casos similares já foram apreciados, transcrevendo julgados deste Tribunal, no sentido de que não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia.

4.Requer o conhecimento e acolhimento dos embargos de divergência.

5.Inicialmente, é pacífico o entendimento deste Tribunal de que o debate a respeito dos pressupostos de admissibilidade de ação rescisória configura questão infraconstitucional [AI n. 602.485, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 17.3.09, Primeira Turma; AI n. 731.202, de minha relatoria, DJe de 6.3.09, entre outros].

6.Os precedentes indicados como acórdãos paradigmas são impróprios para a comprovação de divergência. Não restou evidenciada qualquer divergência de tese jurídica, essencial para o cabimento do presente recurso. Nesse sentido:

“EMENTA: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – DESCUMPRIMENTO, PELA PARTE EMBARGANTE DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO ENTRE OS ACÓRDÃOS DADOS COMO DIVERGENTES, DE UM LADO, E A DECISÃO EMBARGADA, DE OUTRO – INSUFICIÊNCIA DA MERA TRANSCRIÇÃO DAS EMENTAS PERTINENTES AOS ACÓRDÃOS INVOCADOS COMO REFERÊNCIA PARADIGMÁTICA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO – A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência – ou de não-conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configuram a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou que tornam assemelhados os casos em confronto, não bastando, para os fins a que se refere o art. 331 do RISTF, a mera transcrição das ementas dos acórdãos invocados como referências paradigmáticas, nem simples alegações genéricas pertinentes à suposta ocorrência de dissenso pretoriano. Precedentes”. [RE n. 202.097-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Pleno, DJ de 12.3.03].

7.Ademais, conforme preceituam os artigos 546, II, do Código de Processo Civil e 330 do RISTF, decisões monocráticas não podem ser indicadas como padrão de divergência, pois o julgado paradigma deve ser proferido por órgão colegiado.

8.Por fim, é certo que o Plenário deste Tribunal cancelou a Súmula 599/STF. Permanecem, todavia, incabíveis, no caso, os presentes embargos de divergência. O seguimento do recurso extraordinário foi negado com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 91

fundamento na jurisprudência desta Corte, em relação aos pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário, do que resulta o não cabimento de embargos de divergência em agravo regimental.

Com fundamento nos artigos 21, § 1º, e 335 do RISTF, não admito os embargos.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.981-6 (384)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDA. : CONSTRUTORA BERK LTDA

DECISÃO: Embora este recurso se encontre nesta Corte, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial, afastando a incidência da Súmula 343/STF. A referida decisão já transitou em julgado (fls. 188).

Do exposto, julgo prejudicado o recurso.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 344.043-8 (385)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDA. : ABC CONSTRUTORA S/AADVDOS. : JOSÉ ROBERTO CAMARGO E OUTRO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que recebeu a seguinte ementa:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURIDADE SOCIAL. VERBAS INDENIZATÓRIAS. INSTITUIÇÃO POR MEDIDA PROVISÓRIA. INCONSTITUCIONALIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE” (fl. 125).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos artigos 154, I e 195, § 4º, todos da Constituição.

A Procuradoria Geral da República opinou pelo não conhecimento do recurso (fls. 123-130).

É o breve relatório. Decido.O recurso não merece acolhida. Como bem observou o Ministério

Público Federal, a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de dispositivos da CLT em confronto com o art. 110 do CTN. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 476.889/PR, Rel. Min. Carlos Britto; AI 532.412/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 487.641/CE, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 435.070/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 543.326/SC, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 408.689-1 (386)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO AGRIMISA S/A E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo Banco Agrimisa S/A e outros, contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que recebeu a seguinte ementa:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. ADCT, ART. 72, V; BASE DE CÁLCULO. RECEITA BRUTA OPERACIONAL.

1. Descreve o art. 44 da Lei n. 4.506/64 a receita bruta operacional, dispondo a referida Lei sobre o imposto que recai sobre as rendas e proventos de qualquer natureza.

2. Como consequência, resulta possível o cálculo da contribuição para o PIS, conforme previsão do art. 72, V, do ADCT.

3. Apelação improvida” (fl. 173).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos artigos 150, II, 145, § 1º, todos da Constituição e aos artigos 72, V, e 73 do ADCT.

A Procuradoria Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 354-359).

É o breve relatório.Decido.O recurso não merece acolhida. A apreciação dos temas

constitucionais, no caso, depende do prévio exame da Lei 4.506/64, legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 476.889/PR, Rel. Min. Carlos Britto; AI 532.412/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 487.641/CE, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 435.070/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 543.326/SC, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 413.073-4 (387)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : COMECA COMÉRCIO E MECÂNICA DE AUTOMÓVEIS

LTDAADV.(A/S) : LÚCIA DE SOUZA QUEIROZ TONETE

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida restituição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 416.250-4 (388)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : AUTO MOTORES TRANSPORTE DE CARGAS LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DANIELA DE SABOYA PERINA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, com suporte na alínea “a” do

inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 115):

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1807/99 E REEDIÇÕES. AUMENTO DE ALÍQUOTA. POSSIBILIDADE.

1. A majoração da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL, determinada pela Medida Provisória nº 1.807, de 28-01-1999, e demais MP’s que a sucederam, não viola o art. 246 da Constituição Federal, porque a alteração veiculada pela Emenda Constitucional nº 20/98, relativamente ao art. 195, não implicou modificação substancial da referida exação, eis que consistiu tão-somente em desdobramento do inc. I do referido artigo em várias alíneas, deslocando-se o termo ‘lucro’.

2. O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que o termo ‘a quo’ para contagem do prazo previsto no art. 195, § 6º, é o dia em que foi veiculada a primeira medida provisória e não aquele da publicação da medida provisória que foi convertida em lei.

3. Não existe relação entre as bases de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (STJ. Resp 190528-PR. Rel.: Min. José Delgado. DJ: 29-03-1999, p. 100. Unânime.).

4. Apelação improvida.”2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao art. 62, ao § 6º

do art. 195 e ao art. 246 da Magna Carta.3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da

lavra do Subprocurador-Geral Roberto Monteiro Gurgel Santos, opina pelo desprovimento do apelo extremo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 92

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o entendimento do Tribunal de origem afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Confira-se, a propósito, a ementa do RE 422.795-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Aumento de alíquota da contribuição social sobre o lucro - CSLL. Medida provisória no 1.807/99. Possibilidade. 3. Agravo regimental que se nega provimento.”

5. Outros precedentes: AIs 489.734-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; 594.156-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; bem como os REs 378.691-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; e 411.257-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 417.256-9 (389)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PÉSCIO E PÉSCIO LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Isso significa que, afastado o sobrestamento desta causa, impõe-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.063-4 (390)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HOSPITAL DE CARIDADE SÃO VICENTE DE PAULOADV.(A/S) : FABIANO HENRIQUE DA SILVA SOUZA E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que assentou o caráter geral da contribuição social, respeitado o princípio da anterioridade, nos termos do art. 150, III, b, da Constituição.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se afronta ao decidido artigos 149, 195, caput, e § 7º, 150, VI, c, 145, § 1º, 154, I, 157, II, 167, IV, IV, 5º, LIV, e 7º, II, da Constituição.

Às fls. 219-222, a Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso.

É o breve relatório. Decido.Com efeito, esta Corte, no julgamento da ADI 2.556-MC/DF, Rel. Min.

Moreira Alves, reconheceu a constitucionalidade e a natureza tributária das contribuições sociais instituídas pela LC 110/2001, que se caracterizam como “contribuições sociais gerais”, do que decorre a aplicação do princípio da anterioridade, nos termos do art. 150, III, b, da Constituição. Transcrevo a ementa do julgado:

“Ação direta de inconstitucionalidade. Impugnação de artigos e de expressões contidas na Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001. Pedido de liminar.

- A natureza jurídica das duas exações criadas pela lei em causa, neste exame sumário, é a de que são elas tributárias, caracterizando-se como

contribuições sociais que se enquadram na sub-espécie ‘contribuições sociais gerais’ que se submetem à regência do artigo 149 da Constituição, e não à do artigo 195 da Carta Magna.

- Não-ocorrência de plausibilidade jurídica quanto às alegadas ofensas aos artigos 145, § 1º, 154, I, 157, II, e 167, IV, da Constituição.

- Também não apresentam plausibilidade jurídica suficiente para a concessão de medida excepcional como é a liminar as alegações de infringência ao artigo 5º, LIV, da Carta Magna e ao artigo 10, I, de seu ADCT.

- Há, porém, plausibilidade jurídica no tocante à argüição de inconstitucionalidade do artigo 14, ‘caput’, quanto à expressão ‘produzindo efeitos’, e seus incisos I e II da Lei Complementar objeto desta ação direta, sendo conveniente, dada a sua relevância, a concessão da liminar nesse ponto.

Liminar deferida em parte, para suspender, ‘ex tunc’ e até final julgamento, a expressão 1produzindo efeitos’ do ‘caput’ do artigo 14, bem como seus incisos I e II, todos da Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001”.

No mesmo sentido: AI 518.825-AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 442.638-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 592.316-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 396.412-AgR/DF, Rel. Min. Eros Grau; AI 606.109-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 437.158-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Britto; RE 431.687-AgR/PE, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 423.309-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 632.365-AgR/RJ, Rel. Min. Menezes Direito; RE 485.555-AgR/DF, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).Sem honorários (Súmula 512 do STF).Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.527-1 (391)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : BENEVUTO DE FRANCESCHI E CIA LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (constitucionalidade da restituição da diferença de ICMS pago a mais no regime de substituição tributária, com base no art. 150, § 7º, da CF) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849, rel. min. Ricardo Lewandowski).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.889-5 (392)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉRECDO.(A/S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO (A/S)

DESPACHO: (Referente à Petição nº 45189)Indefiro o pedido. É que, nos termos da procuração de fls. 326, o

advogado que substabeleceu aos demais advogados não possui poderes específicos para renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.629-6 (393)PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

Page 93: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · reu(É)(s) :jÚnio cÉsar ferreira adv.(a/s) :marcos vinicius witczak e outro (a/s) reu(É)(s) :josÉ jairo ferreira cabral

STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 93

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : OSWALDO SUSIN E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SANDRO NEGRELLO E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida restituição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.968-2 (394)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : NIKKOR INDUSTRIAL S/A E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela inexistência do direito a créditos de IPI na aquisição de bens destinados ao ativo permanente.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a constitucionalidade desses créditos.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência desta Corte, como se pode observar do julgamento do RE 593.772-ED/SC, Rel. Min. Celso de Mello, cuja ementa transcrevo a seguir:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - IPI - CRÉDITO DO VALOR PAGO EM RAZÃO DE OPERAÇÕES DE AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO USO E/OU À INTEGRAÇÃO NO ATIVO FIXO - APROVEITAMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de não reconhecer, ao contribuinte, o direito de creditar-se do valor do IPI, quando pago em razão de operações de aquisição de bens destinados ao uso e/ou à integração no ativo fixo do seu próprio estabelecimento. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, em casos análogos ao presente: AI 602.998-AgR/MG e RE 531.263-AgR/PR, Rel. Min. Eros Grau; AI 487.923-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 224.531-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 355.683-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 463.898-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.721-4 (395)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MORO, ROCHA ADVOGADOS SOCIEDADE CIVILADV.(A/S) : DURVAL FERNANDO MORO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DA COFINS (LC 70/91, ART. 6º, II). SOCIEDADES CIVIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. PROFISSÕES REGULAMENTADAS (DL 2.397/87, ART. 1º). BENEFÍCIO DESVINCULADO DA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA.

- A isenção prevista no inciso II do art. 6º da LC nº 70/91 é de

natureza subjetiva, alcançando as sociedades civis do art. 1º do Decreto-lei nº 2.397/87.

- Faz jus à isenção da COFINS a sociedade civil prestadora de serviços, desde que registrada no Registro Civil das Pessoas jurídicas, seja constituída exclusivamente por pessoas físicas domiciliadas no país, e tenha por objeto atividade profissional regulamentada.

- A isenção do imposto de Renda prevista no art. 1º, ou a opção por outro regime de apuração diverso daquele definido no decreto-lei nº 2.397/87, não afasta o benefício relativo à COFINS, pois tratam-se de tributos submetidos a legislação e regime distintos.

- O ato normativo não pode impor ao contribuinte restrições não previstas em lei, em afronta ao princípio da legalidade e ao disposto no art. 111 do CTN, que determina a interpretação restritiva das normas isentivas.

- Apelação e remessa oficial às quais se nega provimento”O recurso extraordinário alega violação do disposto nos arts. 5º,

XXXV da Constituição Federal.A questão constitucional debatida no recurso extraordinário não foi

ventilada no acórdão recorrido nem foi objeto de embargos de declaração. Falta-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.801-6 (396)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECDO.(A/S) : JOSÉ MIGUEL ARTUR DE SOUZA

Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará que julgou improcedente ação rescisória contra acórdão que reconheceu em favor do recorrido, médico veterinário da Secretaria de Estado de Agricultura - SAGRI, o direito à equiparação de vencimentos, no valor de 8,5 salários-mínimos, em relação a outros servidores do mesmo órgão e mesma categoria funcional beneficiados por provimento da Justiça do Trabalho.

Eis a ementa do acórdão recorrido:“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO

RESCISÓRIA – ACÓRDÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA – VIOLAÇÃO LITERAL DISPOSIÇÃO DA LEI – IMPROCEDÊNCIA.

O deferimento da isonomia de vencimentos por força do princípio constitucional do art. 39, § 1º, da Constituição Federal de 1988 em sua redação original, não quer significar que a cada alteração do salário mínimo os vencimentos percebidos sejam também aumentados, não ocorrendo, assim, a violação à norma constitucional do art. 7º, inciso IV, em sua parte final”.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 7º, IV, 25, 37, XIII, 39, § 1º (redação original), e 169 da mesma Carta, e, ainda, contrariedade à Súmula 339 do STF.

A pretensão recursal merece acolhida. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, consolidada na Súmula 339 da Corte, firmou-se no sentido de que “não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia”.

Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 242.968/PA, Rel. Min. Ilmar Galvão:

“ADMINISTRATIVO. ESTADO DO PARÁ. ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DA SECRETARIA DE AGRICULTURA. PRETENDIDOS VENCIMENTOS CORRESPONDENTES A OITO VEZES E MEIA O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO, COMO RECONHECIDO A PARTE DA CATEGORIA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO.

O princípio constitucional da separação dos poderes impede que os Juízes e Tribunais -- que não dispõem de função legislativa -- contemplem servidores públicos com vantagens funcionais não previstas em lei, a título de aplicação do princípio da isonomia.

Orientação jurisprudencial do STF consagrada na Súmula nº 339. Recurso conhecido e provido”.No mesmo sentido, menciono, entre outras, as seguintes decisões:

RE 228.522/PI, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 408.724-AgR/PA e RE 422.152-ED-AgR/PA, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, conheço do recurso e dou-lhe provimento (art. 557, § 1º-A, do CPC), invertidos os ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão da justiça gratuita, nos termos do art. 12 da Lei 1.060/50.

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.489-5 (397)PROCED. : ACRERELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : AMERICAN VIRGÍNIA TABACOS, INDÚSTRIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 94

COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE TABACOS LTDA

ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FERNANDES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE

DECISÃO: A repercussão geral da matéria objeto dos presentes autos --- restituição de valores pagos a maior em regime de substituição tributária --- foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal e o mérito da controvérsia será submetido a exame do Pleno desta Corte nos autos do RE n. 593.849, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.800-8 (398)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

DO RIO DE JANEIRO LTDAADV.(A/S) : PAULO JOSÉ CANTALICE DO NASCIMENTO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela ilegitimidade da incidência da COFINS sobre os valores derivados de atos cooperativos.

Neste RE alegou-se, em suma, a constitucionalidade da referida incidência.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 598.085-RG/RJ, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 598.085-RG/RJ.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.975-1 (399)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SINDICATO DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS DE PORTO

ALEGRE - SINDIHOSPAADV.(A/S) : CLÁUDIO OTÁVIO XAVIER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICAS EM

RADIOLOGIA - CRTR 6ª REGIÃOADV.(A/S) : LEOMAR LUIS LAVRATTI

Petição/STF nº 114.454/2009 DESPACHOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PROCURAÇÃO – JUNTADA

– INTIMAÇÕES.1.Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre – SINDIHOSPA

requer a juntada de procuração e indica o nome do Dr. Cláudio Otávio Xavier para constar das futuras intimações.

O processo está no Gabinete.3.Observem o que requerido quanto às intimações, ante a

regularidade da representação processual.4. Publiquem.Brasília, 16 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 480.830-7 (400)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FERNANDO VILI THEISEN BERNARDESADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e b, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que permitiu a cobrança de honorários advocatícios em execução não embargada pela Fazenda Pública, em execução individual oriunda de sentença proferida em ação civil pública.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816 (red. para o acórdão min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.10.2004), declarou, incidentalmente, “a constitucionalidade da Medida Provisória 2.180-35/2001, com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (CPC, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do art. 100 da CF” (INFORMATIVO STF. “Fazenda Pública. Honorários advocatícios. Execução não embargada”. Brasília: Supremo Tribunal Federal, nº 363, 27 set. 2004/1º out. 2004).

O fundamento principal para o reconhecimento da constitucionalidade material do art. 1º-D da Lei 9.494/1997, acrescido pela Medida Provisória 2.180-35, foi o fato de inexistir mora da Fazenda Pública na execução por quantia certa não embargada, tendo em vista a sua necessária submissão ao regime dos precatórios.

No presente caso, não obstante tratar-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, permanece incólume o fato de a Fazenda Pública não estar em mora. Persistindo o motivo pelo qual foi declarada a constitucionalidade do citado dispositivo, a solução do caso haverá de ser a mesma. Extraio do voto proferido no RE 486.493-AgR (rel. min. Celso de Mello, DJ de 02.02.2007), passagem que bem elucida esse entendimento:

“Impende ressaltar, finalmente, que se revela inviável a pretensão da parte ora agravante no sentido de que ‘(...) a presente ação trata de execução individual destinada à satisfação de direito reconhecido em sentença condenatória proferida em ação coletiva, não sendo possível a aplicação do art. 1º - D da Lei 9.494/97 (MP nº 2.180-35/01), uma vez que tais execuções possuem elevada carga cognitiva’ (fls. 288).

É que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 478.197-AgR-ED/RS, rel. min. Gilmar Mendes, e apreciando esse específico aspecto da controvérsia ora em exame, firmou entendimento que desautoriza a pretensão de direito material ora deduzida pela parte agravante, como se evidencia da seguinte passagem do voto do eminente Ministro Gilmar Mendes, Relator, proferido por ocasião do referido julgamento:

‘Vê-se que não assiste razão a embargante quando afirma que não se aplica aos casos de ação civil pública a interpretação dada por esta Corte ao art. 1º-D da Lei 9.494, de 1997, com a redação da Medida Provisória nº 2.180-35/2004. Este Tribunal não excluiu desse entendimento as ações coletivas.’”

Nesse sentido: RE 478.197-AgR-ED (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 29.09.2006); RE 555.974-AgR (rel. min. Celso de Mello, DJe de 30.04.2009).

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, assentando serem indevidos honorários advocatícios no presente caso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.977-1 (401)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DO SUL DE

MINAS LTDA - RIVERCREDADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da incidência da COFINS sobre os valores derivados de atos cooperativos.

Neste RE alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida incidência.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 598.085-RG/RJ, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 95

extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 598.085-RG/RJ. Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.049-1 (402)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : STEMAG ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : ANTONIO LUIZ BUENO BARBOSA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Acórdão cuja ementa ficou assim redigida (fls. 179/180):

“DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO PIS/PASEP (ARTIGO 239, CF). MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.212/95 E REEDIÇÕES. LEI Nº 9.715/98. LEI Nº 9.718/98. BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA. CONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES.

1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI nº 1.417, reconheceu a validade constitucional da MP nº 1.212/95 e reedições, convertida na Lei nº 9.715/98, sob os diversos aspectos impugnados e relevantes para a solução do caso concreto.

2. É constitucional a alteração do regime de incidências fiscais, de que trata a Lei nº 9.718/98: o artigo 239 da Constituição Federal não prevê qualquer base de cálculo. Cabe ao legislador ordinário, em relação às contribuições discriminadas, que têm regime diferente dos impostos (artigo 146, III, ‘a’, CF), a criação dos tipos tributários fechados, em todos os seus contornos, materializando os conceitos formulados pelo constituinte, com a observância, por evidente, dos princípios próprios do sistema e dos subsistemas constitucionais.

3. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o faturamento podia ser legalmente conceituado como receita bruta da venda de mercadorias e serviços. A Lei nº 9.718/98 incluiu na receita bruta mais outras receitas, não relacionadas à venda de mercadorias e serviços: validade da ampliação da base de cálculo, uma vez que exercida a competência impositiva pelo legislador em conformidade com os princípios que orientam a interpretação do sistema de financiamento da Seguridade Social, inclusive porque a forma de custeio instituída observa a capacidade econômica e não impõe confisco, nem se revela ofensiva a qualquer outro princípio constitucional.

4. A Lei nº 9.718/98 não criou forma residual de tributação, apenas alterou a base de cálculo de contribuições expressas, dentro dos limites materiais possíveis do artigo 239 da Constituição Federal, e com respaldo nos princípios constitucionais específicos da tributação social, o que dispensa o processo legislativo complementar.

5. As alterações da Lei nº 9.718/98, ora enfocadas, não afrontam os preceitos de proteção, inseridos no Código Tributário Nacional, especialmente no artigo 110, conforme reconhecido em precedente do Superior Tribunal de Justiça.

6. Precedentes pela rejeição da inconstitucionalidade, nos limites das respectivas argüições: Tribunais Federais da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões.

7. Fixada a verba honorária em 10% sobre o valor atualizado da causa, em conformidade com os critérios do § 4º do artigo 20 do Código de Processo Civil, e com a jurisprudência uniforme da Turma.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao art. 62, à alínea “a” do inciso III do art. 146, ao art. 149 da Magna Carta.

3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Wagner de Castro Mathias Netto, opina pelo desprovimento do apelo extremo.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque o acórdão recorrido afina com a jurisprudência desta colenda Corte, que é firme em reconhecer o não engessamento da contribuição ao PIS pelo art. 239 do Magno Texto e a constitucionalidade da mencionada exação, notadamente com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.715/98 para os fatos geradores ocorridos a partir da contagem do prazo nonagesimal da MP nº 1.212/95.

5. Precedentes: ADI 1.417, sob a relatoria do ministro Octavio Gallotti; AIs 509.581 e 658.243-AgR, sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa; 520.091-AgR-AgR, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 617.899-AgR, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes; 623.375, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; e 677.536, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio; bem como REs 400.287-AgR e 407.567, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e 456.197-AgR, sob a relatoria do ministro Eros Grau.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.839-9 (403)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : SONAE DISTRIBUIÇÃO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL PANDOLFO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário em que se discute a isenção de

ICMS instituída em favor de mercadoria importada de país signatário do GATT – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, quando isento o produto similar nacional.

2. Tenho que o apelo extremo não merece acolhida. É que a decisão recorrida afina com o entendimento firmado pelo Plenário desta colenda Corte, ao julgar o RE 229.096, Relatora para o acórdão a Ministra Cármen Lúcia. Eis a ementa do julgado:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 DO ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMÉRCIO. ISENÇÃO DE TRIBUTO ESTADUAL PREVISTA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ARTIGO 98 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.

1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela Constituição da República de 1988.

2. O artigo 98 do Código Tributário Nacional “possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios” (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão).

3. No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.

4. Recurso extraordinário conhecido e provido.”Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21

do RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.303-5 (404)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : VICTOR DE BARROS RODRIGUES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SILVANI MARQUES DA LUZADV.(A/S) : JESSE DE AGUIAR FOGAÇA E OUTRO (A/S)

Petições 48071/2008-STF, 77646/2009-STF e 78533/2009-STF.À fl. 223, a recorrente, BV Financeira S/A - Crédito, Financiamento e

Investimento, requereu a sua substituição no polo ativo da demanda pelo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados PCG-Brasil Multicarteira, sob o argumento de que o referido Fundo passou a ser credor cessionário do crédito que a recorrente possuía em relação à Silvani Marques da Luz, ora recorrida.

Assim, determinei a intimação da recorrida (fls. 230 e 233) para que se pronunciasse, nos termos do art. 42, § 1º, do CPC, quanto ao pedido de substituição do polo ativo. Entretanto, consoante certidão de fl. 231, não houve manifestação da recorrida.

Às fls. 254-261, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados PCG-Brasil Multicarteira junta documento comprobatório da aquisição do crédito anteriormente pertencente à BV Financeira em relação à recorrida.

Passo a examinar o requerimento.Conforme dispõe o art. 42, § 1º, do CPC, o cessionário não poderá

ingressar em juízo e substituir o cedente sem o consentimento da parte contrária.

Desse modo, ante a ausência de manifestação da recorrida, indefiro o pedido de substituição.

Todavia, tendo em vista a regular comprovação da cessão de crédito (fls. 260-261), admito o ingresso no feito do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados PCG-Brasil Multicarteira na qualidade de assistente litisconsorcial ativa (CPC, art. 54) e defiro vista dos autos pelo prazo legal.

À Secretaria para as providências.Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 96

Brasília, 24 de setembro de 2009.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.728-7 (405)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : BRG ADMINISTRADORA DE SERVICOS LTDAADV.(A/S) : JORGE BARATA DE LACERDA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 150):

“IMPORTAÇÃO E OPERAÇÃO DE MÁQUINAS ELETRÔNICAS DE SORTEIO DE NÚMEROS E PROGNÓSTICOS. AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.

Não há autorização legal que tenha afastado, para as máquinas de prognósticos, a incidência da Lei das Contravenções Penais (art. 50), não havendo que se concluir esteja autora autorizada a explorar máquinas de jogos de azar, pelo só fato de a norma fazer referência a que essas estariam proibidas apenas nas salas de bingo. A interpretação sistemática da norma nos leva a conclusão de que a intenção foi afirmar que, a despeito da licitude da atividade de bingo (Lei nº 9.615/98), ainda assim fica vedada a utilização de máquinas de jogos de azar.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao inciso XIII do art. 5º, ao parágrafo único do art. 170 e ao inciso III do art. 195 da Carta Magna.

3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Rodrigo Janot Monteiro de Barros, opina pelo não conhecimento do apelo extremo.

4. Tenho que insurgência não merece acolhida. Isso porque entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado exigiria o reexame da legislação infraconstitucional pertinente, bem como a análise do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279 do STF), providências vedadas na instância extraordinária.

5. Por outra volta, pontuo que o acórdão adotou fundamento suficiente, que ficou precluso ante o desprovimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, o que atrai a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal. Súmula cuja dicção é a seguinte:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.”

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 505.564-7 (406)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DIPESUL VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA BALSEMÃO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela ilegitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a constitucionalidade da referida restituição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.331-4 (407)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BERENICE VIERO SCHMIDT E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CÍCERO DE QUADROS PERETTI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (constitucionalidade da contribuição para o custeio da assistência médico-hospitalar de forma compulsória) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540, rel. min. Gilmar Mendes).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.980-7 (408)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : N.J. MARASCHIN E COMPANHIA LTDAADV.(A/S) : MERIANE DA GRAÇA SANDER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela ilegitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a constitucionalidade da referida restituição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.641-2 (409)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INDÚSTRIA ELETRÔNICA CHERRY LTDAADV.(A/S) : YOSHISHIRO MINAMERECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Discute-se nestes autos a constitucionalidade do disposto nos artigos 8º e 3º, § 1º, da Lei n. 9.718/98.

2.O Supremo Tribunal Federal, ao julgar os Recursos Extraordinários ns. 346.084, 358.273, 357.950 e 390.840, declarou a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei n. 9.718/98 na parte em que acrescentou receitas diversas daquelas do produto da venda de mercadoria, de mercadoria e serviços e de serviço de qualquer natureza ao conceito de receita bruta ao contribuinte. Eis o teor da ementa:

“CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE – ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 97

superveniente.TRIBUTÁRIO – INSTITUTOS – EXPRESSÕES E VOCÁBULOS –

SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente. Sobrepões-se ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os elementos tributários.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – PIS – RECEITA BRUTA – NOÇÃO – INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei n º 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada.”

3.Esse entendimento foi confirmado pelo Pleno desta Corte na Sessão do dia 10 de setembro de 2008, ao apreciar questão de ordem no RE n. 585.235, Relator o Ministro Cezar Peluso.

4.No que respeita ao artigo 8º da Lei n. 9.718/98 --- majoração da alíquota de 2% para 3% ---, o Supremo Tribunal Federal, em recente pronunciamento, ao apreciar o RE n. 527.602, de que fui Relator, com ressalva de meu entendimento, fixou entendimento no sentido da validade jurídico-constitucional do referido dispositivo.

Assim, afasto o sobrestamento e dou parcial provimento ao recurso extraordinário, com esteio no artigo 557, § 1º-A, do CPC, para determinar a exclusão do alargamento da base de cálculo prevista no § 1º do artigo 3º da Lei n. 9.718/98, pois declarada a inconstitucionalidade desse texto normativo por este Tribunal.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.812-0 (410)PROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DISKAROL - DISTRIBUIDORA KAISER DE RIO LARGO

LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 543.756-6 (411)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPORECDO.(A/S) : CRIEX S/A ENGENHARIA E COMÉRCIOADV.(A/S) : JORGE FERREIRA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu devida a inclusão dos juros moratórios e compensatórios no pagamento das parcelas previstas no art. 78 do ADCT.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXIV, da mesma Carta, bem como ao art. 78 do ADCT.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ possibilidade de cobrança de juros moratórios e compensatórios sobre o parcelamento previsto no art. 78 do ADCT ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 590.751-RG/SP, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 590.751-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.023-1 (412)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MARIO DE BONI E CIA LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA DE OLIVEIRA BALSEMÃORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de restituição

do ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 593.849, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

3. Por outra volta, esta Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

Isso posto, e frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.368-3 (413)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública com o objetivo de condenar o Estado à internação de paciente em Centro de Tratamento Intensivo (CTI) bem como ao pagamento de despesas médico-hospitalares decorrentes da internação.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 127 e 129, III, da mesma Carta.

O Subprocurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas opinou pelo improvimento do recurso (fls. 162-164).

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência do

Supremo Tribunal Federal, firmada no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para defender direitos individuais indisponíveis, nos termos dos arts. 127 e 129, II, da Constituição, inexistindo usurpação de atribuição das defensorias públicas. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 554.088-AgR/SC, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA. DEFESA DE DIREITOS SOCIAIS E INDIVIDUAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 98

INDISPONÍVEIS. PRECEDENTES. 1. A Constituição do Brasil, em seu artigo 127, confere

expressamente ao Ministério Público poderes para agir em defesa de interesses sociais e individuais indisponíveis, como no caso de garantir o fornecimento de medicamentos a hipossuficiente.

2. Não há que se falar em usurpação de competência da defensoria pública ou da advocacia privada.

Agravo regimental a que se nega provimento”.Ademais, a Segunda Turma deste Tribunal, ao julgar o RE 271.286-

AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello, entendeu que “o direito à saúde representa consequência constitucional indissolúvel do direito à vida”.

Assim, conclui-se que o direito à saúde é direito individual indisponível, o que corrobora a legitimidade do Ministério Público na defesa desse direito, seja para garantir o fornecimento de medicamentos (RE 407.902/RS, Rel. Min. Marco Aurélio), a internação hospitalar (RE 507.927/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes), o tratamento médico (RE 394.820/SP, Rel. Min. Carlos Velloso) ou a realização de exames (RE 474.858/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia) a hipossuficientes.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.432-7 (414)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ESTELA REGINA TEIXEIRA THOMAZADV.(A/S) : FLORDEMAR OLIVEIRA THOMAZ

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 568.645-RG (rel. min. Menezes Direito, DJe de 30.04.2009), assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO. FRACIONAMENTO. LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO. CRÉDITOS INDIVIDUALIZADOS. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.829-2 (415)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CLÍNICA ODONTOLÓGICA PRIMAVERA LTDAADV.(A/S) : LILIAN MAGESKI ALMEIDARECDO.(A/S) : CODESA - COMPANHIA DOCAS DO ESPÍRITO SANTOADV.(A/S) : EUSTACHIO D. L. RAMACCIOTTI E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que indeferiu o pedido de assistência judiciária gratuita à pessoa jurídica, ao argumento de falta de comprovação de sua hipossuficiência.

Neste RE, fundado com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da mesma Carta. Sustentou-se, em suma, que “não cabe ao requerente do benefício, portanto, fazer prova de sua insuficiência econômica, afinal, este estado é PRESUMIDO, nos exatos termos do § 1º do art. 4º da Lei 1.060/50” (fl. 34).

A pretensão recursal não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a controvérsia sobre concessão ou revogação do benefício da justiça gratuita não viabiliza o recurso extraordinário, por demandar a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 1.060/50). A ofensa à Constituição, se ocorrida, seria indireta.

É certo, ainda, que o acórdão recorrido decidiu a questão com base no conjunto fático-probatório constante nos autos. Assim, a apreciação do RE demandaria o reexame de provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do

STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. PESSOA JURÍDICA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 743.176-AgR/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE SITUAÇÃO INVIABILIZADORA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1.O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre O artigo da CB/88 tido por violado. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2.Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.

3.A jurisprudência do Tribunal é no sentido de que a pessoa jurídica, para solicitar a assistência judiciária gratuita, deve comprovar o fato de se encontrar em situação inviabilizadora da assunção dos ônus decorrentes do ingresso em juízo. Precedentes.

4.As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa do texto da Constituição.

5.Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

6.Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 657.629-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma).

No mesmo sentido menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 654.289-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 646.099-ED/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 598.484/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 562.736/RJ, Rel. Min. Carlos Britto.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.754-2 (416)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : CHRISTINA ALMEIDA DE ARAÚJO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE GOMES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENATA ALBUQUERQUE GOMES DE OLIVEIRA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser ilegítimo o regime de cotas pautado por critérios puramente geográficos ou de origem, nos termos da Lei estadual 2.894/2004.

Neste RE, fundado no art. 102, III, c, da Constituição, alegou-se a constitucionalidade da referida restrição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do sistema de reserva de vagas (“cotas”), como forma de ação afirmativa de inclusão social, estabelecido por universidade ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 597.285-RG/RS, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 597.285-RG/RS.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.791-7 (417)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : CHRISTINA ALMEIDA DE ARAÚJO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : WANDBERG CALDAS DE OLIVEIRA JÚNIORADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO DE VASCONCELLOS DIAS

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 99

entendeu ser ilegítimo o regime de cotas pautado por critérios puramente geográficos ou de origem, nos termos da Lei estadual 2.894/2004.

Neste RE, fundado no art. 102, III, c, da Constituição, alegou-se a constitucionalidade da referida restrição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do sistema de reserva de vagas (“cotas”), como forma de ação afirmativa de inclusão social, estabelecido por universidade ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 597.285-RG/RS, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 597.285-RG/RS.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.892-1 (418)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : VANESSA PONTES DOS SANTOS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : STANISLAU VAITKEVICIUS JÚNIORADV.(A/S) : ELDO MARCOLINO DE SOUZA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser ilegítimo o regime de cotas pautado por critérios puramente geográficos ou de origem, nos termos da Lei estadual 2.894/2004.

Neste RE, fundado no art. 102, III, c, da Constituição, alegou-se a constitucionalidade da referida restrição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do sistema de reserva de vagas (“cotas”), como forma de ação afirmativa de inclusão social, estabelecido por universidade ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 597.285-RG/RS, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 597.285-RG/RS.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.836-6 (419)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA LUZINETE MARINHOADV.(A/S) : WALDEIR DANTAS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : SINJUSC - SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA.ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO E OUTROINTDO.(A/S) : SINDIFERN - SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : FÁBIO LUIZ MONTE DE HOLANDA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS PENSIONISTAS DO INSTITUTO DE

PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - APIPREMADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: [PET SR/STF n. 92.202/2009]A Associação dos Pensionistas do Instituto de Previdência Municipal

de São Paulo - ARIPREM requer sua admissão no feito na qualidade de amicus curiae.

2.O Supremo Tribunal Federal tem entendido que a presença do amicus curiae no momento em que se julgará a questão constitucional cuja repercussão geral fora reconhecida não só é possível como é desejável.

3.A pertinência do tema a ser julgado por este Tribunal com as atribuições institucionais da requerente legitima a sua atuação.

Admito o ingresso da Associação dos Pensionistas do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo no feito, na qualidade de amicus curiae.

À Secretaria para que proceda às anotações.Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.908-7 (420)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LUIZ VOLMAR RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : JORGE NILTON XAVIER DE SOUZAINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Petição/STF nº 38.273/2009DECISÃOPREFERÊNCIA – DEFERIMENTO.1. Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Luiz Volmar Rodrigues da Silva requer a juntada de

substabelecimento, assinado por profissional da advocacia regularmente credenciado, e pleiteia preferência na apreciação do processo, tendo em vista o respectivo estado de saúde. Apresenta documentos para comprovar ter sido aposentado por invalidez, em face de acidente vascular encefálico hemorrágico.

O processo está no Gabinete.3.Defiro o pedido de preferência.4.Publiquem.Brasília, 10 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.908-7 (421)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LUIZ VOLMAR RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : JORGE NILTON XAVIER DE SOUZAINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Petição/STF nº 111.066/2009DECISÃOCAPACIDADE POSTULATÓRIA – AUSÊNCIA - DEVOLUÇÃO DE

PEÇA.1. Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Hernan Cesar Camargo Torres requer preferência na apreciação do

recurso extraordinário, em razão do Estatuto do Idoso e do disposto nos artigos 5º, inciso LXXVII, e 93, inciso XV, da Constituição Federal. Sustenta ser parte nos Embargos de Divergência no Recurso Especial nº 603.654, que se encontram sobrestados no Superior Tribunal de Justiça, aguardando o julgamento deste extraordinário, conforme os documentos anexos.

A peça está subscrita pelo próprio requerente, que não é advogado, e veio desacompanhada de documento comprobatório de idade.

O Tribunal, em 3 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral na matéria constitucional versada no extraordinário.

Em 10 de setembro último, Vossa Excelência deferiu o pleito de preferência formalizado pelo recorrido – cópia da decisão anexa.

O processo está no Gabinete.2.Ante a ausência de capacidade postulatória, devolvam a peça ao

subscritor.3.Publiquem.Brasília, 16 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.293-4 (422)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : POSTO DE SERVIÇOS PIONEIRO LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela ilegitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a constitucionalidade da referida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 100

restituição.O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de

Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.611-5 (423)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : SIONE SIMONE BARBOSA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ AFONSO DE MOURA CRUZ E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra decisão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Pernambuco. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 144):

“ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. MILITAR. EX-COMBATENTE. FILHA MULHER. APLICAÇÃO DO DIPLOMA LEGAL VIGENTE À DATA DO FALECIMENTO. LEI 3765/60. RECURSO IMPROVIDO.

1. Trata-se de pedido de pensão por morte, consistente na inclusão da autora como beneficiária, com a finalidade de receber, em concorrência com a irmã e a mãe, uma cota parte, correspondente a 25%, da renda mensal da pensão.

2. Para a Suprema Corte, o direito à pensão de ex-combatente é regido pelas normas legais em vigor à data da ocorrência do evento morte. No caso em apreço, a Lei 3756/60, vigente à época do falecimento do instituidor da pensão, será a legislação a ser aplicada, sem as alterações trazidas pela MP 2131/2000.

3. Tendo em vista que o art. 7º, da Lei 3.765/60, prevê ordem de preferência para a concessão do benefício, a autora, filha do instituidor da pensão, só poderá vir a pleitear o pensionamento após a morte da mãe, que recebe o benefício, sendo improcedente, na hipótese, sua alegada condição de beneficiária, uma vez que a citada lei prevê uma ordem de preferência, na qual a viúva tem direito a uma percepção integral do benefício.

4. A parte sucumbente deve arcar com o pagamento das custas e honorários advocatícios, ora arbritados à razão de 10% sobre o valor da condenação.

5. Recurso improvido.”2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao art. 5º da Magna

Carta.3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da

lavra do Subprocurador-Geral Paulo da Rocha Campos, opina pelo não conhecimento do apelo extremo.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. De saída, anoto que o tema constitucional tido por violado não foi objeto de análise pela Corte de origem, não havendo sido opostos embargos declaratórios para suprir eventual omissão. Pelo que o recurso carece do indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal).

5. Por outra volta, pontuo que, para se chegar a conclusão diversa da adotada pelo Tribunal de origem, se faz necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. É dizer: incide a Súmula 279 desta colenda Corte.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 03 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.417-7 (424)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : DINEY LYRAADV.(A/S) : LINDINALVA CRISTIANA MARQUES

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser ilegítima a cobrança compulsória de contribuição destinada ao

custeio de assistência médica, nos termos da Lei municipal 1.780/1999. Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se a

constitucionalidade da referida contribuição.O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de

Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.118-7 (425)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : TERESINHA NERILCE DA FONSECA PALMAADV.(A/S) : RUBEM NESTOR SEIFERT E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu legítima a cobrança compulsória de contribuição destinada ao custeio de assistência médica, nos termos da Lei estadual 7.672/82.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se a inconstitucionalidade da referida contribuição.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.457-7 (426)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : DAMARIS A B SOARES HUNGRIARECDO.(A/S) : JOÃO RIBEIRO NETO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DALTON SIGNORELLI

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 136):

“MANDADO DE SEGURANÇA - IPTU e TAXA de coleta e remoção de lixo, exercício de 1999 - Município de Campinas - IPTU: Pretendido reconhecimento de isenção por serem pensionistas e aposentados, nos termos da Lei n.º 9.952/98. – Ausência de preenchimentos dos requisitos da lei para concessão da isenção - TAXA: Ausência de especificidade e divisibilidade dos serviços públicos - Serviços ‘uti universi’ que devem ser mantidos por impostos - Incompatibilidade com os artigos 145, II, CF e art. 77 do CTN – RECURSO PROVIDO EM PARTE, para reconhecer a ilegalidade de cobrança da taxa.”

2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa ao § 2º e ao inciso II do art. 145 da Magna Carta.

3. Tenho que a insurgência merece acolhida. Isso porque o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 576.321-QO, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, manteve a jurisprudência de que é constitucional a cobrança de taxa de coleta de lixo. Na oportunidade, fiquei vencido, na companhia do ministro Marco Aurélio.

Isso posto, e frente ao § 1º-A do art. 557 do CPC, dou provimento ao recurso, sem condenação em honorários advocatícios (Súmula nº 512 do STF).

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 101

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.791-1 (427)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : SANDRA CRISTINA FAGUNDES CHAVESADV.(A/S) : CRISTIANO FREITAS

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que entendeu possível execução provisória contra a Fazenda Pública.

Tenho que o recurso perdeu o objeto. É que a execução em comento passou a definitiva com o trânsito em julgado do Processo nº 70024943706, conforme pesquisa no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça gaúcho.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao inciso IX do art. 21 do RI/STF, julgo prejudicado o presente recurso.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.950-2 (428)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTÔNIO GERALDO BELTRAME E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VICENTE DE PAULA MENDES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de expedição

de precatório referente à parcela incontroversa da condenação.2. Pois bem, inicialmente o Supremo Tribunal Federal concluiu pela

presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 568.647, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio). Contudo, em momento posterior, foi julgado prejudicado o mencionado precedente, ante a falta de interesse da União para a causa, manifestada com a edição do Enunciado nº 31 da Advocacia-Geral da União.

3. Nessa contextura, o recurso extraordinário perdeu o objeto.Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao inciso IX do art.

21 do RI/STF, julgo prejudicado o recurso.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.726-2 (429)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ENO JUNGBLUTADV.(A/S) : RUNEM NESTOR SEIFERT E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu legítima a cobrança compulsória de contribuição destinada ao custeio de assistência médica, nos termos da Lei estadual 7.672/82.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se a inconstitucionalidade da referida contribuição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.988-1 (430)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : FRANCISCO OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : CLEI AMAURI MUNIZ E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

1.Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Segundo Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, assim ementado:

“ACIDENTE DO TRABALHO. DISACUSIA NEUROSSENSORIAL BILATERAL. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 9.528/97. CUMULAÇÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE COM APOSENTADORIA. VEDAÇÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. CARÊNCIA DA AÇÃO. OBSERVAÇÃO DETERMINADA. Verificando-se a inexistência de incapacidade laborativa em época anterior à vigência da Lei nº 9.528/97, que veda expressamente a cumulação do auxílio-acidente com aposentadoria, torna-se inafastável o decreto de carência da ação, face a impossibilidade jurídica do pedido” (fl. 185)

2.A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXVIII, da Constituição Federal.

3.Inadmitido o recurso na origem (fls. 325-326), subiram os autos em virtude de provimento do AI 610.831.

4.O recurso, entretanto, não merece prosperar. Esta Corte firmou jurisprudência no sentido de ser aplicado ao benefício previdenciário a lei vigente à época de sua constituição. Nesse sentido: AI 639.808-ED/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, unânime, DJe 06.2.2009; e AI 621.625-ED/SP, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 29.5.2009, este último assim ementado:

“Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Auxílio-acidente. Lei nº 9.032/95. Efeitos financeiros. Aplicação retroativa. Impossibilidade. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. Pacífica a jurisprudência desta Corte de que a aplicação dos

efeitos financeiros introduzidos pela Lei nº 9.032/95 não alcança os benefícios concedidos nem aqueles cujos requisitos foram implementados antes da sua vigência.

3. Agravo regimental desprovido, com aplicação da multa prevista no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil.”

Ademais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 597.389/SP, em 22.4.2009, reconheceu a repercussão geral sobre a presente questão constitucional e reafirmou “a jurisprudência da Corte no sentido de que a revisão de pensão por morte e demais benefícios, constituídos antes da entrada em vigor da Lei nº 9.032, de 1995, não pode ser realizada com base em novo coeficiente de cálculo estabelecido no referido diploma legal”.

5.Dessa forma, estando o acórdão recorrido em consonância com a jurisprudência desta Suprema Corte, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.041-8 (431)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : CLODOALDO DA CUNHA BONFIM E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CAIO MÁRCIO L BOSON E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que afastou a aplicação do art. 85 da Lei Complementar estadual 64/2002, ao argumento de que o Estado de Minas Gerais não tem legitimidade para cobrança compulsória de contribuição destinada à saúde.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se a constitucionalidade da referida contribuição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

Page 102: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · reu(É)(s) :jÚnio cÉsar ferreira adv.(a/s) :marcos vinicius witczak e outro (a/s) reu(É)(s) :josÉ jairo ferreira cabral

STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 102

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.068-0 (432)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : AUTO POSTO GENESIS LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JR

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida restituição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.277-8 (433)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ITALBRÁS VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : LISIANI CALVANO PEREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

Neste RE, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida restituição.

O presente recurso perdeu o objeto.Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça conheceu parcialmente do

Recurso Especial 598.696/RS, interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul, e, nessa parte, deu-lhe provimento, ao entendimento de “não ser restituível a diferença entre o imposto pago sobre a base de cálculo presumida e aquele que seria devido no caso da venda realizada por preço inferior” (fl. 394) (fls. 391-399, com trânsito em julgado certificado à fl. 483).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, IX).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.812-1 (434)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DENIS REMI CARDOSO SILVEIRAADV.(A/S) : MARCELO BRAGA DE LIMARECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Petições 5753/2009-STF e 36325/2009-STF.O recorrente, Denis Remi Cardoso Silveira, representado por

procurador com poderes para tanto, requer a desistência do recurso extraordinário (fls. 77-78).

Isso posto, homologo o pedido de desistência do recurso (art. 21, VIII, do RISTF), por consequência, fica prejudicado o pedido da Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário dos Estados e do Distrito Federal para ingresso no presente recurso extraordinário na qualidade de amicus curiae (fls. 81-89).

Baixem os autos.Publique-se.

Brasília, 29 de setembro de 2009.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.665-1 (435)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO DE ASSIS CAMPOSADV.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO CERQUEIRA CAMPOS

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Acórdão cuja ementa é seguinte (fls. 107):

“ACIDENTE DE TRABALHO. REVISÃO DE BENEFÍCIO C/C COBRANÇA. OBREIRO DETENTOR DO BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 260 DO EXTINTO TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS. DESPROVIMENTO DO RECURSO.

Tratando-se de ação acidentária onde almeja o autor a revisão do benefício concedido, bem como a diferença devida, impõe-se o acolhimento do pedido formulado, sobretudo quando se verifica que o cálculo utilizado para seu reajustamento foi elaborado em contrariedade às normas legais.”

2. Pois bem, a parte recorrente alega violação ao inciso IV do art. 7º e ao art. 194 da Carta Magna, bem com ao art. 58 do ADCT.

3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Rodrigo Janot Monteiro de Barros, opina pelo provimento do recurso.

4. Tenho que o recurso merece acolhida. É que o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento no sentido de que o art. 58 do ADCT só se aplica a benefícios concedidos anteriormente à Constituição Republicana e só tem vigência a partir do sétimo mês após a sua promulgação até a implantação do Plano de Benefícios, que se deu com a edição da Lei nº 8.213/91.

5. Nesse mesmo sentido, confira-se o RE 199.994, redator para o acórdão o ministro Maurício Corrêa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO CONCEDIDO ANTERIORMENTE À PROMULGAÇÃO DA CARTA FEDERAL DE 1988. CRITÉRIO DA EQUIVALÊNCIA SALARIAL. INAPLICABILIDADE. PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL DO BENEFÍCIO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OBSERVÂNCIA.

1. Benefício de prestação continuada, deferido pela Previdência social sob a égide da Carta Federal vigente. Inaplicabilidade do critério da equivalência salarial previsto no artigo 58 do ADCT-CF/88.

[...]”6. Outros precedentes: REs 236.273-ED, sob a relatoria do ministro

Sydney Sanches; 281.997-AgR, sob a relatoria do ministro Carlos Velloso; e 317.508, sob a relatoria do ministro Moreira Alves.

Isso posto, e frente ao art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.758-4 (436)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : AUSTACLINICAS ASSINTENCIA MÉDICA E

HOSPITALAR S/C LTDAADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMARECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega violação aos arts. 5º, II, LV; 154, I; 195, § 4º; 196; 198, § 1º; 199, da Constituição federal.

Esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 103

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.066-6 (437)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ERNI MARIA MORAES DA SILVAADV.(A/S) : ANDRÉ SANTOS CHAVESRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu legítima a cobrança compulsória de contribuição destinada ao custeio de assistência médica, nos termos da Lei estadual 7.672/82.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, c, e d, da Constituição, alegou-se a inconstitucionalidade da referida contribuição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.124-7 (438)PROCED. : MINAS GERAIS

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MÁRCIO ROBERTO S RODRIGUESRECDO.(A/S) : MÁRCIA ELENA NOGUEIRA MARTINS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : PAOLA COELHO GERSZTEIN E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser inconstitucional a cobrança da contribuição para o custeio da assistência médico-hospitalar.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se a constitucionalidade da referida contribuição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar de servidores públicos ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.613-9 (439)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JOSÉ VALDERI RODRIGESADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu legítima a cobrança compulsória de contribuição destinada ao custeio de assistência médica, nos termos da Lei estadual 7.672/82.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se a inconstitucionalidade da referida contribuição.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.485-9 (440)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE CATANDUVAADV.(A/S) : IVAN BARBOSA RIGOLIN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CATANDUVAADV.(A/S) : CONSTANTE F CENEVIVA JUNIOR E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“Constitucional – Ação direta de inconstitucionalidade – Lei

Complementar 318/06 do Município de Catanduva, que reajusta os vencimentos dos servidores da Câmara Municipal a título de revisão geral anual – Projeto e promulgação de ordem parlamentar, após veto do Executivo – Ingerência na Administração local – Vício de iniciativa – Maltrato ao princípio da independência dos Poderes – Revisão salarial, ademais, que, a par de não ser extensível aos outros servidores, não respeitou o prazo constitucional ânuo – Ofensa aos arts. 5º ‘caput’; 24, § 2º, item 1; 47, II, XI e XIV; 111; 115, XI e XIV; e 144, todos da Constituição do Estado – Inconstitucionalidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 104

declarada – Procedência” (fl. 152).Os embargos declaratórios foram rejeitados.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se

ofensa ao art. 37, X, da mesma Carta, sob o argumento de que a Lei Complementar Municipal 318/06 apenas concedeu o aumento de 11% restante para completar a revisão geral dos vencimentos dos servidores.

A Subprocuradora-Geral da República Sandra Cureau opinou pelo não conhecimento do recurso (fls. 243-247).

A pretensão recursal não merece acolhida. É que a recorrente, na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determinam o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (Ata de julgamento publicada em 26/6/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Por outro lado, a suposta alegação de repercussão geral feita em petição apartada, após a protocolização do recurso extraordinário, não tem o condão de suprir tal omissão, incidindo, no caso, preclusão consumativa, conforme o teor da ementa no AI 726.795 AgR/RS:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. INEXISTÊNCIA. PETIÇÃO EM APARTADO. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PRECEDENTES. 1. A recorrente não ofereceu preliminar formal e adequadamente fundamentada, no que tange a eventual repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06. 2. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido da exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007. Precedente. 3. A interposição de petição em apartado para suprir a exigência de preliminar formal e fundamentada da repercussão geral não é acatada por esta Corte, cumprindo à recorrente apresentá-la na petição de recurso extraordinário. Operou-se, no caso, preclusão consumativa. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com base no conjunto fático-probatório constante nos autos, especialmente no que concerne às datas de reajuste dos vencimentos dos servidores. Assim, a apreciação do RE demandaria o reexame de provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, os seguintes precedentes, entre outros: AI 559.091-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 575.964-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 558.470-AgR/AL, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 548.978-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.659-2 (441)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : MÁRCIA MARIA CORRÊA MUNARIRECDO.(A/S) : PAULO ROGÉRIO TENÓRIO CAVALCANTIADV.(A/S) : VILMAR ALDA DE FREITAS E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser legítima a extensão do pagamento do adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85 aos pensionistas, sob o fundamento de que a vantagem discutida possui caráter geral.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 40, § 8º (redação dada pela EC 20/98), sob o argumento de que o adicional de insalubridade, por ser gratificação de serviço, não pode ser estendido a todos os inativos e pensionistas.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional ora em debate oferece repercussão geral, porquanto o recurso extraordinário impugna decisão contrária à jurisprudência dominante deste Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º), notadamente o RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; o RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto; o AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; o RE 274.177-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; e o AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

A pretensão recursal merece acolhida. A jurisprudência dominante desta Corte tem se orientado no sentido de que o adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85, por não ser vantagem de caráter geral, não deve ser estendido aos inativos e pensionistas. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDORES MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 432/85. NÃO-EXTENSÃO AOS INATIVOS. INVERSÃO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

O Supremo Tribunal Federal exclui do âmbito normativo do § 4º do artigo 40 da Lei Maior (§ 8º na redação da EC 20/98) a vantagem ou benefício cujo fato gerador seja o exercício de atividade. Daí porque os servidores inativos não têm direito ao adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar paulista nº 432/85.

Precedentes: RE 200.258, RE 235.271, RE 337.467, RE 258.713-AgR, AI 196.140-AgR, AI 492.003-AgR, RE 206.597-AgR, e REs 213.576 e 223.763.

Acolhido o recurso extraordinário do Estado, impõe-se a inversão dos ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita.

Desprovido o agravo regimental dos servidores e provido o do Estado de São Paulo” (RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Militares do Estado de São Paulo. Lei Complementar no 432/85. Atividades insalubres. Vantagem funcional. Inativos e pensionistas. Inaplicabilidade do art. 40, § 4o, da CF/88. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).

No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes: RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 540.357/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 403.218/SP, Rel. Min. Nelson Jobim.

Isso posto, forte no disposto no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo da origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.683-5 (442)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : AUTO POSTO SANTA BRANCA LTDAADV.(A/S) : RODRIGO HELFSTEIN E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVES E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual entendeu que a restituição da diferença de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada disparidade entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real, deve ser imediata e preferencial, nos termos do art. 150, § 7º, da Constituição Federal.

Neste RE, alegou-se, em suma, que o referido dispositivo constitucional só abrange os casos em que o fato gerador presumido não se realiza por completo.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 593.849-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.522-2 (443)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MAKRO ATACADISTA S/AADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a” do

inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 92):

“TRIBUTÁRIO. ICMS. AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE INEXISTENTE. REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 105

LEGITIMIDADE. A legitimidade da cobrança do ICMS no regime de substituição tributária ‘para frente’ à luz do Convênio nº 66/68 e Lei Estadual nº 1.423/89, a despeito de alguns doutrinadores perfilharem a tese adotada pela apelante, constitui, na atualidade tema pacífico na jurisprudência dos Tribunais. Em tais circunstâncias, o comerciante é o responsável pela retenção e recolhimento do ICMS incidente nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na entrada em seu estabelecimento, cuja cobrança do imposto, não se reteve em outra unidade da federação, nem se efetuou na oportunidade do ingresso em território fluminense. DESPROVIMENTO DO RECURSO.”

2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa ao inciso II e alínea “b” do inciso XII do § 2º do art. 155 da Magna Carta, bem como aos §§ 3º e 8º do art. 34 do ADCT.

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o entendimento do Tribunal de origem afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Confira-se, nesse sentido, a ementa do RE 213.396, sob a relatoria do ministro Ilmar Galvão:

“TRIBUTÁRIO. ICMS. ESTADO DE SÃO PAULO. COMÉRCIO DE VEÍCULOS NOVOS. ART. 155, § 2º, XII, B, DA CF/88. CONVÊNIOS ICM Nº 66/88 (ART. 25) E ICMS Nº 107/89. ART. 8º, INC. XIII E § 4º, DA LEI PAULISTA Nº 6.374/89.

O regime de substituição tributária, referente ao ICM, já se achava previsto no Decreto-Lei nº 406/68 (art. 128 do CTN e art. 6º, §§ 3º e 4º, do mencionado decreto-lei), normas recebidas pela Carta de 1988, não se podendo falar, nesse ponto, em omissão legislativa capaz de autorizar o exercício, pelos Estados, por meio do Convênio ICM nº 66/88, da competência prevista no art. 34, § 8º, do ADCT/88.

Essa circunstância, entretanto, não inviabiliza o instituto que, relativamente a veículos novos, foi instituído pela Lei paulista nº 6.374/89 (dispositivos indicados) e pelo Convênio ICMS nº 107/89, destinado não a suprir omissão legislativa, mas a atender à exigência prevista no art. 6º, § 4º, do referido Decreto-Lei nº 406/68, em face da diversidade de estados aos quais o referido regime foi estendido, no que concerne aos mencionados bens.

A responsabilidade, como substituto, no caso, foi imposta, por lei, como medida de política fiscal, autorizada pela Constituição, não havendo que se falar em exigência tributária despida de fato gerador.

Acórdão que se afastou desse entendimento.Recurso conhecido e provido.”4. Outros precedentes: AIs 207.377-AgR, sob a relatoria do ministro

Néri da Silveira; e 337.669, sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa; bem como REs 217.432, sob a relatoria do ministro Moreira Alves; 232.055, sob a relatoria do ministro Menezes Direito; 323.220, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; e 467.386, sob a relatoria do ministro Eros Grau.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.976-2 (444)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ROBERTO DE ALMEIDAADV.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ FLESCH CHAVES E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : CECÍLIA ARANALDE LAMA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : CURVOS GLASS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

VIDROS LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FABIO CIUFFI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Republicana, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 85):

“TRIBUTÁRIO. OBRIGAÇÃO AO PORTADOR RESULTANTE DE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. LEGITIMIDADE DA UNIÃO. PRAZO PRESCRICIONAL.

1. Hipótese de litisconsórcio entre a União e a Eletrobrás que resulta na competência da Justiça Federal para o julgamento do feito. 2. Conforme o art. 2.º, parágrafo único, da Lei n.º 5.073/66, o valor principal das obrigações tomadas a partir de 1967, decorrentes de empréstimo compulsório sobre energia elétrica, seria resgatável depois de 20 anos da emissão do título, e anualmente seriam pagos juros de 6%, sujeitos ambos à correção monetária. 3. Dessa forma, a cada ano, a partir do seguinte ao da emissão do título, para os juros, e do vigésimo, para o valor principal do empréstimo, começava a correr a prescrição qüinqüenal dos créditos pretendidos pela autora (Decreto n.º 20.910/32 e Decreto-lei 4.597/42). 4. Sendo o título emitido em 1974, a

prescrição do valor principal e da última parcela dos juros teve início em 1994 e esgotou-se em 1999, inexigíveis, portanto, por ação interposta no ano de 2003.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta, em síntese, violação ao inciso I do art. 109 e ao § 1º do art. 173 da Magna Carta de 1988, bem como ao art. 55 da Constituição Federal de 1967, com a redação da EC nº 01/69.

3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Paulo de Tarso Braz Lucas, opina pelo não conhecimento do apelo extremo.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, apenas à Justiça Federal compete dizer se há, ou não, interesse da União em determinado feito. Precedente: RE 144.880, sob relatoria do ministro Celso de Mello.

5. Por outra volta, o aresto impugnado decidiu a controvérsia com base na legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 4.156/62). Pelo que ofensa à Carta Federal, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que impede a abertura da via extraordinária. No mesmo sentido, confiram-se as decisões proferidas nos AIs 614.626, sob a relatoria do Ministro Joaquim Barbosa; e 730.418, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.

6. De mais a mais, são de incidir as Súmulas 279 e 283 do STF. Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21

do RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.053-1 (445)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO

DOS MÉDICOS DE LIVRAMENTO LTDA - UNICRED LIVRAMENTO

ADV.(A/S) : RAFAEL VIEIRA GRAZZIOTIN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da incidência da contribuição do PIS sobre os valores derivados de atos cooperativos.

Neste RE alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida incidência.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 598.085-RG/RJ, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 598.085-RG/RJ.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.483-4 (446)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARTINA ROSELLO LARRONDO BICCAADV.(A/S) : THIAGO CECCHINI BRUNETTO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que são devidos honorários advocatícios em execução de sentença proferida em ação coletiva contra a Fazenda Pública, ainda que não embargada.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 100 da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. É que os Ministros desta Corte, no RE 599.903-RG/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia versada nos presentes autos, por entender que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, não conheço do recurso (CPC, art. 543-A, § 5º).Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 106

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.035-0 (447)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : POSTO BIG BEN LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO XAVIER AMARAL E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“MANDADO DE SEGURANÇA – COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS – ICMS – VENDA DE COMBUSTÍVEIS – PROCESSUALIDADE. - O Mandado de Segurança não se presta como ação declaratória e para compensar créditos do ICMS, muito menos quando complexa a matéria, a demandar a produção de provas, donde que inviável o seu manejo com tais objetivos” (fl. 278).

Neste RE, fundando no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a constitucionalidade da restituição da diferença de ICMS pago a mais no regime de substituição tributária, com base no art. 150, § 7º, da Constituição Federal.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no feito. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. Nestes autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Verifico que os recorrentes não impugnaram os fundamentos do

acórdão recorrido referente à inviabilidade do mandado de segurança, bem como da inexistência de prova inequívoca do direito pleiteado no caso em questão. Incide, portanto, a Súmula 284 do STF, haja vista a deficiente fundamentação do recurso extraordinário.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (RE 225.953/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 212.537/SP e AI 556.279/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 372.686/PA, Rel. Min. Ellen Gracie).

Além disso, o debate acerca da existência de prova inequívoca e conducente do direito líquido e certo dos recorrentes demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, observa-se que, com a inadmissão do recurso especial na origem (fls. 363-364, com trânsito em julgado certificado à fl. 369), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.473-3 (448)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVARECDO.(A/S) : MARIA DO CARMO SANTOSADV.(A/S) : ALEXANDRE DESOTTI COSTA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgou procedente a pretensão de servidores estaduais inativos e pensionistas à restituição dos valores descontados de seus proventos a título de contribuição previdenciária, inclusive as quantias destinadas ao custeio de assistência à saúde.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a constitucionalidade da referida contribuição.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar de servidores públicos ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540-RG/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.204-3 (449)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : EDGAR CARVALHO DA ROSA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : TERESA NOELI NUNES JUCÁ E OUTRO (A/S)

Trata-se de recursos extraordinários interpostos pela União e pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul contra acórdão que proveu parcialmente o apelo dos autores, ao seguinte entendimento:

“RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ATO JURISDICIONAL. CONDENAÇÃO CRIMINAL POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO. ERRO JUDICIÁRIO, COM POSTERIOR ABSOLVIÇÃO, EM REVISÃO CRIMINAL.

Segundo a moderna doutrina, o Estado responde pelos danos causados por atos jurisdicionais, nos termos do art. 5º, inc. LXXV c/c art. 37, § 6º, ambos da Constituição Federal. Absolvidos os ora autores em sede de revisão criminal, com força no art. 386, inc. IV, do CPP, reconhecendo-se o erro judiciário lato sensu.

(...)” (fl. 919).Nestes recursos extraordinários, fundados no art. 102, III, a, da

Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVIII, b e c, LXXV, e 37, § 6º, todos da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Quanta à alegada ofensa ao art. 5º, XXXVIII, b e c, da Constituição,

como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a discussão acerca da existência do erro judiciário foi decidida pelo acórdão recorrido com base no conjunto fático-probatório constante dos autos, consoante se observa do seguinte trecho do voto da relatora do aresto impugnado:

“(...)Se o Código de Processo Penal previa, no artigo 621, que a revisão

dos processos findos seria admitida ‘quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado’ (inc. III), tendo surgido essas provas, não aceitas no dia do julgamento pelo Tribunal do Júri, em face da intempestividade na sua obtenção, há que se considerar a existência de erro judiciário na condenação dos apelantes. E não se pode debitar aos mesmos culpa pela situação condenatória, já que a prova somente fora obtida naquela altura dos acontecimentos. A absolvição deu-se com base no art. 386, inc. IV do CPP, o que não elide a indenização, como seria o caso do inciso VI” (fls. 927-928).

Assim, o exame do recurso extraordinário requer a prévia análise das provas dos autos, o que é inviável, nos termos da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 489.291/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 241.767-AgR/RO e RE 549.227/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 565.590/PR, Rel. Min. Cezar Peluso.

Quanto ao mérito, melhor sorte não assiste aos recorrentes. A orientação desta Corte é no sentido de que há responsabilidade civil objetiva do Estado e direito à indenização por erro judiciário. É o que se depreende do julgamento proferido no RE 505.393/PE, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, assim ementado:

“Erro judiciário. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Direito à indenização por danos morais decorrentes de condenação desconstituída em revisão criminal e de prisão preventiva. CF, art. 5º, LXXV. C.Pr.Penal, art. 630.

1. O direito à indenização da vítima de erro judiciário e daquela presa além do tempo devido, previsto no art. 5º, LXXV, da Constituição, já era previsto no art. 630 do C. Pr. Penal, com a exceção do caso de ação penal privada e só uma hipótese de exoneração, quando para a condenação tivesse contribuído o próprio réu.

2. A regra constitucional não veio para aditar pressupostos subjetivos à regra geral da responsabilidade fundada no risco administrativo, conforme o art. 37, § 6º, da Lei Fundamental: a partir do entendimento consolidado de que a regra geral é a irresponsabilidade civil do Estado por atos de jurisdição, estabelece que, naqueles casos, a indenização é uma garantia individual e, manifestamente, não a submete à exigência de dolo ou culpa do magistrado.

3. O art. 5º, LXXV, da Constituição: é uma garantia, um mínimo, que nem impede a lei, nem impede eventuais construções doutrinárias que venham a reconhecer a responsabilidade do Estado em hipóteses que não a de erro judiciário stricto sensu, mas de evidente falta objetiva do serviço público da Justiça”.

Isso posto, nego seguimento aos recursos extraordinários (CPC, art. 557, caput).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 107

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.534-4 (450)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIMED PIRAPORA - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICO LTDAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, II e XXXV, 93, IX, 145, II, 150, I, III, b, e § 7º, 194, 195, § 4º, e 196, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento

do Supremo Tribunal Federal que, ao julgar a ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Ademais, a jurisprudência desta Corte vem ratificando este entendimento. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que este Tribunal entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver, ‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Ademais, como se sabe, esta Corte tem consignado o entendimento de que não é cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.620-1 (451)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : AILÊ DE ARAÚJO TAVARES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : CLÁUDIO JOSÉ RESENDE FONSECARECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser improcedente a pretensão de servidores estaduais inativos à restituição das quantias oriundas de cobrança de contribuição destinada ao custeio de assistência médico-hospitalar.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida cobrança.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar de servidores públicos ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540-RG/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.671-5 (452)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIMED PATROCÍNIO - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICO LTDAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, II e XXXV, 93, IX, 145, II, 150, I, III, b, e § 7º, 154, I, 194, 195, § 4º, e 196, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento

do Supremo Tribunal Federal que, ao julgar a ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Ademais, a jurisprudência desta Corte vem ratificando este entendimento. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que este Tribunal entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 108

medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver, ‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Ademais, como se sabe, esta Corte tem consignado o entendimento de que não é cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.567-6 (453)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARÍLIA BARROS CORREA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ABDALA LÔBO ANTUNESRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgou improcedente a pretensão de servidores estaduais inativos e pensionistas à restituição dos valores descontados de seus proventos a título de contribuição destinada ao custeio de assistência à saúde.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida cobrança.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar de servidores públicos ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540-RG/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.197-8 (454)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MOREIRA MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO ALVES MOTTA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão de afastou a aplicação do art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar 118/05.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, ofensa ao art. 97 da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional versada oferece repercussão geral, porquanto impugna decisão contrária a súmula do Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º).

A pretensão recursal merece acolhida.É que o acórdão recorrido está em dissonância com a jurisprudência

desta Corte consolidada na edição da Súmula Vinculante 10, cujo teor segue transcrito:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte”.

Ressalte-se que, durante os debates, fixou-se entendimento de que a afronta ao art. 97 da Constituição persiste mesmo que o Tribunal a quo tenha, por meio do pleno ou de seu órgão especial, declarado, após a interposição do recurso extraordinário sob julgamento, a inconstitucionalidade do dispositivo afastado.

Nessa hipótese, a decisão atacada também será cassada, mas apenas para aplicação, pelo relator ou pelo órgão fracionário, do precedente firmado pelo pleno ou pelo órgão especial competente para a declaração de inconstitucionalidade.

Isso posto, conheço do recurso extraordinário da União e dou-lhe

provimento (CPC, art. 557, § 1º-A) para cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que se proceda a novo julgamento pelo órgão competente, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.490-0 (455)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : TEREZINHA INÊS SIQUEIRA SANTOS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MARIA BEATRIZ PENNA MISK

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgou improcedente a pretensão de servidores estaduais inativos e pensionistas à restituição dos valores descontados de seus proventos a título de contribuição destinada ao custeio de assistência à saúde.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida cobrança.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ cobrança de contribuição para o custeio de assistência médico-hospitalar de servidores públicos ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.540-RG/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.540-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.017-4 (456)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ODIR AMANCIO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : WELLINGTON DE LIMA ISHIBASHI E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser legítima a extensão do pagamento do adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85 aos inativos, sob o fundamento de que a vantagem discutida possui caráter geral.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 40, § 8º (redação dada pela EC 20/98), sob o argumento de que o adicional de insalubridade, por ser gratificação de serviço, não pode ser estendido a todos os inativos. Além disso, destacou-se que apenas os inativos que preencherem os requisitos estipulados no art. 6º e nas disposições transitórias da LC 432/85 farão jus ao adicional. Por fim, aduziu-se que a concessão da vantagem discutida está condicionada à prévia demonstração da prática de atividade insalubre, por meio de laudo técnico.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional ora em debate oferece repercussão geral, porquanto o recurso extraordinário impugna decisão contrária à jurisprudência dominante deste Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º), notadamente o RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; o RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto; o AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; o RE 274.177-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; e o AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

A pretensão recursal merece acolhida. A jurisprudência dominante desta Corte tem se orientado no sentido de que o adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85, por não ser vantagem de caráter geral, não deve ser estendido aos inativos. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDORES MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 432/85. NÃO-EXTENSÃO AOS INATIVOS. INVERSÃO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

O Supremo Tribunal Federal exclui do âmbito normativo do § 4º do artigo 40 da Lei Maior (§ 8º na redação da EC 20/98) a vantagem ou benefício cujo fato gerador seja o exercício de atividade. Daí porque os servidores inativos não têm direito ao adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar paulista nº 432/85.

Precedentes: RE 200.258, RE 235.271, RE 337.467, RE 258.713-AgR, AI 196.140-AgR, AI 492.003-AgR, RE 206.597-AgR, e REs 213.576 e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

Page 109: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · reu(É)(s) :jÚnio cÉsar ferreira adv.(a/s) :marcos vinicius witczak e outro (a/s) reu(É)(s) :josÉ jairo ferreira cabral

STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 109

223.763. Acolhido o recurso extraordinário do Estado, impõe-se a inversão dos

ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita.

Desprovido o agravo regimental dos servidores e provido o do Estado de São Paulo” (RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Militares do Estado de São Paulo. Lei Complementar no 432/85. Atividades insalubres. Vantagem funcional. Inativos e pensionistas. Inaplicabilidade do art. 40, § 4o, da CF/88. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).

No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes: RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 540.357/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 403.218/SP, Rel. Min. Nelson Jobim.

Isso posto, forte no disposto no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo da origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.050-6 (457)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SAPS - SAÚDE ADMINISTRADORA DE PLANOS DE

SAÚDE S/C LTDAADV.(A/S) : FERNANDA EGÉA CHAGAS CASTELO BRANCO E

OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, II, 154, I, 195, § 4º, 196, caput, 198, § 1º, 199, caput, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento

do Supremo Tribunal Federal que, ao julgar a ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Ademais, a jurisprudência desta Corte vem ratificando este entendimento. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que este Tribunal entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver, ‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Além disso, esta Corte tem consignado o entendimento de que não é cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.270-3 (458)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : EDSON G DE LIMA & CIA LTDAADV.(A/S) : LAERTE POLLI NETO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

1.A hipótese dos autos versa sobre a restituição de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária quando há diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2.O Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 593.849/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão proferida no dia 17.9.2009.

3.No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.955-4 (459)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : JOSÉ ALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CLOVES GONÇALVES DA SILVA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ARILDO RICARDO E OUTRO (A/S)

1.A hipótese dos autos versa sobre a legalidade da cobrança de contribuição previdenciária sobre pensões e proventos de militares inativos relativamente ao advento das Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03.

2.Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 596.701, rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão de 24.04.2009.

3.No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.238-5 (460)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTA HELENAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO SOUSA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MARIANA VIEIRA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO JORGE LOBATO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 110

entendeu que, para demissão de servidor público municipal concursado, faz-se necessário prévio processo administrativo em que se assegure contraditório e ampla defesa, sob pena de nulidade do ato administrativo.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 2º e 37, caput e II, da mesma Carta.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ possibilidade de a Administração Pública anular atos que repercutiram em interesses individuais de administrados, sem prévia instauração de procedimento administrativo que permita ao prejudicado o exercício do contraditório e da ampla defesa ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 594.296-RG/MG, Rel. Min. Menezes Direito).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 594.296-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.672-1 (461)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO

NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA VALDICE DE MORAIS BEZERRAADV.(A/S) : CARLSON GERALDO CORREIA GOMES E OUTRO

(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu inexistir, nos termos do art. 485, V, do CPC, violação literal a disposição de lei apta a ensejar ação rescisória.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, II, 40, III, b (na redação anterior à EC 20/98), 102, § 2º, da mesma Carta, bem como ao decidido na ADI 178/RS.

O Subprocurador-Geral da República Wagner de Castro Mathias Netto opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 289-293).

A pretensão recursal não merece acolhida.Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de

repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A jurisprudência da Corte tem se orientado no sentido de que o debate acerca dos pressupostos de admissibilidade da ação rescisória não enseja a abertura da via extraordinária, por envolver questões de caráter infraconstitucional. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 596.231-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; AI 653.793-AgR/SP, Rel. Min. Menezes Direito; AI 637.009-AgR/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 548.464-AgR/BA, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 559.132-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 454.135-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 416.316-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 410.333-AgR/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 702.182-AgR/PB, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.823-5 (462)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : SANTA CASA DE MISERICÓRDIA NOSSA SENHORA

DE FÁTIMA E BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA DE ARARAQUARA

ADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega violação aos arts. 5º, II, LV; 154, I; 195, § 4º; 196; 198, § 1º; 199 da Constituição federal.

Esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.995-9 (463)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS FISCAIS DE CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS DO ESTADO DO PARANÁ - SINFISPAR E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : ROMUALDO PAESE E OUTRO (A/S)

DESPACHO (ref. às Petições 103963/2009, 104923/2009 e 110786/2009):

Desentranhem-se as Petições 103963/2009 e 104923/2009, tendo em vista que seus signatários não dispõem de capacidade postulatória, não podendo pleitear em juízo, circunstância essa que obsta a análise do presente pedido. Devolvam-nas aos signatários.

Quanto à Petição 110786/2009, trata-se de pedido formulado por Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil no Paraná - SINFISPAR e Associação dos Auditores da Receita Federal do Brasil do Paraná – AFIPA, objetivando a homologação da renúncia e a exclusão da lide de 202 Auditores Fiscais que integram a relação jurídica no presente recurso extraordinário, conforme anexo de fls. 572-576. Alegam que tal solução se faz necessária a fim de evitar o pagamento em duplicidade da gratificação objeto do pedido em função de litispendência, uma vez que já há decisão judicial proferida nos autos n. 2008.34.00.019754-5, na 20ª Vara Federal de Brasília, Seção Judiciária do Distrito Federal, ajuizada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP e que abrange os referidos auditores.

Deixo de homologar os pedidos de renúncia constantes das referidas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 111

petições, porquanto o presente recurso extraordinário já foi julgado pela decisão de fls. 487-488, publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 14.08.2009.

Ademais, verifico que a decisão do juiz da 20ª Vara Federal de Brasília (fls. 567-570) condicionou o levantamento das requisições de pagamento dos 202 auditores, tão-somente à juntada, naqueles autos, de termos de renúncia, preenchido por cada substituído, ao direito concedido na presente ação (fls. 569).

Certifique-se o trânsito em julgado da decisão de fls. 487-488.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.718-8 (464)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIMED SÃO LOURENÇO - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGEL E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega violação aos arts. 93, IX; 145, II; 150, I; 194; 195; 196; 197; 198, § 1º; 199, da Constituição federal.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos dos arts. 145, II; 150, I; 197, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282.

Ademais, inexiste a alegada ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, porquanto o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora recorrente.

Por fim, esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau,

DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.918-1 (465)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CANGURU EMBALAGENS S/A E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : TSA QUÍMICA DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : SIMONE CAMPETTI AMARAL E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS.

INCONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS NS. 10.637/2002 E 10.833/2003 COM BASE NOS FUNDAMENTOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 3º DA LEI N. 9.718/98. IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou apelação em

mandado de segurança, nos termos seguintes:“PIS. COFINS. ALARGAMENTO DA BASE DE CÁLCULO.

MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. LEI Nº 9.718/98. LEIS Nº 10.637/2002 E 10.833/2003. COMPENSAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA.

O Supremo Tribunal Federal entendeu que o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718, alterando as Leis Complementares ns. 07 e 70, ampliou a base de cálculo do PIS e da COFINS criando nova fonte de custeio da seguridade, o que somente pode ser feito por meio de lei complementar, nos termos do parágrafo 4º do artigo 195 do texto constitucional. O conceito de receita bruta ou faturamento deve ser entendido como o que decorrer da venda de mercadorias, de mercadorias e serviços ou da venda de serviços.

Não se diga que a edição da emenda constitucional nº 20 convalidou a Lei nº 9.718/98. Isso porque trata-se de lei com vício de origem, ao contrário do que ocorre com as normas anteriores ao novo diploma constitucional que são por ele recepcionadas.

A inconstitucionalidade do artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718 não se estende às Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003. É que estas últimas possuem fundamento de validade no artigo 195, I, alínea b, da Constituição com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, já transcrito. Consoante a nova orientação do texto constitucional, é legítima a cobrança do PIS e da COFINS tendo como base de cálculo o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

O STF (RE 357.950) declarou inconstitucional somente o § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, permanecendo legítima a majoração da alíquota prevista naquele normativo.

Considerando que a expressão ‘receita’ introduzida no art. 195, I, alínea b, da CF, pela EC 20/98, não implicou em significativa modificação do texto constitucional, visto que, os conceitos de faturamento e receita bruta são equivalentes, não há impedimento das Medidas Provisórias nº 66/2002 e 135/2003 estabelecerem normas relativas ao PIS e à COFINS, não incidindo a coibição do art. 246 da Constituição.

Juntamente com a majoração da alíquota de 3% para 7,6%, e de 0,65% para 1,65% para as empresas optantes pela tributação considerado o lucro real, as Leis nº 10.637 e 10.833 instituíram a não-cumulatividade das contribuições e o direito ao aproveitamento de créditos. Estas medidas, sem a conseqüente majoração das alíquotas acarretariam, na prática, a redução da carga tributária desses contribuintes.

Tanto na fixação da alíquota, em 7,6% e 1,65% (art. 2º), como nos creditamentos admitidos para definição da base de cálculo (art. 3º), as Leis nº 10.833/2003 e 10.637/2002 exerceram sua competência sem ofensa à Constituição Federal. O artigo 195, § 12, da Carta Magna confere à lei a competência para definir os setores de atividade econômica para os quais a COFINS passa a ser não cumulativa. O parágrafo 9º do mesmo artigo, com a redação conferida pela EC nº 20/98, já permitia a diferenciação tanto da alíquota quanto da base de cálculo com base na atividade econômica do contribuinte.

Após o trânsito em julgado da sentença, cabível a compensação das quantias recolhidas a maior a título de PIS e da COFINS com as próprias contribuições ou outros tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal.

Aplicação da SELIC, a partir de 1º.01.1996, substituindo a indexação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 112

monetária e os juros” (fls. 212 e 212v).3. Os Recorrentes alegam que o Tribunal a quo teria afrontado os

arts. 195, inc. I, alínea b, e 246, da Constituição.Argumentam que:“Ao se ter utilizado do conectivo disjuntor excludente ‘ou’, o texto

constitucional – de rigidez inigualável no campo de outorga de competência tributária impositiva – impôs ao legislador das Leis n. 10.637/2002 e 10.833/03 uma única possibilidade, quando fosse eleger a base de cálculo possível para a contribuição em causa: ou uma base de cálculo (no caso, a ‘receita’), ou a outra base de cálculo (no caso, o faturamento’). Jamais as duas ao mesmo tempo (‘receita’ e ‘faturamento’); e jamais qualquer uma delas manipulada, distorcida (‘faturamento’ considerando-se o ‘total das receitas/todas as demais receitas’).

Deveras, também no texto das Leis n. 10.637/2002 e 10.833/03 (tal como na Lei n. 9.718/1998), a escolha que se fez foi pelo ‘faturamento’.

(...) Tenha-se ainda presente que as Leis n. 10.637/02 e n. 10.833/03 são

conversão das MPs 66/2002 e 135/2003, que, ao pretender regular o artigo 195, I, da Constituição da República, violaram o artigo 246 do mesmo texto, motivo pelo qual os enunciados das referidas Leis, atinentes ao PIS/COFINS – dentre os quais se inclui a alíquota – são inconstitucionais.

Daí, portanto, a manifesta inconstitucionalidade das Leis ns. 10.637/02 e 10.833/03, no que diz respeito à alteração da base de cálculo e, por consequência, da alíquota da contribuição ao PIS/COFINS, por ofensa direta aos artigos 246 e 195, I, ‘b’, da Constituição” (fl. 253).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste aos Recorrentes.O Desembargado Relator consignou em seu voto condutor que:“A inconstitucionalidade do artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718 não se

estende às Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003. É que estas últimas possuem fundamento de validade no artigo 195, I, alínea b, da Constituição com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, já transcrito. Consoante a nova orientação do texto constitucional, é legítima a cobrança do PIS e da COFINS tendo como base de cálculo o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

O STF (RE 357.950) declarou inconstitucional somente o § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, permanecendo legítima a majoração da alíquota prevista naquele normativo” (fl. 212).

É entendimento deste Supremo Tribunal de que às Leis ns. 10.637/02 e 10.833/03 não se aplicam os fundamentos de inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98.

Nesse sentido:“Embargos declaratórios. Efeito Infringente. Conhecimento dos

embargos como agravo regimental. 2. COFINS. Lei 9.718/98. RREE 336.134 e 357.950. 3. Aplicação, no tempo, dos efeitos da proclamação de inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98. Leis 10.637/02 e 10.833/03. Identidade de fundamentos. Inexistência. Legislação posterior à EC 20/98. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

(...)Contudo, é óbvio, a partir da simples leitura dos pronunciamentos da

Corte em torno da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei n. 9.718/98, que os fundamentos conducentes a esta interpretação encontram suporte, exclusivamente, na redação do inciso I do art. 195 da Constituição anteriormente ao advento da EC n. 20/98.

Portanto, sem adentrar em qualquer outra consideração em torno das Leis ns. 10.637/02 e 10.833/03, pode-se seguramente afirmar, pela data de sua edição – já na vigência da EC n. 20/98 – que a elas não se aplicam os mesmos fundamentos de inconstitucionalidade afirmados pela Corte em torno do § 1º do art. 3º da Lei n. 9.718/98” (RE 379.243-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 9.6.2006 – grifei).

E, ainda:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

COFINS. LEI 9.718/98. LEI 10.833/03. 1. Identidade de fundamentos. Inexistência. Legislação posterior à EC 20/98. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 483.213-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 18.5.2007 – grifei).

O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte recorrente.

5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.106-1 (466)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OMEGA ASSISTÊNCIA MÉDICA S/C LTDA

ADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela inconstitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 196, 197 e 199, § 2º, da mesma Carta.

A pretensão recursal merece acolhida. O acórdão recorrido está em confronto com a jurisprudência desta

Corte, que, no julgamento da ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Esse entendimento vem sendo ratificando por este Tribunal. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que esta Corte entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia.

Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver, ‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Isso posto, dou provimento ao recurso (CPC, art. 557, § 1º-A). Invertido os ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.142-8 (467)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : AC COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : GABRIEL KURZ PERES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : HELOISA FERREIRAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ALMEIDA FEIJO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela possibilidade de compensação de precatórios, inclusive os de natureza alimentar, com débitos tributários, nos termos do art. 78, § 2º, do ADCT.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXVI, 100, § 1º, e 78 do ADCT.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 566.349-RG/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 113

do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão que será apreciada no RE 566.349-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.283-1 (468)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIA CARMEN DIAS RIBEIRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que são devidos honorários advocatícios em execução de sentença proferida em ação coletiva contra a Fazenda Pública, ainda que não embargada.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, LV, e 100, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. É que os Ministros desta Corte, no RE 599.903-RG/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia versada nos presentes autos, por entender que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, não conheço do recurso (CPC, art. 543-A, § 5º).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.901-1 (469)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SUZENIR LOBO DEVIDES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : IVAN GARCIA GOFFI E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR

PÚBLICO. SALÁRIO-BASE INFERIOR AO SALÁRIO-MÍNIMO: POSSIBILIDADE. SÚMULA COM EFEITO VINCULANTE N. 16. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESUNÇÃO DE EXISTÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Salário-base de servidor paulista não pode ser inferior ao salário-mínimo” (fl. 166).

2. A Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 7°, inc. IV e VII, 37, inc. XIII, e 39, § 2º, da Constituição da República.

Argumenta que, “se não há lei alguma prevendo que o cálculo do padrão dos recorridos deve ser efetuado tomando-se por base o salário-mínimo, é evidente que a pretensão deles neste sentido não merece acolhida” (fl. 203).

Sustenta, ainda, que “a Constituição Federal coíbe expressamente a vinculação de vencimentos, para efeito de remuneração (artigo 37, inc. XIII), subentendendo-se, assim, que às pessoas políticas fica vedado atrelar a remuneração de seu pessoal à variação ou evolução de índices, valores, fatores ou coeficientes estranhos ao âmbito dessa pessoa” (fl. 205).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão de direito assiste ao Recorrente.4. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Recorrente intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esta se presume “quando o recurso (...) impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante”.

5. Em 25 de junho de 2009, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 582.019, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, o Plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou o entendimento jurisprudencial segundo o qual é a remuneração total dos servidores que não pode ser inferior ao salário-mínimo

e não o seu vencimento básico.Confira-se, a propósito, a ementa desse julgado:“CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. SALÁRIO-BASE

INFERIOR AO SALÁRIO-MÍNIMO. POSSIBILIDADE. ARTS. 7º, IV, E 39, § 3º (REDAÇÃO DADA PELA EC 19/98), DA CONSTITUIÇÃO. I - Questão de ordem. Matéria de mérito pacificada no STF. Repercussão geral reconhecida. Confirmação da jurisprudência. Denegação da distribuição dos recursos que versem sobre o mesmo tema. Devolução desses RE à origem para adoção dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. Precedentes: RE 579.431-QO/RS, RE 582.650-QO/BA, RE 580.108-QO/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 591.068-QO/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 585.235-QO/MG, Rel. Min. Cezar Peluso. II – Julgamento de mérito conforme precedentes. III – Recurso provido” (RE 582.019-AgR, DJe 13.2.2009).

6. Ademais, naquela assentada, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula com efeito vinculante n. 16:

“Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público”.

7. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.8. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Ficam invertidos os ônus de sucumbência.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.016-8 (470)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE CHAPECÓ - SCINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que indeferiu mandado de segurança sob o argumento de que no âmbito dos Juizados Especiais Federais não cabe recurso contra decisão interlocutória.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, caput, LIV e LV, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 576.847/BA, Rel. Min. Eros Grau, entendeu que não cabe mandado de segurança contra decisão interlocutória proferida em Juizado Especial. O acórdão ficou assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO. DECISÃO LIMINAR NOS JUIZADOS ESPECIAIS. LEI N. 9.099/95. ART. 5º, LV DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO.

1.Não cabe mandado de segurança das decisões interlocutórias exaradas em processos submetidos ao rito da Lei n. 9.099/95.

2.A Lei n. 9.099/95 está voltada à promoção de celeridade no processamento e julgamento de causas cíveis de complexidade menor. Daí ter consagrado a regra da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, inarredável.

3.Não cabe, nos casos por ela abrangidos, aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de instrumento, ou o uso do instituto do mandado de segurança.

4.Não há afronta ao princípio constitucional da ampla defesa (art. 5º, LV da CB), vez que decisões interlocutórias podem ser impugnadas quando da interposição de recurso inominado.

Recurso extraordinário a que se nega provimento.”Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 114

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.361-2 (471)PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SINAL TRABALHO TEMPORÁRIO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado: “PROCESSUAL CIVIL. REGISTRO DO BEM NO DETRAN.

ANOTAÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. INEXISTÊNCIA DA CONSTRIÇÃO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.

- A jurisprudência do STJ não admite a anotação da existência de execução fiscal no registro de veículo no DETRAN antes de arrestados ou penhorados os bens indicados pelo exequente” (fl. 34).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXV, e LV, 93, IX, e 97, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Além disso, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo ainda que a exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa a razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Por fim, não procede a alegação de ofensa ao art. 97 da CF/88. É que, no caso, não houve declaração de inconstitucionalidade de lei por órgão fracionário de Tribunal nem o afastamento de norma por fundamentos extraídos da Constituição. Na verdade, o acórdão impugnado cingiu-se a mencionar a jurisprudência do STJ alusiva à hipótese em exame, sem fazer qualquer juízo acerca de dispositivos da Constituição.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.559-3 (472)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO SANTANDER BANESPA S/AADV.(A/S) : MÔNICA MENDES FERREIRA DE MELO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : PAULO CEZAR MAGALHÃESADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO MARTINS E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que manteve sentença que condenou o réu ao pagamento de expurgos inflacionários do Plano Collor I.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, LV, e 98, I, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com apoio unicamente nas normas infraconstitucionais pertinentes ao caso. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

É certo, ainda, que a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, nos termos da jurisprudência desta Corte, a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.801-1 (473)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELISETE GHISLENI DOS SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

1.A hipótese dos autos versa sobre a fixação de honorários advocatícios em execução de sentença contra a Fazenda Pública, não embargada, oriunda de ação coletiva.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 599.903, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 10.09.2009.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.950-5 (474)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARCUS VINICIUS CAVALCANTI SOARESADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS CAVALCANTI SOARES JÚNIOR E

OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“(...) EMPREGO CELETISTA DE ASSESSOR JURÍDICO DO TRT – 7ª REGIÃO. TRANSFORMAÇÃO EM CARGO EM COMISSÃO. ILEGALIDADE. CARGO DE PROVIMENTO EFETIVO.

(...)- A Lei nº 8.112/90, editada para regular a situação dos servidores

flagrados pela Carta Magna de 1988, no seu art. 243, caput e § 1º, determinou a transformação dos empregos dos servidores dos poderes da União, dos ex-territórios, das autarquias e das fundações públicas, regidos pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, em cargos públicos, exceto em relação àqueles contratados por prazo determinado. E, da leitura do § 2º do mesmo artigo, compreende-se que as funções de confiança integrantes de tabela permanente seriam transmudadas em cargos de provimento efetivo.

- O postulante prova ser servidor do TRT-7ª Região, ocupante, desde o dia 05 de março de 1987, da função de confiança de Assessor Jurídico, emprego celetista de código TRT.LT-DAS. 102.5, a qual, a teor do Ato nº 80/86 da Presidência do TRT da 7ª Região e da Resolução nº 208/86 do Tribunal Pleno, integrava a ‘Tabela Permanente de Pessoal’ daquele Pretório.

- Com a transmudação da situação funcional dos servidores públicos, implantada pelo Regime Jurídico Único, aquele cargo deveria ter sido transformado em cargo público de provimento efetivo e não em comissão, a teor do art. 243, caput e §§ 1º e 2º, da Lei 8.112/90.

- Apelação e remessa oficial improvidas” (fl. 207).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 37, caput, 48, X, 96, II, b, da mesma Carta, bem como ao art. 19, caput e § 2º do ADCT.

A pretensão recursal não merece acolhida. A apreciação do tema constitucional, no caso, depende do prévio exame de norma infraconstitucional (Lei 8.112/90, Ato 80/86 e Resolução 208/86, do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido o decidido no AI 270.801/CE, Rel. Min. Nelson Jobim.

Ademais, verifica-se que o acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com apoio no conjunto fático-probatório constante dos autos, consoante se observa do seguinte trecho do voto do relator do acórdão impugnado:

“Vale ressaltar que o postulante, a teor da declaração acostada às fls. 04 dos autos, prova ser servidor do TRT – 7ª Região, ocupante, deste o dia 05 de março de 1987, da função de confiança de Assessor Jurídico, emprego celetista de código TRT.LT-DAS.102.5.

Tais empregos se inseriam em tabela permanente de pessoal. Sobre o fato não paira qualquer dúvida, porquanto o Ato nº 80/86 da Presidência do TRT da 7ª Região, que os criou, com base na autorização contida na Resolução nº 208/86 do Tribunal Pleno, determinou expressamente integrarem tais funções de confiança a ‘Tabela Permanente de Pessoal’ daquele Pretório (doc. às fls. 11)” (fls. 203-204).

Assim, entender de forma diversa do acórdão recorrido, para se concluir que o emprego celetista de Assessor Jurídico ocupado pelo recorrido não poderia ser transformado em cargo de provimento efetivo, requer a prévia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 115

análise das provas dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Por fim, com a negativa de seguimento ao Recurso Especial 938.213/

CE (fls. 297-300, 315-321, 340-343), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.176-1 (475)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTÔNIA JAKELINE RODRIGUES DE SOUZAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA VALE SAMPAIO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que confirmou a sentença que julgou procedente o pedido de anulação do exame psicotécnico, por entender que não foi assegurado o direito de defesa dessa fase do certame nem houve objetividade nos critérios adotados.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 37, I e II, da mesma Carta, ao argumento de que o exame psicotécnico ora discutido foi previsto no art. 10, da Lei 6.880/80 e regulamentado pela Portaria nº 709/GM3, de 8 de setembro de 1993.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque, ainda que a Lei 6.880/80 seja expressa quanto à exigência de exame psicotécnico, o acórdão recorrido entendeu que o referido exame foi realizado com base em critérios subjetivos, sem previsão de recorribilidade.

Desse modo, o aresto não divergiu do entendimento desta Corte, que considera ilegítimo o exame psicotécnico realizado com base em critérios subjetivos ou sem a possibilidade de exercício do direito a recurso administrativo.

No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes, entre outros: RE 466.061-AgR/RR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 660.815-AgR/RR, Rel. Min. Eros Grau; RE 469.871-AgR/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 552.550/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Além disso, para decidir em sentido diverso do acórdão atacado, faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e de cláusulas do edital, o que é inviável nos termos das Súmulas 279 e 454 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.244-0 (476)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : CÂNDIDO PEDRO DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA E OUTRO

(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - Expedição de precatório complementar - Pretensão de discussão da aplicação dos juros, no restante das dívidas - Impossibilidade - Matéria preclusa - Alegação de inconstitucionalidade de expedição de precatório complementar - Inocorrência - Proibição de utilização simultânea de precatório, para uma parte da dívida, e o de pagamento imediato (sem expedição de precatório) para outra parte – Inocorrência – Decisão Mantida – Recurso desprovido” (fl. 173).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 100, § 4º, da mesma Carta, bem como ao art. 33 do ADCT.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional versada nopresente recurso oferece repercussão geral, porquanto impugna decisão contrária àjurisprudênciadominante do Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º), notadamente a ADI 2.924/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; o AI 495.536-ED/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; o RE 543.604-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; o AI 534.539-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes e o RE 168.019/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão.

A pretensão recursal merece parcial acolhida. Tem razão o recorrente acerca da alegada ofensa ao art. 100, § 4º, da

CF/88. Esta Corte tem consignado o entendimento de que os pagamentos, na hipótese de complementação de débitos da Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, decorrentes de decisões judiciais, deverão ser objeto de novo precatório, com a devida citação da Fazenda Pública, nos termos do art. 100 da CF/88. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 168.019/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão:

“EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. CÁLCULO COMPLEMENTAR. Indispensabilidade de expedição de precatório, a ser processado na forma prevista no art. 100 e parágrafos, da Constituição, não havendo cabimento para notificação, ao Poder Público, no sentido de que promova a complementação do pagamento em prazo assinado pelo Juiz. Recurso extraordinário conhecido e provido”.

No mesmo sentido, cito, entre outras, as seguintes decisões: ADI 2.924/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 543.604-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 495.193-AgR/SP e AI 495.536-ED/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 534.539-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Por outro lado, quanto à alegada violação ao art. 33 do ADCT, não prospera o recurso. O acórdão recorrido entendeu que ocorreu preclusão consumativa quanto à questão da incidência de juros moratórios e compensatórios, sob o fundamento de que não houve impugnação, quanto a este ponto, no momento oportuno. Todavia, o recorrente cingiu-se a tecer considerações sobre a forma de cobrança dos referidos juros ¾ o que não foi objeto do acórdão recorrido ¾ sem atacar o fundamento referente à ocorrência de preclusão. Assim, evidenciada a deficiência na fundamentação do recurso, incide, no caso, a Súmula 284 do STF.

Além disso, o aresto recorrido afastou à alegada violação ao art. 33 do ADCT com apoio no conjunto fático-probatório dos autos, cujo reexame é inviável em recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF.

Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe parcial provimento (CPC, art. 557, § 1º-A), apenas para que o pagamento do saldo remanescente seja efetuado mediante a expedição de novo precatório, com a devida citação da Fazenda Pública. Honorários a serem fixados pelo Juízo da origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.407-8 (477)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BRASÍLIA DE MINASADV.(A/S) : CAMILA DRUMOND ANDRADERECDO.(A/S) : JOSÉ ADÉLIO MARTINS DA CRUZADV.(A/S) : MÁRIO RODRIGUES ROCHAADV.(A/S) : GERALDO EUSTÁQUIO ESCOBAR

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu que a contratação irregular de servidor pela Administração Pública não afasta o direito do contratado ao recebimento das verbas trabalhistas referentes às férias integrais e proporcionais, ao 13º salário integral e proporcional, e ao abono do PIS.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 37, II, IX e § 2º, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional em debate oferece repercussão geral, porquanto o recurso impugna decisão contrária à jurisprudência dominante do Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º).

A pretensão recursal merece acolhida. Ambas as Turmas deste Tribunal têm seguido a orientação de que “a

nulidade de contrato de trabalho firmado com entidade da Administração Pública sem a prévia realização de concurso público – por afronta do artigo 37, II, da Constituição – não gera efeitos trabalhistas, sendo devido apenas o saldo de salários pelos dias efetivamente trabalhados” (AI 361.878-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma). No mesmo sentido, transcrevo ementa do AI 753.568-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau, julgado pela 2ª Turma:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CONCURSO PÚBLICO. INOBSERVÂNCIA. NULIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS. SALDO DE SALÁRIO. 1. Após a Constituição do Brasil de 1988, é nula a contratação para a investidura em cargo ou emprego público sem prévia aprovação em concurso público. Tal contratação não gera efeitos trabalhistas, salvo o pagamento do saldo de salários dos dias efetivamente trabalhados, sob pena de enriquecimento sem causa do Poder Público. Precedentes. 2. A regra constitucional que submete as empresas públicas e sociedades de economia mista ao regime jurídico próprio das empresas privadas --- art. 173, §1º, II da CB/88 --- não elide a aplicação, a esses entes, do preceituado no art. 37, II, da CB/88, que se refere à investidura em cargo ou emprego público. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Com idêntico entendimento, cito ainda as seguintes decisões: AI 677.753-AgR/RS, de minha relatoria; AI 680.939-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; RE 259.113/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 761.776/RS e AI 707.534/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 743.712-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, forte no disposto no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo da origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 116

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.504-0 (478)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CARLOS HENRIQUE MACIELADV.(A/S) : MIGUEL GERALDO GODINHO DELGADO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : CREDIBANCO S/AADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que indeferiu o pedido de assistência judiciária gratuita e, em consequência, não conheceu dos embargos de declaração, por estar deserto.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXV, LV, e LXXIV, e 93, IX, da mesma Carta.

A pretensão recursal merece acolhida. O acórdão recorrido está em dissonância com a jurisprudência da Corte, no sentido de que a simples afirmação de incapacidade financeira basta para a concessão do benefício de assistência judiciária (art. 4º da Lei 1.060/50). Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. LEI Nº 1.060/50, ART. 4º, C.F., ART. 5º, LXXIV. INCOMPATIBILIDADE INOCORRENTE.

O art. 4º da Lei nº 1.060/50 não colide com o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, bastando à parte, para que obtenha o benefício da assistência judiciária, a simples afirmação da sua pobreza, até prova em contrário.

Recurso extraordinário não conhecido” (RE 204.458/PR, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma).

“CONSTITUCIONAL. ACESSO À JUSTIÇA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. Lei 1.060, de 1950. C.F., art. 5º, LXXIV.

I. - A garantia do art. 5º, LXXIV —– assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos —– não revogou a de assistência judiciária gratuita da Lei 1.060, de 1950, aos necessitados, certo que, para obtenção desta, basta a declaração, feita pelo próprio interessado, de que a sua situação econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família. Essa norma infraconstitucional põe-se, ademais, dentro no espírito da Constituição, que deseja que seja facilitado o acesso de todos à Justiça (C.F., art. 5º, XXXV).

II. - R.E. não conhecido” (RE 205.746/RS, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma).

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 668.401-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 640.797-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 755.720/MS, Rel. Min. Carlos Britto; AI 755.433/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 656.779/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Isso posto, conheço do recurso e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A), para deferir o benefício da assistência judiciária gratuita, e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, para prosseguir no julgamento da causa.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.591-1 (479)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PINEIS EMPREENDIMENTOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO KLEIN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.610-1 (480)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

RECTE.(S) : CONVIAS S/A CONCESSIONÁRIA DE RODOVIASADV.(A/S) : GERSON FISCHMANN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS RODOSUL S/AADV.(A/S) : VANIOS ANTONIO NERVOINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DNERADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DAER/RSINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – AUSÊNCIA DE

ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL.1.O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou provimento a

apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 1636):AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONSERVAÇÃO DE RODOVIA.

INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO. INTERESSE DE AGIR. CONFIGURADO. PERDA DO OBJETO. NÃO-CONFIGURADA.

As obras de colocação das defensas ao longo da BR 116 nos pontos mais críticos de acidentes restaram concluídas exclusivamente por força da decisão judicial emanada desta ação, não restando configurada a perda de objeto.

Pela farta prova documental carreada, demonstrando que, em vários trechos da rodovia, inexistia a devida proteção (defensas), e tendo em conta que o prazo contratado para as providência atinentes ao objeto da presente demanda não se mostra razoável para o fim a que se propõe (a ação), qual seja o zelo pela segurança dos usuários da rodovia, configurado o interesse de agir.

A má conservação de uma rodovia submete os seus usuários a um risco, às vezes maior do que o suportável, às vezes não, mas que sempre apresenta uma exposição potencialmente lesiva ou fragilizadora. Possível a intervenção do Poder Judiciário quando a exposição ou a fragilização da saúde e da segurança dos usuários de determinada rodovia é inequivocamente manifesta e atinge níveis intoleráveis.

2.Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos de gerais de admissibilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente credenciado, restou protocolada no prazo assinado em lei.

A leitura da decisão impugnada revela que, em momento algum, foi adotado entendimento contrário à Carta da República. Registrou a Corte de origem de forma detalhada, o interesse de agir, a possibilidade jurídica do pedido, consignando a presença do binômio utilidade/necessidade da prestação jurisdicional, a fim de garantir-se a “segurança dos usuários da rodovia” (folha 1633). Ocorreu, na espécie, interpretação de normas estritamente legais. Vale notar que o acesso ao Judiciário é uma das garantias previstas no artigo 5º da Constituição Federal, não se podendo, ante decisão formalizada, cogitar de violência à separação dos Poderes.

3.Nego seguimento a este extraordinário.4.Publiquem.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.831-6 (481)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA DO DISTRITO

FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCO SOARES PEREIRAADV.(A/S) : JOÃO AMÉRICO PINHEIRO MARTINS E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DE CARROCEIROS DO PARANOÁ -

ASCARPADV.(A/S) : FÁBIO HENRIQUE BINICHESKI

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“JUROS DE MORA. TAXA DE 6% (SEIS POR CENTO) AO ANO. ART. 1º-F DA LEI 9.494/1997. ENTE PÚBLICO CONDENADO COMO RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIO. INAPLICÁVEL. A incidência dos juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano sobre as condenações impostas à Fazenda Pública para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores e empregados públicos, prevista na Lei 9.494/97, é tema pacífico nesta Corte, a teor do entendimento concentrado na Orientação Jurisprudencial 7 do Tribunal Pleno. Entretanto, em se tratando de execução decorrente de condenação subsidiária (item IV da Súmula 331 do TST),

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 117

hipótese em que o exeqüente não é servidor ou empregado público, a Fazenda Pública não se beneficia da taxa de juros reduzida prevista na lei acima citada.

Recurso Ordinário a que se nega provimento” (fl. 281).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se

ofensa ao art. 5º, II, da mesma Carta.Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de

repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Além disso, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ademais, esta Corte entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais (Lei 9.494/1997) pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.894-4 (482)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LAÉRCIO INÁCIO DA ROSA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MAURO DEL CIELLO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : INES HELENA BARDAWIL PENTEADORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu legítima a contribuição previdenciária instituída pela Lei Complementar estadual 943/03.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 40, § 12, 150, I e II, 195, caput e § 5º, e 201 da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais em debate. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. Nestes autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, para verificar a procedência do argumento referente à “ausência de destinação específica dos tributos arrecadados pela recorrida” (grifos no original, fl. 289), faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e das normas locais pertinentes, o que inviabiliza o recurso extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.065-5 (483)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : GIRLENE APARECIDA DA CRUZ MOURA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu ser legítima a extensão do pagamento do adicional de insalubridade, instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85, aos inativos, sob o fundamento de que a vantagem discutida possui caráter geral.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 40, § 8º (redação dada pela EC 20/98), sob

o argumento de que o adicional de insalubridade, por ser gratificação de serviço, não pode ser estendido a todos os inativos.

Preliminarmente, verifico que a questão constitucional ora em debate oferece repercussão geral, porquanto o recurso extraordinário impugna decisão contrária à jurisprudência dominante deste Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º), notadamente o RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; o RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto; o AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; o RE 274.177-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; e o AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

A pretensão recursal merece acolhida. A jurisprudência dominante desta Corte tem se orientado no sentido de que o adicional de insalubridade, instituído pela Lei Complementar Estadual 432/85, por não ser vantagem de caráter geral, não deve ser estendido aos inativos. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDORES MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 432/85. NÃO-EXTENSÃO AOS INATIVOS. INVERSÃO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

O Supremo Tribunal Federal exclui do âmbito normativo do § 4º do artigo 40 da Lei Maior (§ 8º na redação da EC 20/98) a vantagem ou benefício cujo fato gerador seja o exercício de atividade. Daí porque os servidores inativos não têm direito ao adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar paulista nº 432/85.

Precedentes: RE 200.258, RE 235.271, RE 337.467, RE 258.713-AgR, AI 196.140-AgR, AI 492.003-AgR, RE 206.597-AgR, e REs 213.576 e 223.763.

Acolhido o recurso extraordinário do Estado, impõe-se a inversão dos ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita.

Desprovido o agravo regimental dos servidores e provido o do Estado de São Paulo” (RE 253.340-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Militares do Estado de São Paulo. Lei Complementar no 432/85. Atividades insalubres. Vantagem funcional. Inativos e pensionistas. Inaplicabilidade do art. 40, § 4o, da CF/88. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).

No mesmo sentido, cito, dentre outros, os seguintes precedentes: RE 443.355-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 493.401-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 492.003-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 540.357/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 403.218/SP, Rel. Min. Nelson Jobim.

Isso posto, forte no disposto no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo da origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.140-6 (484)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : LUIZ GOMES PALHA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MARIA NAZARÉ BARBOSA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CLEITON LEITE DE LOIOLA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento a agravo de instrumento e manteve decisão que inadmitiu recurso de revista, sob o fundamento de que não houve demonstração de ofensa direta à Constituição Federal.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, II, 37 e 62 da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida.Quanto à alegada ofensa ao art. 62 da Constituição, como tem

consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a discussão acerca da admissibilidade de recurso trabalhista situa-se no âmbito da legislação processual do trabalho. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 539.736/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 586.372/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 580.066/SC, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 523.714/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso.

Por fim, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 118

contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.147-3 (485)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA AUTARQUIAS FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF

ADV.(A/S) : ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO –AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO – LITISPENDÊNCIA - INTERESSE PROCESSUAL - LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM - LEI DISTRITAL 3.624/2005 - EXCESSO DE EXECUÇÃO - JUROS DE MORA.

1 - A ausência da procuração outorgada pelo Sindireta ao seu advogado, por não acarretar prejuízo às partes, não impede o conhecimento dos embargos, vez que se encontra nos autos em apenso

2 - Afasta-se a alegação de litispendência, vez que a execução promovida pelo SINDIRETA-DF, trata de obrigação de fazer, e a promovida pelo Embargado, por quantia certa.

3 - A impetração de mandado de segurança coletivo não constitui impedimento para que os interessados promovam, individualmente, a execução do julgado, tratando-se de legitimidade ativa concorrente.

4 - A Lei Distrital nº 3.624/2005 possui caráter instrumental-material, não podendo ser aplicada retroativamente, para alcançar direitos adquiridos anteriormente à sua edição.

5 - O servidor deve arcar com a parcela referente ao custeio dos valores pagos a título de benefício alimentação, nos termos da Lei Distrital nº 786/94 e Decreto nº 16.423/95.

6 - No que concerne aos juros moratórios, prevalece o entendimento de que devem ser aplicados à razão de 1% (um por cento) ao mês, nas ações propostas anteriormente à edição da Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que inseriu o artigo 1º-F, na Lei nº 9.494/97. Entretanto, há que se observar os cálculos constante da execução, não se podendo agravar a situação do embargante em sede de embargos à execução.

7 - Preliminares rejeitadas. Embargos à execução julgados parcialmente procedentes” (fl. 476).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 37, caput, e 100, § 4º (acrescentado pela EC 37/2002), da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, o acórdão recorrido dirimiu a questão à luz da legislação infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Por fim, com a negativa de seguimento ao recurso especial, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, com base no art. 557, caput, do CPC, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.428-6 (486)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECDO.(A/S) : JUAREZ CUNHAADV.(A/S) : TERESINHA AZEVEDO DE OLIVEIRA CUNHAINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado: “MANDADO DE SEGURANÇA. PERDA DE OBJETO.

INOCORRÊNCIA. ATRASO NO PAGAMENTO DOS VENCIMENTOS E PROVENTOS DOS ASSOCIADOS. PRAZO. ARTIGO 36 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. CONCESSÃO DA ORDEM.

Inocorre perda de objeto do mandado de segurança pelo pagamento da parcela restante dos vencimentos e proventos no mês de abril do corrente porque a pretensão não está restrita a este mês, existindo a pretensão de manutenção do calendário de pagamentos então vigentes, situação que se repetiu no mês seguinte e que poderá perdurar nos meses subseqüentes.

Os vencimentos e proventos devem ser pagos até o último dia útil do mês de trabalho, caracterizada a ilegalidade no não cumprimento do prazo previsto no artigo 35 da Constituição Estadual, violando direito líquido e certo autorizador da concessão da segurança pleiteada.

Precedentes do Órgão Especial do Tribunal de Justiça. CONCESSÃO DA ORDEM, POR MAIORIA” (grifos no original, fl. 96).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 1º, III, 2º, 5º, XXXIV, a, e XXXV, 7º, VI e X, 25, caput e § 1º, 37, caput e XV, e 84, II, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais em debate. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. Nestes autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. É o que ocorre nos presentes autos, salvo quanto aos arts. 5º, XXXV, 25, caput e § 1º, e 84, II, da Constituição Federal.

Além disso, diferentemente do que sustenta o recorrente, a insuficiência de recursos financeiros do Estado do Rio Grande do Sul para pagamento de remunerações, proventos e pensões não é fato incontroverso nos autos. De fato, sobre essa questão assim se pronunciou o voto condutor do acórdão:

“Em face disto, não é aceitável que as autoridades coatoras, diante dos artigos 35 e 36 da Constituição Estadual, posterguem o pagamento dos vencimentos e proventos para o dia 10 de abril do corrente, desimportando a alegação de insuficiência de recursos para honrar os pagamentos, fato não suficientemente demonstrado, tratando-se de eleição de prioridades pelo administrador, lembrando-se que a situação financeira do Estado não tem mudado muito ao longo dos anos e outros administradores tomaram providências distintas para evitar o parcelamento dos vencimentos e proventos” (grifos nossos, fl. 110).

Portanto, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, o aresto impugnado decidiu a questão com fundamento na interpretação da legislação estadual pertinente (Constituição do Estado do Rio Grande do Sul). Desse modo, para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.665-3 (487)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : FJL DISCOS LTDAADV.(A/S) : ANNA LÚCIA DA MOTTA PACHECO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil, contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, ementado nos seguintes termos [fl.91]:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. Auto-lançamento. Insurgência contra a Sentença que afastou o cálculo por dentro. Incidência sobre base de cálculo que inclui o mesmo tributo. Sistemática baseada no art. 33 da Lei Estadual nº 6.374/89. Bitributação vedada pela Constituição Federal. Violação ao art. 155, inc. I, “a”, da Constituição Federal. Ausência de repetição de Indébito nos termos do art. 166 do CTN. Verba honorária mantida. Recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 119

Improvido.”2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto no artigo

155, § 2º, XII, “i”, da CB/88, bem como ao disposto no artigo 34, § 9º, do ADCT.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.O recurso merece provimento. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o Recurso Extraordinário n. 212.209, Redator para o acórdão o Ministro Nelson Jobim, DJ de 14.2.03, fixou entendimento no sentido de ser constitucional a base de cálculo do ICMS correspondente ao valor da operação ou prestação de serviço somado ao montante do próprio imposto [cálculo “por dentro”]:

“EMENTA: Constitucional. Tributário. Base de cálculo do ICMS: inclusão no valor da operação ou da prestação de serviço somado ao próprio tributo. Constitucionalidade. Recurso desprovido.”

5.Ainda nesse sentido, o RE n. 350.923-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 20.10.06, o RE n. 358.911-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 7.4.06, o AI n. 522.777-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05, entre outros.

Dou provimento ao recurso extraordinário com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC. Inverto os ônus de sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão de justiça gratuita

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.697-1 (488)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LARISSA GIMENEZ MAZEPAADV.(A/S) : OTÁVIO PIVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu não haver direito adquirido ao reconhecimento automático de diploma de curso superior obtido no exterior, sob a vigência do já revogado Decreto 80.914.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 5º, caput e XIII, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. É que os Ministros desta Corte, no RE 584.573-RG/RS, de minha relatoria, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia versada nos presentes autos (reconhecimento automático de diploma de curso superior obtido no exterior), por entender que a questão é restrita ao interesse das partes, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

Isso posto, não conheço do recurso (CPC, art. 543-A, § 5º).Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.495-8 (489)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FABIANO FARIAADV.(A/S) : DAVID ANTONIO RODRIGUESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOPENAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO

CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O recurso tem como objeto julgado do Colégio Recursal da 24ª

Circunscrição Judiciária, Vara do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Avaré/SP, do qual se extrai:

“Inicialmente, verifica-se que foi correta a revogação da suspensão condicional do processo (fls. 90), visto que nessa oportunidade o réu apresentava o registro de um novo processo criminal (fls. 87) que se iniciou em 16/11/2005, ou seja, em data posterior à da concessão do referido benefício ao réu em 07/07/2005 (fls. 54).

Quanto à alegação de ocorrência de prescrição no período em que o processo esteve sob suspensão condicional, temos que tal intuito do recorrente não deve ser acolhido, já que contrário à previsão expressa no art. 89, parágrafo 6º, da Lei 9.099/95 (que dispõe que não corre prescrição durante o prazo de suspensão condicional de um processo).

Não há que se falar em nulidade da sentença por omissão de análise de aspectos relevantes do processo, já que a simples leitura dessa decisão permite verificar que ele aborda tudo o que realmente importa no tocante ao caso objeto da ação, dando-lhe as soluções que o magistrado sentenciante entendeu mais adequadas.

Aliás, nesse sentido, verifica-se quanto à análise dos fatos que a sentença recorrida deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95, nada havendo a acrescentar ao que já foi mencionado pelo Juízo de 1º grau, que faz análise da prova dos autos de forma a esgotar todos os assuntos debatidos no recurso” (fls. 177-178).

3. O Recorrente alega, entre outras questões, que teriam sido contrariados os arts. 5º, incs. LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Examinada a matéria trazida nos autos, DECIDO.4. Razão de direito não assiste ao Recorrente. O Recorrente foi intimado do acórdão recorrido em 2.6.2009 (fl. 182)

e, nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, “a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007”.

Após 3.5.2007, portanto, os recursos extraordinários devem apresentar “preliminar formal e fundamentada” de repercussão geral da matéria constitucional, caso contrário, estará ausente requisito fundamental para sua admissibilidade.

5. O Recorrente não traz em seu recurso a preliminar exigida, o que o torna inadmissível. Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso (art. 38 da Lei 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.533-4 (490)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DOUX FRANGOSUL S/A AGRO AVÍCOLA INDUSTRIALADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Tribunal Regional Federal da 4ª Região prolatou segundo o qual “o crédito presumido do IPI concedido com fundamento nos arts. 1º da Lei 9.363/96 e 1º da Lei nº 10.276/2001 não constitui receita auferida pela pessoa jurídica, razão pela qual não pode ser incluído na base de cálculo da COFINS e da contribuição para o PIS” [fl. 253].

2.A União sustenta que o provimento judicial violou o disposto nos artigos 149, § 2º, I, e 150, § 6º, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Ademais, a controvérsia foi decidida com respaldo na legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC.

Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 120

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.838-4 (491)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : GERALDO FRANCISCO BORGES LUCENA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CLARISSA SANTOS LUCENA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no disposto no artigo 102, III, a, da Constituição do Brasil contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto nos artigos 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

4.O recurso não merece provimento. Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que “a ofensa à Constituição, que autoriza admissão do recurso extraordinário, é a ofensa direta, frontal, e não a ofensa indireta, reflexa. Se, para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a ofensa à norma infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso” [AI n. 204.153–AgR, 1ª Turma, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836–AgR, 2ª Turma, DJ de 3.9.99].

5.Por outro lado, o Supremo tem reiteradamente decidido que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.851-1 (492)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : ELZA APARECIDA ESTEVES CAETANO E OUTRO

(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.859-7 (493)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : ANTONIO MARRUBIA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.878-3 (494)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : AULIETE ALMEIDA PEREIRA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.882-1 (495)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : OSMAR FRANCISCO LONGO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 121

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.887-2 (496)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : CHRISTOVÃO MODENA DE FRANCA BUENO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.901-1 (497)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : FÁBIO MUNIZ DA SILVAADV.(A/S) : JORGE CLÁUDIO RODRIGUES ROCHA

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- constitucionalidade do artigo 19-A da Lei n. 8.036/90, com a redação que lhe foi conferida pela Medida Provisória n. 2.164-41/01, que estabelece o direito ao depósito do FGTS ao trabalhador que foi contratado sem concurso público --- que será submetida a exame do Pleno do Supremo Tribunal Federal nos autos do RE n. 596.478, Relatora a Ministra Ellen Gracie.

Determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.960-7 (498)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MTI MAX S/A TRANSPORTES INTERNACIONAISADV.(A/S) : EVERTON BICA PEDROSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Tribunal Regional Federal da 4a Região prolatou acórdão segundo o qual “o preceito contido no art. 150, inciso IV, da Constituição Federal refere-se a tributos, não se aplicando à multa de mora, que é encargo decorrente de lei”. Afirmou que “não há qualquer caráter confiscatório na multa aplicada pelo não-cumprimento de obrigação tributária, cuja fixação segue os parâmetros estabelecidos em lei” [fl. 190].

2.O recorrente sustenta que o provimento judicial violou o disposto no artigo 150, IV, da Constituição do Brasil, eis que “o princípio do não confisco em matéria tributária não só é aplicado aos tributos em espécie como a tributação como um todo, nela englobando juros moratórios, multas e correção monetária” [fls. 221-235].

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a

jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4. O recuso comporta parcial provimento. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o princípio disposto no artigo 150, inciso IV, da Constituição do Brasil, que veda a utilização de tributos com caráter confiscatório, também se aplica às multas impostas em decorrência do descumprimento de obrigações tributárias, como se pode depreender do seguinte julgado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 2º E 3º DO ART. 57 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal. Ação julgada procedente” [ADI n. 551, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, DJ de 14.2.03].

5.Contudo, analisar se a multa em questão possui, ou não, caráter confiscatório competirá ao Tribunal de origem, eis que ao Supremo não é permitido suprimir instâncias.

Dou parcial provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC, para cassar o acórdão recorrido somente quanto ao entendimento relativo à não-aplicabilidade do princípio do não-confisco às multas tributárias e determinar que outro seja proferido com respaldo na jurisprudência do STF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.972-1 (499)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : AROLDO SCHWEITZER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARIALVA PORTES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de recurso extraordinário, interposto com suporte na alínea

“a” do inciso III do art. 102 da Constituição Republicana, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Acórdão cuja ementa ficou assim redigida (fls. 684):

“ADMINISTRATIVO. AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO E DA PRODUTIVIDADE DE IMÓVEL RURAL POR ISSO INSUSCETÍVEL DE DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL PARA FIM DE REFORMA AGRÁRIA. IMPROCEDÊNCIA.

Apesar de suficiente o grau de utilização da terra, o grau de eficiência na exploração não alcança o limite mínimo legal, pelo que não há como evitar a conclusão de que a propriedade rural em questão é improdutiva.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação aos incisos LIV e LV do art. 5º da Carta Magna.

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque as razões do apelo extremo se apresentam divorciadas da fundamentação do aresto impugnado, não demonstrando de que forma os dispositivos constitucionais foram violados. É de se aplicar, portanto, a Súmula 284 desta Corte.

4. De mais a mais, pontuo que a afronta às garantias constitucionais do processo, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto. No mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte, de que é exemplo o AI 517.643-AgR, sob a relatoria do ministro Celso de Mello. Esta a ementa do julgado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- As alegações de desrespeito aos postulados da inafastabilidade do controle jurisdicional, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.”

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 122

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.107-5 (500)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : OLGA ANASTACIOADV.(A/S) : VITOR ANTÔNIO BESCKOW FIGUEIREDO

DECISÃO: O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina prolatou acórdão segundo o qual “em aplicação ao princípio constitucional da igualdade é possível aplicar aos servidores do Poder Judiciário a possibilidade de incorporação da gratificação de insalubridade, concedida expressamente aos servidores do Poder Executivo por força da Lei Complementar Estadual n. 322/06” [fl. 77].

2.O recorrente sustenta que o provimento judicial violou o disposto nos artigos 2º e 37 da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- Lei Complementar estadual n. 322/06. Incide o óbice da Súmula n. 280 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.195-4 (501)PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA SÉTIMA VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE GOIÂNIAINTDO.(A/S) : ESTEVAM VAZ DA COSTA

1.Ante o provimento do recurso especial da parte recorrente pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 769.938/GO, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ de 03.08.2009 – fl. 103), cujo trânsito em julgado foi certificado à fl. 105, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.232-2 (502)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO KARAM CORREA DE MAGALHÃESADV.(A/S) : GLÊNIO LUIS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.A decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, no Recurso

Especial nº 938.788, substituiu o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem (art. 512 do Código de Processo Civil). Nessa contextura, o acórdão impugnado não mais subsiste. Precedentes: REs 267.490, da relatoria do ministro Marco Aurélio; e 182.317-AgR, da relatoria do ministro Octavio Gallotti, entre outros.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao inciso IX do art. 21 do RI/STF, julgo prejudicado o presente recurso.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.234-9 (503)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAU

RECTE.(S) : OLINDINA CARLOS MAIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO SOARES DE OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 2ª Região que entendeu não ser possível a extensão das vantagens pessoais devidas a segundo-tenente das Forças Armadas às pensões especiais deixadas por ex-combatentes.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo 53 do ADCT.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.A matéria que envolve a concessão de pensão especial de ex-combatente passou pelo crivo deste Tribunal, por ocasião do julgamento do AI 478.472-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 3.12.04, com a seguinte ementa:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. MILITAR. EX-COMBATENTE: CONCEITO. PENSÃO ESPECIAL. ADCT/88, art. 53, II. Lei 5.315, de 1967. I. - O ADCT/88, art. 53, caput, não conceitua o ex-combatente, deixando para a Lei 5.315/67 definí-lo. É na Lei 5.315/67, portanto, que se deve buscar o conceito de ex-combatente que fará jus aos benefícios inscritos nos incisos do citado art. 53, ADCT. A questão, pois, de índole infraconstitucional, não integra o contencioso constitucional. II. - Caso em que poderia ocorrer ofensa indireta ao art. 53, ADCT, o que não autoriza a admissão do recurso extraordinário. III. - Agravo não provido”.

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.257-8 (504)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PEDRO DA SILVA MACHADOADV.(A/S) : RÉGIS DIEL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do TJ/RS, ementado nos seguintes termos [fl. 152]:

“AÇÃO RESCISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. INSS. AUXÍLIO-ACIDENTE. MAJORAÇÃO DE PERCENTUAL. LEI MAIS BENÉFICA. CONFORME PRECEDENTE DO QUINTO GRUPO CÍVEL. ‘VIOLAÇÃO LITERAL À DISPOSIÇÃO DE LEI AUSÊNCIA. A REVIRAVOLTA JURISPRUDENCIAL ENGENDRADA POR DECLARAÇÃO, PELO STF, EM CONTROLE DIFUSO, DE INCONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DAS ALTERAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI Nº 9.032/95 A BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS CONCEDIDOS SOB A ÉGIDE DE LEGISLAÇÃO PRETÉRITA NÃO AUTORIZA A RESCISÃO DE ARESTO PROLATADO EM SENTIDO CONTRÁRIO. EFICÁCIA EX TUNC DESTA DECLARAÇÃO QUE SE RESTRINGE ÀS PARTES DOS FEITOS EM QUE EXARADA, EFEITOS EX NUNC. PRIMAZIA DO POSTULADO CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA ESTABILIDADE DAS DECISÕES JUDICIAIS. VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS QUE NÃO SE RECONHECE’. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. UNÂNIME”.

2.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

3.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 597.389-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Sessão do dia 22.4.09, reconheceu a repercussão geral da matéria e reafirmou a jurisprudência deste Tribunal que, ao apreciar o RE n. 415.454 e o RE n. 416.827, fixou entendimento segundo o qual seria inadmissível qualquer interpretação da Lei n. 9.032/95 que importe aplicação de suas disposições a benefícios concedidos em momento anterior a sua vigência. Isso porque, se o direito ao benefício foi adquirido anteriormente à edição da nova lei, o seu cálculo deveria ser efetuado de acordo com a legislação vigente à época, momento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 123

em que atendidos os requisitos necessários.4.Naquela ocasião proferi voto divergente, nos seguintes termos:“Pedi vista dos autos porque tenho reconhecido, em decisões

monocráticas, a incidência imediata da norma veiculada pelo artigo 3º da Lei n. 9.032/95. O voto do relator, o eminente Ministro Gilmar Mendes, trouxe ao debate argumentos que me pareceu adequado fossem bem examinados.

Em síntese, sustenta que [i] não se verifica, no caso, qualquer alteração global no regime previdenciário das pensões, com dano direto para os eventuais beneficiários --- o que a recorrida pretendeu, na origem, foi a aplicação da lei ao cálculo das prestações futuras relativas a benefício já concedido pelo INSS, sendo porém certo que ao caso se aplica o princípio tempus regit actum; [ii] a recorrente não há direito adquirido, visto que a situação previdenciária é estatutária, não contratual, e não há direito adquirido a regime jurídico; [iii] ‘a lei que majora o benefício da ‘pensão por morte’ deve, necessariamente e de modo expresso, indicar a fonte de custeio total’ --- incide o § 5º do artigo 195 da Constituição, definindo a inconstitucionalidade da aplicação dos preceitos da Lei n 9.032/95 a benefícios de pensão por morte concedidos em momento anterior.

02. – Não me convencem as razões do eminente relator. O Tribunal a quo julgou procedente a pretensão da ora recorrida, para

determinar fosse alterado o percentual da pensão, de modo que se o adequasse à modificação introduzida pela Lei n. 9.032/95 no artigo 75 da Lei n. 8.213/91.

A Lei n. 9.032/95, ao dar nova redação a esse artigo 75, estabeleceu que ‘o valor mensal da pensão por morte, inclusive a decorrente de acidente de trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-contribuição’. Não afetou os pressupostos constitutivos da concessão da pensão. Limitou-se a alterar o quantum percebido, cujo parâmetro é a contribuição previdenciária a que o beneficiário esteve obrigado. Por isso, reportando-me às razões do recorrente, observo de pronto que não há, no caso, violação de ato jurídico perfeito.

03. – No que concerne à assertiva de que ao caso se aplica o princípio tempus regit actum, permito-me inicialmente reportar-me às razões expostas no voto que proferi na ADI 3.105. Observei então que a tutela estabelecida pelo artigo 5o, XXXVI, da Constituição do Brasil colhe situações que se manifestam em três planos: o da existência, o da validade e o da eficácia1.

No que concerne ao plano da eficácia, a salvaguarda constitucional respeita ao direito adquirido, cujo conceito contempla situações de direito nas quais se verificam os efeitos da situação jurídica. Aqui é necessário apartarmos facta praeterita dos facta futura.

O que, no entanto, interessa bem de perto considerarmos é a facta pendentia, que encerra o momento presente; nele é que cumpre averiguarmos os efeitos da lei.

Valho-me, em linhas gerais, da exposição de PONTES DE MIRANDA2, passando à margem de disputas teóricas. O direito funda-se, irradia-se e constitui-se a partir de fator da vontade, da natureza ou da verificação de deveres sancionados por ações que ocorrem em determinado momento. Os efeitos decorrentes do direito assim identificado é que se impõe preservar. Esses efeitos dependem da lei que vige no momento em que o direito ingressa no plano da existência ou em que se verifica determinada condição ou termo.

Considerada a dimensão temporal do fenômeno jurídico, tais efeitos manifestam-se em três níveis: os efeitos produzidos no passado; os efeitos que serão produzidos no futuro, em situações nas quais a eficácia seja condicionada ou a termo; e os que se produzem de forma sucessiva, no fluir do tempo.

Nos dois primeiros casos verificam-se pontos distintos, tanto ao nível da existência quanto no da eficácia. No último, apresenta-se uma composição linear que principia com a existência válida da situação considerada, de pronto surtindo os efeitos a ela inerentes ou dela decorrentes, até sua extinção. É esse o traço do elemento sucessivo, inerente aos efeitos que se devem produzir.

No último caso, os efeitos produzidos são de natureza sucessiva, isto é, algo lineal, em vez de punctual, na lição de PONTES DE MIRANDA3, o que permite possamos identificar com precisão o tempo em que se produzem.

A lei aplica-se imediatamente aos efeitos que se manifestam nesse período. Trata-se, então, da imediatidade da lei4-5.

Aplicando-se a lei imediatamente, não afetará as condições de validade de qualquer ato passado, nem alterará as conseqüências de um direito já realizado6. Não obstante, aplicar-se-á às situações em curso, vale dizer, atingirá os efeitos [= direitos] que se verifiquem de forma sucessiva.

04. – De mais a mais é certo que a situação previdenciária dos pensionistas é estatutária. Eles são titulares de direito adquirido a perceber pensões, mas não ao regime jurídico que a elas corresponde [veja-se o RE 92.232-6, rel. Min. MOREIRA ALVES – DJ de 09.05.80]. Alterações nesse regime produzem efeitos imediatos sobre os pensionistas em qualquer sentido, seja para o que se poderia chamar o mal --- quando se os onerasse --- seja para o bem --- como se dá no caso. Quanto a este ponto, aliás, creio que o eminente Ministro relator --- que afirma ‘que a situação previdenciária é estatutária, não contratual, e não há direito adquirido a regime jurídico’ --- estará de acordo comigo.

05. – Por fim, a assertiva de que ‘a lei que majora o benefício da ‘pensão por morte’ deve, necessariamente e de modo expresso, indicar a

fonte de custeio total’, eis que incidiria aí o § 5º do artigo 195 da Constituição, também não me convence. O argumento prova demasiado --- provaria que o artigo 3º da Lei n. 9.032/95, no quanto confere nova redação ao artigo 75 da Lei n. 8.213/91, é inconstitucional.

Assim, salvo a hipótese de a Corte decidir pela inconstitucionalidade desse artigo 3º --- o que não está em debate nesta oportunidade --- não me parece possa ser tida como inconstitucional a aplicação dos preceitos da Lei n. 9.032/95 a benefícios de pensão por morte concedidos em momento anterior a sua vigência, desde então. Desde então até a vigência da Lei n. 9.528/97, atualmente vigente, que pelas mesmas razões acima desenvolvidas aplica-se imediatamente à situação de que se cuida.

Nego provimento ao recurso extraordinário.”Ressalvado este meu entendimento, oposto ao da maioria do Pleno,

sou compelido a dar provimento ao recurso extraordinário de fls. 189-199, nos termos dos precedentes citados com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC. Declaro invertidos os ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de o recorrido encontrar-se alcançado pelos efeitos da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

___

1Ao cuidar do ato jurídico perfeito, o preceito constitucional está a referir situações existentes e válidas [mesmo que ainda não eficazes] --- exemplificando: o testamento formalizado no regime da lei anterior, enquanto vivo o testador, e, de forma geral, os negócios jurídicos sujeitos a condição suspensiva. Nesses casos, verificados os pressupostos da existência e os elementos da validade, as situações mantêm-se íntegras, a salvo de eventuais modificações, no direito positivo, que incidam sobre tais pressupostos e elementos. Não se trata, então, de direito adquirido, mas de ato jurídico perfeito --- os contemplados pelo testamento feito no regime da lei anterior [enquanto vivo o testador], ou os contratantes que se vincularam sob condição suspensiva [enquanto esta não se verifica], não são titulares de "direito adquirido". Resulta nítida, destarte, a distinção entre direito adquirido e ato jurídico perfeito, o que evita a confusão entre ambos, quando o primeiro é submetido ao segundo e vice-versa. Pois é certo existir direito adquirido que não se funda em ato jurídico perfeito [os direitos do nascituro, v.g.] e ato jurídico perfeito que não implica direito adquirido [justamente os negócios sujeitos a condição suspensiva e o testamento, em ambos os casos enquanto, respectivamente, não verificada a condição, ou vivo o testador].2 Comentários à Constituição de 1967 com a Emenda n. 1 de 1969, 2ª ed., vol. V, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 1969. 3 - Ob. cit., p. 82.4 Cf. PONTES DE MIRANDA, ob. cit., p. 80.5 Vide PAUL ROUBIER, Le droit transitoire, 2éme edition, Dalloz et Sirey, Paris, 1960, pp.292 e ss.6 CARLOS MAXIMILIANO, Direito intertemporal ou Teoria da retroatividade das leis, Freitas Bastos, Rio, 1946, p.22.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.269-1 (505)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUSRECDO.(A/S) : ELIZABETH MARIA LOPES GONÇALVESADV.(A/S) : AFFIMAR CABO VERDE FILHO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz do preceito constitucional que o recorrente indica como violado. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Ademais, para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 124

7.Por fim, a jurisprudência do Supremo fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.275-6 (506)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : MARCUS F H CALDEIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ CARLOS MEDEIROS DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTA DUMANI PESSANHA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- definição da competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria paga por entidade de previdência privada --- que será submetida a exame do Pleno, nos autos do RE n. 586.453, Relatora a Ministra Ellen Gracie.

Determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.298-5 (507)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : JOSÉ GARCIA DOS SANTOS E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que manteve sentença que julgou extinta a execução fiscal, tendo em vista a prescrição do crédito tributário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 146, III, b, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que a decisão dos embargos infringentes limitou-se a analisar norma infraconstitucional (Lei 5.172/1966), o que inviabiliza o extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.359-1 (508)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : GERDA SCHRÖDERADV.(A/S) : ADJAR ALAN SINOTTI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão da Segunda Turma Recursal do Juizado Especial Federal da 3ª Região que, acolhendo preliminar arguida pelo INSS, julgou extinto o processo sem julgamento de mérito, sob o entendimento de que não havendo processo administrativo não há se falar em lide.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo 5º, incisos XXXIV, “a”, e XXXV, da Constituição do Brasil.

3.A respeito do tema, o Ministro Carlos Velloso, no julgamento do RE n. 158.543, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 6.10.95, assim se pronunciou:

“[...] quando o administrado vem a Juízo, diretamente, pleitear algo contra a administração pública, sem que nada tivesse requerido administrativamente, tenho como atendido o requisito do interesse de agir, se a administração contesta, em Juízo, o mérito da pretensão. Neste caso, não teria sentido dar pela inexistência do interesse de agir, se é possível ao Judiciário examinar as razões e as contra-razões de um e de outro. Neste caso tem-se uma pretensão contestada. Isto se faz, evidentemente, tendo em vista o caráter instrumental do processo.”

Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC, e determino o retorno dos autos à origem, para que se julgue o mérito da controvérsia.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.382-5 (509)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : DISBETIL - DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS

TIMBAUBENSE LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de restituição

do ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 593.849, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

3. Por outra volta, esta Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

Isso posto, e frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.136-1 (510)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS - SEDUCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : CLÁUDIA DE LIMA E SILVAADV.(A/S) : NORMANDO PINHEIRO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – SOBRESTAMENTO.1.O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 596.478-7/RR, concluiu

pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade dos artigos 19-A e 20 da Lei nº 8.036/90, no que conferiram a servidor contratado pela Aministração Pública de forma irregular, sem a submissão a concurso público, a percepção do FGTS.

2.Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo ocorrido a intimação do acórdão em data anterior à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento destes autos.

3.À Assessoria, para o acompanhamento cabível.4.Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.581-3 (511)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS - SECRETARIA DE ESTADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

Page 125: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · reu(É)(s) :jÚnio cÉsar ferreira adv.(a/s) :marcos vinicius witczak e outro (a/s) reu(É)(s) :josÉ jairo ferreira cabral

STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 125

DA EDUCAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO - SEDUCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : TEREZA ANJOS DE SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : MARLENE CARVALHO E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 510

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.793-1 (512)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO CARLOS CHAGASADV.(A/S) : VICTOR LUIZ DE SALLES FREIRE E OUTRO (A/S)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.837-6 (513)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AUGUSTO EVANGELISTA AQUINO FILHOADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 512

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.172-6 (514)PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A - BNBADV.(A/S) : ANA CAROLINA MARTINS DE ARAÚJO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ EMILIO DOS SANTOSADV.(A/S) : RENATO CARLOS CRUZ MENESES

Despacho: Idêntico ao de nº 512

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.241-1

(515)

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : DORIVAL ANTONIO MELITOADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHOEMBARGOS DECLARATÓRIOS - EFEITO MODIFICATIVO -

CONTRADITÓRIO.1.Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão proferida.2.Diga a parte embargada.3.Publiquem.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.879-7

(516)

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULEMBDO.(A/S) : ANDRÉ GARCIAADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 515

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.957-0

(517)

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : LAURO BRACARENSE FILHO E OUTRO (A/S)

EMBDO.(A/S) : ÁLVARO DUTRA NUNESADV.(A/S) : ELISÂNGELA BAGETO DE SOUZA

Despacho: Idêntico ao de nº 515

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.845-8 (518)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : MARIA ANCILA DOMINI FLORES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGEMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Despacho: Idêntico ao de nº 515

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. CARLOS BRITTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.629-0 (519)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : ROSSELINE APARECIDA GONÇALVES GENEROSOADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

2. Da leitura dos autos, observo que o Tribunal de origem entendeu ser ilegítima a contribuição previdenciária sobre o abono por participação em reunião pedagógica instituída pelo Município de Belo Horizonte. Isso por considerar que mencionado abono não se incorpora aos vencimentos do servidor.

3. Pois bem, a parte recorrente sustenta, em síntese, violação ao caput e § 12 do art. 40, ao art. 195 e ao § 11 do art. 201 da Magna Carta. Requer a incidência da contribuição sobre o aludido abono.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o deslinde da controvérsia depende da interpretação da legislação municipal aplicável ao caso. Logo, as ofensas ao Magno Texto, se existentes, ocorreriam de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária (incidência da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal).

5. À guisa de precedentes, vejam-se os AIs 730.315, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 742.524, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio; 744.610, sob a relatoria do ministro Eros Grau; e 763.550, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.534-6 (520)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : YONE OLIVEIRA DA SILVA PONTESADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 519

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.871-0 (521)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : TAMARA ANGELICA FELIX LANAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

2. Da leitura dos autos, observo que o Tribunal de origem entendeu ser ilegítima a contribuição previdenciária sobre o abono por participação em reunião pedagógica instituída pelo Município de Belo Horizonte. Isso por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 126

considerar que mencionado abono não se incorpora aos vencimentos do servidor.

3. Pois bem, a parte recorrente sustenta, em síntese, violação ao § 3º do art. 40, ao § 5º do art. 195 e ao § 11 do art. 201 da Magna Carta. Requer a incidência da contribuição sobre o aludido abono.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o deslinde da controvérsia depende da interpretação da legislação municipal aplicável ao caso. Logo, as ofensas ao Magno Texto, se existentes, ocorreriam de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária (incidência da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal).

5. À guisa de precedentes, vejam-se os AIs 730.315, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 742.524, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio; 744.610, sob a relatoria do ministro Eros Grau; e 763.550, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.105-2 (522)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : GLEYTON PRADOADV.(A/S) : CAROLINA CARDOSO GUIMARÃES LISBOARECDO.(A/S) : MARIA ELISA GOMES DOS SANTOSADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.481-2 (523)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA ALFREDO FERREIRA COELHOADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.498-7 (524)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : RONALDO ZANOTTIADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.656-0 (525)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : NILDA MARIA DA SILVA MENDESADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.455-4 (526)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : MARLENE RAMOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.370-6 (527)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : RENATO CALDEIRA DE ARAÚJOADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 521

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 520.622-1 (528)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : ABIGAIL MELO PESSOA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO LOBATO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (constitucionalidade do recolhimento do FGTS no caso de contratação sem concurso público, prevista no art-19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2164-41/2001.) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.833-2 (529)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : RIZOLETA GONÇALVES LIMAADV.(A/S) : SÉRGIO DE LIMA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 528

AGRAVO DE INSTRUMENTO 535.358-3 (530)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MARIA MOTA BARROSADV.(A/S) : ALDEMIR ALMEIDA BATISTA

Despacho: Idêntico ao de nº 528

AGRAVO DE INSTRUMENTO 582.705-6 (531)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MARIA DO CARMO QUEIROZ NERISADV.(A/S) : JANDER CARDOSO DOS SANTOS

Despacho: Idêntico ao de nº 528

AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.594-9 (532)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MARIA FRANCISCA BRITO DE SOUZAADV.(A/S) : ALDEMIR ALMEIDA BATISTA

Despacho: Idêntico ao de nº 528

AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.506-1 (533)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : OSNI FRANCISCO NEUMANNADV.(A/S) : MARIA RAQUEL DUARTE E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 127

AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : MIGUEL ÂNGELO SEDREZ JUNIOR

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Revisão de benefício previdenciário em decorrência da majoração do teto de benefícios efetuada pela Emenda Constitucional n. 20/98. Aplicação aos benefícios anteriormente concedidos) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 564.354, rel. min. Cármen Lúcia).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.630-2 (534)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ANTÔNIO RAIMUNDO SERAFINADV.(A/S) : MARIA RAQUEL DUARTE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUIZ ALLENDE-TOHA DE LIMA BASTOS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 533

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.837-9 (535)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LICÉIA TEREZINHA SIMÃO BRUM E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : AMARILDO MACIEL MARTINS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e b, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que permitiu a cobrança de honorários advocatícios em execução não embargada pela Fazenda Pública, em execução individual oriunda de sentença proferida em ação civil pública.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816 (red. para o acórdão min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.10.2004), declarou, incidentalmente, “a constitucionalidade da Medida Provisória 2.180-35/2001, com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (CPC, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do art. 100 da CF” (INFORMATIVO STF. “Fazenda Pública. Honorários advocatícios. Execução não embargada”. Brasília: Supremo Tribunal Federal, nº 363, 27 set. 2004/1º out. 2004).

O fundamento principal para o reconhecimento da constitucionalidade material do art. 1º-D da Lei 9.494/1997, acrescido pela Medida Provisória 2.180-35, foi o fato de inexistir mora da Fazenda Pública na execução por quantia certa não embargada, tendo em vista a sua necessária submissão ao regime dos precatórios.

No presente caso, não obstante tratar-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, permanece incólume o fato de a Fazenda Pública não estar em mora. Persistindo o motivo pelo qual foi declarada a constitucionalidade do citado dispositivo, a solução do caso haverá de ser a mesma. Extraio do voto proferido no RE 486.493-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ de 02.02.2007 passagem que bem elucida esse entendimento:

“Impende ressaltar, finalmente, que se revela inviável a pretensão da parte ora agravante no sentido de que ‘(...) a presente ação trata de execução individual destinada à satisfação de direito reconhecido em sentença condenatória proferida em ação coletiva, não sendo possível a aplicação do art. 1º - D da Lei 9.494/97 (MP nº 2.180-35/01), uma vez que tais execuções possuem elevada carga cognitiva’ (fls. 288).

É que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 478.197-AgR-ED/RS, rel. min. Gilmar Mendes, e apreciando esse específico aspecto da controvérsia ora em exame, firmou entendimento que desautoriza a pretensão de direito material ora deduzida pela parte agravante, como se evidencia da seguinte passagem do voto do eminente

Ministro Gilmar Mendes, Relator, proferido por ocasião do referido julgamento:“Vê-se que não assiste razão a embargante quando afirma que não

se aplica aos casos de ação civil pública a interpretação dada por esta Corte ao art. 1º-D da Lei 9.494, de 1997, com a redação da Medida Provisória nº 2.180-35/2004. Este Tribunal não excluiu desse entendimento as ações coletivas.”

Nesse sentido: RE 478.197-AgR-ED, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 29.09.2006; RE 555.974-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJe de 30.04.2009.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, assentando serem indevidos honorários advocatícios no presente caso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.620-6 (536)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NELCI GENGNAGEL OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 535

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.681-8 (537)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

DO PARANÁ - CEFET/PRPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NEIVA REGINA PIZATO BRESOLIN E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 535

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.759-2 (538)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ARY OTÁVIO CANABARRO DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : FELIPE CARLOS SCHWINGEL E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 535

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.674-0 (539)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANDRÉIA KURITZA DO NASCIMENTO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que permitiu a cobrança de honorários advocatícios em execução não embargada pela Fazenda Pública, em execução individual oriunda de sentença proferida em ação civil pública.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816 (red. para o acórdão min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.10.2004), declarou, incidentalmente, “a constitucionalidade da Medida Provisória 2.180-35/2001, com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (CPC, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do art. 100 da CF” (INFORMATIVO STF. “Fazenda Pública. Honorários advocatícios. Execução não embargada”. Brasília: Supremo Tribunal Federal, nº 363, 27 set. 2004/1º out. 2004).

O fundamento principal para o reconhecimento da constitucionalidade material do art. 1º-D da Lei 9.494/1997, acrescido pela Medida Provisória 2.180-35, foi o fato de inexistir mora da Fazenda Pública na execução por quantia certa não embargada, tendo em vista a sua necessária submissão ao regime dos precatórios.

No presente caso, não obstante tratar-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, permanece incólume o fato de a Fazenda Pública não estar em mora. Persistindo o motivo pelo qual foi declarada a constitucionalidade do citado dispositivo, a solução do caso haverá de ser a mesma. Extraio do voto proferido no RE 486.493-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ de 02.02.2007 passagem que bem elucida esse

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 128

entendimento:“Impende ressaltar, finalmente, que se revela inviável a pretensão

da parte ora agravante no sentido de que ‘(...) a presente ação trata de execução individual destinada à satisfação de direito reconhecido em sentença condenatória proferida em ação coletiva, não sendo possível a aplicação do art. 1º - D da Lei 9.494/97 (MP nº 2.180-35/01), uma vez que tais execuções possuem elevada carga cognitiva’ (fls. 288).

É que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 478.197-AgR-ED/RS, rel. min. Gilmar Mendes, e apreciando esse específico aspecto da controvérsia ora em exame, firmou entendimento que desautoriza a pretensão de direito material ora deduzida pela parte agravante, como se evidencia da seguinte passagem do voto do eminente Ministro Gilmar Mendes, Relator, proferido por ocasião do referido julgamento:

“Vê-se que não assiste razão a embargante quando afirma que não se aplica aos casos de ação civil pública a interpretação dada por esta Corte ao art. 1º-D da Lei 9.494, de 1997, com a redação da Medida Provisória nº 2.180-35/2004. Este Tribunal não excluiu desse entendimento as ações coletivas.”

Nesse sentido: RE 478.197-AgR-ED, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 29.09.2006; RE 555.974-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJe de 30.04.2009.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, assentando serem indevidos honorários advocatícios no presente caso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.431-6 (540)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NEIVA FINK TAMINSKI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 539

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.373-3 (541)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VALÉRIA BUCKUPADV.(A/S) : CAROLINA MACHADO CYRILLO DA SILVA E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 539

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.899-8 (542)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LÍVIA OLIVEIRA RIBEIRO DE MIRANDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e b, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que permitiu a cobrança de honorários advocatícios em execução não embargada pela Fazenda Pública, em execução individual oriunda de sentença proferida em ação civil pública.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816 (red. para o acórdão min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.10.2004), declarou, incidentalmente, “a constitucionalidade da Medida Provisória 2.180-35/2001, com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (CPC, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do art. 100 da CF” (INFORMATIVO STF. “Fazenda Pública. Honorários advocatícios. Execução não embargada”. Brasília: Supremo Tribunal Federal, nº 363, 27 set. 2004/1º out. 2004).

O fundamento principal para o reconhecimento da constitucionalidade material do art. 1º-D da Lei 9.494/1997, acrescido pela Medida Provisória 2.180-35, foi o fato de inexistir mora da Fazenda Pública na execução por quantia certa não embargada, tendo em vista a sua necessária submissão ao regime dos precatórios.

No presente caso, não obstante tratar-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, permanece incólume o fato de a Fazenda Pública não estar em mora. Persistindo o motivo pelo qual foi declarada a constitucionalidade do citado dispositivo, a solução do caso

haverá de ser a mesma. Extraio do voto proferido no RE 486.493-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ de 02.02.2007 passagem que bem elucida esse entendimento:

“Impende ressaltar, finalmente, que se revela inviável a pretensão da parte ora agravante no sentido de que ‘(...) a presente ação trata de execução individual destinada à satisfação de direito reconhecido em sentença condenatória proferida em ação coletiva, não sendo possível a aplicação do art. 1º - D da Lei 9.494/97 (MP nº 2.180-35/01), uma vez que tais execuções possuem elevada carga cognitiva’ (fls. 288).

É que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 478.197-AgR-ED/RS, rel. min. Gilmar Mendes, e apreciando esse específico aspecto da controvérsia ora em exame, firmou entendimento que desautoriza a pretensão de direito material ora deduzida pela parte agravante, como se evidencia da seguinte passagem do voto do eminente Ministro Gilmar Mendes, Relator, proferido por ocasião do referido julgamento:

“Vê-se que não assiste razão a embargante quando afirma que não se aplica aos casos de ação civil pública a interpretação dada por esta Corte ao art. 1º-D da Lei 9.494, de 1997, com a redação da Medida Provisória nº 2.180-35/2004. Este Tribunal não excluiu desse entendimento as ações coletivas.”

Nesse sentido: RE 478.197-AgR-ED, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 29.09.2006; RE 555.974-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJe de 30.04.2009.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, assentando serem indevidos honorários advocatícios no presente caso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.633-8 (543)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ERICA PACHECO MOMBERGERADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 542

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.732-2 (544)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ARISTOTELES DE AGUIAR BARRETOADV.(A/S) : GUILHERME PORTA NOVA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 542

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.820-1 (545)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE NESTOR LOPES SOARES E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ALOISIO JORGE HOLZMEIER E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 542

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.361-1 (546)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JANAINA CACERES DORNELES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que permitiu a cobrança de honorários advocatícios em execução não embargada pela Fazenda Pública, em execução individual oriunda de sentença proferida em ação civil pública.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816 (red. para o acórdão min. Sepúlveda Pertence, DJ 06.10.2004), declarou, incidentalmente, “a constitucionalidade da Medida Provisória 2.180-35/2001, com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (CPC, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do art. 100 da CF” (INFORMATIVO STF.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 129

“Fazenda Pública. Honorários advocatícios. Execução não embargada”. Brasília: Supremo Tribunal Federal, nº 363, 27 set. 2004/1º out. 2004).

O fundamento principal para o reconhecimento da constitucionalidade material do art. 1º-D da Lei 9.494/1997, acrescido pela Medida Provisória 2.180-35, foi o fato de inexistir mora da Fazenda Pública na execução por quantia certa não embargada, tendo em vista a sua necessária submissão ao regime dos precatórios.

No presente caso, não obstante tratar-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, permanece incólume o fato de a Fazenda Pública não estar em mora. Persistindo o motivo pelo qual foi declarada a constitucionalidade do citado dispositivo, a solução do caso haverá de ser a mesma. Extraio do voto proferido no RE 486.493-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ de 02.02.2007 passagem que bem elucida esse entendimento:

“Impende ressaltar, finalmente, que se revela inviável a pretensão da parte ora agravante no sentido de que ‘(...) a presente ação trata de execução individual destinada à satisfação de direito reconhecido em sentença condenatória proferida em ação coletiva, não sendo possível a aplicação do art. 1º - D da Lei 9.494/97 (MP nº 2.180-35/01), uma vez que tais execuções possuem elevada carga cognitiva’ (fls. 288).

É que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 478.197-AgR-ED/RS, rel. min. Gilmar Mendes, e apreciando esse específico aspecto da controvérsia ora em exame, firmou entendimento que desautoriza a pretensão de direito material ora deduzida pela parte agravante, como se evidencia da seguinte passagem do voto do eminente Ministro Gilmar Mendes, Relator, proferido por ocasião do referido julgamento:

“Vê-se que não assiste razão a embargante quando afirma que não se aplica aos casos de ação civil pública a interpretação dada por esta Corte ao art. 1º-D da Lei 9.494, de 1997, com a redação da Medida Provisória nº 2.180-35/2004. Este Tribunal não excluiu desse entendimento as ações coletivas.”

Nesse sentido: RE 478.197-AgR-ED, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 29.09.2006; RE 555.974-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJe de 30.04.2009.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, assentando serem indevidos honorários advocatícios no presente caso.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.793-7 (547)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CLAUDIA HELENA DE FREITAS CACAO ROSA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 546

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.322-8 (548)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ VOLPI XAVIER DA SILVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA

Despacho: Idêntico ao de nº 546

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.440-8 (549)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANGELA MARIA GHISLENI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 546

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. EROS GRAU

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 362.715-5 (550)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSORECDO.(A/S) : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS ARINOS LTDA

ADV.(A/S) : ADOLFO ARINEADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: A repercussão geral da matéria objeto dos presentes autos --- restituição de valores pagos a maior em regime de substituição tributária --- foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal e o mérito da controvérsia será submetido a exame do Pleno desta Corte nos autos do RE n. 593.849, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.573-7 (551)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ALPI ABC DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : CELSO ROMEU CIMINI E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.726-8 (552)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS PAVAN LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE GOMES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.478-7 (553)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : AGUETONI ABASTECIMENTO E SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.391-4 (554)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : POSTO DE GASOLINA SANTA ISABEL DO RIO LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS AMÉRICO DOS REIS NETO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.856-8 (555)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : POSTO DE ABASTECIMENTO KIKA LTDAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS AMÉRICO DOS REIS NETO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.281-6 (556)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : AUTO POSTO TB LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ COLAÇO ALVES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 130

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.508-5 (557)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : AUTO POSTO PARAISO BARRA DO TURVO LTDAADV.(A/S) : SIDNEI LOSTADO XAVIER JUNIOR E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.295-9 (558)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : SELL & CIA LTDAADV.(A/S) : LEONARDO PACHECO DE SOUZA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCOS JOSÉ DA SILVA ARZUARECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.866-5 (559)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : CATAUTO CATAGUASES AUTOMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.311-2 (560)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : AUTO POSTO ALPHA NEWS LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.357-1 (561)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : POSTO IBIRÁ LTDAADV.(A/S) : LAERTE POLLI NETO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.245-7 (562)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : NOVA GERAÇÃO VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : MÁRCIO ANTÔNIO DA SILVA NOBRERECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.303-3 (563)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : COMERCIAL E TRANSPORTADORA GARPA LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JUNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.616-0 (564)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : POSTO CAIXA D'AGUA LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.563-1 (565)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SOUZA RAMOS COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : WERNER BANNWART LEITE E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.014-8 (566)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : RABEQUE & RABEQUE LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.138-1 (567)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : SUPRA VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : ACI HELI COUTINHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.049-1 (568)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : DB AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : LAERTE POLLI NETO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.376-9 (569)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : AUTO POSTO ARAL MOREIRA LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HALLYSSON RODRIGO E SILVA SOUZA E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Despacho: Idêntico ao de nº 550

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.019-7 (570)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA LTDAADV.(A/S) : ROCHELE LUMI SATO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- constitucionalidade do inciso IV do artigo 22 da Lei n. 8.212/91, na redação que lhe foi conferida pela Lei n. 9.876/99 --- que será submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE n. 595.838, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.062-6 (571)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAU

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 131

RECTE.(S) : COVIPLAN CONCESSIONÁRIA RODOVIÁRIA DO PLANALTO S/A

ADV.(A/S) : PAULO CESAR RUTZEN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 430.415-5 (572)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : ODUWALDO ANTONIO FERREIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 454.897-6 (573)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : VELAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS MUSICAIS E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : MILTON HIDEO WADA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.320-7 (574)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : COOPERATIVA TRITÍCOLA SEPEENSE LTDAADV.(A/S) : LISIANE CALVANO PEREIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 458.886-2 (575)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MALAVASI & CIA LTDAADV.(A/S) : JOSÉ BUENO LIMA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.300-5 (576)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIMED DE DOURADOS - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ BORGES NETTO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.591-7 (577)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : EUCATEX S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CLÁUDIA RICIOLI GONÇALVESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.676-1 (578)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELO SISTEMAS S/C LTDAADV.(A/S) : FABIANA PRISCILA DOS SANTOS AVEJONAS

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.346-5 (579)PROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : RECYOX COMÉRCIO E SERVICOS LTDAADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLI E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.409-7 (580)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : INVICTA MÁQUINAS PARA MADEIRA LTDAADV.(A/S) : MAGDIEL JANUÁRIO DA SILVA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.471-2 (581)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ARTELL - EMPREENDIMENTOS PROMOÇÕES

ARTÍSTICAS E EDITORA LTDAADV.(A/S) : DENISE DOS SANTOS PEREIRA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.820-0 (582)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ENDONUCLEUM SERVICOS S/C LTDAADV.(A/S) : SOLANGE MARIA VILAÇA LOUZADA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.664-6 (583)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MAXXILOG SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : RENATO LAURI BREUNIG E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.506-1 (584)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DE CHAMPAGNE

GEORGES AUBERT S/AADV.(A/S) : SANDRO VUGMAN WAINSTEINRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.645-8 (585)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MASSA FALIDA DE SIVEL VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : RODRIGO SLOVINSKI FERRARI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.958-7 (586)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : BRASIL BATISTELLA CONSTRUTORA E

INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.489-6 (587)PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 132

RELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIVERSO TINTAS E VERNIZES LTDAADV.(A/S) : MARIA SANTINA SALES E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 494.901-6 (588)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ESI DESENVOLVIMENTO S/C LTDAADV.(A/S) : VERGINIA GIMENES DA ROCHA COLOMBO E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 510.624-1 (589)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ORLEANS COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ LUIS MATTHES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.297-8 (590)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIMED DE CORUMBÁ - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ BORGES NETTO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.668-7 (591)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : SIDERÚRGICA BARRA MANSA S/AADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARCONDES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO MUSSI DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.711-0 (592)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : PREVCOR IPANEMA S/AADV.(A/S) : MÁRCIO LOBIANCO CRUZ COUTO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO SANTOS CAMPINHORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 570

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Processamento Final Substituto, conferi. ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 07 de outubro de 2009.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

ABDALA LÔBO ANTUNES (453)ABIAS AUGUSTO DIAS (189)ABRAHÃO LINCOLN DA SILVA MONACO (172)ACÁCIO FERNANDES ROBOREDO (39)ACI HELI COUTINHO (567)ADELAIDE DA COSTA NOVO ANTONY (124)ADEMILSON ALVES DE BRITO (68)ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR (394)

ADJAR ALAN SINOTTI (508)ADOLFO ARINE (550)ADRIANA MARIA VIÉGAS MEIRELES (325)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - PATRÍCIA MOTA VILAN (297)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (220)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(42) (81) (82) (83) (84) (85) (86) (89) (92) (94)(97) (111) (145) (160) (161) (162) (188) (189) (190) (191)(192) (193) (194) (195) (196) (197) (198) (199) (200) (201)(202) (203) (204) (205) (206) (209) (209) (211) (215) (226)(234) (235) (236) (284) (287) (301) (316) (331) (359) (400)(423) (428) (470) (474) (475) (480) (480) (491) (503) (535)(536) (538) (542) (543)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(16) (23) (26) (33) (49) (110) (112) (216) (257) (303)(304) (311) (335) (364) (431) (438) (447) (448) (451) (453)(455) (459) (518) (559) (567)AFFIMAR CABO VERDE FILHO (505)AFONSO MARIA VAZ DE RESENDE (363)AFONSO NAUROSK FILHO (214)AFONSO PROENCO BRANCO FILHO (105)AGOSTINHO ÂNGELO BUOGO (74)AGRIMAR BATISTA DA SILVA (13)AIDES BERTOLDO DA SILVA (218)ALAN SILVA DE LIMA (150)ALBERTO RODRIGUES ALVES(133) (134)ALDEMIR ALMEIDA BATISTA(530) (532)ALDENIZIO MENEZES (228)ALESSANDRA MARQUES(322) (323)ALESSANDRO AGUILAR DA ROCHA (101)ALESSANDRO SANTOS PINTO (327)ALESSANDRO SILVERIO (165)ALESSANDRUS MACHADO CARDOSO (139)ALEX DAFLON DOS SANTOS (326)ALEX SANDER GALLIO (329)ALEXANDRE DE SALLES GONÇALVES (380)ALEXANDRE DESOTTI COSTA (448)ALEXANDRE GOMES (552)ALEXANDRE RUFINO DE ALBUQUERQUE (31)ALEXANDRE WUNDERLICH (173)ALLENDE PINTO SOARES (62)ALOISIO JORGE HOLZMEIER (545)ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS (210)ALVARO TREVISIOLI (579)AMARILDO CALDEIRA (353)AMARILDO MACIEL MARTINS (535)ANA CAROLINA MARTINS DE ARAÚJO (514)ANA CLAUDIA DE OLIVEIRA XAVIER (35)ANA CRISTINA DE MOURA ACOSTA (370)ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS (294)ANA CRISTINA GUIDI (256)ANA FLÁVIA PESSOA TEIXEIRA LEITE(200) (201)ANA LAURA DE CASTRO SANTOS (39)ANA LOURDES ROCHA PORTO (8)ANA LUIZA AZEVEDO DORNAS DE LIMA (110)ANA MARIA BIANCO SEBE (50)ANA MARIA GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI (152)ANA PAULA MOREIRA DOS SANTOS(319) (320)ANACONDA - ICÉM SERVIÇOS E PUBLICIDADE LTDA (48)ANDERSON APARECIDO BORGES (77)ANDERSON NATAL PIO (166)ANDRÉ CAMPOS DE FIGUEIREDO SILVA (44)ANDRÉ COLAÇO ALVES (556)ANDRÉ LUIZ BORGES NETTO(576) (590)ANDRÉ LUIZ RIERA NEVES (346)ANDRÉ SANTOS CHAVES (437)ANDRÉA BARCELOS MENDES (177)ANDRÉIA MARIA TORREGLOSSA (249)ANDRÉIA MORAES DE OLIVEIRA MOURÃO (235)ANDREZA DE OLIVEIRA CERQUEIRA (278)ANGELA MARIA GASPARINI COLA ROCHA (123)ÂNGELA MARIA MARTINS DE FARIA (356)ANNA LÚCIA DA MOTTA PACHECO (487)ANSELMO PIRES DE SOUZA (171)ANTONINHA BALSEMÃO (406)ANTONINHA DE OLIVEIRA BALSEMÃO (412)ANTONIO AUGUSTO SOUSA (460)ANTÔNIO CARLOS DANTAS RIBEIRO (351)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 133

ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA(54) (54)ANTÔNIO CARLOS DE BRITO (116)ANTONIO CARLOS DO NASCIMENTO (93)ANTÔNIO CARLOS MONTEIRO BARBOSA (324)ANTONIO CARLOS MOTTA LINS (323)ANTÔNIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRA (269)ANTÔNIO IVALDO CARDOSO LEITE - MICROEMPRESA (371)ANTÔNIO JOÃO SALVADOR(216) (220)ANTONIO LUIZ BUENO BARBOSA (402)ANTONIO MARRUBIA (493)ANTÔNIO PAULO FAINÉ GOMES (14)ANTÔNIO SILVA FILHO (197)ANTÔNIO VILMAR DE ALMEIDA (70)ARIANE DREHER RODRIGUES (15)ARIANO MELO PONTES (225)ARILDO RICARDO (459)ARISLANA GONÇALVES ACCIOLY (47)ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (55)ARMANDO LIMA MARTINS (143)ARNALDO PENTEADO LAUDÍSIO (43)ARNOLDO MARTY JUNIOR (165)ARTHUR STEPHAN SILVA DE MELO (207)ARTUR GARRASTAZU GOMES FERREIRA (379)AUGUSTO BETTI (347)AUGUSTO CESAR ZUQUI LISBOA (189)AULIETE ALMEIDA PEREIRA (494)AUREANE RODRIGUES DA SILVA(436) (462) (466)BANCO NOSSA CAIXA S/A (40)BARBARA MONIQUE V. ALMEIDA BARBOSA (228)BENEDITA DO SOCORRO MONTEIRO DE BARROS (228)BENEDITO ÉDISON TRAMA (136)BENJAMIM ARAUJO RIBEIRO (356)BORIS MARQUES DA TRINDADE(187) (187)BRASIL RODRIGUES DE ARAÚJO (93)BRASILCON - BRASIL CONSERVADORA, CONSTRUTORA E COMÉRCIO LTDA

(221)

BRAULIO DINARTE DA SILVA PINTO (374)BRAZ VANDERLEI APARECIDO DE AZEVEDO (231)BRENO FREDERICO COSTA ANDRADE (357)BRUNO DINIZ ANTONINI (126)BRUNO GUSTAVO FREITAS ADRY (154)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO(391) (410) (509) (550)CAIO MÁRCIO L BOSON (431)CÂMARA DOS DEPUTADOS(161) (162) (188) (191) (196) (202) (203)CAMILA DRUMOND ANDRADE (477)CÂNDIDO DA SILVA DINAMARCO (132)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (322)CANGURU EMBALAGENS S/A (465)CARLA CHRISTINA SCHNAPP GUIMARÃES GALLO (291)CARLA CRISTINA PASCHOALOTTE ROSSI (214)CARLA ROSSI CRUZ (23)CARLOS ALBERTO DE SANTANA (40)CARLOS ALBERTO FERNANDES (397)CARLOS ALBERTO MARTINS (472)CARLOS ALBERTO SANTANA (22)CARLOS DOUGLAS DOS SANTOS ALVES (10)CARLOS EDUARDO CAPUTO BASTOS (321)CARLOS EDUARDO KLEIN (479)CARLOS JOSÉ DE OLIVEIRA TOFFOLI (213)CARLOS RIBEIRO DE OLIVEIRA (290)CARLOS ROGÉRIO ESTEVES (189)CARLOS SUPLICY DE FIGUEIREDO FORBES (9)CARLSON GERALDO CORREIA GOMES (461)CAROLINA CARDOSO GUIMARÃES LISBOA (522)CAROLINA MACHADO CYRILLO DA SILVA (541)CAROLINA MÔNICA CABRAL RESENDE (21)CAROLINE BRUM SENA (120)CAROLINE DE ALMEIDA FREIMANN (109)CAROLINE RETTO FROTA (310)CECÍLIA ARANALDE LAMA (444)CÉLIA C GASCHO CASSULI (312)CÉLIA MOLLICA VILLAR (267)CÉLIO MENDES FARIAS (181)CÉLIO PEREIRA DA SILVA (231)CELSO BARROS COELHO(147) (148)CELSO GALLI(73) (73)

CELSO ROMEU CIMINI (551)CÉSAR COSMO RIBEIRO (68)CEZAR TIAGO MEDEIROS ALVES (228)CHRISTIAN ALBERTO RODRIGUES DA SILVA (120)CHRISTINA ALMEIDA DE ARAÚJO(416) (417)CHRISTOPHER REZENDE GUERRA AGUIAR (214)CHRISTOVÃO MODENA DE FRANCA BUENO (496)CÍCERO DE QUADROS PERETTI (407)CÍNTIA APARECIDA DAL ROVERE (50)CÍNTIA DE SANTES BASTOS (13)CLARISSA SANTOS LUCENA (491)CLARISSA TAVARES LOPES (374)CLAUDECIR PEREIRA DE FARIA(168) (168)CLAUDETE CRUZ RODRIGUES (221)CLÁUDIA CID VARELA MADEIRA (315)CLAUDIA NADAF DA COSTA VAL (135)CLÁUDIA RICIOLI GONÇALVES (577)CLAUDINEY ERNANI GIANNINI (190)CLÁUDIO COSTA NETO (1)CLÁUDIO JOSÉ RESENDE FONSECA (451)CLÁUDIO JÚLIO FONTOURA (74)CLÁUDIO OTÁVIO XAVIER (399)CLEI AMAURI MUNIZ (430)CLEIDIALDA DO SOCORRO DA SILVA SOBRINHO (228)CLEITON LEITE DE LOIOLA (484)CLOVES GONÇALVES DA SILVA (459)CLOVIS KONFLANZ (367)CLOVIS LISBOA DOS SANTOS JUNIOR (349)COMERCIAL DE CONFECÇÕES ZAKI FAKHRI LTDA (339)CONGRESSO NACIONAL (86)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA(2) (91)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 200910000010246)

(207)

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Nº 2009010000051248)

(210)

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº 72, DE 31 DE MARÇO DE 2009)

(208)

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº 80/2009) (87)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº 88/2009) (88)CONSTANTE F CENEVIVA JUNIOR (440)CONSTRUTORA BERK LTDA (384)COORDENADOR DE DOENÇAS DA SECRETARIA DA SAÚDE - GVS CAPITAL (SÃO PAULO/SP)

(46)

CRISTIAN SILVESTRI BERTASO (180)CRISTIANO CARLOS KOZAN (9)CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI (229)CRISTIANO FREITAS (427)CRISTIANO SILVA COLEPICOLO (303)CYNTIA TEIXEIRA PEREIRA CARNEIRO (354)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA(106) (436)DALTON SIGNORELLI (426)DAMARIS A B SOARES HUNGRIA (426)DANIEL DE FARIA JERÔNIMO LEITE (107)DANIEL FERREIRA DA FONSECA (214)DANIELA DAMBRÓSIO NEGRINI (259)DANIELA DE SABOYA PERINA (388)DANIELA FONSECA SANTOS (15)DANIELA MACHADO FERNANDES MOREIRA (11)DANIELLA ZAGARI GONÇALVES (337)DANILO DE CAMARGO (285)DAVID ANGELO DELFINO (48)DAVID ANTONIO RODRIGUES (489)DAVID GUIMARÃES MENESES (147)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO(53) (70) (77) (180) (181) (360)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL (64)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (1)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(103) (104) (130) (169)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁ (31)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(17) (289) (369)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

(57)

DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO (272)DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(99) (100) (101) (102)DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (239)DÉLIA CRISTINA FERNANDES RAMOS (338)DEMONTIER BENICIO DAS CHAGAS (71)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 134

DENILSON MARCONDES VENÂNCIO (113)DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS(244) (513)DENISE DOS SANTOS PEREIRA (581)DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER/RS

(480)

DERLI JESUS CUNHA RODRIGUES (41)DIEGO SERHAL (102)DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RECEITA MUNICIPAL DA SECRETARIA DA FAZENDA DE CANOAS

(340)

DORGIVAL TERCEIRO NETO (96)DULCINÉIA ANTÔNIA DE PAULA (64)DULCINO COELHO RIOS (123)DURVAL FERNANDO MORO (395)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA (115)EDISON VIANA DOS SANTOS (241)EDSON BANDEIRA (34)EDSON BENICIO DE CARVALHO (189)EDUARDO HOFMEISTER KERSTING (352)EDUARDO MACHADO DIAS(37) (519) (520) (521) (522) (523) (524) (525) (526) (527)EDUARDO MESSIAS GONÇALVES DE LYRA JUNIOR(345) (345)EDUARDO RIBAS DO NASCIMENTO (350)EDUARDO UCHÔA ATHAYDE (149)ELAINE CRISTINA DE FREITAS BARCELOS (251)ELAINE FRAZÃO (151)ELBA FREIRE RIBEIRO (225)ELDER DAMASCENO MOURA (368)ELDO MARCOLINO DE SOUZA(120) (418)ELI GOMES DA SILVA FILHO (224)ELI PINTO DE MELO JUNIOR (12)ELIANA POLASTRI PEDROSO (153)ELIAS MENEZES DE AGUIAR JUNIOR (228)ELIENE JOSÉ DE LIMA (90)ELIS CRISTINA UHRY LAUXEN (382)ELISÂNGELA BAGETO DE SOUZA (517)ELISIO APOLINÁRIO RIGONATO CHAVES (157)ELIZABETH PRETTI ASSEF HERMANNY (123)ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS (506)ELLEYSON CORREA SANDRES (93)ELVIO HISPAGNOL (22)ELYSA PAULA DE ARAUJO (30)ELZA APARECIDA ESTEVES CAETANO (492)ENILDO BISPO HORTA (103)ERALDO LACERDA JUNIOR (134)ERGOFLEX MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDA (243)ERILDO PINTO (218)ERNANDES GOMES PINHEIRO (362)ERYKA FARIAS DE NEGRI(244) (400)ESTADO DE SANTA CATARINA (42)ESTADO DO PARANÁ (190)ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (244)ESTEVAM VAZ DA COSTA (501)EUSTACHIO D. L. RAMACCIOTTI (415)EVALDO MELO DOS REIS (104)EVANDRO ALVES SILVA GRILI (260)EVANDRO FRANÇA MAGALHÃES (38)EVÂNIO JOSÉ DE MOURA SANTOS (56)EVERTON BICA PEDROSO (498)FABIANA PRISCILA DOS SANTOS AVEJONAS (578)FABIANO ALDO ALVES LIMA (342)FABIANO FERREIRA DOS SANTOS (150)FABIANO HENRIQUE DA SILVA SOUZA (390)FABIANO MACHADO REIS MORETZSOHN MORAES (32)FABIO CIUFFI (444)FABIO GABRIEL BREITENBACH (318)FÁBIO HENRIQUE BINICHESKI (481)FÁBIO LUIZ DA CUNHA (105)FÁBIO LUIZ MONTE DE HOLANDA (419)FÁBIO STEFANI(202) (203)FABRICIO HERNANI CIMADON (308)FADAIAN CHAGAS CARVALHO(304) (451) (453) (455)FARISTON TOSCANO DE MEDEIROS (175)FELIPE AUGUSTO FORTE DE NEGREIROS DEODATO (187)FELIPE CARLOS SCHWINGEL (538)FELISBERTO EGG DE RESENDE(26) (335)FERNANDA EGÉA CHAGAS CASTELO BRANCO (457)FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBO (30)

FERNANDO BRANDÃO WHITAKER (45)FERNANDO DE OLIVEIRA SILVA (375)FERNANDO DIAS MARTINS (150)FERNANDO DO NASCIMENTO RUFINO(52) (186)FERNANDO DO VALE CORREA JUNIOR (93)FERNANDO GUIMARÃES GARRIDO (271)FERNANDO LUIS DA SILVA (184)FERNANDO NEVES DA SILVA (3)FERNANDO SANTOS GONÇALVES (65)FERTILIZANTES ALIANÇA LTDA (279)FLADIMIR OSMARIN (159)FLÁVIO CORDEIRO ANTONY (124)FLÁVIO FANTONI SOARES (21)FLÁVIO JOSÉ CALAIS (363)FLÁVIO LUIZ YARSHELL (268)FLORDEMAR OLIVEIRA THOMAZ (414)FLORISVALDO DE SOUSA RIBEIRO (189)FRANCIS RAFAEL BECK (178)FRANCISCO CLODOMIL DA SILVA (225)FRANCISCO JOSÉ FLESCH CHAVES (444)FRANCISCO LUCIANO MOTA TEIXEIRA (225)FRANCISCO RODRIGUES DA SILVA (170)FRANCISCO VALMIR MAGALHÃES (223)FRANCISCO XAVIER AMARAL (447)FREDMAN ALEXANDER DE MELO TOLENTINO (376)GABRIEL KURZ PERES (467)GELSON BARBIERI (380)GELZA BUENO (291)GENER DA SILVA CRUZ (135)GENESIO CABRAL DE MACEDO NETO (128)GERALDO EUSTÁQUIO ESCOBAR (477)GERALDO JÉSUS ARAÚJO TEIXEIRA (204)GERSON FISCHMANN (480)GERSON LUIZ ALVES (231)GIANNA LÚCIA CARNIB BARROS (230)GIBRAN MOYSÉS FILHO (17)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JR (432)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JUNIOR (563)GILBERTO EIFLER MORAES (150)GILBERTO LINHARES TEIXEIRA (164)GILSON JOSÉ(66) (66)GIOVANNA ASCARI (374)GISELLE ESTEVES VERGAL (275)GLÁUCIA MARIA CUESTA CAVALCANTE ROCHA (93)GLAUCILENE SANTOS CABRAL (93)GLÊNIO LUIS OHLWEILER FERREIRA (502)GLEYTON PRADO (522)GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (486)GOVERNO DA DINAMARCA (129)GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (212)GRAZIELA SUELI MENINI (287)GREYCIMAR SILVA DOS SANTOS (128)GUEÓRGUI WIAZOWSKI (273)GUERINO UEZ (51)GUILHERME CARVALHO MONTEIRO DE ANDRADE (373)GUILHERME LOUREIRO MULLER PESSÔA (366)GUILHERME MIGNONE GORDO (252)GUILHERME PIMENTA DA VEIGA NEVES (238)GUILHERME PORTA NOVA (544)GUILHERME VEIGA DE MORAES (272)GUSTAVO FASCIANO SANTOS (284)HALLYSSON RODRIGO E SILVA SOUZA (569)HASSEM HALUEN (94)HEBERT AUGUSTO DIAS DA SILVA (348)HEITOR CESAR MACHADO FRANCO (25)HELCIO HONDA (140)HELDER LESSA FREIRE (154)HELI DOURADO (107)HÉLIO MARIANO RIBEIRO DE SANTANA (378)HENRIQUE DE ABREU COSTA (49)HENRIQUE SCHMIDT ZALAF (39)HILTON DE OLIVEIRA FILHO (24)HULDA DE SOUZA NASCIMENTO (123)HUMBERTO MOREIRA BARRETO (225)HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (9)ILAN MACHTYNGIER (108)INÁCIO DE JESUS BARROS DE CASTRO (122)INES HELENA BARDAWIL PENTEADO (482)INSTITUTO CHICO MENDES (89)INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG

(518)

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - IPREM (347)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 135

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (115)ISABEL CRISTINA PINTO VAN GROL (307)ISABELA PINTO DE ARAÚJO PEREIRA (344)ISABELLA LUCIANA DE FREITAS BARBOSA(109) (109)ISACK NUNES SAMORA (123)ISMAEL MARQUES DE OLIVEIRA (214)ISMAR SILVA NOGUEIRA (156)ISRAEL MARCELINO DA SILVA(182) (182)ISYS FONSECA DOS SANTOS (214)ITAMAR ONOFRE DA SILVA (112)IVAN BARBOSA RIGOLIN (440)IVAN GARCIA GOFFI (469)IVAN MERCÊDO DE ANDRADE MOREIRA (8)IVAN NOGUEIRA COSTA NOVO (124)IVANILDO GONÇALVES BEZERRA(52) (186)IVO TINÔ DO AMARAL JÚNIOR (149)IZABELA LEHN DUARTE (372)JACKSON DI DOMENICO (230)JADNA KARUETA BRATTI (27)JAILSON ALVES DOS SANTOS (169)JANDER CARDOSO DOS SANTOS (531)JÂNIO FRANÇA DE REZENDE (356)JANNE SALES GOMES (142)JANÚBIA LIMA SIQUEIRA (143)JEAN RICARDO LIMA QUEIROZ (143)JEFERSON LUIS SIQUEIRA LIMA (100)JERÔNIMO SÁ PEIXOTO PINHEIRO (119)JESSE DE AGUIAR FOGAÇA (404)JESSICA SABRINA DE ARAUJO (163)JIMMY AUGUSTO LIMA DA SILVA (163)JOÃO AMÉRICO PINHEIRO MARTINS (481)JOÃO ARTUR BORTOLUZZI (194)JOÃO BATISTA MISSÉ (214)JOÃO BATISTA MISSÉ JUNIOR (214)JOÃO CAPANEMA BARBOSA FILHO(9) (325)JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR (586)JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA JUNIOR (316)JOÃO DÁCIO ROLIM(386) (559)JOÃO EDELARDO FREITAS JÚNIOR (98)JOÃO HUMBERTO MARTORELLI (301)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI(5) (490)JOÃO JORGE LOBATO (460)JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA(539) (549)JOÃO MARCELO SILVA VAZ DE MELLO (118)JOÃO MÁRIO MOREIRA NASCIMENTO (109)JOÃO MELO E SOUSA BENTIVI (107)JOÃO OLYMPIO MENDONÇA (72)JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES (87)JOÃO VALDIR DOS SANTOS MERÓDIO (171)JOÃO VICENTE DO NASCIMENTO FILHO (79)JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS (309)JOCIL DA SILVA MORAES (233)JOELINA MARIA DE ALENCAR ARARIPE GUIMARÃES (225)JONAS MOREIRA RODRIGUES (123)JORGE AUGUSTO BERGESCH (340)JORGE BARATA DE LACERDA (405)JORGE BERDASCO MARTINEZ (377)JORGE CASTAING D'OLIVEIRA (313)JORGE CLÁUDIO RODRIGUES ROCHA (497)JORGE ENRIQUE RINCON-ORDONEZ (212)JORGE FERREIRA (411)JORGE NILTON XAVIER DE SOUZA(420) (421)JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA (355)JORGE TADEO GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI (152)JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS (11)JOSÉ ADELMO DOS SANTOS (224)JOSÉ AFONSO DE MOURA CRUZ (423)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL (513)JOSÉ AMARO DOS SANTOS (174)JOSÉ ÁUREO DE ABREU (16)JOSÉ BUENO LIMA (575)JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE (293)JOSÉ CARLOS CEOLIN JUNIOR (29)JOSÉ CARLOS CRUZ (214)JOSÉ CARLOS DE MELO (231)JOSÉ CARLOS FERREIRA (4)

JOSÉ CARLOS FRANCO (94)JOSÉ CLÁUDIO DAMASCENO (225)JOSÉ DAVID PEREIRA (214)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (47)JOSÉ EDUARDO BARRA PEREIRA (344)JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN (107)JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS (143)JOSÉ ERIBALDO DE SÁ CAVALCANTE (225)JOSÉ EYMARD LOGUERCIO (251)JOSÉ FERNANDO CHAVES (311)JOSÉ FERNANDO LOBATO (528)JOSÉ FERNANDO VIALLE (329)JOSÉ FRAGA FILHO (242)JOSÉ GARCIA DOS SANTOS (507)JOSÉ IBIAPINA ALENCAR ANDRADE (225)JOSÉ IGNÁCIO BOTELHO DE MESQUITA (236)JOSÉ JAIRO FERREIRA CABRAL (4)JOSÉ JÚLIO DOS REIS (242)JOSÉ LUIS MATTHES (589)JOSÉ LUIS WAGNER (537)JOSÉ LUIZ MATHEUS (299)JOSÉ LUIZ SILVA DE ANDRADE (156)JOSÉ MARIA VALE SAMPAIO (475)JOSÉ MAURÍCIO DA COSTA TAVARES (227)JOSÉ MIGUEL ARTUR DE SOUZA (396)JOSÉ OSWALDO CORRÊA(253) (443)JOSÉ RENATO GRANADO FERREIRA (55)JOSÉ ROBERTO CAMARGO (385)JOSÉ ROBERTO MARCONDES (591)JOSÉ ROBERTO SOARES DE OLIVEIRA (503)JOSÉ SERVULO DE CARVALHO (365)JOSÉ VIGILATO DA CUNHA NETO (209)JOSENIAS RODRIGUES PEREIRA (225)JOSIAS ENOCK DE LACERDA(185) (185)JOSIEL MACHADO MARIANO (150)JOSUÉ HOFF DA COSTA (343)JOSUÉ IRFFI JUNIOR (356)JUCÉLIO DA SILVA (307)JUIZ DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE JACUPIRANGA (76)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE PEDERNEIRAS (182)JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE COLOMBO (78)JUIZ DE DIREITO DA SÉTIMA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA

(501)

JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITAPES (54)JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO

(59)

JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA

(69)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE MARTINÓPOLIS

(168)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE TUPÃ

(67)

JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE FORTALEZA (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 01464-2008-011-07-00.4)

(98)

JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM (PROCESSO Nº 00212.2008.016.08.00-4)

(227)

JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA (PROCESSSO Nº 00613.2009.005.13.00-4)

(96)

JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS (PROCESSO Nº 00308-1999-095-15-00-0)

(215)

JUIZ DO TRABALHO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE FORTALEZA (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00274/1992-009-07-00-5)

(223)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE CASTANHAL (PROCESSO Nº 01387-2007-106-08-00, 01388-2007-106-08-00, 01390-2007-106-08-00, 01415-2007-106-08-00, 01418-2007-106-08-00, 01422-2007-106-08-00, 01575-2007-106-08-00 E 01597-2007-106-08-00)

(228)

JUÍZA DE DIREITO DA 18ª VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE SÃO PAULO

(75)

JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA DISTRITAL DE CAJAMAR - COMARCA DE JUNDIAÍ (PROC Nº 3173/2008)

(214)

JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 00074.010/97-2)

(234)

JUÍZO DE DIREITO DA VARA ESPECIALIZADA CRIMINAL DE FEIRA DE SANTANA - BA

(375)

JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CHAPECÓ - SC

(470)

JUÍZO FEDERAL DE FEIRA DE SANTANA - SJ/BA (375)JULIANA AMARAL SARDINHA (354)JULIANA CAMPOS ROCHA (33)JULIANA DURÃES DE OLIVEIRA (198)JULIANA FERREIRA E SANTOS (222)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 136

JULIANA MARA FRAGA CÂMARA (241)JULIANA MENDES GUIMARÃES PINTO (257)JULIANO POLICARPO BARRETO (39)JULIO CESAR GONÇALVES DA COSTA(78) (78)KARINE PEREIRA(133) (134)LAERTE POLLI NETO(458) (561) (568)LAIS MARIA MARTINHO (288)LAMARTINE MACIEL DE GODOY (79)LARISSA BERMUDES DAMACENO (362)LARISSA F MACIEL LONGO(202) (203)LARISSA F. MACIEL LONGO(161) (162) (188) (191)LARISSA FIALHO MACIEL LONGO (196)LARISSA MARILA SERRANO DA SILVA (364)LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA (330)LAURO BRACARENSE FILHO (517)LAURO DE TASSIS CABRAL (34)LAWRENCE LANDARIN BACCIN (262)LAYLA FERREIRA PINTO (113)LEA APARECIDA DE SOUZA (231)LEANDRO ARRAIS NEVES(75) (75)LEANDRO FERREIRA MENDES DE SOUZA OU LEANDRO FERREIRA MENDES DA SILVA

(176)

LÉO IOLOVITCH (372)LEOMAR LUIS LAVRATTI (399)LEONARDO HAUCH DA SILVA (167)LEONARDO MILITÃO ABRANTES (88)LEONARDO MUSSI DA SILVA (591)LEONARDO PACHECO DE SOUZA (558)LEONARDO PRETTO FLORES (245)LEONICE CHIES KAFER (205)LEVI AUGUSTO DA COSTA (166)LÍGIA SIMONE COSTA CALADO (242)LILIAN MAGESKI ALMEIDA (415)LILIANE NETO BARROSO (401)LINDINALVA CRISTIANA MARQUES (424)LISIANE CALVANO PEREIRA (574)LISIANI CALVANO PEREIRA (433)LÍVIA AZEVEDO PALMA TORRICO (89)LÍVIA PEREIRA SIMÕES (35)LUANA APARECIDA BOUFLEUR (229)LUCAS DO PRADO NETTO (209)LÚCIA AURORA FURTADO BRONHOLO(20) (314)LÚCIA DE SOUZA QUEIROZ TONETE (387)LUCIANA ALVES RODRIGUES (120)LUCIANA GARCIA VEGINI (173)LUCIANA NOGUEIRA NÓBREGA (219)LUCIANO CORRÊA GOMES (478)LUCIANO DILLI (262)LUCIANO MENEZES MOLINA (131)LUIS EDUARDO SALLES NOBRE (95)LUIS FRANCISCO CARVALHO FILHO (187)LUÍS LEONARDO TOR (336)LUIS MIGUEL DE CÁRCOVA GUTIÉRREZ (152)LUIS RENATO FERREIRA DA SILVA (51)LUÍS ROBERTO OLÍMPIO (274)LUIZ ALFREDO BOARETO (152)LUIZ ALLENDE-TOHA DE LIMA BASTOS (534)LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA (324)LUIZ ANTÔNIO DE VASCONCELLOS DIAS (417)LUIZ AUGUSTO CALDAS SILVA (141)LUIZ CARLOS AMÉRICO DOS REIS NETO(554) (555)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO(164) (179)LUIZ CARLOS DE ALMEIDA FEIJO (467)LUIZ FERNANDO NOGUEIRA MOREIRA (123)LUIZ FERNANDO PEREIRA(69) (69)LUIZ GOMES PALHA (484)LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA RAMOS (326)LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA(450) (452)LUIZ HENRIQUE GALASCHI (214)LUIZ HENRIQUE PEREIRA BRAGA (97)MAGDIEL JANUÁRIO DA SILVA (580)MANOEL CARVALHO (123)MANOEL CHAVES LIMA (93)

MANOEL DEODORO DA SILVEIRA (247)MARCELLO VIEIRA CINTRA (158)MARCELO ANTÔNIO RODRIGUES VIEGAS (359)MARCELO BRAGA DE LIMA (434)MARCELO DE LIMA CASTRO DINIZ (358)MARCELO DE PAULA (42)MARCELO DE PAULA ALMEIDA (91)MARCELO DELPIZZO (240)MARCELO FRÓES DEL FIORENTINO (45)MARCELO GATTI REIS LOBO (305)MARCELO HENRIQUE PASSOS (43)MARCELO LAGO MARQUES (172)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (4)MARCELO M. FERRAZ DE SAMPAIO (255)MARCELO SAMPAIO DIAS BAPTISTA (46)MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA(468) (473) (547) (548)MÁRCIA DE JESUS RIBEIRO (313)MÁRCIA MARIA CORRÊA MUNARI (441)MÁRCIO ALEXANDRE AGUIAR MADUREIRA (30)MÁRCIO ALVES DOS SANTOS (58)MÁRCIO ANTÔNIO DA SILVA NOBRE (562)MARCIO ANTÔNIO DA SILVA NOBRE (283)MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE(286) (389)MÁRCIO BATISTA DA SILVA (179)MARCIO CANUTO VIEIRA JUNIOR (60)MÁRCIO LOBIANCO CRUZ COUTO (592)MÁRCIO MACHADO VIEIRA (11)MÁRCIO ROBERTO S RODRIGUES (438)MÁRCIO ROBERTO TOSTES FRANCO (321)MÁRCIO SERAPIÃO (231)MÁRCIO VENICIUS SILVA MELO (381)MARCO ANTONIO CORTEZ (65)MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA (476)MARCO ANTONIO INNOCENTI (153)MARCO AURELIO CASTRO DE OLIVEIRA (206)MARCO AURÉLIO DE GÓES MONTEIRO (277)MARCO AURÉLIO DE NAZARETH CARVALHO DE LIMA (228)MARCO TÚLIO OLIVEIRA SOUZA (92)MARCOS ALBERTO SANT'ANNA BITELLI (366)MARCOS CHAVES VIANA (518)MARCOS JOSÉ DA SILVA ARZUA (558)MARCOS NUNES (117)MARCOS RODRIGUES PEREIRA (114)MARCOS TAVARES LEITE (251)MARCOS VINÍCIUS SCHNEIDER (338)MARCOS VINICIUS WITCZAK (4)MARCUS F H CALDEIRA (506)MARCUS VINÍCIUS CAVALCANTI SOARES JÚNIOR (474)MARFISA MARIA DE AGUIAR FERREIRA XIMENES (225)MARIA ALICE FIGUEIREDO MOTA (183)MARIA ANGÉLICA DAVID KREILE (346)MARIA ANUNCIADA DOS SANTOS (170)MARIA AUXILIADORA BICHARRA DA S. SANTANA (125)MARIA BEATRIZ PENNA MISK (455)MARIA BERENICE PINHO DA SILVA (123)MARIA CRISTINA LAPENTA (515)MARIA DA CONCEIÇÃO CERQUEIRA CAMPOS (435)MARIA DAS DORES RODRIGUES (308)MARIA DE LOURDES ALBANO (111)MARIA DO CARMO NOGUEIRA CAVALCANTE (225)MARIA DO ROSÁRIO DINIZ (118)MARIA FARES ZANOTTI (123)MARIA GORETE MOURA GALVÃO DE ARAÚJO (86)MARIA INÊS MURGEL (464)MARIA LÚCIA DE LIMA SANTIAGO (93)MARIA MADALENA FRAGA E ACHA (123)MARIA ODETTE FERRARI PREGNOLATTO (295)MARIA RAQUEL DUARTE(261) (533) (534)MARIA SANTINA SALES (587)MARIA TEREZA GARCIA MENDONÇA (123)MARIALDA DA SILVA (300)MARIALVA PORTES (499)MARILENE CAPETINE LETHIERI (123)MARIO ANDRÉ DA SILVA PORTO (80)MÁRIO CAMPOS BARRETO (109)MÁRIO OKANO (356)MÁRIO RODRIGUES ROCHA (477)MÁRIO SÉRGIO RIBEIRO SOARES (242)MÁRIO SÉRGIO ROSA(328) (361)MARLENE CARVALHO (511)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 137

MARTHA M GONZALEZ (310)MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO (4)MARTONIO RIBEIRO SILVA (217)MARUZAM ALVES DE MACEDO(174) (175) (176) (177)MAURICIO FLAVIO MAGNANI (331)MAURÍCIO MIGUEL DA MOTA (38)MAURO DEL CIELLO (482)MAURO GILBERTO DELMONDES (71)MAXMILIAM PATRIOTA CARNEIRO (226)MELÂNIA RUON (137)MERIANE DA GRAÇA SANDER (408)MICHAEL PIFFER (58)MIGUEL ÂNGELO SEDREZ JUNIOR(261) (533)MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA (246)MIGUEL GERALDO GODINHO DELGADO (478)MIKE NIGLIOU MIKE NIGGLI OU (167)MILTON HIDEO WADA (573)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO (214)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (3)MÔNICA FILGUEIRA S. GALVÃO (280)MÔNICA MENDES FERREIRA DE MELO (472)MÔNICA MENDES FERREIRA DE MELO COSTA (18)MUNICÍPIO DE ALCOBAÇA (89)MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS (42)MYCHELLE BRAZ POMPEU BRASIL (93)NÁDIA CALDEIRA GOOD GOD LAGE ALVES (297)NAIR EULÁLIA FERREIRA DA COSTA (8)NATALINO DE OLIVEIRA (197)NATALINO DOS SANTOS (51)NATALINO FRAGOSO CARLOS (197)NESTOR ANTONIO PEROTTONI (258)NEUSA MIRANDA ALVIM COSTA (7)NICOLLE CAROLINA DNDRADE CASTELLO BRANCO (120)NILO DE OLIVEIRA NETO (105)NILO SÉRGIO SOUSA NUNES (225)NILTON DE OLIVEIRA BITENCOURT (21)NILZA COSTA SILVA (132)NÍVIA MARIA BARBOSA (263)NORMANDO PINHEIRO (510)ODAIR BONTURI (336)ODAIR MARTINI (302)ODILON MARQUES GARCIA JUNIOR (343)ODONCLEI DA SILVA BOECHAT (150)ODUWALDO ANTONIO FERREIRA (572)ORIÊTA SANTIAGO MOURA (146)OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO (234)OSMAN RIBEIRO DA SILVA (1)OSMAR CAPUCI (79)OSMAR FRANCISCO LONGO (495)OSMARINA DA ASSUNÇÃO RODRIGUES (308)OSWALDO FERREIRA AYRES NETO (48)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIOR (245)OTÁVIO PIVA (488)PABLO ARRUDA ARAUDI (254)PABLO FIGUEIRÊDO DE VASCONCELOS (56)PAOLA COELHO GERSZTEIN (438)PATRÍCIA DA SILVA CASTOR (150)PATRÍCIA DE SOUZA LEANDRO (340)PATRÍCIA GUIMARÃES HERNANDEZ (273)PATRICIA MARA TREBIEN WERNER (105)PATRÍCIA REIS NEVES BEZERRA (248)PAULO AFONSO MAGALHÃES NOLASCO (314)PAULO BRENLLA BLANCO (15)PAULO CESAR RUTZEN (571)PAULO DA SILVA PINHO (123)PAULO DE OLIVEIRA CHAVES (11)PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES (12)PAULO GULUDJIAN (256)PAULO JOSÉ CANTALICE DO NASCIMENTO (398)PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO (317)PAULO RICARDO OLIVEIRA (192)PAULO ROBERTO FRANCO (184)PEDRO JUCELINO GOMES DA SILVA (72)PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO (419)PEDRO PAULO MILANEZ DE MOURA (128)PEDRO PAULO MOREIRA RODRIGUES (18)PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE (2)PREFEITA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (225)PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA (219)PREFEITO MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE ITIRAPUÃ (231)PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE ITIRAPUÃ

(231)

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(82) (84) (85) (197) (205)PRESIDENTE DA LOTERIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - LOTERJ

(95)

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(82) (84) (85) (197) (205)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(130) (167) (177)PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00466-2008-861-10-00-1)

(224)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 618-2008-861-10-00-6)

(217)

PRESOS QUE CUMPREM PENA NO PRESÍDIO REGIONAL DE BAGÉ PELO COMETIMENTO DO DELITO PREVISTO NO ARTIGO 12 DA LEI 10.826/03

(57)

PRISCILA FELIPE DE SOUZA BATISTA (108)PRISCILA ZAMBERLAN(202) (203)PROCURADOR - GERAL DA FAZENDA NACIONAL (127)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(5) (114) (115) (116) (151) (243) (248) (258) (269) (271)(299) (300) (312) (315) (318) (332) (351) (352) (355) (358)(384) (385) (386) (388) (390) (394) (395) (398) (401) (402)(405) (409) (420) (421) (444) (454) (463) (465) (471) (479)(490) (498) (499) (512) (554) (555) (570) (571) (572) (573)(574) (575) (576) (577) (579) (580) (581) (582) (583) (585)(586) (588) (591) (592)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(4) (90) (96) (157) (158) (187) (237) (242) (251) (300)(317) (357) (375) (480)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL (13)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA (378)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (501)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

(292)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(9) (348)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(99) (100) (101) (102) (103) (104) (231) (346) (489)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (233)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

(349)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(289) (353)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(413) (449)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL (238)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(6) (200) (298) (298) (422) (481) (485)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(350) (360) (382)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA (96)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS(92) (281) (410) (497)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(117) (222)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (361)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(18) (44)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(149) (371) (509)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA (302)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA(293) (296)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(470) (500) (552) (558)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(45) (136) (140) (213) (254) (255) (260) (276) (283) (286)(288) (294) (377) (387) (389) (432) (442) (456) (458) (469)(482) (483) (487) (515) (551) (553) (556) (557) (560) (561)(562) (563) (564) (565) (566) (568)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (309)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE(146) (397)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(119) (121) (122) (125) (143) (221) (510) (511) (528) (529)(530) (531) (532)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMZONAS (142)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (342)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (218)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO (550)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL(144) (328)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 138

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ(93) (249) (250) (396)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(91) (265) (408)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(10) (147) (148) (381) (383)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(150) (208) (253) (306) (443)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(128) (419) (461)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(196) (244) (246) (247) (259) (266) (333) (339) (391) (393)(403) (406) (407) (412) (413) (414) (420) (421) (425) (427)(429) (433) (434) (437) (439) (449) (467) (480) (486) (516)(569)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU (155)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(37) (376) (519) (520) (521) (523) (524) (525) (526) (527)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU (137)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXAMBU (295)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ (159)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA (270)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (225)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA (32)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS (505)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOL(492) (493) (494) (495) (496) (507)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RESENDE (14)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ (392)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS(285) (424)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

(411)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO

(369)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(28) (267) (268) (282) (305) (347) (370) (476)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SENADOR FIRMINO (365)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA (368)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(5) (98) (106) (138) (139) (145) (191) (223) (232) (239)(274) (277) (278) (330) (380) (430) (435) (436) (446) (450)(452) (457) (462) (466) (468) (473) (488) (499) (502) (504)(508) (537) (539) (540) (541) (544) (545) (546) (547) (548)(549) (578) (584) (589)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(337) (345) (445) (590)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL(135) (464) (587)RAFAEL ALBUQUERQUE GOMES DE OLIVEIRA (124)RAFAEL JANSSEN (178)RAFAEL JONATAN MARCATTO(419) (483)RAFAEL MARCOS LOIOLA DE CARVALHO (128)RAFAEL PANDOLFO (403)RAFAEL SOARES MAGALHÃES(19) (43)RAFAEL VIEIRA GRAZZIOTIN (445)RAIMUNDO JANUÁRIO PEREIRA (344)RAIMUNDO KULKAMP (228)RAQUEL WIEBBELLING (193)REGINA MARIA GOBBI MELO (123)RÉGIS DIEL (504)REJANE LÚCIA ALVES DE ANDRADE (6)RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.116.713 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(72)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 116150 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(163)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 121138 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(184)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 147122 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(165)

RELATOR DO HC Nº 110.656 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(57)

RELATOR DO HC Nº 111.348 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(65)

RELATOR DO HC Nº 122.126 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(173)

RELATOR DO HC Nº 125546 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(58)

RELATOR DO HC Nº 140.946 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(176)

RELATOR DO HC Nº 143.612 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(60)

RELATOR DO HC Nº 143.904 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(175)

RELATOR DO HC Nº 144.041 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(166)

RELATOR DO HC Nº 145.518 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(174)

RELATOR DO HC Nº 146.001 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(77)

RELATOR DO HC Nº 146.449 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(179)

RELATOR DO HC Nº 146.665 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(170)

RELATOR DO HC Nº 148.181 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(74)

RELATOR DO HC Nº 148.842 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(71)

RELATOR DO HC Nº 990.09.185285-6 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(68)

RELATOR DO INQUÉRITO - 1367-5 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(126)

RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 28289-0/2009 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

(154)

RELATOR DO RESP Nº 912087 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(70)

RELATORA DO HC Nº 138.749 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(63)

RELATORA DO HC Nº 147.248 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(183)

RELATORA DO HC Nº 148248 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(55)

RENATA ALBUQUERQUE GOMES DE OLIVEIRA (416)RENATA BARBOSA LACERDA (144)RENATO CARLOS CRUZ MENESES (514)RENATO LAURI BREUNIG (583)RENATO LÔBO GUIMARÃES(322) (323)RENATO PASSOS SILVA (7)RENATO VIEIRA DO NASCIMENTO (264)RICARDO AFONSO ALHO CORRÊA (228)RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVES (442)RICARDO GOMES DE ALMEIDA (292)RICARDO ILTON CORREIA DOS SANTOS (383)RICARDO LUZ DE BARROS BARRETO (332)RICARDO MARTINS SION (264)RICARDO NICOLAU (28)RICARDO PONZETTO (183)RICARDO VALENTIM MOTTA (97)RICARDO VALENTIN MOTTA (215)RICARDO VENDRAMINE CAETANO(276) (422) (553) (560) (561) (564) (566)RICARDO VIANA RAMOS FERNANDEZ (195)RIZOMAR ROCHA BORGES (123)ROBERT BOTÃO DE SIQUEIRA (61)ROBERTA DUMANI PESSANHA (506)ROBERTA MELLO DE MAGALHÃES SOUSA (232)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS(244) (446) (536) (540) (542) (543) (546)ROBERTO DONATO BARBOZA PIRES DOS REIS (116)ROBERTO MARQUES MARTINS (334)ROBERTO MOHAMED AMIN JR (290)ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR (341)ROBERTO MOURA DE ALMEIDA (80)ROBSON DE OLIVEIRA (60)ROBSON FARIAS DINIZ(67) (67)ROCHELE LUMI SATO (570)RODRIGO CIRNE LIMA (41)RODRIGO COELHO SAGGIORO (129)RODRIGO DA ROCHA ROSA (270)RODRIGO FAUTH ARIOTTI(202) (203)RODRIGO HELFSTEIN (442)RODRIGO SLOVINSKI FERRARI (585)RODRIGO STERZI RIBAS (367)ROGÉRIO ALEIXO PEREIRA (127)ROGÉRIO ALVES MOTTA (454)ROGÉRIO DA SILVA RESENDE (197)ROGÉRIO LUÍS BORGES DE RESENDE (298)ROGERIO SANTOS CORREIA (245)ROMUALDO PAESE (463)ROMULO VIVAS JUNQUEIRA (123)RONALDO MAURO COSTA PAIVA (296)RONEY JOSÉ MEGIOLARO (366)ROSÂNGELA MARIA SARAIVA NOBRE (225)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 139

ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (485)ROSSANA DO NASCIMENTO (145)RUBEM NESTOR SEIFERT (425)RUBENS ALVES BARROSO FILHO (373)RUBI MEIRA CASSEL (85)RUDI MEIRA CASSEL (84)RUI SANTINI (36)RUNEM NESTOR SEIFERT (429)SANDRA CONCEIÇÃO MARTINS ALVES (231)SANDRA DO VALE MONÇORES (30)SANDRA REGINA RODRIGUES (133)SANDRO NEGRELLO (393)SANDRO VUGMAN WAINSTEIN (584)SANTOS FERREIRA DE SOUZA (123)SEBASTIÃO MOREIRA POUBEL (29)SEBASTIÃO NARCISO PASSARELI JÚNIOR (336)SENADO FEDERAL(161) (162) (188) (191) (196) (202) (203)SÉRGIO AUGUSTO BARBOSA PINTO(63) (63)SÉRGIO DE LIMA (529)SÉRGIO FACIOLA DE SOUZA MENDONÇA (250)SÉRGIO GERAB (341)SÉRGIO LUIZ DE ANDRADE (227)SÉRGIO LUIZ MADALENA DOURADO (344)SÉRGIO LUIZ MADDALENA DOURADO (306)SÉRGIO LUIZ NEPOMUCENO PEREIRA (281)SÉRGIO MURILO SANTOS CAMPINHO (592)SÉRGIO PAULO VEIGA TORRES (4)SÉRGIO VITA SANTOS (150)SERV MAX DA AMAZÔNIA TÉCNICA EM QUALIDADE E SERVIÇOS LTDA

(233)

SETEMBRINO PELISSARI (123)SEVERINO ALVES FERREIRA (282)SEVERINO DOS RAMOS FERREIRA DA FONSECA (214)SIDNEI LOSTADO XAVIER JUNIOR (557)SILVIA DE SOUZA PINTO (308)SIMONE CAMPETTI AMARAL (465)SIMONE REGINA TUNES (280)SIMONE RIBEIRO DE OLIVEIRA ROQUE (19)SINAL TRABALHO TEMPORÁRIO (471)SOLANGE MARIA VILAÇA LOUZADA (582)SÔNIA MARIA NASCIMENTO (214)SONIA MORAES BRITO (123)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(53) (56) (61) (62) (64) (79) (164) (169) (171) (172)(178) (180) (181)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 13976)

(131)

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (80)SYLVIA CARLA ALVES DOS SANTOS LIMA OU SILVIA CARLA ALVES DOS SANTOS

(166)

TALES BENARRÓS DE MESQUITA (143)TATYANE RABELO PALHETA (93)TERESA NOELI NUNES JUCÁ (449)TERESINHA AZEVEDO DE OLIVEIRA CUNHA (486)TEREZINHA VIRGEM TEODORO (25)THIAGO CECCHINI BRUNETTO(138) (446)THIAGO FERNANDES BOVERIO (157)THIAGO JOSÉ DE CARVALHO (155)TIAGO CONDE TEIXEIRA (211)TOM BRENNER (51)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 200101780057)

(222)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (PROCESSO Nº 2008.068961-1)

(159)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(52) (186)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.098278-8)

(99)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.103728-9)

(102)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.142566-1)

(100)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.148978-3)

(104)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.155495-0)

(101)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.159537-0)

(103)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 156.132.0/8-01)

(213)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE (AGRAVO (155)

REGIMENTAL Nº 2009108292 NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2009.106608)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (208)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (RO Nº 00979-2008-007-12-00-0)

(229)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 01307.1997.003.17.00-6)

(218)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01226-2008-081-03-00-1)

(216)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01508-2008-081-03-00-9)

(220)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO (PROCESSOS Nº 01271-2008-014-08-00-7, 01450-2008-107-08-00-4, 01663-2007-013-08-00-9, 00113-2009-016-08-00-3, 00430-2009-004-08-00-0, 00845-2008-010-08-00-4, 01837-2009-114-08-00-0,

(93)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO (PROCESSO Nº 2005.39.00.008971-0)

(232)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 1999.03.00.006875-0)

(226)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO (APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2005.70.14.001932-7)

(105)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº 2013/2005-131-15-40-5)

(97)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº 2246/2004-032-15-40-5)

(94)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR-34870/2005-001-11-40.6)

(233)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROC. Nº 32572/2004-010-11-00.7)

(221)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROCESSO Nº 809.2005.008.19.40.6)

(92)

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (AÇÃO RESCISÓRIA 376) (230)UDNO ZANDONADE (24)ULISSES RIEDEL DE RESENDE (13)ULYSSES DA SILVA(61) (62) (65)URSULINO SANTOS FILHO (334)VALDERES TEIXEIRA DE MOTTA (266)VALDIR DE OLIVEIRA BRITO (214)VALDOMIRO MANOEL FABRÍCIO (99)VANDA TERESA DE OLIVEIRA (263)VANESSA PONTES DOS SANTOS (418)VÂNIA ALEIXO PEREIRA CHAMMA AUGUSTO (127)VANIA BARRETO (333)VANIOS ANTONIO NERVO (480)VERA LÚCIA JOHNSON DE ASSIS (121)VERA LÚCIA MARQUES CALDAS(81) (82) (83)VERA LUCIA MARQUES CALDAS (199)VERA MARIA BEZERRA DE MENEZES (225)VERGINIA GIMENES DA ROCHA COLOMBO (588)VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 2009.03.00.016492-7)

(211)

VICENTE DE PAULA MENDES (428)VICENTE PAULA SANTOS (91)VICTOR AUGUSTO LOVECHIO (132)VICTOR DE BARROS RODRIGUES (404)VICTOR LUIZ DE SALLES FREIRE (512)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR(319) (320)VICTOR SILVA COURI (327)VILMA THOMAL (133)VILMAR ALDA DE FREITAS (441)VILSON ARMSTRONG(76) (76)VINÍCIO KÁLID ANTÔNIO (33)VIRGILIO MUNARI NETO(439) (516)VITOR ANTÔNIO BESCKOW FIGUEIREDO (500)VIVIAN PRADA ANGELO (156)VIVIANE PIACENTINI (205)VOLTAIRE GIAVARINA MARENSI (379)WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVA(297) (448)WAGNER MÁRCIO MARQUES CABRAL (128)WAGNER PEREIRA DA SILVA (53)WALDEIR DANTAS (419)WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA (279)WALTER AROCA SILVESTRE (36)WALTER DANTAS BAÍA (27)WANDERLEY ALESSANDRE CARREIRO(59) (59)WASHINGTON LUIZ PINTO MACHADO (160)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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STF - DJe nº 192/2009 Divulgação: sexta-feira, 09 de outubro Publicação: terça-feira, 13 de outubro 140

WELLENGTON CAMPOS (275)WELLINGTON DANIEL GREGÓRIO DOS SANTOS (217)WELLINGTON DE LIMA ISHIBASHI (456)WERNER BANNWART LEITE (565)WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER (237)WESLEY RICARDO BENTO DA SILVA (238)WILIAM PATRÍCIO (240)WILLIAN FRANCIS DE OLIVEIRA (20)WILLIAN MARCONDES SANTANA (392)WILSON AZEVEDO (107)WILSON DE S MARINHO FILHO (141)WILSON LOPES DE REZENDE (123)WILSON SILVA WAISE FILHO (30)WOLMAR FRANCISCO AMÉLIO ESTEVES (265)YOSHISHIRO MINAME (409)ZALUAR HENRIQUE DE FARIA (123)ZÉLIO MAIA DA ROCHA (252)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

PROTOCOLO 8.559/2009 (140)PROTOCOLO 67.467/2009 (141)PROTOCOLO 68.172/2009 (142)PROTOCOLO 68.296/2009 (143)PROTOCOLO 73.890/2009 (144)AÇÃO CAUTELAR 2.387-4 (156)AÇÃO CAUTELAR 2.460-9 (1)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.313-7 (2)AÇÃO PENAL 433-8 (157)AÇÃO PENAL 465-1 (3)AÇÃO PENAL 520-5 (4)AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 39-0 (145)AG.REG.NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 4.074-7 (158)AG.REG.NA PETIÇÃO 1.828-1 (126)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.973-8 (159)AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 2.893-6 (146)AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.465-1 (147)AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.467-7 (148)AG.REG.NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 16-3 (149)AG.REG.NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 137-2 (150)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.588-6 (238)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 615.166-0 (239)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 634.366-3 (127)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.136-1 (510)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.581-3 (511)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.747-1 (240)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.986-1 (241)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.793-1 (512)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.424-6 (151)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.837-6 (513)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.172-6 (514)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.704-2 (242)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.381-6 (243)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.985-6 (244)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.462-1 (245)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.981-6 (246)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.000-3 (247)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.498-3 (248)AG.REG.NOS EMB.INFR.OU DE NULIDADE NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.472-8

(160)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 368.079-6 (249)AGRAVO DE INSTRUMENTO 428.512-2 (250)AGRAVO DE INSTRUMENTO 440.816-9 (251)AGRAVO DE INSTRUMENTO 474.636-0 (252)AGRAVO DE INSTRUMENTO 477.341-7 (253)AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.279-7 (254)AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.365-7 (255)AGRAVO DE INSTRUMENTO 511.334-6 (256)AGRAVO DE INSTRUMENTO 512.010-2 (257)AGRAVO DE INSTRUMENTO 520.622-1 (528)AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.833-2 (529)AGRAVO DE INSTRUMENTO 535.358-3 (530)AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.465-5 (258)AGRAVO DE INSTRUMENTO 567.914-1 (259)AGRAVO DE INSTRUMENTO 582.705-6 (531)AGRAVO DE INSTRUMENTO 583.774-8 (260)AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.506-1 (533)AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.510-4 (261)AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.630-2 (534)AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.594-9 (532)AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.883-3 (262)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.990-3 (263)AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.193-1 (264)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.069-3 (265)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.521-5 (266)AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.118-3 (267)AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.617-3 (268)AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.763-1 (269)AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.677-0 (270)AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.765-3 (271)AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.420-4 (272)AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.695-8 (273)AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.197-4 (274)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.988-1 (275)AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.151-3 (276)AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.551-1 (277)AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.654-9 (278)AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.273-6 (279)AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.421-1 (280)AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.974-5 (281)AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.461-2 (282)AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.765-1 (283)AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.938-5 (284)AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.668-2 (285)AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.257-1 (286)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.390-5 (287)AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.606-3 (288)AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.532-2 (289)AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.396-9 (290)AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.585-6 (291)AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.896-0 (292)AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.086-4 (293)AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.467-5 (294)AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.139-9 (295)AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.003-2 (296)AGRAVO DE INSTRUMENTO 722.086-0 (297)AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.190-1 (298)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.539-3 (299)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.439-2 (300)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.165-1 (152)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.206-5 (301)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.836-7 (302)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.412-6 (303)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.650-8 (304)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.665-5 (305)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.414-0 (306)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.874-0 (307)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.889-2 (128)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.933-2 (308)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.856-1 (309)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.530-2 (310)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.161-6 (311)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.916-4 (312)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.715-8 (313)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.790-2 (314)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.802-9 (315)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.375-2 (316)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.937-9 (317)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.184-0 (318)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.855-6 (319)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.921-8 (320)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.299-7 (321)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.935-8 (322)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.956-8 (323)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.835-0 (324)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.166-2 (325)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.875-0 (326)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.941-7 (327)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.655-1 (328)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.715-1 (329)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.738-5 (330)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.964-6 (331)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.110-6 (332)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.166-1 (333)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.649-8 (334)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.880-9 (335)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.093-8 (336)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.202-4 (337)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.517-3 (338)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.527-0 (339)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.570-1 (340)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.659-9 (341)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.164-6 (342)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.426-1 (343)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.509-6 (344)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.884-7 (345)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.042-8 (346)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.459-7 (347)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.679-1 (348)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.713-4 (349)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.962-0 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.155-6 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.177-3 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.330-8 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.332-2 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.368-5 (355)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.452-1 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.784-1 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.950-3 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.961-7 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.967-1 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.985-9 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.078-0 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.118-7 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.132-6 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.133-3 (364)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.136-5 (365)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.179-2 (366)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.294-4 (367)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.338-1 (368)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.355-1 (369)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.367-2 (370)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.368-0 (371)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.441-1 (372)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.453-2 (373)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.468-5 (374)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.474-2 (375)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.542-4 (376)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.028-2 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.029-0 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.030-1 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.032-5 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.033-2 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.034-0 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.035-7 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.036-4 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.037-1 (14)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.038-9 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.039-6 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.040-7 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.046-1 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.047-8 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.048-5 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.049-2 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.050-3 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.052-8 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.053-5 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.054-2 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.055-0 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.056-7 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.057-4 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.058-1 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.059-9 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.061-7 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.062-4 (32)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.063-1 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.064-9 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.065-6 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.066-3 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.068-8 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.069-5 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.070-6 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.071-3 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.073-8 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.075-2 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.076-0 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.077-7 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.078-4 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.079-1 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.080-2 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.081-0 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.083-4 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.084-1 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.085-9 (51)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AG.REG.NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 2.466-3

(153)

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 533.241-1 (515)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.879-7 (516)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.957-0 (517)

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.100-5 (377)EMB.DECL.NO AG.REG.NOS EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 526.769-0

(378)

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.845-8 (518)EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.062-2 (379)EMB.DECL.NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.129-0 (161)EMB.DECL.NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.145-1 (162)EMB.DECL.NOS EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.425-0

(380)

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.665-8 (381)EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.272-4 (382)EMB.DIV.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 520.719-6 (383)EXTRADIÇÃO 962-1 (129)HABEAS CORPUS 96.159-2 (163)HABEAS CORPUS 96.760-4 (164)HABEAS CORPUS 100.304-8 (130)HABEAS CORPUS 100.889-9 (167)HABEAS CORPUS 100.904-6 (168)HABEAS CORPUS 100.910-1 (169)HABEAS CORPUS 100.917-8 (170)HABEAS CORPUS 100.922-4 (172)HABEAS CORPUS 100.926-7 (176)HABEAS CORPUS 100.934-8 (179)HABEAS CORPUS 100.939-9 (181)HABEAS CORPUS 100.947-0 (182)HABEAS CORPUS 100.967-4 (185)HABEAS CORPUS 100.985-2 (52)HABEAS CORPUS 100.986-1 (53)HABEAS CORPUS 100.987-9 (54)HABEAS CORPUS 100.988-7 (55)HABEAS CORPUS 100.989-5 (56)HABEAS CORPUS 100.990-9 (57)HABEAS CORPUS 100.991-7 (58)HABEAS CORPUS 100.992-5 (59)HABEAS CORPUS 100.993-3 (60)HABEAS CORPUS 100.994-1 (61)HABEAS CORPUS 100.995-0 (62)HABEAS CORPUS 100.996-8 (63)HABEAS CORPUS 100.997-6 (64)HABEAS CORPUS 100.998-4 (65)HABEAS CORPUS 100.999-2 (66)HABEAS CORPUS 101.000-1 (67)HABEAS CORPUS 101.001-0 (68)HABEAS CORPUS 101.002-8 (69)HABEAS CORPUS 101.003-6 (70)HABEAS CORPUS 101.004-4 (71)HABEAS CORPUS 101.005-2 (72)HABEAS CORPUS 101.006-1 (73)HABEAS CORPUS 101.007-9 (74)HABEAS CORPUS 101.008-7 (75)HABEAS CORPUS 101.009-5 (76)HABEAS CORPUS 101.010-9 (77)HABEAS CORPUS 101.011-7 (78)HABEAS CORPUS 101.012-5 (79)HABEAS CORPUS 101.013-3 (80)INQUÉRITO 2.818-5 (187)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.189-3 (188)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.497-3 (189)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.633-0 (190)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.651-8 (191)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.752-2 (192)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.779-4 (193)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.784-1 (194)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.799-9 (195)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.838-3 (196)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.890-1 (197)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.921-5 (198)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.934-7 (199)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.939-8 (200)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.940-1 (201)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.945-2 (202)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.946-1 (203)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.950-9 (204)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.953-3 (205)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.961-4 (81)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.962-2 (82)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.963-1 (83)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.964-9 (84)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.965-7 (85)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.966-5 (86)MANDADO DE SEGURANÇA 24.358-9 (206)MANDADO DE SEGURANÇA 28.006-9 (207)MANDADO DE SEGURANÇA 28.302-5 (209)MANDADO DE SEGURANÇA 28.308-4 (87)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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MANDADO DE SEGURANÇA 28.309-2 (88)MANDADO DE SEGURANÇA 28.310-6 (89)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.814-7 (165)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.852-0 (166)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.921-6 (171)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.923-2 (173)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.924-1 (174)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.925-9 (175)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.927-5 (177)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.932-1 (178)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.938-1 (180)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.963-1 (183)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.964-0 (184)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.985-2 (186)MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.294-1 (208)MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.306-8 (210)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.959-2 (229)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.989-4 (230)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 9.075-2 (231)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 9.123-6 (234)PETIÇÃO 4.670-6 (211)PETIÇÃO 4.671-4 (90)PETIÇÃO 4.672-2 (91)PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 627-6 (212)RECLAMAÇÃO 6.000-4 (213)RECLAMAÇÃO 7.455-2 (131)RECLAMAÇÃO 8.109-5 (214)RECLAMAÇÃO 8.257-1 (215)RECLAMAÇÃO 8.331-4 (216)RECLAMAÇÃO 8.438-8 (217)RECLAMAÇÃO 8.537-6 (218)RECLAMAÇÃO 8.548-1 (219)RECLAMAÇÃO 8.586-4 (220)RECLAMAÇÃO 8.600-3 (221)RECLAMAÇÃO 8.662-3 (222)RECLAMAÇÃO 8.686-1 (223)RECLAMAÇÃO 8.702-6 (224)RECLAMAÇÃO 8.798-1 (225)RECLAMAÇÃO 8.846-4 (226)RECLAMAÇÃO 8.864-2 (227)RECLAMAÇÃO 8.879-1 (228)RECLAMAÇÃO 9.092-2 (232)RECLAMAÇÃO 9.102-3 (233)RECLAMAÇÃO 9.129-5 (92)RECLAMAÇÃO 9.130-9 (93)RECLAMAÇÃO 9.133-3 (94)RECLAMAÇÃO 9.134-1 (95)RECLAMAÇÃO 9.135-0 (96)RECLAMAÇÃO 9.136-8 (97)RECLAMAÇÃO 9.137-6 (98)RECLAMAÇÃO 9.138-4 (99)RECLAMAÇÃO 9.139-2 (100)RECLAMAÇÃO 9.140-6 (101)RECLAMAÇÃO 9.141-4 (102)RECLAMAÇÃO 9.142-2 (103)RECLAMAÇÃO 9.143-1 (104)RECLAMAÇÃO 9.144-9 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.981-6 (384)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 344.043-8 (385)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 362.715-5 (550)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 408.689-1 (386)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 413.073-4 (387)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 416.250-4 (388)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 417.256-9 (389)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.019-7 (570)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.062-6 (571)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.063-4 (390)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 430.415-5 (572)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.527-1 (391)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.889-5 (392)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 448.629-6 (393)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.968-2 (394)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.721-4 (395)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 454.897-6 (573)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.320-7 (574)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 458.886-2 (575)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.300-5 (576)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.591-7 (577)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.801-6 (396)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.676-1 (578)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.346-5 (579)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.409-7 (580)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.471-2 (581)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.489-5 (397)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.820-0 (582)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.573-7 (551)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.664-6 (583)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.800-8 (398)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.975-1 (399)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 480.830-7 (400)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.506-1 (584)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.645-8 (585)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.977-1 (401)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.049-1 (402)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.958-7 (586)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.489-6 (587)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 494.901-6 (588)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 498.839-9 (403)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.303-5 (404)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.728-7 (405)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 505.564-7 (406)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.112-4 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.331-4 (407)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 510.624-1 (589)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.980-7 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.641-2 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.837-9 (535)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.674-0 (539)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.899-8 (542)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.620-6 (536)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.633-8 (543)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.681-8 (537)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.726-8 (552)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.812-0 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 543.756-6 (411)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.023-1 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.759-2 (538)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.732-2 (544)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.368-3 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.478-7 (553)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.391-4 (554)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.856-8 (555)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.281-6 (556)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.297-8 (590)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.508-5 (557)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.432-7 (414)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.829-2 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.754-2 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.791-7 (417)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.892-1 (418)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.836-6 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.908-7(420) (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.868-0 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.430-2 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.361-1 (546)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.431-6 (540)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.293-4 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.611-5 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.417-7 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.118-7 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.457-7 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.791-1 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.373-3 (541)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.950-2 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.726-2 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.295-9 (558)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.988-1 (430)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.041-8 (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.068-0 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.301-9 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.866-5 (559)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.277-8 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.812-1 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.793-7 (547)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.311-2 (560)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.322-8 (548)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.665-1 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.758-4 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.066-6 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.124-7 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.440-8 (549)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.357-1 (561)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.613-9 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.245-7 (562)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.485-9 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.659-2 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.683-5 (442)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.303-3 (563)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.522-2 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.616-0 (564)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.820-1 (545)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.976-2 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.053-1 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.483-4 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.563-1 (565)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.035-0 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.473-3 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.014-8 (566)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.138-1 (567)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.204-3 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.534-4 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.620-1 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.671-5 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.567-6 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.629-0 (519)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.049-1 (568)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.197-8 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.490-0 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.017-4 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.050-6 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.270-3 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.376-9 (569)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.534-6 (520)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.668-7 (591)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.711-0 (592)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.871-0 (521)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.955-4 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.105-2 (522)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.238-5 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.309-8 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.435-3 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.672-1 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.823-5 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.995-9 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.481-2 (523)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.498-7 (524)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.718-8 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.918-1 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.106-1 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.142-8 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.283-1 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.656-0 (525)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.901-1 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.016-8 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.247-1 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.361-2 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.455-4 (526)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.559-3 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.674-3 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.801-1 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.950-5 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.176-1 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.244-0 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.407-8 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.504-0 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.591-1 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.610-1 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.831-6 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.894-4 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.065-5 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.140-6 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.147-3 (485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.428-6 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.665-3 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.697-1 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.370-6 (527)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.495-8 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.533-4 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.785-0 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.838-4 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.851-1 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.859-7 (493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.878-3 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.882-1 (495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.887-2 (496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.901-1 (497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.960-7 (498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.972-1 (499)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.018-4 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.107-5 (500)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.195-4 (501)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.232-2 (502)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.234-9 (503)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.257-8 (504)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.269-1 (505)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.275-6 (506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.298-5 (507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.359-1 (508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.382-5 (509)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.486-4 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.487-2 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.488-1 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.490-2 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.491-1 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.492-9 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.493-7 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.494-5 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.495-3 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.496-1 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.497-0 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.506-2 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.508-9 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.509-7 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.510-1 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.511-9 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.514-3 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.518-6 (125)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.172-7 (235)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.296-1 (236)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 98.572-6 (237)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.981-4 (154)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.990-3 (155)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 431437